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PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA UNESP Depto. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: - Do modo como a proposta é apresentada, a responsabilidade de êxito de um departamento recai somente sobre si, não havendo uma contrapartida da instituição. Nas variáveis da proposta - obrigatórias, optativas e eletivas -, tal categorização nos pareceu, em um primeiro momento, bastante interessante. As variáveis obrigatórias não falam do funcionamento cotidiano do departamento, mas de metas estratégicas. Elementos necessários para o funcionamento do departamento não serão avaliados? Serão avaliados apenas resultados quantitativos? Ensino e pesquisa estão em uma mesma variável obrigatória. Nos descritores fica claro que o ensino é avaliado segundo a quantidade de alunos concluintes em disciplinas e nos cursos, o que achamos muito perigoso e ineficaz: a qualidade do ensino que está sendo avaliada. Nenhum dos descritores leva em consideração o nº de docentes por departamento. Há ainda descritores muito específicos como "porcentagem de alunos que fazem estágio no exterior". Não serão avaliados alunos que não fazem tal estágio, que nem sempre dependem do departamento? A nova planilha é omissa em relação ao acúmulo do trabalho docente. As metas estratégicas dos departamentos se confundem com metas de cursos. Na variável obrigatória 2 não é pontuada a colaboração em projetos financiados, o que desincentiva projetos colaborativos. A rede de trabalho internacional não é avaliada. Um aspecto relevante de nossa discussão apontou para o aspecto valorativo do cumprimento de metas pelos departamentos. Como será feito isto? Tem-se clareza de que há muito a ser nela melhorada ANTES da implementação. Depto. ESTATÍSTICA, MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTAÇÃO: a) Como será avaliado o item 1.1? O departamento não tem controle sobre todas as variáveis para estabelecer uma meta. Da forma como está o descritor traz a interpretação de que a aprovação e o problema de evasão/retenção são responsabilidades exclusivas dos docentes. O compromisso do aluno com a sua formação/falta de dedicação, a escolha inadequada da carreira pelo aluno, as questões de permanência estudantil, a falta de infraestrutura e recursos humanos, entre outros pontos, externos ao trabalho docente, não são contempladas. Deve-se estabelecer na planilha qual será a contrapartida Institucional e qual o objetivo dessa avaliação de departamentos. b) Na variável obrigatória 2, sugerimos que o texto seja alterado para “Financiamento ou Apoio nas áreas de Ensino, Pesquisa ou Extensão”. Sugerimos que professores envolvidos também deveriam ser contabilizados e não somente coordenadores. c) Metas não deveriam ser definidas e analisadas simplesmente considerando-se como uma estimativa do que conseguimos hoje dada a situação atual, mas também como algo almejado, pois a ideia deveria ser proporcionar avanços e o estabelecimento de condições necessárias para se atingir as metas propostas e as devidas contrapartidas que deverão ser assumidas pela Reitoria e Unidades são essenciais para este avanço.

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA UNESP Depto. …igce.rc.unesp.br/Home/Instituicao/DiretoriaTecnicaAcademica/474_44... · contrapartidas que deverão ser assumidas pela Reitoria e Unidades

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PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA UNESP

Depto. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: - Do modo como a proposta é apresentada, a

responsabilidade de êxito de um departamento recai somente sobre si, não havendo uma

contrapartida da instituição. Nas variáveis da proposta - obrigatórias, optativas e eletivas -, tal

categorização nos pareceu, em um primeiro momento, bastante interessante. As variáveis

obrigatórias não falam do funcionamento cotidiano do departamento, mas de metas estratégicas.

Elementos necessários para o funcionamento do departamento não serão avaliados? Serão avaliados

apenas resultados quantitativos? Ensino e pesquisa estão em uma mesma variável obrigatória. Nos

descritores fica claro que o ensino é avaliado segundo a quantidade de alunos concluintes em

disciplinas e nos cursos, o que achamos muito perigoso e ineficaz: a qualidade do ensino que está

sendo avaliada. Nenhum dos descritores leva em consideração o nº de docentes por departamento.

Há ainda descritores muito específicos como "porcentagem de alunos que fazem estágio no

exterior". Não serão avaliados alunos que não fazem tal estágio, que nem sempre dependem do

departamento? A nova planilha é omissa em relação ao acúmulo do trabalho docente. As metas

estratégicas dos departamentos se confundem com metas de cursos. Na variável obrigatória 2 não é

pontuada a colaboração em projetos financiados, o que desincentiva projetos colaborativos. A rede

de trabalho internacional não é avaliada. Um aspecto relevante de nossa discussão apontou para o

aspecto valorativo do cumprimento de metas pelos departamentos. Como será feito isto?

Tem-se clareza de que há muito a ser nela melhorada ANTES da implementação.

Depto. ESTATÍSTICA, MATEMÁTICA APLICADA E COMPUTAÇÃO: a) Como será

avaliado o item 1.1? O departamento não tem controle sobre todas as variáveis para estabelecer uma

meta. Da forma como está o descritor traz a interpretação de que a aprovação e o problema de

evasão/retenção são responsabilidades exclusivas dos docentes. O compromisso do aluno com a sua

formação/falta de dedicação, a escolha inadequada da carreira pelo aluno, as questões de

permanência estudantil, a falta de infraestrutura e recursos humanos, entre outros pontos, externos

ao trabalho docente, não são contempladas. Deve-se estabelecer na planilha qual será a

contrapartida Institucional e qual o objetivo dessa avaliação de departamentos. b) Na variável

obrigatória 2, sugerimos que o texto seja alterado para “Financiamento ou Apoio nas áreas de

Ensino, Pesquisa ou Extensão”. Sugerimos que professores envolvidos também deveriam ser

contabilizados e não somente coordenadores. c) Metas não deveriam ser definidas e analisadas

simplesmente considerando-se como uma estimativa do que conseguimos hoje dada a situação

atual, mas também como algo almejado, pois a ideia deveria ser proporcionar avanços e o

estabelecimento de condições necessárias para se atingir as metas propostas e as devidas

contrapartidas que deverão ser assumidas pela Reitoria e Unidades são essenciais para este avanço.

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Sugerimos que os Departamentos poderiam estabelecer algumas metas desde que houvesse uma

contrapartida concreta da Reitoria em prover algumas necessidades básicas antigas, tais como:

modernização dos laboratórios didáticos, problema com quedas de energia elétrica, agilidade e

reposição do quadro de docentes e funcionários, etc. d) Estabelecer pontuação para projetos

submetidos independente de financiamento. e) Inclusão de campo na planilha sobre as questões das

fragilidades do departamento: infraestrutura e administração, mobilidade docente, condições

necessárias para a execução do projeto. f) Nas linhas 3.2; 3.3 e 3.4, coluna C.2., sugerimos a

exclusão da divisão de Ensino, Pesquisa e Extensão. g) Qual será o tipo de acompanhamento da

CPA e quais as consequências do não cumprimento das metas estabelecidas pelo departamento. h)

Solicitamos explicitar no item 6.1.1. (O Perfil das Variáveis Obrigatórias) [...] os Planos de

Atividades Docentes (PADs), elaborados pelos próprios docentes que já estão confirmados no

regime e têm titulação mínima de doutor, deverão contemplar as quatro variáveis obrigatórias, as

quais serão também mensuradas pela quinta variável desse grupo [...]. i) Sugerimos colocar, para

cada variável mais três colunas, para pontos fortes do Departamentos para satisfazer a respectiva

variável e pontos fracos e recursos necessários para melhorias.

Depto. FÍSICA: Item 1.1. pode-se interpretar que a razão concluintes/reprovados e o índice de

evasão são apenas responsabilidade dos docentes, pois não se contemplam as possíveis causas.

Questões referentes aos encaminhamentos didáticos – pedagógicos e a qualidade do ensino podem

ser melhoradas através de novas metodologias implantadas pelos docentes, mas há outras variáveis

como a dedicação e o interesse do aluno, escolha equivocada da carreira ou imaturidade ao fazê-la,

que estão além do limite de atuação docente ou Departamental. Item 2 - financiamento ou apoio,

nas áreas de ensino, pesquisa e extensão não somente coordenadores devem ser considerados, mas

também os demais professores envolvidos. Para que o docente ou o Departamento cumpra sua meta

muitas vezes há necessidade de contrapartida da Instituição. Que se estabeleça pontuação para

projetos aprovados, independente de financiamento. Como será o acompanhamento da CPA e quais

as consequências do não cumprimento das metas estabelecidas pelo departamento. Solicitamos

maiores esclarecimentos quanto ao item 6.1.1.

Depto. GEOGRAFIA: Quanto à proposta, concorda com poucas restrições, não tendo

encaminhado críticas ou sugestões.

Depto. GEOLOGIA APLICADA: Quase todos os docentes do DGA concluíram que é necessário

discordar totalmente da proposta. A principal justificativa é a falta de tempo para uma discussão

mais profunda, porém já podem ser adiantados alguns questionamentos. Como serão aplicados os

mesmos parâmetros para avaliar departamentos de distintas áreas do conhecimento, já que

certamente existem grandes diferenças entre departamentos de áreas iguais e até entre os docentes

de um único departamento? As características de um departamento não podem ser expressas em

números. Critica-se, por exemplo, os itens 1.1 a 1.3 do quadro de avaliação, pois eles não

contribuiriam para diminuir a evasão escolar e injustamente poderiam penalizar aqueles

departamentos com muitas reprovações em disciplinas. Nenhum campo do quadro permite registrar

o grave déficit de docentes e de funcionários. A metade das variáveis obrigatórias do quadro refere-

se a financiamentos e à obtenção de bolsas. Entretanto, dada a atual escassez de recursos, também é

preciso dar valor às atividades de pesquisa em projetos coordenados fora do departamento, assim

como projetos sem financiamento ou bolsa. Síntese das duas principais críticas ao novo sistema: 1-

São propostos critérios/indicadores para a avaliação do desempenho que não estão na órbita de

decisão ou competência do departamento, dependendo de condições específicas do tipo de curso e

de diversos fatores alheios à instância de decisão do departamento. 2-Na elaboração de qualquer

planejamento, a proposição de metas deve estar atrelada a instrumentos que deem suporte e

sustentabilidade para o seu cumprimento. Nesse sentido, na atual conjuntura econômica, falta o

devido suporte por parte da gestão administrativa.

Depto. MATEMÁTICA: Quanto à proposta, concorda com poucas restrições, não tendo

encaminhado críticas ou sugestões.

Depto. PETROLOGIA E METALOGENIA: Quanto à proposta, concorda com poucas restrições,

não tendo encaminhado críticas ou sugestões.

Depto. PLANEJAMENTO TERRITORIAL: A variável obrigatória referente à “Ensino e

pesquisa de graduação e pós-graduação” merece ajustes. A variável “nº de alunos” não é de

domínio do departamento, visto que esse não tem como decidir, ou mesmo interferir, sobre o nº de

alunos matriculados em seus cursos. Entende-se que essa métrica não permite balizar ações de

planejamento. O nº de alunos por disciplina nem sempre é elevado, mas a carga horária tem que ser

ministrada. É inadequado avaliar o “percentual de alunos que concluem os cursos”, pois há cursos

com grande evasão. O departamento não tem como interferir ou atuar para melhorar esse aspecto, o

qual depende também de contextos socioeconômicos mais amplos, vinculados inclusive a situação

familiar dos alunos. O ítem 1.5, referente ao estágio no exterior, encontramo-nos em uma situação

em que os financiamentos de tais estágios estão cada vez mais raros, dificultando os esforços

docentes e discentes nesse sentido. Essas questões interferem claramente na variável obrigatória

“Distribuição de Desempenho”, em que se propõem avaliar 5.1. Sobre essa questão, há que se ter

uma reflexão mais ampla sobre a formação escolar dos alunos que recebemos hoje e sobre a

situação socioeconômica desses, fatores que interferem claramente nos índices de retenção e

evasão. Considera-se que as variáveis apontadas não são passíveis de sofrerem qualquer tipo de

impacto a partir de ações departamentais, dependendo de aspectos que fogem ao seu controle e,

portanto, não são adequadas para sua avaliação.