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1. INTRODUÇÃO A Extensão Rural pode ser composta de duas dimensões: uma comunicacional e outra educacional, num processo dinâmico que consiste em levar ao produtor rural informações úteis e relevantes e ajudá-lo a adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes para utilizar com eficiência essas informações. O objetivo final desse processo é o de tornar o agricultor capaz de melhorar a sua qualidade de vida, pela utilização racional e efetiva dos conhecimentos, habilidades e informações adquiridas. Neste sentido, a Extensão Rural não deixa de ser um processo de educação não-formal e suas metodologias de trabalho são, de fato, empregadas em programas não especificamente agrícolas, tais como higiene, desenvolvimento comunitário ou planejamento familiar. A Politica Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER (lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010) deixa bem claro essa definição em seu paragrafo 2º inciso I no qual diz o seguinte: “Assistência Técnica e Extensão Rural - Serviço de educação não-formal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais”. Sendo assim, a Extensão Rural é, portanto, uma área de atuação ampla, abrangendo as mais variadas atividades rurais, envolvendo diferentes tipos de organizações (públicas ou privadas) para 1

Plano de Ação Do Bailique 2015

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Ação de Extensão Rural do Município.

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Page 1: Plano de Ação Do Bailique 2015

1. INTRODUÇÃO

A Extensão Rural pode ser composta de duas dimensões: uma comunicacional e

outra educacional, num processo dinâmico que consiste em levar ao produtor rural

informações úteis e relevantes e ajudá-lo a adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes

para utilizar com eficiência essas informações. O objetivo final desse processo é o de tornar

o agricultor capaz de melhorar a sua qualidade de vida, pela utilização racional e efetiva

dos conhecimentos, habilidades e informações adquiridas. Neste sentido, a Extensão Rural

não deixa de ser um processo de educação não-formal e suas metodologias de trabalho são,

de fato, empregadas em programas não especificamente agrícolas, tais como higiene,

desenvolvimento comunitário ou planejamento familiar. A Politica Nacional de Assistência

Técnica e Extensão Rural – PNATER (lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010) deixa bem

claro essa definição em seu paragrafo 2º inciso I no qual diz o seguinte: “Assistência

Técnica e Extensão Rural - Serviço de educação não-formal, de caráter continuado, no

meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização

das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades

agroextrativistas, florestais e artesanais”. Sendo assim, a Extensão Rural é, portanto, uma

área de atuação ampla, abrangendo as mais variadas atividades rurais, envolvendo

diferentes tipos de organizações (públicas ou privadas) para atingir diversos públicos

(homens, mulheres, jovens) com diferentes mensagens sociais.

No Estado do Amapá o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá –RURAP é o

órgão oficial que presta o serviço de Assistência técnica e Extensão Rural no Estado. O

RURAP foi criado pelo Decreto Governamental nº 0122 de 23 de agosto de 1991, e a lei nº

1.076 de 02 de Abril de 2007, descreve sua finalidade e dá outras atribuições, na qual diz

que: “O Instituto de desenvolvimento Rural – RURAP é uma autarquia pública, com

personalidade jurídica de direito público, autonomia técnica, administrativa e financeira,

patrimônio e receitas próprias, vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural,

com sede e foro em Macapá, Estado do Amapá”. E tem por finalidade executar o serviço de

assistência técnica e extensão rural de todas as atividades rurais, gerar e adaptar as

tecnologias agrícolas à pecuária, orientar a produção e o comércio de produtos alimentares,

promover a organização rural, padronizar, classificar e melhorar a qualidade dos produtos

agropecuários e agroindustriais.

1

Page 2: Plano de Ação Do Bailique 2015

Sendo assim o RURAP está presente em todos os municípios do Estado do Amapá

através de suas Sedes Locais, inclusive no Arquipélago do Bailique, conjunto de oito ilhas

na foz do rio amazonas, com a sede local do Bailique na Vila Progresso. Portanto, de

acordo com a Politica Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER, o

sede local do RURAP no Arquipélago do Bailique pretende descrever neste documento o

seu plano de ação local para o ano de 2015 na região do Bailique.

2. O ARQUIPÉLAGO DO BAILIQUE

O Arquipélago do Bailique é distrito pertencente ao município de Macapá, distante

em linha reta 200 km da sede municipal (Figura 1). Possui uma população em torno de

7.618 habitantes (IBGE, 2010).

O arquipélago é composto por oito ilhas, apenas duas não são habitadas, a ilha do

Meio e Parazinho, a segunda abriga a reserva biológica do Parazinho (Figura 2). As outras

estão divididas em 46 comunidades:

1) A Ilha do Curuá abriga as comunidades de Igarapé Grande, Santa Paz, Limão do

Curuá, Ponta do Curuá, Itamatatuba, Andiroba, São João Batista, Jaburú Grande,

Jaburuzinho, Jangada, Jangadinha, Ilhinha, Cubana, Carneiro, São Pedro e Buritizal;

2) Na Ilha de Terra Grande estão localizada as comunidades de Maranata, Filadelfia,

Equador, Boa Esperança, Monte Carlos, Arraiol, São Pedro da Ponta do Bailique,

Santo Antonio, Livramento, Uricurituba, Junco, Foz do Gurijuba e Ilha Vitória;

3) A Ilha do Franco abriga as comunidades de São Benedito da Freguesia, Franco

Grande, Franquinho, Ponta da Esperança, Freguesia, Capinal, Eluzai e Igaçaba;

4) Na Ilha do Brigue encontram-se as comunidades Macedônia, Igarapé do Meio,

Jaranduba e Nossa senhora Aparecida;

5) Na Ilha do Faustino, as comunidades de Mupéua, Maúba e Bom Jardim;

6) Na Ilha do Marinheiro abriga as comunidades de Vila Progresso, Igarapé do

Macaco e Marinheiro de fora.

2

Page 3: Plano de Ação Do Bailique 2015

No que se refere à estrutura fundiária do arquipélago do bailique encontramos

quatro Projetos de Assentamento Agroextrativista, são eles:

a) Projeto de Assentamento Agroextrativista Durável da Ilha do Curuá, criado pela lei

nº 1.042, de 28 de agosto de 2006;

b) Projeto de Assentamento Agroextrativista Durável da Ilha do Franco, criado pela lei

nº 1.043, de 28 de agosto de 2006;

c) Projeto de Assentamento Agroextrativista Durável da Ilha do Marinheiro, criado

pela lei nº. 1.044, de 28 de agosto de 2006 e;

d) Projeto de Assentamento Agroextrativista Durável da Ilha do Brigue, criado pela lei

nº. 1.045, de 28 de agosto de 2006.

3

Figura 1: Imagem representando a distância aproximadamente entre Macapá e o Distrito do

Bailique, PEROTE, 2011. (Fonte: Google Earth).

Page 4: Plano de Ação Do Bailique 2015

A vegetação predominante no Arquipélago do Bailique são as florestas de várzea e

os campos naturais, moldados pela dinâmica do rio Amazonas.

Os campos naturais se caracterizam por áreas abertas com predomínio do elemento

herbáceo, existindo também aqueles localizados em locais com pequenas oscilações na

topografia do terreno que permitem o estabelecimento de um estrato arbóreo-arbustivo;

além destes, existem ainda áreas com concentração de ilhas de mata de tamanho e formas

variadas. São nos campos naturais, onde se encontra a pecuária do Bailique com

predominância da bubalinocultura.

As florestas de várzea encontradas no arquipélago do Bailique são ecossistemas

energeticamente abertos, associados às planícies de inundações dos rios e igarapés de água

branca do estuário amazônico. Apresentam uma estrutura exuberante, rica em diversidade e

um grande patrimônio genético. Estão submetidas à influência do oceano e são banhadas

pelas águas das marés diariamente num ciclo diário de enchentes e vazantes. Apenas nas

maiores marés é que as ilhas ficam quase completamente cobertas por águas.

Segundo Lima (1956), dá-se o nome de marés aos movimentos alternados de

ascensão e abaixamento das águas do mar. Este movimento tem duração de 6 horas e 12

4

Figura 2: Imagem representando as oito ilhas do Arquipélago do Bailique, PEROTE,

2011. (Fonte: Google Earth).

Page 5: Plano de Ação Do Bailique 2015

minutos e chega à altura máxima, denominada de preamar, a qual permanece parada

durante 7 minutos e, em seguida, inicia o refluxo ou vazante com mesma duração. Estes

movimentos são realizados quatro vezes ao dia. As marés, a cada 24 horas, ocorrem 50

minutos mais tarde em relação ao dia anterior, por influência da lua. A cada semana, ocorre

uma maré grande de águas vivas (“maré de lanço”, denominação local) e uma maré

pequena de águas mortas (“maré de quebra”, denominação local). Nos meses de março e

setembro, ocorrem as maiores marés do ano. Por ocasião desse fenômeno natural a vida da

população do bailique é regida de acordo com os horários das marés, fato esse que limita

muitas ações de extensão rural, porém nada que um bom planejamento possibilite a

realização de ações de extensão rural no arquipélago.

O arquipélago do Bailique possui área de várzea alta e baixa. As águas da preamar,

que cobrem a várzea alta, não permanecem mais que duas horas sobre o solo. É neste

momento em que se depositam as partículas de limo e argila translocadas pelas marés

(LIMA, 1956). Segundo Sampaio (1988), citado por Jardim (2000), a diferença topográfica

da várzea alta para a baixa é de aproximadamente 1,5 a 2,0 metros.

As espécies características das florestas de várzea do bailique são marcadas pela

presença de palmeiras, destacando-se o açaí (Euterpe oleracea Mart.), buriti (Mauritia

flexuosa L.f.) e espécies arbóreas como pau-mulato (Callycophyllum spruceanum Benth.),

assacu (Hura crepitans L.), seringueira (Hevea guianensis Aubl.), taperebá (Spondias

monbim Jacq.), andiroba (Carapa guianensis Aubl.), samaúma (Ceiba pentandra Gaertn.),

pracuúba (Mora paraensis Ducke.), Pracaxi (Pentaclethra macroloba (Willd.) Kunt.), entre

outras.

Essas florestas apresentam um grande potencial econômico, com a presença de

espécies oleaginosas, frutíferas, laticíferas e várias espécies madeireiras, estoques esses que

estão sendo perdidos em função da exploração e manejo inadequados destes recursos, que

poderiam ser outra fonte de renda para os povos ribeirinhos no arquipélago do bailique.

As principais atividades geradoras de emprego e renda no Arquipélago do Bailique

são: extração de palmito, extração de madeira, pesca, pecuária, apicultura, criação rustica

de suínos, coleta de frutos de açaí, agricultura, comercio e administração pública.

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Page 6: Plano de Ação Do Bailique 2015

2.1. Área de Atuação do RURAP no Arquipélago do Bailique.

A área de atuação do RURAP no arquipélago do bailique se divide entre

comunidades e localidades que corresponde a um total de 73 áreas de atuação (Tabela 1).

Quadro 1: Área de atuação do RURAP no arquipélago do bailique.

ComunidadeNº de

FamíliasDistância da sede

(hs) Via de Acesso

Técnicos Responsáveis

Abacate 07 0:20 Fluvial

Raimundo Nonato de Castro Rebelo

Fábio Souza da Costa

Açaituba 04 1:20 FluvialAndiroba 22 0:25 FluvialAraquiçal 03 2:00 FluvialArraiol 26 0:35 FluvialBacuri 03 0:50 FluvialBoa Esperança 05 1:15 FluvialBom Jardim 12 0:10 FluvialBoca Velha 05 0:25 FluvialBuritizal 48 0:10 FluvialCapinal 15 0:25 FluvialCarneiro 38 0:15 FluvialChekiná 03 0:50 FluvialCristo Rei 02 0:30 FluvialCubana 20 0:20 FluvialEquador 05 1:10 FluvialFerreira 01 0:10 FluvialFiladélfia 09 1:00 FluvialFranco Grande 45 0:20 FluvialFranquinho 15 0:20 FluvialFreguesia 37 0:25 FluvialFuro do Bailique 01 0:30 FluvialFuro do Araguari 03 0:20 FluvialGalileia 04 1:10 FluvialGurijuba 54 0:45 FluvialIgaçaba 21 0:55 FluvialIg. da Ponta 04 0:15 FluvialIg. Teê 04 0:20 FluvialIg. do Meio 08 0:20 FluvialIg. Grande do Curuá 34 1:20 FluvialIg. Grande da Terra Grande

30 1:20 Fluvial

Ig. Cachaça 02 0:35 Fluvial

6

06

Page 7: Plano de Ação Do Bailique 2015

Ig. Jacaré 03 1:00 FluvialIg. Vieira 02 0:45 FluvialIg. Furo do Macaco 08 0:30 FluvialIlha Vitória 10 1:45 FluvialIg. Furo Grande 01 0:40 FluvialIlha da Marrequinha 02 1:15 FluvialIg. Porquinho 03 1:00 FluvialIlinha 21 0:50 FluvialItamatatuba 75 1:00 FluvialJaburu Grande 08 0:45 FluvialJaburuzinho 27 0:45 FluvialJangada 30 0:35 FluvialJaranduba 38 0:10 FluvialJunco 13 0:25 FluvialLimão do Curuá 68 1:25 FluvialLivramento 18 0:45 FluvialMacaco de Fora 04 0:25 FluvialMacedônia 56 0:05 FluvialMaranata 12 1:10 FluvialMarinheiro de Fora 26 0:15 FluvialMastro 01 0:25 FluvialMaúba 16 0:20 FluvialMonte Carlos 02 0:35 FluvialMonte das Oliveiras 01 1:15 FluvialMupéua 16 0:25 FluvialNossa Senhora de Aparecida

05 0:20 Fluvial

Ponta da Esperança 17 0:30 FluvialPonta do Curuá 30 1:30 FluvialProgresso 130 SEDE FluvialSabrecado 08 0:40 FluvialSanto Antônio 17 1:10 FluvialSão João Batista 09 0:15 FluvialSão Pedro do Bailique 04 1:45 FluvialSão Pedro do Curuá 29 0:20 FluvialSão Sebastião 02 0:10 FluvialSamaúma 03 0:35 FluvialSiriúba 07 0:25 FluvialTracajatuba 01 1:20 FluvialUrucurituba 11 0:30 FluvialViadinho 04 0:35 Fluvial

- -

7

Page 8: Plano de Ação Do Bailique 2015

Para efeito de divisão de trabalho entre a equipe técnica do RURAP-Bailique as 73

comunidades e localidades foram divididas em 3 regiões de atuação (Figura 3).

Na divisão das comunidades e localidades foi observado o seguinte critério:

comunidades e localidades que pertençam a uma mesma rota de navegação para facilitar o

trabalho da equipe técnica. Sendo assim obtivemos as seguintes regiões de atuação

(QUADRO 2):

Quadro 2: Regiões de Atuação do RURAP no Arquipélago do Bailique.

Nº REGIÃO SUL Nº REGIÃO NORTE Nº REGIÃO CENTRO

01 ANDIROBA 01 AÇAITUBA 01 ABACATE02 CARNEIRO 02 ARRAIOL 02 BOM JARDIM03 CUBANA 03 ARAQUIÇAL 03 BOCA VELHA04 FERREIRA 04 BACURI 04 BURITIZAL 05 FURO DO ARAGARI 05 BOA ESPERANÇA 05 CAPINAL06 GURIJUBA 06 CHEKINÁ 06 CRISTO REI07 IG. DA PONTA 07 EQUADOR 07 FRANQUINHO08 IG. GRANDE DO CURUÁ 08 FILADELFIA 08 FRANCO GRANDE09 IG. JACARÉ 09 GALILEIA 09 FREGUESIA10 IG. TEÊ 10 IG. GRANDE DA TERRA

GRANDE10 IG. FURO DO MACACO

11 ILINHA 11 IG. VIEIRA 11 IG. DO MEIO12 ITAMATATUBA 12 IGAÇABA 12 IG. FURO GRANDE13 JABURU GRANDE 13 ILHA VITÓRIA 13 IG. CACHAÇA14 JABURUZINHO 14 ILHA DA MARREQUINHA 14 JARANDUBA15 JANGADA 15 LIVRAMENTO 15 MACACO DE FORA16 JUNCO 16 MARANATA 16 MACEDÔNIA17 LIMÃO DO CURUÁ 17 MONTE CARLOS 17 MARINHEIRO DE FORA18 MASTRO 18 MONTE DAS OLIVEIRAS 18 PONTA DA ESPERANÇA19 MAÚBA 19 FURO DO BAILIQUE 19 PROGRESSO20 MUPÉUA 20 PORQUINHO 20 SABRECADO21 PONTA DO CURUÁ 21 SANTO ANTONIO 21 SÃO JOÃO BATISTA22 SÃO PEDRO DO CURUÁ 22 VIADINHO 22 NOSSA SENHORA DE

APARECIDA23 SÃO SEBASTIÃO 23 SÃO PEDRO DO BAILIQUE 23 SABRECADO24 TRACAJATUBA 24 SIRIÚBA 24 SAMAÚMA25 URUCURITUBA 25 25

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Page 9: Plano de Ação Do Bailique 2015

9

Progresso

Figura 3: Mapa das regiões de atuação do RURAP no Arquipelago do Bailique (Fonte: Google Earth, 2010).LEGENDA: REGIÃO SUL REGIÃO NORTE REGIÃO CENTRO

Page 10: Plano de Ação Do Bailique 2015

3. PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA PARA AÇÕES DE ATER NO BAILIQUE

A diversidade social e econômica da região do arquipélago do bailique pode ser

percebida tanto pela convivência entre os modelos de empreendimentos familiares de

produção agrícola, pecuária e extrativista, quanto pela diversidade ambiental da região que,

em última instância, determina os tipos de exploração econômica que ocorrem em cada

município ou microregião.

Em termos de produção agrícola na região, destacam-se as culturas anuais como

melancia, milho e feijão. Vale destacar que algumas comunidades praticam o derruba e

queima em áreas de matas para realizar o plantio de açaí, e inicialmente realizam o plantio

de culturas anuais consorciadas com os plantios de açaí, como forma de diversificação e

maior aproveitamento da área desmatada. No entanto não realizam nenhuma prática

conservacionista do solo. Nessas comunidades a agricultura familiar é de subsistência sem

nenhum tipo de sistema de gestão dos recursos utilizados, e quase nenhum uso de insumos

químicos e/ou mecânicos. Sendo assim, há uma necessidade de um programa de

sensibilização e conscientização para a adoção por parte desses agricultores dos princípios

da agricultura de base ecológica com enfoque para o desenvolvimento de sistemas de

produção sustentáveis.

No Bailique o termo “agricultura familiar” é utilizado para designar e generalizar as

diferentes categorias de produtores em que a direção dos trabalhos na propriedade é

exercida pelo agricultor e sua família, sendo a mão de obra quase que exclusivamente

familiar. A pequena dimensão das propriedades e baixa capitalização estão entre as

características mais marcantes deste segmento social. Não se pode, no entanto, falar em

uma única agricultura familiar, já que esta categoria vai variar enormemente de acordo com

o contexto social, econômico e ambiental no qual se insere. Assim, para a realização de

uma ação mais adequada dos serviços de extensão rural é necessário construir uma

tipologia das unidades de produção de base familiar no arquipélago do bailique, pois assim

o serviço de extensão rural poderá promover um desenvolvimento rural sustentável mais

adequado à realidade local e aos interesses de cada tipo de agricultor ou produtor, pois não

há solução homogênea para os gargalos da agricultura no bailique, porém elas devem ser

adequadas a cada realidade dos tipos identificados.

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Page 11: Plano de Ação Do Bailique 2015

Em relação às organizações sociais dos agricultores familiares do arquipélago do

bailique é observado que não há uma articulação em prol de um bem comum entre as

dezesseis organizações sociais presentes no arquipélago. Por outro lado, suas lideranças

participam ativamente da vida político-partidária local, muitas vezes concorrendo a cargos

eletivos ou apoiando determinado grupo político, porém nunca com o interesse de buscar o

bem comum e sim o individual. Um dos maiores gargalos do setor produtivo no bailique é

escoamento da produção, no entanto não se percebe entre as organizações sociais um

engajamento específico em relação à viabilização do escoamento da produção do bailique,

uma vez solucionada essa problemática com certeza o setor produtivo do bailique iria

alavancar.

A maioria das associações de pequenos produtores identificada na região do

bailique se apresenta como estruturas formais e muito frágeis do ponto de vista

organizativo. Elas têm um funcionamento irregular, com baixa mobilização dos associados,

pouca participação de mulheres e jovens e baixa autonomia e independência frente a

agentes externos, como políticos, técnicos, empresas, entre outros. O aspecto organizativo

dos agricultores familiares, dada a sua fragilidade, representa uma das maiores

vulnerabilidades identificadas nessa região.

No que se refere a pecuária no arquipélago do bailique há produção de bovinos,

porém a predominância é a criação de bubalinos, no entanto essas atividades estão

associadas a grandes alterações nas paisagens de campos naturais e florestas de várzeas

através das queimadas, remoção da cobertura vegetal, geração de grandes canais de

drenagem por meio da bubalinocultura, falta de manejo de conservação do solo, entre

outros, caracterizando essas atividades pouco sustentáveis na região. Diante dessa realidade

há uma forte emergência de um programa de ação voltado para essa atividade visando

promover a adoção de sistemas de produção mais sustentáveis que promova o aumento da

produção, a qualidade e a produtividade das atividades e serviços agropecuários no

bailique, com uma atenção maior para a bubalinocultura.

Uma atividade que tem dado bons resultados no arquipélago do bailique, mais

especificamente na comunidade do arraiol, é a apicultura. Essa atividade já foi no passado

carro chefe no bailique, porém por motivos de desarticulação política das organizações

sociais e falta de interesse em continuar com a promoção da apicultura no bailique a

11

Page 12: Plano de Ação Do Bailique 2015

atividade foi deixado de lado, e somente a comunidade do Arraiol perseverou com a

apicultura e hoje colhe os frutos, com um total de 100 caixas a previsão de produção para

este ano é de 5 toneladas de mel orgânico.

No que tange ao extrativismo vegetal o carro chefe no arquipélago do bailique é a

coleta de frutos de açaí nativo. O açaí nativo é a maior fonte de renda para a população

ribeirinha do bailique, porém o seu maior gargalo é o escoamento da produção. No entanto

o RURAP, IEF e a EMBRAPA vem já alguns anos trabalhando o manejo de açaizais

nativos na região, ação essa que já tem apresentado alguns resultados de acordo com os

agricultores que foram beneficiados com cursos e treinamentos sobre práticas de manejos

de açaizais nativos. Porém ainda há uma grande demanda por parte dos agricultores do

bailique por esses cursos e treinamentos para que os mesmos possam implementar as

práticas de manejos de açaizais nativos em suas propriedades.

Outra linha de atuação referente ao extrativismo das florestas de várzea no bailique

que deve ser levada em consideração são os produtos não-madeireiros dessas florestas.

Uma vez que no passado uma das fontes de renda no bailique era a extração do óleo de

andiroba (Carapa guianensis Aubl.) e de Pracaxi (Pentaclethra macroloba (Willd.) Kunt.).

Atualmente, os recursos florestais não-madeireiros consistem na principal fonte de renda e

alimento de milhares de famílias que vivem da extração florestal em várias partes do

mundo, e no bailique há um potencial muito grande para essa atividade como outra fonte de

renda para a população local. E pensando em atuar nessa linha de ação é de suma

importância a formalização de uma parceria entre os escritórios locais no bailique dos

órgãos RURAP e IEF (Instituto Estadual de Florestas do Amapá).

Em relação ao crédito rural no bailique o maior problema atualmente é o bloqueio

feito pelo Banco Central para a operacionalização da linha de crédito para Grupo B do

Pronaf (Microcrédito Produtivo Rural) no município de Macapá, pois era a linha de crédito

do Pronaf que a maioria dos agricultores familiares da região se enquadravam. No entanto,

restou apenas os outros grupos do Pronaf para enquadramento dos agricultores familiares

do bailique, porém existem gargalos que atrapalham a operacionalização do Pronaf na

região tais como: a) muitos agricultores são associados a colônia de pescadores e não

podem acessar o Pronaf para a agricultura, pois recebem o seguro defeso e os mesmos não

abrem mão do seguro; b) os assentados dos quatro Projetos de Assentamento

12

Page 13: Plano de Ação Do Bailique 2015

Agroextrativistas do bailique, em sua maioria ainda não receberam todos os créditos de

instalação do INCRA, não possibilitando-os de acessarem o Pronaf A ou C. Esses são os

dois gargalos mais comuns referentes ao acesso de crédito rural do Pronaf no bailique.

Como podemos perceber o arquipélago do bailique é uma região rica em

potencialidades tanto de recursos naturais como humanos, porém está faltando uma maior

atenção política para cooperar no desenvolvimento dessa região. Por isso o serviço de

ATER no bailique deve planejar suas intervenções orientadas para a elevação os parâmetros

ou atributos de sustentabilidade das unidades de produção familiares, quais sejam:

produtividade, equidade, resiliência e autonomia. E quando se fala em sustentabilidade

um princípio básico não deve ser negligenciado no processo de assessoria do RURAP como

órgão oficial de ATER no bailique que é a diversificação produtiva e a superação da

monocultura. A diversificação permitirá a elevação da produtividade global dos sistemas

produtivos, com benefícios diversos para as famílias.

A disponibilidade de um serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)

voltado para uma produção mais sustentável constitui uma das bases para a construção de

um processo de desenvolvimento rural sustentável de uma região. No entanto o RURAP

órgão oficial de ATER do Estado da Amapá, no bailique conta com recursos humanos e

materiais limitados para o desempenho de suas funções. Diante dessa realidade a equipe

técnica do RURAP no bailique definiu que o Plano de Ação Local deste ano deverá ser um

plano de ação condizente com a sua realidade, ou seja, um plano de pé no chão, com ações

que possam ser executadas e com metas que possam ser alcançadas apresentando no final

resultado de fácil percepção da qualidade do serviço de ATER prestado no arquipélago do

bailique.

13

Page 14: Plano de Ação Do Bailique 2015

4. MISSÃO DO RURAP

Implementar políticas de desenvolvimento rural do Estado, através dos serviços de

Assistência Técnica e Extensão Rural aos pequenos produtores e extrativistas, assim como

da ação articulada junto a toda cadeia produtiva do setor primário, visando promover as

condições de sustentabilidade alimentar, social, econômica e ambiental do Amapá.

5. OBJETIVOS DA SEDE LOCAL DO BAILIQUE

5.1. Objetivo Geral

A Sede Local do RURAP no Bailique, de acordo com a Politica Nacional de

Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER (lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010) e

a missão do RURAP no Estado do Amapá têm por objetivo geral para o ano de 2015,

contribuir para o desenvolvimento rural sustentável do Arquipélago do Bailique.

5.2. Objetivos Específicos

Contribuir para o fortalecimento das organizações locais de produtores rurais do

Arquipélago do Bailique;

Apoiar e assessorar iniciativas de práticas alternativas sustentáveis, promovidas por

agricultores (as) e/ou pelas organizações locais que promovam as potencialidades e

vocações do Arquipélago do Bailique;

Contribuir para criação de um espaço de discussão sobre politicas públicas voltadas

para o meio rural no Bailique;

Sensibilizar sobre a importância de uma Alimentação Saudável;

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Page 15: Plano de Ação Do Bailique 2015

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Page 16: Plano de Ação Do Bailique 2015

6. METAS A SEREM ALCANÇADAS PELA SEDE LOCAL DO BAILIQUE

OBJETIVOS ESPECIFICOS METAS INDICADORES

01Contribuir para o fortalecimento das organizações locais de produtores rurais do Arquipélago do Bailique;

Realizar um curso para lideranças comunitárias referente ao tema Crédito Rural.

Número de lideranças participantes.

Realizar um curso para lideranças comunitárias em Associativismo e Cooperativismo.

Número de lideranças participantes.

Realizar um curso para agricultores (as) em gestão de pequenas propriedades familiares.

Número de agricultores (as) participantes.

02

Apoiar e assessorar iniciativas de práticas alternativas sustentáveis, promovidas por agricultores (as) e/ou pelas organizações locais que promovam as potencialidades e vocações do Arquipélago do Bailique;

Realizar duas Demonstrações de Método para agricultores (as) sobre práticas de manejo de açaizais nativos.

Número de agricultores (as) participantes.

Realizar curso sobre Boas Praticas na Cadeia Produtiva do Açaí

Número de agricultores (as) participantes

Selecionar agricultores (as) que pratiquem o manejo de açaizais nativos e realizar o monitoramento da produção.

Produção de açaí manejado X Produção de açaí não-manejado.

Realizar dois cursos para agricultores (as) sobre criação de suínos.

Número de agricultores (as) participantes.

Realizar dois cursos para agricultores (as) sobre o tema Apicultura.

Número de agricultores (as) participantes.

Implantação de uma U.D. de Banana Resistente a Sigatoka Amarela e Negra.Implantação de uma U.D. de Utilização de leguminosas como cobertura viva para o controle de plantas invasoras em açaizais plantados.Realizar curso de capacitação sobre Produção de Farinha de Mandioca

Número de agricultores (as) participantes

Realizar curso de capacitação sobre criação de aves caipira (corte e postura)

Número de agricultores (as) participantes

03Contribuir para criação de um espaço de discussão sobre politicas públicas voltadas para o meio rural no Bailique;

Realizar um seminário sobre a produção familiar no arquipélago do bailique.

Número de agricultores (as) participantes.

04Sensibilizar sobre a importância de uma Alimentação Saudável;

Capacitação de agricultores (as) sobre alimentação alternativa.

Número de agricultores (as) participantes.

16

Page 17: Plano de Ação Do Bailique 2015

7. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

A metodologia de trabalho de ATER no arquipélago do bailique deverá ser pauta de

em estratégias de intervenção participativa que permita aos atores envolvidos

transformarem-se em sujeitos do seu processo de desenvolvimento, valorizando os distintos

saberes e experiências que permitam a ampliação da cidadania, estimulando o

protagonismo e a autonomia dos grupos e das organizações locais.

Nesse sentido as estratégias que deverão guiar os trabalhos de ATER da Sede Local

do RURAP no Bailique são:

Fortalecer as organizações locais de produtores rurais do Arquipélago do Bailique

– Pretende-se dar maior atenção as organizações locais visando incentivar a exercer

sua cidadania, mediante seu compromisso num processo democrático de efetiva

organização, planejamento e implementação de ações de interesse coletivo de

desenvolvimento rural. Para tal será necessário reforçar as organizações locais,

visando melhorar o seu controle sobre as suas terras e recursos naturais, a sua

participação efetiva em espaços públicos de formulação de políticas, incluindo o

ordenamento territorial;

Apoiar iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações do

Arquipélago do Bailique – Pretende-se apoiar as iniciativas e/ou experiências

desenvolvidas pelos (as) agricultores (as) locais com potencial e que valorize a real

vocação da região, através de capacitações para aprimoramento técnico de acordo

com a temática da atividade, acompanhamento e monitoramento dessas experiências

exitosas, divulgação dos resultados alcançados e criar uma rede de agricultores

experimentadores do arquipélago do bailique;

Assessorar as diversas fases das atividades econômicas, a gestão de negócios, sua

organização, a produção, inserção no mercado e abastecimento, observando as

peculiaridades das diferentes cadeias produtivas desenvolvidas na região do

Bailique;

17

Page 18: Plano de Ação Do Bailique 2015

8. PÚBLICO ASSISTIDO POR CATEGORIA

COMUNIDADE EXTRAT. PP MP PEC PESC Sr.ª ESC

ABACATE 05 08 01 05 05

AÇAITUBA 03 06 04 03 03

ANDIROBA 13 13 01 0 05

ARAQUIÇAL 02 06 03 06 04

ARRAIOL 08 20 06 05 08 20

BACURI 02 05 02 04 02

BOA ESPERANÇA 04 06 04 06 03

BOCA VELHA 04 04 01 03 02

BOM JARDIM 16 16 01 03 05

BURITIZAL 15 29 01 13 11 50

CAPINAL 05 08 01 08 2

CARNEIRO 15 20 01 16 05

CHEKINÁ 05 05 02 04 0

CRISTO REI 10 14 00 05 02

CUBANA 15 22 02 10 09

EQUADOR 10 31 02 04 20 60

FERREIRA 05 05 00 05 03

FILADELFIA 10 19 05 05 04

FRANCO GRANDE 10 10 02 09 02

FRANQUINHO 05 13 02 15 02 30

FREGUESIA 20 35 06 25 05

FURO DO

ARAGUARI

03 12 03 09 05

GALILEIA 01 01 02 01 0

GURIJUBA 15 33 09 15 04 30

IGAÇABA 05 08 00 08 02

IGARAPÉ

CACHAÇA

00 00 00 00 00

IGARAPÉ DA

PONTA

05 07 00 05 02

IGARAPÉ DO MEIO 25 43 00 25 05

18

Page 19: Plano de Ação Do Bailique 2015

IGARAPÉ G. DO

CURUÁ

20 57 02 08 0

IGARAPÉ JACARÉ 03 05 01 05 00 02

IGARAPÉ VIEIRA 01 02 00 01 01

ILHA VITÓRIA 05 07 01 09 07 02

ILINHA 09 09 01 03

ITAMATATUBA 20 49 02 20 0

JABURU GRANDE 05 06 00 06 0

JABURUZINHO 15 30 01 05 03

JANGADA 22 22 01 09 01

JARANDUBA 05 23 02 03 0 15

JUNCO 15 15 00 02 05

LIMÃO DO CURUÁ 20 42 02 16 20

LIVRAMENTO 10 25 08 10 08 30

MACACO DE

FORA

08 10 00 05 00

MACEDÔNIA 10 52 01 00 35 20 60

MARANATA 10 20 05 03 00

MARINHEIRO DE

FORA

08 08 01 08 0

MASTRO 02 02 00 01 0

MAUBA 10 12 00 10 0

MONTE CARLOS 03 06 06 05 05

MONTE DAS

OLIVEIRA

01 02 01 01 00 00

MUPEUA 05 05 01 03 05

PONTA DA

ESPERANÇA

05 19 01 02 01

PONTA DO CURUÁ 10 20 01 09 0

PORQUINHO 01 01 02 00

PROGRESSO 30 170 01 00 50 60 150

SABRECADO 04 05 01 03 0

SANTO ANTONIO 15 15 02 08 05

SÃO JOÃO 05 10 00 05 00

19

Page 20: Plano de Ação Do Bailique 2015

BATISTA

SÃO PEDRO DO

CURUÁ

08 10 03 05 05

SÃO SEBASTIÃO 02 05 02 03 05

SIRIUBA 02 04 01 02 00

URUCURITUBA 05 06 01 02 02

VIADINHO 02 05 01 03 0

TOTAL 537 1.082 05 122 468 273 445

20

Page 21: Plano de Ação Do Bailique 2015

9. ASSISTÊNCIA GRUPAL

COMUNIDADE INSTITUIÇÃO SOCIAL SIGLA REPRESENTANTE CONTATOBURITIZAL Associação dos Moradores e Produtores do

BuritizalAMPB Fernando da Silva Negrão

(Fernandão) – PresidenteRenivaldo Cordeiro Pacheco

(Roni) – Tesoureiro

3332-3051

ARRAIOL Associação dos Moradores do Arraiol AMAB José Cordeiro dos Santos Lopes – Presidente

Não tem telefone

GURIJUBA Associação dos Produtores da Foz do Gurijuba AMPRIG Neulto de Oliveira Magalhães – Presidente

IG. GRANDE DO CURUÁ Associação dos Produtores Agroextrativistas do Curuá

APAC Zequias Viana Afonso – Presidente

3332-1241 / 8116-1651

LIMÃO DO CURUÁ Grupo de Senhoras Extr. Curúa Raimundo Pastana da GamaMACEDÔNIA Grupo de Ação Comunitária GACMACEDÔNIA Associação dos Moradores da Macedônia

BailiqueAMMAB

MACEDÔNIA Associação dos Produtores Agroextrativistas da Ilha do Brigue.

APAIB Elias Barbosa Vilhena

PROGRESSO Conselho Comunitário do Bailique CCB Antonio LuizPROGRESSO Assoc. Moradores Vila Progresso AMVIP Elison Magalhães Amanajás –

Presidente3332-0100

CARNEIRO Associação dos Moradores do Igarapé do Carneiro Bailique.

AMICB Márcia Marques Santana – Presidente

Gisele Marques de Araújo – Tesoureira

9154-91169154-9120

CARNEIRO Cooperativa Mista Extr. Prod. do A. Bailique COMPAB Márcia Marques Santana Gisele Marques de Araújo

9154-91169154-9120

IGARAPÉ DO MEIO Associação dos Moradores do Igarapé do Meio AMIMBA Mainardi Vilhena Rocha – 3332-1188

21

Page 22: Plano de Ação Do Bailique 2015

(ILHA DO BRIGUE) – Bailique. PresidenteMARINHEIRO DE FORA Associação dos Produtores Agro-Extrativistas

da Ilha do MarinheiroAPAIM

FRANCO GRANDE Associação dos Produtores Agro-Extrativistas da Ilha do Franco

APAIF Raimundo dos Santos Quaresma – Presidente

FRANQUINHO Associação dos Moradores e Produtores da Comunidade do Franquinho

AMOFRAN Lucia Maria Dias Santane – Presidente

FRANQUINHO Colônia de Pescadores do Bailique C-Z05 Florivaldo Mota Rocha – Presidente

Não tem telefone

ITAMATATUBA Associação dos Moradores do Itamatatuba ASMI Loreano Alves Sacramento – Presidente

4400-7216

LIVRAMENTO Associação dos Moradores do Livramento do Bailique

AMLB João dos Santos Marques

22

Page 23: Plano de Ação Do Bailique 2015

10. CULTURAS ANUAIS

PRODUTO COMUNIDADES Nª PROD.

ÁREA (há) PRODUÇÃO Rend.Médio

(Kg/ha)Firme Várzea Und Quant

MELANCIA

ARRAIOL 09 05 Fruto 7.728 85.000BURITIZAL 02 01 Fruto 154 17.000FRANCO GRANDE 05 03 Fruto 4.663 51.000LIMÃO DO CURUÁ 06 03 Fruto 4.663 51.000GURIJUBA 30 25 Fruto 51.000 600.000CANEIRO 02 02 Fruto 3.090 34.000JABURUZINHO 03 01 Fruto 154 17.000FURO DO ARAGUARI

02 01 Fruto 154 17.000

IG. DA PONTA 04 02 Fruto 3.090 34.000ITAMATATUBA 01 05 Fruto 7.728 85.000JANGADA 06 02 Fruto 3.090 34.000JARANDUBA 02 05 Fruto 7.728 85.000SIRIUBA 03 02 Fruto 3.090 34.000ABACATE 04 02 Fruto 3.090 34.000

TOTAL 79 59 99.422

11. CULTURAS PERMANENTES, SEMI-PERMANENTES OU ISOLADAS

PRODUTO COMUNIDADES Nª PROD

ÁREA (ha) PRODUÇÃORend. Médio

Firm. Varz. Und Quant. (Cacho/ha)

BANANA

ABACATE 05 03 Cacho 2.811 937SABRECADO 06 04 Cacho 3.748 937GURIJUBA 15 08 Cacho 7.496 937PONTA DA ESPERANÇA

03 02 Cacho 1.874 937

CUBANA 05 03 Cacho 2.811 937FREGUESIA 03 02 Cacho 1.874 937ARRAIOL 04 02 Cacho 1.874 937IGAÇABA 02 01 Cacho 937 937ANDIROBA 08 03 Cacho 2.811 937IG. G.T.GRANDE 10 05 Cacho 4.685 937FRANQUINHO 02 01 Cacho 937 937

TOTAL 63 34 31.858

23

Page 24: Plano de Ação Do Bailique 2015

PRODUTO COMUNIDADESNª

PRODÁREA (ha) PRODUÇÃO Rend. Médio

(Ton./ha)Firme Várzea Und Quant.

EXTRATIVISMOS

AÇAÍ

LIMÃO DO CURÚA 12 14 Ton 220 15FRANCO GRANDE 15 16 Ton 240 15CARNEIRO 10 06 Ton 90 15SANTO ANTÔNIO 07 04 Ton 60 15PONTA DO CURÚA 17 22 Ton 330 15BURITIZAL 15 21 Ton 315 15IGAÇABA 06 04 Ton 60 15MAÚBA 05 04 Ton 60 15VILA PROGRESSO 28 23 Ton 345 15BOM JARDIM 05 03 Ton 45 15MUPÉUA 03 03 Ton 45 15SÃO PEDRO 16 08 Ton 120 15FRANQUINHO 13 08 Ton 120 15FREGUESIA 06 04 Ton 60 15ANDIROBA 12 11 Ton 165 15ARRAIOL 08 05 Ton 75 15URUCURITUBA 03 03 Ton 45 15JARANDUBA 05 03 Ton 45 15MACEDÔNIA 23 18 Ton 270 15SABRECADO 13 11 Ton 165 15PONTA DA ESPERANÇA

06 06 Ton 90 15

JUNCO 06 04 Ton 60 15JANGADA 08 05 Ton 75 15

TOTAL 242 206 3.100

PRODUTO COMUNIDADE Nº ÁREA (ha) PRODUÇÃO Rend.

24

Page 25: Plano de Ação Do Bailique 2015

PROD.Médio (Frutos/ha)

Firme Várzea Unid. Quant.

CUPUAÇU

FRANCO GRANDE 06 2,25 Fruto 14.450 6.422

FRANQUINHO 03 0,55 Fruto 4.800 8.727

LIMÃO DO CURUÁ 03 0,53 Fruto 5.870 11.075

TOTAL 12 3,33 25.120

12. PECUÁRIA

CRIAÇÃO COMUNIDADENº

PROD.Nº DE

CABEÇASPRODUÇÃO

BOVINO

ILHA VITÓRIA 03 600LIVRAMENTO 01 10MARANATA 03 850MARINHEIRO DE FORA

01 30

PONTA DO CURUÁ 01 17SABRECADO 01 53S. ANTONIO 02 109FREGUESIA 02 40GURIJUBA 0 0JACARÉ 02 60BACURI 02 73BOA ESPERANÇA 04 96CHEKINÁ 02 45EQUADOR 01 22FILADELFIA 01 33ARRAIOL 0 0ILHA DO BAILIQUE 01 260

TOTAL 27 2.298

25

Page 26: Plano de Ação Do Bailique 2015

CRIAÇÃO COMUNIDADE Nº PROD.Nº DE

CABEÇASPRODUÇÃO

BUBALINO

ANDIROBA 01 81

ARAQUIÇAL 03 366

BURITIZAL 01 120

CAPINAL 01 86

EQUADOR 01 28

FIDELFIA 02 650

FRANCO GRANDE 02 198

FRANQUINHO 02 58

FREGUESIA 07 368

FURO DO

ARAGUARI02 480

GALILÉIA 01 14

GURIJUBA 09 718

ARRAIOL 06 338

I. G. CURUÁ 01 27

JACARÉ 05 556

ILHA VITÓRIA 09 1430

ILHINA 01 14

LIVRAMENTO 08 562

ITAMATATUBA 02 250

MARANATA 02 686

MONTE CARLOS 06 210

M. DAS

OLIVEIRAS01 96

PORQUINHOS 02 57

STº. SEBASTIÃO 02 57

MUPÉUA 01 06

IG. DO CARNEIRO 01 14

26

Page 27: Plano de Ação Do Bailique 2015

URUCURITUBA 01 21

ILHA DO

BAILIQUE03 2.000

TOTAL 83 9.491

CRIAÇÃO COMUNIDADE Nº PROD.Nº DE

CABEÇASPRODUÇÃO

SUÍNO

JARANDUBA 05 74

JABURUZINHO 04 25

EQUADOR 06 45

FREGUESIA 07 60

IGAÇABA 03 30

ILHA VITORIA 03 113

S. PEDRO 04 35

GURIJUBA 08 70

MUPEUA 01 24

CARNEIRO 01 22

ANDIROBA 01 03

FRANCO GRANDE 01 26

AÇAITUBA 02 05

TOTAL 46 532

27

Page 28: Plano de Ação Do Bailique 2015

CRIAÇÃO COMUNIDADE Nº DE PROD. COLMÉIA

APICULTURA

VILA MACEDÔNIA 01 10ARRAIOL 20 100JARANDUBA 01 05

TOTAL 21 115

13. CURSOS PARA TÉCNICOS

CURSOS/ TREINAMENTOS QUANTIDADETRIMESTRE

I II III IVSUINOCULTURA 01 - 01 - -MANEJO E SANIDADE ANIMAL 01 - - 01 -RAÇÃO ALTERNATIVA 01 - - 01 -PISCICULTURA 01 - - 01 -ELABOR. DE PROJETO (PLANILHA EXEL)

01 - - - 01

PILOTO FLUVIAL 01

14. CURSOS PARA PRODUTORES

CURSOS/ TREINAMENTOS QUANTIDADETRIMESTRE

I II III IVMANEJO DE AÇAIZAIS NATIVOS 03 - - 02 01GESTÃO DE PEQUENAS PROPRIEDADES FAMILIARES

01 - - 01 -

CRIAÇÃO DE SUINOS 02 - - 01 01BOAS PRATICAS PARA BATEDORES DE AÇAÍ

01 - - 01 01

APICULTURA BÁSICA 02 - 01 01 -APICULTURA AVANÇADO 02 - 01 01 -ASSOCIATIVISMO E COOPERATIVISMO

01 - - 01 -

PROCESSAMENTO DE POLPA DE FRUTAS

02 01 - 01 -

CRIAÇÃO DE AVES CAIPIRA 03 - - 02 01FABRICAÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA

02 - - 02 -

28

Page 29: Plano de Ação Do Bailique 2015

15. EVENTOS

EVENTOS QUANTIDADETRIMESTRE

I II III IVFESTIVAL DO AÇAÍ DO ARQUIPELAGO DO BAILIQUE

01 - - 01 -

16. CRÉDITO RURAL

COMUNIDADEPROGRAMA DE

FINANCIAMENTO

ATIVIDADE

FINANCIADAQUANT.

SANTO ANTONIO PRONAF-AF Manejo de Açaizal 1

CAPINAL FRAP Manejo de Açaizal 1

URUCURITUBA FRAP Manejo de Açaizal 1

IGARAPÉ JACARÉ FRAP Manejo de Açaizal 1

JARANDUBA FRAP Manejo de Açaizal 1

FREGUESIA FRAP Manejo de Açaizal 1

TOTAL 6

17. PROGRAMAS A SEREM EXECULTADOS

PROGRAMA META DE BENEFICIÁRIOS

PAA 50 Agricultores

PROAÇAÍ 300 Extrativistas

PNAE 40 Agricultores

29

Page 30: Plano de Ação Do Bailique 2015

18. MATERIAL TÉCNICO DE DIVULGAÇÃO

MATERIAL ASSUNTO RESPONSAVEL QUATIDADE

Cartazes/Folhetos/Folderes

Apicultura SEAF 400

Cartazes/Folhetos/Folderes

Manejo de açaí IEF 200

Folderes Biofertilizantes RURAP 200Folderes Fruticultura RURAP 400Folderes Suinocultura RURAP 100Folderes Produção de mudas RURAP 150Folderes Ração Alternativa para

suinosRURAP 300

Folderes Piscicultura RURAP 150Folderes Horticultura RURAP 150Folderes/Cartazes Campanha de

vacinaçãoDIAGRO 100

Folderes/Cartazes Sanidade animal DIAGRO 100Folderes/Cartazes Inseticidas alternativos RURAP 200

TOTAL - - 2.300

30

Page 31: Plano de Ação Do Bailique 2015

19. DEMONSTRATIVO DA FORÇA DE TRABALHO DA SEDE LOCAL DO

BAILIQUE

Atualmente o RURAP no Bailique para atender as 73 comunidades e localidades

conta com a seguinte equipe técnica:

DISCRIMINAÇÃO SERVIDORCARGO FORMAÇÃO EXISTENTE NECESSIDADEExtensionista Agropecuário

Engenheiro Agrônomo

0 1

Extensionista Agropecuário

Zootecnista ou Médico Veterinário

0 1

Extensionista SocialServiço Social ou Pedagogia ou Economia Doméstica.

0 1

Técnico em Extensão Rural

Técnico em Agropecuária

2 4

Piloto Fluvial - - 1 1

Auxiliar AdministrativoNível Fundamental ou Médio

0 1

Bolsista/EstagiárioNível Médio ou Superior

0 1

31

Page 32: Plano de Ação Do Bailique 2015

20. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSARIOS PARA EXECUÇÃO O

PLANO DE AÇÃO 2015

DISCRIMINAÇÃOEQUIPAMENTOS

TOTALEXISTENTE NECESSIDADE

MOTOR DE POLPA 50Hp 01 01 01MOTOR DE POLPA 25Hp 01 01 01VOADEIRA 06 METROS 01 01 01VOADEIRA 07 METROS 01 01 01RETROPROJETOR (DATA SHOW)

0 01 01

PISTOLA DE VACINA 0 03 03APARELHO TELEFÔNICO 01 01 01COLETE SALVA –VIDAS 05 05 05CAPA DE CHUVA 0 04 04TESOURA DE PODA 0 02 02BOTAS 7 LÉGUAS 0 03 06KIT P/ SOCORROS 0 03 04OLOFOTE 0 02 02CAMERA FOTOGRÁFICA 01 01 01COMPUTADOR 0 02 02NOTBOOK 0 02 02IMPRESSORA JATO DE TINTA

0 01 01

IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL

0 01 01

GPS 01 01 01TERÇADO 0 03 03SERROTE 0 01 01MARTELO 0 01 01CARRINHO DE MÃO 0 01 01EMBARCAÇÃO DE MÉDIO PORTE (BARCO)

0 01 01

GERADOR 0 01 01ROÇADEIRA 0 01 01CONEXÃO DE INTERNET 0 01 01

32

Page 33: Plano de Ação Do Bailique 2015

21. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LIMA, R. R. A. Agricultura nas várzeas do estuário do Amazonas. Boletim Técnico, Belém, IAN, n. 33, 1956.

JARDIM, M. A. G. Morfologia e ecologia do açaizeiro Euterpe oleracea Mart. e das etnovariedades espada e branco em ambientes de várzea do estuário. 2000. 119 f. Tese(Doutorado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2000.

AZEVEDO, J. R. de. Tipologia do sistema de manejo de açaizais nativos praticados pelos ribeirinhos em Belém, Estado do Pará. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas da Universidade Federal do Pará e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Amazônia Oriental, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre. Área de concentração: Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável.2005.

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