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1 Castro Verde Reserva da Biosfera Plano de Ação ÍNDICE 1. Resumo 2 Introdução 2.1 Programa “O Homem e a Biosfera”. O que é uma Reserva da Biosfera 2.2 Funções e Zonamento das Reservas da Biosfera 2.3 Oportunidades resultantes da classificação como Reserva da Biosfera 3 A área candidata a Reserva da Biosfera de Castro Verde 3.1 Enquadramento 3.1.1 Caracterização do concelho de Castro Verde 3.1.2 Principais fatores de ameaça ao ecossistema estepário 3.2 Contexto 4. Diagnóstico para Plano de Ação 4.1 Órgãos de Gestão da Reserva da Biosfera de Castro Verde 5. Plano de Ação: objetivos e estrutura 5.1 Objetivos da Reserva da Biosfera de Castro Verde 5.2 Estrutura do Plano de Ação 6. Plano de Ação 1 RESUMO O trabalho contínuo de preservação da biodiversidade e dos valores naturais, culturais e paisagísticos que conferem ao concelho de Castro Verde uma diversidade única e específica, tem visado encontrar formas de valorizar, incrementar e divulgar este território promovendo, simultaneamente, o desenvolvimento sócio-económico local. Esta dinâmica tem contribuído para a fixação de população, para o surgimento de novas áreas de negócio, estimulando a criatividade, para a adoção de boas práticas ambientais e captação de visitantes e turistas ao concelho. Nesse sentido, um conjunto de três entidades, Câmara Municipal de Castro Verde, Liga para a Protecção da Natureza e Associação de Agricultores do Campo Branco, com provas dadas no âmbito das conquistas alcançadas para o concelho ao longo dos anos e de aturado trabalho de terreno com as populações locais, considera a candidatura da área total do concelho de Castro Verde a Reserva da Biosfera da UNESCO como uma forma de qualificar e diferenciar uma região de excelência e um trabalho já de si distintos. Esta classificação conferirá ainda a mais-valia de um selo de valor inquestionável e visibilidade internacional, com reflexo na dinâmica económica territorial e na aglutinação das forças vivas do concelho em torno de um objetivo comum que passa pela conservação dos valores naturais presentes no quadro de um desenvolvimento sustentável.

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Castro Verde Reserva da Biosfera

Plano de Ação

ÍNDICE

1. Resumo

2 Introdução

2.1 Programa “O Homem e a Biosfera”. O que é uma Reserva da Biosfera

2.2 Funções e Zonamento das Reservas da Biosfera

2.3 Oportunidades resultantes da classificação como Reserva da Biosfera

3 A área candidata a Reserva da Biosfera de Castro Verde

3.1 Enquadramento

3.1.1 Caracterização do concelho de Castro Verde

3.1.2 Principais fatores de ameaça ao ecossistema estepário

3.2 Contexto

4. Diagnóstico para Plano de Ação

4.1 Órgãos de Gestão da Reserva da Biosfera de Castro Verde

5. Plano de Ação: objetivos e estrutura

5.1 Objetivos da Reserva da Biosfera de Castro Verde

5.2 Estrutura do Plano de Ação

6. Plano de Ação

1 RESUMO

O trabalho contínuo de preservação da biodiversidade e dos valores naturais, culturais e

paisagísticos que conferem ao concelho de Castro Verde uma diversidade única e específica,

tem visado encontrar formas de valorizar, incrementar e divulgar este território promovendo,

simultaneamente, o desenvolvimento sócio-económico local. Esta dinâmica tem contribuído

para a fixação de população, para o surgimento de novas áreas de negócio, estimulando a

criatividade, para a adoção de boas práticas ambientais e captação de visitantes e turistas ao

concelho.

Nesse sentido, um conjunto de três entidades, Câmara Municipal de Castro Verde, Liga

para a Protecção da Natureza e Associação de Agricultores do Campo Branco, com provas

dadas no âmbito das conquistas alcançadas para o concelho ao longo dos anos e de aturado

trabalho de terreno com as populações locais, considera a candidatura da área total do

concelho de Castro Verde a Reserva da Biosfera da UNESCO como uma forma de qualificar e

diferenciar uma região de excelência e um trabalho já de si distintos.

Esta classificação conferirá ainda a mais-valia de um selo de valor inquestionável e

visibilidade internacional, com reflexo na dinâmica económica territorial e na aglutinação das

forças vivas do concelho em torno de um objetivo comum que passa pela conservação dos

valores naturais presentes no quadro de um desenvolvimento sustentável.

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Esta iniciativa, de base local, considera assim o envolvimento de vários atores, entre os

quais a Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB), a LPN - Liga para a Protecção da

Natureza e a Câmara Municipal de Castro Verde, bem como diversas entidades, grupos,

associações, estabelecimentos de ensino, empresas e grupos de cidadãos, junto dos quais se

tem vindo a recolher grande apoio, incentivo e contributos para a construção comum de um

Plano de Ação onde todos de revejam.

2 INTRODUÇÃO

2.1 Programa “O Homem e a Biosfera”. O que é uma Reserva da Biosfera

De acordo com o Programa “O Homem e a Biosfera ” (MaB) das Nações Unidas para a

Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), uma Reserva da Biosfera é "um lugar vivo onde têm de

existir pessoas e atividade humana e onde a conservação da natureza se alia ao

desenvolvimento sustentável”. Nestas áreas para além da proteção dos recursos naturais, visa-

se criar um modelo de gestão que una autoridades públicas e privadas e populações locais

através do diálogo, da troca de conhecimento, da melhoria do bem-estar, do respeito pelos

valores culturais, em torno do desenvolvimento económico e humano sustentável.

O Programa “O Homem e a Biosfera” (MaB) surge oficialmente em 1971, como um

Programa Científico Intergovernamental visando estabelecer uma suporte científico para o

aperfeiçoamento da relação do homem com o ambiente em que se verifique a conciliação da

conservação da natureza e da biodiversidade com a utilização sustentável dos recursos naturais

e o desenvolvimento social e económico das populações.

As Reservas da Biosfera são propostas pelos governos nacionais dos países onde se

inserem e permanecem sob a soberania dos Estados onde estão localizadas e sob alçada do

perfil jurídico pré-existente para a gestão da área classificada.

2.2 Funções e Zonamento das Reservas da Biosfera

As Reservas da Biosfera são áreas representativas dos principais ecossistemas mundiais

onde se cumprem três funções complementares:

FUNÇÃO de CONSERVAÇÃO: que visa a conservação de ecossistemas, espécies, recursos

genéticos e paisagens.

FUNÇÃO de DESENVOLVIMENTO: que se foca na promoção do desenvolvimento

económico, sócio-cultural e ecológico sustentável.

FUNÇÃO LOGÍSTICA: que apoia e promove ações de educação e formação, investigação,

sensibilização, monitorização e partilha de informação de acordo com os objetivos de

conservação e desenvolvimento sustentável da Reserva.

As Reservas da Biosfera da UNESCO traduzem o equilíbrio entre as necessidades de

conservação da natureza e a promoção do desenvolvimento humano sustentável, encontrando

soluções criativas para os problemas que enfrentam. O seu sucesso depende do trabalho

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concertado dos atores locais: população local, autarquias, entidades diversas, associações,

investigadores, peritos, técnicos, comunidade escolar, agricultores, empresas, entre outros.

Para cumprirem as funções referidas acima, as Reservas da Biosfera cumprem um

Zonamento que enquadra o espaço em três tipologias distintas:

ZONA NÚCLEO: Pode ser constituída por uma ou várias áreas que se encontrem sob um

regime de proteção de longo prazo e encontra-se essencialmente vocacionada para a

conservação da natureza e diversidade biológica e para a promoção de investigação e

monitorização de ecossistemas.

ZONA TAMPÃO: Encontra-se, normalmente, adjacente às áreas núcleo, permitindo o

desenvolvimento de iniciativas económicas compatíveis com a conservação dos

valores naturais.

ZONA DE TRANSIÇÃO: Onde se englobam atividades económicas de maior impacte

ambiental, núcleos populacionais, serviço, sedes de instituições diversas, comércio e

demais atividades de suporte à vida das populações, implicadas na gestão e

desenvolvimento sustentável dos recursos da região.

Em Portugal existem atualmente 10 Reservas da Biosfera: cinco no continente (Paul do

Boquilobo, Berlengas, Gerês-Xurês, Meseta Ibérica e Tejo Internacional, as três últimas

transfronteiriças), uma no Arquipélago da Madeira (Santana) e quatro no Arquipélago dos

Açores (Corvo, Flores, Graciosa e Fajãs de São Jorge).

2.3 Oportunidades resultantes da classificação como Reserva da Biosfera

As Reservas da Biosfera da UNESCO, por significarem o reconhecimento de um trabalho de

preservação de ecossistemas e desenvolvimento sustentável podem, por isso, ser um elemento

de atração para o território de investimentos e apoios, mas também de visitantes.

As Reservas da Biosfera funcionam como sítios ‘piloto’ ou ‘locais de aprendizagem’ para

conceber e demonstrar métodos de conservação e desenvolvimento sustentável, efetuada em

parceria com todos os setores da sociedade de forma a assegurar o seu bem-estar e o seu meio

ambiente. Este conhecimento visa essencialmente demonstrar que é possível compatibilizar a

conservação da biodiversidade com as atividades humanas, fornecendo lições sobre

desenvolvimento sustentável que podem ser aplicadas noutros locais, a nível nacional e

internacional.

As Reservas da Biosfera são também importantes motores económicos que potenciam a

promoção do turismo, a visitação, o marketing de produtos da região, o comércio de produtos

tradicionais, a gastronomia, a certificação de produtos de qualidade, a dinamização do

empreendedorismo e das atividades económicas.

3 A ÁREA CANDIDATA A RESERVA DA BIOSFERA de CASTRO VERDE

3.1 ENQUADRAMENTO

3.1.1 Caracterização do concelho de Castro Verde

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O território do concelho de Castro Verde encontra-se na peneplanície alentejana,

composta por extensas áreas de planície ondulada relativamente homogénea onde não se

individualizam formas marcantes. Este ecossistema é designado como estepe cerealífera ou

pseudo-estepe.

De uma forma geral ocorrem solos esqueléticos, pedregosos e muito degradados, comuns

em regiões de clima quente, com escassez em matéria orgânica, muito suscetíveis à erosão,

com grandes limitações para a prática agrícola, pouco férteis e com elevado risco de

desertificação e vulnerabilidade à seca.

A distribuição dos solos por classes (de acordo com dados do Município de Castro Verde

disponibilizados no seu site) é a seguinte:

Classe E: 41,95% dos solos

Classe D: 40,22% dos solos

Classe C: 15,49% dos solos

Classe B: 1,9% dos solos

Classe A: 0,05% dos solos

No que respeita à ocupação do solo verificava-se no concelho a predominância de

superfícies onde se pratica a agricultura extensiva, sendo Castro Verde a freguesia onde a sua

representatividade era menor apesar de ser ainda elevada (61%). Nas restantes freguesias os

valores de superfície agrícola variaram entre os 66% em Santa Bárbara do Padrões e 93% em

Casével. A ocupação florestal apresentava ainda alguma relevância em Santa Bárbara dos

Padrões (14%), Entradas (10%) e São Marcos da Atabueira (7%).

A ocupação da área do concelho nas diferentes unidades paisagísticas é a seguinte:

1) Estepe Cerealífera Mediterrânica – 82% da área do concelho;

2) Montado de Sobro e Azinho – 13% da área do concelho;

3) Matos – 4% da área do concelho;

4) Zonas Húmidas – junto a linhas de água e pequenas albufeiras;

A relevância do ecossistema local e das espécies que nele se encontram, em particular a

avifauna com estatuto de conservação desfavorável e que depende grandemente da

manutenção desta paisagem agrícola de origem antropogénica, levou em 1999 à criação da

Zona de Proteção Especial (ZPE) para as Aves de Castro Verde ao abrigo da Diretiva Comunitária

AVES (Decreto-Lei nº 140/99 de 24 de Abril alterado pelo Decreto-Lei nº 156-A/2013 de 8 de

Novembro)

3.1.2 Principais fatores de ameaça ao ecossistema estepário

No Plano Setorial da Rede Natura 2000 o principal fator de ameaça identificado é o

desaparecimento dos sistemas agrícolas extensivos. De acordo com o texto do PSRN2000 “a

manutenção de uma agricultura extensiva baseada na cultura de cereais de sequeiro enfrenta

vários problemas:

- A baixa rentabilidade das explorações agrícolas abriga ao seu apoio mediante um

sistema de subsídios;

- Em terrenos menos produtivos, há um risco real de abandono agrícola,

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- A florestação de terrenos agrícolas em virtude de apoios comunitários bastante

aliciantes;

- A intensificação agrícola em terrenos mais produtivos, com desaparecimento da

rotação tradicional, sobrepastoreio, instalação de regadios e vedações.

3.2 CONTEXTO

A atribuição do galardão de Reserva Mundial da Biosfera, através do Programa MaB, pela

UNESCO, constituirá o reconhecimento internacional não só das riquezas patrimoniais locais,

como também, das atividades e setores, que de forma constante promovem o

desenvolvimento sustentável local.

Considerando o caminho percorrido e o trabalho desenvolvido ao longo de mais de vinte

anos no concelho de Castro Verde, esta designação vem reconhecer as condições de excelência

existentes e o trabalho inovador de conservação da natureza em estreita articulação com a

atividade agrícola que caracteriza os ecossistemas do concelho e as pessoas que o habitam.

Ao conciliarem a conservação da diversidade natural e cultural com o desenvolvimento

social e económico local as Reservas da Biosfera são consideradas:

- Espaços de excelência para o desenvolvimento de novos modelos que permitam uma

melhor gestão dos recursos naturais e das atividades humanas;

- Instrumentos de apoio para a implementação de um desenvolvimento sustentável a

nível local;

- Locais de aprendizagem.

4. DIAGNÓSTICO PARA PLANO DE AÇÃO

A construção do Plano de Ação para a Reserva da Biosfera de Castro Verde considera não

só o conhecimento aprofundado sobre o território detido pelos parceiros, como a informação

recolhida junto de diferentes entidades e consultores e que permitiram sintetizar algumas das

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças identificadas para o território, contribuindo para

delinear de forma mais precisa os eixos prioritários de intervenção.

ANÁLISE SWOT (Análise de Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças)

Pontos Fortes Pontos Fracos - conetividade externa assegurada pelo fácil acesso aos principais eixos rodoviários do Sul do país (IP1, IP2 e IC1) - valia ambiental e turística do território - relevância económica do stock de recursos minerais presentes no subsolo (cobre, zinco e prata) - capacidade de fixação/atração de residentes da Vila de Castro Verde - elevada satisfação da população residente com as condições de qualidade de vida existentes no concelho (à qual se junta uma identidade cultural forte) - elevada taxa de cobertura das infraestruturas e serviços ambientais - relevância da dotação física (atual e prevista) e da dinâmica programática do setor cultural (valorizada por alguma inserção em redes de âmbito regional,

- insuficiência dos mecanismos de crescimento natural para efeitos de reposição endógena do efetivo demográfico - envelhecimento acentuado da população residente (no topo e na base da pirâmide etária) - falta de capacidade de atração/fixação de residentes nas freguesias rurais do concelho - erosão progressiva dos limiares mínimos de procura necessários à viabilização de modelos convencionais de provisão de serviços sociais - fraca sustentabilidade económico-financeira dos modelos de exploração agrícola tradicionais (dominantes) - escassez quantitativa e qualitativa de oportunidades de emprego (sobretudo feminino) - elevada concentração do emprego e das receitas

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nacional e internacional) - existência de um conjunto relevante de agentes locais com capacidade de iniciativa e intervenção em áreas específicas de atuação (p.ex. L.P.N., I.P.S.S.’s, A.A.C.B., ESDIME, associações e grupos culturais, …) - capacidade de investimento municipal (expressa pelos indicadores despesa municipal per capita e despesa municipal de capital per capita) - margem assinalável de recurso ao endividamento para apoio ao financiamento do investimento municipal - boa qualidade e quantidade de respostas sociais dirigidas à população idosa

fiscais municipais num único agente privado (Somincor) - forte atomização e introversão do tecido empresarial local (extra-Somincor) - insuficiência/ausência de condições de suporte (materiais e imateriais) ao desenvolvimento da atividade empresarial - deficiente estruturação e organização dos recursos locais (ambientais, culturais, …) numa ótica de produto turístico - debilidade organizativa e financeira do tecido associativo cultural

Oportunidades Ameaças

- disponibilidade de recursos no âmbito dos Fundos Estruturais para co-financiamento de projetos locais de desenvolvimento - estabilidade/previsibilidade plurianual do financiamento comunitário a mobilizar para os investimentos municipais contratualizados (via CIMBAL) no âmbito do Alentejo 2020 - posicionamento ativo em termos de captação dos fluxos migratórios dirigidos ao território nacional - notoriedade e atratividade crescentes da marca-território ‘Alentejo’ em termos turísticos (autenticidade, riqueza patrimonial, excelência da gastronomia, tranquilidade, qualidade paisagística, …) - crescimento global dos segmentos de ‘turismo de natureza’ (cerca de 7% ao ano, não incluindo procura derivada de outros segmentos) e de ‘touring cultural e paisagístico’ (5% a 7% ao ano, idem) - exploração do potencial de cross-selling com destinos turísticos de proximidade mais consolidados (Algarve) e/ou com elevado potencial de crescimento (Litoral Alentejano e Alqueva) - reforço da participação em redes regionais, nacionais e internacionais de cariz diverso como forma de obtenção de visibilidade externa, escala/massa crítica e know-how

- forte exposição da atividade mineira à volatilidade dos mercados internacionais de matérias-primas - redução dos recursos financeiros afetos à manutenção de práticas agrícolas não competitivas no âmbito das medidas agro-ambientais - abandono progressivo de políticas públicas baseadas em lógicas simples de discriminação positiva a regiões menos desenvolvidas - generalização de lógicas de racionalização/retração da despesa pública (investimento+exploração) da Administração Central em territórios recessivos de baixa densidade - escasso desenvolvimento de políticas públicas da Administração Central adaptadas a territórios recessivos de baixa densidade (p.ex. nas áreas educativa e da saúde) - concentração/retenção dos fluxos de procura turística nos destinos turísticos de proximidade mais consolidados (Algarve) e/ou com elevado potencial de crescimento (Litoral Alentejano e Alqueva) - concentração de apoios públicos nos destinos turísticos mais consolidados e/ou elencados como prioritários no quadro do Plano Estratégico Nacional de Turismo

4.1 ÓRGÃOS DE GESTÃO DA RESERVA DA BIOSFERA DE CASTRO VERDE

A construção do Plano de Ação implicou a participação alargada das instituições e da

comunidade local, bem como a consulta de entidades supra-concelhias com responsabilidades

de intervenção direta ou indireta no território, procurando obter uma visão abrangente do que

deverá ser a Reserva da Biosfera de Castro Verde, nas suas múltiplas vertentes.

Daqui resultou a definição dos Órgãos de Gestão da Reserva da Biosfera de Castro Verde

cuja organização pretende responder a vários desafios, nomeadamente motivar a participação

e recolher o contributo da população local, otimizar a articulação da ação das várias entidades

envolvidas e ser operacional.

Os Órgãos de Gestão são os seguintes:

CONSELHO DE GESTÃO: constituído por dois representantes de cada uma das três

entidades dinamizadoras da candidatura de Castro Verde a Reserva da Biosfera:

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Câmara Municipal de Castro Verde, Liga para a Protecção da Natureza e Associação

de Agricultores do Campo Branco. Dos dois representantes de cada entidade, um é

um técnico e outro um decisor. Esta constituição tem os objetivos de se constituir

como um órgão de gestão colaborativa, de garantir a continuidade

independentemente de ciclos eleitorais e de aprofundar a articulação da ação das

três entidades. A Presidência do Conselho de Gestão destina-se à representação

externa, é anual e rotativa. Para o seu funcionamento será elaborado um

regulamento no início do primeiro mandato;

CONSELHO CONSULTIVO: constituído pelas entidades locais e algumas regionais com o

objetivo de informar e recolher contributos para a avaliação e ação da Reserva da

Biosfera. Deve reunir pelo menos uma vez por ano e pode reunir sectorialmente;

CONSELHO CIENTÍFICO: constituído por técnicos e cientistas das áreas naturais e sociais

de reputado prestígio e capacidade, ligados à Universidade ou a Centros de

Investigação com o objetivo de dar um contributo técnico e/ou científico

aprofundado sobre temas de interesse à Reserva da Biosfera de Castro Verde. Reúne

uma vez por ano e quando se achar necessário, podendo reunir sectorialmente para

aprofundar algum assunto específico.

5. PLANO DE AÇÃO: OBJETIVOS E ESTRUTURA

5.1 OBJETIVOS DA RESERVA DA BIOSFERA DE CASTRO VERDE

Na consecução dos objetivos das Reservas da Biosfera definidos pelo programa “Homem e a

Biosfera”, considerando a “Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, o diagnóstico de

caracterização do concelho de Castro Verde, os diversos momentos de auscultação da

comunidade e a informação constante na grelha SWOT apresentada acima, os objetivos para a

Reserva da Biosfera de Castro Verde são:

Conservar o ecossistema estepário, os habitats que o suportam e a sua biodiversidade,

em especial a avifauna, tendo sempre presente o entendimento comum dos diversos

atores do território;

Manter a qualidade ambiental da paisagem e dos recursos naturais, em particular da

água e do solo, através do fomento e da adoção de boas práticas com vista à

sustentabilidade das atividades económicas, em particular da atividade agrícola;

Aprofundar o consenso entre os objetivos de preservação ambiental e cultural com os

de desenvolvimento económico e social do território, como forma de criar

oportunidades ao nível das atividades económicas e aumentar a qualidade de vida

das populações;

Afirmar a identidade, valores, tradições e cultura local, de cariz rural, conferindo-lhes

um papel catalisador no modelo de desenvolvimento do território a longo prazo;

Fomentar a produção e intercâmbio de conhecimento, envolvendo a comunidade

científica e outros atores institucionais

Promover a formação e a sensibilização da população, e de toda a sociedade civil, para

consciencializar dos benefícios e apoiar as ações, e responder a desafios, reais ou

potenciais, referentes ao território.

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5.2 ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação da Reserva da Biosfera de Castro Verde integra três níveis de definição:

EIXOS ESTRATÉGICOS que definem a estratégia da Reserva da Biosfera a longo prazo de

acordo com objetivos definidos;

OBJETIVOS que definem, dentro de cada Eixo Estratégico, as áreas de atuação a médio

prazo;

AÇÕES que se referem às atuações concretas e que são concebidas a curto prazo (2 anos

ou seja, no presente Plano, para o horizonte 2017-2018), sendo acompanhadas e

monitorizadas. Findo este período as ações são avaliadas e definidas a sua

continuidade, alteração ou reestruturação.

O Plano de Ação articula-se em cinco eixos estratégicos para os quais se definem objetivos,

sendo as ações caracterizadas através de descritivos de atividade.

Eixos Estratégicos:

EIXO 1: CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E AGRICULTURA

No território de Castro Verde a conservação da natureza é indissociável da atividade

agrícola: os agricultores são os primeiros responsáveis e agentes da conservação do

ecossistema da estepe cerealífera. É a sua atividade diária a base fundamental da

conservação deste ecossistema e dos recursos em que se baseia, nomeadamente o

solo e a água.

Mas a preservação deste ecossistema vai para além da atividade agrícola,

passando por ações específicas de conservação de espécies e habitats, manutenção

ou construção de abrigos ou ninhos, etc., com o intuito de testar, demonstrar ou

implementar as melhores práticas e comportamentos conservacionistas.

Por isto, é fundamental desenvolver ações conservacionistas e atuar junto dos

agricultores para a melhoria da atividade agrícola e das suas técnicas com o objetivo

final de melhorar a rentabilidade da atividade agrícola ao mesmo tempo que se

fomenta a manutenção deste ecossistema.

EIXO 2: DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SÓCIO-CULTURAL

O desenvolvimento de um território é um objetivo que deverá ser entendido de

forma abrangente e articulada. Assim, incluem-se neste eixo um conjunto de ações

que potenciam o desenvolvimento económico e a inovação, o desenvolvimento

turístico, a cultura e o património e a valorização social.

EIXO 3: INVESTIGAÇÃO E EDUCAÇÃO

Neste Eixo enquadra-se a investigação e pesquisa e a sua importância em si mesma

para o conhecimento do território, a pesquisa aplicada e as ações de demonstração,

mas concebe-se a importância do conhecimento na sua partilha, que aqui

concebemos de várias formas como os colóquios e encontros e a formação e ensino.

EIXO 4: COOPERAÇÃO, PARCERIAS E PARTICIPAÇÃO

Neste Eixo concebemos o trabalho da Reserva da Biosfera no sentido de trabalhar

para, mas também o de trabalhar com. Assim apresentamos a articulação em rede e

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em parceria com entidades e atores do território e de fora dele, a disseminação da

experiência e a partilha do trabalho e dos seus resultados com a população local que

aqui encaramos de forma ativa procurando que essa partilha não se faça apenas num

sentido mas antes despertando a curiosidade e a vontade de saber, de conhecer.

EIXO 5: COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO

Este Eixo inclui as ações de comunicação mais formais e disponíveis e também as

estratégias de valorização e de promoção.

6. PLANO DE AÇÃO

ABREVIATURAS:

A.A.C.B.: Associação de Agricultores do Campo Branco

A.E.C.V.: Agrupamento de Escolas de Castro Verde

C.M.C.V.: Câmara Municipal de Castro Verde

E.G.R.B.: Estrutura de Gestão da Reserva da Biosfera de Castro Verde

L.P.N.: Liga para a Protecção da Natureza

EIXO 1: CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E AGRICULTURA

1.1. AGRICULTURA MAIS ECONOMICAMENTE SUSTENTÁVEL

1.1.1 APOIO À MELHORIA TÉCNICA DAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS

DESCRIÇÃO: realização de ações de demonstração, visitas técnicas, valorização/divulgação

das boas práticas agrícolas e pecuárias

PROMOTORES: A.A.C.B. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.1.2 APOIO À DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA

DESCRIÇÃO: apoio à diversificação agrícola compatível com a conservação da natureza,

nomeadamente apoiar a produção de novas culturas, a transformação de produtos da

propriedade, a valorização das produções; apoiar as atividades de observação de aves,

colocação de caixas-ninho e abrigos.

PROMOTORES: A.A.C.B / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.1.3 APOIAR A PECUÁRIA EXTENSIVA ENQUANTO MAIS-VALIA DOS SISTEMAS AGRÍCOLAS

TRADICIONAIS

DESCRIÇÃO: valorização da pecuária de raças autóctones; dinamização, em conjunto com os

restantes parceiros do Centro de Competências da Lã, do programa de melhoria

genética da ovelha de raça merina.

PROMOTORES: A.A.C.B / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.1.4 PROGRAMA DE ABEBERAMENTO PECUÁRIO

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DESCRIÇÃO: atividade de apoio à produção pecuária que decorre anualmente no verão,

quando necessário

PROMOTORES: A.A.C.B

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.1.5 APOIO AOS AGRICULTORES NA ELABORAÇÃO DE CANDIDATURAS DE APOIO A AJUDAS

NACIONAIS E COMUNITÁRIAS

DESCRIÇÃO: nomeadamente às Medidas Agro-Ambientais e outras medidas de apoio à

agricultura e pecuária

PROMOTORES: A.A.C.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.2. AGRICULTURA MAIS AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL

1.2.1 INCENTIVAR A ADOPÇÃO DE TÉCNICAS E SISTEMAS AGRÍCOLAS QUE ALIEM A

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA À OTIMIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA

DESCRIÇÃO: incentivo a técnicas como a sementeira direta, a mobilizações do solo segundo a

curvas de nível, a diminuição das mobilizações de terras

PROMOTORES: A.A.C.B. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.2.2 INCENTIVAR A ADOÇÃO DE MEDIDAS DE DIMINUIÇÃO DOS IMPACTES AMBIENTAIS

NEGATIVOS DA AGRICULTURA

DESCRIÇÃO: fomento das boas práticas e consequências da utilização de agro-químicos, de

cuidados que minimizem os impactes na vida animal, da gestão eficiente e responsável

da água, da energia e recolha dos resíduos agrícolas

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.2.3 MOTIVAR A ABERTURA DOS AGRICULTORES À PROTEÇÃO INTEGRADA E AO MODO DE

PRODUÇÃO BIOLÓGICO

DESCRIÇÃO: organização de um conjunto de demonstrações e visitas com o objetivo de

motivar os agricultores para aqueles Modos de Produção

PROMOTORES: A.A.C.B. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.3. MONITORIZAÇÃO DE ESPÉCIES

1.3.1 MANTER AS AÇÕES DE MONITORIZAÇÃO DA FAUNA SELVAGEM

DESCRIÇÃO: manter as ações de monitorização que já se realizam da abetarda, grou e

sisão

PROMOTORES: L.P.N.

DESTINATÁRIOS: (gestão da Reserva da Biosfera)

1.3.2 PROMOVER A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS PARA A MONITORIZAÇÃO DE ESPÉCIES

INDICADORAS

DESCRIÇÃO: definir um conjunto mais alargado de espécies a monitorizar que permitam o

estudo da evolução das populações mas também fornecer indicadores de impacte

PROMOTORES: L.P.N.

DESTINATÁRIOS: (gestão da Reserva da Biosfera)

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1.3.3 ENVOLVER OS AGRICULTORES NAS ATIVIDADES DE MONITORIZAÇÃO

DESCRIÇÃO: partilhar o conhecimento que os agricultores têm do meio e sensibilizá-los para

a sua importância na preservação da fauna selvagem

PROMOTORES: L.P.N.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.4. MELHORIA DOS HABITATS E DA BIODIVERSIDADE

1.4.1 FOMENTAR A APLICAÇÃO DE MEDIDAS DE PRESERVAÇÃO E MELHORIA DOS HABITATS

DAS ESPÉCIES ESTEPÁRIAS

DESCRIÇÃO:

PROMOTORES: L.P.N.

DESTINATÁRIOS: Público em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

1.4.2 IMPLEMENTAR AÇÕES DE PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO DA FAUNA SELVAGEM

DESCRIÇÃO:

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /

DESTINATÁRIOS: Público em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

1.4.3 ASSEGURAR PONTOS DE ÁGUA PARA A FAUNA SELVAGEM

DESCRIÇÃO: manter e incrementar a existência de locais para dessedentação da fauna

selvagem devidamente protegido do acesso do gado

PROMOTORES: A.A.C.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: (gestão da Reserva da Biosfera)

1.5. CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS ÁGUA E SOLO

1.5.1 FOMENTAR A APLICAÇÃO DE MEDIDAS DE COMBATE À EROSÃO

DESCRIÇÃO: fomentar a aplicação de práticas agrícolas como a sementeira direta, a

mobilizações do solo de acordo com as curvas de nível, evitar a desproteção do solo,

não lavrar atravessando as curvas linhas de água, deixar as margens dos cursos de água

com a vegetação de proteção.

PROMOTORES: A.A.C.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: agricultores

1.5.2 LIMPEZA DE LINHAS DE ÁGUA

DESCRIÇÃO: manter as linhas de água limpas por forma a evitar o alagamento das terras e a

erosão do solo

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /

DESTINATÁRIOS: agricultores, (gestão da Reserva da Biosfera)

EIXO 2: DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SÓCIO-CULTURAL

2.1. DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA LOCAL, VALORIZAÇÃO DE PRODUTOS E

INOVAÇÃO

2.1.1 IDENTIFICAR OS PRODUTOS E SERVIÇOS QUE POTENCIEM A SUSTENTABILIDADE

ECONÓMICA LOCAL

DESCRIÇÃO: identificar produtos agroalimentares diferenciadores ou provenientes de modos

de produção que os valorizem, estudar a possibilidade de valorização do Borrego do

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Campo Branco, motivar o surgimento de novos prestadores de serviços nomeadamente

associados à visitação, de artigos diferenciadores nomeadamente artesanato de autor,

fomentar o espírito de iniciativa e o empreendedorismo

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: população em geral / empresários

2.1.2 FAZER A IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS ENDÓGENOS E DO SEU POTENCIAL

DIFERENCIADOR NO CONSUMO POR NICHOS DE MERCADO ESPECÍFICOS

DESCRIÇÃO: identificar produtos, agroalimentares ou outros, que possam ser interessantes

pela sua qualidade ou originalidade/raridade para nichos de mercado específicos

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: população em geral / empresários

2.1.3 APOIAR O SECTOR PRODUTIVO LOCAL E AS ASSOCIAÇÕES, GRUPOS E COOPERATIVAS NA

ORGANIZAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA

DESCRIÇÃO: conceção de produtos inovadores, integração de processos de marketing e

design, identificação de percursos de comercialização alternativos

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral / empresários

2.2. SERVIÇOS TURÍSTICOS

2.2.1 TORNAR AS UNIDADES DE ALOJAMENTO E DE RESTAURAÇÃO MAIS AMBIENTALMENTE

SUSTENTÁVEIS

DESCRIÇÃO: motivar os proprietários para a implementação de medidas que conduzam,

numa primeira fase, a um menor consumo de água e de energia

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: serviços turísticos

2.2.2 APROXIMAR A ESTADA NUM ALOJAMENTO DE CASTRO VERDE A UMA MELHOR

EXPERIÊNCIA, ATRAVÉS DE UMA MAIOR LIGAÇÃO AO TERRITÓRIO

DESCRIÇÃO: decoração com imagens/fotos de Castro Verde, das suas paisagens e da sua

natureza, utilização de produtos locais nas propostas alimentares, prestar maior atenção

à disponibilização de informação a quem lida diretamente com os clientes

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: unidades de alojamento

2.2.3 TORNAR OS ALOJAMENTOS MAIS FRIENDLY PARA QUEM, PELOS SEUS INTERESSES, NOS

VISITA COM OBJETIVOS ESPECÍFICOS

DESCRIÇÃO: implementar medidas e que respondam a necessidades de públicos específicos

como, por exemplo, um horário do pequeno-almoço mais adequado aos birdwatchers, a

possibilidade de mala de piquenique para quem pretende passar um dia no campo

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: unidades de alojamento

2.2.4 DINAMIZAR A RESTAURAÇÃO ATRAVÉS DE UMA MAIOR ATENÇÃO ÀS EMENTAS, À

DECORAÇÃO DOS SEUS ESPAÇOS E À INFORMAÇÃO A DISPONIBILIZAR AOS CLIENTES

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DESCRIÇÃO: maior inclusão da gastronomia regional nas ementas, pratos vegetarianos da

gastronomia tradicional, couverts de produtos locais, decoração dos espaços com

alusões à identidade local e, sobretudo, haver informação disponível para os clientes

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: unidades de restauração

2.2.5 DINAMIZAR A GASTRONOMIA E OS PRODUTOS LOCAIS

DESCRIÇÃO: implementar iniciativas de dinamização da restauração local como a

possibilidade de iniciativas nos espaços dos restaurantes ou a organização de evento

gastronómico

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: unidades de restauração

2.3. DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS TURÍSTICOS

2.3.1 CRIAR PROGRAMAS INTEGRADOS DE VISITAÇÃO AO TERRITÓRIO

DESCRIÇÃO: criar programas que incluam o conjunto das temáticas do ambiente, da

agricultura e da cultura local. Implementar programa de visitas de interpretação do

território

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /

DESTINATÁRIOS: operadores turísticos

2.3.2 CRIAR PRODUTOS TURÍSTICOS DIFERENCIADOS AO LONGO DO ANO

DESCRIÇÃO: criar ofertas de animação que variem ao longo do ano conforme varia a

envolvente e os produtos disponíveis em cada época

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /

DESTINATÁRIOS: operadores turísticos

2.3.3 FOMENTAR A REDE DE PERCURSOS DE NATUREZA

DESCRIÇÃO: aumentar os percursos pedestres de natureza disponíveis, criar novos percursos

temáticos bem como roteiros culturais

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /

DESTINATÁRIOS: visitantes / operadores turísticos

2.3.4 CONTINUAÇÃO DO TRABALHO DE RESTRUTURAÇÃO DO PRODUTO BIRDWATCHING

DESCRIÇÃO: continuar o trabalho já iniciado, em parceria com um conjunto de entidades

públicas e empresas de serviços turísticos, de restruturação do produto turístico de

birdwatching

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: visitantes / operadores turísticos

2.3.5 ARTICULAR REFERÊNCIAS DE AVISTAMENTOS DE AVES

DESCRIÇÃO: disponibilizar a informação de locais de avistamento de aves entre unidades de

turismo rural e o Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho – L.P.N., gerida por

esta entidade, de forma a dar aos hóspedes dos alojamentos indicações mais precisas

sobre locais de avistamento de avifauna contribuindo para uma melhor experiência

turística

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: visitantes

2.4. VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO

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2.4.1 ELABORAR A CARTA DO PATRIMÓNIO CULTURAL DE CASTRO VERDE

DESCRIÇÃO: fazer o levantamento do património cultural de forma a promover o seu

conhecimento e a identificar aquele que possa vir a integrar propostas ou programas

turísticos

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: visitantes / operadores turísticos

2.4.2 VALORIZAÇÃO DE SÍTIOS DE INTERESSE PATRIMONIAL E PAISAGÍSTICO

DESCRIÇÃO: valorização dos sítios arqueológicos já estudados e que possam ser integrados

em programas de visitação acompanhados. Manutenção e valorização dos sítios de S.

Pedro das Cabeças e de Nossa Senhora de Aracelis.

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: visitantes / operadores turísticos

2.4.3 DINAMIZAÇÃO DOS MUSEUS E ESPAÇOS MUSEOLÓGICOS

DESCRIÇÃO: apoio à dinamização e desenvolvimento dos museus de Castro Verde (Museu da

Ruralidade mais os núcleos de Almeirim e Aivados, da Lucerna, o Tesouro da Basílica

Real de Castro Verde e o espaço museológico do Moinho de Vento)

PROMOTORES: C.M.C.V. / Cortiçol, Cooperativa de Informação e Cultura, C.R.L.

DESTINATÁRIOS: população em geral / visitantes

2.4.4 CRIAÇÃO DO CENTRO DE VIOLA CAMPANIÇA, ARTES E OFÍCIOS ARTESANAIS DE CASTRO

VERDE

DESCRIÇÃO: criação deste Centro que albergará uma oficina de construção de viola

campaniça e outros espaços para artesãos, que será dinamizado e integrado em

programas de visitação turística

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: visitantes / operadores turísticos

2.4.5 RECOLHA DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS IMATERIAIS LOCAIS

DESCRIÇÃO: fazer o levantamento da cultura oral / património imaterial de Castro Verde

PROMOTORES: C.M.C.V.

DESTINATÁRIOS: população em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

2.4.6 PROMOVER A VALORIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA IDENTIDADE

DESCRIÇÃO: promover os aspetos identitários de Castro Verde através da valorização dos

saberes e tradições locais, nomeadamente a gastronomia, a viola campaniça e o cante,

classificado como Património Imaterial da Humanidade

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: população em geral / visitantes / operadores turísticos

2.5. DINÂMICA CULTURAL

2.5.1 DESENVOLVIMENTO DA REDE DE BIBLIOTECAS DE CASTRO VERDE

DESCRIÇÃO: desenvolvimento da Rede de Bibliotecas local, de forma a aumentar a literacia ,

a aprendizagem e a informação e a participação da população local, de acordo com o

Manifesto da International Federation of Library Associations and Institutions

(IFLA)/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas

PROMOTORES: A.E.C.V. / C.M.C.V.

DESTINATÁRIOS: população em geral

2.5.2 MANUTENÇÃO DE UMA PROGRAMAÇÃO CULTURAL VARIADA E DE QUALIDADE

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DESCRIÇÃO: manter uma programação cultural regular, de qualidade e abrangente em

termos de público que valorize e dinamize a comunidade, motivando a sua curiosidade e

abertura a novos valores e à participação cívica

PROMOTORES: C.M.C.V.

DESTINATÁRIOS: população em geral

2.5.3 APOIO À DIVULGAÇÃO DE FESTIVIDADES POPULARES TRADICIONAIS

DESCRIÇÃO: reforço da divulgação e apelo à participação da população nas festividades

tradicionais, tanto laicas como religiosas, como forma de reforçar os laços da

comunidade e obstar à diminuição da participação

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: população em geral

2.6. VALORIZAÇÃO SOCIAL

2.6.1 MELHORIA DAS INFRAESTRUTURAS

DESCRIÇÃO: melhoria das infraestruturas nomeadamente dos caminhos rurais, por forma a

facilitar a atividade agrícola e das populações rurais, obstando assim ao despovoamento

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: população em geral

2.6.2 AMPLIAÇÃO DA UNIDADE DE COMPOSTAGEM MUNICIPAL

DESCRIÇÃO: ampliação desta estrutura municipal, que recolhe e aceita detritos e restos

vegetais, para reutilização como composto e que tem a dupla função de reciclagem e

educação ambiental

PROMOTORES: C.M.C.V. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral

2.6.3 PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

DESCRIÇÃO: motivar para a eficiência energética e para a necessidade de redução do

consumo de energia. Reduzir o consumo na iluminação e nos edifícios públicos

PROMOTORES: A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral

EIXO 3: INVESTIGAÇÃO E EDUCAÇÃO

3.1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

3.1.1 PROMOVER AÇÕES DE DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL

DESCRIÇÃO: continuação das atividades de educação e sensibilização ambiental que têm sido

realizadas para os alunos dos diversos graus de ensino, de que são exemplo:

Pequenos Agricultores (agricultura sustentável / 1º ciclo)

Plantas Aromáticas e Medicinais do Alentejo (P.A.M. / 1º ciclo)

Brinco e sou Amigo do Ambiente (alteração de comportamentos / Pré-escolar)

Amigos do Ambiente (boas práticas ambientais, o ambiente numa vertente

empreendedora / 1º ciclo)

Clube do Ambiente (desenvolvimento sustentável / 3º ciclo e Secundário)

Atividades transversais aos vários ciclos (educação ambiental no âmbito dos

projetos Life. Ações sobre a água, resíduos, etc.)

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Continuação das atividades de sensibilização ambiental para o público sénior - alunos da

Universidade Sénior.

PROMOTORES: A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N. /Universidade Sénior - Associação Sénior

Castrense

DESTINATÁRIOS: população escolar

3.1.2 PROMOVER AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO JUNTO DE PÚBLICOS VARIADOS

DESCRIÇÃO: implementar ações de sensibilização e formação nas áreas do ambiente,

conservação, sustentabilidade e natureza para públicos variados

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral / associações / empresários / técnicos e operadores

turísticos

3.2. PESQUISA E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

3.2.1 PROMOVER O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E A INVESTIGAÇÃO

DESCRIÇÃO: criar condições para a realização de trabalhos de pesquisa e investigação, no

quadro de provas académicas ou de atividade regular de Centros de Investigação e

estabelecimentos de Ensino Superior, que contribuam para um conhecimento mais

aprofundado do território

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

3.2.2 PROMOVER O CONHECIMENTO DOS VALORES CULTURAIS E HISTÓRICOS DE CASTRO

VERDE

DESCRIÇÃO: promover a pesquisa dos aspetos culturais, sociais e históricos de Castro Verde

PROMOTORES: C.M.C.V.

DESTINATÁRIOS: população em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

3.3. COLÓQUIOS, ENCONTROS E EDIÇÕES

3.3.1 ORGANIZAÇÃO DAS JORNADAS AMBIENTAIS DE CASTRO VERDE

DESCRIÇÃO: organização das jornadas, que decorrem em Castro Verde, de debate e troca de

experiências sobre as temáticas do ambiente, biodiversidade, agricultura e

sustentabilidade. Têm periodicidade bienal.

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral / agricultores

3.3.2 REALIZAÇÃO DAS JORNADAS TÉCNICAS DE OUTONO DA A.A.C.B.

DESCRIÇÃO: jornadas técnicas de temática agrícola organizadas anualmente em outubro pela

Associação de Agricultores do Campo Branco

PROMOTORES: A.A.C.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

3.3.3 EDIÇÃO DE OBRAS DE INVESTIGAÇÃO E PESQUISA DE ÂMBITO PATRIMONIAL, AMBIENTAL

E SOCIAL

DESCRIÇÃO: edição de obras resultantes de trabalhos de investigação com interesse para o

conhecimento e desenvolvimento da Reserva da Biosfera. Algumas destas edições

poderão ser em formato digital.

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral

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3.4. PESQUISA APLICADA E EXPERIMENTAÇÃO

3.4.1 REALIZAÇÃO DE CAMPOS DE ENSAIO E DEMONSTRAÇÃO

DESCRIÇÃO: continuação da realização dos campos de ensaios e demonstração de cereais,

forragens e pastagens e possível alargamento a outras áreas, nomeadamente, novas

culturas

PROMOTORES: A.A.C.B. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

3.4.2 APOIAR PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO

DESCRIÇÃO: promover pesquisas que procurem resposta para problemas concretos

identificados e iniciativas de demonstração e que contribuam para o desenvolvimento,

nomeadamente novas culturas e variedades compatíveis com a conservação dos

ecossistemas estepários, e que melhorem a qualidade e eficácia da atividade agrícola

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

3.5. FORMAÇÃO, EDUCAÇÃO E ENSINO

3.5.1 CAPACITAR OS AGENTES LOCAIS E OS PROFISSIONAIS PARA OS TEMAS RELEVANTES PARA

A RESERVA DA BIOSFERA

DESCRIÇÃO: organizar formações para públicos específicos, nomeadamente, sobre as

temáticas do ambiente, biodiversidade, sustentabilidade, etc. Organizar formações para

os profissionais de turismo e pessoas que façam atendimento ao público sobre as

temáticas referidas acima mas também sobre a oferta turística, nomeadamente de

turismo cultural e de natureza.

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: profissionais da área do turismo / dirigentes associativos / professores /

empresários / público em geral

3.5.2 SESSÕES DE ESCLARECIMENTO E DE FORMAÇÃO PERIÓDICAS

DESCRIÇÃO: formações relativas a questões técnicas, a normas legais e a apoios financeiros

com o objetivo de aumentar a sustentabilidade das explorações agrícolas

PROMOTORES: A.A.C.B. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: agricultores

3.5.3 PROMOVER O ENSINO DAS ARTES TRADICIONAIS

DESCRIÇÃO: continuar as ofertas de ensino do cante alentejano e da viola campaniça e

alargar a outras artes e ofícios tradicionais, como a gastronomia com o objetivo de

salvaguardar a cultura local, de a valorizar e, ainda, de a disponibilizar como produto

turístico

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público escolar / público em geral

EIXO 4: COOPERAÇÃO, PARCERIAS E PARTICIPAÇÃO

4.1. PARTICIPAÇÃO EM REDES

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4.1.1 PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS E DE RESULTADOS COM AS REDES DAS RESERVAS DA

BIOSFERA DA UNESCO

DESCRIÇÃO: partilha das atuações e seus resultados e da experiência com as Redes de

Reservas da Biosfera com o objetivo de aprendizagem comum e melhoria do trabalho

desenvolvido

PROMOTORES: E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: Rede de Reservas da Biosfera / (gestão da Reserva da Biosfera)

4.1.2 ADESÃO A REDES DAS RESERVAS DA BIOSFERA

DESCRIÇÃO: adesão a Redes de Reservas da Biosfera, nomeadamente à Rede de Reservas da

Biosfera Mediterrânicas (RRBMed) e à Rede MAB Ibero-Americana (IberoMAB)

PROMOTORES: E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: Redes de Reservas da Biosfera / (gestão da Reserva da Biosfera)

4.1.3 REDE DE ESCOLAS ASSOCIADAS DA UNESCO

DESCRIÇÃO: apoio ao Agrupamento de Escolas de Castro Verde no processo de adesão e à

participação na Rede de Escolas Associadas da UNESCO

PROMOTORES: A.E.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: Redes de Reservas da Biosfera / (gestão da Reserva da Biosfera)

4.1.4 OUTRAS REDES

DESCRIÇÃO: apoio à dinamização de outras redes de carácter patrimonial (Rede dos Museus

do Distrito de Beja / Rede dos Museus Rurais do Sul / Rede dos Municípios com Batalhas

Históricas) e cultural (Rede Cultural Festival Sete Sóis Sete Luas)

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral

4.2. INFORMAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E CONVITE À PARTICIPAÇÃO

4.2.1 PROMOVER AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO INFORMAÇÃO PARTICIPATIVAS

DESCRIÇÃO: promover atividades públicas participativas que mobilizem a população, que

sensibilize e que crie momentos de informação para a participação

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral

4.2.2 PROMOVER REUNIÕES TEMÁTICAS

DESCRIÇÃO: promover reuniões temáticas com associações, empresas e técnicos para

informação e debate de assuntos sectoriais como, por exemplo, empresas do setor

turístico, empresas e associações do setor cinegético, empresas e associações do setor

agrícola, do sector desportivo e Associações de Desenvolvimento Local (ADLs)

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: população em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

4.3. PARCERIAS E COLABORAÇÕES

4.3.1 MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS PARCERIAS

DESCRIÇÃO: manutenção e desenvolvimento das parcerias e colaborações existentes

nomeadamente:

Instituto Politécnico de Beja

Universidade de Évora

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

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Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

e implementação de outras com vista ao aprofundamento do conhecimento e à busca

de soluções para problemas ou desafios do território.

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público em geral / (gestão da Reserva da Biosfera)

4.3.2 INCENTIVAR AS SINERGIAS ENTRE PROJETOS E ENTIDADES

DESCRIÇÃO: dinamizar canais que permitam o intercâmbio de ideias e seu desenvolvimento,

iniciativas de promoção e circuitos de comercialização que potenciem as dinâmicas,

envolvendo estabelecimentos de Ensino Superior, Centros de Experimentação e

Associações de Desenvolvimento Local e outras entidades do setor económico,

empresas e empreendedores

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral / empresas e empresários / (gestão da Reserva da

Biosfera)

4.3.3 COORDENAR DE FORMA CONJUNTA AS INTERVENÇÕES NO TERRITÓRIO

DESCRIÇÃO: criar um grupo de trabalho permanente que envolva as entidades com

intervenção no território com o objetivo de partilha de informação e de articulação de

iniciativas, atividades e intervenções

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: (gestão da Reserva da Biosfera)

EIXO 5: COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO

5.1. COMUNICAÇÃO

5.1.1 DESENVOLVER UM PLANO DE COMUNICAÇÃO

DESCRIÇÃO: desenvolver e implementar um Plano de Comunicação, externo e interno que

permita fazer chegar a informação aos diferentes públicos, que aumente o

conhecimento e potencie a participação. No caso do público externo o Plano de

Comunicação terá por objetivos a divulgação da experiência da Reserva da Biosfera de

Castro Verde e dos seus valores de sustentabilidade.

PROMOTORES: C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.1.2 COLABORAÇÃO NOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

DESCRIÇÃO: colaboração nos meios de comunicação social das entidades participantes nesta

Reserva da Biosfera, nomeadamente:

Campaniço - Boletim Municipal de Castro Verde

Boletim Informativo da Associação de Agricultores do Campo Branco

Agenda Cultural de Castro Verde

e criar colaborações com outros órgãos como a Rádio Castrense e outros de âmbito

regional e nacional

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.1.3 INTERNET E REDES SOCIAIS

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DESCRIÇÃO: criar uma página da Reserva da Biosfera de Castro Verde na internet e numa

rede social que permita uma melhor e mais efetiva comunicação e interação com o

público

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.1.4 PRODUÇÃO DE MATERIAIS PROMOCIONAIS

DESCRIÇÃO: produção de materiais promocionais da Reserva da Biosfera de Castro Verde,

em suporte papel ou outro, que possam ser usados localmente e também nas ações

promocionais e outras iniciativas que se venham a organizar

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.2. MARCA

5.2.1 IMPLEMENTAR A MARCA “CASTRO VERDE BIOSFERA”

DESCRIÇÃO: desenvolver a marca “Castro Verde Biosfera”, definir o seu regulamento e

aplicá-lo a produtos e serviços, por adesão voluntária, por forma a potenciar a sua

promoção associando-os à Reserva da Biosfera

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público em geral / empresas

5.2.2 SENSIBILIZAR PRODUTORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS PARA A IMPORTÂNCIA DA

MARCA

DESCRIÇÃO: trabalhar junto dos produtores e prestadores de serviços na elaboração do

regulamento da Marca valorizando a sua importância promocional e motivando a

participação das empresas

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral / empresas

5.2.3 DIVULGAR A MARCA “RESERVA DA BIOSFERA DE CASTRO VERDE”

DESCRIÇÃO: divulgar a marca e os produtos e serviços aderentes, contribuindo para a

rentabilidade financeira desses produtos e serviços, divulgando ao mesmo tempo a

Reserva da Biosfera

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.3. AÇÕES E INICIATIVAS PROMOCIONAIS

5.3.1 DINAMIZAR AÇÕES DE PROMOÇÃO E VALORIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

DESCRIÇÃO: promover iniciativas que, promovam e valorizem os produtos e serviços do

território ao mesmo tempo que promovem o território e a sua valia, nomeadamente por

ser uma Reserva da Biosfera

PROMOTORES: A.A.C.B. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

DESTINATÁRIOS: público em geral

5.3.2 CRIAÇÃO DE EVENTO TEMÁTICO

DESCRIÇÃO: organização de um evento temático de promoção da Reserva da Biosfera, das

suas caraterísticas e potencial, do trabalho feito e dos seus resultados, dos seus

produtos e serviços

PROMOTORES: A.A.C.B. / A.E.C.V. / C.M.C.V. / E.G.R.B. / L.P.N.

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