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_____________________________________________________________________________ 1 PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1 a . REVISÃO ENCARTE II DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO INTEGRADA Março/2018

PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1a. … · Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....150 Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora.....152

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PLANO DE MANEJO

APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ

1a. REVISÃO

ENCARTE II – DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO INTEGRADA

Março/2018

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Prefeito Municipal: Waldeli dos Santos Rosa

Vice-prefeito: Roberto Rodrigues

Secretarias:

Secretaria de Administração e Finanças

Paulo Renato Andriani

Secretaria de Saúde

Adriana Maura Maset Tobal

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento

Ailton Martins de Amorim

Secretaria de Educação

Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral

Secretaria de Transportes, Urbanização

e Obras Públicas

Renato Barbosa de Melo

Secretaria de Turismo, Meio Ambiente,

Esporte e Cultura

Keyler Simey Garcia Barbosa

Secretaria de Assistência Social

Aurea Maria Frezarin Rosa

Dados da Empresa Consultora:

Razão Social: FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais S/S Ltda.

Endereço: Rua Dr. Michel Scaff, 105, sala 9, Bairro Chácara Cachoeira

Município: Campo Grande/MS – CEP: 79040-860

Telefone para contato: (67) 3026 3113

Home Page: www.fibracon.com.br

E-mail: [email protected]

Coordenação do Plano de Manejo: José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e

Conservação.

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Equipe Técnica FIBRAcon

Coordenador da Avaliação Ecológica Rápida: José Carlos Chaves dos Santos – Biólogo, Mestre

em Ecologia e Conservação (Mastofauna; Uso Público)

Eliane Santos Breda - Administradora de empresas (Socioeconomia)

José Alexandre Agiova da Costa - Eng. Agrônomo, Doutor em Plantas Forrageiras (Meio Físico)

Daniele Louise Cesquin Campos - Cientista Social e Bióloga (Socioeconomia e Uso Público)

José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Vegetação; Uso Público; OPP)

Ricardo Anghinoni Bocchese - Biólogo, M.Sc. Meio Ambiente, Especialista em Gestão Florestal

(Vegetação)

Ana Luiza Cesquin Campos -Bióloga, Mestre em Ecologia e Conservação (Herpetofauna)

Thiago Matheus Breda - Biólogo (Avifauna)

Fábio Ricardo da Rosa – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Ictiofauna)

Guilherme Hollo de Andrade - Engenheiro Ambiental (SIG)

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ÍNDICE

Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú 11

ENCARTE II 11

1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 11

1.3.2. Vegetação ..................................................................................................................... 30

1.3.3. Fauna ............................................................................................................................ 44

1.4.1. Características da População ........................................................................................ 87

1.4.2. Uso e ocupação da terra ............................................................................................... 89

1.4.3. Aspectos Econômicos .................................................................................................. 93

1.4.4. Infraestrutura Econômica e Social ............................................................................... 96

1.4.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde ................................... 100

1.4.6. Visão da Comunidade Local Sobre as UCs ............................................................... 106

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................115

3. ANEXOS................................................................................................................................129

Anexo 1. Lista de Espécies da Flora.....................................................................................129

Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna.............................................................................139

Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna.......................................................................146

Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....................................................150

Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora..................................152

Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora............................................................153

Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna............................................................................154

Anexo 8. Roteiro de entrevista..............................................................................................159

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Localização da APA das Nascentes do Rio Sucuriú no município de Costa Rica na

Região Norte do Mato Grosso do Sul. ........................................................................................... 14

Figura 2. Pontos Amostrais inventariados nos levantamentos de campo da APA das Nascentes

do rio Sucuriú, Costa Rica, MS. .................................................................................................... 15

Figura 3. Distribuição de frequências das classes de uso e cobertura da terra no Cerrado, por

Estado. Fonte: Terra Class/Mapeamento do Uso da Terra do Cerrado, MMA, 2013. .................. 17

Figura 4. Geologia da APA das Nascentes do Rio Sucuriú município de Costa Rica, Mato

Grosso do Sul. ............................................................................................................................... 20

Figura 5. Aspectos da geomorfologia da região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica – MS. ................................................................................................................................. 21

Figura 6. Mapeamento do solo de Costa Rica, Mato Grosso do Sul Fonte: LabGIS. ............ 24

Figura 7. Painel com pinturas rupestres em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Foto: Martins &

Kashimoto, 2012. ........................................................................................................................... 26

Figura 8. Sub-bacias Hidrográficas e Unidades de Planejamento Gerenciais do Estado de Mato

Grosso do Sul (Adaptado de PERH-MS, 2010). ........................................................................... 28

Figura 9. Recursos hídricos da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso

do Sul. ................................................................................................................................. 29

Figura 10. Localização dos pontos de levantamentos de dados secundários da APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS. ................................................................................. 32

Figura 11. Formação vegetacional original do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Fonte: LabGIS. .............................................................................................................................. 34

Figura 12. Savana Florestada (cerradão) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica,

Mato Grosso do Sul. ...................................................................................................................... 35

Figura 13. Savana Arborizada (cerrado típico) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 36

Figura 14. Savana Arborizada (cerrado denso) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 36

Figura 15. Savana Parque (campo-sujo) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica,

Mato Grosso do Sul. ...................................................................................................................... 37

Figura 16. Savana Parque (coval) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato

Grosso do Sul. ............................................................................................................................... 37

Figura 17. Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................................................................... 39

Figura 18. Mata de galeria do Córrego Baús, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ...................... 39

Figura 19. Mata ciliar nas margens do Ribeirão da Laje, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .... 40

Figura 20. Floresta Semidecidual (mata seca) na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 41

Figura 21. Tuiuiú (Jabiru mycteria). Ave de interesse na prática de birdwatch, registrada na

APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................. 46

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Figura 22. Udu-de-coroa-azul (Momotus momota). Ave de interesse na prática de birdwatch,

registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............ 47

Figura 23. Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda). Ave de interesse na prática de

birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

................................................................................................................................. 47

Figura 24. Maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis). Psittaciforme registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................. 50

Figura 25. Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Detritívoro registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................. 51

Figura 26. Anu-branco (Guira guira) registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em

Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 53

Figura 27. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a matas ciliares e de galeria,

registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................. 56

Figura 28. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 56

Figura 29. Mata de galeria de riacho, exemplo de ambiente que abriga espécies da

herpetofauna exclusivas de áreas florestadas presente na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................................. 57

Figura 30. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que habita áreas abertas,

registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................. 57

Figura 31. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das Nascentes do Rio Sucuriú

em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................................................................. 58

Figura 32. Coval, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ................................................................................................... 58

Figura 33. Macaco-prego Sapajus cay, primata registrado na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................................................................... 61

Figura 34. Tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado na APA das Nascentes

do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS. ................................................................................................... 63

Figura 35. Vestígio de anta Tapirus terrestris registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 64

Figura 36. Indivíduo do morcego Carollia perspicillata registrada no entorno da APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ....................................................... 68

Figura 37. Indivíduo do morcego Artibeus lituratus registrado no entorno da APA das

Nascentes do PA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul...................... 69

Figura 38. Localização dos pontos de registros de ictiofauna na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, MS. .............................................................................................................. 71

Figura 39. Salto do Sucuriú, a jusante do perímetro urbano de Costa Rica, MS. ..................... 72

Figura 40. Várzeas do rio Sucuriú, a montante da “Ponte de Pedra” no Município de Costa Rica,

MS. ................................................................................................................................. 73

Figura 41. Vereda às margens do trecho inicial do rio Sucuriú, a montante da cachoeira da

Rapadura, no Município de Costa Rica, MS. ................................................................................ 73

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 42. Aspecto do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e a localidade de Baús, em

Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 74

Figura 43. Lagoa marginal e barranco do rio Sucuriú, próximo à cidade de Costa Rica, MS.. 74

Figura 44. Aspecto do rio Sucuriú na “Ponte do Curralinho”, em estrada vicinal entre a MS-324

e a MS-316, no Município de Costa Rica. ..................................................................................... 75

Figura 45. Córrego Lageado, na MS-324, divisa entre os Municípios de Costa Rica e Paraíso

das Águas, no limite sul da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. ................................................. 76

Figura 46. Aspecto de um dos canais do rio Sucuriú na “Ponte do Pedra”, em estrada vicinal

entre a MS-324 e a MS-316, divisa entre os Municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas, no

limite sul da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. ......................................................................... 76

Figura 47. Exemplar de Astyanax altiparanae (lambari) registrado e libertado no rio Sucuriú

a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. ............................................................................ 79

Figura 48. Exemplar de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho) registrado e libertado no rio

Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. .............................................................. 79

Figura 49. Exemplar de Salminus hilarii (tabarana), registrado e libertado no rio Sucuriú a

jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS. ............................................................................... 80

Figura 50. Dendrograma de similaridade de Jaccard com as ictiocenoses dos diferentes trechos

da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Os valores do eixo representam o

percentual de espécies de peixes em comum nas comparações com as outras ictiocenoses ......... 82

Figura 51. Voçoroca na margem esquerda do rio Sucuriú, entre a Barra da Mata e a Ponte de

Pedra, causada por acesso de gado para dessedentação, em Costa Rica, MS. .............................. 86

Figura 52. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010,

Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 89

Figura 53. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no entorno da UC, Costa Rica,

MS. ................................................................................................................................. 92

Figura 54. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica,

MS. ............................................................................................................................. 92

Figura 55. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica, MS. ... 93

Figura 56. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de Costa Rica de

acordo com o IBGE (2015), Costa Rica, MS. ............................................................................... 93

Figura 57. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e colocação do município

de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 101

Figura 58. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação do município

de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 101

Figura 59. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda e colocação

do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................ 102

Figura 60. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ........................... 103

Figura 61. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ................................................. 104

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 62. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ................................................. 104

Figura 63. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e colocação do município

de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 105

Figura 64. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e colocação do município

de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .................................................................. 105

Figura 65. Conhecimento sobre a APA das Nascentes do Rio Sucuriú pelos moradores

entrevistados no município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ............................................... 107

Figura 66. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores do município

de Costa Rica, MS. ...................................................................................................................... 108

LISTA DE TABELAS

Matriz de índices de similaridade de Jaccard entre as ictiocenoses das diferentes

regiões da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Cada valor na tabela representa

o percentual de espécies de peixes em comum nas comparações das ictiocenoses. ..................... 81

Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o

IBGE, Costa Rica. MS. .................................................................................................................. 88

População residente por grupo de idade de acordo com o Censo Demográfico 2010,

Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 88

Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo

com o Censo Agropecuário 2006, Costa Rica, MS. ...................................................................... 89

Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município

de Costa Rica, MS. ........................................................................................................................ 90

Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de

2011 e 2015 no município de Costa Rica, MS. ............................................................................. 91

Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015,

Costa Rica, MS. ............................................................................................................................. 94

Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a

Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município

de Costa Rica, MS. ........................................................................................................................ 95

Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no

município de Costa Rica, MS. ....................................................................................................... 95

Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no

município de Costa Rica, MS. ....................................................................................................... 96

Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica,

MS. ............................................................................................................................. 97

Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS. .. 98

Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS. ........................... 99

Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS. ............................ 99

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a

2010 em Costa Rica, MS. ............................................................................................................ 100

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

APA – Área de Proteção Ambiental.

APP – Área de Proteção Permanente.

CAR – Cadastro Ambiental Rural.

CITES – The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

ICAHM - International Scientific Committee on Archaeological Heritage Management.

ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios.

IDEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.

IFDM - Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal.

IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

IUCN – The International Union for Conservation of Nature.

LABGIS – Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais.

MEC – Ministério da Educação.

MMA – Ministério do Meio Ambiente.

ONG – Organização Não Governamental.

PANMSS – Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú.

PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos.

PNM – Plano Nacional de Mineração.

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

SPAF – Sistema de Produção Agricola Familiar.

UC – Unidade de Conservação.

UPG – Unidade de Planejamento e Gerenciamento.

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1ª. REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DA APA DAS NASCENTES DO RIO SUCURIÚ

ENCARTE II

1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

Origem Conceitual das Áreas de Proteção Ambiental e Abordagem do Diagnóstico

As Áreas de Proteção Ambiental foram instituídas em 1981 pela Lei n° 6.902 e regulamentadas

pelo Decreto 99.274 de 6 de junho de 1990. Naquela época, a categoria era considerada inovadora

pois, nos moldes dos parques franceses propunha a conservação dos ecossistemas em grandes

áreas, respeitando a propriedade privada e procurando reconhecer a identidade de uma região. Esta

iniciativa procurava trazer a sociedade para regulamentação do uso e ocupação do solo. Era uma

das primeiras iniciativas no Brasil e orientar o uso do solo por afinidade regional, ou seja, realizar

zoneamentos baseados na compatibilização da economia com a vocação ambiental do território.

O embrião dos zoneamentos ecológico econômicos.

Além disso, o decreto regulamentador procurava estabelecer benefícios para as pessoas residentes

no interior das unidades, ele menciona: “Art. 30. Indica que a entidade supervisora e fiscalizadora

da Área de Proteção Ambiental deverá orientar e assistir os proprietários, a fim de que os objetivos

da legislação pertinente sejam atingidos”. Parágrafo único. “Os proprietários de terras abrangidas

pelas Áreas de Proteção Ambiental poderão mencionar os nomes destas nas placas indicadoras de

propriedade, na promoção de atividades turísticas, bem assim na indicação de procedência dos

produtos nela originados”.

O Art. 31 considera de relevância e merecedora do reconhecimento público os serviços prestados,

por qualquer forma, à causa conservacionista. No Art. 32. “As instituições federais de crédito e

financiamento darão prioridade aos pedidos encaminhados com apoio da Semam/PR (Secretaria

de Meio Ambiente da Presidência da República, já extinta), destinados à melhoria do uso racional

do solo e das condições sanitárias e habitacionais das propriedades situadas nas Áreas de Proteção

Ambiental”.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Com a publicação da Lei 9.985/2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza – SNUC a Área de Proteção Ambiental (APA) passam a ter o seguinte

conceito: “uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos

abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o

bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,

disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais”.

As APAs foram criadas ao longo dos anos, com diferentes objetivos onde se destacam:

• Proteção de mananciais;

• Proteção de espécies;

• Zona de amortecimento de parque;

• Gestão biorregional;

• Ordenamento território;

• Controle da ocupação desordenada;

• Proteção da paisagem.

Atualmente são 33 APAs Federais no Brasil abrangendo mais 10 milhões de hectares (MMA,

2017) e no Mato Grosso do Sul são duas de âmbito estadual e 37 municipais (IMASUL, 2017).

Integram uma ampla diversidade de ecossistemas e ocupações humanas e ainda se constituem um

desafio como modelo de gestão e manejo sustentável dos recursos naturais. A despeito desta

configuração situacional, expressam relevante valor numa rede de unidades de conservação com

objetivos de manejo equilibrados, principalmente no âmbito do planejamento biorregional.

A APA das Nascentes do Rio Sucuriú foi criada pelo Decreto nº 3.464 de 17 de maio de 2005 com

uma área total de 4.558,702 km² com objetivos de proteger o conjunto paisagístico, ecológico e

histórico-cultural, promover a recuperação de seus mananciais, compatibilizando-as com uso

racional dos recursos ambientais e ocupação ordenada do solo, garantindo qualidade ambiental e

da vida das comunidades autóctones.

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Para atingir seus objetivos de criação a APA prevê dentre suas ações de manejo a preservação e

quando necessário também à restauração das Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais

das propriedades nela inseridas. Também almeja promover e assegurar o bem-estar das populações

locais e tradicionais. Busca esforços ao longo de sua gestão e manejo para ampliar a proteção dos

remanescentes que pode ser viabilizada por iniciativas voluntárias dos proprietários através de

instrumentos incentivadores da conservação, ferramentas previstas na legislação estadual como

incentivos econômicos ou fiscais à preservação como a criação de RPPNs ou viabilização de títulos

de cota.

Seguindo esta abordagem no diagnóstico e avaliação da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, as

análises estão voltadas a melhoria da qualidade ambiental da área como um todo, especialmente

na restauração dos ambientes degradados nos seus aspectos físicos e hidrográficos prevendo

também a conexão e restauração dos remanescentes na manutenção da biodiversidade e processos

ecológicos, garantindo o bem-estar das comunidades locais. A APA está localizada no município

de Costa Rica região norte do Estado de Mato Grosso do Sul (Figura 1).

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Figura 1. Localização da APA das Nascentes do Rio Sucuriú no município de Costa Rica na Região

Norte do Mato Grosso do Sul.

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A caracterização da composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, modo de vida e

percepção dos moradores locais da APA foram realizados no mês de outubro, onde foram

percorridos e inventariados os diversos ambientes e ocupações da Unidade de Conservação (Figura 2).

Dados complementares de estudos sazonais em ambientes próximos foram incorporados ao

diagnóstico no enriquecimento das análises dos ambientes representados na APA, subsidiando

proposições de gestão e manejo.

Figura 2. Pontos Amostrais inventariados nos levantamentos de campo da APA das

Nascentes do rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

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CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM

A APA das Nascentes do Rio Sucuriú está inserida no Bioma Cerrado, sendo que a unidade se

apresenta com remanescentes de vegetação natural fragmentados, numa matriz com

predominância de atividades agropecuárias. Esta UC era ocupada originalmente por uma

diversidade de formações vegetacionais inerentes ao Bioma, com formações florestais: mata ciliar,

mata de galeria e cerradão; formações savânicas: cerrado sentido restrito e vereda; formações

campestres: campo sujo e campo limpo com ou sem murundus.

Histórico de Ocupação e Programas Nacionais de Conservação e Uso Sustentável do Bioma

Cerrado

A agropecuária, a partir da década de 1970, marcou o início do rápido e sistemático processo de

conversão da vegetação natural do Cerrado para áreas de produção focadas principalmente nas

commodities agropecuárias.

Na história de ocupação no Mato Grosso do Sul registramos agravantes, tendo em vista que as

atividades agropecuárias foram implantadas sem a adequada aplicação de tecnologias de

conservação e manejo dos solos, o que acarretou numa área extensa de não menos de 8 milhões de

hectares de pastagens degradadas, as quais necessitam de investimentos rápidos de recuperação de

solo e água (Peron & Evangelista, 2003). Segundo Silva et al. (2008) locais com menor

interferência antrópica apresentam maior abundancia e riqueza que locais com elevada

interferência antrópica.

O recente mapeamento do uso do solo e da cobertura vegetal do Cerrado brasileiro pelo Projeto

Terra Class (MMA, 2015), apresentou nos seus resultados que na maioria dos estados as áreas com

cobertura natural de Cerrado de acordo com os limites definidos pelo IBGE representam de 40%

do total da área do bioma exceto nos estados de SP (16,9%), MS (31,4%) e PR (37,7%). Mato

Grosso do Sul se apresenta, portanto, como o segundo estado brasileiro com menor cobertura

vegetal nativa entre os estados representados pelo bioma Cerrado (Figura 3). Segundo Sano et al.

(2007) a área de cobertura vegetal natural é menos da metade da vegetação antrópica

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Estes dados de monitoramento mostram que o desmatamento no Cerrado continuou acelerado e

avançando por meio do estabelecimento de novas fronteiras agrícolas. As taxas de desmatamento

apontam valores superiores aos da Amazônia, chamando a atenção da opinião pública nacional e

internacional, especialmente porque estimativas sobre as emissões de gases do efeito estufa

advindos do desmatamento no Cerrado, correspondem a aproximadamente metade dos valores das

emissões totais de CO2 da Amazônia para o período de 2002 a 2008.

Figura 3. Distribuição de frequências das classes de uso e cobertura da terra no Cerrado, por Estado. Fonte: Terra

Class/Mapeamento do Uso da Terra do Cerrado, MMA, 2013.

O Mato Grosso do Sul, em consonância com o Programa Nacional de Investimento Florestal com

foco na promoção do uso sustentável das terras, vem desenvolvendo ações em dois projetos:

regularização ambiental de imóveis rurais (CAR) e a produção sustentável em áreas já convertidas

para uso agropecuário com base no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação as Mudanças

Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura –

Plano ABC. Este programa no MS está voltado a recuperação de dois milhões de hectares de

pastagens degradadas, nos próximos cinco anos.

O programa é composto por quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas,

integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas. O estado, sob

a liderança da Secretaria de Produção e Agricultura (SEPAF) já constituiu comitê gestor que vem

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trabalhando para implementar ações no sentido de incentivar a adoção de práticas sustentáveis

para a redução das emissões de gases de efeito estufa, assim como estimular os produtores rurais

da região do cerrado para que invistam na sua propriedade, recuperando áreas degradadas,

buscando retorno econômico e preservando o meio ambiente. Um eminente programa estadual de

Pagamentos por Serviços ambientais, no âmbito da Lei Estadual nº.4.555 de julho de 2014, que

implementa a Política Estadual de Mudanças Climáticas também deverá integrar estas iniciativas

apoiando proprietários caracterizados como provedores de serviços ambientais.

A APA das Nascentes do Rio Sucuriú, contextualizada dentro deste panorama de ocupação do

bioma Cerrado, apresenta um quadro de uso e ocupação que demanda ações urgentes de melhoria

da qualidade ambiental da unidade, para o cumprimento também das normas ambientais gerais. A

unidade carece de investimentos no manejo e conservação do solo, das bacias hidrográficas e de

restauração das vegetações as margens dos rios (Áreas de Preservação Permanente). Esforços

também deverão estar direcionados na restauração das áreas de Reserva Legal em propriedades

inseridas na UC, que necessitem.

A integração da APA das Nascentes do Rio Sucuriú nos programas estaduais de desenvolvimento

florestal é prioridade no fortalecimento de ações de restauração e manejo, considerando que a

Unidade de Conservação pertence ao bioma Cerrado.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

1.2.1. Clima

O Centro-Oeste, devido a sua localização latitudinal, caracteriza-se por ser uma região de transição

entre os climas quentes de latitudes baixas e os climas mesotérmicos de tipo temperado das

latitudes médias (Nimer, 1979). As grandes áreas compreendidas no Estado enquadram-se,

segundo a classificação climática de Köeppen, no clima do tipo Aw – tropical úmido com inverno

seco.

Na porção centro sul do município, as temperaturas médias do mês mais frio são menores que

20°C e maiores que 18°C. O período seco estende-se de quatro a cinco meses. A precipitação anual

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varia de 1.200 a 1.500 mm. Ao Norte, as temperaturas médias estão acima de 20°C e abaixo de

24°C, com período seco de três a cinco meses. A pluviosidade varia de 1.000 a 1.500 mm anuais.

A característica principal desse tipo de clima é a presença de dois períodos distintos: Uma estação

chuvosa que se inicia em meados de setembro e vai até o final de abril, onde se concentram 80%

dos valores pluviométricos; e um período seco com os restantes 20% das chuvas que compreende

o período entre o final de abril e o início de setembro, sendo verificada deficiência hídrica severa

por três meses. Nos últimos anos vem ocorrendo a dilatação desse período devido a mudanças

climáticas hoje em progresso, sendo que o período seco está se caracterizando de maio a setembro.

O excedente hídrico é de 400 a 800 mm entre três e quatro meses, e a deficiência hídrica de 500 a

650 mm por cinco meses (ZEE, 2009).

1.2.2. Geologia

O Estado de Mato Grosso do Sul tem seu território em aproximadamente 50% inserido na Bacia

Geológica do Paraná, uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da América do

Sul. A área de ocorrência abrange o centro-sul do Brasil, desde o Mato Grosso até o Rio Grande

do Sul. É uma depressão ovalada, com eixo maior norte-sul com área de cerca de 1,6 milhão de

km² (além um milhão de km² no centro-sul do Brasil, abrange, Argentina, Paraguai e Uruguai). O

nome da bacia é derivado do rio Paraná que corre aproximadamente no seu eixo central.

A bacia hidrográfica do Rio Paraná está quase que inteiramente localizada nessa bacia sedimentar,

com grande potencial hídrico, que vem sendo explorado como fonte de abastecimento de água e

para a geração de energia elétrica a partir represamento do Rio Paraná. Ultimamente nos afluentes

do Rio Paraná, a produção de energia ocorre a partir da construção de pequenas centrais

hidroelétricas - PCHs.

A bacia se desenvolveu entre as eras Paleozóica e Mesozóica, com as primeiras deposições

ocorrendo entre o Período Ordovaciano (450 milhões de anos atrás) e o Cretáceo (150 milhões de

anos atrás). Os principais recursos naturais são o carvão mineral, água subterrânea, folhelhos

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betuminosos e reservas de minérios utilizados na construção civil e indústria de transformação

(ferro, filito, calcário, etc).

Ao norte do município de Costa Rica, na região das nascentes do rio Sucuriú temos a Formação

Cachoeirinha e depósitos aluvionares, na porção média do município a Formação Santo Anastácio

e mais ao sul a formação Caioa. O rio Sucuriú permeia por rochas vulcânicas da Formação Serra

Geral (Figura 4).

Figura 4. Geologia da APA das Nascentes do Rio Sucuriú município de Costa Rica, Mato Grosso

do Sul.

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1.2.3. Relevo e Geomorfologia

No Estado de Mato Grosso do Sul se observam quatro fisionomias distintas de relevo (ZEE, 2009).

A parte oriental compreende relevo alçado por planaltos, patamares e chapadões inseridos na Bacia

Sedimentar do Paraná. De sua borda ocidental rumo oeste, alonga-se vasta superfície rebaixada

recoberta por sedimentos quaternários, formando a Região do Pantanal Sul-mato-grossense e a

depressão do Alto Paraguai. No meio destes rebaixamentos erguem-se relevos elevados da

Bodoquena e as Morrarias do Urucum-Amolar. Esta conformação permite distinguir seis regiões

de compartimentação de relevo com subdivisões que melhor identificam suas características

peculiares em cada sub-região. Corresponde à superfície regional situada acima de 380 metros de

altitude, constituída por chapadões, que formam o teto da paisagem regional, com altitudes de até

850m, planaltos e depressões.

O relevo no bioma do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se

por imensos planaltos ou chapadões. Cerca de 50% de sua área situa-se em altitude entre 300 e 600m

acima do nível do mar, não ultrapassando 1100m. Acima disto, principalmente em terrenos

quartzíticos, costumamos encontrar os Campos Rupestres. Os fundos úmidos dos vales são ocupados

por matas de galeria, veredas e varjões, e a vegetação de Cerrados nos interflúvios (ZEE, 2009). No

bioma Cerrado, na maior parte do seu território, a característica é de relevo plano (Figura 5).

Figura 5. Aspectos da geomorfologia da região da APA das Nascentes

do Rio Sucuriú, Costa Rica – MS.

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Segundo o Zoneamento Ecológico-Econômico a maior parte do Município de Costa Rica está na

região dos Planaltos Rampeados, onde também se encontra a APA. Essa região se caracteriza pela

marcante homogeneidade e morfoestrutura. A altimetria varia de 320 a 700m, a litologia do Grupo

Bauru apresenta formas conservadas e ao longo dos vales, os processos erosivos expuseram os

basaltos da Formação Serra Geral.

Costa Rica encontra-se em duas Regiões Geomorfológicas:

1. Região dos Chapadões Residuais da Bacia do Paraná, com a Unidade Chapadão das Emas;

2. Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores com as Unidades: Divisores

Tabulares dos Rios Verde e Pardo e Rampas Arenosas dos Planaltos Interiores. Apresenta

Modelados Planos-P, relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada

erosiva; Modelados de Dissecação – D, com relevos elaborados pela ação fluvial e

Modelados de Acumulação Fluvial - Af, áreas planas resultantes de acumulação fluvial

sujeita a inundações periódicas (ZEE, 2009).

1.2.4. Pedologia

Originando-se de espessas camadas de sedimentos que datam do Terciário, os solos do bioma do

Cerrado, onde se insere a UC, são geralmente profundos, azonados, de cor vermelha ou vermelha

amarelada, porosos, permeáveis, bem drenados e, por isto, intensamente lixiviados. Em sua textura

predomina, em geral, a fração areia, vindo em seguida à argila e por último o silte. Eles são,

portanto, predominantemente arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou, eventualmente,

argilosos. Sua capacidade de retenção de água é relativamente baixa. O teor de matéria orgânica

destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3% e 5%. Como o clima é sazonal, com um longo

período de seca, a decomposição do húmus é lenta (ZEE, 2009).

Quanto às suas características químicas, eles são ácidos, com pH que pode variar de menos de 4 a

pouco mais de 5. Esta acidez é devida em boa parte aos altos níveis de alumínio (Al3+), o que os

torna aluminotóxicos para a maioria das plantas agrícolas. Níveis elevados de íons de ferro (Fe) e

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de manganês (Mn) também contribuem para a sua toxidez. Baixa capacidade de troca catiônica,

baixa soma de bases e alta saturação por Al3+, caracterizam estes solos profundamente distróficos

e, necessitando de correção de acidez e fertilidade. Essa correção pode torná-los férteis e

produtivos, seja para a cultura de grãos ou outras culturas de expressivas.

Os solos do Cerrado frequentemente se enquadram no grupo alumínico, em que a atividade da

argila < 20 cmolc/kg de argila, sem correção para carbono, além de apresentar teor de alumínio

extraível ≥ 4 cmolc/kg de solo e saturação por alumínio ≥ 50% (Jacomine, 2009). Os solos de

caráter alítico, ou seja, que apresentam no horizonte B ou C argila de atividade ≥ 20 cmol c/kg de

argila, sem correção para carbono, e alto conteúdo de alumínio extraível Al3+ ≥ 4 cmol/kg de

solo), além de apresentar saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por bases < 50%. Usado

nas classes dos Argissolos, Nitossolos, Cambissolos, Planossolos, Plintossolos e Gleissolos. Os

Latossolos Vermelho-Escuros, nas em áreas sedimentares nos terrenos cristalinos, com horizonte

ou de caráter concessionário, constituído de material grosseiro com predomínio de petroplintita do

tipo nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio, numa matriz terrosa de textura variada

ou matriz de material mais grosseiro, identificado como horizonte Ac, Ec, Bc ou Cc. Atualmente

estão ocupados predominantemente por pastagens e agricultura (Jacomine, 2009). De ocorrência

frequente encontram-se os Neossolos Quartzarênicos, solos geralmente ocupados com atividades

pastoris e florestais, mas os solos litólicos também ocorrem e são utilizados na exploração

pecuária.

No município de Costa Rica, onde está inserida aproximadamente 70% da UC, há predomínio de

Latossolo Vermelho-Escuro de textura média, na porção centro-leste e Neossolos quartzarênicos

na porção central, ambos com elevada concentração de alumínio e, consequentemente, baixa

fertilidade natural. Solos litólicos (Neossolos litólicos) ocorrem mais a Noroeste do município

(Figura 6).

Os solos na região da APA são principalmente Neossolos quartzarênicos, que podem ser utilizados

tanto em atividade pecuária quanto para o plantio de culturas, sendo que pode ocorrer limitação à

produção de grãos e fibras, em anos de baixa pluviosidade pela constituição arenosa. Solos rasos

(Neossolos litólicos) e Latossolos Vermelho Distroférricos ocorrem em menor proporção (Atlas

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Multireferrencial, 1990; ZEE, 2009). Ocorrem também Neossolos hidromórficos e Luvissolos

próximos às margens e área de influência de córregos e nascentes.

Entretanto, o mau uso dos recursos naturais, devido a intensa ocupação do território sem uma

ordenação adequada, tem acarretado em degradação das áreas com consequente perdas ambientais

e na produtividade. Somado a este fato, a falta de aplicação e o desrespeito às leis ambientais tem

contribuído para agravar os problemas ambientais destas áreas.

Figura 6. Mapeamento do solo de Costa Rica, Mato Grosso do Sul Fonte: LabGIS.

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1.2.5. Arqueologia

A proteção do patrimônio arqueológico e cultural constitui-se num procedimento necessário para

a manutenção de fontes de informações e referências com vistas à compreensão do processo

histórico de um país e, consequentemente, para a consolidação de sua memória. Segundo a Carta

para Proteção e a Gestão do Patrimônio Arqueológico, elaborada pelo ICOMOS/ICAHM

(Legislação do Patrimônio Cultural, 1996):

O ‘patrimônio arqueológico’ compreende a porção do patrimônio material para o qual

os métodos da arqueologia fornecem os conhecimentos primários. Engloba todos os

vestígios da existência humana e interessa todos os lugares onde há indícios de

atividades humanas não importando quais sejam elas, estruturais e vestígios

abandonados de todo tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o

material a eles associados.

O nordeste do estado do Mato Grosso do Sul é uma importante região em se tratando de sítios

arqueológicos. Foram registrados para a área 25 sítios, sendo que nas margens do rio Sucuriú estão

registrados os mais antigos sítios arqueológicos do estado. Em pesquisas recentes, realizadas pelo

Dr. Gilson Rodolfo Martins, na margem direita do rio Sucuriú, entre os municípios de Paraiso das

águas, Chapadão do Sul e Água Clara foram encontrados sítios com diversas datações de carvão

arqueológico, as quais indicam ocupações consecutivas entre cinco mil e doze mil e quinhentos

anos atrás, que remetem a origem do homem em Mato Grosso do Sul para contextos dos últimos

milênios do Pleistoceno.

Sabe-se que durante os primeiros milênios do Holoceno, o Centro-Oeste estava povoado por

comunidades de caçadores-coletores nômades e portadores de uma cultura nitidamente pré-

histórica, possuindo uma economia natural e vivendo em bandos compostos de cerca de 30 a 40

pessoas, acampando próximos às fontes de captação de recursos naturais, deslocando-se

sazonalmente dentro de um extenso território.

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No município de Costa Rica, onde está inserida a UC, foram identificados três sítios líticos a céu

aberto, denominados MS-SU-008, MS-SU-009 E MS-CR02 (Figura 7).

Figura 7. Painel com pinturas rupestres em Costa Rica, Mato Grosso

do Sul. Foto: Martins & Kashimoto, 2012.

Indícios encontrados em Paraíso das Águas, indicam que esses caçadores-coletores também

utilizavam tecnologias líticas (instrumentos de pedra). Sondagens revelaram a presença de

utensílios de pedra lascada confeccionados sobre arenito silicificado.

Estudos realizados na porção norte e nordeste do estado encontraram evidências da existência de

várias tradições (Tradição Planalto, Tradição São Francisco, Tradição Lítica Itaparica, Tradição

Lítica Maracajuana) e sugerem que área caracterizava-se como uma região de intensas e

diversificadas trocas regionais, provavelmente, devido ao fato da região ser um divisor de águas

entre as três maiores bacias do país (Platina, Amazônica e São Francisco) assumindo assim um

papel de entroncamento viário/fluvial continental.

1.2.6. Hidrografia/Hidrologia

O Estado de Mato Grosso do Sul, através da Lei Estadual de Recursos Hídricos n° 2.406 de 29 de

janeiro de 2002, estabeleceu a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de

Recursos Hídricos. Na ocasião foram criados 15 Unidades de Planejamento e Gerenciamento

(UPG) de Bacias Hidrográficas, sendo seis representadas pela Região Hidrográfica do Rio

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Paraguai e nove representadas pela Região Hidrográfica da Bacia do Rio Paraná (PERH-MS,

2010).

A Região Hidrográfica do Rio Paraná, conhecida por seu enorme potencial hidrelétrico, é

composta pelo rio que lhe é homônimo e por seus afluentes, com destaque para os rios Aporé,

Pardo, Verde, Ivinhema, Amambaí, Iguatemi e Sucuriú. A área da APA das Nascentes do Rio

Sucuriú encontra-se na Região Hidrográfica do Rio Paraná, na UPG do Sucuriú (Figura 8) (PERH-

MS, 2010).

As unidades hidrogeológicas ou sistemas aquíferos do Estado de Mato Grosso do Sul são

identificados por dois grandes grupos de rochas, as sedimentares, definindo os aquíferos porosos,

e as ígneas-metamórficas, que constituem os aquíferos fraturados ou de fissuras. Os aquíferos

porosos ocorrem nas bacias sedimentares do Paraná e do Pantanal e os fraturados, no embasamento

cristalino e em uma formação da Bacia do Paraná.

A UPG Sucuriú, onde se localiza a UC, ocorre o afloramento de quatro sistemas de aquíferos: o

Aquífero Bauru, com uma área total de afloramento de 24.116,8 km2, Aquífero Serra Geral, com

2.578 km2, Aquífero Cenozóico, com 152 km2 e Aquífero Guarani, com 17,4 km2.

Em termos de distribuição percentual em área, os Aquíferos Bauru e Cenozóico são os de maior

área de afloramento, ambos aquíferos livres, com respectivamente 37% e 27% da área total de

Mato Grosso do Sul. No entanto, há que se considerar a relevância do Aquífero Guarani, embora

com pequena proporção de área de afloramento, esse aquífero encontra-se confinado, abaixo dos

aquíferos Bauru e Serra Geral e, portanto, com área de afloramento muito inferior à área que se

encontra confinado. A área de confinamento do aquífero guarani corresponde ao somatório das

áreas de afloramento dos Aquíferos Bauru e Serra Geral e apresenta grande reserva hídrica (PERH-

MS, 2010).

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Figura 8. Sub-bacias Hidrográficas e Unidades de Planejamento Gerenciais do Estado de Mato

Grosso do Sul (Adaptado de PERH-MS, 2010).

1.2.7. Bacia Hidrográfica da APA das Nascentes do Rio Sucuriú

A área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú encontra-se totalmente inserida na Região

Hidrográfica do Rio Paraná, na UPG do Sucuriú (PERH-MS, 2010). O rio Sucuriú nasce na Serra

dos Caiapós, divisor de águas cujo platô está localizado o Parque Nacional das Emas, na

congruência dos municípios Alto Taquari (MT), Costa Rica (MS) e Santa Rita do Araguaia e

Mineiros (GO) em uma elevação de 800,00 m (Figura 9).

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Figura 9. Recursos hídricos da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

O rio Sucuriú tem um percurso total de 500 km de extensão, aproximadamente, e desemboca no

Rio Paraná, pela margem direita. Da nascente à foz, a bacia do rio Sucuriú apresenta um relevo

suavemente ondulado, com baixa declividade e com alguns acidentes naturais localizados, como

corredeiras e cachoeiras.

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Com relação a qualidade das águas, o rio Sucuriú encontra-se enquadrado na Classe I. A

resolução CONAMA no 20 estabelece os limites e/ou condições de qualidade a serem respeitadas

para os determinados usos da água. De acordo com essa resolução, as águas do rio Sucuriú podem

ser destinadas:

Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;

À proteção das comunidades aquáticas;

À recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);

À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem

restes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;

À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação

humana.

A bacia do rio Sucuriú apresenta um grande potencial hidroelétrico e atualmente possui sete

usinas hidroelétricas em operação nos rios Indaiá, Paraíso e Sucuriú (ANEEL, 2018). No

município de Costa Rica existem dois aproveitamentos hidroelétricos em operação, e três em

estudos prévios de viabilidade.

Um componente hidrológico importante na área da APA são as nascentes assim como as

formações de veredas e covais, fundamentais na manutenção da dinâmica hidrológica local, uma

vez que atuam estabilizando a alimentação dos cursos d’água. Em alguns pontos da área da UC

é possível observar veredas e covais drenados para agricultura. A recuperação e conservação da

vegetação ciliar, bem como das veredas e covais na APA das Nascentes do Rio Sucuriú é

fundamental para a manutenção, visto que a ampla ocorrência dessas formações aponta para a

dependência dos rios locais de sua alimentação.

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

1.3.2. Vegetação

Na bacia hidrográfica do rio Sucuriú são presentes dois biomas brasileiros o Cerrado predomina

em quase sua totalidade, existindo uma estreita faixa de Mata Atlântica na faixa da planície do Rio

Paraná, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. A região da Área de Proteção Ambiental

(APA) das Nascentes do Rio Sucuriú está localizada em domínio do Cerrado.

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É importante destacar que a elevada diversidade de espécies e os altos índices de endemismo que

existem no Cerrado colocaram o bioma como a Savana mais biologicamente diversificada do

mundo (Sawyer, 2002), sendo considerado um dos 34 hotspots mundiais para a conservação da

biodiversidade (Mittermeier et al., 2005).

Por isto, levantamentos e estudos florísticos como subsídio para Planos de Manejo a serem

implantados no Cerrado, e especificamente na bacia do rio Sucuriú, tornam-se de grande

importância. O objetivo deste diagnóstico foi inventariar e caracterizar a vegetação nativa desta

Unidade de Conservação, elencando espécies sensíveis e descrever os principais aspectos

relevantes ligados à sua preservação.

Metodologia

Os domínios fitogeográficos ocorrentes na APA foram classificados a partir do mapeamento da

cobertura local por arquivos gerados e disponibilizados por LabGIS. As fisionomias vegetais

foram identificadas e validadas em campo.

A listagem da flora lenhosa aqui apresentada contempla a utilização de dados secundários

provenientes de listagens de estudos técnicos ambientais desenvolvidos nos domínios da APA bem

como em suas adjacências, abrangendo os municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas (Figura

10), a saber: o levantamento florístico para o Plano de Manejo da APA Paraíso-Sucuriú (Bocchese,

2018), o projeto de inventário florestal da PCH Fundãozinho (Bocchese & Azeredo, 2017), o

Programa de Monitoramento da Flora da IACO Agrícola (Bocchese, 2014), o Programa de

Monitoramento da Flora da Odebrecht Brenco unidade Costa Rica (Bocchese, 2013), o Programa

de Monitoramento da Flora Terrestre da PCH Alto Sucuriú (Longo, 2009), o levantamento

florístico do Parque Natural Municipal da Lage (Silva & Silva, 2008), o levantamento florístico

do Salto do Sucuriú (FIBRAcon, 2007), os sítios 3 e 4 de amostragem do Complexo Aporé-Sucuriú

(Pagotto & Souza, 2006) e o estudo da vegetação da PCH Porto das Pedras (Bastos, 2002).

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Figura 10. Localização dos pontos de levantamentos de dados secundários da APA das Nascentes do

Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

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A taxonomia das espécies seguiu o sistema de classificação botânica APG-III, considerando o

nome científico, o nome popular e a família botânica. Os grupos ecológicos foram definidos em:

espécies pioneiras (necessitam de luz e as sementes só germinam em condições que recebem

radiação direta do sol em pelo menos parte do dia), secundárias (parcialmente tolerantes às

condições de luminosidade e de sombreamento) e tardias (necessitam de condições de microclima

mais estáveis, sendo tolerantes à sombra, as sementes germinando apenas sob sombra do dossel).

A caracterização dos grupos ecológicos das espécies seguiu a classificação de Budowski (1965).

Resultados

Domínios fitogeográficos

Na área da APA ocorre uma matriz de campos arados, lavouras e pastagens (culturas cíclicas e

atividades de pecuária em áreas de Savana), onde existem formações fisionômicas naturais

(Figura 11).

As formações vegetacionais apresentam-se como subgrupos da Savana (Cerrado), a qual é

definida como uma fisionomia típica e característica restrita a solos arenosos, ocorrendo em clima

tropical eminentemente estacional (mais ou menos seis meses secos). Apresenta espécimes

lenhosos tortuosos com ramificação irregular, geralmente com ritidoma (caule) corticoso rígido e

órgãos de reserva subterrâneos. Extremamente repetitiva, sua florística reflete-se em uma

fisionomia caracterizada por espécies dominantes típicas, tais como angicos (Anadenanthera spp.)

sucupira (Bowdichia sp.), pequi (Caryocar brasiliense), faveiro (Dimorphandra mollis) e paus-

terra (Qualea spp.), por exemplo.

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Figura 11. Formação vegetacional original do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Fonte: LabGIS.

A Savana Florestada (cerradão) (Figura 12) é uma formação florestal de áreas secas e bem

drenadas, com dossel predominantemente contínuo e cobertura arbórea que pode oscilar entre 50%

e 90%. A altura média do estrato arbóreo varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de

luminosidade que favorecem a formação de estratos arbustivos e herbáceos definidos.

Extremamente repetitiva, a sua composição florística apresenta árvores dominantes como C.

brasiliense, Salvertia convallariodora, Bowdichia virguloides e D. mollis.

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Figura 12. Savana Florestada (cerradão) na APA das Nascentes do

Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

A Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado típico, cerrado denso) é um

subgrupo de formação natural ou antrópica que se caracteriza por apresentar uma fisionomia

arbórea rala e um estrato graminóide contínuo, sujeito ao fogo anual. Os indivíduos arbóreos

dominantes formam fisionomias ora mais abertas (campo-cerrado), ora com a presença de um

scrub adensado (Figura 13; Figura 14), em uma estrutura próxima ao cerradão. No que diz respeito

à composição de espécies, floristicamente, a Savana Arborizada se assemelha à Savana Florestada.

Em áreas de Savana Arborizada sem Floresta de Galeria o solo tende a se encontrar mais arenoso

e seco e com espécies exclusivas de cerrados, ao passo que em áreas com Floresta de Galeria há

obviamente, ocorrência de espécies típicas das áreas florestais úmidas, o que promove uma maior

diversidade e densidade arbórea local.

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Figura 13. Savana Arborizada (cerrado típico) na APA das Nascentes

do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 14. Savana Arborizada (cerrado denso) na APA das Nascentes

do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

A Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Campo-de-Murundus ou Coval e Campo

Rupestre) é um subgrupo de formação constituído essencialmente por um estrato graminóide

integrado por vegetais herbáceos e espécies com estruturas de armazenamento subterrâneas para

as épocas menos favoráveis ao seu desenvolvimento, entremeado por árvores isoladas. É uma

conotação típica de um “Parque inglês” (Parkland) (Figura 15). A Savana Parque de origem

natural ocorre associada a campos litossólicos ou rupestres. Em áreas encharcadas de depressões

periodicamente inundadas são encontradas tipologias denominadas “Covais”, como ocorrente na

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APA (Figura 16). Estas regiões apresentam grande beleza cênica e importância ecológica, pois

contribuem fortemente na manutenção da dinâmica e função hidrológica.

Figura 15. Savana Parque (campo-sujo) na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 16. Savana Parque (coval) na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Nos covais e veredas há predomínio de espécies herbáceas e gramíneas, com destaque para as

famílias Cyperaceae e Poaceae, com ocorrência de aquáticas e palustres, como Genlisea spp. e

Utricularia spp. e distribuição irregular de buritis Mauritia flexuosa (Pott et al., 2006). Em covais

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é comum a ocorrência de orquídeas como Cyrtopodium paludicola e Epistephium sclerophyllum,

e paludícolas como dos gêneros Eriocaulon, Sauvagesia, Aeschynomene e Mikania, dentre outros.

Na Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado) prevalecem, quando natural, os

gramados entremeados por plantas lenhosas raquíticas, que ocupam extensas áreas denominadas

por uma vegetação rasteira. Quando manejados por queimadas ou pastoreio, há uma substituição

por espécies de reserva subterrânea (rizomas, bulbos), portanto mais resistentes ao pisoteio do

gado e ao fogo. A composição florística é bastante diversificada, sendo gêneros mais

representativos das espécies arbóreas Andira, Byrsonima, Bauhinia e Attalea, por exemplo. Dentre

as gramíneas destacam-se Andropogon, Aristida, Paspalum e Schizachyrium.

Formações de Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria (Figura 17) apresentam solos

úmidos próximo ao componente florestal, com a presença de espécies rasteiras típicas de áreas

brejosas e eventualmente espécies lenhosas de grande porte, como Mauritia flexuosa. Já as

associações sem Floresta de Galeria tendem a caracterizar solos exclusivamente secos com uma

cobertura herbácea com espécies herbáceas típicas de áreas abertas de cerrados, destacando

componentes das famílias Malvaceae, Melastomataceae e Myrtaceae, dentre outras de menor

expressão. Especificamente, as Florestas de Galeria (Figura 18) são formações onde a vegetação

florestal forma “galerias” sobre os cursos d’água de pequeno porte no Brasil Central (Ribeiro &

Walter, 1998).

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Figura 17. Savana Gramíneo-Lenhosa com Floresta de Galeria na

APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 18. Mata de galeria do Córrego Baús, Costa Rica, Mato Grosso

do Sul.

A Floresta Estacional Semidecidual Aluvial é uma formação com conceito ecológico de

florestas ocorrentes em clima estacional (épocas de chuvas e estiagem definidas), com queda de

20% a 50% das folhas do conjunto florestal nos períodos de estiagem (Florestas Semideciduais).

As árvores são normalmente constituídas por gemas foliares protegidas por escamas. A condição

Aluvial refere-se à presença nas planícies em terraços antigos das calhas dos rios, ficando o solo

encharcado por parte do ano.

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Para o presente estudo estas formações foram consideradas como matas ciliares, como é o caso do

Ribeirão da Laje (Figura 19). A largura do córrego não permite a formação de galerias pela

vegetação florestal marginal, entretanto a vegetação é de aspecto sempre verde e periodicamente

sujeita a alagamentos (Rodrigues & Leitão Filho, 2000).

Em diversos trechos, porém, a mata ciliar se encontra em avançado estado de degradação, escassa

ou ausente. Nessas formações destacam-se as espécies Attalea geraensis, Combretum discolor,

Copaifera langsdorffii, Schefflera morototoni, Annonna spp., Myracroduon urundeuva e

Anadenanthera colubrina, dentre outros.

Figura 19. Mata ciliar nas margens do Ribeirão da Laje, Costa Rica,

Mato Grosso do Sul.

Considerando a macro abrangência de Ecologia de Paisagem, a área da APA encontra-se em uma

região de contato Savana com Floresta Estacional. Em áreas elevadas e bem drenadas, assim como

a Savana Florestada, puderam ser notadas formações de Floresta Estacional Semidecidual

Submontana (mata seca) (Figura 20). A identificação e diferenciação visual através de imagens

de satélite entre a mata seca e o cerradão são difíceis, não tendo assim sido registrada na APA por

mapeamento, mas foram confirmadas em campo. As matas secas são formações de comum

ocorrência na região de Costa Rica. Nesta formação é comum a presença dos gêneros lenhosos

Aspidosperma, Astronium, Cariniana, Cedrela, Copaiba e Hymeneae, por exemplo.

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Figura 20. Floresta Semidecidual (mata seca) na APA das Nascentes

do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Das espécies vegetais

O Anexo 1 apresenta uma listagem com 205 espécies lenhosas distribuídas em 50 famílias

botânicas, registradas a partir dos estudos com a flora nativa desenvolvidos na região de Costa

Rica e Paraíso das Águas.

O intuito foi elaborar uma listagem de espécies representativa e satisfatória para a flora da região.

Espécies endêmicas, raras ou ameaçadas estiveram baseadas nas listas oficiais IUCN, MMA e

Resolução SEMADE nº. 09/2015. Espécies inseridas nestas listagens serão as recomendadas para

estudo de manejo e pesquisa científica, tendo em vista a necessidade da sua conservação.

A utilização das espécies lenhosas foi estabelecida como: potencial ecológico (uso da fauna

silvestre como alimentação/abrigo); econômico (valor financeiro agregado à madeira); medicinal

(raízes, casca, folhas e/ou frutos utilizados na medicina popular); alimentício (frutos que podem

ser utilizados como recursos alimentares para o homem) e ornamental (paisagístico).

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Das espécies registadas, Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,

Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis

brasiliensis são espécies de valor conservacionista.

C. fissilis é uma espécie vulnerável à extinção (MMA, 2014, IUCN, 2017), e O. porosa encontra-

se em perigo de extinção (MMA, 2014). C. brasiliense, D. alata, H. speciosa, M. urundeuva e S.

brasiliensis são consideradas protegidas e/ou de interesse ambiental em Mato Grosso do Sul

(Resolução SEMADE nº. 09/2015). B. mattogrossensis é uma espécie com distribuição restrita a

fragmentos florestais do Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, abrangendo os Estados de Mato

Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e sul do Pará (Lorenzi, 2009). Esta espécie é

exclusivamente florestal, não sendo registrada em formações abertas, como o cerrado típico.

Ocorrência de fogo

Muitas formas fisionômicas de áreas abertas do Cerrado caracterizam-se por possuir um estrato

rasteiro constituído por gramíneas (Ribeiro & Walter, 1998), e que na estação seca tendem a ficar

inativas devido à perda da sua biomassa aérea, o que favorece a ocorrência dos incêndios (Klink

& Solbrig, 1996). Em áreas onde o fogo é frequente, uma simplificação da estrutura da comunidade

pode ocorrer, tornando a fisionomia gradualmente mais aberta, e dessa forma, a densidade do

estrato arbóreo estaria determinada mais pela habilidade das espécies em sobreviver ao fogo e

regenerar, do que pela própria competição pelos recursos ambientais (Durigan et al., 1994,

Hoffmann & Moreira, 2002).

De acordo com Medeiros & Miranda (2005), as influências das queimadas sobre a vegetação estão

ligadas em alterações na densidade e taxas de crescimento de espécies lenhosas e no

estabelecimento de plântulas, o que pode favorecer o estabelecimento de espécies generalistas e

podendo eliminar determinadas espécies sensíveis. Ao reduzir a biomassa vegetal e a serapilheira,

o fogo também pode alterar os fluxos de energia, nutrientes e água do sistema.

É importante destacar que, além da ocorrência natural do fogo, a região da APA das Nascentes do

Rio Sucuriú pode sofrer influência de queimadas originadas pela ação antrópica. O ateamento de

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fogo de forma proposital ou acidental deve ser considerado. Outro fator de risco de queimadas

pode estar ligado à linha de transmissão/distribuição das redes elétricas. Espécies vegetais de

rápido crescimento, como ervas, lianas e cipós, acabam utilizando os cabos de sustentação dos

postes como apoio, e acabam emaranhando-se ao longo da fiação, o que pode ocasionar queimadas,

principalmente nos períodos de elevada temperatura e período de estiagem.

Para minimizar as possibilidades de ocorrência de queimadas sugere-se o manejo da vegetação

nativa abaixo das redes elétricas, que pode ser feita por roçada ou capinada manual. Além disto,

ações de educação ambiental, como palestras instrutivas, panfletos e placas orientadoras, podem

ser utilizadas, principalmente nas áreas de visitação pública da APA.

Considerações

No domínio do Cerrado, em função da fertilidade do solo e disponibilidade hídrica, e

consequentemente altura do dossel e cobertura vegetal, as diferentes fisionomias identificadas

podem ser consideradas sucessivas. O primeiro estágio, os campos limpos, são campos secos, com

predomínio de gramíneas, sem arbustos ou arvoretas, hábitos já observados no estágio seguinte,

os campos sujos. O cerrado típico é caracterizado pela cobertura superior a 30%, com árvores e

arbustos de 3-8m permeados por vegetação herbácea, seguido pelo cerradão, onde prevalecem

árvores de 8-12m ou mais, cobrindo de 50 a 90% da área, com estrato herbáceo reduzido (Oliveira-

Filho & Ratter, 2002).

De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo

histórico de atividades agropecuárias, estando essas, muitas vezes, em estágio sucessional e

composição florística diferentes do original. A conservação dos fragmentos florestais situados na

APA das Nascentes do Rio Sucuriú, a redução do efeito de fragmentação dos remanescentes

existentes e a criação e manutenção de corredores entre fragmentos, tem papel fundamental na

conservação da biodiversidade e variabilidade genética da flora local. A fragmentação leva a

redução do número de indivíduos das populações, muitas vezes abaixo do mínimo necessário,

inviabilizando a continuidade e evolução normal da população. Essa redução leva a endogamia

(cruzamento entre indivíduos aparentados), e a perda de variabilidade genética, tornando-as mais

susceptíveis a extinção por ataques de patógenos, por exemplo (Kageyama et al., 1998).

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As formações de matas de galeria e matas ciliares compõem as Áreas de Preservação Permanente

(APP) e são legalmente protegidas pelo Código Florestal (BRASIL, 2012). Eventuais áreas

descaracterizadas ou até mesmo ausentes de APPs devem ter a vegetação restabelecida.

A APA favorece a contínua conservação destes remanescentes de vegetação e, consequentemente,

conduz a proteção das espécies da flora regional, pela preservação de diversos espécimes. Todas

as espécies levantadas apresentam, pelo menos, um tipo de uso potencial, desempenhando função

ecológica e de uso para o homem, seja no fornecimento de produtos madeireiros ou não

madeireiros. A exploração madeireira está na confecção de vigas e mourões como estruturas

internas e externas, além da marcenaria em geral. Como não madeireiros, muitas espécies são

utilizadas na medicina popular, para tratamento de inflamações dos sistemas urogenital, digestivo

e vascular, além de doenças de pele e até câncer. O conhecimento popular acerca de plantas

medicinais, tendo em vista sua diversidade e potencial para a bioprospecção de fármacos,

especialmente de doenças incuráveis ou de difícil tratamento, atualmente é bastante valorizado.

1.3.3. Fauna

1.1.3.1. Avifauna

Na UC e seu entorno foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias.

Destas famílias, 20 pertencem a ordem dos Passeriformes (Anexo 2). A listagem de espécies da

avifauna, no Plano de Manejo, torna-se um importante aliado a gestão, auxiliando na definição de

áreas prioritárias para manejo e conservação dentro dos limites da UC, uma vez que dados como

categorias de ameaça, endemismo, sensibilidade a ações antrópicas, potencial migratório e

cinegético, podem municiar futuras ações ambientais em benefício da UC.

Seja para visitação com finalidade recreativa, esportiva, turística, histórico-cultural, pedagógica,

artística, ou para finalidades científicas e de interpretação e conscientização ambiental, a UC

caracteriza-se como um bem de uso comum à sociedade.

Além do potencial social/econômico que a UC pode oferecer, existe também o benefício a

conservação de ambientes importantes para a avifauna, como nascentes, brejos, áreas úmidas,

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matas ciliares, etc. Com a proteção que a UC oferece contra ações antrópicas sobre estas áreas,

através da conservação das mesmas, a diversidade e manutenção das espécies de aves no local

podem ser mantidas e perpetuadas.

Uso Público, Turismo e Educação Ambiental

Uso Público e Zoneamento

Através do zoneamento ambiental, a UC adquire a capacidade de gerir eficientemente os locais

propícios para o uso público/sustentável e locais de proteção integral. Para as áreas de uso público,

sustentável e de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade, recomendam-se atividades

recreativas, de navegação e balneabilidade sempre relacionando estas atividades com a

conservação da avifauna local.

Por outro lado, alguns locais necessitam ser protegidos integralmente, conservando a

biodiversidade ali existente. Estes locais abrigam ninhais, áreas de forrageio, áreas utilizadas por

aves migratórias, nascentes, brejos, tributários, matas de galeria e florestas ciliares. Outro fator

importante seria a conservação das APPs e controle/tratamento do lançamento de efluentes

domésticos.

Turismo Voltado Para a Avifauna

O Birdwatch (atividade de observação de aves silvestres), apesar de ser recente no nosso país, seria

uma boa opção a ser incentivada dentro da UC pelos benefícios que pode trazer para o meio

ambiente e conservação das espécies. O turismo de observação de aves é um segmento do

ecoturismo em ascensão no Brasil, e vai de encontro aos objetivos de conservação propostos para

uma UC, uma vez que as áreas de interesse para a atividade são aquelas que apresentam

particularidades em relação à biodiversidade local, sendo necessário uma gestão e manejo

adequado e áreas bem conservadas. Devido à sua abundância e deslocamento facilitado, as aves

se tornam uma ferramenta muito útil para a educação ambiental e conscientização sobre estas

questões. Elas podem facilmente transmitir valores a respeito da natureza e à condição em que se

encontra o ecossistema. Isto é relevante para a divulgação da necessidade de preservação dessa

área, além de contribuir também para a sustentabilidade financeira da UC.

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Esta atividade demanda a qualificação de guias de campo especializados com conhecimento

empírico da área. Logo, as comunidades locais podem se beneficiar desta atividade sendo um

potencial de geração de renda para a cidade e seus moradores. Ao mesmo tempo, promove a

conscientização ambiental local sobre o uso sustentável dos recursos naturais da UC e sua

importância. Algumas espécies de interesse ao Birdwatch encontradas no local são: anhuma

(Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria) (Figura 21), surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon

curucui), udu-de-coroa-azul (Momotus momota) (Figura 22), ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula

ruficauda) (Figura 23), tucanuçu (Ramphastos toco), Falconídeos, Psittacídeos, taperuçus, choró-

boi (Taraba major), entre outros.

Figura 21. Tuiuiú (Jabiru mycteria). Ave de interesse na prática de

birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa

Rica, Mato Grosso do Sul.

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Figura 22. Udu-de-coroa-azul (Momotus momota). Ave de interesse

na prática de birdwatch, registrada na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 23. Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda). Ave de

interesse na prática de birdwatch, registrada na APA das Nascentes do

Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

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Educação Ambiental

Nos tempos atuais a educação ambiental se tornou ferramenta de suma importância para a

conservação da diversidade avifaunistica. Comprovadamente, estas ações, surtem maiores efeitos

quando realizadas com crianças/jovens, pois estes ainda estão formando seu caráter e suas ideias

sobre o mundo, sendo possível resgatar a importância de se preservar a natureza. Assim se deve

incentivar os estudantes a realizarem atividades educativas na UC e no seu entorno, ampliando o

leque de conhecimento da avifauna que os alunos possuem.

Atividades de educação ambiental e conscientização também podem ser realizadas junto aos

turistas que visitam o local, e também com moradores do entorno da UC e do município de Costa

Rica, auxiliando no esclarecimento de dúvidas sobre a importância da conservação do meio

ambiente e das aves e sua representatividade para a região, lembrando-os sempre que a caça é

proibida e reforçando que intervenções que afugentem ou que impeçam a presença destes

indivíduos na proximidade da UC são prejudiciais para o ambiente. Desta forma os impactos sobre

as espécies existentes no local podem ser minimizados e a manutenção das mesmas mantida.

Pesquisas Científicas/Biológicas

A oportunidade da realização de pesquisas científicas/biológicas seria uma abordagem interessante

de ser explorada na UC. Estudos relacionados a ecologia de populações (como técnicas de captura,

marcação, soltura e recaptura) assim como propostas de manejo e conservação da avifauna, são

importantes para ampliar os conhecimentos sobre as aves da região, originando oportunidades de

conservação e manejo adequado das mesmas na APA e região.

Aves Ameaçadas de Extinção

Das espécies registradas, conforme estabelece a Red List da IUCN (2017), as espécies de ema

(Rhea americana) e papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas como quase

ameaçada de extinção. A ema (Rhea americana) pela sua presença em plantações, onde podem se

tornar visitantes indesejáveis para os agricultores. O papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) tem

sofrido pela rápida e extensiva modificação de áreas do Cerrado e Pantanal, gerando perda de

hábitat e causando a acelerada redução no tamanho populacional desta espécie. Outra espécie, o

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mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é classificada como vulnerável, principalmente pela perda

de seu habitat para o desmatamento e por ser muito caçada.

Segundo o Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal (ICMBio,

2014), as principais ameaças às aves foram causadas, principalmente, pela perda de habitat,

provocadas tanto pelo agronegócio como pela expansão urbana, instalações de empreendimentos

de infraestrutura, caça e o tráfico de algumas espécies. Nesta lista estão o papagaio-galego

(Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), constam como quase

ameaçadas de extinção. As espécies de ema (Rhea americana), gavião-peneira (Elanus leucurus),

sovi (Ictinia plumbea), gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis), gavião-caboclo

(Heterospizias meridionalis), gavião-carijó (Rupornis magnirostris), gavião-de-rabo-branco

(Geranoaetus albicaudatus), gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus), suindara (Tyto furcata),

corujinha-do-mato (Megascops choliba), caburé (Glaucidium brasilianum), coruja-buraqueira

(Athene cunicularia), coruja-orelhuda (Asio clamator), rabo-branco-acanelado (Phaethornis

pretrei), beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax

nigricollis), besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus), beija-flor-tesoura-verde

(Thalurania furcata), beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura), tucanuçu (Ramphastos toco),

araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), carcará (Caracara plancus), pinhé (Milvago

chimachima), acauã (Herpetotheres cachinnans), quiriquiri (Falco sparverius), falcão-de-coleira

(Falco femoralis), arara-canindé (Ara ararauna), maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) (Figura

24) periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus), maracanã-do-buriti (Orthopsittaca

manilatus), periquito-rei (Eupsittula aurea), periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri),

papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) que constam

no anexo II da CITES (CITES, 2015), o qual diz que as espécies incluídas neste anexo são aquelas

que, embora atualmente não se encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar

a esta situação, a menos que o comércio de espécimes de tais espécies esteja sujeito a

regulamentação e fiscalização rigorosa.

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Figura 24. Maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis). Psittaciforme

registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato

Grosso do Sul.

Sensibilidade aos Distúrbios

Espécies com alta sensibilidade aos distúrbios do meio que foram registradas são: saracura-três-

potes (Aramides cajaneus) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis). Estas espécies

respondem negativamente a ambientes alterados sobre distúrbios gerados pelo homem, não

habitam áreas com grandes interferências antrópicas sendo sensíveis a tais mudanças. Servem de

alvo para análises da relação do habitat com estas populações mais frágeis (Stotz et al., 1996).

Espécies de interesse para Conservação

Os Psitacídeos encontrados na UC, necessitam atenção especial, pois estes indivíduos sofrem com

o efeito da fragmentação e redução do seu habitat, dependendo de fragmentos florestais mais

consolidados. Necessitam de uma ampla variedade de frutos em copas de árvores para manter

populações locais durante todo ano. Indivíduos desta ordem habitam locais onde existe todo um

suporte para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução, próprios de áreas que possuem

importantes recursos sazonais para espécies frugívoras de dossel, os quais devem ser preservados

para que estes indivíduos continuem a habitar a região. O mesmo vale para o tucanuçu

(Ramphastos toco) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) que por ter alta sensibilidade aos

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distúrbios do meio e ser um efetivo dispersor de sementes, ajuda na regeneração e manutenção da

mata. Os beija-flores também são de suma importância pelo seu papel de polinização e auxilio na

conservação das florestas.

Os detritívoros registrados como o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) (Figura 25), são

indivíduos importantes, pois atuam “limpando” o ambiente (desempenhando papel saneador),

alimentando-se de indivíduos indefesos, doentes e carcaças de animais mortos, eliminando matéria

orgânica em decomposição.

Figura 25. Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Detritívoro

registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato

Grosso do Sul.

Aves de Caça ou Cinegéticas

As principais espécies consideradas como “aves de caça” ou cinegéticas, fazem parte de famílias

como a Tinamidae (inhambus), Cracidae (jacus e mutuns), Columbidae (pombas e rolinhas) e

alguns Anatídeos (patos), pois apresentam uma massa corporal significativa, quando comparada

com outras espécies. A caça de aves, assim como a captura das mesmas para servir como espécie

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cativa, é relatada no Brasil desde o descobrimento (Sick, 1997). Registros de tinamídeos como o

jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris) e codorna-amarela

(Nothura maculosa), cracídeos, como o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) e alguns

columbídeos como a pomba-galega (Patagioenas cayennensis) e o pombão (Patagioenas

picazuro). Algumas aves também podem ser caçadas devido a sua beleza cênica ou canto

elaborado. Elas são aprisionadas em gaiolas ou vendidas pelos traficantes de animais silvestres.

Esta atividade está sujeita a sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades

lesivas previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Como exemplos dessas espécies

temos: o tucanuçu (Ramphastos toco), o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), a arara-

canindé (Ara ararauna), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), corruíra (Troglodytes

musculus), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), pula-pula (Basileuterus culicivorus), canário-da-

terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), entre outros.

Aves Migratórias

Indivíduos que efetuam deslocamentos sazonais de uma região para outra, podendo ser anual, de

áreas de alimentação para áreas de reprodução e descanso, onde posteriormente retornam a sua

região original (Alerstam & Hedenström, 1998). Entre as aves migratórias temos as consideradas

localmente migratórias, efetuando curtas migrações ao longo do ano, as que realizam migrações

regionais abrangendo áreas dentro do território nacional e algumas poucas fora do país, outras que

realizam migrações setentrionais oriundas das Américas do Norte e Central e aves que realizam

migrações meridionais oriundas do sul da América do Sul. onde, estas espécies podem utilizar a

UC como local para reprodução, alimentação e descanso em suas rotas de migração, sendo grandes

indicadores da importância da região para estes deslocamentos o qual devem ser preservados para

que estas rotas de migração perpetuem.

Espécies mais abundantes e generalistas

O pombão (Patagioenas picazuro) e o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), são exemplos de

espécies generalistas que podem usufruir de áreas abertas como florestas para se alimentar e

nidificar, possuem alta capacidade de dispersão e são menos afetadas pela supressão florestal.

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O bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a rolinha-roxa (Columbina talpacoti), a pomba-galega

(Patagioenas cayennensis) e o neinei (Megarhynchus pitanguá) são algumas das espécies

favorecidas pela fragmentação florestal, uma vez que estes indivíduos são mais adaptados a locais

abertos e com menos vegetação, possuindo uma grande abundância local nestes ambientes.

Outras espécies que aumentam sua abundância nas áreas desmatadas ou com menos adensamento

de vegetação são aquelas associadas a ambientes degradados, abertos e cultivados como o anu-

preto (Crotophaga ani), o anu-branco (Guira guira) (Figura 26) e o quero-quero (Vanelus

chilensis).

Figura 26. Anu-branco (Guira guira) registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

1.3.2.2. Herpetofauna

A herpetofauna, representada pelos anfíbios e répteis, apresenta ampla distribuição geográfica,

com mais de 7.780 espécies de anfíbios (Frost, 2018) e cerca de 10.600 espécies de répteis (Uetz

& Hošek, 2017), destas, o Brasil compreende 1.080 anfíbios e 773 répteis (Segalla et al., 2016;

Costa & Bérnils, 2015), sendo que uma parte significante dessa diversidade está representada em

regiões sob a influência do Cerrado. Anteriormente, a visão predominante da literatura

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caracterizava a herpetofauna do Cerrado como pouco rica e pobre em endemismos, entretanto,

novas interpretações têm questionado essas ideias. Atualmente, com o aumento do conhecimento

científico e taxonômico acerca da herpetofauna do Cerrado e com a utilização de novas

ferramentas para análise biogeográfica, trabalhos recentes indicam a ocorrência de 209 espécies

de anfíbios (108 endêmicos), 109 lagartos (52 endêmicos) e 158 serpentes (51 endêmicas), 10

quelônios e cinco crocodilianos (Colli et al., 2002; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012),

sendo recentemente adicionados à esta listagem mais oito espécies de répteis squamatas e 11

anuros endêmicos (Azevedo et al., 2016).

Apesar da alta diversidade, na região centro-oeste inventários sobre a herpetofauna são escassos

(e.g. Strüssmann et al., 2000; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al., 2007; Costa et al., 2007;

Valdujo et al., 2009; Silva Júnior et al., 2009; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012), o que

implica na falta de conhecimentos biológicos para a maioria das espécies e, na frequente descrição

de novas espécies, várias endêmicas para essa região (e.g. Pombal & Bastos, 1996; Colli et al.,

2003; Caramaschi & Niemeyer, 2003), somente no ano passado foram elaboradas pela primeira

vez a listagem de anfíbios e répteis de Mato Grosso do Sul, que levantou 97 espécies de anfíbios

e 188 espécies de répteis (Ferreira et al., 2017; Souza et al., 2017).

Apesar do aumento no número de estudos sobre este grupo da fauna no Bioma e no Estado, os

padrões de distribuição e composição de anfíbios e répteis ainda permanecem praticamente

desconhecidos, sendo que a produção de listas de espécies de uma determinada localidade é crucial

tanto para indicar lacunas de conhecimento em áreas a serem inventariadas, como para subsidiar

planos de manejo e estudos que possam indicar áreas prioritárias à conservação das espécies.

Caracterização da Herpetofauna regional

Para a área de estudo ainda existem poucos trabalhos científicos publicados, o inventário mais

completo realizado para a região foi o publicado por Pagotto & Souza, em 2006, denominado

Inventário da biodiversidade do complexo Aporé-Sucuriú, com 78 espécies levantadas para a sub-

bacia do rio Sucuriú (Uetanabaro et al., 2006), sendo confirmadas em campo, em expedições

realizadas entre 2011 e 2017, 20 espécies da herpetofauna no PNM Salto do Sucuriú e 17 na PNM

da Laje (Anexo 3), somando aproximadamente 80 espécies de anfíbios e répteis para as UCs do

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município de Costa Rica - MS, das quais algumas ainda aguardam identificação, sendo este

número uma estimativa.

Espécies ameaçadas e endêmicas

Não foram levantadas, tanto em campo quanto em dados secundários, espécies ameaçadas de

extinção, na APA das Nascentes do Rio Sucuriú (MMA, 2014; IUCN, 2017), entretanto seis

espécies estão inseridas no apêndice II da CITES - Convention on International Trade in

Endangered Species of Wild Fauna and Flora (2017), convenção internacional que visa proteger

espécies silvestres comercializadas. O apêndice II inclui as espécies que no momento não estão

ameaçadas, mas que podem vir a ficar se seu comércio não for controlado, como os lagartos iguana

Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis teguixin), a sucuri Eunectes murinus, o

jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-barbicha Mesoclemmys vanderhaegei.

A proporção de espécies endêmicas é relativamente alta comparada a outras regiões do Cerrado, e

a outros grupos da fauna, como aves e mamíferos, com aproximadamente 23% das espécies

registradas e de provável ocorrência para a área, endêmicas do Bioma, sendo a complexidade

estrutural do Cerrado e o mosaico de ambientes abertos e florestados, fatores que explicam a alta

diversidade e endemismo no Cerrado.

Espécies de interesse para conservação

De maneira geral a maioria das espécies registradas para a UC é comum de áreas abertas, entretanto

destacam-se algumas restritas a habitats específicos, que são fortemente afetadas pela supressão

vegetal e fragmentação de habitat, como a perereca Hypsiboas lundii, restrita a matas ciliares e de

galeria de riachos (Figura 27), e as rãzinhas do gênero Pristimantis, anfíbio de desenvolvimento

direto que habita solos de florestas (Figura 28). Outras espécies associadas a ambientes florestados

(Figura 29) são os répteis Salvator marianae e Bothrops moojeni, que apesar de serem capazes de

ocupar também ambientes abertos, preferem fragmentos florestais ou suas bordas.

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Figura 27. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a

matas ciliares e de galeria, registrado na APA das Nascentes do Rio

Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 28. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

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Figura 29. Mata de galeria de riacho, exemplo de ambiente que abriga

espécies da herpetofauna exclusivas de áreas florestadas presente na

APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

A preservação de formações abertas ou savânicas, como campos limpos, campos sujos e o Cerrado

típico, também se mostram importantes para a conservação da herpetofauna local, tendo em vista

o grande número de espécies associadas a estas formações, como os lagartinhos do gênero

Ameivula e o papa-vento Norops meridioalis (Figura 30), espécies campestres.

Figura 30. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que

habita áreas abertas, registrado na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

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Igualmente importante para a manutenção das populações locais da herpetofauna, é a preservação

de ambientes higrófilos, pois a maioria das espécies de anfíbios do Cerrado dependem de água

para a reprodução e ocorrem em maior densidade em áreas úmidas ou com solo encharcado, com

destaque para as “veredas” (Figura 31) e “covais” (Figura 32), sendo que este último ambiente

pode abrigar espécies de distribuição restrita, como as rãs Leptodactylus furnarius e Leptodactylus

cf. jolyi.

Figura 31. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das

Nascentes do Rio Sucuriú em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 32. Coval, ambiente higrófilo rico em anfíbios, APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

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Propostas de pesquisa

A região apresenta grande potencial para diversidade de espécies da herpetofauna, principalmente

com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes), pois ao contrário do que é observado para

comunidades de aves e mamíferos, a maior parcela da riqueza desses animais está concentrada na

diagonal de áreas abertas da América do Sul (caatinga-cerrado-chaco) (Strüssmann, 2000; Costa

et al., 2007; Silva Júnior et al., 2009). Estudos recentes apontam que o Cerrado possui maiores

níveis de riqueza do que se pensava (Costa et al., 2007; Vaz-Silva et al., 2007; Valdujo et al.,

2009), e nos últimos anos os níveis de endemismo para o Bioma vêm aumentando à medida que

novas espécies estão sendo descritas. Estudos em longo prazo ainda são necessários para se avaliar

adequadamente a composição da herpetofauna do Cerrado, e a conservação das várias

fitofisionomias que compõem o Bioma, como Cerrado sentido restrito, Campo sujo, Campos

naturais e Veredas, são importantes para a conservação das espécies desse grupo.

Em todo o Estado existem lacunas de conhecimento para anfíbios e répteis, até mesmo regiões

com elevada importância biológica, como o complexo Aporé-Sucuriú, são considerados

insuficientemente amostrados (Strüssmann et al., 2000; Uetanabaro et al., 2006), sendo que das

UCs de proteção integral e de uso sustentável de MS, somente o Parque Nacional da Serra da

Bodoquena (Cerrado), RPPN Estância Caiman e Parque do Rio Negro (ambos no Pantanal) estão

em áreas consideradas melhor amostradas (Ferreira, et al., 2017; Souza et al., 2017), portanto neste

contexto, tanto a realização de inventários rápidos quanto estudos ecológicos em longo prazo, são

necessários para a complementação de informações básicas e ecologia de espécies e/ou

populações, e para o diagnóstico e manejo adequado.

Educação ambiental

A maior parte das espécies da herpetofauna é críptica e possuem hábitos secretivos, ou seja, são

difíceis de serem detectadas em campo, e passam desapercebidas pela maioria das pessoas.

Entretanto espécies de maior porte devem receber atenção, tanto por possuírem densidade

populacional naturalmente mais baixas quanto por sofrerem maior pressão antrópica, como é o

caso do jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e da serpente sucuri Eunectes murinus.

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1.3.2.3. Mastofauna

O Brasil é um país de extensa área territorial, no qual abriga a mais elevada diversidade biológica

conhecida (Mittermeier et al., 1997). Apresentando seis grandes biomas, a sua localização

geográfica aliada ao maior sistema fluvial do mundo (Brandon et al., 2005) são fatores que

favorecem a presença deste complexo de fitofisionomias existentes.

Dentre os biomas presentes no Brasil, o cerrado é a segunda maior formação vegetal presente,

ocupando cerca de 21% do território nacional (Klink & Machado, 2005). A fragmentação do

cerrado é um dos fatores que mais ameaçam a flora e fauna presentes neste bioma.

A fauna do cerrado conta com 251 espécies de mamíferos catalogadas, sendo que 32 são exclusivas

do bioma. Estudos recentes constatam que a Mastofauna do cerrado representa 35% dos mamíferos

registradas para o Brasil (Paglia et al., 2012.). A mastofauna de médio e grande porte é amplamente

distribuída pelo cerrado (Marinho-Filho et al., 2002), porem apesar da sua alta riqueza, muitas das

espécies encontram-se ameaçadas devido ao processo de degradação e supressão de habitats que

vem ocorrendo ao longo dos anos. Calcula-se que em média 20% das espécies endêmicas e

ameaçadas permanecem fora das reservas e unidades de conservação (Machado et. al., 2004).

No Mato Grosso do Sul são conhecidas 151 espécies de mamíferos, sendo 90 terrestres não-

voadores e 61 espécies voadoras, distribuídas em 10 ordens e 29 famílias (Cáceres et al., 2008).

No estado, atividades como agricultura e pecuária causam a diminuição da cobertura natural

existente e a fragmentação dos habitats, podendo implicar no isolamento, na alteração da

densidade populacional e da estrutura das comunidades de animais presentes (Cademartori et al.,

2008). A criação e manutenção de parques e reservas são fatores que podem mitigar a perda de

biodiversidade que vem ocorrência ao longo dos anos devida a ação antrópica no cerrado.

Foram registradas 36 espécies distribuídas em 9 ordens e 18 famílias conforme a tabela (Anexo

4). Os dados obtidos neste estudo uso do hábitat e ocorrência das espécies segue o padrão

encontrado em estudos para a região, com a maioria das espécies registradas sendo de ampla

distribuição geográfica, sem apresentar maiores especificidades, porém foram espécies que

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necessitam de ambientes mais restritos, como é o caso dos primatas que vivem em lugares mais

florestados (Figura 33), e da lontra e ariranha, que necessitam estar próximas a cursos d’água para

alimentação.

Figura 33. Macaco-prego Sapajus cay, primata registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Dentre as espécies listadas, a ordem carnívora está entre as que possuem mais representantes

registrados na UC e entorno. Os carnívoros representam um importante componentes dos

ecossistemas, tendo o papel fundamental de controlar as populações de suas presas, como também

participam dos processos de dispersão de sementes, sendo espécies chaves por manter e restaurar

a diversidade e a resiliência dos ecossistemas (Terborgh & Estes, 1999).

Os felinos como predadores de topo são animais que demandam um amplo território para sua

sobrevivência, espécies como a onça-pintada possuem uma extensa área de vida, podendo chegar

até 50km². O grande porte e a alta demanda de recursos ambientais desses animais acabam por

demandar fragmentos maiores e mais conectados para a sua sobrevivência, para que não ocorra o

isolamento e consequentemente a diminuição de suas populações (Bordignon et al., 2006).

Além de fatores como a perda de habitat e recursos naturais, o contato com área antropizadas é

outro fator que ameaça as populações dos felinos. Muitas vezes devido a fragmentação dos habitas,

esses animais acabam por transitar em áreas urbanas e áreas rurais em busca de alimentos ou para

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cruzar até outro fragmento, acabam por sofrer uma pressão de caça por parte dos donos de criações

por acharem os animais uma ameaça trazendo prejuízo as suas produções, além do contato com

animais domésticos que podem transmitir doenças, resultando na morte dos indivíduos (Chiarello

et al., 2008).

Outras espécies são diretamente ameaçadas pela caça quando em contato com áreas urbanas e

rurais, como é o caso da anta, os lobos e os Artiodactyla (catetos, queixada e veados), esses últimos

também afetados pela transmissão de zoonoses em contato com animas domésticos.

Espécies Endêmicas, Raras e Ameaçadas de Extinção

Dentre as espécies registradas no estudo, alguns mamíferos encontram-se sob risco de extinção,

porém no cerrado determinadas espécies são encontradas em alta densidade, como é caso do

tamanduá-bandeira (M. tridactyla), a anta e o lobo-guará (Costa et al., 2005).

Foram registradas 14 espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional (MMA), e 10 espécies em

categoria de ameaça pela Red list IUCN 2017. As espécies endêmicas registradas no estudo foram a

raposinha e o macaco-prego Sapajus cay. Não foram registradas espécies exóticas (Anexo 5).

Myrmecophaga trydactyla (tamanduá-bandeira)

O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trydactyla) (Figura 34) é uma espécie encontrada de Belize,

Guatemala ao sul do chaco paraguaio e nordeste da Argentina (Eisenberg & Redford, 1999). Ocupa

ampla variedade de habitat, de floresta tropical e áreas secas como o Cerrado. Podem ser

encontrados com maior frequência em áreas abertas. É uma espécie de hábito solitário, com

exceção da fêmea com filhote, após uma gestação de 190 dias, a fêmea gera um único filhote, que

fica em seu dorso por volta de um mês (Hannibal et al., 2015). Sua dieta é composta principalmente

de cupins e formigas (Nowak, 1991), também consome besouros e outros invertebrados. A espécie

é considerada vulnerável de extinção tanto pela lista do MMA quanto pela IUCN em âmbito

internacional. Por apresentar olhos e ouvidos pouco desenvolvidos é uma das vítimas mais comuns

de atropelamentos por veículos automotivos em estradas e rodovias, sofrem pela ação dos

incêndios florestais e pela perda de habitat.

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Figura 34. Tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado

na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

Chrysocyon brachyurus (lobo-guará)

No Brasil é encontrado apenas nos domínios mais secos como Cerrado, Pantanal e Campo Sulinos.

A distribuição tem se estendido, provavelmente como resultado das transformações de áreas de

Mata Atlântica em pastagens e culturas (Cheida et al., 2006). É um animal de grande porte, pesa

entre 20 a 30 kg, formam casais monogâmicos que vivem na mesma área, se comunicam através

de marcas de cheiro e um uivo característico (Hannibal et al., 2015). Após uma gestação de em

média 60 dias, a fêmea concebe de dois a cinco filhotes, sua época reprodutiva costuma ser de

abril a julho. O lobo-guará pode ser considerado um onívoro, utilizando na sua dieta

principalmente frutos, pequenos vertebrados, répteis e insetos (Pagotto & Souza 2006). Está

ameaçado no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2014), em

âmbito internacional encontra-se quase ameaçado (IUCN, 2017). As principais ameaças são os

atropelamentos, perda de habitat e caça (Cheida et al., 2006).

Lycalopex vetulus (raposa-do-campo)

Dentre os mamíferos da Ordem Carnívora, a raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) tem menor

porte e é o único canídeo endêmico do Cerrado, sendo considerada vulnerável pela lista brasileira

de espécies ameaçadas. A espécie desempenha importante papel como dispersor de sementes e

controlador de térmitas e de pequenos roedores (Dalponte 1995). As maiores ameaças à

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conservação da raposa-do-campo estão relacionadas à destruição de seu hábitat e outros efeitos

antrópicos negativos diretos e indiretos (Lemos et al., 2011). As principais causas da queda

populacional da espécie são atropelamentos (Lemos et al., 2011), predação por cães domésticos

(Lemos, Azevedo 2009), doenças transmitidas por animais domésticos (Megid et al., 2010),

retaliação à suposta predação de animais domésticos (Dalponte 2003).

Tapirus terrestres (anta)

A anta (Figura 35) é o maior mamífero terrestre neotropical e ocorre da Venezuela ao sul do

Paraguai (Eisenberg & Redford, 1999). Pode ser encontrada em florestas tropicais assim como em

áreas secas no Paraguai e Chaco argentino, porém tem o hábitat fortemente ligado a água. A dieta

varia de acordo com a disponibilidade de alimentos na região, sendo primariamente uma espécie

herbívora, consome folhas e brotos de plantas próximas a água, frutos estão inclusos em sua dieta.

A anta está ligada a importante papel na comunidade vegetal e estrutura dos ecossistemas. Possui

hábito diurno ou noturno, dependendo da ocupação humana na área (Voss & Emmons, 1996). A

anta está classificada como vulnerável de extinção segundo as listas da fauna ameaçada do

Ministério do Meio Ambiente e da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Entretanto algumas regiões do Amazônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam grandes

populações desta espécie.

Figura 35. Vestígio de anta Tapirus terrestris registrado na APA das

Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, MS.

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Sapajus cay (macaco-prego)

O macaco-prego tem sua distribuição restrita ao Cerrado e Pantanal. Vivem em grupos de 8 a 16

indivíduos, pesam em média três kg. Ocupam fitofisionomias com predominância de dossel e

cobertura arbórea, sendo encontrados preferencialmente no Cerradão e em matas ciliares, porém

podem deslocar-se longas distâncias pelo solo por áreas abertas. Sua dieta é onívora, composta por

frutos, sementes, flores, gomas, ovos, insetos, entre outros (Bicca-Marques et al., 2006). A

maturidade sexual da espécie se inicia aos quatro anos nas fêmeas e aos sete anos nos machos,

podem se reproduzir até os 25 anos. Com o passar da idade o volume e a coloração do pelo

modificam-se, principalmente nos machos dominantes. Apesar da sua rápida reprodução e

tolerância a diferentes tipos de ambientes, como a espécie necessita de áreas florestadas para

sobreviver, a fragmentação ambiental é um dos fatores que ameaçam a manutenção de suas

populações. O Sapajus cay encontra-se listado como vulnerável pela Lista Vermelha da Fauna

Amaçada do Ministério do Meio Ambiente.

Puma concolor (onça-parda)

A onça-parda é o segundo maior felídeo do Brasil e o de maior distribuição nas Américas,

ocorrendo do oeste do Canadá ao extremo sul da América do Sul. No Brasil ocorre em todos os

domínios (Emmons & Feer, 1999). Sua dieta é composta por mamíferos de médio porte, como

veados, porcos-do-mato, quatis e capivaras. Entretanto, animais menores também podem ser

consumidos (Cheida et al., 2006). A caça e alteração de habitats, com consequente redução da

disponibilidade de presas são as principais ameaças à onça-parda (Emmons & Feer, 1999). A

espécie é considerada como criticamente em perigo de extinção em Minas Gerais e Espírito Santo,

em perigo no Rio Grande do Sul, e vulnerável no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na Lista da

Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

Sugestões de manejo, conservação e educação ambiental

O conhecimento sobre a riqueza, distribuição e a abundância dos organismos que ocorrem em um

determinado local é indispensável para se desenvolver projetos de manejo e conservação (Santos,

2003). Avaliações Ecológicas Rápidas não caracterizam de forma definitiva a distribuição dos

espécimes e os processos ecológicos (Sayre et al., 2000), sendo necessários estudos de longo prazo

para a obtenção de informações acerca dos grupos a serem protegido.

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Atenção especial deve ser direcionada as espécies inseridas em categorias de ameaça de acordo

com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de atividades de

educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser desenvolvidas

em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na região e a

importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais visadas como

caça.

Com relação a conservação de mamíferos no Cerrado, a perda de hábitat e a fragmentação são as

principais ameaças. Portanto, a existência de fragmentos de vegetação original, assim como as

conexões entre esses fragmentos e entre diferentes fitofisionomias são de extrema importância

para a manutenção de populações naturais.

Proposições de manejo:

Realizar estudos de inventário das espécies de pequenos mamíferos e com maior

esforço amostral para mamíferos de médio e grande portes;

Realizar monitoramento das espécies ameaçadas;

Elaborar programa de Educação e Interpretação ambiental atingindo a comunidade

local e visitante, de modo a enfocar a importância da conservação das espécies de mamíferos;

Propor atividades de ecoturismo e educação ambiental com base sustentada em

pesquisas;

Definir e implementar medidas mitigatórias aos atropelamentos de fauna nos limites e

internamente ao PANMSS, tais como, instalação de placas, maior sinalização, indicação para

diminuição de velocidade, entre outras;

Estudar os impactos ambientais sobre a comunidade de mamíferos decorrentes da

visitação pública;

Evitar a permanência de espécies de mamíferos exóticas e domésticas no PANMSS,

tais como gato, cachorro e gado bovino;

Utilizar as espécies de mamíferos como elementos de contemplação para o ecoturismo,

estimulando o visitante a conhecer o modo de vida natural das espécies silvestres;

Recuperar matas ciliares as quais proporcionam hábitats e/corredores para várias

espécies de mamíferos;

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Criação de novas UCs no entorno proporcionando maior extensão em área conservada

que permitam a manutenção de populações mastofaunísticas;

Fiscalização efetiva que garanta a proteção da UC buscando coibir principalmente a

atividade de caça sobre as populações de mamíferos que habitam a UC;

Elaborar um guia de campo ilustrado sobre as espécies de mamíferos presentes na UC,

para conhecimento da comunidade local e para potencializá-las enquanto elementos de

contemplação para o ecoturismo.

1.3.2.4. Mastofauna voadora

Os morcegos são os únicos mamíferos que realizam voos verdadeiros, permitindo-os colonizar

uma ampla variedade de habitats (cavernas, ocos e folhas de árvores, construções humanas entre

outros) e desenvolver variados hábitos alimentares (Kunz, 1988). São bastante diversos e

abundantes nos trópicos (Fenton, 1992) e ocupam todos os níveis tróficos, desde os primários

(consumo de frutos, pólen e néctar), até os consumidores terciários (predadores de insetos,

lagartos, rãs, ratos, peixes, crustáceos e até outros morcegos) (Gonçalves et al., 2007).

Representam aproximadamente um terço da fauna de mamíferos brasileiros em número de

espécies, e desempenham importantes papéis em comunidades tropicais no Brasil. Os morcegos

atuam como polinizadores de mais de 750 espécies de angiospermas (Fleming, 1988), dispersão

de sementes de diversas plantas (Marinho-Filho, 1991) e controlam as populações de animais

vertebrados e invertebrados (Bordignon, 2006).

Os morcegos são representantes da ordem Chiroptera, que é dividida em duas subordens:

Megachiroptera e Microchiroptera. Os Megachiroptera são restritos ao Velho Mundo (África,

Ásia, Europa, Oceania) e possuem somente uma família (Pteropodidae) com 42 gêneros e 185

espécies. Por outro lado, a ordem dos Microchiropteras apresenta espécies distribuídas por todo

globo, as quais são divididas em 17 famílias, 157 gêneros e 928 espécies (Simmons, 2005). No

Brasil são conhecidas nove famílias, 64 gêneros e 167 espécies e no Mato Grosso do Sul foram

catalogadas 63 espécies em 35 gêneros e cinco famílias (Phyllostomidae, Molossidae,

Vespertilionidae, Noctilionidae e Emballonuridae). Dentre estas espécies, cerca de 100 são

encontradas no Cerrado, mas apenas uma (Loncophylla dekeyseri) é endêmica, ou seja, só ocorre

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neste domínio (Reis et al., 2007). Para a área da APA foram registradas 14 espécies (Anexo 6) em

estudos realizados por Pagoto et al. (2006).

A predominância dos filostomídeos nos estudos era esperada e se deve ao fato desta ser a família

mais rica nos neotrópicos (Fenton et al., 1992), além de voarem mais baixo, muitas vezes próximo

ao chão, facilitando sua captura com redes de neblina.

Os gêneros Platyrrhinus, Carollia (Figura 36), Sturnira e Artibeus são espécies frugívoras e

importantes dispersoras de sementes, e as espécies de Anoura e Glossophaga são nectarívoras e

importantes polinizadoras. Estas espécies são fundamentais para o meio ambiente em que habitam,

pois auxiliam de maneira eficaz na manutenção e regeneração da flora regional.

Figura 36. Indivíduo do morcego Carollia perspicillata registrada no

entorno da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica, Mato

Grosso do Sul.

As espécies de Artibeus (Figura 37) geralmente se adaptam bem a alterações antrópicas, pois

podem se alimentar de uma gama muito grande de frutos e folhas, sendo, por esse motivo, as mais

comuns em ambientes urbanos, em parques, pomares e quintais.

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Figura 37. Indivíduo do morcego Artibeus lituratus registrado no

entorno da APA das Nascentes do PA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Entre os insetívoros capturados, merece destaque Cynomops planirostris, Molossus rufus e

Eumops bonariensis, pouco frequentes em amostragens de morcegos, além de Myotis nigricans,

são espécies que auxiliam no controle de insetos vetores de algumas doenças tropicas. Apesar da

sua alta importância, os morcegos são constantemente ameaçados pelo uso de inseticidas,

desmatamento, falta de conhecimento, lendas e superstições. Tais ocorrências colaboram para o

declínio da população de morcegos em geral.

De acordo com a lista nacional de animais ameaçados de extinção (Machado, 2008) e a lista

internacional da IUCN (2011), nenhuma espécie da quiropterofauna registrada para a APA

encontra-se ameaçada de extinção. Também não foi registrada nenhuma espécie endêmica do

Cerrado nos limites da UC, mas mesmo assim, estas espécies, pela sua mobilidade e capacidade

de deslocamento por longas distâncias, podem vir a aparecer na região, onde sua ausência pode

ser explicada em partes pela resposta às variações sazonais na disponibilidade de condições e

recursos e também influenciados pela fragmentação existente na área, sendo sempre necessário

atenção a estes indivíduos.

Justamente por possuir esta grande mobilidade, os morcegos em sua maioria tornam-se

dependentes dos corredores ecológicos formados pela APP que margeia a área da UC. Por este

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“caminho” inserido pela mata ciliar, os indivíduos da quiropterofauna realizam a maioria dos seus

deslocamentos, sendo oportuno ressaltar que ações que visem a permanecia destas matas ripárias

na região são imprescindíveis.

1.3.2.5. Ictiofauna

A ictiofauna da sub-bacia do rio Sucuriú, integrante da drenagem do Alto Rio Paraná é

relativamente bem estudada. Dentre as grandes bacias hidrográficas brasileiras, a bacia do Alto

Rio Paraná é a que mais recebeu estudos sobre peixes (Langeani et al., 2007), com registros de

novas espécies de peixes ocorrendo mais frequentemente em riachos de cabeceiras (Castro, 1999)

e com elevado grau de endemismo (ocorrências restritas de espécies, Castro, 1999; Langeani et

al., 2007). Na sub-bacia do rio Sucuriú foram desenvolvidas várias instâncias de pesquisas

acadêmica (e. g. Froehlich et al., 2006) e aplicada à identificação e monitoramento de impactos

ambientais (e. g. Taveira/Arater, 2017).

O planejamento da Área de Proteção Ambiental (APA) das Nascentes do Rio Sucuriú se enquadra

em ambos os contextos de endemismo e de possibilidade de ocorrência de novas espécies de peixes

na bacia do Alto Rio Paraná. Para o desenvolvimento do Plano de Manejo da ictiofauna da APA

das Nascentes do Rio Sucuriú, torna-se necessário conhecer a ictiofauna da bacia e estabelecer

diretrizes de uso e manejo dos recursos hídricos.

Este trabalho tem como objetivos apresentar os dados disponíveis sobre a ictiofauna da área e

discutir características ambientais da APA, as quais podem ser consideradas para planejar usos e

manejo regionais.

Área de Estudos

A APA das Nascentes do Rio Sucuriú inclui grande parte da drenagem do Alto Rio Sucuriú no

município de Costa Rica. Estão inclusas as nascentes dos principais afluentes do Alto Rio Sucuriú,

bem como algumas nascentes do rio da Prata (sub-bacia do rio Aporé) contínuas às cabeceiras do

próprio rio Sucuriú (Figura 38).

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O rio Sucuriú nasce próximo à divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul (Figura 38) e drena parte

de nove municípios de MS antes de desaguar no alto rio Paraná (IBGE, 2015). Atravessa o

Município de Costa Rica com significativo gradiente altitudinal (entre cerca de 840 a 540 metros

de altitude), que reflete em grande número de cachoeiras e corredeiras. A mais importante

cachoeira forma uma barreira natural à dispersão da ictiofauna, o salto Sucuriú (Figura 39), logo

a jusante do perímetro urbano de Costa Rica.

Figura 38. Localização dos pontos de registros de ictiofauna na APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

Costa Rica, MS.

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Figura 39. Salto do Sucuriú, a jusante do perímetro urbano de Costa

Rica, MS.

Apesar da declividade geral do leito, há lagoas marginais, matas paludosas e varjões (Figura 40)

em grande parte dos trechos do rio Sucuriú na área da APA.

As nascentes do próprio Sucuriú estão inseridas em ambientes de campos úmidos e veredas,

ambientes que frequentemente acompanham o primeiro trecho desse rio (Figura 41). Esse trecho

de maior altitude topográfica, definido pela cachoeira da Rapadura, apresenta drenagem com

intensivo uso agrícola do solo.

A partir da cachoeira da Rapadura, o rio Sucuriú corre inicialmente confinado em um pequeno

canyon, com leito em grande declividade (Figura 42), até a foz do ribeirão Baús, importante

tributário (IBGE, 2015), próximo à rodovia MS-306 e à localidade de Baús. Pastagens para

pecuária predominam quanto ao uso do solo nesse trecho da bacia.

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Figura 40. Várzeas do rio Sucuriú, a montante da “Ponte de Pedra” no

Município de Costa Rica, MS.

Figura 41. Vereda às margens do trecho inicial do rio Sucuriú, a

montante da cachoeira da Rapadura, no Município de Costa Rica, MS.

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Figura 42. Aspecto do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e a

localidade de Baús, em Costa Rica, MS.

Entre a região de Baús e o perímetro urbano de Costa Rica, o rio Sucuriú apresenta trajeto sinuoso,

com meandros abandonados formando lagoas marginais com baixa conectividade, pois o rio

geralmente corre contido por barrancos elevados (Figura 43). Nesse trecho recebe os ribeirões da

Laje e São Luís.

Figura 43. Lagoa marginal e barranco do rio Sucuriú, próximo à

cidade de Costa Rica, MS.

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No perímetro urbano de Costa Rica, o leito original do rio Sucuriú apresenta pequenas quedas de

água e corredeiras, parte das quais foi aproveitada pela PCH Costa Rica, instalada pouco acima do

Salto Sucuriú.

Após o Salto Sucuriú, esse rio corre inicialmente por vale profundo, com várias corredeiras e

recebe os contribuintes ribeirão de Baixo, rio Formiga e Imbiruçú. Entre a foz do Imbiruçú e a foz

do ribeirão Cascavel, outro importante afluente, o rio Sucuriú passa a correr novamente sobre leito

sinuoso, com matas paludosas (pindaíbas) e lagoas formadas por meandros abandonados.

Na região da localidade Cabeceira do Curralinho, há um novo trecho com maior declividade,

cachoeiras e corredeiras, mesmo assim acompanhadas de várzeas e pindaíbas. A partir da “ponte

do Curralinho” (Figura 44) e do córrego Lageado (Figura 45), o rio passa a formar uma extensa

área de pindaíbas, brejões e lagoas marginais, divididas parte no Município de Paraíso das Águas

(margem direita), parte no Município de Costa Rica (margem esquerda; Figura 45).

Essa grande área de várzeas, que acompanha o rio por cerca de 20 quilômetros só é interrompida

pelas corredeiras da “Ponte de Pedra” (Figura 46), já no final do território de Costa Rica e da APA

das Nascentes do rio Sucuriú.

Figura 44. Aspecto do rio Sucuriú na “Ponte do Curralinho”, em

estrada vicinal entre a MS-324 e a MS-316, no Município de Costa

Rica.

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Figura 45. Córrego Lageado, na MS-324, divisa entre os Municípios

de Costa Rica e Paraíso das Águas, no limite sul da APA das Nascentes

do Rio Sucuriú.

Figura 46. Aspecto de um dos canais do rio Sucuriú na “Ponte do

Pedra”, em estrada vicinal entre a MS-324 e a MS-316, divisa entre os

Municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas, no limite sul da APA

das Nascentes do Rio Sucuriú.

Metodologia de revisão

Foram compilados dados do capítulo de livro de Froehlich et al. (2006), registros de ocorrências

publicados em artigo de Benedito-Cecílio et al. (2004) e de estudos ambientais locais realizados

por Rosa/Bioláqua (2013) e Taveira/Arater (2017), selecionando em cada fonte apenas os dados

sobre ocorrências de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú na área da APA das Nascentes do Rio

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Sucuriú, no Município de Costa Rica. No estudo de Froehlich et al. (2006) há dados apresentados

para a área “3”, que se referem a riachos e trechos do rio Sucuriú nas cercanias da “Ponte de

Pedra”. Alguns dos pontos de coleta dessa área “3” de Froehlich et al. (2006) estão localizados em

ambientes e afluentes da margem direita do rio Sucuriú, no município de Paraíso das Águas.

Contudo, como o autor apresentou os dados de cada área reunindo o resultado dos esforços de

coleta de todos os pontos, e como esses ambientes são contíguos com a área da APA, consideramos

cabível acrescentar esses dados aos resultados e discussões.

Os dados reunidos foram agrupados em função da sua posição na bacia hidrográfica, considerando

ocorrências de barreiras naturais capazes de isolar ictiocenoses, para verificar similaridades ou

diferenças na composição. Desse modo, independente da fonte dos registros, separamos em tabelas

e análises as seguintes ictiocenoses: (1) peixes registrados no rio Sucuriú e em afluentes a montante

da cachoeira da Rapadura; (2) peixes registrados no rio Sucuriú e em afluentes que deságuam entre

a cachoeira da Rapadura e o salto Sucuriú; (3) peixes registrados no rio Sucuriú e afluentes que

deságuam a jusante do salto Sucuriú.

Exceção foi a área “9” de Froehlich et al. (2006), que é um conjunto de trechos do rio Sucuriú e

de afluentes amostrados nas cercanias da cidade de Costa Rica, tanto a montante como a jusante

da barreira do salto Sucuriú. Os dados dessa área “9”, apresentados em conjunto não permitem

distinção para enquadramento nas ictiocenoses de jusante ou montante do salto Sucuriú. Assim,

tais dados são apresentados e discutidos quanto à diversidade da área da APA, porém não

utilizados nas comparações entre as ictiocenoses.

Para a análise da similaridade das ictiocenoses das três porções da sub-bacia foram calculadas

similaridades de Jaccard (SJ) pela seguinte fórmula:

𝑆𝐽 =𝑎

(𝑎 + 𝑏 + 𝑐)

Onde: a é o número de espécies encontrado em ambos os locais, A e B, b

é o número de espécies no local B, mas não em A, c é o número de

espécies no local A, mas não em B (Magurran, 1988).

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A matriz de índices de similaridade, bem como um gráfico de agrupamento das ictiocenoses, foram

obtidos com auxílio do programa computacional Biodiversity Pro, (Mcaleece, 1997), e

representam uma forma de representar a Diversidade β na sub-bacia na APA.

A nomenclatura de algumas espécies foi atualizada conforme Graça & Pavanelli (2007), com o

intuito de reduzir sinônimos, que representariam duplicidade de registros dos táxons. Graça &

Pavanelli (2007) e Júlio Júnior et al. (2009) também apresentam informações sobre quais espécies

foram introduzidas na bacia do Alto Rio Paraná. Foram consideradas espécies migradoras de

longas distâncias (reofílicas) aquelas citadas por de Agostinho et al. (2003) e Graça & Pavanelli

(2007). Para apresentar o status de conservação das espécies foram considerados os critérios do

MMA (2014) e as informações de Abilhoa & Duboc (2004).

Há registros de pelo menos 54 espécies de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú na área da APA,

considerando os registros de estudos acadêmicos e aplicados (Anexo 7). É provável que ocorram

ainda mais espécies na área, considerando os registros recentes em estudos e a dificuldade em

amostrar em áreas de corredeiras e varjões, ambientes comuns na sub-bacia. Na bacia do Alto Rio

Sucuriú, incluindo outros municípios, há registros de várias outras espécies (e. g. FIBRAcon,

2018b, com 94 espécies na drenagem do rio Sucuriú, em Paraíso das Águas, MS), algumas das

quais podem ocorrer a montante das corredeiras da “Ponte de Pedra”, portanto nesta APA.

Dentre os registros compilados de espécies, predominaram Characiformes (conhecidos como

“peixes de escamas”, Figura 47, Figura 48 e Figura 49), a seguir Siluriformes (bagres e cascudos),

Perciformes (carás, joaninhas e tilápia) e outras ordens menores, coincidindo com o padrão

esperado para ictiofauna Neotropical (Lowe-Mcconnel, 1999).

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Figura 47. Exemplar de Astyanax altiparanae (lambari) registrado e

libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS.

Figura 48. Exemplar de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho)

registrado e libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em

Costa Rica, MS.

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Figura 49. Exemplar de Salminus hilarii (tabarana), registrado e

libertado no rio Sucuriú a jusante do salto Sucuriú, em Costa Rica, MS.

A maioria das espécies registradas é nativa, mas Tilapia rendalli é exótica, introduzida a partir da

África (Graça & Pavanelli, 2007). Pelos critérios de Abilhoa & Duboc (2004) apenas tabarana

(Salminus hilarii; Figura 49) é considerada ameaçada, devido aos baixos estoques no rio Paraná.

Também apenas S. hilarii é reofílica, espécie que faz longas migrações reprodutivas, segundo os

critérios de Agostinho et al. (2003). Pelos critérios dos mesmos autores, Leporinus octofasciatus

(piau-vermelho) e Leporinus friderici (piau-três-pintas) também fazem migrações, porém de curtas

distâncias.

As espécies citadas no parágrafo anterior são as de maior interesse à pesca, mas também as que

dependem de maior integridade e diversidade de recursos ambientais para completar seus ciclos

de vida, conforme discutido no próximo tópico.

Padrões ecológicos conhecidos aplicáveis à ictiofauna da APA

O efeito do isolamento biogeográfico, imposto inicialmente pelas barreiras naturais formadas pelas

cachoeiras, deve ser considerado na análise da diversidade da ictiofauna registrada na área da APA.

A riqueza taxonômica total na APA (54 espécies) pode ser considerada mediana a alta, tendo em

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vista a sequência de barreiras à dispersão no rio Sucuriú. Mas este é apenas um dos indicadores da

diversidade, que pode ser tratado como diversidade “Gama”, a diversidade regional.

Cada porção da sub-bacia na área da APA apresentou riquezas significativas de espécies (Tabela

1), as quais são indicadoras de importante componente “Alfa” da diversidade, a diversidade local.

Mas é o componente “Beta” da diversidade, também relacionado às barreiras naturais, que mais

chama a atenção na listagem da ictiofauna da área da APA. A diversidade Beta pode ser entendida

como as variações na composição das ictiocenoses de diferentes áreas. A consulta da Tabela 1

revela que há significativas diferenças na composição das diferentes ictiocenoses, ás vezes até

considerando também as espécies mais abundantes.

A diversidade “beta” pode ser melhor visualizada na Tabela 1 e Figura 50, nos quais, em nenhuma

comparação entre áreas, a similaridade das ictiocenoses chegou a 50% das espécies em comum.

Baixa similaridade na composição indica elevada diversidade “Beta” e grande importância de

todos as porções e ambientes da sub-bacia para a conservação da ictiofauna.

Matriz de índices de similaridade de Jaccard entre as ictiocenoses das diferentes regiões da bacia do rio

Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Cada valor na tabela representa o percentual de espécies de peixes em

comum nas comparações das ictiocenoses.

Montante da cacheira da

Rapadura

Cachoeira da Rapadura até

Salto Sucuriú

Jusante do Salto

Sucuriú

Montante da cacheira da

Rapadura * 24,2% 20,9%

Cachoeira da Rapadura até

Salto Sucuriú * * 46,8%

Jusante do Salto Sucuriú * * *

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Figura 50. Dendrograma de similaridade de Jaccard com as ictiocenoses dos diferentes

trechos da bacia do rio Sucuriú no Município de Costa Rica, MS. Os valores do eixo

representam o percentual de espécies de peixes em comum nas comparações com as outras

ictiocenoses

A análise de similaridade também corroborou com outro conhecido fator ecológico, importante à

conservação da ictiofauna, traduzido para os conceitos do “River Continuum” (rio contínuo) de

Vanote et al. (1980) e do “gradiente longitudinal”, regionalizado por Súarez & Petrere Júnior

(2003; 2005) e Súarez (2004). Para ambos há expectativa de ganho de biodiversidade e biomassa

ao longo das bacias hidrográficas.

A aplicabilidade desses conceitos pode ser visualizada na Figura 50, pois as ictiocenoses foram

reunidas conforme a sequência e proximidade das porções da bacia. Essa sequência de ictiocenoses

ao longo do “contínuo” da bacia é acompanhada por ganho de diversidade (Anexo 7), pois há 12

espécies a montante da cachoeira da Rapadura, 29 espécies entre esta e o Salto Sucuriú e 40

espécies a jusante do salto Sucuriú.

O tamanho dos peixes registrados na APA também acompanhou o gradiente da bacia. Isso ocorre

porque riachos apresentam ictiofauna “residente” com espécies de pequeno a médio porte (como

Astyanax altiparanae; Figura 47), enquanto que ribeirões, na ausência de barreiras, podem receber

espécies “visitantes” de grande porte durante as migrações reprodutivas (como Salminus hilarii;

Figura 49, “visitante” no ribeirão Cascavel) e rios contêm essa ictiofauna de grande porte como

“residente”.

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O conjunto das espécies residentes de pequeno porte dos riachos de cabeceiras da APA, com

influência do isolamento por barreiras biogeográficas, pode ser visualizado no primeiro grupo de

registros no Anexo 7, o conjunto dos registros na porção da bacia à montante da cachoeira da

Rapadura. O pequeno porte dessas espécies é semelhante ao registrado por Súarez & Petrere Júnior

(2003) em cabeceiras da sub-bacia do Iguatemi, em MS.

Apesar do volume do rio Sucuriú entre a cachoeira da Rapadura e o salto Sucuriú, ainda

predominam espécies de peixes de pequeno porte (Tabela 1), provavelmente pelo histórico de

isolamento dessa porção da sub-bacia pelo salto Sucuriú. Exceção é o piau-três-pintas (Leporinus

friderici), registrado por Taveira/Arater (2017) no córrego Baús (Anexo 7). Essa é uma das

espécies classificadas por Súarez & Petrere Júnior (2003) como residente nos trechos iniciais do

rio principal e visitantes dos ribeirões.

A jusante do salto Sucuriú há inclusão de outras espécies “residentes” do rio Sucuriú: o piau-

vermelho (Leporinus octofasciatus), a tabarana (Salminus hilarii). Ambos fazem migrações

reprodutivas, pelas quais S. hilarii torna-se visitante em ribeirões, conforme registro de

Taveira/Arater (2017) no ribeirão Cascavel (Anexo 7), mas L. octofasciatus parece manter-se

sempre na calha do rio Sucuriú, desovando sob cachoeiras ou corredeiras (Observação pessoal).

Tanto as migrações, com entrada de espécies visitantes nos ribeirões, como o ganho de biomassa

e diversidade ao longo da bacia, dependem da disponibilidade de itens alimentares e hábitats em

toda a bacia, desde as cabeceiras e afluentes até os varjões do rio Sucuriú. A sanidade ambiental

da sub-bacia hidrográfica reflete a qualidade de cada micro bacia de drenagem.

Os ecossistemas dos pequenos riachos têm grande dependência da mata ciliar e veredas para

manter a vazão, a qualidade da água e para a alimentação de peixes e de toda a cadeia alimentar

abaixo deles. Desde produtores, como algas e macrófitas, a consumidores como bactérias, fungos,

protozoários, macroinvertebrados e peixes, dependem da entrada de nutrientes e itens alimentares

“alóctones”, que vem de fora do ambiente aquático. Essa biomassa que entra nos riachos

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geralmente é fornecida pela mata ciliar, na forma de insetos, frutos, folhas, fezes, sementes, etc.

(Esteves & Aranha, 1999).

Matas ciliares e veredas também absorvem o escoamento superficial durante as chuvas, evitando

erosão, mantendo a estabilidade dos barrancos (Rodrigues et al., 2004) e permitindo posterior

escoamento lento da água, mantendo níveis adequados nos corpos de água durante os períodos de

estiagem.

Conforme o rio Sucuriú recebe afluentes e ganha volume, ainda há importância das matas ciliares

para a alimentação de peixes (e outras funções supra-citadas), mas parte dos itens alimentares são

disponibilizados por uma cadeia alimentar “autóctone”, que se desenvolve sobre nutrientes e

recursos disponíveis no próprio ambiente aquático. Essa cadeia é baseada principalmente na

produtividade de algas microscópicas e plantas aquáticas, e secundariamente utiliza detritos de

biomassa no leito do rio. Em locais onde a luz solar atinge rochas e estruturas vegetais submersas,

forma-se um “biofilme” de algas, bactérias, protozoários e pequenos animais invertebrados. Um

biofilme parecido forma-se sobre a biomassa morta depositada ou à deriva pelo leito, com

organismos consumidores utilizando esses detritos. Ambos os biofilmes são aproveitados

diretamente por várias espécies, como cascudos (Hypostomus spp.), canivetes (Família

Parodontidae), canivetinhos (Characidium spp.) e outros.

Grande parte do percurso rio Sucuriú e a maioria dos seus afluentes na APA apresentam matas

paludosas (pindaíbas), várzeas e lagoas marginais, que também auxiliam na manutenção da vazão

e atuam no controle de processos erosivos e depuração de poluentes. Esses ambientes ainda servem

como abrigo, sítio de forrageamento, sítio de desova de algumas espécies e “berçários” para o

desenvolvimento de formas larvais e juvenis de peixes, mesmo daquelas que desovam a montante

(Resende, 2003; Agostinho et. al., 2003). Lagoas e varjões possuem uma ictiofauna residente, com

Serrapinnus spp. (piquiras), Pyrhulina australis (charutinho), Hoplias gr. malabaricus (traíras),

dentre outros (Observação pessoal), mas também recebem as espécies “visitantes” (migradores)

citadas anteriormente. É nesses ambientes que peixes migradores conseguem alimentação para

engordar e desenvolver gônadas, adquirindo “fitness reprodutivo” (Resende, 2003) antes das

migrações. Ainda esses mesmos ambientes servem como sítio de crescimento, proteção contra

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predadores e fornecem itens alimentares (como plâncton e perifíton) para formas larvais e juvenis

de peixes que sejam ali depositados diretamente (por peixes não-migradores) ou trazidos à deriva,

após a reprodução a montante (Resende, 2003; Agostinho et. al., 2003).

As espécies migradoras geralmente são as de maior interesse à pesca, mas também e as que

necessitam maior variedade de hábitats e recursos, distribuídos por toda a sub-bacia. Para a

conservação desses recursos pesqueiros, é preciso conservar sítios de desova (em especial ribeirões

e corredeiras), “berçários” para o crescimento de formas jovens (como várzeas e lagoas), sitio de

engorda e desenvolvimento gonadal de jovens e adultos (em especial várzeas e lagoas) e as rotas

para migrações reprodutivas (o leito do rio Sucuriú), para conectar os demais sítios.

Possíveis impactos sobre a ictiofauna da APA e medidas mitigadoras sugeridas

Há registros de apenas uma espécie exótica na APA, a tilápia (Tilapia rendalli), mas

Rosa/FIBRAcon (2018b) citam outra espécie de tilápia e mais duas espécies de tucunarés

introduzidas na sub-bacia do Alto Rio Sucuriú na região de Paraíso das Águas, o que indica grande

risco de dispersão também pela área deste estudo.

As introduções ocorrem frequentemente em tentativas frustradas de piscicultura, em represas sem

“filtro biológico” para conter as espécies introduzidas, ou rompimentos desses barramentos. Tais

iniciativas individuais são puníveis, via fiscalização Estadual e Federal. Já as iniciativas públicas

para “peixamento” de corpos de água naturais devem ter como critério primordial o uso de matrizes

locais, da própria sub-bacia do rio Sucuriú. O fomento público à piscicultura também deveria levar

em conta critérios mínimos de segurança ambiental nas instalações de represas, principalmente

filtros biológicos.

Há sinais de aceleração de processos erosivos e decorrente assoreamento em vários locais da APA,

causados principalmente pelo uso intensivo do solo (como na micro bacia do rio Paraíso), trilhas

erodidas de acesso de gado aos corpos de água (Figura 51), mais frequentes na parte sul da APA,

além do desmatamento da vegetação marginal.

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Figura 51. Voçoroca na margem esquerda do rio Sucuriú, entre a

Barra da Mata e a Ponte de Pedra, causada por acesso de gado para

dessedentação, em Costa Rica, MS.

O assoreamento é considerado o mais atuante impacto sobre ambientes aquáticos tropicais,

principalmente em riachos (Wantzen, 2006) e deve ser evitado em qualquer escala, para a

manutenção da qualidade dos recursos hídricos e pesqueiros. São dois seus principais efeitos sobre

comunidades aquáticas:

Soterramento de micro-habitats, incluindo poções e fendas e espaços entre rochas em

corredeiras e lajedos, e soterramento de itens alimentares de fundo, incluindo

invertebrados bentônicos, algas e detritos (biomassa morta);

“Efeito jato de areia” (Wantzen, 1998) que remove o biofilme composto por algas,

bactérias, fungos e invertebrados que crescem sobre substratos e servem de alimento

para peixes.

Para mitigar a incidência de assoreamento na APA, as medidas mais importantes são: manter e

recuperar APPs; evitar drenagens e atividades em veredas e pindaíbas; evitar o acesso direto de

gado aos corpos de água; usar curvas de nível; aplicar atividades de educação ambiental sobre esse

aspecto.

Há empreendimentos hidrelétricos já instalados e outros em estudo na sub-bacia, cada qual

adicionando impactos de forma direta e sinérgica aos demais. Algumas espécies são bem-

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sucedidas nos reservatórios, enquanto que migradoras de longas distâncias são desfavorecidas

pelos barramentos. Há pouca representatividade de grandes migradores na APA, mas a tabarana

S. hilarii e o piau-vermelho (Leporinus octofasciatus), que desovam diretamente sob cachoeiras

no próprio leito do rio Sucuriú, podem ser afetadas pela redução e rotas e hábitats em função de

empreendimentos hidrelétricos. Os Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) são as principais

ferramentas para identificar medidas para reduzir o impacto de novos barramentos e reservatórios

sobre a ictiofauna. Nesses EIAs, é importante considerar a persistência de corredeiras (como na

Ponte de Pedra) e varjões (como na Barra da Mata) e sua conectividade aos demais ambientes

aquáticos da bacia.

O uso intensivo do solo em áreas de nascentes pode provocar compactação do solo, diminuindo o

abastecimento do lençol freático e consequentemente a vazão dos riachos. Isso é mais grave onde

o lençol freático está exposto, como em veredas e campos úmidos na área de cabeceiras do rio

Sucuriú. Áreas de cabeceiras e áreas úmidas devem ser prioridades à conservação em toda a APA.

A adubação agrícola, a fertirrigação com vinhaça de usinas de açúcar e álcool e despejo de

efluentes são os principais aspectos com risco de poluição da água por nutrientes. A mitigação

desse impacto requer iniciativas do setor privado e público, inclusive por meio de programas de

educação ambiental.

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS

1.4.1. Características da População

O município de Costa rica tem uma população estimada de 20.159 habitantes para o ano de 2017

e possui uma área de 4.526,38 Km². O município possui uma área urbanizada de 3,64km2.

A Densidade Demográfica do município de Costa Rica de acordo com o censo demográfico de

2010 é de 3,67 hab./km2 e no ano de 2015 a densidade já havia subido para 4,68 hab./km2.

De acordo com o Censo Demográfico 2010 o número de pessoas de 10 anos ou mais alfabetizadas

no município é de 15.350 habitantes (Tabela 2).

A taxa de Crescimento Anual pelos Censos de 2000 e 2010 para Alcinópolis é de 2,43%.

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Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o IBGE, Costa Rica.

MS.

População Residente, por Sexo e Situação de Domicílio

Anos População Total Homens Mulheres Urbana Rural

1991 (1) 13.973 7.348 6.625 9.005 4.968

1996 (2) 14.551 7.621 6.930 10.138 4.413

2000 (1) 15.488 8.083 7.405 11.483 4.005

2007 (2) 18.277 9.634 8.606 14.708 3.569

2010 (1) 19.695 10.246 9.449 16.848 2.847

2017(2) 20.159 - - - -

(1) Censo Demográfico, (2) Estimativa

A estrutura etária da população de do município de Costa Rica (Tabela 3; Figura 52), pode ser

dividida em três grandes grupos etários: jovens de 0 a 14 anos (24%), adultos de 15 a 60 anos

(67%) e idosos, acima de 60 anos (9%). A grande maioria dos moradores está na faixa adulta

composta por 52% de homens e 48% de mulheres (IBGE, 2010).

População residente por grupo de idade de acordo com o Censo

Demográfico 2010, Costa Rica, MS.

População Residente por Grupos de Idade – 2010

Grupos de Idade População Residente

0 a 4 anos 1459

5 a 9 anos 1446

10 a 14 anos 1748

15 a 19 anos 1770

20 a 24 anos 1816

25 a 29 anos 1893

30 a 39 anos 3200

40 a 49 anos 2659

50 a 59 anos 1864

60 a 69 anos 1073

70 anos ou mais 767

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 52. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010, Costa Rica,

MS.

1.4.2. Uso e ocupação da terra

De acordo com o Censo Agropecuário 2006 o município contém 579 estabelecimentos

agropecuários somando uma área de 303.577 hectares (Tabela 4) dos quais 80.903 hectares são

destinados à preservação permanente ou reserva legal.

Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo com o Censo

Agropecuário 2006, Costa Rica, MS.

Estabelecimentos Agropecuários

Mais de 0 a menos de 0,1 ha

De 10 a menos de 20 ha 37

De 0,1 a menos de 0,2 ha

De 20 a menos de 50 ha 75

De 0,2 a menos de 0,5 ha 1 De 50 a menos de 100 ha 85

De 0,5 a menos de 1 ha

De 100 a menos de 200 ha 109

De 1 a menos de 2 ha 8 De 200 a menos de 500 ha 150

De 2 a menos de 3 ha 8 De 500 a menos de 1.000 ha 97

De 3 a menos de 4 ha 8 De 1.000 a menos de 2.500 ha 68

De 4 a menos de 5 ha 4 De 2.500 ha e mais 62

De 5 a menos de 10 ha 14 Produtor sem área 7

As maiores produções agrícolas municipais no período de 2011 a 2015 foram a criação de bovinos

(Tabela 5) e plantio de soja e milho.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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A cultura temporária no município de Costa Rica se concentrou, em 2016, nos cultivos de soja,

milho e cana-de-açúcar, que ocuparam, juntos, 88% da área de culturas temporárias. As culturas

permanentes limitam-se a cultivo de banana e de coco-da-baía (Tabela 6).

Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município de Costa Rica, MS.

Principais Rebanhos

Rebanhos 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Bovinos

283.11

0 251.804 251.730

207.09

0 196.838

200.82

0

206.00

0

Suínos 13.473 7.380 7.011 6.580 6.234 6.105 5.850

Equinos 5.129 4.725 4.688 4.260 4.130 4.185 4.110

Ovinos 5.418 5.430 5.158 4.800 4.727 4.785 5.012

Aves (galinhas, galos, frangos (as) e pintos) - em

mil cabeças 68 67 62 51 50 48 50

Principais Produtos da Pecuária

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Lã (kg) 470 474 485 442 446 452 480

Leite (mil litros) 8.596 8.201 7.791 6.505 6.501 6205 6000

Mel de Abelhas (kg) 36.908 30.000 28.000 18.000 25.300 26100 25000

Ovos de Galinha (mil dúzias) 138 131 127 107 103 98 100

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de 2011 e 2015 no

município de Costa Rica, MS.

Produção Agrícola Municipal (Área Colhida em Hectares)

Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algodão Herbáceo 26.575 27.188 22.536 22.189 18.597 19.392

Arroz - 117 - - - -

Banana 75 75 75 75 61 -

Cana-de-açúcar 14.842 23.533 32.767 35.753 47.174 48.358

Coco-da-baía 5 7 7 7 - -

Feijão 80 115 400 - - -

Girassol 750 120 180 - -

Mandioca 50 50 50 50 50 20

Milho 26.500 30.000 38.000 36.265 41.900 41.720

Soja 75.000 73.500 70.000 72.500 75.000 72.000

Sorgo 2.000 - 2.000 2.000 2.000 3.000

Uva 2 - - - - -

Produção Agrícola Municipal (Toneladas)

Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algodão Herbáceo 103.643 101.955 107.422 101.515 83.609 79.204

Arroz - 772 - - - -

Banana 645 645 645 645 525

Cana-de-açúcar 1.164.180 1.546.428 2.237.918 2.727.364 3.721.661 3.304.633

Coco-da-baía 60 84 70 70 - -

Feijão 192 276 936 - - -

Girassol 750 231 324 - -

Mandioca 750 750 750 750 750 300

Milho 145.200 204.000 223.600 261.103 299.380 259.092

Soja 225.000 242.550 231.000 245.700 270.000 246.240

Sorgo 4.800 12.000 6.000 6.600 7.200 9.000

Uva 18 - - - - -

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A área da Unidade de Conservação é ocupada predominantemente por médias e grandes

propriedades rurais cujas atividades principais são a pecuária extensiva (Figura 53) e cultivo de

cana-de-açúcar (Figura 54), milho e algodão. Porém são encontradas propriedades com outras

atividades como plantio de eucaliptos (Figura 55).

Figura 53. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no

entorno da UC, Costa Rica, MS.

Figura 54. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno

da UC, Costa Rica, MS.

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Figura 55. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da

UC, Costa Rica, MS.

1.4.3. Aspectos Econômicos

A economia do município de Costa Rica é voltada principalmente para a agricultura e pecuária. O

Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços

finais produzidos em uma determinada região, durante um ano (SEBRAE, 2017). O setor que mais

gera valor no município é o de Agropecuária, que vem aumentando a sua participação,

principalmente nos últimos anos (Figura 56) (IBGE, 2015; SEBRAE, 2017).

Figura 56. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de

Costa Rica de acordo com o IBGE (2015), Costa Rica, MS.

47,447,952,654,355,343,7

29,926,439,738,435,1

46,947,750,647,848,9

10,512,3 7,2 9,2 8,5

11,4

14,213,5

8,4 8,7 11,6

9,9 10,710,817,415,7

31,831,230,527,827,231,1

40,744,637,437,939,3

30,028,928,025,526,7

10,3 8,7 9,7 8,6 8,9 13,815,215,514,614,913,913,112,610,6 9,3 8,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

199

8

199

9

200

0

200

1

200

2

200

3

200

4

200

5

200

6

200

7

200

8

200

9

201

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5

Rep

res

enta

tiv

ida

de

(%)

Agropecuária Indústria Serviços Impostos

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O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo que

incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos mais variados

segmentos como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação (CONTAAZUL, 2017).

Os maiores valores de ICMS arrecadados pelo município são dos setores de agricultura, comércio

e pecuária (Tabela 7).

Os produtos agrícolas com maiores valores de produção no município são a soja, o algodão e o

milho.

Em relação ao setor industrial, segundo último levantamento do IBGE, no ano de 2015 Costa Rica

contava com 77 estabelecimentos industriais em funcionamento. O setor comercial de Costa Rica

contava em 2015 com 513 estabelecimentos comerciais varejistas e 23 atacadista (Tabela 7 e

Tabela 9).

Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015, Costa Rica, MS.

Arrecadação de ICMS por Atividade Econômica

Especificação 2011 2012 2013 2014 2015

Comércio 5.017.095,79 4.980.679,52 6.200.598,44 6.899.113,71 7.134.481,86

Indústria 938.411,00 749.522,43 754.250,76 989.404,75 1.028.684,68

Pecuária 2.095.180,70 2.167.037,85 2.489.550,03 1.547.111,18 998.649,88

Agricultura 27.967.090,16 26.983.898,63 32.317.157,43 35.068.719,04 30.387.010,28

Serviços 295.146,72 391.022,67 308.864,93 269.064,39 292.648,18

Eventuais 171.650,53 107.922,56 117.006,27 124.063,75 194.087,77

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Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a Classificação Nacional de

Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município de Costa Rica, MS.

Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades

Atividades Quantidade

2014 2015

Celulose, papel e produtos de papel - 1

Combustíveis e biocombustíveis - Fabricação de álcool 1 1

Confecção de roupas e artigos vestuário e acessórios, exceto roupas íntimas - 2

Construção de edifício 2 5

Construção de Rodovias e Ferro 4 2

Construção de obras de infraestrutura em geral - 3

Construção - outras obras de engenharia civil 3 3

Diversos 16 16

Impressão e reprodução de gravações 4 5

Metalúrgica – exceto máquinas e equipamentos - esquadrias de metal 2 2

Metalúrgica, exc. máq. e equipamentos - ferro-gusa 1 1

Minerais não-metálicos - prod. de concreto, cimento, gesso e semelhantes 5 5

Minerais não-metálicos - extração, britamento e aparelhamento de pedras 1 1

Minerais não-metálicos - estruturas pré-moldadas de concreto armado 1 1

Móveis com predominância de madeira 8 8

Produtos alimentícios - abate de bovinos 1 1

Produtos alimentícios - laticínios 6 8

Produtos alimentícios - sorvetes e outros gelados comestíveis 4 4

Produção florestal - carvão vegetal - florestas plantadas 1 1

Produção de madeira - serrarias sem desdobramento de madeira 2 2

Produção de madeira - serrarias com desdobramento de madeira 1 1

Produtos químicos 3 3

Produtos têxteis - produtos diversos 1 1

Veículos automotores, peças e acessórios, reboques e carrocerias 1 -

Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa

Rica, MS.

Estabelecimentos Comerciais

Especificação Quantidade

2009 2010 2011 2012 2013

Atacadista 24 25 22 24 23

Varejista 399 439 464 485 513

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1.4.4. Infraestrutura Econômica e Social

1.4.4.1. Energia Elétrica

Na área do município de Costa Rica existem três empreendimentos geradores de energia elétrica,

sendo uma termelétrica e duas hidrelétricas (SEBRAE, 2017).

De acordo com o último levantamento o consumo direto total de energia elétrica no município de

Costa rica no ano de 2015 foi de 35.482 Mwh. O maior consumo de energia elétrica no município

foi pelas residências (13.019 Mwh) seguido pelas propriedades rurais (8.803 Mwh) (Tabela 10).

Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no município de Costa

Rica, MS.

Energia Elétrica – 2015 Consumo Direto (Mwh): Consumidor Direto

Residencial 13.019 7.567

Industrial 1.705 82

Comercial 7.171 676

Rural 8.803 787

Poder Público 1.608 91

Iluminação Pública 1.902 37

Serviço Público 1.238 17

Próprio 37 4

1.4.4.2. Saneamento Básico

O saneamento básico no Brasil vem apresentando avanços nos últimos anos, porém ainda se

mostra como um problema em diversas regiões do País. A carência de abastecimento de água e

tratamento e coleta de esgoto são um dos fatores que deixam o Brasil em atraso no índice de

desenvolvimento humano.

No município de Costa Rica o fornecimento de água tratada e serviço de esgoto apresentaram

aumento entre os anos de 2013 a 2015 (Tabela 11).

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Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica, MS.

Abastecimento de Água

2013 2014 2015

Número de Ligações Reais 7.637 9.119 8.565

Número de Economias Reais 7.637 9.119 8.565

Extensão da Rede (Metros) 132.554,50 137.298,21 144.886,00

Volume Produzido no Ano (m³) ... 1.219.765 1.230.925

Volume Consumido (m³) 1.136.557 1.219.765 1.230.925

Volume Faturado (m³) 1.304.897 1.432.868 1.465.571

Volume Tratado (m³) ... 1.219.765,00 1.230.925,00

Serviço de Esgoto

2013 2014 2015

Número de Ligações 2.423 3.351 3.381

Número de Economia (Metros) 2.423 3.351 3.381

Volume Faturado (m³) - - -

Extensão da Rede (Metros) 40.511,50 41.018,50 41.319,50

1.4.4.3. Comunicação Social

Na área de comunicações, o município de Costa Rica dispõe de seis prestadoras de banda larga

fixa, em relação à telefonia fixa em 2014 a cidade tinha 3.177 terminais instalados e em 2016

existiam 2.458 terminais de serviços.

O município dispõe de uma emissora comercial de rádio FM e uma de AM, assim como de três

retransmissoras de TV comercial (MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES, 2015).

O município de Costa Rica conta com uma agência de Correios própria e uma agência comunitária.

1.4.4.4. Estabelecimentos de Serviços

Os serviços encontrados no município de Costa Rica em Mato Grosso do Sul encontram-se na

Tabela 12.

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Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS.

Estabelecimentos de Serviços - 2015

Tipos de Atividade Quant.

Alojamento - hotéis 4

Armazenagem e ativ. auxiliar transportes 4

Atividades de Rádio 1

Diversos - leiloeiros 1

Estética/tratamento de beleza 8

Geração de energia elétrica 4

Inform. e serv. na web (provedor e etc.) 1

Op. de televisão por assinatura por cabo 1

Outros serviços de comunicação 3

Outros Serviços de Transporte 2

Reparo, manut.de equipamentos e máquinas 2

Saúde 2

Serv. arq. engenharia; analises técnica 6

Serviço especial p/construção 7

Transporte rod. coletivo passageiros 3

Transporte rodoviário de carga 29

Diversos 54

1.4.4.5. Agências Bancárias

O município de Costa Rica conta com três agências bancárias estão instaladas no município: Banco

do Brasil, SICRED e Banco Bradesco.

1.4.4.6. Frota de Veículos

A frota total de veículos registrados em Costa Rica em 2015 era de 11.964 veículos sendo em sua

maioria composta por motos e carros (Tabela 13).

Entre os anos 2002 e 2014, a população do município de Costa Rica aumentou 21%, enquanto a

frota total de veículos cresceu 245%, o acesso das famílias a meios de transporte é indicador da

evolução favorável da qualidade de vida (SEBRAE, 2017).

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Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS.

Veículos Registrados no Detran - dez /2013

Tipos de Veículos Quant.

Automóvel 4.676

Motociclo 2.996

Caminhonete 1.623

Motoneta 1.194

Caminhão 529

Reboque 226

Semirreboque 217

Ônibus 135

Camioneta 132

Caminhão-Trator 129

Utilitário 66

Micro-ônibus 21

Ciclomoto 12

Sidecar 4

Trator De Rodas 4

1.4.4.7. Saúde

A infraestrutura de saúde do município contava, em 2015, com seis centros de saúde, cinco clínicas

e dois hospitais gerais, totalizando 51 leitos hospitalares disponíveis, sendo 32 do Sistema Único

de Saúde – SUS (Tabela 14) (BDE/Semac).

Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS.

Estabelecimentos de Saúde – abril/2016

Especificação Quant.

Unid. De vigilância em saúde 1

Centro de saúde/unid. Básica 6

Central gestão em saúde 1

Hospital geral 2

Centro de atenção psicossocial 1

Consultório isolado 18

Polo academia da saúde 1

Clínica/centro de especialidade 5

Central regulação do acesso 1

Unid. De apoio diagn. E terapia (sadt isolado) 4

Leitos 69

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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1.4.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde

1.4.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O índice IDH varia entre zero e um, sendo que quanto mais próximo a 1, mais desenvolvida é a

região. No Brasil a metodologia adaptada para os municípios gerou o IDH Municipal (IDHM),

cujos resultados são divididos em cinco classificações: de 0,000 a 0,499 é considerado grau de

desenvolvimento Muito Baixo; de 0,500 a 0,599 é considerado Baixo; de 0,600 a 0,699 é

considerado Médio; de 0,700 a 0,799 é considerado alto e de 0,800 a 1,000 é considerado Muito

Alto (PNUD, 2013).

O município de Costa Rica, em 1991, possuía um IDH considerado muito baixo. Em 2010, em

termos de ranking, melhorou a sua posição e em termos de desenvolvimento, o município de Costa

Rica apresentou melhorias nas condições de vida da população. O fator principal que levou ao

aumento do IDH foi a melhoria na educação (Tabela 15) (SEBRAE, 2017).

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a 2010 em Costa Rica,

MS.

Ano Ranking IDHM IDHM IDHM IDHM

Estadual

Renda Longevidade Educação

1991 23º 0,450 0,587 0,721 0,215

2000 14º 0,596 0,649 0,773 0,421

2010 20º 0,706 0,717 0,811 0,606

1.4.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios

O IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios) é um estudo anual do sistema

FIRJAN com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de dados dos mais de 5.000 municípios

brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde. O IFDM é uma forma de quantificar,

em um único valor, aspectos dessas áreas avaliadas, sendo considerado o IFDM como alto

desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos), desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8 pontos),

desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) e baixo desenvolvimento (inferiores a 0,4 pontos)

(Firjan, 2015). O município de Alcinópolis possui um IFDM de alto desenvolvimento 0,8506,

valor considerado acima do mediano no âmbito nacional (Firjan 2015). O município de Costa Rica

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ocupa o 1º lugar no Estado em relação ao índice IFDM municipal, e a 92º posição no âmbito

nacional (Figura 57 e Figura 58).

Figura 57. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do

índice.

Figura 58. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

0,9050 0,90460,9009 0,9006 0,8994

0,8506

Ranking Nacional IFDM Geral

1º Extrema-MG 2º São José do Rio Preto-SP

3º Indaiatuba-SP 4º São Caetano do Sul-SP

5º Vinhedo-SP 92º Costa Rica-MS

0,8506 0,8494

0,81950,8134

0,7896

Ranking Estadual IFDM Geral

1º Costa Rica 2º Três Lagoas

3º Campo Grande 4º São Gabriel do Oeste

5º Naviraí

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Emprego e Renda

O IFDM – Emprego & Renda leva em consideração duas dimensões, cada uma representando 50% do

índice: Emprego - que avalia a geração de emprego formal e a capacidade de absorção da mão-de-obra

local - e Renda - que acompanha a geração de renda e sua distribuição no mercado de trabalho do município.

Os dados para este índice são extraídos dos registros da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e

do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e

Emprego, e projeções oficias de população do IBGE.

Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para o emprego e renda é de

0,7023, Costa Rica apresentou desenvolvimento moderado, com um índice de 0, 7626, ficando

acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,5404. Costa Rica ocupa a 3º posição no

ranking estadual e a 168º no âmbito nacional (Figura 59 e Figura 60).

Figura 59. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM

Emprego & Renda e colocação do município de Costa Rica com os

respectivos valores do índice.

0,8962 0,8955 0,89270,8732 0,8688

0,7626

Ranking Nacional IFDM Emprego & Renda

1º Itabirito-MG 2º Três Lagoas-MS

3º Navegantes-SC 4º Mariana-MG

5º Sinop-MT 168º Costa Rica-MS

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Figura 60. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM

Emprego & Renda e colocação do município de Costa Rica com os

respectivos valores do índice.

Educação

Em se tratando da variável Educação são levados em conta dados oficiais da educação infantil e

do ensino fundamental, fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com diferentes

ponderações, a saber: taxa de matrícula (20%), taxa de distorção idade-série (10%), percentual de

docentes com curso superior (15%), média de horas-aulas diárias (15%), taxa de abandono (15%)

e média do Índice de Desempenho da Educação Básica (IDEB) (25%). Não são consideradas as

taxas relacionadas ao ensino médio e ao ensino superior.

Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para a educação é de 0,7615,

Costa Rica apresentou desenvolvimento alto, com um índice de 0,9268, ficando acima da média

dos municípios do Brasil que é de 0,7555. Costa Rica ocupa a 1º posição no ranking estadual e a

288º no âmbito nacional (Figura 61 e Figura 62).

0,8955

0,80130,7626 0,7525 0,7447

Ranking Estadual IFDM Emprego & Renda

1º Três Lagoas 2º Angélica

3º Costa Rica 4º Ribas do Rio Pardo

5º Campo Grande

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Figura 61. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM

Educação e colocação do município de Costa Rica com os respectivos

valores do índice.

Figura 62. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM

Educação e colocação do município de Costa Rica com os respectivos

valores do índice.

Saúde

O índice Firjan para a saúde utiliza as seguintes informações: quantidade de consultas pré-natal e

taxas de óbito por causas mal definidas e taxas de óbito infantis por causas evitáveis. O índice de

desenvolvimento nacional para a saúde é de 0,7684, Costa Rica apresentou desenvolvimento alto,

1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 0,9993

0,9268

Ranking Nacional IFDM Educação

1º Taguaí-SP 1º Turmalina-SP

1º Santa Salete-SP 1º Floreal-SP

5º Juqueirópolis-SP 288º Costa Rica-MS

0,9268

0,86280,8530

0,84030,8263

Ranking Estadual IFDM Educação

1º Costa Rica 2º Nova Andradina

3º Chapadão do Sul 4º Naviraí

5º Taquarussu

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com um índice de 0,8624, ficando acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,7485. Costa

Rica ocupa a 15º posição no ranking estadual e a 991º no âmbito nacional (Figura 63 e Figura 64).

Figura 63. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde

e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do

índice.

Figura 64. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde

e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do

índice.

1,0000 0,9946 0,9916 0,9861 0,9846

0,8624

Ranking Nacional IFDM Saúde

1º Linha nova-RS 2º Barra do Rio Azul-RS

3º Presidente Lucena-RS 4º Novo Itacolomi-PR

5º Cunhataí-SC 991º Costa Rica-MS

0,93040,9248

0,91860,9138

0,9086

0,8624

Ranking Estadual IFDM Saúde

1º Alcinópolis 2º Itaporã 3º Rochedo

4º Vicentina 5º Rio Brilhante 15º Costa Rica

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1.4.6. Visão da Comunidade Local Sobre as UCs

Para a revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú foi realizado um

levantamento para identificar a visão e perspectivas da população residente em relação à Unidade

de Conservação.

Para os estudos relativos à comunidade local foi realizada uma pesquisa através de coletas de dados

primários com aplicação de questionário semiestruturado direcionado à população residente no

município de Costa Rica. O roteiro de entrevista (Anexo 8) contou com perguntas abertas e

fechadas, de modo a enriquecer a análise dos dados e contextualizar melhor as informações

obtidas. Segundo Hill & Hill (2005), as perguntas abertas possuem a vantagem de fornecer

informações mais ricas e detalhadas, entretanto as respostas são mais difíceis de analisar

estatisticamente. Por outro lado, as perguntas fechadas permitem uma melhor aplicação da análise

estatística, trabalhando os dados de maneira sofisticada, porém as informações não são tão ricas e

as respostas conduzem a conclusões mais simples.

Foram coletadas amostras atendendo ao roteiro de perguntas divididas por blocos do perfil do

entrevistado, vínculo com o local, imagem da UC, atividades econômicas, ambientais,

extrativismo vegetal, caça, potencial turístico e educação ambiental. Também foram utilizados

dados secundários fornecidos pelos órgãos competentes do município, além de pesquisa

bibliográfica.

O diagnóstico socioeconômico levantou questões para avaliar a opinião dos moradores locais

entrevistados a respeito das Unidades de Conservação existentes no município. Os moradores da

região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú mostraram que desconhecem aspectos referentes a

criação e objetivos das Unidades de Conservação.

De acordo com os resultados obtidos todos os entrevistados têm conhecimento sobre a existência

de Unidades de Conservação no município, porém (93%) não conhecem a APA das Nascentes do

Rio Sucuriú (Figura 65), dessa forma tem dificuldade em dizer qual a importância da UC, quais

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os atrativos turísticos que existem na UC, quais atividades podem ser realizadas e quais as

mudanças que a criação das UCs trouxeram ou podem trazer para a região.

Resultados semelhantes foram obtidos na elaboração do Plano de Manejo da APA das Nascentes

do Rio Sucuriú em 2012, quando foram coletadas 19 amostras e os resultados da pesquisa

identificaram que 68% dos entrevistados não conheciam e não sabiam o que significa APA. A

maioria dos entrevistados também afirmou não conhecer o Conselho Consultivo da APA e dentro

do grupo dos entrevistados que disseram conhecer a APA, 67% não sabia dizer qual é a

importância da UC para o município ou para a população.

Quando questionados sobre a importância das UCs para o município de Costa Rica, 26% dos

entrevistados disseram que a preservação ambiental e o lazer são os principais aspectos, seguidos

do turismo (20%) e economia (6%), 20% não souberam responder (Figura 66).

Figura 65. Conhecimento sobre a APA das Nascentes do Rio Sucuriú

pelos moradores entrevistados no município de Costa Rica, Mato Grosso

do Sul.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

conhece não conhece

En

trev

ista

do

s (%

)

Conhecimento da UC

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Figura 66. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos

moradores do município de Costa Rica, MS.

Os dados obtidos na pesquisa de campo com a população que reside na região da APA apontam

uma ampla deficiência de conhecimento sobre as Unidades de Conservação de modo geral. A falta

de informação se deve principalmente pela a falta de divulgação e envolvimento da população nas

discussões que envolvem a APA. Apesar da existência de um Conselho Gestor da APA, instituído

em 2007, percebe-se que é necessária uma maior interação entre o Conselho e a população para

que o Conselho consiga apoiar de forma efetiva a gestão da APA, incentivando e orientando a

comunidade em geral e instituições públicas e privadas a terem uma visão adequada da UC.

Considerando os resultados obtidos a partir do diagnóstico realizado pode-se concluir que a gestão

bem-sucedida de áreas protegidas precisa basear-se na inclusão da população local, relacionando

a conservação da diversidade biológica das áreas protegidas com desenvolvimento local, tanto

econômico, quanto social.

Segundo Schaller (1993) todo e qualquer programa voltado a conservação ambiental deve envolver

a população local, levando em consideração seus interesses, habilidades, autoconfiança e

tradições.

0

5

10

15

20

25

30

Lazer Preservação Turismo Economia Não sabe

dizer

En

trev

ista

do

s (%

)

Importância das UCs

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Recomenda-se o desenvolvimento programas de educação ambiental, sustentabilidade e

consciência ambiental com abordagem participativa da população nos temas relacionados às

necessidades da APA.

1.5. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UC

O Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú está legalmente instituído desde 2007,

por meio da Decreto Municipal nº 3710/2007 e teve sua composição alterada pela portaria nº

13.739, de 23 de janeiro de 2018 (Quadro 1).

Nesta portaria vigente, a sua composição e representatividade se dá conforme artigo 1º com

representantes do Poder Público, dos moradores da APA, entidades de ensino e pesquisa e ONG

que atua na região.

O Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú é de caráter consultivo, e que assim

deverá exercer suas funções mais efetivamente com a implementação dos programas e ações

previstas no Plano de Manejo da UC.

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Quadro 1. Conselho Gestor da APA das Nascentes do Rio Sucuriú durante o biênio de 2018-2020.

REPRESENTANTES DOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS

Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e Cultura

Titular: Ademildo Batista de Amorim;

Suplente: Silviane Tedeschi Rocha Ferreira.

Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento

Titular: Luzia Correa Dias;

Suplente: Moralina Bercó Santana.

Agência do Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural – AGRAER

Titular: Alan Ricardo Novaes;

Suplente: Juraci Barbosa de Lima.

Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL

Titular: Martha Gilka Gutierrez Carrijo;

Suplente: Wanderley Garcia Gonçalves.

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Costa Rica

Titular: Luiz Antônio Bocalan;

Suplente: Jair Rodrigues Carvalho.

Associação de Guias e Monitores Ambientais - AGMA

Titular: Fabiano Ramos;

Suplente: Fabricia Ananias de Almeida.

Rotary Clube de Costa Rica

Titular: Anderson Alves Ferreira;

Suplente: Márcio Jordani Araújo.

Sindicato Rural de Costa Rica

Titular: Louy Richard Henrique;

Suplente: Carlos Antônio Alves.

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1.6. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO

O principal desafio para o aprimoramento dos planos de manejo consiste na melhoria das

abordagens do diagnóstico. A compreensão da paisagem implica num conhecimento integrado de

fatores como geologia, relevo, hidrografia, clima, solos, flora, fauna, estrutura ecológica, formas

de uso e ocupação do solo e a dinâmica social e econômica da região.

A caracterização ambiental da Unidade de Conservação APA das Nascentes do Rio Sucuriú serviu

de base para a descrição das potencialidades e fragilidades da região de interesse. Foram

sobrepostas as informações obtidas através de análises integradas do Meio Físico (características

geológicas, pedológicas, hidrológicas e climatológicas), Biológico (caracterização dos ambientes,

flora e fauna da UC) e características da população (Socioeconomia) residente na região e na UC,

visando a obtenção de um diagnóstico confiável.

A abordagem aplicada no desenvolvimento do diagnóstico da APA das Nascentes do Rio Sucuriú

foi embasada numa avaliação dos ambientes e suas implicações de uso para a conservação e uso

sustentável dos recursos naturais. Para otimizar os resultados numa avaliação articulada de todos

os aspectos ambientais da Unidade de Conservação foram aplicadas as estratégias e

recomendações (Quadro 2) constante do Roteiro Metodológico para Elaboração dos Planos de

Manejo das Unidades de Conservação Estaduais do Mato Grosso do Sul (Longo & Torrecilha,

2015).

Com relação a ictiofauna foi constatado que a riqueza taxonômica total na APA (54 espécies) pode

ser considerada mediana a alta, tendo em vista a sequência de barreiras à dispersão no rio Sucuriú.

Os ambientes identificados como abrigo, sítio de forrageamento, sítio de desova de algumas

espécies e “berçários” são as matas paludosas (pindaíbas), várzeas, varjões e lagoas marginais, que

também auxiliam na manutenção da vazão e atuam no controle de processos erosivos e depuração

de poluentes e para o desenvolvimento de formas larvais e juvenis de peixes, mesmo daquelas que

desovam a montante. As espécies de peixes migradores geralmente são as de maior interesse à

pesca, mas também e as que necessitam maior variedade de hábitats e recursos.

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Esses ambientes ocorrem em grande parte do percurso rio Sucuriú e a maioria dos seus afluentes

na APA e são áreas que devem ser preservadas, pois para a conservação dos recursos pesqueiros,

é preciso conservar sítios de desova (em especial ribeirões e corredeiras), “berçários” para o

crescimento de formas jovens (como várzeas e lagoas), sitio de engorda e desenvolvimento

gonadal de jovens e adultos (em especial várzeas e lagoas) e as rotas para migrações reprodutivas

(o leito do rio Sucuriú), para conectar os demais sítios.

A análise integrada, portanto, com base nas suas características físicas, antrópicas, biológicas e

ecológicas, bem como sua interface com os objetivos da UC, pode ser uma ferramenta importante

à gestão e tomada de decisão.

Quadro 2. Desafios e soluções do diagnóstico ambiental da UC.

Os principais desafios e possíveis soluções

Considerando que os Planos de Manejo devem ser voltados para a gestão da UC e com foco nos

desafios de gestão, os Diagnósticos que costumamos desenvolver, de um modo geral, não estão

subsidiando estes objetivos de modo totalmente satisfatório, de acordo com a análise crítica sobre

os atuais processos. Assim recomendamos:

• O Diagnóstico inicia já na etapa de Organização do Planejamento.

• Realizarmos diagnósticos com perguntas orientadoras, com foco;

• Devemos realizar análises consistentes das informações obtidas, pois é frequente considerar

caracterização ambiental como se fosse diagnóstico. Devemos então promover a ligação entre

diagnóstico e planejamento;

• Estabelecermos metas e planejamento de ações considerando a capacidade de gestão da UC e

a possibilidade de evoluir sua efetividade;

• Planos de Manejo com planejamento estratégico e com foco nos desafios de gestão, incluindo

análise de conjuntura e de capacidade de gestão;

• A formação e emprego de profissionais voltados para efetividade da gestão na elaboração do

Plano;

• Maior integração entre pesquisadores e gestores;

• Planejamento com foco na conservação ambiental e ênfase para espécies exóticas, endêmicas e

serviços ambientais;

• O plano deve ser encarado como uma ferramenta de monitoramento com avaliação periódica;

• Que os Diagnósticos não devam ser muito longos e exaustivos. Muitos dados produzidos são

inúteis para a gestão da UC;

• Integrar os dados do meio biótico e abiótico aos desafios de gestão;

• O Diagnóstico deve ser elaborado de acordo com o nível de consolidação da UC e de suas

necessidades atuais.

A partir desta abordagem, seguem principais resultados do diagnóstico da UC, numa avaliação

geral da paisagem e seus usos.

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A vegetação na área da APA é representada por uma matriz de campos arados, lavouras e

pastagens, onde existem formações fisionômicas naturais. As formações florestais presentes na

UC são de Savana Florestada (cerradão), Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado

típico, cerrado denso), Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Campo-de-Murundus ou Coval

e Campo Rupestre), Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado), Floresta Estacional

Semidecidual Aluvial, Floresta Estacional Semidecidual Submontana (mata seca). Os fragmentos

florestais de porte maior estão restritos às áreas de Reserva Legal das propriedades adjacentes, ou

a áreas de Preservação Permanente na beira dos córregos.

De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo

histórico de atividades agropecuárias, estando essas, muitas vezes, em estágio sucessional e

composição florística diferentes do original.

Este quadro de ocupação que promove a conversão dos diferentes tipos de fitofisionomias,

expressa num mosaico natural de paisagem sem um devido ordenamento territorial que gera

ameaças crescentes para a biodiversidade, conservação de solo e água, turismo, enfim para o

desenvolvimento sustentável. Como uma Unidade de Conservação, a APA demanda ações

urgentes de restauração e planejamento do uso e ocupação.

A conservação dos fragmentos florestais situados na APA das Nascentes do Rio Sucuriú, a redução

do efeito de fragmentação dos remanescentes existentes e a criação e manutenção de corredores

entre fragmentos, tem papel fundamental na conservação da biodiversidade e variabilidade

genética da flora local. A fragmentação leva a redução do número de indivíduos das populações,

muitas vezes abaixo do mínimo necessário, inviabilizando a continuidade e evolução normal da

população. Essa redução leva a endogamia (cruzamento entre indivíduos aparentados), e a perda

de variabilidade genética, tornando-as mais susceptíveis a extinção por ataques de patógenos, por

exemplo.

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Com relação a Fauna deve ser dada atenção especial as espécies inseridas em categorias de ameaça

de acordo com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de

atividades de educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser

desenvolvidas em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na

região e a importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais visadas

como caça.

Após a sistematização dos dados coletados foi realizada Oficina de Planejamento Participativa 3

(OPP). Esta oficina foi realizada no município de Costa Rica, no dia 7 de março de 2018 onde

foram colhidas as sugestões para complementação da análise e subsídios para o planejamento das

ações de gestão, que compõe o Encarte III da UC.

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

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3. ANEXOS

Anexo 1. Lista de Espécies da Flora

Espécies lenhosas registradas para a região da APA das Nascentes do Rio Sucuriú. Legenda: G.E. = Grupo Ecológico: P (pioneira), S (secundária), T (tardia); Usos: ALI (alimentar), ECL (ecológico),

ECN (econômico), MÉD (medicinal), ORN (ornamental). *Espécies sugeridas para estudos de manejo e pesquisa científica.

FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos

Bo

cch

ese

(20

18

)

Bo

cch

ese

&

Aze

red

o (

20

17

)

Bo

cch

ese

(20

14

)

Bo

cch

ese

(20

13

)

Lo

ngo

(2

00

9)

Sil

va

& S

ilv

a

(200

8)

Pa

go

tto

& S

ou

za

(200

6)

Ba

sto

s (2

002

)

FIB

RA

CO

N

(200

7)

ANACARDIACEAE Astronium sp. gonçalo X

Myracrodruon urundeuva* aroeira T ECN, MÉD X

Schinopsis brasiliensis* quebracho S ECN

Lithraeae molleoides aroeirinha S ECN, ECL, ORN X

Tapirira guianensis peito-de-pombo P ECN, ECL X X

Vellozia flavicans canela-de-ema S ECL

ANNONACEAE Annona coriacea marolo P ECL, ALI, MÉD X

Annona crassiflora araticum P ECL, ALI, MÈD X

Annona phaeoclados araticum P ECL X

Bocageopsis mattogrossensis* embira-preta S ECL X

Cardiopetalum calophylum imbira S ECL X

Duguetia furfucata ata S ECN, ECL X

Duguetia lanceolata araticunzinho P ECN, ECL X

Guatteria sellowiana chal-chal S ECL X

Rollinia sylvatica araticum P ECN, ECL X

Rollinia sylvatica araticum-do-mato P ECL, ALI, MÉD

Unonopsis lindmanii pindaíva-preta P ECL

Xylopia emarginata pindaíba-d'água P ECL X

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Xypolia aromatica pimenteira P ECL X

APOCYNACEAE Aspidosperma macrocarpum guatambu S ECN X

Aspidosperma subincanum guatambuzinho S ECN X

Hancornia speciosa* mangaba S ECL X

Himananthus obovatus pau-de-leite P ECN, ECL X

ARALIACEAE Dendropanax cuneatum maria-mole S ECL X

Schefflera morototoniI mandiocão P ECL, ECN X

ARECACEAE Acrocomia aculeata bocaiúva P ECL, ALI X

Desmoncus cf. cuyabensis jacitara P ECL X

Syagrus oleracea guariroba S ECL, ALI, ORN X

Syagrus rommanzoffianus gerivá S ECL, ALI, ORN X

BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica ipê-verde S ECN, ORN X

Handroanthus aureus paratudo S ECN, MÉD, ORN X

Handroanthus durus ipê-banco-do-brejo P ECL, ORN X

Handroanthus impetiginosus ipê-roxo T ECN, MÉD, ORN X

Handroanthus roseo-albus ipê-branco S ECN, ORN X

Handroanthus serratifolius pau-d'arco T ECN, ORN

Jacaranda cuspidifoila carobinha S ECN, ORN

Zeyheria montana bolsinha-de-pastor P ECL X

BORAGINACEAE Cordia alliodora louro-branco P ECN X

Cordia glabrata louro-pardo P ECN X

Cordia sellowiana louro P ECN X

Cordia trichotoma louro P ECN X

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos

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7)

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amescla-bréu S ECN, ECL X

CARYOCARACEAE Caryocar brasiliense* pequi P ECL, ECN, ALI, MÉD X

CHRYSOBALANACEAE Hirtella gracilipes bosta-de-cabra P ECL X

Licania humilis oiti S ECN, ECL X

Couepia gardneri oiti-de-ema S ECN, ECL X

CLUSIACEAE Calophyllum brasilienis guanandi S ECN, ECL, ALI, MÉD X

Kielmeyera speciosa pau-santo S ECN, ECL X

COMBRETACEAE Buchenavia tomentosa tarumarana S ECN X

Terminalia argentea capitão-do-campo S ECN, MÉD X

Terminalia fagifolia orelha-de-cachorro P ECN X

CONNARACEAE Connarus suberosus araruta-do-campo P ECL X

Rourea induta botica inteira P ECL X

DILLENIACEAE Curatella americana lixeira P ECL MÉD X

Davilla elliptica lixeirinha P ECL X

EBENACEAE Diospyros brasiliensis fruta-de-boi P ECL, ALI X

ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma sapopema S ECL X

ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum suberosum muxiba S ECN, ECL X

Erythroxylum tortuosum cabriteiro P ECL X

EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia tapiá P ECL X

Croton bonplandianus sangra-d'água P ECL X

Croton urucurana sangra-d'água P ECL X

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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FAMÍLIA Nome científico Nome-comum G.E. Usos

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Maprounea guianensis vaquinha S ECN, ECL X

Sebastiana membranifolia sarandi S ECL X

FABACEAE Acacia paniculata cássia S ECL, ORN X

Albizia sp. monjolo S ECN, ORN X

Amburana cearensis imburana T ECN, MÉD X

Anadenanthera colubrina angico-branco S ECN, ORN X

Anadenanthera falcata angico-do-cerrado S ECN X

Andira cuyabensis morcegueira S ECN, ECL X

Apuleia leiocarpa garapa T Ecn, ECL X

Bauhinia glabra pata-de-vaca P ECN X

Bauninia mollis espinheira P ECN X

Bauhinia forficata pata-de-vaca P ECN X

Bowdichia virgilioides sucupira S ECN, MÉD X

Centrolobium cf. tomentosum araribá T ECN, ECL X

Copaifera langsdorffii copaiba S ECN, MÉD, ORN X

Dalbergia cuyabensis rabo-de-bugiou S ECN, MÉD X

Dalbergia miscolobium rabo-de-macaco S ECN X

Dimorphandra mollis fava-de-anta P ECN, ECL, MÉD X

Dipteryx alata* cumbaru S ECN, ECL, ALI, MÉD,

ORN X

Diptychandra aurantiaca balsaminho S ECN X

Enterolobium contortisiliquum orelha-de-macaco T ECN, ECL, ORN X

Erythrina dominguezii mulungu S ECN, ORN X

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Erythrina falcata eritrina S ECN, ORN X

Hymenaea courbaril jatobá-da-mata T ECL, ECN, ALI, MÉD,

ORN X

Inga laurina ingá-branco S ECN, ECL X

Inga uruguaiensis ingá-feijão S ECN, ECL X

Inga edulis ingá-liso S ECN, ECL X

Lonchocarpus sp. embira S ECN, ECL X

Machaerium aculeatum jacarandá-bico-de-papagaio S ECN X

Machaerium opacum jacarandá-do-cerrado S ECN X

Ormosia arborea olho-de-cabra P ECN, ORN X

Piptadenia gonoacantra monjoleiro S ECN X

Plathymenia reticulada vinhático-do-campo S ECN, ORN

Platypodium elegans amendoim-do-campo S ECN X

Pterodon emarginatus sucupira-branca S ECN, MÉD, ORN X

Pterogyne nitens amendoim S ECN X

Sclerolobium aureum carvoeiro S ECN, MÉD, ORN X

Senna alata aleluia S ECN, ORN X

Senna silvestris aleluia S ECN, ORN X

Stryphnodendron obovatum barbatimão P ECL X

Vatairea macrocarpa angelim-do-cerrado P ECN, ECL

FLACOURTIACEAE Casearia gossypiosperma espeteiro P ECL X

ICACINACEAE Emmotum nitens Faia S ECN, ECL X

LAURACEAE Nectandra sp. canela S ECN X

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Ocotea diospyrifolia canela S ECN, ECL X

Ocotea sp. canela S ECN, ECL X

Ocotea porosa* canelinha S ECN, ECL X

LECYTHIDACEAE Eschweilera nana ovo-frito P ECL X

LOGANIACEAE Strychnos pseudoquina quina-do-cerrado P ECL X

LYTHRACEAE Lafoensia pacari dedaleira P ECL X

MALPIGHIACEAE Byrsonima coccolobifolia muricizão P ECL X

Byrsonima crassifolia murici P ECL X

Byrsonima intermedia murici P ECL X

Byrsonima umbellata murici-do-brejo P ECL

Byrsonima serica muricizinho P ECL X

MALVACEAE Apeiba tibourbou pau-jangada S ECN, ECL X

Chorisia speciosa paineira S ECN, ORN X

Eriotheca pubescens paina-do-cerrado S ECN, ECL, ORN X

Luehea divaricata açoita-cavalo P ECN X

Luehea grandiflora açoita-cavalo P ECN X

Luehea paniculata açoita-cavalo P ECN X

Pseudobombax longiflorum embiruçu S ECN, ECL, ORN X

Pseudobombax tomentosum paineira T ECN, ORN X

MELASTOMATACEAE Cabralea canjerana canjerana T ECN X

Miconia burchellii pixirica P ECL X

Miconia tiliaefolia pixirica P ORN X

Tibouchina granulosa quaresmeira P ECL, ORN X

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MELIACEAE Cedrela fissilis* cedro T ECN, ORN X

Guarea guidonea marinheiro T ECL X

Guarea kunthiana marinheiro T ECL X

Guarea macrophylla marinheiro S ECL X

Miconia sp. micônia P ECL, ORN X

Trichilia hirta carrapeta S ECN

Trichilia pallida catiguá S ECN, ECL

Trichilia silvatica cachuá S ECN, ECL X

MORACEAE Brosimum gaudichaudii mama-cadela S ECN, ORN X

Ficus carica figueira S ECN, ECL X

Ficus gardneriana figueira S ECN, ECL X

Ficus grandis figueira S ECN, ECL X

Ficus cf. insipida figueira S ECN, ECL X

Maclura tinctoria amora-de-espinho P ECN, ECL X

Sorocea bonplandii falsa-espinheira S ECL X

MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius maria-preta P ECL X

Campomanesia pubescens guavira P ECL, ALI X

Campomanesia sp. araçá P ECL X

Eugenia aurata cabeludinho P ECL X

Eugenia sonderiana araçazinho P ECL X

Eugenia cf. dysenterica araçá-do-mato P ECL X

Eugenia sp. araçazinho P ECL X

Gomidesia palustris araçá P ECL X

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Myrcia bella* mercurinho P ECL

Myrcia rostrata goiabinha P ECL X

Myrcia camapuaensis goiabinha-do-mato P ECL X

Myrcianthes cf. pungens guabiju P ECL

Psidium australe araçá P ECL, ALI, ORN X

Siphoneugena densiflora maria-preta P ECL

OPILIACEAE Agonandra brasiliensis cerveja-de-pobre P ECL X

PAPILIONOIDEAE Dalbergia miscolobium jacarandá S ECN, ORN X

POLYGONACEAE Coccoloba mollis falso-novateiro S ECN X

PRIMULACEAE Myrsine guianensis cafezinho P ECL

Rapanea ferruginea pororoca P ECL X

Virola urbaniana virola-do-brejo S ECL

PROTEACEAE Roupala montana carne-de-vaca S ECL X

RHAMNACEAE Rhamnidium elaeocarpum cabriteira S ECL X

RUBIACEAE Alibertia edulis marmelo P ECN, ECL X

Alibertia sessilis marmelinho P ECN, ECL X

Coussarea hydrangeaefolia falsa-quina S ECN

Genipa americana jenipapo P ECN, ECL, ALI, MÈD X

Psycotria carthagenensis cafezinho S ECL

Randia armata limãozinho S ECL X

Rudgea viburnoides congonha S ECL X

Tocoyena formosa olho-de-boi S ECN, ECL X

RUTACEAE Esenbeckia cf. febrifuga guarantã S ECN, ECL X

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Zanthoxylum riedelianum mamica-de-porca S ECN, ECL

Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-cadela S ECN, ECL X

Zanthoxylum rigidum mamica-de-porca S ECN, ECL X

SAPINDACEAE Allophylus edulis cun-cun S ECL X

Cupania castaneifolia camboatá-vermelho S ECN, ECL X

Cupania vernalis saboneteira S ECN, ECL X

Diatenopteryx sorbifolia maria-preta S ECN, ECL

Dilodendron bipinnatum maria-pobre S ECN, ECL X

Cupania vernalis camboatá S ECN, ECL

Magonia pubescens timbó S ECN, MÉD, ORN X

Matayba guianensis camboatá S ECN, ECL X

Talisia esculenta pitombeira S ECN, ECL, ORN X

SAPOTACEAE Pouteria ramiflora grão-de-galo P ORN

Pouteria torta abiu S ECN X

SIMAROUBACEAE Simarouba versicolor perdizeira S ECN, ECL X

SOLANACEAE Solanum lycocarpum lobeira P ECN X

STERCULIACEAE Helicteres guazumifolia Helicteres P ECN, ECL X

Guazuma ulmifolia chico-magro P ECN, ECL, MÉD X

STYRACACEAE Styrax ferrugineus laranjinha-do-cerrado P ECL

ULMACEAE Trema micantra taleira P ECL

URTICACEAE Cecropia pachystachya embaúba P ECL

Cecropia hololeuca embaúba P ECL

VERBENACEAE Vitax polygama tarumã T ECN, ECL, MÈD X

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VOCHYSIACEAE Qualea grandiflora pau-terra P ECN X

Qualea multiflora pau-terrinha S ECN X

Qualea parviflora pau-terra-mirim S ECL

Salvertia convallariodora chapéu-de-couro P ECN, ECL X

Vochysia cinnamoea cinzeiro P ECN X

Vochysia tucanorum caixeta S ECN, ORN X

Vochysia rufa pau-doce S ECN, ORN X

WINTERACEAE Drimys winteri cataia S ECN, ECL X

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

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Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna

Listagem de espécies da avifauna. Legenda: SD - Sensibilidade a distúrbios: B – Baixa, M – Média, A – Alta. D –

Dieta: O – Onívoro, G – Granívoro, P – Piscívoro, I – Insetívoro, D – Detritívoro, C – Carnívoro, M – Malacófago, F

– Frugívoro, N – Nectarívoro. Habitat: Ca = Campo; Ce = Cerrado; Pa = Pastagem cultivada; F = Ambiente

florestado; Ci = Mata ciliar; Ga = Floresta de galeria; Br = Vereda/Nascente; Aq = Aquático; AA = Área antropizada.

APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Struthioniformes

Rheidae

Rhea americana ema B O Ca, Ce, Pa

Tinamiformes

Tinamidae

Crypturellus undulatus jaó B O Ci, F, Ga

Crypturellus parvirostris inhambu-chororó B O Ce

Rynchotus rufescens perdiz B O Ca, Pa

Nothura maculosa codorna-amarela B O Ca, Pa

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta anhuma M G Ci, Br

Anatidae

Dendrocygna viduata irerê B O Ci, Aq, AA

Cairina moschata pato-do-mato M O Ci, Aq, AA

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho B O Ci, Aq, AA

Galliformes

Cracidae

Penelope superciliaris jacupemba M O F

Crax fasciolata mutum-de-penacho M O F, Ga

Ciconiiformes

Ciconiidae

Jabiru mycteria tuiuiú M P Ci, Br

Mycteria americana cabeça-seca B P Ci, Br

Suliformes

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá B P Aq

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga M P Aq

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi M O Br

Nycticorax nycticorax savacu B O Aq, Br

Butorides striata socozinho B O Br

Bubulcus ibis garça-vaqueira B I Pa, Ca

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Ardea cocoi garça-moura B P, I Aq, Br

Ardea alba garça-branca-grande B P, I Aq, Br

Syrigma sibilatrix maria-faceira M O Br, Ca

Egretta thula garça-branca-pequena B O Aq, Br

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis coró-coró M O Ci, Aq, Br

Theristicus caudatus curicaca B O Ca, Pa, F, AA

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha B D Pa, Ga, F

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela M D F, Br

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta B D F, Pa, Ci, AA

Sarcoramphus papa urubu-rei M D F, Ga

Accipitriformes

Accipitridae

Elanus leucurus gavião-peneira B O F, Pa

Ictinia plumbea sovi M C, I F, Ga

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro B M Br

Heterospizias meridionalis gavião-cabloco B C Ca, AA

Rupornis magnirostris gavião-carijó B C, I F, Ci, Ga, AA

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco B C F, Ca

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta M C F, Ci, Ga

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão M M Br

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes A O F, Br, Ga

Porzana albicollis sanã-carijó M O Ca, Br

Gallinula galeata frango-d'água-comum B O Aq, Ci, Br

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero B O Ca, Br, AA

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã B O Br

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa B G Ca, Pa, AA

Columbina squammata fogo-apagou B G Ca, AA

Columbina picui rolinha-picui B G Ca

Patagioenas picazuro pombão M O Ga, Ca, Pa, AA

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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141/161

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Patagioenas cayennensis pomba-galega M O F, Ga, Ci, AA

Zenaida auriculata pomba-de-bando B G Ca, Pa, AA

Leptotila verreauxi juriti-pupu B G F, Ci, Ga, AA

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira B G F, Ci, Ga, AA

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato B O F, Ga

Crotophaga major anu-coróca M O F, Ga, Ci

Crotophaga ani anu-preto B O Ca, Br, AA

Guira guira anu-branco B O Ca, Br, AA

Tapera naevia saci B O Ca, Br, F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata suindara B C Ca, Ce, Pa, AA

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato B C, I F, Ci, Ga, AA

Glaucidium brasilianum caburé B C, I F, Ca, AA

Athene cunicularia coruja-buraqueira M O Ca, Ce, AA

Asio clamator coruja-orelhuda B O F, Ci

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua B I F, Ci, Ga, AA

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Antrostomus rufus joão-corta-pau B I F, Ga, Br

Hydropsalis albicollis bacurau B I F, Ce, Ca, AA

Hydropsalis parvula bacurau-chintã B I F, Ga, AA

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides senex taperuçu-velho B I F, Ce, Ga, Ci

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca B I F, Ce, Ga, Ci

Trochilidae

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado B N F, Ce, AA

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura B N Ce, AA

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta B N F, Ga, AA

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vemelho B N F, Ce, Ci, AA

Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde M N F

Hylocharis chrysura beija-flor-dourado M N Ce, Ga, AA

Trogoniformes

Trogonidae

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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142/161

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Trogon curucui surrucuá-de-barriga-vermelha M I, F F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande B P Aq, Ci, Br

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde B P Aq, Br

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno B P Aq, Br

Momotidae

Momotus momota udu-de-coroa-azul M I, F F, Ga

Galbuliformes

Galbulidae

Brachygalba lugubris ariramba-preta B I F, Ci, Ga, AA

Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva B I F, Ci, Ga, AA

Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo M I Ce, F, Ga, AA

Monasa nigrifrons chora-chuva-preto M I F, Ga, AA

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu M O Ce, Ca, Ci, Ga

Pteroglossus castanotis araçari-castanho A F F, Ci

Picidae

Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado B I F, Ga, AA

Melanerpes candidus birro B I F, Ga, Ca, AA

Veniliornis passerinus picapauzinho-anão B I F, Ci, Ga

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado B I F, Ga, AA

Colaptes campestris pica-pau-do-campo B I Ce, Ca, Pa, AA

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca B I F, Ci, Ga, AA

Campephilus melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho M I F, Ci, Ga, AA

Cariamiformes

Cariamidae

Cariama cristata seriema M O Ca, F, AA

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus carcará B O Ca, F, Pa, AA

Milvago chimachima pinhé B O Ca, Pa, AA

Herpetotheres cachinnans acauã B C, I Ci, Ga, F, AA

Falco sparverius quiriquiri B C, I Ca, Ga

Falco femoralis falcão-de-coleira B C, I Ca

Psittaciformes

Psittacidae

Ara ararauna arara-canindé M F F, Ga, Br

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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143/161

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Diopsittaca nobilis maracanã-pequena M F Ga, Br

Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti M F Ga, Br

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã B F F, Ga, Ci, AA

Eupsittula aurea periquito-rei M F Ce, Ga, F

Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo M F F, Ga, AA

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego M, E F Ce, Ga

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro M F Ce, Ga

Passeriformes

Thamnophilidae

Formicivora rufa papa-formiga-vermelho B I Ce, Ci

Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido M, E I Ga, Ce

Thamnophilus doliatus choca-barrada B I Ce, Ci, AA

Taraba major choró-boi B I F, Ci, Ga, AA

Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde M I F

Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado M I F, Ce

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande M I F, Ga, Ci

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro B I Ca, Pa, AA

Phacellodomus ruber graveteiro B I F, Pa, Ca

Synallaxis frontalis petrim B I F, Ga, AA

Synallaxis albescens uí-pi B I Ca, Pa, Ce

Tityridae

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda M I, F F

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto M I, F F

Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra M I F, Ga, Ci

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto M I F

Rhynchocyclidae

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio B I F, Ga, AA

Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro M I F, Ga

Tyrannidae

Camptostoma obsoletum risadinha B I F, Ci, Ga, AA

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela B I, F F, Ce, Ci, AA

Elaenia spectabilis guaracava-grande B I, F F, Ce, Ci, AA

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata B I, F F, Ga, AA

Myiarchus ferox maria-cavaleira B I F, Ci, Ga, AA

Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado B I F, Ce, Ga

Casiornis rufus maria-ferrugem B I F, Ci, Ga, AA

Pitangus sulphuratus bem-te-vi B O F, Ga, Ce, AA

Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo B I Ci, Br

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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144/161

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro B I Pa, Ca, AA

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado B O F, Ci, Ga, AA

Megarynchus pitangua neinei B I F, Ci, Ga, AA

Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea B O F, Ce, AA

Tyrannus melancholicus suiriri B I F, Ci, Ga, AA

Tyrannus savana tesourinha B I Ce, Ca, Pa, AA

Empidonomus varius peitica B I F, Ga, AA

Colonia colonus viuvinha B I F, Ci, AA

Pyrocephalus rubinus príncipe B I Pa, Ca, Ga, AA

Arundinicola leucocephala freirinha M I Ci, Br

Gubernetes yetapa tesoura-do-brejo M I Ca, Br, AA

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu B I F, Ci, Ga, AA

Xolmis cinereus primavera B I Ca, Pa, AA

Xolmis velatus noivinha-branca M I Ce, Pa, Ca

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari B I F, Ci, Ga, AA

Corvidae

Cyanocorax cyanomelas gralha-pantanal B O F, Ga, Ci

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo M, E O Ce

Cyanocorax chrysops gralha-picaça M O F, Ci, Ga

Hirundinidae

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora B I Aq, Ca, Pa

Progne tapera andorinha-do-campo B I Aq, Ce, Ca

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande B I Ce, Pa, Ca

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio B I Aq

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco B I Ce, Ca, Pa

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra B O F, Ce, Ca, AA

Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim M O Ci, Br

Turdidae

Turdus leucomelas sabiá-barranco B O F, Ga, AA

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira B O F, AA

Turdus amaurochalinus sabiá-poca B I, F F, Ga, AA

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo B O F, Ce, Ca, AA

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor B I Ca, Pa, AA

Passerellidae

Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo B G Ca, Pa, AA

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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145/161

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita M I F, Ci, Ga

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra B I F, Ci, Ga, Br

Basileuterus culicivorus pula-pula B I F, Ga

Myiothlypis flaveola canário-do-mato M I F, Ga

Icteridae

Cacicus haemorrhous guaxe B O F, Ci, AA

Icterus pyrrhopterus encontro B O F, Ci, Ga, AA

Icterus croconotus joão-pinto B O F, Ga, Ci

Gnorimopsar chopi passaro-preto B O Ca, Pa, AA

Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo B O Ca, Ci, Br

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul B G Ca, Pa, Ci, AA

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica B N, I F, Ce, Ca, AA

Saltatricula atricollis bico-de-pimenta M, E G F, Ce

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA

Tachyphonus rufus pipira-preta B F F, Ci, Ga

Ramphocelus carbo pipira-vermelha B F F, Ci, Ga, AA

Lanio cucullatus tico-tico-rei B G F, Ce, AA

Lanio penicillatus pipira-da-taoca M I, F F, Ga

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento B F F, Ga, AA

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro B F F, Ga, AA

Tangara cayana saíra-amarela M I, F F, Ga, Ce, Ca

Tersina viridis saí-andorinha B F F, Ci, Ga, AA

Dacnis cayana saí-azul B F F, Ci, Ga, AA

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho B I, F F, Ci, Ga

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA

Emberizoides herbicola canário-do-campo B G Ca, Pa, Br

Volatinia jacarina tiziu B G Pa, Ca, Ce, AA

Sporophila collaris coleiro-do-brejo B G Ci, Ca, Pa, Br

Sporophila lineola bigodinho B G Ca, Ci, Pa, AA

Sporophila caerulescens coleirinho B G Ca, Pa, AA

Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim B F F, Ci, Ga, AA

Passeridae

Passer domesticus pardal B O AA

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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146

Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna

Espécies de anfíbios e répteis com ocorrência confirmada para as Unidades de Conservação do munícipio de Costa

Rica, MS (APA das Nacentes do Rio Sucuriú, PNM do Salto do Sucuriú e PMN da Laje) e espécies de provável

ocorrência (PO), com respectivos nomes populares, ocorrência, hábito, atividade, distribuição geográfica e

conservação. Legenda: Ocorrência APA=Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Sucuriú, Salto=PNM do

Salto do Sucuriú; Laje=PNM da Laje; DS=dados secundários, espécies de provável ocorrência (Uetanabaro et al.,

2006). Hábito Ab=arborícola; Aq=aquático; Cr=criptozóico; Fo=fossorial; Te=terrestre. Ativ (atividade) D=diurna;

N=noturna. Distrib (distribuição) End=espécie endêmica do Cerrado; Conserv (conservação) C2=espécie inserida no

apêndice II da Cites.

ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habi

to

Ati

v

Distr

ib

Conse

rv

APA D

S Salt

o

Laj

e

CLASSE AMPHIBIA

ORDEM ANURA

Família Bufonidae

Rhinella schneideri (Werner, 1894) sapo-cururu X X X Te N

Rhinella gr. granulosa cururuzinho X Te N

Família Craugastoridae

Pristimantis cf. dundeei (Heyer & Muñoz, 1999) rãzinha-do-folhiço X Ab D/

N End.

Pristimantis fenestratus (Steindachner, 1864) rãzinha-do-folhiço X X X Ab D/

N

Família Hylidae

Dendropsophus sp. pererequinha-do-

brejo X

Dendropsophus cruzi (Pombal & Bastos, 1998) pererequinha-do-

brejo X Ab N End.

Dendropsophus elianeae (Napoli and Caramaschi,

2000)

pererequinha-do-

brejo X Ab N End.

Dendropsophus jimi (Napoli & Caramaschi, 1999) pererequinha-do-

brejo X Ab N End.

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) pererequinha-do-

brejo X X Ab N

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) pererequinha-do-

brejo X X Ab N

Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt &

Lütken, 1861)

pererequinha-do-

brejo X Ab N End.

Dendropsophus soaresi (Caramaschi & Jim, 1983) pererequinha-do-

brejo X Ab N

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) perereca-amarela X X X Ab N

Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) perereca X X X Ab N End.

Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) perereca X Ab N

Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) perereca-amarela X Ab N

Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) pererequinha X X X Ab N

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) perereca-de-

banheiro X X X Ab N

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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147/161

ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habi

to

Ati

v

Distr

ib

Conse

rv

APA D

S Salt

o

Laj

e

Scinax nasicus (Cope, 1862) perereca X Ab N

Scinax sp. (gr. ruber) perereca X Ab N

Pithecopus azureus Cope, 1862 perereca-folha X Ab N End.

Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 rã-boiadeira X Aq N

Pseudis paradoxa (Linnaeus, 1758) rã-boiadeira X Aq N

Trachycephalus typhonius (Linnaeus, 1758) perereca X X X Ab N

Família Leptodactylidae

Adenomera sp.1 rãzinha X Cr D/

N

Adenomera sp.2 rãzinha X Cr D/

N

Adenomera cf. diptyx (Boettger, 1885) rãzinha X X Cr D/

N

Leptodactylus cf. furnarius Sazima & Bokermann,

1978 rã X Te N End.

Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) rã X X X Te N

Leptodactylus cf. jolyi Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) rã-pimenta X X X Te N

Leptodactylus latrans (Linnaeus, 1758) rã-manteiga X X X Te N

Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) rãzinha-gota-de-

chuva X X X Cr

D/

N

Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863) rãzinha-quatro-

olhos X Te N End.

Physalaemus centralis Bokermann, 1962 rãzinha X Te N End.

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachorro X X X Te N

Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) rã-chorona X Te N

Pseudopaludicola cf. falcipes (Hensel, 1867) rãzinha X Cr D/

N

Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) rãzinha X X X Cr D/

N

Família Microhylidae

Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) sapo X Fo N

Elachistocleis sp. sapo-guarda X Fo N

Elachistocleis bicolor (Valenciennes in Guérin-

Menéville, 1838) sapo-guarda X Fo N

Elachistocleis aff. ovalis Schneider, 1799 sapo-guarda X Fo N

Família Odontophrynidae

Odontophrynus sp. sapo-boi X Te N

CLASSE REPTILIA

ORDEM CROCODYLIA

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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148/161

ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habi

to

Ati

v

Distr

ib

Conse

rv

APA D

S Salt

o

Laj

e

Família aligatorideae

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) jacaré-paguá X Aq/T

e

D/

N C2

ORDEM SQUAMATA

Família Amphisbaenidae

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena mertensi Strauch, 1881 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena roberti Gans, 1964 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena silvestrii Boulenger, 1902 cobra-cega X Fo D End.

Família Anguidae

Ophiodes striatus (Spix, 1824) cobra-de-vidro X Te D

Família Dactyloidae

Norops meridionalis Boettger, 1885 papa-vento X Te D End.

Família Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) lagartixa-de-parede X AB N Ex.

Família Gymnophthalmidae

Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 lagartinho-do-

folhiço X Te D

Micrablepharus atticolus Rodrigues, 1996 lagartinho-da-

cauda-azul X Te D End.

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt &

Luetken, 1862)

lagartinho-da-

cauda-azul X Te D

Bachia bresslaui (Amaral, 1935) lagartinho-sem-

pernas X Te D End.

Família Iguanidae

Iguana iguana (Linnaeus, 1758) iguana X Te/A

b D C2

Família Phyllodactylidae

Phyllopezus pollicaris (Spix, 1825) lagartixa X Ab N

Família Sphaerodactylidae

Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935) lagartinho-do-

folhiço X Te D End.

Família Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) lagarto-verde X X X Te D

Ameivula sp. lagartinho X Te D

Ameivula ocellifera (Spix, 1825) lagartinho X Te D

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) teiú X X Te D C2

Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) teiú X Te D C2

Família Tropiduridae

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) lagarto X X X Ab D

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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149/161

ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habi

to

Ati

v

Distr

ib

Conse

rv

APA D

S Salt

o

Laj

e

Família Boidae

Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) sucuri X Aq/T

e

D/

N C2

Família Colubridae

Chironius flavolineatus (Boettger, 1885) cobra-cipó X Ab/T

e D End.

Família Dipsadidae

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1824) cobra-de-capim X Te D/

N

Erythrolamprus taeniogaster (Jan, 1863) coral-falsa X Aq/T

e D

Helicops angulatus (Linnaeus,1758) cobra-d'água X Aq D

Lygophis meridionalis (Schenkel, 1901) cobra-capim X Te

Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron e Duméril,

1854 coral-falsa X Te N

Pseudoboa nigra (Duméril, Bibron & Duméril,

1854) cobra-arco-íris X Te N

Taeniophallus occiptalis (Jan, 1863) corre-campo X Te D

Xenodon merremii (Wagler, 1824) capitão-do-campo X Te D

Família Viperidae

Bothrops mattogrossensis Amaral, 1925 jararaca-pintada X TE N

Bothrops moojeni Hoge, 1966 jararaca-das-

veredas X TE N End.

Crotalus durissus Linnaeus, 1758 cascavel X TE N

Família Typhlopidae

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini, 1976) cobra-cega X Fo N

ORDEM TESTUDINES

Família Chelidae

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour, 1973) cágado-de-

barbicha X Aq D C2

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora

Lista de espécies de mastofauna terrestre não voadora da área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de

Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Hábito: Ar=arbóreo; Te=terrestre; SA=semi-aquático; Sc = escansorial; Sf=semi-

fossorial. Dieta: Fr=frugívoro; Hb=herbívoro pastador; In=insetívoro; Myr=mirmecófogo; On=onívoro; Ca=carnívoro;

Gr=granívoro. Tipo de Registro: A=avistamento; CT=camera trap; V=vestígio. Status da espécie: (NT) quase ameaçada,

(EN) ameaçada, (VU) vulnerável. IUCN1, MMA2

ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae

Didelphis albiventris gambá x x In/On Te CT

Gracilinanus agilis cuíca

x In/On Ar

Lutreolina crassicaudata cuíca x Ps Te

PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira x x Myr Te CT VU¹VU²

Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim

x Myr Sc

CINGULATA

Dasypodidae

Cabassous unicinctus tatu-do-rabo-mole x x Myr SF V

Dasypus novemcinctus tatu-galinha x x In/On SF CT

Euphractus sexcinctus tatu-peba x x In/On SF V

Priodontes maximus tatu-canastra

x Myr SF

VU¹VU²

Tolypeutes matacus tatu-bola

x In/On SF

NT¹EN²

PERISSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris anta x x Hb/Fr Te CT, V VU¹VU²

ARTIODACTYLA

Cervidae

Mazama americana veado-mateiro

x Fr/Hb Te

Mazama gouazoubira veado-catingueiro

x Fr/Hb Te

Ozotoceros bezoarticus vead-campeiro x x Fr/Hb Te CT, V NT¹VU²

Tayassuidae

Pecari tajacu cateto x x Fr/Hb Te V

Tayassu pecari queixada

x Fr/Hb Te

VU¹VU²

PRIMATES

Atelidae

Alouatta caraya bugio

x Fo/Fr Ar

NT²

Cebidae

Sapajus cay macaco-prego x x Fr/On Ar A VU²

CARNIVORA

Canidae

Cerdocyon thous lobinho x x In/On Te CT, V

Page 151: PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1a. … · Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....150 Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora.....152

Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status

Chrysocyon brachyurus lobo-guará

x Ca/On Te

NT¹VU²

Felidae

Leopardus pardalis jaguatirica

x Ca Te

Puma concolor onça-parda

Ca Te

VU²

Puma yaguarondi gato-mourisco

x Ca Te

VU²

Panthera onca onça-pintada

x Ca Te

NT¹VU²

Mephetidae

Conepatus semistriatus jaratataca

x In/On Te

Mustelidae

Eira barbara irara

x Fr/On Te

Galictis cuja furão

x Ca Te

Lontra longicaudis lontra

x Ps SA

NT¹NT²

Pteronura brasiliensis ariranha

x Ps SA

EN¹VU²

Procyonidae

Nasua nasua quati x x Fr/On Te A, CT

Procyon cancrivorus mão-pelada x x Fr/On Sc A

LAGOMORPHA

Leporidae

Silvilagus brasiliensis tapiti

x Hb Te

RODENTIA

Caviidae

Hydrochoerus hydrochaeris capivara x x Hb SA V

Cuniculidae

Cuniculus paca paca

x Fr/Hb Te

Dasyproctidae

Dasyprocta azarae cutia x

Fr/Gr Te A, CT

Erethizontidae

Coendou prehensilis ouriço-cacheiro x Fr/Fo/Se Ar

Page 152: PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1a. … · Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....150 Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora.....152

Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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152/161

Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora

Espécies de mamíferos não-voadores listadas como ameaçadas pelo MMA 2014 e IUCN, 2017. Legenda: Status de

conservação (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável, para área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú,

município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

ORDEM/Família/Espécie Nome popular Dieta Hábito IUCN MMA

PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira Myr Te vulnerável vulnerável

CINGULATA

Dasypodidae

Priodontes maximus tatu-canastra Myr SF vulnerável vulnerável

Tolypeutes matacus tatu-bola In/On SF quase-ameaçada ameaçada

PERISSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris anta Hb/Fr Te vulnerável vulnerável

ARTIODACTYLA

Cervidae

Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro Fr/Hb Te quase-ameaçada vulnerável

Tayassuidae

Tayassu pecari queixada Fr/Hb Te vulnerável vulnerável

PRIMATES

Atelidae

Alouatta caraya bugio Fo/Fr Ar quase-ameaçada

Cebidae

Sapajus cay macaco-prego Fr/On Ar vulnerável

CARNIVORA

Canidae

Chrysocyon brachyurus lobo-guará Ca/On Te quase-ameaçada vulnerável

Felidae

Puma concolor onça-parda Ca Te vulnerável

Puma yaguarondi gato-mourisco Ca Te vulnerável

Panthera onca onça-pintada Ca Te quase-ameaçada vulnerável

Mustelidae

Lontra longicaudis lontra Ps SA quase-ameaçada quase-ameaçada

Pteronura brasiliensis ariranha Ps SA ameaçada vulnerável

Page 153: PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1a. … · Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....150 Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora.....152

Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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153/161

Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora

Espécies da quirópterofauna registradas para área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, município de Costa Rica,

Mato Grosso do Sul (Pagoto et al., 2006).

Família Nome Científico Dieta

Phyllostomidae

Anoura caudifer (E. Geoffroy, 1818) Nectarívoro

Artibeus jamaicensis (Leach, 1821) Frugívoro

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Frugívoro

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Nectarívoro

Platyrrhinus helleri (Peters, 1866) Frugívoro

Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Natalidae

Natalus stramineus (Gray, 1838) Frugívoro

Vespertilionidae

Myotis nigricans (Schinz, 1821) Insetívoro

Mollossidae

Cynomops planirostris (Peters, 1865) Insetívoro

Eumops bonariensis (Peters, 1874) Insetívoro

Molossus molossus (Pallas, 1766) Insetívoro

Molossus rufus (E. Geoffroy, 1805) Insetívoro

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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154

Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna

Registros de espécies de peixes na sub-bacia do rio Sucuriú, na área da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, segundo dados bibliográficos disponíveis, com nomenclatura atualizada,

nomes populares e fonte do registro. Os registros foram agrupados pela localização em cada porção da sub-bacia. Benedito-Cecílio et al. (2004) refere-se apenas aos registros no rio

Sucuriú, excluindo os demais dados, de outras bacias. Froehlich et al. (2006) refere-se apenas aos dados do estudo apresentados para as áreas "1" (nascentes do rio Sucuriú), "3" (rio

Sucuriú e afluentes próximo à Ponte de Pedra) e "9" (rio Sucuriú e afluentes próximo à cidade de Costa Rica). Rosa/FIBRAcon (2018) referem-se aos dados obtidos sob o salto Sucuriú,

durante outro estudo em andamento. Os dados de Rosa/BIOLÁQUA (2013) e Taveira/ARATER (2018) estão transcrito integralmente.

Táxons Nomes

populares

Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú

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CHARACIFORMES

Curimatidae

Cyphocharax modestus (Fernández-Yepez, 1948) sairú 12

Anostomidae

Leporinus friderici (Bloch, 1794) piau-três-pintas 3

Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 piau-vermelho 2 11 6

Leporinus sp. piau 1

Parodontidae

Apareiodon ibitiensis Amaral Campos, 1944 canivete 236

Apareiodon piracicabae Eigenmann, 1907 canivete 65

Parodon nasus Kner, 1859 canivete 16 412 12

Characidae

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Táxons Nomes

populares

Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú

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Astyanax aff. eigenmanniorum lambari 1

Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000) tambiú 1 2 37 26 25 32 26 76 33 17 126 43 15 3 3 13 3

Astyanax cf. paranae Eigenmann, 1914 lambari 328 72 25 27 4 9 16 373 2 7 1 1

Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) lambari 1 2 6 5 1 2 3

Astyanax scabripinnis (Jenyns, 1842) lambari X

Aphyocharax cf. dentatus Eigenmann & Kennedy,1903 piquira 1

Bryconamericus aff. iheringii (Boulenger, 1887) piquira 1 103 27 20 9 5 18 19 371

Bryconamericus stramineus (Eigenmann, 1908) lambari 1 50 49 17 17 7 7 309 546 2 91

Hemigrammus marginatus Ellis, 1911 lambari 203 203 18

Moenkhausia intermedia Eigenmann, 1908 lambari 4 44 4 2 22

Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) olho-de-fogo 43

Piabina argentea Reinhardt, 1866 piquira 146 118 73 34 53 156 150 535 60 6

Salminus hilarii Valenciennes, 1850 tabarana 4 7 2

Serrapinnus heterodon (Eigenmann, 1915) piquira 1

Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) piquira 124 256 437 110 1202 3 886 35 91 343 1255

Crenuchidae

Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 canivetinho 4 1 5 2 51 7 2 38 1 152

Page 156: PLANO DE MANEJO APA DAS NASCENTES DO SUCURIÚ 1a. … · Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora.....150 Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora.....152

Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Táxons Nomes

populares

Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú

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Characidium gomesi Travassos, 1956 canivetinho 12 7 16 4

Characidium sp. canivetinho 21 5 2 2 2 2 13 1

Lebiasinidae

Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903 mocinha 1

Erythrinidae

Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) jejú 5

Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) traíra X 19 1 1 3 5 1 3 4

SILURIFORMES

Heptapteridae

Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes, 1959 bagrinho 3 2 1 1 2

Imparfinis borodini Mees & Cala, 1989 bagrinho 1

Imparfinis mirini Haseman, 1911 bagrinho 3

Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) bagrinho 1 2 1

Rhamdia cf. quelen (Quoy & Gainmard, 1824) bagrinho 38 1 2

Loricariidae

Hisonotus cf. insperatus Britski & Garavello, 2003 cascudinho 116 7 6 7 1

Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) cascudo 1 1 4 1

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Táxons Nomes

populares

Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú

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Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) cascudo 1 1 1 9 1 1 1

Hypostomus margaritifer (Regan, 1908) cascudo 2 1 4 1

Hypostomus nigromaculatus (Schubart, 1964) cascudo 12 1

Hypostomus regani (Ihering, 1905) cascudo 26 32

Hypostomus sp. rapa-canoa 6 2 3 3 1 8

Microlepidogaster sp. cascudinho 27 19

Pseudopimelodidae

Pseudopimelodus mangurus (Valenciennes, 1835) bagre-sapo 2

CYPRINODONTIFORMES

Rivulidae

Melanorivulus pictus (Costa, 1989) barrigudinho X

Rivulus aff. punctatus Costa, 1989 barrigudinho 248 1 4 6 1 1

Rivulus sp. barrigudinho X

GYMNOTIFORMES

Gymnotidae

Gymnotus sp. tuvira 2 2

Sternopygidae

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Táxons Nomes

populares

Mont. Cach. Rapadura Cachoeira da Rapadura ao Salto Sucuriú

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Eigenmannia trilineata López & Castello, 1966 tuvira 2

PERCIFORMES

Cichlidae

Aequidens plagiozonatus Kullander, 1984 cará 1

Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 cará 1 1 6 4 1 5

Cichlasoma britskii Kullander, 1982 cará 2

Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009 cará 6 2

Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) porquinho 1 1 1

Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia 3

SYNBRANCHIFORMES

Synbranchidae

Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 muçum X 2 1

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 8. Roteiro de entrevista

Local de Aplicação:_____________________________

BLOCO 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO

1) Nome do Entrevistado: ______________________ 2) Idade? _____ 3) Sexo? 1( )F 2(

)M

2) Naturalidade: _________________

3) Escolaridade: ( ) Fundamental_________ ( ) Médio ___________ ( ) Superior

___________

4) Profissão? 1( ) agricultor(a) 2( ) dona de casa 3( ) aposentado(a) ( ) outra

__________

5) Tem filhos? ( ) Sim Quantos?_____________ ( ) Não

5.1) Quantos anos tem seus filhos? _____/_____/____/_____

6) Seus filhos freqüentam a escola? ( ) Sim ( ) Não

6.1) Quantas pessoas moram na sua casa? _________

BLOCO 2 – VÍNCULO COM O LUGAR

7) Quantos anos reside no local? ______________________________________________

8) O que mudou neste local desde que mora aqui? ________________________________

9) Gosta de morar aqui? ( ) Sim Por que? _________________ ( ) Não

10) Já ouviu falar na UC? ( ) Sim ( )Não

11) Através de quem 1( )Vizinhos 2( ) Prefeitura 3( ) familiares 4( ) TV 5( )

rádio 6( )jornal 7( ) outro_______________________________________

12) Você já foi a UC? Já fez alguma atividade? ____________________________________

BLOCO 3 – IMAGEM DA UC

13) Descreva como era a paisagem alguns anos atrás:

___________________________________________________________________________

_

14) Sr.(a) já viu animais na UC? Que animais são vistos?

___________________________________________________________________________

_

15) Quais animais que ocorriam na região que não são mais vistos?

___________________________________________________________________________

_

16) Qual a importância da UC para no seu ponto de vista? ____________________________

17) A implantação da UC ajudou ou atrapalhou?

____________________________________

18) Teria interesse em realizar alguma atividade de lazer na UC? Que Tipo?______________

BLOCO 4 – ATIVIDADES ECONÔMICAS

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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__________________________________________________________________________

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19) Possui propriedade próxima a UC? ( ) Sim Que tipo?_________________ ( ) Não

20) Qual a área total da propriedade (ha)?________________________________________

21) Possui atividade que gera renda na sua propriedade? ( ) sim ( ) não Qual? ____________

22) Qual atividade principal da propriedade? ______________________________________

BLOCO 5 - AMBIENTAL

23) É frequente a ocorrência de fogo na região? ( ) Sim ( ) Não

24) Na sua propriedade tem pomar, horta, mandioca (Permacultura)? ( ) Sim ( ) Não

______

25) Tem problemas com animais que se alimentam de seus produtos (papagaios, periquitos,

etc..)? ( ) Sim ( ) Não

26) Possui animais domésticos? ( ) Sim Qual?___________ É criado solto? ( )Sim ( ) Não

5.1 PERGUNTAS GERAIS PARA CHÁCARA, FAZENDAS E RESIDÊNCIAS

27) Tem acesso ao credito rural? ( ) Sim ( ) Não

28) Recebe algum auxílio do governo? ( ) Sim ( ) Não Qual?_________________________

29) Qual a origem da água utilizada? ( ) Bica (mina d’água) ( ) Rede pública ( ) rio/córrego

( ) Poço (artesiano ou manilha) ( ) Outro________________

30) O que é feito com o esgoto (tipo de fossa)? _____________________________________

31) O que é feito com o lixo? ___________________________________________________

32) Usa corretivos do solo ou adubos? ( ) Sim ( ) Não

33) Usa curvas de nível? ( ) Sim ( ) Não

34) Tem notado escassez de água (seca)? ( ) Sim ( ) Não

5.2 EXTRATIVISMO VEGETAL

35) Faz uso de lenha para forno, fogão, etc...? ( ) Sim ( ) Não

36) Qual origem da lenha? __________________________________________________

37) Como faz a extração?______________________________________________________

Soube de alguém que pega lenha na área da UC?

5.3) CAÇA

38) Você encontra muita carcaça de animais mortos? ( ) Sim ( ) Não

39) Quais animais? __________________________________________________________

40) De que eles morrem normalmente? __________________________________________

5.4)PESCA

41) Pesca dentro da UC? ( )Sim ( )Não

42) Qual o tipo da pesca? ( )barranco ( )barco

43) Quais petrechos usa? Ou conhece quem usa ( )anzol ( )rede ( )tarrafa ( )outros

________________

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Revisão do Plano de Manejo da APA das Nascentes do Rio Sucuriú, Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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44) Quais as principais espécies?_________________________________________

BLOCO 6 - POTENCIAL TURISTICO

45) Qual atrativo da UC interessa os visitantes (turistas)? 1( ) nada 2( ) cachoeira

3( ) algo histórico4( ) trilhas 5( ) esportes 6( ) outras ________________

46) Dentro da UC, conhece algum potencial turístico? O quê?_________________________

47) O que acha da infraestrutura dos Parques? _____________________________________

48) Tem alguma sugestão de melhoria? __________________________________________

49) O número de funcionários é suficiente? _______________________________________

50) Você acha que o turismo trouxe mudanças para a comunidade? 1( ) Não 2( ) mais

emprego 3( )mais renda 4( ) mais transporte 5( ) mais comércio 6( ) menos

tranqüilidade 7( ) outros_________________________________

51) Você tem conhecimento de outra área que recebe turistas na região?

1( ) Não 2( ) camping 3( )local para banho 4( ) trilhas 5( ) lanchonete 6( ) algo histórico

7( ) outros _________________________________

BLOCO 7 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

52) Você já participou de alguma atividade de educação ambiental? ( ) Sim ( ) Não

53) O que foi abordado? _______________________ Gostou? _______________________

54) Quais temas gostaria de participar?

( ) Resíduos sólidos ( ) Reciclagem ( )Água ( )Biodiversidade ( )Biomas ( )Caça e pesca

( )Consumo ( ) outros____________________________________

Você participa de alguma associação comunitária/grupos?

1()Clube de mães_____________________ 4 ( ) Cooperativa/_________________________

2( ) Ass. de agricultores________________5 ( ) Organização de

Mulheres_______________

3 ( ) Igreja___________________________6( ) outras

_______________________________

Data: ______ / _____ / ______ Entrevistadores: _______________________________

Confidencialidade

Este roteiro de entrevista constitui em propriedade da Fibracon – Consultoria, não sendo

permitida sua reprodução total ou parcial para qualquer fim.