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2016–2019

PLANAPO 2016 - MIOLO - mda.gov.br · sidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo, conforme previsto no Decreto nº 7.794, de

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2016–2019

Presidenta da República Federativa do BrasilDilma Rousseff

Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da RepúblicaRicardo José Ribeiro Berzoini

Ministro de Estado do Desenvolvimento AgrárioPatrus Ananias de Sousa

Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoKátia Regina de Abreu

Ministra de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à FomeTereza Helena Gabrielli Barreto Campelo

Ministra de Estado do Meio AmbienteIzabella Mônica Vieira Teixeira

Ministro de Estado da SaúdeMarcelo Costa e Castro

Ministro de Estado da EducaçãoAloizio Mercadante Oliva

Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e InovaçãoCelso Pansera

Ministro de Estado da FazendaNelson Barbosa

CÂMARA INTERMINISTERIAL DE AGROECOLOGIA

E PRODUÇÃO ORGÂNICA (CIAPO)

Ministério do Desenvolvimento Agrário

Brasília, DF

2016

2016–2019

CÂMARA INTERMINISTERIAL DE AGROECOLOGIA

E PRODUÇÃO ORGÂNICA (CIAPO)

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

Onaur Ruano

Cássio Murilo Moreira Trovatto

Secretaria de Governo da Presidência da República (SG/PR)

Érika Galvani Borges

Rogério Augusto Neuwald

Ministério da Fazenda (MF)

Othon Antônio de Sá

Aloisio Lopes Pereira de Melo

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Rogério Pereira Dias

Jorge Ricardo de Almeida Gonçalves

Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Carlos Mário Guedes de Guedes

Allan Kardec Moreira Milhomens

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

Lilian dos Santos Rahal

Elisângela Sanches

Ministério da Educação (MEC)

Fernanda Teixeira Frade Almeida

Mariângela de Araújo Povoas

Ministério da Saúde (MS)

Gilberto Alfredo Pucca Júnior

Michelle Lessa de Oliveira

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Alfredo da Costa Pereira

Maguida Fabiana da Silva

Brasil agroecológico : Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo: 216-2019 / Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica. – Brasília, DF : Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2016.89 p. : il. ; 21 cm x 29,7 cm.

1. Desenvolvimento sustentável – área rural – Brasil. 2. Agroecologia. 3. Produção orgânica. 4. Políticas públicas. 5. Política Nacional de Agroecologia. I. Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário.

CDD 630.81

© MDA 2016

Todos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui

violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Ministério do Desenvolvimento Agrário

Convidados Permanentes da CIAPO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa)

Waldyr Stumpf Junior

Fernando do Amaral Pereira

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

Daniela Macedo Jorge

Carlos Augusto Vaz de Sousa

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

César Fernando Schiavon Aldrighi

José Ubiratan Rezende Santana

Fundo Nacional de Alimentação Escolar (FNDE)

Sara Regina Souto Lopes

Eliene Ferreira de Sousa

Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

João Marcelo Intini

Maria do Socorro Soares

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR)

– Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos

Humanos

João Élcio Santos

Fundação Nacional do Índio (FUNAI)

Juan Felipe Negret Scali

José Augusto Pereira

Secretaria-Executiva da CIAPO

Juliana Koehler

Suiá Kafure da Rocha

Consultor

Jean Pierre Medaets

Colaboradores especiais

Marenilson Batista da Silva (MDA)

Daniella de Vicente Prado (MDS)

Débora Mabel Nogueira Guimarães (INCRA)

Edson Guiducci Filho (Embrapa)

Ynaiá Masse Bueno (Embrapa)

Iara Campos Ervilha (MS)

Michela Katiuscia Calaça Alves dos Santos

(DPMRQ/MDA)

Roseli Bueno de Andrade (MMA)

Sandra Regina Afonso (SFB/MMA)

COMISSÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (CNAPO)

REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS(titular e suplente)

Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR)Rogério Augusto Neuwald

Érika Galvani Borges

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Rogério Pereira Dias

José Ricardo de Almeida Gonçalves

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) João Marcelo Intini

Maria do Socorro Soares de Oliveira

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)Carlos Alberto Barbosa MedeirosJosé Antônio Azevedo Espíndola

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) Onaur Ruano

Cássio Murilo Moreira Trovatto

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)César Fernando Schiavon Aldrighi

Antônio Wilson Vieira Bonfin

Ministério da Saúde (MS) Gilberto Alfredo Pucca Júcior

Michelle Lessa de Oliveira

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Daniela Macêdo Jorge

Carlos Augusto Vaz de Souza

Ministério da Educação (MEC) Fernanda Teixeira Frade Almeida

Nilton Nélio Cometti

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)Sara Regina Souto LopesEliene Ferreira de Sousa

Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI)Alfredo da Costa Pereira Júnior

Maguida Fabiana da Silva

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)Aroldo Anacleto de Campos

Daniella Dê Vicente Prado

Ministério do Meio Ambiente (MMA)Carlos Mário Guedes de Guedes

Juliana Ferreira Simões

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

Titulares

Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF Brasil)

Celso Ricardo Ludwig

Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) Eugênio Alvarenga Ferrari

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Francisco Dal Chiavon

Associação Brasileira de Agroecologia (ABA)Paulo Petersen

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) Sarah Luiza de Souza Moreira

Rede Ecovida de AgroecologiaLaércio Ramos Meirelles

Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)Alexandre Henrique Bezerra Pires

Câmara Temática de Agricultura orgânica (CTAO)Romeu Mattos Leite

Subcomissão Temática de Produção Orgânica (STPOrg)Elson Borges dos Santos

Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil (MMC)Carmen da Rosa Kilian Munarini

Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)Leomárcio Araújo da Silva

Rede CerradoÁlvaro Alves Carrara

Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER)Gervásio Paulus

Associação Brasileira de Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista (Abrabio)Ernesto Carlos Kasper

Suplentes

Rede de Ater das ONGs da região NordesteCinara Del’arco Sanches

Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)Denis Monteiro

Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA)Gabriel Bianconi Fernandes

Associação Brasileira de Agroecologia (ABA)Irene Maria Cardoso

União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes)Generosa de Oliveira Silva

Fórum Brasileiro de Sistemas Participativos de Garantia e Organizações de Controle Social (FBSPG)Tatiana Muniz de Siqueira

Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE)Maria Verônica de Santana

Câmara Temática de Agricultura Orgânica (CTAO)Rachel Vaz Soraggi

Subcomissão Temática de Produção Orgânica (STPOrg)Sandra Procópio

Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB)Francisca da Silva Nascimento

Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS)Joaquim Correa de Souza Belo

Rede CerradoPaulo Rogério Gonçalves

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)José Altomiro da Silva

Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio)Joaquim Ferreira Silva Filho

Secretaria-Executiva da CNAPOLuisa Cristina Medeiros de Saboia e SouzaThaís Ponciano BittencourtWilliam Silva

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................9

INTRODUÇÃO ....................................................11

DIAGNÓSTICO ...................................................13

DIRETRIZES E IMPLICAÇÕES DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL ............................. 35

EIXOS, OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS, METAS E INICIATIVAS ........................................... 39

GESTÃO DO PLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (2016-2019) ...................................................... 79

ANEXOS ............................................................81

9PLANAPO 2016-2019

APRESENTAÇÃO

As atividades relacionadas à produção agrícola estão entre as que mais têm gerado im-

pactos sobre o meio ambiente. A produção intensiva é grande consumidora de energia, além de

fonte de contaminação da água, ar e solo, por meio, especialmente, de resíduos de pesticidas e de

fertilizantes. A expansão das fronteiras agrícolas aumenta as taxas de desmatamento, agrava os

processos de degradação do solo e põe em risco a biodiversidade.

A sociedade brasileira tem manifestado preocupação crescente com os impactos ambien-

tais da agricultura convencional e seus efeitos sobre a segurança alimentar, como indica a forte

atuação, em diversas frentes, de movimentos, organizações não governamentais, universidades

e cidadãos(ãs), imbuídos do propósito de fazer com que a produção agrícola alcance patamares

adequados de sustentabilidade.

A agroecologia desponta, neste cenário, como uma alternativa viável para a construção de

um novo paradigma para a agricultura, que promova a ampliação das condições de acesso a ali-

mentos saudáveis, a partir de sistemas de produção agrícola ecologicamente equilibrados, e que

contribua para o fortalecimento de bases estruturais socialmente justas e inclusivas para o campo.

Entidades governamentais e sociedade civil tem se engajado em um debate dirigido a am-

pliar o suporte à agroecologia e à produção orgânica. Um marco importante foi a sanção da Lei nº

10.831, de dezembro de 2003, que dispõe sobre os sistemas orgânicos de produção e resultou de

amplo processo de discussão em torno do tema. Posteriormente, foi editado o Decreto nº 7.794,

de agosto de 2012, que define as bases institucionais da Política Nacional de Agroecologia e Pro-

dução Orgânica – Pnapo, estabelecendo as diretrizes da política, os instrumentos de implementa-

ção e as instâncias de gestão.

O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo para o período de 2013 a

2015 representou um grande avanço, do ponto de vista do ordenamento de ações nesta seara. O

plano promoveu a articulação entre agentes públicos e privados envolvidos, ampliou as iniciativas

de gestores governamentais na área e contribuiu para a incorporação do tema em processos de

planejamento e implementação de políticas públicas, tanto em nível federal, quanto subnacional.

Além disso, por meio da atuação das instâncias de gestão da Pnapo – a Comissão Nacional

de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e

Produção Orgânica (Ciapo) – foi possível avançar no acompanhamento da execução de ações

governamentais relativas à agenda, em um processo, ainda em curso, de criação e aperfeiçoa-

mento de canais de diálogo entre sociedade e gestores, e destes entre si, e de estruturação de

instrumentos de gestão desta política pública de caráter intersetorial tão marcado.

Tendo por base as lições aprendidas no curso da implementação do primeiro plano, gover-

no e sociedade se envolvem em um novo ciclo de planejamento. O resultado desse esforço é o

Planapo 2016-2019, que se torna disponível para o público por meio deste documento. Ele integra

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

10

as principais ações do governo federal em agroecologia e produção orgânica para o quadriênio,

alicerçadas no Plano Plurianual (PPA) do mesmo período.

Com o Planapo 2016-2019, são assentadas as bases para a continuidade do processo de

consolidação e aperfeiçoamento da política de agroecologia e produção orgânica, com a cons-

ciência de que há muito para se avançar, mas também com a convicção da importância da cons-

trução deste caminho para recolocar a produção agrícola em uma relação sustentável com o meio

ambiente, que possa beneficiar amplamente os cidadãos e cidadãs do campo, das florestas, das

águas e da cidade.

Onaur Ruano

Câmara Interministerial de Agroecologia

e Produção Orgânica (CIAPO)

11PLANAPO 2016-2019

INTRODUÇÃO

Em outubro de 2013, como resultado de amplo processo de construção participativa, a Pre-

sidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo,

conforme previsto no Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, que institui a Política Nacional

de Agroecologia e Produção Orgânica – Pnapo.

O Planapo 2013-2015 materializou o compromisso do governo federal com a agroecologia e

a produção orgânica e se tornou o principal instrumento integrador das ações públicas de caráter

nacional para o segmento. O primeiro ciclo de planejamento resultou em amplo conjunto de ações

públicas, implementadas por dez ministérios, além de outras entidades do governo federal, com

destinação de R$ 2,9 bilhões.

Embora a existência de um plano nacional para a agroecologia e produção orgânica seja

uma conquista recente, o Planapo 2013-2015 se destacou como uma experiência bem-sucedida

de construção participativa em política pública, que promoveu avanços na criação, articulação e

adequação de programas e ações, em nível nacional, no macrocampo da agroecologia, o que se

refletiu sobre o planejamento de entes subnacionais, em diversos estados. Além disso, o Planapo

contribuiu para a maior inserção do tema nos processos internos de órgãos públicos, operadores

de crédito, instituições de ensino, pesquisa e extensão, nos diversos níveis federativos.

Durante a vigência do Plano, a Cnapo – instância de gestão do Plano integrada por quatorze

representantes da sociedade civil e quatorze do governo - e a Ciapo – composta por represen-

tantes de órgãos e entidades públicas federais - tiveram atuação decisiva na promoção de articu-

lação institucional e na convergência otimizada de recursos públicos em ações governamentais

compartilhadas. Nesse sentido, sem desconsiderar as dificuldades do processo e os desafios a se-

rem superados na integração de ações públicas em agroecologia, avançou-se, durante a vigência

do Planapo 2013-2015, na incorporação das diretrizes da política no corpo das instituições respon-

sáveis por ações do Plano e na criação de mecanismos de gestão que ampliaram a transparência

e o intercâmbio de informações entre os envolvidos.

Além disso, um dos principais resultados do primeiro ciclo de execução do Planapo a ser

destacado diz respeito ao fortalecimento de relações de confiança entre órgãos públicos, agricul-

tores(as) e consumidores(as), em torno da real preocupação com questões de saúde no campo,

com a oferta de alimentos saudáveis e com a necessidade de melhor integrar a produção agrícola

à conservação ambiental.

Ressalte-se também que o elevado nível de execução das iniciativas que compuseram o

Planapo 2013-2015, com aplicação considerável de recursos e superação de meta em muitos ca-

sos, indica o empenho dos órgãos do governo federal na implementação do Plano. Em relação

às iniciativas realizadas e apenas a título ilustrativo, cabe destacar o apoio oferecido às redes de

agroecologia por meio do Programa Ecoforte; a implantação de unidades de tecnologias sociais

de acesso à água para produção de alimentos, em bases agroecológicos; a implementação de

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

12

planos de vigilância em saúde de populações expostas aos agrotóxicos; o apoio à conservação,

multiplicação, disponibilização, distribuição e comercialização de mudas e sementes crioulas e

varietais; a estruturação do Programa de Aquisição de Alimentos para alimentos orgânicos ou de

base agroecológica; dentre diversas outras ações estruturantes em agroecologia realizadas.

Tendo por base esta experiência anterior, o segundo ciclo do Planapo, de 2016 a 2019, está

estruturado sobre 194 iniciativas de órgãos federais, ancoradas no PPA e associadas a metas e

objetivos específicos. No âmbito da CIAPO, o processo de planejamento do segundo ciclo ini-

ciou-se com o mapeamento das áreas de inserção do tema agroecologia e produção orgânica no

Plano Plurianual (PPA) 2016-2019, desde o começo de 2015. Com base nas propostas que esta-

vam sendo apresentadas e discutidas pelos órgãos públicos no processo de elaboração do PPA, a

CIAPO elaborou documento-síntese de contribuições ao PLANAPO 2016-2019, que foi analisado,

juntamente com documento elaborado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), em

conjunto com a Cnapo.

Concluído o trabalho de revisão de recomendações de aperfeiçoamento, foi elaborado o

documento denominado “Subsídios para a elaboração do PLANAPO 2016-2019”, que foi debati-

do no Seminário “Dialoga Brasil Agroecológico”, realizado no segundo semestre de 2015. Estes

debates resultaram em uma proposta inicial do Plano, composta por 6 eixos (Produção; Uso e

conservação de recursos naturais; Conhecimento; Comercialização e consumo; Terra e Território

e Sociobiodiversidade), 12 objetivos, 40 metas e 484 iniciativas associadas. Estas propostas foram

encaminhadas à Ciapo e discutidas em reuniões de Grupos de Trabalho por eixos, além de oficina

realizada especificamente para a finalização da matriz do Plano.

Em seguida, o resultado destes trabalhos na CIAPO foi enviado à apreciação da Cnapo,

tendo sido analisado e debatido em suas Subcomissões Temáticas e, posteriormente, em sessão

plenária. A análise final da Cnapo foi reencaminhada à Ciapo, que incorporou diversas das suges-

tões apresentadas, aprovando a matriz final do Planapo 2016-2019 em reunião extraordinária.

Compõe este documento a estrutura da matriz do Plano, composta por objetivos, metas e

iniciativas. Além disso, em observação ao Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, que define

a estrutura básica do Planapo, apresenta diagnóstico da construção do Plano, com breve descri-

ção do estágio atual de algumas ações em temas relevantes relativos à agroecologia e produção

orgânica. São apresentadas, ainda as diretrizes que orientam o Planapo e suas implicações do

ponto de vista do diálogo com políticas afins. Por fim, são abordadas a estrutura e a metodologia

de gestão do Plano.

13PLANAPO 2016-2019

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico produzido por ocasião da confecção do primeiro ciclo do Planapo apresen-

tou um panorama abrangente de informações sobre a situação da produção orgânica e de base

agroecológica no Brasil. Por outro lado, decorridos os quase três anos de execução do Planapo

2013-2015 e com base no acompanhamento de sua execução, também foi possível reunir informa-

ções sobre avanços e fatores limitantes da política.

Um dos principais pontos positivos na execução do primeiro ciclo do Planapo refere-se ao

fato de que o Plano permitiu que os temas principais da política fossem observados de forma

interdisciplinar, aglutinados de maneira lógica, ao mesmo tempo em que conferiu maior transpa-

rência às iniciativas adotadas pelos órgãos públicos, relacionadas à agroecologia e a execução

física e financeira correspondente. Cabe ressaltar, no entanto, que os desafios com os quais a

implementação do Planapo se deparou se originam, em grande medida, de situações estruturais

cuja transformação requer esforços de longo prazo. De maneira complementar, fatos relevantes

relativos à agenda de agroecologia e produção orgânica surgiram neste período, podendo repre-

sentar oportunidades ou novos desafios.

Cabe destacar também que durante a implementação do Planapo 2013-2015 e especial-

mente no processo de construção do novo ciclo de planejamento, sobressaíram-se, nos debates

entre sociedade e governo, os temas relacionados à terra e ao território e à sociobiodiversidade,

que passam a compor, no Planapo 2016-2019, novas frentes de ação para agregação de esforços

de órgãos públicos e da sociedade durante este quadriênio. Importante ainda ressaltar, no que se

refere ao pano de fundo da implementação do primeiro ciclo do Plano, o processo de fortaleci-

mento e urgência que a agenda do clima passa a ter nos últimos anos. Nesse sentido, as ações do

Planapo relacionadas à disseminação de tecnologias sustentáveis de manejo da água, do solo e

das florestas, conjugadas a práticas inovadoras de produção primária e à regularização ambiental,

podem ser fortes aliadas no avanço da agenda de adaptação às mudanças climáticas.

A seguir são abordados alguns aspectos relativos a resultados alcançados na implementa-

ção do Planapo 2013-2015 e a fatos que se mostraram relevantes à compreensão do quadro geral

de incidência de ações relacionadas à agroecologia.

PRODUÇÃO

FINANCIAMENTO E SEGURO

O financiamento da produção e a condição de minimização de riscos por meio de seguros

de produção e renda são duas linhas de políticas públicas fundamentais para a consolidação da

produção orgânica e de base agroecológica.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

14

A agricultura familiar, a reforma agrária e os povos e comunidades tradicionais contam com

a linha de crédito Pronaf Agroecologia, dirigida à produção orgânica e de base agroecológica

e coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Além disso, sob a gestão do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), existe linha de crédito específica do

Programa de Agricultura de Baixo Carbono – Programa ABC, que tem como uma de suas finali-

dades a implantação e o melhoramento de sistemas orgânicos de produção agropecuária – ABC

Orgânico.

A construção do Planapo 2013-2015 identificou um conjunto expressivo de limitações ao

avanço do crédito para agroecologia e produção orgânica, relacionadas ao desconhecimento do

tema por parte dos agentes financeiros, à inexistência de planilhas modais específicas à produ-

ção agroecológica que pudessem conferir escala aos processos de financiamento, às dificuldades

de monitoramento dos recursos alocados, dentre outras questões, que estavam associadas ao

pequeno número de contratos de financiamento para sistemas agroecológicos e orgânicos e ao

reduzido valor financeiro total desembolsado.

Entre as medidas adotadas para a reversão do quadro, ao longo da vigência do Planapo

2013-2015, foram aprimorados junto ao Banco Central os mecanismos de registro dos financia-

mentos concedidos para a produção orgânica por meio do Pronaf Agroecologia e do “ABC Orgâ-

nico”, o que resultou em maior capacidade de monitoramento das operações.

Em 2014, foi publicada a Portaria n° 38, de 4 de julho de 2014, que disciplina os planos

simplificados ou projetos técnicos de crédito para o financiamento de sistemas de base agroe-

cológica ou para transição agroecológica para todas as linhas de crédito no âmbito do Pronaf.

Durante a safra 2014/2015, foi criado o Pronaf Produtivo Orientado, que também visa estimular o

financiamento de sistemas de produção de base agroecológica ou orgânicos, incluindo-se os cus-

tos relativos à implantação e manutenção dos empreendimentos. Entretanto, é preciso avançar

com a criação de uma linha de custeio no Pronaf Agroecologia para ampliar o financiamento das

despesas cíclicas de produção.

No processo de implementação do Planapo 2013-2015, foram feitas diversas tratativas para

que a gestão financeira das linhas de crédito incorporasse mecanismos de reconhecimento das

particularidades dos sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica. Também se investiu

na capacitação dos agentes de crédito e de Ater, com a realização de diversas oficinas. No en-

tanto, ainda é preciso intensificar a qualificação dos agentes e ampliar a divulgação das linhas de

crédito junto aos beneficiários.

Também é necessário avançar no que se refere à elaboração de planilhas modais específicas

para a produção agroecológica (referência dos custos da produção), a partir dos conhecimentos

dos técnicos de ATER, agentes financeiros e agricultores(as). Se por um lado quase todos os finan-

ciamentos para a produção convencional têm planilhas modais orgânicas correspondentes, pouco

se avançou na elaboração de planilhas modais para os sistemas de produção agroecológica e em

transição agroecológica.

Em outra frente, também não se obteve êxito nas tratativas visando estabelecer tabelas de

referência com diferencial de preços para produtos agroecológicos e orgânicos e incorporação de

serviços ambientais para efeito de cálculo.

15PLANAPO 2016-2019

Por fim, permanece o desafio da construção de um modelo de seguro para a agricultura

familiar melhor adaptado à agricultura de base agroecológica.

AGROTÓXICOS E PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS DE BAIXO IMPACTO

A disponibilidade e o acesso dos agricultores(as) a produtos fitossanitários adequados à

produção orgânica e de base agroecológica têm sido um fator limitante para a expansão de tais

sistemas. Uma alteração substancial deste quadro exige, especialmente, investimentos em estu-

dos e pesquisas, ajustes no aparato legal, apoio ao registro de produtos fitossanitários de baixo

impacto e fortalecimento da rede de produção e distribuição destes produtos.

Durante o primeiro ciclo do Planapo, não foi implementada a iniciativa específica de realiza-

ção de estudos e testes voltados ao estabelecimento de especificações de referência para regis-

tro simplificado de produtos fitossanitários. No entanto, houve sucesso na ampliação do registro

de especificações de referência e de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura

orgânica, com destaque para aqueles à base de agentes biológicos e microbiológicos de controle.

As principais dificuldades encontradas na execução desta ação estiveram relacionadas à baixa

disponibilidade de recursos financeiros e de pessoal para a realização das diferentes atividades

que perpassam a regulamentação dos produtos.

O diagnóstico inicial do Planapo indicava a necessidade de ajustes no conjunto de regu-

lamentos técnicos relativos à produção orgânica. Durante o primeiro ciclo do Planapo, foram

publicadas Instruções Normativas relacionadas a produtos fitossanitários para uso na produção

orgânica e de base agroecológica e outras dirigidas especificamente à produção orgânica ou a

produtos e processos importantes para o setor.

No que se refere ao fortalecimento das linhas de ação dirigidas a ampliar mudanças no pa-

drão de toxidade dos insumos agrícolas, o Planapo 2013-2015 previa a criação de um programa

nacional para a redução do uso de agrotóxicos. Um intenso processo de mobilização da socieda-

de, em diálogo com o governo, levou a que, em novembro de 2014, fosse finalizada a proposta do

Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (Pronara), que, no entanto, não chegou a

ser lançado até o final do primeiro ciclo do Plano. O Planapo 2016-2019 terá o desafio de consoli-

dar novos avanços no que diz respeito à formalização e execução deste Programa, que represen-

ta um grande passo na articulação intersetorial para o enfrentamento dos problemas sanitários,

ambientais e sociais advindos do uso intensivo de agrotóxicos.

Outra importante frente de trabalho do Planapo 2013-2015 relaciona-se a estruturação de

ações de enfrentamento ao impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana. Um grande

avanço alcançado no período foi a estruturação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas

a Agrotóxicos – VSPEA em todas as unidades da federação, com elaboração e implementação

dos planos de vigilância respectivos. Também foi publicado o documento intitulado “Orientações

técnicas para o monitoramento de agrotóxicos na água para consumo humano”, que trata dos

procedimentos técnicos e operacionais para a implantação e implementação do monitoramen-

to de agrotóxicos em água para consumo humano. Foram também publicados dados anuais de

monitoramento de agrotóxicos na água para consumo humano. Em continuidade às ações nesta

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

16

área, remanesce para o período segundo ciclo do Plano de elaboração de estudos para subsidiar

a revisão dos níveis toleráveis de agrotóxicos descritos no padrão de potabilidade da água.

Outra questão importante que foi objeto do Planapo 2013-2015, mas não foi implementada,

é a reavaliação das autorizações de uso de agrotóxicos no Brasil. Desde 2008, ingredientes ati-

vos de agrotóxicos haviam sido colocados em reavaliação e dois novos ingredientes em 2013 (o

2,4D e o Procloraz). Permanece, entretanto, o desafio de desenvolver pesquisas específicas para

a substituição dos princípios ativos proibidos, após o processo de reavaliação.

MECANISMOS DE GARANTIA DE QUALIDADE ORGÂNICA

O funcionamento do mercado de produtos orgânicos requer sistemas de garantia que asse-

gurem ao consumidor a qualidade do produto à venda. A criação destes sistemas de garantia surgiu

na década de 1980, como iniciativa dos próprios agricultores (as), que criaram normas de produção

e selos de identificação de seus produtos. O aparecimento de um grande número de selos tornou

cada vez mais difícil ao consumidor identificar aqueles de comprovada credibilidade. A ausência de

uma “supervisão” sobre os mecanismos de controle também contribuiu para o quadro.

Com a Lei nº 10.831, de 2003, marco legal da agricultura orgânica, foram previstos diferen-

tes mecanismos de garantia da qualidade da produção orgânica (Certificação, Sistemas Partici-

pativos de Garantia e Controle Social para a Venda Direta sem Certificação), sendo necessário,

em todos os casos, o registro do produtor no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, gerido

pelo MAPA. A adesão dos produtores a esses sistemas e o seu monitoramento pelos órgãos de

controle conferem transparência às transações dos produtos orgânicos.

Cabe destacar também que a ação coletiva desencadeada em torno da estruturação de

Sistemas Participativos de Garantia (SPG) e de Organismos de Controle da Qualidade (OCS) tem

contribuído para a mobilização e organização dos produtores orgânicos e de base agroecológica,

para o intercâmbio de conhecimentos, a abertura de novos mercados e a representação de seus

interesses, especialmente por meio do Fórum Nacional de OCS e SPG.

Atualmente, estão credenciados junto ao MAPA 25 Organismos de Avaliação da Conformi-

dade Orgânica, sendo 8 certificadoras por auditoria e 17 Organismos Participativos de Avaliação

da Conformidade Orgânica. Há ainda 260 Organizações de Controle Social cadastradas, atuando

em venda direta de produtos orgânicos ao consumidor.

Entre 2013 e 2015, registrou-se um aumento percentual expressivo do número de agricul-

tores (as) inseridos em mecanismos de controle social (OCS e SPG). Como a base inicial era

pequena, deve-se reconhecer, no entanto, o grande desafio de se ampliar o número absoluto de

agricultores (as) a serem incluídos no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.

FOMENTO

O Planapo 2013-2015 previu a realização de ações de apoio a processos de articulação entre

atores e de fortalecimento das redes de organizações, com o fim de dinamizar as ações e políticas

17PLANAPO 2016-2019

relacionadas à produção orgânica e agroecológica nos territórios. Durante a vigência do Plano, foi

desenvolvido o Programa Ecoforte, resultado de um acordo de cooperação técnica firmado em

2013 entre diversos Ministérios e entidades parceiras, e que tem por objetivo desenvolver ações

conjuntas para o fortalecimento e a ampliação de redes, cooperativas e organizações sociopro-

dutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Foram lançados dois

Editais de Chamada Pública vinculados ao programa, relativos ao Ecoforte Redes e ao Ecoforte

Extrativismo. Lançado em março de 2014, o edital do Ecoforte Redes teve como objeto o apoio

a projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, voltados à

intensificação das práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de siste-

mas produtivos orgânicos e de base agroecológica. Atendendo demanda da sociedade civil por

apoio a empreendimentos extrativistas, em setembro de 2014 foi lançado segundo edital, que

não estava previsto originalmente no Planapo, para o apoio à estruturação de empreendimentos

econômicos coletivos, visando ao beneficiamento e/ou à comercialização de produtos oriundos

do uso sustentável da sociobiodiversidade – Ecoforte Extrativismo.

Há um consenso entre governo e sociedade civil de que o apoio às redes de agroecologia

fortalece as iniciativas territoriais de transição agroecológica e de produção já existentes. É ne-

cessário, no entanto, ampliar a capacidade governamental de apoio a esses redes e o volume de

recursos aplicados, bem como aprimorar os mecanismos de avaliação dos efeitos dos projetos já

apoiados. Considera-se que o Planapo foi capaz de articular um montante expressivo de recursos

para apoio às redes, mas o elevado número de projetos apresentados nos editais e não atendidos

indica que existe uma demanda significativa a ser considerada.

Também no que se refere ao fortalecimento dos atores locais, cabe destacar a importância

de iniciativas voltadas ao apoio ao cooperativismo. Nesse sentido, cabe registrar a demanda por

parte de representações sociais e da agricultura familiar para que seja estruturado um sistema

nacional de cooperativismo da agricultura familiar e economia solidária.

MULHERES RURAIS

Em um processo de reflexão interna e externa ao movimento agroecológico, tem se fortale-

cido a compreensão da necessidade de reconhecer o protagonismo das mulheres na manutenção

das práticas agroecológicas, que incorporam cuidados especiais com o meio ambiente e com os

alimentos gerados e consumidos. Sem estigmatizar a atuação social das mulheres, observa-se,

em diferentes contextos culturais e momentos históricos, a presença marcante de mulheres na

escolha e guarda de sementes, na manutenção da diversidade e da qualidade da alimentação, na

preservação de plantas medicinais, dentre outras práticas.

A par do reconhecimento deste protagonismo nas práticas agroecológicas, também passa a

haver uma compreensão cada vez mais ampla - resultado, em especial, de um processo de luta e

afirmação das próprias mulheres rurais -, de que a construção de um modo de produção agrícola

e de vida no campo que seja não apenas ambientalmente sustentável, mas também socialmente

inclusivo, imprescinde do empoderamento das mulheres e da garantia de espaços próprios de

participação e decisão na política.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

18

Nesse sentido, a promoção da autonomia das mulheres rurais é tema transversal do Planapo

2016-2019, como também ocorreu no Planapo 2013-2015. Por meio de ações específicas voltadas

para mulheres e de recortes de gênero em programas e ações existentes, o Planapo buscou con-

ferir concretude a diretriz da Pnapo de contribuir para a redução das desigualdades de gênero,

especialmente no que se refere à ampliação e consolidação da participação das mulheres rurais

na produção agroecológica e orgânica. Abaixo são indicadas algumas iniciativas realizadas du-

rante o primeiro ciclo do Plano.

Todas as chamadas públicas de ATER previstas no PLANAPO passaram a estabelecer o

atendimento de no mínimo 50% de mulheres para o conjunto das ações a serem realizadas. Ape-

sar de a porcentagem ter sido prevista em outros documentos, no PLANAPO ela atinge opera-

cionalidade pela primeira vez. No caso da Ater promovida pelo MDA, esse patamar vem sendo

atingido desde 2013 e, em 2015, as mulheres representaram 88% do público beneficiário dos con-

tratos. Entretanto, tais conquistas apontam e criam novas demandas, como a universalização em

todas as chamadas de Ater dos serviços de recreação infantil, de modo a garantir a participação

das beneficiárias e a qualificação dos agentes de Ater no atendimento das mulheres e nos con-

teúdos de gênero. Iniciativas voltadas à formação de agentes de Ater com foco em agroecologia

e questões de gênero foram realizadas em parceria com universidades e institutos federais.

Para além da Ater geral, nesse período foram lançadas chamadas públicas de Ater especí-

fica para mulheres rurais, com vistas ao fortalecimento e apoio da produção agroecológica e à

organização produtiva das mulheres rurais, o que, em integração com outras políticas públicas,

permitiu a ampliação do acesso do público feminino ao crédito rural e aos programas de compras

governamentais (Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e Programa Nacional de Alimenta-

ção Escolar - PNAE). Os pressupostos destas chamadas públicas buscavam valorizar e aprimo-

rar os conhecimentos das mulheres sobre práticas de produção e manejo dos recursos naturais

rompendo com a Ater de cunho difusionista. Apesar dos avanços, permanece como desafio a

ampliação da Ater específica para mulheres rurais, garantindo sua continuidade e a formação de

equipes técnicas específicas.

Os Chamamentos Públicos de Organização Produtiva realizados no período apoiaram ativi-

dades de capacitação e formação voltadas ao fortalecimento dos grupos e de redes produtivas

de mulheres rurais para o desenvolvimento de atividades econômicas. Em desdobramento destas

ações, torna-se necessária a criação de ações de apoio à agregação de valor e comercialização

da produção de base agroecológica das mulheres, com destaque para infraestrutura, qualificação

dos normativos sanitários e promoção de projetos de agroindustrialização específicos. Seguin-

do esta lógica, um avanço positivo do Terra Forte, que é uma iniciativa específica para o público

da reforma agrária, seria a disponibilização de uma linha semelhante para outros segmentos da

agricultura familiar, especialmente as mulheres rurais que processam e beneficiam sua produção

agroecológica em pequena escala.

No campo da pesquisa, a 4ª edição do Prêmio Margarida Alves teve como tema Mulheres e

Agroecologia. O resultado foi lançado em novembro de 2014 e premiou 7 trabalhos na categoria

Ensaio Inédito, 7 trabalhos na categoria Relatos de Experiência e 5 trabalhos na categoria Memó-

rias, que deram origem à uma publicação. A realização do prêmio permitiu mapear e divulgar pro-

duções acadêmicas e experiências sobre o tema mulheres e agroecologia. Segue como desafio

19PLANAPO 2016-2019

o estímulo, o registro e a sistematização pelas próprias agricultoras de seus saberes, memórias e

práticas e experiências agroecológicas.

Também houve avanços no acesso das mulheres a tecnologias de acesso à água sendo que,

segundo dados atuais do Sistema de Gerenciamento para o Programa Cisternas - SIG Cisternas,

cerca de 50% dos beneficiários principais da política são mulheres, e o mesmo se verifica com os

quintais produtivos e a criação animal associada às tecnologias.

Em que pese os avanços alcançados no atendimento a mulheres, alguns desafios perma-

necem, tais como: garantir apoio à implementação dos quintais agroecológicos; fortalecer as or-

ganizações econômicas de mulheres rurais; e, como macrodesafio e também horizonte de ação,

reconhecer e valorizar o protagonismo das mulheres rurais na produção orgânica e de base

agroecológica.

USO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS

RECURSOS GENÉTICOS

Visando promover, ampliar e consolidar processos de acesso, uso sustentável, gestão e ma-

nejo, recomposição e conservação de recursos naturais e ecossistemas, as ações do primeiro ciclo

do Planapo levaram à proposição de nova regulamentação do procedimento para acesso, pelos

agricultores(as) familiares organizados, aos bancos de germoplasma de pesquisa, nas diversas

unidades da Embrapa. Nesse sentido, foi aprovada pelo Conselho de Administração da Embrapa,

por meio da  Resolução nº 156, de 28 de março de 2016,  a Norma nº 037.013.001.001, intitulada

“Política para o Desenvolvimento de Parcerias e Negócios da Embrapa em Genética Vegetal”.

O referido Conselho aprovou também, por meio da Deliberação n. 02 de 05 de abril de 2016, a

Norma n. 037.013.001.002, intitulada “Orientações e Procedimentos para o Desenvolvimento de

Parcerias e Negócios da Embrapa em Genética Vegetal”, que possibilita o acesso aos bancos de

germoplasma da Embrapa.

Um importante passo foi a realização do mapeamento de organizações, redes e iniciati-

vas envolvidas com a conservação de recursos genéticos da agrobiodiversidade, de interesse da

agroecologia e da produção orgânica, que contribuirá para elaboração de políticas públicas que

ampliem o acesso às sementes e para apoiar a conservação e a multiplicação, distribuição e co-

mercialização de mudas e sementes crioulas e varietais.

Talvez um dos maiores desafios deste eixo se relacione à produção, conservação e distri-

buição de sementes adaptadas aos cultivos orgânicos e agroecológicos. O Planapo conseguiu

integrar recursos de diferentes fontes que permitiram o apoio a aproximadamente 700 bancos

comunitários de sementes, destacando-se o fato de alcançar mais de 12.000 agricultores (as) fa-

miliares inscritos no Cadastro Único. O elevado envolvimento dos produtores indica a importância

desta estratégia para a autonomia das unidades produtivas familiares sendo necessário assegurar

a continuidade da disponibilização de recursos para ampliar a abrangência alcançada até o mo-

mento.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

20

Destaca-se, também, que várias atividades de suporte relacionadas ao tema foram executa-

das, tais como: i) a produção de cartilhas orientadoras para obtenção e conservação de sementes

por agricultores (as); ii) o levantamento junto a instituições de pesquisas de espécies vegetais

com variedades de sementes mais adaptadas aos sistemas orgânicos de produção; iii) o apoio

a projetos envolvendo os núcleos de agroecologia; iv) a realização de cursos e a formação de

Unidades Demonstrativas para manejo e uso de adubos verdes; v) projetos em curso que permi-

tirão caracterizar variedades de espécies vegetais de importância para a soberania e segurança

alimentar e nutricional.

Neste período também foi lançado o Programa Nacional de Sementes e Mudas para a Agri-

cultura Familiar (PNSMAF), com o objetivo ampliar o acesso dos agricultores e agricultoras fa-

miliares às sementes e mudas de reconhecida qualidade e adaptadas ao território, fortalecendo

sistemas agroalimentares de base agroecológica, por meio do apoio a programas e ações destina-

dos a produção, melhoramento, resgate, conservação, multiplicação e distribuição desses mate-

riais propagativos. O Programa dispõe de diretrizes, eixos e instrumentos que visam à consecução

de seu objetivo, destacando a atuação conjunta entre os entes federados e as organizações da

sociedade civil ligadas ao tema e com inserção na agricultura familiar. Também foram assinados

convênios com alguns estados visando o resgate e valorização da produção de sementes crioulas

e a implantação de campos de multiplicação e demonstração de palma forrageira.

Além disso, um dos objetivos do Planapo era aprimorar os mecanismos para compra e dis-

tribuição de sementes crioulas e varietais e outros materiais propagativos de culturas alimentares

por meio de aquisições do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os ajustes realizados no

marco legal permitiram alcançar, em 2015, a execução de 2,8% do total de recursos aplicado no

PAA. Entretanto, este novo ciclo de planejamento deve incluir novo esforço de amadurecimento

e aperfeiçoamento do mecanismo, mantendo-se a interlocução com a sociedade civil.

Pode-se considerar que as estratégias e ações ligadas a recursos genéticos no primeiro ciclo

do Planapo, principalmente sementes, organizam-se em torno de três enfoques complementa-

res: sementes crioulas, sementes varietais e sementes orgânicas, tendo por princípio os direitos

dos(as) agricultores(as), povos e comunidades tradicionais ao livre uso da agrobiodiversidade,

com autonomia e protagonismo. O Planapo 2016-2019 trará desafios importantes nesses temas,

com destaque para a consolidação do Programa Nacional de Sementes e Mudas, o financiamento

de Unidades de Beneficiamento de Semente (UBS), a implantação e consolidação de bancos de

sementes e a produção de sementes orgânicas certificadas.

MANEJO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS

O diagnóstico do Planapo 2013-2015 indicava a necessidade de se valorizar o conhecimento

acumulado e os esforços dos povos e comunidades tradicionais no desenvolvimento de práticas

agroecológicas e orgânicas. Indicava também a necessidade de se ampliar o acesso das popula-

ções tradicionais extrativistas aos territórios de ocorrência de espécies da sociobiodiversidade.

Durante a vigência do Plano, foi realizado diagnóstico (levantamento socioeconômico) so-

bre a produção extrativista e de produtos da sociobiodiversidade pelas populações tradicionais

21PLANAPO 2016-2019

de Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável, em

um total de 77 Unidades de Conservação de Uso Sustentável com presença de comunidades

tradicionais. No próximo ciclo do Planapo, as instituições envolvidas poderão fazer uso efetivo

dessas informações, como elemento de direcionamento e otimização de recursos.

Em relação ao apoio às atividades extrativistas, cabe ressaltar que diversos produtos flores-

tais não madeireiros têm ampliado sua inserção em circuitos comerciais, o que promove geração

de renda, por um lado, mas intensifica a pressão sobre a capacidade governamental de suporte

a tais ações, por outro. Neste contexto, o fortalecimento de assistência técnica e extensão rural

específica para o extrativismo é essencial. Durante a execução do Planapo 2013-2015, houve um

esforço por viabilizar a formação de agentes técnicos em manejo florestal madeireiro e de espé-

cies da sociobiodiversidade, com enfoque em sistemas de base agroecológica. Esta ação permitiu

a oferta de Ater especializada em extrativismo a um número expressivo de famílias residentes nas

regiões alcançadas pelos biomas Amazônia e Cerrado.

Também foram executados, no período, projetos de formação e intervenção em educação

ambiental para o uso, gestão, manejo e conservação dos recursos naturais, com enfoque agroe-

cológico.

Não obstante tais iniciativas, é necessário ampliar a oferta de cursos especializados em

manejo florestal e extrativismo sustentável para agentes técnicos, sendo recomendável a oferta

regular de cursos nesta temática com execução regionalizada. É importante ainda dar continui-

dade e ampliar a ações de atendimento às famílias por meio de assistência técnica extrativista

especializada.

Outras iniciativas realizada durante a vigência do Planapo dizem respeito à elaboração de

parâmetros técnicos para o manejo sustentável de espécies e produtos florestais não madeirei-

ros, a consolidação de documentos contendo as diretrizes e orientações técnicas para adoção de

boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável orgânico e a elaboração de cadernos de

orientação para extrativistas produtores. Permanece como desafio a divulgação e uso dos mate-

riais técnicos produzidos, o fomento geral às boas práticas e que os quadros técnicos, sejam de

entidades públicas ou privadas, se apropriem desses conteúdos e auxiliem no trabalho junto aos

produtores.

O diagnóstico do Planapo 2013-2015 também indicava a importância da caracterização nu-

tricional de espécies nativas da flora brasileira de valor alimentício, atual ou potencial, para sub-

sidiar diferentes políticas e iniciativas relacionadas à segurança alimentar e nutricional, com o fim

de diversificar a dieta do brasileiro. Uma das iniciativas relacionadas ao tema, realizadas durante a

vigência do Plano, diz respeito à compilação de dados preliminares de espécies de frutas nativas.

Durante este novo ciclo de planejamento, cabe assegurar a realização de análises laboratoriais de

composição nutricional que subsidiarão a formulação de novos cardápios e a efetivação de ações

promocionais que incentivem a ampliação da base alimentar do brasileiro com o consumo desses

produtos.

Finalmente, cabe mencionar os esforços para a disseminação de tecnologias e práticas de

recuperação de áreas degradadas, iniciados por meio do desenvolvimento, em Ambiente Educa-

cional Web (AEW), de um sistema de informações acessível aos produtores e técnicos extensio-

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

22

nistas, contendo biblioteca de espécies nativas de todos os biomas brasileiros, com orientações

sobre coleta, região endêmica, melhor época de plantio, viabilidade econômica, além de informa-

ções sobre técnicas de recuperação aplicáveis a diversas situações e regiões do país.

ENERGIAS RENOVÁVEIS

A agroecologia se relaciona a temática de energias renováveis no que se refere à sustentabi-

lidade do sistema produtivo e ao aproveitamento adequado dos recursos naturais, especialmente

quanto ao tema de tratamento da biomassa produzida como resíduo no estabelecimento rural.

Este resíduo pode ser convertido em biofertilizante e composto orgânico, de forma a reduzir a

dependência de insumos externos para a produção agroecológica.

O Planapo 2013-2015 não apresentava iniciativas diretamente relacionadas ao tema. As

ações relacionadas a energia renováveis atualmente em curso no MDA estão centradas no for-

necimento de financiamento, por meio das linhas de crédito Pronaf Mais Alimentos e Pronaf Eco,

para equipamentos e sistemas de aproveitamento de biomassa e energia solar.

De outra parte, integram o Planapo 2016-2019 a elaboração e a implementação do Progra-

ma Nacional de Aproveitamento de Fontes Renováveis de Energia para a Agricultura Familiar,

que representará significativo avanço na institucionalidade da questão. Dentre os desafios a se-

rem enfrentados, para o efetivo avanço da geração e uso de energias renováveis pela agricultura

familiar, podem ser destacados: a adequação da legislação para permitir que os agricultores(as)

familiares possam ser vistos efetivamente como produtores de energia, segundo a concepção da

geração distribuída; a disponibilização de recursos apropriados à realidade dos agricultores(as)

familiares, muitas vezes descapitalizados e sem a possibilidade de acesso às linhas de crédito

disponíveis; garantir assistência técnica para o que já existe de tecnologia disponível; ampliar

pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de aproveitamento de fontes renováveis de energia

de pequeno porte; e reduzir os custos de implantação dos sistemas de aproveitamento de fontes

renováveis de energia, que estão ainda em um patamar muito alto.

SEGURANÇA HÍDRICA

Desde 2003, o governo federal vem apoiando a implementação de tecnologias sociais de

captação e armazenamento de água. Contudo, houve uma intensificação de esforços a partir de

2011, na articulação de órgãos de governos e entidades da sociedade civil para a formatação de

ações de acesso água, o que resultou na criação do Programa Nacional de Universalização do

Acesso e Uso da Água - Água para Todos, por meio do Decreto nº 7.535, de 26 de julho de 2011,

com objetivo de universalizar o acesso à água na zona rural dos municípios brasileiros. Outro

importante avanço no processo de implementação de tecnologias sociais de acesso à água foi a

instituição de novo arcabouço legal, a partir de 2013 (Lei nº 12.873/2013 e Decreto n.º 8.038/2013),

que regulamentou o Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e Outras Tecno-

logias Sociais de Acesso à Água - Programa Cisternas.

A implantação de unidades de tecnologias sociais de acesso à água para produção de ali-

mentos (Segundo Água) integrou o Planapo 2013-2015 e resultou na implementação de mais de

23PLANAPO 2016-2019

1 bilhão de cisternas em unidades de produção orgânica e de base agroecológica no semiárido

nordestino, com importante efeito sinérgico sobre as demais ações de fomento do Plano Brasil

Sem Miséria. Entretanto, o desafio da segurança hídrica no ambiente da produção orgânica e de

base agroecológica ainda permanece premente, principalmente no semiárido nordestino.

REGULARIZAÇÃO E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

A Lei nº 12.651/2012 (Código Florestal) estabeleceu uma série de instrumentos para a re-

gularização e recuperação ambiental dos imóveis rurais. Dentre eles, destacam-se o Cadastro

Ambiental Rural (CAR) e os Programas de Recuperação Ambiental (PRA), que possuem ações de

fomento no Planapo.

Nesse sentido, no final de 2015, houve a inserção de atividade específica de elaboração do

CAR pelas equipes de Ater, em todos os contratos de assistência técnica e extensão rural do MDA

vigentes (167 contratos), por meio de um aditivo contratual, que prevê investimentos totais de

R$ 81.776.725,40. Com este aditivo, visa-se alcançar 173.740 imóveis rurais. Adicionalmente, até

2017, novas iniciativas visam fomentar a inscrição de mais 100 mil imóveis rurais no CAR, incluindo

territórios de povos e comunidades tradicionais.

Adicionalmente, Programas de Regularização Ambiental (PRA) terão sua implementação

apoiada em todas as Unidades da Federação. 20 projetos de recuperação de Áreas de Preserva-

ção Permanentes (APPs) serão implantados em diferentes bacias hidrográficas e biomas. Além

disso, com vistas a subsidiar a recuperação ambiental nos diferentes biomas, uma plataforma

informatizada será disponibilizada, pela Embrapa, contendo informações sobre espécies, tecnolo-

gias e sistemas de produção de mudas. A plataforma, além de possuir caráter informativo, permi-

tirá aos agricultores(as) familiares, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicio-

nais elaborarem projetos de recuperação ambiental, com incorporação de soluções compatíveis

com a realidade local.

A partir dessas iniciativas espera-se contribuir para a promoção da conservação dos ecos-

sistemas naturais e da recomposição dos ecossistemas modificados.

CONHECIMENTO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (Ater)

Desde 2003, a agroecologia foi incorporada aos princípios da Política Nacional de Assistên-

cia Técnica e Extensão Rural (Pnater), o que se refletiu no direcionamento de recursos de Ater

para a disseminação de práticas agroecológicas no campo, por meio de várias chamadas públicas

lançadas pelo MDA, que financiaram a atividade dos extensionistas e agentes de ATER que atuam

com este enfoque.

Neste sentido, foram lançadas chamadas públicas nas modalidades Ater Agroecologia e

Ater Sustentabilidade, que permitiram o atendimento a mais de 100.000 famílias, e na modali-

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

24

dade ATER Extrativista, que ofereceu serviços especializados a 26.000 famílias beneficiárias do

Bolsa Verde. A oferta de serviços de Ater para pescadores artesanais e aquicultores familiares,

com recursos do extinto Ministério da Pesca e Aquicultura, também foi uma inovação trazida pela

Planapo. Apesar dos números expressivos, permanece, para o novo ciclo de implementação da

política, o desafio de ampliar o montante de recursos disponibilizados para a Ater agroecológica

e o número de agricultores(as) atendidos.

Além da oferta de serviços de Ater, foram promovidas ações de capacitação, disseminação

de conhecimentos e intercâmbio, que resultou na qualificação de um conjunto significativo de

agentes de Ater em agroecologia, sendo necessário dar continuidade a esse esforço, com o fim

de ampliar o número de técnicos(as) preparados(as) para dar suporte à produção orgânica e de

base agroecológica.

Uma inovação do Planapo foi a previsão de que pelo menos 30% das equipes técnicas de

agentes de Ater fossem compostas por jovens, com idade entre 18 e 35 anos. Mecanismo se-

melhante vem sendo adotado em relação à participação de mulheres nas atividades da Ater. O

Planapo previu que pelo menos 50% dos beneficiários sejam mulheres e 30% dos recursos das

Chamadas Públicas de Ater com enfoque agroecológico, lançadas pelo MDA e pelo INCRA, sejam

aplicados em atividades específicas para mulheres.

Para o próximo ciclo do Plano, considera-se necessário avançar especialmente na prestação

de serviços de Ater nas Reservas Extrativistas. Também será preciso superar a dificuldade inicial

de identificação e localização das famílias e inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira

(RGP), e ampliar o acesso à Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).

Um elemento estrutural importante que passou a integrar o panorama da assistência téc-

nica e extensão rural, durante a vigência do primeiro ciclo do Plano, foi a criação e entrada em

funcionamento da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Há previ-

são de que os primeiros recursos sejam executados pela Agência ao longo de 2016. Se, por um

lado, a sociedade passa a contar com um instrumento potente de execução de serviços de Ater, é

necessário assegurar que os avanço obtidos na oferta de Ater adaptada a públicos específicos —

extrativistas, mulheres, jovens e povos e comunidades tradicionais — e no uso de metodologias

participativas sejam internalizadas em seu modo de operação.

ENSINO E PESQUISA

A inclusão e o incentivo à abordagem da agroecologia e dos sistemas orgânicos de produ-

ção nos diferentes níveis e modalidades de educação e ensino representam alguns dos principais

desafios a serem superados com a implantação do Planapo.

A implantação do Planapo 2013-2015 trouxe números expressivos de alunos(as) matricu-

lados(as) em cursos técnicos em agroecologia e nos cursos de formação inicial e continuada ou

qualificação profissional de Auxiliar de Agroecologia ou com enfoque agroecológico, destacan-

do-se o desenvolvimento de conteúdos específicos relacionados à agroecologia.

25PLANAPO 2016-2019

Por outro lado, por meio do Pronera, assumiu-se o compromisso de promover educação

formal de base agroecológica para assentados(as) de reforma agrária e seus filhos(as), inserindo

a juventude rural na temática.

Outro avanço foi o início do Pronatec Bolsa-Verde Extrativismo, que atendeu extrativistas resi-

dentes em territórios de Unidades de Conservação Federais, beneficiários do Programa Bolsa Verde.

Entretanto, é necessário ampliar a execução de atividades de formação com conteúdos

específicos de agroecologia aplicáveis a sistemas extrativistas e florestais. Também há questiona-

mentos em relação à operacionalização da Bolsa-Formação no âmbito do Pronatec Campo, assim

como necessidade de qualificar a oferta de Educação Profissional e Tecnológica do Campo, das

Florestas e das Águas nas redes públicas. Nesse sentido, foi criada a Comissão Nacional de Edu-

cação Profissional e Tecnológica do Campo, das Florestas e das Águas nas redes públicas, no âm-

bito da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/SETEC/MEC, que tem como objetivos:

subsidiar a construção, o desenvolvimento e a avaliação das políticas de Educação Profissional

e Tecnológica que atendam às especificidades dos povos do campo, das florestas e das águas;

propor referenciais e diretrizes para as Redes Públicas que atendam às especificidades dos povos

do campo, das florestas e das águas; e acompanhar a operacionalização da Bolsa-Formação no

âmbito do Pronatec e propor melhorias nos processos relacionados ao atendimento dos povos do

campo, das florestas e das águas.

A iniciativa de formação de educadores(as) ambientais e agentes populares de educação

ambiental na agricultura familiar, com enfoque agroecológico, teve resultados importantes, assim

como diversas outras iniciativas específicas de educação em agroecologia e produção orgânica,

voltadas aos(às) trabalhadores(as) rurais e alunos(as) de nível médio e superior.

No que se refere à formação técnica, observa-se a necessidade de definir prioridades que

atendam a diversidade da agricultura familiar, no que tange ao alcance regional; e desenvolver

uma estrutura logística mais adequada às características regionais, que favoreça a participação de

agricultores(as) das diferentes regiões do país.

Também se apresenta como desafio do Planapo a estruturação de iniciativas de que forta-

leçam e ampliem os processos de construção e socialização de conhecimentos em agroecologia

e produção orgânica, por meio da pesquisa e da aproximação dos saberes popular e científico e

da maior articulação entre pesquisadores(as), formadores(as), agentes de Ater, extensionistas e

agricultores(as) no compartilhamento de conhecimentos.

Como ação relacionada a esta temática, houve a criação, pela Embrapa, de um Portfólio de

Sistemas de Produção de Base Ecológica, além de dois arranjos regionais de agroecologia, no

Nordeste e no Centro-oeste, com uma visão articulada sobre o tema. Além disso, foram lançadas

chamadas específicas para estimular a elaboração de projetos de pesquisa na área de agroecolo-

gia e produção orgânica, sendo que mais de 100 projetos estiveram em execução.

A necessidade de consolidação institucional da agroecologia e produção orgânica induziu

à realização de iniciativas de capacitação de pesquisadores e à disponibilização de cursos e es-

tágios para jovens cientistas. Considera-se que resultados importantes têm sido alcançados no

sentido de constituir uma malha de pesquisadores e centros de pesquisa que reconhecem a im-

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

26

portância da agricultura familiar e da agroecologia. Em adição, a Embrapa aprovou, em 2015, um

conjunto de projetos que formaliza a relação entre a Empresa e os Centros Familiares de Forma-

ção por Alternância, ampliando a interação com os Centros.

Deve ser destacado o apoio concedido aos Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEA)

estruturados em torno de universidades, institutos federais e centros de pesquisa. Os núcleos

tem desempenhado um importante papel na construção e compartilhamento de conhecimen-

tos agroecológicos. Foram alcançados por atividades relacionadas à agroecologia e produção

orgânica realizadas pelos NEA mais de 45 mil beneficiários(as), entre agricultores(as) familiares,

agentes de Ater e outros públicos. Neste novo ciclo do Planapo, é importante que se estabeleça

um processo de articulação institucional mais coeso em torno dos Núcleos e de maior divulgação

e acompanhamento das atividades realizadas, de forma a promover maior compartilhamento dos

resultados científicos e educacionais alcançados.

Cabe destacar também a execução, no âmbito das universidades, dos Programas e Proje-

tos em Extensão Universitária (Proext) com enfoque agroecológico, que incluíram a definição

de linhas de apoio a Estágios Interdisciplinares de Vivência (EIV) e a realização de iniciativas

estudantis com enfoque agroecológico. Este é um espaço estratégico para a política, no âmbito

educacional, cujos benefícios serão ampliados com a maior aproximação do Ministério da Edu-

cação (MEC), de forma a, por um lado, obter-se maior profundidade na definição dos objetivos e

mecanismos de operacionalização do Programa relativos à agroecologia, e por outro, promover

maior divulgação das ações realizadas e compartilhamento dos resultados.

COMUNICAÇÃO

O PLANAPO previu a criação de estratégias de comunicação para a produção e disponibili-

zação de conhecimentos sobre agroecologia, sociobiodiversidade e produção orgânica em diver-

sas mídias. Ao longo dos três anos de execução do Plano foram produzidos alguns materiais de

comunicação relevantes como o Guia Alimentar para a População Brasileira, Alimentos Regionais

Brasileiros, Caderno PRONAF Agroecologia, Mulheres e Agroecologia – Coletânea sobre Estudos

Rurais e Gênero, os Cadernos de Boas Práticas para o Extrativismo Sustentável Orgânico, e o Ca-

derno do Plano de Manejo Orgânico.

Entretanto não se conseguiu avançar na definição de uma estratégia coordenada de co-

municação para a disponibilização de conhecimentos sobre agroecologia, sociobiodiversidade e

produção orgânica, o que pode ser apontado como um dos pontos que devem ser priorizados na

gestão do Planapo 2016-2019.

JUVENTUDE RURAL

A juventude requer atenção diferenciada por meio de políticas públicas específicas. O tema

juventude rural perpassa todos os eixos do Planapo, mas recebe destaque especial por meio de

ações específicas que estão articuladas com o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural.

Além disso, por meio do incentivo a produção agrícola diferenciada, com enfoque na sustentabi-

27PLANAPO 2016-2019

lidade e na agroecologia, o Planapo tem condições de aprofundar um diálogo com a juventude

rural e estimular sua permanência no campo.

Durante o primeiro ciclo do Plano, foi executada iniciativa visando fortalecer a inclusão

social e produtiva de jovens rurais, por meio da formação agroecológica e cidadã. Foi utilizada a

metodologia de formação de formadores, pela qual um grupo de jovens é preparado para a multi-

plicação de saberes em outras turmas. Na mesma linha metodológica, foi desenvolvido o Progra-

ma de Formação Agroecológica e Cidadã, do qual participaram diversas instituições federais de

ensino superior, cada uma responsável por formar jovens, por meio da estratégia de formação de

formadores e multiplicadores e com base nos princípios da pedagogia da alternância.

A promoção de Ater agroecológica para a juventude rural resultou no lançamento de uma

chamada pública específica, cujos contratos respectivos foram executados ao longo do período

2013-2015 com base na pedagogia da alternância e utilizando-se de enfoque territorial. Também

há previsão de execução de outra chamada pública para este público, a partir do primeiro trimes-

tre de 2016.

Também foi lançada durante a vigência do Planapo, chamada pública visando promover a

formação técnica de 1.600 estudantes de ensino médio em manejo florestal madeireiro e de espé-

cies da sociobiodiversidade, com enfoque em sistemas de base agroecológica. A ação selecionou

instituições de ensino técnico da Amazônia e Caatinga, interessadas em promover cursos sobre

manejo florestal de uso múltiplo para os estudantes.

Permanece para este novo ciclo de planejamento a necessidade de aproximar a juventude

rural da temática agroecológica, nas atividades relacionadas à educação básica à qualificação

profissional e ao desenvolvimento da participação cidadã. É necessário ainda apoiar as asso-

ciações e cooperativas da juventude rural, como forma de promoção da organização produtiva

e associativa desses jovens. A formação por alternância deve ser priorizada, sendo necessário

investir nas escolas agrícolas, seja no que se refere à formação de seus quadros técnicos, seja na

garantia de condições de infraestrutura e de capacidade de custeio adequadas. Por fim, deve-se

manter o esforço de ampliar o número de jovens alcançados com Ater de qualidade, respeitadas

as especificidades deste público.

COMERCIALIZAÇÃO E CONSUMO

MERCADOS INTITUCIONAIS

As compras governamentais têm desencadeado um processo de organização da produção

familiar orgânica e de base agroecológica e desempenhado importante papel na provisão de no-

vos espaços de comercialização e geração de renda.

O Planapo previu um conjunto de ações dirigidas à promover a qualificação de Organi-

zações Econômicas Familiares (OEF), nas áreas da gestão organizacional, financeira. técnica e

ambiental. Chamadas públicas como a de ATER Mulheres e de organização produtiva têm

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

28

contemplado atividades de capacitação, elaboração de projetos e assessoria aos grupos que

acessam o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, o Programa Nacional de Alimentação

Escolar - PNAE e a Política de Garantia de Preços Mínimos - PGPM.

Cabe registrar que, entre 2013 e 2015, observou-se um ligeiro aumento da percentagem de

recursos do PAA destinados às aquisições de alimentos orgânicos e de base agroecológica. No

entanto, este aumento não foi suficiente para o alcance da meta de 5% estabelecida no Planapo.

Uma das limitações para se chegar a este patamar é a dificuldade de identificar e contabilizar

as aquisições destes alimentos, em razão de lacunas de regulamentação. Outro obstáculo diz

respeito a ausência de um banco de informações devidamente detalhadas e mapeadas sobre a

produção de alimentos agroecológicos e orgânicos, que possam subsidiar os órgãos públicos

responsáveis pelo Programa.

Destaca-se ainda que, durante a vigência do Plano, foram disponibilizados recursos especí-

ficos da PGPM para aquisição e subvenção de produtos da sociobiodiversidade, orgânicos e de

base agroecológica, o que se deu na forma de subvenção aos produtores extrativistas. Observa-

se que a promoção de maior divulgação da política é condição essencial para a ampliação do

acesso dos produtores a seus benefícios.

Outro importante desafio presente no Planapo 2013-2015 foi a ampliação das aquisições

de produtos orgânicos e agroecológicos no âmbito do PNAE. Em 2013 e 2014, as aquisições de

produtos orgânicos e agroecológicos pelo PNAE mantiveram-se estáveis, em torno de 3% do

orçamento previsto. Foram implementadas iniciativas visando monitorar a inclusão dos gêneros

orgânicos e agroecológicos nas aquisições do PNAE, tendo sido constatada a necessidade de

aprimoramento do Sistema de Prestação de Contas sobre a execução do Programa, para qualifi-

car este monitoramento. Investiu-se também na formação de responsáveis técnicos pela alimen-

tação escolar nas entidades executoras e na produção de material informativo para incentivar

a inclusão dos gêneros orgânicos e agroecológicas nos cardápios escolares. Considera-se que

ainda existe carência de conhecimentos sobre os procedimentos e as limitações da inclusão de

alimentos orgânicos e agroecológicos na alimentação escolar, sendo necessária a realização de

pesquisa qualitativa mais ampla sobre o tema. É oportuno lembrar que, para efetivar a inclusão de

alimentos orgânicos e agroecológicos nas aquisições do PNAE, é importante que os nutricionis-

tas, responsáveis técnicos pela alimentação escolar, tenham acesso ao mapeamento da produção

orgânica e agroecológica da região.

COMERCIALIZAÇÃO E ABASTECIMENTO

Se por um lado é preciso destacar o esforço empreendido para ampliar as compras gover-

namentais de produtos orgânicos e de base agroecológica no primeiro ciclo de implementação do

Planapo, não se pode deixar de registrar que houve pouco avanço na ação pública em torno de

outros mercados. Houve avanços importantes na organização dos produtores para atingir merca-

dos institucionais, mas é preciso redobrar esforços para organizar e informar os consumidores e

aproximá-los da produção orgânica, por meio de novos pontos de distribuição.

29PLANAPO 2016-2019

Este novo ciclo do Planapo deve se voltar para a construção de uma estratégia nacional

de abastecimento das populações urbanas com alimentos orgânicos e de base agroecológica. É

preciso uma interlocução com as Centrais de Abastecimento (CEASA), visando à ampliação da

disponibilidade desses alimentos em atacado. Além disso, observa-se grande movimentação na

criação de novos pontos de distribuição em locais públicos, na forma de feiras, incentivada pela

Ater em diversos estados. É necessária uma ação estruturante que potencialize essas iniciativas e

veicule recursos para sua ampliação.

É preciso, ainda, investir na conscientização dos consumidores como atores na construção

da oferta de produtos saudáveis, o que implica destinar recursos para a organização conjunta de

consumidores e produtores que leve à ampliação da aquisição de alimentos orgânicos e de base

agroecológica, por cooperativas de consumo existentes e incentivo à criação de novas. Já se veri-

fica também a formação de arranjos como a “Comunidade que Sustenta a Agricultura” (Commu-

nity Supported Agriculture – CSA), que podem ser incentivadas pelo Planapo.

De maneira complementar, seria relevante disponibilizar recursos públicos para a realização

de eventos que promovam parcerias entre organizações de agricultores(as) e pequenas redes

familiares de varejo local, redes de restaurantes naturais e lojas especializadas em produtos “sau-

dáveis” em centros urbanos de médio e grande porte.

PROMOÇÃO COMERCIAL E CONSUMO RESPONSÁVEL

As atividades de promoção comercial desempenham um importante papel na abertura de

novos mercados para os produtores orgânicos e de base agroecológica e na consolidação da im-

portância e imagem desses produtos no que se refere ao consumo.

A presença de produtos da sociobiodiversidade, orgânicos e de base agroecológica em

feiras promocionais é parte integrante deste esforço. Nesse sentido, o Planapo previu a alocação

de recursos para a participação de agricultores(as) familiares, assentados(as) da reforma agrária

e povos e comunidade tradicionais na Feira Biobrazil e duas edições da Biofach.

Destaca-se também a realização da mostra “Brasil Agroecológico Feito por Elas”, evento

que buscou valorizar e exibir a produção de alimentos saudáveis e de base agroecológica por

grupos de mulheres rurais.

Outra estratégia promocional tem sido a realização de campanhas anuais, destacando-se,

neste sentido, a promoção da Semana Nacional do Alimento Orgânico, que tem sido realizada há

11 anos.

TERRA E TERRITÓRIOO marco conceitual e a prática da agroecologia e produção orgânica relacionam-se com a

reforma agrária em sentido duplo. Por um lado, ele tem influência sobre as estratégias adotadas

na reforma agrária. Por outro, a sua consolidação depende do acesso dos produtores à terra e do

apoio disponibilizado para seu efetivo assentamento produtivo.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

30

É possível estabelecer duas linhas de influência da agroecologia sobre a reforma agrária. Pri-

meiro, as formulações teóricas da agroecologia, em seu conteúdo, além de pontuar a necessidade

de construir estilos de desenvolvimento/agriculturas mais sustentáveis, trazem a necessidade de

articulação com outras pautas, dentre ela a garantia dos territórios para a agricultura familiar

camponesa, povos e comunidades tradicionais, etc. Além disso, pela sua contribuição na constru-

ção social das organizações dos agricultores(as), que ao se inserirem nessa temática, passam a

propor e cobrar que as políticas públicas fomentem a produção de base agroecológica.

Atualmente, além da demanda de potencializar a agroecologia nos assentamentos da re-

forma agrária, o INCRA assumiu mais dois desafios, promover políticas públicas do Programa

Nacional de Reforma Agrária nas Reservas Extrativistas, e, recentemente, promover tais políticas

nas áreas quilombolas. Além dos assentamentos ambientalmente diferenciados, o INCRA assume

mais dois públicos de comunidades tradicionais. Para atender a esta demanda, o INCRA vem bus-

cando formular uma ação transversal de agroecologia em toda a Diretoria de Desenvolvimento

de Assentamentos, para qualificar a sua execução em conformidade com os aspectos culturais/

tradicionais do público da reforma agrária e para potencializar a produção de base agroecológica.

A estratégia se encontra em construção e espera-se que sua implementação ocorra durante

a vigência do Planapo 2016-2019. Ela visa trabalhar as políticas públicas com a visão territorial, ou

seja, conectar as ações em conformidade com a potencialidade dos territórios. Seu primeiro passo

é a garantia dos territórios para as famílias, assegurando a entrega dos documentos comprobató-

rios (CCU/CDRU) e a implementação das políticas públicas com enfoque na agroecologia (Ates,

Terra Sol, Terra Forte, Pronera e fomento).

Podemos destacar como principais desafios, primeiramente, a necessidade de formação do

público da reforma agrária, de tal forma que possibilite identificar os espaços propícios para de-

senvolvimento da agroecologia e suas necessidades de implementação, levando em consideração

a diversidade dos territórios, sua dimensão e distribuição no espaço agrário. Além disso, é neces-

sária a formação em agroecologia para as Superintendências Regionais do INCRA, sobretudo para

os servidores que operam a política de desenvolvimento de assentamentos.

Como desafio para organizar todas as iniciativas desenvolvidas em agroecologia no âmbito

da reforma agrária, serão buscadas ferramentas para sistematizar experiências e formar um banco

de dados sobre agroecologia na reforma agrária.

O conjunto de iniciativas assumidas no Planapo 2016-2019 tem como objetivos: tornar os

assentamentos da reforma agrária mais sustentáveis e fornecedores de diferentes produtos para

sociedade sem danos aos recursos naturais; melhorar a segurança alimentar das famílias assenta-

das; aumentar a geração de renda local; valorizar os conhecimento gerados no âmbito da reforma

agrária, seja por instituições parceiras, seja pelas famílias; qualificar a política pública no contexto

dos povos e comunidades tradicionais; de forma geral, contribuir, por meio da reforma agrária

para a construção da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.

Na área quilombola, dois grandes desafios foram lançados ao Planapo: (1) revisão da Ins-

trução Normativa que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimi-

tação, demarcação, desintrusão, titulação e registro das terras ocupadas por remanescentes das

comunidades dos quilombos, por entender que esta dificulta o processo de demarcação de terras

31PLANAPO 2016-2019

quilombolas; e (2) a elaboração do I Plano Estratégico Nacional de Titulação dirigido à finalização

de todos os mil duzentos e noventa procedimentos administrativos de titulação de territórios

quilombolas instaurados pelo INCRA, com indicação das ações de curto, médio e longo prazo

requeridas para sanar a demanda.

Além da reforma agrária, damos destaque também a abordagem agroecológica no âmbito

das demais políticas de governança fundiária, como o crédito fundiário, perpassando pela regula-

rização fundiária, os ordenamentos fundiários e territorial, o mercado de terras e as políticas agrí-

colas de fomento à produção. A terminologia governança pode ser definida, segundo as diretrizes

da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - FAO, como, a totalidade

de interações das quais participam governos, iniciativa privada e organizações sociais, dirigidas a

resolver conflitos e criar oportunidades.

Para dar uma nova dimensão à governança fundiária, o crédito fundiário vem atuando em

parceria com estados e sociedade civil, utilizando-se de elementos que permitam maior transpa-

rência e controle social e estimulando ações junto aos agricultores(as) em seus sistemas produti-

vos, a partir de bases sustentáveis, que propiciem dinamização das cadeias produtivas, garantin-

do incremento na renda e melhoria na qualidade de vida das famílias beneficiárias.

Cumpre destacar que o Programa Nacional de Credito Fundiário, como política pública de

acesso à terra, vem introduzindo, em suas ações e metodologias de trabalho, bem como na im-

plementação de políticas públicas, o enfoque agroecológico como elemento central do desenvol-

vimento das famílias, atendendo uma significativa parcela da população anteriormente excluída e

em situação de extrema pobreza.

Em relação às ações de regularização fundiária, cabe destacar a importância do conheci-

mento e da gestão da malha fundiária e do território, a partir da existência de um cadastro seguro

e confiável de imóveis rurais, georreferenciado, integrado e atualizado. A atual gestão do territó-

rio, com o conhecimento da malha fundiária e pelo trabalho de reconhecimento da titularidade

e registro de imóveis rurais, exerce um importante papel na consolidação da agricultura familiar,

como geradora de renda e autonomia das famílias.

As políticas de reforma agrária, crédito fundiário e regularização fundiária representam fer-

ramentas importantes para o exercício de uma boa governança fundiária num contexto territorial.

Cabe destacar que está em fase de normatização nas ações da Ater para o Programa Nacio-

nal de Crédito Fundiário - PNCF, estabelecer diretrizes com bases agroecológicas que orientem

um novo modelo de desenvolvimento agrícola sustentável com produção de alimento saudável e

ambientalmente justo, focado no tratamento de resíduos e dejetos de animais com possível apro-

veitamento energético; na gestão da unidade produtiva, compatibilizando a implantação de sis-

temas produtivos sustentáveis com os recursos naturais e financeiros disponíveis e incentivando

os agricultores(as) familiares no uso de prática de manejo agroecológico e conservação de solo

e água nos sistemas produtivos e na transição para o uso de insumos produtivos sustentáveis,

de forma a diminuir possíveis impactos negativos a saúde da família e no meio ambiente e esti-

mulando a adoção de tecnologias sustentáveis e adequadas às diferentes atividades produtivas

desenvolvidas pelos(as) agricultores(as) familiares.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

32

Destaque-se como principal desafio a necessidade de formação do público da reforma agrá-

ria, do crédito fundiário e da regularização fundiária, de forma a identificar os espaços propícios

para desenvolvimento da agroecologia e suas necessidades, levando em consideração a diversi-

dade dos territórios, sua dimensão e distribuição no espaço agrário.

SOCIOBIODIVERSIDADEPara o Secretariado da Convenção da Diversidade Biológica da Organização das Nações

Unidas (SCDB/ONU), a biodiversidade é fundamental para as populações, pois sustenta grande

variedade de serviços ecossistêmicos dos quais as sociedades humanas dependem. Assim, as

diversidades cultural e biológica estão intimamente interligadas. A biodiversidade ocupa espaço

central em diversas culturas e religiões e, usualmente, a maneira como os recursos naturais são

explorados e manejados influenciam a conservação da biodiversidade.

Para a FAO/UNESCO (1992)1, a diversidade cultural humana deve ser considerada parte

da biodiversidade, na medida em que alguns de seus atributos “representam ‘soluções’ aos pro-

blemas de sobrevivência em determinados ambientes”. A diversidade cultural seria manifestada

“pela diversidade de linguagem, de crenças religiosas, de práticas de manejo da terra, na arte, na

música, na estrutura social, na seleção dos cultivos agrícolas, na dieta e em todos os outros atri-

butos da sociedade humana.”

No Brasil, a sociobiodiversidade é composta por indígenas, quilombolas, castanheiros, serin-

gueiros, ribeirinhos, caiçaras, pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, catingueiros,

geraizeiros, comunidades de fundo de pasto, faxinalenses, camponeses, que compõem os Povos

e Comunidades Tradicionais - PCT.

Suas principais características em comum são o extrativismo e a sua dependência para com

a floresta, nas suas mais diferentes formas. Se por um lado a maior causa de perda da biodiversi-

dade é o desflorestamento, por outro, os modos de vida e a integração dos extrativistas ao meio

ambiente têm sido frequentemente associados à proteção da biodiversidade.

Os sistemas de conhecimento tradicionais e extrativistas são construídos ao longo dos sé-

culos de convivência com o meio ambiente. Daí a importância da manutenção dessas populações

naqueles locais em que foi construída a sua identidade. Para isso é fundamental o conhecimento

sobre as populações residentes nas Unidades de Conservação e outras áreas de interesse am-

biental para se assegurar que o marco legal abra espaço para a manutenção de suas formas de

produção e reprodução em seus locais de origem.

Ao longo dos anos, os povos e comunidades tradicionais criaram uma identidade que permi-

tiu que essas populações construíssem uma agenda de demandas compartilhada com o governo.

Esse processo resulta no sancionamento do Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, que

institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais

1 Disponível em https://portals.iucn.org/library/node/10371, acesso em 26/04/2016.

33PLANAPO 2016-2019

(PNDSPCT) e determina a elaboração do Plano Nacional para a Promoção das Cadeias dos Pro-

dutos da Sociobiodiversidade (PNPSB).

A construção do PNPCPS segue então orientada a partir de informações obtidas em semi-

nários que identificaram diversos produtos regionais como açaí, piaçava, carnaúba, babaçu, cas-

tanha-do-brasil, borracha, copaíba, andiroba, pequi e buriti, subsidiando a definição dos arranjos

produtivos que deveriam ser priorizados. O termo “produtos da sociobiodiversidade”, é cunhado

a partir dos seminários regionais significando “Bens e serviços (produtos finais, matérias-primas

ou benefícios) gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias

produtivas de interesse dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores(as) familiares,

que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos

decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente

em que vivem”.

Esse esforço inclui uma estratégia bem sucedida de promoção junto ao mercado comprador

e aos consumidores que resulta no aumento da visibilidade do conceito “sociobiodiversidade” e

dos produtos extrativistas. Como parte desse processo, a Praça da Sociobiodiversidade é uma

das ações que merece destaque por ter favorecido o diálogo com o setor empresarial.

Também foram determinantes os programas de compras governamentais destacando-se

PAA, PNAE e a criação da PGPMBio. Foram lançados editais de ATER diferenciados por região,

público e produtos prioritários e o CNS e o MIQCB se tornaram emissores de DAP auxiliando o

acesso ao crédito do Pronaf.

Como resultado de todo esse esforço, consolida-se a visibilidade dos produtos extrativistas

junto ao mercado consumidor, passando em curto período de tempo, de um consumo local em

pequena escala, para a obtenção e distribuição desses produtos encontrados hoje nas prateleiras

dos supermercados. O reconhecimento de seu valor nutricional, social e ambiental os consolida

como itens relevantes na alimentação escolar de suas regiões de origem.

A enorme identidade dos PCT com a política de agroecologia e produção orgânica resultou

na transferência de energia anteriormente destinada ao PNPSB para a criação de novas sinergias

já no âmbito do Planapo.

As diferentes ações voltadas para a sociobiodiversidade que já vinham sendo executadas

no Planapo ganham força neste novo ciclo de planejamento. Dessa forma, os recursos do PPA or-

ganizados no PNPSB passam a ser executados pelo Planapo, no Eixo Sociobiodiversidade, criado

para assegurar a continuidade e a expansão da articulação institucional, construída em torno dos

PCT e dos produtos da sociobiodiversidade.

As discussões do Planapo, realizadas no âmbito da Subcomissão Temática de Sociobio-

diversidade da CNAPO e da Câmara Temática de Sociobiodiversidade da CIAPO, levaram ao

estabelecimento de um núcleo de ações que tratam, em primeiro lugar, da disseminação de co-

nhecimentos e informações que demonstrem a importância da sociobiodiversidade e dos PCT e

ampliem a visibilidade e o consumo dos produtos da sociobiodiversidade. Haverá também es-

forço para fortalecer as formas tradicionais de organização social e produtiva e fomentar o uso

e a conservação da biodiversidade e promoção do extrativismo e agroextrativismo sustentável.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

34

Para isso, será necessário investir no aprimoramento e na ampliação da prestação de serviços de

assistência técnica e extensão rural (ATER) e da formação profissional dos PCT e no aperfeiçoa-

mento da infraestrutura de beneficiamento e distribuição dos produtos da sociobiodiversidade,

permitindo ampliar a inserção dos produtos da sociobiodiversidade nos mercados institucionais e

mercados diferenciados locais, regionais e internacionais.

35PLANAPO 2016-2019

DIRETRIZES E IMPLICAÇÕES DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

As diretrizes da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que são tam-

bém aquelas que orientam a elaboração e execução do Planapo, são as seguintes, de acordo com

o art. 3º do Decreto nº 7.794/2012:

I – promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimen-

tação adequada e saudável, por meio da oferta de produtos orgânicos e de base agroeco-

lógica isentos de contaminantes que ponham em risco a saúde;

II – promoção do uso sustentável dos recursos naturais, observadas as disposições que re-

gulem as relações de trabalho e favoreçam o bem-estar de proprietários e trabalhadores;

III – conservação dos ecossistemas naturais e recomposição dos ecossistemas modificados,

por meio de sistemas de produção agrícola e de extrativismo florestal baseados em recur-

sos renováveis, com a adoção de métodos e práticas culturais, biológicas e mecânicas, que

reduzam resíduos poluentes e a dependência de insumos externos para a produção;

IV – promoção de sistemas justos e sustentáveis de produção, distribuição e consumo de

alimentos, que aperfeiçoem as funções econômica, social e ambiental da agricultura e do

extrativismo florestal e priorizem o apoio institucional aos beneficiários da Lei nº 11.326, de

24 de julho de 2006;

V – valorização da agrobiodiversidade e dos produtos da sociobiodiversidade e estímulo

às experiências locais de uso e conservação dos recursos genéticos vegetais e animais, es-

pecialmente àquelas que envolvam o manejo de raças e variedades locais, tradicionais ou

crioulas;

VI – ampliação da participação da juventude rural na produção orgânica e de base agroe-

cológica; e

VII – contribuição na redução das desigualdades de gênero, por meio de ações e programas

que promovam a autonomia econômica das mulheres.

A internalização destas diretrizes requer um elevado grau de articulação da Pnapo com

outras agendas e pautas de políticas públicas. De fato, a Pnapo visa articular ações de apoio à

produção, consumo e comercialização de alimentos agroecológicos e orgânicos, além de progra-

mas conexos nas áreas de conhecimento, cultura e preservação ambiental. Nesse sentido, atua

conjuntamente na construção e reforço de políticas como assistência técnica e extensão rural,

segurança alimentar, reforma agrária, mudanças climáticas, dentre outras, além de ser fortalecido

pela estruturação e avanço em tais agendas.

Cabe ressaltar, nesse aspecto, que com o fortalecimento da agroecologia como política

pública, especialmente após 2012, avança-se na ampliação do acesso a recursos públicos para

a produção primária e na criação de instrumentos de desenvolvimento rural específicos para a

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

36

agricultura familiar orgânica e sob base agroecológica. Nesse sentido, os instrumentos de Ater,

crédito e comercialização para a agricultura familiar sofrem ajustes com o fim de se adaptarem

aos sistemas de produção agroecológicos e orgânicos.

De outra forma, a agroecologia passa a ter um papel fundamental na configuração de diver-

sas políticas públicas, com destaque para a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão

Rural - Pnater, que se pauta pela “adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como

enfoque preferencial para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis”.

Outra agenda importante que se interconecta com a Pnapo é a Política Nacional de Segu-

rança Alimentar e Nutricional que tem como uma suas diretrizes a promoção do abastecimento

e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroecológica, de produção,

extração, processamento e distribuição de alimentos.

Também é relevante mencionar a interface com o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural

e Sustentável (PNDRSS) que tem como um de seus objetivos a consolidação e o fortalecimento

dos espaços internacionais, regionais e multilaterais, a agenda do desenvolvimento rural com

ênfase na agricultura familiar e agroecológica, e também a promoção do etnodesenvolvimento,

valorizando a agrobiodiversidade e os produtos da sociobiodiversidade, além de seus objetivos

específicos voltados para a valorização dos jovens e mulheres.

O marco legal da reforma agrária apresenta elevada correlação com o Planapo. O II Plano

Nacional de Reforma Agrária, no capítulo referente à “integração produtiva e desenvolvimento

territorial sustentável” faz menção à produção agroecológica, estabelecendo que a criação e o

desenvolvimento dos novos assentamentos, a partir do II Plano, deverão se orientar por um proje-

to regional produtivo associado a um plano de desenvolvimento territorial, definido conjuntamen-

te com os beneficiários e acompanhado pela assistência técnica. Significará uma oportunidade

para ampliar a oferta de alimentos na região e para promover a diversificação produtiva, tanto

em função da matriz tecnológica proposta – produção agroecológica – como em função da des-

tinação dos seus produtos e subprodutos – alimentos e geração de energia. Além disso, também

prevê que o Incra implementará a reforma agrária de forma a fiscalizar a função social dos imóveis

rurais, contribuindo para a capacitação dos assentados, o fomento da produção agroecológica

de alimentos e a inserção nas cadeias produtivas. O manual do Programa Nacional de Educação

na Reforma Agrária (Pronera) prevê, em relação às diretrizes específicas da residência agrária e

mestrados, que os cursos devem aprofundar a reflexão teórica e prática dos temas agroecologia

e sustentabilidade.

O Programa Economia Solidária também se relaciona com a Pnapo em mão dupla. Do total

dos Empreendimentos Econômicos Solidários identificados no Sistema Nacional de Economia

Solidária, mais de 60% se declaram como agroecológicos, e o Plano Nacional de Economia Soli-

dária estabelece como uma de suas diretrizes o estímulo à organização dos(as) produtores(as)

focada na agroecologia. Por outro lado, uma das diretrizes da Pnapo determina a necessidade de

promoção de sistemas justos e sustentáveis de produção fundamentados em relações comerciais

transparentes, na aproximação entre produtores e consumidores.

As ações abrangidas pelo Planapo também contribuem para o alcance dos objetivos pre-

vistos na Política Nacional sobre a Mudança do Clima (PNMC). A PNMC contempla a promoção

37PLANAPO 2016-2019

de ações e tecnologias adaptadas e de mitigação às mudanças climáticas, visando à redução

dos impactos advindos de eventos extremos, especialmente em regiões mais críticas ou vulne-

ráveis. Nesse âmbito, dialoga diretamente com as ações de fortalecimento dos sistemas de pro-

dução agroecológico previstos na Pnapo, que induzem ao aumento da resiliência da agricultura

às mudanças climáticas, ao promoverem o manejo adequado dos solos, da água e das florestas

e o fomento e indução do uso sustentável da biodiversidade, baseado em práticas extrativistas

sustentáveis. Além disso, o Planapo contribui para a mitigação das emissões de carbono, ao pro-

mover o uso de fontes energéticas renováveis, associado a tecnologias de melhoria da eficiência

produtiva e ao estimular e apoiar práticas de manejo e conservação de solos. Cabe citar ainda, os

efeitos benéficos ao meio ambiente indiretamente gerados pela política de agroecologia por meio

de ações de apoio ao beneficiamento e à comercialização dos produtos da sociobiodiversidade,

que tem contribuído para a conservação e o fortalecimento das práticas utilizadas por povos e

comunidades tradicionais, integradas a cada ecossistema particular.

Com efeito, há um amplo espectro de possibilidades de ações inovadoras a serem aprofun-

dadas no campo da política de agroecologia e que podem contribuir para a adequação ambiental

do agricultor familiar, tornando-o um forte aliado do poder público na implementação dos com-

promissos assumidos no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do

Clima, em especial no que se refere à redução do desmatamento ilegal, à promoção das fontes

renováveis de energia e à conservação das paisagens florestais.

Cabe ressaltar que o PLANAPO possui forte conexão com as áreas de abrangência das três

Convenções das Nações Unidas que foram destaque na Rio+20 (Mudanças Climáticas, Conser-

vação da Biodiversidade e Combate à Desertificação) e apresenta elementos consistentes para

a construção de um modelo agrícola sustentável, que possa alcançar a produção de 70% dos

alimentos do brasileiro gerados pela agricultura familiar e que viabilize alternativas para o uso

sustentável dos 89.213.122 ha milhões de hectares de florestas nativas existentes no pais nos imó-

veis rurais, fora de áreas de preservação permanente e de reserva legal, registrados no Sistema

Nacional de Cadastro Ambiental – SICAR até abril de 2016.

Cabe registrar que diversos estudos têm buscado a fundamentação da resiliência socioeco-

lógica na agroecologia, a partir de diversos exemplos de agricultura de pequena escala que man-

tém a resiliência de seus agroecossistemas. Nesta linha, sobressai a importância de que, ao longo

do período 2016-2019, a estrutura de gestão do Planapo crie estratégias para a aproximação do

Plano com a agenda ambiental, particularmente com a Política Nacional de Mudanças do Clima

(PNMC). Cabe destacar que contribuirá nesta tarefa a realização de iniciativa de responsabilida-

de do MMA, que conta com a parceria da Articulação Nacional de Agroecologia e da Embrapa,

para a realização de estudos com o objetivo de avaliar os impactos dos sistemas agroecológicos

sobre os serviços ecossistêmicos no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da

Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) do Brasil, e que contribuirá para a socialização

e divulgação dos benefícios ambientais da agroecologia e da produção orgânica.

Considerando o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da sua promoção como

estratégias de nível individual e também coletivo, os objetivos da Pnapo comunicam-se com im-

portantes políticas no âmbito do SUS. Dentre elas, destaca-se a Política Nacional de Promoção da

Saúde que tem por objetivo promover a equidade e a melhoria das condições e modos de viver,

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

38

ampliando a potencialidade da saúde, reduzindo vulnerabilidades e riscos decorrentes dos deter-

minantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.

A Pnapo se relaciona também com a Política Nacional de Saúde do Trabalhador(a) e com

a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, cujo

objetivo é melhorar o nível de saúde dessas populações, por meio de ações e iniciativas que re-

conheçam as suas especificidades, favorecendo o amplo acesso aos serviços de saúde, à redução

de riscos decorrentes de processos de trabalho e à melhoria da sua qualidade de vida. Comunica-

se ainda com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, cujo objetivo é garantir

à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, de

forma a promover o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva.

Além desses enlaces mais diretos, outros esforços do governo federal contribuem para

construção e consolidação de políticas e programas de apoio à agroecologia e à produção or-

gânica, podendo-se destacar: i) o Programa Nacional de Conservação, Manejo e Uso Sustentável

da Agrobiodiversidade e o Programa Nacional de Combate à Desertificação; ii) o Programa de

Organização Produtiva de Mulheres Rurais; iii) o Programa de Desenvolvimento da Agricultura

Orgânica; iv) as linhas de pesquisa e tecnologia relacionadas à agroecologia, desenvolvidas pela

Embrapa, organizações estaduais de pesquisa e universidades; v) o ensino formal com enfoque

agroecológico fomentado pelo Ministério da Educação; vi) a Política Geral de Preços Mínimos; vii)

os programas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Progra-

ma Nacional de Alimentação Escolar; viii) a Política Nacional de Educação Ambiental e Programa

de Educação Ambiental e Agricultura Familiar; e ix) o Programa Cisternas.

Atualmente não há instrumento normativo que oriente e estabeleça governança para o

tema de aproveitamento de energias renováveis pela agricultura familiar. Está previsto no PPA

2016-2019 a elaboração e implementação pelo MDA do Programa Nacional de Aproveitamento de

Fontes Renováveis de Energia pela Agricultura Familiar que dialogará com as diretrizes da Pnapo,

no que se refere ao uso e conservação de recursos naturais.

39PLANAPO 2016-2019 EIXOS, OBJETIVOS,

ESTRATÉGIAS, METAS E INICIATIVAS

Eixo 1 – Produção

Estratégias

• Estabelecer marco conceitual e normativo sobre pro-

dução de base agroecológica e transição agroecológi-

ca reconhecimento a agricultura urbana e periurbana.

• Ajustar marcos legal, normativo e operacional, utili-

zados pelos agentes bancários operadores do crédito

rural.

• Desenvolver mecanismos de financiamentos e sub-

venções econômicas por meios bancarizados e não

bancarizados consolidar os mecanismos desenvolvi-

dos no Planapo.

• Elaborar referências de preços adequados aos produtos orgânicos e de base agroecológica.

• Regulamentar corretivos e condicionadores importantes para a produção orgânica e de base

agroecológica.

• Contribuir para a agilização do registro de produtos fitossanitários com uso aprovado para

agricultura orgânica.

• Viabilizar a segurança hídrica, para consumo e produção, com foco no fortalecimento das ini-

ciativas locais da sociedade civil.

• Adequar mecanismos de apoio e fortalecer as organizações econômicas da agricultura familiar,

assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e micros e pequenos em-

preendimentos rurais da agricultura urbana e periurbana.

• Adequar regulamentos sanitários e de inspeção para atender pequenas e médias unidades de

processamento de produção orgânica e de base agroecológica.

• Continuar o esforço de ajuste do seguro de renda na agricultura adequado à produção orgâni-

ca e de base agroecológica não necessariamente vinculado ao crédito.

• Orientar a elaboração de novos Projetos de Infraestrutura e Serviços dos Territórios - PROINF

a partir dos princípios da agroecologia, tomando-os como prioritários.

Objetivo 1 – Ampliar e fortale-

cer a produção, manipulação

e processamento de produtos

orgânicos e de base agroecoló-

gica, tendo como público prio-

ritário agricultores(as) familia-

res, assentados(as) da reforma

agrária, povos e comunidades

tradicionais e suas organizações

econômicas, micro e pequenos

empreendimentos rurais, coo-

perativas e associações, consi-

derando também os da agricul-

tura urbana e periurbana.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

40

• Assegurar em todas as atividades de capacitação previstas no Plano a abordagem dos direitos

e políticas referentes ao tema para as mulheres.

• Garantir a participação paritária entre agricultores e agricultoras participantes das ações de

formação, capacitação e qualificação do PLANAPO.

• Garantir a participação de no mínimo 30% de mulheres na equipe técnica das ações de forma-

ção e capacitação.

• Promover a transição e produção de base agroecológica das mulheres por meio do Programa

de Organização Produtiva de Mulheres Rurais, revendo suas diretrizes, formas e instrumentos

de organização, espaços das instâncias de gestão e participação social.

41PLANAPO 2016-2019

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43PLANAPO 2016-2019

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tuação

na r

ed

e d

e p

rod

ução

org

ân

ica.

MA

PA

MD

A,

INC

RA

, M

MA

SP

G e

OC

S a

po

iad

os

34

5

5

85

96

ÃO

8

60

6

Cri

ar

meio

s p

ara

est

ab

ele

cer

aco

rdo

s d

e p

arc

eri

a e

pelo

m

en

os

5 c

on

vên

ios

en

tre o

Go

vern

o F

ed

era

l e a

s U

nid

a-

des

da F

ed

era

ção

para

fo

men

to, c

ad

ast

ram

en

to e

fisc

ali-

zação

de O

rgan

izaçõ

es

de C

on

tro

le S

ocia

l (O

CS

).

MA

PA

 A

co

rdo

Fir

mad

o1

22

ÃO

8

60

6

Ap

oia

r ag

ricu

lto

res(

as)

fam

iliare

s, a

ssen

tad

os(

as)

da r

e-

form

a a

grá

ria, p

ovo

s e c

om

un

idad

es

trad

icio

nais

, org

an

i-zad

os

em

gru

po

s, n

a o

bte

nção

de g

ara

nti

a d

a q

ualid

ad

e

org

ân

ica d

a U

nid

ad

e d

e P

rod

ução

Fam

iliar,

de f

orm

a a

se

rem

in

clu

ído

s n

o C

ad

ast

ro N

acio

nal d

e P

rod

uto

res

Or-

gân

ico

s.

MD

mero

de

ag

ricu

lto

res(

as)

fa

mili

are

s n

o

Cad

ast

ro N

acio

nal

de P

rod

uto

res

Org

ân

ico

s

5.0

00

5.0

00

5.0

00

5.0

00

ÃO

210

V

Ap

erf

eiç

oar

e m

an

ter

atu

aliz

ad

a a

base

de d

ad

os

de i

n-

form

açõ

es

da p

rod

ução

org

ân

ica (

Cad

ast

ro N

acio

nal

da

Pro

du

ção

Org

ân

ica)

para

o c

on

tro

le,

dis

po

nib

ilização

e

div

ulg

ação

de d

ad

os

e e

statí

stic

as

sob

re a

pro

du

ção

or-

gân

ica b

rasi

leir

a.

MA

PA

 D

ivu

lgação

de

rela

tóri

os

men

sal

1212

1212

ÃO

8

60

6

Ap

oia

r o

fu

ncio

nam

en

to d

a S

ub

co

mis

são

Tem

áti

ca d

e

Pro

du

ção

Org

ân

ica e

das

27 C

om

issõ

es

da P

rod

ução

Or-

gân

ica n

as

Un

idad

es

da F

ed

era

ção

.M

AP

AM

DA

, M

MA

, M

S, M

CT

I, M

F

Reu

niõ

es

ap

oia

das

co

m A

TA

s d

isp

on

ibili

zad

as

112

112

112

112

ÃO

8

60

6

45PLANAPO 2016-2019

Me

ta 5

. P

rom

over

a a

uto

no

mia

eco

mic

a d

as

mu

lhere

s ru

rais

, re

co

nh

ecen

do

seu

pro

tag

on

ism

o n

a a

gro

eco

log

ia e

pro

du

ção

org

ân

ica, p

or

meio

da in

clu

são

pro

du

tiva e

da g

era

ção

de r

en

da.

Inic

iati

va

Inst

itu

içõ

es

resp

on

sáve

is

Inst

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es

parc

eir

as

In

dic

ad

or

Me

ta d

e e

xe

cu

ção

fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Ate

nd

er

1.5

00

gru

po

s p

rod

uti

vo

s d

e m

ulh

ere

s ru

rais

co

m

açõ

es

inte

gra

das

de A

ter,

cré

dit

o, c

om

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ializ

ação

e g

es-

tão

, fo

rtale

cen

do

a p

rod

ução

ag

roeco

lóg

ica.

MD

Gru

po

s ate

nd

ido

s5

00

50

05

00

0A

ÇÃ

O

210

W

Ate

nd

er

15.0

00

ag

ricu

lto

ras

fam

iliare

s co

m A

ter

esp

ecí-

fica p

ara

mu

lhere

s.M

DA

Mu

lhere

s ate

nd

idas

5.0

00

5.0

00

5.0

00

 A

ÇÃ

O

210

W

Ate

nd

er

12.5

00

mu

lhere

s ru

rais

em

sit

uação

de v

uln

era

-b

ilid

ad

e s

ocia

l, fo

men

tan

do

su

as

ati

vid

ad

es

esp

ecífi

cas,

co

m f

oco

na a

gro

eco

log

ia.

MD

Mu

lhere

s ate

nd

idas

4.0

00

4.3

00

4.2

00

 

ÃO

210

W,

ÃO

20

GD

Imp

lem

en

tar

20

.00

0 q

uin

tais

pro

du

tivo

s p

ara

ap

oio

à

pro

du

ção

e à

tra

nsi

ção

ag

roeco

lóg

ica d

os

alim

en

tos

pro

-d

uzid

os

pela

s m

ulh

ere

s.M

DA

Q

uin

tais

im

ple

men

tad

os

20

.00

  

ÃO

210

W

Art

icu

lar

a o

fert

a d

e A

ter

esp

ecífi

ca p

ara

8.0

00

mu

lhe-

res

rura

is c

om

ou

tras

po

lític

as

blic

as,

esp

ecia

lmen

te

ao

cré

dit

o P

RO

NA

F e

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ad

os

inst

itu

cio

nais

(P

AA

e

PN

AE

), c

om

fo

co

na a

gro

eco

log

ia.

MD

Mu

lhere

s ate

nd

idas

2.0

00

3.0

00

3.0

00

 A

ÇÃ

O

210

O

Realiz

ar

pesq

uis

a s

ob

re o

acess

o d

as

mu

lhere

s às

po

líti-

cas

blic

as

para

o m

eio

ru

ral.

MD

AP

esq

uis

a r

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ad

 A

ÇÃ

O

210

W

Inse

rir

gru

po

s p

rod

uti

vo

s d

e m

ulh

ere

s em

merc

ad

os

ins-

titu

cio

nais

, ju

sto

s e s

olid

ári

os

e p

rom

over

feir

as

fem

inis

-ta

s.M

DA

 G

rup

os

inse

rid

os

em

m

erc

ad

os

150

20

015

ÃO

210

W

Ap

oia

r a a

rtic

ula

ção

de 2

00

gru

po

s p

rod

uti

vo

s d

e m

u-

lhere

s em

red

es.

MD

AG

rup

os

ap

oia

do

s5

05

05

05

0A

ÇÃ

O

210

W

Am

plia

r o

acess

o d

as

mu

lhere

s ao

Pro

gra

ma d

e F

om

en

to

Mu

lher

para

pro

du

ção

de b

ase

ag

roeco

lóg

ica.

INC

RA

 P

roje

tos

ap

oia

do

s15

.00

015

.00

015

.00

015

.00

0A

ÇÃ

O

O4

27

Ap

oia

r açõ

es

de f

ort

ale

cim

en

to d

a p

rod

ução

, se

leção

, u

so, co

nse

rvação

e t

roca d

e r

ecu

rso

s g

en

éti

co

s d

e i

nte

-re

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ara

pro

du

ção

org

ân

ica/a

gro

eco

lóg

ica e

de p

ro-

du

tos

da s

ocio

bio

div

ers

idad

e e

ntr

e g

rup

os

de m

ulh

ere

s,

no

s ed

itais

do

Pro

gra

ma d

e O

rgan

ização

Pro

du

tiva e

de

Ate

r p

ara

Mu

lhere

s.

MD

Ati

vid

ad

es

ap

oia

das

22

22

ÃO

210

W

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

46

Me

ta 6

. Cri

ar

e im

ple

men

tar

pro

gra

ma n

acio

nal d

e in

sum

os

ap

rop

riad

os

à p

rod

ução

org

ân

ica e

de b

ase

ag

roeco

lóg

ica (

Pro

gra

ma B

ioin

sum

os)

.

Inic

iati

va

Inst

itu

içõ

es

resp

on

sáve

is

Inst

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es

parc

eir

as

In

dic

ad

or

Me

ta d

e e

xe

cu

ção

fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Cri

ar

um

GT

para

, n

o p

razo

de a

té 6

mese

s,

ela

bo

rar

a p

rop

ost

a d

o P

rog

ram

a B

ioin

su-

mo

s.M

AP

A

MC

TI,

Em

bra

pa,

IBA

MA

, A

NV

ISA

Pro

po

sta

ela

bo

rad

a1

  

 N

/A

Co

ntr

ata

r 4

00

est

ud

os

e t

est

es

dir

igid

os

ao

est

ab

ele

cim

en

to d

e e

specifi

caçõ

es

de r

efe

-rê

ncia

para

via

bili

zar

o r

eg

istr

o s

imp

lificad

o

de p

rod

uto

s fi

toss

an

itári

os

co

m u

so a

pro

va-

do

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a a

gri

cu

ltu

ra o

rgân

ica.

MA

PA

MC

TI,

Em

bra

pa,

IBA

MA

, A

NV

ISA

Est

ud

os

realiz

ad

os

010

015

015

0A

ÇÃ

O

86

06

Via

bili

zar

a r

ealiz

ação

de e

stu

do

s e t

est

es

de

efi

ciê

ncia

ag

ron

ôm

ica p

ara

5

0 ag

en

tes

de

co

ntr

ole

bio

lóg

ico

. M

AP

AE

mb

rap

aT

est

es

realiz

ad

os

 10

20

20

ÃO

8

60

6

Reg

ula

men

tar

50

esp

ecifi

caçõ

es

de r

efe

rên

-cia

para

ori

en

tação

da p

rod

ução

e r

eg

istr

o

sim

plifi

cad

o d

e p

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uto

s fi

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itári

os

para

u

so n

a p

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ução

org

ân

ica.

MA

PA

AN

VIS

A,

IBA

MA

Esp

ecifi

caçõ

es

reg

ula

men

tad

as

1212

1313

ÃO

8

60

6

Aju

star

e p

ub

licar

pelo

men

os

10 r

eg

ula

men

-to

s d

ireta

men

te r

ela

cio

nad

os

à p

rod

ução

or-

gân

ica o

u a

pro

du

tos

e p

rocess

os

imp

ort

an

-te

s p

ara

o s

eto

r.

MA

PA

Reg

ula

men

tos

pu

blic

ad

os

23

32

ÃO

8

60

6

Aju

star

e p

ub

licar

pelo

men

os

5 r

eg

ula

men

-to

s d

ireta

men

te r

ela

cio

nad

os

à p

rod

ução

de

insu

mo

s d

est

inad

os

a p

rod

ução

org

ân

ica e

d

e b

ase

ag

roeco

lóg

ica, d

e f

orm

a a

via

bili

zar

e s

imp

lificar

os

seu

s re

gis

tro

s.

MA

PA

AN

VIS

A,

IBA

MA

Reg

ula

men

tos

pu

blic

ad

os

12

11

N/A

Pro

mo

ver

12 e

ven

tos

e e

lab

ora

r 11

0 p

ub

lica-

çõ

es

técn

icas

dir

igid

as

a a

mp

liar

e q

ualifi

car

a p

rod

ução

e u

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e b

ioin

sum

os

ad

eq

uad

os

à p

rod

ução

org

ân

ica, d

e b

ase

ag

roeco

lóg

ica

e à

so

cio

bio

div

ers

idad

e.

MA

PA

Em

bra

pa,

MS

, A

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ISA

, M

DA

, IN

CR

A,

MC

TI,

MM

A,

IBA

MA

, M

EC

, S

G-P

R, M

DS

Even

tos

pro

mo

vid

os

e p

ub

licaçõ

es

ela

bo

rad

as

1 E

ven

to, 9

P

ub

licaçõ

es

3 E

ven

tos,

4

1 p

ub

licaçõ

es

4 E

ven

tos,

4

0

pu

blic

açõ

es

4 E

ven

tos,

4

0

pu

blic

açõ

es

ÃO

8

60

6

Cri

ar

e m

an

ter

atu

aliz

ad

o u

m c

atá

log

o d

os

insu

mo

s ap

rovad

os

para

u

so n

a p

rod

ução

o

rgân

ica e

de b

ase

ag

roeco

lóg

ica, d

isp

on

ibi-

lizad

o a

o p

úb

lico

em

meio

s ele

trô

nic

o e

im

-p

ress

o.

MA

PA

, M

DA

IB

AM

AC

atá

log

o c

riad

o,

atu

aliz

ad

o e

d

isp

on

ibili

zad

o1

11

1A

ÇÃ

O

210

V

47PLANAPO 2016-2019

Inic

iati

va

Inst

itu

içõ

es

resp

on

sáve

is

Inst

itu

içõ

es

parc

eir

as

In

dic

ad

or

Me

ta d

e e

xe

cu

ção

fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Pro

mo

ver

pelo

men

os

um

a c

am

pan

ha a

nu

al,

de â

mb

ito

nacio

nal,

para

a d

ivu

lgação

e a

m-

plia

ção

do

uso

de b

ioin

sum

os

na a

gri

cu

ltu

ra.

MA

PA

Em

bra

pa,

MS

, A

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ISA

, M

DA

, IN

CR

A,

MC

TI,

MM

A,

IBA

MA

, M

EC

, S

G-P

R, M

DS

Cam

pan

has

realiz

ad

as

 1

11

ÃO

8

60

6

Realiz

ar

levan

tam

en

to i

den

tifi

can

do

os

gar-

galo

s p

ara

a p

rod

ução

e u

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sum

os,

co

nsi

dera

nd

o o

s asp

ecto

s le

gis

lati

vo

, te

cn

o-

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ico

, m

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ad

oló

gic

o, d

e p

olít

icas

blic

as,

d

en

tre o

utr

os.

MA

PA

, M

DA

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VIS

A,

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MA

, IN

CR

A, M

CT

I

Levan

tam

en

to

realiz

ad

o1

  

 A

ÇÃ

O

210

V

Realiz

ar

levan

tam

en

to

iden

tifi

can

do

exp

e-

riên

cia

s n

acio

nais

e in

tern

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tivas

a

pro

gra

mas

e p

olít

icas

de e

stím

ulo

à p

rod

u-

ção

e u

so d

e b

ioin

sum

os.

MA

PA

AN

VIS

A,

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MA

, M

DA

, IN

CR

A,

MC

TI

Levan

tam

en

to

realiz

ad

o1

  

 A

ÇÃ

O

86

06

Realiz

ar

levan

tam

en

tos

e s

iste

mati

zação

de

co

nh

ecim

en

tos

cie

ntí

fico

s e e

mp

íric

os

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-cio

nad

os

à p

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ução

e u

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sum

os

para

a a

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cu

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ra.

MA

PA

, M

DA

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VIS

A,

IBA

MA

, IN

CR

A,

MC

TI,

ME

C

Levan

tam

en

tos

realiz

ad

os

11

11

ÃO

210

V

Pro

mo

ver

trein

am

en

to e

fo

rmação

para

qu

a-

lificação

de 5

.00

0 a

gen

tes

de A

ter,

ag

ricu

lto

-re

s(as)

e a

ssen

tad

os(

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da r

efo

rma a

grá

ria,

dir

igid

os

à p

rod

ução

e u

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e b

ioin

sum

os.

MA

PA

, IN

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A, M

DA

Em

bra

pa,

MS

, A

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ISA

, M

DA

, IN

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MC

TI,

MM

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MA

, M

EC

Ag

en

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de A

ter,

ag

ricu

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res(

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e a

ssen

tad

os(

as)

d

e r

efo

rma

ag

rári

a

qu

alifi

cad

os(

as)

50

01.

00

01.

50

02.0

00

ÃO

210

O

Ap

oia

r o

p

rocess

o

de

incu

bação

p

ara

6

0

em

pre

sas

pro

du

tora

s d

e b

ioin

sum

os

para

a

ag

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ltu

ra o

rgân

ica e

de b

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roeco

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i-ca.

MA

PA

Em

bra

pa,

MC

TI,

ME

CE

mp

resa

s in

cu

bad

as

 10

20

30

ÃO

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BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

48M

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49PLANAPO 2016-2019

Eixo 2 – Uso e Conservação de Recursos Naturais

Estratégias

• Qualificar as organizações econômicas para a produ-

ção de sementes e mudas.

• Ampliar o acesso a crédito e seguro para a produção

de sementes e mudas.

• Adequar a legislação de sementes à realidade das variedades de interesse à produção orgâni-

ca e de base agroecológica, garantindo o exercício do direito dos agricultores ao livre uso da

agrobiodiversidade.

• Fomentar redes territoriais voltadas ao resgate, conservação in situ, on farm e uso livre de va-

riedades crioulas, locais e tradicionais.

• Qualificar os serviços de ATER e fomentar o manejo da agrobiodiversidade e o Manejo florestal

integrado de uso múltiplo nos biomas caatinga, cerrado e Amazônia.

• Articular as ações do Planapo com a estratégia de adaptação e mitigação dos efeitos das mu-

danças climáticas, e o combate à desertificação.

• Articular com as unidades da federação para o desenvolvimento de atividades de manejo flo-

restal sustentável em áreas suscetíveis de desertificação.

• Capacitar equipe técnica dos órgãos fiscalizadores, fomentadores e de executores de ATER e

divulgar tecnologias de uso e manejo sustentável.

• Promover ampla divulgação das formas legais de restauração e manejo de espécies florestais

madeireiras e não madeireiras.

• Promover a segurança alimentar e nutricional por meio do fortalecimento da sociobiodiversi-

dade, prioritariamente com povos indígenas e povos e comunidades tradicionais.

• Reconhecer e valorizar as práticas tradicionais e os saberes associados ao uso e manejo de

plantas e ervas medicinais e aromáticas realizadas pelas mulheres.

• Ampliar o acesso das populações tradicionais extrativistas aos territórios de ocorrência de es-

pécies da sociobiodiversidade.

• Garantir e fortalecer a participação da juventude rural nos processos de gestão e conservação

dos recursos naturais.

• Buscar meios para reavaliar as medidas de biossegurança com vistas à efetivação de garantias

do direito à não contaminação genética.

• Criar e implementar instrumentos adequados para a proteção e desenvolvimento da genética

animal de interesse da agroecologia e produção orgânica.

• Promover processos em educação ambiental com enfoque agroecológico voltados para a agricul-

tura familiar, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais.

Objetivo 2 – Promover, am-

pliar e consolidar processos de

acesso, uso sustentável, gestão,

manejo, recomposição e con-

servação dos recursos naturais

e ecossistemas em geral.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

50M

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51PLANAPO 2016-2019

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ÃO

2B

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MM

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22

22

Fu

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Clim

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cri

ad

o1

11

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.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

52M

eta

11.

Pro

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pro

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am

en

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po

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dic

ion

ais

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162

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ÃO

210

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210

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33

34

ÃO

210

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210

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210

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ÇÃ

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89

48

53PLANAPO 2016-2019

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36

.34

  

ÃO

210

V

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17 

 A

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025

0A

ÇÃ

O 2

11A

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

54

Me

ta 1

4. P

rom

over

o u

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solo

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parc

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In

dic

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Me

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xe

cu

ção

fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Imp

lem

en

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ação

de f

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ação

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A

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A, M

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Fu

nd

o

Clim

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gia

.M

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nid

ad

es

imp

lan

tad

as

11

11

ÃO

210

V

55PLANAPO 2016-2019

Eixo 3 – Conhecimento

Estratégias

• Disponibilizar ATER continuada com enfoque agroe-

cológico e sistemas sustentáveis, valorizando o papel

das mulheres e jovens, com enfoque territorial.

• Incentivar a pesquisa, inovação e extensão tecnoló-

gica agroecológica nas instituições de ensino e con-

solidar e ampliar os núcleos e centros vocacionais de

ensino, pesquisa e extensão em agroecologia e pro-

dução orgânica.

• Continuar o esforço de inserção da agroecologia e a produção orgânica como temas estraté-

gicos na agenda institucional da Embrapa.

• Priorizar a agroecologia e a produção orgânica nos programas de formação e capacitação de

professores, pesquisadores e agentes de Ater.

• Intensificar a sistematização da produção acadêmica e científica e do conhecimento agroeco-

lógico e a disponibilização de material técnico pedagógico adequado para técnicos, agriculto-

res, produtores e estudantes.

• Construir, aperfeiçoar e desenvolver mecanismos para a inclusão e incentivo à abordagem da

agroecologia e produção orgânica nas práticas e movimentos sociais, no mundo do trabalho e

das manifestações culturais.

• Aprimorar e integrar o fluxo de informação no âmbito de redes de agroecologia e produção

orgânica, em particular nos Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEA).

• Mapear os grupos de agricultores(as) atendidos(as) pelos serviços de ATER, auxiliando na sua

integração com as ações em rede, núcleos de estudos e centros de referência.

• Reconhecer o protagonismo e dar visibilidade às experiências das mulheres na agroecologia

• Constituir referências agroecológicas adequadas para jovens, mulheres, povos e comunidades

tradicionais.

• Desenvolver pesquisas sobre contaminação de alimentos e recursos naturais por agrotóxicos

articuladas a uma estratégia de comunicação e divulgação nacional e internacional.

• Criar um espaço institucional no Ministério da Educação que articule e fomente ações voltadas

para a agroecologia e integre suas diversas unidades e áreas.

• Estabelecer princípios e diretrizes para a educação em agroecologia considerando a pluralida-

de de iniciativas das instituições de ensino médio e superior.

Objetivo 3 – Ampliar a capa-

cidade de construção e socia-

lização de conhecimentos em

Agroecologia e sistemas orgâ-

nicos de produção, por meio da

valorização da cultura local e in-

tercâmbio de conhecimentos e

da internalização da perspectiva

agroecológica nas instituições e

ambientes de ensino, pesquisa e

extensão.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

56

• Apoiar escolas populares/locais de agroecologia, com intercâmbios, disseminação de expe-

riências na sociedade e integração com o PRONERA.

• Promover a participação dos(as) jovens nas ações de formação, pesquisa e extensão e como

agentes de ATER.

• Apoiar iniciativas, programas e ações que dinamizem a formação profissional agroecológica e

ampliar os programas e projetos de educação do campo, especialmente de residência agrária,

com enfoque agroecológico.

• Promover a formação de educadores ambientais e agentes populares de educação ambiental

com enfoque agroecológico na agricultura familiar.

• Assegurar ações para a promoção dos meios produtivos e de geração de renda na produção

de base agroecológica e orgânica para a juventude rural e suas organizações.

• Promover a troca de conhecimento em produção de base agroecológica e orgânica protago-

nizada por jovens.

• Desenvolver ações de intercâmbio intergeracional para elaboração de estratégias associativas

na produção e geração de renda em produção orgânica e de base agroecológica.

• Fomentar ações de geração de renda em produção orgânica e de base agroecológica que

apoiem a permanência de jovens mulheres no meio rural.

57PLANAPO 2016-2019M

eta

15

. P

rom

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serv

iço

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.

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162

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cap

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MD

Ag

en

tes

de A

TE

R

qu

alifi

cad

os

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00

6.0

00

6.0

00

6.0

00

ÃO

210

O

Pre

star

Ate

r q

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cad

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co

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ara

1,5

mi-

lhão

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gri

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s, p

ovo

s in

díg

en

as,

p

ovo

s e c

om

un

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es

trad

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o

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cas

de m

ulh

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MD

Fam

ílias

ate

nd

idas

24

0.0

00

26

0.0

00

50

0.0

00

50

0.0

00

ÃO

210

O

Pre

star

Ate

r q

ualifi

cad

a,

dir

ecio

nad

a

e

co

nti

-n

uad

a

para

3

68

.00

0

fam

ílias

ass

en

tad

as

da

refo

rma

ag

rári

a

e

extr

ati

vis

tas,

ass

eg

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n-

do

q

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elo

m

en

os

50

% d

o p

úb

lico

ate

nd

ido

se

ja d

e m

ulh

ere

s e q

ue 3

0%

do

orç

am

en

to s

eja

d

est

inad

o a

ati

vid

ad

es

esp

ecífi

cas

de m

ulh

ere

s.

INC

RA

 F

am

ílias

ate

nd

idas

65

.00

010

0.0

00

100

.00

010

0.0

00

ÃO

210

S

Imp

lem

en

tar

pla

no

d

e fo

rmação

e q

ualifi

cação

d

e A

gen

tes

de A

ter,

e e

stab

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cer

parc

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ga-

ran

tin

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nte

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e m

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ulo

s esp

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co

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bre

m

ulh

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s ru

rais

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ên

ero

.

MD

Pla

no

im

ple

men

tad

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Pro

mo

ver

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s d

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m m

an

e-

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s d

e A

ter,

co

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fo

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rom

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bio

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ers

idad

e.

MM

A

AN

AT

ER

Cu

rso

s d

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ica

44

44

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e

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Inclu

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ch

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blic

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das

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es

co

leti

vas.

MD

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ch

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0%

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210

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mo

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ter,

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ass

en

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b

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mu

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s.

INC

RA

 

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en

tad

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s n

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is.

MM

A

MD

A,

MA

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MD

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de A

ter

cap

acit

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os

 3

00

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03

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185

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03

68

30

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00

01

Ass

eg

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técn

ica e

m m

an

ejo

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res-

tal

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iplo

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idad

e.

MM

A

AN

AT

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Cu

rso

s d

e

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rmação

T

écn

ica

44

44

SE

DR

, A

NA

e

Fu

nd

o C

lima

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

58

Me

ta 1

6. F

om

en

tar

pro

cess

os

de c

on

stru

ção

e s

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lização

co

leti

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o c

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m a

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l.

Inic

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Inst

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resp

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sáve

is

Inst

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es

parc

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In

dic

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or

Me

ta d

e e

xe

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fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

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tar

dem

an

das

de a

gri

cu

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res(

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em

co

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ecim

en

-to

e t

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olo

gia

s d

e b

ase

ag

roeco

lóg

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00

in

sti-

tuiç

ões

de A

ter,

20

órg

ão

s d

e p

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10

0 N

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Ag

roeco

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ia.

MD

AM

CT

I, C

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q,

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PA

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mb

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an

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sist

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ati

zad

as

33

33

ÃO

210

O

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men

os

20

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ram

as

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gra

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em

ag

roeco

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gia

, p

rod

ução

org

ân

ica e

áre

as

co

rrela

tas.

Em

bra

pa

 

Pro

fiss

ion

ais

cu

rsan

do

s-g

rad

uação

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25

76

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bra

pa

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mero

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tos

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do

co

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ecim

en

to c

om

po

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mas

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ica.

Em

bra

pa

 

mero

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pro

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s em

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no

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60

70

85

100

Em

bra

pa

Est

rutu

rar

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ovo

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an

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reg

ion

ais

de p

roje

tos

de

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a, in

terc

âm

bio

e c

on

stru

ção

do

co

nh

ecim

en

to

em

ag

roeco

log

ia e

pro

du

ção

org

ân

ica.

Em

bra

pa

 A

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jos

est

rutu

rad

os

11

00

Em

bra

pa

Inclu

ir o

s te

mas

rela

cio

nad

os

à a

gro

eco

log

ia e

pro

du

ção

o

rgân

ica n

as

ag

en

das

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Des-

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ad

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rap

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Em

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pa

 

Ag

en

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Un

idad

es

Desc

en

traliz

ad

as

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e c

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tem

pla

m

Ag

roeco

log

ia

1510

105

Em

bra

pa

Pro

mo

ver

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es

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en

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ilização

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do

s(as)

p

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, g

est

ore

s(as)

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mb

rap

a e

parc

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os

em

ag

roeco

log

ia, g

ên

ero

e d

ivers

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e c

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rap

Even

tos

de

sen

sib

ilização

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os

de f

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ação

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ad

os

36

65

Em

bra

pa

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tem

ati

zar

60

exp

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ên

cia

s co

m f

oco

nas

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ticas

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sen

vo

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as

no

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stem

as

de p

rod

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ag

roeco

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ico

s,

co

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eco

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e g

ên

ero

, a fi

m d

e p

rom

over

a in

ovação

so

cia

l ju

nto

a a

gri

cu

lto

res

e a

gri

cu

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ras

fam

iliare

s, p

o-

vo

s in

díg

en

as

e p

ovo

s e c

om

un

idad

es

trad

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nais

.

Em

bra

pa

MD

AE

xp

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ên

cia

s si

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zad

as

515

20

20

Em

bra

pa

Div

ulg

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utr

icio

nal d

e e

spécie

s n

ati

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da fl

ora

b

rasi

leir

a, d

e v

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r eco

mic

o a

tual o

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ncia

l, e o

pa-

pel q

ue e

ssas

esp

écie

s p

od

em

dese

mp

en

har

na p

rom

o-

ção

da s

eg

ura

nça a

limen

tar

e n

utr

icio

nal,

bem

co

mo

na

co

mp

osi

ção

de r

eg

imes

alim

en

tare

s sa

ud

áveis

.

MM

A

MC

TI,

INP

AN

úm

ero

de

esp

écie

s d

ivu

lgad

as

50

70

70

70

ÃO

20

LU

59PLANAPO 2016-2019

Inic

iati

va

Inst

itu

içõ

es

resp

on

sáve

is

Inst

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es

parc

eir

as

In

dic

ad

or

Me

ta d

e e

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cu

ção

fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Efe

tivar

a p

art

icip

ação

de 8

mil

pesq

uis

ad

ore

s/as,

ag

en

-te

s d

e A

ter

e a

gri

cu

lto

res(

as)

fam

iliare

s em

red

es

te-

máti

cas

de c

on

stru

ção

e c

om

part

ilham

en

to d

e c

on

heci-

men

to e

tecn

olo

gia

s, g

ara

nti

nd

o a

part

icip

ação

de, p

elo

m

en

os,

50

% d

e m

ulh

ere

s.

MD

AM

CT

I, C

NP

q,

MA

PA

, E

mb

rap

a

mero

de

part

icip

an

tes

2.0

00

2.0

00

2.0

00

2.0

00

ÃO

210

O

Inst

itu

ir p

arc

eri

a p

ara

fo

men

tar

pesq

uis

a, co

op

era

ção

cn

ico

-cie

ntí

fica, d

ese

nvo

lvim

en

to d

e t

ecn

olo

gia

s e

ino

vaçõ

es

no

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su

sten

tável d

a b

iod

ivers

idad

e, esp

e-

cia

lmen

te e

m p

lan

tas

med

icin

ais

e fi

tote

ráp

ico

s, n

as

div

ers

as

fase

s d

a c

ad

eia

pro

du

tiva, p

rio

rizan

do

a p

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ici-

pação

de m

ulh

ere

s, p

ovo

s e c

om

un

idad

es

trad

icio

nais

.

INC

RA

 P

arc

eri

a fi

rmad

a

110

0/1

76

Pro

mo

ver

20

0 o

ficin

as

tem

áti

cas/

co

ncert

ação

en

tre

en

sin

o, p

esq

uis

a e

Ate

r, v

isan

do

id

en

tifi

car

7.5

00

refe

-rê

ncia

s p

ara

sis

tem

as

de p

rod

ução

e p

rocess

am

en

to d

e

base

ag

roeco

lóg

ica n

a a

gri

cu

ltu

ra f

am

iliar.

MD

AM

AP

A,

Em

bra

pa

Refe

rên

cia

s id

en

tifi

cad

as

3.0

00

1.5

00

1.5

00

1.5

00

ÃO

210

O

Ap

oia

r a c

on

tin

uid

ad

e d

as

açõ

es

de 1

00

cle

os

e 5

R

ed

es

de N

úcle

os

de E

stu

do

s em

Ag

roeco

log

ia, em

art

i-cu

lação

co

m a

s in

stit

uiç

ões

da s

ocie

dad

e c

ivil

e d

a r

ed

e

blic

a d

as

áre

as

de e

nsi

no

, p

esq

uis

a e

exte

nsã

o.

MD

AM

EC

, M

AP

A,

MC

TI,

MM

AN

úcle

os

e R

ed

es

ap

oia

das

105

105

105

105

ÃO

210

O

Ap

oia

r fi

nan

ceir

am

en

te à

im

pla

nta

ção

e f

un

cio

nam

en

-to

de n

úcle

os

de e

stu

do

s em

ag

roeco

log

ia e

pro

du

ção

o

rgân

ica, em

in

stit

uiç

ões

de e

nsi

no

su

peri

or

e d

e e

du

ca-

ção

pro

fiss

ion

al em

pro

jeto

s q

ue a

rtic

ule

m a

s áre

as

de

en

sin

o, p

esq

uis

a e

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nsã

o.

MA

PA

ME

C, M

DA

, M

CT

I, M

MA

N

úcle

os

ap

oia

do

s70

100

150

20

0

ÃO

8

60

6,

ÃO

213

S

Imp

lan

tar

e/o

u f

ort

ale

cer

esp

aço

s d

e r

efe

rên

cia

tecn

o-

lóg

ica e

m a

gro

eco

log

ia e

pro

du

ção

org

ân

ica e

m 1

5 U

ni-

dad

es

Desc

en

traliz

ad

as

da E

mb

rap

a, cri

an

do

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de-

mo

nst

rati

vas

de a

po

io à

pesq

uis

a, en

sin

o e

exte

nsã

o.

Em

bra

pa

 

Esp

aço

s d

e

refe

rên

cia

im

pla

nta

do

s e/o

u

fort

ale

cid

os

 5

55

Em

bra

pa

Im

ple

men

tar

25

no

vo

s N

úcle

os

Tem

áti

co

s d

e A

gro

eco

-lo

gia

e P

rod

ução

Org

ân

ica n

as

Un

idad

es

Desc

en

traliz

a-

das

da E

mb

rap

a e

OE

PA

S e

fo

rtale

cer

os

exis

ten

tes.

Em

bra

pa

MD

A, M

CT

IN

úcle

os

tem

áti

co

s im

ple

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tad

os

 15

 10

Em

bra

pa

Dese

nvo

lver,

valid

ar

e s

ocia

lizar

50

0 t

ecn

olo

gia

s e

bo

as

prá

ticas

ad

eq

uad

as

à p

rod

ução

org

ân

ica e

de b

ase

ag

roeco

lóg

ica, ad

ap

tad

as

às

realid

ad

es

locais

.M

AP

A M

EC

, M

DA

, M

CT

I, M

MA

Tecn

olo

gia

s d

ese

nvo

lvid

as

e

socia

lizad

as

210

30

04

50

50

0A

ÇÃ

O

86

06

Ap

oia

r 26

0 in

stit

uiç

ões

de e

nsi

no

su

peri

or

e p

rofi

ssio

-n

al p

ara

so

cia

lização

de c

on

hecim

en

tos

de b

ase

ag

roe-

co

lóg

ica e

de t

ecn

olo

gia

s ap

rop

riad

as

ao

s si

stem

as

or-

gân

ico

s d

e p

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ução

, ap

rop

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os

às

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ad

es

locais

, p

ara

ed

ucad

ore

s, e

du

can

do

s, t

écn

ico

s e a

gri

cu

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res/

as,

est

imu

lan

do

o in

terc

âm

bio

e a

fo

rmação

de r

ed

es

en

tre

os

cle

os

de A

gro

eco

log

ia e

Pro

du

ção

Org

ân

ica.

MA

PA

ME

C, M

DA

, M

CT

I, M

MA

Inst

itu

içõ

es

de

en

sin

o a

po

iad

as

140

180

220

26

0A

ÇÃ

O

86

06

Me

ta 1

6. C

on

tin

uação

.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

60

Me

ta 1

7. P

rom

over

ed

ucação

co

m e

nfo

qu

e a

gro

eco

lóg

ico

e e

m s

iste

mas

org

ân

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s d

e p

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ução

, p

ara

est

ud

an

tes,

ag

en

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de A

ter,

pro

du

to-

res/

as,

ag

ricu

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res(

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fam

iliare

s, e

xtr

ati

vis

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pesc

ad

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s(as)

, ass

en

tad

os(

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de r

efo

rma a

grá

ria,

po

vo

s in

díg

en

as,

po

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s e c

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un

idad

es

trad

icio

nais

, jo

ven

s e m

ulh

ere

s ru

rais

, d

e a

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61PLANAPO 2016-2019

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ÃO

210

O

63PLANAPO 2016-2019

Eixo 4 – Comercialização e Consumo

Estratégias

• Realizar ações permanentes de divulgação da produ-

ção e do consumo de alimentos orgânicos e de base

agroecológica com campanhas que envolvam parcei-

ros não governamentais e governamentais dos dife-

rentes níveis federativos.

• Promover e apoiar melhorias na infraestrutura, for-

mas de gestão e mecanismos de financiamento e governança dos espaços de comercialização

de produtos orgânicos e de base agroecológica, e incentivar cooperativas de consumidores e

equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional.

• Apoiar festas e feiras das culturas locais e eventos especializados na promoção e consumo de

produtos orgânicos, de base agroecológica e da sociobiodiversidade.

• Integrar o PLANAPO às redes de economia solidária e de consumidores, priorizando circuitos

curtos de comercialização.

• Aperfeiçoar e estimular as compras governamentais dos(as) produtores(as) e agricultores(as)

em conversão para produção orgânica e transição agroecológica.

• Dar continuidade ao debate sobre serviços ambientais e sobre a introdução de respectivos

prêmios nas aquisições do PAA e nas subvenções pagas aos produtos da sociobiodiversidade,

produção orgânica e de base agroecológica.

• Fomentar a organização e cadastramento de grupos de agricultores familiares em organiza-

ções de controle social para a venda direta de produtos orgânicos.

• Integrar os sistemas de informação dos diferentes órgãos governamentais para melhorar a

gestão e operacionalização das diferentes políticas públicas, em especial PAA e PNAE.

• Promover os produtos orgânicos e de base agroecológica nas ações de educação alimentar e

nutricional no âmbito do PNAE.

• Instituir mecanismos que assegurem compensações aos gestores municipais que adquiram

produtos orgânicos e de base agroecológica no âmbito do PNAE.

• Fortalecer as organizações comerciais do público da PNAPO, micro e pequenos empreendi-

mentos urbanos e periurbanos nas redes de comercialização de produtos orgânicos e de base

agroecológica.

• Efetivar as metas de participação das mulheres nas modalidades do PAA nas compras da pro-

dução orgânica e agroecológica e a priorização de públicos fornecedores no PNAE.

Objetivo 4 – Fortalecer a co-

mercialização dos produtos or-

gânicos e de base agroecológi-

ca e da sociobiodiversidade nos

mercados locais, regionais, na-

cional, internacional e nas com-

pras públicas e ampliar o consu-

mo dos produtos orgânicos, de

base agroecológica e da socio-

biodiversidade.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

64

• Construir mecanismos para ampliação do envolvimento do público consumidor.

• Apoiar a participação dos e das jovens nos espaços de comercialização local da produção or-

gânica e de base agroecológica.

• Produzir e distribuir material informativo sobre o PNAE, PAA, compras de produtos da socio-

biodiversidade, produção orgânica e de base agroecológica.

• Realizar capacitações por meio dos Centros Colaboradores para a execução do PNAE (Univer-

sidades Federais).

65PLANAPO 2016-2019M

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ân

ico

s

2%

3%

4%

5%

ÃO

279

8

Realiz

ar

even

tos

peri

ód

ico

s co

m g

est

ore

s p

úb

lico

s re

s-p

on

sáveis

pela

s aq

uis

içõ

es

do

PN

AE

, vis

an

do

in

cen

tivar

a a

qu

isiç

ão

de a

limen

tos

de o

rig

em

org

ân

ica,

ag

roeco

-ló

gic

a e

da s

ocio

bio

div

ers

idad

e n

os

card

áp

ios

da a

li-m

en

tação

esc

ola

r.

FN

DE

MA

PA

de e

ven

tos

11

11

ÃO

278

4

Mo

nit

ora

r a in

clu

são

do

s g

ên

ero

s o

rgân

ico

s e/o

u a

gro

e-

co

lóg

ico

s n

as

aq

uis

içõ

es

do

PN

AE

realiz

ad

as

pela

s en

ti-

dad

es

execu

tora

s.F

ND

Rela

tóri

os

an

uais

11

11

ÃO

278

4

Pro

du

zir

mate

rial in

form

ati

vo

para

in

cen

tivar

a in

clu

são

d

os

pro

du

tos

org

ân

ico

s e/o

u a

gro

eco

lóg

ico

s n

as

aq

ui-

siçõ

es

para

a a

limen

tação

esc

ola

r.F

ND

E

MA

PA

, M

DA

, IN

CR

AM

ate

rial p

rod

uzid

1A

ÇÃ

O

278

4

Realiz

ar

cam

pan

ha p

erm

an

en

te d

e p

rom

oção

do

s p

ro-

du

tos

org

ân

ico

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do

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em

so

bre

os

be-

nefí

cio

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bie

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is,

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dess

es

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uto

s,

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co

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mo

e

div

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do

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lóg

ico

s.

MA

PA

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A, M

S,

FN

DE

, S

G-

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, M

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DA

, M

DS

Cam

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11

1A

ÇÃ

O

86

06

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stim

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mid

or,

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ico

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rod

uto

r en

vo

lvid

os

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men

te p

ela

cam

pan

ha

10.0

00

20

.00

03

0.0

00

40

.00

0A

ÇÃ

O

86

06

Ela

bo

rar,

pro

du

zir

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istr

ibu

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ate

riais

pro

mo

cio

nais

e

ed

ucati

vo

s vo

ltad

os

ao

s co

nsu

mid

ore

s.M

AP

Mate

rial p

rod

uzid

o1

11

1A

ÇÃ

O

86

06

Imp

lem

en

tar

as

reco

men

daçõ

es

do

Gu

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limen

tar

para

a P

op

ula

ção

Bra

sile

ira,

em

açõ

es

e e

stra

tég

ias

de E

du

-cação

Alim

en

tar

e N

utr

icio

nal,

intr

ase

tori

al,

inte

rseto

rial

e t

ran

seto

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refo

rçan

do

o c

on

sum

o d

e a

limen

tos

re-

gio

nais

e a

s p

ráti

cas

pro

du

tivas

sust

en

táveis

qu

e r

esp

ei-

tem

a b

iod

ivers

idad

e.

MS

 R

eco

men

daçõ

es

imp

lem

en

tad

as

10A

ÇÃ

O

278

4

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

66

Inic

iati

va

Inst

itu

içõ

es

resp

on

sáve

isIn

stit

uiç

õe

s p

arc

eir

as

Ind

icad

or

Me

ta d

e E

xe

cu

ção

Fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Qu

alifi

car

e e

stru

tura

r co

op

era

tivas

e a

sso

cia

çõ

es

da

ag

ricu

ltu

ra f

am

iliar

para

acess

ar

po

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blic

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ializ

ação

(P

rog

ram

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ão

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Org

an

izaçõ

es

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F

ass

ess

ora

das

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C

OO

PE

RA

F/

Mais

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ão

1.0

00

50

05

00

2.0

00

ÃO

210

V

Incen

tivar

a e

stru

tura

ção

de 4

0 f

eir

as,

red

es

e/o

u c

en

-tr

ais

de c

om

erc

ializ

ação

lo

cais

e r

eg

ion

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para

ben

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rio

s d

o P

NR

A.

INC

RA

 F

eir

as,

red

es

ou

cen

trais

est

rutu

rad

as

1010

1010

ÃO

211

A

Fo

rtale

cer

e a

gili

zar

o r

eco

nh

ecim

en

to d

e e

qu

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ncia

d

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eg

ula

men

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tos

rela

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os

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ran

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e o

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om

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da A

méri

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MA

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MA

, M

S

Eq

uiv

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ncia

re

co

nh

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a e

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e

país

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 1

11

ÃO

8

60

6

Pu

blic

ar

ed

itais

vis

an

do

à r

ealiz

ação

de f

eir

as

cu

ltu

rais

fe

min

ista

s p

ara

a c

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ializ

ação

de p

rod

uto

s/se

men

-te

s ag

roeco

lóg

ico

s e a

dvin

do

s d

a s

ocio

bio

div

ers

idad

e.

MD

mero

de e

dit

ais

la

nçad

os

ÃO

210

V

Qu

alifi

car

a g

est

ão

de 2

.00

0 o

rgan

izaçõ

es

eco

mic

as

da a

gri

cu

ltu

ra f

am

iliar

atr

avés

do

Co

op

era

f/M

ais

Gest

ão

n

as

áre

as

de g

est

ão

, p

rod

ução

, ag

roin

du

stri

aliz

ação

e

acess

o a

os

merc

ad

os,

co

nsi

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nd

o s

ua d

ivers

idad

e e

su

as

esp

ecifi

cid

ad

es.

MD

AM

DS

, F

ND

E,

CO

NA

BN

° d

e o

rgan

izaçõ

es

ate

nd

idas

100

05

00

50

ÃO

210

V

Ap

oia

r a in

serç

ão

d

a ag

ricu

ltu

ra fa

mili

ar

em

fe

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e

even

tos

de p

rod

uto

s o

rgân

ico

s e d

e b

ase

ag

roeco

lóg

ica

de a

bra

ng

ên

cia

est

ad

ual,

nacio

nal e in

tern

acio

nal.

MD

de

ag

ricu

lto

res(

as)

fa

mili

are

s b

en

efi

ciá

rio

s/as

120

00

120

00

120

00

120

00

ÃO

210

V

Pro

mo

ver

iden

tid

ad

e

e

vis

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dad

e

ao

s p

rod

uto

s d

a

ag

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ltu

ra f

am

iliar

co

mo

est

raté

gia

para

su

a v

alo

riza-

ção

(S

IPA

F).

MD

de c

on

cess

ões

de u

so d

o S

IPA

F15

00

40

00

60

00

85

00

N/A

Pro

mo

ver

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serç

ão

d

e 15

0 p

rod

uto

s d

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rob

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i-vers

idad

e b

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stra

tég

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po

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co

merc

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ação

, via

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eri

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om

o m

ovim

en

to “

Slo

w

foo

d”.

MD

de p

rod

uto

s15

0A

ÇÃ

O 2

10V

Cap

acit

ar

50

0 j

oven

s ru

rais

em

eco

-gast

ron

om

ia,

po

r m

eio

de p

arc

eri

a c

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o m

ovim

en

to “

Slo

w F

oo

d”.

M

DA

 N

° d

e jo

ven

s cap

acit

ad

os

50

0A

ÇÃ

O 2

10V

Me

ta 2

0. C

on

tin

uação

.

67PLANAPO 2016-2019

Eixo 5 – Terra e Território

Estratégias

• Titular áreas em benefício de comunidades quilom-

bolas.

• Fomentar o etnodesenvolvimento e a economia soli-

dária em comunidades quilombolas.

• Aprimorar o processo de regularização dos territórios quilombolas.

• Ampliar a regularização fundiária em Unidades de Conservação Federais de Uso Sustentável

• Ampliar o número de Unidades de Conservação Federais dotadas de plano de manejo e com

Conselhos Gestores criados.

• Garantir a destinação de novos lotes da reforma agrária para a juventude rural.

• Elaborar e revisar Planos de Gestão Territorial e Ambiental - PGTA’s e implementar ações in-

tegradas em terras indígenas.

• Ampliar a participação das associações/cooperativas de povos indígenas e comunidades tra-

dicionais em programas de apoio à gestão e comercialização como o Selo

• Quilombolas do Brasil.

• Apoiar projetos e ações de etnodesenvolvimento.

Objetivo 5 – Garantir acesso à

terra e territórios como forma

de promover o etnodesenvol-

vimento dos povos e comuni-

dades tradicionais, povos indí-

genas e assentados da reforma

agrária.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

68

Me

ta 2

1. A

mp

liar

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ura

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acess

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terr

a e

ao

s te

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óri

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mo

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do

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ula

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gara

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acess

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os

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en

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po

vo

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un

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Inic

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arc

eir

as

Ind

icad

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Me

ta d

e E

xe

cu

ção

Fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Tit

ula

r 4

0 m

il h

ecta

res

em

ben

efí

cio

de c

om

un

idad

es

qu

ilom

bo

las.

INC

RA

 Á

reas

titu

lad

as

10.0

00

10.0

00

10.0

00

10.0

00

ÃO

210

Z

Fo

men

tar

o e

tno

dese

nvo

lvim

en

to e

a e

co

no

mia

so

li-d

ári

a e

m 3

00

co

mu

nid

ad

es

qu

ilom

bo

las.

INC

RA

 C

om

un

idad

es

ate

nd

idas

30

0N

/A

Pu

blic

ar

60

rela

tóri

os

técn

ico

s d

e I

den

tifi

cação

e D

e-

limit

ação

.IN

CR

Rela

tóri

os

pu

blic

ad

os

1515

1515

ÃO

21O

Z

Ap

rim

ora

r o

pro

cess

o d

e r

eg

ula

rização

do

s te

rrit

óri

os

qu

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bo

las

po

r m

eio

da n

orm

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da t

itu

lação

em

terr

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blic

as

e p

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as

e d

a n

orm

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zação

do

le

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tam

en

to f

un

diá

rio

.

INC

RA

 N

orm

ati

zaçõ

es

ap

rim

ora

das

  

11

N/A

Em

itir

20

decre

tos

de d

esa

pro

pri

ação

po

r in

tere

sse

socia

l d

e t

err

itó

rio

s q

uilo

mb

ola

s.IN

CR

Kit

s d

ecre

tos

mo

nta

do

s 5

55

5N

/A

Em

itir

40

po

rtari

as

de r

eco

nh

ecim

en

to d

e t

err

itó

rio

s q

uilo

mb

ola

s.IN

CR

Po

rtari

as

pu

blic

ad

as

1010

1010

N/A

Avalia

r 4

6 m

il h

ecta

res

em

imó

veis

inse

rid

os

em

terr

i-tó

rio

s q

uilo

mb

ola

s d

ecre

tad

os.

INC

RA

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res

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do

s 11

.50

011

.50

011

.50

011

.50

0A

ÇÃ

O

210

Z

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en

tar

120

.00

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men

tos

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pri

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nta

lmen

te d

ifere

ncia

do

s.

INC

RA

 F

am

ílias

ass

en

tad

as

30

.00

03

0.0

00

30

.00

03

0.0

00

211

b/2

105

Am

plia

r a r

eg

ula

rização

fu

nd

iári

a e

m 2

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ilhõ

es

de

hecta

res

nas

Un

idad

es

de C

on

serv

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Fed

era

is d

e

Uso

Su

sten

tável

MM

A-I

CM

BIO

 Á

rea

reg

ula

rizad

a6

25

mil

625

mil

625

mil

625

mil

Co

mp

en

sação

A

mb

ien

tal e

de R

ese

rva

Leg

al

Delim

itar

ao

men

os

25

terr

as

ind

ígen

as.

FU

NA

Terr

as

delim

itad

as

25

ÃO

20

VF

Gara

nti

r a d

est

inação

de 5

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os

no

vo

s lo

tes

da r

efo

r-m

a a

grá

ria p

ara

a ju

ven

tud

e r

ura

l.IN

CR

Jo

ven

s ass

en

tad

os

1.5

00

1.5

00

1.5

00

1.5

00

ÃO

211

B

69PLANAPO 2016-2019M

eta

22

. F

ort

ale

cer

a g

est

ão

co

mp

art

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a d

os

terr

itó

rio

s tr

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nais

.

Inic

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arc

eir

as

Ind

icad

or

Me

ta d

e E

xe

cu

ção

Fís

ica

Fo

nte

20

162

017

20

182

019

Am

plia

r d

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55

para

18

5 a

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nid

ad

es

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on

serv

ação

Fed

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rio

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UC

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as

em

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uln

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bili

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l.M

MA

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MB

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MA

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de

Un

idad

es

de

Co

nse

rvação

co

m

Pla

no

de M

an

ejo

77

88

Co

mp

en

sação

A

mb

ien

tal

Au

men

tar

de 2

65

para

28

3 o

mero

de U

nid

ad

es

de C

on

-se

rvação

Fed

era

is c

om

Co

nse

lho

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est

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s cri

ad

os.

MM

A-I

CM

BIO

 N

úm

ero

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C

co

m C

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o4

44

4A

ÇÃ

O 2

0W

M

Ap

oia

r a e

lab

ora

ção

e r

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ão

de 2

0 P

lan

os

de G

est

ão

Terr

i-to

rial e A

mb

ien

tal -

PG

TA

’s e

a im

ple

men

tação

de a

çõ

es

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teg

rad

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40

terr

as

ind

ígen

as.

FU

NA

PG

TA

’s

ela

bo

rad

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e

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ad

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20

ÃO

20

W4

Pu

blic

ar

e im

pla

nta

r o

Pla

no

In

teg

rad

o d

e im

ple

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tação

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PN

GA

TI,

vis

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do

a g

ara

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a p

oss

e p

len

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os

po

vo

s in

dí-

gen

as

qu

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to a

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seu

s te

rrit

óri

os.

FU

NA

Pla

no

ela

bo

rad

o e

p

ub

licad

o1

ÃO

215

O

Me

ta 2

3. C

on

solid

ar

ass

en

tam

en

tos

da r

efo

rma a

grá

ria, u

nid

ad

es

de c

on

serv

ação

de u

so s

ust

en

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BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

70

Eixo 6 – Sociobiodiversidade

Estratégias

• Implementar o Sistema Nacional de Informação sobre

o Extrativismo e aprimorar a coleta de dados sobre

o extrativismo e os produtos da sociobiodiversidade.

• Orientar as comunidades sobre negociações relativas

ao acesso ao patrimônio genético e aos conhecimentos tradicionais associados à biodiversi-

dade.

• Produzir e disseminar materiais sobre conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade

e manejo sustentável

• Desenvolver estudos sobre a cadeia de plantas medicinais, e buscar a inclusão de produtos

fitoterápicos tradicionais no SUS.

• Ajustar as regulamentações florestais e de produtos da sociobiodiversidade consolidando o

manejo florestal comunitário familiar e o manejo e uso sustentável de espécies nativas.

• Incentivar a aplicação de recursos não reembolsáveis em ações de inclusão produtiva sustentá-

vel e estruturação de empreendimentos econômicos coletivos, para povos indígenas e comu-

nidades tradicionais extrativistas.

• Apoiar os Arranjos Produtivos Locais (APLs) da Sociobiodiversidade e projetos de produção,

beneficiamento e comercialização de produtos de sistemas sustentáveis da sociobiodiversida-

de.

• Formar profissionais de instituições governamentais e agentes para atuação em comunidades

quilombolas sobre as especificidades dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais,

e das cadeias de produtos da sociobiodiversidade.

• Emitir Documentos de Aptidão ao PRONAF (DAP) e promover sua adequação às especificida-

des de povos indígenas e povos e comunidades tradicionais em todo país.

• Elaborar diretrizes estratégicas para o desenvolvimento de serviços de Ater específico para

territórios extrativistas (RESEX, PAE e PDS).

• Investir na contração de serviços de assistência técnica e extensão rural para o manejo florestal

sustentável de uso múltiplo da caatinga, do cerrado e da Amazônia, com enfoque agroecológi-

co, nas unidades de conservação e assentamentos de famílias agroextrativistas.

• Recriar o Portal da Sociobiodiversidade como instrumento de comunicação e formação conti-

nuada dos atores da rede de serviços de apoio aos produtos da sociobiodiversidade.

• Incentivar a agroindustrialização de produtos da sociobiodiversidade na perspectiva das tec-

nologias sociais.

Objetivo 6 – Promover o reco-

nhecimento da identidade socio-

cultural, o fortalecimento da or-

ganização social e a garantia dos

direitos de povos indígenas, po-

vos e comunidades tradicionais e

agricultores(as) familiares.

71PLANAPO 2016-2019

• Realizar estudos sobre alternativas de logística para a produção proveniente de territórios de

povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores(as) familiares e disseminar

estas informações.

• Ampliar a presença de produtos e alimentos da sociobiodiversidade nos processos de compras

institucionais - PAA, PNAE e demais modalidades.

• Consolidar as cadeias de produtos da sociobiodiversidade junto às Câmaras Técnicas de co-

mercialização em cada Estado.

• Garantir a participação dos produtos da sociobiodiversidade em feiras e eventos de comercia-

lização regionais, nacionais e internacionais, com a inclusão de cooperativas e associações de

povos e comunidades tradicionais e agricultores(as) familiares.

• Elaborar estudo de valoração dos serviços ambientais para produtos da sociobiodiversidade,

com vistas à inclusão destes custos nos preços mínimos da PGPMBio.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

72

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79PLANAPO 2016-2019 GESTÃO DO PLANO

NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO

ORGÂNICA (2016-2019)

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIASO Decreto nº 7.794, de 2012, que institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Or-

gânica (Pnapo), estabelece dois órgãos para a gestão da Política e do Plano Nacional de Agroeco-

logia e Produção Orgânica (Planapo), a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica

(Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo).

Compete à Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo):

I. promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento da Pnapo e

do Planapo;

II. constituir subcomissões temáticas que reunirão setores governamentais e da sociedade,

para propor e subsidiar a tomada de decisão sobre temas específicos no âmbito da Pnapo;

III. propor as diretrizes, objetivos, instrumentos e prioridades do Planapo ao Poder Executi-

vo federal;

IV. acompanhar e monitorar os programas e ações integrantes do Planapo e propor altera-

ções para aprimorar a realização dos seus objetivos; e

V. promover o diálogo entre as instâncias governamentais e não governamentais relacio-

nadas à agroecologia e produção orgânica, em âmbito nacional, estadual e distrital, para a

implementação da Pnapo e do Planapo.

Por sua vez, a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica – Ciapo é res-

ponsável por:

I. elaborar proposta do Planapo;

II. articular os órgãos e entidades do Poder Executivo federal para a implementação da Pna-

po e do Planapo;

III. interagir e pactuar com instâncias, órgãos e entidades estaduais, distritais e municipais

sobre os mecanismos de gestão e de implementação do Planapo; e

IV. apresentar relatórios e informações à Cnapo para o acompanhamento e monitoramento

do Planapo.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

80

GESTÃO DO PLANAPO 2013-2015Nos três anos de gestão do primeiro Plano, a Ciapo realizou diversas reuniões e atividades,

no esforço de articular os órgãos do governo federal em torno do alcance das metas previstas no

Planapo.

Outro ponto a se destacar na gestão do primeiro ciclo do Planapo foi a participação intensa

e regular dos movimentos sociais no âmbito da Cnapo. Esta presença constante foi determinante

para o enraizamento institucional e para avanços nos processos de negociação e disputas polí-

ticas, em um ambiente de pluralidade. Deve-se também ressaltar a resposta do governo federal,

por meio da na disponibilização de recursos que permitiram o funcionamento do colegiado.

PROPOSTA DE MONITORAMENTO DO PLANAPO 2016-2019

Conforme destacado anteriormente, a elaboração do Planapo 2016-2019 ocorreu de ma-

neira sincronizada e coerente com a elaboração do Plano Plurianual – PPA do governo federal

para o mesmo período. A par deste processo, cabe ressaltar que as diretrizes e prioridades para

agroecologia e produção orgânica nos próximos quatro anos foram debatidas e determinadas

pela Ciapo em conjunto com a Cnapo.

As formas de acompanhamento estabelecidas no primeiro ciclo de planejamento do Plana-

po serão mantidas e envolvem:

I. Grupo de Trabalho na Cnapo, composto por representações do governo e da sociedade ci-

vil, que atuará na definição de mecanismos, instrumentos e metodologias de monitoramento

e avaliação do Plano;

II. Acompanhamento dos programas, projetos e ações do Planapo, realizado por meio de

relatórios de execução física e financeira, a serem gerados a partir do encaminhamento

semestral pelos Ministérios integrantes da CIAPO à Secretaria-Executiva da Ciapo, tendo

como referência os indicadores estabelecidos na elaboração do Plano, e, quando possível,

apresentando informações sobre resultados qualitativos e quantitativos alcançados;

III. Apresentação, ao final de cada ano orçamentário, da Ciapo à Cnapo, de relatório de ba-

lanço da execução física e financeira, com base nos indicadores estabelecidos a partir das

metas e iniciativas do Planapo, com as justificativas correspondentes às situações nas quais

o desempenho não esteja adequado ao que foi programado;

IV. Acompanhamento, monitoramento e avaliação pela Cnapo da evolução da execução dos

programas e ações do Plano e contribuições ao aperfeiçoamento de seus instrumentos, com

a proposição de realização de estudos prévios, caso necessário;

V. Criação, pela Cnapo e pela Ciapo, de mecanismos de interação com conselhos, comissões

e outras instâncias nacionais, estaduais e municipais, que tenham atuação sobre temas que

81PLANAPO 2016-2019

dialoguem com o Planapo e que se mostrem significativos na execução do Plano. Buscar-

se-á uma dinâmica na qual, nas conferências e reuniões regulares desses espaços, seja reali-

zado intercâmbio de informações relativas à agroecologia e produção orgânica.

Cabe registrar que, se por um lado o monitoramento das ações do Planapo 2013-2015 foi

facilidado, em parte, pelo elevado detalhamento das iniciativas, a complexa interdisciplinaridade

da agroecologia e produção orgânica e a reduzida base de dados existente limitou a possibilidade

de identificação de impactos e resultados e definição de indicadores mais agregados para o próxi-

mo ciclo do Plano, que permitissem uma gestão focada em resultados. Esse fato deve ser levado

em consideração do ponto de vista da definição de procedimentos futuros para monitoramento

e avaliação.

Considera-se que, mesmo diante desses desafios, é preciso considerar a experiência de

acompanhamento desenvolvida no ciclo de planejamento anterior e realizar um novo esforço, ao

longo da execução do próximo ciclo, para a criação de um sistema e de uma estrutura de moni-

toramento e avaliação mais adequada, que também permita o acompanhamento de seus efeitos

e impactos, evoluindo-se para uma estratégia de gestão por resultados.

MONITORAMENTO EM ESCALA TERRITORIAL

A proposta de monitoramento territorial surgiu da verificação da necessidade do Planapo

2016-2019 “aterrisar” nos territórios, com a finalidade de se monitorar, de fato, o alcance do Plano

na ponta, integrando-se além disso os diversos órgãos que implementam o Plano, cada um destes

com sua própria metodologia de levantamento de informações. Além disso, a proposta surge da

verificação de que frequentemente não há intercâmbio robusto de informações entre os órgãos

implementadores, nem efetiva coordenação de ações.

Neste sentido, encontra-se em processo de construção uma proposta de monitoramento

em estala territorial. Resgatou-se as ações desenvolvidas com o Programa Territórios da Cida-

dania (PTC) e propôs-se a atuação dos Colegiados de Desenvolvimento Territorial (CODETER),

como instâncias focais de implementação do Plano. Como forma de difundir e aprofundar a dis-

cussão sobre a rota tecnológica nos territórios, entende-se, a princípio, que as discussões podem

centrar-se nos CODETER, especialmente, no âmbito das Câmaras Técnicas de Inclusão Produti-

va, que podem também atual na identificação dos territórios em que existem empreendimentos

agroecológicos, bem como, no levantamento de informações acerca de empreendimentos que

estão organizados em torno de redes agroecológicas locais.

O fortalecimento da agroecologia no nível territorial tem efeitos transversais, ou, em outras

palavras, intersetoriais, pois a opção por esta rota tecnológica tem reflexos nos âmbitos econô-

mico, ambiental e sociocultural. No âmbito econômico, por um lado, viabiliza a inclusão produtiva

nos mercados agroalimentares locais pelo fato de ter tecnologias apropriáveis pelos agricultores

familiares; por outro, viabiliza a obtenção de um excedente na renda dos agricultores que optem

por esta rota tecnológica, pois seus produtos quando certificados alcançam até 30% a mais do

valor de mercado dos produtos tradicionais. No âmbito ambiental, estas tecnologias produzem

menos impactos ao meio ambiente. Uma das razões está no simples fato de não utilizarem nos

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

82

processos produtivos insumos externos – leiam-se fertilizantes químicos e agrotóxicos – princi-

pais responsáveis pelos processos de contaminação ambiental. Outrossim, pelo fato de utilizar

sistemas produtivos diversos, contribuem à conservação da biodiversidade e agrobiodiversidade,

mas também dão espaço a uma oferta mais diversificada de alimentos, e consequentemente, mais

equilibrada desde o ponto de vista nutricional.

No âmbito sociocultural, a agroecologia contribui para a segurança alimentar e nutricional,

mas também, para a soberania alimentar, e o mais importante, para o direito à alimentação no nível

local. É importante salientar a questão da soberania alimentar, pois é a partir deste conceito que

atendemos a sistemas agroalimentares com identidade cultural. Quanto à segurança alimentar, é

sabido que a agricultura familiar é responsável pelo que chamamos de cestas familiares ocultas,

isto é, que alimentam a mais de uma família com sua produção, dados estes que não aparecem

nas estatísticas. Assim, na medida em que se propicia a inclusão produtiva de agricultores(as)

familiares que se viam excluídos do sistema agroalimentar, propicia-se a segurança alimentar e

nutricional, bem como o direito à alimentação, no nível local. Ainda, em decorrência de propiciar

sistemas alimentares mais sadios em decorrência de não apresentarem contaminação por agrotó-

xicos, portanto, a opção por esta rota tecnológica tem reflexos diretos na saúde pública.

Ademais, tanto as práticas agroecológicas, como os processos de desenvolvimento terri-

torial estão profundamente enraizados nos contextos ecológicos, econômicos, sociais e culturais

nos que se desenvolvem. Em outras palavras, tanto os processos agroecológicos como os de

desenvolvimento territorial têm seu sustento em territórios vistos estes como o resultado de um

constructo social a partir do dinamismo que lhe imprimem os indivíduos que neles vivem.

Durante a implementação do Planapo 2016-2019, estas e outras questões precisam ser apro-

fundadas, de forma a resultarem no desenho e na implementação de um modelo de gestão ter-

ritorial do Plano que seja efetivo na análise dos resultados alcançados por meio da política e que

agregue, em seu funcionamento, as instâncias governamentais representadas na Ciapo, em nível

local e nacional, e as representações da sociedade civil presentes na Cnapo.

83PLANAPO 2016-2019

ANEXOS

ANEXO 1

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1, DE 3 DE MAIO DE 2016 INSTITUI O PLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (PLANAPO) PARA O POERÍODO 2016-2019 (DOU: QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2016)

O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE GOVERNO DA PRESIDÊNCIA DA

REPÚBLICA E O MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, no uso da atribuição

que lhes conferem o art. 87, caput, inciso I e II da Constituição, e tendo em vista o disposto no

art. 4º, inciso I, do Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, que institui a Política Nacional de

Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO, resolvem:

Art. 1º Fica instituído o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO

para o período 2016-2019, destinado a implementar programas e ações indutoras da transição

agroecológica, da produção orgânica e de base agroecológica, que contribuam para o desenvol-

vimento sustentável e possibilitem a melhoria de qualidade de vida da população, por meio da

oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais.

Art. 2º São objetivos específicos do PLANAPO 2016- 2019:

I - ampliar e fortalecer a produção, manipulação e processamento de produtos orgânicos e

de base agroecológica, tendo como público prioritário agricultores(as) familiares, assenta-

dos(as) da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e suas organizações econô-

micas, micro e pequenos empreendimentos rurais, cooperativas e associações, consideran-

do também os da agricultura urbana e periurbana;

II - promover, ampliar e consolidar processos de acesso, uso sustentável, gestão, manejo,

recomposição e conservação dos recursos naturais e ecossistemas em geral;

III - ampliar a capacidade de construção e socialização de conhecimentos em Agroecologia

e sistemas orgânicos de produção, por meio da valorização da cultura local e intercâmbio

de conhecimentos e da internalização da perspectiva agroecológica nas instituições e am-

bientes de ensino, pesquisa e extensão;

IV - fortalecer a comercialização dos produtos orgânicos e de base agroecológica e da

sociobiodiversidade nos mercados locais, regionais, nacional, internacional e nas compras

públicas e ampliar o consumo dos produtos orgânicos, de base agroecológica e da socio-

biodiversidade;

V - garantir acesso à terra e territórios como forma de promover o etnodesenvolvimento

dos povos e comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados da reforma agrária;

VI - promover o reconhecimento da identidade sociocultural, o fortalecimento da organiza-

ção social e a garantia dos direitos de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e

agricultores familiares; e

VII - apoiar a produção, beneficiamento, armazenamento, distribuição e comercialização

dos produtos da Sociobiodiversidade e ampliar sua visibilidade e consumo.

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

84

Art. 3º A consecução dos objetivos do PLANAPO dar-se-á por intermédio da execução das

iniciativas e metas descritas no Anexo, de acordo com os seguintes eixos de atuação:

I - produção;

II - uso e conservação de recursos naturais;

III - conhecimento;

IV - comercialização e consumo; V - terra e território; e

VI - sociobiodiversidade.

Art. 4º As fontes orçamentárias estão discriminadas para cada iniciativa e provêm do Plano

Plurianual, da Lei Orçamentária Anual e de financiamentos extra-orçamentários.

Art. 5º São beneficiários do PLANAPO as entidades, organizações e pessoas que queiram

fortalecer ou modificar suas práticas para sistemas de produção orgânicos e de base agroecoló-

gica, especialmente:

I - os agricultores familiares, abrangidos pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006;

II - assentados da reforma agrária;

III - povos indígenas; e

IV - povos e comunidades tradicionais, incluindo a juventude rural, as mulheres e suas orga-

nizações.

Parágrafo único. São ainda beneficiários das ações do Plano os atendidos pelos programas

de compras governamentais do governo federal, bem como as micro e pequenas agroindústrias,

considerando também as da agricultura urbana e periurbana.

Art. 6º O PLANAPO deverá ser revisado e atualizado para o quadriênio seguinte.

Art. 7º A Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica é a responsável pela

articulação junto aos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal para implementação do

PLANAPO, conforme previsto no inciso II, do art. 9º do Decreto nº 7.794, de 2012.

Art. 8º A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica é responsável por asse-

gurar a participação e o controle social na elaboração, acompanhamento, monitoramento e revi-

são das ações do PLANAPO, conforme previsto no art. 7º do Decreto nº 7.794, de 2012.

Art. 9° A gestão do PLANAPO deve promover o alcance dos objetivos, metas e iniciativas,

por meio de:

I - mecanismos de implementação e integração das políticas públicas;

II - critérios de regionalização das políticas públicas;

III - mecanismos de monitoramento, avaliação e revisão do Plano; e

IV - instrumentos de cooperação federativa. Parágrafo único. Caberá à CIAPO a definição

das orientações técnicas complementares para a gestão do PLANAPO 2016- 2019.

Art. 10 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

RICARDO BERZOINI

Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República

PATRUS ANANIAS DE SOUSA

Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário

85PLANAPO 2016-2019

ANEXO 2

DECRETO Nº 7.794, DE 20 DE AGOSTO DE 2012, QUE INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA (PNAPO) (DOU 4 Nº 162, TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2012)

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, in-

cisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 50 da Lei nº 10.711, de

5 de agosto de 2003, e no art. 11 da Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003,  

DECRETA: 

Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO,

com o objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações indutoras da tran-

sição agroecológica e da produção orgânica e de base agroecológica, contribuindo para o de-

senvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos

recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.

Parágrafo único. A PNAPO será implementada pela União em regime de cooperação com

Estados, Distrito Federal e Municípios, organizações da sociedade civil e outras entidades priva-

das. 

Art. 2º Para fins deste Decreto, entende-se por:

I - produtos da sociobiodiversidade - bens e serviços gerados a partir de recursos da biodi-

versidade, destinados à formação de cadeias produtivas de interesse dos beneficiários da

Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, que promovam a manutenção e valorização de suas

práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, para gerar renda e melhorar sua

qualidade de vida e de seu ambiente;

II - sistema orgânico de produção - aquele estabelecido pelo art. 1º da Lei nº 10.831, de 23 de

dezembro de 2003, e outros que atendam aos princípios nela estabelecidos;

III - produção de base agroecológica - aquela que busca otimizar a integração entre capaci-

dade produtiva, uso e conservação da biodiversidade e dos demais recursos naturais, equi-

líbrio ecológico, eficiência econômica e justiça social, abrangida ou não  pelos mecanismos

de controle de que trata a Lei nº 10.831, de 2003, e sua regulamentação; e

IV - transição agroecológica - processo gradual de mudança de práticas e de manejo de

agroecossistemas, tradicionais ou convencionais, por meio da transformação das bases pro-

dutivas e sociais do uso da terra e dos recursos naturais, que levem a sistemas de agricultura

que incorporem princípios e tecnologias de base ecológica. 

Art. 3º São diretrizes da PNAPO:

I - promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimen-

tação adequada e saudável, por meio da oferta de produtos orgânicos e de base agroeco-

lógica isentos de contaminantes que ponham em risco a saúde;

II - promoção do uso sustentável dos recursos naturais, observadas as disposições que re-

gulem as relações de trabalho e favoreçam o bem-estar de proprietários e trabalhadores;

III - conservação dos ecossistemas naturais e recomposição dos ecossistemas modificados,

por meio de sistemas de produção agrícola e de extrativismo florestal baseados em recur-

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

86

sos renováveis, com a adoção de métodos e práticas culturais, biológicas e mecânicas, que

reduzam resíduos poluentes e a dependência de insumos externos para a produção;

IV - promoção de sistemas justos e sustentáveis de produção, distribuição e consumo de

alimentos, que aperfeiçoem as funções econômica, social e ambiental da agricultura e do

extrativismo florestal, e priorizem o apoio institucional aos beneficiários da Lei nº 11.326, de

2006;

V - valorização da agrobiodiversidade e dos produtos da sociobiodiversidade e estímulo

às experiências locais de uso e conservação dos recursos genéticos vegetais e animais, es-

pecialmente àquelas que envolvam o manejo de raças e variedades locais, tradicionais ou

crioulas;

VI - ampliação da participação da juventude rural na produção orgânica e de base agroeco-

lógica; e

VII - contribuição na redução das desigualdades de gênero, por meio de ações e programas

que promovam a autonomia econômica das mulheres. 

Art. 4º São instrumentos da PNAPO, sem prejuízo de outros  a serem constituídos:

I - Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO;

II - crédito rural e demais mecanismos de financiamento;

III - seguro agrícola e de renda;

IV - preços agrícolas e extrativistas, incluídos mecanismos de regulação e compensação de

preços nas aquisições ou subvenções;

V - compras governamentais;

VI - medidas fiscais e tributárias;

VII - pesquisa e inovação científica e tecnológica;

VIII - assistência técnica e extensão rural;

IX - formação profissional e educação;

X - mecanismos de controle da transição agroecológica, da produção orgânica e de base

agroecológica; e

XI - sistemas de monitoramento e avaliação da produção orgânica e de base agroecológica. 

Art. 5º O PLANAPO terá como conteúdo, no mínimo, os seguintes elementos:

I - diagnóstico;

II - estratégias e objetivos;

III - programas, projetos, ações;

IV - indicadores, metas e prazos; e

V - modelo de gestão do Plano.

Parágrafo único. O PLANAPO será implementado por meio das dotações consignadas nos

orçamentos dos órgãos e entidades que dele participem com programas e ações. 

Art. 6º São instâncias de gestão da PNAPO:

I - a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - CNAPO; e

II - a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica - CIAPO. 

Art. 7º Compete à CNAPO:

I - promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento da PNAPO

e do PLANAPO;

II - constituir subcomissões temáticas que reunirão setores governamentais e da sociedade,

para propor e subsidiar a tomada de decisão sobre temas específicos no âmbito da PNAPO;

87PLANAPO 2016-2019

III - propor as diretrizes, objetivos, instrumentos e prioridades do PLANAPO ao Poder Exe-

cutivo federal;

IV - acompanhar e monitorar os programas e ações integrantes do PLANAPO, e propor al-

terações para aprimorar a realização dos seus objetivos; e

V - promover o diálogo entre as instâncias governamentais e não governamentais relacio-

nadas à agroecologia e produção orgânica, em âmbito nacional, estadual e distrital, para a

implementação da PNAPO e do PLANAPO. 

Art. 8º A CNAPO terá a seguinte composição paritária:

I - quatorze representantes dos seguintes órgãos e entidades do Poder Executivo federal:

a) um da Secretaria-Geral da Presidência da República;

b) três do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sendo um da Companhia

Nacional de Abastecimento - CONAB e um da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

- Embrapa;

c) dois do Ministério do Desenvolvimento Agrário, sendo um do Instituto Nacional de Colo-

nização e Reforma Agrária - INCRA;

d) dois do Ministério da Saúde, sendo um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - AN-

VISA;

e) dois do Ministério da Educação, sendo um do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação - FNDE;

f) um do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação;

g) um do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

h) um do Ministério do Meio Ambiente; e

i) um do Ministério da Pesca e Aquicultura; e

II - quatorze representantes de entidades da sociedade civil.

§ 1ºCada membro titular da CNAPO terá um suplente.

§ 2º Os representantes do governo federal na CNAPO serão indicados pelos titulares dos

órgãos previstos no inciso I do caput e designados em ato do Ministro de Estado da Secre-

taria-Geral da Presidência da República.

§ 3º Ato conjunto dos Ministros de Estado do Desenvolvimento Agrário, do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria Geral da Presidência da República

disporá sobre o funcionamento da CNAPO, sobre os critérios para definição dos represen-

tantes das entidades da sociedade civil e sobre a forma de sua designação.

§ 4º O mandato dos membros representantes de entidades da sociedade civil na CNAPO

terá duração de dois anos.

§ 5º A Secretaria-Geral da Presidência da República exercerá a função de Secretaria-Exe-

cutiva da CNAPO e providenciará suporte técnico e administrativo ao seu funcionamento.

§ 6º Poderão participar das reuniões da CNAPO, a convite de sua Secretaria-Executiva, es-

pecialistas e representantes de órgãos e entidades públicas ou privadas que exerçam ativi-

dades relacionadas à agroecologia e produção orgânica.  

Art. 9º Compete à CIAPO:

I - elaborar proposta do PLANAPO, no prazo de cento e oitenta dias, contado da data de

publicação deste Decreto;

II - articular os órgãos e entidades do Poder Executivo federal para a implementação da

PNAPO e do PLANAPO;

BRASIL AGROECOLÓGICOPLANO NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

88

III - interagir e pactuar com instâncias, órgãos e entidades estaduais, distritais e municipais

sobre os mecanismos de gestão e de implementação do PLANAPO; e

IV - apresentar relatórios e informações ao CNAPO para o acompanhamento e monitora-

mento do PLANAPO. 

Art.10º A CIAPO será composta por representantes, titular e suplente, dos seguintes órgãos:

I - Ministério do Desenvolvimento Agrário, que a coordenará;

II - Secretaria-Geral da Presidência da República;

III - Ministério da Fazenda;

IV - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

V - Ministério do Meio Ambiente;

VI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

VII - Ministério da Educação;

VIII - Ministério da Saúde;

IX - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; e

X - Ministério da Pesca e Aquicultura.

§ 1º Os membros da CIAPO serão indicados pelos titulares dos órgãos e designados em ato

do Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário.

§ 2º Poderão participar das reuniões da CIAPO, a convite de sua coordenação, especialistas

e representantes de órgãos e entidades públicas ou privadas que exercem atividades relaciona-

das à agroecologia e produção orgânica.

§ 3º O Ministério do Desenvolvimento Agrário exercerá a função de Secretaria-Executiva da

CIAPO e providenciará suporte técnico e administrativo ao seu funcionamento. 

Art. 11º A participação nas instâncias de gestão da PNAPO será considerada prestação de

serviço público relevante, não remunerada. 

Art. 12º O Regulamento da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispõe sobre o Sistema

Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, aprovado pelo Decreto nº 5.153, de 23 de julho de 2004,

passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4º  ..........................................................................

..............................................................................................

§ 2ºFicam dispensados de inscrição no RENASEM aqueles que atendam aos requisitos de

que tratam o caput e o § 2º do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, e multipliquem

sementes ou mudas para distribuição, troca e comercialização entre si, ainda que situados em

diferentes unidades da federação.

§ 3º A dispensa de que trata o § 2º ocorrerá também quando a distribuição, troca, comer-

cialização e multiplicação de sementes ou mudas for efetuada por associações e cooperativas de

agricultores familiares, conforme definido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, desde que

sua produção seja proveniente exclusivamente do público beneficiário de que trata a Lei nº 11.326,

de 2006, e seus regulamentos.

..................................................................................”. (NR) 

Art. 13º O Decreto nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007, passa a vigorar com as seguintes

alterações: 

“Art. 33O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento organizará, junto à Coordena-

ção de Agroecologia, a Subcomissão Temática de Produção Orgânica - STPOrg da Comissão Na-

cional de Agroecologia e Produção Orgânica - CNAPO e, junto a cada Superintendência Federal

de Agricultura, Comissões da Produção Orgânica nas Unidades da Federação - CPOrg-UF, para

89PLANAPO 2016-2019

auxiliar nas ações necessárias ao desenvolvimento da produção orgânica, com base na integração

entre os agentes da rede de produção orgânica do setor público e do privado, e na participação

da sociedade no planejamento e gestão democrática das políticas públicas.

§ 1º As Comissões serão compostas de forma paritária por membros do setor público e da

sociedade civil de reconhecida atuação no âmbito da produção orgânica.

§ 2º O número mínimo e máximo de participantes que comporão as Comissões observará as

diferentes realidades existentes nas unidades federativas.

§ 3º A composição da STPOrg garantirá a presença de, no mínimo,  um representante do

setor privado de cada região geográfica.

§ 4º Os membros do setor público nas CPOrg-UF representarão, sempre que possível, dife-

rentes segmentos, como assistência técnica, pesquisa, ensino, fomento e fiscalização.

§5º Os membros do setor privado nas CPOrg-UF representarão, sempre que possível, di-

ferentes segmentos, como produção, processamento, comercialização, assistência técnica,

avaliação da conformidade, ensino, produção de insumos, mobilização social e defesa do

consumidor.” (NR) 

“Art. 34. ........................................................................

..............................................................................................

VI - orientar e sugerir atividades a serem desenvolvidas pelas CPOrg-UF; e

VII - subsidiar a CNAPO e a Câmara Intergovernamental de Agroecologia e Produção Or-

gânica - CIAPO na formulação e gestão da Política Nacional de Agroecologia e Produção

Orgânica - PNAPO e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANA-

PO.»(NR) 

“Art. 35. .........................................................................

..............................................................................................

VII - emitir parecer sobre pedidos de credenciamento de organismos de avaliação da con-

formidade orgânica; e

VIII - subsidiar a CNAPO e a CIAPO na formulação e gestão da PNAPO e do PLANAPO.”

(NR) 

Art. 14º  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 20 de agosto de 2012; 191º da Independência e 124º da República. 

DILMA ROUSSEFF

Mendes Ribeiro Filho

Tereza Campello

Izabella Mônica Vieira Teixeira

Gilberto José Spier Vargas

Gilberto Carvalho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.8.2012 e retificado em 22.8.2012