21

Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do
Page 2: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

1

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TÍTULO: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino no Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa

AUTOR: Douglas Varotto

Disciplina/Área:

Ensino Médio integrado à Educação Profissional

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola Fernando Costa

Município da escola: Santa Mariana

Núcleo Regional de Educação: Cornélio Procópio

Professor Orientador: Luiz Eduardo Araújo

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual Norte do Paraná – UENP Campus de Cornélio Procópio

Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa, Biologia, Química. Será considerada a relação interdisciplinar com as disciplinas da Base Nacional Comum e Parte Diversificada da Área Técnica do Curso Técnico em Agropecuária, sintonizando assim, as áreas de conhecimento.

Resumo:

O crescimento da piscicultura como atividade agropecuária, no estado do Paraná, começou, sobretudo, em pequenas propriedades familiares que a adotaram como opção de diversificação das explorações. Com uma significativa expansão a partir da década de 1990, foi estimulada pela multiplicação de estabelecimentos de pesca esportiva, como os pesqueiros, que criaram uma demanda e remuneração atraente. O objetivo do estudo é analisar a viabilidade do uso de técnicas de manejo na criação de peixes para consumo e comercialização de forma sustentável. Dentre os múltiplos interesses dos piscicultores, se encontram os cuidados e a proteção ao meio ambiente, pois essa atividade de exploração da

Page 3: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

2

piscicultura requer e depende, essencialmente, de que se tenha um meio ambiente que esteja equilibrado para que haja sucesso, seja uma atividade comercial. As conquistas e o sucesso na produção de peixes dependem das preocupações com a natureza, isto é, por uma atividade sustentável. A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica, exploratória e com abordagem qualitativa.

Palavras-chave:

Palavras-chave: Piscicultura; Técnicas de Manejo; Sustentabilidade.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Alunos do Médio Integrado.

Page 4: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

3

PISCICULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ESTRATÉGIAS DE

ENSINO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA

APRESENTAÇÃO

O crescimento da piscicultura como atividade agropecuária, no estado do

Paraná, começou, sobretudo, em pequenas propriedades familiares que a adotaram

como opção de diversificação das explorações. Com uma significativa expansão a

partir da década de 1990, tendo em vista as políticas públicas de incentivo, foi

estimulada pela multiplicação de estabelecimentos de pesca esportiva, como os

pesqueiros, que criaram uma demanda e remuneração atraente, além de também

um incentivo ao consumo de carne de peixe por conta dos benefícios alimentares.

Quanto a isso, assim se refere (Filho, 2003, p. 12):

O aumento do consumo de peixe pela população porque além de ser um ótimo alimento para quem quer controlar os níveis de colesterol, controlar o peso, a carne apresente excelente qualidade nutricional. Esses fatores vêm gerando um aumento da atividade da piscicultura mundial. No Brasil, devido condições climáticas favoráveis para criação de diversos tipos de peixe, tal atividade está crescendo em grandes dimensões.

As espécies mais cultivadas de Tilápia é a do Nilo (Oreochromis

niloticus), ocupando posição de destaque porque é um peixe com fácil adaptação

de clima, ambiente, qualidade da água e, além disso, sua carne possui aparência

e sabor agradável e possui baixo índice de gordura. (FILHO, 2003).

Dentre os múltiplos interesses dos piscicultores, se encontram os cuidados e

a proteção ao meio ambiente, pois essa atividade de exploração da piscicultura

requer e depende, essencialmente, de que se tenha um meio ambiente que esteja

equilibrado para que haja sucesso, e que possa ser uma atividade comercial. As

conquistas e o sucesso na produção de peixes dependem das preocupações com a

natureza, isto é, por uma atividade sustentável.

Além disso, a adoção de boas práticas de produção na piscicultura é uma

tendência mundial que vem sendo acatada no Estado do Paraná, com técnicas que

buscam a produtividade e a qualidade do produto, questão esta essencial em

qualquer tarefa comercial ou industrial. O que se busca neste trabalho é analisar a

Page 5: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

4

viabilidade de técnicas de manejo e de criação de peixes para consumo e

comercialização, de forma sustentável.

A maior parte do perfil dos alunos são originários de propriedades rurais,

sítios, fazendas e chácaras de região próxima. Os que não residem, hoje, na zona

rural, demonstram ter afinidades com o trabalho rural, pois ou já residiram nesse

contexto ou participam dele por meio de influência familiar. Isso vislumbra a

necessidade de se promover projetos que considerem a vida no campo, modos de

vida e de produção que deem aos alunos condições de, através de suas ações

cotidianas e de convivência social e familiar, desenvolver meios de trabalho que

garantam a sua auto sobrevivência e a de seus familiares.

Tendo em vista a peculiaridade dos sujeitos do campo, principalmente no

que diz respeito aos modos de produção voltados para o contexto familiar rural,

busca-se nesse estudo pesquisar alternativas de trabalho como fonte de renda

sustentável que garantam meios de sobrevivência no campo para essas famílias.

Assim, a intenção desse projeto é revitalizar a criação de peixes no CEEPA

Fernando Costa. Os alunos ainda podem se beneficiar do que será aprendido para

auxiliar na propriedade rural da família e melhorar a renda. Muitas famílias já

trabalham com a criação de peixes. É uma aprendizagem, na teoria e na prática, que

serve para se sobreviver e lucrar, caso se tenha interesse em investir nessa

produção.

Ao se pensar o Ensino Médio Profissional Agrícola segundo as Diretrizes

Orientadoras Curriculares do Paraná (2008) propõe-se uma educação humana com

foco na união da técnica com os conhecimentos universais, a fim de superar a

preparação imediata para o trabalho, fazendo deste um mero mercado. É a

formação integral do aluno que permitirá sua preparação para o mundo do trabalho,

ou seja, uma formação processual, de bases sólidas, capaz de assegurar uma vida

cidadã integrada à sociedade, atuando nesta e transformando-a. Pensando nisso,

lança-se a seguinte indagação: Como viabilizar a piscicultura no CEEPA Fernando

Costa de modo a garantir o conhecimento significativo dos alunos, em relação às

técnicas de manejo e de forma sustentável?

O objetivo geral é analisar a viabilidade do uso de técnicas de manejo na

criação de peixes para consumo e comercialização de forma sustentável. Para

alcança-los é necessário pensar os objetivos específicos: revitalizar, junto com os

alunos, as estruturas para a criação de peixes (tanques de peixes); conhecer as

Page 6: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

5

práticas de manejo da piscicultura; promover ações educativas para a prática de

piscicultura no âmbito do desenvolvimento social e econômico e propiciar ao aluno

conhecer o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) destinado a

aquicultores familiares visando o desenvolvimento sustentável da aquicultura.

Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, quando

inseridos num contexto socioeconômico que requeira a formação de profissionais

nesta modalidade, tendem a ter alta permanência dos alunos, ou por ser procurado

por um público com interesse na profissionalização, ou por tais cursos serem

alocados em instituições consideradas de qualidade superior dentro da rede pública.

Page 7: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

6

1 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO PARANÁ: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

INTEGRADO

O surgimento e o desenvolvimento das Escolas Agrícolas de Ensino Médio -

Educação Profissional surgiram no Brasil no final da década de 1960 e 1970 e

continuaram a ampliar entre 1991 e 2002. Assim, o curso de técnicos em

agropecuária, objeto desse estudo, tem relação entre agricultura familiar, educação

no Brasil e o movimento de articulação por uma Educação do Campo. (SILVA,

2008).

Essas escolas surgiram no Brasil a partir das experiências francesas e

italianas. Essas escolas inauguram no Brasil a formação dos jovens agricultores

familiares, de maneira integrada, contando com uma crescente participação e

responsabilidade dos agricultores familiares, contribuindo dessa forma para o

fortalecimento e o desenvolvimento da agricultura familiar. Fazem parte de um

conjunto maior de movimentos e organizações que historicamente tem lutado contra

a concentração da terra, do poder e do saber no Brasil e da construção da reforma

agrária, da democracia e da cidadania. (PARANÁ, 2016).

Segundo Koller e Sobral (2010) um dos grandes diferenciais entre o ensino

técnico e o agro técnico é que o primeiro teve sua onda de crescimento juntamente

com a industrialização, enquanto o agro técnico só teve sua emergência nos anos

1950-1960 com a modernização agrícola. Com a crescente onda de êxodo rural por

parte dos agricultores, que deixavam sua atividade para servir como mão de obra

barata nas indústrias, passou a surgir a visão de que seriam necessárias políticas

que mantivessem parte da população no campo.

Para Sparta e Gomes (2005) o ensino técnico-profissionalizante de nível

médio foi criado para suprir a demanda de profissionalização das classes menos

favorecidas da sociedade, porém permanece o estigma de ser o ensino profissional

um ensino de segunda classe e para superar e o desejo de romper com esse

preconceito ainda não foi satisfeito e continua sendo um problema de grande

atualidade. De 1986 a 2001 as escolas agro técnicas passam por diversos

processos de reestruturação.

No Estado do Paraná, a retomada da educação profissional (2003-2010)

buscou romper com o modelo de ensino médio criado pelo PROEM (Programa de

Expansão, Melhoria e Inovação do Ensino Médio) da gestão Jaime Lerner (1995-

Page 8: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

7

2002). Pelo PROEM, foram extintos praticamente todos os cursos técnicos que

existiam na rede pública estadual do Paraná.

Segundo Ferreira e Garcia (2005, p.159) houve grandes consequências para

a população paranaense em geral e com maior destaque para os adolescentes e

jovens, aos quais foi negado o acesso à escola do trabalho. O PROEM sucateou a

educação profissional no Estado do Paraná, jogando-a para a iniciativa privada.

O PROEM, segundo (AMADOR, 2002, p.126) “foi implantado com muitas

mudanças e reformas na década de 1990 pelos governos federal e estadual, com

intuito de separar da educação profissional e do ensino médio”. Os momentos que

antecederam a concretização do PROEM são marcados pelas discussões finais da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem como pela

tramitação do Projeto de Lei nº 1603 que também apontava o estabelecimento de

uma relação dicotômica entre o Ensino Médio e a Educação Profissional. Assim, a

LDB deixou brechas para encaminhamentos políticos que estivessem de acordo

com a vontade dos governantes e de quem os influenciasse.

Kuenzer e Garcia (2008, p.38) descrevem que:

O decreto veio dar materialidade a política de separação do Ensino Médio e Educação Profissional, financiada com empréstimo internacional via Banco Interamericano de Desenvolvimento –BID, que resultaram no Programa de Expansão da Educação Profissional –PROEP e Programa de Melhoria do Ensino Médio – PROMED, estes dois programas de financiamento definiram a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

No ano de 1995 da PARANATEC – Agência para o Desenvolvimento do

Ensino Técnico do Paraná – possuía em seus objetivos um caráter não conciliador

entre o ensino médio e a educação profissional. (KUENZER e GARCIA (2008).

Kuenzer e Garcia (2008, p.40) apontam que a PARANATEC foi criada no

Paraná para “concretizar a política de total desvinculação do Ensino Médio da

Educação Profissional, antecipando a ‘reforma’ educacional para este nível de

ensino e modalidade respectivamente”. Assim, esta agência foi uma espécie de

“mola propulsora” da reforma implementada pelo PROEM, A criação do PROEM,

que não se deu sem resistências por parte de escolas, sindicatos, educadores,

enfim, de sujeitos que não acreditavam naquele modelo escolhido. Tanto que,

Page 9: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

8

diferentemente do projeto inicial, a Resolução nº 4394/96 da SEED, que instituíra o

PROEM, concedia às escolas a premissa de aderir ou não ao programa.

Para Sandri (2007, p.11):

A SEED/PR revogou a Resolução nº 4.056/96 e instituiu a Resolução nº 4.394/96, que, no artigo 1º, deixou precedente de adesão ou não ao PROEM. Na perspectiva da SEED/PR, a adesão ou não, admitida pelo coletivo da escola, pode ter contribuído para velar a intenção de imposição, pois configuraria uma decisão da comunidade escolar e não uma postura autoritária da Secretaria. Assim, a mobilização coletiva contribuiu para sustentar o movimento de resistência à cessação dos cursos técnicos de nível médio.

No final de 1990, em meio as políticas públicas para o Ensino Médio

provindas pelo Governo Jaime Lerner, os Colégios Agrícolas paranaenses sofreram

com o baixíssimo ou quase nenhum investimento, o que ocasionou com que muitas

dessas instituições quase tiveram que fechar; outras tiveram suas atividades

cessadas. (SANDRI, 2007).

Segundo Silva (2008, p. 200) “o resultado desse processo de reformas

apresentou ao final de 2002 um quadro de colégios agrícolas compostos por 13

estabelecimentos de ensino que sobreviveu graças à persistência de sua equipe de

profissionais”. As escolas que se mantiveram abertas tiveram que cobrar

“mensalidades” de seus alunos para, ao menos, mantê-los no regime de internato.

Os cursos que se mantiveram abertos, atrelados à legislação vigente (Decreto

Federal nº 2208/1997), se tornaram pós-médios ou concomitantes ao Ensino Médio,

privilegiando a não articulação entre formação generalista e profissional.

A nova gestão da Secretaria de Estado da Educação (SEED) demonstrou

interesse e visão política em retomar a educação profissional. O documento

“Educação profissional no Paraná: fundamentos políticos e pedagógicos”, afirma

isso. “A educação profissional há que ser desenvolvida por meio de ações

intencionais e sistematizadas e sobre uma sólida base de educação geral, científico-

tecnológica e sociohistórica, por concepção e por norma, sendo parte integrante e

indissociável da Educação Nacional”. (PARANÁ, 2016, p.02).

A proposta de um currículo integrado para o curso Técnico em Agropecuária

Integrado aventura-se em assegurar o domínio dos conhecimentos que perfazem o

percurso cognitivo e formativo do aluno trabalhador. Desse modo, a proposta da

gestão da SEED, anteriormente já referenciada, propôs-se a romper com um modelo

Page 10: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

9

de escola que afaste a formação do sujeito trabalhador dos conhecimentos

científico-culturais. (FERREIRA e GARCIA, 2005).

Conforme Ciavatta (2005, p.85):

A ideia de formação integrada sugere superar o ser humano dividido historicamente pela divisão social do trabalho entre a ação de executar e a ação de pensar, dirigir ou planejar. Trata-se, portanto, de superar a condição de dualidade presente na escola, que esta entenda o trabalho como condição para a sobrevivência, mas também como gerador da existência humana que é cultural, científica.

Na perspectiva de formação do sujeito, o ensino médio integrado à educação

profissional deverá formar, segundo Kuenzer (2005) um trabalhador, ao mesmo

tempo, que seja capaz de ser político e produtivo, atuando intelectualmente e com

criticidade, criativo, autônomo intelectual e eticamente, capaz de acompanhar as

mudanças e educar-se permanentemente. Observa-se que ainda há uma prática

efetiva de maior valorização da formação profissional, da preparação para o

mercado de trabalho, em que pese o fato de as propostas curriculares dos cursos

Técnicos em Agropecuária emanarem uma formação integrada.

Davanço (2008) aponta que vários problemas de ordem pedagógica, histórica

e de formação dos profissionais estariam limitando a integração curricular num curso

técnico integrado. Segundo o autor, a nova proposta não tem encontrado as

condições estruturais necessárias no chão da escola para que possa ser efetivada.

Page 11: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

10

2 AS POLÍTICAS PÚBLICAS E A PISCICULTURA COMO FONTE ALTERNATIVA

DE RENDA PARA AS FAMÍLIAS RURAIS

No Brasil, há pouco tempo ampliou-se a discussão sobre a piscicultura como

fonte alternativa de renda para as famílias rurais. Principalmente na agricultura

familiar, a percepção de sua importância para o desenvolvimento social e econômico

do meio rural é grande. As políticas públicas voltadas para o setor da piscicultura

foram implantadas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Para Kubitza, Ono

e Campos (2011) o MPA foi o principal articulador da atividade no país.

Políticas públicas são leis, decretos, normas, regulamentos e diretrizes de

decisão do governo. Para Hofling (2001, p. 45)

As políticas públicas devem ser compreendidas como as de responsabilidade do Estado - quanto à implementação e manutenção a partir de um processo de tomada de decisões que envolvem órgãos públicos e diferentes organismos e agentes da sociedade relacionados à política implementada.

Assim, conforme Teixeira (2002) as políticas públicas devem responder a

necessidades, em especial, a dos setores menos favorecidos da sociedade. É

importante, segundo o autor, buscar maneiras de ampliar, a cada dia, a efetivação

dos direitos de cidadania, que, muitas vezes, são advindos de mobilizações da

sociedade, passando ao reconhecimento de maneira institucional. Além de ser

promotora do desenvolvimento, possibilita alternativas de geração de emprego e

renda.

Para Silva (2011) a piscicultura para se desenvolver precisa se fortalecer por

meio das políticas de desenvolvimento específicas. Nesse mundo globalizado, a

competitividade do setor passa, sem dúvida, pela qualidade dos produtos oferecidos

aos consumidores. Segundo o autor, a ausência de políticas públicas é um grande

entrave para o progresso da atividade de pesca e para o desenvolvimento da

piscicultura. Esta é uma alternativa que os pequenos produtores rurais possuem

para melhorar sua renda e as condições de vida de suas famílias, e, sendo assim, é

função dos governos o incentivo e o desenvolvimento da agricultura familiar para

gerar o desenvolvimento do espaço local. Para Kubitza, Ono e Campos (2011, p. 35)

Page 12: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

11

A aquicultura é uma atividade altamente estratégica para a produção de proteína de qualidade para o país. Por isso é importante aproveitar de forma eficiente os recursos hídricos que dispomos e os investimentos já realizados em grandes reservatórios, que não encontram similares no planeta. Assim, enquanto a atividade não puder receber um tratamento diferenciado dentro de outro Ministério para que atinja seu pleno potencial (como já ocorreu com os departamentos de pesca e aquicultura dentro do Ministério da Agricultura durante diversos governos), é importante que a aquicultura tenha um Ministério próprio, desvinculado de outras atividades agropecuárias.

Importante destacar que a Lei n. 11.958 de 29/06/2009 descreve sobre a

transformação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da

República (SEAP/PR) em Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). A SEAP criada

em 2003 ficou responsável por promover e desenvolver políticas voltadas ao setor

pesqueiro, cujos anseios são baseados no marco de uma nova política de gestão

para o setor, mediante a sustentabilidade ambiental e a utilização de recursos

pesqueiros. Assim, foi o MPA foi o responsável pela implementação de uma política

nacional pesqueira e aquícola, modificando esta atividade econômica em uma fonte

sustentável de trabalho, renda e riqueza para muitos. (MPA, 2013).

Kubitza et al. (2012) destacam que conhecer os desafios enfrentados no dia a

dia das pisciculturas em relação ao manejo da produção, gestão, insumos,

comercialização, sanidade, organização, aspectos legais, etc., bem como a opinião

dos piscicultores e técnicos sobre estes obstáculos, é fundamental para a definição

de políticas e ações ao desenvolvimento do setor. O cenário geral revela que os

produtores e empresas estão cada vez mais apostando no potencial de retorno da

piscicultura e procurando inovações tecnológicas que permitam expandir e

diversificar seus empreendimentos, oferecendo produtos de melhor qualidade, com

maior valor agregado, aos seus clientes.

Segundo Kubitza, Ono e Campos, (2011, p. 21):

A aquicultura no Brasil já deve ser encarada como uma importante fonte de alimento ao país. Em menos de cinco anos, num horizonte muito próximo, a aquicultura deverá superar a pesca extrativa na oferta de pescado. Por isso, é fundamental a continuidade das ações de fomento e a definição de políticas públicas que possibilitem o crescimento ordenado do setor.

Segundo Guanziroli e Cardim (2000) esse segmento contribui para o

desenvolvimento sustentável, sobretudo em regiões essencialmente agrícolas, fator

que influencia de maneira significativa na geração de empregos, renda, preservação

Page 13: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

12

do meio ambiente e produção de alimentos, estimulando, assim, o desenvolvimento

local.

O crescimento da piscicultura como atividade agropecuária, no estado do

Paraná, teve início em pequenas propriedades. Para Pino (2000) a piscicultura de

água doce foi adotada por produtores rurais familiares do Paraná como uma

alternativa de diversificação das explorações geradoras de renda na propriedade. A

tecnologia de produção empregada varia com relação ao grau de dependência aos

fatores externos à propriedade rural, fato que resulta em distintos níveis de

produtividade, bem como duração dos ciclos de produção e padrão do produto.

Assim, nas pequenas propriedades a piscicultura surge como alternativa de

uma nova atividade de ocupação do espaço “não produtivo” (agricultura), se

constituindo em renda para o produtor e de lazer. “Interessa analisar o significado

econômico, o sentido sociocultural da consolidação da pluriatividade em famílias que

habitam no espaço rural e se integram em outras atividades, combinando-as com a

atividade agrícola” (SCHNEIDER, 2003, p. 112).

Para Gasques et al (2011, p. 11) “As riquezas geradas pelo agronegócio

alimentam a economia como um todo e propiciam condições para a melhoria de

qualidade de vida, sobretudo nas pequenas e médias cidades brasileiras”.

Pino (2000, p.67) considera que:

A piscicultura, fundamentalmente, pode ter desde um sistema extensivo, em que a alimentação é bem dependente da produção natural do viveiro, baixa densidade de estocagem de peixes e baixa vazão de água, até os manejos mais intensificados, com dependência significativas de rações comerciais balanceadas de alta qualidade nutricional e alta eficiência de conversão, bem como rigoroso controle das condições adequadas para o bom desenvolvimento, que permite aumentar as densidades de estocagem e obter maior produtividade.

Ribemboim (2011, p. 7) reforça que o campo deve “adotar suas novas

funções, pois além dos produtos agropecuários para abastecer o setor industrial e

alimentar a população, surgem outras possibilidades de turismo, de descanso e

lazer, de pesca e outros”.

Sendo assim, cabe ressaltar que a atividade de piscicultura, devido ao seu

importante crescimento, firma-se como uma atividade significativa para o

agronegócio familiar.

Page 14: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

13

Kubitza et al (2012, p. 15) apontam que peixes são “fontes de proteínas

equilibradas em aminoácidos, rico em minerais e em ácidos graxos e de essencial

importância na nutrição humana”. E complementam que é inquestionável sua

qualidade nutricional e sua importância para o incremento do valor nutricional das

dietas das populações mais carentes. No entanto, os pescados atualmente no país,

obtido em supermercados e peixarias, é um produto muito pouco acessível à boa

parte da população.

As políticas voltadas ao setor pesqueiro enfocam como descritas, a

responsabilidade pela sustentabilidade, pois ao promovê-la, favorece tanto a

atividade quanto a qualidade de vida para a comunidade.

Page 15: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

14

3 A PISCICULTURA E O EMPREENDEDORISMO

A criação de negócios é apontada como uma das causas da prosperidade de

um local, de uma região, estado ou de um país. É neste sentido que o

empreendedorismo tem recebido destaque nos últimos anos, como promotor de

novos negócios. (SILVA, 2016).

As características territoriais do Brasil, de acordo com Silva (2016)

expressam admirável potencialidade ao desenvolvimento da aquicultura,

apresentando condições para tornar-se um dos maiores fornecedores mundiais de

peixes provenientes da piscicultura de águas interiores. Nesta perspectiva, um setor

com tamanhas potencialidades abre espaço ao empreendedorismo.

Com a aquicultura, inova-se, geram-se oportunidades, empregos e riquezas,

tornando a existência de indivíduos dispostos aos riscos de empreender um dos

pilares do desenvolvimento econômico e social. Degen (1989) acredita que o melhor

recurso de que se dispõe para solucionar os graves problemas socioeconômicos no

Brasil é a liberação da criatividade dos empreendedores, por meio da livre iniciativa

para produzir bens e serviços.

Embora criatividade seja definida pela habilidade de criar algo que ainda não

exista, o caráter inovador é capaz de transformar aquilo que já existe em algo novo.

A inovação é uma palavra relacionada à criatividade, pois não pode haver inovação

sem criatividade. Conforme Drucker (1987) o empreendedorismo é como um

comportamento e não como um traço da personalidade. Thompson (1999) também

menciona que empresas empreendedoras bem sucedidas caracterizam-se pela

criatividade e inovação, e esses dois fatores são os meios pelos quais os

empreendedores fazem a diferença.

Fernald e Solomon (1987) afirmam que a orientação para o risco é a principal

característica de um empreendedor. Algumas características de personalidade

comuns aos empreendedores de sucesso, tais como:

- habilidade para identificar oportunidades;

- conhecimento de sua área de atuação;

- senso de organização; disposição para tomar decisões;

- capacidade de liderança;

- talento para empreender;

- independência pessoal;

Page 16: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

15

- otimismo e tino empresarial.

Segundo Farrell (1993) há outras características comportamentais que

considera relevante em um empreendedor:

- conhecer muito bem o produto e o mercado;

- saber conduzir as pessoas e estimulá-las;

- manter o foco no produto e no cliente;

- ser estrategista.

A essas características, Salim et al. (2004) acrescentam o dinamismo, pois

um empreendedor de sucesso nunca se acomoda para não perder a capacidade de

fazer com que simples ideias se concretizem em negócios efetivos. O sucesso na

criação de um negócio depende basicamente do desenvolvimento, pelo

empreendedor, de três etapas:

- identificar a oportunidade de negócio e coletar informações sobre ele;

- desenvolver o conceito do negócio;

- implementar o empreendimento.

Sendo assim, para ser um empreendedor, não basta identificar oportunidades

de negócios, é preciso realizá-las. A empresa que quiser sobreviver no mundo de

hoje precisa ver a inovação como o seu diferencial competitivo.

Nenhuma empresa ou pessoa pode ousar entrar no mercado competitivo sem

uma definição clara de como se posicionar no seu setor, ou seja, sem ter uma

estratégia. Quando se fala em empreendedorismo, fala-se em algo que o

empreendedor acredita e quer realizar e que por isso deve ser idealizado e

planejado, pois é fundamental que se trace um caminho para saber aonde se quer

chegar. (OLIVEIRA, 1991).

Brondani (2016) ressalta que todas as definições de estratégia estão

associadas ao conceito de escolha de rumo, um caminho, que uma vez constatado

onde se está localizado, decide-se aonde se quer chegar, relacionando-se direta e

indiretamente a noções de planejamento.

Numa organização, considera-se como planejamento estratégico, segundo

Freitas (1997, p. 86):

O processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes e pontos fracos, e das oportunidades e ameaças do meio ambiente, de forma a estabelecer objetivos, estratégias e ações que possibilitem um aumento da

Page 17: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

16

competitividade. Esta sistemática é parte fundamental para o planejamento estratégico e serve antes de tudo para nortear decisões.

As oportunidades, segundo Freitas (1997) estão presentes no ambiente

empresarial, mas devem ser reconhecidas e aproveitadas pelos administradores

com habilidades e desejos suficientemente fortes para assegurar o sucesso, pois

nem sempre as decisões podem ser tomadas corretamente. Por ser dinâmico e

competitivo, o ambiente empresarial exige que as informações sejam tomadas de

forma rápida, a fim de não perder as oportunidades, e de forma que as empresas

sejam expostas o mínimo possível ao risco.

Este referencial exposto, associado à contextualização do setor e a pesquisa

de campo do estudo, possibilitam a análise do espaço empreendedor existente no

agronegócio da piscicultura.

Page 18: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

17

REFERÊNCIAS

AMADOR, M.C.P. Ideologia e legislação educacional no Brasil (1946 –1996). Concórdia (SC): Universidade do Contestado –UnC, 2002.

BRASIL. Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP). Plano de Desenvolvimento Sustentável Mais Pesca e Aquicultura. SEAP/MPA, Brasília-DF, 2008. BRASIL. MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA (MPA). Produção pesqueira e Aquícola: estatística 2008 e 2009. 2010. Disponível em: < http://www.mpa.gov.br/mpa/seap/Jonathan/mpa3/dados/2010/Docs/Caderno%20Consolidação%20dos%20dados%20estatiscos%20final%20curvas%20-%20completo.pdf >. BRASIL. MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA (MPA). Ministério - histórico. 2013. Disponível em: < http://mpa.gov.br/index.php/ministeriompa/historico1 >. Acesso em nov de 2016. BRONDANI, G. O planejamento estratégico nas organizações. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/sfc/ideias/ideias/planeja.htm>. Acesso em: 11 de dezembro de 2016. CIAVATTA, M. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA. e RAMOS, M. (orgs.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005. DAVANÇO, S.R. A implantação do Ensino Médio Integrado no Paraná: a difícil superação da dualidade. Dissertação de Mestrado. Curitiba-PR: UFPR, 2008. DEGEN, R. J. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: Makron Books, 1989. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

DRUCKER, P. Inovação e espírito empreendedor (Entrepreneurship). 3 ed., São Paulo: Pioneira, 1987.

FARREL, L. C. Entrepreneurship: fundamentos das organizações empreendedoras. São Paulo: Atlas, 1993.

FERNALD, L. W.; SOLOMON, G. T. Value profiles of male and female entrepreneurs. International Journal of Small Business. Vol.6, No.3, 1987.

Page 19: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

18

FILHO, E. Z. Aquicultura: experiências brasileiras. Florianópolis, SC: Multitarefa, 2003. FREITAS, A. B. Cultura Organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas. 1997. FERREIRA, E.B.; GARCIA, S.R.O. O ensino médio integrado à educação profissional: um projeto em construção nos estados do Espírito Santo e do Paraná. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. e RAMOS, M. (orgs.). Ensino médio integrado: concepção e contradições. São Paulo: Cortez, 2005. GASQUES, J.G.; BASTOS, E. T.; BACHI, M. R. P.; VALDES, C. Produtividade Total dos Fatores e Transformações da Agricultura Brasileira: análise dos dados dos Censos Agropecuários. XLVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober); Belo Horizonte, 2011. GIL. Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa.4 ed. São Paulo: Atlas, 2007. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. GTT PESCADO. Plano estratégico de Desenvolvimento da cadeia do pescado no território da grande Dourados-MS. Grupo de Trabalho para o fortalecimento da cadeia do pescado no território da grande Dourados (GTT PESCADO). Dourados/MS, 2009. GUANZIROLI, C.; CARDIM, S. E. (Coord.). Novo Retrato da Agricultura Familiar: O Brasil redescoberto. Brasília: Projeto de Cooperação Técnica FAO/INCRA, fev/2000. Disponível em: http://www.incra.gov.br/fao/pub3.html. Acesso em 25 maio. 2016. HOFLING, Eloisa de Mattos. Estado e Políticas (Públicas) Sociais. Cadernos Cedes, ano XXI, n. 55, novembro de 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/ 5539.pdf. Acesso em 2 de novembro de 2016. KOLLER, Claudio; SOBRAL, Francisco Montório. A construção da identidade das escolas agrotécnicas federais- a trajetória da COAGRI ao CONEAF. In: MOLL, Jaqueline (org). Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo. Porto Alegre: Artes Médicas, 2010.

KUBITZA, F. et al. Panorama da piscicultura no Brasil: estatísticas, espécies, polos de produção e fatores limitantes à expansão da atividade. Panorama da Aquicultura. Vol. 22, n. 132, julho/agosto 2012. KUBITZA, F., ONO, E. A., CAMPOS, J. L. Alguns destaques da piscicultura em 2011. Panorama da Aquicultura. Vol. 21, n. 128, novembro/dezembro 2011.

Page 20: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

19

KUENZER, A. Z. (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

KUENZER; GARCIA, S.R.O. Os fundamentos políticos e pedagógicos que norteiam a implantação da educação profissional integrada ao Ensino Médio. In: PARANÁ/SEED/SUED. O Ensino Médio Integrado à Educação Profissional: concepções e construções a partir da implantação na redepública estadual do Paraná. Curitiba: SEED –PR, 2008. LOGATO, P. 2000. Alimentação de peixes de água doce. Editora Aprenda Fácil. Viçosa – MG. MINAYO, M.C.de S (org). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18º ed. Petrópolis. Ed Vozes, 2001. OLIVEIRA, D. P. R. de. Estratégia empresarial - uma abordagem empreendedora. São Paulo: Atlas, 1991. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação profissional no Paraná: fundamentos políticos e pedagógicos. Disponível em: < http://www.diaadia.pr.gov.br/det/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=77 >. Acesso em: 3/12/2016.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação profissional no Paraná: fundamentos políticos e pedagógicos. Disponível em: < http://www.diaadia.pr.gov.br/det/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=77 >. Acesso em 3 de dez de 2016. PINO, F. A. Unidades amostrais em levantamento de dados agrícolas. Agricultura em São Paulo. São Paulo, v. 50, n. 1, 2003. RIBEMBOIM, J. A. Produtos agrícolas e mercados no agronegócio. In: CALLADO, A. A. C. (Org). Agronegócio. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011. SALIM, C. et al. Administração empreendedora: teoria e prática usando o estudo de casos Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. SANDRI, S. O Programa de Expansão, Melhoria e Inovação do Ensino Médio do Paraná – PROEM e a sua relação com o curso de Magistério: movimentos de adesão e resistência. Dissertação de Mestrado.Curitiba-PR: UFPR, 2007. SCHNEIDER, Sérgio. A Pluriatividade na Agricultura Familiar. Porto Alegre: UFRGS/BNDE/PGDR, 2003. SILVA, L. S. da. A importância das associações e cooperativas para o fortalecimento da piscicultura na agricultura familiar no estado da Bahia. IX Encontro Nacional da ECOECO. Outubro de 2011. Brasília-DF. Disponível em < http://ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/ encontros/ix_en/GT8-349-254-20110620234442.pdf>. Acesso em nov de 2016.

Page 21: Piscicultura e desenvolvimento sustentável: A piscicultura como estratégia de ensino ... · 2018-04-30 · a política implementada pelo Ministério da Educação no governo do

20

SILVA, E.C. O Ensino Agrícola no Paraná: da fragmentação dos cursos técnicos em Agricultura e Pecuária à integração do curso Agropecuária. In: PARANÁ/SEED/SUED. O Ensino Médio Integrado à Educação Profissional: concepções e construções a partir da implantação na rede pública estadual do Paraná. Curitiba: SEED –PR, 2008. TEIXEIRA, E. C. O papel das Políticas Públicas no desenvolvimento local e na transformação da realidade. Cadernos da AATR –BA (Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia), Bahia, 2002. Disponível em <http://www.fit.br/home/link/texto/politicas_publicas.pdf> Acesso em nov. 2016. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

THOMPSON, J. L. The world of the entrepreneur – a new perspective. Journal of Workplace Learning: Employee Couseling Today. Vol. 11, no. 6. 1999.