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USF Condeixa PLANO DE AÇÃO 2015-2017

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USF Condeixa

PLANO DE AÇÃO

2015-2017

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 1 de 111

INDICE

0- INTRODUÇÃO…………………………………………………………….……4

1- CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA…………………………………..………6

1.1- PATRIMÓNIO NATURAL……………………………..……………..11

1.2- PATRIMÓNIO CULTURAL………………………………………..…13

1.3- ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO…………………………..….18

1.4- CLIMA…………………………………………………………..………19

1.5- TOPOGRAFIA E SOLOS………………………………………..…..20

1.6- HIDROGRAFIA………………………………………………………..20

1.7- DIVISÃO ADMINISTRATIVA……………………………………………………21

1.8- ACESSIBILIDADE…………………………………………..………..23

1.9- INFRAESTRUTURAS…………………………………………..……24

1.9-1. Eletricidade, água e saneamento………………………..24

1.9-2. Habitações……………………………………………….…..25

1.9-3. Setores de atividades………………………………..…….26

1.9-4. Características demográficas nacionais………………29

1.9-5. População residente local…………………………..……30

1.9-6. Densidade Populacional………………………………..…32

1.9-7. Índices demográficos……………………………………...33

1.10- CARACTERIZAÇÃO FAMILIAR EM PORTUGAL…………….....46

1.11- CARACTERIZAÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO………………………………………………………....48

1.12- RECURSOS DE SAÚDE…………………………………...………..50

2- CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA……..53

2.1- ESPAÇO FÍSICO……………………………………………………..…55

2.2- EQUIPAMENTOS…………………………………………………...…..56

2.3- HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO……………………………………57

2.4- RECURSOS HUMANOS NO CENTRO DE SAÚDE………………..57

3- CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA…………………………………….58

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 2 de 111

3.1- AMBIENTE FÍSICO E FUNCIONAL…………………………………..58

3.1.1- Recursos materiais…………………………………..…….58

3.1.2- Recursos Humanos…………………………………………59

3.1.3- Acessibilidade e circuito de utentes…………………...60

4- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INSCRITA NA USF CONDEIXA.65

4.1- CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA……………………..………..65

4.2- MIGRAÇÃO……………………………………………………………...69

5- PROGRAMAS DA CARTEIRA DE SERVIÇOS DA USF CONDEIXA…….71

5.1- SAÚDE INFANTIL E JUVENIL…………………………………………71

5.2- PLANEAMENTO FAMILIAR……………………………………………79

5.3- SAÚDE MATERNA………………………………………………………83

5.4- PREVENÇÃO ONCOLÓGICA…………………………………………86

5.5- SAÚDE DO ADULTO/IDOSO E CUIDADOS A DOENTES DEPENDENTES CRÓNICOS E PATOLOGIA MÚLTIPLA……………..90

5.6- VACINAÇÃO………………………………………………………..….103

6- CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS……………………………………..108

6.1- CESSAÇÃO TABÁGICA…………………………………………..….108

ANEXOS………………………………………………..………………………..…..109

Anexo I- Constituição das Equipas Nucleares…………………………………110

Anexo II - Constituição das Equipas responsáveis pelos Programas de saúde……..111

FORMULÁRIO

Indicadores Demográficos Fórmula de Cálculo

TAXA DE NATALIDADE (nº nados-vivos num ano/População total) x 1000

TAXA DE MORTALIDADE (nº de óbitos num anos/População total) x 1000

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO

JOVEM (População <15 anos/População total) x 100

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO

ACTIVA (População <15-64 anos/População total) x 100

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO

IDOSOS (População ≥ 65 anos/População total) x 100

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ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE

JOVENS (População <15 anos/População 15-64) x 100

ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS (População ≥ 65 anos/População 15-64) x 100

ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA TOTAL (População <15 anos + População ≥ 65

anos)/População 15-65 anos x 100

ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (População ≥ 65 anos/População <15 anos) x

100

TAXA DE ANALFABETISMO (População analfabeta> 15 anos/População> 15

anos) x 100

TAXA DE ACTIVIDADE (População activa /População em idade activa) x

100

TAXA DE DESMPREGO (População desempregada/População activa) x

100

TAXA DE FECUNDIDADE (Nº de nados vivos/Nº de mulheres em idade

fértil) x 1000

TAXA DE FERTILIDADE Nº de mulheres em idade fértil x 50‰

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0 - INTRODUÇÃO

O Plano de Ação da USF Condeixa foi elaborado tendo como documento base o Plano

Nacional de Saúde e as orientações por ele emanadas, assim como o DIOR e o Bilhete

de Identidade dos Indicadores. É um instrumento de trabalho que reflete todas as

atividades a desenvolver na USF pela equipa de multidisciplinar. Nele estão referidas

todas as atividades, sejam elas médicas, de enfermagem ou das assistentes técnicas.

Este Plano foi realizado para o triénio de 2014-2016 e tem como principais objetivos:

Promover a Qualidade dos Cuidados prestados.

Aumentar a Efetividade dos Serviços, com monitorização regular dos

indicadores chave, para melhoria da gestão clínica e organizacional (PG01-

Proc01-Monitorização de Indicadores)

Desenvolver e executar Programas Nacionais relativos a problemas prioritários,

nomeadamente na Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Diabetes,

Rastreio Oncológico, prevenção da saúde, diagnóstico e tratamento das

Doenças Transmissíveis, Saúde do Idoso.

Melhorar as taxas de cobertura em Saúde da Criança e da Mulher, Saúde do

Adulto, Saúde do Idoso, Consultas Domiciliárias, Programas de Rastreio,

Hipertensão e Diabetes.

Melhorar a qualidade dos serviços prestados na área do Planeamento Familiar.

Colaborar na formação e valorização dos recursos humanos.

Melhorar os circuitos de Comunicação/Informação.

Optimizar os horários de funcionamento da Unidade de Saúde, mantendo o

funcionamento integral e permanente das 08 às 20 horas, nos dias úteis.

Melhorar a disponibilidade, de modo a que o utente tenha sempre uma resposta

às suas solicitações.

Este está dividido em 7 capítulos. Começa com a Caracterização Histórica do Concelho

de Condeixa-a-Nova (Capitulo I), seguindo-se a Caracterização Demográfica do mesmo

(Capitulo II), tendo como principal fonte os dados do Censos 2011 do Instituto Nacional

de Estatística. No Capitulo III encontra-se a Caracterização do Centro de Saúde de

Condeixa, seguido do Capitulo IV com a Caracterização da USF Condeixa. No Capitulo

V consta a Caracterização da população inscrita na USF e no Capitulo VI aborda os

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programas da Carteira Básica de Serviços da USF. Neste está descrita toda a atividade

médica, de enfermagem e das assistentes técnicas, incluindo a carga horária, estando

organizado em função das previsões das necessidades dos utentes. Estão também

definidos para os diversos programas os indicadores de execução e as metas, baseadas

nas necessidades de saúde identificadas e nos dados históricos. Termina com o

Capitulo VII da Carteira Adicional dos Serviços de Saúde. Este Plano de Ação foi

elaborado pela equipa da USF Condeixa e aprovado em Conselho Geral do dia 5 de

dezembro de 2014 e consta da ata da respetiva reunião.

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1 - CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA

1) Breve história das terras de Condeixa

O sítio de Conímbriga, que teria sido habitado desde o Neolítico, tem presença humana

segura no Calcolítico e na Idade do Bronze, épocas a que pertencem os vestígios mais

antigos encontrados. Conímbriga era um Castro quando, no ano de 138 a.C. foi

definitivamente conquistada pelo Império Romano, durante as campanhas dirigidas por

Decimo Junio Bruto. No tempo de Augusto, a cidade beneficiou de notória renovação

urbanística, construindo‐ se o fórum, as termas e a basílica. A água, proveniente do

lugar a que hoje se chama Mãe d’Água de Alcabideque, chegou às termas através de

um aqueduto, ainda hoje visível. A cidade manteve‐ se faustosa até 464 d.C., ano em

que os Suevos prenderam Cantábrio e ocuparam Conímbriga, altura em que se iniciou

o seu declínio. No ano de 586, o Bispo resolve abandonar a cidade e a população fixou‐

se num vale vizinho: Vila Cova de Condessa Domna Onega – Condeixa‐ a‐ Velha. No

século VIII, o local foi ocupado pelos muçulmanos. Posteriormente, o alargamento dos

territórios cristãos colocou as terras de Condeixa‐ a‐ Nova na linha de fronteira

integrando‐ se a povoação da Ega nos territórios doados por D. Teresa à Ordem dos

Templários, em 1128. Após a extinção desta Ordem, os territórios transitaram para a

alçada da Ordem de Cristo, que constituiu na localidade da Ega a sede da Comenda,

facto que é testemunhado pelo edifício do Paço dos Comendadores.

Sabe‐se que Condeixa‐a‐Nova existiria já no século XII, mas só no século XVI recebe

Foral, doado por D. Manuel em 1514. Foi constituída freguesia no reinado de D. João III

(1541).

O século XVI e o incremento económico registado em Portugal repercutem‐se em

Condeixa, que assiste à construção, por determinação de D. Manuel, da Igreja Matriz

ou de Santa Cristina. O posicionamento geográfico da Vila, local estratégico de

passagem entre Lisboa e Coimbra, conduziu a que muitas famílias nobres aqui

construíssem, a partir do século XVII, os seus Palácios.

No século XIX, aquando da Terceira Invasão Francesa, a passagem das tropas de

Massena por Condeixa deixou um violento rasto de destruição, saqueando e

incendiando Igrejas e Palácios que, por esse motivo, perderam a sua traça original. No

entanto, as reconstruções foram céleres e, ainda hoje, se descobrem nas fachadas das

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ruas de Condeixa‐a‐Nova, a imponência das construções que foram residência dos

Almadas, dos Figueiredos, dos Sás, do Conde de Podentes e dos Lemos.

Condeixa‐ a‐ Nova foi, finalmente, elevada a concelho no ano de 1838, por intermédio

da rainha D. Maria II e em 1845 passou, finalmente, à categoria de vila.

A figura nº 1 representa o brasão e a bandeira de Condeixa‐ a‐ Nova. O brasão é um

escudo de azul, com uma faixa de prata, com um açafate de vermelho, com flores das

suas cores. Em chefe, estão duas palmas de ouro cruzadas em aspa. Em contra‐ chefe,

estão quatro espigas de trigo de ouro atadas em ponta de vermelho, acompanhando

uma romã da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro. Coroa mural de

prata de quatro torres. A Bandeira é esquartelada de amarelo e vermelho, com cordões

e borlas de ouro e vermelho, haste e lança de ouro.

Tantos séculos de história deixaram ao concelho um rico património histórico e

arquitectónico.

A) Ruínas da cidade romana de Conímbriga

O conjunto das Ruínas de Conímbriga, do Museu Monográfico (construído na sua

imediata proximidade) e do castellum de Alcabideque, constituem um complexo

arqueológico de peso, representativo da grandiosidade e das características

arquitectónicas do império romano.

As escavações arqueológicas puseram a descoberto uma parte muito significativa do

traçado desta cidade, possibilitando ao visitante a comprovação de uma planificação

urbanística laboriosa e atenta a todas as necessidades: o fórum, o aqueduto, os bairros

de comércio, indústria e habitação, uma estalagem, várias termas, o anfiteatro, as

muralhas para circunscrição e defesa da cidade. Deste conjunto, sobressai um bairro

de ricas casas senhoriais com destaque para a “A Casa dos Repuxos”, de peristilos

ajardinados e painéis de mosaicos policromos.

Figura 1-Brasão e Bandeira de Condeixa-a-Nova

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Conímbriga corresponde actualmente a uma área consagrada como monumento

nacional, definida por decreto em 1910.

Figura 2-Ruínas de Conímbriga

B) Museu Monográfico

Foi criado em 1962 e é responsável pela defesa, preservação, investigação e divulgação

do património histórico das Ruínas de Conímbriga. Exibe permanentemente coleções

que ilustram a evolução histórica do lugar entre finais do

segundo milénio antes de Cristo e o século VII da era

cristã. Os objetos descobertos nas escavações integram

uma série de exposições temáticas que — desde o

artesanato às atividades económicas, da escrita aos

passatempos, do adorno pessoal ao equipamento militar

— testemunham formas de vida, usos e costumes,

religião e crenças, ajudando a compreensão da cultura

romana.

Figura 3-Museu Monográfico

Figura 4-Museu Monográfico

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C) Castellum de Alcabideque

Alcabideque é um nome de origem árabe em que o reconhecível prefixo al‐ obscurece

uma raiz latina ‐ caput aquae ‐

significando, literalmente, "Mãe D'Água"

identificando, assim, a nascente de água

ali existente.

Após a fundação de Conímbriga, os

romanos construíram um aqueduto com

cerca de 3 Km (cuja conduta é,

essencialmente, subterrânea), de forma

a abastecer a cidade de água. O

Castellum de Alcabideque mais não é do

que uma torre de captação junto a um

tanque recolector, que servia essencialmente para captar e elevar a água para o seu

posterior transporte através do aqueduto.

D) Igreja Matriz de Condeixa

A Igreja de Santa Cristina, em Condeixa-a-Nova, é um

monumento peculiar. Na sua configuração heteróclita

inscrevem‐se as marcas de estilos e sensibilidades

distintas que os séculos atravessaram e que vicissitudes

históricas de diversa índole ajudam a explicar. Foi

erguida no século XVI, por determinação de D.

Manuel, aquando da sua passagem pela vila, de

forma a substituir uma velha igreja existente no local foi concluída, muito possivelmente,

em 1543. Já no século XIX, mais concretamente em 1811, foi saqueada e incendiada, a

par de diversos outros edifícios da vila, com as invasões francesas. Este nefasto

episódio obrigou à sua reconstrução, que lhe alterou profundamente o traçado,

conferindo‐lhe o recorte neoclássico que presentemente exibe. Conserva ainda do

primitivo traçado a pia baptismal e a abóbada da capela‐mor, de características

manuelinas, e o arco da capela de S. Francisco, a capela de Santa Teresa e a do Senhor

dos Passos, de inspiração renascentista.

Figura 5-Castellum de Alcabideque

Figura 6-Igreja Matriz de Condeixa

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E) Igreja Matriz da Ega

A Igreja Matriz da Ega foi edificada originalmente pela

Ordem dos Templários, em 1162. Após a extinção desta

Ordem, transitou para a alçada da Ordem de Cristo. Foi

renovada em 1521, sob a orientação do arquiteto régio

Marcos Pires, responsável pelo labor manuelino que

identifica ainda a Igreja.

F) Paço dos Comendadores

O Paço dos Comendadores, dos séculos XII‐ XIII, localiza‐ se

também na freguesia de Ega e constituiu a sede da Comenda

da Ordem de Cristo. É um edifício que alia, subtilmente, a rigidez

da estrutura quadrangular medieval às janelas manuelinas de

reconstrução renascentista.

G) Palácios

Aquando das invasões francesas, o incêndio ateado pelas

tropas napoleónicas fez com que Condeixa‐a‐Nova

perdesse grande parte do seu património arquitectónico.

No entanto, alguns marcos históricos sobreviveram,

nomeadamente o Palácio dos Figueiredos (casa

senhorial datada do século XVII, chegou mesmo a ser

considerado um dos palácios mais belos de Portugal pela sua arquitetura; ficou em

ruínas após a invasão francesa, mas foi reconstruído respeitando

inteiramente a sua traça original; e é a sede dos Paços do

Município desde 1990.

O Palácio do Conde de Podentes (do século XVIII, antigo

convento de frades antoninos‐franciscanos, que desempenhava

funções de hospício, proporcionando o

Figura 7-Igreja Matriz da Ega

Figura 8-Paço dos Comendadores

Figura 9-Palácio dos Figueiredos

Figura 10-Palácio dos Condes Podentes

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restabelecimento de religiosos idosos. O Palácio dos Lemos (do século XVII) e o

Palácio dos Almadas (do século XVI, pertencente à família nobre dos Almadas e é

atualmente a Pousada de Santa Cristina.

1.1 PATRIMÓNIO NATURAL

a) Buracas do Casmilo

A componente serrana do concelho integra o

Maciço de Sicó, localizado entre Condeixa‐a‐

Nova e os concelhos de Pombal e Alvaiázere

e nele estão representadas formações

geológicas audazes, das quais o Vale das

Buracas dá provas. É na freguesia do

Furadouro, na povoação do Casmilo

(enquadrada pelo monte da Senhora do Círculo e pela Serra de Jaeanes) que vamos

encontrar este vale, um pequeno canhão fluviocársico, cujas vertentes se abrem em

concavidades de desenvolvimento horizontal — as designadas buracas — que

lembram, vagamente, largas bocas prontas a tragar.

Figura 11-Palácio dos Lemos e Palácio dos Almadas (atualmente Pousada de Santa Cristina)

Figura 12-Buracas de Casmilo

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b) Reserva Natural do Paúl de Arzila

O Paúl de Arzila — um dos biótopos remanescentes do corredor biológico do vale do

baixo Mondego — é uma zona húmida e acentuada

importância ecológica, tendo sido classificado como

Reserva Natural em 1988, perfeitamente justificado

pela notável biodiversidade que exibe. Atualmente, o

Paúl alberga um notável elenco de espécies ao nível

da flora e que ultrapassa já as três centenas de

plantas. Relativamente à fauna, destaca‐se sobretudo

como local de refúgio e reprodução das lontras,

espécie rara e estritamente protegida. É ainda uma

zona importante ao nível da avifauna, povoada por

numerosas espécies de aves sedentárias acolhendo

também, por períodos mais ou menos breves, diversas

outras, nos seus movimentos migratórios.

c) Grutas

Em Condeixa existem também várias

nascentes, grutas e algares. Alguns

exemplares podem ser encontrados na

Arrifana, perto da escola primária da

povoação. A gruta em causa é configurada

por várias salas que comunicam entre si e

exibe, em profusão, formações calcárias

de grande beleza. Por sua vez, a Gruta da

Lapinha, localizada nas proximidades da

Rua de Condeixinha, em Condeixa‐ a‐

Nova, contém uma queda de água com

aproximadamente 1,5m de altura por 6m de largura. Essa água provém de um ribeiro

que atravessa a povoação. A gruta possui ainda um lago interior com cerca de 4m de

diâmetro onde se encontram duas colunas de pedra, edificadas possivelmente no início

do século XX, com objectivo decorativo. Por se encontrar num terreno particular, esta

gruta é de acesso condicionado.

Figura 13- Paúl de Arzila

Figura 14-Gruta da Arrifana

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d) Serra do Circo, ou da Senhora do Circo ou do Círculo

A Senhora do Círculo é um relevo tectónico fortemente assimétrico. Apesar do seu cume

não ultrapassar os 406 metros, daqui se

dominam não apenas as paisagens cársicas

do Vale das Buracas e da Serra do Rabaçal,

visíveis para oriente, mas também uma vasta

área que nos leva às praias da Figueira da Foz

e aos campos do Mondego.

No ponto mais alto da serra, já na Idade Média,

se erguia templo à Senhora do Círculo,

materializada em imagem gótica que ainda

hoje se venera. A capela foi modernizada mas guarda o círculo de pedra que a protege

e que pode estar na origem do nome da virgem, possivelmente testemunhando outras

formas de culto mais antigas.

1.2 PATRIMÓNIO CULTURAL

Tantos anos de história não marcam apenas a paisagem e as pedras, marcam também

as gentes, cujo viver e cujos costumes são o resultado do saber progressivamente

enriquecido e passado de geração em geração.

A) Religião e Festividades

A par de práticas ocultistas que discretamente se realizam em noites

que só os iniciados conhecem, a festa religiosa anual continua a

reunir muita gente. Alguns são atraídos pela romaria, e a maior parte

pela devoção à Senhora de muitos milagres. No concelho predomina

a religião católica, realizando‐ se algumas festividades anuais de

carácter católico‐ pagão.

A 24 de Julho (Feriado Municipal) tem lugar a festa em honra de

Santa Cristina e no 3º Domingo da Quaresma realiza‐se a

celebração do Senhor dos Passos, que visa a representação da

caminhada de Jesus até ao Calvário, em consonância com o relato

bíblico. Esta representação é precedida pela procissão das velas, que tem lugar na

Figura 15-Vista da Serra do Círculo

Figura 16-Cartaz de Festa de Santa Cristina 2012

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véspera, na qual o badalar do sino e a música triste e compassada de uma banda

filarmónica criam o ambiente e a solenidade que este momento exige. No dia seguinte,

realiza‐se então a procissão, que sai da capela do Palácio dos Lemos, cantando‐se o

Miserere Mei em sete pontos de um percurso (passos), especialmente preparados para

o efeito; segue‐se‐lhe o sermão do encontro, com as imagens do Senhor dos Passos e

de Nossa Senhora da Soledade, procedendo de ruas diferentes, a convergirem no

mesmo espaço. Por fim, e já na Igreja — perante a reunião de todos — é feito o sermão

do Calvário.

Todos os anos, no início de Agosto, realiza‐se em Belide a Romaria da Senhora da

Saúde, uma das mais concorridas de todo o concelho de Condeixa‐a‐Nova. Ao

cumprimento das obrigações religiosas — missa e procissão — alia‐se, nesta festa, o

troar dos bombos e do fogo‐de‐artifício, o almoço regado de boa disposição com o

frango a reluzir no espeto e o passeio calmo pelas tendas de brinquedos e objetos

miúdos, com os tradicionais vendedores de tremoços, pinhões, nozes e figos secos a

fazerem as delícias dos mais novos. À noite, o baile encerra o dia de festejos.

Mas o concelho conta ainda com outra romaria de destaque, a Senhora do Círculo, na

freguesia do Furadouro, que todos os anos ocorre no segundo domingo depois da

Páscoa. Manda a tradição que os romeiros, munidos da sua cesta de piquenique, subam

ao cimo da Serra do Círculo afluindo à capela cujo adro, que se crê antiquíssimo, é

limitado por um muro de pedra. Ao final da tarde, desce‐se o monte em direção a

Arrifana; aí se termina o farnel e se aproveitam, no baile, os últimos momentos de festa.

B) Gastronomia

A paisagem calcária da Serra de Sicó é um dos principais responsáveis pela excelente

gastronomia desta região. Os poucos recursos socioeconómicos de outrora, fizeram

destas encostas terra fértil em pastorícia, onde o gado ovino e caprino são reis. O cabrito

e o borrego assado em forno de lenha, com guarnição de batatas assadas e grelos

cozidos fazem as delícias de quem por aqui passa. Nas freguesias do concelho, este

prato dá lugar à chanfana de cabra, acompanhada com batata cozida. Há razões de

natureza socioeconómica a subordinar esta orientação gastronómica: a posição de

supremacia económica da vila face às freguesias que, tradicionalmente mais humildes,

vendiam os tenros cabritos à vila e reservavam para si a carne de cabra, certamente

mais difícil ao garfo, mas que a caçoila transbordante de vinho sempre ajudou a amaciar.

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 15 de 111

Nas pastagens do concelho — onde se criam rebanhos de cabras e ovelhas — abunda

a erva‐de‐Santa‐Maria que confere ao leite um travo inconfundível. Daí que sejam

também muito apreciados os produtos que a partir dela se fabricam,

como o licor de leite ou o afamado Queijo do Rabaçal. Mole ou

curado, fresco ou amanteigado, o queijo do Rabaçal casa com pão

ou broa, regado com jeropiga ou café, mas se é o Rabaçal que lhe

dá o nome, o seu fabrico ocorre igualmente na freguesia do

Zambujal, do Furadouro e de Bendafé, onde é ainda,

essencialmente, um processo artesanal.

Ao nível da doçaria, a Escarpiada — confecionada no forno, à base de massa de pão,

açúcar amarelo, azeite e canela — é a iguaria típica.

No concelho produzem‐se, ainda, outros produtos de referência, como o vinho de Vila

Seca, o mel, o azeite e os frutos secos, com particular destaque para a noz.

C) Artesanato

O artesanato do concelho de Condeixa, encontra‐se indissociado da cerâmica pintada

por mãos sábias, a que chamamos faiança. A sua origem perde‐se no tempo e encontra‐

se inegavelmente ligada à história da cerâmica antiga de Coimbra, cujo primeiro

apontamento histórico remonta ao século XII. Séculos mais tarde, no ano de 1960,

Armando Vaz Lameiro abandona a fábrica de Coimbra e estabelece‐se em Condeixa.

Até à data, as peças fabricadas neste concelho recriam louça com motivos alusivos ao

século XV – de inspiração moçárabe, e aos séculos XVII e XVIII – de inspiração chinesa.

Para além da cerâmica, é de salientar a tecelagem de Bendafé, com os seus tapetes e

carpetes.

D) Feiras e Mercados

As feiras são espaços privilegiados de convívio, que permitem permutar, comprar e

vender toda a sorte de géneros alimentícios e mercadorias de uso corrente — desde o

peixe fresco aos primores hortícolas, desde as utilidades domésticas até roupas e

brinquedos. A sua origem confunde‐ se muitas vezes com a malha do próprio tempo,

documentando hábitos e modos de vida e testemunhando, concomitantemente, a

evolução de gostos e mentalidades.

No concelho de Condeixa‐ a‐ Nova realizam‐ se diversas feiras, de periodicidade

variável, que reúnem uma boa oferta comercial, chamando a si um vasto público. De

destacar as feiras semanais no Mercado Municipal de Condeixa‐ a‐ Nova, que se

Figura 17-Escarpiada

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realizam às terças e sextas, dias estes em que se observa uma maior afluência de

utentes à nossa unidade de saúde, facto este que deve ser tido em conta na gestão da

prática clínica.

Figura 18- Mercado Municipal de Condeixa

E) Recursos culturais e recreativos do concelho

Existem no concelho 46 Coletividades/Associações de carácter cultural e/ou desportivo

que desenvolvem ao longo de todo o ano diversas atividades na área da cultura e do

desporto de que se destaca o futebol de 11, futsal, natação, boxe, judo, karaté, ténis de

mesa, xadrez, danças e cantares, etnografia e canto, entre outras.

Em apoio a estas coletividades e associações existem no concelho inúmeros espaços

e instalações desportivas, nomeadamente:

4 Campos de futebol, situados em Condeixa-a-Nova, Ega, Eira-Pedrinha e

Casével (estes dois últimos atualmente inativos);

1 Polidesportivos;

1 Pavilhão (Municipal) em Condeixa-a-Nova preparado para a prática de Futsal,

Andebol, Basquetebol e Ténis;

1 Campo de Mini golfe com 18 pistas, situado no Parque Verde em Condeixa-

a-Nova;

1 Pista de Manutenção situada também no Parque Verde da Ribeira de

Bruscos;

3 Piscinas, sendo uma coberta (Condeixa-a-Nova) e duas ao Ar Livre

(Condeixa-a-Nova e Ega). As piscinas municipais estão abertas à população

em geral, que pode assim desfrutar de excelentes instalações onde decorrem

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durante todo o ano (exceto no mês de Agosto na piscina de interior) diversas

atividades com classes orientadas para todas as idades.

Existem ainda outras infraestruturas culturais, nomeadamente:

F) Casa Museu Fernando Namora

Fernando Namora foi um escritor e pintor nascido no dia 15 de Abril de 1919, em

Condeixa, que foi pátio de recreio da sua infância, onde brincou e cresceu na companhia

de vizinhos e amigos que deixaram nele gratas lembranças sempre presentes ao longo

da sua vida e muitas vezes referidas na sua obra. Estudou em Coimbra, onde concluiu

o curso de Medicina. Abriu consultório em Condeixa e muitas vezes partiu para a serra,

na sua bicicleta, onde os pacientes o aguardavam.

De Condeixa partiu para Tinalhas, Monsanto e

Lisboa. Escreveu, pintou, publicou e expôs, criou

vínculos e laços afetivos com as gentes e os lugares

por onde passou. É reconhecido em Portugal e no

estrangeiro, por diversas vezes homenageado, é

justa e importante a perpetuação de Fernando

Namora enquanto ser humano e criador

artístico. A casa museu exibe um espólio considerável dos pertences do escritor e tem

expostas pinturas do próprio Fernando Namora e trabalhos de diversos autores

nacionais e estrangeiros, testemunhos expressivos da sensibilidade e dos interesses do

escritor neste domínio.

G) Biblioteca Municipal

Foi inaugurada no dia 25 de Abril de 2008 e está sediada num

edifício com ótimas instalações, construído de raiz, projetado pelo

arquiteto José Fernando Oliveira, com cerca de 900 m2 de área

bruta, e cuja coleção compreende cerca de 12 000 documentos.

Figura 19-Casa-Museu Fernando Namora

Figura 20-Biblioteca Municipal de Condeixa

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1.3 ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

O concelho de Condeixa‐a‐Nova situa‐se no distrito de Coimbra da região Centro Litoral

de Portugal Continental. Faz parte da NUTS 3 do Baixo Mondego, incluída na NUTS2

do Centro1

O Baixo Mondego é uma sub‐região estatística portuguesa, limitada a norte pelo Baixo

Vouga e Dão‐Lafões, a leste pelo Pinhal Interior Norte, a sul pelo Pinhal Litoral a oeste

pelo Oceano Atlântico. Compreende 10 concelhos, um dos quais o concelho de

Condeixa‐a‐Nova.

1As NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas) constituem regiões estatísticas em que se dividem os territórios dos países da União Europeia. Existem 3 níveis de NUTS determinados em limiares demográficos definidos pelo regulamento (CE) nº1059/2003 do parlamento europeu e do conselho de 22/05/03. Em Portugal existem 3 NUTS 1 (Portugal Continental, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira), 7 NUTS 2 (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores, Madeira) e 30 NUTS 3.

Figura 22-Mapa de Portugal Continental

Figura 21-NUTS 3 da região Centro

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Por sua vez, o município de Condeixa‐a‐Nova com uma localização privilegiada no

Centro Litoral, faz fronteira a noroeste com Montemor‐o‐Velho, a norte com o município

de Coimbra, a leste com Miranda do Corvo, a sueste com Penela e a sudoeste e oeste

com Soure.

Compreende uma área de aproximadamente 138,7 km2, com uma população acima dos

17000 habitantes, subdividida em dez freguesias que incluem um total de 88 lugares.

Figura 24-Freguesias de Condeixa-a-Nova

1.4 CLIMA

Tal como o restante território do país, o concelho de Condeixa‐a‐Nova tem

essencialmente um clima mediterrânico. Este tipo de clima é característico de regiões

situadas entre as latitudes de 30º e 40º, sendo o único onde a estação fria está

associada à estação das chuvas.

Segundo o Anuário Estatístico da Região Centro de 2010, o Distrito de Coimbra

apresenta uma temperatura média anual de 15,8°C, variando entre uma temperatura

média anual mínima de 11ºC e máxima de 20,7ºC. O mês mais quente é Agosto,

Figura 23-Municípios do Distrito de Coimbra

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enquanto o mês mais frio é o de Janeiro, caracterizado, ainda assim, por temperaturas

amenas devido às correntes marítimas quentes.

No que diz respeito à precipitação existe uma grande variabilidade anual, verifica‐se que

a precipitação anual no Distrito de Coimbra atinge cerca de 928 mm, sendo que no verão

a precipitação é quase nula, com o mês de Agosto a atingir apenas os 1,4 mm, enquanto

o mês de Outubro a precipitação atinge 152,5 mm.

1.5 TOPOGRAFIA E SOLOS

A topografia da área de Condeixa é caracterizada, fundamentalmente, pelo predomínio

das superfícies planas, promovendo a rentabilidade da atividade agrícola. No entanto,

nas zonas sul e sudeste encontra‐se um sistema montanhoso, sobretudo composto

pelas serras de Janeanes e do Furadouro. O calcário é a rocha sedimentar dominante

no solo desta região.

A flora é constituída predominantemente por carvalhos, pinheiros, eucaliptos e muitas

espécies de características mediterrânicas (medronheiro, sanguinho‐das‐sebes,

madressilva‐caprina, zambujeiro), vegetação que pode ser encontrada em diversas

áreas florestais, como a Mata de Carvalhos do Furadouro e a Mata da Abofarda.

Na fronteira com o concelho de Montemor‐o‐Velho, destaca‐se a presença da reserva

natural de Paul de Arzila, que consiste numa zona húmida de grande importância

ecológica, nomeadamente por ser habitat de várias espécies em vias de extinção, entre

as quais figuram a Lontra e cerca de 120 espécies de aves.

1.6 HIDROGRAFIA

Sob o ponto de vista hidrográfico, há que assinalar a abundância de águas correntes

que sustentam uma vegetação frondosa, promovendo a atividade agrícola e

consequente sustentabilidade de muitas famílias do concelho.

O município é atravessado por quatro cursos principais de água:

Rio Ega, também conhecido como Rio dos Mouros, nasce no concelho de

Ansião e tem a sua foz no Mondego, ocorrendo no limite dos concelhos de Soure

e Montemor-o-Velho. Com cerca de 3,5 km de extensão, atravessa o afloramento

calcário do Jurássico médio, onde escava um pequeno mas imponente canhão

fluvio-cársico;

Ribeira de Cernache resulta das nascentes de Feteira, do Olho Marinho, de

Salviegas, de Vila Nova e do Rifano, cujas águas escorrem para o Mondego;

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Ribeira de Bruscos;

Ribeira de Alcabideque.

1.7 DIVISÃO ADMINISTRATIVA

A vila de Condeixa‐a‐Nova, com 2,92km² de área urbana e cerca de 5136 habitantes,

encontra‐se situada a 12km da capital do distrito ‐ Coimbra – e está inserida na região

Centro, sub‐região do Baixo Mondego e na região natural da Beira Litoral.

A freguesia da Anobra com 12,82km² de área e 1 316 habitantes (instituto nacional de

estatística (INE), censos de 2011), ainda recorre à agricultura como um meio de

subsistência significativo, no entanto é a indústria a assegurar a maior parte dos postos

de trabalho.

A freguesia de Belide foi vila e sede de concelho, constituído apenas por uma freguesia,

até ao início do século XIX. Tem uma área de 2,80km² e um total de 245 habitantes (INE,

censos de 2011) e apresenta, ao nível dos sectores de atividade, um predomínio da

indústria.

Bem-da-fé, com 2,34km² de área e 112 habitantes (INE, censos de 2011), é uma aldeia

pequena e isolada cuja população vive, na sua maioria, à custa da agricultura, voltada

essencialmente para o autoconsumo.

A freguesia de Condeixa‐a‐Velha, a 2Km de Condeixa‐a‐Nova, ocupa uma área de

22,6km2 e é detentora de uma população de aproximadamente 2835 habitantes (INE,

censos de 2011). Consiste num remanescente de uma das maiores povoações romanas

de que há vestígios em Portugal, nascida no século II A.C. – a cidade de Conímbriga.

A Ega, fronteiriça do concelho de Soure, é a freguesia mais extensa do concelho, com

34,87 km2 de área e uma das mais populosas, com 2835 residentes (INE, censos 2011).

O Furadouro encontra‐se numa ravina de um imponente sistema montanhoso, onde se

pode visitar uma atraente formação geológica ‐ Buracas do Casmilo. Consiste numa

freguesia com 13,68km² de área e com 206 habitantes (INE, censos de 2011), cujos

condicionalismos naturais terão dificultado desde sempre o seu acesso, pelo que a

população se dedica maioritariamente à agricultura e pecuária.

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O Sebal, localizado a cerca de 4km a oeste da sede do concelho, tem uma área de

16,68 km² e 2478 habitantes (INE, censos de 2011).

Vila Seca é uma freguesia com 14,37km² de área e 876 habitantes (INE, censos de

2011) cuja atividade mais característica consiste na cultura da vinha, apesar de

praticada quase exclusivamente pela população mais idosa.

A freguesia do Zambujal, com 18,04km² de área e 402 habitantes (INE, censos de

2001), é fundamentalmente rural, sendo a criação de gado bovino e caprino uma das

atividades mais importantes e onde assenta parte da sua economia, através da

produção de lacticínios.

Assim sendo, algumas freguesias do Concelho permanecem essencialmente rurais,

onde a agricultura assume o principal meio de sustentação económica das populações.

Já freguesias como Condeixa‐a‐Nova ou Condeixa‐a‐Velha têm vindo a acentuar a

vertente urbana do Concelho, permitindo uma maior oferta comercial e industrial,

condições que levam a uma progressiva fixação da população jovem e consequente

crescimento demográfico. Comparativamente aos dados dos Censos 2001, as 3

freguesias que tiveram um aumento significativo da população foram Condeixa-a-Nova,

Condeixa-a-Velha e Sebal. Todas as outras freguesias do Concelho perderam

habitantes, muito devido à população idosa que nelas reside.

Em 2013 ocorreu a reorganização administrativa das freguesias ficando o concelho de

Condeixa-a-Nova, abrangido pelas seguintes freguesias: Anobra, Ega, Furadouro,

União das Freguesias de Sebal e Belide, União das Freguesias de Vila Seca e Bendafé,

União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova e Zambujal.

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1.8 ACESSIBILIDADE

A acessibilidade das populações aos cuidados de

saúde depende de múltiplos factores, tais como a

realidade socioeconómica, a cultura, os hábitos e as

tradições, a oferta qualitativa e quantitativa dos

cuidados de saúde e a distância a que se encontram

dos locais onde esses cuidados de saúde são

prestados. Efetivamente, o concelho de Condeixa‐a‐

Nova é servido por três vias rodoviárias principais: o

IC2/N1, o IC3/N347 e a A1, que permitem um fácil e

rápido acesso ao município, conferindo‐lhe uma

capacidade de atração de populações, serviços e

indústrias. Para além disso, é possível aceder às

diversas freguesias por estradas municipais e nacionais, nomeadamente a EN342.

Tabela 1- Caracterização das distâncias das freguesias à sede do Concelho

Analisando as distâncias de cada freguesia às unidades de cuidados de saúde sediadas

em Condeixa‐ a‐ Nova, é possível verificar que são relativamente curtas, variando entre

os 2,3Km e os 11,2Km, sendo Condeixa‐ a‐ Velha a freguesia mais próxima e o

Zambujal a mais distante. Finalmente, Condeixa‐ a‐ Nova dista apenas de 12,6km dos

Freguesias

Distância a Condeixa-a

Nova (Km)

Tempo médio até à

sede (min)

Anobra 6,2 10

Belide 7,3 10

Bem da Fé 10,8 15

Condeixa-a-Nova 2,3 5

Ega 4,6 7

Furadouro 7,7 10

Sebal 4,4 7

Vila Seca 10 15

Zambujal 11,2 13

Figura 25-Rede Viária de Condeixa-a-Nova

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cuidados de saúde secundários ministrados no Centro Hospitalar e Universitário de

Coimbra-CHUC.

A rede de transportes públicos é constituída por duas empresas privadas que garantem

a ligação entre as diversas freguesias e a vila de Condeixa‐ a‐ Nova (e respetivo centro

de saúde). O serviço de transporte escolar é prestado pelo município e consiste na

oferta de serviço de transporte entre o local de residência do aluno e o local do

estabelecimento de ensino, quando estes distam mais de 4km.

A rede de comunicação confere uma taxa de cobertura para a rede fixa de 74,6% e de

37,1% para a rede móvel (INE, censos de 2001). O concelho dispõe de uma estação de

correios localizada na vila de Condeixa‐a‐Nova, com distribuição domiciliária 5 dias por

semana em todas as freguesias, e ainda três postos de correio distribuídos pelo mesmo.

Assim sendo, é possível concluir que o concelho oferece uma razoável rede viária e de

comunicação, permitindo a aproximação da população aos cuidados de saúde,

garantindo uma boa acessibilidade.

1.9 INFRAESTRUTURAS

1.9.1 Eletricidade, água e saneamento

Todas as freguesias servidas pelo centro de saúde de Condeixa‐a‐Nova têm acesso à

rede elétrica pública, pelo que a taxa de cobertura é de 100%.

No passado, o abastecimento de água era feito através de dois sistemas públicos com

origem em dois furos situados em Alcabideque e Olho‐Rebolia. No entanto, devido ao

facto da água de Condeixa conter muito calcário verificaram‐se efeitos crónicos, quer

nas canalizações particulares quer no sistema municipal de abastecimento. Assim, foi

necessária a construção de uma grande conduta adutora, que atualmente faz o

transporte de água desde a sua captação da Boavista, no Mondego, até dois

reservatórios no concelho de Condeixa, nomeadamente o de Alcabideque e Ega.

Posteriormente, a distribuição é feita através da rede de abastecimento já existente,

garantindo um fornecimento de água potável a toda a população do concelho. As

captações são protegidas e o tratamento das águas inclui desinfeção com cloro e

tratamento físico‐químico. A vigilância sanitária efetuada nos sistemas de água para

consumo humano inclui análises microbiológicas (análises G1), sumária físico‐química

(análises G2) e determinação de substâncias físico-químicas cuja presença é

indesejável (análises G3).

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Caso seja necessário, existem outros 58 pontos de água alternativos (7 poços, 47 minas

e 4 furos), cujas águas são tratadas.

O tratamento de águas residuais é realizado numa das

três Estações de Tratamento de Águas Residuais

(ETAR) do concelho: Condeixa‐a‐Nova, Eira‐Pedrinha e

na Zona Industrial.

Segundo dados do INE referentes ao ano de 2006,

verifica-se que apesar das infraestruturas de

tratamento de águas residuais disponíveis, existe uma discrepância entre a drenagem

de caudais efluentes produzidos (349 milhares m3) e a quantidade de águas residuais

tratadas (62 milhares m3), o que traduz uma situação ambiental desfavorável e

comprometedora do equilíbrio ambiental.

A recolha dos resíduos sólidos urbanos (RSU) é da

responsabilidade da autarquia, sendo feita com uma

regularidade variável consoante as necessidades das

freguesias do concelho. Os resíduos são, posteriormente,

depositados no aterro sanitário de Vil de Matos.

Em 2008, em resultado da adoção de uma nova estratégia de gestão de RSU, com a

introdução de objetivos que visam promover o

aproveitamento, reciclagem e valorização de resíduos, foi

criado um Parque de Resíduos onde os munícipes podem depositar os resíduos com

características que não permitam a sua deposição nos contentores de lixo ou ecopontos.

1.9.2 Habitações

Segundo os dados referentes aos censos de 2011 observa‐se, para todas as freguesias

do concelho de Condeixa‐a‐Nova, um maior número de alojamentos relativamente ao

número de famílias. Este fenómeno pode dever‐se a uma grande especulação

imobiliária, em virtude da proximidade à cidade de Coimbra e da boa rede viária que liga

ambos os municípios. Perante estes condicionalismos verifica-se que a oferta é superior

à procura.

Figura 26- Estação de Tratamento de Águas Residuais (zona industrial)

Figura 27-Parque de resíduos

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Tabela 2-Habitação nas freguesias do Concelho de Condeixa-a-Nova

(Fonte: INE-Censos 2011)

Para o excesso de alojamentos, contribuirão também as habitações da população

emigrada, casas de segunda habitação e alojamentos vagos.

Alojamentos Nº absolutos %

Residência Habitual 6214 73%

Residência Secundária 774 9%

Vago 1500 18%

Total 8488 100%

Tabela 3-Formas de ocupação dos alojamentos em Condeixa-a-Nova

(Fonte: INE-Censos 2011)

1.9.3 Sectores de atividade

As atividades económicas agrupam-se em três sectores: Primário, Secundário e

Terciário.

Sector Primário: Consiste no conjunto de atividades económicas que extraem

e/ou produzem a matéria-prima. Os negócios importantes neste sector incluem a

agricultura, a avicultura, a pesca, a pecuária, a silvicultura e a mineração.

Freguesias Residentes Famílias Alojamento

Anobra 1316 502 658

Belide 245 102 134

Bem da Fé 112 45 60

Condeixa-a-Nova 5136 1785 2300

Condeixa-a-Velha 3472 1282 1712

Ega 2835 1056 1439

Furadouro 206 82 134

Sebal 2478 919 1184

Vila Seca 876 332 527

Zambujal 402 161 342

Total 17078 6266 8490

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Sector Secundário ou Industrial: É o sector da economia que transforma a

matéria-prima, extraída e/ou produzida pelo sector primário, em produtos de

consumo ou em máquinas industriais. Engloba atividades económicas como a

indústria transformadora e a construção civil, sendo a indústria a atividade mais

importante deste sector.

Sector Terciário ou Sector de Serviços: Trata-se de um sector que envolve a

prestação de serviços às empresas, bem como aos consumidores finais. Os

serviços podem envolver os transportes, o comércio, a educação, a polícia, os

bancos, os seguros, as profissões liberais, os empregados domésticos, entre

outros.

As condições económicas de uma população têm uma importante influência no

processo saúde/doença e estão estreitamente ligadas aos recursos existentes na

comunidade.

A distribuição da população ativa por sectores de atividade permite concluir sobre as

atividades económicas e grau de desenvolvimento de uma determinada região.

Assim sendo, segundo os dados disponíveis através do INE (2008), o sector

predominante quer a nível nacional, quer a nível da região do Baixo Mondego, é o

terciário.

Gráfico 1. Peso de cada sector na actividade económica da região Baixo Mondego em 2008

(Fonte: INE)

A nível nacional os serviços têm um peso menor (73,8%). Já o sector secundário e a

agricultura têm um peso maior (23,9% e 2,4%, respectivamente).

2%

20%

78%

sector 1º

sector 2º

sector 3º

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Gráfico 2. Percentagem de população ativa por sectores de atividade e freguesia

(Fonte: Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova)

Avaliando as freguesias do concelho, é possível concluir que o sector terciário também

constitui a atividade económica dominante, com exceção da freguesia de Bem-da-fé, na

qual se destaca o sector secundário, já que a maioria da população desta freguesia

trabalha em empresas localizadas na Zona Industrial.

Atendendo a esta realidade e analisando os dados do INE – 2008, torna-se importante

realçar que a atividades industrial desempenha um papel importante no contexto

socioeconómico do concelho de Condeixa, sendo que as indústrias predominantes

pertencem aos seguintes sectores de atividade económica:

Indústria Extrativas 9 8

Indústria Transformadora 86 90

Construção 167 163

Comércio por grosso e a retalho 336 325

Transporte e armazenamento 52 54

Alojamento, restauração e similares 103 107

Atividade de informação e comunicação 15 16

Atividade Imobiliária 13 17

Atividade de consultadoria, científica, técnica e similares 181 203

Atividades administrativas e dos serviços de apoio 55 259

Educação 134 137

Atividades de saúde humana e apoio social 162 163

Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 44 47

Outras 267 70

Total 1624 1680

Tabela 4-Empresas por sector de atividade económico no concelho de Condeixa-a-Nova (Nº)(Fonte:

Pordata)

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 29 de 111

A maioria das unidades industriais do concelho estão concentradas na Zona Industrial

do Sebal, sendo as de maior relevo as transformadoras do sector alimentar (ex.

INCARPO, INDOLIVA, FRICOSTA…) e, sobretudo, as indústrias de cerâmica, com

particular relevo para as decorativas (ex. COLORISA, CERIC, AZULCER…).

1.9.4 Características demográficas nacionais

Para um estudo mais pormenorizado da comunidade torna-se essencial conhecer

algumas estatísticas nacionais.

Nesta primeira parte, ilustraremos qual a dimensão demográfica da população residente

em Portugal e a sua evolução desde 1991, através da pirâmide etária.

Gráfico 3. Pirâmide etária da população residente em Portugal

(Fonte: ACS)

Os indicadores demográficos nacionais serão abordados em subcapítulos

subsequentes juntamente com os indicadores regionais e locais, permitindo assim

efetuar uma melhor comparação.

Anos Total 0-14 anos 15-64 anos ≥65 anos

2005 10.549.424 1.645.834 7.103.270 1.800.320

2010 10.604.935 1.596.259 7.050.669 1.958.008

2011 10.556.999 1.567.965 6.957.212 2.031.822

Tabela 5-Distribuição da população portuguesa total e por grandes grupos etários (Fonte: Pordata)

Analisando a tabela, percebe-se que a população diminuiu em 2011, registando-se um

número total de habitantes semelhante ao ano de 2005, tendo contribuído para tal uma

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 30 de 111

diminuição da população jovem e da população adulta. Regista-se, ainda um aumento

significativo da população idosa (231.502 idosos) no espaço temporal compreendido

desde 2005 até 2011 De acordo com as características citadas, existe uma clara

tendência para o envelhecimento da população portuguesa.

Segundo os dados do Pordata referentes ao ano de 2011, a população com idade

inferior a 14 anos representa aproximadamente 14,7% da população total em Portugal

e a população idosa, com idade superior a 65 anos, cerca de 19,1%. Estima-se que a

população jovem diminua para os 12% até 2060, prevendo-se uma tendência oposta

para a população idosa esperando um aumento desta para os 32%.

1.9.5 População Residente local (Condeixa-a-Nova)

Segundo os dados do INE, a população residente em Condeixa-a-Nova em 2011 é de

17087 habitantes.

Escalão

Etário Homens Mulheres Total %

0-14 1421 1318 2739 16,04%

15-64 5251 5816 11067 64,80%

>65 1329 1943 3272 19,16%

Total 8001 9077 17078 100%

Tabela 6-População anual (nº e %) residente por Sexo e Grupo etário em Condeixa-a-Nova

(Fonte: Pordata)

Com a tabela anterior, percebemos que os jovens (0 a 14 anos) representam 16,04%

da população total; enquanto os idosos (> 65 anos) representam 19,16% da população

total.

Seguindo a tendência nacional, também em Condeixa-a-Nova se verifica uma redução

da população jovem acompanhada do aumento da população idosa.

Escalão Etário Homens Mulheres

0-14 8,32% 7,71%

15-64 30,74% 34,07%

>65 7,78% 11,38%

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 31 de 111

Total Geral 46,84% 53,16%

Tabela 7-Caracterização da população de Condeixa-a-Nova por Escalão Etário e Sexo (Fonte:

Pordata)

Gráfico 4. Caracterização da população de Condeixa-a-Nova por Escalão Etário e Sexo (Fonte:

Pordata)

Sexo Nº %

Masculino 8001 47%

Feminino 9077 53%

Total 17078 100%

Tabela 8- Distribuição da população residente em Condeixa-a-Nova em função do se

Gráfico 5. Distribuição da população residente em Condeixa-a-Nova em função do género

No gráfico anterior observamos um predomínio da população feminina que representa

53,16% da população em Condeixa-a-Nova, com um índice de feminilidade de 113,45

mulheres por cada 100 homens.

0

5

10

15

20

25

30

35

0-14 15-64 >65

Pe

rce

nta

gem

de

ute

nte

s

Escalão etário

Homens

Mulheres

47%

53%

Homens Mulheres

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 32 de 111

1.9.6 Densidade populacional

De acordo com os conceitos do INE, a densidade populacional define-se como a

intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número de habitantes de uma

área territorial determinada e a superfície desse território (expressa em número de

habitantes por quilómetro quadrado).

Segundo os dados do INE e do Pordata, ambos referentes ao ano de2011,a densidade

populacional de Condeixa-a-Nova é de 123,1 habitantes por km2 (dados provisórios).

2011 2010

Portugal 114,6 115,4

Centro 82,5 84,3

Baixo Mondego 161,1 158,3

Condeixa-a-Nova 123,1 132,3

Tabela 9-Densidade Populacional comparada segundo o local de residência

Fonte: Pordata

Gráfico 6-Densidade Populacional comparada segundo o local de residência em 2010 e 2011

(nº de Habitantes por Km2) (Fonte: Pordata)

Pela análise do gráfico e tabela anteriores, facilmente se conclui que a densidade

populacional de Condeixa-a-Nova é maior que a da região centro e isso deve-se em

parte à proximidade da cidade de Coimbra bem como às boas condições de habitação

e de cidadania que oferecem.

Percebemos ainda que a densidade populacional de Condeixa-a-Nova diminuiu de 2010

para 2011, passando de 132,3 para 123,1 habitantes por Km2.

Existe uma correlação entre regiões densamente povoadas com inúmeras áreas

urbanas, o que pode levar a uma alta incidência de doenças infecciosas, facilitando o

surgimento de epidemias.

020406080

100120140160180

2010

2011

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 33 de 111

1.9.7 Índices demográficos

A) Taxa de Crescimento Efectivo

A taxa de crescimento efetivo é a variação populacional observada durante um

determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média

desse período (habitualmente expressa por 100 ou 1000 habitantes).

Região Taxa de crescimento efetivo em 2010

Portugal -0,01%

Centro -0,22%

Baixo Mondego -0,67%

Coimbra -1,5%

Condeixa-a-Nova 1,62%

Tabela 10- Taxa de crescimento efetivo em 2010

(Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro em 2010)

Gráfico 7-Taxa de crescimento efetivo em 2010

(Fonte: Anuário Estatístico da Região Centro em 2010)

Segundo o Anuário Estatístico da Região Centro de 2010, registou-se um acréscimo de

1,62% no crescimento da população em Condeixa-a-Nova, contrariamente ao que

sucedeu na cidade de Coimbra, que apresentou um crescimento negativo na ordem de

-1,5%.

Região 2010 2009 2005 2000

Portugal -0,01% 0,1% 0,38% 0,6%

-2

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 34 de 111

Centro -0,22% -0,09% 0,26% 0,55%

Condeixa-a-Nova 1,62% 1,79% 1,67% 2,34%

Tabela 11-Taxa de crescimento efetivo por local de residência

(Fonte: INE e Anuário Estatístico da Região Centro 2010)

Perante este quadro, verifica-se que o crescimento da população acompanhou a

tendência nacional que tem vindo a diminuir decaindo para-0,01%. A região centro

apresentou um crescimento negativo de -0,22%, tendo Condeixa apresentado uma

subida do crescimento para 1,62%.

Este facto deveu-se às condições favoráveis do concelho, cativando as famílias de

outras localidades.

B) Índice de envelhecimento

O índice de envelhecimento é a relação entre a população idosa e a população jovem,

definida pelo quociente entre o número de pessoas com idade igual ou superior a 65

anos e o número de pessoas compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa

habitualmente por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos).

2009 2005 2000

Homens 95,70 89,70 83,56

Mulheres 140,60 131,50 121,78

HM 117,60 110,10 102,23

Tabela 12-Índice de envelhecimento (nº) em função do sexo em Portugal

(Fonte: INE)

Perante a análise da tabela atrás exposta, verifica-se que a proporção de pessoas

idosas, com idade superior a 65 anos, na população total aumentou desde 2000,

coincidente com o que sucede a nível europeu e mundial.

O índice de envelhecimento, em Portugal, passou de 102,2, em 2000, para 128,6

idosos por cada 100 jovens em 2011. Segundo o INE, espera-se que o indicador seja

superior a dois idosos por cada homem jovem e ultrapasse as três idosas por cada

mulher jovem em 2060.

2011 2010 2009 2005 2000

Portugal 128,6 120,1 117,6 110,1 102,2

Centro 164,3 152,9 149,7 140,1 129,9

Baixo Mondego I 173,9 161,3 157,3 146,7 134,1

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 35 de 111

Condeixa-a-Nova 119,5 140,6 139,5 137,7 139,7

Tabela 13-Indice de envelhecimento (nº) comparado segundo a área de residência

(Fonte: INE e Pordata)

Gráfico 8- Índice de envelhecimento comparado

(Fonte: INE e Pordata)

Em Condeixa-a-Nova, o índice de envelhecimento é de 119,5 idosos por cada 100

jovens, ou seja, aproximadamente 1,2 idoso para cada jovem.

Saliente-se que em Condeixa-a-Nova, houve uma diminuição significativa do índice de

envelhecimento de 2010 para 2011, passando a registar-se um índice inferior ao nível

nacional.

C) Índice de longevidade (nº)

O índice de longevidade traduz-se na relação entre a população mais idosa e a

população idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas

com 75 anos ou mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos (expressa

frequentemente por 100 pessoas com mais de 65 anos).

2011 2010 2009 2005 2000

Portugal 48,1 47,4 46,8 43,9 41,4

Centro 50,2 50,1 49,4 45,9 43,3

Baixo Mondego I 49,3 48,2 47,6 44,5 41,9

Condeixa-a-Nova 50,7 51,2 49,5 48,7 46,8

Tabela 14- Índice de longevidade (nº) comparado segundo a área de residência

(Fonte: INE, Anuário Estatístico de 2010 e Pordata)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Baixo mondego Centro Condeixa-a-Nova Portugal

2011

2010

2005

2000

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 36 de 111

Gráfico 9- Índice de longevidade comparado por região

(Fonte: INE, Anuário Estatístico de 2010 e Pordata)

Verifica-se que ao longo da última década existe uma tendência de aumento do índice

de longevidade, sendo que em Portugal se registam 48,1 grandes idosos (idades

superiores ou iguais aos 75 anos) para 100 idosos (idades superiores ou iguais aos 65

anos).

Em Condeixa-a-Nova, o índice de longevidade é maior, sendo 50,7 grandes idosos

para 100 idosos.

D) Índice de dependência por local de residência

Os dados seguintes são referentes aos anos 2001 e 2011 (os dados de 2011 são

ainda provisórios).

ID Total ID Jovens ID Idosos

2011 2001 2011 2001 2011 2001

Portugal 51,6% 47,8% 22,65% 23,6% 29,0% 24,2%

Centro 56,9% 52,6% 21,5% 22,9% 35,3% 29,7%

Baixo Mondego 53,8% 48,0% 19,6% 20,4% 34,2% 27,6%

Condeixa 54,3% 50,3% 24,7% 22,1% 29,6% 28,2%

Tabela 15-Indice de dependência comparada em função do local de residência e período de referência

(Fonte: Portada)

0

10

20

30

40

50

60

2011 2010 2005 2000

Baixo Mondego I

Centro

Condeixa-a-Nova

Portugal

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 37 de 111

Índice de dependência de Jovens

Em 2011, em Portugal, estimava-se que existiriam 22,6 jovens com menos de 15 anos

para 100 pessoas em idade ativa. Em Condeixa-a-Nova, estima-se que existem 24,7

jovens para 100 pessoas ativas. Verifica-se que existe um aumento em Condeixa-a-

Nova desde o ano 2001, contrariamente ao decréscimo observado no País e na Região

Centro.

Índice de dependência de Idosos

Em 2011, em Portugal, foi contabilizado um índice de dependência de idosos de 29,0%

contra 24,2% em 2001. Porém, em Condeixa-a-Nova este índice de envelhecimento é

ligeiramente superior ao índice nacional, sendo que em 2011 representa 29,6% contra

28,2% em 2001.

Esse aumento traduz o envelhecimento da população, sendo que, em Condeixa,

existem 29,6 idosos para 100 pessoas em idade ativa.

Índice de dependência total

Perante os valores acima mencionados, é expectável que o índice de dependência total

em Condeixa-a-Nova seja superior ao observado ao nível nacional, representando 54,3

para 100 pessoas em idade ativa, em 2011.

E) Taxa Bruta de Natalidade (‰)

A taxa bruta de natalidade é o número de nados-vivos ocorrido durante um determinado

período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período

(habitualmente expressa em numero de nados-vivos por 1000 habitantes).

A tabela seguinte apresenta a taxa de natalidade comparada segundo a área de

residência e período de referência dos dados, e o gráfico subsequente ilustra esses

dados.

Região 2011 2010 2009 2001

Portugal 9,2 9,6 9,4 11,0

Centro 7,9 8,1 7,9 9,6

Baixo Mondego 8,2 8,1 8,1 8,9

Condeixa-a-Nova 10,5 10,4 10,1 9,2

Tabela 16-Taxa bruta de Natalidade Comparada segundo área de residência

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 38 de 111

(Fonte: Pordata)

Gráfico 10-Taxa bruta de Natalidade comparada segundo área de residência

(Fonte: Pordata)

Observamos a mesma tendência a nível regional e a nível nacional para a diminuição

da taxa de natalidade, em contrapartida assistimos a um aumento da taxa de natalidade

em Condeixa-a-Nova de 2010 para 2011, com um aumento de 10,4 para 10,5‰. Através

da análise da tabela podemos ainda concluir que a taxa de natalidade em Condeixa-a-

Nova de10,5‰é superior à taxa da região Centro com 7,9‰ ou mesmo à taxa nacional

de 9,2‰.

F) Taxa de fecundidade geral (‰)

As mulheres em idade fértil têm idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos,

apresentando Condeixa-a-Nova 42,8% mulheres nesse grupo etário.

A taxa bruta de fecundidade geral define-se como o número de nados vivos observados

durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao

efetivo médio de mulheres em idade fértil desse período (habitualmente expressa em

numero de nados vivos por 1000 mulheres em idade fértil).

Região 2011 2010 2009 2001

Portugal 38,7 39,9 38,7 43,2

Centro 35,3 35,5 34,0 39,9

Baixo Mondego 36,2 35,3 34,5 35,9

Condeixa-a-Nova 42,8 44,3 45,1 37,7

Tabela 17- Taxa de fecundidade geral comparada por área de residência

(Fonte: Pordata)

0

5

10

15

2011

2010

2009

2001

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 39 de 111

Gráfico 11-Taxa de fecundidade geral comparada por área de residência (Fonte: Pordata)

A partir dos dados e gráficos apresentados, observa-se que existe uma tendência para

a diminuição da taxa de fecundidade, o que seria de esperar de acordo com a diminuição

da taxa de natalidade igualmente observada.

No entanto, reparamos que a taxa de fecundidade de Condeixa-a-Nova é superior às

taxas de fecundidade da região Centro e do País (42,8‰ contra 35,3‰ e 38,7‰).

G) Taxa bruta de Mortalidade (‰)

A taxa bruta de mortalidade calcula-se através do número de óbitos observado durante

um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população

média desse período (habitualmente expresso em numero de óbitos por mil habitantes).

A tabela seguinte descreve as taxas de mortalidade calculadas nos períodos de

referência e em função das regiões selecionadas (Portugal, Região Centro, Baixo

Mondego e Condeixa-a-Nova).

Região 2011 2010 2009 2001

Portugal 9,7 10,0 9,8 10,2

Centro 11,3 11,5 11,2 11,6

Baixo Mondego 10,8 11,1 10,9 10,7

Condeixa-a-Nova 9,6 10,1 9,4 11,4

Tabela 18- Taxa bruta de Mortalidade comparada por área de residência

(Fonte: Pordata)

0

10

20

30

40

50

2011 2010 2009 2001

Baixo Mondego

Centro

Condeixa-a-Nova

Portugal

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 40 de 111

Gráfico 12-Taxa bruta de mortalidade comparada por área de residência

(Fonte: Pordata)

Através da observação do gráfico anterior, verifica-se que a taxa de mortalidade tem

vindo a diminuir na última década tanto a nível nacional, regional e local. No entanto,

observa-se o oposto na região do Baixo Mondego, onde ocorreu um aumento ligeiro da

taxa bruta de mortalidade relativamente a 2001. Além disso, percebe-se que a redução

da mortalidade de Condeixa-a-Nova diminuiu consideravelmente desde o ano 2001

tendo sido registada uma queda de 16% (taxa de mortalidade de 11,4‰ em 2001 contra

9,6‰ em 2011) comparativamente com Portugal que registou uma diminuição de 5%

(taxa de mortalidade de 10,2‰ em 2001 contra 9,7‰ em 2011).

Note-se que a região Centro possui uma taxa de mortalidade superior à existente a nível

nacional, situação esta que se tem vindo a verificar há já alguns anos. No concelho de

Condeixa-a-Nova até ao ano 2009, também era superior à médica nacional, altura em

que se inverteu essa tendência apresentando, atualmente, uma taxa de mortalidade de

9,6‰.

Analisando as tabelas nº11 e 12, vê-se que a taxa de mortalidade encontrada a nível

nacional é superior à respetiva taxa de natalidade, traduzindo um balanço negativo. A

diferença entre as duas taxas é muito mais significativa na região Centro e Baixo

Mondego em que se observa uma taxa de mortalidade, para a região Centro, de 11,3‰

contra uma taxa de natalidade de 7,9‰. A nível nacional, existe uma taxa de mortalidade

de 9,7‰ contra uma taxa de natalidade de 9,2‰.

Em Condeixa-a-Nova, os valores aproximam-se mais dos encontrados a nível nacional

mas com um balanço positivo, uma vez que a taxa de mortalidade desceu

significativamente na última década sendo de 9,6‰ contra uma taxa de natalidade de

10,5‰.

0

2

4

6

8

10

12

14

2011 2010 2009 2001

Baixo Mondego

Centro

Condeixa-a-Nova

Portugal

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 41 de 111

H) Taxa de Mortalidade Infantil (‰)

A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de crianças com menos de um ano

de idade observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano

civil, referido ao número de nados vivos do mesmo período (habitualmente expressa em

numero de óbitos de crianças com menos de um ano por 1000 nados-vivos).

Região 2011 2010 2009 2001

Portugal 3,1 2,5 3,6 5,0

Centro 2,6 1,9 2,5 3,9

Baixo Mondego 2,9 0,7 2,6 4,3

Condeixa-a-Nova - - 5,5 7,1

Tabela 19-Taxa de Mortalidade Infantil comparada por área de residência

(Fonte: Pordata)

Com o avançar das técnicas no âmbito da medicina aliado à consciencialização das

famílias para a prevenção da doença através da promoção da saúde e a existência de

uma boa rede de CSP que garante o acompanhamento de todas as grávidas, a

tendência da mortalidade infantil é para diminuir. A taxa de mortalidade infantil serve

assim para comparar o estado sanitário e socioeconómico de diferentes populações.

Em Portugal, tem-se registado uma descida significativa, sendo que em 2011, a taxa de

mortalidade infantil foi de 3,1‰.

Segundo os dados do Pordata, a taxa de mortalidade infantil registada em Portugal

referente ao período de 2009 foi de 3,6‰ contra 5,5‰ em Condeixa-a-Nova,

demonstrando uma taxa de mortalidade infantil local mais alta do que a nível nacional.

Assim de acordo com o mesmo portal, em 2008, a taxa de mortalidade infantil da União

Europeia (27 membros) foi de 4,3‰ enquanto em Portugal no período homólogo, a taxa

de mortalidade infantil foi de 3,3‰.

2002 2005 2008

EU 27 5,4 4,9 4,3

Portugal 5,0 3,5 3,3

Tabela 20-Taxa de Mortalidade Infantil comparada

(Fonte: Pordata)

A tabela anterior ilustra a evolução da taxa de mortalidade infantil em Portugal ao longo

dos anos, comparando-a com as taxas da União Europeia.

Através desta tabela, percebe-se a diminuição considerável da taxa de mortalidade

infantil em Portugal de 5,0‰ em 2002 para 3,3‰ em 2008. Nota-se que desde o ano de

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 42 de 111

2002, a taxa de mortalidade infantil em Portugal é mais baixa do que a média da União

Europeia.

I) Esperança de vida à nascença

A esperança de vida à nascença representa o número médio de anos que uma pessoa

à nascença pode esperar viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades

observadas no momento.

Tabela 21-Esperança de vida à nascença por local de residência no período de 2008-2010

(Fonte: Anuário Estatístico 2010)

Na análise desta tabela, verifica-se que a esperança de vida à nascença é maior no

Baixo Mondego relativamente à média nacional.

Tabela 22-Esperança de vida à nascença comparada

(Fonte: Pordata)

Perante esta tabela pode-se concluir que a esperança de vida à nascença, em 2008,

era igual em Portugal e na União Europeia, verificando-se também que, em Portugal, a

esperança de vida à nascença tem vindo a aumentar (a esperança de vida à nascença

total de 77,3 anos em 2002 aumentou para 79,8 anos em 2010).

J) População em Idade Activa

Passamos a relembrar alguns conceitos para melhor entendimento dos números que

serão apresentados.

A população em idade ativa representa a população entre os 15 e 64 anos.

Local Anos

Portugal 79,2

Centro 79,59

Baixo Mondego 79,69

UE Portugal UE Portugal UE Portugal

2010 - 79,8 - 76,7 - 82,8

2008 79,4 79,4 76,4 76,2 82,4 82,4

2005 78,5 78,1 75,8 75,5 82,0 82,2

2002 77,7 77,3 74,5 73,8 80,9 80,6

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 43 de 111

A população ativa representa o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos

que, no período de referência, constituíam a mão-de-obra disponível para a produção

de bens e serviços que entram no circuito económico (empregados e desempregados).

A população inativa define-se pelo conjunto de indivíduos, qualquer que seja a sua

idade, que, no período de referência, não podiam ser considerados economicamente

ativos, isto é, não estavam empregados, nem desempregados, nem a cumprir o Serviço

Militar obrigatório.

Assim a população ativa, segundo o Anuário Estatístico 2010, em Portugal, é de 5580,7.

10^3, ou seja 52,47% da população residente em Portugal. A população desempregada

representa602,6.10^3, sendo que 4978,2.10^3 está empregada.

A taxa de atividade segundo o Anuário Estatístico de 2010 permite definir a relação entre

a população ativa sobre a população em idade ativa (15 ou mais anos). Deste modo, a

taxa de atividade em Portugal em 2010 foi de 52,5% e de 56,6% na região Centro,

posicionando-se acima do valor nacional.

De acordo com os Censos de 2001, existiam no concelho de Condeixa-a-Nova, cerca

de 8000 indivíduos sem atividade económica especificada, fatia representada na sua

maioria por jovens estudantes e agricultores de subsistência, traduzindo assim a

importância que esta última atividade ainda tem na sustentação económica das

freguesias mais rurais.

A maioria da população ativa do concelho concentra-se nas freguesias de Condeixa-a-

Nova, Condeixa-a-Velha e Ega.

Gráfico 13- Caracterização da situação profissional da população residente no concelho de Condeixa

Gráfico 14-Caracterização da situação profissional da população residente no Concelho e de acordo com a Freguesia

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 44 de 111

É possível observar ainda, que a população de indivíduos reformados (cerca de 3500)

tem um peso importante na situação profissional do concelho.

Relativamente aos indicadores de Atividade Económica para o concelho, é possível

verificar que houve um aumento da Taxa de desemprego de 1991 para 2001, tendo

afetado maioritariamente o género masculino. Segundo do INE, a Taxa média de

desemprego anual para o ano de 2009 foi de 9,5 %, pelo que é expectável que o

panorama ao nível do município se venha a agudizar.

Paradoxalmente, também se observa um aumento de 5,3% da Taxa de atividade no

Concelho, com um aumento mais significativo no sexo feminino (8,3%).

Assim sendo, pode concluir-se que as oportunidades de emprego no concelho de

Condeixa-a-Nova têm favorecido, de um modo geral, o género feminino.

Sexo 1991 2001

Homens 51,1 52,8

Mulheres 31,2 39,5

Total 40,4 45,7

Tabela 23- Taxa de actividade do Concelho de Condeixa-a-Nova em 2001 (Fonte: INE)

Homens 2,4 4,0

Mulheres 9,0 7,3

Total 5,1 5,5

Tabela 24-Taxa de desemprego do Concelho de Condeixa-a-Nova em 2001 (Fonte: INE)

Segundo dados do INE, a taxa de desemprego continua a aumentar, atingindo no 2º

Trimestre de 2012, 15%.

Total Homens Mulheres

Portugal 15% 15,1% 14,9%

Tabela 25-Taxa de desemprego em Portugal no 2º Trimestre de 2012

(Fonte: INE)

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 45 de 111

K) Taxa de crescimento migratório (%)

A taxa de crescimento migratório representa o saldo migratório durante um determinado

período de tempo, normalmente um ano civil, referido a população média desse período

(habitualmente expressa por 100 ou 1000 habitantes).

O saldo migratório é a diferença entre o número de entradas e saídas por migração,

internacional ou interna, para um determinado pais ou região, num determinado período

de tempo.

Assim, de acordo com o INE, estima-se que, em 31 de Dezembro de 2011, residissem

em Portugal 10 541 840 indivíduos, representando um decréscimo populacional de -30

317 indivíduos, face ao valor estimado para Dezembro de 2010 (10 572 157),

traduzindo-se desta forma, numa taxa de crescimento efetivo negativo de -0,29% em

2011. Para esse decréscimo populacional concorreram um saldo natural negativo de -

5986 indivíduos, de que resultou numa taxa de crescimento natural negativa de -

0,06%,m e um saldo migratório também negativo de -24 331 indivíduos, refletindo-se

numa taxa de crescimento migratório de -0,23%.

2010 2009 2005 2000

Portugal 0,04 0,14 0,36 0,46

Centro 0,12 0,23 0,51 0,69

Condeixa-a-Nova 1,59 1,73 1,82 2,32

Tabela 26-Taxa de Crescimento migratório comparada

(Fonte: INE)

Gráfico 15-Taxa de crescimento migratório comparada

(Fonte: INE)

0

1

2

3

2010 2005 2000

Taxa de crescimento migratório comparada

Centro Condeixa-a-Nova Portugal

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 46 de 111

A vila de Condeixa-a-Nova apresenta um crescimento migratório muito superior ao

registado a nível nacional, tendo evoluído de forma consideravelmente negativa desde

a última década. Atualmente representa 1,59 por 100 habitantes. Esta discrepância

relativamente à região centro ou mesmo ao nível nacional, deve-se a todas as condições

que a Vila oferece como foi anteriormente citado.

1.10 CARACTERIZAÇÃO FAMILIAR EM PORTUGAL

Entende-se por Família Clássica o conjunto de pessoas que residem no mesmo

alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo

ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se também como família clássica

qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou totalidade de uma unidade de

alojamento.

Segundo dados do INE, entre 2001 e 2011 o número de famílias clássicas em Portugal

aumentou 10,8%, atingindo os 4 044 100. Em contrapartida, as famílias são hoje menos

numerosas. A dimensão média das famílias em 2011 é de 2,6 elementos enquanto em

2001 era de 2,8 elementos. A região centro apresenta uma dimensão média de 2,53

elementos por família.

O número de famílias institucionais aumentou também na última década de forma muito

expressiva, cerca de 24,7%, o que de certa forma traduz o aumento do número de

instituições particularmente vocacionadas para responder às necessidades de uma

sociedade cada vez mais envelhecida.

Saliente-se ainda que as famílias de maior dimensão têm vindo a perder expressão ao

longo das últimas décadas. Em 2011 as famílias com 5 ou mais elementos

representavam 6,5% comparativamente aos anos de 2001 em que esse valor era de

9,5% e em 1991 de 15,4%.

Em sentido oposto, aumentou o número de famílias de menor dimensão, com 1 pessoa

e 2 pessoas, cuja representação era em 2011 de respetivamente 21,45% e 31,59%.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 47 de 111

Gráfico 16-Tipo de famílias clássicas, segundo a sua dimensão, comparada por local de residência

(Fonte: INE)

Gráfico 17-Tipo de famílias clássicas em Condeixa-a-Nova, segundo a dimensão

(Fonte: INE)

Da análise do gráfico anterior, resulta que 32% das famílias em Condeixa-a-Nova são

constituídas por 2 elementos, 28% por 3 elementos, 18% por 4 elementos, 17% por

apenas 1 elemento e 5% por 5 ou mais elementos.

Desde já, pode-se interligar esses resultados em parte, com o aumento da idade média

das mulheres ao nascimento do primeiro filho, uma vez que tem vindo a crescer

continuamente, atingindo em 2011, uma idade média de 29,2 anos. Por outro lado, os

problemas socioeconómicos que afetam as famílias portuguesas levam cada vez mais

as famílias a protelar ou mesmo a evitar uma gravidez.

Idade média da mãe ao nascimento do primeiro

filho- Idade média

2000 26,5

2005 27,8

2009 28,6

0%5%

10%15%20%25%30%35%

Com 1

Com 2

Com 3

Com 4

Com 5 ou mais

17%

32%28%

18%

5%

Dimensão das familias

1

2

3

4

5

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 48 de 111

2010 28,9

2011 29,2

Tabela 27. Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho

(Fonte: Pordata)

Perante a análise das tabelas e gráficos anteriores, percebe-se que as famílias unitárias

e casais sem filhos tendem a aumentar, enquanto as famílias constituídas por casal e

filhos têm tendência a diminuir.

Esta evolução é provavelmente devida a uma multiplicidade de agentes em que

predominam fatores sociais e económicos. Se por um lado, o envelhecimento da

população leva a um aumento de famílias unitárias por viuvez do parceiro/a, por outro

lado, o aumento do número de casais em fase VIII do ciclo de Duvall, a diminuição da

taxa de natalidade e da taxa de fecundidade e o aumento da idade média das mulheres

aquando do nascimento do primeiro filho, contribuem para um maior número de casais

sem filhos.

1.11 CARACTERIZAÇÃO DO GRAU DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO

Começamos por relembrar os conceitos:

Ensino Básico: Nível de ensino que se inicia com cerca da idade de seis anos,

com a duração de nove anos, cujo programa visa assegurar uma preparação

geral comum a todos os indivíduos, permitindo o prosseguimento posterior de

estudos ou a inserção na vida ativa. Compreende três ciclos sequenciais, sendo

o 1.º de quatro anos, o 2.º de dois anos e o 3.º de três anos. É universal,

obrigatório e gratuito.

Ensino Secundário: Nível de ensino que corresponde a um ciclo de três anos

(10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade), que se segue ao ensino básico e que

visa aprofundar a formação do aluno para o prosseguimento de estudos ou para

o ingresso no mundo do trabalho. Está organizado em cursos

predominantemente orientados para o prosseguimento de estudos e orientados

para a vida ativa. Segundo as novas políticas educacionais também passou a

ser de carácter obrigatório.

Ensino Superior: Nível de ensino que compreende os ensinos universitário e

politécnico, aos quais têm acesso indivíduos habilitados com um curso

secundário ou equivalente e indivíduos maiores de 23 anos que, não possuindo

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 49 de 111

a referida habilitação, revelem qualificação para a sua frequência através de

prestação de provas.

A tabela seguinte determina a população ativa por grupo etário e nível de escolaridade

a nível nacional e regional.

Sem

Instrução

Básico-1º

ciclo

Básico-2º

ciclo

Básico-3º

ciclo Secundário Superior

Portugal 3,93% 23,47% 17,09% 21,22% 18,26% 16,01%

Centro 5,85% 29,23% 17,07% 20,22% 15,99% 11,64%

Tabela 28 . Percentagem de população ativa segundo o nível de escolaridade completo em 2010

(Fonte: Anuário estatístico de 2010)

Gráfico 18- Percentagem de população ativa segundo o nível de escolaridade completo em 2010

(Fonte: Anuário estatístico de 2010)

Em 2010, cerca de 65,71% da população residente em Portugal tinha um grau de

escolaridade de ensino básico e apenas 16,01% era detentora de um curso superior.

Como se pode visualizar no gráfico acima e segundo os dados disponíveis para a região

Centro, cerca de 30% da população possuía o 1º ciclo do ensino básico, estando este

facto de acordo com o índice de envelhecimento elevado da população do concelho.

No entanto uma parte significativa da população mais jovem possuía já um curso

superior graças à proximidade a Coimbra que possibilita o acesso ao ensino superior.

Segundo dados do INE, o nível de instrução atingido pela população em Portugal

progrediu de forma muito expressiva na última década. Pela análise do Censos 2001,

observou-se um recuo da população com níveis de instrução mais reduzidos,

(designadamente até ao ensino básico 2º ciclo), acompanhado de um aumento dos

níveis de qualificações superiores.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Centro Portugal

Sem Instrução

Básico-1º ciclo

Básico-2º ciclo

Básico-3º ciclo

Secundário

Superior

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 50 de 111

A população apurada nos Censos 2011 que possuía o ensino superior completo quase

duplicou na última década. Passamos dos 674 094 pessoas que tinham o ensino

superior completo para as 1 262 449.

O concelho de Condeixa-a-Nova suporta a educação da população desde o ensino pré-

escolar até ao ensino secundário. Dispõe, atualmente, de dez Jardins de Infância, nove

escolas do 1º ciclo de Ensino Básico, uma escola com Ensino Básico do 2º ciclo, duas

escolas com Ensino Básico do 3º ciclo e uma Escola Secundária.

Existem ainda três entidades que asseguram a formação profissional: o Instituto Técnico

Artístico Profissional (ITAP), a Santa Casa da Misericórdia (SCM) e a Associação da

Ega.

A análise do gráfico seguinte permite constatar que a população escolar se tem mantido

estável no ano de 2009 e 2010.

Pré-escolar Básico-1º ciclo Básico-2º ciclo Básico-3º ciclo Secundário

2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010

Condeixa-a

Nova 372 351 505 508 233 242 325 333 232 300

Tabela 29. Número de alunos matriculados nos diferentes graus de ensino em Condeixa-a-Nova

nos anos lectivos de 2009 e 2010 (Fonte: Pordata)

A distribuição da população, por nível de ensino, mostra a predominância do nível de

instrução primário, seguido pelo grupo da população com instrução básica de 2º e 3º

Ciclos. O total de habitantes com instrução secundária representa 16% da população

do território em análise e o número de residentes com o ensino superior representa

12%,sendo este um valor inferior à média nacional em 2010 (16%).

1.12 RECURSOS DE SAÚDE

A comunidade de Condeixa-a-Nova possui um centro de saúde dividido em Unidade de

Saúde Familiar Condeixa (USF Condeixa) e USF Fernando Namora; clínicas privadas

abrangendo várias especialidades; 4 farmácias (três em Condeixa e uma em S. Fipo);

Laboratórios de análises Clínicas; Lar Idosos: Santa Casa da Misericórdia; Lar Arrifana;

Lar Doce Viver- Bruscos; Centros de Dia: Condeixa-a-Velha; Ega; Santa Casa da

Misericórdia; Anobra. Incluídas nas atividades dos Centros de Dia, existem equipas que

prestam apoio domiciliário, no que respeita à alimentação, cuidados de higiene e

limpeza da casa. Estas atividades são executadas pelos centros de dia da Santa Casa,

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 51 de 111

Ega e ainda de Pereira (já pertencente a Alfarelos); Casa de Saúde Rainha Santa Isabel

(Silvais) e um Centro de Imagiologia.

Segundo os dados do Pordata, atualizado a 20 de Junho 2010, existiam em Portugal

nessa data, cerca de 390,7 médicos por 100 mil habitantes.

Tabela 30.Número de médicos por 100 mil habitantes em 2010 em Portugal (Fonte: Pordata)

Ainda segundo o mesmo portal, em 2010, a média de consultas de centro de saúde de

Condeixa-a-Nova por habitante era de 3,4 consultas por ano.

1999 2010

Centro 3,1 3,3

Baixo Mondego 3,1 3,3

Condeixa-a-Nova 2,5 3,4

Tabela 31-Número de consultas médicas nos centros de saúde por habitante

(Fonte: Pordata)

Dada a proximidade com a Cidade de Coimbra (19km), a comunidade de Condeixa-a-

Nova dispõe de uma boa acessibilidade aos cuidados de saúde secundários de

referência, nomeadamente o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Maternidade

Bissaya Barreto, Maternidade Daniel de Matos, Hospital Pediátrico, Instituto Português

de Oncologia Francisco Gentil e Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.

CONCLUSÃO DO ESTUDO DA COMUNIDADE

De um modo geral, podemos afirmar que o concelho de Condeixa-a-Nova dispõe de

boas condições para viver.

Para além do seu amplo património natural e cultural, este concelho dispõe de bons

recursos na área da educação contemplando a existência de estabelecimentos de

ensino desde o pré-escolar até ao secundário, distando ainda apenas 12km de diversas

instituições de ensino superior em Coimbra.

No que concerne às características demográficas, trata-se de uma população menos

envelhecida (índice de envelhecimento de 119,5%) do que a média registada a nível

2010 2005 2001

Nº de médicos por 100

mil habitantes 390,7 342,6 322,9

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 52 de 111

nacional (128,6%).Porém apresenta uma taxa de natalidade maior (10,5‰ versus

9,2‰), tendo-se por isso mantido constante o índice de envelhecimento, contrariamente

ao índice nacional que tem vindo a aumentar. A taxa de mortalidade infantil da região

centro em 2011 foi de 2,6‰,configurando assim uma das mais baixas do país.

Pode concluir-se que a população servida pelo centro de saúde se encontra bem

apoiada ao nível das infraestruturas necessárias para a manutenção do bem-estar

físico, psíquico e social dos indivíduos que a integram.

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2- CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA

Os cuidados de saúde primários têm uma história de três décadas durante as quais se

registaram avanços notáveis no domínio da MGF Portuguesa. Durante décadas, a

generalidade da população esteve sem cuidados médicos ou com assistência precária.

Apenas as classes altas e alguns elementos da classe média podiam recorrer a médicos

privados. Durante estes trinta anos, os centros de saúde têm constituído a infraestrutura

organizativa essencial dos cuidados da saúde primários (CSP) cobrindo todo o território

nacional.

É possível descrever o desenvolvimento dos CSP em quatro fases relativamente bem

delimitadas:

1. Uma primeira fase desde 1971 até ao período revolucionário de 1974

Os centros de saúde de primeira geração apareceram em 1971 e estavam associados

ao que então se entendia por Saúde Pública (Vacinação, Vigilância da Saúde da grávida

e da criança, atividades de autoridade sanitária incluindo as relacionadas com o

ambiente) e tinham um perfil de atuação prioritariamente ligado à prevenção e aos

grupos vulneráveis. Os cuidados curativos imediatos extra-hospitalares eram prestados

nos postos clínicos dos Serviços Médicos-Sociais (SMS) das Caixas de Previdência.

2. A fase do serviço médico à periferia de 1975 a 1982

Inspirado pela corrente revolucionária de 1974 e a implementação da democracia, ficou

assente que o acesso à saúde seria um direito de todos os cidadãos. Como as “caixas”

não cobriam a totalidade da população, foi criado o Serviço Médico à Periferia como

uma medida de recurso.

Em 1978, a Conferência Internacional dos CSP apostou na “Saúde para Todos no ano

de 2000” promulgando que a saúde seria o objetivo social primordial.

Em 1979 foi criado o Serviço Nacional de Saúde (Lei nº 56/79-Primeira Lei de Bases da

Saúde) de acesso universal e financiado pela coletividade (impostos).

3. A fase dos centros de saúde integrados, desde 1983 e da expansão do

Serviço Nacional de Saúde criado em 1979

A década de 80 marcou o nascimento de uma carreira estruturada, a carreira médica de

clínica geral, em que pela primeira vez na história do país, a maioria da população teve

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 54 de 111

acesso a cuidados primários com dignidade. Foram criados os Centros de Saúde que

consistiam numa “unidade integrada, polivalente e dinâmica, prestadora de cuidados

primários, que visa a promoção e a vigilância da saúde, a prevenção, o diagnóstico e o

tratamento da doença, dirigindo, globalmente a sua ação ao individuo, à família e à

comunidade” (Despacho Normativo nº97/83 de 22 de Abril). Estes centros de saúde de

segunda Geração não eram mais do que a fusão entre os centros de saúde de 1ª

Geração e os postos clínicos das Caixas de Previdência (SMS). A verdade é que não

existiu uma melhoria nas características existentes, continuando estas desajustadas às

expectativas e necessidades dos médicos de clínica geral e da população.

Foi iniciada a regionalização do SNS com a criação das Administrações Regionais de

Saúde tendo no entanto, sido interrompidas várias estratégias da saúde devido às

debilidades do sistema político e de governação.

4. A fase atual, de transição

Nos termos da Lei de Bases da Saúde, os CSP são o “núcleo do sistema de saúde e

devem-se situar junto das comunidades”. Com base no exposto, a reforma dos CSP à

qual assistimos nos dias de hoje é a chave para a criação de instrumentos legais e

operacionais que permitam recentrar o sistema português nos CSP e no

desenvolvimento de uma matriz organizativa que conduza à reconfiguração dos Centros

de Saúde orientada para a obtenção de ganhos em saúde e em melhoria da

acessibilidade.

Foi neste contexto que em 2005, surgiu a Missão para os Cuidados de Saúde Primários

nº 157/2005 de 12 de Outubro, cujo objetivo é conduzir o projeto global de lançamento,

coordenação e acompanhamento da estratégia de reconfiguração dos Centros de

Saúde e a implementação das Unidades de Saúde Familiares (USF).Os Centros de

Saúde de 3ª Geração organizam a estrutura assistencial em unidades operativas com

missões complementares (Unidades de Saúde Familiares, Unidades de Cuidados de

Saúde Personalizados, Unidades de Saúde Pública, Unidades de Cuidados

Continuadas e de Recursos Partilhados). Existe uma quebra de prática “a solo” com a

noção que a atualização científica requer cultura de grupo com discussão regular de

situações a analise interpares de práticas e procedimentos.

No decorrer de 2008, verifica-se mais um passo importante na reforma dos CSP com a

criação de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do SNS (Decreto de Lei

nº28/2008 de 22 de Fevereiro) com o objetivo de dar estabilidade à organização dos

CSP, permitindo uma maior autonomia administrativa, com a gestão rigorosa e

equilibrada com vista à melhoria no acesso aos cuidados de saúde.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 55 de 111

O centro de saúde de Condeixa-a-Nova faz parte do ACES Baixo Mondego.

CENTRO DE SAÚDE DE CONDEIXA-A-NOVA

A sede do centro de saúde fica localizada em Condeixa-a-Nova, albergando a USF

Condeixa e a USF Fernando Namora.

2.1 ESPAÇO FÍSICO

O edifício foi inaugurado em 2005 e localiza-se próximo do centro da vila.

Os serviços estão distribuídos por três andares:

cave, R/C e 1º Andar.

Na cave encontram-se a farmácia, a sala de

esterilização (desativada), a lavandaria, o arquivo, o

vestiário, a sala de lixos infetados, duas casas de

banho e a garagem.

No rés-do-chão encontram-se a maioria das

infraestruturas que permitem o exercício da

atividade clínica:

Zona verde Sul: Esta zona inclui uma sala de espera, uma sala de triagem, uma sala de

tratamentos, dois gabinetes médicos, uma sala de atendimento ao público, uma sala de

observações equipada com duas camas e com material de nebulização, duas casas de

banho, um fraldário e diversos arrumos.

Zona verde Norte: Neste local funcionam diversos serviços prestados à comunidade. É

composta por uma sala de espera, uma sala de atendimento ao público, três casas de

banho, uma sala de armazenamento de material, o gabinete do Delegado de Saúde

Pública, uma sala para o Serviço Social e o gabinete da Técnica de Saúde Ambiental.

Existe também um gabinete/ginásio de fisioterapia equipado, nomeadamente, com um

tapete rolante, uma bicicleta estática e uma máquina de fortalecimento muscular poli-

segmentar.

Zona vermelha Sul e Norte: Nesta área encontra-se situada a Unidade de Saúde

Familiar Fernando Namora.

Figura 28-Centro de saúde de Condeixa-a-Nova

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 56 de 111

Entre estas duas alas existe uma área ampla que funciona como sala de espera

secundária. Neste local encontra-se também um pequeno balcão, onde está instalada

a telefonista/rececionista do centro de saúde.

Zona amarela sul e Norte: A USF Condeixa encontra-se fixada nesta zona. É constituída

por oito gabinetes médicos, quatro gabinetes de enfermagem, dois gabinetes do

secretariado e duas sala de espera, duas salas de tratamentos e duas casas de banho

para os funcionários.

No corredor que dá acesso às duas salas de espera da zona amarela, existem duas

casas de banho para os utentes, um fraldário e uma sala de arquivo da USF Condeixa.

No primeiro andar existe uma biblioteca, duas salas de reuniões, duas casas de banho,

o gabinete da USF Condeixa, dois gabinetes clínicos onde decorrem consultas

diferenciadas da área de psicologia, uma sala de aprovisionamento, dois gabinetes da

USF Fernando Namora, por fim, um bar.

O espaço exterior do centro de saúde possui algumas áreas de jardim e um parque de

estacionamento com uma capacidade para 100 lugares, incluindo dois lugares para

utentes portadores de deficiência e dois lugares para ambulâncias, junto à entrada

lateral.

2.2 EQUIPAMENTOS

Todos os gabinetes médicos estão mobilados com uma secretária com computador e

impressora, telefone, uma marquesa de observação polivalente, duas/três cadeiras, um

banco para a observação ginecológica, um candeeiro flexível, um armário para

armazenamento de material, um negatoscópio, equipamento para testes de acuidade

visual e um lavatório.

Quanto ao material médico, estes possuem um otoscópio, um termómetro, um martelo

de reflexos, um esfigmomanómetro e um esteto-fonendoscópio, dispondo ainda alguns

de um diapasão e Doppler obstétrico.

Existe uma sala de tratamento ao pé diabético que é partilhada com a USF Fernando

Namora. A USF Condeixa possui um micromotor para o mesmo efeito que se encontra

na sala de tratamentos 1.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 57 de 111

2.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A USF de Condeixa e a USF Fernando Namora encontram-se em funcionamento nos

dias úteis das 08h às 20h.

Fora do período de funcionamento da USF Condeixa, em caso de doença aguda os

utentes poderão recorrer à Consulta Alargada do Centro de Saúde de Condeixa das 10h

às 18h aos fins-de-semana e feriados. Nos restantes períodos deverão recorrer ao

serviço de urgência do CHUC: (HUC, CHC, Maternidades e Hospital Pediátrico).

2.4 RECURSOS HUMANOS NO CENTRO DE SAÚDE

USF Condeixa:

- Secretários clínicos – 4

- Enfermeiros – 6

- Médicos especialistas de MGF – 5

- Internos de MGF

USF Fernando Namora:

- Secretários clínicos – 4

- Enfermeiros – 5

- Internos de MGF

- Médicos especialistas de MGF – 4

Recursos Comuns:

- Médicos de Saúde Pública – 1

-Médicos de outras especialidades – 0

- Psicólogo – 2

- Fisioterapeuta - 1

- Técnica de saúde ambiental – 1

- Técnicas de serviço social - 1

- Assistentes Operacionais – 6 (onde está incluído o motorista).

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 58 de 111

3- CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA

Com a criação das unidades operativas multiprofissionais – Unidades de Saúde Familiar

(USF), instituídas pelo DL nº 157/99 de 10 de Maio, surgiram em 2005 novas formas de

prestação de cuidados de saúde primários, tendo como pressuposto as seguintes

premissas: disponibilidade, acessibilidade, produtividade, qualidade técnico-científica,

efetividade, eficiência e satisfação. As atividades das USF desenvolvem-se com

autonomia organizativa, funcional e técnica, integradas numa lógica de rede com outras

unidades funcionais do centro de saúde ou da unidade local de saúde. Têm por missão

a prestação de cuidados de saúde personalizados à população de uma determinada

área geográfica, garantindo a acessibilidade, a globalidade e a continuidade dos

mesmos. Para o seu bom funcionamento, as suas atividades devem ser orientadas por

diversos princípios (artigo 5º, DL.18.2007, de 27 de Fevereiro) de modo a conseguir

alcançar níveis de excelência em termos de acessibilidade, disponibilidade, eficiência,

efetividade e produtividade.

Uma mais-valia das USF é a autoavaliação, que, sendo objetiva e permanente, visa a

adoção de medidas corretivas de eventuais desvios que possam pôr em causa os

objetivos do plano de ação. Na senda da melhoria contínua da qualidade, essa avaliação

é feita periodicamente (ex.: auditoria interna).

A USF Condeixa integrou-se neste primeiro ensejo de mudança, com o intuito de melhor

servir a sua população no que diz respeito aos cuidados prestados. Iniciou a sua

atividade a 4 de Setembro de 2006 e foi uma das pioneiras do país neste novo modelo

de prestar cuidados de saúde à população, encontrando-se em modelo B desde 1 Julho

de 2008.

3.1 AMBIENTE FÍSICO E FUNCIONAL

3.1.1 Recursos materiais

A USF Condeixa situa-se no mesmo edifício da sede do Centro de Saúde de Condeixa,

na Rua D. Ana Laboreiro D’Eça e é, portanto, acessível e de localização central.

Como já foi referido anteriormente na descrição do espaço físico do centro de Saúde, a

USF Condeixa encontra-se em funcionamento no rés-do-chão, nas áreas amarela sul e

norte, dispondo de 8 gabinetes médicos, 4 gabinetes de enfermagem, 2 sala de

tratamentos, 2 gabinetes de secretariado, 1 sala de espera e 2 WC para os funcionários.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 59 de 111

3.1.2 Recursos Humanos

Atualmente, a USF Condeixa conta com 5 médicos especialistas em MGF, 6

enfermeiros, 4 secretárias clínicas e médicos internos de MGF. A média de utentes

inscritos por médico de família na USF Condeixa é de cerca de 1863 utentes/médico. A

média de utentes por enfermeiro de família é 1552 utentes/enfermeiro. Estes dois

resultados demonstram uma sobrecarga de utentes por médico e por enfermeiro, o que

implica um enorme empenho e dedicação da equipa, de forma a manter os níveis de

qualidade exigidos.

Para aumentar a eficiência dos serviços prestados, introduziu-se o conceito de equipa

nuclear, constituída por assistente técnica, enfermeiro e médico.

O objetivo das equipas nucleares é o de melhorar a continuidade dos cuidados

prestados aos utentes, uma vez que cada uma centra a sua atividade na lista do Médico

de Família que a integra.

Os médicos, enfermeiros e assistentes técnicas apesar de pertencerem a uma equipa

nuclear e de assumirem uma maior responsabilidade para com os seus utentes,

continuam a ter de garantir a prestação de cuidados de saúde gerais a todos os utentes

da USF Condeixa.

Fica estabelecida a seguinte constituição das equipas nucleares na tabela 32,

suscetíveis de alterações pontuais, com discriminação dos elementos no anexo 1.

Equipa nuclear Assistente Técnica Enfermeiro Médico

Equipa 1 AT1 E1 M1

Equipa 2 AT2 E2 M2

Equipa 3 AT2 E3.1 e E3.2 M3

Equipa 4 AT3 E4 M4

Equipa 5 AT4 E5 M5

Tabela 32. Constituição das equipas nucleares

A USF Condeixa apresenta idoneidade formativa, pelo que está vocacionada para o

ensino pré e pós-graduado. Encontram-se em formação neste momento seis médicos

internos da especialidade de MGF, bem como 2 médicos internos do ano comum em

rotatividade por períodos de 3 meses, perfazendo 8 internos do ano Comum/ano. No

que concerne ao ensino pré-graduado, a unidade também dá formação a alunos do 5º

e 6º ano da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. É também dada

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 60 de 111

formação a alunos de Enfermagem do 3º, 4º ano, no total de 15 alunos de enfermagem

por ano e Enfermeiros a frequentar a Pós-Licenciatura de Especialização em

Enfermagem.

3.1.3 Acessibilidade e circuito de utentes

O horário de funcionamento da USF realiza-se todos os dias úteis, das 8.00 às 20 horas,

sendo o período de atendimento (intervalo de tempo diário durante o qual a USF efetua

atendimento ao público) das 8.15 às 19.45 horas.

Consulta programada

• Consulta de Saúde do Adulto e Idoso

• Consulta de Diabetes

• Consulta de Hipertensão

• Consulta de Saúde Infantil/Juvenil

• Consulta de Saúde Materna

• Consulta de Planeamento Familiar

A USF Condeixa disponibiliza aos seus utentes, a marcação de Consulta Programada

no prazo máximo de 5 dias. A USF permite ao utente a possibilidade de marcação de

consultas durante todo o período de funcionamento da mesma. Estas podem ser da

iniciativa do utente ou do médico/enfermeiro. Também o enfermeiro para além da

marcação de consultas de enfermagem, pode realizar a marcação de consultas dentro

dos grupos de risco e conforme estabelecido no procedimento (PO04-Proc01). As

consultas agendadas são marcadas de 20 em 20 minutos, maioritariamente, de forma

presencial ou por telefone O utente poderá marcar as consultas na USF pelos seguintes

meios (não presencial):

Telefone – 239940170 / 915188270

e-agenda (Portal da Saúde – Marcação de consultas pela internet)

Email – [email protected]*

* Nome completo e n.º utente do SNS

No dia agendado, o utente deve comparecer 20 minutos antes da hora marcada e dirigir-

se à assistente técnica para confirmar a sua presença. Seguidamente, aguarda na sala

de espera até ser atendido.

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 61 de 111

Consulta Aguda

Os utentes que necessitem de uma consulta no próprio dia, devem contactar

pessoalmente a unidade, a partir das 8h, para marcar uma consulta com o seu

médico/enfermeiro de família após preenchimento do impresso de Pedido de Consulta

Aguda. Os utentes cujo médico/enfermeiro de família se encontre ausente são

encaminhados para outro médico/enfermeiro que tenha vaga nesse dia. As secretárias

clínicas marcam no SINUS/SClinico conforme o PO04-Proc01.

Consulta médica ou de enfermagem no Domicílio

A visitação domiciliária, quer médica quer de enfermagem, tem critérios definidos de

marcação e de prioridade, que estão diretamente relacionados com o grau de

dependência do utente inscrito. De uma forma programada, o enfermeiro e/ou o médico

fazem uma avaliação da justificação dos pedidos de visita domiciliária de acordo com a

situação clínica. Se justificado, a visita domiciliária poderá ser efetuada no próprio dia

ou num dia subsequente, de acordo com critérios clínicos, de oportunidade e

aceitabilidade. Estipulámos um prazo máximo de 5 dias úteis. A marcação desta pode

ser programada em equipa, como do foro individual de cada profissional. No caso de

visita domiciliária conjunta o registo é feito nos respetivos sistemas de informação e em

impresso próprio (PO06-Proc04-Imp01).

São Critérios para a realização de consultas no domicílio:

1. Doença crónica instável ou exacerbação aguda de doença crónica;

2. Doença aguda episódica; por ex.: doença infecto-contagiosa;

3. Utentes, que necessitem de continuação de cuidados após alta hospitalar;

4. Utentes acamados ou com incapacidades diversas;

5. Recém-nascidos e puérperas;

6. Utentes com doença oncológica avançada ou em estadio final de outras doenças

crónicas.

São Critérios de exclusão:

1. Residir fora da área de influência da USF (Concelho de Condeixa);

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 62 de 111

2. Situações urgentes/emergentes;

3. Problemática exclusivamente do tipo social;

4. Situações de complacência (patologia aguda ou crónica em doente sem critérios de

dependência física).

Consulta de Desabituação Tabágica

Esta consulta é dirigida a todos os utentes inscritos na USF Condeixa e USF Fernando

Namora e realiza-se às quintas-feiras, às 16h, mediante marcação. Os objetivos desta

consulta são promover e incentivar a cessação tabágica, divulgar os benefícios da

cessação tabágica e tratar e acompanhar os interessados. Os utentes que desejam

frequentar a consulta são referenciados pelo seu médico/enfermeiro de família.

Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

Os MCDT podem chegar à USF por correio tradicional e eletrónico ou em mão.

O médico e/ou no secretariado clínico, no dia da consulta em que se requisita os MCDT,

informam o utente das diferentes modalidades em que este poderá ser avaliado:

1 – O utente marca nova consulta presencial,

2 – O utente marca consulta não presencial e o MCDT será visto e registado no prazo

de 3 dias úteis, (ou 5 dias na ausência do médico de família) após o que o utente poderá

deslocar-se á USF e levantar o exame.

3 – Se o exame vier por correio tradicional, correio eletrónico ou for entregue por

entidade prestadora externa e o utente não estiver isento, a secretaria clínica contactará

o utente para este indicar se pretende a opção 1 ou 2.

O resultado do exame será registado em documento próprio (PO04-Proc02-Imp01)

Resultados dos MCDT´s e é anexado ao MCDT de forma confidencial e neste constarão

as orientações a fornecer ao secretariado.

Renovação de Medicação prolongada e outros atos burocráticos

Na consulta o médico do utente preenche a folha impressa da medicação prolongada

do SClínico (atualizada).

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 63 de 111

Quando o utente, fora do dia de consulta, necessita de renovação de medicação,

entrega o mesmo no balcão de atendimento, faz o pagamento da taxa moderadora

quando se aplique, a Secretaria clínica faz o registo administrativo de contacto (RAC) e

o médico tem 72 horas para a prescrição, exceto em ausência programada que poderá

ir até 5 dias.

O mesmo procedimento também se aplica para a emissão de credenciais de transporte.

Caso o utente faça o pedido por e-mail ou telefone, a assistente técnica faz o contacto

do utente e este efetua o pagamento da taxa moderadora quando vier levantar o pedido,

caso se aplique.

Fora do dia de consulta de Planeamento Familiar (em utente com consulta efetuada há

≤1 ano ou marcada nos 3 meses imediatos) a utente solicita o fornecimento do

contracetivo no balcão de atendimento, a assistente técnica agenda o contacto no

SClínico para a enfermeira de família e coloca o boletim de planeamento familiar no

local destinado para o efeito. A enfermeira de família procede ao seu fornecimento nas

72 horas seguintes (PO04-Proc02-Imp02).

Urgências/Emergências e acidentes

As situações clínicas urgentes e emergentes não são atendidas na USF. Nestes casos,

o doente deve dirigir-se ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar e Universitário de

Coimbra.

Atendimento telefónico

As Assistente Técnicas procedem ao atendimento de um telefonema segundo o Guião

de Atendimento Telefónico (PO04-Proc06-Imp01) e consoante o assunto têm o seguinte

procedimento:

1. Assunto Administrativo:

Alteração de alguns dados pessoais (telefone e morada); obtenção de

informações sobre: horários e serviços de saúde disponíveis; recursos

de saúde disponíveis na comunidade, nomeadamente para a realização

de exames complementares de diagnóstico; procedimentos necessários

para agendar consultas hospitalares ou noutras instituições prestadoras

de cuidados de saúde;

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 64 de 111

Agendamento, transferência e anulação de todo o tipo de consultas

médicas e de enfermagem.

Renovação de Receituário;

2. Encaminhamento de chamadas telefónicas para a enfermagem:

Caso o assunto tenha que ser tratado com a enfermeira de família

(agendamento de vacinas/ peso RN, dúvidas relativas à alimentação e/ou

desenvolvimento das crianças ou doença) e esta se encontre em

consulta programada a Assistente Técnica deverá preencher o impresso

(PO06-Proc08-Imp 01). Caso a enfermeira esteja fora das referidas

consultas deverá ser passada a chamada, se esta não atende então a

Assistente Técnica preenche o PO06-Proc08-Imp 01 e coloca-o no local

anteriormente definido.

3. Encaminhamento de chamadas telefónicas para o Médico:

Caso não seja possível o contacto com o médico de família a Assistente Técnica

preenche o PO06-Proc08-Imp 01.

Reunião de Serviço

A Reunião de Serviço decorre às sextas-feiras, entre as 14h e as 16h. Os principais

objetivos destas reuniões são:

- Estimulação do espírito de equipa e contribuição para o aumento da satisfação dos

elementos da equipa;

- Discussão de protocolos de atuação;

- Apresentação de casos clínicos, artigos de revistas científicas, revisão de temas e

trabalhos de investigação e avaliação de qualidade- Jornal Club;

- Apresentação de resumos de ações de formação externas participadas por elementos

da equipa;

- Realização de encontros de consultoria com médicos dos serviços hospitalares.

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4- CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INSCRITA NA USF CONDEIXA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

A USF Condeixa tem 9313 utentes inscritos, distribuídos pelos ficheiros dos 5 médicos

especialistas em MGF, correspondendo a uma média de 1863 utentes por médico e

1552 utentes por enfermeiro.

Escalão Etário Sexo Masculino Sexo Feminino Total

< 1 26 27 53 População

Jovem

1299

(13,94%)

1-4 151 137 288

5-9 236 233 469

10-14 261 228 489

15-19 239 236 475

População activa

6044

(64,89%)

20-24 214 221 435

25-29 224 223 447

30-34 247 298 545

35-39 357 402 759

40-44 369 433 802

45-49 347 405 752

50-54 349 367 716

55-59 259 302 561

60-64 260 292 552

65-69 204 274 478 População Idosa

1970 (21,15%) 70-74 188 263 451

75-79 236 178 1041

80-84 211 105 316

85-89 133 68 201

90-94 70 16 86

95-99 16 3 19

100-104 5 0 5

Total 4299 5014 9313

Tabela 33. Distribuição etária e por sexo dos utentes inscritos na USF Condeixa

(Fonte: SINUS dezembro 2014)

Esta distribuição por idade e por sexo vai originar a seguinte pirâmide etária

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Gráfico 20- Pirâmide etária dos utentes inscritos na USF Condeixa

A elaboração da pirâmide etária da população inscrita na USF é importante na medida

em que, através da sua análise, permite conhecer melhor os utentes que frequentam

esta unidade, com vista à execução adequada de um plano de atividades dirigido aos

diferentes escalões etários e ao género, possibilitando uma melhor utilização dos

recursos existentes.

A representação gráfica da Pirâmide da USF Condeixa traduz uma baixa natalidade

(estreitamento da base) e um aumento da proporção de idosos (alargamento do topo)

em virtude da diminuição da taxa de mortalidade e do aumento da esperança média de

vida. Trata-se do diagrama de uma população envelhecida, com uma pequena

proporção de jovens em relação à proporção de adultos e idosos, típico dos países

desenvolvidos. Tal permite a previsão de, no futuro, também a população ativa diminuir,

uma vez que os jovens adultos serão cada vez menos.

Aplicando a Classificação de Sundbarg à população inscrita na USF, verifica-se que

se trata de uma População Regressiva, tal como se concluiu na pirâmide de todos os

inscritos no CS Condeixa.

0-4; 1615-9; 238

10-14; 22315-19; 238

20-24; 22025-29; 230

30-34; 29635-39; 40240-44; 43245-49; 406

50-54; 36855-59; 29860-64; 296

65-69; 26970-74; 265

75-79; 23680-84; 211

85-89; 13390-94; 70

95-99; 16

177237

262234

220221

257351

364350347

260256

207187178

10568

163

5Homens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens MulheresHomens Mulheres0

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 67 de 111

Gráfico 21 -Distribuição por sexo da população inscrita na USF Condeixa

(Fonte: SINUS-dezembro de 2014)

Analisando a distribuição por sexos, verifica-se que a USF Condeixa tem um ligeiro

predomínio de utentes do sexo feminino (54%). Apesar de ao nascimento, o número de

indivíduos do sexo masculino e feminino ser semelhante (embora haja estudos que

indiquem que nascem mais homens do que mulheres), as diferenças no número de

indivíduos de cada género verificam-se, sobretudo, na população adulta e idosa, o que

se poderá explicar pelo facto de os homens emigrarem mais e terem uma esperança

média de vida menor do que a das mulheres.

Quanto à distribuição por idades, em novembro de 2014, os grupos etários dos 30 aos

49 anos eram os mais representativos, representando 30,68% da totalidade de utentes

inscritos no ficheiro). A faixa idosa (com idade ≥ 65 anos) representando 21,15% desta

população e a faixa jovem correspondendo a 13,94%, corrobora o facto de se tratar de

uma população envelhecida, na qual o número de jovens é inferior ao número de idosos.

População Nº Utentes %

Jovem

(0-14 anos) 1299 13,94%

Activa

(15-64 anos) 6044 64,89%

Idosa

(≥ 65 anos) 1970 21,15%

Tabela 34. Distribuição da população inscrita na USF Condeixa por grupos funcionais

Índice USF

Condeixa

Condeixa-a-

Nova Portugal

Índice de dependência Total 54,08% 52,4% 52,2%

Índice de dependência Jovens 21,49% 24,0% 22,4%

Índice de dependência Idosos 32,59% 28,5% 29,9%

Género

Muheres

54%

Homens

46%

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 68 de 111

Índice de envelhecimento 151,65% 119,0% 133,5%

Tabela 35. Índices de dependência e de envelhecimento da USF Condeixa comparados

Como se pode verificar através da análise das tabelas anteriores, a população em

idade ativa representa 64,89% do total de inscritos na USF Condeixa e o índice de

dependência total é de 54,08%. O índice de envelhecimento na USF Condeixa é

superior ao do concelho de Condeixa-a-Nova e ao índice nacional confirmando uma vez

mais, o facto de se tratar de uma população envelhecida.

Atividade profissional Total de Inscritos % Total de Inscritos

Não Ativo 1135 11,5%

Ativo 4450 44,9%

Reformado 2260 22,8%

Estudante 1251 12,6%

Não aplicável 746 7,53%

Desconhecido 69 .696%

Total 9313 100

Tabela 36. Situação profissional da população inscrita na USF (Fonte: SINUS- Setembro 2012)

Gráfico 22 -Situação profissional da população inscrita na USF Condeixa

Analisando a tabela e o gráfico pode constatar-se que o maior grupo populacional

corresponde à população ativa, embora este corresponda a menos de metade da

população inscrita, o que pode ser comprovado pelo cálculo da Taxa de Atividade: Taxa

de atividade = (População Ativa/ População total) x 100 = 47,78%.

Total de Inscritos; Não Ativo; 1135;

11%

Total de Inscritos; Ativo; 4450; 45%

Total de Inscritos; Reformado; 2260;

23%

Total de Inscritos; Estudante; 1251;

13%

Total de Inscritos; Não aplicável;

746; 7%

Total de Inscritos; Desconhecido;

69; 1%

Não Ativo Ativo Reformado Estudante Não aplicável Desconhecido

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 69 de 111

Contudo, e perante a situação económica atual do país, pode esperar-se que o número

de desempregados continue a aumentar. Deve prestar-se atenção a esta realidade,

porque poderá conduzir a mais comorbilidades como a depressão, e o alcoolismo

podendo também justificar em parte, o crescente absentismo às consultas e a não

adesão à terapêutica, quer por dificuldades de deslocação ao centro de saúde, quer por

dificuldades em comprar medicação. O segundo maior grupo populacional corresponde

ao dos reformados.

4.2 MIGRAÇÃO

Como referido anteriormente a emigração e imigração são factores que influenciam os

números da população ativa.

Grupo Etário Sexo

Masculino Sexo Feminino %

<1 0 0 0

1-39 7 0 38,88%

40-79 6 5 61,11%

>=80 0 0 0

total 13 5 100%

Tabela 37 . Migrantes inscritos por grupo etário e sexo na USF (Fonte: SINUS-Agosto de 2012)

Existem 18 migrantes inscritos na USF Condeixa, ou seja, 0,19% do total de inscritos,

sendo que 72,2% correspondem ao sexo masculino e 27,7% ao sexo feminino. Deste

modo, trata-se de um factor que influencia pouco a população inscrita na USF Condeixa.

CONCLUSÃO DA CARACTERIZAÇÃO DA USF CONDEIXA

A USF Condeixa funciona num edifício relativamente recente que, de um modo global,

tem as condições necessárias para prestar um bom serviço à sua comunidade.

A USF Condeixa com 5 médicos de família, presta serviços a 53,94% da população

inscrita no centro de saúde de Condeixa com as seguintes características:

9313 Inscritos, sendo 53,83% do sexo feminino e 46,16% do sexo

masculino;

Proporção elevada de idosos (21,15%) e reduzida de crianças (13,94%);

População regressiva segundo a classificação de Sundbarg;

População envelhecida com uma taxa de envelhecimento elevada

(151,65%) e elevada dependência total (54,08%);

Percentagem de população ativa reduzida (44,9%);

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 70 de 111

Grande percentagem de reformados (22,8%);

18 migrantes, 72,2% dos quais pertencentes ao sexo masculino;

O estudo dos parâmetros analisados é extremamente importante para conhecer de

forma estruturada a população que se serve. Para que assim se possam delinear

estratégias para melhorar os cuidados prestados.

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 71 de 111

5- PROGRAMAS DA CARTEIRA DE SERVIÇOS DA USF CONDEIXA

A equipa mantém em execução os programas estabelecidos na Carteira Básica, e que

já constavam dos anteriores Planos de Ação da USF. Seguidamente apresenta-se os

programas de saúde que fazem parte da Carteira Básica da USF, com os respetivos

objetivos, indicadores, metas e serviços mínimos:

5.1 Programa de Saúde Infantil e Juvenil;

5.2 Programa de Planeamento Familiar;

5.3 Programa de Saúde Materna;

5.4 Programa de Prevenção Oncológica;

5.5 Programa de Saúde Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes

Crónicos/Patologia Múltipla

Programa de Vigilância de Diabéticos

Programa de Vigilância de Hipertensos

Dependentes

5.6 Programa de Vacinação;

Numa lógica de distribuição de responsabilidades e cooperação entre os diferentes

grupos profissionais, foram distribuídas áreas de responsabilidade dentro dos

programas incluídos na carteira básica, por todos os profissionais, sendo que em cada

área fazem parte elementos dos três grupos profissionais (Anexo 2).

5.1 PROGRAMA DE SAÚDE INFANTIL E JUVENIL

Pretende-se com este programa proporcionar ao recém-nascido, criança e ao

adolescente/jovens uma adequada vigilância de saúde, dando resposta às orientações

técnicas emanadas pela Direção Geral de Saúde de forma a alcançar um indicador de

qualidade tão importante como este.Com este Programa, pretendemos dar resposta aos

seguintes objetivos gerais:

Avaliar o desenvolvimento estato-ponderal e psico-motor das crianças;

Assegurar o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação (PNV);

Estimular a prática de comportamentos saudáveis;

Contribuir para a prevenção de acidentes e intoxicações;

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 72 de 111

Detetar precocemente situações que possam afetar negativamente o

desenvolvimento da criança assim como sinalizar e proporcionar apoio

continuado às crianças com doença crónica ou deficiência e às suas

famílias;

Diminuir a prevalência da obesidade infanto-juvenil, uma vez que é um

problema de saúde pública e a principal causa de doenças crónica num

futuro próximo.

Diagnósticos precoces (THSPKU) até ao 6º dia de vida de recém-nascido

Objetivo Realizar ou confirmar a realização dos diagnósticos precoces entre o 3º e 6º dia.

Quem Enfermeiras

Como Registo no Programa Informático “SAPE” e Boletim de Saúde Infantil

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de diagnósticos precoces realizados até ao 6º dia / nº de crianças nascidas no

ano civil

Estratégias

Informar na consulta de Saúde Materna do último trimestre de gravidez, a

grávida/pais da importância do diagnóstico precoce.

Agendar a consulta enfermagem para realização do Diagnóstico Precoce até ao

6º dia de vida.

O registo do diagnóstico precoce deve ser deve ser feito na Avaliação Inicial no

“SClinico”. Sempre que o diagnóstico Precoce seja realizado na USF deve

também ser registado nas Atitudes Terapêuticas.

Consulta de enfermagem domiciliária realizada até ao 15º dia de vida

Objetivo Realizar visita domiciliária a 70% dos recém-nascidos até aos 15 dias de vida

Quem Enfermeiras

Como Realização de consulta de enfermagem domiciliária e registo no “SAPE” como

consulta e domicilio

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 73 de 111

Onde Domicilio

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de VD realizadas a RN até ao 15º dia / nº total de crianças nascidas no ano

civil

Estratégias

Informar na consulta de Saúde Materna do último trimestre de gravidez, a

grávida/pais da importância da visita domiciliária ao recém-nascido que residam

na área de influência da USF.

Agendar com os pais a consulta de enfermagem no domicílio ao RN até 15º dia

de vida, após o primeiro contacto do RN na USF ou através de contacto

telefónico.

Agendar a Visita ao RN como Consulta de enfermagem e como domicílio (em

local da consulta).

Registar no “SClínico” na Avaliação Inicial, a data da realização da visita

domiciliária ao RN.

Consultas de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil

População Alvo Crianças e jovens dos 0 – 18 anos inscritos na USF.

Objetivos Cuidados de saúde de forma a garantir a vigilância da criança e do adolescente

de acordo com as normas da DGS. Promoção do papel parental e paternidade

eficaz, referenciação a cuidados especializados e acompanhamento paralelo da

situação em continuidade de cuidados. Identificação e encaminhamento de

crianças vítimas de negligência, maus-tratos e abusos sexuais. De forma a evitar

o absentismo nas consultas e a garantir um acompanhamento eficaz, foi

implementado na USF o sistema de aviso prévio das consultas por telefone (PAI

2012).

Periodicidade Primeiro ano de vida: 1.ª semana de vida, 1, 2, 4, 6 e 9 meses;

1 -3 Anos: 12, 15 e 18 meses, 2 anos, 3 anos.

4-9 Anos: 4 anos, 5 anos – exame global de saúde, 6 ou 7 anos (final 1º ano de

escolaridade) e 8 anos

10-18 Anos: 10 anos (ano do início do 2º ciclo do ensino básico), 12 /13 anos –

exame global de saúde e 15 /18 anos.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 74 de 111

Quem Médicos, enfermeiras e administrativas

Quando Marcação por iniciativa da equipa, a pedido do utente, marcação oportunista,

eventualmente realização oportunista

Onde Consultórios médico e de enfermagem

Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso. Vacinação inter-consultas em

horário estipulado ou em horário pós-laboral.

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

Estratégias

Informar a grávida em final de tempo de gestação da importância de vigilância do

RN e das consultas existentes na USF.

Agendar e efetuar a primeira consulta de vida do RN, após receção da Notícia de

Nascimento ou antes perante a procura dos serviços dos pais e/ou realização do

diagnóstico precoce.

Programar e calendarizar consulta seguinte em cada consulta de vigilância da

criança.

Assegurar que todas as consultas estejam codificadas no campo A do SOAP com

o código A98, no Programa Informático “SClínico”.

Programar em Janeiro a marcação de consulta (1º por telefone e depois por carta),

de todas as crianças que completem 5 anos e 12 anos nesse ano civil, para

realização do Exame Global de Saúde.

Registar no “SClínico”, o peso, altura e IMC das crianças com 2 anos não vigiadas

na USF, aquando administração da vacina dos 18 meses.

Crianças com Plano Nacional de Vacinação Atualizado (PNV) aos 2 anos

Objetivo Cobertura vacinal de 96% das crianças com 2 anos de idade

Quem Enfermeiras

Como Registo no programa “SINUS” e “SClínico”, Boletim de Vacinas, convocatória por

carta e/ou telefone

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Todo o ano

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 75 de 111

Avaliação Nº de crianças com 2 anos com PNV atualizado / nº total de crianças com 2 anos

Estratégias

Verificar da atualização do Plano Nacional de Vacinação (PNV) em todas as

consultas de saúde infantil.

Identificar e convocar todas as crianças com PNV não atualizado com o objetivo

de regularizar a situação.

Crianças com Plano Nacional de Vacinação Atualizado (PNV) aos 7 anos de idade

Objetivo Cobertura vacinal de 96% das crianças com 7 anos de idade

Quem Enfermeiras

Como Registo no programa “SINUS” e “SClinico”, Boletim de Vacinas, convocatória por

carta e/ou telefone

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de crianças com 7 anos com PNV atualizado / nº total de crianças com 7 anos

Estratégias

Verificar da atualização do Plano Nacional de Vacinação (PNV) em todas as

consultas de saúde infantil.

Identificar e convocar todas as crianças com PNV não atualizado com o objetivo

de regularizar a situação.

Remarcação das crianças que faltam às consultas de vigilância

Objetivo Identificar o motivo da falta e remarcar consulta

Quem Enfermeiras e Assistentes Técnicas

Como Telefone e carta

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 76 de 111

Onde Programas “SINUS” e “SClínico”

Quando No dia da falta à consulta

Avaliação De acordo com a periodicidade das consultas

Estratégias

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Jovens com 14 anos com peso e altura registada

População Alvo Jovens com 14 anos

Objetivos Registar o peso e altura a 85% dos jovens com 14 anos

Periodicidade Na consulta dos 12/13 anos

Quem Médico ou enfermeiro

Como Consulta de vigilância

Onde Gabinetes médicos e de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de jovens com 14 anos com peso e altura registado / nº total de jovens com

14 anos

Estratégias

Registar do peso e altura em todas as consultas.

Marcar consulta de vigilância de SI para os 12 anos.

Convocar para consulta as crianças com 13 anos que não tenham realizado a

consulta aos 12 anos.

Crianças com um ano com acompanhamento adequado

População Alvo Crianças com um ano de idade

Objetivos Atingir 87,1% das crianças com acompanhamento adequado

Periodicidade Consultas do 1ª ano de vida

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 77 de 111

Quem Assistente Técnico, enfermeiro e médico

Como Consultas de vigilância

Onde Gabinetes médicos e de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de crianças com 1 com acompanhamento adequado / nº total de crianças com

1 ano e Auditoria aos Registos Clínicos

Estratégias

Marcação de consulta de acordo com o Programa Nacional de Saúde Infantil e

Juvenil

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado das crianças

dos 0-11 meses: 6 consultas médicas de vigilância; 1ª consulta até aos 28 dias

de vida; realização do diagnóstico precoce até aos 6 dias de vida; Ter pelo menos

2 registos parametrizados de avaliação do desenvolvimento psicomotor

(Sheridan) até aos 11 meses de vida; PNV cumprido.

Crianças com dois anos com acompanhamento adequado

População Alvo Crianças com dois anos de idade

Objetivos Atingir 82% das crianças com acompanhamento adequado

Periodicidade Consultas do 2ª ano de vida

Quem Assistente Técnico, enfermeiro e médico

Como Consultas de vigilância

Onde Gabinetes médicos e de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de crianças com 2 anos com acompanhamento adequado / nº total de crianças

com 2 anos e Auditoria aos Registos Clínicos

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 78 de 111

Estratégias

Marcação de consulta de acordo com o Programa Nacional de Saúde Infantil e

Juvenil

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado das crianças

dos 11-23 meses: 3 consultas médicas de vigilância; Ter pelo menos 1 registo

parametrizado de avaliação do desenvolvimento psicomotor (Sheridan) até aos

23 meses de vida; PNV cumprido e 3 registos de peso e altura entre o 11 e os

23 meses.

Indicadores de Execução

% de diagnósticos precoces (THSPKU) realizados até ao 6º dia de vida de

recém-nascido (6.13)

% de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias (6.12)

% visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a recém-nascidos até aos 15

dias de vida (4.34M)

Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas de vigilância de saúde

infantil dos 0 aos 11 meses (4.9M 1m)

Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de saúde infantil

no 2º ano de vida (4.10M 1m)

% de inscritos com 2 anos com peso e altura registados nos últimos 12 meses

(5.13M2)

Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 2 anos (6.1M 1)

Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 7 anos (6.1M 2)

Proporção de crianças com um ano com acompanhamento adequado

Proporção de crianças com dois anos com acompanhamento adequado

Proporção de jovens de 14 anos com peso e altura registado.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 79 de 111

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% de diagnósticos precoces (THSPKU) realizados até ao 7º

dia de vida de recém-nascido (6.13)

99% - - -

% de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias

(6.12)

91% - - -

% visitas domiciliárias de enfermagem realizadas a recém-

nascidos até aos 15 dias de vida (4.34M)

83% 70% 70% 70%

Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas de

vigilância de saúde infantil dos 00 aos 11 meses (4.9M 1m)

85% 87,1% 87,1% 87,1%

Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas

médicas de saúde infantil no 2º ano de vida (4.10M 1m)

85% 84% 84% 84%

% de inscritos com 2 anos com peso e altura registados nos

últimos 12 meses (5.13M2)

95% - - -

Proporção de crianças com PNV cumprido até aos 2 anos

(6.1M 1)

98% 96% 96% 96%

Percentagem de crianças com PNV atualizado aos 7 anos

(6.1M 2)

98% - - -

5.2 PROGRAMA DE PLANEAMENTO FAMILIAR

A importância deste Programa advém, em primeiro lugar, de versar a prestação de

cuidados de saúde preventivos a um grupo populacional de relevância na população

ativa – as mulheres até aos 54 anos e consequentemente poder-se intervir de forma

preventiva em comportamentos de forma a não originar futuras complicações.

Temos como principais estratégias:

Serviços mí nimos: Saúde Infantil

1ª Consulta do rece m‐nascido;

Visita domicilia ria de enfermagem ate aos 15 dias de vida

Consulta a criança com idade inferior a 11 meses e que na o pode ser remarcada

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 80 de 111

Evitar a gravidez indesejada, ajudando a regular a fertilidade dos casais de

acordo com o desejo dos mesmos, proporcionando informação sobre

sexualidade e meios contracetivos, bem como orientação nos casos de

infertilidade;

Evitar a gravidez na adolescência;

Reduzir a incidência das DTS e as suas consequências, nomeadamente a

infertilidade;

Proporcionar consultas preconceção, promovendo a maternidade responsável e

saudável:

Proporcionar o rastreio do cancro do colo uterino e cancro da mama a este grupo

populacional

Consultas médicas de Planeamento Familiar

População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)

Objetivos Vigiar em consulta médica de PF 48% das MIF

Periodicidade Anual

Quem Médico

Como Consultas de Vigilância

Onde Gabinete médico

Quando Todo o ano

Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta médica de planeamento familiar nos

últimos 12 meses / número total de MIF

Estratégias

Marcação oportunista por todos os elementos da equipa

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Agendar sempre a consulta do ano seguinte.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 81 de 111

Utilização de consultas de PF de enfermagem

População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)

Objetivos Atingir 55% de MIF com consulta de enfermagem

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro

Como Consultas de Vigilância com diagnósticos e intervenções de enfermagem

codificados pela CIPE

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta de enfermagem de saúde reprodutiva

e planeamento familiar nos últimos 12 meses / número total de MIF

Estratégias

Marcação oportunista por todos os elementos da equipa

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Agendar sempre a consulta do ano seguinte.

Utilização de consultas de PF (med/enf)

População Alvo Mulheres em idade fértil (MIF)

Objetivos Atingir 58% de MIF com consulta médica ou consulta de enfermagem

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro / médico

Como Consultas de Vigilância

Onde Gabinete de enfermagem/médico

Quando Todo o ano

Avaliação MIF que tiveram pelo menos uma consulta de PF de enfermagem /médica nos

últimos 12 meses / número total de MIF

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 82 de 111

Estratégias

Marcação oportunista por todos os elementos da equipa

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Agendar sempre a consulta do ano seguinte.

Registar como consulta de enfermagem no “SClínico” às MIF todas as

intervenções no âmbito da Saúde Reprodutiva e de Planeamento Familiar.

MIF com acompanhamento adequado em PF

População Alvo MIF

Objetivos Atingir 52% de MIF com acompanhamento adequado

Periodicidade Anual

Quem Médico

Como Consulta médica de PF

Onde Gabinete médico

Quando Todo o ano

Avaliação MIF com acompanhamento adequado / nº total MIF e auditoria aos registos

clínicos

Estratégias

Marcação oportunista por todos os elementos da equipa

No dia da falta à consulta proceder a remarcação da consulta em primeiro lugar

por telefone e depois por carta.

Agendar sempre a consulta do ano seguinte

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado às MIF:

Consulta médica nos últimos 36 meses; Ter pelo menos um registo

parametrizado do método de planeamento familiar utilizado (ou da não utilização

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 83 de 111

do método); Ter pelo menos 1 registo de pressão arterial, nos últimos 36 meses;

Para mulheres com idades entre [25,50[ anos, ter pelo menos um registo de

resultado de colpocitologia, nos últimos 36 meses.

Indicadores de Execução

Taxa de utilização de consultas médicas em planeamento familiar (3.22 d1)

Taxa de utilização de consultas de enfermagem em planeamento familiar (3.22M)

Proporção de MIF com acompanhamento adequado em PF.

5.3 SAÚDE MATERNA

Este programa visa proporcionar a todas as grávidas da USF os cuidados de saúde

necessários a uma gravidez saudável, integrando os procedimentos do âmbito dos

cuidados primários prestados, permite também a avaliação do risco da gravidez e a

decisão da eventual necessidade de se proceder à referenciação a cuidados

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

Taxa de utilização de consultas médicas em planeamento

familiar (3.22 d1) 43% 43% 43% 43%

Taxa de utilização de consultas de enfermagem em

planeamento familiar (3.22M) 50% 50% 50% 50%

Proporção de MIF com acompanhamento adequado em PF - 52% 52% 52%

% de mulheres vigiadas em PF entre 25-49 anos com

colpocitologia atualizada (3 anos ) (5.2M) 92% 92% 92% 92%

Taxa de utilização de consultas de PF (enfermagem) - 55% 55% 55%

Taxa de utilização de consultas de PF med/enf - 58% 58% 58%

Serviços mí nimos: Planeamento Familiar

Uma consulta por ano que na o pode ser remarcada.

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 84 de 111

secundários a cargo das duas Maternidades de Coimbra (MDM e MBB), para as quais

temos protocolo de referenciação.

Saúde Materna

População Alvo Mulheres em idade fértil que se prevê que venham a necessitar de cuidados pré-

natais e durante a gravidez, e que pretendam ser seguidas na USF.

Objetivos Vigilância de gravidez normal; referenciação de gravidez de risco e

acompanhamento em paralelo da situação em continuidade de cuidados;

adaptação do casal ao novo estadio de vida familiar; apoio às puérperas e

sensibilizar para a importância da revisão do puerpério, aleitamento materno,

diagnóstico precoce e vigilância do recém-nascido.

Periodicidade 6-10, 10, 18, 26, 30, 36 e 38 semanas (às 12-13, 22, 32 e 39 semanas fará

consulta na maternidade).

Quem Médicos, enfermeiras e administrativas

Quando Marcação a pedido do utente, ou por iniciativa da equipa de saúde

Onde Consultórios médico e de enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

Utilização 6 consultas médicas e de enfermagem por ano

Estratégias

Alertar as mulheres em idade fértil da importância da realização da 1ª consulta

de gravidez o mais precocemente possível.

Incentivar a inscrição precoce das grávidas na consulta de Saúde Materna.

Informar sobre a importância da vigilância em SM na 1ª consulta de gravidez

realizada na USF, e marcação imediata das consultas seguintes de SM e

primeira consulta na MDM ou MBB de acordo com os protocolos, a todas as

grávidas que manifestem vontade de serem vigiadas na USF.

Acompanhamento adequado a grávidas

População Alvo

Grávidas com acompanhamento adequado

Objetivos Atingir 18% de grávidas com acompanhamento adequado

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 85 de 111

Periodicidade Durante toda a gravidez

Quem Médicos

Como Consulta de Saúde Materna

Onde Gabinete médico

Quando Todo o ano

Avaliação Grávidas com acompanhamento adequado / nº total grávidas e auditoria aos

registos clínicos

Estratégias

Marcação de todas as consultas de Saúde Materna na 1ª consulta

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado a grávidas:

Pelo menos 6 consultas médicas de vigilância de gravidez ou de revisão do

puerpério, no período compreendido entre a DUM e o 42º dia de puerpério; ter

pelo menos 1 consulta médica de vigilância de gravidez nos primeiros 90 dias

de gestação; ter pelo menos uma consulta médica de revisão do puerpério,

realizada entre a data de fim da gravidez e o 42º dia de puerpério; ter pelo menos

um registo de resultado de ecografia obstétrica do 1º trimestre com data de

realização entre 11 e as 13 semanas e 6 dias de gestação; ter pelo menos um

registo de resultado da ecografia obstétrica morfológica, com data de realização

entre as 18 e as 23 semanas mais 6 dias de gestação.

Indicadores de Execução

% de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre (6.9M)

Nº médio de consultas de enfermagem em saúde materna (4.22)

% de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde materna

(4.22M)

% de visitas domiciliarias de enfermagem realizadas a puerperas vigiadas na

USF durante a gravidez (4.33)

% de grávidas com revisão do puerpério efectuada (6.4)

Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem

Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em saúde

materna

Proporção de grávidas com consulta de revisão do puerpério efetuada

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 86 de 111

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre

(6.9M) 90% 90% 90% 90%

Nº médio de consultas de enfermagem em saúde materna (4.22) 8 8 8 8

% de grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem em

saúde materna (4.22M) 85% - - -

% de visitas domiciliarias de enfermagem realizadas a

puérperas vigiadas na USF durante a gravidez (4.33) 80% - - -

% de grávidas com revisão do puerpério efetuada (6.4) 85% 85% 85% 85%

Proporção de puérperas com domicílio de enfermagem - 70% 70% 70%

Proporção de grávidas com 6 ou mais consultas de

enfermagem em saúde materna 85% 50% 50% 50%

Proporção de grávidas com consulta de revisão do puerpério

efetuada - 81% 81% 81%

5.4 PROGRAMA DE PREVENÇÃO ONCOLÓGICA

O “Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Oncológicas 2007-2010”

propõe o rastreio para os Cancros do Colo do útero, Cancro da Mama e Cancro do

Cólon e Reto. Na área da mama, na ARS do Centro, em protocolo com a Liga

Portuguesa Contra o Cancro, que vai aos centros de Saúde de 2/2 anos e é responsável

pela convocação das mulheres.

Serviços mí nimos: Saúde Materna

1ª Consulta de gravidez;

Consulta de 24‐26 semanas em gra vida com grupo sanguí neo RH negativo;

Consulta de puerpe rio que na o pode ser remarcada;

Total de consultas de seguimento de gravidez inferior a 6.

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 87 de 111

Estratégias para os 3 Rastreios:

Informar sobre prevenção do cancro e sobre os cancros que têm rastreio e como

proceder;

Promover a responsabilização dos utentes pelo rastreio;

Centrar a atenção dos profissionais da USF nos rastreio/deteção precoce de

possíveis problemas na respetiva população alvo, mas particularmente nas

mulheres dos 50 aos 64 anos porque devem realizar os três rastreios;

Fazer o levantamento das mulheres sem rastreio ou cuja situação de rastreio é

desconhecida;

Aproveitar todas as atividades na USF para realização de rastreios imediatos ou

agendamento para consulta própria.

Programa de Prevenção Oncológica

População Alvo Rastreio do cancro da mama: mulheres dos 50 aos 69 anos inscritas na USF,

n=1228; Rastreio do cancro do útero: mulheres dos 25 aos 64 anos inscritas na

USF, n= 2919 e Rastreio do cancro do cólon e reto: Homens e mulheres dos 50

e os 74 anos inscritos na USF

Objetivos Estabilizar a percentagem de mulheres entre os 50 e os 69 com mamografia

registada nos últimos 2 anos nos 65%

Continuar a elevar progressivamente a percentagem de mulheres dos 25 aos 64

anos com colpocitologia registada nos últimos 3 anos.

Executar cuidados promotores de saúde e preventivos da doença que promovam

o bem-estar e autonomia da pessoa adulta e idosa, dirigidos prioritariamente aos

grupos vulneráveis, aos grupos de risco e aos grupos com necessidades

especiais. Realizar rastreios oncológicos, previstos no plano oncológico nacional.

Promover a educação do utente e da família.

Periodicidade Rastreio do cancro da mama: de 2 em 2 anos

Rastreio do cancro do útero: de 3 em 3 anos

Rastreio do cancro do cólon e reto: Entre os 50 e os 74 anos, de 2 em 2 anos

Quem Médicos, enfermeiras e administrativas. Colaboração c/ a Liga Portuguesa contra

o Cancro

Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, por convocatória pessoal, a pedido

da utente, marcação ou realização oportunista

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 88 de 111

Onde Consultórios médico e de enfermagem

Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

Rastreio do cancro da mama

Indicador de Execução

% de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada nos últimos 2

anos (5.1M)

Rastreio do cancro do colo do útero

Mulheres com colpocitologia atualizada (3 anos)

População Alvo Mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos

Objetivos Atingir 73% de mulheres com colpocitologia atualizada

Periodicidade Rastreio do cancro do útero: de 3 em 3 anos

Quem Toda a equipa

Como Consulta de PF e Rastreio do Cancro do Colo do útero

Onde Gabinete médico

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos / nº total de

mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 59 anos

Estratégias

Pesquisar no Programa SIIMA Rastreios as mulheres elegíveis para rastreio

Realizar rastreios oportunistas

Marcar consulta de PF ou Rastreio oportunistas.

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% de mulheres entre os 50 e 69 anos com mamografia registada

nos últimos 2 anos (5.1M) 73% - - -

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 89 de 111

Indicador de Execução

% de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada (3 anos)

(5.2)

Utentes com Rastreio do cancro do Cólon e Reto (RCCR) realizado

População Alvo Utentes com idade compreendida entre os 50-74 anos elegíveis para RCCR

Objetivos Conseguir o maior número de utentes com RCCR efetuado

Periodicidade Rastreio do Cólon e Reto: de 2 em 2 anos

Quem Toda a equipa

Como Rastreio do Cólon e Reto

Onde Gabinete médico/enfermagem

Quando Todo o ano

Avaliação Nº de utentes entre 50-74 anos com RCCR realizado / nº total utentes entre 50-

74 anos

Estratégias

Pesquisar no Programa SIIMA Rastreios os utentes elegíveis para rastreio

Realizar rastreios oportunistas.

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2012 2013 2014 2015

% de mulheres entre os 25 e 64 anos com colpocitologia

atualizada (3 anos) (5.2) 60% - - -

Proporção de mulheres entre os 25 e os 59 anos com

colpocitologia (3 anos) - 73% 73% 73%

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Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 90 de 111

5.5 PROGRAMA DE SAÚDE ADULTO/IDOSO E CUIDADOS A DOENTES DEPENDENTES

CRÓNICOS E PATOLOGIA MÚLTIPLA

A USF tem em consideração na sua atividade o Programa Nacional para a Saúde das

Pessoas Idosas, nomeadamente a promoção de um envelhecimento ativo adequação

dos cuidados de saúde às necessidades específicas dos idosos. O envelhecimento da

população decorrente do desenvolvimento e da evolução social, nomeadamente

aumento da esperança de vida e a diminuição da fecundidade, coloca crescentes

desafios aos profissionais de saúde e a realidade do nosso concelho não é exceção.

Sendo assim os idosos (65 e mais anos) são objeto duma atenção particular, sendo os

cuidados organizados de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa e

família, tendo em conta o seu grau de autonomia e de independência, procurando

mobilizar os recursos disponíveis mais adequados.

Estratégias do programa:

Diabetes

Diagnosticar, avaliar e controlar a diabetes e a pré-diabetes;

Cumprir os objetivos de St.Vicent;

Diminuir as complicações da diabetes;

Avaliar a qualidade do seguimento dos diabéticos e corrigir as lacunas

detetadas.

Hipertensão

Identificar os hipertensos da população da USF e codifica-los na lista de

problemas;

Publicitar a consulta multidisciplinar de hipertensão, em horário específico para

seguimento dos hipertensos;

Contactar todos os doentes a fazer anti hipertensores para avaliar da

necessidade ou não de seguimento;

Aproveitar todas as consultas de medicina geral e familiar para avaliação

sistemática da pressão arterial a todos os utentes pelo menos uma vez por ano;

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 91 de 111

Utentes Dependentes

Determinar o grau de dependência avaliado pela aplicação das escalas de

Norton, Braden, Risco de Quedas dos idosos inscritos nesta USF sempre que

haja um contacto com o mesmo.

Garantir pelo menos uma visita domiciliária aos idosos que necessitam de visitas

domiciliárias programadas, de acordo com os critérios definidos no regulamento

interno.

Assegurar a continuidade de cuidados providenciando cuidados curativos a

todos os utentes que necessitem de cuidados domiciliários de enfermagem.

Identificação do cuidador e aplicação de escala de sobrecarga do cuidador.

Programa de Saúde Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes Crónicos e Patologia Múltipla

População Alvo No total de utentes dos 18-75 anos, existem 355 (48%) utentes diabéticos vigiados na

USF

No total de utentes de 7635 utentes (> ou= 25 anos), existem 961 (13%) hipertensos

vigiados na USF,

Utentes com idade a partir dos 65 anos n=1919 (> 65 anos), utentes dependentes

inscritos e residentes na área de influência da USF n= 9620

Objetivos Diabetes

Realizar a vigilância, aconselhamento e educação do doente, familiares e outros

cuidadores em situação de doença crónica em que são necessários cuidados por longos

períodos de tempo;

Promover a autovigilância, a gestão e adesão ao regime terapêutico; abordagem

sistemática e planeamento de cuidados, periodicamente revistos

Diminuir a prevalência dos fatores de risco (tabagismo, sedentarismo, erros alimentares,

abuso de álcool)

Hipertensão

Promover a autovigilância, a gestão e adesão ao regime terapêutico; abordagem

sistemática e planeamento de cuidados, periodicamente revistos;

Diminuir a prevalência dos fatores de risco (tabagismo, sedentarismo, erros alimentares,

abuso de álcool,);

Estimular estilos de vida saudável (atividade física, alimentação saudável);

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 92 de 111

Abordar todas as situações pessoais tendo em conta o seu estado global de saúde e os

contextos familiares, socioculturais e sócio ocupacionais.

Dependentes

Promover e acompanhar um envelhecimento ativo ao longo de toda a vida;

Vigiar as situações de dependência física e funcional, que necessitem dos cuidados

médicos e de enfermagem;

Promover o ensino de cuidados de saúde a serem prestados ao doente pela família na

área curativa, preventiva e de reabilitação;

Adequar os vários tipos de ajudas técnicas disponíveis, em articulação com a Técnica

de serviço Social;

Incentivar e promover o auto cuidado de forma ao utente alcançar a maior autonomia

possível.

Fazer a referenciação com elaboração de relatório-síntese atualizado, para cuidados

especializados e sempre que necessário, com acompanhamento paralelo da situação e

receção de retorno, em continuidade de cuidados em articulação com a Técnica de

serviço Social;

Abordar todas as situações pessoais tendo em conta o seu estado global de saúde e os

contextos familiares, socioculturais e sócio ocupacionais.

Periodicidade Consulta médica/enfermagem de Diabetes: 3/ ano e avaliação do pé 1/ano;

Consultas médicas/enfermagem de Hipertensão: 1/semestre

Quem Médicos, enfermeiras e administrativas.

Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, eventualmente por iniciativa do utente

Onde Consultórios médico e de enfermagem

Quando Todo o ano exceto férias, com horário expresso.

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

Diabetes

Pessoa com diabetes com consulta de enfermagem de diabetes

População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF

Objetivos Atingir 82% de pessoas com diabetes abrangidas pela consulta de enfermagem

de diabetes

Periodicidade Anual

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 93 de 111

Quem Enfermeiro

Como Consulta de vigilância de diabetes

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Anual

Avaliação Nº de pessoas com diabetes com consulta de vigilância de enfermagem / nº total

de pessoas com diabetes

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância da diabetes o mais precocemente possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Pessoa com diabetes com exame aos pés

População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF

Objetivos Atingir 80% de pessoas com diabetes com exame aos pés realizado no último ano

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro

Como Consulta de vigilância de diabetes

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Anual

Avaliação Nº de pessoas com diabetes com exame aos pés realizado no último ano/ nº total

de pessoas com diabetes

Estratégias

Monitorizar o risco de úlcera do pé diabético na 1ª consulta do ano

Colocar nas notas no “SClínico” a data da próxima monitorização do risco de

úlcera do pé diabético

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 94 de 111

Estratégias

Atualizar na 1ª consulta do ano o diagnóstico de GRT nos 3 grupos de status da

GRT: Conhecimentos sobre exercício físico; Conhecimentos sobre hábitos

alimentares e Conhecimentos sobre regime medicamentoso.

Verificar nas consultas seguintes se o diagnóstico da GRT se encontra

atualizado nesse ano.

Pessoa com diabetes com a última HbA1C < 8,0%

População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF

Objetivos Atingir 70% de pessoas com diabetes com a última HbA1C < 8,0%

Periodicidade Semestral

Quem Enfermeiro/médico

Como Consulta de vigilância de diabetes

Onde Gabinete de enfermagem/médico

Quando Uma vez por semestre

Avaliação Nº de pessoas com diabetes com a última HbA1C <8,0%/ nº total de pessoas com

diabetes

Estratégias

Monitorização e registo por semestre do valor da HbA1C

Pessoa com diabetes com registo de Gestão do Regime Terapêutico (GRT)

População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF

Objetivos Atingir 41% de pessoas com diabetes com GRT no último ano

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro

Como Consulta de vigilância de diabetes

Onde Gabinete de enfermagem

Quando Anual

Avaliação Nº de pessoas com diabetes com GRT no último ano/ nº total de pessoas com

diabetes

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 95 de 111

Realizar ensinos oportunos sobre GRT

Registo de todos os parâmetros avaliados no GUIA da pessoa com diabetes

Negociar com a pessoa com diabetes na última consulta do ano os objetivos

terapêuticos para o próximo ano.

Pessoa com diabetes com acompanhamento adequado

População Alvo Todas as pessoas com diabetes inscritas na USF

Objetivos Atingir 54,3% de pessoas com diabetes com acompanhamento adequado

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro/médico

Como Consulta de vigilância de diabetes

Onde Gabinete de enfermagem/médico

Quando Anual

Avaliação Nº de pessoas com diabetes com acompanhamento adequado/ nº total de

pessoas com diabetes e auditoria aos registos clínicos

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância da diabetes o mais precocemente possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado à pessoa

com diabetes: Ter pelo menos 2 consultas médicas de vigilância da diabetes,

realizadas nos últimos 12 meses, uma em cada semestre; Com pelo menos 1

PA registada no último semestre; Com pelo menos 1 PA registada no penúltimo

semestre; Com pelo menos 1 registo parametrizado de IMC e do peso, medidos

nos últimos 12 meses; Que tenham pelo menos um registo parametrizado de

estatura, realizado após os 20 anos de idade do utente, ou nos 12 meses que

antecedem a data de referência do indicador; Com pelo menos 1 registo de

HbA1C no último semestre; Com pelo menos 1 registo de HbA1C no penúltimo

semestre; O último resultado registado de HbA1C < 8,0%; Ter pelo menos 1

resultado de microalbuminúria, realizada nos últimos 12 meses; Ter pelo menos

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 96 de 111

um resultado de colesterol total, colesterol HDL e triglicerídeos, realizados nos

últimos 24 meses; Existe pelo menos 1 registo de exame aos pés, realizado nos

últimos 12 meses (em consulta de vigilância médico/enfermeiro na mesma data).

Indicadores de Execução

% de diabéticos com ≥ 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses, desde que

abranjam 2 semestres (5.4M 2)

% de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem (6.19M)

% de diabéticos com pelo menos 1 exame aos pés registado no ano (5.7)

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% diabéticos com ≥ 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses, desde que

abranjam 2 semestres (5.4M 2) 90% 90% 90% 90%

% de diabéticos abrangidos pela consulta de enfermagem (6.19M) 95% 95% 95% 95%

% de diabéticos com pelo menos 1 exame aos pés registado no ano (5.7) 93% 93% 93% 93%

Hipertensão

Utentes com hipertensão arterial com Índice de Massa Corporal (IMC)

População Alvo Utentes com hipertensão arterial

Objetivos Atingir 70% de utentes com hipertensão arterial com registo de IMC nos últimos

12 meses

Periodicidade Anual

Quem Médico/enfermeiro

Como Consultas de vigilância

Onde Gabinete de consulta

Quando Durante todo o ano

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 97 de 111

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com registo de IMC nos últimos 12 meses / nº

total utentes com hipertensão arterial

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente

possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Aproveitar todas as consultas para registar o IMC do utente com hipertensão

arterial.

Utentes com hipertensão arterial com Pressão Arterial (PA)

População Alvo Utentes com hipertensão arterial

Objetivos Atingir 60% de utentes com hipertensão arterial com pelo menos um registo de PA

em cada semestre

Periodicidade Semestral

Quem Médico/enfermeiro

Como Consultas de vigilância

Onde Gabinete de consulta

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com registo de PA em cada semestre / nº total

utentes com hipertensão arterial

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente

possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Aproveitar todas as consultas para registar a PA do utente com hipertensão

arterial.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 98 de 111

Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com vacina do tétano (Td)

População Alvo Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos

Objetivos Atingir 95% de utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com Td

atualizada

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiro

Como Em todos os contactos do utente com o enfermeiro

Onde Gabinete de consulta/sala tratamentos

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos com Td atualizada / nº

total utentes com hipertensão arterial com idade > 25 anos

Estratégias

Aproveitar todos os contactos com o utente com hipertensão arterial para

verificação do estado vacinal

Pesquisar no Programa SINUS quais os utentes com idade > 25 anos com Td

desatualizada e convocar para vacinação

Utentes com hipertensão arterial com < 65 anos com PA < 150/90 mmHg

População Alvo Utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos

Objetivos Atingir 50% de utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos com PA <

150/90 mmHg

Periodicidade Anual

Quem Médico /enfermeiro

Como Consultas de vigilância

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 99 de 111

Onde Gabinetes de consulta

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com idade <65 anos com PA < 150/90 mmHg

/ nº total utentes com hipertensão arterial com idade < 65 anos

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente

possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Aproveitar todas as consultas para registar a PA do utente com hipertensão

arterial.

Utentes com hipertensão arterial com Risco Cardiovascular (RCV)

População Alvo Utentes com hipertensão arterial sem doença cardiovascular nem diabetes

Objetivos Atingir 22,6% de utentes com hipertensão arterial com avaliação RCV nos últimos

3 anos

Periodicidade Em cada 3 anos

Quem Médico

Como Consulta de vigilância

Onde Gabinete de consulta

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial sem doença cardiovascular nem diabetes e

com pelo menos uma avaliação de RCV nos últimos 36 meses/ nº total utentes

com hipertensão arterial

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente

possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 100 de 111

Aproveitar todas as consultas para registar o RCV na Ficha Individual

Utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado

População Alvo Utentes com hipertensão arterial

Objetivos Atingir 21% de utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado

Periodicidade Semestral

Quem Médico

Como Consulta de vigilância

Onde Gabinete de consulta

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº Utentes com hipertensão arterial com acompanhamento adequado/ nº total

utentes com hipertensão arterial e auditoria aos registos clínicos

Estratégias

Marcação da 1ª consulta de vigilância de hipertensão o mais precocemente

possível

Remarcação da consulta sempre que o utente falte, primeiro por telefone e

depois por carta.

Aproveitar todas as consultas para registar todos os parâmetros do

acompanhamento adequado

Na auditoria verificar todos os itens do acompanhamento adequado a todos os

utentes com hipertensão arterial: Ter pelo menos uma consulta médica ou de

enfermagem de vigilância em hipertensão em cada semestre; Ter pelo menos

uma PA registada em cada semestre; Última PA registada (<6 meses) ser <

150/90 mmHg; ter pelo menos uma avaliação de RCV nos últimos 36 meses,

condição apenas aplicável a utentes com mais de 25 anos e sem nenhum dos

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 101 de 111

seguintes diagnósticos ativos na lista de problemas – diabetes, enfarte agudo do

miocárdio, trombose ou acidente vascular cerebral e aterosclerose ou doença

vascular periférica; Ter pelo menos um resultado de Microalbuminúria nos

últimos 36 meses; Ter pelo menos um resultado de colesterol total, colesterol

HDL e Triglicéridos realizado nos últimos 36 meses; Ter pelo menos um registo

de IMC nos últimos 12 meses.

Indicadores de Execução

% hipertensos com registo pelo menos uma avaliação de pressão arterial em

cada semestre (5.10M i)

% de hipertensos vigiados na USF com registo de pressão arterial em cada

semestre (5.10M f)

% de hipertensos vigiados na USF com pelo menos um registo de IMC nos

últimos 12 meses (5.13M 1)

% de hipertensos vigiados na USF com vacinação antitetânica atualizada (6.2M)

Proporção de hipertensos com IMC (12 meses)

Proporção de hipertensos com PA em cada semestre

Proporção de hipertensos> 25 anos com vacina do Tétano

Proporção de hipertensos <65 anos com PA <150/90 mmHg

Proporção de hipertensos com RCV (3anos)

Proporção de hipertensos com acompanhamento adequado

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% hipertensos com registo pelo menos uma avaliação de

pressão arterial em cada semestre (5.10M i) 87% - - -

% de hipertensos vigiados na USF com registo de pressão

arterial em cada semestre (5.10M f) 87% - - -

% de hipertensos vigiados na USF com pelo menos um registo

de IMC nos últimos 12 meses (5.13M 1) 92% - - -

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 102 de 111

Domicílios

Domicílios de enfermagem

População Alvo Todos os utentes inscritos na USF Condeixa

Objetivos Atingir 145 por 1.000 utentes com registo de domicílios

Periodicidade Anual

Quem Enfermeiros

Como Visita domiciliária

Onde Domicílio do utente

Quando Todo o ano

Avaliação Nº domicílios de enfermagem / nº total de utentes

Estratégias

Agendar a visita domiciliária selecionando o item domicílio

Remarcar sempre a próxima visita domiciliária

Realizar visita domiciliária curativa, preventiva e de carácter investigativo

Realizar visita domiciliária em equipa

% de hipertensos vigiados na USF com vacinação antitetânica

atualizada (6.2M) 96% - - -

Proporção de hipertensos com IMC (12 meses) - 70% 70% 70%

Proporção de hipertensos com PA em cada semestre - 60% 60% 60%

Proporção de hipertensos > 25 anos com vacina do Tétano - 95% 95% 95%

Proporção de hipertensos <65 anos com PA < 150/90 mmHg - 50% 50% 50%

Proporção de hipertensos com RCV (3anos) - 22,6% 22,6% 22,6%

Proporção de hipertensos com acompanhamento adequado - 21% 21% 21%

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 103 de 111

Monitorizar mensalmente o número de domicílios realizados.

Indicador

Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos (4.18)

Taxa de visitas domiciliária de enfermagem por 1000 inscritos (4.30)

Taxa de domicílios de enfermagem por 1.000 inscritos

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

Taxa de visitas domiciliária médicas por 1000 inscritos (4.18) 31 31 31 31

Taxa de visitas domiciliária de enfermagem por 1000 inscritos

(4.30) 140 140 140 140

Taxa de domicílios de enfermagem por 1.000 inscritos - 145 145 145

5.6 PROGRAMA DE VACINAÇÃO

Desde a implementação do programa nacional de vacinação (PNV) em 1965, tem-se

verificado uma significativa redução da morbilidade e mortalidade pelas doenças

infeciosas alvo de vacinação, com os consequentes ganhos em saúde.

Sendo este programa de vacinação a área essencial da prevenção primária de doenças,

justifica-se uma especial chamada de atenção para o êxito do cumprimento dos seus

objetivos, atividades e metas depende do envolvimento e empenho de todos os

profissionais: administrativos, médicos e enfermeiros. O ficheiro de vacinação da USF

está informatizado na aplicação SINUS – vacinação.

Serviços Mí nimos: Sau de Adulto/Idoso e Cuidados a Doentes Dependentes Cro nicos e Patologia

Mu ltipla

Diabetes: Tre s consultas por ano desde que abranjam dois semestres, com avaliaça o de

peso, pressa o arterial e HbA1c. Avaliaça o do perí metro abdominal e do pe anual.

Hipertensa o: Uma consulta em cada semestre com avaliaça o de peso, pressa o arterial e

IMC

Dependentes: Visita domicilia ria me dica ou de enfermagem em situaça o de doença aguda.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 104 de 111

De forma à USF conseguir a melhor taxa de vacinação possível desenvolveu algumas

estratégias, são elas:

Promover a oferta ativa das vacinas e aproveitar todas as oportunidades de

vacinação;

Promover a verificação do estado vacinal a todo o utente que recorra à unidade

para qualquer ato médico, de enfermagem ou administrativo;

Identificar e proceder à convocatória dos utentes com vacinas em atraso;

Promover visita domiciliária nas situações de não comparência face à

convocatória;

Alargamento do horário de vacinação ao horário de funcionamento da USF.

Programa de Vacinação

População Alvo Todos os utentes inscritos na USF

Objetivos Aumentar a taxa de cobertura vacinal de modo a assegurar a imunidade da população

minimizando a morbilidade por doenças evitáveis

Periodicidade Crianças: de acordo com as idades chave do Plano Nacional de Vacinação (PNV) ou de

outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com prescrição médica

Adultos: 10/10 anos, ou de outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com

prescrição médica

Quem Enfermeiras e Assistentes Técnicas

Quando Marcação por iniciativa da equipa de saúde, eventualmente por iniciativa do utente

/representante

Onde Consultório de enfermagem

Quando Todo o ano, em todos os dias úteis incluindo horário pós-laboral

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 105 de 111

Utilização Crianças: de acordo com as idades chave do Plano Nacional de Vacinação (PNV) ou de

outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com prescrição médica

Adultos: 10/10 anos, ou de outras vacinas não incluídas no PNV de acordo com

prescrição médica

Todos os dias úteis com horário pós-laboral, mas sempre que possível agendado com a

enfermeira de família de acordo com horário expresso.

Duração 15 minutos para médico e enfermeiro, 3 minutos para administrativo

Estratégias

Aproveitar todos os contactos com o utente para verificação do estado vacinal

Pesquisar no Programa SINUS quais os utentes com idade> 25 anos com Td

desatualizada e convocar para vacinação.

Indicador

Proporção de utentes> 25 anos com Td

Utentes com>25 anos com vacina do Tétano (Td)

População Alvo Utentes inscritos com mais de 25 anos

Objetivos Atingir 95% de utentes com idade> 25 anos com Td atualizada

Periodicidade Anual

Quem Toda a equipa

Como Consultas e atos de enfermagem

Onde Gabinetes de enfermagem/salas de tratamento

Quando Durante todo o ano

Avaliação Nº utentes com idade> 25 anos com Td atualizada / nº total de incritos com idade >

25 anos

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

Proporção de utentes > 25 anos com Td - 95% 95% 95%

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 106 de 111

Programa de Cuidados em Situações de Doença Aguda

População Alvo Todos os utentes inscritos na USF

Objetivos Realizar consulta no próprio dia e em tempo útil para todas as situações de doença

aguda, quando justificado.

Encaminhar as situações que se justifiquem para os cuidados de saúde secundários.

Orientar, se necessário, para o médico de família segundo fluxograma

Quem Médicos, enfermeiras e administrativas.

Quando Marcação por iniciativa do utente/familiar

Onde Consultórios médico e/ou enfermagem

Quando Todo o ano, no horário de atendimento da USF

Avaliação Acompanhamento mensal da evolução dos indicadores de execução

Duração 10 minutos para médico e/ou enfermeiro, 3 minutos para administrativo

Serviços Mí nimos: Vacinaça o

Vacinaça o anti‐teta nica em caso de utente com ferimento e vacina desatualizada (+ de 10

anos ou estado vacinal desconhecido)

Serviços Mí nimos: Cuidados em Situaço es de Doença Aguda

‐ Utentes que referem o aparecimento de sintoma su bito/agudo, que surgiu nos u ltimos 3 dias (febre,

tosse, vo mitos, diarreia, dores de cabeça, dores musculares, dores nos ossos, dores de garganta, dores de

ouvidos, dor lombar, queixas urina rias, dispneias, taquicardias e tensa o arterial elevada;

‐ Pessoas que referem agravamento de um dos seus problemas antigos, e necessitam de ajuda me dica

para alí vio da sintomatologia;

‐ Traumatismos a necessitarem de suturas e feridas com hemorragia controlada;

‐ Necessidade de contraceça o, que na o possa ser adiada para o dia seguinte por risco de gravidez.

- Encaminhamento para interrupça o volunta ria da gravidez.

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 107 de 111

Indicador de Execução

% de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família (3.12)

Taxa de utilização global de consultas (3.15)

Taxa de utilização de consultas médicas – 3 anos

Taxa de utilização de consultas de enfermagem – 3 anos

Proporção de consultas realizadas pelo enfermeiro de família

Indicadores de Execução Metas

Indicador 2013 2014 2015 2016

% de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família

(3.12) 85% 85% 85% 85%

Taxa de utilização global de consultas (3.15) 75 75 75 75

Taxa de utilização de consultas médicas – 3 anos - 92,6% 92,6% 92,6%

Taxa de utilização de consultas de enfermagem – 3 anos - 90% 90% 90%

Proporção de consultas realizadas pelo enfermeiro de família - 71% 71% 71%

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 108 de 111

6- CARTEIRA ADICIONAL DE SERVIÇOS

6.1 CESSAÇÃO TABÁGICA

A consulta de cessação tabágica funciona no Centro de Saúde desde 1995. A USF

desde a sua formação continuou com este projeto dando cobertura a todos os utentes

inscritos no Centro de Saúde. O encaminhamento dos utentes é feito primordialmente

pelo médico de família, mas também pode ser feito pelo enfermeiro de família ou pelo

próprio utente, e é dirigido à equipa de profissionais que fazem parte desta consulta.

Ao longo dos anos foram feitos ajustes no que respeita à organização da consulta,

principalmente em questões de horário. Começou por não haver horário específico para

a consulta o que levava a alguma descoordenação da consulta. Neste momento esta

ocorre à 5ª feira das 16 às 17 horas, podendo este horário ser alterado consoante as

necessidades dos utentes, melhorando assim a acessibilidade e a adesão à consulta.

População Alvo: Todos os utentes do Centro de Saúde de Condeixa-a-Nova

Objetivos:

Promover e incentivar a cessação tabágica;

Divulgar os benefícios da cessação tabágica;

Tratar e acompanhar os interessados.

Estratégias:

Divulgar a existência desta consulta na USF Condeixa/USF Fernando Namora;

Divulgar o horário de atendimento através de peças promocionais;

Realizar sessões de educação para a saúde versando este tema.

Meta: 48 consultas/ano

Carga horária prevista: 2 horas/mês

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 109 de 111

ANEXOS

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 110 de 111

ANEXO 1: CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS NUCLEARES

Equipa nuclear Assistente Técnica Enfermeiro Médico

Equipa 1 D. Licínia Garrido (AT1) Enf.ª Celina Veloso

(E1) Dr. Miguel Conceição (M1)

Equipa 2 D. Lurdes Morais (AT2) Enf.ª Paula Veríssimo

(E2) Dr.ª Rosália Pereira (M2)

Equipa 3 D. Lurdes Morais (AT2)

Enf.ª Sandra Figueiredo (E3.1)

Enf.ª Elise Vilas Boas

(E3.2)

Dr. Luís Almeida

(M3)

Equipa 4

D. Filomena Pimenta

(AT3)

Enf.ª Joana Matias

(E4)

Dr.ª Carla Silva

(M4)

Equipa 5

D Odete Lopes

(AT4)

Enf.ª Sandra Valada

(E5)

Dr. Pais Pinto

(M5)

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PLANO DE AÇÃO – 2015-2017

Aprovado em CG de 29 de maio de 2015 Pa gina 111 de 111

Anexo 2: Constituição das Equipas responsáveis pelos Programas de saúde

Programa Médico/a Enfermeira Assistente Técnica

Saúde materna Dra. Carla Enf. Paula D. Lurdes

Hipertensão arterial Dr. Pinto Enf. Sandra Valada D. Licínia

Diabetes Dr. Miguel Enf. Sandra Figueiredo D. Odete

Planeamento familiar Dra. Carla Enf. Paula D. Lurdes

Saúde infantil Dra. Rosália Enf. Celina D. Licínia

Saúde do adulto e idoso Dr. Luis Enf. Joana D. Odete

Rastreios Dra. Rosália Enf. Joana D. Lurdes

Cuidados no domicílio Dr. Luís Enf. Elise D. Filomena