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USF Condeixa
PLANO DE AÇÃO
2015-2017
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 1 de 111
INDICE
0- INTRODUÇÃO…………………………………………………………….……4
1- CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA…………………………………..………6
1.1- PATRIMÓNIO NATURAL……………………………..……………..11
1.2- PATRIMÓNIO CULTURAL………………………………………..…13
1.3- ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO…………………………..….18
1.4- CLIMA…………………………………………………………..………19
1.5- TOPOGRAFIA E SOLOS………………………………………..…..20
1.6- HIDROGRAFIA………………………………………………………..20
1.7- DIVISÃO ADMINISTRATIVA……………………………………………………21
1.8- ACESSIBILIDADE…………………………………………..………..23
1.9- INFRAESTRUTURAS…………………………………………..……24
1.9-1. Eletricidade, água e saneamento………………………..24
1.9-2. Habitações……………………………………………….…..25
1.9-3. Setores de atividades………………………………..…….26
1.9-4. Características demográficas nacionais………………29
1.9-5. População residente local…………………………..……30
1.9-6. Densidade Populacional………………………………..…32
1.9-7. Índices demográficos……………………………………...33
1.10- CARACTERIZAÇÃO FAMILIAR EM PORTUGAL…………….....46
1.11- CARACTERIZAÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO………………………………………………………....48
1.12- RECURSOS DE SAÚDE…………………………………...………..50
2- CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA……..53
2.1- ESPAÇO FÍSICO……………………………………………………..…55
2.2- EQUIPAMENTOS…………………………………………………...…..56
2.3- HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO……………………………………57
2.4- RECURSOS HUMANOS NO CENTRO DE SAÚDE………………..57
3- CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA…………………………………….58
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3.1- AMBIENTE FÍSICO E FUNCIONAL…………………………………..58
3.1.1- Recursos materiais…………………………………..…….58
3.1.2- Recursos Humanos…………………………………………59
3.1.3- Acessibilidade e circuito de utentes…………………...60
4- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INSCRITA NA USF CONDEIXA.65
4.1- CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA……………………..………..65
4.2- MIGRAÇÃO……………………………………………………………...69
5- PROGRAMAS DA CARTEIRA DE SERVIÇOS DA USF CONDEIXA…….71
5.1- SAÚDE INFANTIL E JUVENIL…………………………………………71
5.2- PLANEAMENTO FAMILIAR……………………………………………79
5.3- SAÚDE MATERNA………………………………………………………83
5.4- PREVENÇÃO ONCOLÓGICA…………………………………………86
5.5- SAÚDE DO ADULTO/IDOSO E CUIDADOS A DOENTES DEPENDENTES CRÓNICOS E PATOLOGIA MÚLTIPLA……………..90
5.6- VACINAÇÃO………………………………………………………..….103
6- CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS……………………………………..108
6.1- CESSAÇÃO TABÁGICA…………………………………………..….108
ANEXOS………………………………………………..………………………..…..109
Anexo I- Constituição das Equipas Nucleares…………………………………110
Anexo II - Constituição das Equipas responsáveis pelos Programas de saúde……..111
FORMULÁRIO
Indicadores Demográficos Fórmula de Cálculo
TAXA DE NATALIDADE (nº nados-vivos num ano/População total) x 1000
TAXA DE MORTALIDADE (nº de óbitos num anos/População total) x 1000
PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO
JOVEM (População <15 anos/População total) x 100
PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO
ACTIVA (População <15-64 anos/População total) x 100
PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO
IDOSOS (População ≥ 65 anos/População total) x 100
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ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE
JOVENS (População <15 anos/População 15-64) x 100
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS (População ≥ 65 anos/População 15-64) x 100
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA TOTAL (População <15 anos + População ≥ 65
anos)/População 15-65 anos x 100
ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (População ≥ 65 anos/População <15 anos) x
100
TAXA DE ANALFABETISMO (População analfabeta> 15 anos/População> 15
anos) x 100
TAXA DE ACTIVIDADE (População activa /População em idade activa) x
100
TAXA DE DESMPREGO (População desempregada/População activa) x
100
TAXA DE FECUNDIDADE (Nº de nados vivos/Nº de mulheres em idade
fértil) x 1000
TAXA DE FERTILIDADE Nº de mulheres em idade fértil x 50‰
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0 - INTRODUÇÃO
O Plano de Ação da USF Condeixa foi elaborado tendo como documento base o Plano
Nacional de Saúde e as orientações por ele emanadas, assim como o DIOR e o Bilhete
de Identidade dos Indicadores. É um instrumento de trabalho que reflete todas as
atividades a desenvolver na USF pela equipa de multidisciplinar. Nele estão referidas
todas as atividades, sejam elas médicas, de enfermagem ou das assistentes técnicas.
Este Plano foi realizado para o triénio de 2014-2016 e tem como principais objetivos:
Promover a Qualidade dos Cuidados prestados.
Aumentar a Efetividade dos Serviços, com monitorização regular dos
indicadores chave, para melhoria da gestão clínica e organizacional (PG01-
Proc01-Monitorização de Indicadores)
Desenvolver e executar Programas Nacionais relativos a problemas prioritários,
nomeadamente na Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Diabetes,
Rastreio Oncológico, prevenção da saúde, diagnóstico e tratamento das
Doenças Transmissíveis, Saúde do Idoso.
Melhorar as taxas de cobertura em Saúde da Criança e da Mulher, Saúde do
Adulto, Saúde do Idoso, Consultas Domiciliárias, Programas de Rastreio,
Hipertensão e Diabetes.
Melhorar a qualidade dos serviços prestados na área do Planeamento Familiar.
Colaborar na formação e valorização dos recursos humanos.
Melhorar os circuitos de Comunicação/Informação.
Optimizar os horários de funcionamento da Unidade de Saúde, mantendo o
funcionamento integral e permanente das 08 às 20 horas, nos dias úteis.
Melhorar a disponibilidade, de modo a que o utente tenha sempre uma resposta
às suas solicitações.
Este está dividido em 7 capítulos. Começa com a Caracterização Histórica do Concelho
de Condeixa-a-Nova (Capitulo I), seguindo-se a Caracterização Demográfica do mesmo
(Capitulo II), tendo como principal fonte os dados do Censos 2011 do Instituto Nacional
de Estatística. No Capitulo III encontra-se a Caracterização do Centro de Saúde de
Condeixa, seguido do Capitulo IV com a Caracterização da USF Condeixa. No Capitulo
V consta a Caracterização da população inscrita na USF e no Capitulo VI aborda os
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 5 de 111
programas da Carteira Básica de Serviços da USF. Neste está descrita toda a atividade
médica, de enfermagem e das assistentes técnicas, incluindo a carga horária, estando
organizado em função das previsões das necessidades dos utentes. Estão também
definidos para os diversos programas os indicadores de execução e as metas, baseadas
nas necessidades de saúde identificadas e nos dados históricos. Termina com o
Capitulo VII da Carteira Adicional dos Serviços de Saúde. Este Plano de Ação foi
elaborado pela equipa da USF Condeixa e aprovado em Conselho Geral do dia 5 de
dezembro de 2014 e consta da ata da respetiva reunião.
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1 - CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA
1) Breve história das terras de Condeixa
O sítio de Conímbriga, que teria sido habitado desde o Neolítico, tem presença humana
segura no Calcolítico e na Idade do Bronze, épocas a que pertencem os vestígios mais
antigos encontrados. Conímbriga era um Castro quando, no ano de 138 a.C. foi
definitivamente conquistada pelo Império Romano, durante as campanhas dirigidas por
Decimo Junio Bruto. No tempo de Augusto, a cidade beneficiou de notória renovação
urbanística, construindo‐ se o fórum, as termas e a basílica. A água, proveniente do
lugar a que hoje se chama Mãe d’Água de Alcabideque, chegou às termas através de
um aqueduto, ainda hoje visível. A cidade manteve‐ se faustosa até 464 d.C., ano em
que os Suevos prenderam Cantábrio e ocuparam Conímbriga, altura em que se iniciou
o seu declínio. No ano de 586, o Bispo resolve abandonar a cidade e a população fixou‐
se num vale vizinho: Vila Cova de Condessa Domna Onega – Condeixa‐ a‐ Velha. No
século VIII, o local foi ocupado pelos muçulmanos. Posteriormente, o alargamento dos
territórios cristãos colocou as terras de Condeixa‐ a‐ Nova na linha de fronteira
integrando‐ se a povoação da Ega nos territórios doados por D. Teresa à Ordem dos
Templários, em 1128. Após a extinção desta Ordem, os territórios transitaram para a
alçada da Ordem de Cristo, que constituiu na localidade da Ega a sede da Comenda,
facto que é testemunhado pelo edifício do Paço dos Comendadores.
Sabe‐se que Condeixa‐a‐Nova existiria já no século XII, mas só no século XVI recebe
Foral, doado por D. Manuel em 1514. Foi constituída freguesia no reinado de D. João III
(1541).
O século XVI e o incremento económico registado em Portugal repercutem‐se em
Condeixa, que assiste à construção, por determinação de D. Manuel, da Igreja Matriz
ou de Santa Cristina. O posicionamento geográfico da Vila, local estratégico de
passagem entre Lisboa e Coimbra, conduziu a que muitas famílias nobres aqui
construíssem, a partir do século XVII, os seus Palácios.
No século XIX, aquando da Terceira Invasão Francesa, a passagem das tropas de
Massena por Condeixa deixou um violento rasto de destruição, saqueando e
incendiando Igrejas e Palácios que, por esse motivo, perderam a sua traça original. No
entanto, as reconstruções foram céleres e, ainda hoje, se descobrem nas fachadas das
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 7 de 111
ruas de Condeixa‐a‐Nova, a imponência das construções que foram residência dos
Almadas, dos Figueiredos, dos Sás, do Conde de Podentes e dos Lemos.
Condeixa‐ a‐ Nova foi, finalmente, elevada a concelho no ano de 1838, por intermédio
da rainha D. Maria II e em 1845 passou, finalmente, à categoria de vila.
A figura nº 1 representa o brasão e a bandeira de Condeixa‐ a‐ Nova. O brasão é um
escudo de azul, com uma faixa de prata, com um açafate de vermelho, com flores das
suas cores. Em chefe, estão duas palmas de ouro cruzadas em aspa. Em contra‐ chefe,
estão quatro espigas de trigo de ouro atadas em ponta de vermelho, acompanhando
uma romã da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro. Coroa mural de
prata de quatro torres. A Bandeira é esquartelada de amarelo e vermelho, com cordões
e borlas de ouro e vermelho, haste e lança de ouro.
Tantos séculos de história deixaram ao concelho um rico património histórico e
arquitectónico.
A) Ruínas da cidade romana de Conímbriga
O conjunto das Ruínas de Conímbriga, do Museu Monográfico (construído na sua
imediata proximidade) e do castellum de Alcabideque, constituem um complexo
arqueológico de peso, representativo da grandiosidade e das características
arquitectónicas do império romano.
As escavações arqueológicas puseram a descoberto uma parte muito significativa do
traçado desta cidade, possibilitando ao visitante a comprovação de uma planificação
urbanística laboriosa e atenta a todas as necessidades: o fórum, o aqueduto, os bairros
de comércio, indústria e habitação, uma estalagem, várias termas, o anfiteatro, as
muralhas para circunscrição e defesa da cidade. Deste conjunto, sobressai um bairro
de ricas casas senhoriais com destaque para a “A Casa dos Repuxos”, de peristilos
ajardinados e painéis de mosaicos policromos.
Figura 1-Brasão e Bandeira de Condeixa-a-Nova
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Conímbriga corresponde actualmente a uma área consagrada como monumento
nacional, definida por decreto em 1910.
Figura 2-Ruínas de Conímbriga
B) Museu Monográfico
Foi criado em 1962 e é responsável pela defesa, preservação, investigação e divulgação
do património histórico das Ruínas de Conímbriga. Exibe permanentemente coleções
que ilustram a evolução histórica do lugar entre finais do
segundo milénio antes de Cristo e o século VII da era
cristã. Os objetos descobertos nas escavações integram
uma série de exposições temáticas que — desde o
artesanato às atividades económicas, da escrita aos
passatempos, do adorno pessoal ao equipamento militar
— testemunham formas de vida, usos e costumes,
religião e crenças, ajudando a compreensão da cultura
romana.
Figura 3-Museu Monográfico
Figura 4-Museu Monográfico
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 9 de 111
C) Castellum de Alcabideque
Alcabideque é um nome de origem árabe em que o reconhecível prefixo al‐ obscurece
uma raiz latina ‐ caput aquae ‐
significando, literalmente, "Mãe D'Água"
identificando, assim, a nascente de água
ali existente.
Após a fundação de Conímbriga, os
romanos construíram um aqueduto com
cerca de 3 Km (cuja conduta é,
essencialmente, subterrânea), de forma
a abastecer a cidade de água. O
Castellum de Alcabideque mais não é do
que uma torre de captação junto a um
tanque recolector, que servia essencialmente para captar e elevar a água para o seu
posterior transporte através do aqueduto.
D) Igreja Matriz de Condeixa
A Igreja de Santa Cristina, em Condeixa-a-Nova, é um
monumento peculiar. Na sua configuração heteróclita
inscrevem‐se as marcas de estilos e sensibilidades
distintas que os séculos atravessaram e que vicissitudes
históricas de diversa índole ajudam a explicar. Foi
erguida no século XVI, por determinação de D.
Manuel, aquando da sua passagem pela vila, de
forma a substituir uma velha igreja existente no local foi concluída, muito possivelmente,
em 1543. Já no século XIX, mais concretamente em 1811, foi saqueada e incendiada, a
par de diversos outros edifícios da vila, com as invasões francesas. Este nefasto
episódio obrigou à sua reconstrução, que lhe alterou profundamente o traçado,
conferindo‐lhe o recorte neoclássico que presentemente exibe. Conserva ainda do
primitivo traçado a pia baptismal e a abóbada da capela‐mor, de características
manuelinas, e o arco da capela de S. Francisco, a capela de Santa Teresa e a do Senhor
dos Passos, de inspiração renascentista.
Figura 5-Castellum de Alcabideque
Figura 6-Igreja Matriz de Condeixa
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 10 de 111
E) Igreja Matriz da Ega
A Igreja Matriz da Ega foi edificada originalmente pela
Ordem dos Templários, em 1162. Após a extinção desta
Ordem, transitou para a alçada da Ordem de Cristo. Foi
renovada em 1521, sob a orientação do arquiteto régio
Marcos Pires, responsável pelo labor manuelino que
identifica ainda a Igreja.
F) Paço dos Comendadores
O Paço dos Comendadores, dos séculos XII‐ XIII, localiza‐ se
também na freguesia de Ega e constituiu a sede da Comenda
da Ordem de Cristo. É um edifício que alia, subtilmente, a rigidez
da estrutura quadrangular medieval às janelas manuelinas de
reconstrução renascentista.
G) Palácios
Aquando das invasões francesas, o incêndio ateado pelas
tropas napoleónicas fez com que Condeixa‐a‐Nova
perdesse grande parte do seu património arquitectónico.
No entanto, alguns marcos históricos sobreviveram,
nomeadamente o Palácio dos Figueiredos (casa
senhorial datada do século XVII, chegou mesmo a ser
considerado um dos palácios mais belos de Portugal pela sua arquitetura; ficou em
ruínas após a invasão francesa, mas foi reconstruído respeitando
inteiramente a sua traça original; e é a sede dos Paços do
Município desde 1990.
O Palácio do Conde de Podentes (do século XVIII, antigo
convento de frades antoninos‐franciscanos, que desempenhava
funções de hospício, proporcionando o
Figura 7-Igreja Matriz da Ega
Figura 8-Paço dos Comendadores
Figura 9-Palácio dos Figueiredos
Figura 10-Palácio dos Condes Podentes
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 11 de 111
restabelecimento de religiosos idosos. O Palácio dos Lemos (do século XVII) e o
Palácio dos Almadas (do século XVI, pertencente à família nobre dos Almadas e é
atualmente a Pousada de Santa Cristina.
1.1 PATRIMÓNIO NATURAL
a) Buracas do Casmilo
A componente serrana do concelho integra o
Maciço de Sicó, localizado entre Condeixa‐a‐
Nova e os concelhos de Pombal e Alvaiázere
e nele estão representadas formações
geológicas audazes, das quais o Vale das
Buracas dá provas. É na freguesia do
Furadouro, na povoação do Casmilo
(enquadrada pelo monte da Senhora do Círculo e pela Serra de Jaeanes) que vamos
encontrar este vale, um pequeno canhão fluviocársico, cujas vertentes se abrem em
concavidades de desenvolvimento horizontal — as designadas buracas — que
lembram, vagamente, largas bocas prontas a tragar.
Figura 11-Palácio dos Lemos e Palácio dos Almadas (atualmente Pousada de Santa Cristina)
Figura 12-Buracas de Casmilo
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 12 de 111
b) Reserva Natural do Paúl de Arzila
O Paúl de Arzila — um dos biótopos remanescentes do corredor biológico do vale do
baixo Mondego — é uma zona húmida e acentuada
importância ecológica, tendo sido classificado como
Reserva Natural em 1988, perfeitamente justificado
pela notável biodiversidade que exibe. Atualmente, o
Paúl alberga um notável elenco de espécies ao nível
da flora e que ultrapassa já as três centenas de
plantas. Relativamente à fauna, destaca‐se sobretudo
como local de refúgio e reprodução das lontras,
espécie rara e estritamente protegida. É ainda uma
zona importante ao nível da avifauna, povoada por
numerosas espécies de aves sedentárias acolhendo
também, por períodos mais ou menos breves, diversas
outras, nos seus movimentos migratórios.
c) Grutas
Em Condeixa existem também várias
nascentes, grutas e algares. Alguns
exemplares podem ser encontrados na
Arrifana, perto da escola primária da
povoação. A gruta em causa é configurada
por várias salas que comunicam entre si e
exibe, em profusão, formações calcárias
de grande beleza. Por sua vez, a Gruta da
Lapinha, localizada nas proximidades da
Rua de Condeixinha, em Condeixa‐ a‐
Nova, contém uma queda de água com
aproximadamente 1,5m de altura por 6m de largura. Essa água provém de um ribeiro
que atravessa a povoação. A gruta possui ainda um lago interior com cerca de 4m de
diâmetro onde se encontram duas colunas de pedra, edificadas possivelmente no início
do século XX, com objectivo decorativo. Por se encontrar num terreno particular, esta
gruta é de acesso condicionado.
Figura 13- Paúl de Arzila
Figura 14-Gruta da Arrifana
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 13 de 111
d) Serra do Circo, ou da Senhora do Circo ou do Círculo
A Senhora do Círculo é um relevo tectónico fortemente assimétrico. Apesar do seu cume
não ultrapassar os 406 metros, daqui se
dominam não apenas as paisagens cársicas
do Vale das Buracas e da Serra do Rabaçal,
visíveis para oriente, mas também uma vasta
área que nos leva às praias da Figueira da Foz
e aos campos do Mondego.
No ponto mais alto da serra, já na Idade Média,
se erguia templo à Senhora do Círculo,
materializada em imagem gótica que ainda
hoje se venera. A capela foi modernizada mas guarda o círculo de pedra que a protege
e que pode estar na origem do nome da virgem, possivelmente testemunhando outras
formas de culto mais antigas.
1.2 PATRIMÓNIO CULTURAL
Tantos anos de história não marcam apenas a paisagem e as pedras, marcam também
as gentes, cujo viver e cujos costumes são o resultado do saber progressivamente
enriquecido e passado de geração em geração.
A) Religião e Festividades
A par de práticas ocultistas que discretamente se realizam em noites
que só os iniciados conhecem, a festa religiosa anual continua a
reunir muita gente. Alguns são atraídos pela romaria, e a maior parte
pela devoção à Senhora de muitos milagres. No concelho predomina
a religião católica, realizando‐ se algumas festividades anuais de
carácter católico‐ pagão.
A 24 de Julho (Feriado Municipal) tem lugar a festa em honra de
Santa Cristina e no 3º Domingo da Quaresma realiza‐se a
celebração do Senhor dos Passos, que visa a representação da
caminhada de Jesus até ao Calvário, em consonância com o relato
bíblico. Esta representação é precedida pela procissão das velas, que tem lugar na
Figura 15-Vista da Serra do Círculo
Figura 16-Cartaz de Festa de Santa Cristina 2012
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 14 de 111
véspera, na qual o badalar do sino e a música triste e compassada de uma banda
filarmónica criam o ambiente e a solenidade que este momento exige. No dia seguinte,
realiza‐se então a procissão, que sai da capela do Palácio dos Lemos, cantando‐se o
Miserere Mei em sete pontos de um percurso (passos), especialmente preparados para
o efeito; segue‐se‐lhe o sermão do encontro, com as imagens do Senhor dos Passos e
de Nossa Senhora da Soledade, procedendo de ruas diferentes, a convergirem no
mesmo espaço. Por fim, e já na Igreja — perante a reunião de todos — é feito o sermão
do Calvário.
Todos os anos, no início de Agosto, realiza‐se em Belide a Romaria da Senhora da
Saúde, uma das mais concorridas de todo o concelho de Condeixa‐a‐Nova. Ao
cumprimento das obrigações religiosas — missa e procissão — alia‐se, nesta festa, o
troar dos bombos e do fogo‐de‐artifício, o almoço regado de boa disposição com o
frango a reluzir no espeto e o passeio calmo pelas tendas de brinquedos e objetos
miúdos, com os tradicionais vendedores de tremoços, pinhões, nozes e figos secos a
fazerem as delícias dos mais novos. À noite, o baile encerra o dia de festejos.
Mas o concelho conta ainda com outra romaria de destaque, a Senhora do Círculo, na
freguesia do Furadouro, que todos os anos ocorre no segundo domingo depois da
Páscoa. Manda a tradição que os romeiros, munidos da sua cesta de piquenique, subam
ao cimo da Serra do Círculo afluindo à capela cujo adro, que se crê antiquíssimo, é
limitado por um muro de pedra. Ao final da tarde, desce‐se o monte em direção a
Arrifana; aí se termina o farnel e se aproveitam, no baile, os últimos momentos de festa.
B) Gastronomia
A paisagem calcária da Serra de Sicó é um dos principais responsáveis pela excelente
gastronomia desta região. Os poucos recursos socioeconómicos de outrora, fizeram
destas encostas terra fértil em pastorícia, onde o gado ovino e caprino são reis. O cabrito
e o borrego assado em forno de lenha, com guarnição de batatas assadas e grelos
cozidos fazem as delícias de quem por aqui passa. Nas freguesias do concelho, este
prato dá lugar à chanfana de cabra, acompanhada com batata cozida. Há razões de
natureza socioeconómica a subordinar esta orientação gastronómica: a posição de
supremacia económica da vila face às freguesias que, tradicionalmente mais humildes,
vendiam os tenros cabritos à vila e reservavam para si a carne de cabra, certamente
mais difícil ao garfo, mas que a caçoila transbordante de vinho sempre ajudou a amaciar.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 15 de 111
Nas pastagens do concelho — onde se criam rebanhos de cabras e ovelhas — abunda
a erva‐de‐Santa‐Maria que confere ao leite um travo inconfundível. Daí que sejam
também muito apreciados os produtos que a partir dela se fabricam,
como o licor de leite ou o afamado Queijo do Rabaçal. Mole ou
curado, fresco ou amanteigado, o queijo do Rabaçal casa com pão
ou broa, regado com jeropiga ou café, mas se é o Rabaçal que lhe
dá o nome, o seu fabrico ocorre igualmente na freguesia do
Zambujal, do Furadouro e de Bendafé, onde é ainda,
essencialmente, um processo artesanal.
Ao nível da doçaria, a Escarpiada — confecionada no forno, à base de massa de pão,
açúcar amarelo, azeite e canela — é a iguaria típica.
No concelho produzem‐se, ainda, outros produtos de referência, como o vinho de Vila
Seca, o mel, o azeite e os frutos secos, com particular destaque para a noz.
C) Artesanato
O artesanato do concelho de Condeixa, encontra‐se indissociado da cerâmica pintada
por mãos sábias, a que chamamos faiança. A sua origem perde‐se no tempo e encontra‐
se inegavelmente ligada à história da cerâmica antiga de Coimbra, cujo primeiro
apontamento histórico remonta ao século XII. Séculos mais tarde, no ano de 1960,
Armando Vaz Lameiro abandona a fábrica de Coimbra e estabelece‐se em Condeixa.
Até à data, as peças fabricadas neste concelho recriam louça com motivos alusivos ao
século XV – de inspiração moçárabe, e aos séculos XVII e XVIII – de inspiração chinesa.
Para além da cerâmica, é de salientar a tecelagem de Bendafé, com os seus tapetes e
carpetes.
D) Feiras e Mercados
As feiras são espaços privilegiados de convívio, que permitem permutar, comprar e
vender toda a sorte de géneros alimentícios e mercadorias de uso corrente — desde o
peixe fresco aos primores hortícolas, desde as utilidades domésticas até roupas e
brinquedos. A sua origem confunde‐ se muitas vezes com a malha do próprio tempo,
documentando hábitos e modos de vida e testemunhando, concomitantemente, a
evolução de gostos e mentalidades.
No concelho de Condeixa‐ a‐ Nova realizam‐ se diversas feiras, de periodicidade
variável, que reúnem uma boa oferta comercial, chamando a si um vasto público. De
destacar as feiras semanais no Mercado Municipal de Condeixa‐ a‐ Nova, que se
Figura 17-Escarpiada
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 16 de 111
realizam às terças e sextas, dias estes em que se observa uma maior afluência de
utentes à nossa unidade de saúde, facto este que deve ser tido em conta na gestão da
prática clínica.
Figura 18- Mercado Municipal de Condeixa
E) Recursos culturais e recreativos do concelho
Existem no concelho 46 Coletividades/Associações de carácter cultural e/ou desportivo
que desenvolvem ao longo de todo o ano diversas atividades na área da cultura e do
desporto de que se destaca o futebol de 11, futsal, natação, boxe, judo, karaté, ténis de
mesa, xadrez, danças e cantares, etnografia e canto, entre outras.
Em apoio a estas coletividades e associações existem no concelho inúmeros espaços
e instalações desportivas, nomeadamente:
4 Campos de futebol, situados em Condeixa-a-Nova, Ega, Eira-Pedrinha e
Casével (estes dois últimos atualmente inativos);
1 Polidesportivos;
1 Pavilhão (Municipal) em Condeixa-a-Nova preparado para a prática de Futsal,
Andebol, Basquetebol e Ténis;
1 Campo de Mini golfe com 18 pistas, situado no Parque Verde em Condeixa-
a-Nova;
1 Pista de Manutenção situada também no Parque Verde da Ribeira de
Bruscos;
3 Piscinas, sendo uma coberta (Condeixa-a-Nova) e duas ao Ar Livre
(Condeixa-a-Nova e Ega). As piscinas municipais estão abertas à população
em geral, que pode assim desfrutar de excelentes instalações onde decorrem
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durante todo o ano (exceto no mês de Agosto na piscina de interior) diversas
atividades com classes orientadas para todas as idades.
Existem ainda outras infraestruturas culturais, nomeadamente:
F) Casa Museu Fernando Namora
Fernando Namora foi um escritor e pintor nascido no dia 15 de Abril de 1919, em
Condeixa, que foi pátio de recreio da sua infância, onde brincou e cresceu na companhia
de vizinhos e amigos que deixaram nele gratas lembranças sempre presentes ao longo
da sua vida e muitas vezes referidas na sua obra. Estudou em Coimbra, onde concluiu
o curso de Medicina. Abriu consultório em Condeixa e muitas vezes partiu para a serra,
na sua bicicleta, onde os pacientes o aguardavam.
De Condeixa partiu para Tinalhas, Monsanto e
Lisboa. Escreveu, pintou, publicou e expôs, criou
vínculos e laços afetivos com as gentes e os lugares
por onde passou. É reconhecido em Portugal e no
estrangeiro, por diversas vezes homenageado, é
justa e importante a perpetuação de Fernando
Namora enquanto ser humano e criador
artístico. A casa museu exibe um espólio considerável dos pertences do escritor e tem
expostas pinturas do próprio Fernando Namora e trabalhos de diversos autores
nacionais e estrangeiros, testemunhos expressivos da sensibilidade e dos interesses do
escritor neste domínio.
G) Biblioteca Municipal
Foi inaugurada no dia 25 de Abril de 2008 e está sediada num
edifício com ótimas instalações, construído de raiz, projetado pelo
arquiteto José Fernando Oliveira, com cerca de 900 m2 de área
bruta, e cuja coleção compreende cerca de 12 000 documentos.
Figura 19-Casa-Museu Fernando Namora
Figura 20-Biblioteca Municipal de Condeixa
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1.3 ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
O concelho de Condeixa‐a‐Nova situa‐se no distrito de Coimbra da região Centro Litoral
de Portugal Continental. Faz parte da NUTS 3 do Baixo Mondego, incluída na NUTS2
do Centro1
O Baixo Mondego é uma sub‐região estatística portuguesa, limitada a norte pelo Baixo
Vouga e Dão‐Lafões, a leste pelo Pinhal Interior Norte, a sul pelo Pinhal Litoral a oeste
pelo Oceano Atlântico. Compreende 10 concelhos, um dos quais o concelho de
Condeixa‐a‐Nova.
1As NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas) constituem regiões estatísticas em que se dividem os territórios dos países da União Europeia. Existem 3 níveis de NUTS determinados em limiares demográficos definidos pelo regulamento (CE) nº1059/2003 do parlamento europeu e do conselho de 22/05/03. Em Portugal existem 3 NUTS 1 (Portugal Continental, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira), 7 NUTS 2 (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores, Madeira) e 30 NUTS 3.
Figura 22-Mapa de Portugal Continental
Figura 21-NUTS 3 da região Centro
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Por sua vez, o município de Condeixa‐a‐Nova com uma localização privilegiada no
Centro Litoral, faz fronteira a noroeste com Montemor‐o‐Velho, a norte com o município
de Coimbra, a leste com Miranda do Corvo, a sueste com Penela e a sudoeste e oeste
com Soure.
Compreende uma área de aproximadamente 138,7 km2, com uma população acima dos
17000 habitantes, subdividida em dez freguesias que incluem um total de 88 lugares.
Figura 24-Freguesias de Condeixa-a-Nova
1.4 CLIMA
Tal como o restante território do país, o concelho de Condeixa‐a‐Nova tem
essencialmente um clima mediterrânico. Este tipo de clima é característico de regiões
situadas entre as latitudes de 30º e 40º, sendo o único onde a estação fria está
associada à estação das chuvas.
Segundo o Anuário Estatístico da Região Centro de 2010, o Distrito de Coimbra
apresenta uma temperatura média anual de 15,8°C, variando entre uma temperatura
média anual mínima de 11ºC e máxima de 20,7ºC. O mês mais quente é Agosto,
Figura 23-Municípios do Distrito de Coimbra
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enquanto o mês mais frio é o de Janeiro, caracterizado, ainda assim, por temperaturas
amenas devido às correntes marítimas quentes.
No que diz respeito à precipitação existe uma grande variabilidade anual, verifica‐se que
a precipitação anual no Distrito de Coimbra atinge cerca de 928 mm, sendo que no verão
a precipitação é quase nula, com o mês de Agosto a atingir apenas os 1,4 mm, enquanto
o mês de Outubro a precipitação atinge 152,5 mm.
1.5 TOPOGRAFIA E SOLOS
A topografia da área de Condeixa é caracterizada, fundamentalmente, pelo predomínio
das superfícies planas, promovendo a rentabilidade da atividade agrícola. No entanto,
nas zonas sul e sudeste encontra‐se um sistema montanhoso, sobretudo composto
pelas serras de Janeanes e do Furadouro. O calcário é a rocha sedimentar dominante
no solo desta região.
A flora é constituída predominantemente por carvalhos, pinheiros, eucaliptos e muitas
espécies de características mediterrânicas (medronheiro, sanguinho‐das‐sebes,
madressilva‐caprina, zambujeiro), vegetação que pode ser encontrada em diversas
áreas florestais, como a Mata de Carvalhos do Furadouro e a Mata da Abofarda.
Na fronteira com o concelho de Montemor‐o‐Velho, destaca‐se a presença da reserva
natural de Paul de Arzila, que consiste numa zona húmida de grande importância
ecológica, nomeadamente por ser habitat de várias espécies em vias de extinção, entre
as quais figuram a Lontra e cerca de 120 espécies de aves.
1.6 HIDROGRAFIA
Sob o ponto de vista hidrográfico, há que assinalar a abundância de águas correntes
que sustentam uma vegetação frondosa, promovendo a atividade agrícola e
consequente sustentabilidade de muitas famílias do concelho.
O município é atravessado por quatro cursos principais de água:
Rio Ega, também conhecido como Rio dos Mouros, nasce no concelho de
Ansião e tem a sua foz no Mondego, ocorrendo no limite dos concelhos de Soure
e Montemor-o-Velho. Com cerca de 3,5 km de extensão, atravessa o afloramento
calcário do Jurássico médio, onde escava um pequeno mas imponente canhão
fluvio-cársico;
Ribeira de Cernache resulta das nascentes de Feteira, do Olho Marinho, de
Salviegas, de Vila Nova e do Rifano, cujas águas escorrem para o Mondego;
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Ribeira de Bruscos;
Ribeira de Alcabideque.
1.7 DIVISÃO ADMINISTRATIVA
A vila de Condeixa‐a‐Nova, com 2,92km² de área urbana e cerca de 5136 habitantes,
encontra‐se situada a 12km da capital do distrito ‐ Coimbra – e está inserida na região
Centro, sub‐região do Baixo Mondego e na região natural da Beira Litoral.
A freguesia da Anobra com 12,82km² de área e 1 316 habitantes (instituto nacional de
estatística (INE), censos de 2011), ainda recorre à agricultura como um meio de
subsistência significativo, no entanto é a indústria a assegurar a maior parte dos postos
de trabalho.
A freguesia de Belide foi vila e sede de concelho, constituído apenas por uma freguesia,
até ao início do século XIX. Tem uma área de 2,80km² e um total de 245 habitantes (INE,
censos de 2011) e apresenta, ao nível dos sectores de atividade, um predomínio da
indústria.
Bem-da-fé, com 2,34km² de área e 112 habitantes (INE, censos de 2011), é uma aldeia
pequena e isolada cuja população vive, na sua maioria, à custa da agricultura, voltada
essencialmente para o autoconsumo.
A freguesia de Condeixa‐a‐Velha, a 2Km de Condeixa‐a‐Nova, ocupa uma área de
22,6km2 e é detentora de uma população de aproximadamente 2835 habitantes (INE,
censos de 2011). Consiste num remanescente de uma das maiores povoações romanas
de que há vestígios em Portugal, nascida no século II A.C. – a cidade de Conímbriga.
A Ega, fronteiriça do concelho de Soure, é a freguesia mais extensa do concelho, com
34,87 km2 de área e uma das mais populosas, com 2835 residentes (INE, censos 2011).
O Furadouro encontra‐se numa ravina de um imponente sistema montanhoso, onde se
pode visitar uma atraente formação geológica ‐ Buracas do Casmilo. Consiste numa
freguesia com 13,68km² de área e com 206 habitantes (INE, censos de 2011), cujos
condicionalismos naturais terão dificultado desde sempre o seu acesso, pelo que a
população se dedica maioritariamente à agricultura e pecuária.
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O Sebal, localizado a cerca de 4km a oeste da sede do concelho, tem uma área de
16,68 km² e 2478 habitantes (INE, censos de 2011).
Vila Seca é uma freguesia com 14,37km² de área e 876 habitantes (INE, censos de
2011) cuja atividade mais característica consiste na cultura da vinha, apesar de
praticada quase exclusivamente pela população mais idosa.
A freguesia do Zambujal, com 18,04km² de área e 402 habitantes (INE, censos de
2001), é fundamentalmente rural, sendo a criação de gado bovino e caprino uma das
atividades mais importantes e onde assenta parte da sua economia, através da
produção de lacticínios.
Assim sendo, algumas freguesias do Concelho permanecem essencialmente rurais,
onde a agricultura assume o principal meio de sustentação económica das populações.
Já freguesias como Condeixa‐a‐Nova ou Condeixa‐a‐Velha têm vindo a acentuar a
vertente urbana do Concelho, permitindo uma maior oferta comercial e industrial,
condições que levam a uma progressiva fixação da população jovem e consequente
crescimento demográfico. Comparativamente aos dados dos Censos 2001, as 3
freguesias que tiveram um aumento significativo da população foram Condeixa-a-Nova,
Condeixa-a-Velha e Sebal. Todas as outras freguesias do Concelho perderam
habitantes, muito devido à população idosa que nelas reside.
Em 2013 ocorreu a reorganização administrativa das freguesias ficando o concelho de
Condeixa-a-Nova, abrangido pelas seguintes freguesias: Anobra, Ega, Furadouro,
União das Freguesias de Sebal e Belide, União das Freguesias de Vila Seca e Bendafé,
União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova e Zambujal.
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1.8 ACESSIBILIDADE
A acessibilidade das populações aos cuidados de
saúde depende de múltiplos factores, tais como a
realidade socioeconómica, a cultura, os hábitos e as
tradições, a oferta qualitativa e quantitativa dos
cuidados de saúde e a distância a que se encontram
dos locais onde esses cuidados de saúde são
prestados. Efetivamente, o concelho de Condeixa‐a‐
Nova é servido por três vias rodoviárias principais: o
IC2/N1, o IC3/N347 e a A1, que permitem um fácil e
rápido acesso ao município, conferindo‐lhe uma
capacidade de atração de populações, serviços e
indústrias. Para além disso, é possível aceder às
diversas freguesias por estradas municipais e nacionais, nomeadamente a EN342.
Tabela 1- Caracterização das distâncias das freguesias à sede do Concelho
Analisando as distâncias de cada freguesia às unidades de cuidados de saúde sediadas
em Condeixa‐ a‐ Nova, é possível verificar que são relativamente curtas, variando entre
os 2,3Km e os 11,2Km, sendo Condeixa‐ a‐ Velha a freguesia mais próxima e o
Zambujal a mais distante. Finalmente, Condeixa‐ a‐ Nova dista apenas de 12,6km dos
Freguesias
Distância a Condeixa-a
Nova (Km)
Tempo médio até à
sede (min)
Anobra 6,2 10
Belide 7,3 10
Bem da Fé 10,8 15
Condeixa-a-Nova 2,3 5
Ega 4,6 7
Furadouro 7,7 10
Sebal 4,4 7
Vila Seca 10 15
Zambujal 11,2 13
Figura 25-Rede Viária de Condeixa-a-Nova
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cuidados de saúde secundários ministrados no Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra-CHUC.
A rede de transportes públicos é constituída por duas empresas privadas que garantem
a ligação entre as diversas freguesias e a vila de Condeixa‐ a‐ Nova (e respetivo centro
de saúde). O serviço de transporte escolar é prestado pelo município e consiste na
oferta de serviço de transporte entre o local de residência do aluno e o local do
estabelecimento de ensino, quando estes distam mais de 4km.
A rede de comunicação confere uma taxa de cobertura para a rede fixa de 74,6% e de
37,1% para a rede móvel (INE, censos de 2001). O concelho dispõe de uma estação de
correios localizada na vila de Condeixa‐a‐Nova, com distribuição domiciliária 5 dias por
semana em todas as freguesias, e ainda três postos de correio distribuídos pelo mesmo.
Assim sendo, é possível concluir que o concelho oferece uma razoável rede viária e de
comunicação, permitindo a aproximação da população aos cuidados de saúde,
garantindo uma boa acessibilidade.
1.9 INFRAESTRUTURAS
1.9.1 Eletricidade, água e saneamento
Todas as freguesias servidas pelo centro de saúde de Condeixa‐a‐Nova têm acesso à
rede elétrica pública, pelo que a taxa de cobertura é de 100%.
No passado, o abastecimento de água era feito através de dois sistemas públicos com
origem em dois furos situados em Alcabideque e Olho‐Rebolia. No entanto, devido ao
facto da água de Condeixa conter muito calcário verificaram‐se efeitos crónicos, quer
nas canalizações particulares quer no sistema municipal de abastecimento. Assim, foi
necessária a construção de uma grande conduta adutora, que atualmente faz o
transporte de água desde a sua captação da Boavista, no Mondego, até dois
reservatórios no concelho de Condeixa, nomeadamente o de Alcabideque e Ega.
Posteriormente, a distribuição é feita através da rede de abastecimento já existente,
garantindo um fornecimento de água potável a toda a população do concelho. As
captações são protegidas e o tratamento das águas inclui desinfeção com cloro e
tratamento físico‐químico. A vigilância sanitária efetuada nos sistemas de água para
consumo humano inclui análises microbiológicas (análises G1), sumária físico‐química
(análises G2) e determinação de substâncias físico-químicas cuja presença é
indesejável (análises G3).
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 25 de 111
Caso seja necessário, existem outros 58 pontos de água alternativos (7 poços, 47 minas
e 4 furos), cujas águas são tratadas.
O tratamento de águas residuais é realizado numa das
três Estações de Tratamento de Águas Residuais
(ETAR) do concelho: Condeixa‐a‐Nova, Eira‐Pedrinha e
na Zona Industrial.
Segundo dados do INE referentes ao ano de 2006,
verifica-se que apesar das infraestruturas de
tratamento de águas residuais disponíveis, existe uma discrepância entre a drenagem
de caudais efluentes produzidos (349 milhares m3) e a quantidade de águas residuais
tratadas (62 milhares m3), o que traduz uma situação ambiental desfavorável e
comprometedora do equilíbrio ambiental.
A recolha dos resíduos sólidos urbanos (RSU) é da
responsabilidade da autarquia, sendo feita com uma
regularidade variável consoante as necessidades das
freguesias do concelho. Os resíduos são, posteriormente,
depositados no aterro sanitário de Vil de Matos.
Em 2008, em resultado da adoção de uma nova estratégia de gestão de RSU, com a
introdução de objetivos que visam promover o
aproveitamento, reciclagem e valorização de resíduos, foi
criado um Parque de Resíduos onde os munícipes podem depositar os resíduos com
características que não permitam a sua deposição nos contentores de lixo ou ecopontos.
1.9.2 Habitações
Segundo os dados referentes aos censos de 2011 observa‐se, para todas as freguesias
do concelho de Condeixa‐a‐Nova, um maior número de alojamentos relativamente ao
número de famílias. Este fenómeno pode dever‐se a uma grande especulação
imobiliária, em virtude da proximidade à cidade de Coimbra e da boa rede viária que liga
ambos os municípios. Perante estes condicionalismos verifica-se que a oferta é superior
à procura.
Figura 26- Estação de Tratamento de Águas Residuais (zona industrial)
Figura 27-Parque de resíduos
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 26 de 111
Tabela 2-Habitação nas freguesias do Concelho de Condeixa-a-Nova
(Fonte: INE-Censos 2011)
Para o excesso de alojamentos, contribuirão também as habitações da população
emigrada, casas de segunda habitação e alojamentos vagos.
Alojamentos Nº absolutos %
Residência Habitual 6214 73%
Residência Secundária 774 9%
Vago 1500 18%
Total 8488 100%
Tabela 3-Formas de ocupação dos alojamentos em Condeixa-a-Nova
(Fonte: INE-Censos 2011)
1.9.3 Sectores de atividade
As atividades económicas agrupam-se em três sectores: Primário, Secundário e
Terciário.
Sector Primário: Consiste no conjunto de atividades económicas que extraem
e/ou produzem a matéria-prima. Os negócios importantes neste sector incluem a
agricultura, a avicultura, a pesca, a pecuária, a silvicultura e a mineração.
Freguesias Residentes Famílias Alojamento
Anobra 1316 502 658
Belide 245 102 134
Bem da Fé 112 45 60
Condeixa-a-Nova 5136 1785 2300
Condeixa-a-Velha 3472 1282 1712
Ega 2835 1056 1439
Furadouro 206 82 134
Sebal 2478 919 1184
Vila Seca 876 332 527
Zambujal 402 161 342
Total 17078 6266 8490
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Sector Secundário ou Industrial: É o sector da economia que transforma a
matéria-prima, extraída e/ou produzida pelo sector primário, em produtos de
consumo ou em máquinas industriais. Engloba atividades económicas como a
indústria transformadora e a construção civil, sendo a indústria a atividade mais
importante deste sector.
Sector Terciário ou Sector de Serviços: Trata-se de um sector que envolve a
prestação de serviços às empresas, bem como aos consumidores finais. Os
serviços podem envolver os transportes, o comércio, a educação, a polícia, os
bancos, os seguros, as profissões liberais, os empregados domésticos, entre
outros.
As condições económicas de uma população têm uma importante influência no
processo saúde/doença e estão estreitamente ligadas aos recursos existentes na
comunidade.
A distribuição da população ativa por sectores de atividade permite concluir sobre as
atividades económicas e grau de desenvolvimento de uma determinada região.
Assim sendo, segundo os dados disponíveis através do INE (2008), o sector
predominante quer a nível nacional, quer a nível da região do Baixo Mondego, é o
terciário.
Gráfico 1. Peso de cada sector na actividade económica da região Baixo Mondego em 2008
(Fonte: INE)
A nível nacional os serviços têm um peso menor (73,8%). Já o sector secundário e a
agricultura têm um peso maior (23,9% e 2,4%, respectivamente).
2%
20%
78%
sector 1º
sector 2º
sector 3º
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Gráfico 2. Percentagem de população ativa por sectores de atividade e freguesia
(Fonte: Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova)
Avaliando as freguesias do concelho, é possível concluir que o sector terciário também
constitui a atividade económica dominante, com exceção da freguesia de Bem-da-fé, na
qual se destaca o sector secundário, já que a maioria da população desta freguesia
trabalha em empresas localizadas na Zona Industrial.
Atendendo a esta realidade e analisando os dados do INE – 2008, torna-se importante
realçar que a atividades industrial desempenha um papel importante no contexto
socioeconómico do concelho de Condeixa, sendo que as indústrias predominantes
pertencem aos seguintes sectores de atividade económica:
Indústria Extrativas 9 8
Indústria Transformadora 86 90
Construção 167 163
Comércio por grosso e a retalho 336 325
Transporte e armazenamento 52 54
Alojamento, restauração e similares 103 107
Atividade de informação e comunicação 15 16
Atividade Imobiliária 13 17
Atividade de consultadoria, científica, técnica e similares 181 203
Atividades administrativas e dos serviços de apoio 55 259
Educação 134 137
Atividades de saúde humana e apoio social 162 163
Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 44 47
Outras 267 70
Total 1624 1680
Tabela 4-Empresas por sector de atividade económico no concelho de Condeixa-a-Nova (Nº)(Fonte:
Pordata)
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A maioria das unidades industriais do concelho estão concentradas na Zona Industrial
do Sebal, sendo as de maior relevo as transformadoras do sector alimentar (ex.
INCARPO, INDOLIVA, FRICOSTA…) e, sobretudo, as indústrias de cerâmica, com
particular relevo para as decorativas (ex. COLORISA, CERIC, AZULCER…).
1.9.4 Características demográficas nacionais
Para um estudo mais pormenorizado da comunidade torna-se essencial conhecer
algumas estatísticas nacionais.
Nesta primeira parte, ilustraremos qual a dimensão demográfica da população residente
em Portugal e a sua evolução desde 1991, através da pirâmide etária.
Gráfico 3. Pirâmide etária da população residente em Portugal
(Fonte: ACS)
Os indicadores demográficos nacionais serão abordados em subcapítulos
subsequentes juntamente com os indicadores regionais e locais, permitindo assim
efetuar uma melhor comparação.
Anos Total 0-14 anos 15-64 anos ≥65 anos
2005 10.549.424 1.645.834 7.103.270 1.800.320
2010 10.604.935 1.596.259 7.050.669 1.958.008
2011 10.556.999 1.567.965 6.957.212 2.031.822
Tabela 5-Distribuição da população portuguesa total e por grandes grupos etários (Fonte: Pordata)
Analisando a tabela, percebe-se que a população diminuiu em 2011, registando-se um
número total de habitantes semelhante ao ano de 2005, tendo contribuído para tal uma
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 30 de 111
diminuição da população jovem e da população adulta. Regista-se, ainda um aumento
significativo da população idosa (231.502 idosos) no espaço temporal compreendido
desde 2005 até 2011 De acordo com as características citadas, existe uma clara
tendência para o envelhecimento da população portuguesa.
Segundo os dados do Pordata referentes ao ano de 2011, a população com idade
inferior a 14 anos representa aproximadamente 14,7% da população total em Portugal
e a população idosa, com idade superior a 65 anos, cerca de 19,1%. Estima-se que a
população jovem diminua para os 12% até 2060, prevendo-se uma tendência oposta
para a população idosa esperando um aumento desta para os 32%.
1.9.5 População Residente local (Condeixa-a-Nova)
Segundo os dados do INE, a população residente em Condeixa-a-Nova em 2011 é de
17087 habitantes.
Escalão
Etário Homens Mulheres Total %
0-14 1421 1318 2739 16,04%
15-64 5251 5816 11067 64,80%
>65 1329 1943 3272 19,16%
Total 8001 9077 17078 100%
Tabela 6-População anual (nº e %) residente por Sexo e Grupo etário em Condeixa-a-Nova
(Fonte: Pordata)
Com a tabela anterior, percebemos que os jovens (0 a 14 anos) representam 16,04%
da população total; enquanto os idosos (> 65 anos) representam 19,16% da população
total.
Seguindo a tendência nacional, também em Condeixa-a-Nova se verifica uma redução
da população jovem acompanhada do aumento da população idosa.
Escalão Etário Homens Mulheres
0-14 8,32% 7,71%
15-64 30,74% 34,07%
>65 7,78% 11,38%
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Total Geral 46,84% 53,16%
Tabela 7-Caracterização da população de Condeixa-a-Nova por Escalão Etário e Sexo (Fonte:
Pordata)
Gráfico 4. Caracterização da população de Condeixa-a-Nova por Escalão Etário e Sexo (Fonte:
Pordata)
Sexo Nº %
Masculino 8001 47%
Feminino 9077 53%
Total 17078 100%
Tabela 8- Distribuição da população residente em Condeixa-a-Nova em função do se
Gráfico 5. Distribuição da população residente em Condeixa-a-Nova em função do género
No gráfico anterior observamos um predomínio da população feminina que representa
53,16% da população em Condeixa-a-Nova, com um índice de feminilidade de 113,45
mulheres por cada 100 homens.
0
5
10
15
20
25
30
35
0-14 15-64 >65
Pe
rce
nta
gem
de
ute
nte
s
Escalão etário
Homens
Mulheres
47%
53%
Homens Mulheres
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 32 de 111
1.9.6 Densidade populacional
De acordo com os conceitos do INE, a densidade populacional define-se como a
intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número de habitantes de uma
área territorial determinada e a superfície desse território (expressa em número de
habitantes por quilómetro quadrado).
Segundo os dados do INE e do Pordata, ambos referentes ao ano de2011,a densidade
populacional de Condeixa-a-Nova é de 123,1 habitantes por km2 (dados provisórios).
2011 2010
Portugal 114,6 115,4
Centro 82,5 84,3
Baixo Mondego 161,1 158,3
Condeixa-a-Nova 123,1 132,3
Tabela 9-Densidade Populacional comparada segundo o local de residência
Fonte: Pordata
Gráfico 6-Densidade Populacional comparada segundo o local de residência em 2010 e 2011
(nº de Habitantes por Km2) (Fonte: Pordata)
Pela análise do gráfico e tabela anteriores, facilmente se conclui que a densidade
populacional de Condeixa-a-Nova é maior que a da região centro e isso deve-se em
parte à proximidade da cidade de Coimbra bem como às boas condições de habitação
e de cidadania que oferecem.
Percebemos ainda que a densidade populacional de Condeixa-a-Nova diminuiu de 2010
para 2011, passando de 132,3 para 123,1 habitantes por Km2.
Existe uma correlação entre regiões densamente povoadas com inúmeras áreas
urbanas, o que pode levar a uma alta incidência de doenças infecciosas, facilitando o
surgimento de epidemias.
020406080
100120140160180
2010
2011
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 33 de 111
1.9.7 Índices demográficos
A) Taxa de Crescimento Efectivo
A taxa de crescimento efetivo é a variação populacional observada durante um
determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média
desse período (habitualmente expressa por 100 ou 1000 habitantes).
Região Taxa de crescimento efetivo em 2010
Portugal -0,01%
Centro -0,22%
Baixo Mondego -0,67%
Coimbra -1,5%
Condeixa-a-Nova 1,62%
Tabela 10- Taxa de crescimento efetivo em 2010
(Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro em 2010)
Gráfico 7-Taxa de crescimento efetivo em 2010
(Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro em 2010)
Segundo o Anuário Estatístico da Região Centro de 2010, registou-se um acréscimo de
1,62% no crescimento da população em Condeixa-a-Nova, contrariamente ao que
sucedeu na cidade de Coimbra, que apresentou um crescimento negativo na ordem de
-1,5%.
Região 2010 2009 2005 2000
Portugal -0,01% 0,1% 0,38% 0,6%
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 34 de 111
Centro -0,22% -0,09% 0,26% 0,55%
Condeixa-a-Nova 1,62% 1,79% 1,67% 2,34%
Tabela 11-Taxa de crescimento efetivo por local de residência
(Fonte: INE e Anuário Estatístico da Região Centro 2010)
Perante este quadro, verifica-se que o crescimento da população acompanhou a
tendência nacional que tem vindo a diminuir decaindo para-0,01%. A região centro
apresentou um crescimento negativo de -0,22%, tendo Condeixa apresentado uma
subida do crescimento para 1,62%.
Este facto deveu-se às condições favoráveis do concelho, cativando as famílias de
outras localidades.
B) Índice de envelhecimento
O índice de envelhecimento é a relação entre a população idosa e a população jovem,
definida pelo quociente entre o número de pessoas com idade igual ou superior a 65
anos e o número de pessoas compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa
habitualmente por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos).
2009 2005 2000
Homens 95,70 89,70 83,56
Mulheres 140,60 131,50 121,78
HM 117,60 110,10 102,23
Tabela 12-Índice de envelhecimento (nº) em função do sexo em Portugal
(Fonte: INE)
Perante a análise da tabela atrás exposta, verifica-se que a proporção de pessoas
idosas, com idade superior a 65 anos, na população total aumentou desde 2000,
coincidente com o que sucede a nível europeu e mundial.
O índice de envelhecimento, em Portugal, passou de 102,2, em 2000, para 128,6
idosos por cada 100 jovens em 2011. Segundo o INE, espera-se que o indicador seja
superior a dois idosos por cada homem jovem e ultrapasse as três idosas por cada
mulher jovem em 2060.
2011 2010 2009 2005 2000
Portugal 128,6 120,1 117,6 110,1 102,2
Centro 164,3 152,9 149,7 140,1 129,9
Baixo Mondego I 173,9 161,3 157,3 146,7 134,1
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 35 de 111
Condeixa-a-Nova 119,5 140,6 139,5 137,7 139,7
Tabela 13-Indice de envelhecimento (nº) comparado segundo a área de residência
(Fonte: INE e Pordata)
Gráfico 8- Índice de envelhecimento comparado
(Fonte: INE e Pordata)
Em Condeixa-a-Nova, o índice de envelhecimento é de 119,5 idosos por cada 100
jovens, ou seja, aproximadamente 1,2 idoso para cada jovem.
Saliente-se que em Condeixa-a-Nova, houve uma diminuição significativa do índice de
envelhecimento de 2010 para 2011, passando a registar-se um índice inferior ao nível
nacional.
C) Índice de longevidade (nº)
O índice de longevidade traduz-se na relação entre a população mais idosa e a
população idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas
com 75 anos ou mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos (expressa
frequentemente por 100 pessoas com mais de 65 anos).
2011 2010 2009 2005 2000
Portugal 48,1 47,4 46,8 43,9 41,4
Centro 50,2 50,1 49,4 45,9 43,3
Baixo Mondego I 49,3 48,2 47,6 44,5 41,9
Condeixa-a-Nova 50,7 51,2 49,5 48,7 46,8
Tabela 14- Índice de longevidade (nº) comparado segundo a área de residência
(Fonte: INE, Anuário Estatístico de 2010 e Pordata)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Baixo mondego Centro Condeixa-a-Nova Portugal
2011
2010
2005
2000
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 36 de 111
Gráfico 9- Índice de longevidade comparado por região
(Fonte: INE, Anuário Estatístico de 2010 e Pordata)
Verifica-se que ao longo da última década existe uma tendência de aumento do índice
de longevidade, sendo que em Portugal se registam 48,1 grandes idosos (idades
superiores ou iguais aos 75 anos) para 100 idosos (idades superiores ou iguais aos 65
anos).
Em Condeixa-a-Nova, o índice de longevidade é maior, sendo 50,7 grandes idosos
para 100 idosos.
D) Índice de dependência por local de residência
Os dados seguintes são referentes aos anos 2001 e 2011 (os dados de 2011 são
ainda provisórios).
ID Total ID Jovens ID Idosos
2011 2001 2011 2001 2011 2001
Portugal 51,6% 47,8% 22,65% 23,6% 29,0% 24,2%
Centro 56,9% 52,6% 21,5% 22,9% 35,3% 29,7%
Baixo Mondego 53,8% 48,0% 19,6% 20,4% 34,2% 27,6%
Condeixa 54,3% 50,3% 24,7% 22,1% 29,6% 28,2%
Tabela 15-Indice de dependência comparada em função do local de residência e período de referência
(Fonte: Portada)
0
10
20
30
40
50
60
2011 2010 2005 2000
Baixo Mondego I
Centro
Condeixa-a-Nova
Portugal
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 37 de 111
Índice de dependência de Jovens
Em 2011, em Portugal, estimava-se que existiriam 22,6 jovens com menos de 15 anos
para 100 pessoas em idade ativa. Em Condeixa-a-Nova, estima-se que existem 24,7
jovens para 100 pessoas ativas. Verifica-se que existe um aumento em Condeixa-a-
Nova desde o ano 2001, contrariamente ao decréscimo observado no País e na Região
Centro.
Índice de dependência de Idosos
Em 2011, em Portugal, foi contabilizado um índice de dependência de idosos de 29,0%
contra 24,2% em 2001. Porém, em Condeixa-a-Nova este índice de envelhecimento é
ligeiramente superior ao índice nacional, sendo que em 2011 representa 29,6% contra
28,2% em 2001.
Esse aumento traduz o envelhecimento da população, sendo que, em Condeixa,
existem 29,6 idosos para 100 pessoas em idade ativa.
Índice de dependência total
Perante os valores acima mencionados, é expectável que o índice de dependência total
em Condeixa-a-Nova seja superior ao observado ao nível nacional, representando 54,3
para 100 pessoas em idade ativa, em 2011.
E) Taxa Bruta de Natalidade (‰)
A taxa bruta de natalidade é o número de nados-vivos ocorrido durante um determinado
período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período
(habitualmente expressa em numero de nados-vivos por 1000 habitantes).
A tabela seguinte apresenta a taxa de natalidade comparada segundo a área de
residência e período de referência dos dados, e o gráfico subsequente ilustra esses
dados.
Região 2011 2010 2009 2001
Portugal 9,2 9,6 9,4 11,0
Centro 7,9 8,1 7,9 9,6
Baixo Mondego 8,2 8,1 8,1 8,9
Condeixa-a-Nova 10,5 10,4 10,1 9,2
Tabela 16-Taxa bruta de Natalidade Comparada segundo área de residência
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 38 de 111
(Fonte: Pordata)
Gráfico 10-Taxa bruta de Natalidade comparada segundo área de residência
(Fonte: Pordata)
Observamos a mesma tendência a nível regional e a nível nacional para a diminuição
da taxa de natalidade, em contrapartida assistimos a um aumento da taxa de natalidade
em Condeixa-a-Nova de 2010 para 2011, com um aumento de 10,4 para 10,5‰. Através
da análise da tabela podemos ainda concluir que a taxa de natalidade em Condeixa-a-
Nova de10,5‰é superior à taxa da região Centro com 7,9‰ ou mesmo à taxa nacional
de 9,2‰.
F) Taxa de fecundidade geral (‰)
As mulheres em idade fértil têm idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos,
apresentando Condeixa-a-Nova 42,8% mulheres nesse grupo etário.
A taxa bruta de fecundidade geral define-se como o número de nados vivos observados
durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao
efetivo médio de mulheres em idade fértil desse período (habitualmente expressa em
numero de nados vivos por 1000 mulheres em idade fértil).
Região 2011 2010 2009 2001
Portugal 38,7 39,9 38,7 43,2
Centro 35,3 35,5 34,0 39,9
Baixo Mondego 36,2 35,3 34,5 35,9
Condeixa-a-Nova 42,8 44,3 45,1 37,7
Tabela 17- Taxa de fecundidade geral comparada por área de residência
(Fonte: Pordata)
0
5
10
15
2011
2010
2009
2001
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 39 de 111
Gráfico 11-Taxa de fecundidade geral comparada por área de residência (Fonte: Pordata)
A partir dos dados e gráficos apresentados, observa-se que existe uma tendência para
a diminuição da taxa de fecundidade, o que seria de esperar de acordo com a diminuição
da taxa de natalidade igualmente observada.
No entanto, reparamos que a taxa de fecundidade de Condeixa-a-Nova é superior às
taxas de fecundidade da região Centro e do País (42,8‰ contra 35,3‰ e 38,7‰).
G) Taxa bruta de Mortalidade (‰)
A taxa bruta de mortalidade calcula-se através do número de óbitos observado durante
um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população
média desse período (habitualmente expresso em numero de óbitos por mil habitantes).
A tabela seguinte descreve as taxas de mortalidade calculadas nos períodos de
referência e em função das regiões selecionadas (Portugal, Região Centro, Baixo
Mondego e Condeixa-a-Nova).
Região 2011 2010 2009 2001
Portugal 9,7 10,0 9,8 10,2
Centro 11,3 11,5 11,2 11,6
Baixo Mondego 10,8 11,1 10,9 10,7
Condeixa-a-Nova 9,6 10,1 9,4 11,4
Tabela 18- Taxa bruta de Mortalidade comparada por área de residência
(Fonte: Pordata)
0
10
20
30
40
50
2011 2010 2009 2001
Baixo Mondego
Centro
Condeixa-a-Nova
Portugal
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 40 de 111
Gráfico 12-Taxa bruta de mortalidade comparada por área de residência
(Fonte: Pordata)
Através da observação do gráfico anterior, verifica-se que a taxa de mortalidade tem
vindo a diminuir na última década tanto a nível nacional, regional e local. No entanto,
observa-se o oposto na região do Baixo Mondego, onde ocorreu um aumento ligeiro da
taxa bruta de mortalidade relativamente a 2001. Além disso, percebe-se que a redução
da mortalidade de Condeixa-a-Nova diminuiu consideravelmente desde o ano 2001
tendo sido registada uma queda de 16% (taxa de mortalidade de 11,4‰ em 2001 contra
9,6‰ em 2011) comparativamente com Portugal que registou uma diminuição de 5%
(taxa de mortalidade de 10,2‰ em 2001 contra 9,7‰ em 2011).
Note-se que a região Centro possui uma taxa de mortalidade superior à existente a nível
nacional, situação esta que se tem vindo a verificar há já alguns anos. No concelho de
Condeixa-a-Nova até ao ano 2009, também era superior à médica nacional, altura em
que se inverteu essa tendência apresentando, atualmente, uma taxa de mortalidade de
9,6‰.
Analisando as tabelas nº11 e 12, vê-se que a taxa de mortalidade encontrada a nível
nacional é superior à respetiva taxa de natalidade, traduzindo um balanço negativo. A
diferença entre as duas taxas é muito mais significativa na região Centro e Baixo
Mondego em que se observa uma taxa de mortalidade, para a região Centro, de 11,3‰
contra uma taxa de natalidade de 7,9‰. A nível nacional, existe uma taxa de mortalidade
de 9,7‰ contra uma taxa de natalidade de 9,2‰.
Em Condeixa-a-Nova, os valores aproximam-se mais dos encontrados a nível nacional
mas com um balanço positivo, uma vez que a taxa de mortalidade desceu
significativamente na última década sendo de 9,6‰ contra uma taxa de natalidade de
10,5‰.
0
2
4
6
8
10
12
14
2011 2010 2009 2001
Baixo Mondego
Centro
Condeixa-a-Nova
Portugal
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 41 de 111
H) Taxa de Mortalidade Infantil (‰)
A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de crianças com menos de um ano
de idade observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano
civil, referido ao número de nados vivos do mesmo período (habitualmente expressa em
numero de óbitos de crianças com menos de um ano por 1000 nados-vivos).
Região 2011 2010 2009 2001
Portugal 3,1 2,5 3,6 5,0
Centro 2,6 1,9 2,5 3,9
Baixo Mondego 2,9 0,7 2,6 4,3
Condeixa-a-Nova - - 5,5 7,1
Tabela 19-Taxa de Mortalidade Infantil comparada por área de residência
(Fonte: Pordata)
Com o avançar das técnicas no âmbito da medicina aliado à consciencialização das
famílias para a prevenção da doença através da promoção da saúde e a existência de
uma boa rede de CSP que garante o acompanhamento de todas as grávidas, a
tendência da mortalidade infantil é para diminuir. A taxa de mortalidade infantil serve
assim para comparar o estado sanitário e socioeconómico de diferentes populações.
Em Portugal, tem-se registado uma descida significativa, sendo que em 2011, a taxa de
mortalidade infantil foi de 3,1‰.
Segundo os dados do Pordata, a taxa de mortalidade infantil registada em Portugal
referente ao período de 2009 foi de 3,6‰ contra 5,5‰ em Condeixa-a-Nova,
demonstrando uma taxa de mortalidade infantil local mais alta do que a nível nacional.
Assim de acordo com o mesmo portal, em 2008, a taxa de mortalidade infantil da União
Europeia (27 membros) foi de 4,3‰ enquanto em Portugal no período homólogo, a taxa
de mortalidade infantil foi de 3,3‰.
2002 2005 2008
EU 27 5,4 4,9 4,3
Portugal 5,0 3,5 3,3
Tabela 20-Taxa de Mortalidade Infantil comparada
(Fonte: Pordata)
A tabela anterior ilustra a evolução da taxa de mortalidade infantil em Portugal ao longo
dos anos, comparando-a com as taxas da União Europeia.
Através desta tabela, percebe-se a diminuição considerável da taxa de mortalidade
infantil em Portugal de 5,0‰ em 2002 para 3,3‰ em 2008. Nota-se que desde o ano de
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 42 de 111
2002, a taxa de mortalidade infantil em Portugal é mais baixa do que a média da União
Europeia.
I) Esperança de vida à nascença
A esperança de vida à nascença representa o número médio de anos que uma pessoa
à nascença pode esperar viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades
observadas no momento.
Tabela 21-Esperança de vida à nascença por local de residência no período de 2008-2010
(Fonte: Anuário Estatístico 2010)
Na análise desta tabela, verifica-se que a esperança de vida à nascença é maior no
Baixo Mondego relativamente à média nacional.
Tabela 22-Esperança de vida à nascença comparada
(Fonte: Pordata)
Perante esta tabela pode-se concluir que a esperança de vida à nascença, em 2008,
era igual em Portugal e na União Europeia, verificando-se também que, em Portugal, a
esperança de vida à nascença tem vindo a aumentar (a esperança de vida à nascença
total de 77,3 anos em 2002 aumentou para 79,8 anos em 2010).
J) População em Idade Activa
Passamos a relembrar alguns conceitos para melhor entendimento dos números que
serão apresentados.
A população em idade ativa representa a população entre os 15 e 64 anos.
Local Anos
Portugal 79,2
Centro 79,59
Baixo Mondego 79,69
UE Portugal UE Portugal UE Portugal
2010 - 79,8 - 76,7 - 82,8
2008 79,4 79,4 76,4 76,2 82,4 82,4
2005 78,5 78,1 75,8 75,5 82,0 82,2
2002 77,7 77,3 74,5 73,8 80,9 80,6
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 43 de 111
A população ativa representa o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos
que, no período de referência, constituíam a mão-de-obra disponível para a produção
de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados).
A população inativa define-se pelo conjunto de indivíduos, qualquer que seja a sua
idade, que, no período de referência, não podiam ser considerados economicamente
ativos, isto é, não estavam empregados, nem desempregados, nem a cumprir o Serviço
Militar obrigatório.
Assim a população ativa, segundo o Anuário Estatístico 2010, em Portugal, é de 5580,7.
10^3, ou seja 52,47% da população residente em Portugal. A população desempregada
representa602,6.10^3, sendo que 4978,2.10^3 está empregada.
A taxa de atividade segundo o Anuário Estatístico de 2010 permite definir a relação entre
a população ativa sobre a população em idade ativa (15 ou mais anos). Deste modo, a
taxa de atividade em Portugal em 2010 foi de 52,5% e de 56,6% na região Centro,
posicionando-se acima do valor nacional.
De acordo com os Censos de 2001, existiam no concelho de Condeixa-a-Nova, cerca
de 8000 indivíduos sem atividade económica especificada, fatia representada na sua
maioria por jovens estudantes e agricultores de subsistência, traduzindo assim a
importância que esta última atividade ainda tem na sustentação económica das
freguesias mais rurais.
A maioria da população ativa do concelho concentra-se nas freguesias de Condeixa-a-
Nova, Condeixa-a-Velha e Ega.
Gráfico 13- Caracterização da situação profissional da população residente no concelho de Condeixa
Gráfico 14-Caracterização da situação profissional da população residente no Concelho e de acordo com a Freguesia
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 44 de 111
É possível observar ainda, que a população de indivíduos reformados (cerca de 3500)
tem um peso importante na situação profissional do concelho.
Relativamente aos indicadores de Atividade Económica para o concelho, é possível
verificar que houve um aumento da Taxa de desemprego de 1991 para 2001, tendo
afetado maioritariamente o género masculino. Segundo do INE, a Taxa média de
desemprego anual para o ano de 2009 foi de 9,5 %, pelo que é expectável que o
panorama ao nível do município se venha a agudizar.
Paradoxalmente, também se observa um aumento de 5,3% da Taxa de atividade no
Concelho, com um aumento mais significativo no sexo feminino (8,3%).
Assim sendo, pode concluir-se que as oportunidades de emprego no concelho de
Condeixa-a-Nova têm favorecido, de um modo geral, o género feminino.
Sexo 1991 2001
Homens 51,1 52,8
Mulheres 31,2 39,5
Total 40,4 45,7
Tabela 23- Taxa de actividade do Concelho de Condeixa-a-Nova em 2001 (Fonte: INE)
Homens 2,4 4,0
Mulheres 9,0 7,3
Total 5,1 5,5
Tabela 24-Taxa de desemprego do Concelho de Condeixa-a-Nova em 2001 (Fonte: INE)
Segundo dados do INE, a taxa de desemprego continua a aumentar, atingindo no 2º
Trimestre de 2012, 15%.
Total Homens Mulheres
Portugal 15% 15,1% 14,9%
Tabela 25-Taxa de desemprego em Portugal no 2º Trimestre de 2012
(Fonte: INE)
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 45 de 111
K) Taxa de crescimento migratório (%)
A taxa de crescimento migratório representa o saldo migratório durante um determinado
período de tempo, normalmente um ano civil, referido a população média desse período
(habitualmente expressa por 100 ou 1000 habitantes).
O saldo migratório é a diferença entre o número de entradas e saídas por migração,
internacional ou interna, para um determinado pais ou região, num determinado período
de tempo.
Assim, de acordo com o INE, estima-se que, em 31 de Dezembro de 2011, residissem
em Portugal 10 541 840 indivíduos, representando um decréscimo populacional de -30
317 indivíduos, face ao valor estimado para Dezembro de 2010 (10 572 157),
traduzindo-se desta forma, numa taxa de crescimento efetivo negativo de -0,29% em
2011. Para esse decréscimo populacional concorreram um saldo natural negativo de -
5986 indivíduos, de que resultou numa taxa de crescimento natural negativa de -
0,06%,m e um saldo migratório também negativo de -24 331 indivíduos, refletindo-se
numa taxa de crescimento migratório de -0,23%.
2010 2009 2005 2000
Portugal 0,04 0,14 0,36 0,46
Centro 0,12 0,23 0,51 0,69
Condeixa-a-Nova 1,59 1,73 1,82 2,32
Tabela 26-Taxa de Crescimento migratório comparada
(Fonte: INE)
Gráfico 15-Taxa de crescimento migratório comparada
(Fonte: INE)
0
1
2
3
2010 2005 2000
Taxa de crescimento migratório comparada
Centro Condeixa-a-Nova Portugal
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 46 de 111
A vila de Condeixa-a-Nova apresenta um crescimento migratório muito superior ao
registado a nível nacional, tendo evoluído de forma consideravelmente negativa desde
a última década. Atualmente representa 1,59 por 100 habitantes. Esta discrepância
relativamente à região centro ou mesmo ao nível nacional, deve-se a todas as condições
que a Vila oferece como foi anteriormente citado.
1.10 CARACTERIZAÇÃO FAMILIAR EM PORTUGAL
Entende-se por Família Clássica o conjunto de pessoas que residem no mesmo
alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo
ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se também como família clássica
qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou totalidade de uma unidade de
alojamento.
Segundo dados do INE, entre 2001 e 2011 o número de famílias clássicas em Portugal
aumentou 10,8%, atingindo os 4 044 100. Em contrapartida, as famílias são hoje menos
numerosas. A dimensão média das famílias em 2011 é de 2,6 elementos enquanto em
2001 era de 2,8 elementos. A região centro apresenta uma dimensão média de 2,53
elementos por família.
O número de famílias institucionais aumentou também na última década de forma muito
expressiva, cerca de 24,7%, o que de certa forma traduz o aumento do número de
instituições particularmente vocacionadas para responder às necessidades de uma
sociedade cada vez mais envelhecida.
Saliente-se ainda que as famílias de maior dimensão têm vindo a perder expressão ao
longo das últimas décadas. Em 2011 as famílias com 5 ou mais elementos
representavam 6,5% comparativamente aos anos de 2001 em que esse valor era de
9,5% e em 1991 de 15,4%.
Em sentido oposto, aumentou o número de famílias de menor dimensão, com 1 pessoa
e 2 pessoas, cuja representação era em 2011 de respetivamente 21,45% e 31,59%.
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Gráfico 16-Tipo de famílias clássicas, segundo a sua dimensão, comparada por local de residência
(Fonte: INE)
Gráfico 17-Tipo de famílias clássicas em Condeixa-a-Nova, segundo a dimensão
(Fonte: INE)
Da análise do gráfico anterior, resulta que 32% das famílias em Condeixa-a-Nova são
constituídas por 2 elementos, 28% por 3 elementos, 18% por 4 elementos, 17% por
apenas 1 elemento e 5% por 5 ou mais elementos.
Desde já, pode-se interligar esses resultados em parte, com o aumento da idade média
das mulheres ao nascimento do primeiro filho, uma vez que tem vindo a crescer
continuamente, atingindo em 2011, uma idade média de 29,2 anos. Por outro lado, os
problemas socioeconómicos que afetam as famílias portuguesas levam cada vez mais
as famílias a protelar ou mesmo a evitar uma gravidez.
Idade média da mãe ao nascimento do primeiro
filho- Idade média
2000 26,5
2005 27,8
2009 28,6
0%5%
10%15%20%25%30%35%
Com 1
Com 2
Com 3
Com 4
Com 5 ou mais
17%
32%28%
18%
5%
Dimensão das familias
1
2
3
4
5
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2010 28,9
2011 29,2
Tabela 27. Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho
(Fonte: Pordata)
Perante a análise das tabelas e gráficos anteriores, percebe-se que as famílias unitárias
e casais sem filhos tendem a aumentar, enquanto as famílias constituídas por casal e
filhos têm tendência a diminuir.
Esta evolução é provavelmente devida a uma multiplicidade de agentes em que
predominam fatores sociais e económicos. Se por um lado, o envelhecimento da
população leva a um aumento de famílias unitárias por viuvez do parceiro/a, por outro
lado, o aumento do número de casais em fase VIII do ciclo de Duvall, a diminuição da
taxa de natalidade e da taxa de fecundidade e o aumento da idade média das mulheres
aquando do nascimento do primeiro filho, contribuem para um maior número de casais
sem filhos.
1.11 CARACTERIZAÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO
Começamos por relembrar os conceitos:
Ensino Básico: Nível de ensino que se inicia com cerca da idade de seis anos,
com a duração de nove anos, cujo programa visa assegurar uma preparação
geral comum a todos os indivíduos, permitindo o prosseguimento posterior de
estudos ou a inserção na vida ativa. Compreende três ciclos sequenciais, sendo
o 1.º de quatro anos, o 2.º de dois anos e o 3.º de três anos. É universal,
obrigatório e gratuito.
Ensino Secundário: Nível de ensino que corresponde a um ciclo de três anos
(10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade), que se segue ao ensino básico e que
visa aprofundar a formação do aluno para o prosseguimento de estudos ou para
o ingresso no mundo do trabalho. Está organizado em cursos
predominantemente orientados para o prosseguimento de estudos e orientados
para a vida ativa. Segundo as novas políticas educacionais também passou a
ser de carácter obrigatório.
Ensino Superior: Nível de ensino que compreende os ensinos universitário e
politécnico, aos quais têm acesso indivíduos habilitados com um curso
secundário ou equivalente e indivíduos maiores de 23 anos que, não possuindo
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a referida habilitação, revelem qualificação para a sua frequência através de
prestação de provas.
A tabela seguinte determina a população ativa por grupo etário e nível de escolaridade
a nível nacional e regional.
Sem
Instrução
Básico-1º
ciclo
Básico-2º
ciclo
Básico-3º
ciclo Secundário Superior
Portugal 3,93% 23,47% 17,09% 21,22% 18,26% 16,01%
Centro 5,85% 29,23% 17,07% 20,22% 15,99% 11,64%
Tabela 28 . Percentagem de população ativa segundo o nível de escolaridade completo em 2010
(Fonte: Anuário estatístico de 2010)
Gráfico 18- Percentagem de população ativa segundo o nível de escolaridade completo em 2010
(Fonte: Anuário estatístico de 2010)
Em 2010, cerca de 65,71% da população residente em Portugal tinha um grau de
escolaridade de ensino básico e apenas 16,01% era detentora de um curso superior.
Como se pode visualizar no gráfico acima e segundo os dados disponíveis para a região
Centro, cerca de 30% da população possuía o 1º ciclo do ensino básico, estando este
facto de acordo com o índice de envelhecimento elevado da população do concelho.
No entanto uma parte significativa da população mais jovem possuía já um curso
superior graças à proximidade a Coimbra que possibilita o acesso ao ensino superior.
Segundo dados do INE, o nível de instrução atingido pela população em Portugal
progrediu de forma muito expressiva na última década. Pela análise do Censos 2001,
observou-se um recuo da população com níveis de instrução mais reduzidos,
(designadamente até ao ensino básico 2º ciclo), acompanhado de um aumento dos
níveis de qualificações superiores.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Centro Portugal
Sem Instrução
Básico-1º ciclo
Básico-2º ciclo
Básico-3º ciclo
Secundário
Superior
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A população apurada nos Censos 2011 que possuía o ensino superior completo quase
duplicou na última década. Passamos dos 674 094 pessoas que tinham o ensino
superior completo para as 1 262 449.
O concelho de Condeixa-a-Nova suporta a educação da população desde o ensino pré-
escolar até ao ensino secundário. Dispõe, atualmente, de dez Jardins de Infância, nove
escolas do 1º ciclo de Ensino Básico, uma escola com Ensino Básico do 2º ciclo, duas
escolas com Ensino Básico do 3º ciclo e uma Escola Secundária.
Existem ainda três entidades que asseguram a formação profissional: o Instituto Técnico
Artístico Profissional (ITAP), a Santa Casa da Misericórdia (SCM) e a Associação da
Ega.
A análise do gráfico seguinte permite constatar que a população escolar se tem mantido
estável no ano de 2009 e 2010.
Pré-escolar Básico-1º ciclo Básico-2º ciclo Básico-3º ciclo Secundário
2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010
Condeixa-a
Nova 372 351 505 508 233 242 325 333 232 300
Tabela 29. Número de alunos matriculados nos diferentes graus de ensino em Condeixa-a-Nova
nos anos lectivos de 2009 e 2010 (Fonte: Pordata)
A distribuição da população, por nível de ensino, mostra a predominância do nível de
instrução primário, seguido pelo grupo da população com instrução básica de 2º e 3º
Ciclos. O total de habitantes com instrução secundária representa 16% da população
do território em análise e o número de residentes com o ensino superior representa
12%,sendo este um valor inferior à média nacional em 2010 (16%).
1.12 RECURSOS DE SAÚDE
A comunidade de Condeixa-a-Nova possui um centro de saúde dividido em Unidade de
Saúde Familiar Condeixa (USF Condeixa) e USF Fernando Namora; clínicas privadas
abrangendo várias especialidades; 4 farmácias (três em Condeixa e uma em S. Fipo);
Laboratórios de análises Clínicas; Lar Idosos: Santa Casa da Misericórdia; Lar Arrifana;
Lar Doce Viver- Bruscos; Centros de Dia: Condeixa-a-Velha; Ega; Santa Casa da
Misericórdia; Anobra. Incluídas nas atividades dos Centros de Dia, existem equipas que
prestam apoio domiciliário, no que respeita à alimentação, cuidados de higiene e
limpeza da casa. Estas atividades são executadas pelos centros de dia da Santa Casa,
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Ega e ainda de Pereira (já pertencente a Alfarelos); Casa de Saúde Rainha Santa Isabel
(Silvais) e um Centro de Imagiologia.
Segundo os dados do Pordata, atualizado a 20 de Junho 2010, existiam em Portugal
nessa data, cerca de 390,7 médicos por 100 mil habitantes.
Tabela 30.Número de médicos por 100 mil habitantes em 2010 em Portugal (Fonte: Pordata)
Ainda segundo o mesmo portal, em 2010, a média de consultas de centro de saúde de
Condeixa-a-Nova por habitante era de 3,4 consultas por ano.
1999 2010
Centro 3,1 3,3
Baixo Mondego 3,1 3,3
Condeixa-a-Nova 2,5 3,4
Tabela 31-Número de consultas médicas nos centros de saúde por habitante
(Fonte: Pordata)
Dada a proximidade com a Cidade de Coimbra (19km), a comunidade de Condeixa-a-
Nova dispõe de uma boa acessibilidade aos cuidados de saúde secundários de
referência, nomeadamente o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Maternidade
Bissaya Barreto, Maternidade Daniel de Matos, Hospital Pediátrico, Instituto Português
de Oncologia Francisco Gentil e Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.
CONCLUSÃO DO ESTUDO DA COMUNIDADE
De um modo geral, podemos afirmar que o concelho de Condeixa-a-Nova dispõe de
boas condições para viver.
Para além do seu amplo património natural e cultural, este concelho dispõe de bons
recursos na área da educação contemplando a existência de estabelecimentos de
ensino desde o pré-escolar até ao secundário, distando ainda apenas 12km de diversas
instituições de ensino superior em Coimbra.
No que concerne às características demográficas, trata-se de uma população menos
envelhecida (índice de envelhecimento de 119,5%) do que a média registada a nível
2010 2005 2001
Nº de médicos por 100
mil habitantes 390,7 342,6 322,9
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 52 de 111
nacional (128,6%).Porém apresenta uma taxa de natalidade maior (10,5‰ versus
9,2‰), tendo-se por isso mantido constante o índice de envelhecimento, contrariamente
ao índice nacional que tem vindo a aumentar. A taxa de mortalidade infantil da região
centro em 2011 foi de 2,6‰,configurando assim uma das mais baixas do país.
Pode concluir-se que a população servida pelo centro de saúde se encontra bem
apoiada ao nível das infraestruturas necessárias para a manutenção do bem-estar
físico, psíquico e social dos indivíduos que a integram.
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2- CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA
Os cuidados de saúde primários têm uma história de três décadas durante as quais se
registaram avanços notáveis no domínio da MGF Portuguesa. Durante décadas, a
generalidade da população esteve sem cuidados médicos ou com assistência precária.
Apenas as classes altas e alguns elementos da classe média podiam recorrer a médicos
privados. Durante estes trinta anos, os centros de saúde têm constituído a infraestrutura
organizativa essencial dos cuidados da saúde primários (CSP) cobrindo todo o território
nacional.
É possível descrever o desenvolvimento dos CSP em quatro fases relativamente bem
delimitadas:
1. Uma primeira fase desde 1971 até ao período revolucionário de 1974
Os centros de saúde de primeira geração apareceram em 1971 e estavam associados
ao que então se entendia por Saúde Pública (Vacinação, Vigilância da Saúde da grávida
e da criança, atividades de autoridade sanitária incluindo as relacionadas com o
ambiente) e tinham um perfil de atuação prioritariamente ligado à prevenção e aos
grupos vulneráveis. Os cuidados curativos imediatos extra-hospitalares eram prestados
nos postos clínicos dos Serviços Médicos-Sociais (SMS) das Caixas de Previdência.
2. A fase do serviço médico à periferia de 1975 a 1982
Inspirado pela corrente revolucionária de 1974 e a implementação da democracia, ficou
assente que o acesso à saúde seria um direito de todos os cidadãos. Como as “caixas”
não cobriam a totalidade da população, foi criado o Serviço Médico à Periferia como
uma medida de recurso.
Em 1978, a Conferência Internacional dos CSP apostou na “Saúde para Todos no ano
de 2000” promulgando que a saúde seria o objetivo social primordial.
Em 1979 foi criado o Serviço Nacional de Saúde (Lei nº 56/79-Primeira Lei de Bases da
Saúde) de acesso universal e financiado pela coletividade (impostos).
3. A fase dos centros de saúde integrados, desde 1983 e da expansão do
Serviço Nacional de Saúde criado em 1979
A década de 80 marcou o nascimento de uma carreira estruturada, a carreira médica de
clínica geral, em que pela primeira vez na história do país, a maioria da população teve
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 54 de 111
acesso a cuidados primários com dignidade. Foram criados os Centros de Saúde que
consistiam numa “unidade integrada, polivalente e dinâmica, prestadora de cuidados
primários, que visa a promoção e a vigilância da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o
tratamento da doença, dirigindo, globalmente a sua ação ao individuo, à família e à
comunidade” (Despacho Normativo nº97/83 de 22 de Abril). Estes centros de saúde de
segunda Geração não eram mais do que a fusão entre os centros de saúde de 1ª
Geração e os postos clínicos das Caixas de Previdência (SMS). A verdade é que não
existiu uma melhoria nas características existentes, continuando estas desajustadas às
expectativas e necessidades dos médicos de clínica geral e da população.
Foi iniciada a regionalização do SNS com a criação das Administrações Regionais de
Saúde tendo no entanto, sido interrompidas várias estratégias da saúde devido às
debilidades do sistema político e de governação.
4. A fase atual, de transição
Nos termos da Lei de Bases da Saúde, os CSP são o “núcleo do sistema de saúde e
devem-se situar junto das comunidades”. Com base no exposto, a reforma dos CSP à
qual assistimos nos dias de hoje é a chave para a criação de instrumentos legais e
operacionais que permitam recentrar o sistema português nos CSP e no
desenvolvimento de uma matriz organizativa que conduza à reconfiguração dos Centros
de Saúde orientada para a obtenção de ganhos em saúde e em melhoria da
acessibilidade.
Foi neste contexto que em 2005, surgiu a Missão para os Cuidados de Saúde Primários
nº 157/2005 de 12 de Outubro, cujo objetivo é conduzir o projeto global de lançamento,
coordenação e acompanhamento da estratégia de reconfiguração dos Centros de
Saúde e a implementação das Unidades de Saúde Familiares (USF).Os Centros de
Saúde de 3ª Geração organizam a estrutura assistencial em unidades operativas com
missões complementares (Unidades de Saúde Familiares, Unidades de Cuidados de
Saúde Personalizados, Unidades de Saúde Pública, Unidades de Cuidados
Continuadas e de Recursos Partilhados). Existe uma quebra de prática “a solo” com a
noção que a atualização científica requer cultura de grupo com discussão regular de
situações a analise interpares de práticas e procedimentos.
No decorrer de 2008, verifica-se mais um passo importante na reforma dos CSP com a
criação de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do SNS (Decreto de Lei
nº28/2008 de 22 de Fevereiro) com o objetivo de dar estabilidade à organização dos
CSP, permitindo uma maior autonomia administrativa, com a gestão rigorosa e
equilibrada com vista à melhoria no acesso aos cuidados de saúde.
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 55 de 111
O centro de saúde de Condeixa-a-Nova faz parte do ACES Baixo Mondego.
CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA-A-NOVA
A sede do centro de saúde fica localizada em Condeixa-a-Nova, albergando a USF
Condeixa e a USF Fernando Namora.
2.1 ESPAÇO FÍSICO
O edifício foi inaugurado em 2005 e localiza-se próximo do centro da vila.
Os serviços estão distribuídos por três andares:
cave, R/C e 1º Andar.
Na cave encontram-se a farmácia, a sala de
esterilização (desativada), a lavandaria, o arquivo, o
vestiário, a sala de lixos infetados, duas casas de
banho e a garagem.
No rés-do-chão encontram-se a maioria das
infraestruturas que permitem o exercício da
atividade clínica:
Zona verde Sul: Esta zona inclui uma sala de espera, uma sala de triagem, uma sala de
tratamentos, dois gabinetes médicos, uma sala de atendimento ao público, uma sala de
observações equipada com duas camas e com material de nebulização, duas casas de
banho, um fraldário e diversos arrumos.
Zona verde Norte: Neste local funcionam diversos serviços prestados à comunidade. É
composta por uma sala de espera, uma sala de atendimento ao público, três casas de
banho, uma sala de armazenamento de material, o gabinete do Delegado de Saúde
Pública, uma sala para o Serviço Social e o gabinete da Técnica de Saúde Ambiental.
Existe também um gabinete/ginásio de fisioterapia equipado, nomeadamente, com um
tapete rolante, uma bicicleta estática e uma máquina de fortalecimento muscular poli-
segmentar.
Zona vermelha Sul e Norte: Nesta área encontra-se situada a Unidade de Saúde
Familiar Fernando Namora.
Figura 28-Centro de saúde de Condeixa-a-Nova
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Entre estas duas alas existe uma área ampla que funciona como sala de espera
secundária. Neste local encontra-se também um pequeno balcão, onde está instalada
a telefonista/rececionista do centro de saúde.
Zona amarela sul e Norte: A USF Condeixa encontra-se fixada nesta zona. É constituída
por oito gabinetes médicos, quatro gabinetes de enfermagem, dois gabinetes do
secretariado e duas sala de espera, duas salas de tratamentos e duas casas de banho
para os funcionários.
No corredor que dá acesso às duas salas de espera da zona amarela, existem duas
casas de banho para os utentes, um fraldário e uma sala de arquivo da USF Condeixa.
No primeiro andar existe uma biblioteca, duas salas de reuniões, duas casas de banho,
o gabinete da USF Condeixa, dois gabinetes clínicos onde decorrem consultas
diferenciadas da área de psicologia, uma sala de aprovisionamento, dois gabinetes da
USF Fernando Namora, por fim, um bar.
O espaço exterior do centro de saúde possui algumas áreas de jardim e um parque de
estacionamento com uma capacidade para 100 lugares, incluindo dois lugares para
utentes portadores de deficiência e dois lugares para ambulâncias, junto à entrada
lateral.
2.2 EQUIPAMENTOS
Todos os gabinetes médicos estão mobilados com uma secretária com computador e
impressora, telefone, uma marquesa de observação polivalente, duas/três cadeiras, um
banco para a observação ginecológica, um candeeiro flexível, um armário para
armazenamento de material, um negatoscópio, equipamento para testes de acuidade
visual e um lavatório.
Quanto ao material médico, estes possuem um otoscópio, um termómetro, um martelo
de reflexos, um esfigmomanómetro e um esteto-fonendoscópio, dispondo ainda alguns
de um diapasão e Doppler obstétrico.
Existe uma sala de tratamento ao pé diabético que é partilhada com a USF Fernando
Namora. A USF Condeixa possui um micromotor para o mesmo efeito que se encontra
na sala de tratamentos 1.
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2.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
A USF de Condeixa e a USF Fernando Namora encontram-se em funcionamento nos
dias úteis das 08h às 20h.
Fora do período de funcionamento da USF Condeixa, em caso de doença aguda os
utentes poderão recorrer à Consulta Alargada do Centro de Saúde de Condeixa das 10h
às 18h aos fins-de-semana e feriados. Nos restantes períodos deverão recorrer ao
serviço de urgência do CHUC: (HUC, CHC, Maternidades e Hospital Pediátrico).
2.4 RECURSOS HUMANOS NO CENTRO DE SAÚDE
USF Condeixa:
- Secretários clínicos – 4
- Enfermeiros – 6
- Médicos especialistas de MGF – 5
- Internos de MGF
USF Fernando Namora:
- Secretários clínicos – 4
- Enfermeiros – 5
- Internos de MGF
- Médicos especialistas de MGF – 4
Recursos Comuns:
- Médicos de Saúde Pública – 1
-Médicos de outras especialidades – 0
- Psicólogo – 2
- Fisioterapeuta - 1
- Técnica de saúde ambiental – 1
- Técnicas de serviço social - 1
- Assistentes Operacionais – 6 (onde está incluído o motorista).
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3- CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA
Com a criação das unidades operativas multiprofissionais – Unidades de Saúde Familiar
(USF), instituídas pelo DL nº 157/99 de 10 de Maio, surgiram em 2005 novas formas de
prestação de cuidados de saúde primários, tendo como pressuposto as seguintes
premissas: disponibilidade, acessibilidade, produtividade, qualidade técnico-científica,
efetividade, eficiência e satisfação. As atividades das USF desenvolvem-se com
autonomia organizativa, funcional e técnica, integradas numa lógica de rede com outras
unidades funcionais do centro de saúde ou da unidade local de saúde. Têm por missão
a prestação de cuidados de saúde personalizados à população de uma determinada
área geográfica, garantindo a acessibilidade, a globalidade e a continuidade dos
mesmos. Para o seu bom funcionamento, as suas atividades devem ser orientadas por
diversos princípios (artigo 5º, DL.18.2007, de 27 de Fevereiro) de modo a conseguir
alcançar níveis de excelência em termos de acessibilidade, disponibilidade, eficiência,
efetividade e produtividade.
Uma mais-valia das USF é a autoavaliação, que, sendo objetiva e permanente, visa a
adoção de medidas corretivas de eventuais desvios que possam pôr em causa os
objetivos do plano de ação. Na senda da melhoria contínua da qualidade, essa avaliação
é feita periodicamente (ex.: auditoria interna).
A USF Condeixa integrou-se neste primeiro ensejo de mudança, com o intuito de melhor
servir a sua população no que diz respeito aos cuidados prestados. Iniciou a sua
atividade a 4 de Setembro de 2006 e foi uma das pioneiras do país neste novo modelo
de prestar cuidados de saúde à população, encontrando-se em modelo B desde 1 Julho
de 2008.
3.1 AMBIENTE FÍSICO E FUNCIONAL
3.1.1 Recursos materiais
A USF Condeixa situa-se no mesmo edifício da sede do Centro de Saúde de Condeixa,
na Rua D. Ana Laboreiro D’Eça e é, portanto, acessível e de localização central.
Como já foi referido anteriormente na descrição do espaço físico do centro de Saúde, a
USF Condeixa encontra-se em funcionamento no rés-do-chão, nas áreas amarela sul e
norte, dispondo de 8 gabinetes médicos, 4 gabinetes de enfermagem, 2 sala de
tratamentos, 2 gabinetes de secretariado, 1 sala de espera e 2 WC para os funcionários.
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3.1.2 Recursos Humanos
Atualmente, a USF Condeixa conta com 5 médicos especialistas em MGF, 6
enfermeiros, 4 secretárias clínicas e médicos internos de MGF. A média de utentes
inscritos por médico de família na USF Condeixa é de cerca de 1863 utentes/médico. A
média de utentes por enfermeiro de família é 1552 utentes/enfermeiro. Estes dois
resultados demonstram uma sobrecarga de utentes por médico e por enfermeiro, o que
implica um enorme empenho e dedicação da equipa, de forma a manter os níveis de
qualidade exigidos.
Para aumentar a eficiência dos serviços prestados, introduziu-se o conceito de equipa
nuclear, constituída por assistente técnica, enfermeiro e médico.
O objetivo das equipas nucleares é o de melhorar a continuidade dos cuidados
prestados aos utentes, uma vez que cada uma centra a sua atividade na lista do Médico
de Família que a integra.
Os médicos, enfermeiros e assistentes técnicas apesar de pertencerem a uma equipa
nuclear e de assumirem uma maior responsabilidade para com os seus utentes,
continuam a ter de garantir a prestação de cuidados de saúde gerais a todos os utentes
da USF Condeixa.
Fica estabelecida a seguinte constituição das equipas nucleares na tabela 32,
suscetíveis de alterações pontuais, com discriminação dos elementos no anexo 1.
Equipa nuclear Assistente Técnica Enfermeiro Médico
Equipa 1 AT1 E1 M1
Equipa 2 AT2 E2 M2
Equipa 3 AT2 E3.1 e E3.2 M3
Equipa 4 AT3 E4 M4
Equipa 5 AT4 E5 M5
Tabela 32. Constituição das equipas nucleares
A USF Condeixa apresenta idoneidade formativa, pelo que está vocacionada para o
ensino pré e pós-graduado. Encontram-se em formação neste momento seis médicos
internos da especialidade de MGF, bem como 2 médicos internos do ano comum em
rotatividade por períodos de 3 meses, perfazendo 8 internos do ano Comum/ano. No
que concerne ao ensino pré-graduado, a unidade também dá formação a alunos do 5º
e 6º ano da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. É também dada
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
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formação a alunos de Enfermagem do 3º, 4º ano, no total de 15 alunos de enfermagem
por ano e Enfermeiros a frequentar a Pós-Licenciatura de Especialização em
Enfermagem.
3.1.3 Acessibilidade e circuito de utentes
O horário de funcionamento da USF realiza-se todos os dias úteis, das 8.00 às 20 horas,
sendo o período de atendimento (intervalo de tempo diário durante o qual a USF efetua
atendimento ao público) das 8.15 às 19.45 horas.
Consulta programada
• Consulta de Saúde do Adulto e Idoso
• Consulta de Diabetes
• Consulta de Hipertensão
• Consulta de Saúde Infantil/Juvenil
• Consulta de Saúde Materna
• Consulta de Planeamento Familiar
A USF Condeixa disponibiliza aos seus utentes, a marcação de Consulta Programada
no prazo máximo de 5 dias. A USF permite ao utente a possibilidade de marcação de
consultas durante todo o período de funcionamento da mesma. Estas podem ser da
iniciativa do utente ou do médico/enfermeiro. Também o enfermeiro para além da
marcação de consultas de enfermagem, pode realizar a marcação de consultas dentro
dos grupos de risco e conforme estabelecido no procedimento (PO04-Proc01). As
consultas agendadas são marcadas de 20 em 20 minutos, maioritariamente, de forma
presencial ou por telefone O utente poderá marcar as consultas na USF pelos seguintes
meios (não presencial):
Telefone – 239940170 / 915188270
e-agenda (Portal da Saúde – Marcação de consultas pela internet)
Email – [email protected]*
* Nome completo e n.º utente do SNS
No dia agendado, o utente deve comparecer 20 minutos antes da hora marcada e dirigir-
se à assistente técnica para confirmar a sua presença. Seguidamente, aguarda na sala
de espera até ser atendido.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 61 de 111
Consulta Aguda
Os utentes que necessitem de uma consulta no próprio dia, devem contactar
pessoalmente a unidade, a partir das 8h, para marcar uma consulta com o seu
médico/enfermeiro de família após preenchimento do impresso de Pedido de Consulta
Aguda. Os utentes cujo médico/enfermeiro de família se encontre ausente são
encaminhados para outro médico/enfermeiro que tenha vaga nesse dia. As secretárias
clínicas marcam no SINUS/SClinico conforme o PO04-Proc01.
Consulta médica ou de enfermagem no Domicílio
A visitação domiciliária, quer médica quer de enfermagem, tem critérios definidos de
marcação e de prioridade, que estão diretamente relacionados com o grau de
dependência do utente inscrito. De uma forma programada, o enfermeiro e/ou o médico
fazem uma avaliação da justificação dos pedidos de visita domiciliária de acordo com a
situação clínica. Se justificado, a visita domiciliária poderá ser efetuada no próprio dia
ou num dia subsequente, de acordo com critérios clínicos, de oportunidade e
aceitabilidade. Estipulámos um prazo máximo de 5 dias úteis. A marcação desta pode
ser programada em equipa, como do foro individual de cada profissional. No caso de
visita domiciliária conjunta o registo é feito nos respetivos sistemas de informação e em
impresso próprio (PO06-Proc04-Imp01).
São Critérios para a realização de consultas no domicílio:
1. Doença crónica instável ou exacerbação aguda de doença crónica;
2. Doença aguda episódica; por ex.: doença infecto-contagiosa;
3. Utentes, que necessitem de continuação de cuidados após alta hospitalar;
4. Utentes acamados ou com incapacidades diversas;
5. Recém-nascidos e puérperas;
6. Utentes com doença oncológica avançada ou em estadio final de outras doenças
crónicas.
São Critérios de exclusão:
1. Residir fora da área de influência da USF (Concelho de Condeixa);
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 62 de 111
2. Situações urgentes/emergentes;
3. Problemática exclusivamente do tipo social;
4. Situações de complacência (patologia aguda ou crónica em doente sem critérios de
dependência física).
Consulta de Desabituação Tabágica
Esta consulta é dirigida a todos os utentes inscritos na USF Condeixa e USF Fernando
Namora e realiza-se às quintas-feiras, às 16h, mediante marcação. Os objetivos desta
consulta são promover e incentivar a cessação tabágica, divulgar os benefícios da
cessação tabágica e tratar e acompanhar os interessados. Os utentes que desejam
frequentar a consulta são referenciados pelo seu médico/enfermeiro de família.
Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
Os MCDT podem chegar à USF por correio tradicional e eletrónico ou em mão.
O médico e/ou no secretariado clínico, no dia da consulta em que se requisita os MCDT,
informam o utente das diferentes modalidades em que este poderá ser avaliado:
1 – O utente marca nova consulta presencial,
2 – O utente marca consulta não presencial e o MCDT será visto e registado no prazo
de 3 dias úteis, (ou 5 dias na ausência do médico de família) após o que o utente poderá
deslocar-se á USF e levantar o exame.
3 – Se o exame vier por correio tradicional, correio eletrónico ou for entregue por
entidade prestadora externa e o utente não estiver isento, a secretaria clínica contactará
o utente para este indicar se pretende a opção 1 ou 2.
O resultado do exame será registado em documento próprio (PO04-Proc02-Imp01)
Resultados dos MCDT´s e é anexado ao MCDT de forma confidencial e neste constarão
as orientações a fornecer ao secretariado.
Renovação de Medicação prolongada e outros atos burocráticos
Na consulta o médico do utente preenche a folha impressa da medicação prolongada
do SClínico (atualizada).
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 63 de 111
Quando o utente, fora do dia de consulta, necessita de renovação de medicação,
entrega o mesmo no balcão de atendimento, faz o pagamento da taxa moderadora
quando se aplique, a Secretaria clínica faz o registo administrativo de contacto (RAC) e
o médico tem 72 horas para a prescrição, exceto em ausência programada que poderá
ir até 5 dias.
O mesmo procedimento também se aplica para a emissão de credenciais de transporte.
Caso o utente faça o pedido por e-mail ou telefone, a assistente técnica faz o contacto
do utente e este efetua o pagamento da taxa moderadora quando vier levantar o pedido,
caso se aplique.
Fora do dia de consulta de Planeamento Familiar (em utente com consulta efetuada há
≤1 ano ou marcada nos 3 meses imediatos) a utente solicita o fornecimento do
contracetivo no balcão de atendimento, a assistente técnica agenda o contacto no
SClínico para a enfermeira de família e coloca o boletim de planeamento familiar no
local destinado para o efeito. A enfermeira de família procede ao seu fornecimento nas
72 horas seguintes (PO04-Proc02-Imp02).
Urgências/Emergências e acidentes
As situações clínicas urgentes e emergentes não são atendidas na USF. Nestes casos,
o doente deve dirigir-se ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra.
Atendimento telefónico
As Assistente Técnicas procedem ao atendimento de um telefonema segundo o Guião
de Atendimento Telefónico (PO04-Proc06-Imp01) e consoante o assunto têm o seguinte
procedimento:
1. Assunto Administrativo:
Alteração de alguns dados pessoais (telefone e morada); obtenção de
informações sobre: horários e serviços de saúde disponíveis; recursos
de saúde disponíveis na comunidade, nomeadamente para a realização
de exames complementares de diagnóstico; procedimentos necessários
para agendar consultas hospitalares ou noutras instituições prestadoras
de cuidados de saúde;
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 64 de 111
Agendamento, transferência e anulação de todo o tipo de consultas
médicas e de enfermagem.
Renovação de Receituário;
2. Encaminhamento de chamadas telefónicas para a enfermagem:
Caso o assunto tenha que ser tratado com a enfermeira de família
(agendamento de vacinas/ peso RN, dúvidas relativas à alimentação e/ou
desenvolvimento das crianças ou doença) e esta se encontre em
consulta programada a Assistente Técnica deverá preencher o impresso
(PO06-Proc08-Imp 01). Caso a enfermeira esteja fora das referidas
consultas deverá ser passada a chamada, se esta não atende então a
Assistente Técnica preenche o PO06-Proc08-Imp 01 e coloca-o no local
anteriormente definido.
3. Encaminhamento de chamadas telefónicas para o Médico:
Caso não seja possível o contacto com o médico de família a Assistente Técnica
preenche o PO06-Proc08-Imp 01.
Reunião de Serviço
A Reunião de Serviço decorre às sextas-feiras, entre as 14h e as 16h. Os principais
objetivos destas reuniões são:
- Estimulação do espírito de equipa e contribuição para o aumento da satisfação dos
elementos da equipa;
- Discussão de protocolos de atuação;
- Apresentação de casos clínicos, artigos de revistas científicas, revisão de temas e
trabalhos de investigação e avaliação de qualidade- Jornal Club;
- Apresentação de resumos de ações de formação externas participadas por elementos
da equipa;
- Realização de encontros de consultoria com médicos dos serviços hospitalares.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 65 de 111
4- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INSCRITA NA USF CONDEIXA
4.1 CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA
A USF Condeixa tem 9313 utentes inscritos, distribuídos pelos ficheiros dos 5 médicos
especialistas em MGF, correspondendo a uma média de 1863 utentes por médico e
1552 utentes por enfermeiro.
Escalão Etário Sexo Masculino Sexo Feminino Total
< 1 26 27 53 População
Jovem
1299
(13,94%)
1-4 151 137 288
5-9 236 233 469
10-14 261 228 489
15-19 239 236 475
População activa
6044
(64,89%)
20-24 214 221 435
25-29 224 223 447
30-34 247 298 545
35-39 357 402 759
40-44 369 433 802
45-49 347 405 752
50-54 349 367 716
55-59 259 302 561
60-64 260 292 552
65-69 204 274 478 População Idosa
1970 (21,15%) 70-74 188 263 451
75-79 236 178 1041
80-84 211 105 316
85-89 133 68 201
90-94 70 16 86
95-99 16 3 19
100-104 5 0 5
Total 4299 5014 9313
Tabela 33. Distribuição etária e por sexo dos utentes inscritos na USF Condeixa
(Fonte: SINUS dezembro 2014)
Esta distribuição por idade e por sexo vai originar a seguinte pirâmide etária
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 66 de 111
Gráfico 20- Pirâmide etária dos utentes inscritos na USF Condeixa
A elaboração da pirâmide etária da população inscrita na USF é importante na medida
em que, através da sua análise, permite conhecer melhor os utentes que frequentam
esta unidade, com vista à execução adequada de um plano de atividades dirigido aos
diferentes escalões etários e ao género, possibilitando uma melhor utilização dos
recursos existentes.
A representação gráfica da Pirâmide da USF Condeixa traduz uma baixa natalidade
(estreitamento da base) e um aumento da proporção de idosos (alargamento do topo)
em virtude da diminuição da taxa de mortalidade e do aumento da esperança média de
vida. Trata-se do diagrama de uma população envelhecida, com uma pequena
proporção de jovens em relação à proporção de adultos e idosos, típico dos países
desenvolvidos. Tal permite a previsão de, no futuro, também a população ativa diminuir,
uma vez que os jovens adultos serão cada vez menos.
Aplicando a Classificação de Sundbarg à população inscrita na USF, verifica-se que
se trata de uma População Regressiva, tal como se concluiu na pirâmide de todos os
inscritos no CS Condeixa.
0-4; 1615-9; 238
10-14; 22315-19; 238
20-24; 22025-29; 230
30-34; 29635-39; 40240-44; 43245-49; 406
50-54; 36855-59; 29860-64; 296
65-69; 26970-74; 265
75-79; 23680-84; 211
85-89; 13390-94; 70
95-99; 16
177237
262234
220221
257351
364350347
260256
207187178
10568
163
5Homens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens Mulheres0
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 67 de 111
Gráfico 21 -Distribuição por sexo da população inscrita na USF Condeixa
(Fonte: SINUS-dezembro de 2014)
Analisando a distribuição por sexos, verifica-se que a USF Condeixa tem um ligeiro
predomínio de utentes do sexo feminino (54%). Apesar de ao nascimento, o número de
indivíduos do sexo masculino e feminino ser semelhante (embora haja estudos que
indiquem que nascem mais homens do que mulheres), as diferenças no número de
indivíduos de cada género verificam-se, sobretudo, na população adulta e idosa, o que
se poderá explicar pelo facto de os homens emigrarem mais e terem uma esperança
média de vida menor do que a das mulheres.
Quanto à distribuição por idades, em novembro de 2014, os grupos etários dos 30 aos
49 anos eram os mais representativos, representando 30,68% da totalidade de utentes
inscritos no ficheiro). A faixa idosa (com idade ≥ 65 anos) representando 21,15% desta
população e a faixa jovem correspondendo a 13,94%, corrobora o facto de se tratar de
uma população envelhecida, na qual o número de jovens é inferior ao número de idosos.
População Nº Utentes %
Jovem
(0-14 anos) 1299 13,94%
Activa
(15-64 anos) 6044 64,89%
Idosa
(≥ 65 anos) 1970 21,15%
Tabela 34. Distribuição da população inscrita na USF Condeixa por grupos funcionais
Índice USF
Condeixa
Condeixa-a-
Nova Portugal
Índice de dependência Total 54,08% 52,4% 52,2%
Índice de dependência Jovens 21,49% 24,0% 22,4%
Índice de dependência Idosos 32,59% 28,5% 29,9%
Género
Muheres
54%
Homens
46%
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 68 de 111
Índice de envelhecimento 151,65% 119,0% 133,5%
Tabela 35. Índices de dependência e de envelhecimento da USF Condeixa comparados
Como se pode verificar através da análise das tabelas anteriores, a população em
idade ativa representa 64,89% do total de inscritos na USF Condeixa e o índice de
dependência total é de 54,08%. O índice de envelhecimento na USF Condeixa é
superior ao do concelho de Condeixa-a-Nova e ao índice nacional confirmando uma vez
mais, o facto de se tratar de uma população envelhecida.
Atividade profissional Total de Inscritos % Total de Inscritos
Não Ativo 1135 11,5%
Ativo 4450 44,9%
Reformado 2260 22,8%
Estudante 1251 12,6%
Não aplicável 746 7,53%
Desconhecido 69 .696%
Total 9313 100
Tabela 36. Situação profissional da população inscrita na USF (Fonte: SINUS- Setembro 2012)
Gráfico 22 -Situação profissional da população inscrita na USF Condeixa
Analisando a tabela e o gráfico pode constatar-se que o maior grupo populacional
corresponde à população ativa, embora este corresponda a menos de metade da
população inscrita, o que pode ser comprovado pelo cálculo da Taxa de Atividade: Taxa
de atividade = (População Ativa/ População total) x 100 = 47,78%.
Total de Inscritos; Não Ativo; 1135;
11%
Total de Inscritos; Ativo; 4450; 45%
Total de Inscritos; Reformado; 2260;
23%
Total de Inscritos; Estudante; 1251;
13%
Total de Inscritos; Não aplicável;
746; 7%
Total de Inscritos; Desconhecido;
69; 1%
Não Ativo Ativo Reformado Estudante Não aplicável Desconhecido
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 69 de 111
Contudo, e perante a situação económica atual do país, pode esperar-se que o número
de desempregados continue a aumentar. Deve prestar-se atenção a esta realidade,
porque poderá conduzir a mais comorbilidades como a depressão, e o alcoolismo
podendo também justificar em parte, o crescente absentismo às consultas e a não
adesão à terapêutica, quer por dificuldades de deslocação ao centro de saúde, quer por
dificuldades em comprar medicação. O segundo maior grupo populacional corresponde
ao dos reformados.
4.2 MIGRAÇÃO
Como referido anteriormente a emigração e imigração são factores que influenciam os
números da população ativa.
Grupo Etário Sexo
Masculino Sexo Feminino %
<1 0 0 0
1-39 7 0 38,88%
40-79 6 5 61,11%
>=80 0 0 0
total 13 5 100%
Tabela 37 . Migrantes inscritos por grupo etário e sexo na USF (Fonte: SINUS-Agosto de 2012)
Existem 18 migrantes inscritos na USF Condeixa, ou seja, 0,19% do total de inscritos,
sendo que 72,2% correspondem ao sexo masculino e 27,7% ao sexo feminino. Deste
modo, trata-se de um factor que influencia pouco a população inscrita na USF Condeixa.
CONCLUSÃO DA CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA
A USF Condeixa funciona num edifício relativamente recente que, de um modo global,
tem as condições necessárias para prestar um bom serviço à sua comunidade.
A USF Condeixa com 5 médicos de família, presta serviços a 53,94% da população
inscrita no centro de saúde de Condeixa com as seguintes características:
9313 Inscritos, sendo 53,83% do sexo feminino e 46,16% do sexo
masculino;
Proporção elevada de idosos (21,15%) e reduzida de crianças (13,94%);
População regressiva segundo a classificação de Sundbarg;
População envelhecida com uma taxa de envelhecimento elevada
(151,65%) e elevada dependência total (54,08%);
Percentagem de população ativa reduzida (44,9%);
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 70 de 111
Grande percentagem de reformados (22,8%);
18 migrantes, 72,2% dos quais pertencentes ao sexo masculino;
O estudo dos parâmetros analisados é extremamente importante para conhecer de
forma estruturada a população que se serve. Para que assim se possam delinear
estratégias para melhorar os cuidados prestados.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 71 de 111
5- PROGRAMAS DA CARTEIRA DE SERVIÇOS DA USF CONDEIXA
A equipa mantém em execução os programas estabelecidos na Carteira Básica, e que
já constavam dos anteriores Planos de Ação da USF. Seguidamente apresenta-se os
programas de saúde que fazem parte da Carteira Básica da USF, com os respetivos
objetivos, indicadores, metas e serviços mínimos:
5.1 Programa de Saúde Infantil e Juvenil;
5.2 Programa de Planeamento Familiar;
5.3 Programa de Saúde Materna;
5.4 Programa de Prevenção Oncológica;
5.5 Programa de Saúde Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes
Crónicos/Patologia Múltipla
Programa de Vigilância de Diabéticos
Programa de Vigilância de Hipertensos
Dependentes
5.6 Programa de Vacinação;
Numa lógica de distribuição de responsabilidades e cooperação entre os diferentes
grupos profissionais, foram distribuídas áreas de responsabilidade dentro dos
programas incluídos na carteira básica, por todos os profissionais, sendo que em cada
área fazem parte elementos dos três grupos profissionais (Anexo 2).
5.1 PROGRAMA DE SAÚDE INFANTIL E JUVENIL
Pretende-se com este programa proporcionar ao recém-nascido, criança e ao
adolescente/jovens uma adequada vigilância de saúde, dando resposta às orientações
técnicas emanadas pela Direção Geral de Saúde de forma a alcançar um indicador de
qualidade tão importante como este.Com este Programa, pretendemos dar resposta aos
seguintes objetivos gerais:
Avaliar o desenvolvimento estato-ponderal e psico-motor das crianças;
Assegurar o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação (PNV);
Estimular a prática de comportamentos saudáveis;
Contribuir para a prevenção de acidentes e intoxicações;
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 72 de 111
Detetar precocemente situações que possam afetar negativamente o
desenvolvimento da criança assim como sinalizar e proporcionar apoio
continuado às crianças com doença crónica ou deficiência e às suas
famílias;
Diminuir a prevalência da obesidade infanto-juvenil, uma vez que é um
problema de saúde pública e a principal causa de doenças crónica num
futuro próximo.
Diagnósticos precoces (THSPKU) até ao 6º dia de vida de recém-nascido
Objetivo Realizar ou confirmar a realização dos diagnósticos precoces entre o 3º e 6º dia.
Quem Enfermeiras
Como Registo no Programa Informático “SAPE” e Boletim de Saúde Infantil
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de diagnósticos precoces realizados até ao 6º dia / nº de crianças nascidas no
ano civil
Estratégias
Informar na consulta de Saúde Materna do último trimestre de gravidez, a
grávida/pais da importância do diagnóstico precoce.
Agendar a consulta enfermagem para realização do Diagnóstico Precoce até ao
6º dia de vida.
O registo do diagnóstico precoce deve ser deve ser feito na Avaliação Inicial no
“SClinico”. Sempre que o diagnóstico Precoce seja realizado na USF deve
também ser registado nas Atitudes Terapêuticas.
Consulta de enfermagem domiciliária realizada até ao 15º dia de vida
Objetivo Realizar visita domiciliária a 70% dos recém-nascidos até aos 15 dias de vida
Quem Enfermeiras
Como Realização de consulta de enfermagem domiciliária e registo no “SAPE” como
consulta e domicilio
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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 73 de 111
Onde Domicilio
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de VD realizadas a RN até ao 15º dia / nº total de crianças nascidas no ano
civil
Estratégias
Informar na consulta de Saúde Materna do último trimestre de gravidez, a
grávida/pais da importância da visita domiciliária ao recém-nascido que residam
na área de influência da USF.
Agendar com os pais a consulta de enfermagem no domicílio ao RN até 15º dia
de vida, após o primeiro contacto do RN na USF ou através de contacto
telefónico.
Agendar a Visita ao RN como Consulta de enfermagem e como domicílio (em
local da consulta).
Registar no “SClínico” na Avaliação Inicial, a data da realização da visita
domiciliária ao RN.
Consultas de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil
População Alvo Crianças e jovens dos 0 – 18 anos inscritos na USF.
Objetivos Cuidados de saúde de forma a garantir a vigilância da criança e do adolescente
de acordo com as normas da DGS. Promoção do papel parental e paternidade
eficaz, referenciação a cuidados especializados e acompanhamento paralelo da
situação em continuidade de cuidados. Identificação e encaminhamento de
crianças vítimas de negligência, maus-tratos e abusos sexuais. De forma a evitar
o absentismo nas consultas e a garantir um acompanhamento eficaz, foi
implementado na USF o sistema de aviso prévio das consultas por telefone (PAI
2012).
Periodicidade Primeiro ano de vida: 1.ª semana de vida, 1, 2, 4, 6 e 9 meses;
1 -3 Anos: 12, 15 e 18 meses, 2 anos, 3 anos.
4-9 Anos: 4 anos, 5 anos – exame global de saúde, 6 ou 7 anos (final 1º ano de
escolaridade) e 8 anos
10-18 Anos: 10 anos (ano do início do 2º ciclo do ensino básico), 12 /13 anos –
exame global de saúde e 15 /18 anos.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 74 de 111
Quem Médicos, enfermeiras e administrativas
Quando Marcação por iniciativa da equipa, a pedido do utente, marcação oportunista,
eventualmente realização oportunista
Onde Consultórios médico e de enfermagem
Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso. Vacinação inter-consultas em
horário estipulado ou em horário pós-laboral.
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
Estratégias
Informar a grávida em final de tempo de gestação da importância de vigilância do
RN e das consultas existentes na USF.
Agendar e efetuar a primeira consulta de vida do RN, após receção da Notícia de
Nascimento ou antes perante a procura dos serviços dos pais e/ou realização do
diagnóstico precoce.
Programar e calendarizar consulta seguinte em cada consulta de vigilância da
criança.
Assegurar que todas as consultas estejam codificadas no campo A do SOAP com
o código A98, no Programa Informático “SClínico”.
Programar em Janeiro a marcação de consulta (1º por telefone e depois por carta),
de todas as crianças que completem 5 anos e 12 anos nesse ano civil, para
realização do Exame Global de Saúde.
Registar no “SClínico”, o peso, altura e IMC das crianças com 2 anos não vigiadas
na USF, aquando administração da vacina dos 18 meses.
Crianças com Plano Nacional de Vacinação Atualizado (PNV) aos 2 anos
Objetivo Cobertura vacinal de 96% das crianças com 2 anos de idade
Quem Enfermeiras
Como Registo no programa “SINUS” e “SClínico”, Boletim de Vacinas, convocatória por
carta e/ou telefone
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Todo o ano
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 75 de 111
Avaliação Nº de crianças com 2 anos com PNV atualizado / nº total de crianças com 2 anos
Estratégias
Verificar da atualização do Plano Nacional de Vacinação (PNV) em todas as
consultas de saúde infantil.
Identificar e convocar todas as crianças com PNV não atualizado com o objetivo
de regularizar a situação.
Crianças com Plano Nacional de Vacinação Atualizado (PNV) aos 7 anos de idade
Objetivo Cobertura vacinal de 96% das crianças com 7 anos de idade
Quem Enfermeiras
Como Registo no programa “SINUS” e “SClinico”, Boletim de Vacinas, convocatória por
carta e/ou telefone
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de crianças com 7 anos com PNV atualizado / nº total de crianças com 7 anos
Estratégias
Verificar da atualização do Plano Nacional de Vacinação (PNV) em todas as
consultas de saúde infantil.
Identificar e convocar todas as crianças com PNV não atualizado com o objetivo
de regularizar a situação.
Remarcação das crianças que faltam às consultas de vigilância
Objetivo Identificar o motivo da falta e remarcar consulta
Quem Enfermeiras e Assistentes Técnicas
Como Telefone e carta
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 76 de 111
Onde Programas “SINUS” e “SClínico”
Quando No dia da falta à consulta
Avaliação De acordo com a periodicidade das consultas
Estratégias
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Jovens com 14 anos com peso e altura registada
População Alvo Jovens com 14 anos
Objetivos Registar o peso e altura a 85% dos jovens com 14 anos
Periodicidade Na consulta dos 12/13 anos
Quem Médico ou enfermeiro
Como Consulta de vigilância
Onde Gabinetes médicos e de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de jovens com 14 anos com peso e altura registado / nº total de jovens com
14 anos
Estratégias
Registar do peso e altura em todas as consultas.
Marcar consulta de vigilância de SI para os 12 anos.
Convocar para consulta as crianças com 13 anos que não tenham realizado a
consulta aos 12 anos.
Crianças com um ano com acompanhamento adequado
População Alvo Crianças com um ano de idade
Objetivos Atingir 87,1% das crianças com acompanhamento adequado
Periodicidade Consultas do 1ª ano de vida
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 77 de 111
Quem Assistente Técnico, enfermeiro e médico
Como Consultas de vigilância
Onde Gabinetes médicos e de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de crianças com 1 com acompanhamento adequado / nº total de crianças com
1 ano e Auditoria aos Registos Clínicos
Estratégias
Marcação de consulta de acordo com o Programa Nacional de Saúde Infantil e
Juvenil
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado das crianças
dos 0-11 meses: 6 consultas médicas de vigilância; 1ª consulta até aos 28 dias
de vida; realização do diagnóstico precoce até aos 6 dias de vida; Ter pelo menos
2 registos parametrizados de avaliação do desenvolvimento psicomotor
(Sheridan) até aos 11 meses de vida; PNV cumprido.
Crianças com dois anos com acompanhamento adequado
População Alvo Crianças com dois anos de idade
Objetivos Atingir 82% das crianças com acompanhamento adequado
Periodicidade Consultas do 2ª ano de vida
Quem Assistente Técnico, enfermeiro e médico
Como Consultas de vigilância
Onde Gabinetes médicos e de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de crianças com 2 anos com acompanhamento adequado / nº total de crianças
com 2 anos e Auditoria aos Registos Clínicos
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 78 de 111
Estratégias
Marcação de consulta de acordo com o Programa Nacional de Saúde Infantil e
Juvenil
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado das crianças
dos 11-23 meses: 3 consultas médicas de vigilância; Ter pelo menos 1 registo
parametrizado de avaliação do desenvolvimento psicomotor (Sheridan) até aos
23 meses de vida; PNV cumprido e 3 registos de peso e altura entre o 11 e os
23 meses.
Indicadores de Execução
% de diagnósticos precoces (THSPKU) realizados até ao 6º dia de vida de
recém-nascido (6.13)
% de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias (6.12)
% visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a recém-nascidos até aos 15
dias de vida (4.34M)
Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas de vigilância de saúde
infantil dos 0 aos 11 meses (4.9M 1m)
Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de saúde infantil
no 2º ano de vida (4.10M 1m)
% de inscritos com 2 anos com peso e altura registados nos últimos 12 meses
(5.13M2)
Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos (6.1M 1)
Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 7 anos (6.1M 2)
Proporção de crianças com um ano com acompanhamento adequado
Proporção de crianças com dois anos com acompanhamento adequado
Proporção de jovens de 14 anos com peso e altura registado.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 79 de 111
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% de diagnósticos precoces (THSPKU) realizados até ao 7º
dia de vida de recém-nascido (6.13)
99% - - -
% de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias
(6.12)
91% - - -
% visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a recém-
nascidos até aos 15 dias de vida (4.34M)
83% 70% 70% 70%
Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas de
vigilância de saúde infantil dos 00 aos 11 meses (4.9M 1m)
85% 87,1% 87,1% 87,1%
Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas
médicas de saúde infantil no 2º ano de vida (4.10M 1m)
85% 84% 84% 84%
% de inscritos com 2 anos com peso e altura registados nos
últimos 12 meses (5.13M2)
95% - - -
Proporção de crianças com PNV cumprido até aos 2 anos
(6.1M 1)
98% 96% 96% 96%
Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 7 anos
(6.1M 2)
98% - - -
5.2 PROGRAMA DE PLANEAMENTO FAMILIAR
A importância deste Programa advém, em primeiro lugar, de versar a prestação de
cuidados de saúde preventivos a um grupo populacional de relevância na população
ativa – as mulheres até aos 54 anos e consequentemente poder-se intervir de forma
preventiva em comportamentos de forma a não originar futuras complicações.
Temos como principais estratégias:
Serviços mí nimos: Saúde Infantil
1ª Consulta do rece m‐nascido;
Visita domicilia ria de enfermagem ate aos 15 dias de vida
Consulta a criança com idade inferior a 11 meses e que na o pode ser remarcada
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 80 de 111
Evitar a gravidez indesejada, ajudando a regular a fertilidade dos casais de
acordo com o desejo dos mesmos, proporcionando informação sobre
sexualidade e meios contracetivos, bem como orientação nos casos de
infertilidade;
Evitar a gravidez na adolescência;
Reduzir a incidência das DTS e as suas consequências, nomeadamente a
infertilidade;
Proporcionar consultas preconceção, promovendo a maternidade responsável e
saudável:
Proporcionar o rastreio do cancro do colo uterino e cancro da mama a este grupo
populacional
Consultas médicas de Planeamento Familiar
População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)
Objetivos Vigiar em consulta médica de PF 48% das MIF
Periodicidade Anual
Quem Médico
Como Consultas de Vigilância
Onde Gabinete médico
Quando Todo o ano
Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta médica de planeamento familiar nos
últimos 12 meses / número total de MIF
Estratégias
Marcação oportunista por todos os elementos da equipa
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Agendar sempre a consulta do ano seguinte.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 81 de 111
Utilização de consultas de PF de enfermagem
População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)
Objetivos Atingir 55% de MIF com consulta de enfermagem
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro
Como Consultas de Vigilância com diagnósticos e intervenções de enfermagem
codificados pela CIPE
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta de enfermagem de saúde reprodutiva
e planeamento familiar nos últimos 12 meses / número total de MIF
Estratégias
Marcação oportunista por todos os elementos da equipa
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Agendar sempre a consulta do ano seguinte.
Utilização de consultas de PF (med/enf)
População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)
Objetivos Atingir 58% de MIF com consulta médica ou consulta de enfermagem
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro / médico
Como Consultas de Vigilância
Onde Gabinete de enfermagem/médico
Quando Todo o ano
Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta de PF de enfermagem /médica nos
últimos 12 meses / número total de MIF
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 82 de 111
Estratégias
Marcação oportunista por todos os elementos da equipa
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Agendar sempre a consulta do ano seguinte.
Registar como consulta de enfermagem no “SClínico” às MIF todas as
intervenções no âmbito da Saúde Reprodutiva e de Planeamento Familiar.
MIF com acompanhamento adequado em PF
População Alvo MIF
Objetivos Atingir 52% de MIF com acompanhamento adequado
Periodicidade Anual
Quem Médico
Como Consulta médica de PF
Onde Gabinete médico
Quando Todo o ano
Avaliação MIF com acompanhamento adequado / nº total MIF e auditoria aos registos
clínicos
Estratégias
Marcação oportunista por todos os elementos da equipa
No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar
por telefone e depois por carta.
Agendar sempre a consulta do ano seguinte
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado às MIF:
Consulta médica nos últimos 36 meses; Ter pelo menos um registo
parametrizado do método de planeamento familiar utilizado (ou da não utilização
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 83 de 111
do método); Ter pelo menos 1 registo de pressão arterial, nos últimos 36 meses;
Para mulheres com idades entre [25,50[ anos, ter pelo menos um registo de
resultado de colpocitologia, nos últimos 36 meses.
Indicadores de Execução
Taxa de utilização de consultas médicas em planeamento familiar (3.22 d1)
Taxa de utilização de consultas de enfermagem em planeamento familiar (3.22M)
Proporção de MIF com acompanhamento adequado em PF.
5.3 SAÚDE MATERNA
Este programa visa proporcionar a todas as grávidas da USF os cuidados de saúde
necessários a uma gravidez saudável, integrando os procedimentos do âmbito dos
cuidados primários prestados, permite também a avaliação do risco da gravidez e a
decisão da eventual necessidade de se proceder à referenciação a cuidados
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
Taxa de utilização de consultas médicas em planeamento
familiar (3.22 d1) 43% 43% 43% 43%
Taxa de utilização de consultas de enfermagem em
planeamento familiar (3.22M) 50% 50% 50% 50%
Proporção de MIF com acompanhamento adequado em PF - 52% 52% 52%
% de mulheres vigiadas em PF entre 25-49 anos com
colpocitologia atualizada (3 anos ) (5.2M) 92% 92% 92% 92%
Taxa de utilização de consultas de PF (enfermagem) - 55% 55% 55%
Taxa de utilização de consultas de PF med/enf - 58% 58% 58%
Serviços mí nimos: Planeamento Familiar
Uma consulta por ano que na o pode ser remarcada.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 84 de 111
secundários a cargo das duas Maternidades de Coimbra (MDM e MBB), para as quais
temos protocolo de referenciação.
Saúde Materna
População Alvo Mulheres em idade fértil que se prevê que venham a necessitar de cuidados pré-
natais e durante a gravidez, e que pretendam ser seguidas na USF.
Objetivos Vigilância de gravidez normal; referenciação de gravidez de risco e
acompanhamento em paralelo da situação em continuidade de cuidados;
adaptação do casal ao novo estadio de vida familiar; apoio às puérperas e
sensibilizar para a importância da revisão do puerpério, aleitamento materno,
diagnóstico precoce e vigilância do recém-nascido.
Periodicidade 6-10, 10, 18, 26, 30, 36 e 38 semanas (às 12-13, 22, 32 e 39 semanas fará
consulta na maternidade).
Quem Médicos, enfermeiras e administrativas
Quando Marcação a pedido do utente, ou por iniciativa da equipa de saúde
Onde Consultórios médico e de enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
Utilização 6 consultas médicas e de enfermagem por ano
Estratégias
Alertar as mulheres em idade fértil da importância da realização da 1ª consulta
de gravidez o mais precocemente possível.
Incentivar a inscrição precoce das grávidas na consulta de Saúde Materna.
Informar sobre a importância da vigilância em SM na 1ª consulta de gravidez
realizada na USF, e marcação imediata das consultas seguintes de SM e
primeira consulta na MDM ou MBB de acordo com os protocolos, a todas as
grávidas que manifestem vontade de serem vigiadas na USF.
Acompanhamento adequado a grávidas
População Alvo
Grávidas com acompanhamento adequado
Objetivos Atingir 18% de grávidas com acompanhamento adequado
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 85 de 111
Periodicidade Durante toda a gravidez
Quem Médicos
Como Consulta de Saúde Materna
Onde Gabinete médico
Quando Todo o ano
Avaliação Grávidas com acompanhamento adequado / nº total grávidas e auditoria aos
registos clínicos
Estratégias
Marcação de todas as consultas de Saúde Materna na 1ª consulta
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado a grávidas:
Pelo menos 6 consultas médicas de vigilância de gravidez ou de revisão do
puerpério, no período compreendido entre a DUM e o 42º dia de puerpério; ter
pelo menos 1 consulta médica de vigilância de gravidez nos primeiros 90 dias
de gestação; ter pelo menos uma consulta médica de revisão do puerpério,
realizada entre a data de fim da gravidez e o 42º dia de puerpério; ter pelo menos
um registo de resultado de ecografia obstétrica do 1º trimestre com data de
realização entre 11 e as 13 semanas e 6 dias de gestação; ter pelo menos um
registo de resultado da ecografia obstétrica morfológica, com data de realização
entre as 18 e as 23 semanas mais 6 dias de gestação.
Indicadores de Execução
% de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre (6.9M)
Nº médio de consultas de enfermagem em saúde materna (4.22)
% de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde materna
(4.22M)
% de visitas domiciliarias de enfermagem realizadas a puerperas vigiadas na
USF durante a gravidez (4.33)
% de grávidas com revisão do puerpério efectuada (6.4)
Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem
Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde
materna
Proporção de grávidas com consulta de revisão do puerpério efetuada
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 86 de 111
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre
(6.9M) 90% 90% 90% 90%
Nº médio de consultas de enfermagem em saúde materna (4.22) 8 8 8 8
% de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em
saúde materna (4.22M) 85% - - -
% de visitas domiciliarias de enfermagem realizadas a
puérperas vigiadas na USF durante a gravidez (4.33) 80% - - -
% de grávidas com revisão do puerpério efetuada (6.4) 85% 85% 85% 85%
Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem - 70% 70% 70%
Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de
enfermagem em saúde materna 85% 50% 50% 50%
Proporção de grávidas com consulta de revisão do puerpério
efetuada - 81% 81% 81%
5.4 PROGRAMA DE PREVENÇÃO ONCOLÓGICA
O “Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Oncológicas 2007-2010”
propõe o rastreio para os Cancros do Colo do útero, Cancro da Mama e Cancro do
Cólon e Reto. Na área da mama, na ARS do Centro, em protocolo com a Liga
Portuguesa Contra o Cancro, que vai aos centros de Saúde de 2/2 anos e é responsável
pela convocação das mulheres.
Serviços mí nimos: Saúde Materna
1ª Consulta de gravidez;
Consulta de 24‐26 semanas em gra vida com grupo sanguí neo RH negativo;
Consulta de puerpe rio que na o pode ser remarcada;
Total de consultas de seguimento de gravidez inferior a 6.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 87 de 111
Estratégias para os 3 Rastreios:
Informar sobre prevenção do cancro e sobre os cancros que têm rastreio e como
proceder;
Promover a responsabilização dos utentes pelo rastreio;
Centrar a atenção dos profissionais da USF nos rastreio/deteção precoce de
possíveis problemas na respetiva população alvo, mas particularmente nas
mulheres dos 50 aos 64 anos porque devem realizar os três rastreios;
Fazer o levantamento das mulheres sem rastreio ou cuja situação de rastreio é
desconhecida;
Aproveitar todas as atividades na USF para realização de rastreios imediatos ou
agendamento para consulta própria.
Programa de Prevenção Oncológica
População Alvo Rastreio do cancro da mama: mulheres dos 50 aos 69 anos inscritas na USF,
n=1228; Rastreio do cancro do útero: mulheres dos 25 aos 64 anos inscritas na
USF, n= 2919 e Rastreio do cancro do cólon e reto: Homens e mulheres dos 50
e os 74 anos inscritos na USF
Objetivos Estabilizar a percentagem de mulheres entre os 50 e os 69 com mamografia
registada nos últimos 2 anos nos 65%
Continuar a elevar progressivamente a percentagem de mulheres dos 25 aos 64
anos com colpocitologia registada nos últimos 3 anos.
Executar cuidados promotores de saúde e preventivos da doença que promovam
o bem-estar e autonomia da pessoa adulta e idosa, dirigidos prioritariamente aos
grupos vulneráveis, aos grupos de risco e aos grupos com necessidades
especiais. Realizar rastreios oncológicos, previstos no plano oncológico nacional.
Promover a educação do utente e da família.
Periodicidade Rastreio do cancro da mama: de 2 em 2 anos
Rastreio do cancro do útero: de 3 em 3 anos
Rastreio do cancro do cólon e reto: Entre os 50 e os 74 anos, de 2 em 2 anos
Quem Médicos, enfermeiras e administrativas. Colaboração c/ a Liga Portuguesa contra
o Cancro
Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, por convocatória pessoal, a pedido
da utente, marcação ou realização oportunista
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 88 de 111
Onde Consultórios médico e de enfermagem
Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
Rastreio do cancro da mama
Indicador de Execução
% de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada nos últimos 2
anos (5.1M)
Rastreio do cancro do colo do útero
Mulheres com colpocitologia atualizada (3 anos)
População Alvo Mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos
Objetivos Atingir 73% de mulheres com colpocitologia atualizada
Periodicidade Rastreio do cancro do útero: de 3 em 3 anos
Quem Toda a equipa
Como Consulta de PF e Rastreio do Cancro do Colo do útero
Onde Gabinete médico
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos / nº total de
mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos
Estratégias
Pesquisar no Programa SIIMA Rastreios as mulheres elegíveis para rastreio
Realizar rastreios oportunistas
Marcar consulta de PF ou Rastreio oportunistas.
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada
nos últimos 2 anos (5.1M) 73% - - -
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 89 de 111
Indicador de Execução
% de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada (3 anos)
(5.2)
Utentes com Rastreio do cancro do Cólon e Reto (RCCR) realizado
População Alvo Utentes com idade compreendida entre os 50-74 anos elegíveis para RCCR
Objetivos Conseguir o maior número de utentes com RCCR efetuado
Periodicidade Rastreio do Cólon e Reto: de 2 em 2 anos
Quem Toda a equipa
Como Rastreio do Cólon e Reto
Onde Gabinete médico/enfermagem
Quando Todo o ano
Avaliação Nº de utentes entre 50-74 anos com RCCR realizado / nº total utentes entre 50-
74 anos
Estratégias
Pesquisar no Programa SIIMA Rastreios os utentes elegíveis para rastreio
Realizar rastreios oportunistas.
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2012 2013 2014 2015
% de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia
atualizada (3 anos) (5.2) 60% - - -
Proporção de mulheres entre os 25 e os 59 anos com
colpocitologia (3 anos) - 73% 73% 73%
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 90 de 111
5.5 PROGRAMA DE SAÚDE ADULTO/IDOSO E CUIDADOS A DOENTES DEPENDENTES
CRÓNICOS E PATOLOGIA MÚLTIPLA
A USF tem em consideração na sua atividade o Programa Nacional para a Saúde das
Pessoas Idosas, nomeadamente a promoção de um envelhecimento ativo adequação
dos cuidados de saúde às necessidades específicas dos idosos. O envelhecimento da
população decorrente do desenvolvimento e da evolução social, nomeadamente
aumento da esperança de vida e a diminuição da fecundidade, coloca crescentes
desafios aos profissionais de saúde e a realidade do nosso concelho não é exceção.
Sendo assim os idosos (65 e mais anos) são objeto duma atenção particular, sendo os
cuidados organizados de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa e
família, tendo em conta o seu grau de autonomia e de independência, procurando
mobilizar os recursos disponíveis mais adequados.
Estratégias do programa:
Diabetes
Diagnosticar, avaliar e controlar a diabetes e a pré-diabetes;
Cumprir os objetivos de St.Vicent;
Diminuir as complicações da diabetes;
Avaliar a qualidade do seguimento dos diabéticos e corrigir as lacunas
detetadas.
Hipertensão
Identificar os hipertensos da população da USF e codifica-los na lista de
problemas;
Publicitar a consulta multidisciplinar de hipertensão, em horário específico para
seguimento dos hipertensos;
Contactar todos os doentes a fazer anti hipertensores para avaliar da
necessidade ou não de seguimento;
Aproveitar todas as consultas de medicina geral e familiar para avaliação
sistemática da pressão arterial a todos os utentes pelo menos uma vez por ano;
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 91 de 111
Utentes Dependentes
Determinar o grau de dependência avaliado pela aplicação das escalas de
Norton, Braden, Risco de Quedas dos idosos inscritos nesta USF sempre que
haja um contacto com o mesmo.
Garantir pelo menos uma visita domiciliária aos idosos que necessitam de visitas
domiciliárias programadas, de acordo com os critérios definidos no regulamento
interno.
Assegurar a continuidade de cuidados providenciando cuidados curativos a
todos os utentes que necessitem de cuidados domiciliários de enfermagem.
Identificação do cuidador e aplicação de escala de sobrecarga do cuidador.
Programa de Saúde Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes Crónicos e Patologia Múltipla
População Alvo No total de utentes dos 18-75 anos, existem 355 (48%) utentes diabéticos vigiados na
USF
No total de utentes de 7635 utentes (> ou= 25 anos), existem 961 (13%) hipertensos
vigiados na USF,
Utentes com idade a partir dos 65 anos n=1919 (> 65 anos), utentes dependentes
inscritos e residentes na área de influência da USF n= 9620
Objetivos Diabetes
Realizar a vigilância, aconselhamento e educação do doente, familiares e outros
cuidadores em situação de doença crónica em que são necessários cuidados por longos
períodos de tempo;
Promover a autovigilância, a gestão e adesão ao regime terapêutico; abordagem
sistemática e planeamento de cuidados, periodicamente revistos
Diminuir a prevalência dos fatores de risco (tabagismo, sedentarismo, erros alimentares,
abuso de álcool)
Hipertensão
Promover a autovigilância, a gestão e adesão ao regime terapêutico; abordagem
sistemática e planeamento de cuidados, periodicamente revistos;
Diminuir a prevalência dos fatores de risco (tabagismo, sedentarismo, erros alimentares,
abuso de álcool,);
Estimular estilos de vida saudável (atividade física, alimentação saudável);
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 92 de 111
Abordar todas as situações pessoais tendo em conta o seu estado global de saúde e os
contextos familiares, socioculturais e sócio ocupacionais.
Dependentes
Promover e acompanhar um envelhecimento ativo ao longo de toda a vida;
Vigiar as situações de dependência física e funcional, que necessitem dos cuidados
médicos e de enfermagem;
Promover o ensino de cuidados de saúde a serem prestados ao doente pela família na
área curativa, preventiva e de reabilitação;
Adequar os vários tipos de ajudas técnicas disponíveis, em articulação com a Técnica
de serviço Social;
Incentivar e promover o auto cuidado de forma ao utente alcançar a maior autonomia
possível.
Fazer a referenciação com elaboração de relatório-síntese atualizado, para cuidados
especializados e sempre que necessário, com acompanhamento paralelo da situação e
receção de retorno, em continuidade de cuidados em articulação com a Técnica de
serviço Social;
Abordar todas as situações pessoais tendo em conta o seu estado global de saúde e os
contextos familiares, socioculturais e sócio ocupacionais.
Periodicidade Consulta médica/enfermagem de Diabetes: 3/ ano e avaliação do pé 1/ano;
Consultas médicas/enfermagem de Hipertensão: 1/semestre
Quem Médicos, enfermeiras e administrativas.
Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, eventualmente por iniciativa do utente
Onde Consultórios médico e de enfermagem
Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso.
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
Diabetes
Pessoa com diabetes com consulta de enfermagem de diabetes
População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF
Objetivos Atingir 82% de pessoas com diabetes abrangidas pela consulta de enfermagem
de diabetes
Periodicidade Anual
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 93 de 111
Quem Enfermeiro
Como Consulta de vigilância de diabetes
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Anual
Avaliação Nº de pessoas com diabetes com consulta de vigilância de enfermagem / nº total
de pessoas com diabetes
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância da diabetes o mais precocemente possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Pessoa com diabetes com exame aos pés
População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF
Objetivos Atingir 80% de pessoas com diabetes com exame aos pés realizado no último ano
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro
Como Consulta de vigilância de diabetes
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Anual
Avaliação Nº de pessoas com diabetes com exame aos pés realizado no último ano/ nº total
de pessoas com diabetes
Estratégias
Monitorizar o risco de úlcera do pé diabético na 1ª consulta do ano
Colocar nas notas no “SClínico” a data da próxima monitorização do risco de
úlcera do pé diabético
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 94 de 111
Estratégias
Atualizar na 1ª consulta do ano o diagnóstico de GRT nos 3 grupos de status da
GRT: Conhecimentos sobre exercício físico; Conhecimentos sobre hábitos
alimentares e Conhecimentos sobre regime medicamentoso.
Verificar nas consultas seguintes se o diagnóstico da GRT se encontra
atualizado nesse ano.
Pessoa com diabetes com a última HbA1C < 8,0%
População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF
Objetivos Atingir 70% de pessoas com diabetes com a última HbA1C < 8,0%
Periodicidade Semestral
Quem Enfermeiro/médico
Como Consulta de vigilância de diabetes
Onde Gabinete de enfermagem/médico
Quando Uma vez por semestre
Avaliação Nº de pessoas com diabetes com a última HbA1C <8,0%/ nº total de pessoas com
diabetes
Estratégias
Monitorização e registo por semestre do valor da HbA1C
Pessoa com diabetes com registo de Gestão do Regime Terapêutico (GRT)
População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF
Objetivos Atingir 41% de pessoas com diabetes com GRT no último ano
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro
Como Consulta de vigilância de diabetes
Onde Gabinete de enfermagem
Quando Anual
Avaliação Nº de pessoas com diabetes com GRT no último ano/ nº total de pessoas com
diabetes
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 95 de 111
Realizar ensinos oportunos sobre GRT
Registo de todos os parâmetros avaliados no GUIA da pessoa com diabetes
Negociar com a pessoa com diabetes na última consulta do ano os objetivos
terapêuticos para o próximo ano.
Pessoa com diabetes com acompanhamento adequado
População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF
Objetivos Atingir 54,3% de pessoas com diabetes com acompanhamento adequado
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro/médico
Como Consulta de vigilância de diabetes
Onde Gabinete de enfermagem/médico
Quando Anual
Avaliação Nº de pessoas com diabetes com acompanhamento adequado/ nº total de
pessoas com diabetes e auditoria aos registos clínicos
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância da diabetes o mais precocemente possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado à pessoa
com diabetes: Ter pelo menos 2 consultas médicas de vigilância da diabetes,
realizadas nos últimos 12 meses, uma em cada semestre; Com pelo menos 1
PA registada no último semestre; Com pelo menos 1 PA registada no penúltimo
semestre; Com pelo menos 1 registo parametrizado de IMC e do peso, medidos
nos últimos 12 meses; Que tenham pelo menos um registo parametrizado de
estatura, realizado após os 20 anos de idade do utente, ou nos 12 meses que
antecedem a data de referência do indicador; Com pelo menos 1 registo de
HbA1C no último semestre; Com pelo menos 1 registo de HbA1C no penúltimo
semestre; O último resultado registado de HbA1C < 8,0%; Ter pelo menos 1
resultado de microalbuminúria, realizada nos últimos 12 meses; Ter pelo menos
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 96 de 111
um resultado de colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos, realizados nos
últimos 24 meses; Existe pelo menos 1 registo de exame aos pés, realizado nos
últimos 12 meses (em consulta de vigilância médico/enfermeiro na mesma data).
Indicadores de Execução
% de diabéticos com ≥ 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses, desde que
abranjam 2 semestres (5.4M 2)
% de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem (6.19M)
% de diabéticos com pelo menos 1 exame aos pés registado no ano (5.7)
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% diabéticos com ≥ 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses, desde que
abranjam 2 semestres (5.4M 2) 90% 90% 90% 90%
% de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem (6.19M) 95% 95% 95% 95%
% de diabéticos com pelo menos 1 exame aos pés registado no ano (5.7) 93% 93% 93% 93%
Hipertensão
Utentes com hipertensão arterial com Índice de Massa Corporal (IMC)
População Alvo Utentes com hipertensão arterial
Objetivos Atingir 70% de utentes com hipertensão arterial com registo de IMC nos últimos
12 meses
Periodicidade Anual
Quem Médico/enfermeiro
Como Consultas de vigilância
Onde Gabinete de consulta
Quando Durante todo o ano
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 97 de 111
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com registo de IMC nos últimos 12 meses / nº
total utentes com hipertensão arterial
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente
possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Aproveitar todas as consultas para registar o IMC do utente com hipertensão
arterial.
Utentes com hipertensão arterial com Pressão Arterial (PA)
População Alvo Utentes com hipertensão arterial
Objetivos Atingir 60% de utentes com hipertensão arterial com pelo menos um registo de PA
em cada semestre
Periodicidade Semestral
Quem Médico/enfermeiro
Como Consultas de vigilância
Onde Gabinete de consulta
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com registo de PA em cada semestre / nº total
utentes com hipertensão arterial
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente
possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Aproveitar todas as consultas para registar a PA do utente com hipertensão
arterial.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 98 de 111
Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com vacina do tétano (Td)
População Alvo Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos
Objetivos Atingir 95% de utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com Td
atualizada
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiro
Como Em todos os contactos do utente com o enfermeiro
Onde Gabinete de consulta/sala tratamentos
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com Td atualizada / nº
total utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos
Estratégias
Aproveitar todos os contactos com o utente com hipertensão arterial para
verificação do estado vacinal
Pesquisar no Programa SINUS quais os utentes com idade > 25 anos com Td
desatualizada e convocar para vacinação
Utentes com hipertensão arterial com < 65 anos com PA < 150/90 mmHg
População Alvo Utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos
Objetivos Atingir 50% de utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos com PA <
150/90 mmHg
Periodicidade Anual
Quem Médico /enfermeiro
Como Consultas de vigilância
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 99 de 111
Onde Gabinetes de consulta
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com idade <65 anos com PA < 150/90 mmHg
/ nº total utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente
possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Aproveitar todas as consultas para registar a PA do utente com hipertensão
arterial.
Utentes com hipertensão arterial com Risco Cardiovascular (RCV)
População Alvo Utentes com hipertensão arterial sem doença cardiovascular nem diabetes
Objetivos Atingir 22,6% de utentes com hipertensão arterial com avaliação RCV nos últimos
3 anos
Periodicidade Em cada 3 anos
Quem Médico
Como Consulta de vigilância
Onde Gabinete de consulta
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial sem doença cardiovascular nem diabetes e
com pelo menos uma avaliação de RCV nos últimos 36 meses/ nº total utentes
com hipertensão arterial
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente
possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 100 de 111
Aproveitar todas as consultas para registar o RCV na Ficha Individual
Utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado
População Alvo Utentes com hipertensão arterial
Objetivos Atingir 21% de utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado
Periodicidade Semestral
Quem Médico
Como Consulta de vigilância
Onde Gabinete de consulta
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado/ nº total
utentes com hipertensão arterial e auditoria aos registos clínicos
Estratégias
Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente
possível
Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e
depois por carta.
Aproveitar todas as consultas para registar todos os parâmetros do
acompanhamento adequado
Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado a todos os
utentes com hipertensão arterial: Ter pelo menos uma consulta médica ou de
enfermagem de vigilância em hipertensão em cada semestre; Ter pelo menos
uma PA registada em cada semestre; Última PA registada (<6 meses) ser <
150/90 mmHg; ter pelo menos uma avaliação de RCV nos últimos 36 meses,
condição apenas aplicável a utentes com mais de 25 anos e sem nenhum dos
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 101 de 111
seguintes diagnósticos ativos na lista de problemas – diabetes, enfarte agudo do
miocárdio, trombose ou acidente vascular cerebral e aterosclerose ou doença
vascular periférica; Ter pelo menos um resultado de Microalbuminúria nos
últimos 36 meses; Ter pelo menos um resultado de colesterol total, colesterol
HDL e Triglicéridos realizado nos últimos 36 meses; Ter pelo menos um registo
de IMC nos últimos 12 meses.
Indicadores de Execução
% hipertensos com registo pelo menos uma avaliação de pressão arterial em
cada semestre (5.10M i)
% de hipertensos vigiados na USF com registo de pressão arterial em cada
semestre (5.10M f)
% de hipertensos vigiados na USF com pelo menos um registo de IMC nos
últimos 12 meses (5.13M 1)
% de hipertensos vigiados na USF com vacinação antitetânica atualizada (6.2M)
Proporção de hipertensos com IMC (12 meses)
Proporção de hipertensos com PA em cada semestre
Proporção de hipertensos> 25 anos com vacina do Tétano
Proporção de hipertensos <65 anos com PA <150/90 mmHg
Proporção de hipertensos com RCV (3anos)
Proporção de hipertensos com acompanhamento adequado
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% hipertensos com registo pelo menos uma avaliação de
pressão arterial em cada semestre (5.10M i) 87% - - -
% de hipertensos vigiados na USF com registo de pressão
arterial em cada semestre (5.10M f) 87% - - -
% de hipertensos vigiados na USF com pelo menos um registo
de IMC nos últimos 12 meses (5.13M 1) 92% - - -
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 102 de 111
Domicílios
Domicílios de enfermagem
População Alvo Todos os utentes inscritos na USF Condeixa
Objetivos Atingir 145 por 1.000 utentes com registo de domicílios
Periodicidade Anual
Quem Enfermeiros
Como Visita domiciliária
Onde Domicílio do utente
Quando Todo o ano
Avaliação Nº domicílios de enfermagem / nº total de utentes
Estratégias
Agendar a visita domiciliária selecionando o item domicílio
Remarcar sempre a próxima visita domiciliária
Realizar visita domiciliária curativa, preventiva e de carácter investigativo
Realizar visita domiciliária em equipa
% de hipertensos vigiados na USF com vacinação antitetânica
atualizada (6.2M) 96% - - -
Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) - 70% 70% 70%
Proporção de hipertensos com PA em cada semestre - 60% 60% 60%
Proporção de hipertensos > 25 anos com vacina do Tétano - 95% 95% 95%
Proporção de hipertensos <65 anos com PA < 150/90 mmHg - 50% 50% 50%
Proporção de hipertensos com RCV (3anos) - 22,6% 22,6% 22,6%
Proporção de hipertensos com acompanhamento adequado - 21% 21% 21%
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 103 de 111
Monitorizar mensalmente o número de domicílios realizados.
Indicador
Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos (4.18)
Taxa de visitas domiciliária de enfermagem por 1000 inscritos (4.30)
Taxa de domicílios de enfermagem por 1.000 inscritos
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
Taxa de visitas domiciliária médicas por 1000 inscritos (4.18) 31 31 31 31
Taxa de visitas domiciliária de enfermagem por 1000 inscritos
(4.30) 140 140 140 140
Taxa de domicílios de enfermagem por 1.000 inscritos - 145 145 145
5.6 PROGRAMA DE VACINAÇÃO
Desde a implementação do programa nacional de vacinação (PNV) em 1965, tem-se
verificado uma significativa redução da morbilidade e mortalidade pelas doenças
infeciosas alvo de vacinação, com os consequentes ganhos em saúde.
Sendo este programa de vacinação a área essencial da prevenção primária de doenças,
justifica-se uma especial chamada de atenção para o êxito do cumprimento dos seus
objetivos, atividades e metas depende do envolvimento e empenho de todos os
profissionais: administrativos, médicos e enfermeiros. O ficheiro de vacinação da USF
está informatizado na aplicação SINUS – vacinação.
Serviços Mí nimos: Sau de Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes Cro nicos e Patologia
Mu ltipla
Diabetes: Tre s consultas por ano desde que abranjam dois semestres, com avaliaça o de
peso, pressa o arterial e HbA1c. Avaliaça o do perí metro abdominal e do pe anual.
Hipertensa o: Uma consulta em cada semestre com avaliaça o de peso, pressa o arterial e
IMC
Dependentes: Visita domicilia ria me dica ou de enfermagem em situaça o de doença aguda.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 104 de 111
De forma à USF conseguir a melhor taxa de vacinação possível desenvolveu algumas
estratégias, são elas:
Promover a oferta ativa das vacinas e aproveitar todas as oportunidades de
vacinação;
Promover a verificação do estado vacinal a todo o utente que recorra à unidade
para qualquer ato médico, de enfermagem ou administrativo;
Identificar e proceder à convocatória dos utentes com vacinas em atraso;
Promover visita domiciliária nas situações de não comparência face à
convocatória;
Alargamento do horário de vacinação ao horário de funcionamento da USF.
Programa de Vacinação
População Alvo Todos os utentes inscritos na USF
Objetivos Aumentar a taxa de cobertura vacinal de modo a assegurar a imunidade da população
minimizando a morbilidade por doenças evitáveis
Periodicidade Crianças: de acordo com as idades chave do Plano Nacional de Vacinação (PNV) ou de
outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com prescrição médica
Adultos: 10/10 anos, ou de outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com
prescrição médica
Quem Enfermeiras e Assistentes Técnicas
Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, eventualmente por iniciativa do utente
/representante
Onde Consultório de enfermagem
Quando Todo o ano, em todos os dias úteis incluindo horário pós-laboral
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 105 de 111
Utilização Crianças: de acordo com as idades chave do Plano Nacional de Vacinação (PNV) ou de
outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com prescrição médica
Adultos: 10/10 anos, ou de outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com
prescrição médica
Todos os dias úteis com horário pós-laboral, mas sempre que possível agendado com a
enfermeira de família de acordo com horário expresso.
Duração 15 minutos para médico e enfermeiro, 3 minutos para administrativo
Estratégias
Aproveitar todos os contactos com o utente para verificação do estado vacinal
Pesquisar no Programa SINUS quais os utentes com idade> 25 anos com Td
desatualizada e convocar para vacinação.
Indicador
Proporção de utentes> 25 anos com Td
Utentes com>25 anos com vacina do Tétano (Td)
População Alvo Utentes inscritos com mais de 25 anos
Objetivos Atingir 95% de utentes com idade> 25 anos com Td atualizada
Periodicidade Anual
Quem Toda a equipa
Como Consultas e atos de enfermagem
Onde Gabinetes de enfermagem/salas de tratamento
Quando Durante todo o ano
Avaliação Nº utentes com idade> 25 anos com Td atualizada / nº total de incritos com idade >
25 anos
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
Proporção de utentes > 25 anos com Td - 95% 95% 95%
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 106 de 111
Programa de Cuidados em Situações de Doença Aguda
População Alvo Todos os utentes inscritos na USF
Objetivos Realizar consulta no próprio dia e em tempo útil para todas as situações de doença
aguda, quando justificado.
Encaminhar as situações que se justifiquem para os cuidados de saúde secundários.
Orientar, se necessário, para o médico de família segundo fluxograma
Quem Médicos, enfermeiras e administrativas.
Quando Marcação por iniciativa do utente/familiar
Onde Consultórios médico e/ou enfermagem
Quando Todo o ano, no horário de atendimento da USF
Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução
Duração 10 minutos para médico e/ou enfermeiro, 3 minutos para administrativo
Serviços Mí nimos: Vacinaça o
Vacinaça o anti‐teta nica em caso de utente com ferimento e vacina desatualizada (+ de 10
anos ou estado vacinal desconhecido)
Serviços Mí nimos: Cuidados em Situaço es de Doença Aguda
‐ Utentes que referem o aparecimento de sintoma su bito/agudo, que surgiu nos u ltimos 3 dias (febre,
tosse, vo mitos, diarreia, dores de cabeça, dores musculares, dores nos ossos, dores de garganta, dores de
ouvidos, dor lombar, queixas urina rias, dispneias, taquicardias e tensa o arterial elevada;
‐ Pessoas que referem agravamento de um dos seus problemas antigos, e necessitam de ajuda me dica
para alí vio da sintomatologia;
‐ Traumatismos a necessitarem de suturas e feridas com hemorragia controlada;
‐ Necessidade de contraceça o, que na o possa ser adiada para o dia seguinte por risco de gravidez.
- Encaminhamento para interrupça o volunta ria da gravidez.
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 107 de 111
Indicador de Execução
% de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família (3.12)
Taxa de utilização global de consultas (3.15)
Taxa de utilização de consultas médicas – 3 anos
Taxa de utilização de consultas de enfermagem – 3 anos
Proporção de consultas realizadas pelo enfermeiro de família
Indicadores de Execução Metas
Indicador 2013 2014 2015 2016
% de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família
(3.12) 85% 85% 85% 85%
Taxa de utilização global de consultas (3.15) 75 75 75 75
Taxa de utilização de consultas médicas – 3 anos - 92,6% 92,6% 92,6%
Taxa de utilização de consultas de enfermagem – 3 anos - 90% 90% 90%
Proporção de consultas realizadas pelo enfermeiro de família - 71% 71% 71%
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 108 de 111
6- CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS
6.1 CESSAÇÃO TABÁGICA
A consulta de cessação tabágica funciona no Centro de Saúde desde 1995. A USF
desde a sua formação continuou com este projeto dando cobertura a todos os utentes
inscritos no Centro de Saúde. O encaminhamento dos utentes é feito primordialmente
pelo médico de família, mas também pode ser feito pelo enfermeiro de família ou pelo
próprio utente, e é dirigido à equipa de profissionais que fazem parte desta consulta.
Ao longo dos anos foram feitos ajustes no que respeita à organização da consulta,
principalmente em questões de horário. Começou por não haver horário específico para
a consulta o que levava a alguma descoordenação da consulta. Neste momento esta
ocorre à 5ª feira das 16 às 17 horas, podendo este horário ser alterado consoante as
necessidades dos utentes, melhorando assim a acessibilidade e a adesão à consulta.
População Alvo: Todos os utentes do Centro de Saúde de Condeixa-a-Nova
Objetivos:
Promover e incentivar a cessação tabágica;
Divulgar os benefícios da cessação tabágica;
Tratar e acompanhar os interessados.
Estratégias:
Divulgar a existência desta consulta na USF Condeixa/USF Fernando Namora;
Divulgar o horário de atendimento através de peças promocionais;
Realizar sessões de educação para a saúde versando este tema.
Meta: 48 consultas/ano
Carga horária prevista: 2 horas/mês
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 109 de 111
ANEXOS
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 110 de 111
ANEXO 1: CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS NUCLEARES
Equipa nuclear Assistente Técnica Enfermeiro Médico
Equipa 1 D. Licínia Garrido (AT1) Enf.ª Celina Veloso
(E1) Dr. Miguel Conceição (M1)
Equipa 2 D. Lurdes Morais (AT2) Enf.ª Paula Veríssimo
(E2) Dr.ª Rosália Pereira (M2)
Equipa 3 D. Lurdes Morais (AT2)
Enf.ª Sandra Figueiredo (E3.1)
Enf.ª Elise Vilas Boas
(E3.2)
Dr. Luís Almeida
(M3)
Equipa 4
D. Filomena Pimenta
(AT3)
Enf.ª Joana Matias
(E4)
Dr.ª Carla Silva
(M4)
Equipa 5
D Odete Lopes
(AT4)
Enf.ª Sandra Valada
(E5)
Dr. Pais Pinto
(M5)
PLANO DE AÇÃO – 2015-2017
Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 111 de 111
Anexo 2: Constituição das Equipas responsáveis pelos Programas de saúde
Programa Médico/a Enfermeira Assistente Técnica
Saúde materna Dra. Carla Enf. Paula D. Lurdes
Hipertensão arterial Dr. Pinto Enf. Sandra Valada D. Licínia
Diabetes Dr. Miguel Enf. Sandra Figueiredo D. Odete
Planeamento familiar Dra. Carla Enf. Paula D. Lurdes
Saúde infantil Dra. Rosália Enf. Celina D. Licínia
Saúde do adulto e idoso Dr. Luis Enf. Joana D. Odete
Rastreios Dra. Rosália Enf. Joana D. Lurdes
Cuidados no domicílio Dr. Luís Enf. Elise D. Filomena