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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 1 PLANEJANDO O NOVO Alternativas para Mato Grosso do Sul

Planejando o novo alternativas para mato grosso do sul

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Dedico este trabalho, continuidade do livro “Rebuscando a Memória – Frases e Fatos”, e do opúsculo “Mato Grosso do Sul, Sua História, Suas Potencialidades, Superação de Limitações, Caminhos Alternativos”, ao Corpo Docente das Universidades, das Escolas Estaduais e Municipais; ao Magistério das áreas de História e Geografia, aos Institutos dedicados a Pesquisas, às Autoridades Governamentais, à Classe Política, ao Empresariado das diversas categorias, à Mídia e a TODAS as Pessoas que se interessam por Mato Grosso do Sul e sua gente.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 1

PLANEJANDO O NOVO

Alternativas para

Mato Grosso do Sul

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EQUIPE DE ELABORAÇÃO

TEXTOS Rubens Nunes da Cunha

DIGITAÇÃO

Lorena Alencar

AUXÍLIO NAS PESQUISAS José de Araújo Alencar

Ana Paula Nunes da Cunha João Antônio A. Figueiredo

Kleber Gaeta

APOIO EDITORIAL Profº Paulo Roberto M. Pereira

Marcinio Olarte Oliveira Nicole Nunes da Cunha Maia

Solange Mitie Okida

DISTRIBUIÇÃO A cargo do Autor

Tel: (67) 3349-3969 [email protected]

www.msdofuturo.com.br

PRODUÇÃO INDEPENDENTE Conteúdo de Responsabilidade do Autor.

1ª Edição Revisada

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, continuidade do livro “Rebuscando a Memória – Frases e Fatos”, e do opúsculo “Mato Grosso do Sul, Sua História, Suas Potencialidades, Superação de Limitações, Caminhos Alternativos”, ao Corpo Docente das Universidades, das Escolas Estaduais e Municipais; ao Magistério das áreas de História e Geografia, aos Institutos dedicados a Pesquisas, às Autoridades Governamentais, à Classe Política, ao Empresariado das diversas categorias, à Mídia e a TODAS as Pessoas que se interessam por Mato Grosso do Sul e sua gente.

O Autor Dezembro 2011

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Projeto Novo Rumo

O Autor elegeu o “Jaguar” (onça pintada) como

símbolo do Projeto, por acreditar que o mesmo retrata a agressividade, o melhor desempenho na luta pela sobrevivência e na capacidade de ampliação de suas fronteiras vitais.

Trata-se do maior felino que habita o Continente Sul Americano.

O Projeto, para sua alavancagem, necessita de pessoas que corporifiquem o talento desse felino.

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Projeto Novo Rumo

“Não podemos, não devemos viver, somente da riqueza oriunda da terra (grãos, carnes, leite, eucalipto, celulose, cana de açúcar, minérios) e da expectativa de recursos transferidos pelo Governo Federal.

Temos, também, que construir riquezas a partir do esforço de nossos cérebros; da nossa capacidade de empreender”.

O Autor

Dezembro 2011

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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................ 09

Aos Destinatários I ......................................................... 18

Aos Destinatários II ........................................................ 20

O problema de escassez de água no mundo ................. 29

Mercado da Água Nos Paises Árabes ............................ 39

Comércio Exterior (Água) .............................................. 41

Conceitos Emergentes Mitigadores das Degradações Hídrico-Ambientais ........................................................ 42

Projeto Novo Rumo – Nota Explicativa .......................... 47

Projeto Novo Rumo – Propostas ................................... 50

Documento Preliminar – Fórum de Debates ................. 53

Projeto Novo Rumo – Introdução .................................. 55

Projeto Novo Rumo - Metas Prioritárias ....................... 61

Projeto Novo Rumo - Alguns Programas Elencados ...... 64

Explicitação dos Programas ........................................... 65

Projeto Novo Rumo - Experiência Piloto ....................... 73

Projeto Novo Rumo - Busca da América

Hispânica - do Pacífico - da Ásia .................................... 79

Missivas – Conteúdo ..................................................... 81

André Puccinelli .................................................... 82

Delcídio do Amaral ................................................ 85

Nelson Trad ........................................................... 87

Ruben Figueiró ...................................................... 98

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Ruben Figueiró .................................................... 100

Rubens Nunes da Cunha ..................................... 102

Ruben Figueiró .................................................... 103

Cláudio Valério .................................................... 105

Nelson Trad ......................................................... 108

Valter Pereira ...................................................... 111

Paulo Duarte ....................................................... 118

Waldemir Moka .................................................. 121

Simone Tebet ...................................................... 130

Vander Loubet .................................................... 133

Pedro Pedrossian ................................................ 135

Antonio Cruz ....................................................... 138

Leite Schimidt ..................................................... 149

Heitor Miranda dos Santos – Mirian ................... 151

José Orcírio dos Santos ....................................... 154

Wilson Barbosa Martins ...................................... 155

Nelson Trad ......................................................... 156

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APRESENTAÇÃO

Esta publicação em linguagem simples é uma seqüência do livro “Rebuscando a Memória Frases e Fatos” lançado em junho/2008 na Escola Estadual Manoel Bonifácio, no Bairro Tarumã, Campo Grande MS.

Na “orelha” do livro registrou-se:

“Tenho fé que Mato Grosso do Sul, através de seus filhos e dirigentes, em especial governadores competentes, audazes e criativos, parlamentares com espírito público, irá cumprir a missão para a qual foi idealizado e criado”.

Este trabalho será encaminhado aos Ex-Governadores, Governador e Vice-Governador atuais, Senadores, Deputados Federais e Estaduais com mandato atualmente, e a outras lideranças que já prestaram e prestam inestimáveis serviços ao Estado.

No trabalho foram caracterizados os vários ciclos de exploração econômica do Estado.

Tiveram início, há cerca de 200 anos, inicialmente, com povoamento dos pantanais, hoje totalmente ocupados com a bovinocultura de grande porte.

Ciclo de exploração ervateira, na região de Ponta Porã, Campanário, Amambaí, Iguatemi, com o embarque da erva-mate em Porto Murtinho, especialmente para a Argentina.

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Ocupação também pela bovinocultura, dos Campos da Vacaria, Maracajú, Vales do Sucuriu e Indaiá Grande, Ponta Porã, Bela Vista, Caracol, Jardim e região de Bonito.

Exploração das regiões de “Matas Virgens” abrangendo municípios da Grande Dourados, terras férteis próximas ao Rio Paraná, furnas de Camapuã, Miranda, Bodoquena, Bonito.

Nessas regiões, prosperaram a exploração madeireira, com grande número de serrarias e dormenteiras e as tradicionais, “lavouras brancas” (arroz, feijão, milho).

A pecuária de corte, com mais sofisticação dos rebanhos, foi substituindo as lavouras brancas.

Houve exploração episódica dos campos limpos de Maracajú, na década de 50, por russos e caucasianos.

Substituídos pelos sulistas, em especial gaúchos, a partir da década de 70.

Estes (os gaúchos) desbravaram Maracajú, Sidrolândia, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, o então denominado “Chapadão dos Gaúchos”, parte de Cassilândia, Grande Ponta Porã e os campos limpos de terra roxa da região da Margarida, no eixo Jardim – Porto Murtinho.

Com quase exclusividade para a sojicultura.

A partir da década de 70, iniciou-se a grande derrubada dos cerrados, próprios de terras arenosas de baixa e média fertilidade, com apoio do Programa Polocentro e outros tipos de crédito subsidiado em todos os quadrantes do Estado.

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A vegetação nativa dos cerrados foi substituída por gramíneas da família das braquiárias.

No setor extrativo mineral, há muitas décadas instalou-se a exploração de ferro e do manganês, no Complexo de Urucum em Corumbá e Ladário. A cafeicultura em terras altas (São Gabriel do Oeste e Bodoquena) frustrou-se com as grandes geadas de 1975 e 1978.

As usinas de processamento do calcário, largamente presente no Complexo Bodoquena, instalaram-se a partir da década de 70, acompanhando o ciclo da soja.

O ciclo dos canaviais, com tentativa frustrada em Jupiá (geadas e crise econômica gerada pelo conflito bélico mundial1914/1918), iniciou-se nesse período; teve algumas outras tentativas (Miranda MS) e intensificou-se nos últimos 15 anos.

O maciço florestal no eixo Rio Pardo - Três Lagoas (eucalipto) após período de pujança, seguido de declínio, revigorou-se em especial no eixo Três Lagoas Brasilândia e iniciou recentemente a produção de celulose.

Expande-se para Água Clara e Rio Pardo.

Nas 03 décadas pós divisão, muito se fez, em setores que a seguir serão comentados.

A História política de Mato Grosso Uno e de Mato Grosso do Sul, o enaltecimento de algumas personalidades, vai nas “MISSIVAS” endereçadas a diversas lideranças.

Em carta de maio de 2009, endereçada ao Deputado Federal Nelson Trad que lidera clã de homens públicos

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com mandatos e, profissionais liberais da área de advocacia, com banca de grande reputação, enfatizo os “Novos Tempos” que nos aguardam (Mato Grosso do Sul, sua gente, suas lideranças).

A bovinocultura, a exploração ervateira e madeireira, a sojicultura, os canaviais dando suporte para o complexo sucro-alcooleiro, o complexo eucalipto / celulose, a malha viária asfaltada e as vicinais, a eletrificação urbana e rural, o setor educacional e de saúde, a política previdenciária através do SUS / INSS / CASSEMS, os sistemas judiciário, segurança pública, prisional, as grandes pontes sobre os Rios Paraná e Paraguai, são páginas viradas.

Abre-se uma pugna, com conteúdo de caráter geo-político e econômico / estratégico.

Busca pela ocupação de espaço dentro da Federação Brasileira (concorrência endógena) e nos países hispânicos.

Chegada ao Pacífico e através dele à Ásia; abordagem de países do Oriente Médio, através do Atlântico.

Exportação das benesses que a natureza nos concedeu, em especial chuvas, relativamente regulares, e da água de irrigação, dentro do moderno conceito de “Água Virtual”.

Água esta agregada a grãos diversos, carnes bovina, suína, de frangos, produtos lácteos, etanol, álcool anidro, açúcar, aguardente, papel, celulose, frutos especiais tipo exportação, flores e folhagens ornamentais, leguminosas exigentes em solo.

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Também, a “água in natura” (REAL) extraída de fontes, rios, lagos, aquíferos; pura, mineral, mineralizada, saborizada e na forma de cerveja e refrigerantes através do Pacífico e do Atlântico.

Essas estratégias irão exigir que autoridades governamentais a todos os níveis, agricultores, pecuaristas, industriais, comerciantes, líderes classistas e empresários, parlamentares, enfim todos em uníssono exercitem uma visão avançada, com uma sensibilidade / perspicácia especiais, sobretudo geo-política, econômica.

Os temas tratados pela maioria dos candidatos nas eleições de 2010, tanto a nível federal como a nível estadual, em particular são saúde, educação, segurança pública com qualidade e habitação popular. Todas essas atividades exigem dispêndios consideráveis do erário.

Pouca atenção é dedicada àqueles Programas relacionados ao desenvolvimento econômico, que dará base de sustentação financeira, para a implementação das atividades da área social.

Fala-se em medicina de qualidade; os pacientes são hoje informados pela mídia. Sabem que esta “qualidade” inclui exames radiológicos, mamografias, ressonância magnética, tomografia computadorizada, cintilografia óssea, ecografia, pet scan e pesquisas laboratoriais de alto custo.

Nem os planos de saúde diferenciados, nem os países do primeiro mundo, com economias robustas conseguem universalizar esses procedimentos, gratuitamente. Trata-se, portanto, de patamar não atingível no momento.

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A criação de emprego e renda também é tema que consta da proposta de todos.

Não podemos, no entanto, estarmos a espera de mega investimentos setoriais como as indústrias de processamento do eucalipto, transformando-o em celulose ou outros de igual vulto.

Há que atacar os empreendimentos mais à mão como programas de irrigação que propiciarão o aumento de produção de grãos de 10.000.000 de toneladas para talvez até 30.000.000 de toneladas, com o engajamento de grande número de agricultores de grande, médio e pequeno porte, nas áreas propicias a esse procedimento. O desenvolvimento de bacia leiteira competente, nos 79 municípios do Estado gerará emprego e renda para milhares de pessoas, utilizando-se do fator terra barata, em relação aos estados vizinhos, água em abundância e mão de obra vocacionada, existente no Estado.

Em MISSIVAS, nas correspondências enviadas a atores da classe política, recordo dados biográficos, de meu conhecimento, dos destinatários, evidentemente, sem intenções laudatórias.

Sabe-se pela experiência de milênios que na classe política é encontrada a maioria dos agentes capazes de transformar a sociedade, isto, pelas ferramentas que dispõem no exercício dos cargos, em especial no executivo.

Tenho consciência que algumas das Propostas elencadas ao longo deste trabalho serão consideradas no momento avançadas demais e até receberão críticas por serem consideradas destituídas de praticidade.

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Porém, a história social, econômica, política e cultural de Mato Grosso do Sul não se esgota nas primeiras décadas do Século XXI.

Muita coisa há por fazer-se para justificar a nossa pretensão inicial de sermos “Estado Modelo” e termos condições de ombrear com unidades federativas de maior desenvolvimento como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Temos condições para isso, pois dispomos como já dito, de terra agricultável, água suficiente e recursos humanos vocacionados.

Nesses fatores se alicerça a verdadeira riqueza do Estado. A industrialização, por sinal, bem-vinda, oferece número limitado de empregos e nem sempre com salários vantajosos. Estatísticas confiáveis, em nível de Brasil, detectaram que a renda per capita sofreu decréscimo em áreas intensamente industrializadas.

Acrescente-se a esses fatores a nossa posição geográfica estratégica e privilegiada, tanto em relação a alguns estados brasileiros, como nações sul americanas.

Este livro vem sendo escrito desde o início de 2008. As missivas são datadas de anos anteriores e foram remetidas aos destinatários no tempo devido.

Das iniciativas sugeridas, algumas já implantadas, outras em fase de realização, em especial, cerca de 30 destilarias e um mega projeto de transformação do eucalipto em celulose, às margens do Rio Paraná (Eldorado) no valor de 05 bilhões de dólares, valor este que se aproxima ao do rebanho bovino do Estado .

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O censo do IBGE de 2010, com resultados divulgados, registra a grande concentração de renda a nível de Brasil, país no qual 10% da população detém 50% da renda. Da população ativa 47% das pessoas percebem R$ 385,00 mensais e 1% apenas detém renda de R$ 16.000,00 ou mais (mensais).

Constatou-se que o Centro Oeste superou o Sudeste e detém o maior número, em termos percentuais de pessoas ricas. Tudo isto, vindo de encontro ao que vai explicitado ao longo deste trabalho.

A sugestão/recomendação de darmos mais atenção à América do Sul, em termos comerciais, tornando-nos menos dependentes dos mercados europeu, americano do norte e asiático, faz sentido pelas crises em curso nos Estados Unidos e Europa, e pela posição hegemônica da Ásia, com condições de impor preços pouco favoráveis aos nossos produtos de exportação.

A título de elucidação, informa-se que o Nortão já se interligou ao Oceano Pacífico, por via asfáltica, que faz percurso Cuiabá, Pontes e Lacerda, Vilhena, Ji-Paraná, Porto Velho, Rio Branco, Assis Brasil, e a seguir penetra no Peru, atravessando desertos e cordilheiras, até chegar a Puerto San Juan, no Pacífico.

Aos leitores, minhas escusas caso hajam pequenas divergências relativas a dados estatísticos.

O Autor

Campo Grande MS, Dezembro - 2011

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Endereço: Rua Talles, n º 80 - Jd São Lourenço

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Aos Destinatários I

Trata-se de remessa de material elucidativo, propondo o incremento do Projeto Novo Rumo.

Este, com a finalidade de buscar novos caminhos para Mato Grosso do Sul.

Dar-se sequência a uma luta, que teve seu início com os embates divisionistas.

Luta esta, já secular, que iniciou-se em 1900, pela iniciativa de Jango Mascarenhas.

Análise de 03 décadas de atuação da iniciativa privada e do setor governamental, pós divisão (1979-2009).

Compõe o material:

Rebuscando a Memória – Frases e Fatos, livro relatando histórias, usos e costumes de Mato Grosso Uno e de Mato Grosso do Sul.

Opúsculos I e II, desdobramentos do capítulo do livro “Mato Grosso do Sul – Sua História- Suas Potencialidades”

Folders ilustrativos e Nota Explicativa, dando uma visão resumida dos Objetivos, Diretrizes e Metas do Projeto Novo Rumo.

Documento Preliminar – Fórum de Debates, resumo da temática e proposta de Reuniões/Debates, em pelo menos 12 (doze) cidades pólo para levar o documento à discussão pela Sociedade.

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Coletânea de Correspondências (MISSIVAS), enviadas a lideranças políticas e partidárias atuais, com a finalidade de levar o debate aos Partidos e postular a inclusão das sugestões nos respectivos Programas Partidários (PMDB-PT-PSDB-PDT-DEM-PP-PTB-PPS-PR e outros).

Remessa iniciada em Setembro/08 e com sequência até a presente data (dez/09)

Exortação a essas lideranças, para que analisem as propostas, abracem-nas e as propaguem, levando-as adiante.

Foi também analisada a atuação de mato-grossenses ilustres que, em fases diversas, foi importante para a História de Mato Grosso Uno, Mato Grosso do Sul e do Brasil. Nas cartas, além de dados biográficos dos destinatários são analisadas novas possibilidades de emprego e renda, compatíveis com a modernidade, para os sul-mato-grossenses e expectativas de receita para o Estado.

Comentário a respeito de oportunidades latentes, ainda não implementadas, porém factíveis, desde que alavancadas com competência.

Sugestões para melhorar a posição do Estado de Mato Grosso do Sul no “ranking” da Federação Brasileira.

Com a finalidade de acelerar o desenvolvimento sócio econômico, histórico, cultural do Estado, complementando iniciativas em execução, e aquelas já consolidadas.

Campo Grande, dezembro de 2009.

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Aos Destinatários II

Em cartas endereçadas, em especial ao Deputado Federal Antonio Cruz e ao Senhor Heitor Miranda dos Santos, abordei a possibilidade, por parte de Mato Grosso do Sul, da exportação de água. Encareço suas atenções a elas.

Na moderna conceituação, conforme trabalho em anexo, considera-se:

1- Água Real: Potável, doce, mineral ou mineralizada, extraída de fontes e de aqüíferos, bem como aquela que se obtém de lagos, rios perenes, etc.

2- Água virtual: Aquela que é agregada para a produção de um bem, produto ou serviço. Pode ser de chuvas ou procedimentos de irrigação.

Inclui a produção de grãos, carnes bovina, suína, de frangos, leite, etanol, álcool anidro, açúcar, celulose, processamento de minérios (Gusa) e outras alternativas.

Como demonstrado 01 tonelada de grãos, consome 1.000 toneladas de água, 01 Kg de carne bovina, do nascimento do bezerro ao abate e industrialização, consome 13.000 litros; fatores agravantes a urbanização e a industrialização.

A industrialização é a maior consumidora de água, seguida da urbanização (o consumo do homem rural que utiliza água de poço de balde é muito pequeno).

Os lençóis freáticos em todo mundo, em especial nas grandes regiões produtoras como o Norte da China,

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Punjab, na Índia e o Sul das Great Plains do Estados Unidos, estão em fase de exaustão com queda acentuada da oferta de água.

As sociedades com consumo diferenciado apresentam elevação expressiva do consumo de água, seja para uso humano, higiene pessoal, saneamento básico, etc.

Afora a perda que determinam pela poluição.

Vinte e três países (a ONU tem 192 nações afiliadas) detêm 2/3 (dois terços) das reservas de água potável do mundo.

Quarenta e sete por cento dos recursos hídricos do planeta estão na América do Sul.

Deste total (América do Sul) 53% (cinqüenta e três por cento) estão no Brasil.

Da superfície do planeta, ¾ (três quartos) são cobertos por água, sendo:

97% - salgada

03% - doce

Da água doce existente, a grande maioria encontra-se sob a forma de gelo, nas calotas polares e geleiras e parte na forma gasosa (nuvens, emanações espontâneas).

Apenas um percentual de 0,01% (zero virgula zero um por cento) dos escassos 03% (zero três por cento) na forma de fontes subterrâneas, rios e lagos, que são nossas principais modalidades de abastecimento.

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A agricultura e pecuária tecnificadas, nos últimos 50 (cinquenta) anos, triplicaram o consumo de água.

O homem, para cada 1.000 (mil) litros de água utilizada, polui 10.000 (dez mil) litros.

A carência da água é evidente em vários continentes.

Portanto, enfatizo a situação geográfica privilegiada de Mato Grosso do Sul: próximo aos Oceanos Atlântico e Pacífico, e com boa disponibilidade de água.

Com capacidade de exportar água, embutida em seus produtos agrícolas, pecuários e industriais.

Apto a exportar água potável de seus rios, lagos e fontes após a devida elaboração/filtragem.

Com condição de exportar água de seus aqüíferos, in natura, ou mineralizada, em especial do Aqüífero Guarani, observadas as exigências da Legislação Ambiental.

Mato Grosso do Sul, tem condições objetivas de “pular na frente” sendo referência mundial no aproveitamento da água existente (rios Paraná, Paranaíba, Sucuriu, Aporé, Indaiá Grande, Verde, Pardo, Coxim, Taquari, Jaurú, Correntes, Piquiri, Vacaria, Brilhante, Dourados, Ivinhema, Amambaí, Iguatemi, Miranda, Aquidauana, Tabôco, Negro, Nabileque, Paraguai, Taquarussu, Nioaque, Prata, Formoso, Betione, Salobra, Aquidabã e outros) dos aqüíferos, em especial exportação de água virtual, na forma de grãos, carnes, leite, etanol, açúcar, celulose e minérios processados.

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Também instituindo a rigorosa proteção de seus mananciais, usando severas medidas de contingencionamento da poluição desses citados mananciais e tornar-se exemplo mundial em exploração sustentada e de saneamento básico.

A escassa população que se distribui pelos 357.000 km2 de seu território dá-lhe condições de realizar essa “proeza”

A irrigação de áreas privilegiadas como a Grande Dourados (Rios Paraná, Brilhante, Dourados, Ivinhema e outros), Chapadão do Sul (Rios Paranaíba, Aporé, Indaiá Grande e Sucuriu), Grande São Gabriel do Oeste (Rios Coxim, Taquari, Jauru e Cabeceira do Aquidauana), Grande Margarida (Rios Apa-Miranda-Prata-Perdido-Paraguai) trará grande incremento à produção agrícola e pecuária, com conseqüente exportação da água proveniente das precipitações e da água de irrigação necessária à produção de carnes e grãos.

A distância entre as regiões agrícolas e a água a ser ofertada para irrigação é razoável e com custo benefício adequado.

Não percamos de vista, que o volume de água necessário para irrigação, em especial sistemas de pivôs centrais e gotejamento é muito menor que aquele exigido para acionar hidrelétricas em caráter permanente

Citados sistemas são largamente utilizados no Vale do São Francisco.

O uso da água de irrigação é esporádico e somente utilizado quando da insuficiência das chuvas.

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Portanto cursos d'agua de média capacidade poderão dar sustentabilidade ao processo, mormente, se forem ao longo de seus trajetos criados reservatórios ecologicamente corretos.

Sabemos também que o acesso de bovinos para beber água diretamente nesses reservatórios está vedado.

Na zona planáltica e no próprio pantanal, nas denominadas alturas, poderemos implantar capineiras irrigadas utilizando napier, napier roxo, elefante, guatemala, cameron, cana de açúcar para suplementação aos bovinos, sendo esta (cana) fornecida fresca, picada e acrescida de uréia e sulfato de amônia. Também pode-se utilizar cana picada, acrescida de subprodutos do algodão (caroço, torta, farelo).

A cana-de-açúcar com aditivos, inclusive inoculantes, funciona como excelente suplemento para vacas solteiras e paridas, que estejam amamentando, touros reprodutores e animais jovens em fase de crescimento.

A raiz da mandioca mansa desintegrada pode ser oferecida fresca ou de preferência após secagem. Presta-se como excelente e barato suplemento, em especial para gado de leite. O custo será favorável se produzida na propriedade.

Tubulações fabricadas com material não corrosivo, são perfeitamente viáveis para uso no pantanal.

Não percamos de vista que Projeto em estudo nos Estados Unidos, pretende levar água da Região dos

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Grandes Lagos até aos estados situados na costa do Pacífico. A distância é de 4.000 Km.

A excepcional e comprovada qualidade dos solos do Complexo Bodoquena (possui clima tropical de altitude, ameno, na região denominada Califórnia e outras) e relativa oferta de água nas regiões de Miranda, Betione, Bodoquena, Morraria, Formoso, Baía das Garças, Rio do Peixe. São esses locais banhados pelos rios e ribeirões Miranda, Betione, Salobra, Peixe, Formoso, Sucuri, Mutum, Aquidabã, Piripucu, Apa, e poderão propiciar o desenvolvimento em extensa área (com irrigação) de culturas exigentes em solo, como as leguminosas (feijões branco, preto, manteigão, rosinha, mulatinho, fradinho, de corda, miúdo; de ervilhas, lentilhas, tremoço, grão de bico).

Também a “FRUTICULTURA” da mesma maneira exigente em solo e água (figo, mamão papaia, uvas, pêssegos, melões, caquis, mangas e bananas especiais, tipo exportação, coco da Bahia) poderá ter êxito com o sistema de irrigação por gotejamento.

A FLORICULTURA, com o plantio de plantas ornamentais adequadas à exploração em clima tropical, terá o seu espaço.

Naturalmente, contemplando recursos humanos tecnicamente qualificados, e organizados empresarialmente.

Faz-se mister, no caso a implantação de Centro Agrostológico de Pesquisas, do Polo Bodoquena.

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O Vale do São Francisco, no Nordeste, com terras inferiores as de Bodoquena e, com tecnologia nacional, aí está para nos indicar o caminho.

Enfim, Mato Grosso do Sul, deverá trilhar o seu caminho, adequando-se à modernidade.

É importante o incremento da produção leiteira, criadora de renda familiar com ganhos compatíveis com o consumo diferenciado nos 79 (setenta e nove) municípios, utilizando-se raças / cruzamentos / mestiçagens, adaptadas às diversas micro-regiões, com o necessário apoio para a implantação de resfriadores (reguladores da entrega de matéria prima) indústrias de processamento do leite, com sua pasteurização, transformação em queijos, requeijões, iogurtes, longa vida e demais produtos lácteos.

Isto com a necessária suplementação alimentar dos animais adultos, para que produzam boa quantidade de leite e para os bezerros, para que não se depreciem como animais de corte.

A suplementação como já descrito, conseguir-se-á com uso de capineiras, preferencialmente irrigadas, que fornecerão a forragem necessária, que será acrescida de produtos industrializados adequados (uréia, amiréia, sulfato de amônia, sub-produtos de algodão, etc).

A mandioca utilizada convenientemente poderá ter larga utilização na produção de leite e, esta cultura prospera bem em todos os municípios do Estado.

Ampliação da variedade de culturas, saindo parcialmente da dependência da bovinocultura de corte, soja, milho, algodão, cana de açúcar, eucalipto, estas já

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com alto índice de mecanização, todas criadoras de vazios demográficos e de empregos com remuneração em torno do salário mínimo rural ou pouco mais e não geradoras de consumo diferenciado, aspiração esta da massa trabalhadora sul matogrossense, brasileira e mundial.

No referente à evolução histórica dos ciclos econômicos, distribuição patrimonial e renda, qualidade dos salários, atualmente praticados, e as personalidades importantes, na História de Mato Grosso Uno e Mato Grosso do Sul, enfatizo suas atenções, em especial às cartas, encaminhadas, além dos destinatários já citados, aos Deputados Federais Nelson Trad (03) e Waldemir Moka.

Tudo isto, de maneira óbvia, sem abrir mão das propostas elencadas nos documentos Projeto Novo Rumo – Nota Explicativa, Projeto Novo Rumo – Propostas – Documento Preliminar – Fórum de Debates, Opúsculos I e II e nas Missivas endereçados às demais lideranças.

Estas iniciativas dependem apenas de uma tomada de posição das autoridades governamentais a todos os níveis, do empresariado e, sobretudo dos mais de 2.300.000 (dois milhões e trezentos mil) habitantes que mourejam nesta parte do Planeta Terra.

Em ''MISSIVAS'', nas correspondências enviadas, sou insistente, repetitivo no relato a respeito de situações oriundas das 10 (dez) principais culturas predominantes no Estado (pecuária de corte extensiva e semi-intensiva, pecuária de leite, suinocultura, avicultura, soja, girassol, milho, algodão, cana de açúcar e eucaliptais) todas com

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suas características, porém tendo em comum elevado índice de mecanização, baixa utilização de mão de obra e, no geral o setor pratica baixos salários pagos aos trabalhadores envolvidos nessas atividades.

A mesma situação se repete em relação às mineradoras e siderúrgicas.

Campo Grande, Dezembro 2009.

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O PROBLEMA DA ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNDO

O problema da escassez de água no mundo é agravado pela falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais.

De acordo com os números apresentados pela ONU - Organização das Nações Unidas - fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.

Existem regiões onde a situação de falta de água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do Continente Africano, onde a média de consumo de água por pessoa é de quinze litros/dia, ou seja, quinze litros/pessoa.

Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.

Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso a água potável.

A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.

Um bilhão e 900 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso a água tratada. Dois

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bilhões e 400 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico.

Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior.

A cada ano, mais 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos hídricos da Terra.

Infelizmente, quase todos os 03 bilhões (ou mais) de habitantes que devem ser adicionados à população mundial, no próximo meio século, nascerão em países que já sofrem de escassez de água.

Já nos dias de hoje, muitas pessoas nesses países carecem do líquido para beber, satisfazer suas necessidades higiênicas e produzir alimentos.

Numa economia mundial cada vez mais integrada, a escassez de água cruza fronteiras, podendo ser citado como exemplo o comércio internacional de grãos. Neste caso são necessárias 1.000 toneladas de água para produzir 01 tonelada de grãos. Assim, a importação de grãos é a maneira mais eficiente para os países com déficit hídrico importarem água.

Calcula-se a exaustão anual dos aqüíferos, em 160 bilhões de metros cúbicos ou 160 bilhões de toneladas.

Tomando-se uma base empírica de mil toneladas de água para produzir 01 tonelada de grãos, esses 160 bilhões de toneladas de déficit hídrico equivalem a 160 milhões de toneladas de grãos, ou seja, a mesma necessidade para a produção de metade da colheita dos Estados Unidos.

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Os lençóis freáticos estão diminuindo sua oferta de água nas principais regiões produtoras de alimentos. Entre outras:

- a planície norte da China;

- o Punjab na Índia;

- Great Plains dos Estados Unidos.

Esta região faz do país (USA) o maior exportador mundial de grãos.

A extração excessiva é um fenômeno novo. Está restrito a última metade do século XX

Só após o desenvolvimento de bombas poderosas a diesel ou elétricas, tivemos a capacidade de extrair água dos aqüíferos com uma rapidez maior do que sua recarga pela chuva (água de infiltração).

Além do crescimento populacional, a urbanização e a industrialização, também ampliam a demanda pelo produto.

Conforme a população rural, tradicionalmente dependente do poço de balde, se transfere para prédios residenciais urbanos, com água encanada, o consumo de água residencial triplica.

A industrialização consome ainda mais água que a urbanização.

A afluência (concentração populacional), gera, também demanda adicional, à medida que as pessoas ascendem na cadeia alimentar e passam a consumir mais carne bovina, suína, aves, ovos e laticínios, consumindo também mais grãos (farináceos).

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Se os governos dos países carentes de água não adotarem medidas urgentes para estabilizar a população e elevar a produtividade hídrica, a escassez de água em pouco tempo se transformará também em falta de alimentos.

Da mesma forma que o mundo voltou-se à elevação da produtividade, há meio século (picos tecnológicos na agricultura e na pecuária), tendo desaparecido as fronteiras agrícolas, agora deve também (o mundo) voltar-se à elevação da produtividade hídrica.

O primeiro passo em direção a esse objetivo é eliminar os exagerados subsídios sobre a água consumida, o que incentiva a ineficiência.

O segundo passo é aumentar, gradativamente, o preço da água, para que este valor reflita melhor seu custo.

A mudança para tecnologias de ponta, com lavouras e formas de produção de proteína animal mais eficientes, em termos de economia de água, pode proporcionar um

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potencial substancial para elevação da produtividade hídrica.

Estas mudanças serão tanto mais rápidas quanto o preço da água for mais representativo do seu real valor.

Com esta conscientização, cada vez mais crescente, cada nação vem se preparando ao longo do tempo, para a valorização e valoração de seus recursos naturais em especial os hídricos.

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CONSIDERAÇÕES

1) A água não é só uma mera substância química formada por átomos de hidrogênio e oxigênio.

Nela, segundo a teoria evolucionista, surgiu a primeira forma de vida do planeta, há milhões de anos.

Dela (água) o processo evolutivo caminhou até formar as espécies mais evoluídas, inclusive o homo sapiens e, continua a manter toda a diversidade que conhecemos.

2) 3/4 da superfície do mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada, e apenas 3% doce.

Contudo, do percentual total da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo, nas calotas polares e geleiras.

Parte é gasosa (nuvens e emanações) e parte é líquida - representada pelas fontes subterrâneas e superficiais.

Já os rios, lagos e fontes, que são nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual (3%).

3) Há 2.000 anos, a população mundial correspondia a 03% da população atual (200 milhões), enquanto o volume de água utilizável era o mesmo.

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4) A partir de 1950 o consumo de água, em todo o mundo, triplicou.

O consumo médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%.

Para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem resultam 10.000 litros de água poluída (ONU, 1993).

5) No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos efluentes industriais não tratados, são lançados nos cursos d'água.

6) O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 03 dias sem água.

7) O gotejamento de uma torneira chega a um desperdício de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de um metro cúbico por mês - O que significa uma conta mais alta.

8) Um filete de mais ou menos 02 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. E um filete de 04 milímetros, 13.260 litros por mês, de desperdício.

9) Um buraco de 02 milímetros no encanamento, pode causar um desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d'água de mil litros.

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10) Na Terra, tudo é mantido graças à presença desse líquido vital: nossas cidades, nossas indústrias, nossas plantações e, mesmo o oxigênio que respiramos, tem em parte origem nela.

Cerca de 70% dele (oxigênio), vem das microscópicas algas habitantes dessa enorme massa formada por rios, lagos e oceanos.

11) Países com mais água per capita:

QUANTIDADEPAÍS

GUIANA FRANCESA

ISLÂNDIA

GUIANA

SURINAME

CONGO

PAPUA NOVA GUINÉ

ILHAS DE SALOMÃO

CANADÁ

NOVA ZELÂNDIA

812.121 m3

609.319 m3

316.689 m3

292.566 m3

275.679 m3

166.563 m3

100.000 m3

94.353 m3

86.554 m3

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12) Países com menos água per capita:

PAÍS

KUAIT

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

BAHAMAS

QATAR

MALDIVAS

LÍBIA

ARÁBIA SAUDITA

MALTA

CINGAPURA

JORDÂNIA

QUANTIDADE

10 m3

58 m3

66 m3

94 m3

103 m3

113 m3

118 m3

129 m3

149 m3

179 m3

Fonte: WWAP/Unesco

13) Países importadores por excelência

PAÍSES

KUAIT

EGITO

BAREM

TURCOMENISTÃO

QUANTIDADE

100%

97%

97%

97% 13.b) Outros grandes importadores:

Líbia, Argélia, Chipre, Japão, Israel, Palestina.

14) Grandes exportadores

Brasil, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul.

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15) Água mineral da Amazônia (CRIM).

Mali, Colômbia, Venezuela, Espanha, França.

16) Outros importadores de água mineral.

Angola (Caxambu), Bolívia, Japão.

17) Grandes importadores de água virtual (agregada a grãos, produtos industrializados, rações, etc).

China – Japão

Egito - Eskri Lanka

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MERCADO DA ÁGUA NOS PAÍSES ÁRABES

Parte dos países árabes em geral possui um abastecimento de água potável deficitário, havendo em alguns países restrições quanto ao consumo de "água da torneira".

Alguns fatores levantados são poluição da água, insuficiência no tratamento da água do mar que é apenas purificada, falta de produtores e fontes locais de água mineral.

O consumo de água mineral engarrafada chega a ser competitivo frente a outras bebidas como refrigerantes; e algo novo que anda tendo uma boa receptividade pelo mundo árabe são as águas com sabor.

Entre os maiores mercados árabes em 2007, pode-se citar a Argélia com um mercado de US$ 401 milhões, Arábia Saudita US$ 311,7 milhões, Marrocos US$ 125,1 milhões, Egito US$ 63,7 milhões e Emirados Árabes Unidos US$ 39,1 milhões.

O Brasil ainda não explorou, convenientemente, o mercado árabe, porém trata-se de uma oportunidade,

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pois o país (Brasil) é conhecido mundialmente como fornecedor de matéria prima e recursos naturais, inclusive para os países árabes. Estes que já conhecem o café, carne bovina, frango e outros produtos brasileiros, possuem já um bom mercado estabelecido.

Em 2006, segundo dados disponíveis no International Trade Centre (INTRACEN), os Países Árabes adquiriram US$ 126,89 milhões CIF de água mineral (NCM 2201), um valor 8,68% maior do que o montante importado no ano de 2005 (US$ 116,75 milhões).

Em 2006, os cinco maiores compradores árabes de água mineral foram Iraque (US$ 40,72 milhões), Kuait (US$ 24,58 milhões), Qatar (US$ 15,50 milhões), Emirados Árabes (US$ 12,30 milhões) e Omã (US$ 11,35 milhões).

*Fontes: Intracen, Euromonitor e SECEX

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COMÉRCIO EXTERIOR

As exportações brasileiras de água mineral (NCM 2201) para o mundo em 2007 foram de US$ 478 milhões, apresentando um crescimento de 47,18%, quando comparada a 2006 (US$ 325 milhões).

Mais de 56% das exportações do Brasil neste setor no ano de 2007 foram para os Estados Unidos (US$ 269 milhões); 28,13% para Angola (US$ 135 milhões); 8,39%, para a Bolívia (US$ 40 milhões); 3,05%, para o Japão (US$ 15 milhões) e 2,20% para o Paraguai (US$ 11 milhões).

Os Países Árabes não apareceram como destino de exportações brasileiras de água no ano de 2007.

Exportação Brasileira de Água para o Mundo em 2007 (US$ milhões)

2,20

Ranque País Valor Participação% Variação %

0 Mundo 478 mi 100,00 47,18

1 Estados Unidos 269 mi 56,18 7,77

2 Angola 135 mi 28,13 208,81

3 Bolívia 40 mi 8,39 19973,50

4 Japão 15 mi 3,05 129,45

5 Paraguai 11 mi -18,01

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CONCEITOS EMERGENTES MITIGADORES DAS DEGRADAÇÕES HÍDRICO-AMBIENTAIS

A água virtual já é uma realidade no cenário científico.

No 3º Fórum Mundial da Água que aconteceu no Japão, a temática referida foi uma das mais debatidas nos Gts.

Aliás, não apenas nas academias, ganha importância, mas também no espaço político, o assunto vem sendo tratado pelos governantes, agências internacionais e ONGs.

O conceito de Água Virtual – quantidade de água utilizada na produção de bens – tem despertado interesse nos pesquisadores, isto porque, essa discussão tem repercussão no planejamento agrícola e industrial e na gestão

econômica dos Recursos Hídricos.

Daniel Zimmer, Diretor do Conselho de Água Mundial, durante mesa redonda – 3º Fórum de Água Mundial – cuja temática versava sobre Comércio e Geopolítica comentou: “Quando você consome um quilo de arroz, de certa forma também está usando mil litros de água que foram necessários para cultivar aquela quantia de cereal.

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Quando se come um quilo de carne, gastaram-se 13 mil litros de água que foram necessários para produzi-la.

Esta é a água escondida, ou virtual.

O contraste no uso de água pode ser notado entre Continentes.

Pessoas consomem uma média de 1.400 litros de ‘água virtual’ por dia na Ásia. Na Europa e América do Norte, as pessoas consomem aproximadamente 4.000 litros de ‘água virtual’ por dia.

Uns 70% de toda água utilizada por humanos, entram na produção alimentar. A magnitude dessa variação demonstra quanto a dieta é importante no consumo da água.

“Se o mundo inteiro consumisse tanta água virtual como fazem os Norte-Americanos, seriam necessários 75% mais água do que se usa atualmente na produção alimentar.”

(Texto extraído do site www.world.water-forum3.com. Original em Inglês e Tradução livre).

O autor anteriormente citado, inclusive mostra a título de ilustração, quais os países exportadores e importadores de Água Virtual.

“Entre os maiores países exportadores líquidos de 'água virtual' encontram-se os Estados Unidos, Canadá, Tailândia, Argentina, Índia, Vietnã, França e Brasil.

Os Estados Unidos são o principal exportador de água virtual por causa dos seus excedentes agrícolas.

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Na realidade, o volume de água virtual anual exportado pelo EUA é quatro vezes o total da água consumida por ano no Egito.

Alguns dos maiores importadores líquidos de 'água virtual' são o Skri Lanka, Japão, os Países Baixos, Coréia do Sul, China, Espanha, Egito, Alemanha e Itália.” (Ibid).

O vice-presidente do Conselho Mundial da Água defende um conceito de água virtual mais racional.

Assim diz o Sr. Cosgrove: “os governos deveriam começar a pensar de um modo diferente e a nível regional deveriam

começar a pensar como compartilhar os benefícios da água, em vez de utilizá-la solitariamente.”

(Extraído do site www.world.water-forum3.com. Original em Inglês e Tradução livre.)

No 3º Fórum Mundial da Água, uma parceria de organizações internacionais e de institutos de pesquisa (WWC, UNESCO-IHE, FAO, KIP, IFPRI, IWMI E SOAS) foi firmado compromisso de envidar esforços e atuar no sentido da obtenção de apoio financeiro visando desenvolver um melhor entendimento do conceito Água Virtual, sua aplicação e seu impacto. Esta parceria teria a finalidade de proporcionar informações e instrumentos para utilizar, de forma consciente o comércio de água virtual.

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Como maneira efetiva de promover o uso sócio econômico da água, tornando-a parte integrante das políticas públicas de água, produção de alimentos e sustentabilidade ambiental , nacional e regional.”

(Extraído do site www.akatu.net ).

Diante do exposto, qual a utilidade do conceito de “água virtual” para as pesquisas científicas hídrico-ambientais brasileiras? Talvez pelo fato do Brasil ser um dos maiores exportadores líquidos de água virtual do mundo, seria bom que, a comunidade científica, vá se adaptando, com as conseqüências que poderão advir no panorama ambiental.

Isto porque o grau de impactância negativa é alto e, as ONGs e parte da sociedade a nível mundial vão começar a despertar para o problema, exigindo modificações nas relações internacionais econômico-ambientais.

De maneira mais correta, os pesquisadores nacionais que se debruçam sobre temáticas ambientais e os governantes, a todos os níveis, devem investigar com mais atenção, essa nova conceituação.

Ao invés de aplicá-la em sentido negativo (uso da água) poder-se-á utilizá-la em um rumo harmonioso entre o Homo economicus e o Meio Ambiente.

A conceituação de Água Virtual não é um modismo e, brevemente essa terminologia, aparentemente de significado reduzido no momento, terá um papel fundamental nas investigações epistemológicas hídrico-ambientais.

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Vamos traçar um pequeno paradoxo para facilitar a compreensão.

Poucas décadas atrás, o vocabulário computacional, não era imaginável, nem pelos mais renomados “futuristas”.

Inclusive as palavras virtual/virtualidade não possuíam a abrangência de significado que atualmente contém.

Outros exemplos ilustradores: o ciberespaço, a internet, e tantas outras expressões do campo da informática, jamais poderiam ser descritas em décadas iniciais do século XX.

Daí o motivo para valorizarmos e dar importância à expressão “água virtual”.

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PROJETO NOVO RUMO Nota Explicativa

O problema, que emperra o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, na criação de empregos, renda, distribuição patrimonial, é estrutural e não cultural, como pensam alguns.

Vejamos:

21% do seu território são constituídos de pantanais, com solo de baixa e média fertilidade, com excesso de água para agricultura. Obviamente, o desfrute do rebanho aí criado é pequeno, por problemas de baixa fertilidade e baixo desenvolvimento ponderal dos animais.

Entraves legais impedem a instalação de destilarias, siderurgias e a exploração sistematizada de florestas artificiais, em boa parte do Estado .

70% de seu território são constituídos (afora o pantanal) por terrenos arenosos de baixa e média fertilidade. Prestam-se essencialmente à implantação de pastagens de braquiária decumbens, de valor nutritivo relativamente baixo, pobre em proteínas e micro nutrientes.

Também nesse caso (cerrados fracos) o rebanho bovino ai criado tem baixo índice de fertilidade e desenvolvimento ponderal prejudicado.

Necessário o uso de onerosa suplementação mineral e protéica.

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Portanto retorno econômico financeiro precário.

Como conseqüência baixa oferta de empregos pela rentabilidade precária e produção onerosa. Não há um incremento ao consumo diferenciado, “motor” das economias modernas. A reformulação fundiária (Colônia Agrícola de Dourados e Arnaldo E. Figueiredo, hoje Bodoquena, Monjolinho, Fazenda Itamarati, Novo Horizonte e outros) não criou uma massa de consumidores desejável e não propiciou a eles um acesso à classe média

Os restantes 09% de solos de melhor qualidade têm seus problemas:

A Oeste tem-se a região serrana da Bodoquena com solos pedregosos gerando grande área não agricultável/ mecanizável. Somam-se os enclaves representados pela Reserva Kadiweu (530 mil hectareas), Parque Nacional da Bodoquena e Reservas da etnia Terena, estas, pleiteando ampliações.

Ao Sul parte das terras férteis e de melhor qualidade com empreendimentos promissores estão sendo reivindicadas, pelas etnias Guarani e Kaiova.

Fala-se em até 12 milhões de hectares podendo haver redução de áreas a serem demarcadas para 06 ou 03 milhões de hectares.

Existe generalizada apreensão entre os empresários do setor sucro-alcooleiro. Noticia-se a paralisação de vários empreendimentos, aguardando definição do problema fundiário na região Sul do Estado. A baixa, no momento, do preço do petróleo é complicador para o setor alcooleiro, pela concorrência que este faz ao etanol.

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A parte de solo, plano, roxo, argiloso, fértil de Nova Alvorada, Sidrolândia, Rio Brilhante, Maracaju, e parte da Grande Dourados tem dois problemas:

I - Parte reivindicada pelas etnias Guarani e Kaiová:

II - Deficiência de água de superfície para irrigação, que se realizada elevaria a produtividade.

As terras de melhor fertilidade do Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Grande Dourados, Cone Sul e Margarida, que pouco representam frente aos 357.000 Km2 do Estado têm passado por alternância de culturas: bovinocultura de corte e de leite, soja, girassol, algodão, milho, milho safrinha, cana-de-açúcar nas regiões mais fracas. Porém não se deu à expansão dessas culturas para as terras arenosas por impossibilidades técnicas e estas (arenosas) permanecem no binômio braquiária-bovinocultura.

Adicionem-se as variações climáticas desfavoráveis, que ocorrem por todo o Estado, em decorrência de sua posição geográfica: relativamente próxima da linha do Equador, que determina temperaturas máximas, por vezes exageradas, acompanhadas de estiagem, que causa danos à agricultura e a ocorrência de frentes frias, e massas geladas provindas da Patagônia, ao sul, e dos Andes, a Oeste.

Tivemos em 1978, em fevereiro, verão com estiagem e altas temperaturas, que imprimiram grandes perdas às lavouras de arroz, então existentes. Em 1975 e 1978, ventos gelados destruíram os cafezais em formação. Na década de 60 e em julho de 2010, variações térmicas abruptas. Em poucas horas, queda de

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temperatura de 22º C. Neste ano ocorreu a morte de cerca de 3000 bovinos de corte por não suportarem a variação térmica.

Para contornarmos, em curto prazo, mesmo que parcialmente essas limitações, necessitamos de idéias criativas, que de imediato possam se transformar em projetos que gerariam programas a serem executados para acelerar o desenvolvimento econômico e social do Estado. Necessitamos, sobretudo, organizarmo-nos.

O projeto “Novo Rumo” se propõe a discutir essas propostas.

Campo Grande - Setembro/2010

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“PROJETO NOVO RUMO” Propostas

''Projeto Novo Rumo'' se propõe a reunir pessoas que, de maneira voluntária, sem vínculo político, partidário, ideológico ou religioso e sem compromisso associativo, queiram ajudar a consolidação da realidade já existente no Estado e a postular, pleitear, trabalhar, lutar e divulgar idéias que levem Mato Grosso do Sul a novos caminhos..

O Estado deverá valer-se de sua estratégica localização no “coração” da América do Sul, e além de potencializar seu desenvolvimento, ser o elo entre as regiões Centro-Sul e Sudeste com o Pacífico, utilizando-se de objetivos definidos:

1°) Agricultura e pecuária de corte e leite modernas, com a industrialização, do máximo possível, da matéria prima produzida; continuidade de acurada atenção em relação à vigilância sanitária; rastreamento intensivo do rebanho bovino e suplementação alimentar adequada, na estiagem, ao gado de corte e de leite.

2°) Consolidar o pólo de florestamento, celulose, papel, carvão vegetal. Processamento intensivo do ferro, manganês, calcário, mármore e granito, existentes;

3°) Instalação de novas destilarias e aproveitamento dos canaviais, transformando-os em etanol, álcool anidro, açúcar, rações (cana ao natural e hidrolisada), energia térmica. Fabricação de bio-diesel utilizando-se de plantas adequadas e adaptadas;

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4°) Turismo, com ênfase para Bonito e o Pantanal;

5°) Intensificação do transporte intermodal, objetivando a chegada aos Oceanos Atlântico e Pacífico;

6°) Procura incessante de rotas para atingir o Oceano Pacífico. O trajeto Campo Grande/MS - Xangai/China, ida e volta, encurta 13.000 (treze mil) quilômetros, utilizando-se a alternativa Mato Grosso do Sul - Arica, no Chile;

7°) Consolidação da Implantação de armazéns alfandegados / portos secos, visando a comercialização das matérias primas e produtos industrializados;

8°) Lutar por uma maior presença dos produtos do Estado nos países da América do Sul espanhola, fortalecendo o mercado regional e diminuindo a dependência em relação a outros Continentes;

9°) Política aeroviária competente, batalhando para que vôos com destino à América hispânica, Canadá, USA e Ásia, façam escalas em Campo Grande;

10°) Busca de intercâmbio cultural, com os demais países sul-americanos. Massificar o aprendizado do espanhol no Estado;

11°) Expandir as habilidades em Comércio Exterior. Organizar o empresariado local para lançar-se às atividades de exportação e importação (“trades”, sistemas cooperativos e corporativos, consórcios, etc.);

12°) Empenho e apoio para que representantes das classes produtoras façam-se presentes em eventos que informem sobre trocas comerciais, em especial com Sul América e Ásia;

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13°) O poder público e as organizações privadas deverão alavancar a formação de profissionais nas áreas de geologia, metalurgia e química industrial, a fim de facilitar a implantação de industrias direcionadas ao aproveitamento das matérias-primas existentes e produzidas no Estado;

14°) A integração entre Mato Grosso do Sul e os países sul-americanos, ao sul e ao oeste, deverá ser intensificada com o uso da rádio-difusão e do sistema televisivo, com parcerias e reciprocidade.

15ª) Equacionar a exploração da água abundante no Estado, tanto na forma Real - doce / potável (aqüíferos, rios, lagos, lagoas – fontes – excedentes das cheias do Rio Paraguai) como também da Água Virtual, agregada a grãos, produtos cárneos e lácteos, etanol, açúcar, celulose, gusa, frutas e flores, esta proveniente, basicamente das chuvas e da irrigação sistematizada.

16ª) Retirar a imensa maioria de massa trabalhadora no Estado, do salário mínimo urbano e rural, colocando-a em níveis de ganho compatíveis com o consumo diferenciado moderno. As aspirações atuais extrapolam as necessidades básicas de alimentação, moradia, vestuário, saúde e educação de baixo padrão.

O objetivo almejado será o de transformarmo-nos num poderoso ''Jaguar Sul-americano”, líder na produção, industrialização, exportação e importação de bens e serviços e na integração cultural regional.

Setembro/2010

Dentre as riquezas maiores do Estado, está sua estratégica localização no "coração" da América do Sul!

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Projeto Novo Rumo

Documento Preliminar Fórum de Debates

Mato Grosso do Sul DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

UM COMPROMISSO DE TODOS

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Projeto Novo Rumo Introdução

O início do desenvolvimento econômico e social desta parte, onde se situa o estado de Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste brasileiro, deu-se com a iniciativa de Pascoal Moreira Cabral. Este bandeirante, partindo de São Paulo, adentrou os sertões brasileiros e a 08 de Abril de 1719, efetivou a fundação da cidade de Cuiabá.

A primeira atividade econômica desenvolvida foi a mineração do ouro, existente em Cuiabá e Poconé. O progresso espraiou-se por várias localidades. No então Sul de Mato Grosso surgiram as cidades mais antigas: Corumbá, Ladário, Miranda, Nioaque, Paranaíba.

O progresso no Sul de Mato Grosso aconteceu lentamente : criadores de gado no Pantanal e nas regiões de campos limpos, aqui incluindo os da Vacaria, Maracaju, Ponta Porã, Bela Vista, Margarida e margens do Sucuriu.

O desenvolvimento acelerou-se com a chegada dos trilhos da Noroeste do Brasil, que transpuseram o Rio Paraná e prosseguiram no rumo Leste Oeste, chegando na primeira fase até Porto Esperança; isto a partir da segunda década do século XX.

A luta pela separação da região Sul, do restante do Estado, iniciou-se em 1900, com Jango Mascarenhas, então 2ª Vice Governador do Estado e residente em Nioaque.

Entre outros motivos, possivelmente, inspirou-se no tema discutido por ocasião da elaboração da Constituição

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de 1892, quando foi aventada a redivisão territorial do Brasil.

Jango Mascarenhas veio a falecer em combate pela luta divisionista às margens do Rio Taquarussu no hoje município de Anastácio, em 1902.

Deram seqüência à sua luta entre 1902 e 1931 diversas lideranças: Bento Xavier, Gomes, José Teixeira Muzzi, João Barros Cassal.

Em 1932, Vespasiano Martins, apoiado por respeitável corrente de opinião que se aglutinou sob a bandeira do Movimento Autonomista, numa estratégia inteligente, aderiu à Revolução Constitucionalista, irrompida em São Paulo e comandada pelo General Klinger.

Klinger que fora comandante da então Nona Região Militar, com sede em Campo Grande era conhecedor dos ideais separatistas que empolgavam o povo no Sul do Mato Grosso. Klinger e os Divisionistas foram batidos, militarmente, pelas tropas do Governo Central.

Em 1947, após a queda do Estado Novo, deputados estaduais constituintes tendo à época como governador o Engº Arnaldo de Figueiredo, tentaram a separação da região Sul por via legislativa; não obtiveram êxito.

A separação aconteceu através da lei complementar Nº. 11, iniciativa do Presidente Geisel, em 1977.

Nasceu o Estado de Mato Grosso do Sul e sua instalação deu-se a 1º de Janeiro de 1979.

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Cuiabá pela sua posição geográfica continuou tecnicamente sendo o Centro Geodésico da América do Sul.

Ponto central em relação ao Brasil, extremo sul da Argentina e Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, Equador, Colômbia e as Guianas.

Mato Grosso do Sul, tendo como capital Campo Grande, pela sua posição geográfica privilegiada obteve a condição de transformar-se no “Coração que Pulsa” nesta parte da América do Sul, cujos países estão aglutinados pelo Mercosul.

Próximo à Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile, países com os quais o nosso relacionamento cultural, comercial e turístico é forte.

Em nossa opinião, dentre outras, as figuras mais expressivas e que concretizaram a Divisão foram Jango Mascarenhas, Mário Travassos (geopolítico), Vespasiano Martins e Ernesto Geisel.

Necessitamos nesta fase do nosso desenvolvimento histórico e econômico, de firme parceria comercial e de troca de investimentos e de tecnologia com esses países citados .

Evolução Econômica Pós Divisão

A dinâmica do progresso seguiu seu caminho lógico.

O mais novo ente da República Federativa do Brasil aprendeu a engatinhar e deu os seus primeiros passos.

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As duas primeiras décadas pós 01/01/1979 foram ricas de iniciativas governamentais; consolidou-se a malha viária asfaltada, construíram-se pontes sobre o Rio Paraná em Porto Primavera e Porto Fragelli; e sobre o Rio Paraguai, demandando Corumbá; a energização abrangeu quase todo o Estado; expansão da fronteira agrícola com cobertura creditícia subsidiada para a agricultura e pecuária de corte.

A pecuária de corte de grande porte atingiu os 79 (setenta e nove) municípios hoje existentes, com o plantio das braquiarias e melhoramento genético.

Na última década (1999/2009) aconteceu o surto da industrialização, com iniciativas nos pólos sucro alcooleiro, siderúrgico, celulose/papel/carvão vegetal; o ramo de confecções passou por grande expansão em Campo Grande e algumas cidades da região Sul.

O setor educacional reciclou-se, modernizou-se, expandiu-se atingindo várias cidades do interior.

A comunicação através da telefonia fixa e móvel alcançou fantástico avanço.

Três Lagoas, de maneira isolada, passa por intenso processo de industrialização

A Era da Modernidade

É chegada a hora de consolidarmos o nosso desenvolvimento fazendo uso da modernidade. Preparar recursos humanos para novas áreas de atuação; ampliar a industrialização das matérias primas existentes e

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produzidas no Estado; expandir o aprendizado do espanhol.

Lutarmos com toda a nossa capacidade empreendedora para nos transformarmos numa potência importadora, exportadora e distribuidora de bens e serviços, para outros estados brasileiros e para a América Espanhola.

Imitarmos a agroindústria paraguaia, que através dos produtos lácteos ''Trebol'' produzidos no Chaco, disputa com competência espaços comerciais em vários estados brasileiros.

O rebanho bovino de corte além dos capins nativos do Pantanal, das braquiárias e do sal mineral, deverá receber suplementação alimentar no coxo, em condições adequadas para todas as categorias de animais nas épocas desfavoráveis, como já acontece em escala importante nos vizinhos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Necessitamos, portanto, valermo-nos com objetividade da modernidade e da nossa estratégica localização geográfica: “Coração” da América do Sul e do MERCOSUL.

Considerações

A expansão da pecuária de corte de grande porte não é de maneira alguma desprezível ou descartável.

Atinge quase 100% (cem por cento) dos municípios do Estado, cedendo lugar à agricultura no Chapadão do

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Sul, São Gabriel do Oeste, região da Margarida, Grande Dourados e Grande Ponta Porã.

É geradora de empregos em escala reduzida; de PIB, de ICMS; de FUNDERSUL.

Deu condições através de tributos para que os governos locais empreendessem. Porém, como sobejamente sabido e aceito, esta atividade hegemônica, no Estado utiliza escassa mão de obra e como regra geral de baixa qualificação e remuneração.

Cria vazios demográficos importantes e pouco contribui com o consumo a todos os níveis; sendo este (o consumo) o “motor moderno do progresso e do bem estar social”.

Os profissionais que se dedicam às áreas da Saúde, Educação, Segurança Pública, Judiciário, Ministério Público, Procuradorias e ao Fisco (algumas Carreiras de Estado) tem mercado de trabalho razoável e remuneração condizente.

O aporte de recursos governamentais para esses setores é expressivo.

Fora dessas profissões as oportunidades de trabalho são escassas e a remuneração deixa a desejar.

A reformulação fundiária através da Colônia Federal Agrícola de Dourados, Colônia Arnaldo Estevão de Figueiredo (ex-Campão, hoje Bodoquena) grandes assentamentos como o da Fazenda Itamarati, Monjolinho, Novo Horizonte, além de ter suas finalidades desvirtuadas - não foi capaz de criar um mercado consumidor de poder aquisitivo satisfatório.

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Por todos esses motivos é que pessoas preocupadas com a juventude egressa das escolas, universidades, cursos técnicos, e do serviço militar, se propõem a impulsionar estudos através do PROJETO NOVO RUMO.

O intuito do PROJETO NOVO RUMO é trazer à sociedade temas para discussões e apresentar propostas alternativas para a criação de emprego; de renda, da emergência de uma classe média numericamente razoável, dando ensejo a que essas oportunidades abranjam um universo expressivo de pessoas.

O “PROJETO NOVO RUMO” se propõe a estudar, a refletir sobre determinadas situações e a gerar propostas para a solução de peculiaridades locais que necessitam ser discutidas pela sociedade como um todo.

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Projeto Novo Rumo Metas Prioritárias

Comércio Exterior – Industrialização Massiva – Irrigação – Ensino Direcionado às Demandas

Consolidou-se a exploração, por sinal eficiente, de todas as realidades no Estado: Pantanais, Campos Cerrados, Campos Limpos Fracos, Campos Roxos, de boa estrutura e fertilidade, Cerrados, Matas, com seu potencial madeireiro, recursos pesqueiros, minérios, pedras preciosas e semipreciosas (escassas), calcário, etc.

A malha viária principal e subsidiaria foi implantada. Pequenos trechos de terceiro nível estão em fase de projeto e asfaltamento.

As grandes pontes sobre o Rio Paraná, aproveitando inclusive barragens e, sobre o Rio Paraguai (ferroviária e rodoviária) efetuadas. Também aquelas que propiciam a travessia dos rios de médio porte. Quase todas executadas em concreto.

A infra-estrutura relacionada à saúde, educação, segurança pública, sistema prisional, justiça, com bom nível de efetividade.

Os assentamentos fundiários, iniciados em 1942, com a implantação da Colônia Federal Agrícola de Dourados, e na década de 40, a criação da Colônia Arnaldo de Figueiredo, hoje Bodoquena, tiveram seqüência e hoje contam-se em grande número.

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Comércio varejista desenvolvido com shoppings, hiper, super e mini mercados, em todas as principais cidades do Estado.

Estamos hoje, vivendo a realidade que os Estados de São Paulo e Paraná viveram 60/70 anos atrás: conclusão da expansão das fronteiras Agrícola e Mineral, que se deram naquelas unidades da Federação, pelo desbravamento da Região Noroeste, Pontal do Paranapanema, Norte Velho e Norte Novo do Paraná.

Estes Estados, no entanto, com a velocidade desejada desbravaram outros horizontes.

A modernidade aponta - uma vez concluído o desbravamento - para a assimilação de ganhos tecnológicos e para o desenvolvimento do setor de serviços.

Isto além, da intensiva industrialização dos produtos primários (carnes, leite, soja, girassol, milho, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, eucalipto, minérios).

Vigoroso desenvolvimento de nossa capacidade de importação e exportação, coadjuvado por investimentos na formação de engenheiros e tecnólogos, nas áreas da metalurgia, química industrial e de geólogos.

Prestemos atenção que a extensão de terras planas, roxas, estruturadas, férteis, com boa capacidade de retenção de água de chuvas e de irrigação e de nutrientes supera os 3.500.000,00 (três milhões e meio) de hectares no Estado.

Situam-se, em sua maior parte, no grande quadrilátero que, de Alvorada do Sul, atinge Vista Alegre

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no sentido Norte-Sul, com igual extensão no sentido Leste – Oeste.

Esta área poderá ser irrigada com a água de rios de menor porte e, em especial, com água retirada do Rio Paraná. Isto sem prejudicar o seu potencial hidrelétrico, pois a maior demanda por água, coincidirá com a abundância das chuvas de verão.

Acrescentem-se São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul e Região da Margarida, com solos apropriados e água próxima e suficiente.

O mundo, especialmente, parte mais representativa nos continentes Asiático e Africano, encontra-se necessitado de alimentos. 01 Bilhão de famintos, 16% da população mundial, segundo publicações da ONU e FAO (novembro 2009)

A população pobre dentro do conceito universalizado de “inclusão social” tem quem pague os alimentos por ela. Aí estão as Agências Humanitárias, desenvolvendo, ativamente, o seu trabalho.

Os citados continentes estão ao nosso alcance através do Atlântico e, em futuro próximo pelo Pacífico.

Em fase de variação climática exacerbada, em que se constata que, no Brasil, nos últimos 30 anos as temperaturas máximas aumentaram, como também as temperaturas mínimas baixaram; o volume de chuvas, no ano, não sofreu alteração, porém a irregularidade das precipitações é grande, podendo afetar a produção e produtividade das culturas. Necessária e premente se faz a irrigação sistematizada.

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Mato Grosso do Sul, através de eficiente Programa de Irrigação, tem possibilidades de aumentar, de maneira representativa, sua produção de alimentos.

Vamos produzir e exportar em quantidade muito maior, tendo lucros e contribuindo para a minimização do problema da fome a nível planetário.

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PROJETO NOVO RUMO ALGUNS PROGRAMAS ELENCADOS

I. Ouro Branco;

II. Otimização do Uso das Terras Roxas;

III. Revitalização dos solos ocupados por pastagens artificiais;

IV. Valorizar a Arroba do Boi;

V. Abordagem do Pacífico;

VI. Mercadores do Século XXI;

VII. Grande Salto de Corumbá Rumo ao Futuro;

VIII. Potencializando a Bodoquena;

IX. Redimindo a Nhecolância e o Paiaguás;

X. Incentivo ao Uso das Hidrovias;

XI. Ousar no Mercado Mundial da Água Potável;

XII. Produzir Aço é a Nossa Meta;

XIII. Espanhol Para Todos.

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EXPLICITAÇÃO DOS PROGRAMAS

I. Ouro Branco:

Implantação de bacias leiteiras nos setenta e nove (79) municípios do Estado, com a seguinte estratégia:

Motivação dos recursos humanos; garantia de suporte na comercialização do leite; introdução de animais com genética apropriada à atividade; alimentação e manejo adequados; numero de produtores a se engajarem ao Programa de acordo com a realidade dos municípios.

Infra-estrutura de resfriadores negociando-se crédito subsidiado.

Na etapa seguinte, uma vez garantida fonte de matéria prima, o Governo, apenas como indutor, viabilizaria a instalação de laticínios nas cidades pólo para o aproveitamento racional do leite.

II. Otimização do Uso das Terras Roxas:

Aporte de água para viabilizar a irrigação de até 3,5 milhões de hectares de terras planas, roxas, férteis, argilosas, hoje parcialmente utilizadas pela agricultura empresarial.

Esse segmento de terras (latossolo roxo) e pequeno percentual de terra roxa estruturada está situado, em especial, no complexo Grande Dourados, Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste, Chapadão

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do Sul, e região da Margarida no eixo Jardim-Porto Murtinho.

O objetivo será racionalizar a produção e aumentar a produtividade das lavouras já existentes, evitando perdas por veranicos, introduzir novas culturas exigentes em água como o arroz irrigado; propiciar culturas de inverno como aveia, centeio, cevada e inclusive trigo.

Incrementar a produção de hortaliças, tornando o Estado auto-suficiente.

Desenvolver a fruticultura e floricultura modernas, em pequenas propriedades com suporte de irrigação.

III. Revitalização dos Solos ocupados por pastagens artificiais:

Excluindo-se as Reservas Florestais, Áreas de Preservação Permanente, o segmento que pratica técnicas de recuperação do solo, ocupa menos que 10% do total da área explorada.

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Os campos limpos, campos cerrados, cerrados e cerradões, nos últimos trinta e cinco anos, foram substituídos por pastagens artificiais, em especial da família das braquiarias.

Este solo, já deficiente em nutrientes, em boa parte sofreu exaustão.

Boa parte das pastagens apresenta de médio a elevado grau de degradação. Necessário se faz, que haja através dos setores governamentais e dos pecuaristas, empenho para sua correção tanto por calcário, como em especial, pelo acréscimo de adubos fosfatados, com custos subsidiados.

O cerrado, em si, já é muito pobre em fósforo. Sofreu perda acentuada deste elemento, nos últimos 35 anos, pelo uso continuado por bovinos e por ação dos fenômenos da natureza.

IV - Valorizar a Arroba do Boi:

As pecuárias de corte (majoritária) e de leite, são de longe as atividades econômicas que envolvem maior número de agentes no Estado. São 55.000 (cinqüenta e cinco mil) produtores inscritos, o que representa 2,29% da população.

Movimentam um rebanho próximo a 20.000.000 (vinte milhões) de cabeças que ocupa a grande maioria de terra rural de Mato Grosso do Sul.

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Daí a preocupação com a sua modernização, desempenho e maior produtividade, pois representa a principal vocação na utilização de nosso solo.

Introduzindo a prática da suplementação do rebanho, como um todo, na estiagem, quando os capins perdem a qualidade nutricional (de maio a outubro), conseguir-se-á redução na idade de abate, maior índice de nascimentos e melhor peso dos bezerros na desmama.

Com as práticas de confinamento e semi-confinamento, já usuais, em nossos vizinhos Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, estará assegurada uma melhoria no aspecto físico, quanto à distribuição do panículo adiposo, maciez e palatabilidade da carne.

Estes ganhos irão propiciar um melhor posicionamento da carne bovina produzida no Estado, tanto a nível de mercado interno como nas exportações.

A suplementação alimentar será realizada com insumos de baixo custo, a maioria adquiridos dentro do Estado e com ênfase para produção na fazenda.

V. Abordagem do Pacífico.

Apoio as ações do Governo Federal que se empenha nesse objetivo: Movimento reivindicatório permanente para chegar-se ao Pacífico, através da rodovia Campo Grande-Corumbá-Santa Cruz de la Sierra-Oruro e Arica, no Chile.

Atenção também ao transporte ferroviário.

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VI. Mercadores do Século XXI:

Tornar Mato Grosso do Sul uma unidade, além de produtora essencialmente mercantilista.

Usar da posição geográfica estratégica e privilegiada e lançar-se à exportação para os estados da Região Norte e América Hispânica.

Através do Pacífico procurar o caminho do Continente Asiático.

Ao mesmo tempo o Estado deverá instrumentalizar-se como plataforma de importações.

VII. Grande Salto de Corumbá Rumo ao Futuro.

Apoio às implementações de estrutura física (portos, centros integrados de exportação e importação, armazéns alfandegados).

Apoio à consolidação do aspecto institucional, com implantação de Zona de Processamento de Exportações, Zona de Livre Comércio, Portos Secos e outras modalidades.

VIII. Potencializando a Bodoquena.

Estudo do solo, clima, topografia; Criação de Centro Agrostológico do Pólo Bodoquena; Com base nos estudos implantar culturas altamente exigentes em solo; seria o caso de leguminosas (feijões, ervilhas, grão de bico, lentilha); e de frutas para exportação. Também flores e folhagens ornamentais. Pelos cursos d'agua existentes na região seria viável a irrigação por gotejamento.

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A Bodoquena não seria citada apenas como pólo turístico.

IX. Redimindo a Nhecolância e o Paiaguás

O primeiro ciclo econômico de Mato Grosso do Sul foi a ocupação de Nhecolândia e do Paiaguás, isto há duzentos anos.

O rio Taquari sofreu intenso assoreamento nos últimos 35 anos, conseqüência de intervenção, no solo, em suas cabeceiras.

Boa parte da planície pantaneira, antes produtiva, encontra-se alagada conseqüência da perda do leito do rio determinada por assoreamento.

Faz-se necessário a dragagem e medidas complementares.

Muito se tem falado sobre essa correção do leito pela sua dragagem, porém de concreto ainda nada foi realizado.

X. Incentivo ao Uso das Hidrovias.

O território do Estado é servido pelas hidrovias do Paraná-Tiete e do rio Paraguai. Ambas hidrovias levam ao Atlântico no Estuário do Prata.

O uso dessas hidrovias deverá ser incentivado e perseguido, incorporando-as à nossa logística de transportes.

XI. Ousar no Mercado Mundial da Água Potável.

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O mundo segundo estatística da ONU (novembro 2009) possui em caráter permanente 01 bilhão de pessoas privadas de água potável, necessária à sua subsistência.

O Estado, detentor de recursos hídricos importantes, tem condições através do Atlântico e Pacifico de lançar-se à disputa do mercado de água potável. Países do Oriente Médio e do Continente Asiático são grandes importadores dessa matéria prima.

A maturação do empreendimento dar-se-á a médio prazo.

Existem fontes mais próximas dos países necessitados, porém a logística e a agressividade comercial dos mesmos talvez não sejam eficientes.

XII. Produzir Aço é a Nossa Meta.

Mato Grosso do Sul tem todos os insumos necessários à produção do aço: ferro, manganês, carvão vegetal, água, energia elétrica. Faz-se necessário um empenho institucional para a implantação de aciarias em nosso Estado.

A exportação do minério “in natura” não satisfaz a ótica da modernidade.

XIII. Espanhol Para Todos.

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Massificar o aprendizado do idioma espanhol a todos níveis (fundamental, médio e cursos técnicos). Essencial para os intercâmbios cultural e comercial.

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PROJETO NOVO RUMO

Como experiência piloto fazemos sugestões de projetos a serem implantados em Aquidauana, pelo fato do Município abrigar pantanais, Serra de Maracajú, cursos d'agua diversos, mansos e encachoeirados, fauna terrestre e aquática privilegiada, bovinocultura desenvolvida e proximidade da Bolívia e do Paraguai:

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A - Implantação do Parque Ecológico Municipal de Aquidauana, no pantanal, às margens dos brejões formados pelas águas dos rios Taboco e Negro, e pouco afastados das estradas Aquidauana/ Retirinho e BR 419.

Possuem essas localidades, estradas trafegáveis e energia elétrica.

Complementação necessária: água potável e comunicações.

O sistema jurídico adequado para formar parcerias com a iniciativa privada será o de Fundação.

Atividades a serem desenvolvidas no Parque Ecológico:

1- Turismo contemplativo

2- Hotelaria em parceria com organização de grande porte, no sistema de comodato de uso da área física.

3- Passeios fluviais a partir do Parque Ecológico, utilizando os rios Aquidauana e Miranda até o rio Paraguai.

4- Estrutura para leilões de gado das propriedades circunvizinhas.

5- Estrutura para a festa anual do “Peão Pantaneiro”.

6- Estrutura para apresentações artísticas e culturais (shows, bailes, etc.).

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7- Anfiteatro para conferências e palestras com temas ligados ao setor rural.

B. Estruturação de bacias leiteiras na Colônia XV de Agosto e outros locais. Apoio à implantação de resfriadores para leite.

leiteiras nas Reservas Indígenas, com apoio técnico para desenvolvimento de rebanho leiteiro e sistemas de refrigeração.

D. Construção de Panteon para abrigar os restos mortais de Jango Mascarenhas (sepultado no cemitério de Aquidauana). Poderá também abrigar os restos mortais de outras pessoas importantes para Aquidauana (p.ex. os Fundadores).

E. Estímulo e apoio técnico para a implantação de confinamentos para bovinos, tendo como base alimentar os insumos existentes na região (capins nappier, elefante, cameron, cana de açúcar, mandioca) com adição de amiréia, uréia e sulfato de amônia.

O desenvolvimento do projeto tornará a carne produzida em Aquidauana mais valorizada.

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F. Cursos de Formação, agregados às universidades já existentes: Metalurgia, Geologia, Química Industrial para formar recursos humanos direcionados à exploração do granito, mármore, calcário, ferro e manganês existentes na região. Além de criar suporte para as indústrias sucro-alcooleira, do biodiesel e siderúrgica.

G. Estudo da possibilidade do processamento do mármore e do granito existentes na serra da Bodoquena próxima a Aquidauana.

Fabricação de produtos diversificados que tem como matéria-prima básica o calcário.

H. Desenvolvimento de pólo de turismo apoiado no “MORRO DE CAMISÃO”, com acesso asfaltado (passeios, trilhas, áreas de lazer, parque aquático, etc).

I. Implantação de Indústrias para processamento de couro bovino, abundante na região (Frigoríficos de Aquidauana, Anastácio e Nioaque).

J. Criação de NÙCLEO INDUSTRIAL DE AQUIDAUANA em área adequada.

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K. Incentivo e apoio à pratica de canoagem e esportes radicais, como rapel, arvorismo, asa delta em locais apropriados, utilizando das corredeiras do Rio Aquidauana e Paredões da serra de Aquidauana.

L. Pleitear e buscar apoio para instalação de transmissores com grande capacidade para propagação de programas de rádio difusão e de imagens televisivas com linguagem bilíngüe (Português e Espanhol). Far-se-ia aproveitamento dos cumes na Serra de Camisão (Rádio-Televisão NBR, TV - Brasil Pantanal etc.)

M. Incentivo e apoio para ralis nos pantanais de Aquidauana (Jipeiros).

N. Revitalização da pista, estação de passageiros e hangar do Aeroporto Canrobert Pereira da Costa e/ou construção de outro em local apropriado.

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A finalidade desse empreendimento será dar apoio logístico aéreo aos turistas de poder aquisitivo elevado que demandarão Aquidauana, em especial para se hospedarem nos hotéis a serem edificados no PARQUE ECOLÓGICO MUNICIPAL.

O. Incentivo e apoio aos projetos com a finalidade de preservação dos rios Aquidauana, Tabôco e Rio Negro, com percurso dentro do município.

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PROJETO NOVO RUMO Busca da América Hispânica

do Pacífico - da Ásia

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“Quem pode sonhar, pode realizar” Dom Bosco

MISSIVAS

Conteúdo:

Propostas de Alternativas, sob os aspectos ético, sócio-econômico, histórico e cultural para Mato Grosso do Sul.

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Prezado amigo e correligionário

André Puccinelli

Acompanho, como peemedebista, sua trajetória política, desde a primeira disputa, pela Prefeitura de Fátima do Sul.

Conheço sobejamente sua capacidade, pois segui atentamente, sua caminhada como Secretário de Saúde, Deputado Estadual, Deputado Federal, Prefeito de Campo Grande por 02 vezes e atualmente Governador.

Sei que sua cabeça é “aberta”, pois o seu coto umbilical está “enterrado” na pujante e gloriosa Itália, de tantos feitos na História da Humanidade, por isso confio que você absorverá a minha mensagem: A luta divisionista/separatista durou de 1900 a 1977, quando o Presidente Geisel deu-nos a Divisão/Autonomia.

Observe que a exceção de Mato Grosso e Tocantins (Estados Amazônicos) na região Centro-sul, estamos “sufocados” por 06 gigantes, no Comércio, na Produção, na Política: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais através do Triângulo Mineiro, Goiás e ainda Brasília capital federal.

O nosso “respiradouro” está para o Oeste (países Sul-americanos).

Temos que “agredir” violentamente esse mercado.

Você é um dos homens certos para iniciar essa luta.

Minha aspiração/desejo é que com o consenso da Secretária de Educação (Conselho Estadual de Educação) você mande imprimir na Gráfica do Estado, se permitido

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exemplares suficientes para suprir o Corpo Docente das Universidades Federais e Estaduais, Escolas Estaduais e Municipais, Empresariado, Associações Classistas, do Opúsculo I - Mato Grosso do Sul - Sua História, Suas Potencialidades. Através das diversas Secretárias de Estado sob seu comando e inclusive com a colaboração do ex-secretário Pratini de Morais, iniciar uma ampla campanha a nível institucional para “acordar” Mato Grosso do Sul para sua vocação de Jaguar Sul-Americano.

Tornar Mato Grosso do Sul um Estado brasileiro com características internacionais/internacionalizadas.

Se isso acontecer, estaremos fazendo jus ao sacrifício dos Líderes Divisionistas, em especial Jango Mascarenhas, que sucumbiu lutando pela Divisão do Estado e, inclusive dispôs de seus bens particulares (fazendas na região de Bela Vista) para arregimentar homens e municiá-los para invadir o sul de Mato Grosso, quando do seu exílio em Assunção, após a primeira tentativa frustrada.

Seria o caso de se perguntar: Dividiu-se o Estado de Mato Grosso para que?

Com qual finalidade?

A resposta aí está: Para dar um salto qualitativo, lançando-se a objetivos arrojados.

Um abraço do colega, amigo e correligionário.

Rubens Nunes da Cunha

Campo Grande, Setembro 2008

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Em Dezembro/2008, através de Assessor Especial, após apuração e definição das eleições, foi encaminhado ao Governador André Puccinelli o Opúsculo II, acompanhado do trabalho Projeto Novo Rumo - Nota Explicativa que já delineava o que propúnhamos e aonde teríamos intenção de chegar com a luta por novos caminhos para Mato Grosso do Sul.

Esses Opúsculos (I e II) sofreram alterações redacionais que em nada alteram o seu conteúdo.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 86

Excelentíssimo Senhor

Senador Delcídio do Amaral

Estou passando às suas mãos o seguinte material:

1- Rebuscando a Memória Frases e Fatos. Livro com relatos dos costumes, da vida política e administrativa de Mato Grosso Uno e de Mato Grosso do Sul.

2- Documento Preliminar- Fórum de Debates- Projeto Novo Rumo.

3- Projeto Novo Rumo Nota Explicativa.

4- Folder do Projeto Novo Rumo com seu Ideário.

5- Opúsculo Número 1 relatando a História de Mato Grosso do Sul e suas Potencialidades.

6- Opúsculo Número 2 Mato Grosso do Sul. Suas Potencialidades. Superação de Limitações.

7- Aquidauana - Propostas a serem estudadas e desenvolvidas pelo prefeito Fauzi Suleiman, recém-empossado e pelos próximos prefeitos.

O prezado amigo, sul-matogrossense de nascimento e de coração, pela leitura dos Documentos verificará que, afora o valor incomensurável do Pantanal, como Bem da Humanidade, do ponto de vista de solos agricultáveis de alta fertilidade e de riquezas minerais e florísticas (madeiras) não fomos bem aquinhoados, na Divisão do Estado.

Temos 91% de solos arenosos, em parte eventualmente encharcados.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 87

Como o amigo perceberá, essa realidade cria limitações para o bem estar de considerável parcela da população de nosso Estado.

Espero que após detido estudo e reflexão se irmane conosco na luta pelo soerguimento de nosso Povo, de nosso Estado.

Saudações

05/01/09

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 88

Campo Grande, 17 de Fevereiro de 2009

Prezado amigo Nelson Trad

Acuso o recebimento de sua correspondência em resposta à enviada por intermédio do Flávio Brito.

Aprecio muito o dizer de nossos coestaduanos pantaneiros “Quem mora na beira de corixo, não pode perder ponto para sapo”.

Isto referindo-se às suas habilidades como campeiro, domador, laçador, trançador de couro, ginete, caçador, pescador, etc.

Seria o nosso caso: Mato Grosso do Sul situado no coração, no âmago da América do Sul e do Mercosul, na rota São Paulo – Pacífico e não temos tido sabedoria para tirar proveito disso.

Estamos morando na beira do corixo e perdendo ponto para sapo.

Como você perceberá pela leitura de nosso trabalho, não fomos bem aquinhoados em termos de natureza, na Divisão do Estado. Temos 91% de solos arenosos de baixíssima, baixa e média fertilidade sendo: 21% arenosos e encharcados (pantanais) e 70% arenosos e enxutos (cerrados).

Prestam-se praticamente à pecuária de corte de grande porte (bovinocultura e algumas poucas culturas). Aí inseridos solos montanhosos com restrições

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ambientais (Serra de Maracaju, Bodoquena e Urucum). Não se prestam à mecanização, além dos impedimentos legais.

A riqueza em termos de madeira esgotou-se (Grande Dourados, Cone Sul e Bonito).

Pela visita que fiz há 05 anos a siderúrgicas em Corumbá, fui informado por Engenheiro Chefe, que no ritmo de exploração da época, disporíamos de minério para apenas 30 anos, informação que achei confiável.

Parece-me, sem certeza, que foram identificadas algumas novas jazidas dessa época para cá. Porém sem confirmação.

Os recursos pesqueiros dos rios estão muito defasados.

Nos rios Aquidauana, Miranda, Salobra e Coxim é preciso ter sorte para se iscar um peixe de bom tamanho.

O rio Paraguai, relativamente escasso de peixe. Não é mais o que foi em outras épocas.

Os assentamentos fundiários, pouco agregaram em riquezas. Foram transformados (os glebeiros) em “pobres rurais”. Com baixa capacidade de consumo diferenciado.

E, hoje, estamos conscientes que o “consumo” é o “motor” das economias modernas.

A luta pelo mundo afora é para assegurar-se o consumo, sustentáculo das economias modernas.

As plantações de eucalipto da International Paper e do Grupo Votorantim estão instaladas no eixo Três Lagoas, Brasilândia, Bataguassu, de terras arenosas de

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melhor qualidade. Recentemente a fábrica de celulose recebeu licença para funcionamento.

No momento, tentativa de expansão no eixo Três Lagoas-Água Clara (Cerrados fracos), com muita tecnologia e uso concentrado de adubos, o que onera a relação custo/benefício.

Criou-se um Estado. Criou-se uma Capital; instalou-se um Governo Estadual e outro Municipal de porte; criaram-se Assembléia Legislativa e Câmara de Vereadores, Tribunal de Justiça, de Contas, Defensoria, Ministério Público, Policia Militar, Civil, Bombeiros, Tribunal do Trabalho e outros Órgãos.

Implantaram-se alguns hipermercados e shoppings.

Cresceram, patrimonialmente empreiteiras locais.

Quem conseguiu inserir-se no contexto está em situação razoável. Os demais são apenas os demais.

A bancada federal é exígua, pois a população não cresce na medida do desejado.

Pelos nossos estudos, tendo como parâmetro que com menos de R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais) mensais nenhuma família tem acesso ao consumo diferenciado, temos a seguinte situação:

Entre os aposentados e pensionistas da previdência social (INSS) raríssimos atingem esse patamar. Existem tetos limitadores.

Dos aposentados, pensionistas, servidores da ativa do Estado (tempo atrás somavam 60 mil) no máximo 10% atingem ganhos acima de R$ 8.000 (oito mil reais) mensais. A grande maioria abaixo de R$ 2.500. O maior

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contingente, em torno de R$ 1.200 mensais. Dos funcionários municipais dos 79 municípios (± 58 mil) o ganho dessa monta é absoluta exceção.

Alugadores de pastos (bons pantanais e braquiarias), donos de gado de cria e engorda, pessoas físicas e jurídicas com rendas razoáveis.

As pessoas com menos de 500 reses praticamente consomem a maior parte de sua receita no custeio da atividade e não lhes sobram livres R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais) mensais para seu desfrute pessoal e de seus familiares.

Com os produtores de leite, acontece a mesma realidade.

Não conseguem salvar R$ 30 mil anuais, ou seja R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais) mensais para seu usufruto e de seus familiares.

As grandes propriedades dedicadas à bovinocultura, criam grandes vazios demográficos (poucos empregados, baixos salários).

Os assentados, insisto, só têm renda para comer, vestir-se modestamente, comprar cartão telefônico, bujão de gás e pagar a conta de luz. Além de comprar gasolina para abastecer moto ou carro antigo, quando o possui, e inclusive, juntamente com os índios, algumas vezes, pendurados em cestas básicas.

Temos um pequeno número de sojicultores, plantadores de milho, algodão, mandioca, girassol, cujos salários de seus empregados são baixos.

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Na cana-de-açúcar, apena o corpo executivo que administra a destilaria, tem salário igual ou acima de R$ 2.500 (dois mil e quinhentos reais) mensais.

A grande maioria dos trabalhadores (cortadores de cana, operadores de máquina, etc) com salários de R$ 1000 (mil reais) ou menos.

Enfim, para 96% (noventa e seis por cento) das pessoas, os ganhos se exaurem na aquisição de bens e serviços no limite da subsistência.

Dependem da escola pública, da medicina e medicamentos governamentais.

Apenas 04% (quatro por cento) da população constituída das categorias já relatadas, se apropriam de 96% (noventa e seis por cento) da renda do Estado. Acrescentem-se funcionários de alto nível das empreiteiras e siderurgias.

Existe uma situação sui generis:

Como o Estado produz mercadorias de valor agregado alto (carne bovina, suína, frangos, soja, girassol, algodão, açúcar, etanol, minérios) e, proximamente celulose; apropria-se do ICMS do gás boliviano e daquele gerado pela venda dos hipermercados, supermercados, shoppings e distribuidoras de gás e de impostos sobre cartão de crédito e de alguns profissionais, o tributo gerado é apreciável.

O que acontece?

As receitas estaduais e de cidades importantes como Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Corumbá, Três Lagoas são razoáveis.

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O Estado com ajuda do Fundo de Participação e de Emendas Parlamentares tem boa arrecadação.

Esta boa arrecadação lhe dá condições de pagar, razoavelmente, alguns poucos servidores da ativa, aposentados, pensionistas e implantar algumas obras.

Uma falsa sensação de riqueza e progresso.

Quem atende a pacientes (como eu) que escapam da UNIMED, CASSEMS, IMPCG sabe que a realidade é bem outra.

A imensa maioria da população é muito necessitada e empobrecida.

Tem grande dificuldade para pagar uma consulta de baixo valor (tabela social) fazer os exames complementares e adquirir os remédios.

Em sua grande maioria, absolutamente dependentes do SUS com toda sua precariedade.

Afora Campo Grande, as UNIMEDS de algumas cidades têm entrado em colapso ou dificuldades. Noticia-se, sem confirmação, que a de Aquidauana estaria sendo absorvida pela de Campo Grande.

Enfim, 04% de privilegiados, 96% de necessitados.

Uma pequena fração, com muitos anos de luta e economia em outras épocas, conseguiu obter algum imóvel e o aluga, completando sua renda.

O funcionalismo federal (civil e militar) que pouco representa em número, têm bom percentual de remuneração mensal (acima de R$ 2.500).

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Algumas pensionistas (viúvas e filhas) de servidores falecidos (militares e ferroviários), têm renda razoável. Uma minoria.

Portanto meu amigo Nelson: você é um lutador e vencedor: peladista em Aquidauana, centroavante do Dom Bosco, centroavante do Comercial, pequena incursão no futebol profissional do Estado de São Paulo, acadêmico de Direito no Catete, penalista famoso, vice prefeito de Campo Grande; Passou uma bela banca advocatícia para os irmãos, filhos e sobrinhos; deputado federal por vários mandatos, pai de filhos estudiosos, capacitados que muito têm honrado o seu nome; político decente, que bebeu como eu na fonte de Mendes Canale, exemplo de dignidade, honradez, lisura.

Muito poderá ainda empreender em prol da luta por novos caminhos para Mato Grosso do Sul. Esta luta depende de pessoas experientes, amadurecidas e com trânsito e credibilidade na esfera federal.

Suas repetidas reeleições o credenciam para tanto.

A sua luta certamente se perpetuará no futuro, em seus filhos, netos, sobrinhos, etc.

Você goza de uma situação especial e invejável: Fernando Correa, Derzi, Fragelli, Pedrossian, Mendes Canale, Figueiró, Levi Dias, Marisa Serrano, Wilson e Plínio Barbosa Martins, Marcelo Miranda, José Orcírio, Delcídio do Amaral, André Puccinelli, não tem e não deverão deixar sucessores (familiares) com expressividade que darão continuidade à sua luta política.

Ramez Tebet uma promessa através de Simone.

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Nossos ilustres vizinhos e estados próximos: Goiás, Brasília, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e inclusive Mato Grosso não estão a fim de dar-nos moleza.

A América Latina espanhola, a capacidade de firmarmo-nos como industrializadores, exportadores, importadores, prestadores de serviços de qualidade; a nossa capacidade de integração cultural e regional, com dividendos comerciais, inclusive com países vizinhos, é o Nosso Rumo.

Conforme o amigo verificará, na missiva enviada a André Puccinelli em Setembro/08 e Dezembro/08 (após as atribulações eleitorais) solicitei a ele que, ouvido o Conselho Estadual de Educação, para julgar da correção e oportunidade das informações, que estudasse a viabilidade de imprimir Opúsculos número 01 em número necessário para distribuição à Rede Pública Municipal, Estadual (79 municípios), Universidades Federais, Estaduais e Particulares, Empresariado rural e urbano, Associações Classistas.

Isso para que tomassem conhecimento da História de Mato Grosso do Sul e da luta dos Líderes Divisionistas e outras figuras expressivas.

O Opúsculo número 02, mais aprofundado nos aspectos polêmicos seria analisado e avaliado. Sua ampla divulgação merece atenção.

A minha aspiração é informar a sociedade:

Infundir-lhe um respeito pela cidadania; exortá-la para que lute para inserir-se na sociedade de consumo diferenciado. Estimular a sociedade a respeitar os líderes

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responsáveis pela Divisão do Estado, em especial Jango Mascarenhas, Mário Travassos (ideólogo da redivisão territorial do Brasil), Vespasiano Martins, Ernesto Geisel, entre outros.

E agora amigo Nelson Trad, uma explicação.

Por que a insistência com Aquidauana, Anastácio e Região?

A História de Mato Grosso do Sul nos ensina que os ideais libertários, o celeiro da competência, tiveram o seu início na Baixada Pantaneira.

Inicialmente em Nioaque (Jango Marcarenhas).

A seguir em Bela Vista (Gomes e Bento Xavier).

Miranda honrou-nos com os fundadores de Aquidauana, Mendes Canale e Pedro Pedrossian.

A história nos relata, que bravos mirandenses, inconformados com as arbitrariedades ali reinantes à época, migraram para a margem direita do Rio Aquidauana.

Aí adquiriram a João Dias 4.000 ha de terras e no local onde hoje se situa a Praça Nossa Senhora da Conceição e a Igreja Matriz, à sombra de uma mangueira, em cima de um couro de boi, lavraram a Ata de Fundação do Povoado de Aquidauana.

Também em Bela Vista, Vila de Porteiras, hoje Caracol, e em Porto Murtinho foram efetivamente travadas as mais importantes batalhas militares relativas à Divisão.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 97

Os “insurgentes” (Divisionistas e Constitucionalistas) sob o comando de Klinger pegaram efetivamente, em armas.

Nesta luta, Rio Brilhante deu-nos em 1932, Vespasiano Martins que aliou-se a Klinger.

Porém, na Baixada Pantaneira a luta pela autonomia do Sul do Estado, já datava de 1900.

Corumbá legou-nos Cassal de Barros e Antonio Maria Coelho. Este último procedeu à Retomada de Corumbá, enxotando os paraguaios do solo sulmatogrossense.

Pelo Estuário do Prata, Assunção, Porto Murtinho, Corumbá, chegaram os árabes (Maluf, Zarzur, Macksoud) que se deslocaram em parte para Miranda, Aquidauana, Campo Grande e São Paulo levando seus ideais progressistas e civilizatórios.

Henry Macksoud é um exemplo.

Manoel Bonifácio (poconeano), cuja biografia você lerá no livro Rebuscando a Memória Frases e Fatos, tornou-se filho adotivo de Aquidauana e muito deu de seus conhecimentos e saber para a região.

O citado livro teve seu lançamento em Junho de 2008 na Escola Manoel Bonifácio, em Campo Grande.

Prezado Nelson:

O meu abraço e os meus agradecimentos.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 98

Campo Grande, 22 de Fevereiro de 2009

Prezado amigo Figueiró

Estou passando às suas mãos o seguinte material:

1- Rebuscando a Memória Frases e Fatos. Livro com relatos dos costumes, da vida política e administrativa de Mato Grosso Uno e de Mato Grosso do Sul.

2- Documento Preliminar - Fórum de Debates - Projeto Novo Rumo.

3- Projeto Novo Rumo Nota explicativa.

4- Folder do Projeto Novo Rumo com seu Ideário.

5- Opúsculo Número 1 relatando a História de Mato Grosso do Sul e suas Potencialidades.

6- Opúsculo Número 2 Mato Grosso do Sul. Suas Potencialidades. Superação de Limitações.

7- Aquidauana - Propostas a serem estudadas e desenvolvidas pelo prefeito Fauzi Suleiman, eleito pela coligação PMDB/PT.

8- Xerox de carta encaminhada ao Governador André Puccinelli.

O prezado amigo, sul-matogrossense de nascimento e de coração, pela leitura dos Documentos verificará que, afora o valor incomensurável do Pantanal, como Bem da Humanidade, do ponto de vista de solos agricultáveis de alta fertilidade e de riquezas minerais e florísticas

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(madeiras) não fomos bem aquinhoados, na Divisão do Estado.

Temos 91% de solos arenosos, em parte eventualmente encharcados.

Como o amigo perceberá essa realidade cria limitações para o bem estar de considerável parcela da população de nosso Estado.

Saudações

Rubens Nunes da Cunha

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Campo Grande, 28 de Fevereiro de 2009

Prezado amigo Figueiró

Ambos estamos na faixa dos 70 anos. Companheiros da UERJ, quando você fazia Direito no Catete e eu Medicina na Ciências Médicas.

Companheiros na Associação Mato-grossense de Estudantes juntamente com Salomão Amaral, Silva Freire, Bouret, Leonardo e Afonso Cunha, Nelson Trad, Humberto Canale, Juvêncio da Fonseca, Roberto Orro e outros.

Após o término dos estudos seguimos nossos caminhos.

Tivemos convívio estreito quando ocupei a Secretaria de Desenvolvimento Social no primeiro governo Marcelo Miranda, por indicação sua e do senador Fragelli.

Campanha de determinado deputado estadual, juntamente com mais cinco colegas que compunham o “Grupo Independente” obrigou-me a pedir exoneração do cargo, para não causar problemas ao Governador.

Lutamos, acompanhando a tendência do momento pela Divisão do Estado.

Trinta anos se passaram após a posse do governador Harry.

Muita água passou embaixo da ponte.

Estou convicto que você fez jus ao apelido de “Deputado Formiguinha”, pois até hoje o seu interesse

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 101

pelo trabalho e pelos assuntos que dizem respeito à coletividade não se amorteceram.

Estou passando-lhe a documentação sobre a qual conversamos no Cartório (encontro ocasional).

Tenho toda certeza que você a lerá com interesse e fará reflexões sobre os temas.

Já remeti, em Setembro e Dezembro de 2008 ao Governador Puccinelli o material que estou passando às suas mãos.

Conforme artigo de sua lavra, traçando um paralelo entre o posicionamento Serra e André (Correio do Estado), ambos potenciais candidatos em eleições próximas, no tocante ao relacionamento com as bases de apoio, achei-o interessante. A militância do PMDB constitui parte dessa base.

Remeti-a também (parcialmente), ao Presidente da Assembléia Legislativa e ao Deputado Youssif, e muito recentemente, sem tempo para resposta, ao Deputado Federal Nelson Trad.

Como entendo que o tema merece atenção e como os seus meios logísticos são mais amplos, sugeriria que você coordenasse após dialogo entre nós uma reunião/contato com lideranças expressivas, para procurarmos, em conjunto “Novos Caminhos Para Mato Grosso do Sul”.

Um abraço do amigo

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 102

Ruben Figueiró de Oliveira

Campo Grande,

março, 06-09

Meu prezado Rubens,

Agradeço sua gentileza ao enviar-me as suas publicações. Nelas já passei uma vista d’olhos, porém lê-las-ei com a atenção que você me merece e a profundidade dos assuntos nelas encartados.

Desde já, louvo a sua preocupação pelo desenvolvimento econômico e social de nosso Estado, hoje tão à margem daqueles que têm a responsabilidade política de seu trato.

Pelo que conheço de nossas autoridades e salvo raríssimas exceções, pouco interesse darão ao seu trabalho de estudos e pesquisas; são imediatistas, míopes, de visão curta, e só pensam nos resultados das próximas eleições. Não considere minha opinião em desestímulo à sua missão, e, sim, em estímulo idêntico àquele Gonçalves Dias em “Os Tamoios”, em que “a vida é combate que aos fracos abate e aos fortes e bravos só pode exaltar”.

Você é um deles!

Abraços do,

Ruben Figueiró de Oliveira

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 103

Campo Grande 06 de Março de 2009

Amigo Figueiró

Sei que tempo não lhe sobra, pois segundo o livro do Heliophar, escrito há alguns anos, o aposentado é quem mais trabalha na família.

Sempre tem que dar uma ajuda a alguém.

A luta divisionista iniciou-se em 1900 e teve seu sucesso a 1º de Janeiro de 1979, com a posse do engenheiro Harry.

A modernidade vem atropelando a população de Mato Grosso do Sul.

O “consumo” instalou-se como uma aspiração de 07 bilhões de habitantes do Planeta Terra.

A privação de um bem, recreação, entretenimento, magoa uma pessoa, mais que uma doença de relativa gravidade, uma perda, uma separação.

Peço que você leia com atenção os Documentos em anexo.

Dentro de 08 dias telefonarei a você.

Além das lideranças já citadas, lembro de Jorge e Ueze Zahran, Antonio João, Lúdio Coelho e seus irmãos, Edmar, filhos do Nelson Trad, vários jornalistas expressivos, Youssif, Siufi, presidentes da FAMATO, FECOMERCIO, SEBRAE, ACRISUL e tantas outras entidades, inclusive de profissionais liberais.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 104

A idéia a que me proponho estudar com você é ampla e de resultados demorados.

O seu acesso à mídia, locais/anfiteatros para reunião, postagens, é grande.

Tenho fé de levar a idéia avante.

O professorado (universitário, municipal e estadual), com número de aproximadamente 50 mil profissionais e pelo acesso que têm à comunidade, é um bom público para início de um trabalho.

Sei que seu poder de influência é pequeno (do professorado), mas as idéias para se tornarem grandes, sempre se iniciam pequenas.

Um abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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Amigo Claudio Valério

Estou aproveitando os préstimos do nosso amigo comum Macalé para enviar-lhe esta correspondência.

Fiz remessa a você, há 02 meses, dos Opúsculos I e II. Falam de Mato Grosso do Sul, Sua História, Suas Potencialidades, Suas Deficiências e são direcionados a públicos específicos, conforme Dedicatórias.

Também publicações diversas: Projeto Novo Rumo-Nota Explicativa, Projeto Novo Rumo-Propostas, Sintetizando Suas Metas, Documento Preliminar – Fórum de Debates, Colaboração Projeto Novo Rumo – Aquidauana e alguns folders.

Convido-o como homem público a engajar-se nessa idéia.

A renda/emprego/patrimônio de Mato Grosso de Sul são “apropriados” em sua parte mais expressiva por 4,0% da população; proprietários de bons pantanais e de braquiarias para uso ou aluguel, gado de cria, leite e de engorda (55 mil grandes, médios e pequenos criadores - 2,29% da população do Estado), sojicultores e similares, proprietários de destilarias e indústrias de processamento da celulose, mineradoras e siderurgias, empreiteiros, funcionários públicos municipais, estaduais e federais bem remunerados.

Estes com salário individual, renda familiar, retirada igual ou acima de R$ 2.500,00 mensais.

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Alguns poucos supermercadistas, comerciantes de porte e profissionais liberais exitosos.

Os restantes 96%, com baixa renda, olham as coisas boas, têm vontade de consumi-las, porém não têm acesso.

Concito-o e à sua esposa para lutar pela implantação de uma classe média (C ) mais numerosa, que tenha acesso ao “consumo”, sendo que, este consumo, é o “motor” moderno da economia mundial.

Porém, a empreitada não é fácil.

Caímos numa “roubada” com a Divisão do Estado: 21% do território são pantanais que só aceitam sem contestação a bovinocultura e possuem uma série de restrições legais (área molhada); 70% de Cerrados fracos e médios (areia enxuta) que só aceitam braquiaria decumbens e braquiarão.

As tentativas de sojicultura e outras culturas em Camapuã, Bandeirantes e parte de Coxim, foram infrutíferas.

Os 09% restantes estão assim divididos: 3,5% de solos pedregosos no Complexo Bodoquena. Áreas bloqueadas pela Reserva Kadiwéu, etnias Terenas com reservas diversificadas e Parque Nacional da Bodoquena.

0,5% representados pelo Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Região da Margarida.

5,0% na Grande Dourados e Cone Sul, com reivindicação de grandes áreas pelas etnias Kaiová, Nhandevá e Guarani.

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Enfim, Mato Grosso do Sul não é nenhuma “Brastemp Duplex”.

É no máximo a “Frigidaire velha, da vovozinha”.

A bovinocultura de grande porte, presente em 100% dos 79 municípios com vazios demográficos importantes, empregados de baixa remuneração e outras consequências.

Os assentamentos fundiários não criaram consumidores aptos ao acesso a bens e serviços diferenciados.

Só consomem comidas rústicas, roupa e sapatos modestos, bujão de gás, raros cartões telefônicos e alguma gasolina para carro antigo ou moto.

Dependem da escola pública, da medicina e do medicamento governamentais.

Eis as explicações para que não se crie uma classe média razoável.

Não sejamos cegos e moucos.

Peço o seu engajamento e ação.

Você tem a mídia, tem o microfone ao seu dispor, tem o cargo de Prefeito e, sobretudo sempre demonstrou compromisso com a cidadania.

Um abraço

Rubens Nunes da Cunha

09/03/09

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 108

Observação:

As terras minimamente agricultáveis, utilizadas fora da bovinocultura, nada representam frente aos 357.000 Km2 que é a área do Estado. Uma gota d'água no Oceano.

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Campo Grande, 25 de Março de 2009

Prezado amigo Nelson,

Estou enviando-lhe em anexo, coletânea de informações, cópias de correspondências, etc.

Algumas informações são repetidas, porém com ampliações que julguei necessárias.

A partir dos assuntos contidos nos diversos documentos, você fará um juízo de valor e tomará sua decisão de irmos à luta em prol do “Projeto Novo Rumo”.

Iniciei este trabalho em 06/09/2006, dia em que completei 70 anos.

Considero concluída a parte de pesquisas e a redacional.

Fiz um estudo analítico de Mato Grosso Uno e de Mato Grosso do Sul.

Quanto a Mato Grosso do Sul, como desdobramento do último capítulo do livro “Rebuscando a Memória- Frases e Fatos”, utilizei a metodologia da arte médica: Anatomia Descritiva, com estudo detalhado das estruturas; Anatomia Topográfica, com estudo da relação de vizinhança das estruturas, entre si, das funções, etc.

Raios X, ultrassonografia abdômen total, tomografia computadorizada, cintilografia óssea corpo inteiro, ressonância magnética, pet scan.

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Eletrocardiograma, eco cardiograma, cintilografia miocárdica, cateterismo cardíaco para avaliar os “pulsos” do coração sul-matogrossense.

Encefalograma com mapeamento digital para estudar as vibrações elétricas em seu cérebro. (sul-matogrossenses)

Exames bioquímicos e biofísicos para avaliar a textura e composição química do solo.

Feito o diagnóstico, proponho a terapêutica, o tratamento.

O prognóstico virá com o tempo.

As informações ai estão, à sua disposição, da sua assessoria e das lideranças que o cercam.

Como já lhe escrevi anteriormente, você pela posição política que ocupa, pela sua prole, pelo acesso as instituições, meios de publicação e outros mecanismos é uma das pessoas adequadas para alavancar o Projeto Novo Rumo.

Na contemporaneidade do mundo da informação, do conhecimento, da internet, do virtual, da globalização, só nos resta colocar a mão na massa, pelo nosso Estado.

Coloco-me às suas ordens, pois a missão é árdua.

Vamos seguir o basilar ensinamento de Mao Tse-Tung: “Não se percorrem mil léguas sem dar o primeiro passo”.

Os grandes confrontos bélicos estão ultrapassados.

O campo de batalha, doravante será a criatividade, a globalização, o mundo sem fronteiras, o meio

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 111

ambiente, a sustentabilidade, a biodiversidade, a luta conservacionista, os ajustes étnicos.

Procurar-se a compatibilização entre os princípios éticos, religiosos, comportamentais, das civilizações orientais e ocidentais.

Chegar-se a um acordo entre judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo, hinduísmo e outras religiões e seitas.

Do ponto de vista loco regional, procurarmos nos inserir no contexto, melhorar o nosso desempenho em todos os aspectos e, tirar o proveito necessário de nossa privilegiada posição geográfica, dentro da América do Sul.

Aceitarmos o nosso solo, as nossas possibilidades econômico-financeiras e tirar o máximo daquilo que temos.

Fazer do povo de Mato Grosso do Sul, uma gente digna, feliz, preparada, versátil.

Desconhecer as fronteiras geográficas e lingüísticas.

Como estamos tratando de um assunto público, não tenho constrangimento e/ou acanhamento nem pruridos de encaminhar-lhe cópias de cartas encaminhadas a outras lideranças, as quais, tenho convidado para a luta.

Um abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 112

Campo Grande, 28 de Março de 2009

Meu Prezado amigo e correligionário

Senador Valter Pereira.

Estou alavancando um trabalho iniciado em 06/09/2006.

Data em que completei 70 anos.

Portanto 30 meses e meio.

Apelando para pessoas que, eu entendo terem apetite político, capacidade de luta, perseverança; crença em dias melhores.

Valter, você nos serve como Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Governador, Vereador de Campo Grande, ou simples advogado e cidadão.

Qualquer trincheira é boa para “ combater o bom combate”.

Você é jovem (65 anos).

Muito tem ainda a contribuir.

Quanto a você Valter, conheço-o desde as suas andanças pelos consultórios, visitando médicos e propagando medicamentos. Isto muito o enaltece.

Estava divulgando o que pensava ser bom para a humanidade.

Útil aos pacientes e médicos.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 113

Após, relativo interregno, no qual pouco acompanhei a sua trajetória, revi-o como candidato a Deputado Estadual em 1968.

Verberando contra as arbitrariedades; ostentando a sua longa e espessa barba negra.

Carregando uma “capanga” que sempre a jogava ao chão, no tablado dos palanques, dizendo que dentro dela, estavam contidos os documentos da corrupção, doença endêmica no país.

Mudei para Campo Grande em Dezembro de 1978.

Assumi cargo no governo Harry Amorim. Após sua posse como Deputado Constituinte, assisti-o comandando passeata, no centro de Campo Grande, contra a implantação de destilarias no Pantanal.

Em especial na Fazenda Bodoquena.

À época fiquei contrariado, pois aquele grande empreendimento iria alavancar empregos e renda e levar progresso à região.

Tive oportunidade de acompanhar seu trabalho na Câmara dos Deputados (assessorado por seu competente irmão).

Ocupava eu o cargo de Assessor Especial do Senador Mendes Canale, nosso amigo comum na SUDECO.

O apoio “costurado”, a nível de Congresso foi importantíssimo para o trabalho por nós desenvolvido, em especial, através do Programa Pólonoroeste (Goiás entorno do DF, parte de Minas Gerais, Região do Bico de

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 114

Papaguaio (hoje Tocantins), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia).

Também extensão ao Acre (asfaltamento Porto Velho-Rio Branco).

O valor do investimento foi de US$ 1.300.000.000,00 (Hum bilhão e trezentos milhões de dólares), valor expressivo na época.

O projeto, com intensa atuação de Mendes Canale, foi estendido aos Pantanais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Fiscalização, Equipamentos , Reforço da Polícia Ambiental, Monitoramento da Qualidade das Águas, Cheias, Secas).

Isto no Governo Sarney, com inestimável colaboração do batalhador, jovem e irriquieto Deputado Valter Pereira.

Sou filiado ao PMDB em Aquidauana, dede 1982. Fui candidato a Vice-Prefeito na sub-legenda Ivan Trindade e somados os nossos votos aos das sub-legendas Edil Boussay e Cristovão Albuquerque, conseguimos fazer o Cristovão, Prefeito de Aquidauana.

Depois de 38 anos de ocupação da Prefeitura pelas correntes rivais (UDN-ARENA-PDS).

Assumindo a Suplência de Ramez Tebet por falecimento do mesmo, você, devagarzinho vai “ressurgindo”, vai se afirmando.

Com arrojo e muita persistência.

Você é muito jovem e experiente; nos diversos aspectos da vida.

Não só na política; sofrido na estrada e na luta.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 115

Seu filho é uma promessa.

Já comuniquei alguns destinatários de cartas, que considero-as Documentos de Domínio Público, não reservados e que não teria constrangimento de passar cópia dos textos à terceiros.

Trata-se de documento de interesse coletivo.

Para facilitar, coloquei em cada Documento/ Correspondência, uma parte da minha proposta, dos meus objetivos, diretrizes, metas.

Um chamamento à pessoas com condições de dar continuidade a idéias, ao ideais, aos nosso intentos.

Pela leitura do material você tudo entenderá.

Não será tedioso, pela adrenalina que eu sei, ser você possuidor.

Vislumbrar em futuro próximo e remoto, condições promissoras, para este “maior carente” que herdamos pela Divisão.

Estou ciente que herdamos mais problemas que soluções.

Isto para quem pensa nos interesses da coletividade, pois governar não se restringe à obras de engenharia.

Existe um fato que eu não consigo entender:

Muitas pessoas são caloteiras, mal pagadoras, falsas com a família, descompromissadas com as contas devidas.

Porém têm uma fidelidade “canina” senhorial, e até religiosa com o comprador de votos.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 116

Estes (os compradores de votos) parecem ter uma capacidade de hipnotizá-los, de torná-los reféns.

Estamos precisando de companheiros com disposição para “botar o pé na estrada”.

Com algum recurso material (próprios, parcerias) para fazer as viagens necessárias.

Necessitamos de companheiros com penetração na imprensa falada, escrita, televisiva, sites especializados.

Acesso a tribuna das Câmaras de Vereadores, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal.

Gráficas destas Instituições e outras com custo baixo (Seleta, por exemplo).

Acesso à autoridades constituídas na área federal, garra para realizar simpósio, eventos vários, fóruns de debate.

Os eventos devem acontecer em pelo menos 12 (doze) cidades pólo, mobilizando a sociedade civil: mídia, empresários urbanos e rurais, sindicatos patronais e de trabalhadores, magistério a todos os níveis, autoridades diversas. Para que esta fique a par das possibilidades de melhoria da qualidade de vida, das relações de vizinhança; qual o potencial embutido nessas relações de vizinhança, etc.

Concepción, segundo jornais de ontem, está oferecendo preços subsidiados para embarque de produtos de Mato Grosso do Sul em seu Porto Fluvial.

Necessitamos da participação, do envolvimento, do entusiasmo de todos, uma nova adrenalina, para reforçar os ideais de Jango Mascarenhas, Gomes, Bento Xavier,

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 117

Cassal de Barros, Muzzi, Vespasiano Martins, dos Autonomistas sob liderança de Leonardo Correia da Silva e outros entusiastas da Divisão.

Os nosso líderes (Jango Mascarenhas e Vespasiano Martins) sabiam aonde estavam os portos seguros.

Estiveram exilados em Assunção.

Ademar de Barros, com prisão decretada por ocasião do processo da “Urna Marajoara”, armação de Jânio Quadros, exilou-se na Bolívia.

Com o risco de extradição, na Bolívia, transladou-se para Assunção, a fim de esperar o resultado e finalização de seu processo crime.

Não nos esqueçamos que Ademar de Barros foi o idealizador da Rodovia do Oeste que deveria, em pista dupla, sair de São Paulo e atingir o Oceano Pacífico no Chile, que hoje se concretiza.

Os hispânicos são os nossos parceiros e amigos mais próximos.

A América Latina é a segunda parceira comercial

do Brasil (US$ 40.000.000.000,00) abaixo somente do Mercado Comum Europeu; o dobro em relação ao USA (2007).

A Ásia em ascensão.

Mato Grosso do Sul necessita ser o Estado líder do Brasil, dentro da América do Sul Espanhola.

Sob todos os aspectos: cultural, comercial, troca de tecnologias, de complementação de matérias primas necessárias ao Brasil, em especial riquezas minerais.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 118

Precisamos viabilizar a chegada ao Pacífico por Corumbá, Santa Cruz de La Sierra, Oruro, Arica, ou Iquique.

Precisamos viabilizar a hidrovia do Rio Paraguai, chegando por água e por transporte intermodal a Antofagasta, no Pacífico (Chile) e utilizar melhor a hidrovia Tietê-Paraná.

Vem você lutando pelo interesse do Estado (aí incluído o de alguns produtores rurais) no concernente à questão indígena e outras questões importantes.

Sigo acompanhando a sua luta.

A determinação “do moço da década de 60”.

Um abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 119

Campo Grande, 31 de Março de 2009

Prezado Deputado

Paulo Duarte.

Estou fazendo chegar às suas mãos, material elaborado nos últimos 30 meses e meio.

Iniciou-se com o livro “Rebuscando a Memória – Frases e Fatos”.

No último capítulo do livro, foi feita a abordagem do tema “Mato Grosso do Sul - Sua História Suas Potencialidades”.

A seguir, decidi pela elaboração de 02 separatas (Opúsculos):

Opúsculo I: Mato Grosso do Sul - Sua História Suas Potencialidades, onde ficaram evidenciadas as limitações de Mato Grosso do Sul, entre as Unidades Federativas. Lógico que existem piores.

Opúsculo II: Mato Grosso do Sul – Suas Potencialidades – Superação de Limitações: abordando mais aprofundadamente, problemas inerentes a emprego, renda, distribuição patrimonial, no Estado.

Foram analisados os pontos positivos, em especial a privilegiada localização geográfica do Estado, em relação ao Sul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e ao Oeste (Bolívia, Chile e outros países hispânicos).

A seguir foram propostas abordagens para a superação, mesmo que parcialmente, das deficiências.

O que com criatividade pode ser conseguido.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 120

Os senhores José Orcírio e Heitor (aos quais remiti o livro há alguns meses) já batalharam nesse tema no período de governo do PT.

Você deve ter orgulho de ser corumbaense.

Apesar de se falar muitas vezes, em contrário, sou convencido que Corumbá (igual distância de São Paulo - capital e de Arica no Chile) tem posição estratégica privilegiada.

É o mais completo município do Estado: campos nativos excelentes, pastagens artificiais. bovinocultura, vocação para algumas culturas como variedades de feijões e amendoins especiais, bananas da terra e figo, fruta do conde, pinha, coco da Bahia, além da possibilidade de extensão da caprino cultura de corte e de leite; pois esses animais são altamente adaptados ao solo, clima e topografia da região. Belezas paisagísticas inigualáveis; riqueza da biodiversidade, manganês, ferro, calcita ótica, calcário calcítico e dolomítico; o homem pantaneiro; o cavalo pantaneiro; os monumentos históricos; a hidrovia do Rio Paraguai para chegar-se à Antofagasta, no Chile (Pacífico); o acesso ferroviário e rodoviário à Santa Cruz de La Sierra e Arica, no Chile.

Uma pedra preciosa a ser lapidada.

O custo é relativo.

Espero que você após a leitura do material e das missivas encaminhadas às pessoas que já serviram e servem a Mato Grosso do Sul, sem distinção partidária, saberá ajudar-nos a desenvolver, e por em prática as estratégias de desenvolvimento econômico e social.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 121

Fala-se em inclusão social; fala-se em revolução verde, ecológica, ambientalista.

Porém, temos que ser mais ambiciosos; fazermos um verdadeiro “Movimento” sócio-econômico-histórico-cultural elevando o status do Estado e de seus cidadãos.

Como jovem, idealista, homem de partido, liderança emergente, convoco-o para esta missão.

Mãos à massa.

Precisamos justificar por que separou-se Mato Grosso do Sul de Mato Grosso.

Que os objetivos dos Divisionistas eram válidos.

Que após trinta anos da Divisão, estamos em condições de percorrer novos caminhos.

Vamos ajudar a escrever a História do nosso Estado.

Concito-o, convoco-o para esta missão.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 122

Campo Grande, 04 de Abril de 2009

Meu prezado colega, amigo e correligionário

Waldemir Moka

Em primeiro lugar, o meu apreço, o meu carinho, o meu orgulho e a minha admiração pelo trabalho prestado por você a Mato Grosso do Sul e ao PMDB.

Encaminho-lhe trabalho por nós desenvolvido nos últimos 30 meses e meio.

Creio que com 120 minutos, do seu tempo e de sua atenção, você poderá lê-lo, considerá-lo e tomar a decisão de agregar se na “peleia”.

Sua vida como professor de cursinho, médico, vereador, político, dirigente partidário é longa.

Vou iniciar por duas frases.

Uma citada logo abaixo, e a outra bem mais adiante.

“Mato Grosso do Sul, pela sua história, pela sua luta (nasceu do esperneio) não aceita “Vôo de Galinha” de seus líderes, ou seja, pensamentos, atitudes, ações de curto espectro”.

Explico-lhe:

História brilhante, desde Pascoal Moreira Cabral, que em 1719, vindo de São Paulo, fundou Cuiabá.

Desse pólo, irradiou-se o processo civilizatório, cultural, desenvolvimentista.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 123

O Norte deu-nos as figuras expressivas de Luiz Albuquerque de Melo e Cáceres, Generoso Ponce, Pedro Celestino Correia da Costa, Fernando Correia da Costa, Filinto Müller, Antonio Maria Coelho, Eurico Gaspar Dutra, Marechal Rondon, João Vilas Boas e tantos outros que serão enumerados.

Cedeu-nos os “livramentanos” que descendo o rio Paraguai vieram habitar Corumbá e desbravar a Nhecolândia e o Paiaguás.

Os professores Maria Constância, Demétrio Serra, Iris, Augusta e Maria Pereira que, entre outros vieram dar início à alfabetização dos habitantes do Sul do Estado, com bela participação na História do Sul de Mato Grosso.

Vamos aos fatos históricos.

Filinto Müller, participante desde moço da História do Brasil.

Foi membro ativo da Coluna Prestes.

O contingente ao qual pertencia, foi batido pelas forças legalistas e Filinto, usando a tríplice fronteira, exilou-se na Argentina.

Lá trabalhou como motorista de praça, e casou-se com dona Consuelo, sua fiel escudeira que o acompanhou até a morte (acidente com Boeing em Paris).

Como auxiliar de Getúlio, tendo seu QG bem próximo dominou a Intentona Comunista em 1935, que teve um de seus grandes combates no Largo da Carioca, próximo ao Tabuleiro da Baiana.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 124

Muitos jovens mato-grossenses combateram nesse confronto armado.

Debelou a revolta nos quartéis, que levou, inclusive, alguns militares fieis ao governo à morte.

Tivemos o ato de bravura de outro eminente mato-grossense, Eurico Gaspar Dutra.

Este como comandante chefe dominou os integralistas, que tentavam abater Getúlio no Palácio das Laranjeiras.

Agiam sob a liderança de Plínio Salgado.

Eram os famosos “camisas verdes”.

Isto em 1937.

Dutra foi o primeiro presidente constitucionalmente eleito pós Estado Novo.

Com prudência, sabedoria, parcimônia deu-nos a Carta Magna de 1947.

Estávamos saindo do conflito armado (Segunda Guerra Mundial).

Rondon, mato-grossense de Mimoso, cruza da etnia Bororo, dotado de arraigado espírito humanístico (Positivismo) escreveu uma das mais belas páginas de coragem, de amor, de solidariedade humana.

Implantou as linhas telegráficas, levando-as aos mais longínquos e ermos locais do Brasil. Pacificou e incluiu centenas de tribos indígenas.

Elaborou a mais completa “Carta Geográfica” do Brasil pós colônia.

Seu nome é uma referência mundial.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 125

João Vilas Boas, com a sua brilhante inteligência, Senador por vários mandatos foi o artífice e relator do Tratado de Roboré.

Acordo este assinado com a Bolívia após aprovação pelo Congresso.

Os frutos do seu trabalho, o direito adquirido sobre bens minerais, são até hoje usufruídos pelo Brasil.

Aí está o gás boliviano, servindo ao Brasil.

Fernando Correia da Costa, presente de Cuiabá a Campo Grande.

Teve longa e brilhante atuação como médico e foi prefeito de Campo Grande.

Com ele, conhecemos o primeiro “chão preto” de Mato Grosso Uno: Rua 14 de Julho do “Relógio” ao Colégio Dom Bosco, a o asfaltamento da estrada de Campo Grande a Terenos.

Como governador, notabilizou-se pela proposta, pela idéia do aproveitamento das águas da bacia do rio Paraná, para geração de hidroeletricidade.

Propôs a Lucas Nogueira Garcez e sua idéia foi aceita, a (constituição da Centrais Elétricas de Urubupungá) que foi o braço executivo do empreendimento.

Os Atos Constitutivos da empresa foram referendados pelos dois Governadores em praça pública, em Cuiabá.

Uma homenagem do Governo de São Paulo ao estadista mato-grossense.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 126

Dessa iniciativa, surgiram Jupiá, Ilha Solteira, Primavera, Itaipu, Maribondo e várias outras hidroelétricas nos rios Paranaíba, Grande, Tietê, e Paranazão.

Pela genialidade desse mato-grossense e também de Eurico Dutra, construindo a hidroelétrica de Paulo Afonso, iniciou-se a mais competente matriz energética de todo o mundo.

Mais de 85% da energia elétrica em uso do Brasil é de origem hidroelétrica. Inveja para os países que necessitam do petróleo, do carvão, das usinas atômicas.

Jirau e Santo Antonio em Rondônia são a seqüência desse trabalho.

Fornecerá energia para o Brasil e possivelmente terá excedentes para exportar para Venezuela, Equador, Bolívia e outros países hispânicos.

As linhas de transmissão interligando o Sistema do rio Madeira à Eletronorte e ao sistema Centro Oeste, Centro Sul já estão licitadas e serão implantadas concomitantemente com as hidroelétricas.

Belo Monte, a ser construída no Rio Xingu, no Pará, já tem sua construção autorizada e será a 3º maior do mundo, atrás apenas de 03 gargantas na China e Itaipu no Brasil

Prevenção de futuros apagões.

Dom Aquino Correia, sagrado Bispo aos 28 anos em Turim, na Itália, Ordem dos Salesianos. Lá no "ninho da cultura" foi reconhecida a sua genialidade, sua excepcional cultura, seu dom de apóstolo de Cristo.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 127

Além de sacerdote, eminente poeta (cognominado o Príncipe dos poetas brasileiros), membro da Academia Brasileira de Letras, Orador Emérito, Político e Pacificador.

Uniu os mato-grossenses em época difícil de sua história, elegendo-se Governador como candidato único.

Na ocasião os mato-grossenses se digladiavam, se matavam por interesses políticos.

Muitas revoltas e revoluções. A matança da "Baía do Garcez" é testemunho desses fatos históricos.

Poconé deu-nos a figura excepcional de Antonio João Ribeiro, herói nacional, festejado em prosa e verso pela sua brava resistência à invasão paraguaia.

Guia Lopes, herói nacional que orientou e guiou as tropas brasileiras, na refrega da Retirada da Laguna, descrita, por Taunay.

Jango Mascarenhas, nioaquense e ideólogo e mártir da Luta Divisionista.

Bento Xavier e Gomes em Bela Vista.

Cassal de Barros, Muzzi, Leonardo Correia da Silva, o Autonomista, engajados na Luta Divisionista.

Pego Loureiro que presidiu o Comitê Revolucionário de Bela Vista, secretariado por Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, então jovem advogado.

Organizaram e coordenaram a luta armada pela Divisão do Estado e pela reconstitucionalização do país em 1932 ,na região de Bela Vista.

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A Aliança Liberal comandada por Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930 e até aquela época não tinha dado uma Constituição ao Brasil.

Aladim Nunes (pai) que teve o seu corpo cortado ao meio por uma rajada de metralhadora, quando tentava “tomar” aos legalistas, seguidores de Getúlio, o Quartel de Bela Vista.

Orcírio dos Santos, que com sacrifício da vida do seu irmão caçula Horácio, dominou e eliminou grupo armado de pilhadores e malfeitores que trazia inquietação em todo Sul de Mato Grosso.

A ação nefasta dessas pessoas se estendia por toda a fronteira guarani.

Antonio Maria Coelho libertou Corumbá procedendo à sua Retomada.

Escreveu bela página na História de Mato Grosso e do Brasil.

Vespasiano Martins, médico nascido em Rio Brilhante com especialização na Alemanha, arregimentou, organizou o Movimento Autonomista e foi à luta pela Constituinte e pela Divisão do Estado.

Aliou-se ao General Klinger, ex-comandante da Nona Região Militar e comandante e chefe da Revolução Constitucionalista, eclodida em São Paulo em 1932.

Não nos esqueçamos dos bravos mirandenses que, por questões de inconformismo, migraram para a margem direita do rio Aquidauana e fundaram o povoado que hoje se constitui na cidade de Aquidauana.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 129

Miranda deu-nos Pedrossian com larga folha de serviços e administração revolucionária no Norte e no Sul de Mato Grosso.

Mendes Canale, também mirandense, deu seqüência à implantação do mais arrojado programa desenvolvimentista do Brasil – o Programa Pólo Noroeste que fez o asfaltamento de Cuiabá a Porto Velho e a seguir até Rio Branco no Acre, incorporando grande parte do território brasileiro ao sistema produtivo.

Ramez Tebet desenvolveu incansável trabalho até a sua morte pela causa da implantação do maior complexo mundial no ramo de reflorestamento, celulose e papel, com sede em Três Lagoas.

Caríssimo Moka: Vamos à segunda frase.

Esta originária da “sabedoria mineira”: “A esperteza/sabedoria quando se torna exagerada, se transforma em “bicho” e engole o esperto/sabido”.

Muito adequada. Muito verdadeira.

Os que, através dos tempos quiseram exercitar essa sabedoria/esperteza, além dos limites foram tragados pelos acontecimentos.

Não vamos usar os refrões do momento: Revolução verde; inclusão social; defesa da natureza; proteção à biodiversidade; obstáculo à alterações climáticas, etc.

A nossa luta é mais ambiciosa. Um “movimento” de cunho sócio, econômico, financeiro, histórico, cultural.

Tentar tirar Mato Grosso do Sul de sua condição de Estado de 4ª classe.

Fazer o soerguimento do seu povo, de sua gente.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 130

Dar-lhe condição de consumo, sendo que este o consumo é a mola mestra que agiliza todas as expectativas, ativa o psiquismo, a mente humana.

O Mal. Rondon, solicitado na década de 50, que enviasse uma palavra de ordem aos universitários matogrossenses que estudavam no Rio de Janeiro, passou-nos a seguinte mensagem:

“Servir a Mato Grosso, Sem Servir-se Dêle”.

Eu remeto a mesma mensagem aos homens e mulheres de Mato Grosso do Sul.

Um Abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 131

Campo Grande, 06 de Abril de 2009

Prezada Prefeita

Simone Tebet

Em primeiro lugar, meus sinceros e efusivos parabéns pelo acionamento da usina de processamento de madeira/celulose; luta obsessiva do meu inesquecível amigo e contemporâneo Ramez Tebet.

Teve prosseguimento essa luta, em seu trabalho.

Três Lagoas vem brilhando, na criação de empregos, renda, distribuição patrimonial.

Isto em complemento a luta de idealistas que, na década de 50, residiram e estudaram no Rio de Janeiro.

Ramez, Presidente do Partido “Aliança Libertadora Acadêmica (ALA)” na Nacional de Direito.

Orador de Turma, com inesquecível discurso no Teatro Municipal.

Advogado da CESP, Professor Universitário, Prefeito, Deputado Constituinte, Vice-governador, Governador, Superintendente da SUDECO, Ministro de Estado, Senador, Presidente do Congresso.

Uma vida de trabalho e glórias.

Venho há 30 meses e meio, trabalhando em cima de um Projeto, propondo um Soerguimento

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 132

Sócio/Econômico/ Histórico e Cultural para Mato Grosso do Sul e seus cidadãos.

Iniciou-se com o livro “Rebuscando a Memória – Frases e Fatos” do qual lhe remeto exemplar.

Com base no último capítulo (Mato Grosso do Sul - Sua História Suas Potencialidades) segui com o trabalho.

Elaborei o Opúsculo I, com ampliações do citado capítulo.

A seguir redigiu-se o Opúsculo II - Mato Grosso do Sul – Sua Potencialidades – Superação de Limitações.

Ai, foram diagnosticadas deficiências importantes em relação ao nosso Estado e em desfavor da sua população.

Elaboraram-se propostas visando a superação de limitações, desenvolveu-se o Projeto Novo Rumo, sugerindo estratégias para elevar Mato Grosso do Sul e seus cidadãos a condições mais favoráveis.

Essas propostas foram sintetizadas em Diretrizes e Metas, com objetivos factíveis.

Propõe-se Fóruns de Debate para levar a proposta a toda à população.

Cada um fará o que estiver ao seu alcance.

Enviei cartas, às lideranças do PMDB-PT-PSDB-PDT-DEM-PP-PTB-PPS-PR e outras concitando essas lideranças a se engajarem ao processo.

Considero as cartas Documentos de Domínio Público.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 133

Estou utilizando os préstimos da Fairte para ter certeza que os Documentos chegarão às suas mãos.

Convoco-a; concito-a à luta.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 134

Campo Grande, 08 de Abril de 2009

Prezado Deputado Vander Loubet

Estou exortando, concitando, convocando lideranças do PT – PMDB – PSDB – PDT – DEM – PP – PTB – PPS - PR e outros para um esforço adicional em busca de novos caminhos para Mato Grosso do Sul.

O prezado Deputado com a sua sensibilidade para assuntos sociais, pela leitura dos Documentos em anexo, entenderá nossa mensagem.

Espero que você leve as Propostas para debate em seu partido e para a população em geral.

Como você perceberá, as matérias primas, produzidas em Mato Grosso do Sul (carne bovina, suína e de frangos, soja, girassol, milho, algodão, cana de açúcar, celulose, minérios) tornam o Estado forte do ponto de vista da arrecadação (ICMS, FUNDERSUL, IPI, etc.).

Porém os trabalhadores envolvidos na produção, pouco ou nada se beneficiam dessa riqueza.

Seus ganhos são de pequena monta.

Não têm a oportunidade de inserirem-se na Sociedade de Consumo.

Ainda, em recente visita a Rio Brilhante, com a finalidade de avaliar as repercussões da expansão do pólo sucro-alcooleiro, tive uma decepção.

Em conversa, com pessoa bem informada, esta relatou-me que, na fase de implantação dos canaviais

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 135

(100.000 hectares) e da construção da destilaria (Grupo Dreifus), houve uma grande movimentação na cidade.

Porém na fase atual (a Empresa adquiriu dez colheitadeiras de cana) o trabalho de corte de cana e renovação dos canaviais, pouquíssima mão de obra utiliza.

O aporte de mão de obra caiu, talvez para 20% do que era na fase inicial.

Já comentamos em outros Documentos que a remuneração dos trabalhadores na atividade além de eventual é de baixo valor.

Mato Grosso do Sul continua expandindo suas atividades (além da bovinocultura) em iniciativas que ocupam pouca mão de obra.

O que não realiza a incorporação dos trabalhadores ao consumo diferenciado.

Consumo esse, que se tornou a nível mundial, o motor da prosperidade e do bem estar social.

Saudações

Rubens Nunes da Cunha

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Campo Grande, 12 de Abril de 2009

Meu prezado coestaduano

Pedro Pedrossian

Você se autodenominou “o Homem de Miranda”.

Sou extremamente grato a Miranda por vários fatores.

Inclusive ali se deu o namoro, noivado e casamento de meus pais.

Eu o conheci ainda como jovem estudante do curso científico.

Nas visitas que eu, em férias, fazia ao meu tio e padrinho Arlindo de Sampaio Jorge, morador defronte da residência e da loja do seu pai, o respeitável senhor João Pedro.

Miranda deu aos aquidauanenses (o meu caso) os seus Fundadores. Homens decididos, que vieram fundar o Povoado de Aquidauana, à margem direita do rio que leva o mesmo nome.

Já fiz referência, em missiva encaminhada à outra liderança, da fantástica revolução levada a cabo em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso nas suas 03 Administrações como Governador.

Também prestei atenção à sua passagem pelo Senado da República.

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Lá, em memorável discurso, usando a Tribuna fez um pronunciamento a favor do ambientalismo, em defesa da ecologia.

Coisa, que por poucos foi entendida na época.

Miranda ainda nos deu Mendes Canale, figura que, como é de seu conhecimento, respeitabilíssima no Senado da República aonde, ocupou por mais de 01vez a Primeira Secretaria.

Ainda cito um fato pouco conhecido dos sul mato-grossenses:

Canale consolidou, no Governo Sarney o Programa Pólo Noroeste, que investiu US$ 1.300.000.000,00 (um bilhão e trezentos milhões de dólares) no eixo Cuiabá, Vilhena, Ji-Paraná, Porto Velho, Rio Branco, incorporando uma vastíssima área do Centro-Oeste brasileiro, ao processo produtivo.

Este Programa foi iniciativa de seu amigo Presidente Figueiredo. Pelos Documentos em anexo você, com sua brilhante inteligência, perceberá que muita coisa tem a ser feita para incorporar a população de nosso Estado a nível de consumidor diferenciado e satisfeito.

É de seu pleno conhecimento que o consumo é a mola propulsora, é o motor que impulsiona o mundo moderno e traz o bem estar, a prosperidade, a satisfação a toda população do Globo.

Solicito, o seu apoio, o seu entusiasmo, a sua adesão ao Projeto Novo Rumo.

Saudações.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 138

Campo Grande, 12 de Abril de 2009

Meu prezado colega

Deputado Antonio Cruz.

Através desta, estou concitando-o, convocando-o, exortando-o a participar do “Projeto Novo Rumo”.

Você, inicialmente, fará questionamentos. Muito justo.

Conhecemo-nos no Centro Social do Guanandi, em 1980, na qualidade de médicos de atendimento.

Quase 30 anos; até hoje continuamos em contato direto com o público, com os clientes.

Como você perceberá, pela leitura dinâmica dos documentos (o seu tempo é escasso), você é mais um presente que Mato Grosso nos deu. E presente de qualidade.

Sua trajetória profissional e política, ética e religiosa, sigo a distância.

Conhece, como poucos, de maneira profunda, a situação socioeconômica dos habitantes do Estado.

Pelo contato diuturno, com seus clientes, eleitores, amigos, irmãos de igreja – sabe que afora as “Carreiras de Estado” representadas pelos magistrados, promotores, procuradores, defensores públicos, delegados, oficiais

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 139

PM e Bombeiros, fisco federal e estadual - e alguns raros e isolados cargos do Tribunal de Contas do Estado e da Assembléia Legislativa, o salário dos demais é “ralo puro”.

Acrescente-se, em termo de ganho, alguns colegas médicos, que de maneira irracional, superpõem plantões para ganhar o dinheiro repassado pelo SUS.

E via de regra, esgotados física e mentalmente, não dão bom atendimento ao público.

Como é de seu conhecimento, médicos com emprego e salários baixos, vêm tentando a nível de Congresso transformar sua prestação de serviço em “Carreira de Estado”.

O salário base desses profissionais é baixíssimo e, a remuneração dos plantões, não se incorpora à aposentadoria.

É sabedor, que na realidade apenas o ganho dos médicos dedicados à estética (plásticos e dermatologistas) é substancial.

Porém o fruto de seus conhecimentos, de sua experiência, não é levado à população em geral.

O magistério, a todos os níveis, com salário, um pouco melhor que o dos demais servidores, por conta de repasses do Governo Federal.

Quando 02 professores se unem, por casamento, a situação melhora. Têm, então, acesso à classe média.

Seu nível de consumo, torna-se mais consistente.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 140

Caro Antonio Cruz.

Estou comprometido com um trabalho, que venho desenvolvendo há 30 meses e meio.

No momento, estou reportando-me a lideranças políticas atuantes (PMDB PT PSDB PDT DEM PP PTB PPS PR e outras).

O trabalho inicial foi o livro “Rebuscando a Memória Frases e Fatos” cujo lançamento deu-se em Junho/2008.

A seguir, tendo como âncora o capítulo do livro “Mato Grosso do Sul - Sua História - Suas Potencialidades” editaram-se 02 Opúsculos (Separatas).

O desdobramento desses Opúsculos são documentos diversos, folders, etc. que estou lhe remetendo em anexo.

Contarei com sua prestimosa atenção, com seu entusiasmo, com a sua adesão, com seu trabalho, na Câmara dos Deputados, junto à Igreja, no Hospital Evangélico, no consultório, junto à mídia estadual e nacional.

Você goza de situação privilegiada, pelo seu acesso à Tribuna da Câmara dos Deputados, ministros, comissões permanentes, Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e seu Secretariado.

Tem acesso à Gráfica do Congresso, para divulgação de idéias, que entender válidas.

Contarei com a sua atuação, para retirar Mato Grosso do Sul da situação de Estado de 4ª Classe, no contexto da Federação Brasileira.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 141

Melhorar a sua posição no “ranking”.

Como já escrevi a outros destinatários, considero as cartas Documentos Públicos.

Representam estudos de situações e propostas de atuação, de interesse de toda a Sociedade.

Tenho consciência que os Objetivos, Diretrizes e Metas a princípio parecerão ambiciosos.

Porém garanto a você: São exeqüíveis a médio e longo prazo.

Vou dar alguns exemplos:

O Brasil exporta US$ 40.000.000.000,00 (quarenta bilhões de dólares) para América do Sul espanhola.

Por que o empresariado de Mato Grosso do Sul não participa nessa intermediação?

Estamos inseridos no eixo São Paulo/Pacífico. Somos participantes da Hidrovia Tietê-Paraná/Uruguai e da Hidrovia do Rio Paraguai, através dos portos de Murtinho e de Ladário.

Pela próxima conclusão do asfaltamento São Paulo – Corumbá – Santa Cruz de La Sierra - Arica, estaremos em pleno centro dessa realidade.

Por que não se negociam acordos com o Paraguai para o uso do porto fluvial de Concepción, com tarifas subsidiadas para embarque de mercadorias oriundas de Mato Grosso do Sul?

Este porto no Rio Paraguai está muito próximo da principal região agrícola do Estado (eixo Nova Alvorada – Dourados - Ponta Porã e adjacências).

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 142

Por que não se viabiliza através da Legislação do MERCOSUL a implantação de Cursos/Escolas direcionados à formação de profissionais de origem hispânica em Mato Grosso do Sul?

Em especial na área biomédica, pois é sabido que Campo Grande é “Centro de Excelência” a nível nacional nesse setor.

Naturalmente, nos acordos internacionais a serem negociados, terá que ficar resguardado o direito aos profissionais hispânicos aqui formados, de exercerem a sua profissão nos seus países de origem, ou outros pertencentes ao MERCOSUL.

Esta iniciativa traria renda, prestígio, dinamização cultural para Mato Grosso do Sul.

Por que não se assinam convênios com os países vizinhos, para que os hospitais e clínicas do Estado recebam pacientes para tratamentos altamente especializados e com remuneração?

Por que não se organizam “trades” para comercialização de matérias primas e produtos industrializados, em especial do Sul de Mato Grosso- Sudoeste de Goiás - Noroeste de Minas Gerais (Triângulo Mineiro) e de São Paulo, Noroeste do Paraná, e de Santa Catarina, Norte e Noroeste do Paraguai, Leste da Bolívia além de Mato Grosso do Sul.

O Terminal Intermodal de Cargas (TICC) e o Centro Logístico Industrial e Aduaneiro de Campo Grande (CLIA) estão em fase de implantação.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 143

Não tenho conhecimento, na atualidade, da organização do empresariado local, para desfrutar desses investimentos.

Esperaremos que paulistas, gaúchos, mineiros, catarinenses, goianos e paranaenses, mato-grossenses tomem a dianteira e nos substituam nessas iniciativas?

Por que o intercâmbio a nível religioso entre nosso Estado e as comunidades religiosas hispânicas, em especial católicas e evangélicas é tão incipiente?

Por que a “trade” turística do Estado é tão frágil e não organiza viagens a preços módicos para o Noroeste da Argentina (região de Salta), Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile?

Para levar mato-grossenses do sul e trazer pessoas residentes nesses locais ao nosso Estado.

Por que o intercâmbio cultural na forma de Bolsas de Estudos, com os países hispânicos é tão frágil?

Por que as firmas de rastreamento de bovinos, usando das prerrogativas do MERCOSUL não penetram nas regiões pecuárias do Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia?

Os argentinos estão por aqui chegando, nessa atividade, com seus recursos humanos e tecnologia.

Estaríamos menos preparados?

Por que o turismo Corumbá - Forte de Coimbra – Porto Murtinho – Concepción – Assunção – Estuário do Prata, incluindo Buenos Aires é muito lento e nada se agita?

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Por que a inexistência de linhas aéreas nacionais de segundo nível, com escalas em Mato Grosso do Sul, para atingir Santa Cruz de La Sierra, La Paz, Santiago, Assunção, e a belíssima região de Salta, no Noroeste da Argentina?

Por que não se estimulam confinamentos de bovinos, existentes em grande número em nosso Estado?

Seria agregado valor à carne, melhorando sua posição no “ranking” de exportações.

A alimentação com uso de gramíneas de corte, ao natural, fenadas ou na forma de silagem, com adição de inoculantes, acrescida de concentrados disponíveis na região acelerará a engorda.

Poder-se-á usar a cana ao natural ou hidrolisada, picada e acrescida de uréia/amiréia e sulfato de amônia. Conseguir-se-á ganho de peso em prazo mais prolongado.

Porém se a cana picada for servida enriquecida com sub-produtos oriundos do algodão (caroço, torta, farelo) acelerar-se-á o ganho de peso, reduzindo o tempo necessário para os animais irem ao abate.

Os sub-produtos do algodão e bagaço da cana de açucar estão disponíveis a preços competitivos nas regiões produtoras do Estado e também podem ser importados da região sul de Mato Grosso, grande produtora de algodão.

Por que não se sofistica a industrialização do calcário calcítico e dolomítico, abundante desde Corumbá e Ladário até Bela Vista/Caracol?

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 145

Além do uso como corretivo de solo é importante sua utilização na fabricação de pastas de dente, tintas látex, abrasivos, e magnésio com fins medicamentosos.

E, em referência, à exportação de gado em pé?

O Brasil já é exportador dessa mercadoria para a Venezuela e Oriente Médio.

Através de portos situados no Pará e Santa Catarina. O Grupo Minerva-Barretos SP é precursor nessa atividade.

Os importadores desejam criar empregos e fazerem aproveitamento dos sub-produtos do boi (no destino).

Mato Grosso do Sul tem condições de exercitar essa atividade pelos portos fluviais de Ladário, Porto Murtinho, outros acima de Corumbá, na região Pantaneira, e, ainda, vários outros na Hidrovia Tietê-Paraná/Uruguai, a qual tem acesso.

Chegar por essas vias navegáveis ao Atlântico, através do Estuário da Prata ou ao Pacífico em Antofagasta, no Chile.

Também, por via terrestre acessando Arica ou Iquique, no Chile (Oceano Pacífico).

Neste caso através da rodovia, em fase de conclusão (Corumbá - Santa Cruz de La Sierra) com conexões com esses portos marítimos.

Utilizando-se de transporte apropriado (carretas com adequações e potência de motor, suficientes para transpor os Andes, em pontos favoráveis, já utilizados).

Atividade complexa, porem viável.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 146

Pela nossa proximidade com os Oceanos Pacífico e Atlântico (Corumbá está exatamente no meio desse percurso) a médio prazo poderemos nos transformar em grandes exportadores de água doce/potável para os países asiáticos e do Oriente Médio, através do Estuário do Prata.

Há grande carência desse bem da natureza nessas regiões. Essa matéria prima tem tido seu valor comercial reajustado em percentuais maiores que o petróleo e o etanol.

Pode ser captada no Rio Paraná, pois não nos esqueçamos que temos direito de usufruto sobre 50% das águas desse caudal em nossas divisas .

Também no Rio Paraguai, no qual temos o mesmo direito e, que além da água corrente tem grandes depósitos na forma de lagos e lagoas, a montante de Corumbá até a desembocadura do Rio São Lourenço, na divisa com Mato Grosso.

Também o excedente de águas por ocasião das grandes cheias do Rio Paraguai (1974-79-80-82-88-95) e que possivelmente se repetirão (registros desde 1901) poderá ser captada e exportada.

Essa água doce, absolutamente desnecessária ao equilíbrio ecológico, traz apenas prejuízos, pelo grande alagamento de imensas áreas ocupadas pela bovinocultura.

Em tempo de “transposição do Rio São Francisco” não nos esqueçamos da possibilidade do bombeamento e canalização das águas do Rio Paraná para irrigar lavouras em terras férteis da Grande Dourados.

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Também a mesma tecnologia, em relação ao Rio Paraguai, tornando irrigável, vasta área de terras roxas e férteis, na região agrícola da Margarida, no eixo Jardim-Porto Murtinho.

O potencial agrícola dessas regiões será multiplicado.

Não nos esqueçamos que as águas do Rio São Francisco, no Nordeste, são levadas a grandes distâncias para irrigar culturas.

Quem leva gás da região de Roboré, na Bolívia, a São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, não achará dificuldades para movimentar a quantidade de água necessária.

Fique esclarecido que 63% do PIB americano (o maior do mundo) e oriundo do consumo de bens e serviços, pela população, empresas e órgãos públicos.

Prezado Antonio Cruz

Já me referi que Mato Grosso do Sul não aceita “Vôo de Galinha”, de parte de suas lideranças.

Temos que praticar o “Vôo da Águia”, ave que aprecia as grandes altitudes e é dotada de excepcional acuidade visual.

Nossas lideranças ancestrais e tradicionais nos indicam esse posicionamento, essa atitude.

Fique bem claro, para você que não nutro interesses eleitorais.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 148

A minha exortação é apenas pela busca de dias mais satisfatórios para Mato Grosso do Sul e sua gente.

Acreditar de maneira firme, na frase símbolo, da campanha eleitoral de Barak Obama: NÓS PODEMOS.

No entanto, temos que nos mexer.

Um abraço

Rubens

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 149

Campo Grande, 12 de Abril de 2009

Meu Prezado Amigo

Leite Schimidt

Fomos companheiros de trabalho no Governo Marcelo Miranda.

Acompanho sua trajetória, como conterrâneo aquidauanense: Bacharel em Direito, Deputado Estadual, Federal, Chefe da Secretária de Governo, Conselheiro do Tribunal de Contas, pensador emérito, preocupado com os problemas sócio/econômico/antropológico/culturais, em especial de nosso Estado e de sua gente.

Conheço os inestimáveis serviços por você prestados, em especial à Região Norte do Estado.

Muitos que lá residem desconhecem esse trabalho.

Escrevi um livro (em anexo), tendo como âncoras Frases e Fatos (Junho/2008).

Prossegui o trabalho que já conta com 30 meses e meio.

Agora, elaborei a Proposta “Projeto Novo Rumo” propugnando novos caminhos para Mato Grosso do Sul e sua gente.

Pela leitura, você, com a acuidade intelectual de que é dotado, a entenderá.

Desta vez, além dos “Documentos Básicos”, estou usando estratégia, que reconheço pouco usual no ano de

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2009: enviar cartas às lideranças expressivas e pessoas influentes no contexto de nosso Estado.

Exorto-o, convido-o para analisar as propostas e refletir sobre elas: analisar a possibilidade de sucesso a médio prazo e aderir ao processo divulgando-as com o seu talento pois, você é dotado das virtudes dos pregadores, daqueles que são inspirados pela “língua de fogo do Divino Espírito Santo”.

Um abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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Campo Grande, 13 de Abril de 2000

Meus prezados amigos

Heitor Miranda dos Santos e Mirian

Em oportunidade anterior fiz-lhes remessa do livro “Rebuscando a Memória – Frases e Fatos”, o qual foi entregue em seu endereço residencial.

Vocês estavam no pique da campanha eleitoral e não sei se tiveram oportunidade de lê-lo.

Lá foi descrita a página de bravura na década de 30, da qual foram protagonistas seu pai e sogro Orcírio e o Tio Horácio.

Prossegui nesse trabalho, que já soma 30 meses e meio.

Nele, tomando como base o último capítulo do Livro (Mato Grosso do Sul - Sua História Suas Potencialidades), fiz estudo desdobrado em 02 Opúsculos, aprofundando-me na situação sócio/econômico/ antropológico e cultural de nosso Estado.

Apreciei sempre e prestei atenção ao trabalho por você (Heitor) desenvolvido, visando à chegada ao Pacífico e a integração com as comunidades Sul Americanas de língua espanhola.

Estou convocando-os, concitando-os, exortando-os a integrarem-se ao Projeto Novo Rumo que visa novos caminhos para Mato Grosso do Sul e sua gente.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 152

No referente a riqueza de água doce/potável explicitada na missiva endereçada ao Deputado Antonio Cruz, quero acrescentar que dispomos de três grandes depósitos: Lagoa Mandioré e Gaíva, as margens do Rio Paraguai, a montante de Corumbá.

Lagoa Uberaba, de grande porte já em território mato-grossense, às margens do Rio São Lourenço (região do Cracará).

Caso se fale em exportação, o destino dessas águas será Corumbá e a partir daí três opções: Santa Cruz de La Sierra, Oruro, Arica no Chile, ou Porto Murtinho e pela Hidrovia do Rio Paraguai e outro transporte intermodal chegar a Antofagasta, também no Chile, ou seguir para o Estuário do Prata demandando o Oceano Atlântico.

O destino dessa matéria prima (água) será a Ásia ou o Oriente Médio, altamente carentes dela (água).

Observe-se que o Brasil já é exportador dessa matéria prima.

No caso, deverá haver a compatibilização com a Legislação Ambiental.

Mato Grosso do Sul, do ponto de vista demográfico, pelo tipo de exploração de seu solo, não aponta para grande crescimento populacional.

Haverá sempre, excedentes de água doce/potável.

Como você perceberá, os produtos mais fortes de Mato Grosso do Sul (boi, soja, girassol, milho, açúcar, etanol, celulose, minérios) são bons injetadores de tributos, porém é pequeno o ganho das pessoas engajadas nessas atividades, como trabalhadores.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 153

Apenas vantagens indiretas, através de asfaltos, rotatórias, escolas, postos de saúde, creches, etc.

Nada que modifique uma situação tirando os trabalhadores das Classes D e E, alçando-os à Classe C.

Nada que tire as pessoas que estão abaixo da linha de pobreza (Classe F), elevando-as às Classes D e E.

O prezado amigo e Mirian, também guerreira de muitas batalhas (conheço a sua luta desde os idos de 1986), entenderão com facilidade as nossas propostas.

Espero que as levem a discussão dentro do PT e com a comunidade em geral.

Precisamos alavancar Mato Grosso do Sul.

Tirá-lo da situação de Estado de 4ª Classe dentro do contexto da Federação Brasileira.

Um abraço,

E esperança do engajamento dos amigos.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 154

Campo Grande, 13 de Abril de 2009

Prezado Sul mato-grossense

José Orcírio dos Santos

No decorrer de missivas encaminhadas a outras lideranças, exaltei o fato de seu pai, já ter feito História, neste pedaço de chão, na década de 30.

Você também já fez um pouco dessa História.

Militou e milita por longos anos no PT.

Incorporou a sigla do partido ao seu nome.

Viveu dias difíceis na época em que ser petista era como rapadura: “É doce, mas não é mole”.

Hoje as coisas estão fáceis.

Qualquer um se arvora em ser militante. É cômodo.

Estou exortando-o, convocando-o para dar a sua adesão ao Projeto Novo Rumo, pretendendo novos caminhos para Mato Grosso do Sul.

Pela leitura do material, inclusive missivas às lideranças diversas, você entenderá com facilidade a Proposta.

Um abraço.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 155

Campo Grande, 15 de Abril de 2009

Meu prezado correligionário

amigo e líder Wilson Barbosa Martins.

Em correspondência a outras lideranças (das quais o amigo está recebendo cópias) já exaltei as suas qualidades, como advogado, professor e proprietário do Colégio Oswaldo Cruz, Prefeito de Campo Grande, Deputado Federal, Presidente da OAB - Seccional de Mato Grosso do Sul, Governador por 02 vezes do Estado e Senador, além de grande líder do PMDB.

A princípio, entendi que o amigo já tinha dado a sua cota pessoal de trabalho a Mato Grosso do Sul, à sua gente.

Revi a minha posição.

Ouvi alguns pronunciamentos do Comandante e comentários a respeito de outros, em reuniões nas quais, não estive presente.

Exorto-o, convido-o, convoco-o a dar o seu apoio ao Projeto Novo Rumo que almeja novos caminhos para Mato Grosso do Sul, após três décadas de sua implantação como Unidade Federativa.

Pela leitura do material a este anexado, o amigo entenderá as nossas propostas e o seu alcance a médio e longo prazos.

Rubens Nunes da Cunha

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 156

Campo Grande, 20 de maio de 2009.

Prezado amigo Nelson

Li com atenção sua carta de abril / 2009.

Conforme você relatou, pretende manter uma postura a distância em relação às atividades do Projeto Novo Rumo.

Respeito sua decisão, porém não abro mão da sua condição de Mestre-Escola, em relação ao Marcelo, Norma, Ricardo, Nelsinho, Fábio, Marcos, Siufi, Mandetta e outros liderados e seguidores dos seus passos.

Vejamos:

Mato Grosso do Sul, passou por um crescimento vegetativo, sem grandes óbices nos últimos 200 anos.

O gado que povoou o pantanal sul mato-grossense, veio dos pantanais do Mato Grosso.

Este rebanho expandiu-se, cresceu de maneira natural e espalhou-se pelas regiões da Nhecolândia, Paiaguás, Tabôco, Rio Negro, Coxim, Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho e Nabileque.

Deu-se também o povoamento, por bovinos, dos campos limpos da Vacaria, Grande Ponta Porã, Bela Vista, Vales do Sucuriú e do Indaiá Grande.

Houve a exploração dos ervais nas regiões de Ivinhema, Iguatemi, Amambaí, Ponta Porã, Campanário e outras.

Como notamos, apenas extrativismo.

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 157

Na década de 40, com a implantação da Colônia Federal Agrícola de Dourados, iniciou-se a exploração das “Matas”. Esta exploração expandiu-se para o Cone Sul, furnas de Camapuã, Miranda, Bodoquena e Bonito.

De início exploração madeireira e “lavouras brancas” (arroz, feijão, milho). Na década de 70 entraram os gaúchos na Grande Maracajú, na forma de arrendatários; Desbravaram os campos limpos e cerrados fracos de terra roxa, fazendo a sua correção e plantando soja.

Essa atividade (plantio de soja) expandiu-se para parte de terra de matas da Grande Dourados.

A seguir, também sulistas, desbravaram o Chapadão dos Gaúchos, hoje Chapadão do Sul , então município de Cassilândia, São Gabriel do Oeste e parte da região da Margarida, no eixo Jardim – Porto Murtinho.

Os canaviais não são novidade.

Nos idos de 1919, implantou-se a Usina Açucareira de Jupiá, próxima ao Paranazão.

Tive oportunidade de visitar as chaminés, da Usina, próximas a Jupiá, na década de 60.

Na década de 40, conheci na baixada pantaneira, 03 (três) iniciativas sucroalcooleiras:

O alambique para fábrico de aguardente do Sr. Jamil Geleilate, próximo ao Rio Taquarussu; fábrica de açúcar crioulo (mascavo), rapadura e melado na Fazenda Santa Rosa (Miranda) por intermédio de Vivien Paes Proença e a Usina Açucareira de Miranda, empreendimento importante à época.

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Fabricava-se açúcar e aguardente – este (aguardente) era engarrafado e vendido em Miranda e cidades próximas.

Da soja, tive primeiro contato, na década de 40, quando Maurício Muniz, estudante do curso de Técnico Agrícola, em Viçosa, Minas Gerais, trouxe algumas sementes nas férias do fim de ano e as plantou em canteiros no quintal de sua casa, em Aquidauana.

Acompanhamos, curiosos, o desenvolvimento daquela mini-cultura; Seria um grão maravilhoso, quase mágico, importado da Ásia; Deste grão diziam-se maravilhas.

Em 1973, em passeio a Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, assisti o "boom" da soja naquele Estado.

Até os campos de futebol eram ocupados pela planta.

Em Santa Rosa, implantou-se um Programa, desenvolvido pela FAO (Alimentos para a Paz) e nesse município foram repassadas as técnicas contemporâneas: correção do solo com calcário, adubo granulado, contendo nitrogênio, fósforo e potássio e uso de sementes selecionadas.

A partir de Santa Rosa, a soja expandiu-se para todo o Brasil.

Inclusive a variedade "Santa Rosa" foi precursora para a disseminação.

Após a implantação do Programa Polocentro, em 1975, com juros subsidiados, caíram os cerrados em todos os quadrantes do Estado e, em seu lugar surgiram

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as braquiárias humidicola, decumbens e o milagroso braquiarão.

A implantação da malha rodoviária do Estado foi simples. Não temos a Cordilheira do Himalaia, Andes, Montanhas Rochosas e outros acidentes de difícil e cara transposição.

O mais problemático foi o trajeto do "Buraco das Piranhas", até o Rio Paraguai, atravessando o Pantanal Baixo. No entanto os engenheiros da Noroeste já haviam implantado o trajeto ferroviário Miranda - Porto Esperança muitos anos antes.

O que era fácil, intuitivo, aproveitando-se tecnologia importada (zebuínos da Índia, soja e cana de açúcar da Ásia, braquiárias da África, eucalipto da Austrália) foi feito relativamente sem problemas.

Rodovias asfaltadas, asfaltamento urbano, centros de saúde, conjuntos habitacionais com micro-casas, hospitais, escolas, prédios de universidades, pontes sobre os rios Paraná, Paraguai fluíram de uma maneira natural.

Porém doravante, necessitaremos de esforço intelectual maior: imitar Pereira Passos, que remodelou o velho Rio de Janeiro de ruas apertadas, seguido de Negrão de Lima e Carlos de Lacerda; Prestes Maia remodelou a provinciana São Paulo.

O seu trabalho teve sequência no pioneirismo de Ademar de Barros, desbravando o Vale do Anhangabaú e a Via Anchieta, além do início da Rodovia do Oeste (Castelo Branco) pretendendo chegar a Mato Grosso do Sul e daqui seguindo para o Pacífico; Juscelino Kubitschek com seu ousado plano de metas desbravando o Norte,

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Centro Oeste, fundando Brasília e pretendendo chegar aos países hispânicos através da Rodovia Pan-Americana, hoje realidade, a partir de Rio Branco, no Acre.

O sonho do mineiro de Diamantina se concretiza nos dias atuais.

De expressivo, em Mato Grosso do Sul, analisando friamente, a iniciativa político estratégica realizada por sul matogrossenses, foi somente a “Luta Divisionista”.

Iniciada em 1900 por Jango Mascarenhas, perseguida por Bento Xavier, Gomes, Muzzi, Cassal de Barros, Vespasiano Martins, Deputados Estaduais Constituintes de 1947 e afinal concedida por Geisel através da lei complementar n°11.

A próxima etapa a ser vencida por Mato Grosso do Sul é árdua.

Trata-se de uma pugna geo-política: ocupação de espaços; sobreviver à concorrência do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais (Triângulo Mineiro), Goiás, Brasília e também de Mato Grosso, já pujante, com condições de disputa.

Estender a nossa influência aos países hispânicos.

Alcançar o Pacífico e colocar nossos produtos diretamente na Ásia.

Conquistar o mercado sul americano para nossas mercadorias.

Prepararmo-nos para disputar espaços comerciais; viabilizar a venda das nossas commodities, sem uma “penca” de intermediários. Vender Água Virtual, que nos é fornecida pelas chuvas, medianamente eficientes, e

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pela água de irrigação agregada à carne bovina, suína, frangos, laticínios, grãos, etanol, açúcar, celulose, etc.

Vender Água Real – potável - doce, “in natura” tanto para os países acessados pelo Atlântico como pelo Pacífico e carentes dela.

Estas, são no entanto iniciativas para lideranças preparadas politicamente, comercialmente, empresarialmente e com visão geo-política; por isso Nelson, não abro mão do seu conhecimento, do seu preparo, da sua disposição para aprimorar líderes, concitá-los, incentivá-los.

Sou ciente que gente nova não é afeita a assuntos complicados.

A nós cabe abordá-la com paciência franciscana, e acreditar na máxima de Dom Bosco:

“Quem pode sonhar, pode realizar”

Abraços

Rubens Nunes da Cunha

Tel: (67) 3349-3969

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PLANEJANDO O NOVO – Alternativas para MS 162

Amigo Nelson

Um Alerta

Não podemos transformarmo-nos, na “Meca do Salário Mínimo Rural e Urbano”.

Fomos idealizados e criados para sermos um “Estado Modelo”.

Uma Observação

Reunidos os Opúsculos I e II na publicação: Sinopse - Alternativas para MS. São analisadas História, Potencialidades, Limitações e sugeridos caminhos alternativos para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado.

O Autor