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Eduardo Tanaka Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, em Florianópolis. Foi de Chefe de Fiscalização da Delegacia da Receita Previdenciária em Campo Grande. Pós-Graduado em Direito Constitucio- nal. Professor de Direito Previdenciário, Direi- to Administrativo e Direito Constitucional em cursos preparatórios presenciais e teletransmi ti- dos. Instrutor da Escola de Administração Fazen- dária do Ministério da Fazenda (ESAF). Diretor do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil – Sindisco Nacional – Diretoria Executiva Nacional. Bacharel em Direi- to pela USP e UFMS e formado em Odontologia pela USP.

Plano de Benefícios Da Previdência Social IV

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Eduardo Tanaka

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil,

em Florianópolis. Foi de Chefe de Fiscalização da

Delegacia da Receita Previdenciária em Campo

Grande. Pós-Graduado em Direito Constitucio-

nal. Professor de Direito Previdenciário, Direi-

to Administrativo e Direito Constitucional em

cursos preparatórios presenciais e teletransmiti-

dos. Instrutor da Escola de Administração Fazen-dária do Ministério da Fazenda (ESAF). Diretor

do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da

Receita Federal do Brasil – Sindifisco Nacional –

Diretoria Executiva Nacional. Bacharel em Direi-

to pela USP e UFMS e formado em Odontologia

pela USP.

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Plano de benefícios

da Previdência Social IV

Prestações da Previdência Social –benefícios e serviços

Salário-maternidade

Regras básicas do salário-maternidade

Conceito

O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, duran-

te 120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e a data de

ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legisla-

ção no que concerne à proteção à maternidade. Poderá ser pago, também,

à segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para

fins de adoção, conforme previsto em lei.

Evento determinante

Nascimento.

Natimorto (nascido morto) – a partir da 23.a  semana (6.o  mês) degestação.

Aborto não criminoso – antes da 23.a semana de gestação (esta gozaráapenas 2 semanas de salário-maternidade).

Adoção ou guarda judicial com a finalidade de adoção.

Requisitos para a concessão

Qualidade de segurada (apenas do sexo feminino, mesmo no caso de

adoção).

Nascimento, adoção, guarda judicial com a finalidade de adoção, aborto

não criminoso.

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Plano de benefícios da Previdência Social IV

Quem tem direito

Todas as seguradas.

Carência

Sem carência para a segurada empregada, avulsa e a empregadadoméstica.

Para a segurada especial: deve comprovar o exercício de atividade rural

nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do re-

querimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de

forma descontínua.

Para contribuinte individual e facultativa: 10 contribuições.

Renda mensal de benefício

Empregada: consiste numa renda mensal igual à sua remuneração in-

tegral e será pago pela empresa, efetivando-se a compensação. Nosmeses de início e término do salário-maternidade da segurada empre-gada, o salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamentodo trabalho. No caso da segurada empregada, o valor do salário-ma-ternidade pago pelo INSS pode chegar ao teto constitucional, que éo subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Caso aremuneração da empregada seja superior ao subsídio mensal dos Mi-nistros do STF, a empresa deverá pagar a diferença.

Trabalhadora avulsa: consiste numa renda mensal igual à sua remu-

neração integral equivalente a um mês de trabalho, pago diretamen-te pela Previdência Social. No caso da trabalhadora avulsa, também,o valor do salário-maternidade pago pelo INSS pode chegar ao tetoconstitucional, que é o subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal.

Empregada doméstica: consiste em valor correspondente ao do seu últi-

mo salário de contribuição, pago diretamente pela Previdência Social.

Segurada especial: consiste em um salário mínimo, pago diretamente

pela Previdência Social.

Seguradas contribuinte individual, facultativa, e para a que mantém a

qualidade de segurada (período de graça): consiste em 1/12 da soma

dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em período não su-

perior a 15 meses, pago diretamente pela Previdência Social.

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Plano de benefícios da Previdência Social IV

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Início do benefício

O salário-maternidade tem início no período entre 28 dias antes do parto

e a data de ocorrência deste, com duração de 120 dias. É importante obser-

var que 120 dias não são, necessariamente, 4 meses.

O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será deter-minado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho.

Regras específicas do salário-maternidade

Períodos do salário-maternidade

A segurada tem direito aos 120 dias, mesmo em caso de partoantecipado.

Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior aoparto podem ser acrescidos de mais duas semanas, mediante atestadomédico específico.

Em caso de aborto não criminoso, ocorrido antes da 23.a semana de ges-tação (6.o mês), comprovado mediante atestado médico, a segurada terá di-reito ao salário-maternidade correspondente a 2 semanas. Caso ocorra apósa 23.a semana de gestação, será o caso do natimorto, com direito a 120 dias.

Adoção ou guarda judicial para fins de adoção

O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social queadotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança com idade:

até 1 ano completo, por 120 dias;

a partir de 1 ano até 4 anos completos, por 60 dias; ou

a partir de 4 anos até completar 8 anos, por 30 dias.

Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste:

da nova certidão de nascimento da criança, o nome da segurada;

do termo de guarda, o nome da guardiã, e deve conter nesse docu-

mento de que se trata de guarda para fins de adoção.

O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não con-

tiver a observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do

cônjuge ou companheiro.

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Plano de benefícios da Previdência Social IV

Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma

criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor

idade. Isso ocorre, por exemplo, quando são adotados vários irmãos. Supo-

nha que são adotadas três crianças ao mesmo tempo: a mais velha com 7

anos, a do meio com 3 anos e a mais nova com 10 meses. Neste caso o salá-

rio-maternidade será um único, relativo à criança mais nova, de 10 meses. Ou

seja, a adotante terá direito a 120 dias de salário-maternidade.

Mesmo no caso de a mãe biológica já ter recebido o salário-maternidade

quando do nascimento da criança, esse benefício será devido, também, à

segurada adotante ou guardiã, conforme a faixa etária.

A renda mensal do salário-maternidade, para a segurada adotante e guar-

diã, é calculada de acordo com a forma de contribuição desta à Previdência

Social e será pago diretamente pela Previdência Social, mesmo no caso da

segurada empregada.

Segurada desempregada em período de graça

O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela Previ-dência Social enquanto existir relação de emprego, observadas as regrasquanto ao pagamento desse benefício pela empresa. Durante o período degraça, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-mater-nidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas

hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o be-nefício será pago diretamente pela Previdência Social. O evento gerador dobenefício deve ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do período de graça.

É importante lembrar que, segundo o art. 10, II, “b” do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias da Constituição Federal: “fica vedada a dispensaarbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação

da gravidez até cinco meses após o parto”.

Empregos concomitantes

No caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-ma-

ternidade relativo a cada emprego.

Vedação de acumulação

O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por

incapacidade.

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Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pa-

gamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o

caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá

sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período

de 120 dias.

Segurada aposentada

A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento

do salário-maternidade.

Auxílio-acidente

Regras básicas do auxílio-acidente

Conceito

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado

quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer

natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o

trabalho que habitualmente exercia1.

Evento determinante

Sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que habi-

tualmente exercia, decorrente de acidente de qualquer natureza2.

Requisitos para a concessão

Quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qual-

quer natureza, resultar sequela definitiva, conforme as situações discrimina-

das no anexo III do Regulamento da Previdência Social (RPS), que implique:

Decreto 3.048/99,

Art. 104. [...]

I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam;

II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maioresforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou

1O trabalho que

mente exercia naacidente.

2Para fixar me

matéria, diz-se benefício deveriase: “Indenização-Por ser, este buma indenizaçãotude de sequela dte de acidente.

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Plano de benefícios da Previdência Social IV

III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente,porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, noscasos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.

Quem tem direito

Empregado

Trabalhador avulso

Segurado especial

Carência

Não há carência, pois, ninguém pode prever quando sofrerá um acidente

que resulte em sequela.

Renda mensal de benefício

O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% do salário de benefício

que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior

ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qual-

quer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.

Início do benefício

O auxílio-acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação

do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou ren-

dimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer

aposentadoria.

Regras específicas do auxílio-acidente

Cabe a concessão de auxílio-acidente quando o segurado estiver desem-pregado em período de graça.

Decreto 3.048/99,

Art. 104. [...]

§4.º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso:

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I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussãona capacidade laborativa; e

II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa,como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.

§5.º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão doauxílio--acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo,resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que osegurado habitualmente exercia.

Acúmulo de benefício

O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de

aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-

acidente.

No caso de reabertura de auxílio-doença por acidente de qualquer na-tureza que tenha dado origem a auxílio-acidente, este será suspenso até a

cessação do auxílio-doença reaberto, quando será reativado. Porém, se o

segurado voltar a se afastar por novo evento (doença), poderá acumular o

novo auxílio-doença com o auxílio-acidente. Basta que sejam oriundos de

eventos distintos. Existindo, porém, nova sequela, não haverá concessão de

novo auxílio-acidente.

Pensão por morte

Regras básicas da pensão por morte

Conceito

A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segu-

rado que falecer, aposentado ou não.

Evento determinante

Morte do segurado.

Requisitos para a concessão

Óbito do segurado.

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Qualidade de dependente do beneficiário.

Quem tem direito

Dependentes de qualquer segurado.

Carência

Não há carência.

Renda mensal de benefício

O valor mensal da pensão por morte será de 100% do valor da aposen-

tadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse

aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

O valor da pensão por morte devida aos dependentes do segurado reclu-

so que, nessa condição, exercia atividade remunerada será obtido mediante

a realização de cálculo com base no novo tempo de contribuição e salários

de contribuição correspondentes, neles incluídas as contribuições recolhidas

enquanto recluso, facultada a opção pela pensão com valor correspondente

ao do auxílio-reclusão.

Início do benefício

Será a contar da data:

do óbito, quando requerido até 30 dias depois deste;

do requerimento, quando requerida após 30 dias do óbito; ou

da decisão judicial, no caso de morte presumida.

Regras específicas da pensão por morte

Falta de habilitação de outro possível dependente

A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habi-

litação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que

importe em exclusão ou inclusão de dependente somente produzirá efeito a

contar da data da habilitação.

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Dependente inválido

A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja inva-

lidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de 21

anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS,

a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado. Se a invalidez

ocorrer após a morte, então, não será devida a pensão por morte, por este

motivo.

Entretanto, o dependente menor de idade que se invalidar antes de com-

pletar 21 anos deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extin-

guindo a respectiva cota se confirmada a invalidez.

Ao dependente aposentado por invalidez poderá ser exigido exame mé-

dico-pericial, a critério do Instituto Nacional do Seguro Social.

O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e

sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo

da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito

e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a

transfusão de sangue, que são facultativos.

Cônjuge ausente

O cônjuge ausente somente fará jus ao benefício a partir da data de sua

habilitação e mediante prova de dependência econômica, não excluindo do

direito a companheira ou o companheiro.

Cônjuge divorciado ou separado

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia

pensão de alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com os

demais dependentes da primeira classe.

Morte presumida

A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte

presumida:

mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade

 judiciária, a contar da data de sua emissão; ou

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Plano de benefícios da Previdência Social IV

em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, aci-

dente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.

Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa

imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos va-

lores recebidos, salvo má-fé.

Por exemplo, um segurado desaparece e ele é declarado presumidamen-

te morto. Então os dependentes começaram a receber a pensão por morte.

Porém, na verdade o segurado havia sofrido de amnésia e foi, após alguns

anos, encontrado pela família em um hospital psiquiátrico. Nesse caso, ces-

sará o pagamento da pensão e os dependentes não precisarão devolver os

valores recebidos, pois não houve má-fé.

Rateio

A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre

todos, em partes iguais.

Reverterá em favor dos demais dependentes, da mesma classe, a parte

daquele cujo direito à pensão cessar.

A pensão por morte não passa da classe superior para inferior.

Cessação da pensão por morte

Decreto 3.048/99,

Art. 114. O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa:

I - pela morte do pensionista;

II - para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos, salvo se for inválido,ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação fordecorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior; ou

III - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico-

-pericial a cargo da Previdência Social.

IV - pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos,salvo quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro.

§1.º Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada.

Súmulas do STJ

Vale a pena destacar duas súmulas do STJ sobre pensão por morte:

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Súmula 336

A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previden-ciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.

Súmula 340

A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data

do óbito do segurado.

Atividades de aplicação

1. Julgue os itens a seguir utilizando certo (C) ou errado (E).

  (Cespe) Adriana, segurada da Previdência, adotou Paula, uma)(menina de 9 anos de idade. Nessa situação, Adriana não temdireito ao salário-maternidade.

  (Cespe) Rute, professora em uma escola particular, impossibilitada)(de ter filhos, adotou gêmeas recém-nascidas cuja mãe faleceralogo após o parto e que não tinham parentes que pudessemcuidar delas. Nessa situação, Rute terá direito a dois salários-maternidade.

2. (Funrio) No que diz respeito ao Salário Maternidade, é correto afirmar

que

a) o salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social,

durante noventa dias, com início vinte e oito dias antes e término

sessenta e um dias depois do parto.

b) em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado

médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspon-

dente a quatro semanas.

c) em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior

ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante

atestado médico específico.

d) o salário-maternidade será devido à segurada adotante caso a

mãe biológica não tenha recebido o mesmo benefício quando do

nascimento da criança.

e) quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de

uma criança, será devido um salário-maternidade relativo a cada

criança até nove anos.

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3. Julgue os itens a seguir utilizando certo (C) ou errado (E).

 )( (Cespe) Tomás, segurado empregado do regime geral daPrevidência Social, teve sua capacidade laborativa reduzida porsequelas decorrentes de grave acidente. Nessa situação, se nãotiver cumprido a carência de doze meses, Tomás não poderá

receber o auxílio-acidente.  (Cespe) José tem 20 anos de idade e recebe a pensão decorrente)(

do falecimento de seu pai, Silas, de quem é filho único. Nessasituação, quando José completar a idade de 21 anos, o benefícioserá extinto, haja vista a inexistência de outros dependentes damesma classe.

  (Cespe) Alexandre, caminhoneiro, sempre trabalhou por conta)(própria e jamais se inscreveu no regime geral da PrevidênciaSocial. Após sofrer um grave acidente, resolveu filiar-se à

Previdência. Seis meses depois, sofreu novo acidente e veio afalecer, deixando esposa e três filhos. Nessa situação, os filhos ea esposa de Alexandre não receberão a pensão por morte pelofato de não ter sido cumprida a carência de doze meses.

Dica de estudo

Para aprofundar os conhecimentos desta aula, recomendamos o livro Di-

reito Previdenciário, de Eduardo Tanaka – editora Campus-Elsevier.

Referência

TANAKA, Eduardo. Direito Previdenciário. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

Gabarito

1. C, E

2. C

3. E, C, E

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