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A6 Campo Grande-MS | Quarta-feira, 25 de setembro de 2019 CIDADES Pistolas estrangeiras “Aedes do bem” Vítimas do homem Retomada das obras Operação Fronteira Flexibilização do porte levou aumento da importação à marca histórica Armas importadas crescem no país Fiocruz estuda instalar fábrica de ‘‘Wolbachia’’ Cães são resgatados de maus-tratos e ONG busca lar temporário aos animais Governo do Estado lança mais editais de serviços do Aquário do Pantanal Aeronaves clandestinas são apreendidas no interior Policiais paraguaios davam cobertura a traficantes PMC/Reprodução Valentin Manieri/Arquivo OEMS Rafaela Alves A arma importada custa R$ 4 mil mais cara do que a fabricada no Brasil. Com a fle- xibilização do porte, a impor- tação das pistolas e munições atingiram a marca histórica. De janeiro a agosto, 37,3 mil revólveres entraram legal- mente no país, sendo 25,6 mil importadas somente no mês passado. Uma alta de 54% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram importadas 17,5 mil revólveres e pistola, conforme dados do Ministério da Economia. As compras deste ano somam US$ 15 milhões. Um dos motivos para o aumento, ocorreu por conta da mudança na legislação que favoreceu a compra dos produtos vindos do exterior. No dia 07 de maio, o presi- dente Bolsonaro, assinou um decreto que derrubou a regra válida até o ano passado que só podiam ser importadas arma que não tivesse um pro- duto semelhante fabricado no Brasil e ainda autoriza a compra de armas de calibre maior, o que era proibido. Conforme o instrutor de tiros da Polícia Federal e do Exér- cito, Gildo Andrade Neto, a arma estrangeira sempre vai ser mais cara que a nacional. “Uma pistola calibre 380, por Raiane Carneiro Campo Grande vai receber uma biofábrica especializada na produção dos mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia. Este foi um dos temas discutidos na reunião de ontem (24), que reuniu representantes do Ministério da Saúde, SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), Sesau (Secre- taria Municipal de Saúde Pú- blica) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, o encontro também foi para definir a implantação do pro- jeto na cidade. Outros pontos tratados na reunião foram justamente sobre a implantação do pro- jeto na Capital. Segundo o coordenador do programa WMP (World Mosquito Pro- gram), Gabriel Sylvestre, a soltura dos mosquitos deve ser feita de forma gradual, o que deve levar um período de dois anos e meio, adaptando o cronograma do projeto às ne- cessidades da cidade. “Nossa intenção é iniciar a soltura dos mosquitos de forma gra- dual por conjunto de bairros, levando em consideração a área, população e a quanti- dade de Aedes aegypti em cada região”, explicou. O coordenador estadual de Controle de Vetores e Zoo- noses, Mauro Lúcio Rosário, conta que a intenção é de es- tender para outros municípios o projeto em andamento na Capital, no entanto, a ajuda da população na eliminação de focos do vetor ainda é es- sencial. “As ações tradicionais de prevenção à dengue, zika e chikungunya ainda são neces- sárias. Continuamos as ações por todo o Estado”, disse. O projeto Campo Grande é uma das três cidades escolhidas para abrigar a etapa final do pro- jeto Wolbachia, antes de sua incorporação no SUS (Sistema Único de Saúde). O método consiste em infectar o mos- quito com a bactéria Wolba- chia, que é natural em 60% dos insetos, para poder inibir a transmissão de dengue, zika e chikungunya. O trabalho é considerado autossustentável porque uma vez liberados no ambiente, eles ajudam a criar uma nova geração de mos- quitos que já nascem com a Wolbachia, não transmitindo as doenças. Uma vez soltos, os mosquitos infectados cruzam com as fêmeas de Aedes ae- gypti, tornando ela estéril. Se uma fêmea tem o Wolbachia, ela transmite a bactéria para os ovos. (Com assessoria) A Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos) divulgou mais um edital de licitação para as obras do Aquário do Pan- tanal. Este é o terceiro certame anunciado pelo governo e visa a conclusão do revestimento de alumínio composto dos forros internos do auditório e da bi- blioteca, além das monocapas. A execução desses serviços in- tegra a frente de construção civil, que levantou alguns pontos que devem ser concluídos ou refeitos na estrutura. “A publi- cação de mais um edital dentro do prazo anunciado reforça o compromisso e transparência com os quais este governo está conduzindo o processo de re- tomada das obras”, destaca o coordenador das obras do Aquário, Gamaliel Jurumenha. As empresas interessadas em concorrer devem retirar o material até o dia 25 de ou- tubro na sede da Agesul, que fica na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, bloco 14, Parque dos Poderes. A aber- tura está marcada para o dia 28 de outubro, às 8h. O aviso de lançamento do edital está disponível no Diário Oficial do Estado, a partir da página 116. (Com Raiane Carneiro) Thais Cintra Operação Ícaro fase Iuris in- ciou nova fase de investigações em várias cidades do Estado. Na apreensão feita pela Deco (Dele- gacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), foram recolhidas 4 aeronaves, que passaram por exames periciais. Os aviões apresentavam pla- quetas de identificação voltadas a rastreabilidade com indícios de adulteração e estavam operando com certificado de aeronavegabi- lidade cancelados. A Deco junto à Delegacia Regional da Polícia Civil de Aquidauana e da 1ª DP, fizeram uma averiguação no local e constataram irregularidades como, comercialização ilegal de combustível aeronáutico, enriquecimento ilícito por meio de crimes contra a ordem tri- butária e crimes ambientais. O local foi interditado e após paga- mento de fiança, o presidente do Aeroclube de Aquidauana, que não teve a identidade revelada, foi autuado e liberado para responder às acusações em li- berdade, pelos crimes de falsi- dade ideológica, falsificação de documento público e particular, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cometidos através de táxi-aéreo clandestino. Pelo menos nove agentes pa- raguaios foram presos ontem (24) pela polícia do Paraguai, suspeitos de ajudarem orga- nizações criminosas de nar- cotráfico, havendo entre eles policiais que atuam em Ponta Porã, distante 329 km. A operação foi simultânea e contou com o apoio das forças da Polícia Nacional. Toda ação foi liderada pelo fiscal adjunto de Luta Contra o Narcotráfico, Marco Alcaraz, além do mi- nistro da Senad, uma pasta que cuida do combate ao tráfico. As informações são do site local Capitan Bado. A investigação, que é fruto de uma operação anterior, se deu em função da cobertura de policiais para traficantes de drogas. Segundo as investi- gações, houve atuação dos en- volvidos em, pelo menos, três grandes carregamentos de cocaína. Em um, foram trans- portados 371 kg, enquanto outro teve 2200 kg e, no último carregamento, foram 378 kg, chegando a aproximadamente 3 toneladas de droga. Nestas ações, os policiais recebiam dinheiro para dar co- bertura, impedindo possíveis ações de retenção das autori- dades. Além disso, os policiais corruptos também repassavam informações e protegiam as cargas. As ações também pas- saram pelas áreas rurais de Puentesinho, além de Asuncion, Concepción e San Carlos. (Com Raiane Carneiro) exemplo, a nacional sai na faixa de R$ 5 mil, já a impor- tada vai ficar entre R$8 e R$9 mil”, afirma. Para importar uma arma é preciso do aval do Exército Brasileiro. Conforme a insti- tuição repassou para a Folha de São Paulo, de janeiro a agosto, foi autorizada a compra de 152,5 mil armas estrangeiras, contra 86,4 mil no mesmo pe- ríodo do ano passado. E ainda que a alta na importação foi puxada por pessoas físicas, o Exército concedeu, até agosto deste ano, 5 mil autorizações a pessoa física, 300 a mais do que no mesmo período de 2018. Para pessoas jurídicas e órgãos de segurança pública, as importações caíram 12%, de 478 para 421 armas. No entanto, ainda segundo Gildo, além do decreto, existem muitos outros motivos que faz com que a pessoa importe uma arma. “Durante muito tempo as fábricas nacionais tiveram uma qualidade muito ruim, então existem vários casos, tem a pessoa que busca real- mente uma marca importada específica, pessoas que acre- ditam ainda que as marcas na- cionais ainda não funcionam, pessoas que acham que tem uma melhor garantia com a arma importada”, explica. Por outro, Gilberto de An- drade, proprietário de uma loja de armas e um stande de tiros na Vila Progresso, afirma que vende mais as armas de marca nacional. “Eu tenho armas importadas na loja, mas a saída maior é das nacionais. A arma mais procurada é a pistola calibre 380 da marca Taurus, justamente a que mais vendo”, assegurou. A denúncia da ONG (Orga- nização Não Governamental) Abrigo dos Bichos levou ao resgate de 40 cães que estavam em condições de maus-tratos, que ocorreu em uma fazenda na MS-040. Após ação da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Am- bientais e de Atendimento ao Turista), na última segunda- -feira (23), a ONG agora pede ajuda com doações e lares tem- porários que possam abrigar os animais durante o processo. Os cães são de grande porte, sendo misturas com a raça Foxhound Americano. Na fazenda, os animais estavam em instalações improvisadas, amarrados, sem condições de higiene e expostos ao calor, sem acesso à água ou comida. Uma voluntária do Abrigo dos Bichos, Larissa Bone Feifa- reck, ressalta que os animais vão precisar de cuidados ve- terinários, já que estão de- bilitados. “Tem também al- gumas fêmeas que estão no cio e pelo menos três estão prenhas. Precisamos de doa- ções de vermífugos, vitaminas, vacinas, rações, produtos de limpeza e dinheiro para cus- tear gastos com consultas e medicamentos”, disse. Todos os animais foram vacinados contra raiva e receberam chip de identifi- cação após o resgate. A ONG vai ajudar as pessoas que se disponibilizarem a ficar com os cães. Eles precisam de lar temporário já que o caso ainda está sob investigação da Decat. A ONG também precisa de doações. SERVIÇO - Os interessados em ajudar podem entregar as doações no Condomínio Edifício Maison Lafite, na Rua Barão do Rio Branco, nº 2130. Quem quiser ajudar com dinheiro pode depositar qualquer quantia no Banco do Brasil na agência 5783-5 conta corrente 41599-5 CNPJ – 05108286/0001 – 47. Ou www.abrigodosbichos.org/ como-doar. O telefone para contato da ONG é o (67) 9 9955-4949. Reprodução Nilson Figueiredo

Pistolas estrangeiras “Aedes do bem ... - Jornal O Estado MS · ser feita de forma gradual, o que deve levar um período de dois anos e meio, adaptando o cronograma do projeto às

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Page 1: Pistolas estrangeiras “Aedes do bem ... - Jornal O Estado MS · ser feita de forma gradual, o que deve levar um período de dois anos e meio, adaptando o cronograma do projeto às

A6 Campo Grande-MS | Quarta-feira, 25 de setembro de 2019 cidadES

Pistolas estrangeiras “Aedes do bem”

Vítimas do homem

Retomada das obras

Operação

Fronteira

Flexibilização do porte levou aumento da importação à marca histórica

Armas importadas crescem no país Fiocruz estuda instalar fábrica de ‘‘Wolbachia’’

Cães são resgatados de maus-tratos e ONG busca lar temporário aos animais

Governo do Estado lança mais editais de serviços do Aquário do Pantanal

Aeronaves clandestinas são apreendidas no interior

Policiais paraguaios davam cobertura a traficantes

PMC/Reprodução

Valentin Manieri/Arquivo OEMS

Rafaela Alves

A arma importada custa R$ 4 mil mais cara do que a fabricada no Brasil. Com a fle-xibilização do porte, a impor-tação das pistolas e munições atingiram a marca histórica. De janeiro a agosto, 37,3 mil revólveres entraram legal-mente no país, sendo 25,6 mil importadas somente no mês passado. Uma alta de 54% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram importadas 17,5 mil revólveres e pistola, conforme dados do Ministério da Economia. As compras deste ano somam US$ 15 milhões.

Um dos motivos para o aumento, ocorreu por conta da mudança na legislação que favoreceu a compra dos produtos vindos do exterior. No dia 07 de maio, o presi-dente Bolsonaro, assinou um decreto que derrubou a regra válida até o ano passado que só podiam ser importadas arma que não tivesse um pro-duto semelhante fabricado no Brasil e ainda autoriza a compra de armas de calibre maior, o que era proibido. Conforme o instrutor de tiros da Polícia Federal e do Exér-cito, Gildo Andrade Neto, a arma estrangeira sempre vai ser mais cara que a nacional. “Uma pistola calibre 380, por

Raiane Carneiro

Campo Grande vai receber uma biofábrica especializada na produção dos mosquitos Aedes aegypti infectados com Wolbachia. Este foi um dos temas discutidos na reunião de ontem (24), que reuniu representantes do Ministério da Saúde, SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), Sesau (Secre-taria Municipal de Saúde Pú-blica) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, o encontro também foi para definir a implantação do pro-jeto na cidade.

Outros pontos tratados na reunião foram justamente sobre a implantação do pro-jeto na Capital. Segundo o coordenador do programa WMP (World Mosquito Pro-gram), Gabriel Sylvestre, a soltura dos mosquitos deve ser feita de forma gradual, o que deve levar um período de dois anos e meio, adaptando o cronograma do projeto às ne-cessidades da cidade. “Nossa intenção é iniciar a soltura dos mosquitos de forma gra-dual por conjunto de bairros, levando em consideração a área, população e a quanti-dade de Aedes aegypti em cada região”, explicou.

O coordenador estadual de

Controle de Vetores e Zoo-noses, Mauro Lúcio Rosário, conta que a intenção é de es-tender para outros municípios o projeto em andamento na Capital, no entanto, a ajuda da população na eliminação de focos do vetor ainda é es-sencial. “As ações tradicionais de prevenção à dengue, zika e chikungunya ainda são neces-sárias. Continuamos as ações por todo o Estado”, disse.

O projetoCampo Grande é uma das

três cidades escolhidas para abrigar a etapa final do pro-jeto Wolbachia, antes de sua incorporação no SUS (Sistema Único de Saúde). O método consiste em infectar o mos-quito com a bactéria Wolba-chia, que é natural em 60% dos insetos, para poder inibir a transmissão de dengue, zika e chikungunya. O trabalho é considerado autossustentável porque uma vez liberados no ambiente, eles ajudam a criar uma nova geração de mos-quitos que já nascem com a Wolbachia, não transmitindo as doenças. Uma vez soltos, os mosquitos infectados cruzam com as fêmeas de Aedes ae-gypti, tornando ela estéril. Se uma fêmea tem o Wolbachia, ela transmite a bactéria para os ovos. (Com assessoria)

A Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos) divulgou mais um edital de licitação para as obras do Aquário do Pan-tanal. Este é o terceiro certame anunciado pelo governo e visa a conclusão do revestimento de alumínio composto dos forros internos do auditório e da bi-

blioteca, além das monocapas. A execução desses serviços in-tegra a frente de construção civil, que levantou alguns pontos que devem ser concluídos ou refeitos na estrutura. “A publi-cação de mais um edital dentro do prazo anunciado reforça o compromisso e transparência

com os quais este governo está conduzindo o processo de re-tomada das obras”, destaca o coordenador das obras do Aquário, Gamaliel Jurumenha.

As empresas interessadas em concorrer devem retirar o material até o dia 25 de ou-tubro na sede da Agesul, que

fica na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, bloco 14, Parque dos Poderes. A aber-tura está marcada para o dia 28 de outubro, às 8h. O aviso de lançamento do edital está disponível no Diário Oficial do Estado, a partir da página 116. (Com Raiane Carneiro)

Thais Cintra

Operação Ícaro fase Iuris in-ciou nova fase de investigações em várias cidades do Estado. Na apreensão feita pela Deco (Dele-gacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), foram recolhidas 4 aeronaves, que passaram por exames periciais. Os aviões apresentavam pla-quetas de identificação voltadas a rastreabilidade com indícios de adulteração e estavam operando com certificado de aeronavegabi-lidade cancelados.

A Deco junto à Delegacia Regional da Polícia Civil de Aquidauana e da 1ª DP, fizeram

uma averiguação no local e constataram irregularidades como, comercialização ilegal de combustível aeronáutico, enriquecimento ilícito por meio de crimes contra a ordem tri-butária e crimes ambientais. O local foi interditado e após paga-mento de fiança, o presidente do Aeroclube de Aquidauana, que não teve a identidade revelada, foi autuado e liberado para responder às acusações em li-berdade, pelos crimes de falsi-dade ideológica, falsificação de documento público e particular, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cometidos através de táxi-aéreo clandestino.

Pelo menos nove agentes pa-raguaios foram presos ontem (24) pela polícia do Paraguai, suspeitos de ajudarem orga-nizações criminosas de nar-cotráfico, havendo entre eles policiais que atuam em Ponta Porã, distante 329 km.

A operação foi simultânea e contou com o apoio das forças da Polícia Nacional. Toda ação

foi liderada pelo fiscal adjunto de Luta Contra o Narcotráfico, Marco Alcaraz, além do mi-nistro da Senad, uma pasta que cuida do combate ao tráfico. As informações são do site local Capitan Bado.

A investigação, que é fruto de uma operação anterior, se deu em função da cobertura de policiais para traficantes

de drogas. Segundo as investi-gações, houve atuação dos en-volvidos em, pelo menos, três grandes carregamentos de cocaína. Em um, foram trans-portados 371 kg, enquanto outro teve 2200 kg e, no último carregamento, foram 378 kg, chegando a aproximadamente 3 toneladas de droga.

Nestas ações, os policiais

recebiam dinheiro para dar co-bertura, impedindo possíveis ações de retenção das autori-dades. Além disso, os policiais corruptos também repassavam informações e protegiam as cargas. As ações também pas-saram pelas áreas rurais de Puentesinho, além de Asuncion, Concepción e San Carlos. (Com Raiane Carneiro)

exemplo, a nacional sai na faixa de R$ 5 mil, já a impor-tada vai ficar entre R$8 e R$9 mil”, afirma.

Para importar uma arma é preciso do aval do Exército Brasileiro. Conforme a insti-tuição repassou para a Folha de São Paulo, de janeiro a agosto, foi autorizada a compra de 152,5 mil armas estrangeiras, contra 86,4 mil no mesmo pe-ríodo do ano passado. E ainda que a alta na importação foi puxada por pessoas físicas, o Exército concedeu, até agosto deste ano, 5 mil autorizações

a pessoa física, 300 a mais do que no mesmo período de 2018. Para pessoas jurídicas e órgãos de segurança pública, as importações caíram 12%, de 478 para 421 armas.

No entanto, ainda segundo Gildo, além do decreto, existem muitos outros motivos que faz com que a pessoa importe uma arma. “Durante muito tempo as fábricas nacionais tiveram uma qualidade muito ruim, então existem vários casos, tem a pessoa que busca real-mente uma marca importada específica, pessoas que acre-

ditam ainda que as marcas na-cionais ainda não funcionam, pessoas que acham que tem uma melhor garantia com a arma importada”, explica.

Por outro, Gilberto de An-drade, proprietário de uma loja de armas e um stande de tiros na Vila Progresso, afirma que vende mais as armas de marca nacional. “Eu tenho armas importadas na loja, mas a saída maior é das nacionais. A arma mais procurada é a pistola calibre 380 da marca Taurus, justamente a que mais vendo”, assegurou.

A denúncia da ONG (Orga-nização Não Governamental) Abrigo dos Bichos levou ao resgate de 40 cães que estavam em condições de maus-tratos, que ocorreu em uma fazenda na MS-040. Após ação da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Am-bientais e de Atendimento ao Turista), na última segunda--feira (23), a ONG agora pede ajuda com doações e lares tem-porários que possam abrigar os animais durante o processo.

Os cães são de grande porte, sendo misturas com a raça Foxhound Americano. Na fazenda, os animais estavam em instalações improvisadas, amarrados, sem condições de higiene e expostos ao calor, sem acesso à água ou comida. Uma voluntária do Abrigo dos Bichos, Larissa Bone Feifa-reck, ressalta que os animais vão precisar de cuidados ve-terinários, já que estão de-bilitados. “Tem também al-gumas fêmeas que estão no cio e pelo menos três estão prenhas. Precisamos de doa-ções de vermífugos, vitaminas, vacinas, rações, produtos de limpeza e dinheiro para cus-tear gastos com consultas e medicamentos”, disse.

Todos os animais foram vacinados contra raiva e receberam chip de identifi-cação após o resgate. A ONG vai ajudar as pessoas que se disponibilizarem a ficar com os cães. Eles precisam de lar temporário já que o caso ainda está sob investigação

da Decat. A ONG também precisa de doações. Serviço - Os interessados em ajudar podem entregar as doações no Condomínio Edifício Maison Lafite, na Rua Barão do Rio Branco, nº 2130. Quem quiser ajudar com dinheiro pode depositar qualquer quantia no Banco do Brasil na agência 5783-5 conta corrente 41599-5 CNPJ – 05108286/0001 – 47. Ou www.abrigodosbichos.org/como-doar. O telefone para contato da ONG é o (67) 9 9955-4949.

Reprodução

Nilson Figueiredo