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Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - SES/SP Coordenadoria de Controle de Doenças - CCD 1 Planejamento de 2013 Divisão de Doenças Crônicas outubro/2012

Planejamento Divisão de Doenças Crônicas 2013

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Planejamento de 2013

Divisão de Doenças Crônicas

outubro/2012

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SSeeccrreettaarriiaa ddee EEssttaaddoo ddaa SSaaúúddee ddee SSããoo PPaauulloo

Giovanni Guido Cerri Secretário de Estado da Saúde – SES/SP

Marcos Boulos

Coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças - CCD

Ana Freitas Ribeiro

Diretora Técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE

Marco Antonio de Moraes

Diretor Técnico da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DVDCNT

Equipe da DVDCNT

Técnica

1. Adriana Bouças Ribeiro - Nutricionista - Mestre em Nutrição; 2. África Isabel de La Cruz Perez - Nutricionista - Doutora e Mestre em Saúde Pública; 3. Cláudia Vieira Carnevalle Mussi - Psicóloga - Mestre em Gestão de Qualidade; 4. Cláudio Celso Monteiro Junior - Sociólogo - Mestre em Gestão de Saúde; 5. Dalva Maria de Oliveira Valencich - Enfermeira Sanitarista - Especialista em Dependência Química; 6. Eva Tereza Skazufka - Médica Sanitarista e Epidemiologista; 7. José Raimundo Sica - Médico Sanitarista, Especialista em Medicina do Trabalho, e Medicina do Tráfego; 8. Lilian Cobra – Médica Pediatra e Sanitarista 9. Marco Antonio de Moraes - Enfermeiro - Doutor e Mestre em Saúde Pública - Diretor da Divisão; 10. Maria Cristina Horta Vilar - Medica Pediatra e Mestre em Saúde Coletiva 11. Míriam Matsura Shirassu – Médica Sanitarista - Mestre em Epidemiologia; 12. Sonia Angélica Coria - Enfermeira Sanitarista e Especialista em Gestão.

Administrativa

1. Lúcia Elisa Prestes Salvi - Oficial Administrativo 2. Thammany Fernanda Bernardes Souza - Oficial de atendimento à Saúde

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Sumário

1- Apresentação

04

2- Sobre o Documento de Planejamento de 2013

05

3- Introdução

06

4- Aspectos Históricos da Divisão de Doenças Crônicas

08

5- Missão, Visão e Valores da Divisão de Doenças Crônicas

10

6- Objetivos da Divisão de Doenças Crônicas

11

7- Atribuições da Divisão de Doenças Crônicas

11

8- Atividades da Divisão de Doenças Crônicas

12

9- Considerações Finais

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10- Referências Bibliográficas

30

11- Anexos

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1- Apresentação: A Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DVDCNT) irá completar neste ano de

2013 24 anos de ação no controle das ações de Vigilância de Doenças e Agravos Não

Transmissíveis (DANT) no Estado de São Paulo, e efetivamente esta divisão participou por

dois anos consecutivos, em 2011 e 2012 na elaboração de um planejamento completo e

sistematizado, tendo a oportunidade de ter um documento que norteasse de forma mais ampla o

real direcionamento de nossas ações cotidianas.

Acreditamos, portanto que a iniciativa do CVE é de grande êxito dar continuidade a este

processo de planejamento ordenado, sistematizado e de forma periódica colaborando no

aperfeiçoamento da prestação de nossos serviços à população.

A DVDCNT do Centro de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Controle de

Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vem progressivamente superando

obstáculos e desafios, buscando sempre o equilíbrio e competência, no desempenho de seu

papel em várias frentes da prevenção e controle das doenças e agravos não transmissíveis em

nosso Estado, sendo que, enxergamos o futuro dessa Divisão, comprometido com as discussões

técnicas/científicas, éticas e operacionais, que acreditamos serem vitais para que a nossa

produção seja orientada à busca de uma melhor qualidade de vida para os usuários de nossos

serviços de saúde.

Ressaltamos que a diversidade dos enfoques no controle das Doenças e Agravos Não

Transmissíveis (DANTs) e da Promoção da Saúde, demonstra a transdiciplinaridade,

multisetorialidade e mutiprofissionalidade das ações da DVDCNT no alcance de nossa missão.

No âmbito da prevenção e vigilância das ações de controle das DANTs e de promoção da

saúde os resultados já alcançados ao longo de nossa jornada, assim como aqueles planejados

para o futuro recente refletem de forma concreta a seriedade, dinamismo e interesse

empreendido por esta Divisão, buscando com isto o real alcance de nossos objetivos.

As ações já realizadas como aquelas planejadas para o restante do ano de 2012 demonstram os

esforços e a dedicação de cada um dos técnicos e administrativos desta Divisão que certamente

alcançara o sucesso na adequada utilização deste planejamento.

Marco Antonio de Moraes Diretor Técnico de Saúde da DVDCNT

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2- Sobre o documento de Planejamento de 2013

O presente documento da Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, elaborado a pedido da

diretoria do CVE, tem como objetivo principal identificar e organizar ações inerentes a nossa área

de atuação.

Portanto, esse planejamento, deve ser visto como um instrumento técnico⁄administrativo que

norteia a organização de ações de controle das DANTs, e de Promoção da Saúde, assim como um

guia que norteia os cuidados necessários para otimizar o atendimento, racionalizar tempo e

garantir a qualidade necessária para o completo desenvolvimento de nossas ações.

Entendendo a DVDCNT como uma instituição governamental que objetiva levar as pessoas a

aumentar o controle sobre sua saúde e seus determinantes e, desse modo, melhorar sua saúde, a

equipe dessa Divisão preparou este planejamento priorizando uma parcela significativa de ações de

vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, assim como de promoção da saúde que visa o

alcance de nossos objetivos.

Apesar de reconhecermos que vigilância às doenças crônicas e a promoção da saúde implica em

uma enorme gama de ações, as priorizadas pela Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis

são aquelas ligadas à alimentação saudável, vigilância de violências, acidentes e promoção da

cultura da paz, controle do tabagismo e prática do exercício físico.

O presente planejamento fornece subsídios para uma prática profissional mais segura, pois,

agrupam na sua totalidade princípios, rotinas e caminhos que se forem seguidos na íntegra

repercutirão na organização de nossas ações e na qualidade de nossos serviços, sendo que ele

também explicita por meio das realizações e resultados aqui apresentados, não só a amplitude do

papel desempenhado pela nossa Divisão, como demonstra nitidamente nossa real pretensão de uma

atuação cada vez mais integrada com as diferentes esferas tanto federais como regionais e

municipais, assim como com algumas organizações civis do terceiro setor.

Salientamos que, a construção deste documento reflete um trabalho coletivo que agregou

atividades, saberes e práticas dos técnicos dessa Divisão.

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3 – INTRODUÇÃO A Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Centro de Vigilância Epidemiológica, da

Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, desenvolve

suas ações se pautando em duas principais linhas de atuação que são: a de prevenção, e vigilância

das doenças crônicas e agravos não transmissíveis e a de promoção de saúde enquanto vigilância e

prevenção de alguns fatores de risco à saúde.

As doenças crônicas não transmissíveis consideradas na atualidade como uma pandemia,

constituem sério problema de saúde pública, sendo que a carga de agravos é mais observada e

acentuada nos países de baixa e média renda, mas também presentes nos países mais ricos.

Esse grupo de doenças incluem as do aparelho circulatório (cerebrovasculares e isquêmicas),

cânceres, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. Deterioração visual e cegueira,

deterioração auditiva e surdez, doenças orais e desordens genéticas, mentais e neurológicas são

outras condições crônicas que respondem por uma porção significativa da carga global de doenças.

Os agravos (vigilância de acidentes e violências) constitui outro grupo de atenção dessa Divisão,

que somados com as ações de vigilância e prevenção de promoção da saúde incluem a totalidade do

desenvolvimento de nossa pratica.

Vale ressaltar que tendo em vista a abrangência e complexidade da área de DANT, essa Divisão

vem atuando prioritariamente com parte das doenças e agravos não transmissíveis, e apenas uma

parcela dos fatores de risco em promoção da saúde (hábitos alimentares inadequados, acidentes e

violências, tabagismo e sedentarismo), restringindo sua atuação em ações de vigilância

epidemiológica e prevenção primária que por si só requerem contínua atenção e esforços de um

enorme conjunto de equipamentos de políticas públicas governamentais e não governamentais.

O famoso e respeitado periódico “The Lancet”, de maio de 2011, lançou um caderno específico

sobre a saúde no Brasil e afirma em um de seus capítulos que as DCNT se tornaram a principal

prioridade na área de saúde no Brasil, tendo em vista que 72% das mortes ocorridas em nosso país

no ano de 2007 foram atribuídas a este grupo de doenças.

No final do ano de 2011 também foi lançado pelo Ministério da Saúde em consonância com a

Organização Mundial da Saúde, o “Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças

Crônicas Não Transmissíveis no Brasil para o período de 2011 a 2012, que mostra de forma clara e

evidente a real necessidade de apresentarmos uma plano de trabalho nesta área.

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Tendo em vista este elevado fardo das Doenças Crônicas (principal carga de doenças no Brasil),

existe a real necessidade de contínuos investimentos da política publica de saúde para a prevenção

e controle deste importante agravo presente no tempo contemporâneo.

Torna-se importante ressaltar que as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e

respiratórias crônicas estão diminuindo, provavelmente como resultado do controle do tabagismo e

do maior acesso a atenção primária.

Por outro lado a grave epidemia da obesidade que vem acometendo todo o mundo, trazendo

consequentemente o aumento da prevalência da hipertensão e diabettes, tem ameaçado a

diminuição adicional das doenças crônicas, levando a necessidade de maior investimento em ações

de alimentação saudável e atividade física.

Destacamos também que tendências desfavoráveis no controle da maioria dos principais fatores de

risco mostram a necessidade de ações adicionais e oportunas de vigilância, prevenção e promoção

da saúde rumo a uma melhor qualidade e vida de nossa população.

Com o objetivo de dar respostas adequadas a esse grave quadro desafiador essa Divisão acredita

que o correto planejamento de nossas ações de indução de vigilância e promoção da saúde de

DANT em todo o Estado de São Paulo, incluindo a definição e monitoramento de indicadores,

capacitação dos interlocutores da rede dos GVEs e das Regionais de Saúde, realização de pesquisas

e eventos ente outras irá certamente permitir a otimização de nosso trabalho.

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4 - ASPECTOS HISTÓRICOS DA DIVISÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS

No ano de 1986 o Professor Alexandre Vranjac desenhou a estrutura do CVE, porém, somente no

final de 1989 a Divisão de DCNT foi criada, quando os técnicos que atuavam nos programas de

hipertensão e diabetes, sentiram a necessidade de se aprofundar no conhecimento do método

epidemiológico e sua aplicação em serviço e, após buscarem aperfeiçoar a sua formação na área,

optaram, a convite da direção do CVE, para dar início às atividades desta Divisão.

Os primeiros meses de atividade foram dedicados à elaboração de todo fundamento teórico para

desenvolvimento das atividades, bem como estruturação organizacional da Divisão, principalmente

no tocante aos recursos humanos.

A partir daí, a Divisão passou a produzir e analisar algumas das informações necessárias para o

desenvolvimento da atividade, sob diretrizes discutidas com especialistas que atuavam na área e

técnicos do nível loco-regional, culminando em seminários anuais, organizados para difundir os

conhecimentos sobre os temas e as estratégias de atuação.

Diante de um primeiro panorama da situação dos agravos no Estado e das estratégias de atuação

adotadas na maior parte dos países mais adiantados, a equipe da divisão de doenças crônicas

decidiu-se pela priorização na atuação em prevenção primária, que mostrava ter a melhor relação

custo-benefício para a população assistida.

Dentro desta proposta foram priorizados alguns Programas de Intervenção:

1- Programa de Controle do Tabagismo, que contou com a Assessoria do Instituto Nacional de

Câncer- MS, tendo permanecido por mais de dez anos nesta Divisão e promovido em todo Estado

de São Paulo um rico intercâmbio com as Regionais de Saúde Serviços Municipais de Saúde e

Educação produzindo inúmeras atividades de capacitação de pessoal, assim como elaboração de

materiais técnicos/científicos e educativos sobre o assunto e assessoria a diversas unidades de

saúde, ambientes de trabalho e escolas;

2- Programa de Alimentação e Nutrição com ênfase no controle da obesidade e dislipidemias;

3- Programa de Controle e prevenção de estresse nos ambientes de trabalho;

4- Programa de promoção de atividades físicas: em conjunto com o Programa "Agita São Paulo";

5- Programa de Controle de Acidentes e Violência e Promoção da Cultura da Paz;

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Os três primeiros programas foram "testados" em quatro “áreas modelos" no Estado: DIR Marília,

Municípios de Emilianópolis e Presidente Venceslau e em área periférica da capital - Qualis

Itaquera, o que permitiu avaliar as melhores estratégias e as barreiras mais comuns em sua

implantação.

Para a prevenção de Doenças Crônicas entre Servidores Públicos, foi iniciado há doze anos o

Programa Prevenir IAMSPE, em colaboração com Instituto de Assistência Médica ao Servidor

Público Estadual.

Nestes 24 anos tem se observado um quadro não muito homogêneo em relação aos agravos nas

diferentes regiões, mas basicamente se observa:

- mais de 240 óbitos diários no Estado de São Paulo; 40% destes óbitos ocorrendo antes dos 60

anos de idade;

- mais de 70 mil internações hospitalares não eletivas mensais, respondendo por mais de 40% dos

gastos hospitalares;

- queda das taxas de mortalidade por infarto do miocárdio, por acidentes cerebrovasculares, câncer

de estômago e câncer do colo de útero.

- Aumento da mortalidade por câncer de pulmão, de mama, de próstata, de colon e diabetes;

- Queda da frequência do hábito de fumar na população masculina e aumento na feminina, aumento

da obesidade e das dislepidemias;

- Mudanças importantes do perfil alimentar com aumento com aumento no consumo de produtos

industrializados ricos em gorduras e açúcar e diminuição do consumo de cereais, verduras e

frutas;

- Todas as tendências de piora sendo mais frequentes nas populações de baixa renda e baixo nível

de escolaridade.

Este quadro depende de um conjunto de fatores: além dos hábitos e atitudes, condições de vida, de

trabalho, fatores culturais e a presença da mídia influenciam importantemente nesta realidade. É

assim um desafio, que extrapola o setor da saúde, conter e inverter esta tendência que é considerada

hoje um sério problema de saúde pública.

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5- MISSÃO, VISÃO E VALORES DA DVDCNT/CVE/SES-SP Missão Coordenar, apoiar, monitorar e consolidar as ações de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT) assim como contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas integradas de Promoção da Saúde no Estado de São Paulo. Visão Ser reconhecida como serviço de excelência no desenvolvimento da vigilância das doenças crônicas e agravos não transmissíveis, assim como na vigilância da promoção da saúde no Estado de São Paulo. Valores - ATITUDE DE EXCELÊNCIA – Trabalhar de forma ágil, persistente, responsável, entusiasmada

e comprometida, garantindo que as ações da DVDCNT tenham o máximo de efetividade possível, gerando, assim, maiores benefícios para a sociedade.

- COMPROMISSO COM RESULTADOS – Cuidar que para todos os nossos esforços estejam,

focados, o tempo todo, na geração de resultados para o nosso público-alvo. - ÉTICA – Gerir os recursos com honestidade, integridade e idoneidade; respeito pelas pessoas,

seus valores e sua individualidade; respeito pelo ambiente em que vivemos; avaliação das conseqüências dos atos praticados.

- SIMPLICIDADE – Fazer as coisas de forma simples e objetiva, sem perder qualidade. - TRANSPARÊNCIA – Acompanhar e informar toda a sociedade sobre as ações executadas e os

resultados obtidos pela empresa, permitindo um amplo controle social. - VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS – Reconhecer que a valorização dos profissionais que

trabalham na DVDCNT e dos nossos parceiros é essencial para o desenvolvimento da sociedade; prover formação das pessoas independentemente do local, posição ou cargo; agir com os funcionários e parceiros com solidariedade, respeito, humildade, eqüidade de oportunidades e fidelidade aos compromissos assumidos.

- VALORIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO – Reconhecer o conhecimento

como essencial para o desenvolvimento e compartilhá-lo intensamente entre os profissionais da DVDCNT, parceiros e toda a sociedade.

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6- OBJETIVOS: 6.1 - Objetivo geral: Coordenar as ações de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) no Estado de São Paulo. 6.2- Objetivos específicos:

7- ATRIBUIÇÕES 1. Coordenar as ações de vigilância das DANTs e de promoção da saúde; 2. Coordenar a implantação e manutenção do Observatório de Promoção da Saúde no Estado de São

Paulo; 3. Conhecer e prever a evolução do comportamento epidemiológico das DANTs e seus fatores de risco; 4. Elaborar e acompanhar os projetos de Promoção da Saúde no Estado de São Paulo; 5. Capacitar os profissionais da rede estadual em ações de promoção da saúde e de vigilância das

DANTs ; 6. Divulgar periodicamente informações sobre vigilância das DANTs e de promoção da saúde; 7. Coordenar as ações de pesquisa em promoção da saúde e ações de vigilância das DANTs; 8. Promover a articulação intersetorial da rede promoção da saúde e vigilância das DANTs.

1. Analisar e divulgar informações de morbimortalidade das DANT, a partir de fontes oficiais. 2. Subsidiar e contribuir para o estabelecimento de políticas de Promoção da Saúde no Estado de São

Paulo 3. Incorporar e implementar ações de vigilância das DANTs e de promoção da saúde, com ênfase na

atenção básica. 4. Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/contributivas no âmbito de vigilância das

DANTs e das ações de promoção da saúde 5. Acompanhar continuamente os projetos regionais e municipais de Promoção da Saúde. 6. Capacitar a rede estadual em promoção da saúde e ações de vigilância das DANTs visando a

qualificação da atenção a saúde da população paulista. 7. Incentivar a pesquisa em promoção da saúde e ações de vigilância das DANTs, avaliando eficiência,

eficácia, efetividade e segurança das ações prestadas 8. Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das

ações de promoção da saúde e ações de vigilância das DANTs.

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8- ATIVIDADES 1. Coordenar as ações de vigilância das DANTs e de promoção da saúde; 1.1. Realizar o planejamento e avaliação das ações durante o ano; 1.2. Apoiar e induzir os municípios em iniciativas relativas às ações de Promoção da Saúde

voltadas as Doenças e Agravos Não Transmissíveis; 1.3. Organizar reuniões e oficinas de trabalho para acompanhamento da rede estadual em ações de

promoção da saúde e de vigilância das DANTs ; 1.4. Organizar eventos estaduais de atualização e integração estadual em ações de promoção da

saúde e de vigilância das DANTs ; 1.5. Definir e acompanhar indicadores de Vigilância das DANTs e de Promoção da Saúde no

Estado de São Paulo; 1.6. Monitorar o Sistema VIVA municipal e Regional (GVEs) 1.7. Avaliar as ações sobre vigilância das DANTs e de promoção da saúde; 2. Coordenar a implantação e manutenção do Observatório de Promoção da Saúde no Estado

de São Paulo; 2.1. Atualizar e disponibilizar periodicamente informações de Promoção da Saúde; 2.2. Cadastrar e acompanhar projetos regionais e municipais de promoção da saúde; 3. Conhecer e prever a evolução do comportamento epidemiológico das DANTs e seus fatores

de risco; 3.1. Analisar e elaborar relatórios periódicos com informações sobre vigilância das DANTs e de

promoção da saúde; 4. Elaborar e acompanhar os projetos de Promoção da Saúde no Estado de São Paulo; 4.1- Induzir e contribuir anualmente aos municípios em iniciativas relativas às ações de Promoção

da Saúde voltadas as Doenças e Agravos Não Transmissíveis 4.2. Planejar as atividades de acompanhamento dos projetos regionais e municipais de Promoção

da Saúde. 5. Capacitar os profissionais da rede estadual em ações de promoção da saúde e de vigilância

das DANTs ; 5.1. Realizar cursos e demais eventos de qualificação e atualização sobre promoção da saúde e de

vigilância das DANTs ; 5.2. Estimular e apoiar projetos regionais e municipais 6. Divulgar periodicamente informações sobre vigilância das DANTs e de promoção da

saúde; 6.1. Apresentar trabalhos científicos para apresentação em Congressos e eventos similares; 6.2. Encaminhar periodicamente informações atualizadas à mídia escrita, falada e televisionada; 6.3. Publicar artigos técnicos/científicos; 6.4. Criar material didático/educativo; 7. Coordenar as ações de pesquisa em promoção da saúde e ações de vigilância das DANTs; 7.1- Planejar, executar e avaliar pesquisas na área; 8. Promover a articulação intersetorial da rede promoção da saúde e vigilância das DANTs. 8.1. Organizar e realizar reuniões com diversos setores envolvidos; 8.2. Pactuar ações intersetorias.

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9- FOFA:

10- Diagnóstico da situação: Problemas relacionados abaixo quanto às seguintes questões:

1. Operacional:

1.1-. Dificuldade no que diz respeito a viabilização administrativa com relação a realização

de contratos e logística dos eventos planejados e programados em tempo hábil por esta

divisão como Seminários, Encontros, Oficinas Técnicas e Reuniões.

2. Técnico:

2.1.- Necessidade de capacitação em avaliação de projetos regionais e municipais, a luz das

portarias ministeriais da Coordenação Geral e Agravos Não Transmissíveis, do

Departamento de Análise de Situação de Saúde, da Secretaria de Vigilância em Saúde/MS,

para implantação e implementações para o desenvolvimento de ações que fortaleçam a

vigilância e prevenção para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis .

2.2.- Existência de áreas/regiões silenciosas para notificação de violência doméstica, sexual

e/outras violências.

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3. Epidemiológico:

3.1.- Redução na velocidade de declínio na mortalidade das doenças crônicas não

transmissíveis verificados nos últimos anos .

3.2.- Aumento da prevalência de sobrepeso/obesidade.

3.3.- Causas externas como 1ª causa de mortalidade entre 1 a 39 de idade.

11- Diagnóstico da situação:

1. Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clinica multifatorial caracterizada por

níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações

funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a

alterações metabólicas, com conseqüente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não

fatais.

A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. É considerada um dos principais fatores de

risco (FR) modificáveis para doenças do aparelho circulatório e um dos mais importantes

problemas de saúde publica. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta

progressivamente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg. Em 2001, cerca de 7,6 milhões

de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA (54% por acidente vascular encefálico

[AVE] e 47% por doença isquêmica do coração [DIC]), sendo a maioria em países de baixo e

médio desenvolvimento econômico e mais da metade em indivíduos entre 45 e 69 anos. No Brasil,

em 2007, ocorreram 308.466 óbitos por doenças do aparelho circulatório. No Estado de São Paulo,

as DCV são a principal causa de morte. Entre 1990 e 2006, observou-se uma tendência lenta e

constante de redução das taxas de mortalidade cardiovascular. As DCV são ainda responsáveis por

alta freqüência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados. Como

exemplo, em 2007 foram registradas 1.157.509 internações por DCV no Sistema Único de Saúde

(SUS).

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A doença renal terminal, outra condição freqüentemente associada à HAS, ocasionou, em 2010, a

necessidade de realização de diálise em 92.091 pacientes, sendo estimados 16.505 óbitos desses

pacientes naquele ano. A hipertensão arterial é a principal causa de doença renal crônica terminal

em nosso meio (35%).

Classificação diagnóstica da hipertensão arterial (adultos >18 anos de idade).

Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão, 2010

Prevalência da hipertensão arterial sistêmica

Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20 anos apontaram uma prevalência de

HAS de 33% (entre 22% e 44%); mais de 50% entre 60 e 69 anos e de 75% em indivíduos acima

de 70 anos. Entre os gêneros, a prevalência foi de 36% nos homens e de 30% em mulheres.

Conhecimento, tratamento e controle

Estudos clínicos mostram que a detecção, o tratamento e o controle da HAS são fundamentais para

a redução dos eventos cardiovasculares. No Brasil, estudos populacionais realizados nos últimos

anos revelaram que 23,3% da população adulta (20,7% nos homens e 25,5% nas mulheres) referem

ter hipertensão arterial e que há baixos níveis de controle da PA (20%). As freqüências,

respectivamente, de conhecimento e tratamento no Brasil são relatadas de 52% e 35%,

respectivamente, sendo maior em municípios do interior com ampla cobertura do Programa de

Saúde da Família, mostrando a importância de programas governamentais nesse controle e

tratamento.

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2. Diabetes mellitus (DM)

O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e

associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins,

nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da

insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do

pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina,

entre outros.

O diabetes é uma das principais doenças crônicas que afetam a humanidade, acometendo

toda a sociedade em todos os sistemas de saúde. Sua importância vem crescendo devido a diversos

fatores como, maiores taxas de urbanização, industrialização, sedentarismo, obesidade, aumento da

esperança de vida e à maior sobrevida dos diabéticos. Juntamente com as doenças cardiovasculares,

neoplasias malignas e causas externas, o diabetes está entre os quatro mais importantes problemas

de saúde, em termos de número de pessoas afetadas, pela considerável morbidade associada, os

custos envolvidos em seu controle e no tratamento de suas complicações, pelas incapacitações que

produz e pelo número de anos de vida perdidos em decorrência da mortalidade precoce.

Apresenta elevada prevalência na população brasileira acometendo 7,6% das pessoas

adultas entre 30 e 69 anos de idade. Dados para o ano de 2009, provenientes de inquérito telefônico

conduzido pelo Ministério da Saúde (VIGITEL) mostraram que no conjunto da população adulta

das 27 capitais brasileiras estudadas, a frequência do diagnóstico médico prévio referido de

diabetes foi de 5,8%, sendo maior em mulheres (6,2%) do que em homens (5,3%). Além disso, em

ambos os sexos, o diagnóstico da doença é mais comum com o aumento da idade, alcançando

22,1% dos indivíduos com mais de 64 anos. O estado de São Paulo foi onde houve a maior

prevalência referida de diabetes, 6,7%, sendo 7,2% em mulheres e 6,7% em homens.

Esta prevalência parece ter aumentado nos últimos anos, como relatam estudos em São

Paulo e no Brasil. Do total de casos de diabetes 90% são do tipo 2 ou não dependente de insulina

(embora cerca de 25% destes venham a necessitar de insulina com o passar do tempo) e 5-10% do

tipo 1.

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17

Por outro lado, pelo menos a metade dos diabéticos do tipo 2 não tem conhecimento da

doença.

Somando os indivíduos que desconhecem o diagnóstico com aqueles conhecedores da

enfermidade, mas que mesmo assim não fazem qualquer tratamento ou, ainda, o fazem, mas sem

conseguirem nível adequado de controle glicêmico, teremos uma parcela considerável da

população brasileira com diabetes em risco de desenvolvimento das complicações vasculares,

renais, cardíacas, oftalmológicas, neurológicas e infecciosas. O tratamento adequado do diabetes e

das condições associadas tem um impacto significativo na redução das complicações da doença e

de sua mortalidade.

Os dados de mortalidade fornecem informações importantes do impacto de uma doença na

população. Levando-se em conta o envelhecimento da população brasileira e o aumento da

prevalência do diabetes que vêm ocorrendo nos últimos anos, seria esperado um aumento da

participação do diabetes como causa de óbito. Entretanto, a melhoria da assistência à saúde e o

aumento da esperança de vida dos diabéticos têm resultado em que esses indivíduos faleçam, não

do diabetes propriamente dito, mas sim de suas complicações crônicas, e desta forma, nem sempre

diabetes figura, como causa básica de óbito.

Programas de atenção ao diabético devem ser enfatizados para toda a população já a partir

dos 30 anos, de modo a detectar e controlar precocemente a doença e, conseqüentemente, permitir

uma maior sobrevida e qualidade de vida para os diabéticos. É necessária uma particular atenção

aos cuidados da faixa etária de pacientes mais idosos onde a prevalência do diabetes aumenta

expressivamente.

Nesse sentido pode ser destacada a implantação da Estratégia Nacional para a Educação em

Saúde para o Auto-Cuidado em Diabetes Mellitus que visa a ajudar ao portador da doença na

manutenção do seu potencial produtivo e de trabalho, de suas relações familiares e sociais, da

convivência harmônica com as limitações da própria doença, enfim visam a permitir um viver mais

saudável.

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18

3. Alimentação e Nutrição

A população brasileira, nas últimas décadas, experimentou grandes transformações sociais que

resultaram em mudanças no seu padrão de saúde e consumo alimentar. Essas transformações

acarretaram impacto na diminuição da pobreza e exclusão social e, consequentemente, da fome e

escassez de alimentos, com melhoria ao acesso e variedade destes, além da garantia da

disponibilidade média de calorias para consumo, embora ainda existam cerca de 16 milhões de

brasileiros vivendo na pobreza extrema. A diminuição da fome e da desnutrição veio acompanhada

do aumento vertiginoso da obesidade em todas as camadas da população, apontando para um novo

cenário de problemas relacionados à alimentação e nutrição. O excesso de peso – que compreende

o sobrepeso e a obesidade - é considerado atualmente um dos maiores problemas de saúde pública,

afetando todas as faixas etárias.

Segundo dados do Ministério da Saúde (Brasil 2012) em vinte anos, as prevalências de obesidade

em crianças entre 5 a 9 anos foram multiplicadas por quatro entre os meninos (4,1% para 16,6%) e

por, praticamente, cinco entre as meninas (2,4% para 11,8%). Nos adolescentes, após quatro

décadas de aumento gradual nas prevalências, em torno de 20% apresentaram excesso de peso

(com pequena diferença entre os sexos) e quase 6% dos adolescentes do sexo masculino e 4% do

sexo feminino foram classificados como obesos.

Na população adulta, houve aumento do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias e de

renda. A obesidade cresceu de 2,8% em homens e 7,8% em mulheres para 12,5% entre homens e

16,9% entre as mulheres nos períodos entre 1974-1975 e 2008-2009, de modo que o excesso de

peso alcançou 50,1% nos homens e 48,0% nas mulheres. Atualmente, a obesidade tem prevalências

semelhantes entre as mulheres de todos os níveis de renda, mas, entre os homens, a obesidade entre

os vinte por cento mais ricos da população é o dobro das prevalências encontradas entre o quinto

mais pobre. A renda média de nossa população apresentou um aumento nas últimas décadas e as

doenças crônicas, com foco para obesidade, passaram a apresentar taxas semelhantes entre os

grupos.

O cenário epidemiológico apresentado reflete os avanços do Brasil na luta contra a fome e a

desnutrição, embora ainda existam populações vulneráveis a esses agravos. O acelerado

crescimento do excesso de peso em todas as faixas etárias e de renda deixa clara a necessidade de

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19

medidas de controle e prevenção do ganho de peso. Se essas ações não forem implementadas,

estima-se que em vinte anos cerca de 70% dos brasileiros estarão com excesso de peso no Brasil.

Ciente de sua responsabilidade sanitária, frente a esse cenário, a Politica Nacional de

Alimentação e Nutrição (PNAN) constitui-se uma resposta oportuna e específica do SUS para

reorganizar, qualificar e aperfeiçoar suas ações para o enfrentamento da complexidade da situação

alimentar e nutricional da população brasileira, ao tempo em que promove a alimentação adequada

e saudável e a atenção nutricional para todas as fases do curso da vida.

A vigilância nutricional por meio da coleta contínua dos dados antropométricos, assim

como o processamento e a análise dos dados de uma população, possibilita um diagnóstico

atualizado da situação nutricional, suas tendências temporais, e também, dos fatores de sua

determinação, o que é atribuição do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Tal

ferramenta é importante para o monitoramento da situação e possibilita planejar intervenções para a

prevenção e controle dos diversos agravos nutricionais que afetam a população, contribuindo

assim, para o controle da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis (BRITO, 2002;

Brasil 2012).

O Sistema atende a clientela assistida pelo SUS, de qualquer fase do ciclo de vida (criança,

adolescente, adulto, idoso e gestante) que procurar por demanda espontânea um Estabelecimento

Assistencial de Saúde - EAS ou que é assistida pelos Programas Saúde da Família – PSF e Agente

Comunitário de Saúde - PACS e outros vinculados ao SUS.

Cabe salientar também que o governo federal implantou sistema de monitoramento da

frequência e distribuição de fatores de risco e proteção para DCNT em todas as capitais dos 26

estados brasileiros e no Distrito Federal, por meio de entrevistas telefônicas realizadas em amostras

probabilísticas da população adulta residente em domicílios servidos por pelo menos uma linha

telefônica fixa em cada cidade. Os dados obtidos ate o presente momento mostram que a obesidade

avança anualmente cerca de 1% entre os adultos. Tal aumento está fortemente ligado ao consumo

alimentar e à prática de atividade física. Seus determinantes são de natureza demográfica,

socioeconômica, epidemiológica e cultural, além de questões ambientais, o que torna a obesidade

uma doença multifatorial. Esses fatores interagem de forma complexa, exigindo que a obesidade

seja tratada, tendo em vista toda a sua complexidade e determinação social. O Estudo de Carga

Global de Doenças no Brasil revela que 58% dos anos de vida perdidos precocemente se devem às

doenças crônicas não transmissíveis. Os documentos apontam para a necessidade de formulação e

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implantação de estratégias nacionais, locais e regionais efetivas e integradas para a redução da

morbi-mortalidade relacionada à alimentação inadequada e ao sedentarismo, com recomendações e

indicações adaptadas frente às diferentes realidades dos países e integradas às suas políticas, com

vistas a garantir aos indivíduos a capacidade de fazer escolhas saudáveis com relação à alimentação

e à atividade física, prevendo ações de caráter regulatório, fiscal e legislativo que visem tornar

essas escolhas factíveis à população.

Outro fator preocupante associando fatores nutricionais com a questão de acidentes entre

idosos diz respeito a quedas. Entre os nutrientes envolvidos no metabolismo ósseo, a vitamina D,

além de seu efeito sobre a resistência óssea, também afeta a força muscular. Eem pacientes com

deficiência desse nutriente, a força muscular e o equilíbrio também ficam comprometidos.

Portanto, esta divisão irá iniciar um protocolo de pesquisa sobre o assunto.

4. Sedentarismo

A inatividade física é a quarta principal causa de morte no mundo. Apesar de seus benefícios

estarem bem definidos desde a década de 50, apenas recentemente vem sendo desenvolvida infra-

estrutura, planejamento, liderança política, ensino profissionalizante e desenvolvimento,

monitoramento e vigilância para este objetivo. A abordagem intersetorial é essencial para

avançarmos. É necessário construir uma capacidade global, considerando as complexas interações

entre os correlatos da inatividade física, ao invés de uma abordagem centrada no indivíduo apenas.

Os dados disponíveis sugerem que 31% da população do mundo não cumprem as recomendações

mínimas para atividade física e, em 2009, a prevalência global de inatividade foi de 17%. Estudos

sugerem que 6-10% de todas as mortes por doenças não transmissíveis em todo o mundo podem ser

atribuídas à inatividade física. Esta porcentagem é ainda maior para doenças específicas, como por

exemplo 30% para doenças isquêmicas do coração. Em 2007, 5,3 a 5,7 milhões de mortes por

doenças não transmissíveis poderiam ter sido evitadas no mundo se os inativos tivessem realizado

atividade física.

No Brasil, dados do levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (Vigilância de Fatores de

Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL 2011), o excesso de

peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos. De acordo com o inquérito, a proporção de

pessoas acima do peso no Brasil passou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo

período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

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21

Este aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens

e 38,5% das mulheres estavam acima do peso ideal. Agora, as proporções subiram para 52,6% e

44,7 %, respectivamente. Para os homens, o problema começa entre os 18 e 24 anos, 29,4%

apresentaram peso acima do ideal. Para a faixa etária mais velha, entre 25 e 34 anos, este número

quase dobra, atingindo 55% da população masculina. Na faixa etária de 35 a 45 anos, a

porcentagem alcança 63% dos homens brasileiros. Considerando a população feminina, há um

aumento de 6% a cada diferença etária de 10 anos, até chegar aos 55 anos. Para a faixa etária entre

18 e 24 anos, 6,9% são obesas. O percentual quase dobra entre as mulheres de 25 e 34 anos

(12,4%) e quase triplica (17,1%) entre 35 e 44 anos. A frequência de obesidade se mantém estável

e elevada após os 45 anos de idade, atingindo cerca de um quarto das mulheres.

De acordo com o inquérito, os homens são mais ativos, com 39,6% se exercitando regularmente.

Entre as mulheres, a frequência é 22,4%. Porém, o sedentarismo aumentou no Brasil. O percentual

de homens sedentários no Brasil passou de 16%, em 2009, para 14,1%, em 2011. Também foi

percebido um aumento de sedentários com o aumento da faixa etária. Entre os homens de 18 e 24

anos, 60,1% praticam exercícios como forma de lazer. Porém, este percentual reduz para menos da

metade aos 65 anos (27,5%). Na população feminina, as proporções são semelhantes em todas as

faixas etárias, variando entre 24,6% (entre 25 e 45 anos) e 18,9 % (maiores de 65 anos). Também

foi observada uma diferença em relação aos anos de estudo, sendo que 42,1 % da população com

mais de 12 anos de estudo pratica algum tipo de atividade física. Este percentual diminui para

menos de um quarto da população (24%) para quem tem oito anos de estudo. Já as mulheres com

mais de 12 anos de estudo apresenta uma frequência de exercícios físicos no horário de lazer acima

da média nacional (33,9%). Teoricamente, na priorização de ações em saúde pública, são

considerados três fatores: a prevalência e tendência do agravo, a amplitude do risco associado à

exposição, e as provas para a prevenção e controle eficazes.

O ambiente da sociedade moderna tem um papel desencorajador para a prática da atividade física

como, por exemplo: os avanços tecnológicos na área do lazer (televisão, eletrodomésticos,

computadores, controles remotos), aumentando o tempo diário em atividades sedentárias. Frente as

atuais evidências podemos estimar que o mesmo padrão de vida sedentária vai continuar e piorar

no futuro, portanto, novas estratégias devem ser implementadas para aumentar a atividade física da

população.

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5. Tabagismo

O uso do tabaco continua se apresentando atualmente como a primeira causa mundial de mortes

passível de prevenção, levando a óbito até metade dos seus consumidores. Existem no mundo mais

de um bilhão de fumantes, 80% dos quais vivem em países de baixa e média renda e a carga das

doenças e mortes tabaco relacionadas é mais pesada. Estima-se que os fumantes atuais consumam

cerca de sete trilhões de cigarros todos os anos.

Projeções para o ano de 2030 estimam que o tabagismo mate mais de oito milhões de pessoas por

ano se as tendências do momento se mantiverem.

No Brasil, em 1989, cerca de 32 % da população de 15 anos ou mais era fumante, de acordo com a

Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição/IBGE. Vários estudos apontam para uma significativa

redução da prevalência de tabagismo em nosso país, e atualmente no Brasil a prevalência de

fumantes é de 14,8 % da população de 15 anos ou mais, segundo dados do VIGITEL 2011.

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina. Desde

1983 a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar esse problema como doença,

incluindo-a na décima e última revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e

utilizou para a nicotina, as mesmas diretrizes usadas para avaliar a presença de síndrome de

dependência em outras drogas psicoativas, sob o indicador F17 (transtornos mentais e do

comportamento decorrentes do uso do tabaco).

O tabagismo também é o mais importante fator de risco isolado para mais de 50 doenças, muitas

delas graves e fatais, como diferentes tipos de neoplasias, várias doenças cardiovasculares,

pulmonares obstrutivas crônicas entre outras.

A OMS tem alertado que a carga global das doenças crônicas não transmissíveis está aumentando e

representa a principal barreira para o desenvolvimento e o alcance dos Objetivos do Milênio para o

Desenvolvimento; e o tabagismo é um dos principais fatores de risco dessas doenças.

O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa uma série de danos à saúde pública, ao

meio ambiente e à sociedade de uma maneira geral. Os produtos de tabaco que não produzem

fumaça também causam dependência e são responsáveis pelo desenvolvimento dos diferentes

danos acima mencionados.

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Um bilhão de pessoas devem morrer devido ao uso e exposição ao fumo até o final deste século. O

número é equivalente a uma morte a cada seis segundos. A previsão consta na 4ª Edição do Atlas

de Tabagismo publicado pela da Fundação Mundial do Pulmão em conjunto com a Sociedade

Americana do Câncer.

Na última década, as mortes pelo uso de tabaco triplicaram, chegando a 50 milhões. Somente no

ano de 2011, 6 milhões de pessoas morreram, pois o tabagismo é um grave fator de risco para seis

das oito principais causas de mortalidade no mundo. De acordo com a Fundação Mundial do

Pulmão, o cigarro e outros derivados de tabaco são responsáveis por 15% das mortes de homens

em todo o mundo e 7% entre as mulheres.

As projeções se baseiam no fato de que estudos indicam que o organismo de quem fuma

continuadamente fica mais propenso a desenvolver doenças como câncer, ataques cardíacos,

diabetes, doenças respiratórias crônicas, dentre outras.

São 1,2 milhão de mortes a cada ano, que devem saltar para 3,5 milhões até 2030, segundo essa

organização, que elabora um atlas com dados sobre os efeitos do tabaco desde 2002. Conforme o

relatório, a indústria do tabaco tem trabalhado em todas as partes do mundo para postergar ou

abolir a adoção de medidas contra o hábito de fumar, como propagandas de advertência, leis de

restrição ao consumo e introduzindo no mercado produtos ditos de baixo teor. Nos últimos dez

anos, 43 trilhões de cigarros foram consumidos e a produção cresceu 16,5% no mesmo período.

Em relação à produção e exportação mundial do tabaco, o Brasil é o segundo maior produtor

mundial de fumo em folha, atrás apenas da China, e o primeiro exportador.

Segundo a OMS o consumo de produtos de tabaco é identificado como um fator de risco à vida a

ser controlado, tendo em vista os graves danos causados por essa pandemia; para o

desenvolvimento desse controle de forma global e abrangente, a OMS propõe um conjunto de

estratégias, entre as quais se destacam a vigilância e o monitoramento do consumo de produtos de

tabaco. Dessa forma o Sistema de Vigilância Epidemiológica da utilização dos produtos do tabaco

se mostra de fundamental importância, sendo um componente essencial para esse controle.

Inúmeros esforços internacionais realizados principalmente pela OMS levaram à rápida adoção da

Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que estabelece os princípios e o contexto

para a formulação de políticas, o planejamento de intervenções e a mobilização de recursos

políticos e financeiros para o controle do tabagismo em todo o mundo.

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Para atingir as suas metas será necessária a união de diversos organismos governamentais e não

governamentais, instituições acadêmicas, entre outras associações diversas. Para um eficaz e

eficiente planejamento e aplicação das medidas dispostas na Convenção Quadro para o Controle do

Tabaco são necessários dados demográficos municipais, regionais, estaduais, nacionais e

internacionais, que são obtidos pelo sistema de vigilância epidemiológica permitindo uma melhor

compreensão dos problemas causados pelo consumo dos produtos de tabaco assim como a

elaboração de intervenções integradas que só serão alcançadas por meio de medidas e indicadores

precisos utilizados na Vigilância Epidemiológica.

66.. VViioollêênncciiaass ee AAcciiddeenntteess

O estabelecimento de ações para enfrentamento de qualquer agravo de saúde pública requer a sistematização

das informações e análise referentes àquele agravo. A partir dessa necessidade, e buscando conhecer a

magnitude dos acidentes e violências, foi estabelecido, já em 2005, na Secretaria de Estado da Saúde de São

Paulo, no âmbito do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” – órgão da

Coordenadoria de Controle de Doenças –, um Núcleo Estadual de Vigilância de Acidentes e Violências –

Núcleo Estadual VIVA São Paulo, com objetivo de coordenar o processo de implantação da ficha e do

sistema de notificação de violências em serviços sentinela do Sistema Único de Saúde. No nível regional, o

núcleo atua de forma descentralizada, por meio dos 28 Grupos de Vigilância Epidemiológica

(GVE/CVE/CCD), os quais se articulam com os serviços de vigilância das Secretarias Municipais de Saúde,

centros de referência para o atendimento às pessoas em situação de violência, hospitais universitários,

delegacias da mulher e conselhos tutelares, entre outros. Todo esse trabalho encontra-se em consonância

com as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Quanto à evolução do número de notificações no Estado de São Paulo, serviços e municípios que

implantaram o Sistema VIVA, em 2006, o número de notificações chegou a 3.835, subindo, em

2007, para 5.475, provenientes de 124 serviços sentinela, distribuídos em 72 municípios. Em 2008,

foram 8.139 notificações (254 serviços sentinela, 115 municípios notificantes). Consideramos o

ano de 2009 um marco na ampliação e sustentabilidade desse sistema, pois foi instituída uma nova

ficha padronizada nacionalmente de notificações de Violências Doméstica, Sexual e/ou Outras

Violências, que são digitadas no Sinan Net (Sistema de Informação de Agravos de Notificação),

seguindo o fluxo regular de todas as doenças de notificação compulsória - Nota Técnica n° 22 de

2009 da Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), Notificação e o SINAN NET.

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Isso permitiu o aumento expressivo no número de notificações em 2010, que chegou a 21.680

provenientes de 888 serviços sentinela distribuídos em 283 municípios notificantes, demonstrando

um expressivo aumento de 465% nas notificações e 616% no número de serviços notificantes entre

2007 e 2010 (figura 1). O mapeamento da Rede de Serviços de Referência de Atendimento às

pessoas em situação de Violências realizado no ano de 2009 identificou 152 serviços de saúde

referências para este atendimento no Estado de São Paulo, excluída a capital. A partir da portaria

nº 104, de 25 de janeiro de 2011, a notificação torna-se compulsória para todas as unidades de

saúde.

Considerando que as variáveis (tipo de violência e relação com o provável autor da agressão)

permitem mais de uma resposta por notificação, os dados das tabelas que constam as referidas

variáveis não foram totalizadas. As fichas de violências doméstica, sexual e/ou outras violências

podem ser digitadas no banco no Sinan Net a qualquer momento, sendo considerado o período

oportuno o ano vigente até 31/10 do ano seguinte, a partir do qual considera-se o fechamento para a

entrada de dados.

Vale destacar que o município de São Paulo possui um sistema próprio de notificação e os dados

ainda não estão compatibilizados com o Sinan Net, não incluídos, portanto, nesta análise.

Figura 1. Notificação de violências no Estado de São Paulo segundo o ano de notificação, 2006 a 2012

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Vigilância em Acidentes e Violências: Epidemiologia aplicada a proposição de ações interventivas.

A paulatina consolidação do Sistema Único de Saúde, principalmente em se considerando o

Pacto Pela Vida em Defesa do SUS (19), configura a instância municipal da gestão enquanto o

espaço principal da execução das políticas públicas em saúde. Deste modo, os esforços no sentido

do empoderamento dos níveis regionais e locais quanto à importância da qualidade do dado de

notificação, bem como quanto à extensão de cobertura a demanda gerada pelos casos de violências

e acidentes, constitui-se em ferramenta de importância fundamental na definição e execução de

projetos e atividades programáticas voltadas ao enfrentamento das violências e acidentes.

Neste particular, a Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis elaborou proposta de Plano

de Metas para o triênio 2012/2015, segundo Diretrizes do Plano de Ações Estratégicas para o

Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil/ (MS - 2011) e

pactuou as metas e indicadores do Plano com os Grupos de Vigilâncias Epidemiológicas do Estado

de São Paulo por meio da oficina de trabalho realizado em 28 e 29 de março de 2012 (figura 2)

com os seguintes Eixos:

Eixo 1: Vigilância, Monitoramento e Avaliação Eixo 2: Prevenção e Promoção da Saúde Eixo 3: Cuidado Integral

Fig.2 Plano de Metas 2012-2015 –DVDCNT/CVE/SES/SP

Fonte: DVDCNT/CVE/SES/SP, Estado de São Paulo - 2012

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Dentro de um fluxo processual que podemos denominar de “triangulação dinâmica” torna-se

possível à promoção da interatividade dialética da vigilância, da assistência e da prevenção, uma

vez que os dados de notificação, que irão subsidiar as ações de prevenção, são obtidos através dos

atendimentos ocorridos nos serviços de assistência; por outro vértice, as ações de prevenção, terão

impacto, tanto positivo quanto negativo, nos serviços de assistência, vindo a impactar, de modo

indireto, os indicadores em saúde determinados. A compreensão, portanto, por parte das instâncias

decisórias de que a qualidade da Notificação Compulsória, longe de ser o mero cumprimento de

dispositivos técnicos afetos à Vigilância Epidemiológica, constitui-se no ponto de partida para a

proposição de ações interventivas, é de fundamental importância neste processo.

Violências por Ciclos de Vida

Quando analisamos os dados a partir dos ciclos de vida (tabela 1) a violência física é a principal

violência para adolescentes, adultos e idosos, enquanto que a violência sexual é predominante entre

crianças. Com relação ao tipo de vínculo do provável agressor, a mãe apresenta-se como principal

agressora para as crianças (27%); para os adolescentes são os amigos e conhecidos (17%); para os

adultos o cônjuge está em primeiro lugar contribuindo com (26%) e finalmente para os idosos são

os filhos (25%).

Tabela 1. Distribuição dos casos de violência segundo ciclos de vida e sexo. São Paulo, 2010

Ciclos de Vida Masculino

%

Feminino

%

Total

n n

Criança 1500 23,11 2073 13,65 3573

Adolescente 1439 22,17 3401 22,39 4840

Adulto 3122 48,1 9065 59,68 12187

Idoso 429 6,61 651 4,29 1080

Total 6490 100 15190 100 21680

Fonte: Núcleo VIVA SP/SES/SP – Sinan Net

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12. Projetos de Pesquisas e Publicações

- BEPA – Tendência das DCNT no Estado de São Estudos de monitoramento das principais DANT e seus principais fatores de risco realizados (Pesquisa VIGITEL; analise da mortalidade das principais Doenças Crônicas);

- Projeto de Avaliação dos Projetos de Promoção da Saúde; - Projeto CVE Saudável; - Projeto de Urbanização (Ambientes sustentáveis). - Avaliação do Sistema de Vigilância de Acidentes e Violência (VIVA) Componente 1

(contínuo). - Projeto Vida no Trânsito. - Publicação do BEPA 8 (95) 2011 Elaboração do artigo: “Prevalência de pacientes em terapia

renal substutiva no Estado de São Paulo” (feito em 2010, preparando para 2013) - BECVE – (Violência Sexual e DC) - Manual Azul

13. Cronograma de Atividades

Ações/Atividade

Data

Responsável

Necessidade

1 Implantar o projeto "Monitoramento e avaliação de programas e projetos de prevenção de acidentes e violências na lógica da promoção da saúde no Estado de São Paulo"

03 à 12 /2013

CEPEDOC, DVDCNT, DRS, GVE

Convênio firmado com CEPEDOC; formulário de solicitação para 9 videoconferências; local e café para 50 pessoas para 4 encontros presenciais

2 Implantar o projeto de pesquisa “Fatores Determinantes da implementação das Redes de Vigilância, Proteção e Assistência às pessoas em situação ou risco de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências no Estado de São Paulo”

06 à 12 /2012

DVDCNT; Diretoria CVE e CCD

Instrução do processo e licitação dos serviços; local e café para o seminário para discussão dos resultados (para 200 pessoas)

3 Organizar eventos com todo o apoio necessário da área administrativa 03 à 12 /2013

DVDCNT; Diretoria CVE; NCGA

Estrutura administrativa (NCGA) competente para a viabilização das atividades previstas para 2013, sem a qual, não será possível realizar a maioria das referidas atividades em 2013

4 Implantar o projeto de pesquisa "Propondo políticas públicas que enfrentem as diferentes realidades de exposição a fatores de risco de DCNT nas regiões de saúde do Estado de São Paulo"

03 à 12 /2013

DVDCNT; Diretoria CVE e CCD; FIOTEC- FIOCRUZ

Instrução do processo de convênio com a FIOCRUZ

5 Implantar as ações do Plano Estadual de Alimentação e Nutrição e acompanhar a implantação do Programa Academia da Saúde

03 à 12 /2013

DVDCNT; CGAN/MS

Apoio do CGAN/MS

6 Implantar o projeto de pesquisa "Vida no Trânsito no Estado de São Paulo"

03 à 12 /2013

DVDCNT; Diretoria CVE e CCD; IPEA

Contato com IPEA e instrução do processo de convênio

7 Implantar o sistema de informação sobre acidentes de trânsito no Estado de São Paulo

09 à 12 /2014

DVDCNT, Diretoria CVE e CCD; Secretaria de Segurança Pública; Secretaria de Transportes

Instrução de processo para contratação de empresa de desenvolvimento de TI

8 Continuar o Monitoramento das DANTs no Estado de São Paulo 01 á 12/2013

Equipe DVDCNT + GVE + Interlocutores de Promoção à Saúde

Trabalho em rede

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Considerações Finais

Sabemos que as Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs) são responsáveis há mais de três

décadas pela maior carga de doenças no Brasil, e que a transição epidemiológica, nutricional e

demográfica que ainda passa nosso país, aponta para cenários desafiadores.

As DANTs são passíveis de prevenção e representam o investimento mais custo efetivo entre todos

aqueles do setor saúde.

A DVDCNT procurou estabelecer para continuidade de nossas ações uma estratégia sustentável

centrada nas seguintes ações: - Monitoramento das doenças; - Vigilância integrada dos Fatores de

Risco; - Indução de ações de prevenção e controle e de promoção da saúde e; - Monitoramento e

avaliação das intervenções.

O conhecimento da prevalência dos fatores de risco para DCNT, principalmente os de natureza

comportamental (dieta, sedentarismo, e tabagismo) é fundamental, pois são sobre eles que as ações

preventivas podem ser custo efetivas.

Sabemos também que a estruturação da vigilância de DCNT implica em: - Equipe técnica mínima

composta de pessoas capacitadas em vigilância de DCNT, que seja estável, visto que vigilância de

DCNT pressupõe acompanhamento por tempo prolongado; - Acesso garantido aos bancos de dados

de mortalidade e mortalidade e outros disponíveis que subsidiem a vigilância; - Proposta de

monitoramento das principais DCNT, com indicadores definidos; - Proposta de Vigilância de

Fatores de Risco estruturada; - Agenda de trabalho estratégico para as atividades de sensibilização

e defesa (advocacy) intra e extra setorial, enfatizando para a necessidade de priorização das ações

de prevenção de DCNT e promoção da saúde, demonstrando que esse é um investimento vital.

Pelo fato do reconhecimento da magnitude do problema das DANTs ser ainda heterogênio, e este

grupo de agravos e doenças não serem percebidos como epidemias, a exemplo das doenças

transmissíveis, torna-se necessário ampliar a divulgação, advocacia e sensibilização dos gestores do

SUS sobre o problema, de tal forma que a vigilância das DANTs e a vigilância da promoção da

saúde ganhe prioridade na agenda dos tomadores de decisão na área da saúde em todas as esferas

do governo assim como em entidade do terceiro setor. Enfim, planejar e executar as ações de

vigilância das DANTs e da Promoção da Saúde com toda certeza ampliará a qualidade de vida de

nossa população que obviamente consiste no objetivo principal daqueles que atuam na área da

Saúde.

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11- ANEXOS Planilhas em Excell do Planejamento 2011 (Vide Separado)