Plano Brasil Maior_balanço Executivo

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    SBN Quadra 1 - Bloco B - Ed. CNC - 14º andar - Brasília/DF - Brasil - CEP: 70041-902

    Contato: Tel: +55 61 3962.8700 | Fax: +55 61 3962.8715 | E-mail: [email protected]

    República Federativa do Brasil

    Dilma Rousseff

    Presidenta

    Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

    Mauro Borges Lemos

    Ministro (interino)

    Ministério da Fazenda

    Guido Mantega

    Ministro

    Casa Civil da Presidência da República

    Aloizio Mercadante

    Ministro-Chee

    Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

    Míriam Belchior

    Ministra

    Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

    Clelio Campolina Diniz

    Ministro

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

    Luciano CoutinhoPresidente

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    Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

    Mauro Borges Lemos

    Presidente

    Maria Luisa Campos Machado Leal

    Diretora

    Otávio Silva Camargo

    Diretor

    Cândida Beatriz de Paula Oliveira

    Chefe de Gabinete

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    SUMÁRIO

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    1. Introdução

    2. Plano Brasil Maior: ação transformadora e anticíclica numimportante momento de transição

    3. Redução dos Custos dos Fatores de Produção e Oferta de Créditopara Investimentos

    3.1 Redução dos Custos do Trabalho: Desoneração da Folha de Pagamento

    3.2 Redução dos Custos do Capital: incentivos a MPEs e desoneração dosinvestimentos

    3.3. Crédito em volume e condições de avorecer a expansão da capacidadeprodutiva

    4. Desenvolvimento das cadeias produtivas, indução dodesenvolvimento tecnológico e qualificação profissional

    4.1 Regimes Especiais Setoriais: apoio desenvolvimento produtivo etecnológico

    4.2 Planos de Estímulo à Inovação, Programas de Qualiicação Proissional eModernização do Marco Legal da Inovação

    4.3 Uso do Poder de Compras Público

    5. Promoção das exportações e defesa do mercado interno

    5.1 Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as EmpresasExportadoras (Reintegra)

    5.2 Agência Brasileira Gestora de Fundos

    5.3 Portal Único de Comércio Exterior

    5.4 Ex-Tariário para bens de capital, de inormática e de telecomunicações

    5.5 Antidumping

    6. O Sistema de Gestão do Plano Brasil Maior

    7. Considerações Finais

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    Amplamente anunciado em 02 de agosto de 2011, o Plano Brasil Maior (PBM), política deindustrial, tecnológica e de comércio exterior do governo ederal, reúne um conjunto articulado

    de medidas de apoio à competitividade do setor produtivo brasileiro. Transcorridos pouco

    mais de três anos de seu lançamento, este documento apresenta um balanço das principais

    ações implementadas.

    Com esse intuito, expõe, de maneira sintética, as principais iniciativas do PBM e os resultados

    alcançados ao longo período. O conjunto de medidas pode ser organizado em três grandes

    blocos, que enatizam os seguintes propósitos: (i) redução dos custos dos atores de produção

    e oerta de crédito para investimentos; (ii) desenvolvimento das cadeias produtivas, indução

    do desenvolvimento tecnológico e qualiicação proissional; (iii) promoção das exportações e

    deesa do mercado interno.

    Visando tornar este relatório um inorme executivo de ácil leitura, optou-se por selecionar

    algumas das iniciativas adotadas, explicando os seus objetivos e as implicações de sua

    implementação. Inormações detalhadas sobre todas as medidas gestadas ao longo dos

    últimos anos estão acessíveis nos relatórios sistêmicos e setoriais bimensais disponibilizados

    no site do Plano Brasil Maior (www.brasilmaior.gov.br).

    INTRODUÇÃO

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    As iniciativas de curto prazo destinadas

    a reduzir entraves conjunturais ao

    desenvolvimento produtivo estão

    integradas a medidas estruturantes de

    maior prazo de maturação, capazes de

    elevar de maneira sustentável os patamares

    de competitividade da indústria brasileira.

    Por um lado, as incertezas internacionais e a

    acirrada competição externa nos mercados

    domésticos de manuaturados ainda são

    questões a serem enrentadas. Por outro,

    são muitos os desaios associados às

    externalidades negativas da economia

    brasileira, especialmente relacionados à

    inraestrutura de capital ísico e humano

    e aos custos sistêmicos de tributação e

    regulação cumulativos sobre as cadeias

    produtivas, além de signiicativas deasagens

    tecnológicas em diversos setores industriais.

    Na vertente do capital humano, os impactos

    mais imediatos recaem sobre a qualiicação

    da orça de trabalho e sobre a capacidade

    de inovação tecnológica, gerencial eempreendedora. O déicit de capital ixo,

    por sua vez, relete-se no estoque de capital

    disponível, no elevado tempo de uso de

    máquinas e equipamentos - com idade

    média de 17 anos - e no reduzido acúmulo

    de conhecimento tecnológico.

    Trata-se de desaios estruturais que estão

    sendo enrentados pelo governo, mas

    requerem um longo tempo de maturação.

    Entretanto, não há dúvidas de que é preciso

    superá-los para que a indústria brasileira

    consiga vencer distâncias e aproximar-

    se das melhores práticas produtivas e

    tecnológicas mundiais.

    Além de ter contribuído para minorar os

    impactos negativos da crise inanceira

    internacional, a política industrial do

    governo ederal procurou, assim, exercer

    um eeito transormador sobre a estrutura

    produtiva brasileira, com impactos demédio e longo prazo undamentais para

    a competitividade do país. O ambiente

    econômico que marca o período de vigência

    do PBM bem evidencia essa dupla unção. De

    um lado, o movimento de queda de preços

    das commodities  e o reordenamento dos

    termos de troca decorrentes das oscilações

    cambiais incitaram a adoção de medidas

    de curto prazo destinadas a minorar os

    eeitos nocivos imediatos sobre a economia

    brasileira. De outro, as possibilidades que seabrem para a indústria apontam para novas

    oportunidades de investimentos produtivos,

    que induzem a inovação tecnológica e,

    consequentemente, são capazes de ampliar

    o patamar de produtividade em setores

    estratégicos. O Plano Brasil Maior, portanto,

    é um balizador de ações e expectativas

    em uma importante ase de transição

    para um padrão de crescimento liderado

    pelos investimentos.

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    16 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Um dos eixos undamentais do PBM oi a redução de custos de produção, buscando a

    desobstrução de gargalos associados aos atores trabalho e capital por meio da redução dos

    encargos previdenciários incidentes sobre a olha de pagamentos devidos pelas empresas, da

    ampliação das aixas de aturamento do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual

    (MEI), da desoneração de impostos ederais sobre bens de investimento e da oerta de crédito

    em volume e condições capazes de avorecer a expansão de capacidade produtiva.

    REDUÇÃO DOS CUSTOS DOS

    FATORES DE PRODUÇÃO EOFERTA DE CRÉDITO PARAINVESTIMENTOS

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    3.1 Redução dos Custos do Trabalho: Desoneração da Folha de Pagamento

    Desoneração permanente da folha de pagamento:  eliminação da contribuição

    patronal do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e compensação

    parcial de nova alíquota sobre aturamento bruto, com desoneração integral dos

    bens exportados.

    Visando reduzir os custos de mão de obra, preservando salários e direitos dos trabalhadores,

    a Lei no 12.546/11 instituiu a sistemática de eliminação da contribuição patronal de 20% sobre

    a olha de pagamentos para 15 setores econômicos intensivos em trabalho, sensíveis ao

    câmbio e à concorrência internacional. Essa contribuição oi parcialmente compensada pela

    nova alíquota sobre o aturamento bruto da empresa, excluída a receita bruta de exportações.

    O número de setores beneiciados oi sucessivamente ampliado pelas Leis nos 12.715/12,12.794/13 e 12.844/13, alcançando o patamar de 56. A gradual expansão da medida resultou

    não apenas de estudos e cálculos eetuados pelo governo, mas também do interesse maniesto

    por diversos segmentos produtivos em aderir à nova sistemática. Por isso mesmo, a MP 651,

    de 09/07/14, tornou permanente a desoneração desses setores.

    Em abril de 2014, a Receita Federal do Brasil registrava um total de 76.749 contribuintes que

    utilizaram a sistemática de desoneração da olha de pagamentos, responsáveis por 13,2

    milhões de vínculos empregatícios, que correspondem a cerca de 27% dos vínculos ormais

    de trabalho registrados na economia brasileira. Cálculos do Ministério da Fazenda, por sua

    vez, indicam o valor da renúncia iscal associada ao novo modelo, estimando, para o período

    entre 2011 e 2014, um total de R$ 42 bilhões.

     ANO RENÚNCIA FISCAL ESTIMADA 

    2011 R$ 154 milhões

    2012 R$ 3,8 bilhões

    2013 R$ 16,5 bilhões

    2014 R$ 21,6 bilhões

    2015 R$ 23,8 bilhões

    2016 R$ 27,4 bilhões2017 R$ 31,7 bilhões

    Fonte: Ministério da Fazenda

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    18 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    A política de desoneração da olha de pagamentos não apenas concorre para a redução

    do custo do trabalho, exercendo impactos positivos sobre a contenção do preço de bens

    e serviços para o consumidor, mas também para estimular o aumento da competitividade

    externa dos produtos brasileiro, uma vez que, na nova sistemática instituída, a contribuição

    previdenciária deixa de incidir sobre as exportações. Além disso, exerce eeitos benéicos

    sobre a geração de empregos e a ormalização de mão de obra. Essas implicações apresentam

    ainda maior relevância quando associadas às prioridades sociais do governo ederal e da

    sociedade brasileira, que incluem a melhoria das condições de trabalho e vida da população.

    Nesse sentido, destaca-se que a Lei no 12.546/11 prevê compensação do Fundo do Regime

    Geral da Previdência Social em valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária

    decorrente da desoneração, preservando a apuração do resultado inanceiro do Regime Geral

    de Previdência Social.

    Data Ato Legal VigênciaImpacto na

     ArrecadaçãoSetores

    02/08/2011 MP 540 Dez/12 Jan/2012TI e TIC, indústrias moveleiras, de conecções e dearteatos de couro

    14/12/2012Lei 12.456

    (Conversão da MP540)

    Abr/12 Mai/12TI e TIC, indústrias moveleiras, de conecções e dearteatos de couro (ampliação das NCMs)

    03/04/2012 MP 563 Ago/12 Set/12Redução das alíquotas, ampliação dos setoresindustriais (NCMs), setor hoteleiro

    17/09/2012Lei 12.715

    (Conversão da MP563)

    Jan/13 Fev/13Transporte rodoviário, transporte aéreo emarítimo Manutenção de aeronaves, ampliaçãode setores industriais

    20/09/2012 MP 582 (Lei 12.794) Jan/13 Fev/13 Ampliação dos setores industriais (NCMs)

    28/12/2012 MP 601 (Lei 12.844) Abr/13 Mai/13Comércio varejista, Manutenção e reparo deembarcações, ampliação dos setores industriais(NCMs) e setor tecnologia

    04/04/2013 MP 612 (Lei 12.844) Jan/14 Fev/14

    Transporte erroviário ou metroviário depassageiros, transporte rodoviário e erroviário decarga, carga e descarga em portos, construção deobras de inraestrutura, empresa de jornalismo,ampliação dos setores industriais (NCMs)

    Fonte: Receita Federal do Brasil

    Desoneração da Folha de Pagamento - Atos Legais

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    3.2 Redução dos Custos do Capital: incentivos a MPEs e desoneração dosinvestimentos

     Ampliação do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI): ampliação do limite de todas as aixas de aturamento.

    A Lei Complementar nº 123/06, conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE),

    inaugurou um novo modelo de incentivo às microempresas e empresas de pequeno porte,

    que representavam em 2011, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas

    Empresas (Sebrae), cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e 52% dos empregos com

    carteira assinada no Brasil. Entre os principais mecanismos de avorecimento instituídos,

    destaca-se o regime especial de tributos e contribuições denominado Simples Nacional

    ou Supersimples. Em vigor desde julho de 2007, esse regime determina a uniicação do

    recolhimento de seis tributos ederais, um estadual e um municipal, permitindo signiicativa

    economia de tempo e despesas para as micro e pequenas empresas.

    Em novembro de 2011, no âmbito do Plano Brasil Maior, oi promulgada a Lei Complementar

    nº 139. Com o intuito de estender o Supersimples para um número maior de empresas, essa Lei

    aumentou em 50% o teto da receita bruta inicialmente estabelecido como limite para usuruto

    do beneício, azendo-o passar de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões a partir de janeiro do

    ano subsequente. A mesma Lei Complementar ampliou o limite anual de aturamento do

    Microempreendedor Individual, igura jurídica criada pela Lei Complementar nº 128, de 19

    de dezembro de 2008. Originalmente deinido como o empresário individual optante pelo

    Simples Nacional com receita bruta anual de até R$ 36 mil, o MEI passou a incluir indivíduos

    com aturamento de até R$ 60 mil a partir de janeiro de 2012. Estimulando a ormalização de

    trabalhadores que atuam por conta própria e que possuem até um empregado contratado pelo

    salário mínimo ou pelo piso de sua categoria proissional, a Lei Complementar nº 128 inclui,

    entre as suas vantagens, isenção de taxas para registro da empresa, simpliicação de tributos,

    acilidades creditícias e redução da burocracia. Desse modo, exerce impactos positivos sobre

    a ampliação da cobertura previdenciária e de outras vantagens associadas à ormalização.

    A extensão desses beneícios para um maior número de empreendedores, portanto, é uma

    iniciativa undamental não apenas para o surgimento de novos negócios, mas também para

    expandir o acesso a mecanismos de proteção social.

    Além da ampliação das aixas de aturamento do Simples Nacional e do MEI, a LeiComplementar nº 139 permitiu que as receitas de produtos exportados ossem excluídas para

    ins de enquadramento. Esse procedimento, em linha com prioridades estabelecidas no Plano

    Brasil Maior, representa um estímulo às exportações de micro e pequenos negócios.

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    Desoneração dos Investimentos:  redução sistêmica de tributos incidentes sobreinvestimentos produtivos

    Considerando a importância de investir e gerar empregos, o Plano Brasil Maior abraçou o

    desaio de redução de tributos incidentes sobre investimentos produtivos. Nessa direção,

    tornou operacionais diversas medidas tributárias, entre as quais se destacam as seguintes:

    • Apropriação imediata dos créditos de PIS-Pasep/Coins (Programa de IntegraçãoSocial - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público/ Contribuição para

    Financiamento da Seguridade Social) incidentes sobre a aquisição de bens de capital:

    antes de agosto de 2011, correspondia a 12 meses o intervalo de tempo requerido

    para que as pessoas jurídicas, nas hipóteses de aquisição no mercado interno ou de

    importação de máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e prestação

    de serviços, acessassem o desconto dos créditos da contribuição para o PIS/Pasep eCoins de que tratam as leis nº 10.637/2002, 10.833/2003 e 10.865/2004. A Lei nº 12.546,

    de 14/12/2011 (conversão da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011), reduziu

    gradualmente o prazo de devolução desses créditos, que passaram a ser apropriados

    de imediato no caso de aquisições ocorridas a partir de julho de 2012.

    • Redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bens de capital,materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves: a Lei nº 12.546/2011

    também dispôs sobre a redução das alíquotas de IPI, mediante a publicação de atos

    do Poder Executivo com o objetivo de estimular a competitividade, a agregação de

    valor, o investimento, a inovação tecnológica e a produção local. Diversos decretos do

    Ministério da Fazenda regulamentaram essa redução de impostos, que muito contribuiu

    para a redução do custo do investimento. Recentemente, o governo ederal tornoupermanentes essas desonerações.

    • Depreciação acelerada: para eeito de apuração do imposto sobre a renda, aspessoas jurídicas tributadas com base no lucro real tiveram direito à depreciação

    acelerada no caso de bens novos, relacionados em regulamento, adquiridos ou

    objeto de contrato de encomenda entre 16 de setembro e 31 de dezembro de 2012, e

    destinados ao ativo imobilizado do adquirente. Calculado pela aplicação adicional da

    taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo da depreciação contábil das

    máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, esse beneício oi apurado a partir

    de 01/01/2013. Embora se trate de uma medida temporária, a depreciação acelerada

    também contribuiu signiicativamente para a redução dos custos de produção.

    A desoneração generalizada dos tributos ederais sobre os bens de investimento permitiu,

    desde julho de 2012, limitar os custos da tributação de máquinas e equipamentos aos

    decorrentes do prazo de 48 meses reerente à devolução do crédito estadual de ICMS (Imposto

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    22 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), no caso das empresas não beneiciárias do

    Simples Nacional. Dessa maneira, oi possível reduzir o custo do investimento em capital ixo,

    estimulando novos negócios undamentais para o desenvolvimento do país. Considerando-

    se os bens de capital produzidos no país, os tributos representavam, em 2003, cerca de 32%

    do custo médio do investimento de uma empresa na compra de máquinas e equipamentos:

    13% de IPI, 5,5% de PIS/Coins, 1% de CPMF e 12% de ICMS. Com o im da CPMF (Contribuição

    Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza

    Financeira), a isenção integral do IPI e o ressarcimento automático de crédito do PIS/Coins,

    a tributação caiu para 4,3% do custo do investimento, reerente à média atual do custo de

    carregamento de uma alíquota de ICMS estadual de 12% sobre bens de capital.

    3.3. Crédito em volume e condições de favorecer a expansão da capacidadeprodutiva

    Crédito farto e barato: Novo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e ProgramasSetoriais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

    O expressivo montante de recursos e as condições excepcionalmente avoráveis apontam para

    o importante papel do BNDES no inanciamento dos investimentos associados às prioridades

    de política pública e no omento setorial como estratégia para alavancar o crescimento. O

    baixo custo relativo dos empréstimos, por sua vez, reairma os esorços de redução dos custos

    do capital nos setores prioritários do PBM. Entre janeiro de 2011 e julho de 2014, o BNDES

    desembolsou pouco mais de R$ 465 bilhões para os setores de agropecuária, indústria,

    comércio e serviços, que correspondem a cerca de 80% dos desembolsos totais do banco.

    2011 2012 20132014

    (jan-jul)Total

    TOTAL BNDES 138.873 156.049 190.419 97.266 582.608

    Subtotal Blocos de Sistemas Produtivos PBM 119.215 121.605 150.192 74.895 465.907

    1 - Sistemas de Mecânica, Eletroeletrônica eSaúde*

    77.132 75.872 103.333 53.933 310.269

    2 - Sistemas Intensivos em Escala 25.180 27.312 32.276 14.947 99.715

    3 - Sistemas Intensivos em Trabalho 13.583 15.571 16.576 7.189 52.919

    4 - Sistemas do Agronegócio 16.401 17.256 26.114 12.262 72.033

    5 - Comércio, Logística e Serviços Produtivos37.559 32.165 41.343 20.757 131.824

    * Inclui desembolso para aquisição de bens de capital em outros setores.

    Fonte: BNDESNota: Para bens de capital (Finame), há dupla contagem nos desembolsos do BNDES, pois estes aparecem nos Sistemas daMecânica, Eletroeletrônica e Saúde e no programa que realiza o investimento.

    Desembolsos do BNDES para os Sistemas Produtivos do PBM (R$ milhões)

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    Programas Setoriais do BNDES – Orçamento e Vigência

    O BNDES PSI, lançado em julho de 2009 como parte das medidas do governo ederal para

    mitigar os eeitos da crise inanceira internacional sobre a economia brasileira, oi um dos

    mais importantes ocos de atenção do conjunto de inanciamentos concedidos. No bojo do

    PBM, ampliou a sua abrangência e o seu orçamento, acumulando desembolsos no valor de

    R$ 207,6 bilhões entre janeiro de 2011 e julho de 2014. Desse modo, permitiu que as empresas

    brasileiras mantivessem seus planos de investimento, preservando e criando empregos.

    O BNDES também buscou aproundar a sua ação setorial, avançando no lançamento de

    um importante conjunto de iniciativas com esse propósito. Dentre as iniciativas apoiadas,

    destacam-se os chamados programas setoriais de inanciamento, que buscam responder

    às especiicidades de setores intensivos em conhecimento, lexibilizando garantias e outras

    condições de acesso. Após amplo processo de revisão, esses programas tiveram os seus

    quadros lógicos para monitoramento e avaliação reespeciicados, com vistas a reorçar os

    atores de sucesso identiicados pelos diagnósticos. Com base nessas inormações, diversos

    programas oram simpliicados, tiveram seus orçamentos ampliados e suas regras de acesso

    acilitadas, visando potencializar os beneícios aueridos pelo setor produtivo brasileiro.

    Programa Setor Orçamento Vigência

    BNDES Proarma Complexo da Saúde R$ 5 bilhões junho-17

    BNDES ProsofTecnologias da Inormação e Comunicação- TICs

    R$ 5 bilhões junho-17

    BNDES P&G Petróleo e Gás (P&G) R$ 4 bilhões dezembro-15

    BNDES Proplástico Química R$ 1,3 bilhão junho-17

    BNDESProengenharia

    Automotivo, P&G, BK (Bens de Capital),Químico, Deesa

    R$ 5 bilhões março-18

    BNDES ProdesignTêxtil, Calçados, Móveis, HPPC (HigienePessoal, Perumaria e Cosméticos)

    R$ 0,5 bilhão dezembro-15

    Fonte: BNDES

    Essas iniciativas somam-se à ampliação dos esorços voltados para: (i) a redução do custo de

    inanciamento, por intermédio de programas como o próprio PSI, o Revitaliza e o Progeren;

    (ii) o omento ao aumento da produtividade, por meio do PSI projetos transormadores e do

    programa de qualiicação proissional; e (iii) o apoio à sustentabilidade ambiental, por meio

    de redução de emissões de gases do eeito estua com o Programa Fundo Clima.

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    24 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

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    26 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Um importante vetor para o aumento da produtividade da indústria brasileira é o omento

    da escala e especialização das cadeias produtivas, que envolve uma política setorial de

    adensamento da produção, inovação tecnológica e qualiicação proissional. Para tanto,

    oram instituídos, aprimorados e ortalecidos regimes tributários especiais de incentivo ao

    adensamento da produção local de etapas críticas das cadeias produtivas mais longas e

    complexas, com desonerações tributárias associadas a contrapartidas de investimento,agregação de valor, geração de emprego, inovação e capacitação de trabalhadores.

    Paralelamente, oram estruturadas outras políticas setoriais que procuram incentivar

    a capacidade do parque produtivo brasileiro, ortalecendo a produção de insumos

    intermediários, peças, componentes e serviços especializados.

    Também com o oco voltado para a inovação e a qualiicação proissional, oram

    disponibilizados programas robustos e atraentes, que têm o mérito adicional de conceber

    modelos institucionais originais e eicientes. Esses esorços oram complementados pelos

    avanços na modernização do marco legal da inovação, que inclui ações voltadas para a

    atuação ágil e competente de instituições como o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia,

    Qualidade e Tecnologia) e o Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Ainda

    nesse bloco, inclui-se a instituição do mecanismo de compras públicas com margens de

    preerência, que, beneiciando-se do potencial do mercado interno e do poder de compras

    governamental, estimula o ortalecimento da produção local, procurando omentar o

    desenvolvimento tecnológico.

    DESENVOLVIMENTO DASCADEIAS PRODUTIVAS,INDUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

     TECNOLÓGICO E QUALIFICAÇÃOPROFISSIONAL

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    27PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    4.1 Regimes Especiais Setoriais: apoio ao desenvolvimento produtivo etecnológico

    Inovar-Auto: instituído pela Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, e regulamentado

    pelo Decreto nº 7.819, de 3 de outubro de 2012, tem vigência até 31/12/2017

    Visando o desenvolvimento do setor automotivo brasileiro, o governo ederal lançou o

    Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de

     Veículos Automotores – Inovar Auto. Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico,a inovação, a segurança, a proteção ao meio ambiente, a eiciência energética e a qualidade

    dos automóveis, caminhões, ônibus e autopeças, seu principal compromisso é o alcance de

    níveis mínimos de eiciência energética de todos os veículos comercializados no país.

    A habilitação ao Inovar-Auto está condicionada à realização, pela empresa, de pelo menos

    três dos seguintes requisitos no Brasil: atividades abris e de inraestrutura de engenharia,

    diretamente ou por terceiros; investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação,

    diretamente ou por terceiros; dispêndio em engenharia, tecnologia industrial básica e de

    capacitação de ornecedores, diretamente ou por terceiros; e adesão da empresa a programa

    de etiquetagem veicular de âmbito nacional do Inmetro. Podem habilitar-se ao programa

    empresas produtoras, empresas que apenas comercializam ou aquelas que têm projetos de

    investimentos para novas plantas produtivas no país. No que tange às metas para dispêndios

    em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e dispêndios em engenharia, Tecnologia Industrial

    Básica (TIB) e capacitação de ornecedores, o Programa já deine percentuais mínimos a

    serem investidos pelas empresas habilitadas nas rubricas (eletivos).

    Ano-Calendário P&D Engenharia, TIB e Capacitação de Fornecedores

    2013 0,15% 0,50%

    2014 0,30% 0,75%

    2015 0,50% 1,00%

    2016 0,50% 1,00%

    2017 0,50% 1,00%

    Fonte: Decreto nº 7.819/2012

    Percentuais mínimos de dispêndios em P&D e Engenharia, TIB e Capacitação de Fornecedores sobre a

    Receita Operacional Bruta (ROB) para habilitação: 2013-2017

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    28 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    O Decreto no 7.819/2012, também deine as metas para eiciência energética, discriminando

    meta para habilitação, meta para redução de 2 pontos percentuais (pp) de IPI e meta para

    redução de 1 pp de IPI.

    METAS

    Autonomia km/lConsumo energético

    MJ/KMIncremento de

    eiciência energética(%)Gasolina(E22)

    Etanol(E100)

    Linha de base – 2011 14,00 9,71 2,07

    Meta para habilitação 15,93 11,04 1,82 12,08%

    Meta para redução de 1 pp noIPI – 2017

    16,57 11,48 1,75 15,46%

    Meta para redução de 2 pp no

    IPI – 2017

    17,26 11,96 1,68 18,84%

    Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

    Metas de eficiência energética: 2013-2017

    O programa Inovar-Auto oi criado com a expectativa de aumentar a eiciência energética dos

    veículos produzidos no Brasil, atrair investimentos em novas unidades abris e modernizar

    das unidades já existentes, promover o adensamento da cadeia produtiva e estimular novos

    investimentos em P&D, engenharia e erramentaria. Além disso, almeja ampliar a capacitação

    de ornecedores brasileiros e aumentar as exportações de veículos, com repercussões

    positivas na redução dos déicits da balança comercial.

    Até o inal de agosto de 2014, 52 empresas (21 abricantes, 15 importadores e 16 novos

    investidores) já haviam sido habilitadas. Os novos investimentos conirmados até esse

    momento alcançavam 9,4 bilhões, repercutindo em uma ampliação da capacidade instalada

    de produção de automóveis da ordem de 629,7 mil unidades, com previsão de geração de 15,5

    mil novos empregos diretos.

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    29PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    EMPRESASINVESTIMENTO

    PREVISTO(R$ MILHÕES)

    CAPACIDADEDE PRODUÇÃO

    (UNID)

    INÍCIO DAPRODUÇÃO

    EMPREGOSDIRETOS

    BMW DO BRASIL LTDA. 625,0 32.000 1º TRIM 2014 1300

    CAMINHÕES METRO-SHACMAN DO BRASIL,COM. E IND. DE VEIC. AUTOMOTORES LTDA.

     328,7 10.000 4º TRIM 2014 300

    CAOA MONTADORA DE VEIC. PROJETO(IX35)

    300,0 24.000 3º TRIM 2014 550

    CHERY BRASIL IMP.FAB.E DIST.VEIC. 351,0 100.000 1º TRIM 2014 1700

    DAF CAMINHÕES BRASIL INDÚSTRIA LTDA. 351,2 10.000 4º TRIM 2013 500

    JAC MOTORS DO BRASIL AUTOMÓVEIS 900,0 80.000 1º TRIM 2015 3000

    MMC AUTOMOTORES DO BRASIL LTDA (ASX) 283,0 27.000 2º TRIM 2013 324

    MMC AUTOMOTORES DO BRASIL LTDA(LANCER)

    193,0 21.715 1º TRIM 2014 300

    NISSAN DO BRASIL AUTOMOVEIS LTDA(INCISO III)

    2.500,0 160.000 1º TRIM 2014 2700

    VOLKSWAGEN DO BRASIL IND. DE VEÍCULOSAUTOMOTORES (PROJETO GOLF)

    504,7 40.000 3º TRIM 2015 400

    AUDI DO BRASIL DIST. DE VEÍCULOS LTDA(A3 E Q3)

    670,0 26.000 4º TRIM 2015 400

    MERCEDES-BENZ DO BRASIL LTDA(CLASE C E GLA) 708,6 20.000 1º TRIM 2016 1000

    FOTON MOTORS DO BRASIL LTDA - FÁBRICABAHIA

    301,1 16.000 2º TRIM 2015 500

    FOTON AUMARK DO BRASIL - FÁBRICA RIOGRANDE DO SUL

    238,5 34.000 2º TRIM 2015 307

    JAGUAR E LAND ROVER BRASILIMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE VEÍCULOSLTDA.

    903,8 24.000 3º TRIM 2016 1360

    SBTC INDÚSTRIA DE VEÍCULOS S/A 199,4 5.000 1º TRIM 2016 850

    TOTAL 9.358,0 629.715 - 15.491

    Fonte: MDIC 

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    30 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Em 04 de setembro de 2013, a portaria MDIC nº 280 instituiu o Sistema de Acompanhamento

    do Inovar-Auto, com o propósito de monitorar o cumprimento das obrigações e requisitos

    do Programa, aerir direitos a incentivos e beneícios iscais e identiicar o comportamento

    das empresas que atuam no setor automotivo. Desde a sua entrada em operação assistida,

    em janeiro de 2014, o sistema registra mais de 15.000 pré-cadastros realizados. Em maio

    deste mesmo ano, cerca de 400 empresas já operavam o sistema, tendo sido realizados mais

    de 800 atendimentos, enquanto se continuava a desenvolver, paralelamente, os demais

    componentes deinidos. No inal do mês junho, o sistema já contava com o banco de dados, o

    modelo relacional inicial e a primeira plataorma de arquitetura ísica e lógica, contemplando

    os seguintes módulos:

    • Módulo de apuração de crédito presumido e rastreabilidade, que viabilizará aidentiicação do valor dos dispêndios que serão multiplicados pelo ator deinido no

    Decreto nº 7.819/12 para ins de geração de crédito presumido de IPI de até 30 pontos

    percentuais

    • Portal de Gestão: espaço para inserção de todos os dados do sistema, que abrange oconjunto de consultas relacionadas à apuração de crédito presumido.

    O Decreto nº 8.294, de 12 de agosto de 2014, regulamenta o processo de rastreamento de

    autopeças consumidas pelas montadoras, determinando aos ornecedores de insumos

    estratégicos e de erramentaria para as empresas habilitadas pelo Inovar-Auto e seus

    ornecedores diretos a obrigatoriedade de inormar aos adquirentes, nas operações de

    venda, os valores e as demais características dos produtos ornecidos, nos termos, limites e

    condições a serem deinidos pelo MDIC. Avança-se, dessa maneira, mais um passo na direção

    de uma política setorial eiciente, que estabelece contrapartidas claras e ormas adequadas

    de aerição de compromissos.

    Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria deSemicondutores (Padis): prevê para a indústria de semicondutores e displays, até 22 de janeiro de 2022, redução a 0% da alíquota de tributos ederais (PIS/PASEP-COFINS; PIS/

    PASEP – importação; COFINS – importação; IPI; Imposto de Importação (II) para máquinas,

    aparelhos, instrumentos, equipamentos, sofware e insumos; CIDE; IRPJ (Contribuições

    de Intervenção no Domínio Econômico); IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica))

    nas aquisições de componentes e máquinas no mercado interno e nas importações de

    componentes para ativo ixo da indústria

    Originalmente instituído pela Lei nº 11.484/2007 e regulamentado pelo Decreto nº 6.233/2007,

    o Padis oi estendido no âmbito do Plano Brasil Maior por meio da Lei nº 12.715, de 17 de

    setembro de 2012, passando a incluir ornecedores de insumos estratégicos para a produção

    de semicondutores e displays (telas de LCD, LED, etc.). Até agosto de 2014, nove empresas

    tiveram projetos aprovados e habilitações concedidas para operação, sendo três de design

    house, duas de lâminas ou foundries (processamento ísico-químico) e quatro de back end  

    (encapsulamento e teste de semicondutores).

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    31PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL): instituído pela Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, e regulamentado pelo decreto

    nº 7.921, de 15 de evereiro de 2013, o REPNBL, com vigência até 31/12/2016, prevê que

    as companhias que tiverem projetos para construção de redes aprovados pelo Ministériodas Comunicações (MC) e orem habilitadas pela Receita Federal do Brasil (RFB) sejam

    beneiciadas pela desoneração de impostos ederais sobre máquinas, equipamentos,

    material de construção e mão de obra utilizados na implementação dos projetos.

    Em 23 maio de 2014, oi publicado o Decreto 8.247, que regulamenta critérios para eeitos de

    habilitação no Padis. Atualmente, encontra-se em análise proposta de revisão que objetiva

    acomodar novos modelos de negócios e novas modalidades de operação das indústrias de

    semicondutores e displays, aprimorando o Programa e potencializando seus resultados.

    Desde a sua criação, o Padis tem sido utilizado como um dos mecanismos de atração

    internacional de investimentos em microeletrônica no Brasil. O “Relatório GTI-PADIS dos

    incentivos do Programa Padis triênio 2010/2012”, disponível em http://www.mct.gov.br/

    upd_blob/0231/231933.pd , evidencia os primeiros resultados do Programa, reiterando

    as expectativas de que novos investimentos nas atividades de P&D e de abricação de

    semicondutores e displays ocorram nos próximos anos.

    Com os objetivos de modernizar as redes de telecomunicações do país, diminuir as

    desigualdades de acesso em dierentes regiões e massiicar o serviço a partir da execução

    integral dos investimentos associados aos projetos apresentados, o REPNBL prevê suspensão

    de PIS-Pasep/COFINS e IPI para máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos

    e materiais de construção para investimentos em expansão da rede de telecomunicações

    para banda larga e de PIS-Pasep/COFINS para serviços de obras civis, tendo como exigência

    Processo Produtivo Básico (PPB) e desenvolvimento nacional de tecnologia.

    De maio de 2013 e junho de 2014, quando se encerrou o prazo para a apresentação de projetos

    ao Ministério das Comunicações, oram registrados 1.801 projetos, envolvendo investimentos

    da ordem de R$ 26,1 bilhões. Dos 229 projetos aprovados até 25/08/14, 47 já possuem Ato

    Declaratório de Habilitação emitido pela RFB e estão em execução.

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    32 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional(Reicomp) e Programa Um Computador por Aluno (Prouca): instituídos pela Lei

    nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, essas iniciativas têm o seu período de vigência

    estabelecido até 31 de dezembro de 2015. Preveem suspensão do IPI e PIS-PASEP/COFINS, II e CIDE para inclusão digital nas escolas públicas ou entidades sem ins

    lucrativos de atendimento a pessoas com deiciência, estabelecendo a exigência de

    atendimento de PPB e de produção no país de peças e componentes.

    Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID): criado pela Lei

    nº 12.598/2012, institui regras especiais para a compra e a contratação de produtos e

    sistemas de deesa, aprimorando o marco legal e contribuindo para a reorganização

    da base industrial de deesa brasileira.

    O Reicomp provê habilitação de pessoa jurídica abricante de equipamentos para o Prouca,

    que suspende a cobrança de IPI, PIS/Pasep-Coins, II e CIDE dos abricantes de computadores

    portáteis, tanto na aquisição de matérias-primas e produtos intermediários quanto na

    comercialização. Com isso, estimula a aquisição e utilização de soluções de inormática como

    instrumento de aprendizagem, promovendo a inclusão digital nas escolas públicas e nas

    entidades sem ins lucrativos de atendimento a pessoas com deiciência.

    O Prouca beneiciou-se da experiência do Projeto Um Computador por Aluno (UCA),

    desenvolvido em caráter piloto em escolas públicas estaduais e municipais a partir de

    2010. Nesse projeto de inclusão digital pedagógica baseado em um notebook ou laptop

    de baixo custo apto ao enlace de conectividade sem io, com custo de R$ 82,350 milhões,

    oram atendidas, até agosto de 2014, 380 escolas, 7.933 proessores e 131.180 alunos em

    269 municípios distribuídos por todas as 27 unidades da Federação. No âmbito do Prouca,

    contabilizam-se adesões com recursos próprios de 182 municípios, perazendo um total de R$

    70,2 bilhões e 196.557 equipamentos.

    O Retid oi criado pela Lei nº 12.598, de 21 de março de 2012, que institui regras especiais para

    a compra e a contratação de produtos e sistemas de deesa no país. Entre seus beneícios

    está a suspensão do IPI e PIS/Coins nas vendas internas para as empresas contempladas. Em

    28 de março de 2013, o governo ederal editou o Decreto nº 7.970, que regulamentou alguns

    dispositivos da Lei e criou a Comissão Mista da Indústria de Deesa (CMID), com a inalidade

    de assessorar o Ministro de Estado da Deesa em processos decisórios e na proposição de atos

    relacionados à indústria nacional de deesa.

    No âmbito da CMID, oram aprovados, em 2013: o processo de classiicação de Produtos

    de Deesa (Prode); o processo de credenciamento de Empresas de Deesa (ED); o processo

    de classiicação de Prode como Produtos Estratégicos de Deesa (PED); e o processo para

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    33PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados àExploração e à Produção de Petróleo e Gás Natural (Repetro): as políticas voltadaspara o setor de Petróleo, Gás & Naval ganham ainda maior relevância com a descoberta

    de gigantescas reservas de petróleo na camada pré-sal, que deverão ser o motor de

    crescimento nos próximos 20 anos, exercendo impactos positivos em toda a cadeia de

    valor de petróleo.

    cadastramento de Empresas Estratégicas de Deesa (EED). A regulamentação do Retid

    ocorreu com a publicação do Decreto nº 8.122, de 16 de outubro de 2013. De acordo com essa

    regulamentação, os beneícios iscais previstos poderão ser usuruídos por até cinco anos, a

    contar da data da publicação da Lei n° 12.598/2012.

    Para que possam usuruir dos beneícios, as empresas ornecedoras de insumos e prestadoras

    de serviços às empresas credenciadas no Retid (denominadas EED) terão que comprovar

    percentual mínimo de receita de 70% de venda de bens e serviços no ano-calendário anterior

    para EEDs abricantes de bens de deesa nacional, para o exterior e/ou para o Ministério

    da Deesa (MD). Empresas que se encontrem em ase inicial de atividades ou que não se

    enquadrem como preponderante exportadoras poderão assumir o compromisso de atingir

    esse percentual até o término do ano-calendário seguinte ao da habilitação.

    Em 27 de novembro de 2013, por meio da Portaria MD nº 3.228, oi publicada a primeira

    relação de EEDs credenciadas, além de terem sido homologados os primeiros PEDs. Em

    agosto de 2014, havia 53 EEDs credenciadas pelo MD e, portanto, aptas a solicitarem sua

    habilitação ao RETID.

    Vigente desde 1999, o Repetro é um importante mecanismo de incentivo ao desenvolvimento

    da cadeia produtiva de Petróleo, Gás & Naval. Em linhas gerais, permite a importação de bensdestinados à exploração e produção de petróleo por meio da combinação de três institutos

    no regime aduaneiro: admissão temporária; exportação com saída icta; e importação sob

    o beneício de drawback . Dessa maneira, viabiliza a desoneração completa de tributos

    da construção naval e offshore no Brasil, constituindo-se em importante onte de estímulo

    à competitividade. Em 2008, por meio da Lei nº 11.774, oi criado o Fundo Garantidor da

    Construção Naval (FGCN), outro importante instrumento de garantia das operações de crédito

    para a construção naval e offshore.

    O setor conta também com uma política de conteúdo local exitosa, que combina

    instrumentos iscais, crédito, tecnologia, ormação de recursos humanos e desenvolvimento

    de ornecedores. As exigências de conteúdo local uncionam como critério de avaliação nos

    leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) desde 1999, ao lado de rígidos critérios técnicos

    e inanceiros. A partir de 2005, essas exigências oram apereiçoadas, com a discriminação

    de sistemas e subsistemas de serviços e equipamentos, requisitos mínimos/máximos de

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    34 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    conteúdo especíicos e exigência de certiicação por terceira parte credenciada pela ANP,

    entre outros. Completando o ambiente institucional para o conteúdo tecnológico, a cláusula

    de investimento obrigatório em P&D de 1% da receita bruta dos campos em produção pelas

    concessionárias de petróleo constitui um grande avanço.

    A criação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural

    (Prominp), em 2003, desempenhou um importante papel na identiicação da demanda

    e realização de cursos de ormação voltados para atender aos investimentos em novos

    estaleiros, no levantamento das necessidades de ornecimento nacional e nas operações

    de produção de petróleo. Por meio do Prominp, oram realizados investimentos de US$ 35

    milhões na modernização e expansão em mais de 90% da capacidade de ormação de oiciais

    da marinha mercante. Além disso, o diagnóstico de competitividade da indústria nacional

    realizado pelo programa viabilizou um conjunto de ações de desenvolvimento de capacidade

    industrial e tecnológica e, ao mesmo tempo, a divulgação de oportunidades para a atração de

    investimento estrangeiro em segmentos sem produção nacional. Em conjunto com o Sebrae,

    o Prominp executa, desde 2005, programa para a inserção de micro e pequenas empresas

    na cadeia de petróleo em 16 estados, com mais de 13.000 empresas participantes, US$ 64

    milhões de investimento, 122 rodadas de negócios e expectativa de US$ 3 bilhões em negócios

    para essas empresas. Adicionalmente, desde 2006, quando oi criado o Programa Nacional

    de Qualiicação Proissional do Prominp, já oram treinadas mais de 100 mil proissionais

    em 17 estados do país.

    Formalizada em evereiro de 2013, a parceria entre o Prominp e o PBM viabilizou a execução do

    Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais para o Setor de Petróleo, Gás e Naval,

    ocado em cinco territórios precursores: Maragogipe-São Roque (BA), Rio Grande-São José do

    Norte (RS), Ipatinga-Vale do Aço (MG), Ipojuca-Suape Global (PE) e Itaboraí-Conleste (RJ).

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    35PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    4.2 Planos de Estímulo à Inovação, Programas de Qualificação Profissionale Modernização do Marco Legal da Inovação

    Planos de Estímulo à Inovação: a política de indução tecnológica do governo ederalinclui a adoção de novo padrão de inanciamento e novo arranjo institucional voltado

    para o desenvolvimento de tecnologias pré-competitivas, além de ajustes relevantes no

    marco legal da inovação no país.

    Lançado em 14 de março de 2013, o Plano de Apoio à Inovação Empresarial (Inova Empresa)

    representa uma mudança no paradigma de políticas públicas de incentivo à inovação

    tecnológica no Brasil. Destinando R$ 32,9 bilhões para apoio à inovação no setor privado

    ao longo do biênio 2013/2014, inaugura um novo modelo de omento ao desenvolvimento

    tecnológico no país, que apresenta, simultaneamente, cinco atributos undamentais para o

    desenvolvimento de novas tecnologias: (i) oco nos setores e empresas aceleradoras e em

    tecnologias críticas; (ii) sinergia com programas de inovação baseados em projetos integradosenvolvendo empresas e instituições de pesquisa; (iii) acessibilidade por meio da “porta

    única” de entrada, integrando em um só edital vários instrumentos (crédito, subvenção, não-

    reembolsável e participação de capital), (iv) capilaridade, com descentralização institucional

    do agente inanceiro para micro e pequenas empresas; (v) escala, uma vez que representa

    mais de 0,7% do PIB, condição crítica para seus eeitos tecnológicos. .

    Os R$ 28,5 bilhões reservados para o biênio 2013/2014 oram majoritariamente alocados

    nas sete áreas deinidas como estratégicas (Energias, Cadeia do Petróleo e Gás, Complexo

    da Saúde, Complexo da Deesa e Aeroespacial, Tecnologias da Inormação e Comunicação,

    Complexo Agroindustrial e Sustentabilidade Socioambiental), que receberam R$ 23,5 bilhões.

    A quantia restante oi destinada ao apoio às MPEs, à inraestrutura de inovação e aos

    projetos de inovação e engenharia de outros setores econômicos. Reunindo crédito, recursosde subvenção para empresas, inanciamentos não-reembolsáveis para ICTs (Instituições

    Cientíicas e Tecnológicas), recursos em renda variável e subscrição de ações, direta ou por meio

    de undos, o Inova Empresa é uma ação potente e pioneira em avor da inovação na indústria

    brasileira, que prevê, adicionalmente, R$ 4,4 bilhões provenientes de instituições parceiras.

    32,9R$

    bilhões

    28,5R$bilhões

    Crédito - 20,9 bilhões

    Subvenção - 1,2 bilhões

    Não Reembolsáveis - 4,2 bilhões

    Renda Variável - 2,2 bilhões

    4,4R$bilhões Instituições ParceirasInvestimento Total : 2013 - 2014

    Inova Empresa: Orçamento de Investimento 2013-2014

  • 8/20/2019 Plano Brasil Maior_balanço Executivo

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    36 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Para cada uma das áreas estratégicas, deiniu-se um conjunto de desaios tecnológicos a

    serem superados. Dessa orma, as tecnologias genéricas (microeletrônica, novos materiais,

    nanotecnologia e biotecnologia) estão diretamente associadas aos desaios de cada segmento

    econômico, como a exploração do pré-sal, o desenvolvimento de bioármacos e o aumento

    da eiciência energética. Essa concepção está na vanguarda internacional das políticas de

    inovação, que vêm deinindo seus ocos em unção dos principais desaios identiicados.

    ELEVAR P&DNAS EMPRESAS

    INCENTIVA PROJETOS DEMAIOR RISCO TECNOLÓGICO

    INTEGRAR: CRÉDITO + SUBVENÇÃO +NÃO - REEMBOLSÁVEL + EQUITY 

    POTENCIALIZAR USO DO PODER DE COMPRA DO ESTADO

    DESCENTRALIZAR PARA MELHOR ALCANÇAR MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

    FACILITAR E DESBUROCRATIZAR

    RESULTADOS INDICAMELEVAÇÃO DA QUALIDADE

    E RELEVÂNCIA DOSPROJETOS DE INOVAÇÃO

    + PRODUTIVIDADE 

    + COMPETITIVIDADE

    • Qualidade: 96% dos recursos para empresas com ratings de inovacão A ou B;

    • Coordenação de instrumentos: 12 programas da Famiília Inova e 5 Ações Estratégicas;

    • Redução de prazos e simplificação administrativa:

    » Finep 30 dias: redução do tempo de análise de 452 para 30 dias

     

    » Redução dos prazos de operacionalização de programas integrados de 18 para 4 meses

    O Plano Inova Empresa: R$ 32,9 bilhões para inovação

    Tais ocos, decididos em nível ministerial e discriminados nos editais divulgados, são

    partilhados pelas diversas agências de governo que participam do Inova Empresa, dando um

    sentido único à política de inovação e evitando a ragmentação e dispersão de recursos. Assim,

    ao invés da oerta genérica de inanciamento à inovação, o Inova Empresa ocaliza demandas

    associadas a tecnologias críticas para o desenvolvimento dos setores estratégicos do PBM:

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    37PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    PETRÓLEO E GÁSEquipamentos e materiais

    submarinos

    BIOETANOLPAISS Etanol Segunda Geração ePAISS Agrícola

    MEIO AMBIENTEProdução sustentável, saneamento ambiental, recuperação de biomase fomento às atividades produtivas sustentáveis de base florestal,monitoramento ambiental e prevenção de desastres naturais

    ENERGIA Redes inteligentes, melhoria na

    transmissão de longa distância emalta tensão, energias alternativas

    (como a solar e termossolar) edesenvolvimento de dispositivoseficientes para veículos elétricos.

    COMPLEXO INDUSTRIALDA SAÚDE

    Biofármacos e equipamentos/instrumentos médicos

    TELECOMUNICAÇÕESComunicações óticas e digitais,redes de transporte de dados,comunicações estratégicas e

    telessaúde

     AERONÁUTICO E DEFESAAeroespacial, defesa, segurançapública e materiais especiais.

    Associada a essa convergência dos ocos de atenção, o Inova Empresa envolve também a

    integração de instrumentos, acessados de orma conjunta por meio de editais de chamada

    de empresas. Estruturado por projeto, o Plano permite à obtenção de apoio inanceiro de

    diversas instituições públicas de omento, usando uma variedade de instrumentos integrados

    coordenados: crédito, subvenção, renda variável e empréstimos não-reembolsáveis. A

    integração das gestão de todas as modalidades de participação dá-se por meio da Sala de

    Inovação, que oerece uma porta única de entrada por projeto.

  • 8/20/2019 Plano Brasil Maior_balanço Executivo

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    38 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Inova Empresa:Status dos Editais Conjuntos

    Edital Conjunto

    Estimativa

    de Recursos /Lançamento Parceiros

    Fase do Edital (Posição: 22/08/14)

    Submissão

    das Cartas deManiestação de

    Interesse

    Seleção deEmpresas

    Líderes

    Submissãode Planos de

    Negócio (PNs)

    Seleção

    dos Planosde Negócio

    (PNs)

    PAISS(concluído)

    R$ 1 bimar/11

    BNDES eFinep

    57 empresasR$ 10 bi

    39 empresasR$ 6 bi

    25 empresas35 PNs - R$ 3,1 bi

    INOVA PETRO

    R$ 3 bi(diversoseditais)

    1o edital:set/12

    2o edital: jan/14

    BNDES, Finepe Petrobras

    38 empresas62 PNs

    R$ 2,7 bi

    23 empresas35 PNs

    R$ 850 mi

    16 empresas25 PNs

    R$ 496 mi

    11 empresas16 PNs

    R$ 353 mi

    28 empresas39 PNs

    R$ 0,7 bi

    17 empresas20 PNs

    R$ 0,5 biaté 27/ago

     

    INOVA ENERGIA(Concluído)

    R$ 3 biabr/13

    BNDES, Finepe ANEEL

    373 empresasR$ 12,3 bi

    127 empresasR$ 9,8 bi

    160 empresas138 PNsR$ 8,7 bi

    121empresas103 PNsR$ 7,1 bi

    INOVA SAÚDE

    R$ 0,6 bi

    abr/13

    BNDES, Finep

    e MS

    145 empresas

    R$ 1,3 bi

    79 empresas

    R$ 0,9 bi

    72 PNs

    R$ 0,8 bi

    45 PNs

    R$ 0,5 bi

    (*) Equipamentos MédicosBioármacos, armoquímicose medicamentos(concluído)

    R$ 1,3 biabr/13

    Finep, MS eCNPq

    63 empresasR$ 3,6 bi

    26 empresasR$ 3 bi

    26 PNsR$ 3,5 bi

    21 PNsR$ 2,8 bi

    INOVA AERODEFESA(Concluído)

    R$ 2,9 bimai/13

    BNDES,Finep, MD e

    AEB

    285 empresasR$ 13 bi

    77 empresasR$ 12,8 bi

    70 empresas98 PNs

    R$ 10 bi

    64 empresas91 PNs

    R$ 8,7 bi

    INOVA AGRO(Concluído)

    R$ 1 bimai/13

    BNDES, Finepe MAPA

    372 empresasR$ 5,7 bi

    132 empresasR$ 3,5 bi

    83 empresasR$ 2,9 bi

    49 empresasR$ 2,1 bi

    Inova

    Sustentabilidade(concluído)

    R$ 2 binov/13

    BNDES,Finep e MMA

    259 empresasR$ 8,4 bi

    195 empresasR$ 7,6 bi

    136 empresas

    196 PNsR$ 5,0 bi

    126empresas167 PNsR$ 4,3 bi

    INOVA TELECOM(Concluído)

    R$ 1,5 bidez/13

    BNDES,Finep, MC

    e MS

    295 empresasR$ 7,4 bi

    80 empresasR$ 6,0 bi

    44 PNsR$ 2,2 bi

    35 PNsR$ 1,7 bi

    PAISS Agrícola(concluído)

    R$ 1,5 biev/14

    BNDES eFinep

    48 empresas61 PNs

    R$ 4,5 bi

    29 empresas35 PNs

    R$ 1,9 bi

    TOTAL R$ 17,8 bi - 2.020 empresasR$ 69,6 bi843 empresas

    R$ 55,6 bi

    680 empresas778 PNs

    R$ 41,3 bi

    523empresas594 PNs

    R$ 32,5 bi

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    39PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    Congregando instrumentos de omento e governança, o Inova Empresa avança na redução

    de prazos, na simpliicação administrativa e no aumento da eiciência, ocando em áreas

    e tecnologias críticas para a produtividade e a competitividade da indústria brasileira. Até

    agosto de 2014, 523 empresas já haviam sido contempladas com RS$ 32,5 bilhões para a

    implementação de 594 planos de negócios no âmbito dos editais conjuntos lançados.

    Ao lado do Inova Empresa, a segunda vertente da política de inovação tecnológica do governo

    é o Plano Nacional de Plataformas de Conhecimento (PNPC). Dirigido à ase pré-competitivamais próxima à base do conhecimento cientíico, objetiva tanto a realização de encomenda

    tecnológica destinada à solução de problema técnico especíico ou à obtenção de produto ou

    processo inovador que envolva risco tecnológico como o estímulo à parceria entre empresas

    e instituições de pesquisa cientíica e tecnológica.

    O Decreto nº 8269, de 25 de junho de 2014, institui o PNPC e seu Comitê Gestor, prevendo

    que a contratação das plataormas será eetuada nos termos do Artigo 20 da Lei de Inovação

    (Lei nº 10.973/2004), que prevê que “os órgãos e entidades da administração pública, em

    matéria de interesse público, poderão contratar empresa, consórcio de empresas e entidadesnacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, de

    reconhecida capacitação tecnológica no setor, visando à realização de atividades de pesquisa

    e desenvolvimento, que envolvam risco tecnológico, para solução de problema técnico

    específico ou obtenção de produto ou processo inovador” . O Decreto deine, ainda, o conceito

    de plataorma do conhecimento, entendida como a empresa, consórcio ou entidade privada

    sem ins lucrativos que reúne agentes públicos e privados que atuam em conjunto para obter

    resultados concretos para a solução de problema técnico especíico ou obtenção de produto

    ou processo inovador de elevado risco tecnológico, com metas e prazos deinidos.

    Enquanto o Plano Inova Empresa está direcionado para a chamada última ase do

    desenvolvimento de novas tecnologias radicais, na ase pré-competiva próxima à introdução

    da tecnologia no mercado, o PNPC encontra-se na ase pré-competitiva anterior, mais próximaàs bases cientíicas do conhecimento, com possibilidade de uso em um produto piloto ou

    experimental. A dierença institucional é que ao invés da empresa uncionar como âncora

    do arranjo, como no caso da “amília Inova”, a âncora passa a ser uma liderança cientíica

    integrada às empresas, responsável pelo desenvolvimento de um projeto ou de uma nova

    tecnologia claramente deinida por necessidades sociais, quer seja uma vacina contra

    a dengue, uma aeronave mais leve e mais eiciente energeticamente ou um compósito de

    carbono para a tubulação submarina do pré-sal. Como no Inova Empresa, esse modelo de

    inovação baseado em projeto, e não em um domínio cientíico, apresenta oco, agilidade e

    eiciência, rompendo com a lógica “oertista” e oerecendo um arranjo arrojado de integração

    de instrumentos e objetivos.

    Uma vez que criada a estrutura de governança, o próximo passo para a consolidação doPNPC será a estruturação das primeiras plataormas. Com base em uma metodologia de

    processo de maturação por plataorma, esse processo mobilizará a comunidade de cientistas

    e empresários envolvidos no projeto alvo.

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    40 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Programas de Qualificação Profissional:  a ormação proissional universal egratuita é um pilar undamental da estratégica de ortalecimento do ambiente de

    inovação e de ampliação da competitividade por meio de ganhos de produtividade,

    qualidade e eiciência.

    Na área de qualiicação de trabalhadores, uma das maiores realizações do governo ederal

    é o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), que envolve recursos daordem de R$ 14 bilhões até 2014. Coordenado pelo Ministério de Educação (MEC), contava

    com 7,5 milhões de alunos matriculados em mais de 4 mil municípios até junho de 2014,

    tendo estabelecido como meta atingir 8 milhões de matrículas até o inal de 2014. A im

    de ortalecer essa iniciativa, oi anunciada, no mês de junho de 2014, a segunda etapa do

    Pronatec. Denominada Pronatec 2015-2018, essa segunda ase do programa prevê a oerta de

    12 milhões de vagas adicionais ao longo dos próximos quatro anos.

    No âmbito do Pronatec, o BNDES concedeu, por meio do Programa BNDES de Apoio àQualiicação Proissional do Trabalhador (BNDES Qualiicação), empréstimo de R$ 1,5 bilhão

    para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) com vistas à modernização da rede

    de escolas e centros de reerência e à criação de centros tecnológicos para omento e prática

    da inovação. Como resultado, prevê-se a duplicação de matrículas de ensino proissional e a

    ampliação de serviços técnicos e tecnológicos.

    Também lançado como desdobramento do Pronatec, em 19 de setembro de 2013, o Pronatec

    Brasil Maior visa orientar a oerta de cursos de ormação inicial e continuada gratuitos para áreas

    industriais com maior carência, incluindo (i) a elaboração do mapa nacional das necessidades

    dos setores produtivos por recursos humanos qualiicados e (ii) a reorientação da oerta de

    cursos das redes de escolas técnicas para os setores estratégicos do PBM. O mapeamento

    nacional permitiu a identiicação, em 2014, de uma demanda de aproximadamente 550 milvagas - detalhada por curso, estado, município e setor demandante - distribuídas pelas 27

    Unidades da Federação.

    Como o Decreto nº 7.790/12, que regulamentou a Lei nº 12.513/11, permite o uso de recursos

    do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pelas empresas para oerecer cursos de

    capacitação proissional a seus uncionários, oi possível alinhar as vagas do Pronatec às

    demandas especíicas das empresas. Para o ano de 2014, oi pactuada, sob o amparo do

    Pronatec Brasil Maior, a oerta de cerca de 350 mil vagas por meio de acordos de cooperação

    com entidades representativas de dierentes setores produtivos, desenhados para acilitar

    a adequação da oerta à demanda (Construção Civil, Construção Pesada, Tecnologia

    da Inormação, Sucroenergético, Textil, Automotivo, Químico, Logística, Mineração e

    Metalurgia, Bens de Capital).

  • 8/20/2019 Plano Brasil Maior_balanço Executivo

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    41PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    Modernização do Marco Legal da Inovação: O Plano Brasil Maior inclui entre os seusesorços a ampliação do escopo de atuação institucional em qualidade e tecnologia

    industrial e a modernização dos processos de registros de marcas e patentes, com vistas

    a ampliar o suporte à inovação e à competitividade da indústria brasileira.

    Na última década, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)

    experimentou um salto institucional, transormando-se num centro de metrologia e qualidade

    industrial de reerência mundial. Contando com uma robusta inraestrutura cientíica e

    laboratorial, que inclui mais de 200 doutores e 50 laboratórios, participa de organizações

    internacionais de grande prestígio. Ainada com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia

    e Inovação (ENCTI) e estruturada sob o amparo do Plano Brasil Maior, a Lei nº 12.545, de 14

    de dezembro de 2011, dispôs, entre outros temas, sobre o novo marco legal de inovação,

    que redeine o escopo de atuação do Inmetro. Com isso, o Instituto ampliou sua ação para

    além dos campos tradicionais da metrologia e qualidade, passando a investir em inovação,

    pesquisa e tecnologia para dar suporte à competitividade da indústria brasileira.

    O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), por sua vez, tem se irmado como

    instituição de reerência de propriedade intelectual, buscando as melhores práticas mundiais

    para a consolidação de um ambiente institucional de garantia dos direitos de propriedade da

    inovação tecnológica no Brasil. Reconhecendo a autoria e propriedade da inovação, o Inpi

    desempenha um papel undamental no Sistema Nacional de Inovação, sendo peça importante

    para sustentar uma trajetória de crescimento da produtividade e da inovação tecnológica no

    país. O seu desaio central é o ortalecimento do sistema de registro de marcas e patentes,

    com a redução dos prazos de análise dos pedidos.

    O processo de modernização do Inpi está em curso, integrando as prioridades do Plano

    Brasil Maior. Esse esorço de modernização visa equiparar o Inpi aos institutos que oerecemos melhores e mais eicientes serviços de propriedade industrial no mundo, aprimorando a

    estrutura de apoio à indústria e à inovação no país. Nessa direção, oram convocados novos

    examinadores, remanejados examinadores para análise de marcas e elaborado um plano de

    reestruturação sustentável da carreira. Adicionalmente, oi autorizada a realização de concurso

    para 140 novos examinadores (95 de patentes, 36 de marcas e três de desenho industrial),

    com ingresso previsto para 2015, e solicitado novo concurso para 348 examinadores (324

    pesquisadores e 24 tecnologistas) a ser realizado em 2015 com ingresso previsto para o ano

    subsequente.

    Espera-se, com os esorços de modernização, reduzir signiicativamente o tempo de concessão

    de novos pedidos de marcas e patentes, o que terá eeitos positivos sobre a inovação, a

    produtividade e o crescimento da economia brasileira.

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    42 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    4.3 Uso do Poder de Compras Público

    Margens de preferência nas compras governamentais: o Decreto nº 7.546, de 2 deagosto de 2011, regulamenta a possibilidade de aplicação de margem de preerência nascompras governamentais de produtos manuaturados e serviços nacionais, conorme

    previsto na Lei no 12.349/2012.

    Regulamentando a Lei nº 12.249/2010, o Decreto nº 7.546, de 2 de agosto de 2011, criou a

    possibilidade de aplicação de margem de preerência de até 25% nas compras governamentais

    de produtos manuaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras

    e incorporem inovação. Seu objetivo é garantir mercado para a produção nacional,

    especialmente para a que envolve a introdução de inovações de produto no país, instituindo

    requisitos de regras de origem e conteúdo nacional nas licitações públicas. A concessão de

    margem adicional em casos de desenvolvimento de novas tecnologias é permitida até o limite

    de 25% do preço de reerência.

    No ano de 2013, o total de compras com margens de preerência homologadas

    alcançou R$ 2,7 bilhões.

    Confecções, calçados e artefatos: Decreto n

    o

    7.601, de 07/11/11, estabelece margem depreerência de 8% por seis meses. Decreto no 7.756, de 14/06/12, altera margem para 20%

    até 31/12/13.

    Retroescavadeiras e motoniveladoras: Decreto no 7.709, de 03/04/12, ixa margens de 10%

    e 18%, respectivamente; Decreto no 7.841, de 12/11/2012, altera as margens para 15% e 25%,

    respectivamente

    Fármacos e Medicamentos: Decreto no  7.713, de 03/04/12, estabelece margens de

    preerência de: (i) 20% para ármacos e medicamentos não ativos e que utilizem ármacos

    especíicos; (ii) 25% para produtos biológicos; e (iii) 8% para “insumos armacêuticos ativos”

    em desenvolvimento ou com capacidade nacional de abricação imediata. Decreto no 8.225,

    de 03/04/14, prorroga os prazos originalmente ixados. Aguarda-se portaria conjunta MCTI/

    MDIC que atesta a inovação nos produtos biológicos

    Compras Governamentais com Margem de Preferência – Decretos Publicados

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    43PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    Produtos Médicos: Decreto no 7.767, de 27/06/12, estabelece margens de preerência de 8%,

    15%, 20% e 25% para equipamentos hospitalares e insumos médicos de baixa, média-baixa,

    média-alta e alta tecnologia, respectivamente

    Veículos para vias férreas: Decreto no  7.812, de 20/09/12, estabelece margem de

    preerência de 20%

    Caminhões, furgões e implementos rodoviários: Decreto no 7.816, de 28/09/12, estabelece

    margem de preerência de 17%, 15% e 14%, respectivamente

    Patrulhas Agrícolas e Perfuratrizes: Decreto no  7.840, de 12/11/2012, ixa margem de

    preerência de 15% para tratores com potência até 99 cv e de 20% para peruratrizes, patrulhas

    mecanizadas e implementos

    Papel para impressão de Papel Moeda e Disco para Moeda: Decreto no 7.810, de 20/09/12,

    e Decreto no 7.843, de 12/11/2012, estabelecem margem de 20%

    Pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras: Decreto no  8.002, de

    15/05/2013, estabelece margem de preerência de 15%

    Equipamentos de Tecnologia da Informação e Comunicação: Decretos nos  7.903, de

    04/02/12; 8.184, de 17/01/14; e 8.194, de 12/02/14, estabelecem margens de até 25% para

    os equipamentos que discriminam. Portaria Interministerial MCTI/MDIC no 383, de 26/04/13,

    dispõe sobre a orma de atestar a condição de produto com tecnologia nacional que az jus

    à margem adicional

     Aquisição de licenciamento de uso de programas de computador e serviços correlatos:

    Decreto no 8.186, de 17/01/14, estabelece a aplicação de margem de preerência de 18%

     Aeronaves Executivas: Decreto no  8.185, de 17/01/14, estabelece margem de preerênciade até 25%

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    44 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

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    45PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

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    46 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    As iniciativas de comércio exterior instituídas no âmbito do PBM incluem a concessão de

    isenções tributárias e crédito para estimular as exportações brasileiras, a acilitação de acessoa mecanismos públicos de inanciamento, medidas de redução de custos administrativos e

    ações de deesa voltadas contra práticas desleais e ilegais de importações, de modo a coibir

    irregularidades que prejudicam os resultados comerciais do país. Entre as ações de destaque,

    incluem-se o Reintegra, a Agência Brasileira Gestora de Fundos (ABDF), o Portal Único de

    Comércio Exterior, o regime de ex-tariários e os esorços antidumping.

    PROMOÇÃO DASEXPORTAÇÕES E DEFESADO MERCADO INTERNO

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    47PLANO BRASIL MAIOR - ABDI | 2011-2014

    5.1 Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para asEmpresas Exportadoras (Reintegra)

    Reintegração de valores referentes a custos tributários federais residuais existentesnas cadeias de produção via restituição e/ou compensação de créditos.

    Com o objetivo de estimular e acilitar as exportações, o governo ederal, além de ter

    desonerado integralmente da contribuição patronal da olha de pagamentos os produtos

    exportados pelas empresas beneiciadas pela nova sistemática, também instituiu o Regime

    Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras para a

    totalidade dos produtos manuaturados e parte substantiva dos semimanuaturados. A

    concepção do Reintegra levou em consideração a importância de propiciar a reintegração de

    valores reerentes a custos tributários ederais residuais existentes nas cadeias de produção,

    via restituição e/ou compensação de créditos. Restituindo tributos cumulativos ao longo das

    cadeias de produção, o regime é uma orma de incentivar exportadores a comercializarem nãosó a matéria bruta, mas também produtos derivados, motivando-os a investir em inovação e a

    empregar mais uncionários.

    Instituído pela Lei no  12.546, de 14/12/2011, e regulamentado pelo Decreto n o 7.633, de

    01/12/11, o Reintegra previa que o Poder Executivo estabeleceria percentual de zero a 3%

    sobre a receita decorrente da exportação, podendo dierenciar setores econômicos e tipos

    de atividades. Beneiciando cerca de 9 mil códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul

    (NCM) com a devolução de 3% do valor das exportações, o Reintera abrangia, originalmente,

    exportações realizadas até 31/12/2012. A Lei nº 12.844, de 19 de julho de 2013, prorrogou

    posteriormente o beneício para as exportações realizadas até 31/12/2013, tendo sido

    regulamentada pelo Decreto nº 8.073, de 14 de agosto de 2013.

    Em 09 de julho de 2014, a Medida Provisória 651 reeditou o Reintegra, determinando que a

    devolução de tributos pagos nas exportações poderia variar em uma aixa de alíquotas entre

    0,1% e 3% da receita obtida com as vendas externas e admitindo dierenciação por bem. A

    Portaria MF nº 428, de 30 de setembro de 2014, estabeleceu a aplicação do percentual de 3%

    sobre a receita auerida com a exportação dos bens relacionados no Decreto no 8.304, de 12

    de setembro de 2014.

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    50 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Em um curto espaço de tempo, as primeiras entregas já oram realizadas, destacando-se, entre

    elas, a redução na exigência de apresentação de documentos para a exportação para apenas

    12% dos casos; o lançamento de aplicativo que permite ao importador o acompanhamento

    online de seu processo; o sistema que permite ao usuário acompanhar simultaneamente todos

    os seus processos; e o Portal Siscomex, que reúne inormações e permite o acesso a todos os

    órgãos anuentes. Além disso, oi reorçado o chamado “Comex Responde”, erramenta que

    distribui aos diversos órgãos intervenientes as consultas eitas pelo setor privado e garante

    resposta tempestiva. Ainda em 2014, será entregue um serviço de grande impacto para a

    redução de burocracia e custos nos processos de comércio exterior: a anexação eletrônica de

    documentos, que permitirá que a empresa envie pelo Portal o documento requerido para a

    análise de seu processo de exportação ou importação.

    A meta do Portal é reduzir os prazos de processos de exportação de 13 para 8 dias, até 2015,

    e de importação de 17 para 10 dias, até 2016. Estima-se, com esses avanços, alcançar uma

    economia da ordem de R$ 50 bilhões/ano para importadores e exportadores brasileiros. A

    partir desses ganhos de tempo e custos, pretende-se que, até 2017, o Brasil igure pelo menos

    entre os 70 melhores países para se realizar operações comerciais transronteiriças, galgando

    mais de 50 posições na classiicação do Doing Business, divulgado pelo Banco Mundial.

    Além dos ganhos para o setor privado, o Programa Portal Único de Comércio Exterior resultará

    também em ganhos de eiciência na atuação dos agentes públicos, otimizando o uso dos

    recursos humanos e ísicos que sustentam as operações de comércio exterior. Paralelamente,

    trabalha-se para que, uma vez integralmente implementado, o Portal seja integrado com

    os sistemas que gerenciam a movimentação ísica das cargas. Com isso, a eiciência na

    movimentação dos bens na ronteira será signiicativamente ampliada.

    5.4 Ex-Tarifário para bens de capital, de informática e de telecomunicações

    Incentivo ao investimento e à inovação por meio da redução seletiva e temporária do

    Imposto de Importação para 0% ou 2%.

    Uma das diretrizes do Plano Brasil Maior é ortalecer a indústria nacional de bens de capital

    e de bens de inormática e telecomunicação. Com esse intuito, a Resolução Camex n° 17, de

    03 de abril de 2012, estabeleceu novo procedimento para dar maior transparência, eiciência

    e agilidade ao regime de Ex-tariários. Esse procedimento consiste na redução temporária do

    Imposto de Importação para máquinas e equipamentos sem produção similar no Brasil.

    O regime de ex-tariário representa um estímulo aos investimentos produtivos no país,possibilitando aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de dierentes

    segmentos, ao tempo em que garante proteção razoável à indústria, uma vez que só é

    concedido para bens que não possuem produção nacional. Além disso, a medida produz

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    52 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Gráico 394 1.718.441.331 3,73 2.126.253.947 1,26

    Higiene e Limpeza 122 258.940.727 0,56 2.059.007.187 1,22

    Indústria de Fumo 26 54.960.486 0,12 92.498.676 0,06

    Logística 10 14.338.222 0,03 147.097.216 0,09

    Madeira e Móveis 318 414.516.829 0,90 2.305.777.299 1,37

    Máquinas agrícolas 20 21.160.349 0,05 35.847.811 0,02

    Mármore e Granito 48 104.365.094 0,23 160.379.037 0,10

    Médico-Hospitalar 552 705.198.507 1,53 935.747.730 0,56

    Meio Ambiente/Reciclagem

    78 137.143.031 0,30 417.715.532 0,25

    Metalúrgico 676 853.959.321 1,85 3.403.546.859 2,02

    Mineração 210 3.384.621.850 7,35 17.489.065.643 10,40

    Naval/Náutico 138 482.226.681 1,05 6.389.633.288 3,80

    Outros 141 163.834.040 0,36 598.770.943 0,36

    Painéis de Madeira 4 25.810.963 0,06 25.810.963 0,02

    Papel e celulose 221 2.642.762.344 5,74 8.726.461.683 5,19

    Petróleo 275 1.584.096.412 3,44 12.155.579.344 7,23

    Petroquímico 59 117.582.617 0,26 8.640.098.930 5,14

    Piscicultura 165 136.587.715 0,30 490.736.117 0,29

    Saneamento 35 255.778.673 0,56 320.724.098 0,19

    Serviços 230 575.796.397 1,25 2.173.850.069 1,29

    Siderúrgico 281 1.416.228.891 3,07 6.337.781.316 3,77

    Telecomunicações 126 855.295.081 1,86 1.083.441.699 0,64

    Têxtil / Vestuário 195 886.676.847 1,92 1.051.499.013 0,63

    Transporte 2 9.554.606 0,02 237.445.966 0,14

    Turismo 11 52.913.243 0,11 130.442.893 0,08

    Vidros 175 305.936.820 0,66 1.488.791.370 0,89

      11.012 46.079.517.826 100,00 168.159.544.974 100,00

     

    Fonte: SDP/MDIC / Elaboração: SE/CAMEX 

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    5.5  Antidumping

    Processos mais céleres e transparentes em favor do desenvolvimento da

    indústria brasileira

    No Plano Brasil Maior, as duas orientações estabelecidas em matéria de deesa comercial

    ocam na celeridade. Em síntese, consistem em: (i) reduzir o prazo médio para determinações

    preliminares de 180 para 120 dias; e (ii) reduzir o prazo médio das investigações antidumping 

    de 15 para 10 meses.

    Com a publicação do Decreto no8.058, de 26 de julho de 2013, o setor industrial brasileiro passa

    a dispor de processos de deesa comercial mais ágeis e transparentes. A elaboração do novo

    decreto antidumping contou com a participação da opinião pública especializada, por meio

    de consulta pública realizada em 2011 que colheu contribuições de empresas, associações,

    entidades de classe, escritórios de advocacia e consultorias.

    A diminuição do prazo para determinações preliminares, que se tornam obrigatórias com

    o novo decreto, são da maior relevância para as diretrizes de celeridade, uma vez que a

    determinação preliminar é condição indispensável para a aplicação de direito antidumping 

    provisório. Os objetivos de aplicação do direito provisório em até quatro meses – levando

    em consideração o ato de que sua extensão máxima é de seis meses − e de conclusão da

    investigação em dez meses signiicam que a indústria estará protegida da concorrência

    desleal no prazo de quatro meses a partir do início da investigação.

    Outra novidade nos processos é a clara delimitação das ases probatória e de maniestações,

    além de uma linha do tempo precisa para todas as etapas da investigação. Com as novas

    regras estabelecidas, oram especiicados todos os prazos que tanto o Departamento deDeesa Comercial, do MDIC, quanto as partes interessadas devem observar ao longo de toda

    a investigação, inclusive as situações em que solicitações de extensão de prazos podem ser

    concedidas. Além disso, o prazo máximo para a análise de petições protocoladas oi reduzido

    para 60 dias. No entanto, petições que não demandarem pedidos de inormações adicionais

    poderão resultar em início de investigação entre 15 e 30 dias.

    Para ilustrar a magnitude das mudanças trazidas pelo Decreto no 8.058/2013, a primeira

    investigação iniciada sob o seu amparo oi analisada em 18 dias, período recorde para análise

    de uma petição. Desde a entrada em vigor do decreto antidumping, em 1º de outubro de 2013,

    oram abertas 55 novas investigações, que têm obedecido aos prazos mais céleres de análise.

    Foram também contratados novos investigadores aprovados em concurso público, sendo

    alocados nas análises dos processos em curso. A nova legislação e os novos investigadoressão vertentes do mesmo esorço para atingir o objetivo de diminuir a duração dos processos

    de investigação antidumping, promovendo o desenvolvimento da indústria no Brasil.

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    56 INOVAR PARA COMPETIR. COMPETIR PARA CRESCER.

    Para potencializar o seu poder de indução e os resultados de suas ações, o PBM valoriza a

    articulação interinstitucional e a integração entre os setores público e privado.

    SISTEMA DE GESTÃO

    Nível de Articulaçãoe Formulação

       C   o   o   r   d   e   n   a   ç   õ   e   s   S   e   t   o   r   i   a   i   s

    CNDI

    Comércio Exterior

    Nível de Aconselhamento

    Investimento

    Inovação

    Formação e Qualificação Profissional

    Produção Sustentável

    Competitividade de Pequenos Negócios

    Ações Especiais em Desenvolvimento Regional

    Bem estar do Consumidor

    Condições e Relação de Trabalho

    COMITÊSEXECUTIVOS

    CONSELHOS DECOMPETITIVIDADE

    SETORIAL

    COMITÊ GESTORCasa Civil, MDIC, MF, MCTI, MP

    Coordenação: MDIC

    GRUPO EXECUTIVOCoordenação: MDIC

    Nível de Gerenciamentoe Deliberação

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    PETRÓLEO, GÁS E NAVAL

    BLOCO 1

    COMPLEXO DA SAÚDE

    AUTOMOTIVO

    DEFESA, AERONÁUTICOE ESPACIAL

    BENS DE CAPITAL

    TECNOLOGIA DAINFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO/COMPLEXO ELETRÔNICO

    INDÚSTRIA QUÍMICA

    BLOCO 2

    ENERGIAS RENOVÁVEIS

    INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO

    METALURGIA

    CELULOSE E PAPEL

    HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIAE COSMÉTICOS

    CALÇADOS, TÊXTIL ECONFECÇÕES, GEMAS E JOIAS

    BLOCO 3

    MÓVEIS

    CONSTRUÇÃO CIVIL

    AGROINDÚSTRIA

    BLOCO 4

    BLOCO 5

    COMÉRCIO SERVIÇOS SERVIÇOS LOGÍSTICOS

    Considerando a política industrial como uma alavanca para o aumento da produtividade

    e para a mudança da posição relativa da indústria brasileira no mercado mundial, aposta

    na capacidade propositiva dos 19 Comitês Executivos Setoriais, dos correspondentes

    Conselhos de Competitividade e das nove Coordenações Sistêmicas para construir, de

    maneira participativa e transparente, estratégias que sustentem a implementação de

    uma agenda nacional de competitividade. Essas instâncias constituem óruns de diálogo

    intragovernamental e público-privado e têm a incumbência desdobrar os objetivos do PBM

    nas respectivas cadeias de valor setoriais e em temas transversais.

    Comércio Exterior

    Investimento

    Inovação

    Formação e QualiicaçãoProissional

    Competitividade de PequenosNegócios

    Acões Especiais emDesenvolvimento Regional

    Bem estar do Consumidor

    Condições e Relacões de Trabalho

    Comitês e Conselh