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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE CURSO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANA PAULA PAGNUSSAT KINSEL CASSIANO BERWANGER FABIANE KERBER NADIA PADILHA DE PRIMO REGIANE ROMAN PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE

CURSO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANA PAULA PAGNUSSAT KINSEL

CASSIANO BERWANGER

FABIANE KERBER

NADIA PADILHA DE PRIMO

REGIANE ROMAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

SÃO MIGUEL DO OESTE

2009

Page 2: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

ANA PAULA PAGNUSSAT KINSEL

CASSIANO BERWANGER

FABIANE KERBER

NADIA PADILHA DE PRIMO

REGIANE ROMAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

Trabalho apresentado á disciplina

de Controladoria como requisito

parcial à obtenção do grau de

avaliação G1.

Orientador: Prof.ª Jadir Roberto Dittadi, MSc.

SÃO MIGUEL DO OESTE

2009

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................. 4

1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................. 4

2 CONTROLADORIA........................................... 6

3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................................ 8

3.1 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................ 10

3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............. 11

3.3 VANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................. 13

3.4 DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.............. 14

3.5 MODELOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................... 15

3.5.1 Modelo SWOT......................................... 15

3.5.2 Modelo PORTER....................................... 16

3.5.3 Exercício Resolvido................................. 17

4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA..... 21

5 CONCLUSÕES.............................................. 23

REFERÊNCIAS............................................... 24

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1 INTRODUÇÃO

Tudo o que existe e que foi produzido pelo homem em algum

momento de sua criação foi planejado. Desde o menor dos barcos

até o maior dos aviões necessitaram de um planejamento prévio

à sua construção. Para uma guerra ser vencida, ou um

presidente ser eleito teve-se que planejar qual o caminho a

ser seguido em direção da vitória. Planejar significa

arquitetar, programar, mensurar com bases seguras o que

deseja-se obter como retorno desse planejamento.

Nas empresas planejar significa muito mais do que apenas

estabelecer metas e objetivos a serem alcançados.

Hoje vivemos no tempo da globalização, dos mercados sem

fronteiras e da concorrência cada vez maior entre empresas do

mesmo ramo de atuação. As empresas estão produzindo mais e com

custos menores, devido à materias-primas mais baratas, mão de

obra externa e outros fatores que em abundância fazem com que

seus custos diminuam.

Não se pode mais arriscar nesse mercado tão globalizado e

competitivo. As empresas precisam investir seus recursos, que

já são escassos, de maneira correta e sem possibilidades de

cometerem erros que podem custar a vida da empresa.

Diante desse quadro atual da economia mundial, temos a

seguinte problema de pesquisa: De que forma o planejamento

estratégico pode contribuir para que as empresas se

desenvolvam de maneira sustentável, e qual o papel da

controladoria neste processo?

1.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

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Devido ao grande avanço da informática nos últimos anos,

os sitemas informatizados de controle interno ficam cada vez

mais eficientes e eficazes com o passar dos dias. Isso faz com

que se tenha a informações mais seguras e confiáveis a

qualquer momento do ciclo de atividade de uma empresa, seja

ela um comércio, uma indústria ou uma empresa prestadora de

serviços.

No entanto, não basta que a empresa tenha todas estas

informações a sua disposição, ela precisa ter pessoas

competentes para utilizá-las de maneira correta, a fim de

tomar as melhores decisões com base nessas informações.

Nesse contexto nosso trabalho visa a atender os seguintes

objetivos específicos:

a)Contextualizar Controladoria;

b)Contextualizar Planejamento Estratégico;

c)Relatar qual o papel da Controladoria no Planejamento

Estratégico.

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2 CONTROLADORIA

A palavra Controller significa controlador, pessoa

responsável por reunir as informações relevantes de todos os

controles existentes na empresas e repassá-las aos gestores,

afim de que os mesmos possam tomar as decisões mais adequadas

para o bom desenvolvimento da empresa.

Conforme Nakagawa (1995, p.13) “[...] ao organizar e

reportar dados relevantes, o controller exerce uma força ou

influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e

consistentes com a missão e objetivos da empresa.”

A empresa pode ser definida como um sistema aberto que

está interagindo diretamente com as variáveis do ambiente, ou

seja, está em “movimento” constante com seus clientes e

fornecedores, na busca da realização de sua missão. O

principal objetivo da empresa é o lucro que ela obtém para

remunerar as pessoas que dela fazem parte, seja acionistas,

proprietários e empregados.

Para um bom entendimento de Controladoria devemos ter em

mente o que na verdade significa a palavra Controle dentro de

um sistema de planejamento de uma empresa.

Catelli (2001, p.170) diz que “Controle liga-se

diretamente à função de planejamento, já que seu propósito é

assegurar que as atividades da organização sejam desempenhadas

de acordo com o plano.”

O papel da controladoria, portanto, segundo Oliveira;

Perez Jr; Silva (2007, p. 18):

É assessorar as diversas gestões da empresa, fornecendo mensurações das alternativas econômicas e, por meio da visão sistemática integrar informações e reportá-las para facilitar o processo decisório.

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Peleias (2002, p.26) comenta que “o controle é a etapa do

processo de gestão que [...] analisa os desvios ocorridos,

procurando identificar suas causas, sejam elas internas ou

externas, direciona as ações corretivas, observando a

ocorrência de variáveis no cenário futuro, visando alcançar os

objetivos propostos.”

Catelli (2001, p.346) diz que “A missão da Controladoria é

de Assegurar a Otimização do Resultado Econômico da

Organização”.

De acordo com Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.13)

“Pode-se entender Controladoria como o departamento

responsável pelo projeto, elaboração, implementação e

manutençao do sistema integrado de informações [...].”

Ainda o mesmo autor cita que “ a controladoria está sendo

citada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da

Contabilidade”.

Verifica-se então a vital função da controladoria dentro

das organizações, pois é ela quem vai deixar os gestores a par

do que se passa com a vida da empresa.

Guerreiro (1989, p. 47) acrescenta que “o controle pode

ser caracterizado por ações corretivas dos gerentes de cada

atividade e de todos os níveis hierárquicos que objetivam a

correção de seus desempenhos em face dos planos, tanto em

nível de eficácia como a nível de eficiência.”

Pode-se entender que o objeto principal da Controladoria é

o estudo e a prática das funções de planejamento, controle,

registro e a divulgação dos fenômenos da administração

econômica e financeira das empresas em geral. (OLIVEIRA; PEREZ

Jr; SILVA, 2007, p. 48)

Confirma-se então que a Controladoria vai dar suporte à

tomada de decisões com base nas informações por ela geradas.

O controle organizacional tem por objetivo segundo

Reginato e Nascimento (2007, p.94) “garantir a eficácia

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empresarial, verificando se os recursos à disposição da

empresa foram utilizados com vistas a atingir as expectativas

dos proprietários”.

Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.14) cita que “Outra

importante atribuição da Controladoria é exercer o controle

das atividades de uma entidade”.

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3 Planejamento Estratégico

A constante mudança no mundo dos négocios faz surgir a

cada dia uma nova necessidade, um novo desafio dentro de uma

empresa. Para superar estes desafios é necessário inventar e

experimentar novas formas de administração. Algumas são bem

sucedidas, e acabam sendo imitados por outras empresas, já

outras são um fracasso, mas todas de uma forma geral buscando

a continuidade e competividade da empresa.

Dentro desse aspecto a elaboração de planejamentos

estratégicos eficazes, e que tragam resultados positivos é

muito difícil e complicado. A observação de vários aspectos,

internos e externos estão diretamente ligados a essa

dificuldade. As mudanças constantes na economia faz com que a

elaboração de um planejamento se torne uma tarefa onde se

requer muita sabedoria e discernimento.

No contexto organizacional, segundo Silveira Junior (1999,

p.31) “a estratégia corresponde à capacidade de se trabalhar

contínua e sistematicamente o ajustamento da organização às

condições ambientais em mutação, tendo em mente a visão do

futuro [...]”.

Conforme Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.39) “A

estratégia é a determinação de metas básicas a longo prazo e

dos objetivos de uma empresa [...]”.

Segundo ainda os mesmos autores, “pode-se conceituar

planejamento estratégico como o conjunto de objetivos,

finalidades, metas, diretrizes, fundamentais e planos para

atingir esses objetivos [...]”.

Vemos então que planejamento estratégico é na verdade os

planos que uma organização tem em relação ao futuro, e como

serão realizados estes planos.

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O planejamento estratégico procura estabelecer metas que,

se atingidas, possibilitarão à empresa alcançar os objetivos

definidos (OLIVEIRA; PEREZ Jr; SILVA, 2007, p.38).

Segundo Nakagawa (1995, p.48) “ O planejamento é o ato de

tomar decisões por antecipação à ocorrência de eventos reais”.

Nakagawa ainda cita que:

O planejamento subdivide-se em duas etapas principais: O Planejamento Estratégico – que define políticas, diretrizes e objetivos estratégicos [...]; e Planejamento Operacional – que define planos, políticas e objetivos operacionais da empresa [...].

Na busca de prever resultados futuros, baseadas em

decisões que devem ser tomadas hoje, Ackoff (1980, p.77)

descreve:

O planejamento é um processo que se destina a produzir um ou mais estados futuros planejados e que não deverão ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita. O planejamento, portanto, preocupa-se tanto em evitar ações incorretas quanto em reduzir a frequência dos fracassos ao se explorar a oportunidade.

Na visao de Lunkes(2003,p.15) “O planejamento estratégico

é definido para um período longo de tempo, freqüentemente de

cinco ou mais anos. Ele normalmente traz poucas informações

quantitativas; portanto, utiliza pouca informação da

contabilidade “.

Segundo ainda o mesmo autor, ”O planejamento estratégico

(1) decide para onde a empresa vai ;(2) avalia o ambiente

dentro do qual ela operará; e (3) desenvolve estratégias

para alcançar o objetivo pretendido [...]”

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3.1 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.40) Na

estruturação dos planos estratégicos, os seguintes quesitos

devem ser levados em consideração:

Quais as áreas e funções envolvidas;

Quais as hierarquias envolvidas;

Quais são os responsáveis pela operacionalização;

Quais e quantos são os dados internos a serem

considerados;

Quais e quantos são os dados externos a serem

considerados.

A sequência básica para a elaboração de um planejamento

estratégico compreende, segundo o mesmo autor, em:

a. A determinação da missão da empresa;

b.Análise ambiental;

c.Estabelecimento de diretrizes e objetivos estratégicos;

d.A determinação de estratégias;

e.A avaliação dessas estratégias;

A missão deve vir acompanhada da preocupação que a empresa

tem em relação às necessidades do mercado, para que a empresa

tenha facilidade de se adaptar às exigencias do mercado e a

novos produtos, com preços mais competitivos.

Na análise ambiental vai ser feita análise da empresa com

relação aos ambientes internos e externos. Como ambiente

Externo podemos citar como exemplo as variáveis políticas,

econômicas, sociais e tecnológicas.

De acordo com Silveira Junior (1999, p.46) “A análise

ambiental externa visa ao entorno organizacional, mais

especificamente, à identificação e análise das ameaças e

oportunidades externas á organização”.

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Como exemplo de um ambiente interno que possa vir afetar

a empresa no seu planejamento podemos citar a estrutura

oraganizacional da empresa, bem como sua administração e

decisões que são tomadas pelos gerentes.

A análise ambiental interna segundo Silveira Junior (1999,

p.42) “caracteriza-se pela identificação e análise dos pontos

fracos e fortes da organização [...]”.

Depois de feitas as análises internas e externas do

ambiente são elaborados os objetivos estratégicos.

Conforme Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.46) “Os

objetivos devem expressar em termos concretos as metas que a

empresa quer atingir, e o prazo [...]”.

As estratégias são escolhidas de acordo com o mercado, com

a variedade dos produtos no mercado e com a aceitação do

produto no mercado.

Para avaliar se a estratégia selecionada é boa ou não,

temos que averiguar alguns itens fundamentais a respeito dela,

sejam:

o Verificar se ela aproveita o potencial da

organização;

o Se reduzem vulnerabilidades;

o Se eliminam as ameaças tanto do ambiente interno

quanto do externo;

o Se mantém o riscos associados às operações dentro dos

limites aceitáveis.

3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para Tavares (2000, p. 330), “tornar uma estratégia clara

é apenas uma passo necessário à gestão estratégica bem-

sucedida. Sua implementação corresponde a um momento decisivo

no processo decisório. Resulta da disposição do corpo diretivo

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em tomar decisões criticas, como síntese de todo processo

desenvolvido [...]”.

Um primeiro passo para implantação de um planejamento

estratégico, na gestão econômica, é a busca pelo conhecimento

do cenário de atuação da empresa, bem como suas diretrizes. A

avaliação do cenário se dá através da observação do seu

ambiente. Na observação de um ambiente organizacional, onde se

busca entender um conjunto de entidades que influenciam na

organização, essas entidades são basicamente, relacionadas a

produção de bens e serviços e também outros elementos

necessários para a realização das operações da empresa. O

ambiente organizacional pode ser dividido em ambiente geral e

ambiente especifico:

Ambiente Geral – Dentro dos componentes desse

ambiente toda e qualquer mudança acarretará reflexos

nas operações da empresa. Mesmo que não seja

diretamente, mas indiretamente afetando uma entidade

do seu ambiente especifico. As variáveis quem afetam

a empresa neste ambiente são: a variável

economica(oscilação do mercado); a variável social

(mundanças culturais; demanda; emprego); a variável

política (imposições do governo, planos e metas do

governo); a variável legal (aprovação de novas leis);

a variável tecnológica (novas tecnológias).

Ambiente Específico - Este ambiente consiste em

parcerias com outras empresas, no qual afetam

diretamente a sua captação de recursos. A empresa

deve decidir qual o grau de relacionamento que ela

deseja manter com os componentes desse ambiente.

Na Implantação do Planejamento estratégico é necessário

colocar a par toda a oraganização e todos os envolvidos que

dela fazem parte. Pois todos devem saber quais os planos da

empresa e assim com metas e objetivos esclarecidos poderem

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contribuir de maneira mais satisfatória para a execução do que

foi planejado.

3.3 VANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Nascimento e Reginatto (2007, p.129):

Além de estabelecer os padrões de qualidade requeridos para a administração, com reflexo direto no resultado da empresa, o processo formal de elaboração do planejamento estratégico promove, de forma científica e organizada, a integração dos participantes da gestão da empresa com as variáveis que envolvem o negócio, as expectativas relativas ao resultado esperado de suas atuações, o direcionamento sistêmico para condução das operações, e, finalmente, os meios disponíveis para obtenção dos resultados.

Apesar dos aspectos de dificuldade na criação de um

Planejamento Estratégico é uma forma de garantir que a

organização tenha continuidade em suas atividades fazendo com

que a empresa visualize um futuro e que seus administradores

hajam de forma coerente. Dentre as principais vantagens pode-

se citar:

Comunicação: Promove uma maior comunicação entre os

membros da empresa;

Motivação: Promove um aspecto motivacional entre os

colaboradores, os incentivando à alcançarem as metas

estabelecidas;

Padrões: É a criação de modelos de performance que

proporcionem um resultado satisfatório do planejamento.

Rejuvenescimento e Renovação: Estabelece diálogos no

intuito de diminuir a resistência interna diante das

mudanças necessárias para a empresa ajustar-se ao

ambiente;

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Prioridade: Demonstra o grau de importância de cada

meta, objetivo a ser alcançado;

Pró-Ação: Tomada de decisões pró-ativas, ou seja, tomar a

decisão necessária a sua empresa antes que ela seja

prejudicada por fatores externos.

Outros Benefícios: Possibilita a empresa ter uma visão

ampla de suas forças e fraquezas dando a ela maior

segurança em investimentos em novas oportunidades de

negócios.

3.4 DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O processo de Planejar é muito dispendioso e demanda

bastante tempo dos gestores e seus colaboradores;

Tornam-se os gestores intranquilos, pois as mudanças

impostas pelos profissionais nem sempre trazem segurança

de que estas ações trarão efetivos resultados;

Traz descontentamento aos colaboradores pois introduz

mudanças na realização das atividades da empresa.

Alguns autores como Mintzberg, critico do processo de

planejamento, apresenta desvantagens que podem infirmar o

andamento do processo de planejamento estrategico em um todo.

Em sintese Nascimento e Reginato(2007, pg. 131), descrevem que

para Mintzberg há tres falacias:

A primeira falácia é a de imaginar que alguem seja capaz de prever de forma segura o que acontecerá no mercado: a segunda é a de conceber que profissionais especializados em planejamento, mas que estão longe das operações e do contexto de mercado, possam produzir estratégias eficazes: e, por ultimo, cita a falacia da formalização. O autor questiona se é possivel, de fato, formular estratégias aplicaveis a apartir de uma metodologia sistematica de procedimentos formalizados.

Page 16: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

Essas criticas estão voltadas na questão de que há equipes

as vezes distantes dos detalhes operacionais, o que na maioria

das vezes leva ao insucesso da implantação do planejamento

estratégico.

3.5 MODELOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.

3.5.1 Modelo SWOT

É um modelo utilizado para fazer análise de cenário,

externo e interno, sendo um sistema simples que verifica a

posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A

palavra SWOT significa forças, fraquezas, ameaças e

oportunidades. As forças e fraquezas estão relacionam, quase

sempre, a fatores internos. O ambiente interno é resultado das

estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da

empresa. Já as oportunidades e ameaças estão relacionadas a

fatores externos com visão ao futuro, ou seja, ambiente

externo da empresa não pode ser controlá-lo, mas a empresa

deve conhecê-lo e monitorá-lo seguidamente, e assim poder a

aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.

3.5.2 Modelo PORTER

Porter desenvolveu um modelo de planejamento que

proporciona analisar a atratividade de um setor da economia,

atraves das cinco forças competitivas, que devem formatar a

estrategia e spodem ser considerados como redutores de lucro

futuro.

Page 17: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

São eles:

Ameaças de novos entrantes: novos concorrentes que

trazem consigo o desejo de entrar no mercado muitas

vezes com algum diferencial para que possam de firmar

no mercado:

Poder de negociação dos fornecedores: varia de acordo

com o numero de fornecedores no mercado, que frimar

contratos com os participantes do mercado assim

estabelecendo preços que muitas vezes não compasam no

custo do proprio produto e tambem a qualidade pode

decair em decorrencia dessas atitudes;

Produtos e serviços substitutos: com a

competitividade surgem produtos substitutos o que

prejudica a rentabilidade do setor, a qual tem que

usar de maneiras estrategicas para demonstrar porque

o produto é melhor que o substituto;

Poder de negociação de clientes: a busca de maiores

desconto do cliente acaba afetando mas margens de

lucro;

Rivalidade: com a concorrencia muitas empresas acabam

perdendo lucro devido a reduçao do preço de vendas e

a elevação do custo, isso por uma poisção no mercado.

3.5.3 Exercício Resolvido

Este exercício traz todos os passos de um planejamento

estratégico, baseado em uma empresa fictícia, que fabrica

cosméticos.

Negócio: Empresa do ramo de produtos cosméticos.

Princípios: Trabalha com o intuito de valorizar os recursos humanos, prezando a marca, e também uma preocupação com a

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comunidade do município onde está localizada a sua fabrica (São Miguel do Oeste, SC), trabalhando com Projetos Sociais.

Missão da empresa: a empresa busca produzir cosméticos de qualidade, onde a qualidade dos produtos seja aceitos e reconhecidos em todo o Brasil.

Diagnóstico situacional - abordagem externa:

Identifique as ameaças: crise financeira do país

proporciona queda de venda, aumento de impostos

ocasionando por conseqüência aumento dos produtos, e

também queda de venda, e perda de mercado para os

concorrentes.

Identifique as oportunidades: incentivos para exportação

trazendo benefícios Fiscais.

Dimensione o mercado: participa com 50% das vendas para a

classe A,B e C (já foi 55%).

Identifique os fatores que geram valor para os clientes:

qualidade marca conceituada, pontos de venda, atendimento

ao cliente e atendimento pós venda.

Faça o diagnóstico situacional - abordagem interna:

Defina os fatores críticos de sucesso: marca já

reconhecida, políticas sociais, grande valorização do

local onde o produto é vendido, uma boa tecnologia de

fabricação e um serviço de reclamação eficiente.

Classifique os Fatores Críticos de Sucesso de acordo com a sua importância para o negócio:

Área da produção, desenvolver tecnologia de fabricação,

grau de importância 1;

Área de venda, responsável pelos locais de venda do

produto, grau de importância 2;

Page 19: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

Área de propaganda, manutenção da Marca, grau de

importância 3;

Área de Telemarketing, atendimento aos clientes tirando

dúvidas, ouvindo sugestões e reclamações, grau de

importância 4;

Área de Responsabilidade Social, trabalha com Políticas

Sociais, grau de importância 5.

Dentro dos FCS, determine aqueles onde a empresa é forte e aqueles onde a empresa é fraca.

Ponto Forte: Marketing(marca forte), venda( pontos

selecionados), Responsabilidade Sociais;

Ponto Fraco: Produção; SAC (serviço com certa

dificuldade).

Identifique as vantagens competitivas da empresa.

Fornecedores: compra de matéria-prima por bons preços;

Financeiro: sólido

Atuação do mercado: uma das mais antigas neste ramo

Identificar desvantagens competitivas da empresa: Preço alto;

Tecnologia obsoleta,

Locais de venda.

Analisando as oportunidades e ameaças, os pontos fortes e fracos da empresa, determine os objetivos organizacionais, para realização no prazo de um ano:

Marca: Aproveitar-se para se manter no mercado;

Solidez no mercado, sofrendo ameaças diante da crise

financeira, trabalhando com um plano estratégico para se

preparar contra a crise;

Preço alto: Fazer parte de cooperativas e se aliar as

outras empresas;

Tecnologia Obsoleta: Buscar investir em tecnologia para

produzir mais e com maior qualidade, e baixar os preços;

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Locais de Venda: buscar novos pontos de vendas em outras

regiões;

Incentivo a Exportação: aproveitar desses incentivos para

desenvolver mais esse mercado.

Definição das estratégias: Cada objetivo traçado corresponde à uma estratégia. Cada estratégia tem um responsável e um prazo para ser executada.

Investir em tecnologia para reduzir preço, responsável

departamento produção, tendo como estratégia Planejamento

Estratégico, prazo de 1 ano;

Desenvolver mais pontos de vendas, responsável

departamento de marketing, tendo como estratégia

Planejamento Tático, prazo de 1 ano;

Enfrentar as crises financeiras, responsável departamento

Financeiro, tendo como estratégia Planejamento

Operacional, prazo de 3 meses;

4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

Page 21: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

Neste capítulo trataremos da controladoria e de que forma

ela pode contribuir para que seja feito um bom planejamento

estratégico.

Segundo CATELLI (2001, p.155):

O planejamento é feito não apenas por causa da

globalização, das incertezas, [...], ou de novas

tecnologias, que tornam o ambiente mais inseguro [...].

Planeja-se porque existem tarefas a cumprir, [...]

enfim, produtos a fabricar, serviços a prestar.

Verifica-se que as empresas não esperam eventos

modificativos do mercado ou alterações na economia para

planejar suas atividades, mas o fazem devido à necessidade de

alcançarem objetivos desejados.

Na concepção de Oliveira (2007, p.38) “Uma das funções

básicas da controladoria é comparar os resultados gerados pela

atividade com os que haviam sido projetados”.

Infere-se da citação anterior que a controladoria é quem

vai, através de seus sistemas de controles internos e o

sistema contábil, acompanhar e monitorar o planejamento

estratégico em execução.

Para o Conselho Federal de Contabilidade , o sistema

contábil e de controles internos compreende o plano de

organização e o conjunto integrado de métodos e procedimentos

adotados pela entidade na proteção de seu patrimônio, promoção

da confiabilidade e tempestividade de seus registros e

demonstrações contábeis e de sua eficácia operacional.

Conforme Oliveira (2007, p.94) “O tipo de estratégia e de

estrutura deve condicionar as características do sistema de

controles.”

Os sistemas de controle que na prática irão prover as

informações importantes para os gestores, é que vão então

ajudar na formulação de estratégias, assim como o

acompanhamento das mesmas.

Page 22: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

Então como verificado, o tipo de estratégia adotada pela

organização é que vai definir quais controles internos serão

incorporados na mesma.

5 Conclusões

As empresas buscam desenfreadamente alternativas de

sucesso cada vez melhores. Procuram investir macissamente em

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ativos, em tecnologia, em mão-de-obra qualificada e em cursos

para qualificar os empregados atuais. As mesmas, muitas vezes,

não percebem que podem também fazer a diferença com medidas

menos sacrificantes para o capital da empresa e com resultados

mais previsíveis, quer seja: Planejando e controlando tudo o

que se passa dentro da organização.

Com a advento da globalização e com subsidios cada vez

mais eficientes vindos da área informacional, os sistemas de

controles internos e os sitemas contábeis existentes tornam-se

aliados indispensáveis no crescimento das organizações e no

planejamento das mesmas.

Para planejar com eficiência e com menores possibilidades

de falhas necessita-se de controles efetivos, controles estes

que darão suporte para todas as áreas da empresa e que

suprirão as necessidades de informações necessárias aos

gestores para tomada de decisões.

Conlui-se que o planejamento estratégico somente poderá

ser exequível quando aliado a controles internos e externos,

ou seja, é de suma importância planejar com dados reais e

reportados de maneira integral principalmente aos dirigentes

para que os mesmos definam com base nesses dados qual será o

tipo de planejamento que será feito. Esse é o papel da

controladoria dentro do planejamento estratégico.

REFERÊNCIAS

CATELLI, Armando. Controladoria. Uma Abordagem da Gestão Econômica – GECON. São Paulo: Atlas, 2001.

Page 24: Plan Estrat[1]. e o Papel Da Controladoria 2608

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GUERREIRO, Reinaldo. Modelo conceitual de Sistema de Informação da Gestão Econômica: uma contribuição à Teoria da Comunicação da Contabilidade. 1989. 385 f. Tese (Doutorado em Contabilidade) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989.

LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento. São Paulo: Atlas, 2003.

NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: conceitos, sistemas, implementação. São Paulo: Atlas, 1993.

NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane. Controladoria. Um Enfoque Na Eficácia Organizacional. São Paulo: Atlas, 2007.

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PELEIAS, Ivam Ricardo. Controladoria: Gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva, 2002.

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