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® JUNHO DE 2011 VOL.12 / NÚMERO 122 WWW.PROFIT-LOSS.COM ® Nick Brown da GFI: UM ENFOQUE DA VELHA ESCOLA PARA NOVOS NEGÓCIOS O líder de produtos financeiros na América do Norte e do Sul, do GFI Group, baseado em Nova York, Nick Brown, discute o enfoque da firma de corretagem interdealer para expansão em novos mercados com uma combinação de tecnologia, conhecimento local e boa construção de relacionamentos no velho estilo. Ogg Trading Inicia com Mandato para “Revolucionar o mercado de FX” Ainda um pária? Alta frequência e o mercado de FX Mantendo a ordem A importância do gerenciamento flexível de pedidos A CME lança o primeiro serviço para OTC FX Principal patrocinador das edições da Profit & Loss América Latina: Relatório especial: Mercados crescentes de FX

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Profit & Loss June 2011 Portuguese language edition

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JUNHO DE 2011VOL.12 / NÚMERO 122WWW.PROFIT-LOSS.COM

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UM ENFOQUE DA VELHA ESCOLA PARA

NOVOS NEGÓCIOSO líder de produtos financeiros na América do Norte e do Sul, do GFIGroup, baseado em Nova York, Nick Brown, discute o enfoque da firma decorretagem interdealer para expansão em novos mercados com umacombinação de tecnologia, conhecimento local e boa construção derelacionamentos no velho estilo.

Ogg TradingInicia com Mandatopara “Revolucionar o mercado de FX”

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A CME lança oprimeiro serviçopara OTC FX

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Mercadoscrescentes

de FX

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©GFI Group Inc. 2011. Todos os direitos reservados. Este material publicitário foi aprovado pela GFI Securities Limited, regulamentada pela Financial Services Authority (FSA) no Reino Unido. GFI Securities LLC, empresa regulamentada pela Financial Industry Regulatory Authority (FINRA) e pela National Futures Association (NFA).

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Profit & Loss

www. profit-loss. com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 1

PROFIT & LOSS NOS MERCADOS DEMOEDAS E DERIVATIVOSJUNHO DE 2011, VOLUME 12 / NÚMERO 122

OS OLHOS E OUVIDOSDA INDÚSTRIA DE FX

O site da Profit & Loss compreende um extensoarquivo de todo o nosso material publicado,além de informações atualizadas sobre osúltimos desenvolvimentos nos mercados demoedas e de derivativos.

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Como esta edição é publicada depois do nosso jantar do Digital Markets Awardse do Hall da Fama em Nova York, pensei em começar parabenizando todos osvencedores, votados pelos leitores da P&L, além dos indicados para o Hall da

Fama da Profit & Loss. Nós levamos isso muito a sério, porque acreditamos que osetor pode, algumas vezes, ser muito lento no reconhecimento daqueles que fazem adiferença. Os premiados serão apresentados na edição de julho.

Gostaria também de reforçar que embora abramos a votação apenas por um períodorelativamente curto, sempre que você tiver uma recomendação para o Hall da Fama,por favor informe. Podemos incluir qualquer pessoa votada na People’s Choice, afinal,é apenas uma vaga, mas os concorrentes nesta categoria não são esquecidos e podemser incluídos em data posterior.

Nesta edição, analisamos o processo regulatório contínuo, desta vez com o foco naEuropa. Apresentamos também o que continua sendo um dos monstros dos mercadosfinanceiros – os negócios de alta frequência. Temos também o prazer de incluir aúltima contribuição do nosso editor convidado (e participante do Hall da Fama daP&L ), David Clark - um dos mais respeitados, se não for o mais respeitado,observador do setor.

Acho que deixei bastante clara a minha posição ao longo dos anos, eu não acho quea HFT é o diabo encarnado como alguns querem que acreditemos, mas, da mesmaforma, acredito que a HFT afirma serem fornecedores robustos de liquidez tambémestá aberto a questionamento. No fim do dia, eles são apenas outro grupo departicipantes e cabe às contrapartes decidir se e quando desejam fazer negócios comeles.

Levanto isto porque, escrevendo apenas um ano depois do Flash Crash, temos umavisão das atitudes de HFT na indústria de FX. Acho que posso resumir declarando quea opinião reflete muito bem o que foi expresso em um curso de Simulação de Dealingda ACI Austrália no fim do ano passado. Eu moderei um debate de 45 minutos e osprós e contras da HFT e pedi aos delegados para ficarem em um lado da sala ou nooutro para darem a opinião sobre se foi bom ou ruim para o setor.

Previsivelmente, depois de uma grande discussão, o resultado foi 18 a 17 de que foiuma boa coisa, e é essa a opinião no setor atualmente. O que precisa ser reconhecido,no entanto, é que a estratégia não se perderá. Poderia ser energizada pelos novosregulamentos e participar mais ativamente em mercados como opções e NDFs.Depende da indústria, portanto, buscar uma solução. O mundo de equity está seesforçando para fazer isso – meu instinto é de que o mundo do FX não está, precisa seorganizar mais formalmente.

Espero ver muitos de vocês na Forex Network em Nova York. Se não, espero que seinscrevam para a Forex Network Chicago para que possamos continuar o debate dosetor à medida que o câmbio exterior entra em uma nova era, com novos desafios eoportunidades.

Tenham um bom mês.

nota do editornota do editor

NESTE MÊS:

28: Yallop deixará a Icap

37: A CME lança o primeiro serviçopara OTC FX

17: Níveis financeiros e de comércioexterior vinculados a renda do país: BIS

20: Cortina do Banxico apresenta o desempenho do peso

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Profit & Loss: nos mercados de moedas e derivativos é publicado mensalmente. As taxas de assinatura são: £350 ($665) por ano. Impresso pela The Blue Printing Company

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ISSN: 1467-2650© 2011 P&L Services Ltd. Todos os direitos reservados

Nenhuma parte desta publicação pode serreproduzida de qualquer maneira sem oconsentimento expresso por escrito da P&LServices Ltd. Todas as opiniões e pontos de vistaexpressos por escritores contribuintes nãorepresentam necessariamente o ponto e vistado editor. Os artigos são publicados em boa-fé,sem responsabilidade por parte dos editores,que não podem ser responsabilizados porqualquer perda, queixa ou ação litigiosaresultante de qualquer ponto de vista aquiexpresso. A editora e os seus editores nãoaceitam nenhuma responsabilidade por mal-entendidos, erros ou omissões incorridosdurante a produção.

PROFIT & LOSS NOS MERCADOS DE MOEDAS E DERIVATIVOS

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www. profit-loss. com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 3

Bom senso

Vamos esperar que a explosão de bom senso que levou àisenção de swaps e forward de FX de algumas cláusulasda Dodd-Frank seja contagiante para outras partes da lei

e atravesse o Atlântico para influenciar a política em Bruxelas.Seria fácil dizer que não deveria nunca ter havido dúvidas deque as partes acordadas e líquidas do mercado de FX seriamisentas, mas até agora, a intrusão da legislação nos mercados deOTC tem sido grande e fraco, aparentemente até recentemente,tem sido o lobby dos bancos, que a isenção está em dúvida atéque os rumores sejam substituídos por fatos.

Vale lembrar o que o Departamento do Tesouro dos EUAdisse na sua declaração para a imprensa em 29 de abril:“Reconhecendo que as características únicas e a supervisão domercado de swaps e forwards de FX já refletem muitos dosobjetivos da Dodd-Frank para reforma – incluindo altos níveisde transparência, gestão de risco eficaz e estabilidade financeira– o Congresso deu ao Secretário do Tesouro a autoridade dedeterminar se compensação centralizada e os requisitos detrading de câmbio devem se aplicar a swaps e forwards decâmbio estrangeiro. Dadas essas considerações, o Tesouro estáhoje emitindo uma notícia de Proposta de Determinaçãodeclarando que os requisitos de compensação centralizada etrading de câmbio não se aplicam a swaps e forwards de FX.”

Transparência, gestão de risco e estabilidade são oscomparativos pelos quais o Tesouro tomou a sua decisão e ecoadiretamente os objetivos do G20. A contribuição da CLS aolongo da última década e meia, e metodologias muitoexperimentadas e testadas de gestão de riscos nos bancos deramaos reguladores o conforto de saber que o mercado de FX estáentre os mais bem supervisionados interna e externamente.Ainda me intriga que o FX tenha sido incluído na definiçãogeral de ‘swap’ sem o conhecimento suficiente dos riscos e danatureza das transações com moedas, e certamente existemoutros produtos que simplesmente não deveriam ser forçados acumprir essas exigências de compensação e trading de câmbioda Dodd-Frank.

Embora isso inclua alguns produtos de commodities, será quepodemos esperar uma exclusão das opções de FX e NDFs? Nãohá dúvidas de que todos nós gostaríamos de isentar as opções eos NDFs, se possível, mas a natureza desses mercados é tal quea tentativa de forçá-los a compensações e/ou a bolsas seriaprejudicada pela dificuldade de padronização ou de tornarmuitos deles ‘elegíveis para compensação’.

É axiomático da forma em que a legislação foi organizadanos dois lados do Atlântico que os produtos sejam tratados comose fossem ser incluídos em um tipo de arco financeiro que asprotegerá contra as tempestades percebidas nos mercados deOTC. Não importa que os mercados OTC sejam os maiores no

mundo e que a liquidez que geram seja essencial para a eficiência namaioria, se não em todos, os mercados financeiros.

Diferentemente do que pode parecer, a União Europeia pode virem socorro das opções e dos NDFs. Observamos que o FX tem sidoalvo de isenções da Dodd-Frank, mas no caso de MiFID 2 é umaquestão dos produtos de FX serem incluídos no futuro, uma vez queforam deixados fora da MiFID 1. É agora inevitável que os swaps eforwards sejam deixados de fora (devido à decisão do Tesouro dosEUA), mas a minuta ainda está aberta se as opções e NDFs serãoincluídos. A sabedoria convencional diz que serão incluídos, mas omercado está preparado para pedir pela sua exclusão? Se estiver, e oMiFID 2 deixar os produtos de FX como estão atualmente noMiFID 1, pode ser um motivo para o Tesouro olhar novamente parao conjunto de produtos de FX e a sua posição no Dodd-Frank.

O que podemos fazer com os atrasos que parecem inevitáveis naimplantação da legislação? Escrever a lei e aprovar a legislação naUE, parece ter atolado na inevitável complexidade de lidar comvários produtos do mercado financeiro. Podemos agora esperar quepartes grandes da Dodd-Frank, EMIR e MiFID apareçam em 2012 eem 2013, e não durante o resto desse ano, e algumas partes, continuoa acreditar, nunca aparecerão ou serão significativamente alteradas.

Se esse for o caso, não deve ser visto como uma ‘vitória’ para osmercados, mas para o bom senso que o Tesouro dos EUA temexercido. Uma das características desagradáveis, desnecessárias einúteis do processo que dura até agora cerca de três anos, de trazernovas legislações financeiras aos mercados, tem sido a forma comoum senso de contestação tem sido visto por comentaristas entre ospolíticos e os operadores. Como banqueiros, sabemos que somos osmalvados, mas não há nada nos objetivos do G20 que nãodesejemos. A forma como os diferentes regimes desejam atingiresses objetivos está claramente sujeita aos interesses políticosnacionais. Com as eleições entre agora e a época que esperamos queas regras entrem em operação, é improvável que a atual explosão debom-senso contagie os nossos mestres da política.

A recente atividade de propostas entre as bolsas é tãoimpressionante quanto é sintomático da importância dos mercados decompensações e de derivativos. Existem, no entanto, algumasmotivações perigosas que podem distorcer os resultados das váriasiniciativas e ser contraproducentes no longo prazo. Não é preciso dizerque a captura da compensação é o grande prêmio no ambiente atual,mas parece que os reguladores estão alertas para a natureza deoligopólio de ter um pequeno número de operações que têm opotencial de ser exclusivas. À medida que nos movemosdefinitivamente para a liberação de mais produtos, o acesso livre ejusto deve ser mantido na lei naquilo que são as utilidades do mercado.

Conseguir isso exigirá arranjos de governança para ocomportamento dos negócios de câmbio (com o máximo deconcorrência possível), e a compensação (a função). Os supervisoresnão acharão isso fácil, e dado o clamor por ‘defensores nacionais’em alguns países, também não será garantia de interoperabilidade.Como indicado nesta coluna anteriormente, os riscos sistêmicosenvolvidos na compensação são território dos bancos centrais, embases globais. Eles têm a tarefa difícil e inviável, e a mim parece queo estabelecimento de repositórios de negócios será mais útil parasuas responsabilidades de risco.

Na próxima vez, tenho certeza de que estarei escrevendonovamente sobre o Euro e sobre os desenvolvimentos da conturbadaUnião Europeia. Continuo a prever a sua sobrevivência, mas ossaltos políticos que teremos que enfrentar e a linguagem distorcidapara chegar aos acordos nos manterão sentados na beirada dascadeiras. Será que podemos esperar uma explosão de bom senso?

David Clark

Page 6: P&L- Portugues June

MATÉRIA DE CAPA:

Nick Brown da GFI: um enfoque da velha escola para novos negócios

O chefe de produtos financeiros para América do

Norte e do Sul do GFI Group, baseado em Nova

York, Nick Brown, discute o enfoque da empresa de

corretagem interdealer para expansão em novos

mercados por meio de uma combinação de

tecnologia, conhecimento local e desenvolvimento

de relacionamentos no velho estilo........................................10

NOTA DO EDITOR CONFIDADO:

Bom sensopor David Clark...............................................................................3

P&L’S SQUAWKBOX: Notícias de todo o mundo .........................................................6

Profit & Loss: Junho de 2011

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www. profit-loss. com4

353036281510

Na Capa...

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Profit & Loss: Junho de 2011

www. profit-loss. com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 5

Por Dentro do FX: Seminário de trading de alta frequênciaFotografias do nosso seminário em Chicago,

19 de maio de 2011....................................................................14

RELATÓRIO ESPECIAL: MERCADOS CRESCENTES DE FX EM 2011

Níveis financeiros e de trading externo

vinculados a renda do país: BIS .............................................16

Profit & Loss vai a Bogotá para evento inaugural ...........18

Cortina, do Banxico, apresenta o desempenho

do peso...........................................................................................19

A IPC suporta o crescimento da GFI na

América Latina.............................................................................22

Medindo a sensibilidade de FX dos mercados

emergentes ao petróleo...........................................................24

SALA DE TRADING:

Mercados de derivativos continuam a crescer.................26

O E-Broking aumenta os lucros da Icap..............................27

Yallop deixará a Icap ..................................................................27

MERCADOS DIGITAIS

Mantendo os pedidos: a importância do

gerenciamento flexível de pedidos .....................................28

Ainda um pária?

Alta frequência e o mercado FX ............................................30

A Thomson Reuters lança o Dealing Aggregator ...........34

A Ogg Trading inicia com mandato para

“Revolucionar o mercado FX” ................................................35

A CME lança o primeiro dos serviços de

compensação de OTC FX .........................................................36

GESTÃO DE DINHEIRONotícias Rápidas ..........................................................................37

MOVIMENTOS E MUDANÇASPessoas de Mudança .................................................................38

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Nós sentimos uma nova oportunidade de arbitragem? O provedorde plataforma de negócios no varejo FXCM e a Dow Jones Indexesse unem para desenvolver o Dow Jones FXCM Dollar Index. AFXCM lançará também uma cesta negociável no índice. A cesta donovo índice oferecerá a facilidade de rastrear o dólar americanocom liquidez máxima, fornecendo negócios com baixos spreads,negócios com margem e acesso 24 horas, cinco dias por semana. As moedas disponíveis no índice, que são comparadas ao dólar,são o euro, a libra britânica, o dólar australiano e o iene japonês. Drew Niv, CEO da FXCM, diz, “O Dow Jones FXCM Dollar Indexfoi projetado tendo em mente o operador. O objetivo é evitar a seleçãodesatualizada de pares de moedas e a metodologia esotérica, usandoas moedas mais relevantes e um design direto. Por isso, a cesta ligadaao índice pode oferecer a máxima utilidade para o trader.”Felizmente, sem tirar os nossos sapatos e meias, o P&L´sSquawkbox calcula que existem agora dois produtos de Índice deDólar no mundo público e outros índices exclusivos oferecidospelos bancos. Quanto tempo até que as oportunidades de arbitragemsurjam e esses produtos sejam negociados com alta frequência?

NOVA YORK

NOVA YORK

NOVA YORK

Talvez uma dica para o mercado de FX? Como o setor de FXtrabalha para a criação de um repositório de negócios, aInternational Swaps and Derivatives Association selecionou aDepository Trust & Clearing Corp para fazer uma parceria com oseu Rates Steering Committee no próximo estágio dedesenvolvimento de um repositório de negócios com taxas de juros. A seleção assume o negócio da Trioptima, agora uma unidade daIcap, que em 2009 foi selecionada pela ISDA para registrar todasas transações do mercado. Em seguida à aprovação do Dodd-Frank Act em julho do anopassado, a ISDA emitiu uma exigência em março para que asempresas apresentassem propostas de repositório baseadas nasmaiores demandas regulatórias exigidas pela lei. Os repositórios de negócios fornecem aos reguladores globais

visibilidade das exposições de risco por firma e por contraparte. AISDA ajudou a estabelecer repositórios de negócios para outrasclasses de ativos, incluindo swaps de inadimplência de crédito debalcão e derivativos de equity, e existe um em andamento paraderivativos de commodities.

NOVA YORK

Quem seria um banco de custódia? A State Street continua a atraira atenção para as alegações de erros de preços em negócios comcâmbio exterior. No último mês, o Commonwealth ofMassachusetts disse que está investigando os negócios e a StateStreet confirmou que a US Securities and Exchange Commissionsolicitou informações relativas aos casos. Entre eles, a State Streete o Bank of New York Mellon registraram seis queixas de estadosdos Estados Unidos, o que felizmente significa que os bancosestão longe de um acordo. É também interessante que outrosbancos de custódia estejam ausentes dessas ações, o que leva aSquawkbox a perguntar (com ironia, é lógico): “Uma maneiradiferente de fazer as coisas ou os clientes do Estado não têm umdéficit orçamentário que precisem financiar?”

Mais algoritmos para o mercado. A empresa de tecnologiaPragma, baseada em Nova York, lançou o Hosted Algos, umserviço de negócios algorítmicos neutro em termos de corretor,para traders sistemáticos. Com o Hosted Algos, os clientes podem usar os algoritmos de altodesempenho da Pragma com os seus corretores preferidos, dando a eles maiscontrole sobre a execução. O Hosted Algos otimiza decisões de roteamento deuma maneira sem conflito, personalizando o comportamento do algoritmo para aestratégia e substituindo taxas de DMA de baixo custo para maiores taxas algorítmicas.Como os corretores nunca vêm a ordem parent ou a cesta, existe potencial reduzido devazamento de informações, diz a Pragma. A empresa fornece transparência do desempenho pós-negócio e relatórios de roteamento,e os clientes podem gerenciar fluxos de comissões designando a porcentagem do fluxo deordens que interagem com cada corretor. “Atuando como provedor de tecnologia de trading em vez de corretor executante, a Pragmaoferece uma proposta de valor única para os traders sistemáticos,” diz David Mechner, CEOda Pragma.” Os clientes têm a vantagem do nosso conjunto algorítmico de alta qualidade,mas podem continuar a usar os seus corretores preferidos, mantendo os seusrelacionamentos de corretagem e continuando a pagar as contras através das suas trading.”A Pragma oferece também suporte de consultoria e a possibilidadede personalizar os algoritmos para atingir os objetivos de execuçãodo cliente. Os clientes podem acessar o serviço Hosted Algo daPragma através dos seus OMS/EMS principais, através de uma APIFIX e através da GUI do TradeEngine da Pragma.

E ainda nos EUA. Pela primeira vez em mais de uma década, asautoridades americanas disseram que o Fed interveio nosmercados de FX no último trimestre. Depois de literalmente anosde não intervenção, o Federal Reserve Bank of New York, no seurelatório trimestral para o Congresso, informou que aplicou $1bilhão contra o iene em 18 de março. A compra foi parte daintervenção organizada para enfraquecer o iene depois doterremoto e tsunami de 11 de março, que teve um efeito…mas aSquawkbox está fascinada com o (relativamente) pouco que foipreciso para virar as coisas. Que nome?

P&L’s Squawkbox: notícias de todo o mundo

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www. profit-loss. com6

BOSTON

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P&L’s Squawkbox: notícias de todo o mundo

I June 2011 I Profit & Loss I www.profit-loss.com8

Alguém… em algum lugar do mundo fora dos EUA…fez alguma coisa no último mês? !Eris Exchange,uma plataforma baseada em Chicago, apoiada porempresas de trading proprietárias Getco, DRWTrading, Infinium Capital Management e outras, lançou o ErisSwapBook, uma plataforma eletrônica para negócios defuturos de swap de taxas de juros compensados pela CMEClearing. O Eris SwapBook é baseado na plataforma e rede dedistribuição e-Exchange Currenex da State Street, e inclui um livrode ordem de limite central e um mecanismo de correspondênciaRFQ. A plataforma suporta interfaces de programação deaplicativos abertas baseadas no protocolo FIX padrão da indústria. O SwapBook substitui a plataforma de trading exclusiva da ErisExchange que foi implantada em 2010 e executou os $30 bilhõesiniciais de negócios de futuros de swap de taxa de juros da ErisExchange. Neal Brady, CEO da Eris Exchange, diz, “O lançamento bem-sucedido do Eris SwapBook e a nossa recente migração para odesconto de OIS para avaliações diárias foram dois marcos críticosenquanto a Eris Exchange busca se tornar o local de execuçãopreferido para contrapartes de swap de taxa de juros OTCtradicionais se adaptarem aos mandatos regulatórios do Dodd-Frank Act.”

Sim, ainda nos EUA! A Societe Generale apresentou uma queixacontra Karma Tenzing, um ex-funcionário, por tentar captarclientes para o seu novo empregador, o Credit Agricole. A ação, Soviete General v. Tenzing, 11-CV-3366, foi registrada emNova York em 17 de maio de 2011. Alega que Tenzing “montouum esquema para se tornar mais vendável para um concorrente”vendendo informações confidenciais para o empregador e paraterceiros, com relação a negócios, contatos, procedimentos,identidades de clientes e lucros e perdas de negócios,descumprindo assim o seu contrato de emprego. Tenzing entrou para o escritório de mercados globais da Generaleem Nova York em 15 de janeiro de 2010 como operador de câmbiojúnior. Nessa época, concordou em aderir ao contrato de empregointerno do banco. No entanto, antes de se demitir voluntariamenteem 28 de abril deste ano, reuniu informações confidenciais paratornar-se mais atraente para um potencial contratante, alega aSocGen. Como trader júnior, Tenzing tinha poucos relacionamentos com

clientes e por isso o acesso ao ‘book’ da Societe Generale foioferecido ‘como adoçante’ para o seu futuro empregador, alega obanco. Ele também fez promessas para o Credit Agricole de quepoderia fornecer novos clientes, afirma a SocGen. A queixa prossegue para afirmar que, para fornecer os novosclientes prometidos, enquanto ainda estava empregado na SocieteGenerale, e enquanto ainda era pago pelo banco, Tenzing começoua entrar em contato com clientes em uma tentativa de levar os seusnegócios para o Credit Agricole para apoiar sua contratação. Em uma declaração para a Profit & Loss, um porta-voz disse, “ASociete Generale iniciou ação legal porque tem o compromisso desalvaguardar suas informações confidenciais e de exigir os termosdos seus contratos de emprego, que protegem o banco contra o usoindevido de informações sigilosas da Societe Generale.”A Societe Generale está buscando reparação para todos os danossofridos em consequência dos seus esforços para determinar aextensão das atividades de Tenzing, além da recuperação de todas apropriedades e informações roubadas.

NOVA YORK

A GFI está se expandindo nos EUA. O corretor inter-dealerinstalou um novo escritório de futuros e opções de taxas de juros decurto prazo (Stir), oferecendo negócios de futuros e opções derenda fixa em Chicago e Nova York. O novo escritório executará diversos contratos, incluindo fundos doFed de trinta dias, futuros e opções do Tesouro dos EUA, futuros eopções de eurodólar e derivativos de curto e longo prazo do RU eda Europa. John Wagner será responsável pela equipe de Chicago e SimonGettins será responsável pelo escritório de Nova York, usando seuscinquenta anos de experiência combinada na corretagem de

eurodólar e futuros e opções do tesouro. Robert Spearman se juntará a Wagner em Chicago, e a equipe

operará na Chicago Mercantile Exchange. Antes de se juntar à GFI,Spearman ocupou cargos no First Boston, Newedge Group e CreditSuisse, cobrindo os escritórios de trading de swap e swaption, alémde vários fundos de hedge. Gettins se juntou à GFI vindo da Mako Financial Markets, onde eraresponsável pela equipe de trading de vendas de Nova York. O novo escritório oferecerá aos clientes um serviço personalizadoque incluirá a geração de ideias, recomendações de estratégias decurto, médio e longo prazo e suporte de análise técnica.

CHICAGO

CHICAGO

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Profit Loss Magazine Foreign Language Editions

Profit & Loss en Español

Bienvenido a Profit & Loss ediciones en Español. Profit & Loss,la prestigiosa revista del mercado de Foreign Exchange inter-nacional (FX), que cubre todos los aspectos de FX, comocompra y venta, tecnología de operación y lado comprador(buy side). Queremos agradecer a GFI Group, nuestro spon-sor principal, por colaborar en la publicación de esta edi-cione en Español.

Para obtener información de cómo hacer publicidad en larevista Profit & Loss Latinoamérica ediciones en Español,por favor contactar a Michelle Hemstedt al +44 20 73776324 o enviar un email a [email protected].

Si está interesado en recibir notificaciones vía email acerca de las siguientesediciones de Profit & Loss Latinoamérica, por favor enviar su nombre, cargo,compañía, dirección y email a [email protected] para poder agregarlo anuestra lista de contactos.

Profit & Loss em Português

Bem-vindos as edições em Português da Profit & Loss. Profit &Loss é uma conceituada revista internacional de câmbio quecobre todos os aspectos da indústria de FX- incluindo bancosde atacado, transferência tecnológica e buy-side.Gostaríamos de agradecer nosso maior patrocinador, oGrupo GFI, por nos apoiar com a publicação nas línguaslatino-americanas.

Para maiores informações sobre como anunciar na Profit &Loss América Latina, por favor entrar em contato comMichelle Hemstedt no seguinte telefone: +44 20 73776324 ou no email [email protected].

Caso queira receber um email de informandolhe sobre a próxima edição daProfit & Loss América Latina, favor enviar seu nome, cargo, nome da empresa,endereço e email para [email protected] e nós o adicionaremos à nossalista permanente contatos. Clique aqui para baixar a última edição da Profit &Loss.

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Capa

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www. profit-loss. com10

Julie Ros: Em que países da América Latina a GFI estápresente? Nick Brown: Temos escritórios na Colômbia, Argentina eChile, e estamos fazendo corretagem de negócios em Nova Yorkcom foco no Brasil, nosso maior mercado, e no México e Peru.

JR: Quais são os principais produtos de FX que vocês operamna região? NB: Principalmente NDFs, que são provavelmente os produtosde maior liquidez, além de IRSs, swaptions e, no caso doMéxico, forwards.

JR: Existem outros países no radar? NB: No momento, estamos muito concentrados nesses seispaíses, especialmente no Brasil, onde nós, na verdade, nãotemos um escritório atualmente. O Brasil será um mercadomuito grande e estamos interessados em operar lá.Aumentamos nossos negócios lá dez vezes em comparaçãocom cinco anos atrás, portanto, esse é definitivamente ummercado de crescimento para nós. Estamos também olhandopara países na América Central, mas essas economias têmescala muito menor.

JR: A GFI pretende abrir um escritório no Brasil? NB: Sim, mas ainda não foi determinado se será por meio deuma joint venture, uma aquisição ou pela abertura do nossopróprio escritório, como temos no Chile e na Colômbia.

JR: Na conferência da Profit & Loss em março na Colômbia,sei que vocês estavam comemorando a abertura de um novoescritório lá. Como está indo? NB: A Profit & Loss, na Colômbia, foi para nós uma dasconferências mais bem-sucedidas de que participamos, comtrezentas pessoas, incluindo os principais players do mercado,por isso ficamos muito felizes – especialmente porquetínhamos acabado de obter a nossa licença lá. Na Colômbia,você precisa ir a todos os bancos com um contrato e acertar,um por um, que eles vão negociar ativamente com você, e o

que eles vão negociar com você, por isso pode ser umprocesso demorado. Mas concluímos o processo de obter anossa licença no fim de 2010 e de obter a aprovação dosbancos no início de 2011, por isso participar da conferência daP&L em março funcionou perfeitamente para nós, – foi comouma festa de inauguração da GFI Colômbia.

JR: Qual é o processo da GFI ao se expandir para novospaíses? É uma questão de expandir em termos de produtos oude força de trabalho no local? NB: Ambos, porque alguns dos produtos podem ser operadosno exterior e alguns só podem ser feitos no país. Ter umapresença física e uma equipe baseada localmente significa quepodemos saber o que as pessoas estão pensando, o que geranovas ideias para criar novos produtos ou para colocar maisfoco em diferentes produtos. Nesse tempo, o nosso escritórioem Nova York continua a fazer produtos que são externos, masao trabalhar com os escritórios locais, estamos vendo comoesses relacionamentos aumentam os nossos negócios em NovaYork também.

JR: Como isso funciona? NB: Por exemplo, somos excelentes fornecedores detecnologia. A IPC recentemente nos ajudou a instalar naAmérica Latina (veja Profit & Loss, Abril de 2011) trabalhandomuito proximamente conosco para que tivéssemos excelentessistemas funcionando para que pudéssemos ter uma interfacedireta com os nossos escritórios em países distantes. NaColômbia, Chile e Argentina, a nossa equipe viaja entre esseslocais e Nova York, por isso temos uma boa interação e umaboa sinergia com os nossos escritórios, e eu acho que esse é umdos pontos importantes da GFI. As sinergias que temos não sãoapenas de tecnologia, mas também os nossos escritórios ecorretores trabalhando com as equipes de desenvolvimento natecnologia que estamos aplicando nesse país.

JR: Como você contrata pessoal para a sede em Nova York epara os escritórios locais?

Nick Brown da GFI: UM ENFOQUE DA VELHA ESCOLAPARA NOVOS NEGÓCIOSO chefe de produtos financeiros para América do Norte e do Sul do GFI Group, baseado em NovaYork, Nick Brown, discute o enfoque da empresa de corretagem interdealer para expansão emnovos mercados por meio de uma combinação de tecnologia, conhecimento local e a construçãode relacionamentos no velho estilo.

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“Nossa presença noespaço de derivativoscontinuará a crescer e

continuaremos aaumentar a capacidade

para que os nossosclientes transacionem comvoz e na tela, e isso seráum dos pontos fortes danossa estratégia híbrida.”

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NB: Obviamente, nos países em que abrimos escritórios,temos funcionários locais, mas, muito importante, em NovaYork, 50-60% da nossa equipe é originalmente dos países emque operamos.

JR: Presumivelmente, cada país tem seus próprios desafios emtermos de regulamentos e de maneiras de fazer negócios? NB: Cada país tem suas próprias idiossincrasias. Um dosmotivos pelos quais abrimos no Chile foi porque o processo deobtenção de licença é bastante simples. Na Colômbia, oprocesso é um tanto mais longo, como no Brasil, e esse é umdos motivos pelos quais ainda não abrimos lá. Assim, cadapaís tem seus próprios desafios, mas no fim, todos estãonegociando os mesmos produtos, as mesmas classes de ativos,portanto é um processo bastante similar, depois que vocêvence as características naturais de cada mercado.

JR: Qual foi o envolvimento das diferentes partes da GFI naconstrução do novo escritório? NB: Essa é uma parte importante do que fazemos. Eumencionei as sinergias que temos – uma das maiores partes denosso sucesso é que olhamos o interesse de todos – oscorretores, os desenvolvedores, os fornecedores de tecnologiae, é claro, nossos clientes. Nós também trabalhamos junto comas nossas empresas de construção. No caso do nosso escritórioaqui na 55 Water, a Unity Construction fez um excelentetrabalho para nós. Entregaram no prazo e dentro doorçamento, mas parte do motivo pelo qual conseguiram fazerisso é porque dedicamos tempo para dar a eles informações, eeles nos deram ideias de redução de custos, o que realmenteajudou no processo. Fazemos isso em todos os aspectos dosprojetos na GFI, o que faz uma grande diferença.

JR: Você leva esses tipos de companhias com você quandoabre novos escritórios? NB: A IPC nos ajudou em Nova York e na América Latina, porisso, sim, gostamos de manter nossos relacionamentos quandopodemos. Obviamente, também usamos empresas locais econfiamos na nossa equipe local para nos apresentar umaempresa de qualidade que fornecerá suporte contínuo. Temque ser uma empresa que continuará presente, não estamosprocurando a melhor oferta, o que queremos é a melhorqualidade. O que é extremamente importante para nós, e étambém importante para nossa base de clientes – nósqueremos confiabilidade e consistência de serviços e não nosajuda se economizarmos 20% em alguma coisa e depois nãopudermos melhorar nosso serviço porque ele vive quebrando. JR: Os mercados em crescimento na América Latina são maisbaseados em relacionamentos ou o trading eletrônico estáfazendo um avanço real? NB: Honestamente, é uma combinação. Embora a adoção detecnologia tenha sido realmente boa, os relacionamentos

contam muito na América Latina.

JR: Existem ocasiões em que a GFI adquiriu corretoras locais? NB: Até agora fizemos apenas uma aquisição na AméricaLatina, que foi na Argentina. Isso funcionou muito bem paranós. Não é um escritório grande, mas é um que achamos quevai crescer à medida que a Argentina reemerge no cenáriointernacional. Nós achamos que o escritório continuará acrescer em importância e em valor.

JR: O que em particular o levou à Argentina? NB: Surgiu uma oportunidade que era boa, porque o processoera fácil de consumar. O mesmo raciocínio está por trás danossa presença em outros países, quando e onde vemosoportunidades.

JR: Como foi a recepção do Forex Match na América Latina ecomo isso se encaixa no seu negócio de voz? NB: O Forex Match é a tela interativa mais amplamente usadana América Latina e nossos corretores trabalham muito comele. Existe uma divisão de cerca de 50-50 entre voz e tela.

JR: O que os bancos acham dele? GFI: A facilidade de uso do nosso sistema é uma vantagempara os bancos. Existem muitos sistemas, mas o nosso é muitosimples de usar e fácil de instalar. Podemos ter alguémdemonstrando o sistema e literalmente cinco minutos depoispodemos ter bancos fazendo negócios nele. Tem sido assimem todos os mercados em que estivemos.

JR: Existem produtos particulares que você pretendeintroduzir em mais países em desenvolvimento? NB: À medida que o mercado se expande e cresce, estaremosna linha de frente desses mercados, mas não estamos tentandolevar o mercado para novos produtos, estamos tentandofornecer ao mercado as ferramentas para maximizar acapacidade de negociar esses produtos.

JR: Aqui nos EUA, o Secretário do Tesouro Geithnerrecomendou recentemente uma isenção para swaps e forwardsde FX. Como isso impacta o mercado na sua opinião? NB: Qualquer clareza é útil. Acho que o mercado não temcrescido necessariamente na forma como poderia ter crescidose tivéssemos clareza sobre isso, por isso é útil sob essaperspectiva e eu acho que vai incentivar o crescimento nessesmercados.

JR: Quais são as suas visões dos SEFs? NB: Acho que os SEFs terão uma importante presença eestamos muito bem posicionados com nossa tecnologia, que éexclusiva da GFI, para registrar como SEF…e para ser umSEF líder. Acho que isso é uma coisa em que temos vantagem.No geral, acho que SEFs e as isenções incentivarão maisparticipantes no mercado. Espero que ao longo do próximoano tenhamos mais informações sobre o que serão essasregras, o que será bom para o mercado, porque a incertezarealmente não ajuda.

JR: A GFI fez um nome e derivativos, para onde você acha

Acho que os SEFs terão uma importante presença eestamos muito bem posicionados com a nossatecnologia, que é exclusiva da GFI, para registrarcomo SEF…e para ser um SEF líder. Acho que isso éuma coisa em que temos vantagem.”

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que a indústria está indo? NB: Os mercados de derivativos continuarão a se expandirnesse espaço, a GFI, obviamente, se não for líder, será umadas empresas líderes, e ligar isso com a nossa tecnologia e assinergias de que falamos antes é um componente importantepara a continuidade dessa liderança. Nossa presença no espaçode derivativos continuará a crescer e continuaremos aaumentar a capacidade para que nossos clientes transacionemcom voz e na tela, e isso será um dos pontos fortes da nossaestratégia híbrida.

JR: Como o modelo híbrido está funcionando? NB: O que descobrimos é que as sinergias a que me referialgumas vezes também se aplicam aos nossos clientes.Quando eles nos dão sua opinião, nós os ouvimos.Obviamente, não podemos satisfazer a todos os desejos, maslevamos em conta e tentamos incorporar os principaiscomponentes. Isso tem sido uma parte importante da nossaestratégia. Temos uma equipe de marketing muito grande, quesai para ver nossos clientes e demonstra como usar atecnologia, mas os clientes também nos ensinam comomaximizar o melhor uso da nossa tecnologia, o que podemosentão incorporar em todas as nossas telas. Esse enfoque funcionou muito bem. Nossas sessões deapresentação, por exemplo, têm sido extremamente bem-sucedidas no IRSs e NDFs; de fato, todos os produtos em queexecutamos têm sido muito bem recebidos. A capacidade detrading interativo que os clientes possuem tem sido tambémum importante ponto de venda.

JR: Você foi um investidor co-fundador da GFI em 1987, edesde que eu o conheço, você tem sido sempre um propositorde avanços tecnológicos no mercado. Como você administrapara casar isso com a sua função atual na GFI? NB: A maior coisa sobre gestão deveria ser como obter omelhor das pessoas com quem você trabalha – e isso estávinculado a reunir seu grupo de tecnologia, seusdesenvolvedores, os sistemas e as pessoas que os instalam,com os corretores que estão na linha de frente. O que eusempre tentei fazer como gerente é me certificar que todasessas coisas funcionem juntas – isso é o principal natecnologia, ela avança constantemente e você tem que garantirque tudo e todos avancem juntos.

Se você não dedicar tempo para garantir que tudo e todosfuncionem juntos – e ouçam uns aos outros – então você podecometer erros simples que custam muito dinheiro. Um bomexemplo disso seria quando a missão da NASA chegou aMarte alguns anos atrás. Um grupo estava trabalhando commedidas imperiais e outro com o sistema métrico, e por isso amissão caiu na superfície. Foi um erro simples cometido porum grupo de cientistas espaciais. Esse é o tipo de coisa quequeremos evitar, e é o tipo de coisa que eu, como gerente,quero garantir que não aconteça.

JR: Você supervisiona a América do Norte também, o Canadátem alguma história interessante para contar? NB: Nós somos muito dedicados ao mercado canadense. Omercado canadense está em uma fase de crescimento. Quandoo CAD chegou à paridade, acho que isso fez com que aspessoas comprassem ações, e embora o trading tenhadeclinado um pouco, acho que agora está voltando.Obviamente, o boom das commodities, apesar da recentecorreção, é uma grande vantagem para o Canadá, para asempresas canadenses e para o trading em geral. Por isso euvejo o Canadá como um país de crescimento – não o tipo decrescimento que vemos na América do Sul – masdefinitivamente um crescimento contínuo. Digo mesmo quesuperior ao crescimento dos EUA.

JR: Qual é a sua opinião sobre o crescimento dos EUA? NB: Acho que estamos começando a ver o crescimento domercado novamente, à medida que surgem novas ideias sobreo que vai acontecer em termos de que produtos serãoregulamentados. Depois que tivermos uma clareza final, serámuito melhor para o mercado em geral e devemos ver umcrescimento mais forte quando isso estiver concluído. Dequalquer forma, as pessoas vão reclamar que as regras sãomuito draconianas ou muito liberais, mas de qualquermaneira, o mercado crescerá muito mais quando soubermosonde estamos.

JR: Você acha que a incerteza que tivemos desde o fim de2008 causou uma diminuição? NB: Sim, definitivamente, mas isso está começando a dissipar,e, à medida que tivermos mais clareza, veremos umcrescimento mais forte em todas as classes de ativos.

Nick Brown é o diretor gerente e chefe de Corretagem de Produtos Financeiros, América do Norte e do Sul,no GFI Group em Nova York. Ele se juntou ao GFI em novembro de 2003. Brown tem uma longa história naindústria de corretagem interdealer, tendo iniciado sua carreira em Londres em 1977 na Tullett & Tokyo. Doisanos depois, foi transferido para o Kuwait, para abrir o escritório da Tullett lá. Brown se transferiu para oescritório da Tullett em Toronto em meados da década de 1980, onde administrou o escritório até se juntar àHarlow Meyer Savage, onde geriu o escritório canadense até 1986. Transferiu-se, então, para Nova York comopresidente da Harlow, onde trabalhou até 1989. Brown voltou para a Tullett, desta vez em Nova York, comodiretor gerente e chefe da FX na América do Norte de 1990 a 1996. Brown é sócio da Jersey Partners, maior acionista da GFI. Além disso, foi diretor da Wit Capital, a primeiraempresa a fazer um IPO na Internet. Brown também dedicou dois anos como diretor gerente da empresa detelecomunicações Technolia LLC, de 1998 a 2000. Brown atua como diretor da Financial Markets Association e foi anteriormente membro do Foreign Exchange

Steering Committee do Federal Reserve Bank of New York. Adicionalmente, Brown serviu como membro do conselho do Brady Campaign to Prevent Gun Violence por doze anos. Atualmente é membrodo conselho do Center to Prevent Youth Violence e da HELP USA, organização beneficente liderada por Maria Cuomo Cole para ajudar os sem-teto a reconstruir a vida. É também membro do conselho do Count Bassie Theatre em Red Bank, New Jersey.

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FX como uma classe de ativos: seminário de trading dealta frequência FOTOGRAFIAS DO SEMINÁRIO DA P&L EM CHICAGO:

19 DE MAIO DE 2011

PATROCINADORESDO EVENTO

Apresentação para os portais FX ECNs, Câmbios e BancosDrew Myers, Banyan

Sudhir Chikara, Takumi Matt O’Hara, Thomson Reuters

Jim Fischer, Drinker Biddle

Eisso VanderMeulen

David Matteson, Drinker Biddle Craig LeVeille, CME Problemas de PB & Crédito no mercado de FX

Rob Gomprecht, BofA ML Joe Conlan, FCStone David Holmes, Typhon

Principais problemas na instalação de uma firma de HFT Vince Sangiovanni, GAIN GTX Bill Goodbody, Hotspot FX

Darren Jer, MarketFactory

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Relatório Especial: Mercados Crescentes de FX em 2011

Índice:

Níveis financeiro e de comércio exterior vinculados a renda do país: BIS.................................16

Profit & Loss Vai a Bogotá para evento inaugural.................................................................................17

Cortina, do Banxico, apresenta o desempenho do peso..................................................................19

A IPC suporta o crescimento da GFI na América Latina ...................................................................22

Medindo a sensibilidade de FX dos mercados emergentes ao petróleo ...................................24

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RELATÓRIO ESPECIAL I MERCADOS CRESCENTES DE FX

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Apesquisa do Bank for International Settlements(BIS) de 2010, com bancos centrais sobre aatividade do mercado de câmbio, mostrou um rápido

crescimento no giro de moedas de mercados emergentes. Emparticular, bancos centrais globais informaram que algumasmoedas emergentes estão agora sendo negociadas fora domercado doméstico muito mais do que os participantes domercado estimaram.

Enquanto se pensava que os negócios externos com orenminbi chinês fosse de $3 bilhões, por exemplo, os bancos

centrais descobriram $22 bilhões. De forma similar, negóciosexternos de $17 bilhões de rúpias indianas surpreenderam osparticipantes do mercado, que levaram em conta os negócioscom a rúpia em Cingapura, mas não em Londres ou emNova York.

No último BIS Quarterly Review, publicado no mêspassado, Robert McCauley e Michela Scatigna apresentam eatualizam essa descoberta. No seu artigo, mostramprimeiramente que, à medida que a renda per capita do paísaumenta, sua moeda é comerciada em múltiplos aindamaiores do comércio internacional subjacente da economiadoméstica e, segundo, que os negócios com a moeda sãomaiores fora do mercado doméstico.

Para o primeiro ponto, McCauley e Scatigna apresentamum comparativo que divide o giro de câmbio em uma dadamoeda pela exportação e importação de mercadorias eserviços do país (veja o gráfico abaixo). Sua análise mostra,por exemplo, que os negócios com o renminbi em valoresdiários são similares às exportações e importações chinesasde bens e produtos – uma relação em torno de um. Na formamais extrema, o giro de câmbio em dólar e iene é perto de100 vezes o comércio subjacente de bens e serviços.

Para explicar a dispersão, os autores sugerem que àmedida que as economias se desenvolvem, os negócios comsuas moedas crescem mais rápido do que suas transações de

conta. Para analisar esse relacionamento, elesreanalisaram esse relacionamento colocando arelação em uma escala logarítmica (veja o gráficooposto). Com essa transformação, o relacionamentoé quase linear, com evidência de um platô nosmaiores níveis de renda.

“Esse relacionamento entre o giro e a renda temse mantido consistente de abril de 2007 [pesquisade giro do BIS] até a pesquisa de abril de 2010.Assim sendo, as moedas são negociadas maisativamente em relação ao fluxo de bens e serviços àmedida que suas economias se desenvolvem”,dizem eles.

No entanto, existem algumas exceções. Emboraos números do giro global para o renminbi chinês ea rúpia indiana sejam muito próximos,respectivamente $34 bilhões e $38 bilhões, asmoedas estão em direções opostas com relação aocomércio subjacente e à renda.

“A economia chinesa é maior e mais aberta doque a economia indiana, por isso a quantidadesimilar de dólares se traduz em taxas que diferemuma da outra em uma ordem de grandeza. Assimsendo, o renminbi é negociado menos do que o

Níveis financeiro e de comércio exteriorvinculados a renda do país: BISO Bank for International Settlements descobriu que moedas de países de maior renda negociammais fora de sua jurisdição, como informa Kirsten Hyde.

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MERCADOS CRESCENTES DE FX I RELATÓRIO ESPECIAL

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comércio da China poderia sugerir, enquanto arúpia é negociada mais do que o comércio e rendada Índia parecem garantir”, observam McCauley eScatigna.

Eles sugerem que isso seja devido em parte aocontraste entre o grande investimento estrangeiro nomercado de equity indiano e as restrições doenvolvimento estrangeiro direto no mercado deações chinês.

“Se, com relação ao comércio exterior chinês e àrenda, o giro do renminbi atingisse os níveis darúpia, a proposta de inclusão do renminbi no Direitode Retirada Especial [do Fundo MonetárioInternacional] seria fortalecida”, dizem eles.

Dada a relação entre renda e o giro, regressõesmultivariadas mostram que o giro do câmbio émaior para moedas com rendimento alto ou muitobaixo, consistente com seu papel como moedas dealvo e de financiamento em negócios queemprestam em moedas de baixo rendimento parafinanciar negócios em moedas de alto rendimento.

Comércio Exterior

Os autores usam uma comparação similar para a geografiado mercado de moedas e descobriram que as moedas depaíses com maior renda tendem a ser negociadas mais forada sua jurisdição (veja o gráfico).

“O giro dos títulos mais negociados nas principais moedasfora do horário do mercado doméstico, por exemplo, geratransações de câmbio externas. Em muitas moedas demercados emergentes, os controles levam os negóciosexternos para os forwards sem entrega, o que resulta em altasproporções de transações de forward no exterior.”

Como os centros financeiros internacionais tendem aconcentrar os negócios nas suas próprias moedas, além deoutras moedas, McCauley e Scatigna deram aos dólares deHong Kong e Cingapura, além da Libra Esterlina e o FrancoSuíço, uma menor fatia externa.

As moedas de muitos países de baixa e média renda sãonegociados externamente em maior ou menorextensão do que a norma, dizem os autores. Osnegócios externos da rúpia indiana estão alinhadoscom a renda indiana, especialmente quando se levaem conta os negócios estritamente internos defuturos da rúpia que se desenvolveu em Mumbainos últimos anos.

Existe uma grande quantidade de negóciosexternos com a rúpia indonésia e com o renminbichinês, ambos na forma sem entrega. A grandeparcela de negócios externos, a ausência dosnegócios internos-externos e o rápidodesenvolvimento do mercado de renminbi para

entrega em Hong Kong refletem a diferença entre o interessedo mundo no renminbi e acesso a ele, dizem os autores.

Em níveis de renda moderados, o rand da África do Sul, opeso mexicano e a lira turca são todos pesadamentenegociados externamente, enquanto o baht da Tailândia, orublo russo e o won coreano parecem baixos para suasrendas.

Em contraste com a análise de giro geral, moedas demaior rendimento não são associadas sistematicamente commaiores proporções de negócios externos. Além disso, a nãoentrega da moeda no exterior parece limitar os negóciosexternos, concluem os autores. No entanto, esserelacionamento não atinge os níveis convencionais designificância estatística.

“Usar a renda per capita para definir uma comparação parao giro de transações em conta corrente e a proporção denegócios externos pode ajudar os definidores de políticas adiscernir o que é usual e o que não é usual nos negócios comsuas moeda”, concluem McCauley e Scatigna.

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RELATÓRIO ESPECIAL I MERCADOS CRESCENTES DE FX

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Na primeira do que será uma conferência anual emBogotá, Colômbia, a Profit & Loss atraiu um númerosem precedentes de trezentos participantes para uma

palestra de abertura de Pamela Cardozo, executiva-chefe deassuntos monetários e de reserva do banco central, Banco de laRepublica de Colombia.

O assunto de um mercado spot cobrindo Colômbia, Peru eChile dominou as sessões durante o dia. Cardozo comparou odesempenho dos ativos no Peru, Chile e Colômbia, observandoque a análise da valorização e volatilidade do preço das açõessugere que o mercado chileno está em risco de supervalorização,seguido pelo Peru.

Andres Macaya, gerente de negócios da SET FX, aplataforma de spot afiliada à Bolsa de Valores colombiana,revelou planos para um mercado spot regional que atenda aostrês países. Daniel Niño, diretor de pesquisa econômica eestratégias do Grupo Bancolombia, destacou essedesenvolvimento como uma das maiores oportunidades para aColômbia.

Outros painéis analisaram as oportunidades edesafios enfrentados por aqueles que negociam einvestem nos mercados financeiros colombianos.Como foi observado, a Colômbia teve umareversão da tendência de consolidação dos anosrecentes e está experimentando um crescimentoevidenciado pelo número considerável de novosparticipantes no mercado.

Também apresentado em Bogotá foi Nicolas

Alvarez Hernandez, economista sênior no grupo de mercados decapital da Divisão de Política Financeira do Banco Central doChile, que compartilhou suas visões dos sucessos do Chile comcontratos de livre comércio, enquanto Felipe Gaviria Lievano,diretor substituto de regulamentação do Autorregulador delMercado de Valores,apresentou uma importantevisão geral do ambienteregulatório da Colômbia.

As duas conferênciasforam patrocinadas pelopatrocinador Diamante GFIGroup e pelo patrocinadorPlatina Thomson Reuters, eforam apoiadas por umadúzia de patrocinadores,exibidores e parceiros.

Profit & Loss Vai para BogotáProfit & Loss levou sua bem-sucedida série FX Growth Markets para aestrada em um evento duplo que começou em Bogotá, Colômbia, paraum evento inaugural em 1 de março e depois na Cidade do México, nosdias 3 e 4 de março, o quarto ano da P&L no México.

PROFIT & LOSSFX GROWTHMARKETS SÉRIE DE

CONFERÊNCIAS

BOGOTÁ 2011

De cima para baixo: Pamela Cardozo, diretora deassuntos monetários e de reserva do Banco de laRepublica de Colombia; Painel “Oportunidades deCrescimento na América Latina”; Juan PabloAmorocho, gerente geral, GFI Colômbia; sala cheiana conferência inaugural da P&L em Bogotá.

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MERCADOS CRESCENTES DE FX I RELATÓRIO ESPECIAL

www.profit-loss.com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 19

As condições de negócios para o mercado do peso sãoagora muito similares ao que eram antes da recentecrise global do mercado financeiro, com as spreads

entre ofertas de compra e venda caindo de forma aguda depoisde aumentar dramaticamente em outubro de 2008, explicouJaime Cortina, diretor de operações do Banco de Mexico.

Antes da crise, o giro diário de operações de câmbioexecutadas através dos sistemas da Thomson Reuters era decerca de US$5,5 bilhões, enquanto a média atual é de cerca de$5 bilhões, portanto os volumes diários de negócios serecuperaram a níveis muito similares aos observados em 2007,observa ele. “De fato, os volumes no mercado de peso/dólar serecuperaram mais rapidamente do que em mercados de moedascomparáveis, como o sloty polonês, o rand sul-africano e a liraturca, disse Cortina.

Referindo-se à mais recente pesquisa trienal de bancoscentrais do BIS sobre giro de FX, Cortina observou que o pesomexicano fica em 13o. lugar entre as moedas mais negociadasdo mundo e em terceiro lugar entre as moedas de mercadosemergentes – logo abaixo do won coreano e do dólar deCingapura.

Além disso, ele observou, em comparação com a pesquisa de2007, os volumes diários cresceram 15%, apesar do fato de quea pior crise financeira em muitos anos ocorreu entre as duaspesquisas. Além disso, os volumes negociados localmenterepresentaram um terço dos volumes totais, os outros dois terçosforam negociados sem envolvimento de instituições financeirasmexicanas.

De fato, disse Cortina, a recuperação em volumes denegócios foi particularmente importante em operações atravésda fronteira. “Isso pode ser explicado devido à maior liquidezem diferentes fusos horários em que o peso foi negociadodurante anos – Europa e América (Nova York) – e tambémdevido à nova cobertura na Ásia. O peso se tornou mais e maisuma moeda 24 horas. Além disso, o aumento nos negóciosalgorítmicos do exterior explicam por que os volumes noexterior aumentaram mais do que os volumes negociadoslocalmente”, disse ele.

Os negócios algorítmicos ganharam uma importante fatia domercado nos últimos três anos, acrescentou. “Novamente,usando dados da Thomson Reuters, podemos ver que atualmenteum pouco mais do que 40% de todos os negócios com peso nassuas plataformas é feito através de máquinas, ou negóciosalgorítmicos. Embora esses 40% ainda sejam inferiores aopercentual que vemos em moedas como a libra, o euro e o dólarcanadense, a principal mensagem é clara, os negóciosalgorítmicos estão se tornando mais e mais importantes com otempo”, disse Cortina.

Em termos de ação de preços, o peso é também negociadoem níveis ligeiramente superiores aos de antes da crise, elecontinuou. “Embora a taxa de câmbio do peso continue acimados níveis de antes da crise, a volatilidade de curto prazo estáagora sendo negociada em níveis anteriores aos vistos noprimeiro trimestre de 2008”, disse Cortina. “Também merecemenção como o mercado médio evoluiu; caiu de um mercado decerca de $2,5 milhões para um tamanho próximo a $1,5milhões. Isso pode ser explicado pelo fato de que os negóciosalgorítmicos aumentaram sua parcela de mercado e que ovolume negociado através de algorítmicos é menor do queatravés de negócios e negociantes manuais.

“Hoje, a distribuição implícita do peso é muito maisequilibrada do que o que vimos em outubro de 2008 e emfevereiro de 2009”, acrescentou ele. “Nos últimos seis meses,

Cortina, do Banxico, apresenta o desempenho do peso

Na quarta conferência anual Profit & Loss FX Growth Markets no México nomês passado, Jaime Cortina, diretor de operações do Banco de Mexico,banco central do México, definiu o tom da conferência de dois dias com umavisão geral da recuperação estrutural do mercado de peso/dólar, assim comoo sucesso do mecanismo de opções, que foi detalhado na conferência daProfit & Loss na Cidade do México no ano passado. Vídeoclipes dessa e deoutras conferências de P&L podem ser encontradas em www. profit-loss.com/pulse

PROFIT & LOSSFX GROWTHMARKETS SÉRIE DE

CONFERÊNCIAS

MÉXICO 2011

Jaime Cortina, diretor deoperações, Banco de Mexico

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vimos um fortalecimento do peso frente ao dólar americano.Existem muitas histórias em torno dessa valorização, algumasrelacionadas a fluxos de capitais em busca de maiores margens,alguns relacionados aos fundamentos que explicam essecomportamento. Acho que os dois estão parcialmente certos,embora eu tenda a pensar que a história fundamental é maisforte do que o fluxo de capitais.”

“Deixe-me explicar por que”, continuou ele. “Primeiro, aeconomia mexicana se recuperou mais rapidamente do queanteriormente previsto, puxada pelo melhor desempenho daeconomia americana. A esse respeito, a recuperação foi lideradapelo setor externo, que de fato continua a mostrar números mitofortes, apesar da valorização que o peso tem experimentadoultimamente. Além disso, a previsão de crescimento futurotambém foi revista para cima. Por exemplo, no fim do últimoano, o consenso para o crescimento no México em 2011 era de3,65% e hoje é próximo a 4,20%. Finalmente, embora ocrescimento tenha sido liderado pelas exportações, os últimosnúmeros do PIB agora mostram que o crescimento é agoramuito mais amplo, ou seja, a demanda interna está tambémcomeçando a crescer em um ritmo mais rápido.

Preços mais altos do petróleo, até agora, representaram umcoque positivo na economia mexicana. Por um lado,contribuíram para um maior saldo comercial. Por outro lado,também tiveram impacto positivo nasfinanças públicas, uma vez que orecolhimento de impostos da Pemex

representa mais de 30% da receita tributária total. No entanto, éimportante mencionar que se as recentes elevações nos preçosdo petróleo se mostrarem mais permanentes, e o aumento dospreços do petróleo afetarem negativamente o crescimento nosEstados Unidos (confiança do consumidor, etc), esse choqueexterno pode passar de positivo para negativo. Assim sendo, defato, o petróleo pode se tornar um fator negativo em vez depositivo”, disse ele.

Outro fator citado por Cortina que também ajuda a explicar aforça do peso é a recente aprovação de uma linha de créditoflexível de $72 bilhões por dois anos, substituindo uma linha de$48 bilhões que expirou em abril. “Essa linha é positiva em duasfrentes: Nossobalanço externoestá agora maissólido, com $120bilhões emreservas mais $72bilhões em FCL,uma posição decerca de $192bilhões. Alémdisso, para obter alinha de crédito, o

RELATÓRIO ESPECIAL I MERCADOS CRESCENTES DE FX

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No sentido horário a partir docanto superior direito:

Luis Opazo Roco, gerente deestabilidade financeira, BancoCentral do Chile

Discussão do painel “Tecnologiade Última Geração”;

Outra casa cheia no P&L México

Gabriel Casillas, diretor executivo,economista-chefe do México,JPMorgan (acima)

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MERCADOS CRESCENTES DE FX I RELATÓRIO ESPECIAL

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México teve que cumprircertos critérios definidospelo FMI. Portanto, a FCLé também um mecanismomuito bom para o mercado,uma vez que existemincentivos para manterpolíticas macroeconômicas

sólidas porque, se não o fizermos, corremos o risco de perder aFCL”, continua.

A entrada de títulos do governo local do México no WBI doCiti é outro fator importante que explica o fortalecimento dopeso. “O WBI é um índice de títulos que muitos investidoresinstitucionais globais, investidores em dinheiro real, usam comocomparativo para seus portfólios. De fato, esse índice é usadopor vários fundos asiáticos que, antes dele, não compravamativos denominados em pesos. É por isso que a inclusão do pesomexicano trouxe importantes fluxos de capitais para o país”observou Cortina.

“De fato, em 2010, os títulos de longo prazo do governo tidospor investidores estrangeiros cresceu de cerca de $12 bilhões, ea maior parte desses fluxos podem ser atribuídos ao WBI. Alémdisso, recentemente (desde dezembro de 2010) Cetes tidos porinvestidores estrangeiros também cresceram substancialmente,embora achemos que uma importante proporção dessa posição éprotegida contra flutuações de moeda e está, na verdade, tirandovantagem da arbitragem que existia recentemente entre as taxasde Cetes e as taxas do peso implícitas no mercado de swap decâmbio.

“Independente do que foi mencionado antes, temos tambémvisto fluxos importantes de capital de curto prazo em busca demargem. A esse respeito, o México não é diferente do que temosvisto também em outras economias emergentes”, disse ele.

“A taxa do peso implícita mostra que pelo menos através deswap cambial de curto prazo, muitas posições de longo prazo

em peso estão sendofinanciadas. Durante amaior parte do ano,essa taxa tempermanecido abaixo de4% enquanto as taxas

de repo interbancárias estão perto de 4,5%, e temos vistoperíodos em que tem sido inferior a 2%”, acrescenta.

A resposta do México à entrada de capitais, disseCortina, tem sido diferente de outros países. “Nós nãomudamos nossa política de acúmulo de reservas, nósnão intervimos no mercado de câmbio além dasnossas opções mensais baseadas em regras, e nãointroduzimos impostos ou controles macro-prudenciais. De fato, as autoridades mexicanas têmrepetidamente garantido seu compromisso com umregime de câmbio flutuante.

“Apesar disso, existe o temor de que o peso possa seapreciar rapidamente, uma vez que foi uma das poucas moedasem que a introdução de controles de capital ou de intervençãonão se materializaram e, de fato, continua a ser uma das poucasmoedas que continuam a ser negociadas abaixo dos níveisanteriores à crise financeira.

A longo prazo, temos certeza de que ser consistente comnossa política valerá a pena, ainda mais porque continuaremos aser importadores líquidos de capital estrangeiro e achamos queos investidores gostarão de saber que neste país a política éconsistente”, disse ele.

Enquanto isso, com relação aos mecanismos de opções deput, Cortina disse que foi bem-sucedido no acúmulo de reservassem introduzir distorções no mercado. De março de 2010 atéhoje, o Banxico acumulou $5,480 milhões com esse mecanismo.

“Seu desenho favoreceu as compras de dólares quando o pesoestá com tendência de valorização e a inibe em outrassituações”, explicou. “Uma estratégia de comunicaçãocompetente e o uso desse instrumento melhorou a eficiência domecanismo.”

Ele acrescentou que apenas durante dois meses, maio enovembro de 2010, a opção não foi exercida. Em quatro meses,ela foi exercida parcialmente e em seis meses foi exercidacompletamente.

Concluindo, Cortina refletiu que as condições de negóciosno mercado de câmbio do peso foram recentementeaprimoradas, uma vez que a economia mexicana parece maisforte e mais sustentável, e isso é resultado de fundamentosfavoráveis. Ele também observou que as autoridadesmexicanas mantêm um forte compromisso com o regime detaxas de câmbio flutuantes.

O evento Profit & Loss FX Growth Markets deste ano atraiucerca de trezentos participantes e, como foi o caso em Bogotá,foi patrocinado pelo patrocinador Diamante GFI Group e pelopatrocinador Platina Thomson Reuters, e apoiado por uma dúziade patrocinadores, exibidores e parceiros.

No sentido horário a partir do alto:

Discussão do painel Regulamentaçãoe os Mercados de OTC

Dan Torrey, ICAP, fala no painelCorretagem de FX Prime, TradingAlgorítmico e de Alta Frequência

Mark Sandomeno, GFI Group

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IPC Suporta o crescimento daGFI na América LatinaQuando o GFI Group embarcou nos seus planos de expansão na América Latina, buscou a IPC parafornecer a solução tecnológica. Alice Attwood apresenta um estudo de caso da implementação.

Acorretora interdealer GFI Group selecionou oIQ/MAX turret (dealerboard) da IPC Systems parafornecer uma solução de conectividade e

telecomunicações para suas atividades na América Latina. À medida que a GFI se expandia no Chile, em particular,

era necessário um sistema que pudesse suportar suasatividades naquele país, mas também com foco na gestão dedesastres, devido à atividade sísmica na região. Karl Graef,gerente de suporte ao cliente na GFI, fala do sistema torre,“Precisávamos de uma solução escalável e confiável etínhamos experiência anterior com a IPC, uma vez queusamos atualmente seus sistemas em outros escritórios eestamos muito felizes com o produto. Nós também usamosos Serviços de Rede da IPC para nos conectarmos a clientesna América do Sul, Europa e nos Estados Unidos.”

Uma vez que o Chile, relativamente, não foi afetado pelacrise financeira e está se provando ser uma área excelentepara expansão, a GFI selecionou o país latino americanocomo um mercado em crescimento. A GFI, que começou ausar um sistema de torre slimline da IPC em 2008, instalou oIQ/MAX, que substituiu o sistema anterior que não eracondutivo para facilitar as comunicações de negócios que aGFI requeria. Assim, no fim de 2010, a IPC começou aimplementar atualizações no sistema da GFI em um enfoquede fases. O sistema agora suporta cerca de dezesseiscorretores no escritório chileno da GFI.

Graef explica, “As vantagens de trazer o IQ/MAX da IPCpara nossas instalações no Chile foram extensas. A qualidadedo autofalante foi melhorada com o novo sistema e maislinhas privadas foram instaladas nas torres. Dessa forma, os

À medida que a GFI expandia no Chile, precisava de umsistema que pudesse suportar as atividades nesse país

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operadores podem destinar linhas específicas para clientesprioritários para garantir que eles recebam o nível certo deatendimento.”

A torre IQ/MAX da IPC tem uma interface de usuáriointuitiva, que exibe informações de chamada e dacontraparte, de forma que os operadores podem seconcentrar nas informações relativas a eles e aumentar aprodutividade.

A rede da IPC foi também implantada pela GFI em váriosdos seus dealers de mercado de cliente, em parceria comoperadoras de telefonia da região. As torres foramimplantadas na sala de trading em Santiago, e são compostasde uma combinação das torres IQ/MAX da IPC e de linhasprivadas das salas de trading em Nova York, colocando-asem contato direto com as contrapartes por linha direta.

América do Norte

Os produtos e serviços oferecidos pela IPC já eram umcomponente crucial da estratégia de planejamento decontinuidade dos negócios e recuperação de desastres daGFI para suas atividades em outros lugares. Ganesh Iyer,gerente de marketing de produto da IPC, observa: “Temosconseguido ajudar a GFI com planejamento derecuperação de desastres e continuidade de negóciosem todo o mundo.

Toronto é um exemplo particularmenteinteressante, como quando a cúpula do G20 ocorreulá, a GFI foi capaz de adotar um enfoque proativousando nossa tecnologia para se preparar paraqualquer interrupção durante a conferência. Mesmotendo o evento ocorrido na mesma área do distritofinanceiro, os negócios puderam continuar sem interrupções.Isso realmente ajudou a aumentar a confiança da GFI na IPCe os levou a nos envolver como parceiros no Chile”, disseIyer.

Graef acrescenta que o sucesso durante a cúpulasignificou que a “GFI aproveitou a infraestrutura da IPC, àmedida que re-rotearam nossas linhas de voz e dados para oslocais de recuperação de desastre do nosso cliente durante aconferência. Assim, não tivemos nenhuma interrupção deserviços para nossos clientes.”

Essa experiência de recuperação de desastre tornou a IPCatraente para parceiros da GFI em um país como o Chile.Jonathan Morton, vice-presidente de marketing de produtona IPC, disse “Se fossemos indicar um dos requisitos únicosdo Chile, seria a necessidade de ter capacidades maisrobustas de recuperação de desastres, uma vez que o Chileestá em uma área altamente sísmica, muito sujeita aterremotos. Um dos pontos fortes da solução da IPC é que,como é baseada em IP, ela fornece uma tremendaflexibilidade e mobilidade para os operadores, permitindoque operem em um local alternativo, ou até mesmo de casa,se surgir uma necessidade.”

Depois da instalação inicial em 2008, os volumes e os

negócios em geral da GFI continuaram a aumentar e, assim,houve um desejo de acompanhar o mercado em termos deserviços ao cliente, conectividade mais confiável com ascontrapartes, trabalho com um fornecedor confiável e de terum sistema muito robusto em que a firma pudesse confiar.

Iyer explica, “a GFI descobriu que outro requisito noChile era a necessidade de maior colaboração. A colaboraçãocom as contrapartes é particularmente importante emmercados de ‘fronteira’ como o Chile, em que os volumes denegócios não são tão grandes e o mercado não é tão líquidoquanto o do Brasil, por exemplo.

Ao mesmo tempo, você precisa colaborar e se comunicarcom os outros internamente, porque não há tanta informaçãodisponível para os operadores antes do fechamento de umnegócio, diferentemente da quantidade de informaçõesdisponíveis para os operadores em mercados maisestabelecidos da Europa e das Américas. Este é apenas umdos motivos pelos quais a GFI precisava expandir o númerode posições de operação no Chile.”

A GFI tem um escritório em Santiago, um escritóriorecém-aberto em Bogotá e uma joint venture, a PremiumSecurities, na Argentina, na qual tem participaçãominoritária. Durante os últimos seis meses, o escritório da

Argentina tem seu próprio sistema de torre slimlineimplementado pela IPC.

O processo de implementação ocorreu tranquilamente, deacordo com Morton, devido à experiência anterior da IPC nainstalação e execução de sistemas operacionais na região. “AIPC tem feito negócios na América Latina há muitos anos.Nossa presença local, nossas fortes parcerias de negócios enosso relacionamento com operadoras de telefonia regionaiscontribuíram para o nosso sucesso nessa região. Nóscompreendemos as realidades dos diferentes países – asdiferentes linguagens, os diversos requisitos regulatórios e,mais importante, as diferenças culturais. Esse tipo deconhecimento e presença local é valioso em todas as fases deum projeto.”

No entanto, como Graef explica, “Nós experimentamosvários desafios ao instalar o escritório do Chile. Isso teve aver com conectividade, a barreira de língua entre nós, asoperadoras de telefonia local e os arquitetos locais. Mas, emtermos de tecnologia, devido ao conhecimento e experiêncialocais da IPC, não tivemos muitos problemas.”

A América Latina e o Chile em particular, são vistos comomercados importantes, em crescimento, que não foramatingidos pela crise financeira.

“A colaboração com as contrapartes éparticularmente importante em mercados de‘fronteira’ como o Chile, em que os volumes denegócios não são tão grandes e o mercado não étão líquido quanto o do Brasil, por exemplo.”

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Os eventos das últimas semanas levantaram um graude incerteza sobre os preços das commodities,especialmente do petróleo. A situação

provavelmente continuará complicada no médio prazo devidoà presença de forças opostas no mercado global de petróleo –a destruição da demanda no Japão, por um lado, e o potencialgargalo de suprimento no Oriente Médio, por outro. Noentanto, fatores estruturais apontam para pressões de alta nolongo prazo para o preço do petróleo. Portanto, é importantecompreender a sensibilidade de mercados emergentesindividuais às mudanças nos preços do petróleo, além de comoos mercados emergentes se relacionam com os mercadosdesenvolvidos a esse respeito.

Analisar esses problemas é um processo em várias etapas,que começa em um nível mais geral com o consumo depetróleo como porcentagem do PIB nominal. Esse nível variamuito de país para país—desde 1,2% no caso da Noruega paravalores como 8% no caso da Tailândia. No entanto, esse valoré muito mais alto nos mercados emergentes. A Ásia, excluindoJapão, se destaca a esse respeito, uma vez que o consumo depetróleo médio atual é de 4,4% do PIB nominal da região,enquanto a média mundial é de 3%. Essa diferençaprovavelmente reflete o peso dos setores manufatureiro eindustrial na economia total e pode aumentar a vulnerabilidadedo câmbio regional se os preços do petróleo continuarem aaumentar.

Figura 1: Consumo de petróleo como porcentagem do PIBnominal—médias regionais em vários cenários de preço depetróleo

Um nível abaixo está a exposição dos setores externos dospaíses ao petróleo. Para medir esse impacto, precisamosestudar a parcela da exportação de petróleo no PIB nominal, aparcela das exportações no consumo doméstico de petróleo e aparcela do saldo de importação e exportação de petróleo comopercentagem dos recebimentos e pagamentos em contacorrente. Não surpreende que os resultados corroborem nossasobservações anteriores sobre a maior vulnerabilidade docâmbio asiático aos preços maiores do petróleo. Asimportações de petróleo da Coreia do Sul, Índia, Taiwan eTailândia são responsáveis por uma parcela maior de seus

Medindo a sensibilidade de FX dosmercados emergentes ao petróleoPor Natalia Gurushina, diretora de estratégia para mercados emergentes, Roubini Global Economics

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respectivos PIBs do que em qualquer outra economia na nossaamostra. Em regiões individuais, a África do Sul e Israel têmas maiores relações entre importações de petróleo e PIB naregião de Europa, Oriente Médio e África. Usando a mesmamétrica, o Chile parece mais vulnerável a picos de preço dopetróleo entre as economias da América Latina.

Figura 2: Exposição do setor externo aos preços do petróleo—médias regionais

O mesmo grupo de países tem a maior parcela de consumodoméstico de petróleo coberto pelas importações, o que podesignificar uma pressão adicional sobres suas contas externas –e suas moedas – quando os preços do petróleo disparam. Emcontraste, a América Latina (exceto o Chile) e a Rússia seriamos maiores beneficiários nesse cenário.

O macrocomponente final da nossa análise é a parcela docombustível e energia – além dos alimentos – nos CPIs deMercados Emergentes. O motivo da nossa preferência poranalisar energia e alimentos em conjunto é duplo. Primeiro,existem distorções resultantes do amplo uso de subsídios acombustível em muitos mercados emergentes. Segundo,precisamos levar em conta a influência dos preços da energianos preços dos alimentos. Embora a situação provavelmenteseja diferente de país para país, as médias globais apontam umrepasse de 34% do preço de combustível e energia para osalimentos. Depois de fazermos esse ajuste, a maior exposiçãodas moedas emergentes ao aumento dos preços do petróleo –especialmente na Ásia e em partes da Europa, Oriente Médio eÁfrica – se torna aparente.

Para elaborar estratégias de investimentos com base nessasconsiderações macroeconômicas, a Roubini Global Economicsintroduziu recentemente um novo produto o – RGE OilSensitivity Index (ROSI) – que mede o impacto de mudançasno preço do petróleo nas economias. Uma pontuação ROSIaltamente positiva indica vulnerabilidade a um choque nopreço do petróleo e, alinhado às nossas observações anteriores,a Ásia emergente é mais sensível a choques no preço dopetróleo, com Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Indonésia eÍndia liderando a lista. Essas são economias em rápidocrescimento que são altamente dependentes de fontes externasde petróleo, com indústrias de uso intensivo de energia, comomineração (Tailândia), siderurgia (Índia) e minerais(Indonésia), e um pico no preço do petróleo teria um impactonegativo na inflação e no crescimento do PIB. Uma pontuaçãoaltamente negativa indica resiliência ou até mesmo umbenefício com os altos preços do petróleo. Os exportadores depetróleo, Rússia, Venezuela, Colômbia e México lideram alista de países que estão mais bem posicionados para enfrentaraltas nos preços do petróleo. Países com pontuação de ROSIpróximas de zero – República Checa, Peru e Hungria – são osmenos sensíveis a mudanças (para cima ou para baixo) nos

preços do petróleo. Uma regressão em uma estratégia simples de longo/curto

prazo nos cinco menores FX/5 maiores FX mostra que umenfoque de ROSI pode ser usado por investidores para reduzira exposição ou expressar visões direcionais dos mercados deóleo no espaço de FX. Se os preços do petróleo continuarem aaumentar, uma cesta com peso igual dos cinco países commenores pontuações de ROSI deve ter desempenho superior auma cesta com peso igual de moedas dos cinco países commaior pontuação de ROSI em 3,4% com o preço do petróleoem torno de $130 por barril, e em 8% com o preço do petróleoem torno de $150 por barril. O desempenho será revertido seos preços do petróleo cederem para $100 por barril ou abaixo.Mesmo que os FX de economias emergentes dominem essascestas de negócios, reunir FX de ME com FX de MD comobjetivos de negócios ajudará a aliviar alguns riscos decorrelação global que são exclusivos dos ME (uma vez que ospaíses com maior pontuação negativa de ROSI incluemNoruega e Suíça).

Figura 3: Índice FX ROSI Longo/Curto 5 Menores/5 Maiores e Brent, 2000-11

Um resultado ligeiramente inesperado do exercício doROSI foi a relativamente baixa sensibilidade da Turquia,enquanto a África do Sul e a Polônia estão na base da pilha daEuropa, Oriente Médio e África (quando se trata de picos dopetróleo). No nosso ponto de vista, isso abre algumasoportunidades interessantes de investimento na ausência de umchoque nos preços do petróleo. De acordo com nossoscálculos (usamos o enfoque do fluxo de capitais) o TRY éatualmente uma das moedas mais subavaliadas nos mercadosemergentes. Uma combinação de avaliação barata e umaperspectiva muito real de altas nas taxas mais tarde neste anopodem fazer com que a TRY seja uma aposta atraente nessecenário.

Natalia Gurushina é diretora de estratégia para mercadosemergentes, Roubini Global Economics. David Nowakowski,da RGE, diretor de estratégia de crédito, e TsolmonEnkhbayar contribuíram com a estrutura analítica do ROSI.

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Sala de Trading Utilização de derivativos continua a crescer

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Mercado de derivativos ainda cresceA pesquisa semestral do Bank for International Settlement mostra que o mercado global dederivativos OTC continua a crescer em termos de valores nocionais, mas o crescimento não éreportado em todos os setores. Alice Attwood relata.

OBank for International Settlements(BIS) divulgou a sua pesquisasemestral dos mercados de

derivativos para o segundo semestre de2010. Os resultados mostram que o mercadoglobal de balcão de derivativos cresceu3,2% na segunda metade do ano,alcançando US$601 trilhões, subindo deUS$583 trilhões no primeiro semestre de2010. Entretanto, a exposição de créditobruto em geral caiu 7%, para $3,3 trilhões,em comparação com uma queda de 2%reportada na pesquisa para o primeirosemestre de 2010.

O mercado como um todo se manteverelativamente estável nos últimos anos,próximo à marca de US$600 trilhões nasúltimas quatro pesquisas realizadas peloBIS – mas as altas que o mercado alcançouno primeiro semestre de 2008, US$672,6trilhões, ainda não foram vistas novamente.

O uso de contratos de derivativos decâmbio cresceu 9% em relação ao primeirosemestre, para US$58 trilhões. O BIS dizque os valores brutos de mercado sofreramuma pequena alteração, equilibrada pormaturidades de curto prazo crescendo 13%,com as opções em aberto caindo 10%.

Dito isso, houve duas mudançassignificativas. Os produtos de euro caíram21% em valor bruto de mercado, apesar dadepreciação da moeda em relação ao dólar(que teria aumentado muito os valoresexpressos em dólar) e os produtos de francosuíço subiram 55% em termos de valor demercado, após um aumento de 101% noprimeiro semestre de 2010.

Os swaps de inadimplência de crédito emaberto continuaram a cair na segundametade de 2010 para $29,9 trilhões, umaqueda de 1% em relação aos US$30,3trilhões no fim de junho de 2010.

Os valores em aberto de contratos de FXcontinuam a subir. Para a segunda metadede 2010, os contratos de FX respondem porUS$57,8 trilhões do valor em aberto,representando 9,6% do mercado global dederivativos OTC. Isso foi um aumento de17,5% em relação ao valor de US$53,1trilhões para o primeiro semestre.

Derivativos de taxa de juros OTC aindasão a maior categoria dentro do setor detaxas e, para o segundo semestre de 2010, osvalores em aberto subiram para US$465trilhões, de US$452 trilhões nos seis

primeiros meses do ano – um aumento totalde 3% em relação ao primeiro semestre eum aumento de 3,4% em relação ao valor dosegundo semestre de 2009, de US$450trilhões. Quando se considera o espaçoocupado pelas taxas de juros no mercadototal, houve uma leve queda (77,6% para oS1 2010 comparado com 77,4% no S22010), entretanto, comparado com o mesmoperíodo em 2009 (74,5% do mercado totalde derivativos), os derivativos de taxa dejuros OTC mantiveram um nível estável deinfluência nos dados.

Dentro do segmento de taxa de juros dorelatório, os contratos denominados emdólar caíram 8%. As posições do euro, iene,franco suíço, coroa sueca, entretanto,subiram em 10%, 7%, 10% e 14%,respectivamente, simplesmente devido a umaumento de atividade, de acordo com o BIS.A pesquisa também observa que “apenas osegmento do dólar canadense mostroudeclínio, de cerca de 4%, apesar daapreciação de 6% da moeda”.

Nos resultados, o BIS diz: “Os valoresbrutos de mercado de todos os contratosOTC caíram 14%, resultado principalmentedo declínio de 17% no valor de mercado doscontratos de taxa de câmbio...possivelmente refletindo a convergência dasexpectativas de taxa de juros com as taxasde juros presas em contratos.”

Entretanto, ao considerar os valoresnocionais em aberto, a pesquisa do BIS paraa segunda metade de 2010 mostra que oscontratos de taxa de juros continuaram acrescer. Para a segunda metade do ano, oscontratos de taxa de juros chegaram aUS$465,3 trilhões, um aumento de 3% emrelação aos US$451,8 trilhões do primeirosemestre do ano.

Ao examinar os resultados de produtosespecíficos dentro do mercado de contratosde taxa de juros, ou seja, swaps e opções,houve pouca alteração em relação àpesquisa do primeiro semestre de 2010. Oscontratos de swap de US$364,4 trilhõesrespondem por 79,9% do mercado decontratos de taxa de juros e 60,6% do totaldo mercado de derivativos OTC.

As opções, representando $49,3 trilhões

do mercado, respondem por 8,2% domercado total e 11% do espaço de contratosde taxa de juros; isso permaneceu inalteradoem relação à pesquisa publicada no segundosemestre de 2009.

Os resultados dos swaps deinadimplência de crédito também mostramalgumas informações interessantes; oprimeiro semestre de 2010 presenciou umdeclínio nas posições de derivativos decrédito de quase 40% em relação aos trêsanos anteriores, para US$31 trilhões,entretanto, a pesquisa para o segundosemestre de 2010 mostra que o mercado deinadimplência de crédito pode estar em meiode um “nivelamento”, com uma queda de1% nos valores em aberto para esse período.

A pesquisa diz que “os valores em abertocom CCPs [contrapartes centrais] subiramde cerca de 10% do mercado total no fim dejunho para 15% no fim de dezembro de2010. As posições com outros dealerscaíram 4% e, com clientes não-financeiros,63% (após uma queda de 46% no primeirosemestre) para US$310 bilhões,representando apenas 1% do mercado emcomparação com o pico de 5%, atingido nofim de dezembro de 2009.”

A pesquisa também diz que o valor brutodo mercado caiu 19% no segundo semestrede 2010 O BIS atribui isso ao declínio de11% em swaps de inadimplência de créditode single-name e à queda de 31% emcontratos multi-name. Esses números sealinham com a queda de 20% para contratosde single-name e um aumento de 21% paraswaps de multi-name. O BIS diz que, “comexceção dos contratos com CCPs (+23%),os valores do mercado também caíram comoutras contrapartes, como SPVs (-26%) ebancos e firmas de securities (-20%).”

A pesquisa semestral foi introduzida emjunho de 2004 e foi ampliada para incluirswaps de inadimplência de crédito no fim dedezembro de 2004, em resposta a umasolicitação do Committee on the GlobalFinancial System.

Os dealers que reportam incluem todas asfiliais e subsidiárias de organizaçõesmundiais e incluem bancos de investimentoscomerciais e securities houses.

Para a segunda metade de 2010, os contratos de FX respondem porUS$57,8 trilhões do valor em aberto, representando 9,6% domercado global de derivativos OTC... um aumento de 17,5%.

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AIcap, a maior corretora inter-dealerdo mundo, divulgou lucros recordesno seu negócio de corretagem

eletrônica, quando se beneficiou daturbulência do mercado internacional decommodities e das crescentes preocupaçõescom inflação mais alta.

O lucro do negócio de corretagemeletrônica aumentou 23% para £123 milhõesno ano que terminou em 31 de março de2011, com um aumento de receitas de 20%para £302 milhões.

Com muito da atenção reguladora nosmercados financeiros no espaço de pós-trade,a Icap também divulgou surpreendenteaumento de receitas de 30% nos seusnegócios de informações e risco de pós-trade,para £184 milhões. O lucro operacionalsubiu 14%, para £79 milhões, o mais fortedesempenho do grupo até esta data. A Icapdiz que a aquisição da Trioptima, em marçode 2010, e volumes mais altos na Traianacompensaram o impacto de níveis menoresde atividade no seu produto Reset, resultandoem um aumento de dois pontos percentuais,para 21%, de participação dos serviços pós-trade no lucro operacional do grupo.

Juntos, a corretagem eletrônica e asinformações e risco de pós-tradecontribuíram com 54% do lucro operacionalem 2010/11, comparado com 48% em2009/10. Os resultados mostram que a Icapestá bem posicionada para a novaregulamentação dos mercados de balcão,que forçará a migração do trading dederivados para as plataformas eletrônicas,para tornar os mercados mais transparentes.

A receita dos negócios centrais decorretagem por voz da Icap foi amplamentealinhada com o ano anterior, em £1,18bilhões. Isso aconteceu a despeito da receita

da Ásia-Pacífico ter sido adversamenteafetada pela perda de 38 corretores para aTradition em setembro de 2010 (P&L’sSquawkbox, 4 de outubro de 2010). O lucrooperacional dos negócios de corretagem porvoz foi de £194 milhões.

No geral, a receita do grupo Icap subiu8%, para £1,74 bilhões em 2010/11. O lucroantes dos impostos subiu 4%, para £350milhões, em linha com a previsão defevereiro da empresa. O lucro operacionaldas operações contínuas cresceu 6%, para£375 milhões, impulsionado pelo fortedesempenho dos negócios de corretagemeletrônica, e risco e informações de pós-trade. Isso foi contrabalançado porinvestimentos contínuos e custos one-off,diz a Icap.

Por tipo de produto, a corretagem de taxade juros contribuiu com £695 milhões, ou40% da receita total, seguida pelo FX, quecontribuiu com £321 milhões ou 18% do total.

Na corretagem por voz, os mercados FXcontinuaram voláteis, tanto nos mercadosdesenvolvidos quanto emergentes,resultando em volumes significativamenteaumentados nos produtos de forward. “Aforça de nosso negócio de FX ficou evidentedurante o ano, quando cresceu tanto emreceita quanto em participação no mercado,particularmente nas principais moedas”, diza Icap nos seus resultados do ano todo.

O volume médio diário da corretagemeletrônica na plataforma EBS da Icap foi deUS$151 bilhões, um aumento de 11% de umano para o outro. No ano passado, a Icaplançou vários tipos novos de ordem,destinados a dar suporte a traders manuais,incluindo a introdução da primeira Fix Orderpuramente eletrônica. Preços decimalizadosna plataforma EBS foram lançados em

março. Naquele mês, a Icap viu uma alta emtrading de moedas do Commonwealth e demercados emergentes, com trading mensalrecorde em dólar australiano, renminbichinês de Hong-Kong, rublo russo e non-deliverable forwards.

Michael Spencer, CEO do grupo, diz: “Naprimeira metade do ano, vimos mercadosmais parados em geral, mas gerando boasreceitas e crescimento de ganhosimpulsionados principalmente por nossacorretagem eletrônica. Beneficiamo-nos daforça dos nossos negócios de mercadosemergentes, continuada turbulência nosmercados de commodities do mundo,significativa emissão de obrigaçõesdenominadas em euro e preocupaçõescrescentes com inflação mais alta. Maisrecentemente, as incertezas políticas eeconômicas no Oriente Médio e Norte daÁfrica contribuíram para a volatilidade dosmercados financeiros globais.”

Ele acrescenta, “No ano passado, nosconcentramos no crescimento orgânico,aproveitando os ativos existentes edesenvolvendo ainda mais osrelacionamentos colaborativos que temoscom nossos bancos clientes. Investimos comsucesso em vários produtos e serviçosnovos, mais notadamente na nossaplataforma eletrônica de swap de taxa dejuros, que já fez transações da ordem demais de €360 bilhões em trades, desde seulançamento em setembro passado.”

Os resultados da Icap comparam-sefavoravelmente com os da sua maior rival, acorretora inter-dealer do Reino Unido TulletPrebon, que divulgou uma queda de 4% nasreceitas para £909 milhões no ano passado,com lucros pré-impostos caindo 11%, para£141,3 milhões (Profit & Loss, abril).

Sala de Trading Icap se beneficia com e-Broking

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AIcap também anunciou que seuprincipal executivo de operações,

Mark Yallop, está se aposentando daempresa. Yallop, um dos principaisarquitetos da estratégia eletrônica daIcap, foi indicado para o Conselho daIcap em julho de 2005.

Em uma declaração, Michael Spencer,principal executivo do grupo Icap, disse:“Lamento dizer que, após seis anos na

Icap, nosso principal executivo deoperações decidiu sair. Durante este tempona Icap, Mark esteve muito envolvido nodesenvolvimento estratégico da nossaempresa e eu gostaria de agradecer a elepor sua notável contribuição.”

Yallop permanecerá na empresa atéque um substituto seja nomeado. Antes deir para a Icap, Yallop foi o principalexecutivo operacional do Deutsche Bank,após anos de trabalho em funções detrading em mercados de derivativos, FX e

à vista. Também foi diretor daInternational Swaps and DerivativesAssociation de 1996 a 1998.

E-Broking impulsiona os lucros da IcapsA Icap chega mais perto de ter lucros gerados de forma mais equitativa entre corretagem porvoz, e-broking, e risco e informações pós-trade, escreve Kirsten Hyde.

MARK YALLOP

Yallop deixará a Icap

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Mercados digitais Desfranqueamento e ordens algorítmicas

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www. profit-loss. com28

Mantendo a ordem– A importância do gerenciamento flexível de ordens Nos últimos dois anos, houve uma corrida para fornecer ferramentas e serviços de execução aclientes em plataformas de bancos, entretanto, Colin Lambert pergunta, estamos deixando delado um ponto importante?

Desfranqueamento é uma palavra que foi cunhada naúltima década na indústria FX– especialmente ao sefalar de e-channel. Primeiramente, o e-FX

desfranquearia os traders – o fez até certo ponto, mas a funçãode trading ainda está viva e esperta. Então, o e-channeldesfranquearia a mesa de vendas – isso se provou uma tolicepois, na verdade, fortaleceu a função e os vendedores estãodispostos a adotar a nova tecnologia.

A indústria de FX, no entanto, está correndo o risco dedesfranquear um alvo não pretendido – um segmento crucial dasua base de clientes?

O foco crítico desta pergunta é o desenvolvimento dasferramentas de gerenciamento de ordens, em especial, a invasãoda tecnologia de execução algorítmica implantada nos últimostrês anos mais ou menos. A realidade por trás dessa tecnologia éque os clientes ou a) cedem a ordem ao banco como agência; oub) executam a ordem na plataforma do banco da forma queescolherem.

A execução de agência, como introduzida pelo Credit Suissecom seu Advanced Execution Services, seguido por outros

bancos, como o Citi com suas Intelligent Orders, é um produtoque funciona muito bem para certos tipos de clientes.Normalmente, esses clientes são se veem como mesas deexecução profissionais, estão, sim, executando transações de FXacopladas a outra transação – seja uma transação comercial ouum ajuste de portfólio. Eles também não querem, como mostra aexperiência, ser molestados pelos vendedores do banco porcausa de uma transação que fizeram, portanto, desejam execuçãoanônima.

Mas existe outro setor importante, especialmente do lado doinvestimento da indústria financeira, que não deseja a execuçãode agência, e, na verdade, poderia ver o desenvolvimento de taisferramentas como uma ameaça à sua própria existência. Asmesas de execução profissionais em grandes gestores dedinheiro e fundos de hedge buscam adicionar Alfa ou, pelomenos, reduzir a slippage com suas habilidades profissionais. Aexecução da agência, como foi dito, de fato passa o controlepara “alguém de fora”.

Quando foram lançadas, havia esperança entre osprofissionais de execução a respeito das ferramentas de

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Mercados digitaisDesfranqueamento e ordens algorítmicas

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execução algorítmicas em plataformas de bancos. É verdade, asprimeiras iterações eram algoritmos de TWAP (time weightedaverage price) um tanto básicos, dentro das quais a mesa deexecução podia definir o nível de agressividade e disparar asexecuções, mas esperava-se que as futuras interaçõespermitissem uma interação muito maior.

Na verdade, esse nível maior de interatividade nuncaaconteceu. Durante o processo de feedback para o Digital FXAwards, que foi divulgado na edição de abril, a Profit & Lossrecebeu cada vez mais feedback em relação às ferramentas deexecução algorítmica disponíveis. “Desapontadoras”,“inadequadas” e “arcaicas” foram três adjetivos relativamentecomuns usados em resposta à pergunta sobre essas ferramentas.

A principal questão é a flexibilidade. “Se eu defino o nível deagressividade e a variância de tempo quando coloco a ordem,qual é a diferença de simplesmente usar o serviço de umaagência?” pergunta o chefe de uma mesa de execução de umgrande gestor de investimentos. “Se queremos mudar a nossataxa de participação, temos de suspender, redefinir nossosparâmetros e depois re-emitir a ordem. Isso leva tempo, duranteo qual pode haver slippage.”

Uma ou duas plataformas, como a BARX do Barclays Capitale a Morgan Direct do JP Morgan permitem que os clientesaumentam e diminuam o nível de participação, mas embora issoseja bem recebido nas mesas de execução, não vai muito longe.“No momento, temos três níveis, que são agressivo, neutro epassivo”, diz um gerente de mesa de execução nos EstadosUnidos. “É necessário mais nuances, mais flexibilidade, serealmente vamos ter um benefício. Se não tivermos essaflexibilidade, continuaremos a criar nossas próprias ferramentaspara melhorar nosso serviço de execução.

“Em um mundo ideal, gostaríamos de poder executar usandonossa tecnologia proprietária no fluxo interno do banco, mascompreendemos que isso não é necessariamente um negócio queeles gostariam”, acrescenta o gerente. “Se a solução sãoferramentas melhores dos bancos que nos permitam acessarfluxos internalizados, assim como liquidez externa ao banco,então esse é um negócio que consideraríamos.”

Outro especialista em execuções dos Estados Unidos acreditaque, no futuro, as mesas estarão usando tanto ferramentasexclusivas quando ferramentas fornecidas pelos bancos, emboraas últimas possam ter se tornado mais influentes. “Quando maisum banco estiver disposto a nos deixar interagir com seu livrode ordens e sua base de clientes, mais negócios ele terá. Ter amelhor tecnologia de execução é obviamente bom, mas o seuvalor é diluído se as suas fontes de liquidez forem limitadas.”

A próxima geração

Com o problema estabelecido, existe alguma boa notícia paraas mesas de execução? Na verdade, sim, pois, como discutido naseção de gerenciamento de ordens do Digital FX Awards, pelosmenos três bancos – Nomura, Morgan Stanley e Bank ofAmerica Merrill Lynch – estão desenvolvendo ferramentas deexecução verdadeiramente interativas.

Detalhes de todos os três projetos ainda estão pouco claros,pois ainda precisam ser desenvolvidos e testados, mas o ethossubjacente a todos os três parece similar – colocar mais poder e

controle nas mãos do cliente. Como observa um desenvolvedor,não são apenas as equipes de vendas dos bancos que precisamagregar valor para o seu empregador – as mesas de execução dolado da compra precisam provar isso toda vez que entram emcena para executar um tíquete grande.

A solução parece ser oferecer exatamente as mesmasferramentas que estão disponíveis quando operam com agências,mas permitindo ao cliente interagir com a ordem durante a suaexecução e talvez, até mesmo alterar elementos da lógica centralantes de empregá-la. Dessa maneira, o banco vê o fluxo e amesa de execução tem uma excelente oportunidade de provarseu valor. Mas precisamente, se estamos falando emfranqueamento, a equipe de vendas do banco também é parte daequação. Como diria um gerente dos Estados Unidos, “somosum investidor totalmente sistemático, mas se ouvimos algumainformação interessante sobre os mercados de divisas, issoinfluencia a nossa execução. Isso introduz um elemento decritério no nosso processo.”

Normalmente, o gerente rapidamente observa, essecritério pode avançar ou atrasar uma ordem por uma questãode segundos ou minutos, mas o impacto pode ser crucial. “Épor isso que ainda falamos com as mesas de venda dosbancos”, explica o gerente. “Existe um enorme valor nasinformações do mercado ou mesmo em uma boa análise depreço/volume.”

Quase todas as mesas de execução consultadas concordamque a chave para fornecer essa próxima geração de ferramentasde execução algorítmica está no pré-trade. Da mesma forma queesses bancos que oferecem serviço de execução como agênciasalegam serem capazes de “mapear” a liquidez a qualquermomento do dia, fornecer essas informações ao cliente comoparte da sua estratégia de execução é crucial.

A primeira iteração dessa tecnologia, na verdade, existiaalguns anos atrás com o Algorithmic Workbench desenvolvidopelo Lehman Brothers, mas morreu com o banco. Agora, estáprestes a voltar sob a bandeira Nomura, maior e melhor, deacordo com fontes familiarizadas com a situação.

Para as mesas de execução, uma execução algorítmicaaprimorada, – aliada à capacidade de interagir em plataformasde banco cercadas, como a MorganDirect Match e a CitiFXMatch – significa que elas conseguem provar o seu valor e,como parte do negócio, criar um relacionamento mais profundocom certos bancos. Em um mundo ainda fixado em participaçãono mercado, a chave para os bancos manterem e aumentaremessa participação poderia ser, na verdade, ceder o controle aosclientes e aliar essa concessão à abertura das suas plataformas efunções básicas de trading.

De qualquer forma, após uma batalha interminável paraacessar melhores ferramentas de execução, parece que a pontada indústria de execução ainda não está satisfeita. Mas melhoresnotícias poderiam estar no horizonte para eles, à medida quemais bancos abraçam o conceito de dar ao cliente maiorcontrole, em parte por meio da regulamentação que os força aoferecer DMA em opções e NDFs.

Afinal, como argumenta um gerente de execução, se osbancos podem oferecer DMA para esses produtos e sediferenciarem com a flexibilidade da tecnologia degerenciamento de ordens, por que não podem fazê-lo em todosos produtos – especialmente no spot.

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Mercados digitais Alta frequência e o mercado de FX

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Ainda um pária? Alta frequência e o mercado de FXUm pouco mais de um ano após o ‘Flash Crash’, o debate sobre a função dos traders de altafrequência continua nos mercados de equity. Isso leva Colin Lambert a perguntar, as visões daindústria de FX sobre essa estratégia controversa mudaram? E como o HFT está funcionando hoje?

Há pouco mais de um ano, o mercado de equities dosEstados Unidos testemunhou o “Flash Crash” das açõesamericanas quando, de acordo como o relatório

conjunto do SEC/CFTC, um programa de execução algorítmicausado por um gerente de ativos, combinado com uma falta deliquidez, causou o colapso das ações. A resposta instintiva foiculpar os traders de alta frequência pelo colapso, especialmente,suspeita-se, porque esse segmento é o bicho-papão da indústriaatual.

A realidade, lendo o relatório, é que os traders de altafrequência se comportaram da mesma maneira que qualqueroutro trader se comportaria – afinal, a menos que você tenhaalguma razão operacional, por que qualquer trader (na verdade,qualquer pessoa) compraria algo quando o preço daquele ativoesta caindo vertiginosamente? Apesar da observação, o papel dotrading de alta frequência (HFT) no Flash Crash levou a umaintrospecção da indústria de FX. Em alguns casos, as pessoasestavam perguntando se a mesma coisa poderia acontecer aqui?Em outros, sentia-se a necessidade real de compreender oimpacto e as possíveis armadilhas da participação do HFT nomercado de FX.

Desde que o HFT apareceu nos mercados de FX, no início dadécada passada, sua contribuição para a indústria tem sido alvode debates aquecidos. Nos primeiros tempos, provavelmente atéa metade de década passada, o HFT causou infindos problemaspara muitos bancos, especialmente porque era rápido demaispara os mecanismos de precificação dos bancos, e arbitragem delatência passou a ser o nome do jogo. Muito rapidamente, os

bancos passaram de empresas de HFT para plataformas públicas,fora das suas próprias plataformas, e depois começaram adesenvolver a funcionalidade robusta de precificação e gestão deriscos que é necessária para sobreviver no que alguns chamavam(ou ainda chamam) de “lago de tubarões”.

A combinação dos bancos aumentando seus investimentos emtecnologia, a estratégia de restringir o HFT a certas plataformase depois a crise do crédito resultante do colapso primeiro doBear Stearns e depois do Lehman Brothers criou um hiato defacto no desenvolvimento do relacionamento do mercado FXcom o HFT. Em liquidez limitada, com dados de mercado maisesporádicos, já que grande parte do trading era realizada emplataformas privadas, o HFT lutou um ano ou mais, e assim osquants voltaram ao trabalho para desenvolver novas estratégias.

E onde isso deixa o HFT no mercado FX agora? Está setornando uma forma de trading mais aceita porque os bancosaprenderam a lidar com o fluxo, e as estratégias evoluíram sutil,mas significativamente, para além da mera arbitragem? Ou ocaso é que o HFT existe em uma pequena parte da indústria –eficazmente oculto como o pária que alguns acreditam que seja,em um cantinho da indústria?

Atitudes

Provavelmente, o ponto de partida de tal discussão deva ser adivisão formal em relação ao HFT que existe no mercado FX.Bancos, com uma ou duas exceções, não gostam da estratégia e

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Mercados digitaisAlta frequência e o mercado de FX

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consideram-na destrutiva para seu modelo de negócios assimcomo para seus mecanismos de precificação e risco. Fundos dehedge e as próprias firmas de HFT parecem ter uma atitude maispositiva. Vários gerentes de fundos de hedge consultadosenfatizaram que não usam estratégias de HFT, mas que analisamas tendências desse espaço muito de perto. “As estratégias dealta frequência mudaram a nossa maneira de pensar sobre omercado”, observa um gerente de moedas nos Estados Unidos.“Antes tratava-se de trades seguindo o fluxo, mas o impacto daalta frequência significa que agora procuramos mais trades debreak out. Tem havido também mais reversões de curto prazoem termos de movimento de preço e, eu acho, que isso pode seratribuído à influência da alta frequência.”

Finalmente, em relação às instituições da indústria de FX, asplataformas de trading se encontram em uma posição difícil. Porum lado, o volume extra e a precificação na plataforma sempreforam bem-vindos – por outro lado, eles têm de lidar combancos insatisfeitos no mesmo espaço.

Continua a ser difícil encontrar banqueiros e traders de altafrequência que concordem sobre o valor, ou qualquer outroaspecto, da estratégia, mas talvez uma clareza maior ajudasse adeixar a emoção fora do debate. Um executivo sênior em umaplataforma de trading tem um caso interessante a respeito. “Umcliente do nosso banco estava reclamando de um cliente de PBestar usando uma estratégia de alta frequência na plataforma”,explica o executivo. “Nós abordamos o cliente e ficou claro queeles não estavam fazendo nada disso. Eles, na verdade, estavamusando um sistema de gerenciamento de execução, mas, para otrader do banco, parecia exatamente igual a uma estratégia dealta frequência.”

Se houver um problema de identidade, como ele pode serresolvido? Na verdade, não pode, porque nenhum participantedo FX, ou de qualquer outro mercado, deve ser obrigado adivulgar a sua estratégia. Alguns banqueiros acreditam que asplataformas devam policiar o assunto mais rigidamente, mas,como observado, isso é difícil para as plataformas de tradingporque elas querem tanto o fluxo dos bancos quanto do HFT.

A incapacidade da indústria de encontrar um meio termolevou ao plano de uma nova plataforma de trading, em que oHFT não fosse permitido. O projeto Pure FX, como informadona edição de abril da Profit & Loss, foi colocado no gelo, masnão está, de forma alguma, morto. Fontes nos bancos asseguramà P&L que o projeto será reativado, mas com outra aparência eoutro nome. “É tudo uma questão de regras”, argumenta umbanqueiro familiarizado com o projeto. “O projeto Pure foi maltocado de muitas maneiras, deu a impressão de um punhado debancos tentando manter o controle do mercado, quando, narealidade, tratava-se de fornecer uma precificação melhor paraos clientes que têm intenção de negociar. O novo projeto vaiincorporar qualquer um que deseje negociar dentro das regras.”

Exatamente quais serão essas regras ainda não está claro, maso que está claro, de acordo com outro banqueiro familiarizadocom o projeto, é que as regras tornarão a plataforma menosatraente para os traders de alta frequência. A frase-chave,mencionada anteriormente, é “intenção de negociar”. Issosugeriria que tempo de vida mínimo para cotações – algointroduzido pelo EBS da Icap no ano passado – e valoresmínimos de cotações provavelmente estarão na ordem do dia.Como observa o banqueiro, “coloque um mínimo unitário de

três milhões na plataforma e praticamente nenhuma firma de altafrequência vai querer saber.”

É importante dizer que nem todos os bancos têm uma atitudenegativa com relação a HFT. Alguns incorporam a estratégia emseus mecanismos de trading e quase todo banco aumentou seusinvestimentos em termos da capacidade de precificar e gerirriscos eletronicamente usando técnicas de HFT. Dessa maneira,mesmo que não na infraestrutura geral do mercado, o HFT teveum grande impacto.

Outro segmento em que o seu impacto parece estar crescendoé aquela área cinzenta entre o varejo e o institucional. Embora ocusto de manter uma estratégia de alta frequência esteja além demuitos traders de varejo nos níveis mais baixos e médios domercado, fontes sugerem que ela está sendo utilizada entretraders de varejo mais sofisticados. “Normalmente, esses tradersnão estão usando a estratégia em plataformas de varejo, porqueseus índices de rejeição são altos devido ao fato dosfornecedores de plataforma estarem fazendo back-to-back dostrades com um banco”, diz um fornecedor de FX de varejo.“Entretanto, eles podem acessar o mercado nos câmbios. Nomomento, as estratégias de trading automatizado são muitoimportantes no FX de varejo– quanto tempo para essasestratégias evoluírem para trading de alta frequência?”

A estratégia pode estar crescendo no espaço do varejo, masisso acontece contra um pano de fundo de um número crescentede pontos-de-interrogação em relação ao sucesso do HFT nonível institucional. Um banqueiro sênior de e-FX em uma das

cinco principais instituições argumenta que várias firmas deHFT estão tendo dificuldade em manter o rendimento e, porisso, muitas estão saindo do mercado FX e voltando aosmercados de equities ou futuros. Isso é refutado por um traderde alta frequência que argumenta que essas firmas estavammeramente investigando o trading nos mercados FX eencontraram o espaço já tomado. “Acho que é difícil para osrecém-chegados no espaço de HFT”, o trader diz. “Os bancosestão utilizando a estratégia e as firmas existentes estãoaprendendo por experiência e aumentando seus investimentostoda semana. Para uma empresa nova, há muitas lições aaprender, sendo que a principal é que o mercado FX é diferente,tanto na sua dinâmica quanto na sua estrutura.

“Assim, como os bancos tiveram de aumentar seu cacife,também as firmas de alta frequência têm de fazê-lo”, continua otrader. “O que funciona uma semana, não funciona na próxima.Há cinco anos, quatro caras em uma garagem podiam ter umnegócio de alta frequência bem-sucedido, agora, é preciso dezvezes isso devido ao peso da análise que precisa ser feita.Firmas pequenas ainda existem, mas é mais difícil manter osucesso do que há alguns anos.”

Essa visão é reforçada pelo executivo sênior na plataforma detrading que observa que parece haver uma alta taxa de giro – ataxa em que as contas entram e saem da plataforma – entre asfirmas de alta frequência. “Costumávamos falar em uma altataxa de giro no espaço do varejo, quando os clientes entravam,se queimavam e saiam bem depressa. Estamos vendo algo

“Existe uma disputa tecnológica acirrada dentroda própria alta frequência. . . ultra-alta frequênciaé uma expressão que ouço cada vez mais”

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Mercados digitais Alta frequência e o mercado de FX

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similar no espaço de alta frequência. Novas firmas entram, têmsucesso, mas depois ou são descobertas ou não têm os recursospara desenvolver constantemente sua estratégia, então voltam aoque conhecem melhor, equities.”

Parte da razão para o que parece ser uma taxa de giro maisalta poderia estar no conceito econômico básico de eficiência demercado. Como observado em várias ocasiões, existe apenas umdeterminado número de oportunidades de explorar a ineficiênciado mercado em um dado período e, quanto mais firmas vão atrásdessas oportunidades, mais fugidias elas se tornam.

Então a alta frequência está, para usar uma expressão,devorando a si mesma? Um experiente trader de alta frequênciada América do Norte não acredita nisso, mas não nega queapenas as firmas mais sofisticadas, com mais recursos, estãotendo sucesso. “É realmente uma ironia”, observa o trader. “OHFT sempre foi visto como um mosquitinho irritante zumbindonos ouvidos dos gigantes do mercado FX – os bancos– masagora, para ter sucesso, o mosquito precisa ser mais como umaáguia.

Os novatos, muitas vezes, tentam executar estratégias básicasde arbitragem e, embora a fragmentação do mercado ajude,essas oportunidades só existem de forma transitória. Existe, defato, uma corrida acirrada dentro da própria alta frequência, emque as firmas maiores são capazes de reagir mais rapidamente eagarrar as oportunidades antes das firmas menores. É chamadode ultra-alta frequência – uma expressão que ouço cada vezmais.”

Agentes de liquidez…de último recurso?

Provavelmente a maior área de disputa em relação ao HFT éa alegação de ser um agente de liquidez, semelhante aos bancos.Evidências de vários estudos em HFT nos mercados de equitydos EUA indicam que a estratégia realmente tem um papelimportante nos mercados do dia-a-dia, como destacado pelainvestigação conjunta do CFTC/SEC sobre o Flash Crash. Foipertinente que o relatório concluísse que firmas de altafrequência eram a maioria dos formadores de mercado nosminutos antes que as coisas dessem errado e o mercado entrasseem colapso.

“É errado criticar os traders de alta frequência pelo FlashCrash” diz, previsivelmente, o experiente trader de altafrequência. “Essas firmas se comportaram como qualquer traderfaria – e a chave aqui é que elas são chamadas de traders de altafrequência, não criadores de mercados – elas viram os mercadoscaindo e pararam de comprar. O que há de errado nisso?

O problema naquele mercado era que não havia interessenatural, portanto, o papel do HFT é exagerado. É uma históriacompletamente diferente no FX, onde sempre existe o reguladordo interesse natural.”

O trader reconhece que as firmas de alta frequência nãocumprem a função do assim chamado “agente de liquidez deúltimo recurso” (e é importante notar que essa provavelmentenão é a visão de muitos traders de alta frequência), masargumenta que tal alegação seria irrelevante de qualquer forma.“Ser um agente de liquidez de último recurso implica que vocêtem clientes. Por que alguém deveria presumir que deva haverliquidez em plataformas públicas? Se você deseja liquidez

garantida, deve ir a uma plataforma pertencente a um banco,onde você paga um spread mais amplo pelo privilégio de umpreço garantido. Existe uma grande diferença entre equities e FX– o primeiro é um exercício de fazer dinheiro e nada mais,enquanto, no FX, você tem um ativo que é negociado e usadopara reduzir a exposição a riscos. Esta é uma diferençasignificativa.”

Outro defensor da alta frequência reitera o ponto,acrescentando, “acho que a razão real pela qual o HFT ficou malvisto depois do Flash Crash não é tanto porque contribuiu para ocolapso – não o fez, estava simplesmente tendo perdas nascompras – mas porque não salvou o dia. É como se asautoridades estivessem dizendo “por que vocês não continuarama negociar? Vocês poderiam ter impedido o colapso domercado.” É uma tolice. O HFT não tem mais culpa no colapsodo que qualquer outro que perdeu dinheiro aquele dia.”

Os críticos do HFT apontam para análises destacando comoas firmas de alta frequência, muitas vezes, têm cancelamentos deordens muito acima de 70%. “Isso não é uma ‘intenção denegociar’, é meramente flashing – embora eles [traders de altafrequência] deem a isso outro nome”, argumenta um banqueiro.

Para os trader de alta frequência, formação de preços émeramente outra estratégia – passive rebate arbitrage, é o termousado em algumas partes. Na verdade, o preço só está nomercado enquanto um trade de saída está disponível – assim,pode-se sentir certa simpatia por aqueles que sentem que nãoexiste intenção de negociar.

Uma área de crescente interesse para algumas firmas de altafrequência tem sido, e não há nenhuma ironia nisso, trabalharcom certos bancos para precificar para os clientes deles. Tanto oJP Morgan quanto o Citi lançaram plataformas de casamento noano passado, nas quais empresas de alta frequência são criadoresde mercado para os outros clientes do banco. Ambos os bancosutilizam a liquidez disponível em nome de clientes e seu própriomecanismo de risco, quando necessário, mas, efetivamente, aestrutura é que uma plataforma patrocinada por um banco obtémuma grande parte da sua liquidez dos traders de alta frequência.

Isso tem levado, diz uma fonte, a algumas conversas eobservações interessantes entre os bancos e as firmas de altafrequência, especialmente em relação a inabilidade das últimasde ganhar dinheiro de certos clientes. Como outro banqueiro diz,“Eles estão descobrindo como é difícil garantir liquidez a todos,de todos os tipos. Existe sempre alguém lá fora que tem umainformação melhor do que você.”

Certamente, a ideia de banqueiros e traders de alta frequênciachegarem a um acordo sobre algo é uma especulação, mas issoindica uma convergência de papéis; especificamente que o HFTestá assumindo muito mais um papel de criador de mercado. Éclaro que a exigência de firmas de HFT garantirem liquidezconstante em plataformas patrocinadas por bancos não édiferente da exigência de fazerem isso nos mercados de equity –ela não existe. A diferença crucial no mercado FX é que osclientes podem recorrer à precificação do banco se a liquidezdesaparecer nas plataforma de casamento. Essa é uma diferençapositiva; o impacto negativo é que no mercado FX o tamanhodas transações é, frequentemente, muito maior, mas em umespaço dominado pelas firmas de alta frequência, essastransações maiores são subdivididas em incrementos muitomenores, aumentando assim o custo total do trading.

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Mas, no geral, pode-se dizer que existem sinais de que osbancos estejam começando a aceitar as firmas de HFT –simplesmente estão sendo muito cuidadosos sobre ondeinteragem com elas.

Um Risco Sistêmico?

Provavelmente, a questão mais crucial em relação a altafrequência em FX é se constitui ou não um risco para ainfraestrutura do mercado. Um Flash Crash pode, realmente,acontecer no FX? A resposta, logicamente é positiva, mas anatureza do colapso seria bem diferente daquela dos mercadosde equity.

Movimentos abruptos de preço em FX não são novidade,observou-se movimento de preços em várias ocasiões, nosprincipais pares de moedas, assim como nos cruzamentos, aolongo dos últimos quarenta anos. A questão se alguma dessasocasiões constituiu ou não em um colapso é aberta a discussão, eé apenas significativo que a única ocasião real de movimento depreços foi um outlier óbvio – o pico de ZAR/JPY em novembrode 2009 – foi disparado por um mecanismo de preços de umbanco produzindo uma taxa incorreta, e não por firmas de HFTlançando o mercado para e estratosfera.

Como o trader de alta frequência observa, “não houve umúnico evento nos mercados FX envolvendo HFT. Todos osmovimentos de preço loucos foram causados por eventos – etodo mundo correndo para o mesmo negócio – ou aconteceuantes mesmo de inventarem o HFT.”

Isso sugere que o HFT não representa uma ameaça sistêmicaao mercado FX e, por associação, à economia global. Há quemduvide, entretanto, e tema a disseminação da estratégia. “Quantomais o HFT se envolve em mercados emergentes, maior operigo de uma corrida nesses mercados”, argumenta um gerentesênior de e-FX na Europa. “Trata-se um pouco de uma situaçãodo ovo e da galinha no momento, não há dados suficientes emvários mercados emergentes para o HFT operar eficazmente,mas os bancos estão aumentando suas atividades de mercadoemergente, o que, com o tempo, fornecerá dados melhores e otornará mais eficaz. Quando isso acontecer, provavelmentehaverá um período prolongado durante o qual teremos o risco deburacos negros de liquidez e grande movimento de preços.

Outros acreditam que o risco expresso pelo gerente de e-FXnão existe. “Os bancos estabeleceram um modus operandi paralidar com o HFT se as coisas ficarem difíceis”, argumenta otrader de alta frequência. “Eles os encerram, retirando a liquidezdos espaços públicos. Eu pensaria que seria mais fácil fazer issonos mercados emergentes do que nos mercados desenvolvidos.”

Em termos dos mercados desenvolvidos, o saldo dasdiscussões parece ser que o HFT não representa uma ameaçapara a indústria. A principal razão para esta conclusão é que aprópria fragmentação do mercado que ajuda o HFT a vicejarcomo estratégia também garante profundidade de produto.Especificamente, existem espaços de trading que operam combase em relacionamentos, tanto com um único como com váriosbancos e, nesses espaços, os usuários finais do mercado FX,corporações e gerentes de ativos, em especial, têm um preçogarantido. Verdade, o spread pode, ocasionalmente, explodirquando ocorrem eventos, mas o fato permanece de que existe

um preço natural. Da mesma maneira, esses usuários finais do mercado são

apenas isso – usuários. Não têm interesse em para onde omercado está indo, simplesmente precisam executar seuinteresse para reduzir ou erradicar o risco, ou para financiaroutra parte dos negócios. Isso garante um freio de facto nomercado, de forma semelhante a como várias autoridadesimpuseram freios artificiais em movimento de preço emnegócios de equity.

Compreensivelmente, esses freios naturais ocorrem mais nosprincipais mercados desenvolvidos mas, mesmo em mercadosemergentes, existem níveis naturais que provavelmente atraeminteresse. Existe risco de colapso nos mercados emergentes mas,parece pouco provável que ocorram pelo fato de firmas de altafrequência criarem uma ilusão de liquidez, apenas paradesligarem o fio da tomada quando as coisas ficarem difíceis.Nessas circunstâncias, o mercado verá um preço – ele seráamplo– mas também será negociável. Enfim, como a históriatende a mostrar, as crises nos mercados emergentes seoriginaram de má sorte (ou má administração) econômica naseconomias domésticas relativas, tendo pouco a ver com ocomportamento dos traders. Apesar das tentativas do governo deculpar os traders por esses eventos, o fato permanece de queestavam meramente expressando a visão do mercado. O mesmopode, e deve, ser dito dos traders de alta frequência.

A alta frequência, pode-se argumentar, causou uma mudançafundamental no modo de operar do mercado FX. Seu legado já

está estabelecido, acelerou a curva de sofisticação tecnológicaforçando os agentes de liquidez – os bancos – a melhorar seudesempenho. Há aqueles que acreditam que outro legado doHFT foi perturbar o status quo em relação a como o preço demercado é definido, mas poucos acreditam que tenha minado afunção de precificação como desempenhada pelos bancos.Simplesmente os bancos ficaram melhores na precificação.

Em termos de estabilidade de preços, muito mais evidênciasacadêmicas sugerem que o HFT, na verdade, melhorou aestabilidade dos preços, mas que esse argumento tem opressuposto muito tênue de que as firmas de alta frequênciasempre tornarão a liquidez disponível ao mercado. A natureza daestratégia pode ser a de atenuar a volatilidade do mercado, mas arealidade de como as firmas de alta frequência interagem nomercado significa que sempre há um risco de discrepâncias depreço de curto prazo.

Em última instância, entretanto, o HFT habilmente demonstrauma visão que existe há muito tempo da indústria de FX. Acapacidade do mercado FX de co-habitar e, até mesmo, adotar otrading de alta frequência o coloca em contraste acentuado comoutras classes de ativos. Um ano depois do Flash Crash, omundo das equities ainda está debatendo como lidar com o HFT.No FX, por outro lado, não existe tal debate porque a estratégianão representa uma séria ameaça.

O FX, como ficou provado pela influência do HFT, édiferente.

“Existe uma grande diferença entre equities e FX – oprimeiro é um exercício de fazer dinheiro e nada mais,enquanto no FX você tem um ativo que é negociadoe usado para reduzir a exposição a riscos. Esta é umadiferença significativa.”

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Mercados digitais Agregação oferecida por Thomson Reuters

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Thomson Reuters oferece ferramentas dedesenvolvimento de algorítmicos via Elektron

AThomson Reuters formou um relacionamento estratégico com ofornecedor de tecnologia Streambase para fornecer tecnologia de

processamento de eventos complexos (CEP) que pode ser usada paraacionar estratégias de trading de alta frequência via Elektron, sua redeglobal de alto desempenho.

A tecnologia complementará o serviço Dealing Aggregator, disponívelexclusivamente a clientes da Thomson Reuters Dealing, fornecendocapacidade de CEP em conjunto com o serviço de trading algorítmico.

Lançada o ano passado, a Elektron é uma rede de fibra óptica que se ligaa centros de hospedagem estrategicamente localizados nas proximidades eno mesmo local para ajudar as firmas a acessar e compartilhar informaçõese fazer transações mais rapidamente.

A parceria permitirá à Thomson Reuters combinar dados históricos comdados em tempo real, conectividade de rede de alta capacidade e serviços dehospedagem gerenciados com a plataforma de CEP da Streambase pararápido desenvolvimento de aplicativos e implantação de estratégia.

“O mercado de hoje é cada vez mais complexo e as firmas de tradingexigem uma infraestrutura que lhes permita desenvolver, testar e executar

novas estratégias de trading de acordo com as novas exigências dos negócios,de forma mais rápida e mais eficiente. Pela primeira vez, os clientes podemaproveitar os benefícios de uma plataforma de CEP robusta via Elektron paraacionar suas estratégias de trading de alta frequência”, diz Thomson Reuters.

A oferta integrada oferece uma variedade de configurações de altodesempenho para dar suporte a aplicações de latência ultra-baixa e pode serimplantada como uma instalação local do cliente ou no ambiente hospedadoseguro, distribuído globalmente, da Elektron. Fornece também acesso pré-integrado a dados em tempo real tanto da Thomson Reuters quanto deparceiros.

A tecnologia de CEP da Streambase está sendo oferecida como umcomponente dentro da Enterprise Platform for Velocity Analytics daThomson Reuters, criando uma plataforma de quant de ponta a ponta, parateste de retaguarda, desenvolvimento e implantação de algoritmos.

“A paisagem do mercado financeiro continua a evoluir rapidamente, oque significa que agilidade e tempo até o mercado se tornaram essenciaispara os participantes do mercado”, diz Mike Powell, chefe global desoluções empresariais de tempo real da Thomson Reuters. “A combinaçãodo mecanismo de CEP da Streambase com a Elektron garante umaplataforma para oferecermos soluções flexíveis e sofisticadas aos nossosclientes, de forma mais fácil e mais eficiente. ”

Thomson Reuters lança Dealing AggregatorDealing Aggregator é um serviço de agregação de liquidez de FX que também oferece trading simultâneode pares cruzados sintéticos e liquidez de futuros em bancos, ECNs e bolsas, escreve Kirsten Hyde.

Thomson Reuters lançou formalmente um serviçode agregação de liquidez de FX que suporta ogerenciamento de estratégias de trading

algorítmico em vários espaços simultaneamente. Disponibilizado exclusivamente para clientes que

negociam na plataforma Thomson Reuters Delinga, oDealing Aggregator se destina a criadores de mercado queusam tecnologia de trading automatizado, firmas decompra buscando impacto mínimo no mercado e tradersproprietários de alta frequência buscando acessar aliquidez de bancos, corretoras, bolsas e ECNs, incluindo o serviçoThomson Reuters Spot Matching.

O Dealing está disponível de forma exclusiva ou hospedada efornece um conjunto comum de algoritmos como padrão. Oferecetambém aos clientes a capacidade de implementar a sua própria lógicapara uma execução mais personalizada.

O novo serviço se baseia na plataforma AthenaFX que a ThomsonReuters adquiriu quando comprou o fornecedor de software de tradingalgorítmico Aegisoft em fevereiro do ano passado (Profit & Loss, 15de fevereiro de 2010). O Dealing Aggregator está disponível aosclientes da Thomson Reuters há vários meses, mas foi atualizado eagora está sendo distribuído globalmente.

“A nova versão oferece aprimoramentos para a agregação de futurose liquidez de spot”, Paul Allmark, chefe global de trading eletrônico daThomson Reuters diz à Profit & Loss. “Além disso, uma capacidade decruzamento sintético oferece suporte a agregação de pares de moedascruzados e algoritmos de execução, sendo que os usuários podemgerenciar o leg risk, configurando limites de desequilíbrio, e desfazendoou cruzando qualquer desequilíbrio com um único clique do mouse.Também implementamos suporte para ordens contingentes e datadasincluindo ordens Good for Seconds e NDFs” ele diz.

Com os mercados FX se tornando mais rápidos, maisautomatizados e cada vez mais fragmentados, firmas de compra e dealta frequência estão dando cada vez mais importância à tecnologiaque oferece um único ponto de contato para liquidez de mercado. Deforma semelhante, a pressão para desenvolver estratégias que

capturem com sucesso as oportunidades de execuçãocontinuam a crescer.

Outros fornecedores que operam no espaço deagregação de liquidez de FX incluem a Progress Apama,DealHub, Integral Development Corp, StreamBase eTraderTools, entre outros.

“O Dealing Aggregator da Thomson Reuters normalizaa lógica de negócios dos bancos e dos espaços ao longo detodo o fluxo de trading, não apenas as mensagens básicas.Isso significa que somos o único fornecedor que oferece

simultaneamente trading de pares cruzados sintéticos e liquidez defuturos em todos os espaços de FX – de bancos a ECNs e bolsas.Todos os maiores pools de liquidez têm suporte” diz Allmark.

“É uma tarefa bastante complexa gerenciar fontes diferentes deliquidez com diferentes modelos de trading. Por exemplo, os bancosnormalmente emitem faixas de volume de preço para diferentesvolumes, com restrições de velocidade, enquanto outros espaços ebolsas oferecem atualizações de ordens. Normalizar esses mercadosdíspares em mais de trinta conexões com regras específicas, e manterlatências de microssegundos é uma tarefa de engenharia complexa queo Dealing Aggregator foi desenvolvido para fazer”, ele acrescenta.

Funcionários da empresa dizem que o mercado crescente de agregaçãoe trading algorítmico levou a uma adoção significativa do serviço por todaa base de clientes global, regional e de compra da Thomson Reuters.Allmark diz que existe uma demanda especial do serviço pelos bancosespecializados em moeda regional que desejam uma combinação deacesso a liquidez bancária e a espaços de liquidez primária.

“Bancos que usam a plataforma Reuters Electronic Trading tambémtêm usado muito a plataforma para distribuir precificação spot agregadaa seus clientes e para gerenciar o fluxo de transações resultante deforma mais eficiente usando o Dealing Aggregator”, ele observa.

O Dealing Aggregator tem interface com a plataforma ReutersElectronic Trading para distribuição de ponta a ponta e inclui umafuncionalidade de posição em tempo real e lucros e perdas,juntamente com uma estrutura de API aberta para facilidade deinteração com outros sistemas.

Paul Allmark

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Mercados digitaisOgg Trading lançada

www. profit-loss. com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 35

Ogg Trading lançada com a missão de “revolucionar o mercado FX”O há muito esperado próximo negócio do empreendedor “em série” David Ogg é revelado emuma entrevista exclusiva a Julie Ros.

David Ogg, fundador e ex-CEO da Hotspot FXe da LavaFX, lançou a Ogg Trading (OT),um fornecedor de soluções de execução

avançadas para traders institucionais de compra e devenda. Embora poucos detalhes estejam sendodivulgados neste estágio, o novo empreendimentopromete trazer uma série de inovações tecnológicaspara o mercado FX a partir de T3.

Ogg diz que os serviços da OT se darão na arenade melhor execução e gestão de liquidez. Emboraguardando os detalhes, ele diz que a OT ajudaráclientes institucionais a alcançar “padrões deexecução superiores de maneiras que lhes darão uma vantagemcompetitiva ao executarem transações grandes ou pequenas” eoferecerá uma maneira de encontrar e buscar liquidez no mercadocomo um todo, casando comparadores e vendedores de umamaneira “mais eficiente com maior probabilidade de sucesso doque a disponível hoje”.

“Nossa meta na Ogg Trading é ajudar os nossos clientes amelhorar significativamente sua lucratividade, oferecendo a elesuma grande vantagem competitiva”, explica Ogg. “Os padrões demelhor execução no FX não estão onde precisam estar e vêmconsistentemente ficando atrás de outros mercados. Quando ostraders calculam o efeito cumulativo de não conseguir a melhorexecução, compreendem que isso tem um impacto importante nosresultados. É nossa missão, na Ogg Trading, levar ao mercadonovas ferramentas e tecnologias que melhorem a lucratividade epermitam aos participantes adquirir capacidades de execução quenão estão disponíveis a eles no mercado hoje, e eles estãoentusiasmados com isso.”

A OT, sediada em Nova York, também estabeleceu umaparceria estratégica com a Pragma Securities, que ofereceferramentas avançadas de trading quantitativo e algorítmico. A OTvai aproveitar a tecnologia e a experiência da Pragma parafornecer rapidamente capacidades de trading ao mercado, diz Ogg.

“A Pragma foi uma escolha fácil para nós. Eles têm umaexcelente reputação em equities, um software muito potente eideias inovadoras em execução algorítmica”, diz Ogg, “Assim,juntos, poderemos fornecer capacidades de execução muito alémdo que existe hoje no mercado.”

“Esta é uma parceria excelente para a Pragma”, acrescentaDavid Mechner, CEO da Pragma Securities. “A Ogg Tradingalavancará nossa forte plataforma tecnológica e experiência comagregação de liquidez e trading algorítmico para levar a seuscientes do mercado FX capacidades de execução inigualáveis.Tendo em conta o histórico de inovação tecnológica, o amploalcance e a profunda experiência de domínio em FX da equipe daOgg estamos confiantes de que teremos um impacto positivosignificativo em avançar para a execução mais moderna em FX.”

Ogg traz mais de 25 anos de experiência no mercado FX e decapitais para o seu mais novo empreendimento. Foi o pioneiro dotrading algorítmico de FX através da comunidade de corretagem

de prime enquanto estava na Hotspot FX, foi oprimeiro a empregar uma ECN de FX na comunidadeinstitucional de compra e o primeiro a aplicaralgoritmos de execução sofisticados no mercado deECNs de FX. Ogg anteriormente gerenciou salas detrading de FX no Credit Suisse, HSBC, LehmanBrothers e Dresdner.

Ogg diz que a OT fornecerá serviços a todos asáreas do mercado – exceto o varejo – incluindo todosos bancos, fundos de hedge, CTAs, gestores de ativose fundos de riqueza soberana globais e regionais.

“Historicamente, se você olhar as equities, essemercado tem sido um ambiente altamente regulado, o que obrigoucertas plataformas a serem desenvolvidas de uma determinadamaneira”, observa Ogg. “A regulamentação cria a necessidade deplataformas avançadas, à medida que cada um compete criandosoluções exclusivas. Como o FX não é regulamentado, não houveesse rápido avanço tecnológico. O FX está ficando atrás dasequities há anos mas, se você considerar que as pessoas têmacesso direto ao mercado de equities há décadas, até o HotspotFX, a parte de compra institucional não tinha acesso direto aomercado FX– tinham de pegar o telefone e negociar com umbanco. A questão da melhor execução ainda é a mais importantehoje, então esta é realmente a grande lacuna que estamos tentandopreencher. Estamos também projetando coisas que não sãoespecíficas de FX, mas que fornecem maneiras inteligentes detrading, qualquer que seja o mercado em que você esteja, portantosão aplicáveis em outros mercados.

“Então o problema dentro do FX hoje, em termos de melhorexecução, é porque as ferramentas que realmente deveriam existirnão estão disponíveis. Os padrões do mercado não são tão altosquando nas equities e, mais importante, não existem ferramentas,assim as pessoas fazem o melhor possível com o que têm”, eleacrescenta.

Em relação às preocupações com melhor execução que osfundos de pensão estão levantando com seus bancos, Ogg diz quea OT oferecerá uma solução natural. “Oferecer um preço melhorao usuário final, qualquer que seja o seu segmento de mercado, éum grande passo para fornecer a melhor execução” ele diz.

Entrando no novo empreendimento como principal executivode operações e chefe de vendas, está Michael Kahn, um veteranocom 25 anos na indústria dos mercados FX e de capitais. Antes dese juntar à OT, Kahn passou mais de treze anos no Global Marketsdo State Street, onde administrou, com sucesso, o rápidocrescimento dos negócios de trading FX da firma, nos EstadosUnidos e na Europa. Antes do State Street, Kahn ocupou cargosseniores em trading e gestão no Lehman Brothers e Credit Suisse,onde conheceu e trabalhou junto com Ogg. Durante toda a suacarreira, tem sido um membro de destaque da comunidade de FXinternacional, servindo ativamente em comitês de mercado FX doNY Federal Reserve Bank, do Bank of England e do BancoCentral Europeu.

David Ogg

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Mercados digitais Compensação finalmente em FX de balcão

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www. profit-loss. com36

CME lança o primeiro serviço de compensação para FX OTCA CME é a primeira a trabalhar com compensação para produtos FX de balcão, relata Julie Ros.

OCME Group lançou serviços de compensação paraNDFs (Contrato a termo de moeda sem entrega física)de peso chileno (CLP), o primeiro passo do seu esforço

mais amplo de compensação de uma ampla gama de produtos deFX mais para o final do ano.

O serviço de compensação pós-execução através do ClearPortda CME usará as curvas de avaliação diária fornecidas pela Icap.ClearPort da CME é um conjunto de serviços de compensaçãode balcão, disponível a todos os participantes do mercado OTCpara reduzir seu risco de crédito da contraparte e forneceravaliações neutras.

“Para que um produto tenha sucesso em compensação, adisponibilidade de uma marca muito forte para dados demercado é fundamental”, diz Craig LeVeille, diretor de produtosde FX da CME. “Sabemos que para termos sucesso comoorganização de compensação, precisamos que os participantesdo mercado se sintam à vontade com o modo como avaliamos asposições diariamente. A Icap fornece uma excelenteoportunidade, na medida em que é um importante participantedo mercado de NDF de peso chileno e, como tal, temvisibilidade constante das avaliações de curva do CLP ao longodo dia.”

Roger Rutherford, chefe global de FX da CME, diz que ainiciativa de compensação de NDF de CLP surgiu da demandados clientes. “O CLP foi trazido a nós como um produto quepoderia se beneficiar da compensação, então, trabalhamos comas comunidades na América do Norte e do Sul para determinar averdadeira demanda e como poderíamos ajudar. Existe umagrande vantagem aqui para criadores de mercado e paratomadores de mercado porque melhorar as linhas de créditopermite que as pessoas negociem mais, o que significa maiorliquidez para o produto”, diz ele.

LeVeille acrescenta que o Chile tem uma economia forte,gerando grandes exposições de investimentos a ativos

estrangeiros. “As instituições locais podem usar nosso serviço decompensação para atenuar as crescentes restrições de crédito aofazer hedge de riscos cambiais, e isso deve levar a um aumentode liquidez e uma expansão das atividades internacionais”, elediz.

A CME estima que o volume diário médio em NDFs de pesochileno esteja entre US$5-10 bilhões.

Em termos dos próximos passos, Rutherford observa que ameta do câmbio ainda é de concentrar em opções de FX nolongo prazo. “Agora que temos alguma clareza do Tesouro,sabemos quais serão as isenções, o que é bom para a indústria.Nossa meta ainda é nos concentramos nas opções de FX, porqueisso é muito claramente parte do mandato regulador”, ele diz.“Mas, se você vai realmente gerir um trade de opções de FX,precisa ter spot, forwards e swaps para poder gerir o deltahedge. Assim, embora o FX tenha tido algumas isenções, nãosaiu de todo da nossa oferta geral de produtos. Esta é umainiciativa longa e estamos engajados no mercado para garantirque levaremos a solução certa de compensação para o mercadode opções de FX.”

Craig LeVeille Roger Rutherford

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Notícias Rápidas Gestão De Dinheiro

www. profit-loss. com I Profit & Loss I Junho de 2011 I 37

AAlternative Investment ManagementAssociation (AIMA) lançou uma

iniciativa para entrar na indústria brasileirade fundos de hedge e anunciou acontratação de uma representante local,Michelle Noyes, da BRZ Investimentos.

Andrew Baker, CEO da AIMA, diz que“a maturidade e sofisticação da indústriabrasileira de fundos de hedge é observadainternacionalmente e o que fica claro éque não se trata apenas de um interesse daindústria global – seja de gerentes,investidores ou fornecedores de serviço–pelo Brasil, mas também que existe umdesejo da indústria brasileira de se engajare pensar globalmente.

Acreditamos que podemos oferecer àcomunidade internacional de fundos dehedge acesso à indústria brasileira”, elecontinua. “Vemos como sendo nossafunção abrir um canal internacional de

comunicação para que a indústriabrasileira possa entabular diálogos sobreas principais questões da indústria comseus colegas internacionalmente, sebeneficiar das melhores práticas globais ereceber amplas atualizações sobreregulamentações nas principais jurisdiçõesde todo o mundo.”

A AIMA diz que trabalhará de pertocom a associação da indústria brasileira,ANBIMA, e que vê seu papel comocomplementar às estruturas já implantadaspela indústria brasileira.

“Os gerentes brasileiros estão setornando cada vez mais ambiciosos e estãoolhando para além das fronteiras doBrasil”, diz Noyes, “e existe umcompreensível interesse internacional peloBrasil. Queremos facilitar o diálogo entrea indústria brasileira e a comunidadeinternacional de fundos de hedge.”

Link do Brasil para a AIMA

Barclays Capital e HFR AssetManagement divulgaram um

relacionamento de contas administradas. Oesforço combinado reuniu a plataforma e asferramentas de clientes de contasadministradas do HFR Group com aexperiência do banco em distribuição,estruturação e produtos vinculados a fundos.

No acordo, o Barclays poderá ofereceraos seus clientes soluções de gestão derisco e financiamento vinculadas a contasadministradas na plataforma da HFR pormeio de uma variedade de mecanismosexclusivos de fornecimento, incluindofundos Ucits, certificados, notas, swaps eunit trusts. Com mais de 1.000 estratégiasde fundo de hedge disponíveis, aplataforma da HFR oferece acesso aosprincipais gerentes de fundo de hedgeenquanto reduz alguns riscos associadosao investimento direto.

“Quando os investidores prestam cadavez mais atenção à importância datransparência e da liquidez, esserelacionamento com a HFR nos permiteoferecer soluções personalizadas ainvestidores institucionais com todos osbenefícios de uma das maioresplataformas”, diz Art Mbanefo, chefe demercados estruturados de equities efundos. “Combinando nossa experiênciaem estruturação e relacionamentos com ocliente com a robusta infraestrutura e os

benchmarks da indústria da HFR,podemos oferecer uma ampla variedade desoluções de contas administradas.”

A plataforma da HFR oferece aosclientes a capacidade de agregar ativos,acessar precificação diária independente erevisar a devida diligência dos gerentes. Aplataforma também fornece relatórios emtodo o portfólio e gestão de riscos, bemcomo capacidade de monitorarregularmente os investimentos. Com obanco de dados da Hedge Fund Research,a empresa acompanha mais de 6600fundos e fornece mais de 100 índices defundo de hedge que são usados comobenchmarks em toda a indústria.

“A HFR cresceu consideravelmentedevido à demanda por transparência eliquidez oferecidas pelas contasadministradas. O lançamento dessa novainiciativa é uma expansão natural do nossolongo relacionamento com a BarclaysCapital”, diz Joe Nicholas, fundador daHFR.

BarCap e HFR trabalham juntas em oferta de contas administradas

Harmonic CapitalIndica dois sócios

Ofundo de hedge de dividas HarmonicCapital Partners indicou dois sócios.

O fundo, que administra cerca de US$700milhões de ativos, indicou Romael Karamcomo sócio e Samir Sheldenkar comosócio-investidor.

Karam trabalha na Harmonic desde2003 como trader, tendo vindo para afirma da Man-Fidex, onde era trader deexecução de múltiplos ativos. Foipromovido a chefe de dealing daHarmonic em 2009 e a firma diz que,como sócio, continuará a liderar a equipede dealing nas decisões importantes.

Sheldenkar entrou na firma em 2006como analista de pesquisas.Anteriormente, trabalhava para aApplication Networks como engenheirode software de risco e avaliação.

Futures for Kidslevanta mais de £36 mil paraWalk to WorkMembros da indústria de futuros e opções,e dois membros da Profit & Lossparticiparam de uma extenuante marcha“Walk to Work” na sexta-feira paralevantar fundos para a Futures for Kids.

Acaminhada começou em TunbridgeWells, a mais de 35 milhas das P&L

Towers na cidade de Londres, com “pontosde entrada” em Sevenoaks (23 milhas) eChislehurst (13 milhas).

A Futures for Kids angaria fundos paraorganizações filantrópicas que ajudam amelhorar a vida de crianças no Reino Unido eem outros países. Até agora, já ajudou aDemelza House, Everychild, HopeHIV,Fairbridge, WhizzKids e Living and Loving.Um total de 29 apoiadores participaram dacaminhada.

Michelle Hemstedt da P&L desejaagradecer a todos os clientes quegenerosamente fizeram doações para o seufundo, incluindo a Logicscope e a Gain GTXpor suas doações corporativas.

A Futures for Kids angariou £36 mil com acaminhada até agora e ainda há tempo paracontribuir. Se desejar fazer uma doação paraessa nobre causa, acesse: www. just-giving.com/Michelle-Hemstedt and www. just-giving. com/Kirsten-Hyde

“Quando os investidores prestamcada vez mais atenção àimportância da transparência e daliquidez, esse relacionamento coma HFR nos permite oferecersoluções personalizadas ainvestidores institucionais comtodos os benefícios de uma dasmaiores plataformas”

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Movimentos E Mudanças Pessoas de Mudança

I Junho de 2011 I Profit & Loss I www.profit-loss.com38

Veterano deixa a Thomson Reuters

AThomson Reuters perdeu um antigo membroda sua equipe de FX. John Moorhouse,

veterano na firma há dezessete anos, deixou ocargo de chefe de proposições de FX, informamfontes do mercado à Profit & Loss. Entende-se queMoorhouse se unirá à FXall, embora isso nãopudesse se confirmado antes da ida para o prelo.

Antes de ingressar na Reuters em vendas emarketing, serviços de corretagem de Tesouroem 1993, Moorhouse foi dealer-chefe de FXno Dresdner Bank, dealer-sênior de FX noVolkskas Bank London, dealer-sênior de FXno Finansbank Johannesburg e dealer de FXno Nedbank.

Braga se aposenta do Citi; Gil é promovido

OCiti anunciou a aposentadoria deRicardo Braga, chefe de mercados

regionais para a América Latina e a indicaçãode Jaime Robles Gil como seu sucessor.

De acordo com um memorando interno deManuel Medina-Mora, chefe de serviçosbancários para o consumidor para asAméricas, e Paco Ybarra, chefe do grupo declientes institucionais de mercados globais doCiti, Braga está se aposentando paradesenvolver projetos pessoais. Braga setornou chefe de mercados no Citi no Brasilem 1997. Cinco anos depois, foi remanejadopara Nova York para assumir a chefia demercados regionais para a América Latina.

“Nessa capacidade, Ricardo liderou aempresa por um período muito volátil nosmercados e de muitas mudanças na nossaprópria instituição, produzindo um excelentedesempenho e posicionando-nos como umdos mais importantes bancos da região”,dizem Medina-Mora e Ybarra.

Substituindo Braga, que se retiraoficialmente no fim de julho, está Robles Gil,que ingressou no Citibank México em 1992 naárea de derivativos, onde se tornou um traderde G7 e eurodólar. Mudou-se para Nova Yorkem 1994 para ingressar no grupo de vendas etrading de mercados emergentes e, em 1998,tornou-se chefe de trading de mercadosemergentes para o hub de Nova York.

Em 2004, Robles Gil voltou para o Méxicopara assumir a responsabilidade pelasatividades de tesouraria de trading e risco, e,em 2006, foi promovido a Tesoureiro doBanamex. Mais recentemente, expandiu as suasresponsabilidades para chefe de mercados,incluindo a Accival, a firma mexicana decorretagem de equities do Citi. Seu substitutoserá anunciado em breve, diz o banco.

Steve Yanez, chefe global de FX e tradingde taxa de juro de curto prazo no Credit

Suisse, está se aposentando depois de dezoitoanos no banco.

Yanez será o sucessor de Todd Sandoz, co-chefe de equities nas Américas da firma,imediatamente em vigor. Yanez permaneceráno Credit Suisse até o fim de junho paraajudar na transição de suas responsabilidadesdiárias, disse o porta-voz do banco.

“Todd traz para a função um históricocomprovado de desenvolvimento de franquiaslucrativas, orientadas ao cliente, profundaexperiência em gestão de riscos, extensaexperiência em trading eletrônico esignificativa experiência internacional,especialmente em mercados emergentes”, dizGael de Boissard, co-chefe de securitiesglobais do Credit Suisse. “Todd tambémpoderá contar com uma equipe de talentos jáexistentes dentro da equipe de FX”, eleacrescenta.

Antes de entrar no Credit Suisse em 1993,Yanez trabalhava no Swiss Bank em NovaYork e tinha responsabilidade local pelotrading futuro de FX e gerenciamento deriscos de ativos. Começou a carreira noChase Manhattan Bank, gerenciando onegócio de swap de divisas estrangeiras demédio prazo.

Com a nova indicação, Sandoz se tornamembro do comitê de gestão de renda fixa doCredit Suisse além de co-presidente doprincipal comitê de risco do banco deinvestimentos.

Antes do novo cargo, Sandoz foi membrodo comitê global de gestão de equities de2003 a maio de 2011 e representou odepartamento de equity do conselho demercados emergentes. Anteriormente, ocupoucargos de chefe global de trading de equity àvista e chefe de trading de equity ederivativos de equity para a Ásia-Pacífico.Sandoz entrou no Credit Suisse First Bostonem agosto de 1996, trabalhando como traderde obrigações conversíveis e derivativos deequity, baseado em Hong Kong. Antes deentrar no Credit Suisse, trabalhava comotrader de arbitragem de obrigaçõesconversíveis no Citadel Investment Group emChicago.

Em outra parte dos negócios de FX dobanco, James Lawes deve se juntar à mesa deFX de spot do Credit Suisse, o bancoconfirmou. Lawes integrará a equipe baseadaem Londres em agosto e se reportará a MartinO’Donoghue, chefe europeu de trading despot.

Lawes anteriormente trabalhava na mesade spot do Bank of America Merrill Lynch e,antes, no Toronto Dominion Securities e noCredit Suisse no início da carreira.

O Credit Suisse também viu a partida deZeke Vince, que trabalhava em vendas deecommerce de FX, e de Tom Gould, quetrabalhava em vendas de fundo de hedge.Ambos estavam baseados em Nova York.Não estava claro, no momento de ir para oprelo, para onde Vince e Gould estão setransferindo.

Entradas e saídas no Credit Suisse

OState Street fez uma contrataçãoimportante para o negócio de

eExchange, com a nomeação de CharlesCooper como diretor gerente sênior doprograma de derivativos. Baseado em NovaYork e reportando-se a Cliff Lewis, vice-presidente executivo e chefe do negócios deeExchange do State Street, uma divisão doState Street Global Markets.

O banco diz que Cooper liderará os esforçosde eExchange para responder às mudanças domercado resultantes da lei de reformafinanceira Dodd-Frank. Trabalhará com osclientes para garantir o sucesso continuado dosprodutos existentes e desenvolver novas ofertasde trading e settlement para conformidade como cenário de regulamentação em evolução.

“A ampla experiência [de Cooper] tanto nosetor público quanto no privado o tornaramum recurso único para ajudar o State Street e

nossos clientes a navegarem pelo mercado epelas mudanças de regulamentação por vir”,diz Lewis.

Cooper trabalhou mais recentemente noDeutsche Bank em Londres, onde era chefeglobal de operações legais na divisão degestão de risco. Antes disso, passou mais dedois anos como principal executivooperacional e chefe de staff para o USCommodity Futures Trading Commission(CFTC), o regulador responsável porsupervisionar as indústrias de futuros e deopções nos EUA. Nessa capacidade, serviucomo representante sênior de staff daComissão no Grupo de Trabalho sobreMercados Financeiros do Presidente.

De janeiro de 2004 até agosto de 2005,Cooper serviu como assistente especial eporta-voz chefe para o Vice-Secretário daDefesa Paul Wolfowitz no Pentágono.

State Street faz adição ao negócio de eExchange

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Pessoas de Mudança Movimentos E Mudanças

BNY Mellon indica sucessor de Mahoney

“Continuamos a expandir o nosso alcance geográfico e ampliar a nossa especialização setorial. Nosespecializamos nas seguintes áreas: Foreign exchange, Renda fixa, Mercados de dinheiro, Energia ecommodities, Gestão de riquezas, Mercados de equity, Trading sistemático e eCommerce.”

Londres - Nova York - Dubai - Lagos – CIS

Matriz: 68 Lombard Street, Londres, EC3V 9LJFone: +44 (0)207 868 1703

www. brookleigh. com

Brookleigh Search and Selection oferece serviços de recrutamento confidenciais aos mercados financeirosglobais

McCoy ingressa no JP Morgan?

Chris McCoy deixou o State Street para irpara o JP Morgan em uma função de

venda institucional, segundo fontes domercado. McCoy será membro da equipe devendas de fundo de hedge e vendasinstitucionais de FX mais amplas para a Europae estará baseado em Londres, dizem as fontes.O State Street e o JP Morgan não atenderam asligações antes da ida para o prelo.

Peacock se aposenta do SocGen?

Mike Peacock decidiu se aposentarprematuramente do cargo de diretor-

gerente e chefe de vendas de FX para o ReinoUnido no Societe Generale, dizem as fontes.Peacock ingressou no SocGen em agosto de2009, vindo do Barclays Capital, onde passou 23anos de sua carreira. Seu último cargo noBarclays foi de gerente-diretor de vendas de FX.

CIBC contrata em FX

Manuel Mondedeu entrou para o CIBCcomo diretor-executivo da equipe de

trading de FX de Londres. Mondedeu maisrecentemente era chefe de FX e commoditiesna SGIIC de gerência de ativos do BBVA emMadri. No seu novo cargo, Mondedeu seconcentrará em taxas de curto prazo eforwards e se reportará a Stephen Darling,diretor-gerente de trading de FX.

Yurtal deixa o SocGen

Uluc Yurtal deixou o cargo em vendasbaseado em Londres no Societe

Generale para voltar ao seu país natal, aTurquia. No Societe Generale, vendiaderivativos de FX a clientes corporativos nasregiões da Europa Central Oriental, OrienteMédio e África. De acordo com fontes domercado, foi para o Citi em Istambul em umcargo similar, mas não foi possível confirmara informação antes da ida para o prelo.

BNY Mellon indicou Arthur Certosimocomo seu próximo executivo chefe de

operações do Global Markets. SucederáRichard Mahoney que vai se aposentar no fimde junho (Profit & Loss, maio).

Certosimo é atualmente CEO do Alternative,Broker-Dealer and Treasury Services. Na suanova função, gerenciará os negócios de FX,mercados de capital e trading de derivativos daempresa globalmente, reportando-se a GeraldHassell, presidente do BNY Mellon.

Brian Ruane, que atualmente é chefe doAlternative Investment Services, se tornará CEOdo Alternative and Broker-Dealer Services,reportando-se a Karen Peetz, vice-presidente doConselho e CEO do Financial Markets &

Treasury Services. David Cruikshank, CEO doTreasury Services, que atualmente se reporta aCertosimo, passa agora a se reportar a Peetz.

Certosimo serve como membro doconselho de diretores do The DepositoryTrust & Clearing Corp. , PromontoryInterfinancial Network, CMET FinanceHoldings e International Derivatives ClearingGroup. Antes de entrar no BNY Mellon em1998, ocupou posições seniores no MorganStanley e Chase Manhattan.

Ruane, que entrou no BNY Mellon em1993, serviu em funções chaves dentro dadivisão Global Client Management daempresa antes de ser nomeado CEO deAlternative Investment Services em 2009.

CIBC promove Culham, Belsher

CIBC indicou Harry Culham, chefe globaldo Capital Markets Trading, e Geoff

Belsher, chefe global do Investment Banking,como co-chefes do grupo, Wholesale Banking.

Culham assumirá responsabilidade global portodos os negócios de Wholesale BankingCapital Markets, incluindo renda fixa, moedas edistribuição, equities à vista, derivativos globaise riscos estratégicos, e a gerência das atividadesde principal executivo de investimentos.

Belsher manterá a gerência do negócio deserviços bancários de investimento global doCIBC e assume responsabilidade sobre osexecutivos regionais de Nova York, Londres eHong Kong, que se reportarão a ele.

Nas novas funções, os dois têmresponsabilidade conjunta pela operaçãodiária da empresa de Wholesale Banking,disse o CIBC em uma declaração.

“Essas indicações nos posicionam bempara continuar o nosso foco em fornecerresultados consistentes e sustentáveis nosnosso negócios centrais orientados ao cliente

enquanto buscamos mais oportunidades decrescimento com risco controlado nospróximos três anos” diz Richard Nesbitt,vice-presidente executivo sênior, CIBC, echefe de grupo, Wholesale, International eTechnology and Operations.

Culham veio para o CIBC do MerrillLynch, onde era diretor-gerente de renda fixa,moedas e commodities e co-chefe da divisãode divisas internacionais, em maio de 2008.

Antes de ir para o CIBC em 2009, Belsherocupou posições seniores em vários bancosde investimentos canadenses e internacionaise praticou direito financeiro de 1984 a 1997.

Osawa vai para o Citi

Minoru Osawa entrou para a mesa detrading de FX do Citi em Tóquio com

foco em trading de taxa de juros de curtoprazo e taxas do iene Japonês, em especial.Osawa vem do Deutsche Bank em Tóquioonde foi trader de taxas de juro associadosênior. Antes disso, era trader de taxa dejuros associado no Lehman Brothers.