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PLANO DE MANEJO RPPN BURACO DAS ARARAS, JARDIM/MS Flora Terrestre Dra.Vivian Ribeiro Baptista-Maria Fabrício de Souza Maria 1. Introdução O Cerrado é um dos ‘hotspots’ para a conservação da biodiversidade mundial. Nos últimos 35 anos mais da metade dos seus 2 milhões de km² originais foram cultivados com pastagens plantadas e culturas anuais (Klink e Machado 2005). O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, sendo superado em área apenas pela Amazônia. Ocupa 21% do território nacional e é considerado a última fronteira agrícola do planeta (Borlaug 2002). O termo Cerrado é comumente utilizado para designar o conjunto de ecossistemas (savanas, matas, campos e matas ciliares) que ocorrem no Brasil Central. A paisagem do cerrado é caracterizada por extensas formações savânicas, interceptadas por matas ciliares ao longo dos rios, nos fundos de vale. Entretanto, outros tipos de vegetação podem aparecer na região do cerrado, tais como os campos úmidos ou as veredas de buritis, onde o lençol freático é superficial; os campos rupestres podem ocorrer nas maiores altitudes e as florestas mesófilas situam-se sobre os solos mais férteis. Mesmo as formas savânicas exclusivas não são homogêneas, havendo uma grande variação no balanço entre a quantidade de árvores e de herbáceas, formando um gradiente estrutural que vai do cerrado completamente aberto - o campo limpo, vegetação dominada por gramíneas, sem a presença dos elementos lenhosos (árvores e arbustos) - ao cerrado fechado, fisionomicamente florestal - o cerradão, com grande quantidade de árvores e aspecto florestal (Figura 1). As formas intermediárias são os campos sujos, o campo cerrado e o cerrado stricto sensu, de acordo com uma densidade crescente de árvores (Pivello 1996).

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PLANO DE MANEJO

RPPN BURACO DAS ARARAS, JARDIM/MS

Flora Terrestre

Dra.Vivian Ribeiro Baptista-Maria Fabrício de Souza Maria

1. Introdução

O Cerrado é um dos ‘hotspots’ para a conservação da biodiversidade mundial.

Nos últimos 35 anos mais da metade dos seus 2 milhões de km² originais foram

cultivados com pastagens plantadas e culturas anuais (Klink e Machado 2005).

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, sendo superado em área

apenas pela Amazônia. Ocupa 21% do território nacional e é considerado a última

fronteira agrícola do planeta (Borlaug 2002). O termo Cerrado é comumente utilizado

para designar o conjunto de ecossistemas (savanas, matas, campos e matas

ciliares) que ocorrem no Brasil Central.

A paisagem do cerrado é caracterizada por extensas formações savânicas,

interceptadas por matas ciliares ao longo dos rios, nos fundos de vale. Entretanto,

outros tipos de vegetação podem aparecer na região do cerrado, tais como os

campos úmidos ou as veredas de buritis, onde o lençol freático é superficial; os

campos rupestres podem ocorrer nas maiores altitudes e as florestas mesófilas

situam-se sobre os solos mais férteis. Mesmo as formas savânicas exclusivas não

são homogêneas, havendo uma grande variação no balanço entre a quantidade de

árvores e de herbáceas, formando um gradiente estrutural que vai do cerrado

completamente aberto - o campo limpo, vegetação dominada por gramíneas, sem a

presença dos elementos lenhosos (árvores e arbustos) - ao cerrado fechado,

fisionomicamente florestal - o cerradão, com grande quantidade de árvores e

aspecto florestal (Figura 1). As formas intermediárias são os campos sujos, o campo

cerrado e o cerrado stricto sensu, de acordo com uma densidade crescente de

árvores (Pivello 1996).

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Figura 1. Fisionomias do Cerrado Fonte: Pivatto e Manço 2006 (Apostila Informativa para guias de Turismo)

As árvores do cerrado são muito peculiares, com troncos tortos (Figura 2),

cobertos por uma cortiça grossa (Figura 3), cujas folhas são geralmente grandes

e rígidas (Figura 4). Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para

armazenar água e nutrientes. Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser

interpretadas como algumas das muitas adaptações desta vegetação às

queimadas periódicas a que é submetida (Figura 5), protegendo as plantas da

destruição e capacitando-as para rebrotar após o fogo natural (Pivello 1996).

Figura 2. Aspecto tortuoso das árvores do

cerrado Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 3. Troncos cobertos por

cortiça grossa Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 4. Folhas rígidas, das plantas do

cerrado Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 5. Fogo, característica marcante

na vegetação do cerrado Crédito: Fabrício de Souza Maria

A cobertura vegetal do Cerrado é a segunda mais importante do Brasil, além de

ser reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade. A grande

variabilidade de habitats nos diversos tipos de cerrado suporta uma enorme

diversidade de espécies de plantas e animais. O número de plantas vasculares é

superior àquele encontrado na maioria das regiões do mundo: plantas herbáceas,

arbustivas, arbóreas e cipós somam mais de 7.000 espécies (Mendonça et al.,

1998). Quarenta e quatro por cento da flora é endêmica (Tabela 1) e, nesse sentido,

o Cerrado é a mais diversificada savana tropical do mundo. Convém, ainda, lembrar

que os cerrados também exercem importantes papéis como corredores entre

Biomas como Amazônia e Floresta Atlântica, além de abrigar e fornecer alimento a

fauna silvestre (Figura 6 e 7).

Tabela 1. Número de espécies de vertebrados e plantas que ocorrem no Cerrado, porcentagem de endemismos do bioma e proporção da riqueza de espécies do

bioma em relação à riqueza de espécies no Brasil*

Nº de Espécies % de

Endemismo do Cerrado

% de Espécies em relação ao Brasil

Plantas 7.000 44 12 Mamíferos 199 9,5 37

Aves 837 3,4 49 Répteis 180 17 50 Anfíbios 150 28 20 Peixes 1.200 ? 40

* Fontes: Fonseca et al. (1996); Fundação Pro-Natureza et al. (1999); Aguiar (2000); Colli et al. (2002); Marinho-Filho et al. (2002); Oliveira e Marquis (2002); Aguiar et al. (2004), apud Klink e Machado 2005.

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Figura 6. Quati (Nasua nasua)

alimentando-se de frutos de Bocaiúva

(Acrocomia aculeata) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 7. Arara (Ara chloropterus)

alimentando-se de frutos de pequi

(Caryocar brasiliense) Crédito: Fabrício de Souza Maria

A região do cerrado também contribui com mais de 70% da produção de carne

bovina do País (Müller 2003) e, graças à irrigação e técnicas de correção do solo, é

também um importante centro de produção de grãos, principalmente soja, feijão,

milho e arroz. Estas informações significam uma mudança na paisagem e

consequentemente uma “destruição” do riquíssimo bioma que preserva grande

biodiversidade de plantas e animais. Portanto, aprender e entender o Bioma Cerrado

torna-se importante na tentativa de conservá-lo, uma vez que aproximadamente

50% das regiões atuais que são caracterizadas por cerrado sofrem interferência

direta do uso humano e 35% das áreas naturais vem sendo substituídas pela

expansão agrícola ano a ano (Oliveira e Marquis 2002). Um dos principais desafios

na conservação do Cerrado será demonstrar a importância que a biodiversidade

desempenha no funcionamento dos ecossistemas. O conhecimento sobre a

biodiversidade e as implicações das alterações no uso da terra sobre o

funcionamento dos ecossistemas serão fundamentais para o debate

“desenvolvimento versus conservação”. Entretanto, precisamos buscar tecnologias

embasadas no uso adequado do solo e dos recursos hídricos, na extração de

produtos vegetais nativos, no ecoturismo e outras iniciativas que possibilitem um

modelo de desenvolvimento sustentável e justo para os nossos cerrados.

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2. Metodologia 2.1 Área de estudo

Foi realizado amostragem florística ao longo de toda a área da RPPN, bem

como no entorno da mesma (Figura 8).

Figura 8. Imagem de Satélite google earth da RPPN Buraco das Araras, Jardim/MS 2.2 Cronograma de atividades

Data 17/08/07 18/08/07 12/10/07 Esforço amostral 9 h 8 h 8 h

total de horas: 25h

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2.3 Caracterização florística e fitofisionômica O levantamento florístico foi realizado no período seco (agosto) e chuvoso

(outubro) com um total de 25 horas. O método utilizado foi o tempo de avaliação, ou

seja, cronometrando a amostragem em caminhadas previamente estabelecidas

cortando todo o trecho florestal, até não aparecer novas espécies em 15 minutos de

amostragem contínuas (Baptista-Maria 2007; Kotchetkoff 2003; Santin 1999).

Durante as caminhadas de coleta, foram amostradas espécies em fase reprodutiva

de porte arbustivo-arbóreo em especial, palmeiras, lianas e herbáceas. Foram

percorridas trilhas no interior e bordas do cerrado visando à amostragem da

vegetação em diferentes fases sucessionais. A coleta do material botânico foi

realizada com o auxílio de uma tesoura de poda alta, adaptada a duas varas

ajustáveis de alumínio, chegando a atingir 8 metros de altura. Durante as coletas

com podão o cronômetro foi zerado, para não interferir no método utilizado.

O material coletado de cada indivíduo foi agrupado com fita crepe, numerado e

transportado em sacos plásticos (Figuras 9 e 10). Posteriormente, o material foi

prensado e herborizado pelos procedimentos usuais e identificado com auxilio de

literatura especializada e comparações com exsicatas existentes em herbários (ESA

e CGMS) ou ainda a consulta a especialistas. Os espécimes foram agrupados em

famílias de acordo com o sistema APG II (Souza e Lorenzi 2005). Os autores das

espécies foram confirmados nas bases de dados disponíveis na internet (Missouri

Botanical Garden 2007).

Figuras 9 e 10. Sr. Modesto e Pesquisadora realizando amostragem no cerrado

presente no Buraco das Araras. Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Na fitofisionomia foram anotadas informações gerais como descrição,

evidências de ameaças, rochosidade, erosão, cor e textura do solo. Para a definição

dos principais tipos florestais ocorrentes nos trechos estudados, foi utilizado o

Manual Técnico da Vegetação Brasileira nomenclatura oficial do IBGE (Veloso et al.

1991).

2.4 Material de consumo utilizado Foram utilizados os seguintes materiais de consumo: - Sacos plásticos para coleta;

- Jornais para exsicatas;

- Caderno de campo;

- Fita adesivo tipo crepe para identificação do material botânico;

- Pilhas recarregáveis para registro fotográfico;

- Bastão de Alumínio e Podão para coleta de vegetais férteis acima de 2m de altura;

- Tesoura de poda para coleta de vegetais férteis abaixo de 2m de altura;

3. Resultados 3.1 Riqueza Florística

Foram observadas 192 espécies distribuídas em 56 famílias de angiospermas

de porte arbóreo, arbustivo, herbácea, lianas e palmeiras (Anexo I). A família

Fabaceae, representada por 33 espécies, foi a de maior riqueza, perfazendo 17% do

total de espécies registrada. Dentro desta família, obtivemos 15 espécies

pertencentes à subfamília Caesalpinioideae, 03 Cercideae, 08 Faboideae e 07

Mimosoideae. A segunda família em número de espécies foi Asteraceae com 11

espécies, seguida por Annonaceae (10), Malvaceae e Myrtaceae com 09 espécies

cada (Figura 11).

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1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35

Faboideae

Asteraceae

Annonaceae

Myrtaceae

Malvaceae

Euphorbiaceae

MalpighiaceaeFa

míli

a B

otân

ica

Quantidade de espécies

Figura 11. Famílias de maior riqueza nas áreas amostradas dos cerrados ocorrentes

no Buraco das Araras, Jardim/MS.

O total de espécies agrupadas por hábito está representado na tabela 2.

Entretanto, o destaque de plantas herbáceo-arbustivas na área amostrada deve ser

ainda maior do que a constatado neste estudo. Esta categoria inclui as plantas que

constituem o sub-bosque e a camada rasteira dos cerrados. Estas plantas são tão

importantes quanto às demais na comunidade vegetativa, mas exige um trabalho

dedicado exclusivamente ao seu estudo, devido a complexidade e minuosidade na

amostragem e identificação.

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Tabela 2. Total de espécies agrupadas por hábito

Hábito Total de Espécies

Árvores 103

Arbustos 39

Herbácea 40

Palmeiras 05

Lianas (cipó) 05

Os gêneros que mais contribuíram com o número de espécies foram: Senna

com seis espécies, Annona com 05 espécies, Luehea com 04 espécies, seguidas

por Qualea, Tabebuia, Byrsonima e Heteropterys com 03 espécies cada.

Várias espécies típicas de ocorrência para o cerrado do Brasil Central foram

amostradas, como Qualea grandiflora (pau-terra - Figura 12), Caryocar brasiliense

(pequi), Bowdichia virgilioides (sucupira - Figura 13), Magonia pubescens (timbó –

Figura 14), Psidium guineense (araçá), Copaifera langsdorffii (copaíba), Terminalia

argentea (capitão - Figura 15), dentre outras.

Figura 12. Frutos Qualea grandiflora

(pau-terra) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 13. Flores Bowdichia virgilioides

(sucupira) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 14. Frutos de Magonia

pubescens (timbó) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 15. Flores de Terminalia

argentea (capitão) Crédito: Fabrício de Souza Maria

A vegetação dentro da dolina, diferentemente do entorno constituído de

cerrado, é composto por Floresta Perenifólia - floresta sempre-verde (Figuras 16 e

17). Foram registradas 09 espécies neste ambiente, através da visualização com

binóculo: Embaúba (Cecropia pachystachya - Urticaceae), Figueira (Ficus spp. -

Moraceae), Ingá (Inga uruguensis - Mimosoideae), Peito-de-pomba (Tapirira

guianensis - Anacardiaceae), Mandiocão (Didymopanax morototoni - Araliaceae),

Bocaiúva (Acrocomia aculeata - Arecaceae) e presente nas paredes laterais

observou-se Cacto (Cereus sp.- Cactaceae), Copaíba (Copaifera langsdorffii -

Caesalpinioideae) e Sucupira-preta (Bowdichia virgilioides - Faboideae).

Figura 16. Aspecto geral da vegetação

presente no interior da dolina, na

época seca (mês de agosto) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 17. Aspecto geral da vegetação

presente no interior da dolina, na

época chuvosa (mês de outubro) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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3.2 Descrição da fitofisionomia encontrada Foram identificados dois subgrupos de cerrado (cerrado arborizado e

florestado) no mesmo local de estudo. Estas duas subformações por serem muito

semelhantes, diferenciando-se somente pela presença de agrupamentos mais

densos de espécies arbóreas no cerrado florestado, nem sempre são possíveis

diferenciá-los em campo. Entretanto, foi considerado na RPPN Buraco das Araras,

uma única fitofisionomia a qual chamaremos de Cerrado Florestado + Arborizado.

Saliento, que o cerrado florestado, tecnicamente é denominado de savana florestada

(cerradão), e o cerrado arborizado é denominado de savana arborizada (campo

cerrado).

O cerrado Florestado (Cerradão): é um subgrupo de formação com fisionomia

típica e característica, restrita a áreas areníticas lixiviadas com solos profundos,

ocorrendo em um clima tropical eminentemente estacional. Apresenta sinúsias

lenhosas de micro e nanofanerófitos tortuosos com ramificação irregular.

Extremamente repetitiva, a sua composição florística reflete-se de Norte a Sul.

É uma formação florestal que apresenta elementos xeromórficos

(adaptações a ambientes secos) e caracteriza-se pela composição mista de

espécies comuns ao Cerrado Sentido Restrito, à Mata de Galeria e à Mata Seca.

Apesar de poder apresentar espécies que estão sempre com folhas (perenifólias),

muitas espécies comuns ao Cerradão apresentam queda de folhas (caducifólia ou

deciduidade) em determinados períodos da estação seca, tais como Caryocar

brasiliense (pequi), Kielmeyera coriacea (pau-santo) e Qualea grandiflora (pau-

terra).

Em geral, os solos são profundos, de média e baixa fertilidade, ligeiramente

ácidos, bem drenados (latossolos vermelho-escuro). De acordo com a fertilidade

do solo, podem ser classificados como distróficos, quando pobres, e mesotróficos,

quando mais ricos em nutrientes. São comumente encontradas as seguintes

espécies lenhosas: Qualea grandiflora (Pau- terra), Dimorphandra mollis (faveira),

Caryocar brasiliense (Pequi), Stryphnodendron adstringens (barbatimão),

Copaifera langsdorfii (copaíba), Magonia pubescens (tingui), Bowdichia

virgilioides (sucupira-preta), Xylopia aromatica (pindaíba), Aspidosperma

macrocarpon (Guatambu-do-cerrado), dentre outras.

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O cerrado arborizado (Campo Cerrado): é um subgrupo de formação

natural ou antropizado que se caracteriza por apresentar fisionomia

nanofanerofítica rala e hemicriptofítica graminóide contínua, sujeito ao fogo anual.

Estas sinúsias dominantes formam fisionomia raquítica em terrenos degradados.

A composição florística, apesar de semelhante à ao do cerrado florestado,

apresenta ecotipos dominantes que caracterizam o ambiente de acordo com o

espaço geográfico. Nesta fitofisionomia é comum encontrarmos árvores baixas e

retorcidas, arbustos, subarbustos e ervas. As plantas lenhosas em geral possuem

casca corticeira, folhas grossas, coriáceas e pilosas. Dentre algumas espécies

encontradas nessas áreas: Kielmeyera spp (pau-santo), Magonia pubescens

(tingui), Callistene spp (pau-jacaré), Qualea parviflora (pau-terra-de-folha-miúda),

Annona coriacea (marolo), Annona spp. (araticum), Allagoptera (iriri),

Cochlospermum regium (algodão-do-cerrado), Alibertia sessilis (marmelo), etc.

3.3 Plantas especiais

A grande maioria das espécies encontradas tem elevada importância ecológica

e medicinal representada por suas flores, frutos, sementes e/ou potencial econômico

pela qualidade de sua madeira. No entanto, torna-se inviável tecer comentários

sobre todas as espécies identificadas, uma vez que não é o foco deste estudo.

Sendo assim, as plantas especiais evidenciadas no cerrado da RPPN Buraco das

Araras, foram classificadas em plantas: (i) medicinais; (ii) importância econômica; (iii)

ameaçadas de extinção, segundo IUCN (2006) e MMA (2003); (iv) frutos do cerrado;

(v) flores melíferas, nectaríferas e ornamentais; e (vi) espécies importantes como

fonte de alimento aos animais silvestres.

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Plantas Medicinais

Figura 18. Lobeira

(Solanum lycocarpum) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 19. Carobinha

(Jacaranda decurrens) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 20. Barbatimão

(Stryphnodendron adstringens) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 21. Para-tudo

(Tabebuia aurea) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 22. Murici

(Byrsonima verbascifolia) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 23. Guaçatonga

(Casearia decandra) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 24. Aperta-guela

(Eugenia kunthiana) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 25. Nó-de-cachorro

(Heteropterys aphrodisiaca) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Plantas de importância econômica

Figura 26. Angico

(Anadenanthera colubrina) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 27. Vinhático

(Plathymenia reticulata) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 28. Guatambu-do-cerrado

(Aspidosperma macrocarpon) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 29. Ipê-amarelo

(Tabebuia ochracea) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Plantas ameaçadas de extinção

É importante destacar que para a flora sul-matogrossense não há, até o

momento informações compiladas a respeito das espécies ameaçadas. Entretanto,

utilizou-se espécies ameaçadas de extinção, segundo: IUCN (IUCN, 2007), IBAMA

para o Brasil (Brasil, 1992) e lista do estado de São Paulo (São Paulo, 2004).

A partir dessas informações, as espécies

ameaçadas para o Mato Grosso do Sul foram

listadas na Tabela 3, embora sua situação na

região ainda não seja crítica.

Figura 30. Aroeira

(Myracrodruon urundeuva)

espécie ameaçada de extinção Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Tabela 3. Espécies ameaçadas de extinção, segundo as listas obtidas pelo IBAMA,

IUCN e estado de São Paulo

Espécie Família Botânica Nome comum Categoria Dalbergia nigra Fab. Faboideae Jacarandá-do-cerrado Em perigo em SP

Aspidosperma macrocarpon Apocynaceae Peroba-do-campo Vulnerável em SP

Myracrodruon urundeuva Anacardiaceae Aroeira Vulnerável em SP, IUCN e IBAMA

Pseudobombax tomentosum Malvaceae Embiruçu Vulnerável em SP

Bowdichia virgilioides Fab. Faboideae Sucupira-preta Vulnerável em SP

Eriotheca pubescens Malvaceae Paineira-do-cerrado Presumivelmente Extinta em SP

Magonia pubescens Sapindaceae Timbó Em perigo em SP

Frutos do cerrado

Figura 31. Araticum

(Rollinia silvatica) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 32. Faveira

(Dimorphandra mollis) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Page 17: Plano de Manejo RPPN Buraco das Araras - Flora de Manejo RPPN Buraco... · Frutos de Magonia pubescens (timbó) Crédito: Fabrício de Souza Maria Figura 15. Flores de Terminalia

Figura 33. Jatobá-do-cerrado

(Hymenaea stigonocarpa) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 34. Caraguatá

(Bromelia balansae) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Flores melíferas, nectaríferas e ornamentais

Figura 35. Pau-santo

(Kielmeyera variabilis) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 36. Algodão-do-cerrado

(Cochlospermum regium) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Page 18: Plano de Manejo RPPN Buraco das Araras - Flora de Manejo RPPN Buraco... · Frutos de Magonia pubescens (timbó) Crédito: Fabrício de Souza Maria Figura 15. Flores de Terminalia

Figura 37. Pequi

(Caryocar brasiliense) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 38. Açoita-cavalo

(Luehea paniculata) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Plantas importantes como fonte de alimento aos animais silvestres

Figura 39. Bocaiuva

(Acrocomia aculeata) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 40. Marmelo

(Alibertia edulis) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 41. Baru

(Dipteryx alata) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 42. Jenipapo

(Genipa americana) Crédito: Fabrício de Souza Maria

3.4 Riqueza de espécies

As áreas mais relevantes em termos de diversidade florística na RPPN

Buraco das Araras, de acordo com o levantamento botânico foram as do entorno

da dolina. Encontrou-se nesta área 89% do total das espécies amostradas.

Dentre as espécies mais abundantes, encontradas na RPPN, menciona-se:

Pouteria torta (Grão-de-galo), Annona coriacea (marolo), Ocotea minarum

(canela), Allagoptera leucocalyx (iriri), (Figuras 43 a 46).

Figura 43. Canela

(Ocotea minarum) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 44. Grão-de-galo

(Pouteria torta) Crédito: Fabrício de Souza Maria

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Figura 45. Iriri

(Allagoptera leucocalyx) Crédito: Fabrício de Souza Maria

Figura 46. Marolo

(Annona coriacea) Crédito: Fabrício de Souza Maria

4. Conservação 4.1 Principais ameaças sobre a flora na RPPN em estudo

De um modo geral, a RPPN Buraco das Araras, apresenta seus cerrados em

bom estado de conservação. No entanto, existem alguns fatores que ameaçam a

integridade e a conservação da vegetação natural ocorrente na RPPN, em especial

a vegetação rasteira e capins nativos, dentre eles mencionam-se:

- presença de gramíneas exóticas do

gênero Braquiaria, entremeados com a

vegetação nativa (Figura 47);

Figura 47. Gramíneas exóticas

entremeadas com vegetação nativa do

cerrado. Crédito: Fabrício de Souza Maria

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- presença de gado na RPPN Buraco

das Araras, criando diversos trilheiros,

que causam em especial (i)

fragmentação da paisagem; (ii) pisoteio

das plântulas; (iii) mortalidade dos

vegetais herbáceos e capins nativos

(Figura 48).

Figura 48. Trilheiros de gado na RPPN

Crédito: Fabrício de Souza Maria

4.2 Recomendações e Áreas prioritárias para recuperação e manejo Manejo de Braquiária

O principal fator que compromete a integridade da vegetação, em especial as

gramíneas nativas e as espécies herbáceas, é a ocorrência das espécies exóticas

Brachiaria decumbens e B. brizantha.

A Brachiaria decumbens com maior biomassa, é uma espécie originária da

África do Sul, que se propaga por sementes e através de rizomas e a B. brizantha

vem da África Tropical, e se propaga por sementes. As 2 espécies mencionadas são

plantas daninhas, bastante freqüentes, usadas como forrageiras, mas que podem

facilmente predominar em quase todas as áreas naturais. Essas gramíneas podem

alcançar biomassas extremamente elevadas e, quando secas, são altamente

inflamáveis, iniciando uma interação gramíneas-fogo capaz de impedir o brotamento

da vegetação nativa.

Para o manejo destas espécies, recomenda-se inicialmente a retirada do gado,

que dissemina rapidamente sementes de braquiárias através das fezes e impede a

germinação de plântulas através do pastoreio e pisoteio. Posteriormente,

recomenda-se a elaboração de um programa de restauração da vegetação natural

baseando-se no zoneamento ambiental, no levantamento florístico e fisionômico da

área em estudo.

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Restauração das áreas degradadas próximas a dolina

Existem pequenas áreas degradadas próximas a dolina, que necessitam de

recuperação com espécies nativas. Portanto, recomenda-se a elaboração de um

programa de restauração da vegetação natural nestas áreas.

Implantação de viveiro de mudas nativas do cerrado

Para manutenção das áreas a serem recuperadas na RPPN, recomenda-se a

implantação de um viveiro de mudas nativas. Sabendo que existem técnicas de

coleta e beneficiamento de sementes, bem como técnicas para produção das

mudas, sugere-se que o proprietário busque auxilio de profissionais habilitados para

tal ação.

4.3 Pesquisas a serem executadas futuramente

Como pesquisas futuras voltadas a flora do cerrado presente na RPPN, sugere-

se: (i) levantamento específico das plantas herbáceas do cerrado, de forma a

ampliar o conhecimento e a listagem das espécies obtida no presente estudo; (ii)

estudos específicos para levantamento das espécies medicinais do cerrado que

ocorrem na RPPN; (iii) estabelecimento de parcelas-permanentes, de forma a

efetuar pesquisas, com taxas de crescimento, biomassa, recrutamento e

mortalidade, seqüestro de carbono, estrutura fitossociológica, alterações florísticas,

dentre outras; e (iii) levantamentos registrando os visitantes florais em relação a

polinização, de forma a entendermos a manutenção da flora do cerrado.

5. Referências Bibliográficas

Baptista-Maria, V.R. (2007) Caracterização das florestas ribeirinhas do rio Formoso e Parque Nacional da Serra da Bodoquena/MS, quanto as espécies ocorrentes e histórico de perturbação, para fins de restauração. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Piracicaba.

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Mendonça, R.; Felfili J.; Walter B.; Silva Jr., J.C.; Rezende, A.; Filgueiras, T.; Nogueira P. (1998). Flora vascular do Cerrado. In: Sano S. e Almeida S. (eds.) Cerrado: Ambiente e flora. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa - Cerrados, Planaltina, Brasil. pp. 288-556.

Missouri Botanical Garden (2007) Missouri Botanical Garden W3 Tropicos. Vascular Trópicos Nomenclatural Database no ar desde 1995. Disponível em <http://www.mobot.org/W3T/Search/vast.html>. Acesso em 21 de novembro de 2007.

Müller, C. (2003) Expansion and modernization of agriculture in the Cerrado: the case of soybeans in Brazil’s center-West. Department of Economics Working Paper 306. Universidade de Brasília, Brasília.

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São Paulo. Resolução SMA 48: Lista Oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção. Disponível em: www.cetesb.sp.gov.br/resolucoes. Acesso em 07 de dezembro de 2007.

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Veloso, H.P.; Rangel-Filho, A.L.R.; Lima, J.C.A. (1991) Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE. 123 p.

6. Consultas Bibliográficas APG II. (2003) Update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the

orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society. 141:399-436.

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Rodrigues, V.E.G.; Carvalho, D.A. (2001) Plantas Medicinais no Domínio dos cerrados. Lavras: UFLA. 180p.

Silva-Junior, M.C. (2005) 100 Árvores do Cerrado: guia de campo. Rede de Sementes do Cerrado. Brasília. 278p.

7. Agradecimentos

Os pesquisadores agradecem a todos da RPPN Buraco das Araras, em

especial ao Sr. Modesto, que pelo seu extraordinário conhecimento da flora do

cerrado e auxiliou nos trabalhos de campo !!!!

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8. Glossário Bioma: comunidade biológica (flora e fauna e suas interações com o meio físico)

Fanerógama: planta superior, com órgão reprodutivos bem desenvolvido

Flora: conjunto de entidades taxonômicas vegetais (espécies), que compõem a

vegetação de um território.

Florística: parte da fitogeografia que trata particularmente das entidades

taxonômicas de um determinado território

Trilheiro: trilha formada pelo gado através da passagem contínua

9. Anexo Anexo I. Lista das espécies vegetais do cerrado presente na RPPN Buraco das

Araras, Jardim/MS

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Anexo I. Lista das espécies vegetais do cerrado presente na RPPN Buraco das Araras, Jardim/MS

Legenda: (*) HB- Hábito: Ar - árvore; Ab - Arbusto; L - Liana; P - palmeira; He - erva.

Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

1 Abacaxizinho-cerrado Ananas ananassoides (Bak.) L. B. Smith Bromeliaceae He x

2 Açoita-cavalo Luehea candicans Mart. et Zucc Malvaceae Ar x

3 Açoita-cavalo Luehea grandiflora Mart. et Zucc. Malvaceae Ar x

4 Açoita-cavalo Luehea paniculata Mart. Malvaceae Ar x

5 Açoita-cavalo-miúdo Luehea divaricata Mart. Malvaceae Ar x

6 Alecrim-de-vassoura Baccharis dracunculifolia DC. Asteraceae Ab x

7 Alecrim-do-cerrado Myrcia linearifolia Cambess. Myrtaceae Ab x

8 Algodão-do-cerrado Cochlospermum regium Pilg. Cochlospermaceae Ab x

9 Almécega Protium heptaphyllum (Aubl.) March. Burseraceae Ar x

10 Amarelinho Senna rugosa H.S. Irwin & Barneby Fab. Caesalpinioideae Ab x

11 Amargosinha Acosmium dasycarpum (Vog.) Yakovl. Fab. Faboideae Ar x

12 Amendoim-bravo Pterogyne nitens Tul. Fab. Caesalpinioideae Ar x

13 Amendoim-do-campo Platypodium elegans Vog. Fab. Faboideae Ar x

14 Angico Anadenanthera colubrina (v. cebil) Bren. Fab. Mimosoideae Ar x

15 Angico vermelho Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Fab. Mimosoideae Ar x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

16 Aperta-guela Eugenia kunthiana DC. Myrtaceae Ab x

17 Araça Psidium myrsinoides O. Berg. Myrtaceae Ar x

18 Araça Psidium sp. Myrtaceae Ar x

19 Araticum Annona dioica St. Hil. Annonaceae Ab x

20 Araticum Annona phaeoclados Mart. Annonaceae Ab x

21 Araticum Rollinia sp. Annonaceae Ar x

22 Araticum rasteiro Annona pygmaea Warm. Annonaceae Ab x

23 Araticum-do-cerrado Annona crassiflora Mart. Annonaceae Ab x

24 Araticum-do-mato Rollinia emarginata Schl. Annonaceae Ab x

25 Araticum-do-mato Rollinia silvatica (St. Hil.) Mart. Annonaceae Ab x

26 Araticum-vermelho Annona cornifolia St.Hil. Annonaceae Ab x

27 Arauta-do-campo Connarus suberosus Planch. Connaraceae Ar x

28 Aroeira Myracrodruon urundeuva Fr.All. Anacardiaceae Ar x

29 Aroeira pimenteira Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Ar x

30 Aroeirinha Schinus weinmaniifolius Engl. Anacardiaceae Ab x

31 Assa-peixe Vernonia scabra Pers. Asteraceae Ar x

32 Ata brava Duguetia furfuracea Saff. Annonaceae Ab x

33 Balsemim Gomidesia palustris Kausel Myrtaceae Ar x

34 Barba-de-bode Bulbostylis paradoxa Ness Cyperaceae He x

35 Barbatimão Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville Fab. Mimosoideae Ar x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

36 Baru Dipteryx alata Vog. Fab. Faboideae Ar x

37 Bocaiuva Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Arecaceae Pa x x

38 Bolsa-de-pastor Zeyheria montana Mart. Bignoniaceae Ab x

39 Braquiária Brachiaria decumbes Stapf Poaceae He x

40 Braquiária Brachiaria humidicola Schweich Poaceae He x

41 Cabeçudinha Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L.H. Bailey Arecaceae Pa x

42 Cabelo-de-negro Erythroxylum campestre St. Hil. Erythroxylaceae Ab x

43 Cabelo-de-negro Erytroxylum suberosum St. Hil. Erythroxylaceae Ar x

44 Cacto Cereus hildimannianus Mart. Cactaceae Ar x x

45 Cafezinho Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Myrsinaceae Ar x

46 Cajú Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Ar x

47 Cajú rasteiro Anacardium humile A. St. Hil. Anacardiaceae Ab x

48 Calção-de-velho Vernonia ferruginea Less. Asteraceae Ar x

49 Camboatá Matayba guianensis Aubl. Sapindaceae Ab x

50 Canela de cutia Sebastiania discolor (Spreng.) Mull. Arg. Euphorbiaceae Ar x

51 Canela-guaicá Ocotea puberula (Reich.) Nees Lauraceae Ar x

52 Canela-vassoura Ocotea minarum (Nees) Mez Lauraceae Ar x

53 Capim Eragrostis acuminata Doell. Poaceae He x

54 Capim Eragrostis acuminata Doell. Poaceae He x

55 Capim-flexa Echinolaena inflexa Chase Poaceae He x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

56 Capim-limão Cymbopogon sp. Poaceae He x

57 Capitão Terminalia argentea Mart et Zucc. Combretaceae Ar x

58 Caraguatá Bromelia balansae Mez Bromeliaceae He x x

59 Carapiá Dorstenia brasiliensis Lam. Moraceae He x

60 Caroba Jacaranda cuspidifolia Mart. Bignoniaceae Ar x

61 Carobinha Jacaranda decurrens Mez Bignoniaceae He x

62 Carqueja Baccharis trimera DC. Asteraceae He x

63 Carvão-branco Callisthene fasciculata (Spreng) Mart. Vochysiaceae Ar x

64 Carvão-vermelho Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. Fab. Caesalpinioideae Ar x

65 Carvoeiro Sclerolobium aureum (Tul.) Benth. Fab. Caesalpinioideae Ar x

66 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Vogel Fab. Caesalpinioideae Ar x

67 Chapeu-de-couro Salvertia convallariaeodora St. Hil. Vochysiaceae Ar x

68 Cigana Calliandra dysantha Benth. Fab. Mimosoideae Ab x

69 Cipó Serjania lethalis A. St. Hil. Sapindaceae L x

70 Copaíba Copaifera langsdorffii Desf. Fab. Caesalpinioideae Ar x x

71 Coração-de-negro Eremanthus glomerulatus Less. Asteraceae Ar x

72 Cruzinha Eupatorium odoratum L. Asteraceae He x

73 Curiola Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. Sapotaceae Ar x

74 Curiola Pouteria torta (Mart.) Radlk. Sapotaceae Ar

75 Embaúba Cecropia pachystachya Trec. Urticaceae Ar x x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

76 Embiruçu Pseudobombax tomentosum Robyns Malvaceae Ar x

77 Erva-de-passarinho Phthirusa ovata Eichl. Loranthaceae He x

78 Faveira Dimorphandra mollis Bth. Fab. Caesalpinioideae Ar x

79 Fedegoso Senna occidentalis (L.) Link Fab. Caesalpinioideae Ab x

80 Fedegoso Senna pendula (Willd.) Irw. et Barn. Fab. Caesalpinioideae Ab x

81 Fedegoso Senna silvestris v. bifaria Irw et. Barn. Fab. Caesalpinioideae Ar x

82 Fedegoso Senna splendida (Vog.) Irw. et Barn. Fab. Caesalpinioideae He x

83 Figueira Ficus sp. Moraceae Ar x

84 Gervão-branco Croton glandulosus L. Euphorbiaceae He x

85 Goiaba Psidium guajava L. Myrtaceae Ab x

86 Guaçatunga Casearia decandra Jacq. Salicaceae Ar x

87 Guanxuma Sida sp. Malvaceae He x

88 Guatambu-do-cerrado Aspidosperma macrocarpon Mart. Apocynaceae Ar x

89 Guelra-de-dourado Senna aculeata (Bth.) Irw et Barn. Fab. Caesalpinioideae Ab x

90 Guiné Petiveria alliacea L. Phytolaccaceae He x

91 Hortelã-brava Hyptis brevipes Poit. Lamiaceae He x

92 Hortelã-do-campo Hyptis crenata Pohl Lamiaceae He x

93 Ingá Inga cf. uruguensis Hooker at Arnott Fab. Mimosoideae Ar x

94 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Lor. Ex Griseb. Bignoniaceae Ar x

95 Ipê-amarelo Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Bignoniaceae Ar x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

96 Iriri Allagoptera leucocalyx (Mart.) Kuntze Arecaceae Pa x

97 Iriri Syagrus petraea Becc. Arecaceae Pa x

98 Jacaranda Jacaranda micrantha Cham. Bignoniaceae Ar x

99 Jacarandá-bico-de-pato Machaerium acutifolium Vog. Fab. Faboideae Ar x

100 Jacarandá-do-cerrado Dalbergia miscolobium Benth. Fab. Faboideae Ar x

101 Jacarandá-do-cerrado Machaerium opacum Vog. Fab. Faboideae Ar x

102 Japecanga Smilax fluminensis Steud. Smilacaceae L x

103 Japecanga Smilax goyazana DC. Smilacaceae L x

104 Jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa (Mart.) Hayne Fab. Caesalpinioideae Ar x

105 Jenipapo Genipa americana L. Rubiaceae Ar x

106 Jenipapo-de-cavalo Tocoyena formosa (C. et S.) Schum. Rubiaceae Ab x

107 Juá-bravo Solanum viarum Dun. Solanaceae He x

108 Laranjinha-do-cerrado Styrax ferrugineus Ness et Mart. Styracaceae Ar x

109 Leiteiro Sapium hasslerianum Huber Euphorbiaceae Ab x

110 Lingua-de-lagarto Casearia sylvestris Sw. Salicaceae Ar x

111 Lixeirinha Davilla elliptica St. Hil. Dilleniaceae Ar x

112 Lobeira Solanum lycocarpum St. Hil. Solanaceae Ar x

113 Louro-preto Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Boraginaceae Ar x

114 Macela-do-campo Achyrocline satureioides DC. Asteraceae He x

115 Macela-do-campo Plagiocheilus tanacetoides Haenk. Asteraceae He x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

116 Mama-cadela Brosimum gaudichaudii Trec. Moraceae Ab x

117 Mamica-de-porca Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae Ar x

118 Mandacaru Cereus peruvianus Mill. Cactaceae Ar x

119 Mandiocão Didymopanax morototonii Dcne. et Planch. Araliaceae Ar x

120 Mandiocão-do-cerrado Schefflera macrocarpa (Cham. E Schltdl.) Araliaceae Ar x

121 Mangaba Hancornia speciosa Gomez Apocynaceae Ar x

122 Maracujazinho Passiflora giberti N. E. Brown Passifloraceae L x

123 Maria-mole Guapira graciliflora Lundel Nyctaginaceae Ar x

124 Maria-preta Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg Myrtaceae Ar x

125 Marmelada-de-cachorro Alibertia sessilis (Vell.) Schum. Rubiaceae Ar x

126 Marmelo rasteiro Alibertia sp. Rubiaceae He x

127 Marmelo-de-bola Alibertia edulis (L.L. Rich.) A. C. Rich. Rubiaceae Ar x

128 Marolo Annona coriacea Mart. Annonaceae Ar x

129 Mata-cachorro Simarouba versicolor St.Hil. Simaroubaceae Ar x

130 Mata-pasto Hyptis suaveolens Poit. Lamiaceae Ab x

131 Mimosa Mimosa claussenii Benth Fab. Mimosoideae Ar x

132 Murici Byrsonima pachyphylla Malpighiaceae Ar x

133 Murici Byrsonima verbascifolia (L.) Rich. Malpighiaceae Ar x

134 Murici-macho Heteropterys byrsonimifolia Malpighiaceae Ar x

135 Murici-rosa Byrsonima coccolobifolia (L.) H.B.K. Malpighiaceae Ar x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

136 Nó-de-cachorro Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. Malpighiaceae Ab x

137 Oiti-do-sertão Couepia grandiflora Bth. Chrysobalanaceae Ar x

138 Pacari Lafoensia pacari St. Hil. Lythraceae Ar x

139 Paineira-do-cerrado Eriotheca pubescens Schott et Endl. Malvaceae Ar x

140 Papoula-do-campo indeterminada Ab

141 Para-tudo Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. Bignoniaceae Ar x

142 Pata de vaca Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Fabaceae - Cercideae Ar x

143 Pata-de-vaca Bauhinia sp 1 Fabaceae - Cercideae Ar x

144 Pata-de-vaca Bauhinia sp 2 Fabaceae - Cercideae Ar x

145 Pau-santo Kielmeyera coriacea Mart. Clusiaceae Ar x

146 Pau-santo Kielmeyera variabilis Mart. Clusiaceae Ar

147 Pau-terra Qualea grandiflora Mart. Vochysiaceae Ar x

148 Pau-terra-de-flor-peq. Qualea parviflora Mart. Vochysiaceae Ar x

149 Pau-terra-do-campo Qualea multiflora Mart. Vochysiaceae Ar x

150 Peito-de-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae Ar x

151 Pequi Caryocar brasiliense Camb. Caryocaraceae Ar x

152 Peroba-do-campo Aspidosperma tomentosum Mart. Apocynaceae Ar x

153 Picão Bidens gardneri Bak. Asteraceae He x

154 Pimenta-de-macaco Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Annonaceae Ar x

155 Pindó Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae Pa x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

156 Pitanga roxa Eugenia uniflora L. Myrtaceae Ab x

157 Planta-moeda Chamaecrista orbiculata Irwin & Barneby Fab. Caesalpinioideae Ar x

158 Pororoca Rapanea ferruginea (Ruiz et Pav.) Mez Myrsinaceae Ar x

159 Pororoca Rapanea guianensis Aubl. Myrsinaceae Ar x

160 Quebra-pedra Phylanthus orbiculatus L.C. Rich. Euphorbiaceae He x

161 Quina-do-cerrado Strychnos pseudoquina St. Hil Loganiaceae Ar x

162 Quina-genciana Acosmium subelegans (Mohl.) Yak. Fab. Faboideae Ar x

163 Rosquinha Helicteres lhotzkyana Schum. Malvaceae Ab x

164 Roxinho Peltogyne angustiflora Ducke Fab. Caesalpinioideae Ar x

165 Santa-Luzia Commelina erecta L. Commelinaceae He x

166 Sucupira-preta Bowdichia virgilioides H. B. K. Fab. Faboideae Ar x x

167 Taleira Celtis iguanea (Jacq.) Sarg. Cannabaceae Ab x

168 Taleira Celtis pubescens (H.B.K.) Cannabaceae Ab x

169 Timbó Magonia pubescens St. Hil. Sapindaceae Ar x

170 Urtiga-casa Cnidoscolus cnicodendron Griseb. Euphorbiaceae Ab x

171 Urucum Bixa orelana L. Bixaceae Ar x

172 Velame-do-campo Macrosiphonia petraea Schum. Apocynaceae He x

173 Vinhático Plathymenia reticulata Benth. Fab. Mimosoideae Ar x

174 Acalypha communis M. Arg. Euphorbiaceae He x

175 Billbergia zebrina (Herb.) Lindl. Bromeliaceae He x

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Nº Nome Popular Nome científico Família Botânica Hb* Cerrado Interior da Dolina

176 Cestrum sendtnerianum Mart. Solanaceae Ab x

177 Eugenia sp. Myrtaceae Ab x

178 Eupatorium sp. Asteraceae He x

179 Heteropterys hypericifolia A. Juss. Malpighiaceae Ar x

180 Hybanthus calceolaria (L.) Schulze Violaceae He x

181 Justicia sp. Acanthaceae He x

182 Manihot gracilis R. W. Pohl Euphorbiaceae Ab x

183 Olyra ciliatifolia Raddi Poaceae He x

184 Paspalum sp. Poaceae He x

185 Pavonia grandiflora A. St. Hil. Malvaceae Ab x

186 Peixotoa cordistipula A. Juss. Malpighiaceae Ab x

187 Pharus glaber Kunth Poaceae He x

188 Physalis pubescens L. Solanaceae He x

189 Rhodocalyx rotundifolius M.Arg. Apocynaceae He x

190 Ruellia gemminiflora H.B.K. Acanthaceae He x

191 Serjania caracasana (Jacq.) Willd. Sapindaceae L x

192 Solidago sp. Asteraceae He x

Jardim, Dezembro de 2007.