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Estado de São Paulo lidera ranking do comércio ilegal no País em notícia ed. 34 - agosto 2016 Leia também em seu Tablet e Smartphone PIRATA RIA DES CAMINHO CONTRA FAÇÃO CONTRA BANDO FALSIFICA ÇÃO

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Estado de São Paulo lidera ranking do comércio ilegal no País

em notíciaed. 34 - agosto 2016

Leia também em seu Tablet e Smartphone

pirataria

Descaminho

contrafação

contrabanDo

falsificação

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Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo

EXPEDIENTESinditêxtil em Notícia é uma publicação do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo

Supervisão: Ligia Santos • Jornalista Responsável: Roberto Lima (MTb 25.712) Colaboração: Sirlene Farias e Alessandra Correa

Design e Diagramação: Leandro Mira • Tiragem: 3.000 exemplares

Rua Marquês de Itu.968 - 01223-000 - São Paulo/SP • Tel: (11) 3823-6100 [email protected] • www.sinditextilsp.org.br

PresidenteAlfredo Emílio Bonduki

Presidentes EméritosPaulo Antonio Skaf Rafael Cervone Netto

1º Vice-Presidente Francisco José Ferraroli dos Santos

2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato

3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan

Vice-Presidentes Julio Maximiano Scudeler NetoLourival Santos FlorOswaldo de Oliveira FilhoPedro Carlos SaltorelliReinaldo José KrogerRogério da Conceição de Melo

Diretor SecretárioDaniel Eduardo Mehler

Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro

1º Tesoureiro Fernando Tanus Nazar

2º Tesoureiro Paulo Vieira

Diretores Adilson Sarkis Benedito Antonio Yoshimassa Kubagawa Fabiana Gabriel Fernando José Kairalla Laerte Guião MaroniLaerte Serrano AmadeoLuiz Gustavo de Mattos AbreuMarcos Alexandre DiniRamiro Sanchez PalmaRogério Kadayan

Conselheiros Fiscais Adriano Chohfi NacifFabio CotaitMario Roberto Galardo

Suplentes de Conselheiros FiscaisJair Antonio CovolanLuca PascolatoOrdiwal Wiezel Junior

Delegados Representantes da FIESPPaulo Antonio SkafAlfredo Emílio Bonduki Rafael Cervone Netto Alessandro Pascolato

Prezado leitor,

Esperamos que quando você tiver recebido este informativo, o impea-chment de Dilma Rousseff já tenha se consumado para que o nosso País possa trilhar um novo caminho em sua história política e econômica.

Não é de hoje que o Brasil apresen-ta diversas e gritantes distorções em seu modelo econômico. Desde a hiperinflação, as diversas equipes que passaram pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, além do Banco Central, vêm implementando soluções mui-tas vezes imediatistas e de pouca profundidade para superar nossas mazelas e garantir um crescimento de longo prazo.

Evoluímos? Sim, sem dúvida evolu-ímos, pelo menos até 2011, quando teve início o primeiro mandato de Dilma. Porém, os retrocessos dos úl-timos cinco anos nos levaram à maior recessão desde a depressão que se seguiu à quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929, e ao maior nível de desemprego dos últimos tempos.

Nenhum setor pagou tão caro esta conta quanto a indústria de trans-formação nacional que, em vinte anos, viu sua participação no PIB cair de 22% para os inacreditáveis 10% atuais. Quanta destruição de riqueza, quanto desperdício de ta-lento, capital e oportunidades.

E o setor têxtil vem sofrendo continu-amente. Primeiro com a invasão dos produtos chineses altamente subsi-diados, depois com a política suicida de câmbio valorizado, que foi artifi-cialmente ajustado com grandes os-cilações (o que também é problema), passando pela contínua elevação do

Custo Brasil que incluiu aumentos de energia, falta de água, juros estra-tosféricos, deficiência no transporte e na infraestrutura e, por fim, com o encarecimento dos custos trabalhis-tas. O resultado deste cenário tem se revelado pelas seguidas quedas na produção nacional, chegando à dra-mática redução de 11% de janeiro a junho deste ano, se comparado com o mesmo período de 2015.

Mas como não há mal que dure para sempre, temos agora, a partir do go-verno Temer, a chance de mudança. Com seu discurso moderno, pregan-do a implementação das tão espera-das reformas (trabalhista, previden-ciária e política), aliadas à redução e maior eficiência da máquina pú-blica e abertura comercial através de acordos bilaterais com os EUA, Europa e Japão, as palavras de Te-mer soam como música aos ouvidos do sofrido produtor têxtil brasileiro.

O Sinditêxtil-SP, neste momento po-lítico, tem a obrigação de se alinhar à Abit em seu esforço de influenciar os três poderes da Federação, na busca de um novo modelo econômico que se faz necessário e que por certo virá.

É muito cedo para um país de ren-da média como o Brasil, abrir mão de sua indústria tão diversificada e pujante.

Vamos lutar por um novo projeto de país que incentive a inovação e o in-vestimento, pois do contrário estare-mos condenados a ser o eterno País do futuro.

Forte abraço,

Alfredo Emílio BondukiPresidente do Sinditêxtil-SP

Palavra do Presidente

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Após quase dois anos de reuniões, pesquisas e levantamentos em campo, no Brasil e em vá-rios países, foi lançado, também no Congresso da Abit, o livro “A Quarta Revolução Indus-trial do Setor Têxtil e de Confecção: a visão de futuro para 2030”. O trabalho é uma revisão do Estudo criado em 2008, que projetava os caminhos das indústria até 2023. escrito pelo professor e pesquisador Flavio da Silveira Bruno, o material tem 150 páginas e sete ca-pítulos, além de imagens QR Code para que o leitor possa assistir vídeos. O livro está dispo-nível para download no site do Senai-Cetiqt.

2030

A Tecelagem Panamericana, da cidade de Santa Bárbara d’Oeste (SP), rece-beu a certificação OEKO-TEX 100 pelo desenvolvimento do tecido “Maresias Fun for Kids”. O acabamento da trama recebeu tratamento especial para inibir substâncias nocivas à saúde de bebês e crianças que, nesta fase, têm o sistema imológico ainda em formação e estão mais suscetíveis à alergias e irritações na pele. O produto, que ganhou o título “Confiança nos Têxteis”, teve amostras remetidas aos institutos-membros da OEKO-TEX Santard na Europa e Japão, responsável por conceder a qualificação após estudo de diversos critérios. Durante 12 meses, o instituto realizará auditorias na companhia, com foco na manutenção dos índices analisados e a qualidade constante a nível humano e ecológico durante a validade da certificação.

Certificação

Estão abertas até o dia 1 de setembro as inscrições para o prêmio “World Textile Awards 2016”, criado com o objetivo de reconhecer e premiar as empresas do setor através de toda a cadeia de abastecimento, desde a pro-dução de fibra até o produto final costurado. Com sede em Londres, a pre-miação visa fornecer uma plataforma global para as empresas têxteis para compartilhar seus sucessos e promover a excelência em todos os níveis da indústria. A cada ano, o “World Textile Award” premia em ouro, prata e bronze os vencedores de cada uma das oito categorias. Um dos vencedores é condecorado com o título de “A Empresa Têxtil do Ano”.

Premiação

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O presidente Alfredo Bonduki foi mediador do painel “Inovação em processos: os novos paradigmas da pro-dução”, durante o Congresso Internacional Abit reali-zado nos dias 1 e 2 de junho, no WTC Events Center (São Paulo) e contou com o patrocínio do Sindicato. Temas como a tecnologia RFID, manufatura 4.0 e es-tamparia digital foram expostos durante o debate.

Congresso

Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, par-ticipou de encontro organizado pela Fiesp com o Presiden-te interino da República, Michel Temer, no dia 8 de junho, no Palácio do Planalto, em Brasília. O evento foi um ma-nifesto de empresários de diversos setores produtivos em apoio à retomada do crescimento econômico brasileiro.

Planalto

Curtas

A Desenvolve SP - Agência de Desenvolvimento Paulista já desembolsou mais de R$ 49,1 milhões para o setor têxtil, be-neficiando cerca de 50 pequenos negócios, em sete anos de atu-ação. A Agência oferece aos empreendedores do setor linhas de financiamento adequadas a cada fase do empreendimento, seja para ampliar a produção, adquirir novas máquinas, inovar um processo industrial ou ainda exportar. Durante o Congresso In-ternacional realizado pela Abit, nos dias 1 e 2 de junho, a De-senvolve SP atendeu os participantes para esclarecer dúvidas e mostrar as melhores opções de financiamento. Para a expor-tação, por exemplo, os empresários contam com as linhas de financiamento BNDES Exim Pré-embarque, com taxas a partir de 1,18% ao mês, prazo de até 30 meses, incluindo 12 meses de carência. Para investir em inovação as condições são ainda mais atrativas: taxas que partem 0% ao mês (+IPCA), com pra-zo de até 10 anos para pagar e até dois anos de carência.

Financiamento

Créditos: Beto Barata/PR

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têxteis de SP apresentam pleito

ao governo em defesa do setor

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Notícia

Para atrair investimentos e, consequentemente, mais rique-za e geração de renda para suas regiões, governos estaduais têm promovido incentivos fiscais para as empresas como, por exemplo, a expressiva diminuição de carga tributária. Assim, a conhecida guerra fiscal ganha mais força a cada dia. Enquanto isso, a proposta do Governo Federal de unifi-car a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em âmbito nacional não tem evoluído. Em São Paulo nada muda desde 2010, quando a alíquota do Imposto incidente sobre a saída dos produtos têxteis para o atacado ou diretamente no varejo foi reduzida, pela última vez, de 12% para 7%.

Tais benefícios concedidos em outras praças têm desestimu-lado novos investimentos no Estado de SP, bem como incen-tivado a mudança do parque industrial paulista para outros estados, gerando desemprego e queda na arrecadação indus-trial dos setores afetados.

Com o intuito de manter e, principalmente, ampliar o parque têxtil e de confecções instalado em São Paulo, o Sinditêxtil-SP e o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado (Sin-divestuário) acabam de entregar um pleito para a concessão de benefícios tributários à Comissão para Avaliação da Polí-tica de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP. Confira os destaques do documento:

• Crédito presumido às indústrias de confecção de vestuário do Estado de São Paulo nas vendas destinadas a contribuin-tes do ICMS que implique em recolhimento efetivo em torno de 2% sobre o valor das operações de venda exclusivamente internas de mercadorias, ou seja, aliquota nos mesmos pa-drões que outros estados próximos têm praticado;

• Manutenção do crédito de 7% destacado nas notas fiscais das operações de vendas a contribuintes do imposto dentro do Estado de São Paulo;

• Diferimento do pagamento do ICMS nas saídas internas de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de

embalagem industrializados neste Estado, promovidos por estabelecimentos industriais fabricantes em São Paulo com destino às indústrias de confecção de vestuário de São Paulo, sem direito ao crédito deste valor;

• Diferimento também nas saídas internas de bens destina-dos ao ativo imobilizado, compreendendo máquinas e equipa-mentos, industrializados no Estado, promovidos por estabe-lecimentos industriais fabricantes em São Paulo com destino às indústrias de confecção de vestuário do mesmo Estado;

• Diferimento do pagamento do ICMS incidente sobre a par-cela da industrialização de mercadorias realizadas por esta-belecimentos industriais localizados neste Estado, destina-das às indústrias de vestuário do Estado de São Paulo e por encomenda destas como parte de seu processo industrial;

• Diferimento do pagamento do ICMS nas saídas internas de mercadorias promovidas pelas fabricantes de vestuário do Estado com destino a Centros de Distribuição de sua titulari-dade (CD) para operações subsequentes por este praticadas.

“O pleito representa uma resposta rápida e proporcional ao movimento realizado pelos Estados concedentes de benefí-cios tributários ao setor, em especial Minas Gerais que, pela proximidade geográfica representa ameaça real de perda dos polos têxteis e, principalmente, de confecção do nosso Estado, com significativa perda de empregos e arrecadação industrial”, destaca Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP. Vale destacar que São Paulo é responsável pelo emprego direto de mais de 450 mil pessoas na cadeia têxtil e de confecção.

O economista do Sindicato, Haroldo Silva, defende a neces-sidade de medidas emergenciais por parte das autoridades. “As iniciativas tributárias que o Governo de São Paulo to-mou em conjunto com entidades representativas das empre-sas, trabalhadores do setor conseguiram evitar, até 2014, uma evasão ainda maior, especialmente por parte das con-fecções, alvo principal dos benefícios dos demais estados”,

ICMS:

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aponta o especialista. Ele também destaca a importância da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confec-ções do Estado de São Paulo nas negociações.

CEnáRIo

O atual ambiente competitivo desfavorável aos investimen-tos têxteis e de confecções no Estado de São Paulo tem sido criado por diversos estados brasileiros, principalmente pelos vizinhos Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esse último, por exemplo, em decisão tomada pela Comissão de Política Tri-butária da Subsecretaria da Receita Estadual, em julho de 2015, alterou, o Regime Especial de Tributação (RET) que, entre outras medidas, autoriza o diferimento do pagamento do ICMS na saída interna de mercadorias da indústria têxtil para as confecções mineiras bem como o diferimento do paga-mento do ICMS sobre o diferencial de alíquota de mercado-rias oriundas de outras regiões da Federação.

A evolução do saldo do emprego, conforme o Caged/MTE, mostra quedas constantes nos últimos anos em São Paulo, sendo que a perda acumulada nos últimos 12 meses comple-tados em março de 2016 atinge mais de 32 mil empregos.

Saldo de emprego têxtil e confecção Estado de SP

2013 2014 2015 2016 (12 meses)

394 -8.800 -31.590 -32.079Fonte: MTE – Caged

“Seria possível atribuir a fatores macroeconômicos os resul-tados desfavoráveis do emprego no nosso Estado. Porém, quando analisamos a evolução da produção física de São Pau-lo em relação ao Brasil, percebe-se que há uma perda maior em SP. Considerando a mão de obra intensiva da produção do setor, é nítida a perda da competitividade relativa a outros estados”, observa o presidente Alfredo Bonduki.

Produção Física Industrial – Abril 2016Variação % dos últimos 12 meses

São Paulo BrasilTêxtil -18,5% -17,3%Confecção -12,9% -10,8%

Fonte: IBGE

ARRECADAção

Enquanto melhorias no benefício para o setor não são im-plantadas, o início da queda na arrecadação industrial de ICMS do setor já é notável nos últimos dois anos. As projeções dão conta de quedas ainda mais acentuadas para os próximos períodos (veja gráfico abaixo). “É bom destacar que todas as vezes em que buscamos incrementar os mecanismos de prote-ção da indústria têxtil e de confecção paulista, a arrecadação acusou resultados favoráveis”, comenta Bonduki.

364,30

399,50

433,10 445,40

403,40

425,40 416,30 420,70

456,20

480,80 494,10

526,50

639,80

591,40

622,90

598,50 600,20

521,70

423,62

362,00

304,12

255,50

214,65

184,70 177,40 184,40 192,10 207,30 206,80

233,80

293,30

338,90

365,70

395,40

420,30

519,40

568,80

599,10

631,30

665,00

610,60

456,12

397,75

329,41

272,82

225,94

162,77

214,46

266,14

317,83

369,51

421,20

472,89

524,57

576,26

627,94

679,63

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016e 2017p 2018p 2019p 2020p

Arrecadação de Nominal - ICMS - Têxtil e Vestuário Em R$ Milhões - Incluídas Estimativa e Projeções

Excluídos Recolhimentos Extraordinários e Anistias

ICMS-Têxtil ICMS-VestuárioFonte: SEFAZ-SP Elaboração: Sinditêtil-SP

Notas (*): e - estimativa; p - projeção. Para o ano de 2016 foram usados os dados disponíveis até março. p - base médias móveis

Estimativa e Projeções*

Haroldo Silva (à esq.) e os deputados Chico Sardelli (PV) e Davi Zaia (PPS) que coordenam os trabalhos da Frente

em notícia

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Capa

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São Paulo é o campeão em consumo de produtos contrabandeados e falsificados, sendo que a maior concentração desse co-mércio ilegal acontece nas regiões do Brás, Santa Ifigênia e 25 de março, todas situadas na capital. Atualmente, é o mais prejudica-do com o crime do contrabando no Brasil. As informações são da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). De acor-do com a entidade, somente o setor têxtil e de confecção brasileiro perde, aproximada-mente, R$ 2,5 bilhões de impostos por ano, tanto com a falsificação interna no território brasileiro como com o contrabando. Esse setor também como agravante o fato de que, além dos produtos contrabandeados, existem alguns centros de fabricação de

produtos falsificados no próprio País.

o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) reforça que SP é mesmo o principal mercado brasileiro para o contrabando, com perdas flagrantes em três níveis: na arrecadação tributária (ICMS), na formação do emprego, renda e dignida-de do trabalhador e, por fim, o desrespeito ao consumidor que adquire produtos de bai-xa qualidade. “Estima-se que o contrabando de vestuário movimente uma cifra de R$ 4 bilhões ao ano. Se fosse injetado na eco-nomia formal, esse montante traria 7,5 mil empregos formais e daria para pavimentar quase 4 mil km de rodovias”, informa Lucia-no Barros, presidente do Instituto.

EStado dE São Paulo

RaNKING do

No PaÍS

lIdERaCoMÉRCIo IlEGal

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Ele complementa que o comércio ilegal de artigos confeccio-nados tem se configurado uma das atividades mais lucrativas para os contrabandistas. “As margens de lucro variam de 72% a 400% e são mantidas por verdadeiras redes criminosas, que operam desde a fabricação de peças de roupas com utilização de mão de obra escrava até o comércio destes produtos por imigrantes ilegais”, alerta Barros. “Nessa atividade em que trabalhadores, consumidores e fisco são lesados, os prejuízos não são somente para a economia dos estados e, sim, para toda a sociedade”, acrescenta Barros.

Dados da ABCF também mostram que o Brasil deixou de arrecadar cerca de R$ 115 bilhões de impostos por conta do contrabando de diversos produtos, em 2015, o que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior . Esse valor seria suficiente para construir 974 hospitais ou 57 mil creches ou, ainda, 22 mil escolas públicas, entre outros. Ape-nas São Paulo perde R$ 750 milhões por ano. Cigarro é o produto mais contrabandeado, seguido por eletrodomésticos, vestuário, óculos de sol e brinquedos. Além de causar perdas aos cofres públicos por não recolher impostos, o contrabando tira empregos e aumenta a criminalidade. “É uma ameaça à sustentabilidade de diversos setores da economia formal”, declara o diretor da ABCF, Rodolpho Ramazzini.

Para sensibilizar os governos e a sociedade sobre os impactos do contrabando na economia e na segurança de São Paulo, além de discutir medidas para coibir o crescimento desse cri-me, a Coalizão Estadual de Combate ao Contrabando, que é formada por diversas entidades setoriais, realizou evento na Avenida Paulista, na capital, em primeiro de julho – Dia Estadual de Combate ao Contrabando. A ideia era mostrar ao público o real prejuízo dessa prática ilegal por meio da mini-exposição “A Cidade do Contrabando”, criada pelo artis-ta plástico Mauro Brincante. A maquete simula uma série de benfeitorias que poderiam ser implementadas com o dinheiro perdido por conta das importações clandestinas. Segundo a organização do evento, é possível que o projeto percorra ou-

tras cidades brasileiras. Homens-placa advertindo os pedes-tres na região sobre os prejuízos dos produtos contrabandea-dos complementaram a ação.

“Essa mobilização teve por objetivo cobrar das autoridades e do governo uma posição mais firme em relação ao combate desse tipo de crime, que lesa os cofres públicos, a sociedade como um todo e prejudica muito a indústria nacional nesse momento de grave crise econômica e diminuição das vendas”, declara o diretor da ABCF, uma das integrantes da Coalizão.

Rodolpho Ramazzini enumera as ações que poderiam redu-zir o problema. “Em primeiro lugar, au-mento na fiscaliza-ção, seja pela polícia estadual ou pelas forças nacionais nas áreas de fronteira. Em segundo lugar, uma revisão das alí-quotas tributárias em cima da indús-tria nacional. Elas são altíssimas e prejudicam a compe-titividade dessa in-dústria frente ao preço do produto contrabandeado, que não paga imposto. Por fim, cobrar do governo uma política públi-ca para convencer os consumidores em geral de que ao adqui-rir um produto contrabandeado, eles podem estar causando mal para a própria saúde ou segurança, pois são produtos de péssima qualidade e sempre trarão prejuízos ao consumidor. Em meio a tudo isso, a indústria brasileira deixa de vender porque sofre essa concorrência desleal”, diz.

Maquete mostra os prejuízos do contrabando para o Brasil Homens-placa alertam consumidores

sobre os danos do comércio ilegal

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IMPoStoS

Entidades que atuam no combate à essa prática criminosa afirmam que as principais causas para o aumento do con-trabando são os reajustes indiscriminados dos impostos que incidem sobre diversos produtos e a negligência do governo paulista em proteger as fronteiras. “Quanto maior os impos-tos sobre os produtos nacionais, mais competitivo se torna o produto ilegal e mais a população sofre com o aumento da criminalidade”, pondera Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).

A Coalizão Estadual propõe às autoridades a criação de um Plano Estadual para o enfrentamento do problema. Entre as principais medidas estão: recalibrar a alíquota de tributo estadual (ICMS) incidente sobre os produtos, reforçar a fisca-lização das estradas consideradas as principais rotas do con-trabando e o trabalho integrado junto a outros órgãos públi-cos e entidades para coibir o comércio de mercadorias ilegais.

MEDIDAS

O Estado de São Paulo anunciou, no dia 1 de julho, que pas-sará a contar com um núcleo permanente de inteligência e informação, que integrará quatro forças policiais, entre fede-rais e estaduais, para combater o tráfico de drogas e armas e o contrabando. A medida, que também será aplicada no Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná foi anunciada após reunião na sede da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e deverá ser implementada em breve.

A novidade foi divulgada pelo ministro da Justiça e Cidada-nia, Alexandre de Moraes, que participou, na capital paulis-ta, de encontro ao lado do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho e de outros secre-tários estaduais. Moraes explicou que o objetivo dos núcleos é criar uma atuação conjunta de proteção das fronteiras. Re-presentantes de quatro forças de segurança – polícias Militar,

Civil, Federal e Rodoviária Federal - integrarão o grupo em cada um dos estados para possibilitar uma troca de informa-ções e organização de operações sistemáticas e conjuntas. Cada uma das polícias cederá uma equipe e trabalhará em conjunto para somar informações e dados.

O secretário da Segurança Pública destacou a iniciativa do Ministério da Justiça. “Com as polícias trabalhando unidas no combate a essas ações delituosas, a medida está fadada ao sucesso”, disse. “Esse núcleo trará, em breve, resultados positivos a todos os organismos envolvidos e à sociedade bra-sileira”, completou Mágino Barbosa.

O ministro explicou, ainda, que a ideia é criar agências federativas em todos os estados. Segundo ele, a medida começará por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Para-ná porque são estados próximos e que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia, de onde vêm os materiais traficados e contrabandeados. São Paulo e Rio de Janeiro também participam deste início do projeto. Ele detalhou que cada núcleo estadual poderá apresentar demandas específicas a outros ministérios, como o da Defesa e de Relações Exterio-res, e à Casa Civil, além do próprio Ministério da Justiça e Cidadania. “É uma nova política de proteção das fronteiras contra esses crimes transnacionais”.

Além da troca de informações e trabalho de inteligência que serão desempenhados nos núcleos, também será feito um po-liciamento mais ostensivo das fronteiras. O ministro da Jus-tiça pretende lançar uma medida para que policiais militares inativos, há cinco anos, possam integrar a Força Nacional para proporcionar um patrulhamento mais eficiente.

Também no início do mês de julho, o Governador Geraldo Al-ckmin discutiu o tema durante audiência que contou com os secretários da Justiça, Marcio Elias Rosa, do Governo, Sau-lo Castro e da Segurança Pública, Mágino Barbosa, além do presidente do FNCP, Edson Vismona, do presidente do Ins-

Moraes e secretários estaduais discutem medidas durante encontro em SP

Crédito: Tatiane Sampaio

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tituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Evandro Guimarães e entidades que compõem a Coalizão Estadual de Combate ao Contrabando.

O Sinditêxtil-SP e a Abit, como apoiadores do Fórum Nacio-nal Contra a Pirataria e a Ilegalidade, participam de várias ações e reuniões sobre o tema.

ItAMARAty

O ministro das Relações Exteriores (MRE), José Serra, disse que a política de combate ao contrabando e de fronteira deve ser de governo e não de ministérios específicos. “O custo de aumentar a presença do Estado nessas ações é mínimo em face dos benefícios que serão gerados em termos de arreca-dação e diminuição da criminalidade. Qualquer medida de redução de gastos no combate aos ilícitos fronteiriços é ab-solutamente antieconômica”, ressaltou. A autoridade partici-pou do “Fórum Estadão – Combate ao Contrabando”, evento organizado pelo grupo Estado, em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), no início de julho, na cidade de SP.

Serra informou que o total de mercadorias contrabandeadas e pirateadas apreendidas pela Receita em 2015 foi de R$ 1,8 bilhão. Nesse sentido, o Itamaraty terá quatro pontos de ação: reforçar a coordenação interna entre os órgãos envolvidos nos problemas de fronteiras; mobilizar recursos para reforçar a presença do Estado brasileiro nas fronteiras, com mais po-liciais, mais postos de controle e modernos equipamentos; fortalecer a coordenação entre os países vizinhos, com vistas a estabelecer uma governança regional no combate ao contra-bando, tráfico e outros ilícitos; e buscar uma integração fron-teiriça que valorize as populações locais e as tornem menos

vulneráveis ao controle das organizações criminosas.

O ministro das Relações Exteriores informou que o Itamara-ty vai organizar um encontro com os países do Cone Sul para discutir a cooperação no combate ao contrabando na região. Até o fechamento desta edição, o evento não tinha sido reali-zado. “A cooperação é em matéria de informação, em termos de forçar que eles (países da região) reprimam essas ativida-des internamente. E até no sentido de fornecer equipamentos e homens, se for necessário, para esse combate”, ressaltou.

Para Serra, a entrada ilegal de produtos no Brasil é um pro-blema que atingiu proporções gigantescas. “O contrabando em escala fenomenal, como é no Brasil, tira dinheiro dos im-postos e não gera empregos”, disse ele, ao lembrar que essas atividades são controladas por quadrilhas. “É uma política que visa, sobretudo, à economia e à segurança da população brasileira”, acrescentou o ministro, que enfatizou a importân-cia de agir para coibir essas ações.

O chanceler disse, inclusive, que já tratou do problema com autoridades paraguaias, uma vez que o país vizinho é apon-tado como uma das principais origens das mercadorias con-trabandeadas que chegam ao Brasil (leia mais abaixo). “O Ministro das Relações Exteriores do Paraguai esteve em Bra-sília, conversei bastante com ele. (Os paraguaios) estão com o ânimo absolutamente cooperativo nessa matéria”.

Internamente, ressaltou Serra, a intenção é integrar os tra-balhos dos diferentes órgãos que atuam em relação ao tema. “O governo decidiu ter uma ação coordenada. Há setores mui-to competentes na área, como a Receita Federal e a Polícia Federal. O que se demanda é a coordenação, inclusive com as Forças Armadas. Há de se ter ações constantes e permanen-tes, não somente episódicas”, destacou.

Muy amigo

!

Os caminhos e os custos do contrabando são retrata-dos em estudos elaborados pelo IDESF e a Receita Federal, que uniram esforços e realizaram o “O Custo do Contrabando” (estima o custo de cada uma das 10 mercadorias mais contrabandeadas) e “Rotas do Crime – As encruzilhadas do contrabando” (mapeia as principais entradas de mercadorias ilegais e o ca-minho percorrido por esse crime). Confira, ao lado, os destaques das pesquisas:

Produtos de vestuário apreendidos pela RF

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Tipo de Mercadoria

Preço MédioParaguai

Preço MédioSão Paulo

Custo doContrabando

LucroMínimo

LucroMáximo

Cigarros R$ 0,70 R$ 2,40 22,24% 179,68% 231,15%Eletrônicos R$ 990,36 R$ 1.223,50 21,24% 1,90% 19,66%Informática R$ 556,04 R$ 650,63 22,24% -4,28% 13,34%Vestuário R$ 12,04 R$ 21,50 19,24% 49,23% 72,36%Perfumes R$ 94,88 R$ 197,00 21,24% 71,26% 101,12%Relógios R$ 10,80 R$ 22,50 19,24% 74,72% 101,80%Brinquedos R$ 15,34 R$ 67,00 19,24% 266,39% 323,17%Óculos R$ 40,50 R$ 144,83 19,24% 199,90% 246,38%Medicamentos R$ 19,09 R$ 197,44 24,24% 732,51% 901,85%Bebidas R$ 32,59 R$ 61,39 20,24% 56,67% 82,46%

A porta de entrada do contrabando é a fronteira do Brasil com o Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. É a região de fronteira mais importante e por onde passa o maior fluxo de mercadorias con-trabandeadas e também onde se realizam o maior número de apreensões de contrabando no País;

São Paulo concentra as regiões que represen-tam um dos maiores pontos de vendas e distri-buição de contrabando do Brasil;

Estima-se que cerca de 15 mil pessoas estejam envol-vidas diretamente com esse tipo de crime apenas na região de Foz do Iguaçu;

A média salarial mensal delas é de R$ 985. Os altos salários se concentram nas mãos de menos de 2% dessa população ilegalmente ativa;

A maior parte das mercadorias apreendidas se divi-dem em 10 grandes grupos: cigarros, eletrônicos, in-formática, vestuário, perfumes, relógios, brinquedos, óculos , medicamentos e bebidas.

Vestuário está em quarto lugar e representa 3,03% do percentual de contrabando que entra no Brasil pelas fronteiras com o Paraguai. Cigarros lideram o ranking: 67,44%.

A roupa contrabandeada custa, em média, R$ 12,08 no Paraguai. Em SP, o preço vai para R$ 21,50. O lu-cro varia entre R$ 49,23% e R$ 72,36%.

O Brasil conta com duas grandes rotas de contra-bando, que totalizam 4.197 km de extensão. A BR 277 (vai do Porto de Paranaguá até a Ponte Inter-nacional da Amizade – divisa do Brasil com o Para-guai, na cidade de Foz do Iguaçu, e a BR 163 (liga a cidade de Tenente Portela (RS) a Santarém (PA).

O Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com a Bo-lívia e o Paraguai, vem se configurando como um dos maiores corredores de distribuição contrabando para São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Também em Mato Grosso do Sul há um trecho de mais de 1,1 mil km de estradas de chão sem fis-calização, por onde o contrabando circula livre-mente, além das rodovias estaduais e federais.

Há uma carência nacional de mais de 300 mil agen-tes, além de frotas e infraestrutura em todas as pra-ças e postos para inibir o ingresso e a distribuição des-ses produtos.

67,44%cigarros

15,42%eletrônicos

5,04%informática

0,85%medicamentos

1,50%Óculos

2,45%perfumes

2,03%relógios

0,35%bebidas

1,89%brinquedos

3,03%Vestuário

IDES

F/EG

OPE

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ConSuMIDoR não APRoVA o ContRABAnDo, DIz PESquISA

Pesquisa Datafolha realizada com mais de 2 mil entrevista-dos por todo o Brasil mostra que 80% dos entrevistados afir-maram que o governo tem responsabilidade sobre o aumento do contrabando de produtos paraguaios. Em relação às perdas que o contrabando traz para o País, 89% concordam que os produtos contrabandeados trazem prejuízos para o Brasil e a indústria nacional, e 87% acredi-tam que o aumento de impostos estimula as pessoas a traze-rem produtos contrabandeados do Paraguai. A pesquisa também mostra um consenso entre a população brasileira em relação às consequências do aumento do con-trabando no País: 79% dos entrevistados concordam que os produtos contrabandeados reduzem os empregos no Brasil. Para 88% dos pesquisados, os produtos contrabandeados in-centivam o crime organizado e o tráfico de drogas e armas.

FEIRAS ILEgAIS AtIngEM A EConoMIA PAuLIStA

Na mesma medida em que as feiras itinerantes não regulari-zadas se multiplicaram pelo Estado de São Paulo nos últimos anos, aumentaram também os prejuízos causados pelo mer-cado informal ao varejo, à arrecadação de impostos e à gera-ção de emprego. Segundo estimativas elaboradas pela Fede-ração do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as feiras não legalizadas podem chegar a movimentar, em média, cerca de R$ 282 milhões por dia - o equivalente ao faturamento diário do comércio formal dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de deco-ração, os mais afetados pela informalidade.

Se as feiras funcionarem uma vez por mês, ao longo de um ano, em todas as regiões do Estado, podem movimentar até R$ 3,3 bilhões ou 3,3% do faturamento do comércio formal nos setores mencionados acima. Caso elas ocorram três vezes por mês, o faturamento pode chegar a R$ 10 bilhões ao final de um ano ou 10% do faturamento do comércio formal das atividades mais impactadas.

Com a diminuição do faturamento, o comércio regular desa-celera seu crescimento e diminui o potencial de criação de vagas de emprego. De acordo com as estimativas da Feco-

mercioSP, se as feiras ocorrerem três vezes ao mês, durante um ano, 51 mil empregos formais deixam de ser criados no varejo. Para os economistas da Entidade, um dos motivos que levam os consumidores às feiras ilegais são os preços mais baixos, pois, muitas vezes, os produtos são oriundos de cargas roubadas ou que simplesmente não recolhem ICMS, impac-tando negativamente, assim, os cofres públicos.

Considerando as duas primeiras faixas da tabela do Simples Nacional, em que as micro e pequenas empresas recolhem 4% ou 5,47%, se os comerciantes das feiras ilegais fossem micro-empreendedores pagariam anualmente de R$ 407 milhões a R$ 505 milhões em impostos, respectivamente (considerando que as feiras ocorram três vezes por mês ao longo de um ano). Já para uma alíquota de 6,84%, a perda de arrecadação no Estado de São Paulo, considerando o mesmo cenário, se apro-ximaria de R$ 700 milhões por ano. Para se ter uma base de comparação, em 2015, foram transferidos R$ 440 milhões do Estado aos municípios para a realização de investimentos. Capital paulista

De acordo com as estimativas da FecomercioSP, os impactos negativos gerados pelas feiras itinerantes ilegais ao varejo formal da cidade de São Paulo podem chegar a quase R$ 96 milhões por dia de funcionamento. Se as feiras funcionarem uma vez por mês, ao longo de um ano, em todas as regiões da capital, o prejuízo para o varejo local pode alcançar R$ 1,1 bi-lhão. Já se elas ocorrerem três vezes por mês, ao longo de um ano todo, o varejo formal deixará de arrecadar R$ 3,4 bilhões.

Além disso, se as feiras ocorrerem três vezes ao longo de um ano, 17,8 mil empregos estão deixando de serem cria-dos no varejo formal. Já os prejuízos para o município, pela não arrecadação de impostos, podem variar entre R$ 138 milhões (considerando empresas com alíquotas de 4%), R$ 188 milhões (alíquota de 5,47%) e R$ 236 milhões (alíquota média de 6,84%).

Somente a Feira da Madrugada, conhecido comércio popu-lar na região do Brás, reúne cerca de 4 mil expositores. De acordo com especialistas que atuam no combate à venda de produtos ilegais, aproximadamente a metade dessas lojas vendem roupas e, desse total, 70% comercializam produtos contrabandeados. Antes da Prefeitura, agora a administra-ção do espaço pertence ao Consórcio de Compras São Paulo S. A., que assumiu o negócio recentemente depois de ganhar uma licitação feita pela Prefeitura, no ano passado. O prazo de concessão é de 35 anos e o grupo planeja construir um shopping center no local.

SP é o principal destino do contrabando vindo do Paraguai

em notícia

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O alto índice de mortalidade das empresas familiares já não é novidade nos meios empresarias. Apenas 4% das empresas familiares chegam até a quarta geração familiar. O espanto maior é pensar nas causas desta mortalidade: 10% se dá por falta de um sucessor competente; 10% por falta de capital para investimentos necessários, 20% por dificuldades do pró-prio negócio e; pasmem! 60% da mortalidade das empresas familiares é fruto de dificuldades e conflitos entre os membros da família; de acordo com dados da Universidade de Harvard. Mas o que resta como a maior reflexão é: 50% desses conflitos interpessoais poderiam ser evitados. Mas, como? É a pergun-ta que reverbera na mente de centenas de fundadores.

Assim, podemos afirmar o quanto é importante buscar a profissionalização da família empresária; uma vez que este desenvolvimento irá contribuir para o amadurecimento do grupo, construção de uma linguagem comum e entendimen-to deste ambiente da família e do negócio com suas especifi-cidades e necessidades.

Muitos são os caminhos, mas o maior desafio é o pontapé ini-cial; é aceitar que a hora é agora. O que se percebe é que as famílias preferem fingir que nada está acontecendo e evita-se falar sobre os incômodos que começam a surgir. Esta é a pior es-colha; tem o efeito de bola de neve; as dificuldades vão crescen-do diariamente. E um dia, a bomba explode e torna-se inevitá-vel encarar os problemas. Só que este é o pior momento, já que

os desentendimentos e as mágoas podem estar à flor da pele.

O projeto da Abit, em parceria com a FDC, que também se estende aos associados do Sinditêxtil-SP, é uma solução validada pelo mercado. Com de 16 anos de experiência e mais de 500 famílias de todo o país, o PDA (Parceria para o Desenvolvimento do Acionista e da Família Empresária) é uma solução que reúne os membros da família empresária ao redor da mesa para pensar, dialogar e construir um fu-turo que diz respeito a todos: fundadores e herdeiros. Vale destacar três diferenciais que fazem deste projeto vencedor. Primeiramente, a oportunidade da família estar junta nesta construção. No dia a dia ninguém tem tempo, muito menos disposição para este tipo de assunto.

Outro aspecto é a convivência com várias outras famílias empresárias. Não é só na minha casa que acontece; ocor-re com todo mundo! E, por fim, podemos dizer o tempo do projeto; ninguém amadurece de um dia para o outro. Este tempo de um ano é nosso aliado para transformar o mindset das famílias empresárias.

Os caminhos são muitos e devem sempre respeitar os valores de cada família. Um único conselho vale para todas essas em-presas que não desejam fazer parte das estatísticas: não es-pere que os conflitos e divergências familiares comecem para só depois buscar a profissionalização. Pode ser tarde demais!

O livro “Indústria Têxtil – As Várias Faces dos Povos que Construíram o Setor ”, produzido e editado pela BB Editora com a curadoria do Sinditêxtil-SP foi lançado no lounge da Abit, no São Paulo Fashion Week, em abril. Empresários, profissionais do setor e jornalistas prestigiaram o evento.

A publicação conta como etnias tão diversas conseguiram conviver harmoniosamente no Brasil e deram origem ao quinto maior parque têxtil do mundo. “Uma feliz evidência disso é o bairro paulistano do Bom Retiro em São Paulo, onde o setor foi inicialmente desenvolvido pelos italianos, depois judeus, gregos, coreanos e, mais recentemente, bo-

livianos. Cada um deles deu uma enorme contribuição à indústria da moda e também à cultura do bairro, de São Paulo e até do Brasil”, declara Alfredo Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP e que participou ativamente das pesquisas e da revisão.

A obra faz uma introdução ao cenário nacional que foi en-contrado pelos primeiros imigrantes, o perfil da mão de obra até a formação do empresariado têxtil. O trabalho foi incen-tivado pela Lei Rouanet e contou com o apoio de diversas empresas ligadas ao setor.

de livro sobre imigrantes no setor Sinditêxtil-SP faz curadoria

em notícia

em notícia

ContInuIDADEos desafios de

Por Juliana Costa gonçalvesGerente de projetos da FDC

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Sinditêxtil-SPoferece benefícios exclusivos a associados

O Sinditêxtil-SP acaba de fechar novas parcerias com empresas e instituições, sempre com o objetivo de oferecer mais benefícios aos associados. Confira, a seguir, a rela-ção dos convênios em vigor.

PARCEIRo BEnEFíCIo

AdmixA administradora de Seguro Saúde oferece descontos e serviços de estudo de caso para cada empresa

AbescoAssociados têm acesso a serviços de diagnós-tico energético e implantação de projetos em eficiência energética, a custos menores que os praticados no mercado

Delta A empresa realiza venda de máquinas equipa-mentos com até 5% de desconto

Fundação Armanado Alvares Penteado (FAAP)

Empresas associadas e seus colaboradores têm desconto de 10% nos cursos de graduação, pós e mestrado na instituição.

Fundação Instituto de Pes-quisas Econômicas (Fipe)

Concede desconto de 25% na matrícula e mensalidade dos cursos de curta duração ou especialização (MBA)

Fundação Dom Cabral (FDC)

O acordo prevê desconto de 10% especifica-mente para o Programa de Capacitação de Resultados (PCR).

Honda, Estevão O escritório presta assessoria jurídica com valo-res diferenciados aos associados

Istituto Europeo di Design (IED)

Desconto de 20% na matrícula e na mensalida-de dos cursos de pós graduação

universidade Presbiteriana Mackenzie

Empresas associadas ao Sindicato e seus co-laboradores têm descontos de 10% a 30%, da educação infantil à pós graduação, além dos cursos de língua estrangeira nas unidades de São Paulo, Alphaville e Brasilia

grupo Peugeot Citroen Oferece descontos exclusivos para aquisição de veículos das linhas passeio e utilitários

Protesto Eletrônico

Associados poderão enviar protestos de dupli-catas para a distribuição eletrônica em todos os cartórios de SP por uma tarifa de R$3,60 (valor inferior ao cobrado pelos bancos que praticam tarifas em torno de R$ 15

Instituto Rio ModaA instituição garante desconto de 5% em cursos, workshop e programas especiais sempre cumu-lativos ao demais descontos previstos no site at´o limite de 15%

Associação Brasileira de Automação (gS1)

Promover e apoiar a utilização dos padrões GS1 de identificação/codificação e troca eletrônica de dados na cadeia têxtil e de confecção

Fatec Americana (SP) Desconto para cursos de graduação, pós gra-duação e mestrado

Instituto orbitatoO Instituto concede 20% de desconto aos asso-ciados do Sinditextil-SP nas inscrições de cada atividade de formação educacional.

ESPMEmpresas associadas e seus colaboradores têm desconto nos cursos de Pós-graduação empre-sarial com vantagens exclusivas

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Incerteza tem sido a tônica da economia brasileira, nos últimos meses em especial. Nascida de uma eleição pre-sidencial que dividiu o País ao meio, com pequena mar-gem favorável para a coalisão que apoiou a Presidente Dilma, a crise política recrudesceu-se e, por fim, atingiu fortemente a economia. Não que a gestão econômica estivesse apropriada, longe disso. Mas, é inegável que a disputa política tenha sido a grande responsável pela incapacidade de projetar minimamente o futuro. Com efeito, os empresários não tiram seus projetos do papel. Nesse sentido, pesquisa de junho de 2016, da Abit-Sindi-têxtil-SP com seus associados, revela que 69% deles estão investindo menos em 2016 do que no ano anterior.

Há que se pensar no futuro, porém. A expectativa é a de que, com o desenrolar final do processo de impeach-ment, a incerteza seja reduzida e a economia volte a se recuperar, ainda que lentamente. Aliás, alguns sinais de retomada – embora incipientes – já começam a apare-cer, sobretudo na margem (quando se compara um indi-cador com o mês anterior).

Embora o quadro tenha parado de piorar, isso não ne-cessariamente quer dizer que já vivamos dias melhores. Os números do IBGE dão bem conta disso. Passando pri-meiro pelos dados nacionais, no acumulado de janeiro

até maio de 2016, frente ao mesmo período de 2015, a produção está em queda tanto no têxtil, como no vestu-ário; -13% e -11,6%, respectivamente. No Brasil, as vendas do varejo do setor caíram 12,7% no período avaliado.

Em São Paulo, no mesmo período, a fabricação de têxteis recuou 15,3% e a de vestuário 7,6%, para um varejo que também encolheu 16,3%.

O emprego merece um capítulo à parte. Conforme os dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, no País, o setor têxtil e de confecção demitiu 100.330 traba-lhadores com carteira assinada, entre junho de 2015 e maio de 2016 (últimos doze meses). Contudo, entre janei-ro e maio deste ano as demissões ficaram em 7.765. De outro lado, com o foco em São Paulo, os desligamentos em 12 meses, terminados em maio de 2016, resultaram 31.098 vagas eliminadas e, nos cinco primeiros meses des-te ano, 3.122 trabalhadores do setor têxtil e de confecção paulista perderam seus empregos.

Não há dúvidas quanto a dificuldade momentânea da indústria, com os reflexos no emprego. No caso paulista, ainda há uma batalha adicional, que é a assimetria com que o ICMS vem sendo tratado nos estados vizinhos. Em suma: o setor têxtil e de confecção paulista depende não só de uma reação da economia nacional, mas também de uma atuação do governo do estado para interromper a queda de protagonismo que ainda tem, mas que está brutalmente ameaçado.

economiaindicadores

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• Para 43% dos respondentes, a produção de junho/16 foi acima do esperado se comparada com junho/15. • As vendas foram acima do esperado para 48% dos en-trevistados em junho/16 comparado a junho/15. • Em relação ao nível de emprego, 46% declararam que em junho/16 o quadro de trabalhadores ficou um pouco abaixo se comparado ao mesmo período do ano anterior. Porém, para 25% dos entrevistados, os quadros foram man-tidos igualmente ao que se tinha em junho/15.

• os investimentos ainda refletem a insegurança dos em-presários, haja vista que 58% dos entrevistados disseram ter

investido em junho/16 num nível abaixo frente a junho/15. no entanto, 30% declararam que conseguiram manter o mesmo nível que no período anterior. • A inadimplência continuou crescendo e foi apontada por 70% dos respondentes para junho/16, sendo que des-ses, 18% considerou um nível muito superior do que regis-traram em junho/15.

• Apesar da taxa de câmbio estar devolvendo alguma valorização ao Real, o interesse em exportar aumentou em julho/16 para 82% dos empresários entrevistados, dos quais 41% desejam inserir-se no mercado internacional no prazo de um ano.

destaQUes da PesQUisa conJUntUral

sÃo PaUloProdUçÃo têxtil

-15,3%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

ProdUçÃo vestUário

-7,6%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

vareJo vestUário

-16,3%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

emPrego t&c

-3.122* -31.098**

*jan/mai 2016 **jun/15 a mai/16 Fonte: CAGED/MTE

ProdUçÃo têxtil

-13,0%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

ProdUçÃo vestUário

-11,6%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

vareJo vestUário

-12,7%jan/mai 2016 vs jan/mai 2015 Produção Física Fonte:IBGE

emPrego t&c

-7.765* -100.330**

*jan/mai 2016 **jun/15 a mai/16 Fonte: CAGED/MTE

Brasil

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No período de janeiro a junho de 2016, o Estado de São Paulo apresentou um déficit de uS$ 503 milhões em sua balança comercial de produtos têxteis e confecciona-dos, descontando valores referentes à fibra de algodão.

• As importações, que atingiram US$ 648 milhões no perí-odo, apresentaram queda de 36,5% quando comparado com o mesmo período de 2015. O detalhamento das im-portações mostra que todos os segmentos de produtos tiveram queda sensível nas estatísticas.

• A desvalorização do real nos últimos doze meses repre-senta, a princípio, uma oportunidade para a retomada das exportações, porém os dados mostram uma queda de 9% no valor exportado em relação a janeiro-junho de

2015 mesmo com um aumento de 3,25% em volume. Im-portante notar, no entanto, que alguns segmentos como tecidos e confecções indicam elevação no volume ex-portado na ordem de 20% e 30%, respectivamente.

• Os efeitos do câmbio sobre as exportações de produ-tos têxteis e confeccionados tendem a ser mais lentos em comparação aos efeitos sobre as importações. A recente valorização do real das últimas semanas, so-mada às incertezas políticas que ainda pairam sobre o País, geram apreensão por parte dos empresários. Para que o incremento das exportações e a efetiva substitui-ção das importações se concretizem é essencial haver uma perspectiva de estabilização da moeda em um patamar competitivo para a indústria.

Seguem abaixo as exportações e importações de São Paulo e do Brasil por segmento do setor:

comércio exterior

indicadores

setor têxtil e de confecçÃoestado de sÃo PaUlo(exceto fibra de algodão)

ExPoRtAçõESSão PAuLo BRASIL

Jan-Jun 2016 Jan-Jun 2016Descrição US$ 1000 FOB Ton US$ 1000 FOB Ton

Total geral 145.485 19.355 490.074 99.369 1. Fibras Têxteis (exceto fibra de algodão) 11.182 2.028 51.153 23.565

2. Fios 1.260 297 41.016 10.423 3. Filamentos 22.426 3.357 31.746 5.076 4. Tecidos 36.295 4.415 124.917 19.273 5. Linhas de Costura 4.382 325 4.983 386 6. Confecções 25.508 1.663 83.630 5.421

6.1. Vestuário 18.839 466 57.371 1.540 6.2. Roupas de cama, mesa e banho 2.128 257 17.127 2.008 6.3. Cortinas 118 4 572 39 6.4. Outros Artigos Confeccionados 4.423 937 8.559 1.835

7. Outras Manufaturas 44.431 7.269 152.630 35.224

IMPoRtAçõESSão PAuLo BRASIL

Jan-Jun 2016 Jan-Jun 2016Descrição US$ 1000 FOB Ton US$ 1000 FOB Ton

Total geral 648.077 82.046 2.013.393 492.609 1. Fibras Têxteis (exceto fibra de algodão) 30.059 14.902 81.449 50.275

2. Fios 11.781 3.365 185.405 82.177

3. Filamentos 61.953 17.893 294.362 156.963 4. Tecidos 39.073 6.708 391.316 88.664 5. Linhas de Costura 712 60 2.307 236

6. Confecções 390.735 17.700 785.699 57.891 6.1. Vestuário 363.459 14.183 709.818 41.067

6.2. Roupas de cama, mesa e banho 11.958 1.524 41.413 8.125 6.3. Cortinas 3.499 404 7.714 1.175 6.4. Outros Artigos Confeccionados 11.819 1.589 26.754 7.524

7. Outras Manufaturas 113.763 21.419 272.855 56.401

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Font

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