Pis Cofins

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IntroduoPor meio da Emenda Constitucional n 42, publicada no Dirio Oficial da Unio de 31/12/2003, foi acrescido dispositivo Constituio Federal para prever a possibilidade de cobrana de contribuio social "do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar". Neste sentido, a Lei n 10.865, de 30 de abril de 2004, decorrente da Medida Provisria n 164, instituiu, para vigorar a partir de 1 de maio de 2004, a Contribuio para os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico incidente na Importao de Produtos Estrangeiros ou Servios - PIS/PASEP-Importao e a Contribuio Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Servios do Exterior - COFINS-Importao. Neste Roteiro so analisadas as regras aplicveis em relao a essas contribuies incidentes na importao de bens e servios.

I - Campo de IncidnciaAs contribuies incidem sobre Importao de Produtos Estrangeiros ou Servios. Os servios tributados so os provenientes do exterior prestados por pessoa fsica ou pessoa jurdica residente ou domiciliada no exterior, nas seguintes hipteses: a) executados no Brasil; ou b) executados no exterior, cujo resultado se verifique no Brasil. Para fins de incidncia das contribuies, tambm so considerados estrangeiros os bens nacionais ou nacionalizados exportados, que retornem ao Pas, inclusive os equipamentos, as mquinas, os veculos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, os acessrios e os componentes, de fabricao nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia e exportados para a execuo de obras contratadas no exterior. No retorno ao Brasil de bens exportados, no haver incidncia quando os bens tiverem sido: a) enviados em consignao e no vendidos no prazo autorizado; b) devolvidos por motivo de defeito tcnico para reparo ou para substituio; c) devolvidos por motivo de modificaes na sistemtica de importao por parte do pas importador; d) devolvidos por motivo de guerra ou de calamidade pblica; ou e) devolvidos por outros fatores alheios vontade do exportador. Fundamentao: Art. 1 da Lei n 10.865/2004.

II - No IncidnciaO PIS/PASEP-Importao e a COFINS-Importao no incidem sobre:

a) bens estrangeiros que, corretamente descritos nos documentos de transporte, chegarem ao Pas por erro inequvoco ou comprovado de expedio e que forem redestinados ou devolvidos para o exterior; b) bens estrangeiros idnticos, em igual quantidade e valor, e que se destinem reposio de outros anteriormente importados que se tenham revelado, aps o desembarao aduaneiro, defeituosos ou imprestveis para o fim a que se destinavam, observada a regulamentao do Ministrio da Fazenda; c) bens estrangeiros que tenham sido objeto de pena de perdimento, exceto nas hipteses em que no sejam localizados, tenham sido consumidos ou revendidos; d) bens estrangeiros devolvidos para o exterior antes do registro da declarao de importao, observada a regulamentao do Ministrio da Fazenda; e) pescado capturado fora das guas territoriais do Pas por empresa localizada no seu territrio, desde que satisfeitas as exigncias que regulam a atividade pesqueira; f) bens aos quais tenha sido aplicado o regime de exportao temporria; g) bens ou servios importados pelas entidades beneficentes de assistncia social, nos termos do 7 do art. 195 da Constituio Federal, inclusive os recebidos em doao de representaes diplomticas estrangeiras sediadas no Brasil por entidades beneficentes, reconhecidas como de utilidade pblica, para serem vendidos em feiras, bazares e eventos semelhantes;

A transferncia de propriedade ou a cesso de uso dos bens, a qualquer ttulo antes do decurso do prazo de 3 (trs) anos, contado da data do registro da declarao de importao, obriga ao prvio pagamento das contribuies dispensadas, exceto se a transferncia a outra entidade tenha sido previamente autorizada pela Receita Federal (Arts. 10, II, e 12, da Lei n 10.865/2004). h) bens em trnsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destrudos; i) bens avariados ou que se revelem imprestveis para os fins a que se destinavam, desde que destrudos, sob controle aduaneiro, antes de despachados para consumo, sem nus para a Fazenda Nacional; e j) o custo do transporte internacional e de outros servios, que tiverem sido computados no valor aduaneiro que serviu de base de clculo da contribuio. k) valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido pessoa fsica ou jurdica a ttulo de remunerao de servios vinculados aos processos de avaliao da conformidade, metrologia, normalizao, inspeo sanitria e fitossanitria, homologao, registros e outros procedimentos exigidos pelo pas importador sob o resguardo dos acordos sobre medidas sanitrias e fitossanitrias (SPS) e sobre barreiras tcnicas ao comrcio (TBT), ambos do mbito da Organizao Mundial do Comrcio (OMC).

O disposto na letra "k", introduzido pela Medida Provisria n 472/2009, convertida na Lei n 12.249/2010, aplicvel desde 16.12.2009, no se aplica remunerao de servios prestados por pessoa fsica ou jurdica residente ou domiciliada em pas ou dependncia com tributao favorecida ou beneficiada por regime fiscal privilegiado, de que trata os arts. 24 e 24-A da Lei n 9.430/96. Fundamentao: Arts. 2 e 10, III, da Lei n 10.865/2004.

III - Fato Gerador das ContribuiesO fato gerador do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao ser: a) a entrada de bens estrangeiros no territrio nacional; ou b) o pagamento, o crdito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestao por servio prestado. Consideram- se entrados no territrio nacional os bens que constem como tendo sido importados e cujo extravio venha a ser apurado pela administrao aduaneira, exceto em relao a: a) malas e as remessas postais internacionais; e b) mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condies de manuseio na descarga, esteja sujeita a quebra ou a decrscimo, desde que o extravio no seja superior a 1% (um por cento).

As contribuies sero exigidas somente em relao ao que exceder a 1% (um por cento). Fundamentao: Art. 3 da Lei n 10.865/2004. III.1 - Momento da Ocorrncia do Fato Gerador Considera-se ocorrido o fato gerador: a) na data do registro da declarao de importao de bens submetidos a despacho para consumo, inclusive, no caso de bens importados sob regime suspensivo de tributao do imposto de importao; b) no dia do lanamento do correspondente crdito tributrio, quando se tratar de bens constantes de manifesto ou de outras declaraes de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for apurado pela autoridade aduaneira; c) na data do vencimento do prazo de permanncia dos bens em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na situao prevista pelo art. 18 da Lei n 9.779, de 19 de janeiro de 1999; d) na data do pagamento, do crdito, da entrega, do emprego ou da remessa de valores como contraprestao por servio prestado por residentes no exterior. Fundamentao: Art. 4 da Lei n 10.865/2004.

IV - Sujeito PassivoSo contribuintes do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao: a) o importador, assim considerada a pessoa fsica ou jurdica que promova a entrada de bens estrangeiros no territrio nacional;

Equiparam-se ao importador o destinatrio de remessa postal internacional indicado

pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada. b) a pessoa fsica ou jurdica contratante de servios de residente ou domiciliado no exterior; e c) o beneficirio do servio, na hiptese em que o contratante tambm seja residente ou domiciliado no exterior. Fundamentao: Art. 5 da Lei n 10.865/2004.

V - Responsabilidade Solidria pelas ContribuiesSo responsveis solidrios pelo pagamento do PIS/PASEP-Importao e da COFINSImportao: a) o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importao realizada por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdica importadora; b) o transportador, quando transportar bens procedentes do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; c) o representante, no Pas, do transportador estrangeiro; d) o depositrio, assim considerado qualquer pessoa incumbida da custdia de bem sob controle aduaneiro; e e) o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realizao do transporte multimodal. Fundamentao: Art. 6 da Lei n 10.865/2004.

VI - Base de ClculoA base de clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao ser: a) o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos deste Roteiro, o valor que servir ou que serviria de base para o clculo do imposto de importao, acrescido do valor do ICMS incidente no desembarao aduaneiro e do valor das prprias contribuies, na hiptese de entrada de bens estrangeiros no territrio nacional;

O ICMS incidente compor a base de clculo das contribuies, mesmo que tenha seu recolhimento diferido. No se inclui na base de clculo das contribuies o valor referente a outros impostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras, a que se refere a alnea "e" do inciso V do art. 13 da Lei Complementar no 87/1996 (Dispositivo inserido pelo artigo 41 da MP n 252/2005, produzindo efeitos no perodo de 16/06/2005 a 13/10/2005, e reproduzido no artigo 44 da Lei n 11.196/2005, com eficcia a partir de 22/11/2005). b) o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da reteno do imposto de renda, acrescido do ISS e do valor das prprias contribuies, na hiptese de pagamento, crdito, entrega, emprego ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestao por servio prestado; ou c) 15% (quinze por cento) do valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido na hiptese de prmios de resseguro cedidos ao exterior, que no sejam decorrentes do

transporte internacional e de outros servios que tiverem sido computados no valor aduaneiro que serviu de base de clculo da contribuio.

At 31.03.2010, o percentual da letra "c" estava fixado em 8% (oito por cento). A mudana foi realizada pela Medida Provisria n 472/2009, convertida na Lei n 12.249/2010 Fundamentao: Art. 7, "caput" e 1, 2, 4 e 5, da Lei n 10.865/2004. VI.1 - Reduo da Base de Clculo A base de clculo fica reduzida: a) em 30,2%, no caso de importao, para revenda, de caminhes chassi com carga til igual ou superior a 1.800 kg e caminho monobloco com carga til igual ou superior a 1.500 kg, classificados na posio 87.04 da Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, observadas as especificaes estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

O cdigo 8704 trata de "veculos automveis para transporte de mercadorias". b) em 48,1%, no caso de importao, para revenda, de mquinas e veculos classificados nos seguintes cdigos e posies da TIPI: 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.90 Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10 Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos cdigos 8702.10.00 e 8702.90.90).

Tratam esses cdigos, de modo geral, de mquinas para uso agrcola. Fundamentao: Art. 7, 3, da Lei n 10.865/2004.

VII - AlquotasAs contribuies sero calculadas mediante aplicao, sobre a base de clculo das seguintes alquotas: VII.1 - Alquotas Ordinrias Importao de produtos em geral por pessoas jurdicas e pessoas fsicas em geral.Hipteses de incidncia Bem, Produto ou Servios importado em geral PIS/PASEP 1,65% COFINS 7,6% Base de Clculo/Observaes Frmula de clculo aprovada pela IN SRF 572/2005, que revogou a IN SRF 571 de 2005

Fundamentao: Art. 8, "caput", da Lei n 10.865/2004. VII.2 - Alquotas para os Setores e Produtos com Tributao Diferenciada Os setores cujos produtos tm tributao diferenciada (combustveis, produtos farmacuticos e cosmticos, mquinas e veculos, autopeas, pneus novos de borracha, cmaras-de-ar de borracha, bebidas e embalagens) tambm conhecidos por incidncia monofsica, devem observar as normas especficas para esses regimes.

Fundamentao: Art. 8, 1 a 9 e 19, da Lei n 10.865/2004. VII.2.1 - Vesturio e seus acessrios A partir de 1 de dezembro de 2011, a alquota da COFINS-importao ser acrescida de 1,5% (um inteiro e cinco dcimos) pontos percentuais na hiptese de importao de diversos bens, relativos a vesturio e seus acessrios (de plstico, de couro, txteis, de papel), artefatos txteis, calados, chapus, bas, malas, bolsas, mobilirio (mveis), dentre outros. Essa alterao foi promovida por meio de alterao no art. 8 da Lei n 10.865 de 2004, que acrescentou o 21 tratando deste acrscimo. Os produtos abaixo, portanto, devero sofrer a tributao pela COFINS-importao alquota de 9,1%, a partir de 1 de dezembro de 2011:Cdigo 3926.20.00 40.15 42.03 43.03 4818.50.00 63.01 63.02 63.03 63.04 63.05 6812.91.00 Descrio Vesturio e seus acessrios (includas as luvas, mitenes e semelhantes), de plstico. Vesturio e seus acessrios (includas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada no endurecida, para quaisquer usos. Vesturio e seus acessrios, de couro natural ou reconstitudo Vesturio, seus acessrios e outros artefatos de peleteria (peles com plo). Vesturio e seus acessrios, de pasta de papel, papel, pasta ("ouate") de celulose ou de mantas de fibras de celulose Cobertores e mantas Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas Outros artefatos txteis para guarnio de interiores, exceto da posio 94.04. Sacos de quaisquer dimenses, para embalagem Vesturio, acessrios de vesturio, calados e chapus de amianto, ou de misturas base de amianto, ou base de amianto e carbonato de magnsio Outros - Suportes elsticos para camas (somis); colches, edredes, almofadas, pufes, travesseiros e artigos semelhantes, equipados com molas ou guarnecidos interiormente de quaisquer matrias, compreendendo esses artigos de borracha ou de plsticos, alveolares, mesmo recobertos. Vesturio e seus acessrios, de malha Vesturio e seus acessrios, exceto de malha Bas para viagem, malas e maletas, includas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudante, e artefatos semelhantes, com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado Bolsas, mesmo com tiracolo, includas as que no possuam alas com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado Artigos do tipo dos normalmente levados nos bolsos ou em bolsas com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado Obras de couro; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes com a superfcie exterior de couro natural ou reconstitudo, ou de couro envernizado. Outras obras de couro natural ou reconstitudo Artefatos de matrias txteis, calados, chapus e artefatos de uso semelhante, usados Calados impermeveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plsticos, em que a parte superior no tenha sido reunida sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, salincias (espiges) ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos. Outros calados com sola exterior e parte superior de borracha ou plsticos Calados com sola exterior de borracha, plsticos, couro natural ou reconstitudo e parte superior de couro natural Calados com sola exterior de borracha, plsticos, couro natural ou reconstitudo e parte superior de matrias txteis

9404.90.00 Captulo 61 Captulo 62 4202.11.00

4202.21.00 4202.31.00 4202.91.00 4205.00.00 6309.00 64.01 64.02 64.03 64.04

64.05 64.06 94.01 94.02 94.03

Outros calados Partes de calados (includas as partes superiores, mesmo fixadas a solas que no sejam as solas exteriores); palmilhas amovveis, reforos interiores e artefatos semelhantes, amovveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes Assentos (exceto os da posio 94.02), mesmo transformveis em camas, e suas partes Mobilirio para medicina, cirurgia, odontologia ou veterinria (por exemplo, mesas de operao, mesas de exames, camas dotadas de mecanismos para usos clnicos, cadeiras de dentista); cadeiras para sales de cabeleireiro e cadeiras semelhantes, com dispositivos de orientao e de elevao; suas partes Outros mveis e suas partes

Fundamentao: Art. 8, "caput", 1 a 9, 19 e 21 da Lei n 10.865/2004. VII.3 - Papel Imune a Impostos VII.3.1 - Alquotas reduzidas Na importao de papel imune a impostos de que trata o artigo 150, inciso VI, "d", da Constituio Federal, destinado impresso de peridicos, previsto que as alquotas so de: a) 0,8%, para o PIS/PASEP-Importao; e b) 3,2%, para a COFINS-Importao.

Ver tpico VII.3.2 sobre reduo a zero das alquotas. As citadas alquotas aplicam-se somente s importaes realizadas por: a) pessoa fsica ou jurdica que explore a atividade da indstria de publicaes peridicas; e b) empresa estabelecida no Pas como representante de fbrica estrangeira do papel, para venda exclusivamente s pessoas referidas na letra "a".

Para fins de aplicao do benefcio, somente poder importar papel imune a empresa para esse fim registrada, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Ministrio da Fazenda. As alquotas fixadas neste tpico no abrangem o papel utilizado na impresso de publicao que contenha, exclusivamente, matria de propaganda comercial. Destaca-se, tambm, que o papel importado a que se refere este tpico: a) poder ser utilizado em folhetos ou outros impressos de propaganda que constituam suplemento ou encarte do peridico, desde que em quantidade no excedente tiragem da publicao que acompanham, e a ela vinculados pela impresso de seu ttulo, data e nmero de edio; e b) no poder ser utilizado em catlogos, listas de preos, publicaes semelhantes, e jornais e revistas de propaganda. Por fim, importante observar que a Secretaria da Receita Federal o Brasil poder estabelecer normas segundo as quais poder ser autorizada a venda de aparas ou de papel imprprio para impresso, desde que se destinem a utilizao como matria-prima; normas que regulem o cumprimento das obrigaes acessrias relativas ao presente benefcio; limite de utilizao do

papel nos servios da empresa e percentual de tolerncia na variao do peso, pela aplicao de tinta ou em razo de umidade. Fundamentao: Art. 8, 10, da Lei n 10.865/2004; Art. 18 da Lei n 11.727/2008; Decreto n 5.171/2004. VII.3.2 - Alquota zero No obstante as alquotas reduzidas mencionadas no tpico anterior, cabe observar a previso de reduo a zero das alquotas em determinadas situaes. Conforme prev o Decreto n 6.842, esto reduzidas a 0 (zero), at 30 de abril de 2012, ou at que a produo nacional atenda 80% do consumo interno, nas hipteses de importao de:

A verificao do mencionado percentual ser realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE. a) papel destinado impresso de jornais; e b) papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados impresso de peridicos. A presente reduo aplica-se somente nas importaes realizadas por: a) empresa jornalstica, editora que explore a indstria de jornal ou grfica impressora de jornais, na hiptese da letra "a"; b) empresas que explorem a impresso de peridicos utilizando papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90 da TIPI; c) no caso de importao, empresa estabelecida no Pas como representante da fbrica estrangeira do papel, para venda exclusivamente s pessoas referidas nas letras "a" e "b". d) empresas que exeram as atividades de comercializao ou distribuio de papel destinado impresso de jornais , ou papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados impresso de peridicos, para venda exclusivamente s pessoas referidas nas letras "a" e "b", observados o Registro Especial da Receita Federal de que trata o tpico VII.3.3 deste Roteiro.

Esta regra foi inserida pelo artigo 1 do Decreto n 7.293/2010. O benefcio no abrange os papis utilizados na impresso de publicao que contenha, exclusivamente, matria de propaganda comercial, e no podero ser utilizados em catlogos, listas de preos, publicaes semelhantes e revistas de propaganda.

Para fins de aplicao do benefcio, somente poder importar papel imune a empresa para esse fim registrada, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Ministrio da Fazenda. A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder estabelecer: a) normas para autorizao da venda de aparas ou de papel imprprio para a impresso, desde que se destinem a utilizao como matria-prima;

b) normas que regulem o cumprimento das obrigaes acessrias relacionadas a este benefcio; c) limite de utilizao do papel nos servios da empresa; e d) percentual de tolerncia na variao do peso, pela aplicao de tinta ou em razo de umidade. Fundamentao: Art. 8, 12, III e IV, da Lei n 10.865/2004; Art. 18 da Lei n 11.727/2008; Decreto n 6.842/2009 alterado pelo Decreto n 7.293/2010. VII.3.3 - Registro Especial Conforme prev a Lei n 11.945, deve manter o Registro Especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB a pessoa jurdica que: a) exercer as atividades de comercializao e importao de papel destinado impresso de livros, jornais e peridicos, a que se refere a alnea "d" do inciso VI do artigo 150 da Constituio Federal; e b) adquirir o papel a que se refere a alnea "d" do inciso VI do artigo 150 da Constituio Federal para a utilizao na impresso de livros, jornais e peridicos. Destaca-se que a comercializao do papel a detentores do Registro Especial faz prova da regularidade da sua destinao, sem prejuzo da responsabilidade, pelos tributos devidos, da pessoa jurdica que, tendo adquirido o papel beneficiado com imunidade, desviar sua finalidade constitucional. Essa regra aplica-se, inclusive, as contribuies sociais. A Lei n 11.945 tambm atribuiu RFB competncia para: a) expedir normas complementares relativas ao Registro Especial e ao cumprimento das exigncias a que esto sujeitas as pessoas jurdicas para sua concesso; b) estabelecer a periodicidade e a forma de comprovao da correta destinao do papel beneficiado com imunidade, inclusive mediante a instituio de obrigao acessria destinada ao controle da sua comercializao e importao. O no cumprimento da obrigao prevista na letra "b" sujeitar, inclusive, a pessoa jurdica s seguintes penalidades: a) 5%, no inferior a R$ 100,00 e no superior a R$ 5.000,00, do valor das operaes com papel imune omitidas ou apresentadas de forma inexata ou incompleta; e b) de R$ 2.500,00 para micro e pequenas empresas e de R$ 5.000,00 para as demais, independentemente da sano anterior, se as informaes no forem apresentadas no prazo estabelecido.

Apresentada a informao fora do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofcio, a multa prevista na letra "b" ser reduzida metade. importante tambm observar que o Registro Especial poder ser cancelado, a qualquer tempo, pela RFB se, aps a sua concesso, ocorrer uma das seguintes hipteses: a) desatendimento dos requisitos que condicionaram a sua concesso;

b) situao irregular da pessoa jurdica perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica CNPJ; c) atividade econmica declarada para efeito da concesso do Registro Especial divergente da informada perante o CNPJ ou daquela regularmente exercida pela pessoa jurdica; d) no comprovao da correta destinao do papel; ou e) deciso final proferida na esfera administrativa sobre a exigncia fiscal de crdito tributrio decorrente do consumo ou da utilizao do papel destinado impresso de livros, jornais e peridicos em finalidade diferente daquela prevista neste tpico.

Ficar vedada a concesso de novo Registro Especial, pelo prazo de 5 anoscalendrio, pessoa jurdica enquadrada nas hipteses descritas nas letras "d" e "e".A vedao tambm se aplica concesso de Registro Especial a pessoas jurdicas que possuam em seu quadro societrio: a) pessoa fsica que tenha participado, na qualidade de scio, diretor, gerente ou administrador, de pessoa jurdica que teve Registro Especial cancelado em virtude do disposto nas letras "d" e "e"; ou b) pessoa jurdica que teve Registro Especial cancelado em virtude do disposto nas letras "d" e "e". Fundamentao: Arts. 1 e 2 da Lei n 11.945/2009. VII.4 - Etano, Propano, Butano e Nafta Petroqumica Na importao de etano, propano e butano, destinados produo de eteno e propeno, e de nafta petroqumica, quando efetuada por centrais petroqumicas, as alquotas so de: a) 1,0% (um por cento), para a Contribuio para o Pis/Pasep- Importao; e b) 4,6% (quatro inteiros e seis dcimos por cento), para a Cofins-Importao. Na hiptese da importao de etano, propano e butano, no se aplica o disposto no 8 do artigo 8 da Lei n 10.865, que prev a incidncia das contribuies por unidade de volume de produto (alquotas fixas). Fundamentao: Art. 8, 15 e 16, da Lei n 10.865/2004. VII.5 - Frmula de Clculo das Contribuies Devidas A Receita Federal divulgou, inicialmente, por meio do Ato Declaratrio Executivo SRF n 17/2004, frmula para clculo das contribuies devidas na importao. A Instruo Normativa SRF n 572, publicada no DOU de 22/11/2005, modificou a frmula, revogando a Instruo Normativa SRF n 571/2005. As frmulas vigentes, a partir de 22 de novembro de 2005, so as seguintes: VII.5.1 - Importao de Bens - Alquota do IPI "Ad valorem"

VA = Valor Aduaneiro a = alquota do Imposto de Importao (II) b = alquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) c = alquota da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao d = alquota da COFINS-Importao e = alquota do imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS) Fundamentao: Art. 1, I, da IN SRF 572/2005. VII.5.2 - Importao de Bens - Alquota do IPI "Especfica" Na hiptese de a alquota do IPI ser especfica, os valores a serem pagos sero obtidos pela aplicao das seguintes frmulas:

Q = Quantidade do produto importada na unidade de medida compatvel com a alquota especfica do IPI. VA = Valor Aduaneiro a = alquota do II B = alquota especfica do IPI c = alquota da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao d = alquota da COFINS-Importao

e = alquota do ICMS Fundamentao: Art. 2 da IN SRF n 572/2005. VII.5.3 - Importao de Servios

V = o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o exterior, antes da reteno do imposto de renda c = alquota da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao d = alquota da COFINS-Importao f = alquota do Imposto sobre Servios de qualquer Natureza Fundamentao: Art. 1, II, da IN SRF n 572/2005. VII.5.4 - Observaes sobre as Frmulas Nas hipteses de imunidade ou de iseno ou reduo do Imposto de Importao ou do IPI, reduo das alquotas dos respectivos tributos, ou reduo de suas respectivas bases de clculo, o valor correspondente a qualquer deles, que seria devido caso no houvesse imunidade, iseno ou reduo, no compe a base de clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao. Aplica-se tambm essa disposio nas hipteses de: a) imunidade, iseno ou reduo do ICMS, ou ainda, de reduo das alquotas ou da base de clculo do tributo; b) aplicao dos regimes aduaneiros aplicados em reas especiais; c) suspenso do pagamento do IPI vinculado importao de que tratam as Leis n 9.826, de 23 de agosto de 1999, n 10.485, de 3 de julho de 2002, e n 10.637, de 30 de dezembro de 2002, com a redao dada pela Lei n 10.684, de 30 de maio de 2003. Nos casos de imunidade, iseno ou da suspenso do IPI vinculado importao de que trata o item "c" acima, deve-se informar o valor zero para a alquota correspondente de cada tributo e, nos casos de reduo, deve ser informada a alquota real empregada na operao. Na hiptese de diferimento do pagamento do ICMS, o valor do ICMS diferido compe a base de clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao.

O contribuinte que comprovar o recolhimento de valores a maior que o devido do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao em razo da utilizao das frmulas constantes da Instruo Normativa RFB n 571, de 20 de outubro de 2005, antes da publicao da Instruo Normativa SRF n 572, de 22 de novembro de 2005, ter direito restituio da diferena de valores, nos termos da Instruo Normativa n 900 de 2008, que dispe sobre os procedimentos para solicitao de restituio ou compensao. Fundamentao: Arts. 3 e 4 da IN SRF n 572/2005. VII.5.5 - Planilha de Clculo Pela Norma de Execuo COANA n 6/2004, a Receita Federal aprovou uma Planilha Eletrnica, para verificar os clculos do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao incidente sobre a importao de bens, a ser utilizada pela fiscalizao aduaneira, enquanto no for implementada funo especfica no Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex). Nova Planilha foi aprovada pela Norma de Execuo COANA n 2/2005; entretanto, com as alteraes promovidas a partir da Lei n 11.196, de 21.11.2005, aguarda-se a disponibilizao de Planilha atualizada pela Receita Federal. VII.6 - Reduo a Zero Ao lado das alquotas ordinrias e daquelas especiais, ainda temos a previso de alquota zero em relao a diversos produtos e servios. Para ver os produtos beneficiados, e seus fundamentos legais, veja nossa Tabela: Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao - Produtos e servios sujeitos alquota zero.

VIII - IsenesSo isentas do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao as importaes realizadas: a) pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, suas autarquias e fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico; b) pelas Misses Diplomticas e Reparties Consulares de carter permanente e pelos respectivos integrantes; c) pelas representaes de organismos internacionais de carter permanente, inclusive os de mbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes. Tambm so isentas as operaes com: a) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial; b) remessas postais e encomendas areas internacionais, destinadas a pessoa fsica; c) bagagem de viajantes procedentes do exterior e bens importados a que se apliquem os regimes de tributao simplificada ou especial; d) bens adquiridos em loja franca no Pas;

e) bens trazidos do exterior, no comrcio caracterstico das cidades situadas nas fronteiras terrestres, destinados subsistncia da unidade familiar de residentes nas cidades fronteirias brasileiras; f) bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de iseno; g) objetos de arte, classificados nas posies 97.01, 97.02, 97.03 e 97.06 da NCM, recebidos em doao, por museus institudos e mantidos pelo poder pblico ou por outras entidades culturais reconhecidas como de utilidade pblica; h) mquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peas de reposio, acessrios, matrias-primas e produtos intermedirios, importados por instituies cientficas e tecnolgicas e por cientistas e pesquisadores, conforme o disposto na Lei n 8.010, de 29 de maro de 1990; i) trofus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, cientfico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribudos gratuitamente como premiao em evento esportivo realizado no Pas; j) bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; k) material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribudos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

A iseno prevista nas letras "i" a "j" aplica-se tambm a bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doao de entidade de prtica desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento. O direito s isenes somente ser reconhecido se satisfeitos os requisitos e condies estabelecidos para fruio de benefcio anlogo em relao ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado importao, seguindo as mesmas regras estabelecidas nos incisos I e II do art. 3 da Lei n 8.032, de 12 de abril de 1990. Fundamentao: Art. 9 da Lei n 10.865/2004; art. 38 da Lei n 11.488/2007. VIII.1 - Perda da Iseno Quando a iseno for vinculada qualidade do importador, a transferncia de propriedade ou a cesso de uso dos bens, a qualquer ttulo, obriga ao prvio pagamento das contribuies, exceto se os bens forem transferidos ou cedidos: a) a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributrio, mediante prvia deciso da autoridade administrativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil; b) aps o decurso do prazo de 3 anos, contado da data do registro da declarao de importao; e c) a entidades beneficentes, reconhecidas como de utilidade pblica, para serem vendidos em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidos em doao de representaes diplomticas estrangeiras sediadas no Pas. Quando a iseno for vinculada destinao dos bens, ficar condicionada comprovao posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concesso.

Desde que mantidas as finalidades que motivaram a concesso e mediante prvia deciso da autoridade administrativa da Receita Federal, poder ser transferida a propriedade ou cedido o uso dos bens antes de decorrido o prazo de 3 anos, contado da data do registro da correspondente declarao de importao. Fundamentao: Arts. 10 a 12 da Lei n 10.865/2004. VIII.2 - Outras Normas Aplicveis s Isenes O Ato Declaratrio Interpretativo SRF n 21/2004 divulgou as seguintes normas aplicveis s isenes do PIS/PASEP e da COFINS Importao: a) as isenes do imposto de importao estabelecidas nas alneas "n" e "o" do inciso II do art. 135 do Decreto n 4.543, de 26 de dezembro de 2002 - Regulamento Aduaneiro (RA/2002), que tm como base legal, respectivamente, o art. 34 da Lei n 8.218, de 29 de agosto de 1991, e o art. 70 da Lei n 8.383, de 30 de dezembro de 1991, no so extensivas ao PIS/PASEPImportao e COFINS-Importao.

So especificadas as seguintes isenes nas alneas "n" e "o" do inciso II do art. 135 do RA/2002:"n) mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doao de representaes diplomticas estrangeiras sediadas no Pas (Lei n 8.218, de 29 de agosto de 1991, art. 34);""o) mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposies internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados (Lei n 8.383, de 30 de dezembro de 1991, art. 70);" b) a iseno de gravames importao estabelecida no art. 3 do Acordo de Alcance Parcial sobre Promoo de Comrcio entre Brasil e Bolvia (Fornecimento de Gs Natural), promulgado pelo Decreto n 681, de 11 de novembro de 1992, alcana o PIS/PASEPImportao e a COFINS-Importao. Fundamentao: Arts. 1 e 2 do ADI SRF n 21/2004.

IX - Regimes Aduaneiros Especiais e Suspenso das ContribuiesConforme prev o artigo 14, "caput", da Lei n 10.865/2004, as normas relativas suspenso do pagamento do imposto de importao ou do IPI vinculado importao, relativas aos regimes aduaneiros especiais, aplicam-se tambm ao PIS/PASEP-Importao e COFINSImportao. Tambm, o que prev o artigo 6 do Ato Declaratrio Interpretativo SRF n 21/2004, aos dispor que as normas estabelecidas para a concesso e aplicao dos regimes aduaneiros especiais aplicam-se ao PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao, devendo ser observadas, para a suspenso do pagamento destas, as mesmas regras fixadas para a suspenso do pagamento do imposto de importao ou do IPI vinculado importao. Dessa forma, para verificarmos as hipteses de suspenso das contribuies sociais, decorrentes dos regimes aduaneiros especiais, se faz necessrio conhec-los. O Regulamento Aduaneiro - RA/2009, aprovado pelo Decreto n 6.759, de 05.02.2009, relaciona quais so esses regimes. Fundamentao: Art. 14, "caput", da Lei n 10.865/2004; Art. 6 do ADI SRF n 21/2004. IX.1 - Zona Franca de Manaus

Por fora do disposto no 1 do art. 14 e no art. 14-A da Lei n 10.865/2004, fica suspensa a exigncia do PIS/PASEP - Importao e da COFINS - Importao, incidente nas importaes efetuadas por empresas localizadas na Zona Franca de Manaus, de matrias-primas, produtos intermedirios e materiais de embalagem e de bens a serem empregados na elaborao desses insumos, destinados a emprego em processo de industrializao por estabelecimentos ali instalados, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA. A suspenso das contribuies tambm se aplica nas importaes de mquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, para incorporao ao ativo imobilizado da pessoa jurdica importadora, estabelecida na Zona Franca de Manaus. Os detalhes aplicveis em relao a essas operaes beneficiadas por suspenso podem ser acessadas no seguinte Roteiro, que trata especificamente da Zona Franca de Manaus: PIS/Pasep e COFINS - Zona Franca de Manaus - Roteiro de Procedimentos. Fundamentao: Arts. 14 e 14-A da Lei n 10.865/2004; Art. 50 da Lei n 11.196/2005; Decreto n 5.691/2006. IX.2 - Zonas de Processamento de Exportao Por meio da Lei n 11.508, de 20.07.2007, o Poder Executivo foi autorizado a criar, nas regies menos desenvolvidas, Zonas de Processamento de Exportao - ZPE, que se caracterizam como reas de livre comrcio de importao e exportao, destinadas instalao de empresas voltadas para a produo de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primrias para efeito de controle aduaneiro. O objetivo das ZPE reduzir desequilbrios regionais, bem como fortalecer o balano de pagamentos e promover a difuso tecnolgica e o desenvolvimento econmico e social do Pas. Para tanto, so dispensados diversos incentivos fiscais, como a suspenso de contribuies sociais. Conforme prev a legislao, as importaes ou as aquisies no mercado interno de bens e servios por empresa autorizada a operar em ZPE tero suspenso da exigncia de impostos e contribuies, entre eles PIS-Importao e COFINS-Importao. Fundamentao: Art. 6-A, "caput", da Lei n 11.508/2007. IX.3 - Regime Aduaneiro Especial de Importao de Embalagens O art. 52 da Lei 11.196/2005 instituiu o Regime Aduaneiro Especial de Importao de embalagens, que permite a apurao da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao utilizando-se de alquotas especificas, de acordo com o tipo de embalagem. Os detalhes sobre este Regime Aduaneiro Especial constam do Decreto n 5.652 de 2005. Fundamentao: Arts. 52 a 54 da Lei n 11.196/2004. IX.4 - Suspenso na Importao de Mquinas e Equipamentos Utilizados na Fabricao de Papis No caso de importao de mquinas e equipamentos, classificados na posio 84.39 da Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI e utilizados na fabricao de papis destinados impresso de jornais ou de papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, fica suspensa, nos termos do art. 55 da Lei n 11.196/2005, a exigncia da Contribuio para o PIS/PASEP-

Importao e da COFINS-Importao, quando os referidos bens forem importados diretamente por pessoa jurdica industrial para incorporao ao seu ativo imobilizado. O benefcio da suspenso: a) aplica-se somente no caso de aquisies ou importaes efetuadas por pessoa jurdica que auferir, com a venda dos papis referidos acima, valor igual ou superior a 80% (oitenta por cento) da sua receita bruta de venda total de papis; b) no se aplica no caso de aquisies ou importaes efetuadas por pessoas jurdicas optantes pelo Simples ou que tenham suas receitas, no todo ou em parte, submetidas ao regime de incidncia cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS; e c) poder ser usufrudo nas aquisies ou importaes realizadas at 30 de abril de 2008 ou at que a produo nacional atenda a 80% (oitenta por cento) do consumo interno. Fundamentao: Art. 55 da Lei n 11.196/2004. IX.5 - leo Combustvel Destinado Navegao de Cabotagem e de Apoio Porturio e Martimo suspensa a exigncia da Contribuio para o PIS/Pasep-Importao e da Cofins-Importao, no caso de importao, quando destinados navegao de cabotagem e de apoio porturio e martimo, de: a) leo combustvel, tipo bunker, MF - Marine Fuel, classificado no cdigo 2710.19.22; b) leo combustvel, tipo bunker, MGO - Marine Gs Oil, classificado no cdigo 2710.19.21; e c) leo combustvel, tipo bunker, ODM - leo Diesel Martimo, classificado no cdigo 2710.19.21. Para ter direito ao benefcio, o importador dever estar previamente habilitado, nos termos e condies fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil por meio da Instruo Normativa RFB n 882, de 22.10.2008. A pessoa jurdica que no destinar os mencionados produtos navegao de cabotagem ou de apoio porturio e martimo fica obrigada a recolher as contribuies no pagas em funo da suspenso, acrescidas de juros e multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data do registro da Declarao de Importao - DI. Na hiptese de no ser efetuado o recolhimento, caber lanamento de ofcio, com aplicao de juros e da multa de que trata o caput do art. 44 da Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Fundamentao: Art. 2 da Lei n 11.774/2008; IN RFB n 882/2008. IX.6 - Mercadoria para Emprego ou Consumo na Industrializao ou Elaborao de Produto a ser Exportado A importao de mercadoria para emprego ou consumo na industrializao ou elaborao de produto a ser exportado, poder ser realizada com suspenso da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao. A suspenso aplica-se tambm importao de mercadorias para emprego em reparo, criao, cultivo ou atividade extrativista de produto a ser exportado.

Por meio da Lei n 12.058/2009, foi estabelecido que o benefcio se aplica ainda s importaes de empresas denominadas fabricantes-intermedirios, para industrializao de produto intermedirio a ser diretamente fornecido a empresas industriais-exportadoras, para emprego ou consumo na industrializao de produto final destinado exportao. O benefcio no alcana, todavia: a) o consumo de energia eltrica; b) as despesas com aluguis e contraprestaes de arrendamento mercantil de prdios, mquinas e equipamentos, embarcaes e aeronaves, utilizados na atividade da empresa; c) a aquisio de mquinas, equipamentos e outros bens a serem incorporados ao ativo imobilizado, para locao a terceiros ou para utilizao na produo de bens destinados venda ou na prestao de servios. importante destacar que apenas a pessoa jurdica previamente habilitada pela Secretaria de Comrcio Exterior poder ser beneficiada pela suspenso. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Secretaria de Comrcio Exterior disciplinaro em ato conjunto sobre este benefcio. Fundamentao: Art. 12 da Lei n 11.945/2009.

X - Crditos das Contribuies semelhana das compras efetuadas no mercado interno, as pessoas jurdicas sujeitas apurao do PIS/PASEP e da COFINS pela sistemtica da no-cumulatividade tambm podero descontar crdito, para fins de determinao das contribuies no-cumulativas, em relao s importaes tributadas pelo PIS/PASEP-Importao e pela COFINS-Importao. o que prev o artigo 15 da Lei n 10.865/2004, a seguir transcrito: Art. 15. As pessoas jurdicas sujeitas apurao da contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, nos termos dos arts. 2 e3 das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, podero descontar crdito, para fins de determinao dessas contribuies, em relao s importaes sujeitas ao pagamento das contribuies de que trata o art. 1 desta Lei, nas seguintes hipteses: I - bens adquiridos para revenda; II - bens e servios utilizados como insumo na prestao de servios e na produo ou fabricao de bens ou produtos destinados venda, inclusive combustvel e lubrificantes; III - energia eltrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurdica; IV - aluguis e contraprestaes de arrendamento mercantil de prdios, mquinas e equipamentos, embarcaes e aeronaves, utilizados na atividade da empresa; V - mquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para locao a terceiros ou para utilizao na produo de bens destinados venda ou na prestao de servios. Essa possibilidade de descontar crditos, no entanto, exclusiva dos contribuintes sujeitos no-cumulatividade das contribuies. Aqueles submetidos sistemtica cumulativa, em que pese incorrerem nas mesmas alquotas quando da importao, no tero direito aos crditos. Fundamentao: Art. 15, "caput", da Lei n 10.865/2004. X.1 - Apurao dos crditos Como regra geral, se aplicam aos crditos a serem tomados em relao s importaes as mesmas normas aplicveis aos crditos tomados nas aquisies no mercado interno.

O crdito ser apurado mediante a aplicao das alquotas de 1,65% para o PIS/PASEPImportao e de 7,6% para a COFINS-Importao, sobre o valor que serviu de base de clculo das contribuies na importao, acrescido do valor do IPI a ela vinculado, quando integrante do custo de aquisio. Destaca-se que o direito ao crdito aplica-se somente em relao s contribuies efetivamente pagas na importao de bens e servios. Dessa forma, a aquisio de mercadorias tributadas alquota zero, por exemplo, no permitem o desconto de crditos. nota Esclarecemos que gera direito aos crditos a importao efetuada com iseno, exceto na hiptese de os produtos serem revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou servios sujeitos alquota 0 (zero), isentos ou no alcanados pelas contribuies.A importao efetuada sob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de iseno, entretanto, no dar direito a crdito, em qualquer caso. Quanto aos pagamentos a residentes no exterior, relativamente a direitos autorais pagos pela indstria fonogrfica permitido o crdito desde que esses direitos tenham se sujeitado ao pagamento das contribuies na importao. Destaca-se, ainda, que no caso da importao por conta e ordem de terceiros, os crditos sero aproveitados pelo encomendante e no pela importadora. No caso de importao de mquinas e equipamentos destinados produo de bens e prestao de servios, a pessoa jurdica poder optar pelo desconto dos crditos da Contribuio para o PIS/Pasep e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social COFINS de que trata o 4 do art. 15 da Lei n 10.865, de 30 de abril de 2004, da seguinte forma: a) no prazo de 11 (onze) meses, no caso de aquisies ocorridas em agosto de 2011; b) no prazo de 10 (dez) meses, no caso de aquisies ocorridas em setembro de 2011; c) no prazo de 9 (nove) meses, no caso de aquisies ocorridas em outubro de 2011; d) no prazo de 8 (oito) meses, no caso de aquisies ocorridas em novembro de 2011; e) no prazo de 7 (sete) meses, no caso de aquisies ocorridas em dezembro de 2011; f) no prazo de 6 (seis) meses, no caso de aquisies ocorridas em janeiro de 2012; g) no prazo de 5 (cinco) meses, no caso de aquisies ocorridas em fevereiro de 2012; h) no prazo de 4 (quatro) meses, no caso de aquisies ocorridas em maro de 2012; i) no prazo de 3 (trs) meses, no caso de aquisies ocorridas em abril de 2012; j) no prazo de 2 (dois) meses, no caso de aquisies ocorridas em maio de 2012; k) no prazo de 1 (um) ms, no caso de aquisies ocorridas em junho de 2012; e l) imediatamente, no caso de aquisies ocorridas a partir de julho de 2012. Este crdito aplica-se aos bens novos adquiridos a partir de 3 de agosto de 2011. Fundamentao: arts. 15 a 18 da Lei n 10.865/2004; art. 1 da Lei n 11.774/2008.

X.2 - Setores com Tributao Diferenciada Os setores cujos produtos tm tributao diferenciada (combustveis, produtos farmacuticos e cosmticos, mquinas e veculos, autopeas, pneus novos de borracha, cmaras-de-ar de borracha, bebidas e embalagens) no clculo dos crditos a serem abatidos das contribuies devidas pela sistemtica da "no-cumulatividade", devem observar as normas especficas dispostas na Instruo Normativa SRF n 594 de 2005 e art. 17 da Lei n 10.865/2004. Fundamentao: Art. 15 8, e 17 2 da Lei n 10.865/2004. X.3 - Proporcionalizao dos Crditos Se a pessoa jurdica sujeitar-se incidncia no-cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS, em relao apenas a parte de suas receitas, o crdito ser apurado, exclusivamente, em relao aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas, pelo mtodo de: a) apropriao direta, inclusive em relao aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escriturao; ou b) rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relao percentual existente entre a receita bruta sujeita incidncia no-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada ms. O mtodo eleito pela pessoa jurdica ser aplicado consistentemente por todo o ano-calendrio, observadas as normas editadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Fundamentao: art. 15, 5, da Lei n 10.865/2004. X.4 - Vedao Utilizao de Crditos vedada a utilizao de crditos do PIS/PASEP e da COFINS pagos na importao nas seguintes hipteses: a) na revenda de mercadorias em relao s quais a contribuio seja exigida da empresa vendedora, na condio de substituta tributria; b) no sujeitas sistemtica da "no-cumulatividade". Lembra-se que o direito ao crdito aplica-se somente em relao s contribuies efetivamente pagas na importao de bens e servios. Excepciona-se dessa regra a importao efetuada com iseno, salvo na hiptese de os produtos serem revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou servios sujeitos alquota 0 (zero), isentos ou no alcanados pelas contribuies. Fundamentao: Art. 15, 1, e 16 da Lei n 10.865/2004.

XI - Prazo de RecolhimentoO PIS/PASEP-Importao e a COFINS-Importao sero pagos: a) na data do registro da declarao de importao, na hiptese entrada de bens estrangeiros no territrio nacional; b) na data do pagamento, crdito, entrega, emprego ou remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestao por servio prestado;

c) na data do vencimento do prazo de permanncia do bem no recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, na situao prevista pelo art. 18 da Lei n 9.779, de 19 de janeiro de 1999. Fundamentao: Art. 13 da Lei n 10.865/2004.

XII - Cdigos de RecolhimentoA Contribuio para PIS/PASEP - Importao e a COFINS-Importao devem ser recolhidas ao Tesouro Nacional mediante a utilizao dos seguintes cdigos de receita: a) 5602, no caso de PIS/PASEP-Importao; b) 5629, no caso de COFINS-Importao; c) 5434, no caso de PIS/PASEP-Importao de Servios; e d) 5442, no caso de COFINS-Importao de Servios.

No caso de lanamento de ofcio, sero utilizados os seguintes cdigos em relao importao de servios (ADE CORAT 85/06):a) 0449 - PIS/PASEP - Importao de Servios - Lanamento de Ofcio; eb) 0434 - COFINS - Importao de Servios Lanamento de Ofcio. Fundamentao: ADE CORAT ns 23/2004 e 29/2004.

XIII - Fiscalizao e PenalidadesCompete Secretaria da Receita Federal do Brasil a administrao e a fiscalizao das contribuies incidentes sobre a importao. Nos casos de lanamentos de ofcio, sero aplicadas, no que couber, as disposies dos artigos 43 e 44 da Lei n 9.430, de 27.12.1996. Aplica-se a reduo prevista no artigo 6 da Lei n 8.218/91, s multas de lanamento de ofcio decorrentes de infraes relativas ao PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao, inclusive s formalizadas no curso do despacho aduaneiro ou por ocasio da reviso aduaneira, exceto nas hipteses em que a lei dispuser de forma contrria. Prev o art. 6 da Lei n 8.218/91: Art. 6 Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensao ou o parcelamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, inclusive das contribuies sociais previstas nas alneas a, b e c do pargrafo nico doart. 11 da Lei n 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuies institudas a ttulo de substituio e das contribuies devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, ser concedido reduo da multa de lanamento de ofcio nos seguintes percentuais: I - 50% (cinquenta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensao no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado do lanamento; II - 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado do lanamento; III - 30% (trinta por cento), se for efetuado o pagamento ou a compensao no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado da deciso administrativa de primeira instncia; e IV - 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que foi notificado da deciso administrativa de primeira instncia.

1 No caso de provimento a recurso de ofcio interposto por autoridade julgadora de primeira instncia, aplica-se a reduo prevista no inciso III do caput deste artigo, para o caso de pagamento ou compensao, e no inciso IV do caput deste artigo, para o caso de parcelamento. 2 A resciso do parcelamento, motivada pelo descumprimento das normas que o regulam, implicar restabelecimento do montante da multa proporcionalmente ao valor da receita no satisfeita e que exceder o valor obtido com a garantia apresentada. No cabe a aplicao da multa prevista no artigo 84 da Medida Provisria n 2.158-35, de 24.08.2001, bem assim de multa e juros de mora, ao contribuinte que classificou bens incorretamente nos cdigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), em razo de observncia da classificao constante dos anexos do Decreto n 5.057, de 30.04.2004, durante a sua vigncia.

O Decreto n 5.057 de 2004 foi revogado pelo Decreto n 5.127 de 2004, passando a vigorar o Decreto n 6.426 de 2008 Prev o citado art. 84 da MP n 2.158-35/2001: Art. 84. Aplica-se a multa de um por cento sobre o valor aduaneiro da mercadoria: I - classificada incorretamente na Nomenclatura Comum do Mercosul, nas nomenclaturas complementares ou em outros detalhamentos institudos para a identificao da mercadoria; ou II - quantificada incorretamente na unidade de medida estatstica estabelecida pela Secretaria da Receita Federal. 1 O valor da multa prevista neste artigo ser de R$ 500,00 (quinhentos reais), quando do seu clculo resultar valor inferior. 2 A aplicao da multa prevista neste artigo no prejudica a exigncia dos impostos, da multa por declarao inexata prevista no art. 44 da Lei n 9.430, de 1996, e de outras penalidades administrativas, bem assim dos acrscimos legais cabveis. As contribuies sujeitam-se s normas relativas ao processo administrativo fiscal de determinao e exigncia do crdito tributrio e de consulta de que trata o Decreto n 70.235, de 06.03.72, bem como, no que couber, s disposies da legislao do imposto de renda, do imposto de importao, especialmente quanto valorao aduaneira, e do PIS/PASEP e da COFINS. Fundamentao: arts. 19 e 20 da Lei n 10.865/2004; ADI SRF n 21/2004.

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IntroduoEsse Roteiro objetiva explicitar a incidncia, tanto no mercado interno como na importao, da Contribuio para o PIS/PASEP e da Contribuio para Financiamento da Seguridade Social COFINS nas operaes de importao por conta e ordem de terceiro, bem como esclarecer como se d a sua caracterizao.

I - Definio de importao por conta e ordem de terceiroA importao por conta e ordem de terceiro um servio prestado por uma empresa (a importadora), que promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importao de mercadorias adquiridas por outra empresa (a adquirente). Nesse tipo de operao deve haver contrato previamente firmado, que pode compreender ainda a prestao de outros servios relacionados com a transao comercial, como a realizao de cotao de preos e a intermediao comercial. Assim, na importao por conta e ordem, embora a atuao da empresa importadora possa abranger desde a simples execuo do despacho de importao at a intermediao da negociao no exterior, contratao do transporte, seguro, entre outros, o importador de fato a adquirente. Dessa forma, mesmo que a importadora por conta e ordem efetue os pagamentos ao fornecedor estrangeiro, antecipados ou no, no se caracteriza uma operao por sua conta prpria, mas, sim, entre o exportador estrangeiro e a empresa adquirente, pois dela se originam os recursos financeiros. O art. 27 da Lei n 10.637 de 2002, determina tambm que "a operao de comrcio exterior realizada mediante utilizao de recursos de terceiro presume-se por conta e ordem deste".

1. Anteriormente, esse assunto era regulado pela Instruo Normativa SRF n 75 de 2001, que foi revogada pela Instruo Normativa SRF n 247 de 2002. 2. Conforme determina o art. 79 da Medida Provisria n 2.158 de 2001, equiparam-se a estabelecimento industrial os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de procedncia estrangeira, importados por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdica importadora. 3. O art. 80 da Medida Provisria n 2.158 dispe que a Secretaria da Receita Federal poder: a) estabelecer requisitos e condies para a atuao de pessoa jurdica importadora por conta e ordem de terceiro; e b) exigir prestao de garantia como condio para a entrega de mercadorias, quando o valor das importaes for incompatvel com o capital social ou o patrimnio lquido do importador ou do adquirente. 4. Vide tambm Ato Declaratrio SRF n 7 de 13.06.2002. Fundamentao: art. 1 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002; 1 do art. 12 da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002; art. 27 da Lei n 10.637 de 2002.

II - Importador por conta e ordem de terceirosEntende-se por importador por conta e ordem de terceiros a pessoa jurdica que promover, em seu nome, o despacho aduaneiro de importao de mercadoria adquirida por outra, em razo de contrato previamente firmado, que poder compreender, ainda, a prestao de outros

servios relacionados com a transao comercial, como a realizao de cotao de preos e a intermediao comercial. Fundamentao: 1 do art. 12 da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002; pargrafo nico do art. 1 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002.

III - AdquirenteEntende-se por adquirente a pessoa jurdica encomendante da mercadoria importada, que contrata o importador na forma prevista nesse Roteiro.

A operao de comrcio exterior realizada mediante a utilizao de recursos de terceiros presume-se por conta e ordem destes. Fundamentao: 1 do art. 12 da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002.

IV - PIS/PASEP e COFINS para o importadorNa hiptese de importao efetuada por pessoa jurdica importadora, por conta e ordem de terceiros, a receita bruta para efeito de incidncia destas contribuies corresponde ao valor da receita bruta auferida com os servios prestados ao adquirente, na hiptese da pessoa jurdica importadora. Este valor dever constar de nota fiscal de prestao de servio, conforme explanado no tpico VI. As alquotas aplicveis sero as mesmas previstas na legislao em vigor. Ou seja, caso o importador seja optante pelo regime de lucro real, a tributao da receita auferida com a importao por conta e ordem de terceiro deve seguir as disposies das Leis n 10.637 de 2002, e 10.833 de 2003 (PIS/PASEP e COFINS no-cumulativas, alquotas e 1,65% e 7,6%). Caso a importadora seja optante pelo lucro presumido, caber a tributao de PIS e COFINS pela forma cumulativa (alquotas de 0,65% e 3%). A periodicidade e o prazo para recolhimento seguem a regra geral: o recolhimento mensal, e o prazo vai at o vigsimo quinto dia do ms subsequente ao ms de ocorrncia dos fatos geradores (caso o 25 dia no seja til, o prazo antecipado). Fundamentao: art. 12, I da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002; art. 18 da Medida Provisria n 2158 de 2001; art. 10 da Lei n 10.637 de 2002; art. 11 da Lei n 10.833 de 2003; Lei n 11.933 de 2009.

V - PIS/PASEP e COFINS para o adquirentePara o adquirente, a base de clculo para as contribuies aqui tratadas ser a receita auferida com a comercializao da mercadoria importada. Segundo dispe a Medida Provisria n 2.158 de 2001, no seu art. 81, as normas de incidncia aplicveis receita bruta do importador aplicam-se receita do adquirente, quando da venda da mercadoria importada na forma tratada nesse Roteiro. Isto se aplica inclusive nas hipteses de alquotas diferenciadas, aplicveis receita bruta do importador, tais como as estabelecidas na Lei n 9.718, de 27 de novembro de 1998 (combustveis), e na Lei n 10.147, de 21 de dezembro de 2000 (medicamentos, produtos de perfumaria, toucador e higiene pessoal). Da mesma maneira, quando se tratar de produto sujeito substituio tributria de PIS/PASEP e de COFINS, dever o adquirente, no caso de importao por conta e ordem, efetuar a tributao correspondente s cadeias subsequentes (distribuidores, atacadistas e varejistas). Assim, caso a mercadoria importada esteja sujeita incidncia monofsica de PIS/PASEP e COFINS (tributao feita de forma concentrada no importador), ou substituio tributria dessas contribuies, considerando se tratar de operao de importao por conta e ordem de

terceiros, caber ao adquirente efetuar o recolhimento das contribuies nas alquotas diferenciadas, outrora aplicvel ao importador.

1. Vide roteiros especficos sobre tributao monofsica e subsituio tributria da contribuio para o PIS/PASEP e COFINS. 2. H incidncia monofsica das contribuies sobre os seguintes produtos: a) combustveis especificados (Leis n 9.718 de 1998, 10.560 de 2002 e 10.865 de 2004); b) produtos farmacuticos, de perfumaria, de higiene pessoal e de toucador (Lei n 10.147 de 2000); c) bebidas e suas embalagens (Lei n 10.833 de 2003); d) veculos e autopeas (Lei n 10.485 de 2002); e) pneus e cmaras-de-ar (Lei n 10.485 de 2002). 3. H substituio tributria das contribuies sobre operaes com os seguintes produtos: a) cigarros (Lei Complementar n 70 de 1991, Lei n 9715 de 1998 e art. 53 da Lei n 9.532 de 1997); b) motocicletas, transplantadores, semeadores e transplantadores (art. 43 da Medida Provisria n 2.158 de 2001). No havendo alquotas diferenciadas para a mercadoria importada, caber ao adquirente a tributao de PIS/PASEP e COFINS segundo a regra geral (de acordo com seu regime de tributao), utilizando-se como base de clculo a receita bruta de venda do produto. A periodicidade e o prazo para recolhimento seguem a regra que seria aplicvel ao importador: o recolhimento mensal, e o prazo vai at o vigsimo quinto dia do ms subsequente ao ms de ocorrncia dos fatos geradores (caso o 25 dia no seja til, o prazo antecipado). Fundamentao: art. 12, II da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002; art. 18 da Medida Provisria n 2158 de 2001; art. 10 da Lei n 10.637 de 2002; art. 11 da Lei n 10.833 de 2003; Lei 11.933 de 2009.

VI - PIS/PASEP-Importao e COFINS-ImportaoNa importao de produtos estrangeiros incide a Contribuio para os Programas de Integrao Social e de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico incidente na Importao de Produtos Estrangeiros ou Servios - PIS/PASEP-Importao, e a Contribuio Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Servios do Exterior - COFINS-Importao, em conformidade com a Lei n 10.865 de 2004. Conforme determina o art. 5 da Lei n 10.865, contribuinte das referidas contribuies o importador, assim considerada a pessoa fsica ou jurdica que promova a entrada de bens estrangeiros no territrio nacional. Em que pese essa afirmao, responsvel solidrio o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importao realizada por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdica importadora. No caso da importao por conta e ordem de terceiros, os crditos do regime no-cumulativo (arts. 15 e 17 da Lei n 10.865 de 2004) sero aproveitados pelo encomendante (adquirente), e no pelo importador. O adquirente, de qualquer forma, deve estar sujeito ao regime nocumulativo das contribuies (para ter direito aos crditos), em conformidade ainda com os artigos 15, 16 e 17 da Lei 10.865 de 2004.

1. Vide Roteiro especfico sobre PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao. 2. Vide tambm Decreto n 6.759 de 2009 (Regulamento Aduaneiro), art. 249 e

seguintes. 2. Dispe ainda o art. 124 do CTN (Cdigo Tributrio Nacional): "Art. 124. So solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal; II - as pessoas expressomente designadas por lei. Pargrafo nico. A solidariedade referida neste artigo no comporta benefcio de ordem." Fundamentao: arts. 5, 6 e 18 da Lei n 10.865 de 2004.

VII - CIDE CombustveisSo contribuintes da Cide Combutveis, o produtor, o formulador e o importador, pessoa fsica ou jurdica, dos combustveis lquidos relacionados no art. 3 da Lei n 10.336 de 2001. Por disposio expressa do art. 11 da referida lei, responsvel solidrio pela Cide o adquirente de mercadoria de procedncia estrangeira, no caso de importao realizada por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdica importadora.

Vide Roteiro especfico sobre CIDE Combustveis. Fundamentao: arts. 2 e 11 da Lei n 10.336 de 2001.

VIII - ProcedimentosA tributao das contribuies conforme acima disposta aplica-se, exclusivamente, s operaes de importao que atendam, cumulativamente, aos seguintes requisitos: a) contrato prvio entre a pessoa jurdica importadora e o adquirente por encomenda, caracterizando a operao por conta e ordem de terceiros; b) os registros fiscais e contbeis da pessoa jurdica importadora devero evidenciar que se trata de mercadoria de propriedade de terceiros; e c) a nota fiscal de sada da mercadoria do estabelecimento importador dever ser emitida pelo mesmo valor constante da nota fiscal de entrada, acrescido dos tributos incidentes na importao. Veja nos subtpicos a seguir, os detalhamentos acerca desses procedimentos. Fundamentao: art. 86 da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002. VIII.1 - Contrato O adquirente dever apresentar cpia do contrato firmado com o importador para a prestao dos servios, caracterizando a natureza de sua vinculao, unidade da Receita Federal do Brasil de fiscalizao aduaneira, com jurisdio sobre o seu estabelecimento matriz. Fundamentao: art. 2 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002. VIII.2 - Declarao de Importao - DI

O registro da Declarao de Importao (DI) pelo contratado ficar condicionado sua prvia habilitao no Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex), para atuar como importador por conta e ordem do adquirente, pelo prazo previsto no contrato. O importador, pessoa jurdica contratada, devidamente identificado na DI, dever indicar, em campo prprio desse documento, o nmero de inscrio do adquirente no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ) Fundamentao: pargrafo nico do art. 2 e art. 3 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002. VIII.3 - Conhecimento de carga O conhecimento de carga dever estar consignado ou endossado ao importador, configurando o direito realizao do despacho aduaneiro e retirada das mercadorias do recinto alfandegado. Fundamentao: 1 do art. 3 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002. VIII.4 - Fatura comercial A fatura comercial dever identificar o adquirente da mercadoria, refletindo a transao efetivamente realizada com o vendedor ou transmitente das mercadorias. Fundamentao: 2 do art. 3 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002. VIII.5 - Notas fiscais A nota fiscal de sada da mercadoria do estabelecimento importador dever ser emitida pelo mesmo valor constante da nota fiscal de entrada, acrescido dos tributos incidentes na importao, no caracterizando operao de compra e venda. A pessoa jurdica importadora dever emitir, na data em que se completar o despacho aduaneiro das mercadorias, nota fiscal de entrada na qual devero ser informados: a) as quantidades e os valores unitrios e totais das mercadorias, assim entendidos os valores constantes da fatura comercial, expressos em moeda estrangeira convertidos em reais pela cotao, para compra, divulgada pelo Banco Central do Brasil no dia anterior ao da emisso da nota fiscal de entrada; b) em linhas separadas, o valor de cada tributo incidente na importao. O importador, dever ainda, emitir na data da sada das mercadorias de seu estabelecimento, nota fiscal de sada tendo por destinatrio o adquirente, na qual devero ser informados: a) as quantidades e os valores unitrios e totais das mercadorias, assim entendidos os valores expressos em reais apurados de conformidade com o disposto acima, acrescidos do valor dos tributos incidentes na importao; b) o destaque do valor do ICMS incidente na sada das mercadorias do estabelecimento da pessoa jurdica importadora, calculado de conformidade com a legislao aplicvel; c) o IPI, calculado sobre o valor da operao de sada.

Na mesma data da emisso da nota fiscal de sada, o importador dever emitir nota fiscal de servios, tendo por destinatrio o adquirente, pelo valor cobrado a ttulo de servios prestados para a execuo da ordem emanada do adquirente.

1. Na nota fiscal de servios dever constar o nmero das notas fiscais de sada das mercadorias a que corresponder os servios prestados. 2. A importao e a sada, do estabelecimento importador, de mercadorias em desacordo com o disposto neste tpico caracteriza compra e venda, sujeita incidncia das contribuies com base no valor da operao. Caso o adquirente determine que as mercadorias sejam entregues em outro estabelecimento, sero observados os seguintes procedimentos: a) a pessoa jurdica importadora emitir nota fiscal de sada das mercadorias para o adquirente; e b) o adquirente emitir nota fiscal de venda para o novo destinatrio, com destaque do IPI, com a informao, no corpo da nota fiscal, de que a mercadoria dever sair do estabelecimento da importadora, bem assim com a indicao do nmero de inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) e do endereo da pessoa jurdica importadora.

Relativamente s importaes por conta e ordem de terceiros, a pessoa jurdica importadora somente poder emitir nota fiscal de sada das mercadorias tendo como destinatrio o adquirente. Fundamentao: art. 86, 87 e da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002. VIII.6 - Registros fiscais e contbeis Os registros fiscais e contbeis da pessoa jurdica importadora devero evidenciar que se trata de mercadoria de propriedade de terceiros. O importador dever tambm: a) registrar na sua escriturao contbil, em conta especfica, o valor das mercadorias importadas por conta e ordem de terceiros, pertencentes aos respectivos adquirentes; b) registrar, no Livro Registro de Inventrio, sob ttulos especficos, as mercadorias que ainda estiverem sob sua guarda na data do levantamento de balano correspondente a encerramento de perodo de apurao da base de clculo do imposto de renda das pessoas jurdicas e da contribuio social sobre o lucro lquido. Fundamentao: art. 87 da Instruo Normativa SRF n 247 de 2002.

IX - Pena de perdimentoSujeitar-se- aplicao de pena de perdimento a mercadoria importada na hiptese de: a) insero de informao que no traduza a realidade da operao, seja no contrato de prestao de servios apresentado para efeito de habilitao, seja nos documentos de instruo da DI; b) ocultao do sujeito passivo, do real vendedor, do comprador ou responsvel pela operao, mediante fraude ou simulao, inclusive a interposio fraudulenta de terceiros.

A aplicao da pena de perdimento no elide a formalizao da competente representao para fins penais, relativamente aos responsveis, nos termos da legislao especfica. Fundamentao: art. 4 da Instruo Normativa SRF n 225 de 2002.

X - Guarda de documentosO descumprimento pelo importador, exportador ou adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem, da obrigao de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos s transaes que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislao tributria a que esto submetidos, ou da obrigao de os apresentar fiscalizao aduaneira quando exigidos, implicar: a) se relativo aos documentos comprobatrios da transao comercial ou os respectivos registros contbeis: a.1) a apurao do valor aduaneiro com base em mtodo substitutivo ao valor de transao, caso exista dvida quanto ao valor aduaneiro declarado; e a.2) o no reconhecimento de tratamento mais benfico de natureza tarifria, tributria ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos data do fato gerador, caso no sejam apresentadas provas do regular cumprimento das condies previstas na legislao especfica para obt-lo; b) se relativo aos documentos obrigatrios de instruo das declaraes aduaneiras: b.1) o arbitramento do preo da mercadoria para fins de determinao da base de clculo, conforme os critrios definidos no art. 88 da Medida Provisria n 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, se existir dvida quanto ao preo efetivamente praticado; b.2) a aplicao cumulativa das multas de: 5% (cinco por cento) do valor aduaneiro das mercadorias importadas e 100% (cem por cento) sobre a diferena entre o preo declarado e o preo efetivamente praticado na importao ou entre o preo declarado e o preo arbitrado. Os documentos acima referidos compreendem os documentos de instruo das declaraes aduaneiras, a correspondncia comercial, includos os documentos de negociao e cotao de preos, os instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, os registros contbeis e os correspondentes documentos fiscais, bem como outros que a Secretaria da Receita Federal venha a exigir em ato normativo. Nas hipteses de incndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deteriorao dos documentos, dever ser feita comunicao, por escrito, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas do sinistro, unidade de fiscalizao aduaneira da Secretaria da Receita Federal que jurisdicione o domiclio matriz do sujeito passivo. As multas previstas na letra "b" no se aplicam no caso de regular comunicao da ocorrncia de um desses eventos.

Somente produzir efeitos a comunicao realizada dentro do prazo e instruda com os documentos que comprovem o registro da ocorrncia junto autoridade competente para apurar o fato. No caso de encerramento das atividades da pessoa jurdica, a guarda dos documentos ser atribuda pessoa responsvel pela guarda dos demais documentos fiscais, nos termos da legislao especfica.

A aplicao dessas disposies no prejudica a aplicao das multas previstas no art. 107 do Decreto-Lei n 37, de 18 de novembro de 1966, nem a aplicao de outras penalidades cabveis. Fundamentao: art. 70 da Lei n 10.833 de 2003.