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38 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO: Partes necessárias para implantação de um planejamento de manutenção. (Maintenance Planning: Parts Required For Implementation Of A Maintenance Planning.) MELO, AMARILDO DO PRADO 1 Área de Conhecimento: ENGENHARIA Subáreas: PLANEJAMENTO; MANUTENÇÃO _______________________________________________________________ RESUMO: Este Artigo, tem por finalidade demonstrar quais os passos para a implantação de um setor de Planejamento dentro de uma empresa, essa metodologia e passos que serão descritos, podem ser aplicados em empresas de qualquer âmbito e/ou esfera, além desse, o artigo deseja demonstrar que um planejamento dentro de uma planta é capaz de melhorar a capacidade de gestão de todos os setores envolvidos com as então chamadas manutenções, embora as empresas possuam características diferentes, os setores de manutenção pouco diferem com relação ao tratamento de ordem de serviços, observando essas semelhanças e aproveitando essas características é o objetivo da ferramenta. Palavras-Chaves: Manutenção; Planejamento; Gestão; Recursos; Equipamento; ABSTRACT:This article aims to demonstrate the steps for implementing a sector planning within a company, the methodology and steps that will be described, can be applied in any context and / or business sphere, beyond that, the article you want demonstrate that a planning within a plant is able to improve the management capacity of all sectors involved with the so-called maintenance, although companies have different characteristics, maintenance sectors differ little with regard to the processing of the order of service, noting these similarities and taking advantage of these features is the purpose of the tool. Keywords: Maintenance; Planning; Management; Resources; Equipment. _______________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO Com o passar dos anos, o conceito de manutenção tem sofrido diversas alterações, modificações estas que elevaram os padrões da manutenção no mundo. 1 Graduado Sistema de Informação (Facol), Especialista em Gestão de Projetos (Anhanguera), Especialista em Engenharia de Manutenção (Unip). - [email protected]

PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO: Partes necessárias para ...De 1966 à época atual, o órgão de Engenharia de Manutenção se vale de processos sofisticados de controle, usando o computador

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38 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO: Partes necessárias para implantação de

um planejamento de manutenção.

(Maintenance Planning: Parts Required For Implementation Of A Maintenance Planning.)

MELO, AMARILDO DO PRADO1

Área de Conhecimento: ENGENHARIA

Subáreas: PLANEJAMENTO; MANUTENÇÃO

_______________________________________________________________ RESUMO: Este Artigo, tem por finalidade demonstrar quais os passos para a implantação de um setor de Planejamento dentro de uma empresa, essa metodologia e passos que serão descritos, podem ser aplicados em empresas de qualquer âmbito e/ou esfera, além desse, o artigo deseja demonstrar que um planejamento dentro de uma planta é capaz de melhorar a capacidade de gestão de todos os setores envolvidos com as então chamadas manutenções, embora as empresas possuam características diferentes, os setores de manutenção pouco diferem com relação ao tratamento de ordem de serviços, observando essas semelhanças e aproveitando essas características é o objetivo da ferramenta.

Palavras-Chaves: Manutenção; Planejamento; Gestão; Recursos; Equipamento; ABSTRACT:This article aims to demonstrate the steps for implementing a sector planning within a company, the methodology and steps that will be described, can be applied in any context and / or business sphere, beyond that, the article you want demonstrate that a planning within a plant is able to improve the management capacity of all sectors involved with the so-called maintenance, although companies have different characteristics, maintenance sectors differ little with regard to the processing of the order of service, noting these similarities and taking advantage of these features is the purpose of the tool.

Keywords: Maintenance; Planning; Management; Resources; Equipment. _______________________________________________________________

1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, o conceito de manutenção tem sofrido diversas

alterações, modificações estas que elevaram os padrões da manutenção no mundo. 1Graduado Sistema de Informação (Facol), Especialista em Gestão de Projetos (Anhanguera), Especialista em Engenharia de Manutenção (Unip). - [email protected]

39 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

Nos dias atuais, encontram-se diversos tipos de ferramentas para ajudar

na busca da excelência, como por exemplo, as manutenções preventivas e

preditivas, logicamente que essas ferramentas que tanto auxiliam são apenas

pequenas partem de um todo, que hoje se conhece como PLANEJAMENTO DE

MANUTENÇÃO.

Para o bom Funcionamento de uma empresa, é necessária que se tenha

uma equipe de manutenção, essa equipe pode contemplar manutenção elétrica,

mecânica, instrumentação, caldeiraria e manutenção civil etc... . Esses conceitos

são básicos, porém, o problema encontrado pela gestão é gerenciar essa equipe.

Nesse Artigo mostrar-se-ão as partes necessárias quando se tem o

objetivo de montar uma equipe de PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO, pois, é

sabido que somente uma equipe de manutenção eficaz não é o suficiente, é preciso

andar na dianteira do problema, antecipando-se as falhas, para tal, é incontestável a

presença de uma equipe de planejamento.

Com o mercado cada vez mais competitivo, torna-se fundamental que as

empresas baixem seus custos produtivos, porém como reduzir efetivamente os

custos produtivos de uma planta industrial? Uma das premissas básicas é produzir

mais com menor custo. E se produzir mais reflete em exigir mais dos equipamentos

então os cuidados terão que ser redobrados.

2. HISTÓRIA DA MANUTENÇÃO

Até 1914, inexistência de manutenção, as empresas reparavam seus

equipamentos com o efetivo disponível.

De 1914 a 1930 (1ª Guerra Mundial), aparece a manutenção corretiva

como parte integrante do organograma das empresas (em nível de seção).

De 1930 a 1940 (2ª Guerra Mundial), aparece a manutenção preventiva

atuando junto à corretiva. Os organogramas das empresas apresentam um órgão de

supervisão de manutenção do mesmo nível do de produção.

De 1940 a 1950, surge a Engenharia de Manutenção em nível

departamental, subordinada a uma gerência de manutenção e em mesmo nível do

órgão de execução de manutenção.

40 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

De 1950 a 1966, o órgão de Engenharia de manutenção assume posição

mais destacada, passando a desenvolver controle de manutenção a processo de

análise, visando à redução de custos de manutenção.

De 1966 à época atual, o órgão de Engenharia de Manutenção se vale de

processos sofisticados de controle, usando o computador e programas para análise

de resultados, passando a aplicar fórmulas mais complexas para os cálculos dos

mesmos, Viana (2002).

3. TIPOS DE MANUTENÇÃO

Com a evolução dos processos produtivos e com o aumento dos

mesmos, a manutenção por sua vez, tem que acompanhar toda essa cadeia, as

manutenções estão cada vez mais evoluídas e buscando novas formas eficazes

para atender todo o setor produtivo.

Torna-se claro que com equipamentos modernos que tem como objetivo

produtividade e eficácia nos trabalhos todo o processo de manutenção tem que

acompanhar o ritmo. Apesar dos conceitos novos de manutenções e suas

ferramentas para facilitar os trabalhos existem conceitos básicos sobre a

manutenção que devem ser cuidados com, abaixo segue exemplo:

Manutenção Corretiva;

Manutenção Preventiva;

Manutenção Preditiva;

Engenharia de Manutenção;

Desta classificação foi excluída a manutenção detectiva, por entender que

se trata apenas de uma técnica utilizada para realizar a manutenção preditiva.

3.1 Manutenção Corretiva

Infelizmente ainda é o tipo de manutenção que mais acontece, sendo este

o mais custoso, trata-se do processo de manutenção que somente será realizado

quando acontecer a parada do equipamento. Normalmente trata-se de um sistema

41 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 custoso para cadeia produtiva, por que quando acontecem muitos itens do

equipamento sofrem danos.

Quando se fala de manutenção corretiva a primeira impressão que se tem

é a de uma manutenção cara e demorada, pois torna-se muito mais problemático a

correção de um problema.

Manutenção corretiva planejada: Essa vertente e manutenção

normalmente acontecem quando já foi identificada a falha no equipamento, sendo

que essa se torna melhor que a manutenção corretiva simples que espera a parada

total do equipamento (PINTO e XAVIER, 1999, p.32)i.

Manutenção corretiva não planejada: “Essa manutenção dentro dos

conceitos de manutenção é o pior tipo de manutenção, pois como já citado, é a

manutenção que acontece quando o equipamento já não tem condições

operacionais, onde por sua vez a parada acontece de forma repentina onde todos os

responsáveis pela manutenção estão despreparados para a ocorrência.” (PINTO e

XAVIER, 1999, p. 34).

3.2. Manutenção Preventiva

Nesse modelo de manutenção os princípios acontecem com um formato e

sistemática diferente, pois os cuidados com a vida útil do equipamento é constante,

ocorrendo pequenos reparos e cuidados com os mesmo com intuito de manter o

equipamento trabalhando. Pequenos reparos checagem de itens podem fazer a

diferença entre uma parada rápida e barata e uma parada custosa e demorada.

Podemos tomar como exemplos os veículos automotores, uma troca de

óleo comparada ao preço de um motor tem uma relevância, pois se for realizada a

troca de óleo seguindo instruções do fabricante esse processo de prevenção tornar-

se-á mais eficaz.

3.3. Manutenção Preditiva

Este tipo de manutenção é interessante, pois faz uso de recursos para

acompanhar o desempenho dos equipamentos, todo esse processo pode passar por

uma análise de lubrificante à uma leitura de vibração, onde será acompanhado o

42 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 desempenho do equipamento sem que aconteça uma parada do equipamento,

sendo esse o mais relevante dentro e econômico dentro do setor produtivo.

A manutenção preditiva faz se interessante no setor produtivo, pois

permite prever uma possível falha no equipamento, sendo assim, permite a equipe

um planeamento de recursos para intervir no equipamento em momentos oportunos.

3.4. Engenharia de Manutenção

Acostumado com aqueles setores sem muita Organização e muito menos

gestão, a Engenharia de Manutenção é na verdade uma evolução da manutenção

industrial, tornando-se mais eficaz e produtiva, por sua vez faz uso de recurso e

técnicas para facilitar todo o processo de manutenção “O Termo Engenharia de

Manutenção quer dizer perseguir benchmarks, aplicar técnicas modernas, estar

nivelado com a manutenção de Primeiro Mundo [...]” (PINTO E XAVIER, 1999, p.

42).

Porém não se trata somente de fazer uso de novas técnicas e recursos,

para a implantação da Engenharia de manutenção é necessário muito mais, todos

os processos culturais tem que ser transformados, sendo assim, as pessoas têm que

mudar seus conceitos de como realizar suas atividades caso contrário não irá

funcionar.

4. ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO

Saber quando intervier nos equipamentos, e quais os recursos que serão

aplicados na manutenção de todos os equipamentos faz parte do contexto

estratégico da empresa, pois será levado em consideração todo seu setor produtivo,

qual o melhor momento para acontecer essa parada, quais itens serão necessários

pra atividade, esses são pontos que devem ser analisados com antecedência.

Almeida (2002), Para que isso aconteça os objetivos da empresa devem

ser claros e objetivos, demonstrando quais são os resultados que estão sendo

buscado.

43 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

Segundo FABRO (2003), antes de traçar qualquer tipo de estratégia deve-

se levar em condições quais são os recursos e meios que melhor se adequam a

realidade vivida pela empresa no momento.

Devem ser observados, neste caso, todos os custos relacionados com a

parada do equipamento, como por exemplo: quanto vai custar para a empresa

deixar de produzir por um determinado intervalo de tempo para fazer manutenção

em certo equipamento, ou quanto vai custar à quebra de um determinado

equipamento que não parou para receber manutenção.

Outro aspecto importante é quanto à empresa irá gastar com recursos

humanos, ferramentas e peças para realizar uma determinada estratégia de

manutenção.

Uma vez definidas as políticas de manutenção mais adequadas para cada

equipamento, devem ser elaborados os planos de manutenção. Através dos Planos

de Manutenção Preventiva são operacionalizadas as políticas de manutenção dos

equipamentos, estabelecendo-se as frequências e abrangências das intervenções

bem como os parâmetros de monitoramento.

5. SISTEMA INFORMATIZADO DE MANUTENÇÃO

O conceito de poder gerir um setor de Manutenção sem muitos esforços

sempre foi para muitos um sonho. A Manutenção, como função estratégica das

Organizações e responsável direta pela disponibilidade dos ativos, tem uma

importância capital nos resultados da empresa, esses resultados serão tanto

melhores quanto mais eficaz for a Gestão de Manutenção.

A ideia de um Sistema Informatizado é a gerência da equipe,

possibilitando a alocação justa de recursos para a equipe. Como exemplo, podem

ser citados alguns recursos como: Transporte, homens horas, peças, equipamentos

e ferramentas utilizadas.

Além dessas, ainda pode-se contar com a criação dos então chamados

históricos de manutenção, que auxiliará nas tomadas de decisões no futuro,

principalmente com relação ao destino de determinados equipamentos. Tendo como

44 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 ferramentas as informações concretas, essas informações nos levam a um volume

de decisões acertadas bem superiores a que se tem nos dias atuais.

Toda informação com relação à criticidade de um equipamento, tem por

obrigação de ser correta, mas quando nos referimos a informações corretas, quais

são os critérios que se de leva em consideração para a classificação desses

Equipamentos? Esses critérios são os seguintes:

Todos os equipamentos têm ou deveria possuir uma descrição, que

mostrasse como, por exemplo, dados técnicos dos equipamentos, hora máxima e

trabalho, desgaste, horas uso rolamento, folga máxima desgaste de engrenamento,

essas são informações que auxiliam o técnico na tomada de decisão em caso de

uma possível intervenção.

Mas, se existe essas informações, então qual é o Problema? O problema

é que o trabalho de gestão, não envolve somente o gerenciamento de recursos, mas

sim a gestão da equipe.

Para um gestor, informações relacionadas à equipe são de fundamental

importância, dados como quantos homens são necessários para a realização de

determinada intervenção, como isso pode ser realizado, qual a frequência de

intervenção nesse equipamento entre outras informações.

Deve existir o gerenciamento, que nada mais é do que medir o grau de

eficiência dos serviços em cima de informações e atuar intensamente nas causas

dos problemas a fim de eliminar os seus efeitos danosos. Porém, para poder–se

gerenciar com eficácia é indispensável, primeiramente, desenvolver o sistema que

canalize as informações para, em um segundo momento possibilitar a tomada de

decisão.

Os Sistemas foram desenvolvidos com o intuito de oferecer um sistema

cheio de praticidade, auxiliando o PCM (Planejamento e Controle da Manutenção)

nos quesitos relacionados a planejamentos de manutenção. Esse sistema em plena

funcionalidade tende a facilitar o trabalho dos setores envolvidos como, por exemplo,

os setores produtivos, além disso, os próprios colaboradores terão acesso com o

“Usuário Comum”, onde poderão saber como estão sendo tratadas as Ordens de

Serviço, e também como está seu apontamento de horas.

45 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

Visa à realização de coletas de informações dos equipamentos que foram

realizados manutenção, bem como o tempo que cada colaborador de manutenção

gastou para realizar determinada atividade.

Como é de nosso conhecimento, os equipamentos de um processo

produtivo uma vez parado é sinônimo de prejuízo, então o uso dessa ferramenta se

fará de uma grande importância para todos os envolvidos nas atividades, pois definir

o momento estratégico para uma parada poder prever o tamanho do gasto e o

tamanho do prejuízo que essa parada acarretará. Sabemos que aproveitar os

momentos oportunos para uma manutenção, é o que define o sucesso de uma

intervenção para uma manutenção preventiva e/ou preditiva.

6. PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO

6.1. Considerações Gerais

Um bom planejamento pode ser caracterizado quando se obtém os

resultados que foram previamente previsto, onde por sua vez foram traçados as

metas, e posteriormente atingidas.

Para um setor de planejamento, a disponibilidade de equipamentos para o

setor produtivo é a prova de que seus trabalhos estão acontecendo com eficácia,

pois manter o setor produtivo em condições operacionais e manter os equipamentos

disponíveis para a produção é o objetivo do Planejamento de Manutenção.

6.2. Objetivos do Planejamento

O objetivo planejamento é manter a planta sempre em condições

operacionais, levando em considerações que seu trabalho deve oferecer

confiabilidade, manutenibilidade e consequentemente disponibilidade dos

equipamentos. Observando sempre a política da empresa deve ter cuidados

especiais com equipamentos críticos para a produção.

Deve atender bem os equipamentos críticos da produção, por isso sua

elaboração precisa ser orientada pela união de objetivos e políticas de produção

juntamente com os de manutenção.

46 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 6.3. Manutenção Remota

É o tipo de manutenção normalmente adotada por empresa de todos os

portes, pois esse tipo de trabalho oferecido por empresas especializadas em sua

maioria trata-se de atividades rápidas. A manutenção remota tem em seu conceito o

fato das empresas não quererem ou não poder tem uma oficina instalada em sua

planta, sendo assim, empresas normalmente terceirizadas assumem as atividades

de manutenção das empresas.

Nesse tipo de atividade a empresa contratante tem ao seu favor a

vantagem de não precisar manter uma equipe de colaboradores para manutenção, o

que parece um ótimo negócio, porém todos seus dados de manutenção como

histórico de equipamentos e de processo irá para mãos de pessoas que não têm

vínculos com a empresa, portanto embora pareça um bom negócio antes de se

adotar esse tipo de recurso é necessário que se faça uma avalição de valores.

Outra problemática encontrada é o fato da empresa não ter equipe de

manutenção presente em sua planta, portanto, outros itens do conjunto tem que

funcionar corretamente, todos os recursos de preventiva, preditiva e planejamento

deve estar em perfeito sincronismo, pois não se tem uma equipe no local caso os

equipamentos venham a falhar.

6.4. Qualidade na Manutenção

O conceito de qualidade embora muito abrangente tenha como pilar

atender os clientes de forma eficiente. Com a manutenção não é diferente, com a

questão dos clientes interno o setor de manutenção torna-se fornecedor do processo

produtivo, sendo assim, o processo é o principal cliente da manutenção.

Fazer com que o processo trabalhe sem paradas por falhas de

equipamentos é uma obrigação da manutenção, atender o cliente de forma que

eficaz e com qualidade tem que ser parte dos conceitos e culturas adotadas pelos

diversos tipos de manutenção existentes.

47 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 6.5. Confiabilidade na Manutenção

Um trabalho confiável que possa dar à produção uma tranquilidade e

confiança em seus equipamentos deve ser premissa adotada, pois além do

equipamento produzir o mesmo deverá ser seguro para operacionalizar, pois mais

importante que a produção os equipamentos devem oferecer segurança aos

operadores, pois se trata de vidas humanas.

Confiabilidade é a capacidade de desenvolver uma determinada atividade

em período, obedecendo todas as normas de segurança e responsabilidades.

7. O PCM NO ORGANOGRAMA DA MANUTENÇÃO

No setor industrial quando a questão de produção entra em pauta

normalmente o setor de destaque é a produção, sendo essa visão equivocada, pois

a visão correta de uma empresa é englobar manutenção produção juntas esses dois

setores devem andar juntos, o que na maioria dos casos acontece é a separação,

quando acontece um problema parece que produção e manutenção trabalham com

objetivos diferentes, esquecendo que compõem uma mesma equipe.

O trabalho do PCM é fazer com que essa separação não aconteça,

fazendo a junção das partes, sendo um órgão de junção e suporte para manutenção.

7.1. Codificação de Equipamentos

O sistema de codificação se faz necessário para uma identificação do

equipamento, pois manter um histórico do equipamento sobre suas manutenções é

de fundamental importância, porém será feito quando se tem um controle e

informações precisas sobre o equipamento.

O processo de identificação do equipamento deve ser feito com muito

critério, sabendo que o código inserido no equipamento funcionará como um número

de identidade sendo único para cada equipamento, esse código acompanhará o

equipamento por toda vida útil do equipamento.

48 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 7.2.Os Homens da Manutenção

O conceito de homem da manutenção com a questão da globalização e

os meios avançados de gestão, mudou, no passado a visão dos homens da

manutenção era de um homem bruto onde todas suas atividades seriam realizadas

mediante o uso da força.

O mundo da manutenção sofreu grades evoluções e os homens

responsáveis pela tal também acompanharam essa mudança. Para as atividades

nos dias atuais os homens contam com inteligência e planejamento, deixando a

questão de força para os equipamentos, ou seja, a força bruta ficou em segundo

plano, assumindo que quando uma atividade se tornar dificultosa é indicativo que

algo está errado e/ou está faltando recursos para atividade seja ele material ou

intelectual.

7.3. O Executante

Quando ocorria qualquer falha no equipamento logo se pensava no

Mecânico, eletricista, instrumentista e assim por diante, essa era a visão do

passado, pois quando o equipamento falhava a culpara era da manutenção, conceito

esse que deixou de existir, muitas ferramentas estão sendo usadas como MA

(Manutenção Autônoma) onde essas, forçam o trabalho em equipe mostrando que o

primeiro mantenedor é o próprio homem de operação.

7.4. O Planejador

Sendo uma das funções chaves para o bom desenvolvimento das

atividades, o planejador tem responsabilidade triplicada, dentro da sua função

acontece o acumulo de três outras são elas: Planejador, Programador e

Coordenador de Materiais.

Além dessas funções o planejador ainda será o responsável por entender

a atividade que será realizada, tendo que aplicar conhecimentos de diversas áreas

se quiser desenvolver sua atividade.

O planejador de manutenção terá que possuir as seguintes atribuições:

a) Gerenciamento dos Planos de Manutenção:

49 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

b) Coordenação e Tratamento das Inspeções:

c) Coordenação de Materiais:

d) Gerenciamento dos Cadastros da Manutenção:

e) Programação de Serviços:

f) Programação de Paradas:

7.5. Planos De Manutenção

Ao definir que tipo de atividade será realizada, é necessário que se crie

um plano de manutenção, pois é ele que reunira as informação para a orientação

das atividades, no mesmo deve ter contidas todas as informações das atividades

para que o mantenedor não fique com dúvidas durante a execução da atividade.

Na prática, o Plano de Manutenção deverá contemplar requisitos que

faram uso das manutenções preventivas e preditivas, pois dentro dos planos de

manutenção deverão ser agregados os seguintes itens:

a) Plano de inspeções visuais;

b) Roteiros de lubrificação;

c) Monitoramento de características dos equipamentos;

d) Manutenção de troca de itens de desgaste;

e) Plano de intervenção preventiva.

7.6. Indicadores De Manutenção

Para saber se todas as atividades citadas anteriormente realmente estão

funcionando, e se os resultados de todo o trabalho são reais será necessária fazer

uso dos indicadores de manutenção, pois são eles que mostrarão a quanta anda o

setor de manutenção. Esses indicativos são ferramentas que podem ser usadas

para melhorar a qualidade da manutenção oferecida, pois quando usado de maneira

correta mostra os problemas que estão acontecendo no setor, mostrando ao gestor

onde existem possibilidades de melhorias.

Os principais indicadores citados e usados pela classe mundial

são:

a.MTBF ou TMEF – Tempo Médio entre Falhas;

50 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645

b.MTTR – Tempo Médio de reparo;

c. TMPF – Tempo Médio para Falha;

d.Disponibilidades Física dos Equipamentos;

e.Custo de Manutenção por Faturamento;

f. Custo de Manutenção por Valor de Reposição.

Outros indicadores que apresentam relevância para o controle da

manutenção são:

a.Backlog;

b.Retrabalho;

c. Índice de Corretiva;

d.Índice de Preventiva;

e.Alocação de HH em OM;

f. Treinamento na Manutenção;

g.Taxa de Frequências de Acidentes;

h.Taxa de Gravidade de Acidentes.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse artigo foi apresentado um conceito de ferramenta para ajudar na

gestão das equipes, quais trabalhos foram realizados no dia, quantas horas cada

colaborador se envolveram com cada atividade, esses são alguns dados que essa

ferramenta pretende apresentar.

Outra característica da ferramenta é criar um histórico para o

administrador saber quantos homens horas serão necessários para realizar dadas

tarefas, bem como a carteira de hora que possui dentro do seu setor de

manutenção.

REFERÊNCIAS iPINTO, Alan K. Manutenção: Função Estratégica,4. Planejamento e Organização da Manutenção. Rio de Janeiro, RJ. Qualitymark, 1999, 380 p. 2FILHO, G. B. Dicionário de termos de manutenção, confiabilidade e qualidade. Editora Ciência Moderna, 1996, 312 p.

51 ∫ntegrada Revista Científica FACOL/ISEOL (Int. Rev. Cie. FACOL/ISEOL) ISSN 2359-0645 3FILHO, W. P. Engenharia de Software: fundamentos, métodos e padrões. Editora LTC, 2009, 1256 p. 4SILVA, Romeu P. Gerenciamento Do Setor De Manutenção. Gestão Industrial do Departamento de Economia e Administração. Universidade Taubaté 2004. Taubaté, SP.