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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS CHAPECÓ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ALEXANDRE CORSO
PLANO DE NEGÓCIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DE MICROCRÉDITO NO MUNICÍPIO DE PINHALZINHO-SC
CHAPECÓ
2019
1
ALEXANDRE CORSO
PLANO DE NEGÓCIOS PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DE MICROCRÉDITO NO MUNICÍPIO DE PINHALZINHO-SC
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado como requisito para obtenção de Bacharel em Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul. Orientador: Doutor Fabiano Geremia
CHAPECÓ
2019
2
3
RESUMO
O trabalho realizado tem como seu principal objetivo, desenvolver um plano de negócios para fundação de uma empresa de microcrédito na cidade de Pinhalzinho-SC. A partir da elaboração do plano de negócios é importante conhecer as potencialidades e os desafios do novo empreendimento, desta forma o plano de negócio tem suma importância na institucionalização de um novo empreendimento para aumentar suas chances de sucesso e reduzir os riscos de sua atividade. Por sua vez a oferta de microcrédito de uma empresa além, de ter o ganho monetário, se torna para o empreendimento uma ação social, auxiliando no desenvolvimento dos tomadores de empréstimo. Os principais procedimentos metodológicos desenvolvidos no trabalho foram, baseados em pesquisas bibliográficas com diferentes autores especializados no assunto, juntamente com uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa e quantitativa, realizada por meio de questionário. A pesquisa de campo buscou informações relativas ao mercado, com como a viabilidade econômica econômicas e financeiras. O estudo também realizou uma pesquisa documental com a finalidade de entender os aspectos legais e técnicos. Nas análises de viabilidade foram projetados taxas desejadas e valores de retornos ligados a demanda por crédito na região de atuação da fundação do novo empreendimento
Palavras-chave: Empreendedorismo; Microcrédito; Viabilidade.
4
ABSTRACT
The main objective of this work is to develop a business plan for the foundation of a microcredit company in the city of Pinhalzinho-SC. From the elaboration of the business plan it is important to know the potentialities and challenges of the new venture, so the business plan is very important in the institutionalization of a new venture to increase its chances of success and reduce the risks of its activity. In turn, the offer of microcredit of a company, besides having the monetary gain, becomes for the enterprise a social action, helping in the development of the borrowers. The main methodological procedures developed in this work were based on bibliographic research with different authors specialized in the subject, along with a field research with qualitative and quantitative approach, conducted through a questionnaire. The field research sought information related to the market, such as economic and financial viability. The study also conducted a documentary research in order to understand the legal and technical aspects. Feasibility analyzes projected desired rates and return values linked to the demand for credit in the region where the new venture was founded.
Keywords: Entrepreneurship; microcredit; feasibility.
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Logotipo da Maxicrédito...................................................................................43
Figura 02 – Visualização do empréstimo no mercado nacional...........................................73
Figura 03 – Análise SWOT Maxicrédito..............................................................................75
Figura 04 – Modelo de Panfleto............................................................................................85
Figura 05 – Modelo de Cartão de Visitas..............................................................................85
Figura 06 – Modelo da Página na Rede Social Facebook.....................................................86
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 – Diferença entre saques e depósitos em R$ bilhões..........................................58
Gráfico 02 – Estimativa etária da população brasileira em 2017..........................................59
7
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Taxas do crédito consignado INSS pessoa física.............................................66
Quadro 02 – Taxas do crédito consignado privado pessoa física.........................................67
Quadro 03 – Taxas do crédito consignado público pessoa física..........................................67
Quadro 04 - Estratégias de Marketing (5W2H) Produto......................................................79
Quadro 05 - Estratégias de Marketing (5W2H) Preço..........................................................80
Quadro 06 - Estratégias de Marketing (5W2H) Praça..........................................................81
Quadro 07 - Estratégias de Marketing (5W2H) Promoção...................................................83
8
LISTA DE TABELA
Tabela 01 - Tipo de endividamento das famílias brasileiras................................................54
Tabela 02 – Faixas de renda do endividamento das famílias brasileiras..............................55
Tabela 03 – Crescimento médio dos grupos etários por década ..........................................63
9
LISTA DE SIGLAS
ABCRED - Associação Brasileira dos Dirigentes de Entidades Gestoras e
Operadoras de Microcrédito
ANEPS - Associação Nacional dos Profissionais e Empresas Promotoras de Crédito
e Correspondentes no País
BACEN - Banco Central do Brasil
CMN - Conselho Monetário Nacional
FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
IPCA - Instituto politécnico do Cãvado e do Ave
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMFS - Instituições de Micro finanças
PEA - Pessoas Economicamente Ativa
PF - Pessoas Física
PIB - Produto Interno Bruto
UNO - União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS...................................................................................................................13
1.1.1 Objetivo Geral................................................................................................................... 13
1.1.2 Objetivos Específicos........................................................................................................ 13
1.2 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................13
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................. 16
2.1 EMPREENDEDORISMO..............................................................................................16
2.2 O EMPREENDEDOR........................................................................................................... 19
2.3 MICROCRÉDITO..................................................................................................................19
2.3.1 Consignado.................................................................................................................21
2.3.2 Importância do microcrédito...................................................................................22
2.3.3 Microcrédito na atualidade.......................................................................................23
2.4 FATORES QUE ESTIMULAM O MICROCRÉDITO.................................................25
2.5 PLANO DE NEGÓCIOS...............................................................................................27
2.5.1 Estrutura do plano de negócio..................................................................................29
2.5.2 Plano de marketing e estratégico .............................................................................31
2.5.3 Plano Financeiro........................................................................................................34
2.5.3.1 Viabilidade econômico-financeira.........................................................................34
3 METODOLOGIA..............................................................................................................37
3.1 Tipos de estudo..............................................................................................................37
3.2 Universo e Amostra.......................................................................................................38
3.3 Coleta de Dados.............................................................................................................40
3.5 Análise de dados.....................................................................................................................40
3.6 Limitações................................................................................................................................41
4 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIO PARA FUNDAÇÃO DE UMA EMPRESA DE MICROCRÉDITO........................................................................................ 42
4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO..................................................................................................... 42
4.2 COMPETÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS.....................................................................43
4.3 OS PRODUTOS E A TECNOLOGIA...........................................................................44
4.4 O MERCADO POTENCIAL – A OPORTUNIDADE..................................................44
4.4.1 Elementos de diferenciação.......................................................................................46
11
4.5 PRINCIPAIS OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING..............................47
4.5.1 Previsão de vendas.................................................................................................... 49
4.5.2 Rentabilidade e Projeções Financeiras.................................................................... 49
4.5.3 Indicativos de viabilidade/rentabilidade................................................................. 49
4.6 A EMPRESA................................................................................................................. 49
4.6.1 Conceito do Negócio...................................................................................................50
4.6.1.1 Missão...................................................................................................................... 50
4.6.1.2 Visão........................................................................................................................ 50
4.6.1.3 Valores..................................................................................................................... 50
4.6.2 Análise ambiental...................................................................................................... 51
4.7 MACROAMBIENTE.................................................................................................... 51
4.8 DEMOGRÁFICO..........................................................................................................59
4.8.1 Perfil Regional........................................................................................................... 61
4.8.2 Político/Legal............................................................................................................. 64
4.8.3 Fatores Culturais....................................................................................................... 68
4.8.4 Concorrentes.............................................................................................................. 69
4.8.5 Fornecedores.............................................................................................................. 70
4.8.6 Produtos Substitutos................................................................................................. 70
4.8.7 Parceiros Comerciais................................................................................................ 70
4.8.8 Objetivos da empresa................................................................................................ 71
4.8.9 Situação planejada desejada.................................................................................... 71
4.8.10 Foco........................................................................................................................... 71
4.8.11 Os Empreendedores e suas competências............................................................. 72
4.9 PLANO DE MARKETING........................................................................................... 72
4.9.1 Situação atual do marketing, macro e microambiente...........................................72
4.9.2 Análise Swot................................................................................................................74
4.9.2.1 Segmentação e posicionamento............................................................................. 75
4.9.2.2 Posicionamento....................................................................................................... 77
4.9.2.3 Estratégia de marketing (4 P’s)............................................................................ 77
4.9.2.4 Produto.................................................................................................................... 78
4.9.2.5 Preço........................................................................................................................ 79
4.9.2.6 Praça........................................................................................................................ 80
12
4.9.2.7 Promoção................................................................................................................ 82
4.9.2.8 Implementação e Controle.................................................................................... 86
4.10 PLANO DE VIABILIDADE FINANCEIRA .............................................................87
4.10.1 Custo de capital e pay back ....................................................................................87
4.10.2 Viabilidade-econômica financeira..........................................................................89
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 90
REFERÊNCIAS..................................................................................................................91
APÊNDICE A-Empresa de Microcrédito – Viabilidade Mercadológica.......................98
13
1 INTRODUÇÃO
O pioneirismo das instituições financeiras no Brasil surgiu com uma forte ligação
com a Coroa portuguesa, que controlava as instituições no século XIX, após o ano de 1860,
as caixas econômicas, governo e verbas oriundas de doações e legados de particulares,
passaram a ser disponibilizadas a empréstimos. Com o desenvolvimento a necessidade
monetária, expandiram-se os meios e os tipos de instituições para o fomento do crédito e de
economias.
Neste contexto de inovações constantes a ação de empreender, conta com um
planejamento inicial, um dos instrumentos mais completos para isto, é o plano de negócios,
no qual através dele se minimiza os riscos e se aumentam as chances de acerto. Segundo
Wildauer (2011, p. 298) “o plano de negócios é um documento estruturado, formalizado,
concreto e que nos orienta a iniciarmos nosso negócio ou ampliarmos o já existente [...]”.
A função de empreender no Brasil se mostra arriscada, devido ao grande número de
mortalidade das empresas nos dois primeiros anos, segundo o SEBRAE (2016), a taxa no
ano de 2012 é de 23%, porém ainda o cenário se mostra favorável a dados anteriores, em
2008 essa taxa era de 45%. Esses números, mostram a importância de um planejamento
para o empreendedorismo prosperar no cenário brasileiro.
A importância da elaboração de um plano de negócios, se dá pois, através dele é
possível ter uma visão ampla dos desafios que possam surgir no decorrer do processo,
tornando a ideia inicial de empreender uma realidade.
O plano de negócios, deve incorporar o planejamento financeiro, planejamento
estratégico e de marketing, através dele serão colhidas as informações, externas e internas,
para que com elas se tenha o entendimento e compreensão de onde a empresa está inserida,
tendo dessa forma maior controle, direção e eficácia nas suas ações e tomadas de decisões.
Esse trabalho tem por objetivo identificar a viabilidade de fundar uma empresa de
microcrédito, sediada na cidade de Pinhalzinho localizada na região oeste de Santa
Catarina. Os serviços financeiros oferecidos estão relacionados a, custódia, adiantamento
de recebíveis, financiamentos de bens duráveis como imóveis, automóveis, maquinário em
geral, empréstimos consignados, atendendo a pessoas físicas e jurídicas da região de
14
atuação. É preciso encontrar um planejamento adequado e o desenvolvimento de um plano
de negócios.
Desta forma, com tal cenário a ser explorado o objetivo do trabalho é de responder
ao seguinte problema de pesquisa: Quais os principais elementos com relevância dentro
do plano de negócios para a implantação de uma empresa de microcrédito em
Pinhalzinho – SC?
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Desenvolver um plano de negócios para implantação de uma Empresa de
Microcrédito em Pinhalzinho-SC.
1.1.2 Objetivos Específicos
● Criar o plano operacional da empresa de microcrédito.
● Analisar a existência de demanda para empréstimos de microcrédito na cidade de
Pinhalzinho – SC.
● Desenvolver o plano de marketing, para conhecimento do mercado de atuação.
● Construir um plano financeiro para obter resultados da empresa em estudo.
1.2 JUSTIFICATIVA
O trabalho realizado, mostra a importância da produção de um plano de negócios
para o planejamento e execução de um novo empreendimento.
Junto aos desafios e oportunidades, a institucionalização de uma empresa de
Microcrédito, possui um cunho social, a mesma contribui para o desenvolvimento da região
onde atua, por meio de crédito disponibilizado, fazendo com que mais dinheiro circule no
15
mercado regional. O empreendedorismo ajuda a sociedade em seu desenvolvimento, sobre
isso Trennephol (2011), diz: “Torna-se fundamental para o desenvolvimento de uma região
a capacidade empreendedora de seus agentes econômicos e a competência de seus sistemas
de inovação.”
Dentro de um empreendimento o empreendedor depende de atitudes para incentivar
desenvolvimentos sociais, e transformar problemas em oportunidades. Assim,
[...] a ideia de um empreendimento surge da observação, da percepção, da análise das tendências, cultura, consumo e hábitos de uma sociedade. As oportunidades detectadas ou visualizadas, racional ou intuitivamente, das necessidades e das demandas prováveis, atuais e futuras e necessidades não atendidas definem a ideia do empreendedor (BERNARDI, 2010, p. 63).
Somado a capacidade adquirida no curso de administração, moldam o
empreendedor em potencial. A importância da elaboração do plano de negócios também
deve ser reconhecida na formação do acadêmico do curso de Administração, visando que o
fortalecimento e os laços entre a teoria que é disposta pelo curso, junto da prática que é
desenvolvida agora dentro de um cenário real, em que muitas vezes os resultados podem
transparecer os esforços empenhados pelo autor do trabalho.
O Plano de negócios será desmembrado de um plano de marketing, para detalhar as
ações necessárias a atingir os objetivos voltados ao preço, praça, promoção e produto. Um
plano operacional para se determinar os objetivos e estrutura organizacional da empresa. E
o plano de viabilidade financeiro, para organizar os resultados desejados ao novo
empreendimento.
O microcrédito tem extrema ligação com o empréstimo consignado em suas
operações, segundo dados do BACEN (2015) o empréstimo consignado tem R$ 221,9
bilhões em valores emprestados por instituições financeiras, sendo a segunda maior
modalidade em valores de empréstimo, ficando atrás apenas de empréstimos habitacionais,
conforme mostra a figura a seguir.
16
Figura 1 - Valor da Carteira total de várias modalidades de crédito pessoa física (em R$ bilhões)
Fonte: Bacen (2015, p.6)
Sobre a importância do trabalho, vale ressaltar que o plano neste caso vai ser
elaborado para uma empresa totalmente nova, feito de forma a estruturar o novo
empreendimento em todas as suas áreas e dimensões.
Também sobre isto se deve ter a finalidade do uso do plano de negócios e onde o
mesmo vai ser útil. Para Wildauer (2011), ao terminar o plano de negócios, o
empreendedor perceberá que tem nas mãos um documento que é útil para que ele tenha
ideia sobre a viabilidade do seu empreendimento. Neste aspecto o empreendedor deve
atentar para que se é interessante abrir o novo negócio, ou então usar os resultados obtidos
como indicativo de não empreender, e evitar frustrações futuras.
Empresas do ramo financeiro, que trabalham com o produto “dinheiro” ou crédito,
envolve um componente muito importante que é o risco. Dado essa característica, um
planejamento é fundamental para que os riscos, principalmente o de inadimplência sejam
reduzidos ao máximo, assim tendo mais chances de o novo negócio prosperar.
17
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO
A teoria e sua base sustentam os argumentos que encabeçam a formulação do
estudo, e através dele se obtenha os objetivos almejados pelo trabalho. Desta forma, serão
apresentados conceitos, desenvolvimentos e posições de autores de obras e periódicos
relacionados ao empreendedorismo, plano de negócios e microcrédito.
2.1 EMPREENDEDORISMO
Existem determinados conceitos essenciais para se compreender a origem do
empreendedorismo, seu surgimento vem do francês pela palavra empreendedor
(entreperneur) que traduzido significa, aquele que assume riscos e começa algo novo. Os
primeiros a surgirem como empreendedores são da época de Marco Polo quando queria
estabelecer rotas comerciais ao oriente, gestores de produção na idade média, passando a
evolução no decorrer do tempo em que começa a se diferenciar, empreendedores de
capitalistas ou de gerentes e administradores (DORNELAS, 2012).
O empreendedorismo parte da necessidade de fazer a mais por um negócio, agregar
valor, ou até mesmo criação de novos produtos, serviços ou empresas em geral. A impulsão
das pessoas empreendedoras e do empreendedorismo foi no século XX surgindo a partir da
revolução industrial em 1840, onde se iniciam industriais e grandes invenções. Dornelas
(2012), descreve pequenas características dos sujeitos empreendedores, os quais são podem
ser observados de maneira diferenciada, visto que possuem motivação, e nunca estão
satisfeitos com o que possuem, desse modo buscando crescer e serem reconhecidas, ou seja,
serem citadas e elencadas como exemplo.
Para Farrel (1993), a necessidade estaria na origem do espírito empreendedor,
levando a criação de algo novo que versam a edificação de um negócio, ou um
comportamento competitivo. Existem vários autores e pensadores sobre o
empreendedorismo, alguns dos pioneiros foram Taylor e Fayol e Peter Drucker, este último
com obras contemporâneas, entende-se assim que o empreendedorismo parte da ideia de
18
criar algo novo, algo que seja produtivo e com evolução por parte do negócio e do
empreendedor.
O empreendedorismo está diretamente ligado a inovação conforme Sarkar (2008,
p.116) “inovação significa ter uma ideia ou, por vezes, aplicar as ideias de outras pessoas
em novidades ou de uma forma nova”. Dessa forma a criatividade deve ser inspiração
constante na vida e nas ações do empreendedor, no uso de tecnologias, e novos processos
nas áreas de seu negócio, fortalecendo através das inovações, essas que transparecem e
aceleram sentimentos de oportunidades, crescimento pessoal e econômico através de
exploração de novos mercados.
Próximo ao empreendedor se encontra o administrador, o segundo por sua vez em
muitas vezes não exerce e desfruta das funções do primeiro, dessa forma existindo distinção
entre os dois. O termo atribuído ao administrador é mais antigo de acordo com Scatena
(2011), o administrador é um influenciador de pessoas, que possuem mesma linha de
pensamento e possuem harmonia entre si, com o objetivo de realizar determinadas
atividades com qualidade e de maneira organizada. O empreendedor por sua vez segundo
Degen (2009), é quem inicia um negócio com riscos assumidos, legais, comerciais e
pessoais, ainda elabora o negócio e desenvolve o plano, usando tarefas necessárias para
chegar ao desenvolvimento desejado. É importante frisar que um administrador pode ser
um empreendedor e vice-versa, tudo depende da característica de cada um e da motivação
para assumir lideranças em processos da empresa e com as pessoas engajadas com os
processos da mesma.
Para os autores Johnson, Scholes e Whittington (2011), é necessário ter uma visão
do que a empresa deseja se tornar, formar uma visão do futuro com a finalidade de gerar
entusiasmo, adquirir comprometimento e aprimorar seu desempenho. Para se atingir a
visão definida o empreendedor necessita identificar a oportunidade dentro do mercado,
tendo o negócio como uma ideia e desenvolver a mesma, transformando a ideia e a
oportunidade no empreendimento.
A junção entre ideia, oportunidades e tecnologias, deve ter todos os envolvidos na
organização para um modelo integrado, onde através da integração pode se influenciar os
negócios, valores, e a raridade da organização. O recurso que se dá através do valor,
possibilita a exploração das oportunidades ambientais, por meio de três análises: custo do
19
produto, preço dos concorrentes e o valor agregado percebido pelos clientes. A raridade é
aquele recurso que só a empresa tem, nesse caso um grande mercado, dominado por
algumas gigantes competidoras. A empresa como um todo, deve se preparar com processos
e políticas com abertura a suporte de exploração de seus recursos valiosos e raros.
Desta forma, se aumentam as capacidades da empresa otimizar seus processos e
recursos através de um acompanhamento mais efetivo. E com isto criando vantagens
competitivas sobre as demais empresas que atuam no mesmo ramo, identificando
oportunidades. Esta vantagem, atrelada a desenvolvimentos tecnológicos será sustentada. O
desenvolvimento do planejamento estratégico deve ser elaborado considerando estes
atributos, tendo sempre a integração inteligente com tendências de mercado e recursos
competitivos.
Com o planejamento estratégico elaborado de forma cuidadosa, e estreitamente
revisado, o empreendedor precisará dos recursos financeiros, sendo financiamento ou
investimento. O investimento pode partir do próprio empreendedor, ou de uma terceira
pessoa, sendo investidora que tenha interesse no negócio. Já o financiamento, parte por
parte de instituições financeiras, bancos e em alguns casos fontes de subsídio do governo.
No Brasil algumas políticas de subsídio com redução de taxas de juros para
pequenos empreendedores e microempresas, no geral são executados por bancos de
desenvolvimento, para o Bacen (2019), o governo controla instituições e tem como alguns
de seus objetivos, proporcionar suprimento oportuno, e adequado para financiamentos
necessários, a médio e longo prazo, para projetos e programas que tenham a visão de
promover desenvolvimento social e econômico. Porém, a alta carga tributária em muitas
vezes dificulta e acaba inviabilizando implantações e até mesmo o mantimento de empresas
no mercado.
Tendo a ideia bem definida, preparação financeira e técnica encaminhadas, e o
plano operacional que segundo Mintzberg (1994), usualmente o plano orçamentário é
utilizado para controle. E o plano operacional é revisado anualmente, embora esse período
possa variar de setor para setor.
20
2.2 O EMPREENDEDOR
O conceito sobre o que é ser empreendedor, pode ser encontrado em inúmeras
definições sobre o tema. A maioria dos especialistas e críticos no assunto, entende o
empreendedor como um ser social de personalidade criativa, com capacidade de realizar o
que deseja e um ser inovador. Nesse contexto podemos imaginar que todos são de alguma
forma empreendedores, porém nem todos desenvolvem e evoluem o empreendedor que
existe dentro de si. Porém quanto mais pessoas empreender, mais a sociedade tende a se
evoluir economicamente, segundo Dolabela (2008) os empreendedores são considerados os
motores para o sistema econômico, ou seja, um agente que proporciona mudanças.
Assim, Dolabela (2008), considera o empreendedor como um ser que se molda de
acordo a época e lugar onde vive, se a pessoa é motivada a empreender por isso ser
considerado positivo onde ela vive, terá mais chances de empreender do que pessoas que
vivem o oposto disso. Além disso, existem várias características que podem ser ligadas ao
empreendedor, como persuasão, comprometimento, e autoconfiança, assim contribuindo
para a geração de uma rede de contatos, ligando o empreendedor na sociedade em que ele
está inserido, o que lhe aproxima do sucesso pretendido.
Ainda, Dolabela (2008), cita duas características importantes para o empreendedor
são: a capacidade de concentração em se ater a um problema de cada vez, e a capacidade de
verticalização, isto é, tratar os assuntos com profundidade requerida e não apenas
superficialmente. Isso mostra o quanto é importante o empreendedor equilibrar sua vida
pessoal, e profissional, não deixando se levar por impulsos ou emoções de ambas as partes,
para desta forma focar em sua vida profissional e empreendedora, sem abrir mão e interferir
em sua vida pessoal.
2.3 MICROCRÉDITO
O microcrédito foi desenvolvido por Muhammad Yunus, que ficou conhecido como
“Banqueiro dos Pobres”, Yunus emprestava pequenas quantias de dinheiro sem exigir
garantias aos valores emprestados, a intenção era estimular o desenvolvimento social e o
empreendedorismo das pessoas que tomavam os empréstimos. Com isso foi criado o
Grameen Bank, e seu modelo foi copiado em mais de 40 países (YUNUS, 2001).
21
No Brasil o cenário do microcrédito é extremamente parecido com o que Yunus
desenvolveu suas idéias, segundo Bacen (2002), o impacto social do microcrédito, embora
de difícil mensuração, é reconhecidamente positivo, resultando em melhores condições
habitacionais, de saúde e alimentar para as famílias usuárias. Além disso, contribui para o
resgate de cidadania dos tomadores, com o respectivo fortalecimento da dignidade, a
elevação de autoestima e a inclusão em patamares de educação e consumo superiores.
A barreira que o microcrédito ultrapassa é muito maior do que a econômica, ele se
estende a anseios sociais, transformando de maneira simples possibilidades na vida de
pessoas restritas ao mercado financeiro, que necessitam de fomentos para empreender ou se
equilibrar financeiramente, o microcrédito é mais do que um negócio financeiro, e sim um
instrumento social.
A origem do microcrédito vem do século XIX na Europa, influenciado por
cooperativas de crédito, que davam enfoque a população buscando um incentivo para
poupar e conseguir crédito. Com início na Alemanha, e depois se expandindo para Itália e
Irlanda. Após o desenvolvimento do segmento na Europa, no sul da Índia o governo de
Madras, inspirado no modelo germânico fundou cooperativas de crédito no seu território. O
modelo teve grande expansão na época, chegando ao ano de 1946 com mais de 9 milhões
de pessoas já utilizadas do microcrédito. (MORDUCH,1999).
No Brasil o microcrédito tem suas origens com maior expressão na região nordeste
no ano de 1973, estimulado por um programa da UNO (união nordestina de assistência a
pequenas organizações). Se destaca na obra de (SILVEIRA,2011), que em quase uma
década a UNO criou técnicas de análise de crédito voltada para pequenos empreendedores,
que possuíam baixa renda. Com sua atuação nos estados de Pernambuco e Bahia, formando
profissionais e financiando milhares de microempreendimentos na região. A metodologia
era focada para um público que não provinha de garantias reais para honrar os empréstimos
concedidos, com isso este público também ficava com acesso restrito a produtos e serviços
bancários.
22
2.3.1 Consignado
O microcrédito no Brasil é regulamentado e conceituado pelo Bacen , o mesmo
também, é responsável por controlar a quantidade de dinheiro que circula no país,
estabelece as taxas de juros e créditos disponíveis, dentre outros controles ligados ao
sistema financeiro. Cabe à entidade o controle sobre as operações de crédito em geral, e
dentro delas as de microcrédito e seus aprimoramentos.
De acordo com a resolução Nº 4.713, DE 28 DE MARÇO DE 2019 votada pelo
Conselho monetário nacional foi aprovado e aprimorado os conceitos das operações de
microcrédito que foram classificadas da seguinte maneira:
1. Feitas com empreendedor urbano ou rural, seja ele pessoa física ou jurídica, por
meio do uso de qualquer fonte de recursos;
2. Realizadas aplicando-se metodologia específica e equipe especializada que
acompanha a operação no local onde a atividade econômica do tomador do
empréstimo é realizada, o que garante maior probabilidade de sucesso para a
operação; e limitadas a um valor total exceto as operações de crédito
habitacional no valor não superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
3. Como estabelecido pela legislação em vigor, as operações de microcrédito
continuam abrangendo as de microcrédito produtivo orientado.
È necessário um acompanhamento e direcionamento para estar de acordo com as
práticas de mercado no seguimento do Microcrédito. De acordo com as diretrizes do Bacen
(2016) que traz a regulamentação atualizada, o conhecimento sobre o mercado de
microcrédito pode ser ampliado, ainda incentiva-se operações inspiradas em práticas
internacionais, tendo o aprimoramento da regulamentação o monitoramento e a fiscalização
dessas operações.
Por meio desta regulamentação e resolução, o Bacen (2016) define as diretrizes do
microcrédito sendo este direcionado a um público e limite específico em áreas urbanas e
rurais, utilizando assim a metodologia e essência do microcrédito que Yunus desenvolveu e
praticou conforme citado em sua obra, crédito com valor limitado, e direcionado a um
público de baixa renda, feito por meio de orientação para o maior sucesso das operações
realizadas.
23
A atenção do microcrédito só aparece muito depois do surgimento do sistema
financeiro, como citado em parágrafos anteriores, em âmbito mundial somente por volta do
século XIX e no Brasil com maior expressão nos anos 70.
2.3.2 Importância do microcrédito
No âmbito do empreendedorismo o microcrédito também segue sua conceituação,
direcionado a pessoas física ou jurídicas, que residem na zona rural ou urbana, com baixa
renda e acesso a instituições financeiras de maior porte, ainda com crédito limitado e de
difícil acesso a produtos financeiros.
A última resolução e conceituação feita por Bacen (2019), sobre o microcrédito
voltado aos microempreendedores, por meio do CMN, aprovou as regras para as operações
feitas a microempreendedores de baixa renda, segundo o site do Bacen (2019), foram tais:
1. Operação de microcrédito é classificada como operação de crédito realizada
para financiamento de atividades produtivas de pessoas naturais ou jurídicas,
organizadas de forma individual ou coletiva, com renda ou receita bruta
anual de até R$200.000,00 (duzentos mil reais).
2. O limite do teto de saldo devedor dos microempreendedores beneficiados
por essas operações na mesma instituição não pode ser superior a R$
21.000,00(vinte e um mil reais) e o somatório dos saldos contratos no
âmbito do Sistema Financeiro Nacional, exceto nas operações de crédito
habitacional não pode ser superior a R$ 80.000,00(oitenta mil reais).
3. Outra mudança é que às operações com atraso de noventa dias ou mais, não
poderão ser computadas para o cumprimento da exigibilidade de aplicação
nessas operações.
Os microempreendedores, têm voltado suas operações financeiras a instituições
com crédito de fácil acesso e com a nova resolução os limites de créditos foram
atualizados, fornecendo assim uma maior flexibilidade, tanto para quem capta os recursos,
como para quem disponibiliza os mesmos, dando maior facilidade a negociações
financeiras. Bacen(2019).
24
Os micros empreendimentos nem sempre são formalizados, em vários casos são
negócios familiares, alguns não possuem documentação legal, salários fixos, capitais e
propriedades em nome da empresa ou do empreendedor, esse que são usados como
garantias por parte de instituições financeiras de maior porte. Neste contexto Neri (2008, p.
29) menciona que:
Microcrédito são os empréstimos de baixo valor concedidos a pessoas de baixa renda. O microcrédito se encaixa no campo das microfinanças e envolve o fortalecimento de crédito a clientes não atendidos pelo setor bancário tradicional, abarcando apenas o setor de empréstimos, esses empréstimos têm como alvo os clientes microempreendedores.
Desse modo surge a grande importância do microcrédito para os pequenos
empreendedores que captam os recursos, tendo uma atenção específica por parte das
empresas que disponibilizam o microcrédito, as mesmas conhecendo seus conceitos de
empreendedorismo e realidade de atuação. Também nesta forma de negociação, se mostra a
importância do crédito direcionado para os pequenos empreendimentos, como um nicho de
mercado para as instituições financeiras de microcrédito, sendo que as grandes instituições
bancárias, por seus moldes de negociações, acabam excluindo em muitos casos os pequenos
empreendedores conforme Neri (2008).
2.3.3 Microcrédito na atualidade
O microcrédito utilizado por pessoas físicas e jurídicas na atualidade, segue sua
essência no auxílio ao desenvolvimento social. O crédito direcionado e orientado auxilia
empreendedores em desenvolvimento, assim também auxiliando na superação da pobreza,
segundo Pimente (2009), uma das dificuldades do microempreendedor em termos de
crescimento, estruturação e até mesmo de maior participação ativa na economia é por não
possuir crédito, e o mesmo não possui crédito por ser informal.
De acordo com Pimente (2009), às restrições de crédito para determinados setores
da sociedade dificultam o desenvolvimento dessas áreas. O microcrédito funciona com
direcionamento e atenção, para que pessoas físicas e microempreendedores formais ou
informais, tenham acesso a crédito, podendo através dele desenvolver suas atividades e
25
também desenvolver comunidades e sociedades que estão em sua volta. Na atualidade o
microcrédito serve como um forte aliado a superação e erradicação da pobreza.
Além do desenvolvimento social e combate à pobreza o microcrédito surge, como
uma ferramenta ao desenvolvimento porém existem alguns desafios para sua aplicação.
Nichter (2002, p.7) cita diversas variáveis externas que acabam dificultando e sendo
desafios para a indústria das microfinanças, são elas:
1) O ambiente regulatório é um desses desafios, pois a regulamentação
financeira no Brasil apresenta significativos controles prudenciais e é notoriamente
caracterizada pela frequência com que ela muda. Leis trabalhistas e tributárias são
complexas e se somam à lista de incentivos negativos e restrições operacionais
enfrentados pelas instituições de microfinanças (IMFS). Além disso, até então, não há
informações claras disponíveis ao grande público sobre tais questões.
2) Falta um efeito-demonstração, visto que, no contexto internacional,
numerosas instituições serviram de exemplo de sucesso para a indústria de
microfinanças, tendo consideráveis efeitos de demonstração em muitos países, pois
elas proporcionam estratégias comprovadas, modelos operacionais e práticas
comerciais das quais outras IMFS podem tirar lições. Porém, não somente é difícil
as IMFS internacionais servirem de exemplo de sucesso para o Brasil, mas também
as IMFS locais não conseguiram alcançar um efeito de demonstração, ou seja, estas
ainda não possuem exemplos consagrados de sucesso nos quais se inspirar.
3) O ambiente macroeconômico dificultou o desenvolvimento das
microfinanças ao longo do período de hiperinflação e continua a afetar a indústria
com os altos níveis de taxas de juros.
4) Em áreas rurais, linhas de crédito subsidiadas do governo possuem um
impacto menor sobre o segmento, mas afetam a atitude da demanda em relação ao
microcrédito. Isso ocorre porque a disponibilidade de crédito barato cria uma
competição entre as fontes de recursos em áreas rurais, e as fracas políticas de
cobrança afetam o comportamento de clientes potenciais de micro finanças.
Com base em Nichter (2002), os desafios que o microcrédito tem evoluído foram
dificuldades causados por políticas do governo e por um período passado de hiperinflação,
as taxas de juros e inflação descontrolada é um problema passado, algo já superado pela
26
economia atual, que no ano de 2018 teve 3,75% de inflação segundo dados do IBGE
(2019), o menor índice desde o ano de 2013 segundo fontes do site do governo.
Atualmente o microcrédito segundo Nichter (2002), em termos gerais da sociedade
e da economia, buscam o combate a pobreza, o desenvolvimento econômico, com o crédito
direcionado nas áreas rurais e urbanas, sendo pessoas físicas e jurídicas os
microempreendedores tornam-se incluídos economicamente, assim desenvolvendo o
crescimento de negócios e da economia. Também se mostra favorável para as IFMS que
fornecem este crédito, as mesmas possuem um amplo mercado de atuação, podendo
direcionar crédito de maneira adequada a quem necessita de uma atenção por parte de
instituições financeiras.
2.4 FATORES QUE ESTIMULAM O MICROCRÉDITO
Para Groppelli (2010), a análise financeira fornece os meios de tomar decisões de
investimentos flexíveis no momento apropriado e mais vantajoso. No Brasil, após um
período de hiperinflação a economia teve evolução significativa, dando estabilidade para
planejamentos financeiros e novos empreendimentos, desta forma, pessoas têm maiores
oportunidade e facilidades para quitar possíveis financiamentos.
O estímulo do microcrédito vem de várias áreas e por diversos fatores, partindo
com o cunho social como já citado em parágrafos anteriores, voltado para do
desenvolvimento econômico com o acesso a crédito para microempreendedores, pessoas
com atuação em pequenas propriedades rurais, ainda por pessoas com residência na zona
urbana, até mesmo com negócios que não são formalizados, acabam tendo como estímulo a
utilização do microcrédito, devido à falta de comprovantes e garantias, exigidas por parte
de instituições financeiras de maior porte.
Segundo Arraes (2010, p. 378) “Cerca de 28% dos donos de empresas do setor
informal, não necessitam de capital para iniciar o negócio. Para os demais, a maioria utiliza
recursos próprios, enquanto 13% solicitam empréstimos de terceiros, dos quais apenas 2%
buscam as instituições financeiras”. Isso mostra o quanto é grande a porcentagem e espaço
que se tem por parte das instituições financeiras direcionadas ao microcrédito, e além disso
27
mostra o quanto pode ser influente o direcionamento para os micros empresários que por
sua vez podem motivar a disponibilidade de crédito, a investir em seus negócios.
Sobre o que o governo Brasileiro fez para incentivar e estimular o uso do
microcrédito, se tem a criação nos anos 2000 da ABCRED (Associação brasileira dos
dirigentes de entidades gestoras e operadoras de microcrédito), que possui dentro de seu
quadro de associados pessoas que representam instituições sem fins lucrativos, como ONGs
com foco no microcrédito, ainda representantes de programas governamentais que operam
a atividade de microcrédito (Abcred, 2002, p.1). Segundo publicação de Silva (2007, p. 69),
os objetivos da ABCRED são:
1) Promover o desenvolvimento econômico social sustentável e combater a
pobreza e a exclusão;
2) Estimular a criação, crescimento e consolidação da prática e gestão de
microcrédito visando ao desenvolvimento local e regional sustentável;
3) Estimular os dirigentes de instituições gestoras e operadoras de
microcrédito, crédito popular e solidário e entidades similares, por meio de debates,
seminários e cursos, a aprimorarem seus objetivos e encaminhar a solução das
questões que dificultam o atendimento aos microempreendedores, no enfrentamento
da exclusão social, na geração de emprego, trabalho e renda;
4) Buscar fontes alternativas de recursos financeiros para fomentar as entidades
praticantes de microcrédito em todo o território nacional; entre outros.
Conforme Silva (2007, p. 69) “A instituição tem atuado principalmente na
promoção de troca de informações entre operadores de microcrédito, bem como na
apresentação de propostas ao governo federal de políticas públicas de fomento ao
microcrédito”. O que se mostra eficiente no estímulo ao microcrédito, pois vem como uma
frente no setor, tanto como em trocas de informações e conhecimentos como também em
conseguir atenção e que o governo se volte para o ramo, que por sua vez auxilia no governo
no desenvolvimento econômico do país.
Recentemente por parte do governo federal o incentivo ao microcrédito e junto o
desenvolvimento econômico, vem por meio do programa social Progredir (BRASIL, 2017).
Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, o programa foi criado para
promover a autonomia das famílias inscritas no Cadastro Único para programas Sociais,
28
principalmente os beneficiários do programa Bolsa Família, por meio de qualificação
profissional, empreendedorismo e encaminhamento ao mercado de trabalho. Além dos
cursos do Pronatec Oferta Voluntária, o plano conta com assistência técnica para
autônomos, inclusão digital e educação financeira. O Progredir também vai disponibilizar
até R$ 3 bilhões anuais em microcrédito, em parceria com instituições financeiras, para
incentivar pequenos negócios.
Outro grande e um dos mais determinantes estímulos as pessoas se utilizarem do
microcrédito são as taxas de juros, que são mais baixas que as praticadas em empréstimos
pessoais, segundo o vice-presidente da Abcred José Net (2017), a taxa média de juros do
microcrédito ao mês é de 3,5% a 4% abaixo do juro de praticado nas linhas de crédito
pessoal.
Além do diferencial na taxa, o direcionamento das instituições financeiras com foco
nas pessoas que podem utilizar o microcrédito se mostra um forte diferencial segundo
Tiago Abate (2017), superintendente de microcrédito do banco Santander que explica os
agentes procuram pessoalmente os potenciais clientes do microcrédito, e também prestam o
serviço de acompanhamento do negócio. Diferente do empréstimo comum, em que o
cliente tem que procurar o banco.
2.5 PLANO DE NEGÓCIOS
O plano de negócios segundo Dornelas (2012), é de suma importância no estágio
inicial do novo empreendimento, através dele pode se obter projeções, para os
empreendedores e possíveis investidores, além de entender melhor e também como
funcionará o novo negócio.
O plano de negócios é um grande diferencial para uma empresa ou empreendedor
que o faça e se utilize do mesmo, com o trabalho concluído as chances de prosperar são
muito maiores do que as empresas que não utilizam o plano de negócios como ferramenta
em seus empreendimentos, segundo pesquisa realizada com ex-alunos de Harvard nos
Estados Unidos, as empresas que tem um plano de negócios definido, aumentam em 60% a
probabilidade de acerto e sucesso com seu negócios (DORNELAS, 2012).
29
Para Chiavenato (2005), o plano de negócios tem o sentido de direcionamento um
propósito comum, sendo o empreendedorismo mais sólido com as respostas de um plano
de negócios em favor do empreendedor. Vale destacar que a dedicação em obter as
respostas é trabalho de quem vai elaborar o plano e consequentemente o empreendimento,
quanto maior a dedicação e foco, maior as chances de acerto do início do negócio até sua
conclusão.
Antes de tratar da estrutura do plano e de parte orçamentária, financeira e marketing
do negócio, vale destacar a quem se direciona o plano de negócios, que vai além
simplesmente do empreendedor ou de possíveis financiadores e investidores do
empreendimento, de acordo com Dornelas (2012, p.100), o plano se destina a:
1) Mantenedores de incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governo,
associações etc.): para outorgar financiamentos e estas.
2) Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação
entre as partes.
3) Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro,
imóveis, expansão da empresa etc.
4) Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de
investimento, angels , BNDES, governo etc.
5) Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e
formas de pagamento.
6) A empresa internamente: para comunicação da gerência como conselho de
administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação).
7) Os clientes: para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa.
8) Sócios: para convencimento em particular do empreendimento e
formalização da sociedade.
Definido e conceituado pelos autores citados os objetivos e aquém se direcionar o
plano de negócios, o foco na operação do mesmo deve se concentrar nos tópicos
referenciados nos próximos parágrafos, onde o plano de negócios ganha corpo e expõem
suas variáveis e consequentemente, seus resultados de execução.
30
2.5.1 Estrutura de um plano de negócio
A estrutura do plano de negócios pode ter inúmeras variáveis, isso devido ao
empreendedorismo ser um universo muito amplo com vários caminhos que podem ser
percorridos, conforme Dornelas (2012), a produção de um plano negócios, encontra - se
uma que se relaciona diretamente com as empresas focadas em inovação e tecnologia,
atendendo as necessidades na produção e organização onde se pratica o microcrédito.
As empresas se diferenciam, uma não é igual a outra, sendo todas heterogêneas, e
com suas particularidades, o plano de negócios também não pode ser um único a ser
seguido para qualquer ramo de atividade, devido às peculiaridades existentes no processo
de produção do mesmo. Porém todos os trabalhos, indiferente do ramo de atuação da
empresa, devem seguir um mínimo de seções, para que se tenha um entendimento total do
negócio, que possua uma sequência lógica, facilitando e deixando claro a qualquer pessoa
que ler o trabalho, deixando explícito como a organização funciona (Dornelas, 2012).
Os pontos a serem elaborados no plano de negócios segundo guia do Sebrae (
2013), são:
1) Sumário Executivo
Que é onde se foca os pontos mais importantes na elaboração do negócio, nele é
preciso conter os dados do empreendimento, setor de atividade dentre um resumo de como
a empresa vai funcionar (SEBRAE 2013).
2) Análise de Mercado
É a parte onde se identifica aonde o empreendimento está, e o quem são seus
parceiros, concorrentes e clientes, esta etapa por sua vez é de suma importância para que se
aprofunde e se conheça o negócio (SEBRAE 2013).
3) Plano de Marketing
Neste ponto deve se destacar os principais produtos e serviços a serem oferecidos e
prestados, o detalhamento dos mesmos também são de suma importância para esta etapa do
trabalho, e deve ser usado como um espaço para apresentar suas qualidades e diferenciais
na área de atuação (SEBRAE 2013).
31
4) Plano Operacional
O desenho da empresa vem neste tópico, descrever como ela vai ser e como vai
funcionar, se possível até mesmo ilustrar com layout de funcionamento de seu espaço
físico. Um profissional especializado pode otimizar este ponto, tanto para o plano de
negócios, como depois para sua possível implantação (SEBRAE 2013).
5) Plano Financeiro
Este estágio é bem objetivo e importante para o trabalho, nele deve ser exposto o
total de recursos necessários para o funcionamento do negócio; o foco deve estar em:
investimentos fixos; capital de giro; investimentos pré-operacionais (SEBRAE 2013).
6) Construção de Cenários
Aqui temos uma prevenção para o empreendimento, na construção de cenários, se
deve usar números hipotéticos de resultados, atentando principalmente para os pessimistas,
que através deles então se tenha uma saída, um plano B a ser realizado caso os resultados
não sejam os esperados, ou variáveis apareçam no caminho (SEBRAE 2013).
7) Avaliação estratégica
Avaliar as oportunidades e fraquezas do negócios, para isso existem algumas
ferramentas, pode se usar a que se ache mais produtiva ou objetiva, que se encaixe mais ao
negócio, alguns exemplos destas ferramentas são: F.O.F.A.(Forças, Oportunidades.
Fraquezas e Ameaças.) e Análise SWOT (SEBRAE 2013).
8) Avaliação do Plano de Negócios
Responder perguntas talvez seja a parte mais importante da avaliação do plano,o
trabalho feito serve como um mapa, dando caminhos a serem percorridos e outros a serem
evitados, esta parte deve ser usada o máximo possível para auxiliar no bom funcionamento
e desempenho da empresa(SEBRAE 2013).
9) Roteiro para a coleta de Informações
Deve conter o detalhamento das ações, apresentando assim um panorama abreviado
do plano de negócios.
32
Ainda utilizando a fonte do Sebrae (2013), que destaca a importância na elaboração
da estrutura e do plano em si, no qual diz “Se quiser algo bem feito, faça você mesmo” o
uso desta expressão popular ilustra a importância de atentar para cada detalhe do plano,
para que feito de maneira correta minimize os riscos e aumente as chances de acerto. Neste
sentido o presente trabalho irá explorar de maneira mais profunda os planos de marketing e
plano financeiro.
2.5.2 Plano de marketing e estratégico
É necessário frisar a importância da estratégia no plano de negócios, é algo com um
universo muito maior do que o mundo empresarial e empreendedor, tem raízes e fortes
exemplos em batalhas e guerras ao decorrer da história da humanidade, e através dela usada
por autores contemporâneos do mundo da administração, de acordo com Drucker (1987, p.
47) “Quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcançá-los, ela tem claramente
definido do porque ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”.
Conforme Drucker (1987), podemos identificar que a estratégia está ligada ao
desenvolvimento da organização, utilizando os caminhos e maneiras de percorrer os
mesmos, para através deles se ter vantagens e forças competitivas no empreendedorismo,
utilizando do marketing e estratégia como ferramentas.
Através de estratégias tende ser a elaborado o plano de marketing dentro do plano
de negócios, segundo Kotler (2003, p. 151), o mix de marketing “descreve o conjunto de
ferramentas à disposição da gerência para influenciar as vendas”. O tradicional a ser usado
são os 4P´s: produto, preço, praça e promoção. Abaixo citados a importância e como se
utilizar de cada um para produção do plano de negócios:
1) Produto
É necessário a empresa decidir a imagem que o produto vai ter perante seus clientes,
e como ele vai ser direcionado e colocado no mercado, é o momento de mostrar o
diferencial do seu produto com os demais no mercado inseridos (KOTLER 2003).
2) Preço
33
Segundo Kotler (2003), nesse ponto a empresa deve definir como quer entrar no
mercado, quais suas pretensões de lucratividade e até mesmo em formação de demanda. A
atenção deve ficar por conta da estratégia usada, vide que preços dispersos aos de produtos
já em circulação no mercado podem caracterizar e conceituar o novo produto, tanto de
forma positiva, como de forma negativa. Uma questão a ser definida é saber quem se quer
atender e quanto se quer receber por isso, a partir disso a criação do preço fica mais fácil de
ser produzida
3) Praça
Os canais de praça são amplos e deve mais uma vez serem definidos conforme os
clientes que a empresa almeja atender, este ponto se estende desde o local físico onde a
empresa vai se localizar, aos locais de alcance de seus produtos, como por exemplo: regiões
de atuação ou de expansão de vendas. Os canais de distribuição dos produtos, devem ser
adequados aos mesmos e atendendo os mercados de atuação (KOTLER 2003).
4) Propaganda
Conforme Kotler (2003), as mensagens exibidas pelos meios de propagandas,
devem ser definidas ao público alvo, de que a empresa quer ofertar o produto ou serviço.
Os meios para se enviarem tais mensagens devem ser definidos de acordo com o público e
produto, porém os clássicos e diretos são conhecidos, são tais; Jornais, Tv, Rádios e
internet. Através da propaganda, se tem uma forte ferramenta em iniciação no mercado e
captação de novos clientes, muito comum nesse meio é se utilizar das promoções e a
divulgação das mesmas.
O plano de marketing, possui um extenso caminho e ampla aplicação e usabilidade,
porém deve ser feito de maneira objetiva não muito volumoso, para que seja aproveitado de
melhor maneira. Através dele devem ser engajadas missão da empresa, saber onde a mesma
se encontra e quer chegar. Precisa ter uma descrição adequada e ter flexibilidade a
mudanças e principalmente, precisa ser específico em critérios de desempenhos, que é o
que vai tornar o sucesso da organização em algo tangível (HISRICH 2009).
34
No plano de marketing também é o momento de se definir a missão, visão e valores
da empresa, porém se deve ter muito cuidado em não complicar e usar as mesmas de
maneira confusa a empresa. Placas de aspectos nobre expostas na entrada da empresa, para
seus executivos ver, podem se tornar algo banal e genérico, ainda pode se causar
desorientação aos empregados. Mas em contraste a estes aspectos, uma missão com boa
declaração e um ótimo conjunto de valores podem ser tão reais a ponto de serem palpáveis.
(WELCH 2005).
Sobre a missão Welch (2005, p. 12) cita que:
Exige que as empresas façam escolhas sobre pessoas, investimentos e outros recursos e evita que caiam na armadilha tão frequente das missões que pretendem ser tudo, para todos, o tempo todo. Essa pergunta obriga as empresas a identificar seus pontos fortes e fracos, a fim de avaliar onde podem atuar de maneira
lucrativa no panorama competitivo.
Complementando Hisrich (2009), sustenta os cuidados para não exigir muito da
missão deixando a mesma como algo inatingível e consequentemente ignorada pelos
colaboradores da empresa, a objetividade e o lugar onde a empresa está e quer chegar
devem ser levados em conta para que isso não aconteça e que a missão seja algo proveitoso
para a organização.Uma declaração clara e pertinente para a empresa, deve se utilizar da
proximidade e equilíbrio entre o possível e o impossível, mostrar para as pessoas
envolvidas a direção e como tomar a mesma, focando no lucro e inspiração de fazer parte
de algo com objetivos reais e palpáveis.
Os valores expostos são comportamentos que devem ser usados pelos membros da
organização como meio, um caminho para se chegar a um objetivo. Welch (2005, p.17),
“Para os valores realmente significaram alguma coisa, as empresas devem recompensar as
pessoas que os demonstram e punir as que não o demonstram”. O autor mostra a suma
importância do comprometimento que os colaboradores precisam ter com os valores da
empresa, afinal eles são um dos caminhos que levam a organização para a vitória.
Segundo Kotler (2003), se há muito a perder quando não existe ligação e
objetividade entre os valores e a missão da empresa. Certamente a organização não
desabará caso isso aconteça, porém os valores e a missão devem ser usados como uma
ferramenta, uma arma para empresa chegar em seus objetivos e motivar seus colaboradores
35
através dos mesmos, assim o plano de estratégica tem suma importância em decidir como
usar tais artifícios a seu favor.
2.5.3 Plano financeiro
O plano financeiro desenvolvido busca um planejamento para dar dimensão
aos parâmetros financeiro do negócio, através de meios monetários é necessário descrever e
planejar os investimentos necessários para se chegar a lucros projetados e com isso a
geração de caixa para o funcionamento do empreendimento.
Segundo Cecconello (2008) O que se busca numa análise de viabilidade e financeira
é a confrontação dos investimentos necessários com os lucros operacionais, potenciais
projetados, e geração consequente de caixa. Desta forma, desenvolver de maneira
estruturada os principais pontos a serem destacados para se obter resultados com o plano
financeiro.
2.5.3.1 Viabilidade econômico-financeira
Encontra-se nesse ponto um fato determinante, talvez um marco que de números e
indicadores sobre o empreendimento. Cecconello (2008) A análise de viabilidade visa obter
indicadores que recomendem ou não o investimento no objeto da análise.
A análise dos números e material obtidos se transforma na configuração e
quantificação de informações anteriormente colhidas. Já na avaliação dos resultados é o
ponto onde o pesquisador interpreta os dados (RICHARDSON,1999).
Os tradicionais métodos de avaliação de viabilidade do investimento são: Prazo de
amortização do investimento ( pay-back), ganho líquido após amortização do investimento
(Valor presente líquido - VPL), capacidade de o projeto se pagar (Taxa interna de Retorno -
TIR). Os mesmos buscam apresentar ao investidor as informações básicas para a tomada de
decisão. De acordo Cecconello (2008). Seguem fórmulas abaixo
Vpl:
36
Tir:
Pay-Back:
2.5.3.2 Risco, retorno do investimento e custo do capital
As análises de investimentos geralmente, pressupõem a existência de riscos, os
quais podem se apresentar de maneiras variadas classificados como: econômicos,
financeiros, tecnológicos, administrativos, legais e naturais ou seja o risco é a probabilidade
de algo não dar certo conforme destaca Evangelista (2006). Já Gitman(2002) define o risco
como uma possível diferença entre o valor recebido e o valor esperado, em formas gerais
atrelados a perdas.
Para Roos (2011), O investimento é útil quando gera valor ao seu investidor,
identificando os que mais valem no mercado em comparação ao seu custo de aquisição.
37
A diferença entre o valor de mercado e seu custo é chamada Valor presente líquido
como destaca Gitman (2002, p. 302), o VPL (Valor presente líquido ) é uma “técnica de
orçamento sofisticada, e o seu valor é determinado pela subtração do valor inicial de um
projeto, do valor presente dos fluxos de entrada de caixa, descontados a uma taxa igual ao
custo do capital da empresa”.
Outro ponto importante para determinar o valor é a taxa a ser utilizada, denominada
TIR (Taxa Interna de Retorno), conforme define Holanda (1976, p. 338) “taxa de juros que
atualiza uma série de rendimentos futuros de um projeto e a iguala ao valor do investimento
inicial”. Evangelista (2006) acrescenta que a TIR se mostra favorável ao retorno de um
empreendimento durante um período de tempo e fluxo pré estabelecido, muito utilizada
para comparar investimentos.
2.5.3.3 Pay Back
Para Buarque (1991), Pay back é o tempo necessário em que um investimento será
recuperado. Sendo classificado em simples e descontado. O pay back simples calcula o
tempo de recuperação do investimento não levando em consideração os efeitos dos juros.
Complementando Lapponi (2000), considera o pay back simples como um preceito fácil e
direto que define o tempo necessário para recuperação do investimento.
Já o Pay back descontado é calculado utilizando uma taxa de desconto para se
chegar ao prazo final em que todo valor investido seja recuperado de acordo com Groppelli
e Nikbakht (2010).
38
3 METODOLOGIA
Nesta parte do trabalho será explicada as etapas de desenvolvimento para se atingir
o objetivo do trabalho, a metodologia foi dividida em passos: O primeiro passo foi a
elaboração de um questionário com a fundamentação quantitativa e qualitativa juntamente
com o amparo teórico, baseado em pesquisas bibliográficas. Após a conclusão da aplicação
do referido questionário foi analisado e apresentado os resultados obtidos.
3.1 Tipos de estudo
O estudo deve ser norteado por uma pesquisa, para Malhotra (2019), os
pesquisadores precisam estar certos de que a concepção de pesquisa utilizada proverá as
informações necessárias à identificação dos objetivos e o foco a ser desenvolvido. O estudo
aplicado tem por objetivo colher dados e transformá-los em informações, para responder às
questões voltadas a problemática. Uma pesquisa para a identificação de problemas é
realizada para ajudar a identificar e resolver questões que não apareçam na superfície, mas
que existem, ou provavelmente vão surgir no futuro.
Referente aos dados e a natureza da pesquisa operacional que segundo Moreira
(2010). Lida com problemas e como conduzir e coordenar certas operações em uma
organização. Desta abordagem utilizada no trabalho foi a quantitativa, sendo que as análises
dos dados colhidos foram retiradas junto ao público-alvo, utilizando de técnicas e métodos
estatísticos para mensuração composto de análise gráfica e indicadores.
Ainda com a relação à natureza da pesquisa, se usa uma abordagem qualitativa,
sendo que o estudo feito buscou a investigação e relações de variáveis visando a
compreensão sobre educação e renda das famílias pesquisadas. Para Moreira (2010), antes
de mais nada, é preciso reconhecer que existe um problema que demanda uma solução.
Seguindo a definição de qual o melhor método de pesquisa a ser aplicado é
necessário identificar qual o seu foco, conforme Gil (2008), uma pesquisa exploratória se
refere a uma maior familiaridade com o problema, envolvendo em geral o estudo de caso e
a pesquisa bibliográfica. Já a pesquisa de campo busca aprofundar um foco específico,
através da observação direta e entrevistas podendo assim identificar os pontos principais de
39
cada grupo. Buscou-se então a partir dos conceitos acima apresentados o desenvolvimento
do questionários baseados nestas vertentes.
E por fim, se tratando dos objetivos da pesquisa, a mesma se caracteriza como
descritiva, segundo Gil (2011), a pesquisa descritiva é aquela que considera as descrições
das características de uma população ou fenômeno como objeto principal. Sendo o objetivo
do pesquisa identificar as necessidades e o que determinados grupos pensam sobre a
utilização de microcrédito, foi utilizado este método de pesquisa descritiva nos
questionários desenvolvidos por ser mais adequada a proposta apresentada.
Após a realização da pesquisa e coleta de dados realizada, a mesma se mostrou
adequada para a implantação e desenvolvimento do trabalho, pois seu objetivo é identificar
informações e características do público alvo, para que com base nas informações possa se
focar e direcionar os esforços ao público alvo determinado.
3.2 Universo e amostra
Para a análise de viabilidade de mercado foi preciso definir o universo da
população, e o tipo de amostra, sendo que não será abrangida a totalidade do universo.
[...]O universo ou a população é o conjunto dos seres animados e inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, sendo N o número total de elementos do universo ou da população, podendo ser representado pela letra minúscula X, tal que XN = X1; X2...; XN. Já a amostra “é uma parcela convincente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo. (LAKATOS; MARCONI,2007, p. 225).
A provável representatividade nesse caso, sendo que os elementos foram escolhidos
de maneira aleatória para a amostra, a fonte principal utilizada foi a rede social, no qual os
integrantes formaram o alvo primário da pesquisa, sendo direcionada a cidade de
Pinhalzinho e região, na qual a cidade tem uma população estimada de 19.511 habitantes e
com 42% da população com ocupação (IBGE 2017). No cálculo do tamanho da população
amostral, foi utilizado a fórmula apresentada por Barbetta (2002, p. 60). Conforme equação
1.
40
n0 = ___1___
E0 2
Fonte: Barbetta(2002) Equação 1
.
Depois de se utilizar a fórmula acima, se apresentou uma confiança de 95% de
probabilidade onde “E” representa o erro amostral tolerado no montante da pesquisa, que
ficou em 7 %, o “n” é o tamanho da amostra que ficou em 204,08 conforme observado na
equação 2.
n0 = ___1__= 1 = 204,08 0.072 0,0049
Fonte: Barbetta(2002) Equação 2.
Conhecendo o tamanho da população de Pinhalzinho que é de 19.511habitantes
utilizou-se a fórmula para obter o tamanho da amostra, de acordo com a equação 3.
n = N.n0 N + n0
Fonte: Barbetta(2002) Equação 3.
Após a utilização da fórmula onde N é o tamanho da população nO encontrado na
fórmula acima sendo 204,08, encontramos o nº: tamanho da amostra obtemos a
confirmação de 202 questionários para a efetivação dos resultados.
n = N.n0 = 19.511x 204,08 = 3.981.804,08 = 201.96 N + n0 19.511+204,08 19.715,08
Fonte: Autor Equação 4.
A aplicação do questionário se iniciou em março de 2019 e foram obtidas 205
respostas até o mês de maio de 2019, sendo direcionados através de mídias sociais, com
aplicação via Google Docs, sendo 100% respondido de maneira online.
41
3.3 Coleta de dados
A primeira etapa do trabalho foi realizada através da aplicação de um questionário,
utilizando amostragem de uma população selecionada como público alvo. O questionário
de acordo com Marconi e Lakatos (2006, p. 203), é um “instrumento de coleta de dados,
constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e
sem a presença do entrevistador”.
O questionário foi aplicado durante os dias 01 de março de 2019 até 15 de maio do
2019, contando com vinte e seis perguntas, sendo as onze primeiras de caráter
socioeconômico, para se obter junto ao público alvo informações sobre seu perfil.
O caráter das demais questões são mercadológicos, sendo que através delas se
mensurou o interesse da região nos serviços que irão ser disponibilizados pelo novo
empreendimento.
Para recolher os dados de maneira mais ágil, o questionário foi aplicado de maneira
eletrônica, construído com questões de múltipla escolha. A ferramenta utilizada foi o
Google docs para a elaboração do questionário, a aplicação foi feita através das redes
sociais, criando um direcionamento a pré-divulgação do empreendimento. O
direcionamento integrantes dessas redes sociais foram moradores da cidade de Pinhalzinho
e região, isso ocorre por a abrangência da empresa ser direcionada a essa localidade.
3.4 Análise de dados
Para esta etapa do trabalho, após o término da coleta de dados, os resultado obtidos
já se disponibilizaram em planilhas pela mesma plataforma utilizada para o questionário,
Google Docs, a partir disso se deu início a análise das variáveis em relação ao estudo com
seus objetivos, através dos gráficos e tabelas facilitou-se entender a população estudada,
para assim realizar a interpretação dos dados obtidos.
O cruzamento de informações foi realizado através das planilhas, com o intuito de
identificar as características do público alvo. Também foi realizada uma análise das
necessidades de utilização de crédito, e quando o mesmo se torna mais vantajosos que os
demais serviços financeiros ofertados no mercado.
42
3.5 Limitações
A aplicação e resultados do questionário foram obtidas em março de 2019 até maio
de 2019, por esse motivo as informações tendem ser levadas em conta por esse espaço
temporal.
43
4 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIO PARA A
INSTITUCIONALIZAÇÃO DE UMA EMPRESA DE MICROCRÉDITO
Nas próximas etapas do trabalho serão destacados os aspectos necessários para a
fundação e constituição da empresa, voltado ao setor e as características da nova
organização, apontando a análise de mercado, planejamento operacional, financeiro e de
marketing, também a análise ambiental, para assim ter a noção sobre a análise e viabilidade
do negócio.
4.1 SUMÁRIO EXECUTIVO
A empresa Maxi Crédito, é uma empresa especializada em microcrédito, com foco
em empréstimos consignados a pessoas físicas, tendo um atendimento diferenciado e
personalizado, com conforto e sigilo nas operações realizadas.
A Maxi Crédito tem como objetivo o atendimento qualificado e diferenciado,
localização privilegiada, agilidade, segurança e transparência na operação, além de ofertar a
melhor taxa de juros no mercado, valorizando a confiança dos seus clientes neste momento
importante de escolhas e decisões.
A empresa terá sua sede localizada no município de Pinhalzinho - SC, onde
objetiva suprir uma carência neste ramo na região, com um ambiente estruturado e
profissionais qualificados e treinados para atendimento ao público, proporcionando
qualidade e segurança aos clientes. A empresa será reconhecida e lembrada conforme
logotipo apresentado e definido por meio de questionário representado pela figura 01.
Figura 01 – Logotipo da Maxicrédito
44
Fonte: O autor (2018)
O logotipo foi projetado com cores que se complementam, com o significado de
prover essa interação junto ao cliente, promovendo a maximização dos planos, desejos e
auxílio a estes. Os formatos das letras sem serifas, com traços mais modernos, transmitem
agilidade, liberdade e objetividade. A linguagem das cores presentes no logotipo, fomentam
a ideia de riqueza, equilíbrio e crescimento (verde azulado) juntamente com otimismo e
positivismo (laranja).
Outro ponto importante definido juntamente com o logotipo por meio do
questionário foi o slogan: “Máximo em crédito, qualidade e confiança”. Esta frase
apresenta um sentido objetivo das características do serviço a ser prestado para os clientes,
com o intuito de fortalecer os laços e negócios para com estes.
Desta forma, o logotipo como slogan busca serem lembrados e memorizados por
aqueles que os visualizarem, quando mostrados através das redes sociais ou outros meios de
divulgação e comunicação, e pelos serviços prestados pelo empreendimento afim.
4.2 COMPETÊNCIA DOS RESPONSÁVEIS
A empresa Maxi Crédito Ltda contará com dois sócios/proprietários um Alexandre
Corso, graduando de administração pela Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS,
realizou um curso de empreendedorismo no SEBRAE (Serviço Nacional de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas). Possui certificação de correspondente bancário pela
ANEPS(Associação Nacional dos Profissionais e Empresas Promotoras de Crédito e
45
Correspondentes no País ), além do Curso de Agente de Crédito com carga horária de 72
horas, também certificado pela ANEPS. Possui experiência profissional em empresas da
região, em departamentos financeiros e administrativos, e outro sócio virá em forma de
investidor anjo.
4.3 OS PRODUTOS E A TECNOLOGIA
A empresa prestará serviços de qualidade e confiança, fornecendo atendimento
transparente e confiável a seus clientes, em um ambiente aconchegante e privado, para que
os clientes sintam-se confortáveis e seguros ao usufruir os serviços.
Para isso, o layout da empresa ilustrado dentro do plano de marketing, irá
disponibilizar privacidade a seus clientes, conforme definição obtida via questionário
aplicado.
As taxas praticadas aos empréstimos consignados a pessoas físicas, pensionistas do
INSS e servidores públicos serão variáveis de 1,64% a.m e 1,95% a.m ficando assim entre
as 10 taxas mais baixas do mercado, conforme demonstrado na p. 62. Os prazos de
pagamentos desses empréstimos deverão ser de no máximo 12 meses, devido a utilização
do capital inicial para fornecer os valores emprestados.
Ainda devem ser criadas parcerias com outras instituições de crédito, para se ofertar
empréstimos de maior prazo, serviços de fomento a pessoas jurídicas e financiamentos de
bens móveis e imóveis. Os valores praticados e remuneração desses serviços devem ser
definidos conforme cada negociação.
Contará com sistema informatizado para passar ao cliente totais informações dos
serviços prestados e produtos comercializados a serem enviadas via e-mail e whatsapp,,
promovendo a transparência necessária para o melhor entendimento da operação por todos
os clientes.
4.4 O MERCADO POTENCIAL – A OPORTUNIDADE
O mercado de crédito pessoal, busca maneiras de atrair demanda e fidelizar clientes
em diversos segmentos, alguns dos principais diferenciais apontados como respostas no
46
questionário aplicado foram: facilidades de contratação, melhores taxa de juros,
atendimento qualificado e serviços diferenciados.
Os serviços de crédito consignado, tem o município de Pinhalzinho e região um
mercado aberto de alto potencial, por se tratar de uma região economicamente atrativa, e
incorporar várias empresas demograficamente, possuir características populacionais
voltadas ao envelhecimento aliada a uma renda per capita mediana.
Schuh, Coronel e Bender Filho (2016), destacam que essa modalidade de crédito foi
considerada como uma inovação é um dos grandes responsáveis pelo aumento no volume
de concessões do crédito pessoal devido às grandes vantagens que oferece, caso das baixas
taxas de juros, descontam de forma prática e fácil, fidelização de clientes e segurança para
as instituições financeiras.
Pautado nestas condições, desde o início de sua concessão, o crédito consignado
cresceu continuamente até 2008, quando passou a apresentar comportamento volátil com
tendência de declínio. A participação do crédito consignado no crédito pessoal era de
aproximadamente 62% em 2007, tendo aumentado ao longo da última década, atingindo
74% em 2017, demonstrando que as instituições financeiras estão cada vez mais investindo
nessa modalidade, devido a sua importância nas concessões de crédito pessoal. Esta
modalidade também tem uma participação expressiva nas concessões de crédito total, que
engloba crédito a pessoas físicas e jurídicas, crescendo expressivamente ao longo dos anos,
sendo que sua participação passou de 21% em 2007 para aproximadamente 36% em 2017
(BACEN, 2017).
O processo dos anos iniciais foi, em grande medida, ancorado no cenário de
estabilidade do início dos anos 2000, o qual esteve associado a um cenário externo
favorável que gerou condições de expansão do emprego e da renda na economia brasileira.
Assim sendo, em meio a este contexto, os bancos, com expectativas de redução das taxas de
juros, passaram a investir na expansão de crédito.
Depois de 2008, somente em 2010 a concessão do crédito consignado apresentou
crescimento, período esse que coincide com o de maior crescimento da atividade
econômica da pós-crise. Nos demais anos, o volume de crédito concedido vem reduzindo-
se de forma substancial, similarmente ao encontrado para o produto agregado. Trajetórias
47
que indicam a existência de uma relação direta entre a concessão de crédito e a atividade
econômica.
Diante deste cenário, sendo a oferta de crédito um importante canal para a expansão
econômica, recentemente em 2015 e 2016, houve mudanças nas leis a respeito do crédito
consignado. A lei nº. 13.172, de 21 de outubro de 2015 amplia a margem do desconto para
35% e a lei nº. 13.313, de 14 de julho de 2016 traz a possibilidade do uso de 10% da conta
do FGTS como garantia nas operações do crédito consignado, além de 100% da multa paga
pelo empregador em caso de demissão sem justa causa, trazendo mais segurança às
instituições financeiras e também incentivando a tomada de empréstimos (BRASIL, 2016).
Detalhando, a concessão do crédito consignado é realizada para três segmentos,
quais sejam: funcionários do setor público, aposentados e pensionistas do INSS e
funcionários do setor privado. De forma geral, observa-se que o setor público, ao longo de
praticamente dez anos, tem representado média de cerca de 60% do total crédito
consignado concedido, enquanto que os aposentados e pensionistas do INSS perfazem em
torno de 31% dessa parcela, enquanto que o restante, cerca de 9%, destinou-se ao setor
privado.
Diante destes cenários, apesar de alguns concorrentes diretos e indiretos presentes
no município, há um mercado crescente e potencial para este segmento. Assim, neste
contexto visualiza-se uma oportunidade de implantar um novo empreendimento com
atividade de serviços de empréstimos consignados, buscando suprir a demanda de
financiamentos dedicados a investimentos pessoais, o fomento de sonhos e o auxílio
financeiro a momentos difíceis.
4.4.1 Elementos de diferenciação
A Maxi Crédito conta com diferenciais, que partem de uma estrutura física
direcionada e baseada nas respostas do questionário aplicado, contendo localização no
centro de Pinhalzinho- SC, e prezando a privacidade nos atendimentos.
O atendimento deverá ser feito de maneira qualificada sendo feito pelo proprietário,
assim passando a devida segurança, privacidade e confiabilidade de toda operação
financeira realizada.
48
Os serviço oferecidos, como o crédito consignado terá a taxa juros entre as 10
mais baixas do mercado e transparência na negociação. Além da diversidade de
empréstimos a serem ofertados através de parcerias com outras instituições financeiras,
dando assim ao cliente, opções diversificadas para contratação de crédito..
4.5 PRINCIPAIS OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
A oportunidade da empresa Maxi Crédito é a de possuir um potencial e crescente
mercado de microcrédito na cidade de Pinhalzinho e região, motivado pelo foco exclusivo
neste serviço, subsidiado através da pesquisa de mercado realizada, onde pôde ser
observado uma demanda nesta modalidade de empréstimo.
Os objetivos da empresa buscam alcançar ambos os segmentos identificados na
pesquisa de mercado, fazendo propostas a fim de conquistar o público-alvo. São eles:
● Ser lembrado pelo cliente como referência em qualidade no atendimento,
agilidade nas operações de crédito com facilidade na adesão, para o cliente poder
contar com o produto oferecido para possíveis investimentos.
● Marca consolidada no mercado de crédito em Pinhalzinho, também
atendendo as demais cidades da região.
Para atingir os objetivos mencionados acima, define-se as metas:
● No primeiro ano de atuação, fornecer 50% do valor legal a ser emprestado
via crédito consignado, podendo variar as taxas de juros e margens de lucro para
chegar à porcentagem de fornecimento preterida.
● Divulgar o produto oferecido a 100% da população de Pinhalzinho, e
atingindo ao menos 30% das populações dos demais municípios da região.
● Expansão com produtos substitutos através de parcerias no segundo ano de
atuação.
● Realizar pesquisas semestralmente com os clientes já atendidos, para ter
dimensão da satisfação dos produtos contratados e mapeamento de negociações
futuras.
Essas metas se apresentarão para os segmentos atendidos pela empresa que é
composto por:
49
● Pessoas do gênero masculino e feminino;
● Idade entre 41 - 70 anos;
● Possuem renda de R$ 954,01 a R$ 9.540,00 e acima de R$ 15.264,00;
● Como ocupação, são caracterizados como colaboradores de empresas
privadas, empresários e servidores públicos;
● Como objetivo de aquisição de crédito consignado, optaram para
investimento, devido a facilidade na adesão do empréstimo e pela baixa burocracia na
adesão;
● Consideram de suma importância na hora da contratação, a agilidade na
operação, qualidade no atendimento e a taxa de juros atrativa;
● Em relação ao fator de indispensabilidade na hora da aquisição, o segmento
apontou a privacidade, as informações claras sobre o produto, a qualidade no
atendimento e a aprovação de crédito imediata.
● Por fim, preferem o meio de comunicação com a empresa através do
aplicativo Whatsapp e pelas propagandas em rádio.
Outra segmentação encontrada.
● Pessoas do gênero masculino e feminino;
● Faixa etária entre 18 - 70 anos;
● Possuem renda de R$ 954,01 a R$15.264,00 e acima de R$ 15.264,00
● Como ocupação, são caracterizados como aposentados, autônomos,
colaboradores de empresas privadas, desempregado(a), do lar, empresário, estudante,
produtor rural e servidores públicos;
● Como objetivo de aquisição de crédito consignado, optaram para
investimento, pagamento de dívidas e pela facilidade na adesão do empréstimo;
● Consideram de suma importância na hora da contratação, a taxa de juros, a
agilidade na operação e qualidade no atendimento;
● Em relação ao fator de indispensabilidade na hora da aquisição, o segmento
apontou as informações claras sobre o produto, qualidade no atendimento e
aprovação de crédito imediata. Por fim, preferem o meio de comunicação com a
empresa através das redes sociais, propaganda em rádio e e-mail.
50
4.5.1 Previsão de vendas
A empresa terá a oferta disponibilizada de crédito em mercado no total de 200 mil
reais em capital investido, sem a necessidade de transformar-se em correspondente bancário
ou de alguma agência de créditos. Neste contexto, a previsão de vendas seria restrita a este
montante total, com certa variação do valor contrato. Caso houvesse a representação
bancária no segmento de consignados, ocorreria um incremento de vendas passível de atuar
nas mais variadas faixas de oferta de empréstimo, no qual pode ser realizado o estudo de
viabilidade posteriormente.
4.5.2 Rentabilidade e Projeções Financeiras
A empresa conta com recursos disponíveis no valor de 10 mil reais para um
investimento inicial na infraestrutura e o pagamento de aluguel no decorrer dos primeiros
meses, além do aporte de 200 mil reais em investimento anjo, voltados a concessão dos
empréstimos, atividade principal da empresa.
Suas projeções e índices de rentabilidade serão elaborados e analisados no plano
financeiro.
4.5.3 Indicativos de viabilidade/rentabilidade
Os indicadores de viabilidade e rentabilidade VPL, TIR e pay back serão elaborados
e apresentados no plano financeiro.
4.6 A EMPRESA
51
4.6.1 Conceito do Negócio
Criar oportunidades e facilidades financeiras com agilidade, para pessoas físicas,
através de confiança e atendimento qualificado na realização de seus objetivos, isto com a
tranquilidade e foco, gerados por meio de contratação empréstimos consignados.
4.6.1.1 Missão
Consolidar como diferencial a prestação de serviços de microcrédito, fortalecendo o
compromisso com a ética e a satisfação entre clientes, colaboradores e sociedade,
oferecendo soluções e facilitações inovadoras, estratégias e processos adequados para o
crescimento contínuo e desenvolvimento sócio econômico, com profissionais focados no
atendimento de qualidade.
4.6.1.2 Visão
Ser reconhecida pela excelência e ética nos serviços de créditos, sendo referência na
sua área de atuação com oportunidades de crescimento contínuo, aderindo às melhores
práticas de gestão com melhoria contínua e inovação constante.
4.6.1.3 Valores
Afirmamos nossos valores, que são uma declaração de nossas crenças fundamentais
e características de uma cultura que gera realizações e confiança mútua. Identificamos oito
valores que personificam quem somos e no que acreditamos. Eles refletem o caráter
duradouro da empresa, de suas relações com clientes, e colaboradores e sociedade:
● Liderança;
● Respeito e Compromisso aos colaboradores e com os clientes;
● Inovação;
● Apoio a Comunidade;
● Integridade;
52
● Desempenho;
● Qualidade.
4.6.2 Análise ambiental
A seguir será apresentada a análise ambiental que se divide em componentes de
macroambiente e microambiente. O macro ambiente se caracteriza por todas as variáveis
externas a uma organização que exercem algum tipo de influência em suas atividades, mas
que, no entanto a empresa não tem controle sobre elas devendo dessa forma atuar de
maneira a monitorá-las podendo usá-las a seu favor ou então adaptar-se a elas de forma a
minimizar o impacto negativo que estas podem eventualmente trazer a organização.
O ambiente externo envolve e influencia de maneira positiva ou negativa a empresa
e é composto pelos fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, legais e tecnológicos,
que representam as ameaças ou oportunidades do negócio, determinando as
macrotendências e seus impactos.
4.7 MACROAMBIENTE
No que diz respeito à distribuição de renda, em virtude desta caracterizar um dos
principais requisitos para a contratação de empréstimos consignados, se apresenta um
contexto histórico de desigualdade e má distribuição, condicionando o país no grupo
indesejável dos dez países mais desiguais do mundo, levando em consideração indicadores
de renda, saúde e de educação.
Em relação a perspectiva econômica, o Brasil é um país de alta desigualdade de
renda, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2016),
podemos medir a desigualdade da distribuição do rendimento mensal das pessoas, com o
índice Gini. Quanto mais próximo de zero, se verifica uma menor desigualdade, onde no
Brasil este valor chega a 0,525. O rendimento nominal mensal domiciliar per capita da
população no país em 2017 chegou a R$ 1.268,00.
Em referência a região Sul do país, o índice Gini apresenta o valor de 0,469 (2016),
o melhor do Brasil. Santa Catarina, apresenta uma renda mensal domiciliar per capita de R$
53
1.597, maior que a média nacional é uma das melhores do país. Uma das explicações para o
Estado de Santa Catarina apresentar o melhor índice Gini, é em razão dos baixos níveis de
desemprego que esta unidade da federação apresenta a economia diversificada - que passa
pelo agronegócio, agroindústrias, cooperativas, indústrias - e o alto nível de escolaridade do
país (IBGE ,2015).
Seguindo os números do Estado, o município de Pinhalzinho onde irá situar-se a
agência de crédito consignado em estudo, apresentou o índice Gini no Censo de 2010
realizado pelo IBGE de 0,4343. A renda per capita do município estimada no mesmo Censo
de 2010 foi de R$ 891,13 e de acordo com o IBGE (2015), o salário médio mensal dos
trabalhadores formais do município atingiu o patamar de 2,2 salários. São números bons
levando em consideração o atual momento econômico do país e cada vez mais solidificados
em virtude da diversificação econômica do município, seu parque industrial moderno,
agricultura e comércio forte.
Em relação aos fatores de crescimento no município onde será sediada a empresa de
microcrédito, podemos destacar que seguindo os números positivos de empregos formais
que o Estado de Santa Catarina alcança a cada ano, o município de Pinhalzinho contribui
com estes números, na contramão dos números que o país apresenta (IBGE ,2015).
Com uma população estimada de 19.511 habitantes e com 42% da população com
ocupação IBGE 2015, Pinhalzinho é o 110º colocada entre os municípios do estado, no
ranking de remuneração média mensal dos trabalhadores formais. Conforme dados de
março de 2018, disponibilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -
CAGED, o município acumula um número de 6.354 empregos formais em 1.577
estabelecimentos cadastrados. No período de janeiro a março de 2018, o saldo positivo de
empregos formais foi de 254 vagas.
Apesar da taxa de ocupação (trabalhos formais) estar abaixo da média do estado,
podendo ser justificada pelo trabalho rural que é forte na região oeste de Santa Catarina, o
número de vagas formais criadas retrata uma das características da cidade e região,
constituindo assim incentivos a implantação da agência de microcrédito, objetivo deste
estudo.
No que diz respeito ao cenário inflacionário do país, sua taxa é variável e interfere
diretamente no poder aquisitivo dos consumidores. No cenário atual da economia brasileira,
54
com a taxa de juros (SELIC) caindo anualmente como forma de estimular a economia, a
inflação acaba se elevando em virtude do crescimento do consumo.
Se o governo deseja estimular o consumo e movimentar a economia, ele reduz a
Selic. Se a economia está aquecida e a inflação começa a subir demais, ele a aumenta – os
empréstimos voltam a ficar mais caros e as pessoas consomem menos, freando o aumento
dos preços, disto vem o trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego. Numa
economia aquecida há mais vendas e menos desemprego, entretanto, se a oferta não
acompanha a demanda, os produtos podem ficar escassos, causando inflação.
Normalmente medida através do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), a
inflação é estimulada por vários fatores econômicos, que vão desde os preços de produtos
praticados, de energia elétrica, de combustível, até os resultados de safras do agronegócio
brasileiro, condicionando assim o consumo. No ano de 2018, a inflação fechou o ano em
3,75 % conforme Bacen(2018).
Outro índice chave que condiciona o consumo das pessoas é a taxa de juros,
conhecida também como taxa Selic. Regulada pelo Copom (Comitê de Política Monetária)
a cada 45 dias (08 vezes por ano), determina-se a meta Selic, que serve de parâmetro para a
efetiva taxa Selic. Atualmente a meta Selic está em 5% de acordo com Bacen (2019),e este
percentual nos atinge das mais variadas formas, entre elas:
● Correção das restituições de imposto de renda e outros tributos pela Receita
Federal;
● Referência de custo de oportunidade na análise de viabilidade de
investimentos;
● Benchmark de aplicações financeiras;
● É referência para a taxa DI e, portanto, para a rentabilidade de CDB pós-
fixados, fundos de investimento e toda a renda fixa, em geral;
● Instrumento de política monetária para conter a inflação ou para incentivar a
atividade econômica;
● Influencia o custo de captação dos bancos e, portanto, a taxa de juros que
cobrarão por empréstimos;
● Influencia a cotação do dólar, o nível de investimentos estrangeiros no país,
etc.
55
Desta forma, estas duas variáveis interferem significativamente na demanda e oferta
de crédito consignado pelas instituições, levando em consideração que os juros praticados
no Brasil estão entre os maiores do planeta. Assim, na linha de redução da taxa Selic há um
aumento na procura por toda linha dos empréstimos, especialmente o consignado, para
pagamento de dívidas, troca de bens ou reformas em gerais.
Outro dado importante demonstra que ano de 2018 55,3% das famílias catarinenses
estavam endividadas, dentre este percentual, 18,1% possuíam contas em atraso e por fim,
11,1% das famílias pesquisadas não possuem condições de pagar as dívidas em atraso.
Como fonte maior de endividamento das famílias, o cartão de crédito possui a maior
representatividade, com 64 %, seguido de carnês (48,1%), financiamento de carro (27,3%)
crédito pessoal (19,3%). Ainda segundo a pesquisa, o percentual da renda comprometida
das famílias chegou a 30,1%. A tabela 01 retrata os dados acima.
Tabela 01 – Tipo de endividamento das famílias
56
Fonte: Peic (2018).
Outro dado importante apresentado por pesquisa CNC de 2017 apresenta a relação
de endividamento das famílias brasileiras apresentado na tabela 02.
Tabela 02 – Faixas de renda do endividamento das famílias brasileiras
57
Fonte: CNC (2017).
A composição das dívidas das famílias brasileiras apresenta disparidades entre as
faixas de renda pesquisadas. Enquanto na faixa de menor renda as modalidades de prazo
mais longo e custo mais baixo são pouco citadas entre os tipos de dívidas, para a faixa de
renda acima de dez salários, as modalidades de financiamento de carro e de casa ocupam o
segundo e o terceiro lugares, respectivamente. Em 2017, cresceu em ambas as faixas de
renda a parcela das famílias que citou o financiamento imobiliário entre seus principais
tipos de dívida, em relação a 2016, enquanto o financiamento de veículos apresentou queda
também em ambos os grupos pesquisados.
De uma forma mais abrangente, o perfil das pessoas inadimplentes no Brasil até
agosto de 2017 (levando em consideração todas as dívidas), conforme levantamento da
entidade SPC aponta que 56% desta população correspondem a pessoas do gênero
feminino, 65% possuem idade entre 25 e 49 anos, dentre os quais pertencentes às classes C,
D e E.
Em análise destes dados, é notória a representatividade dos números e a
oportunidade de negócio do microcrédito, em virtude da sua fácil aquisição e até mesmo
sem consulta a entidades de proteção ao crédito, o efeito desta modalidade pode ser
observada na relação maior risco, maior a taxa de juros estabelecida, menor risco,
consignado com desconto em folha de pagamento, menor a taxa de juros oferecida.
58
Em relação a outro fator econômico muito importante em relação a empréstimos
consignados, a poupança, podemos destacar que se trata de uma aplicação financeira que
vai na contramão do empréstimo consignado, ou seja, quando mais pessoas “poupando”
dinheiro, menor será a demanda por estes recursos consignados.
A caderneta de poupança é o mais antigo investimento do Brasil e também o mais
popular. As primeiras operações na aplicação mais comum entre os brasileiros são do
tempo do Império. Fora a análise das regras de rendimento da poupança, podemos destacar
algumas vantagens e desvantagens pertinentes a este tipo de aplicação conforme Exame
(2012).
Como vantagem, podemos destacar a liquidez da poupança, uma vez que os valores
depositados podem ser sacados a qualquer momento. Outro ponto positivo é a ausência
total de taxas administrativas e a não incidência de tributos nos rendimentos, como IOF e
IR. Outro fator preponderante é a garantia em valores depositados de até R$ 250.000,00
caso ocorrer liquidação ou falência da instituição bancária.
Como desvantagem, podemos citar a baixa rentabilidade quando comparamos este
tipo de aplicação a outros investimentos financeiros. Outro fator negativo da poupança é em
relação ao risco para grandes investidores e não ser rentável no curto prazo. Também, este
tipo de investimento deve ser evitado por pessoas jurídicas, em virtude de sua baixa
rentabilidade.
Com a recuperação da atividade econômica no país, aliada ao baixo índice de
inflação, os rendimentos da poupança voltaram a se tornar atrativos, apresentando o melhor
rendimento nos últimos dez anos. No ano de 2017 a caderneta fechou com uma
rentabilidade real de 3,88%, atingido um patamar positivo entre depósitos e saques no valor
de R$ 17,12 bilhões, superando dois anos de saídas seguintes (2015 e 2016), conforme o
gráfico 1.
Gráfico 01 – Diferença entre saques e depósitos em R$ bilhões
59
Fonte: Banco Central (2018).
Desta forma, com o crescimento da economia, observa-se um aumento das
proporções de depósitos, porém, em pesquisa realizada pelo Banco Mundial (2017) indicou
que os brasileiros são um dos povos que menos economizam no mundo. Agregando a este
dado, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgou que cerca de 65% dos brasileiros
não possuem reservas contra imprevistos, situação essa que se agrava na velhice, onde as
despesas aumentam.
Diante deste perfil, segundo pesquisa realizada em SPC em conjunto com a
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada em março de 2018,
apontam diferenças significantes entre os estratos de renda: mesmo nos estratos de renda
mais elevados, o percentual de poupadores no último mês não alcança a maioria –
considerando somente as classes A e B, o percentual de poupadores foi de 42,0%. Porém,
nos estratos renda mais baixos, o quadro é bem mais dramático: nas classes C, D e E,
somente 11,9% conseguiram poupar recursos em janeiro. Para aqueles que não
conseguiram poupar, a maior parte (42,8%) alega que a renda é baixa e que nunca sobra
dinheiro. Além desses, 15,7% dizem estar sem renda e 14,2% dizem que tiveram de arcar
com algum imprevisto. O descontrole financeiro foi citado 15,2%.
Entre aqueles que têm o hábito de poupar, os propósitos são variados. O mais citado
deles é o imprevisto, mencionado por 43,3%. Garantir um futuro para família, objetivo de
longo prazo, também se destaca, com 25,1%. Em seguida, aparecem as reservas para o caso
60
de desemprego (21,5%); às viagens (16,7%); a reforma da casa (13,4%); a aposentadoria
(12,5%); e a reserva para a educação dos filhos (10,4%).
4.8 DEMOGRÁFICO
Atualmente com 207,7 milhões de habitantes segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (2017), a população brasileira possui a proporção de 48,5% de
pessoas do gênero masculino e 51,5% do gênero feminino. A figura da pirâmide etária da
população brasileira pode demonstrar a distribuição etária da mesma, conforme abaixo:
melhor desde o ano de 2009 que o crescimento populacional não passa de 1% ao ano.
Gráfico 02 – Estimativa etária da população brasileira em 2017
Fonte: IBGE (2017)
Em relação a Santa Catarina, o estado concentra 7.001 milhões de habitantes em
2017, 1,3% maior que o ano de 2016, onde segundo o IBGE é um índice maior que a média
nacional. No estado 50,15% da população corresponde ao gênero masculino e 49,85%
feminino segundo dados de 2017.
61
A densidade populacional do oeste catarinense corresponde a 1.264 milhões de
habitantes, segundo o censo de 2015. São aproximadamente 627 mil homens e 637 mil
mulheres. Com relação a Pinhalzinho, conforme censo de 2010 50,07% da população era
do gênero masculino e 49,93% feminino, sendo que a ocupação da população no meio
urbano correspondia a 83,36% IBGE(2016).
Com isso, a tendência de crescimento populacional nacional e regional é diminuir
ao longo do tempo, em virtude de vários fatores, que vão desde aspectos culturais,
econômicos, aumento do IDH, taxa de natalidade e a taxa de fecundidade. Esta última, no
Brasil no ano de 2015 chegou a 1,72 representando um número abaixo do necessário para a
reposição populacional (2,10). Santa Catarina apresenta a menor taxa de fecundidade do
país no ano de 2017, que chegou a 1,57. O oeste catarinense alcançou um índice de 1,63 no
ano de 2012 IBGE(2016).
Diante disso, a contrapartida se verifica no perfil etário da população brasileira e
estadual, que está sofrendo um processo de maturidade e posterior envelhecimento. O perfil
etário da população está se alterando, onde atualmente a idade média do brasileiro é de
32,89 anos; 22,69% estão na faixa etária de 0-14 anos; são aproximadamente 65,21% da
população entre 15-59 anos de idade e 12,10% com 60 anos ou mais.
No estado de Santa Catarina, os valores se alteram um pouco, com idade média dos
catarinenses de 34,35%; 19,84% da população estadual está na faixa de 0-14 anos; 67,05
estão na faixa de 15-59% e por fim, 13,12% dos catarinenses se encontram na última faixa,
de 60 anos ou mais. Em 2060, quando a população brasileira segundo o IBGE irá atingir
seu pico, a tendência desta faixa etária da população com mais de 60 anos é de triplicar.
Este fator demográfico aliado com os fatores econômicos, alerta sobre a
especificação da segmentação de mercado da empresa de microcrédito, analisando o
cenário demográfico populacional do município e região. Caso o público alvo da empresa
seja a atuação com aposentados e pensionistas do INSS, existe a grande possibilidade de
aumento de demanda pelos empréstimos no decorrer dos anos.
62
4.8.1 Perfil Regional
Em relação ao perfil regional do oeste de Santa Catarina, esta região foi a última
área a ser colonizada no estado. A extração da madeira foi a primeira atividade econômica a
dar impulso ao deslocamento populacional para esta área de acordo com Matos(2007).
Complementando Matos(2007) destaca que o perfil do colonizador da região era de
gaúchos descendentes de italianos e alemães, cuja produção agropecuária caracterizava-se
como de subsistência, tendo como principal objetivo, na venda da produção excedente, a
aquisição de gêneros alimentícios não produzidos na propriedade, ferramentas e
equipamentos e a aquisição de novas áreas para os filhos. Desde o princípio de sua
colonização a região Oeste de Santa Catarina apresenta a peculiar característica de que suas
terras foram colonizadas segundo um modelo mini fundiário de estrutura agrária.
Importante etapa na consolidação de Santa Catarina, e em especial, do Oeste
catarinense como polo produtor de produtos agropecuários, foi o processo de modernização
da agricultura ali desenvolvido. A existência de uma produção familiar dinâmica já
articulada ao processo de agro industrialização, aliada à uma importante estrutura de
suporte técnico montada pelo estado e ao importante parque agroindustrial catarinense, que
no período já se encontrava em expansão, foram os principais fatores que elevaram a região
à condição de liderança na produção e comercialização de produtos agropecuários. Os
efeitos desta trajetória regional estão presentes na estrutura ocupacional da região até os
dias atuais.
A maior parte dos investimentos efetuados na região ocorre nos municípios mais
industrializados (Chapecó, Pinhalzinho e Quilombo). Estes atraem novos investimentos,
principalmente devido suas localizações geográficas – infraestrutura de vias com ligação
regional e nacional – que privilegiam a logística de produção, aliado a dinâmica
demográfica e o aumento dos diversos atores econômicos regionais e pela própria dinâmica
econômica em desenvolvimento.
No que diz respeito a fator escolaridade, o perfil escolar dos brasileiros conforme
dados do IBGE (2016), indicou que 51% da população com 25 anos ou mais possuíam
apenas ensino fundamental. Além disso, menos de 20 milhões (ou 15,3% dessa população)
haviam concluído o ensino superior.
63
Ainda de acordo com o IBGE (2016),entre a população com 25 anos ou mais, no
Brasil, apenas 8,8% de pretos ou pardos tinham nível superior, enquanto para os brancos
esse percentual era de 22,2%. O nível superior completo era mais frequente entre as
mulheres (16,9%) do que entre os homens (13,5%).
A taxa de analfabetismo no país foi de 7,0% em 2017 (o que correspondia a 11,5
milhões de analfabetos), variando de 16,5% no Nordeste a 3,4% no Sul. Entre as pessoas de
60 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo chegou a 20,4%, sendo 11,7% para os
idosos brancos e 30,7% para os idosos pretos ou pardos IBGE(2018).
No índice referente a educação infantil(crianças com até 3 anos de idade) o Norte
apresentou a menor taxa de escolarização(14,4%) e o Sul, a maior (38,0%). Já entre as
crianças de 4 e 5 anos a taxa de escolarização era de 90,2%, ou seja, 4,8 milhões de
estudantes segundo dados IBGE(2017).
No Brasil, 24,8 milhões de pessoas de 14 a 29 anos não frequentavam escola e não
haviam passado por todo ciclo educacional até a conclusão do ensino superior. Desse
grupo, 52,3% eram homens e mais da metade deles declararam não estar estudando por
conta do trabalho, além de 24,1% não terem interesse em continuar os estudos. Entre as
mulheres, 30,5% não estudavam por conta de trabalho, 26,1% por causa de afazeres
domésticos ou do cuidado de pessoas e 14,9% por não terem interesse IBGE(2017).
Em relação ao estado de Santa Catarina, o mesmo lidera levando-se em
consideração o país inteiro, nas áreas de índice de desenvolvimento da educação básica no
ensino fundamental e o menor índice de jovens de 15 a 29 anos que não estudam, não
trabalham ou não procuram emprego.
Em relação ao município de Pinhalzinho, o censo de 2010 apontou 98,90% das
crianças entre 5 a 6 anos frequentam a escola, crianças de 11 a 13 anos este índice cai um
pouco para 96,18%. A proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental
completo é de 70,02% e a taxa de jovens com ensino médio completo entre 18 a 20 anos é
de 61,27%. Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade,
6,39% eram analfabetos, 47,69% tinham o ensino fundamental completo, 33,33% possuíam
o ensino médio completo e 10,15%, o superior completo IBGE(2010)
O fator escolaridade é relevante sobre o entendimento do empréstimo e suas
particularidades no momento da sua aquisição ou recusa, quando se leva em consideração
64
que 75% dos inadimplentes no ano de 2017 possuíam no máximo até o segundo grau
completo.
Dentro dos fatores demográficos, um dos mais importantes em relação a área de
empréstimos consignados, em particular a aposentados e pensionistas do INSS, é a taxa de
envelhecimento e participação dos idosos na população do país de acordo com IPEA(2016).
Ainda de acordo com IPEA(2016) o percentual de pessoas com 60 anos ou mais na
população do país passou de 12,8% para 14,4%, entre 2012 e 2016, respectivamente.
Houve crescimento de 16,0% na população desta faixa etária, passando de 25,5 milhões
para 29,6 milhões. Existem alguns fatores que explicam este crescimento, entre eles, a
expectativa de vida ao nascer que atingiu 75,5 anos em 2015; melhoramento do Índice de
Desenvolvimento Humano; e a baixa taxa de fecundidade atualmente registrada no país.
Os resultados destes fatores podem ser analisados em projeções realizadas pelo
IBGE, estabelecendo o número de 73,5 milhões de pessoas acima de 60 anos em 2060,
aproximadamente 33,7% da população total do Brasil. Se analisarmos o crescimento médio
dos grupos etários por década, iremos nos deparar com taxas significativas de
envelhecimento da população, de acordo com a tabela 3:
Tabela 3 – Crescimento médio dos grupos etários por década
Fonte: IBGE (2013)
Apesar do envelhecimento da população brasileira, grande parcela da mesma,
conforme dados levantados pelo IBGE em 2015, cerca de 23,9% das pessoas idosas
aposentadas (4,2 milhões de pessoas) exercem alguma ocupação, especialmente na área
agrícola. Outro fator preponderante a respeito às alterações da pirâmide etária da
65
população, é a “feminilização” da velhice, ou seja, 14% das pessoas com mais de 60%
serão do gênero feminino, contra 11,1% do masculino.
Este cenário se altera um pouco para o Estado de Santa Catarina, sendo este
considerado entre todos os estados da federação, um dos estados com a maior proporção da
população com 60 anos ou mais, conforme dados do IBGE, chegando a 13,12% (2017). O
índice de envelhecimento da população em Santa Catarina atingiu o patamar de 43,85%
neste mesmo ano, acima dos 38,08% em relação ao Brasil. No município de aplicação do
estudo, em dados do censo do IBGE (2010), cerca de 8% da população era compreendida
com 60 anos ou mais.
Além da taxa de envelhecimento, outra taxa altera o número populacional e de certa
forma, afeta a demanda de empréstimos, a taxa de mortalidade. Está conforme os dados de
mortalidade para o Brasil (2015) apresentam o número de 6,08 mortes por mil habitantes.
Em contrapartida, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou de acordo com os dados
de 2016, chegando a 75,8 anos para o total da população. Em relação a gêneros, a
população masculina atingiu neste mesmo ano o patamar de 72,2 anos e 79,4 para o
feminino. A discrepância existente pode ser explicada pela maior incidência dos óbitos por
causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população
masculina.
Em relação ao estado de Santa Catarina, a expectativa de vida é a melhor do país,
com a média de 79,1 anos - 75,8 anos para o gênero masculino e 82,4 anos para o feminino.
Pinhalzinho, apesar dos dados serem do último censo realizado no ano 2010, chegou à
expectativa de 78,2 anos, muito próximo da média estadual.
4.8.2 Político/Legal
Segundo Circular 3.522 de 2011, a empresa de microcrédito em questão,
desenvolverá suas atividades de acordo com este normativo editado pelo Banco Central do
Brasil, que trata especificamente de empréstimos consignados. Esse normativo veda às
instituições financeiras a celebração de convênios, contratos ou acordos que impeçam o
acesso de clientes a operações de crédito ofertadas por outras instituições. Entretanto,
aplicam-se também à concessão de empréstimo consignado os normativos do Banco
66
Central e do Conselho Monetário Nacional que disciplinam, de forma genérica, as
operações de crédito.
Edição da Lei nº 10.820/03, aperfeiçoada pela Lei nº 10.953/04, foi
institucionalizada no ordenamento jurídico e no cenário econômico nacional a figura do
empréstimo por retenção e consignado em benefícios pagos pelo Instituto Nacional do
Seguro Social, ou seja, permitir que o crédito consignado passasse a ser oferecido a
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
O objetivo fundamental das referidas leis foi facilitar a obtenção de empréstimos
por parte dos segurados da Previdência Social, diminuindo o risco da operação para as
entidades credoras e, por conseguinte, melhores taxas de juros praticadas para esse nicho
específico da população.
Após, sobreveio o Decreto nº 5892, de 12.09.06, que acresceu parágrafo 7º-A ao
artigo 4º do Decreto 4840/03, permitindo empréstimos referentes ao SFH, cujas prestações
obedecerão ao contrato e as prestações podem ser variadas.
Nos dias atuais, vige a Instrução Normativa INSS nº 28/2008, com as alterações
circunstâncias promovidas pelas Instruções Normativas do INSS nº 33, de 05 de novembro
de 2008, nº 37 de 01 de abril de 2009 e, finalmente, Instrução Normativa INSS nº 43 de 19
de janeiro de 2010. A instrução normativa vigente, preliminarmente, já condiciona a
realização do empréstimo consignado a alguns benefícios e a uma série de requisitos e
limitações.
A respeito da tributação incidente sobre uma empresa do simples nacional, o qual
vai ser o regime tributário utilizado, segundo a Lei complementar Nº123, de 14 de
Dezembro de 2006, incide a tributação de 5% de ISS, o imposto sobre a folha e salários são
de 28%, a contribuição patronal previdenciária será de 11% .
O Sistema Financeiro Nacional define pela Lei Nº 4595 de 31 de Dezembro de
1964 ao Banco Central a função de normatizar as taxas, encargos e procedimentos
permitidos às empresas do setor e estabelecer limites mínimos e máximos, as empresas
devem trabalhar dentro desses limites, segundo as normas do Banco Central. Mas como os
Bancos e Financeiras necessitam de um retorno para oferecer tais serviços e o governo
precisa que esses serviços sejam oferecidos, os limites normativos do Banco Central
permitem aos Bancos e Financeiras, certa flexibilidade operacional.
67
Caso a empresa for um banco, o BACEN será agência reguladora de todas suas
operações. Caso for uma concessionária, apenas irá prestar contas aos bancos
correspondentes do consignado comercializado.
Outro fator importante em relação ao cenário político/legal é a aplicabilidade dos
juros sobre empréstimos consignados, que variam muito de cada instituição financeira ou
sociedade de arrendamento mercantil, vigorando em três tabelas distintas, conforme a
modalidade de concessão do crédito - consignado INSS, consignado privado e consignado
público - cadastradas no Banco Central. Abaixo será apresentado as três modalidades de
crédito divulgadas pelo BACEN, considerando as quinze melhores instituições de cada
modalidade em relação à taxa de juros ofertada, entre trinta e duas instituições, o quadro 1
apresenta as taxas de crédito consignado pelo INSS para pessoa física, o quadro 2 retrata as
taxas de crédito consignado para funcionários na iniciativa privada e por fim o quadro 3
mostra as taxas para servidores públicos.
Quadro 01 – Taxas do crédito consignado INSS pessoa física
Fonte: Banco Central do Brasil (2018)
68
Quadro 02 – Taxas do crédito consignado privado pessoa física
Fonte: Banco Central do Brasil (2018) Quadro 03 – Taxas do crédito consignado público pessoa física
Fonte: Banco Central do Brasil (2018)
Os quadros apresentados demonstram a volatilidade do mercado de consignados, em
relação à diversidade de instituições presentes, sendo públicas ou privadas, e a discrepância
existentes de taxas praticadas por estas mesmas entidades.
Outro fato importante que influencia a tomada de crédito pela população é o
aumento do número de bancos populares que oferecem crédito consignado às pessoas
privilegiando, funcionários públicos, e aposentados do INSS já que os mesmos representam
menores riscos de inadimplência. A possibilidade de consignação em folha de pagamento
ocasionou a redução do custo dos empréstimos caracterizados como crédito pessoal à
69
pessoa física e, simultaneamente, permitiu um aumento do prazo. Este processo possibilitou
uma redução expressiva do valor das prestações e, portanto, do comprometimento da renda
dos tomadores de crédito.
Nesta perspectiva, o governo através da medida provisória 681/2015, que
posteriormente virou a Lei de n° 13.172, aumentou o limite máximo de comprometimento
da renda com crédito consignado de 30% para 35%, ou seja, percentual este que poderá ser
descontado da folha de pagamento. A regra vale para aposentados, pensionistas, servidores
públicos e trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Outro incentivo proporcionado pelo governo foi a redução da taxa de juros para
créditos consignados para servidores públicos federais e pensionistas, através da Portaria
307 de 28 de Setembro de 2017. Nela, o teto da taxa de juros cai de 2,20% ao mês para
2,05% ao mês para servidores. Para pensionistas e aposentados, a taxa que era de 2,14% ao
mês, reduziu para 2,08% ao mês.
O governo também aprovou a medida provisória 719/2016, onde altera a Lei do
FGTS, possibilitando aos trabalhadores do setor privado possam usar os recursos do Fundo
(multa de 40% nas demissões sem justa causa e até 10% do saldo da conta vinculada) como
garantia para os empréstimos consignados (com desconto em folha).
Apesar de o consignado ser um instrumento de crédito novo no mercado brasileiro e
formalizar os incentivos detalhados acima, a presente modalidade apresenta um elevado
índice de crescimento nos últimos anos, com a menor taxa de juros já registrada, sendo que
o crédito consignado atingiu também um recorde no volume com R$ 18,2 bilhões em
empréstimos(BOLZANI, 2018).
4.8.3 Fatores Culturais
A população brasileira, em sua grande maioria, tem dificuldades para administrar
suas dívidas, dificuldades para adquirir bens e despreparo para enfrentar momentos de
desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) 85%
da população residente do país apresentam dificuldades na gestão das finanças pessoais.
Motivos como a facilidade na obtenção de crédito e a desorganização financeira são fortes
70
indícios que levam as pessoas a se endividarem. Esses problemas não dizem respeito
apenas à baixa renda, mas também a problemas ligados à má administração dos recursos
financeiros.
No Brasil, os estudos sobre educação financeira não têm caráter curricular na
maioria das escolas de ensino médio, fundamental e até nas universidades, não existindo
disciplinas sobre orçamento familiar e pessoal, ou planejamento financeiro pessoal, nem
cadeiras específicas sobre o assunto. Isso reflete, de acordo com SILVA (2004), a realidade
brasileira de que as pessoas não foram educadas para pensar sobre dinheiro na forma de
administração, o que se vê é que a maioria gasta, muitas vezes, sem levar em conta sobre o
impacto financeiro do seu orçamento de receita.
O ambiente interno da empresa também deve ser levado em consideração na análise,
pois envolve aspectos fundamentais sobre o seu bom ou o mau funcionamento, como: os
equipamentos disponíveis, a tecnologia, os recursos financeiros e humanos utilizados, os
valores e objetivos que norteiam as suas ações. A partir daí, consegue-se ter uma visão
maior das forças e fraquezas que também poderão afetar positiva ou negativamente o
desempenho da sua empresa. Como a empresa está em fase de constituição, a análise
interna foi realizada, inicialmente, com base nas discussões com o inventor do produto e
considerando características de uma empresa que está entrando no mercado.
4.8.4 Concorrentes
Concorrentes diretos são aqueles que vendem a mesma linha de produtos para um
mesmo público alvo e com uma mesma faixa de preço. Atualmente em Pinhalzinho existem
três concorrentes diretos, a Cristal Cred, WG Financial e Realiza Financeira que atua no
ramo de empréstimos consignados. Concorrentes indiretos são aqueles que não vendem a
mesma linha de produtos, mas que atinge seu público alvo com uma estratégia clara de
substituição de produto. Um exemplo: o crédito de até 72 meses para financiamento de
veículos pode fazer com que o cliente troque a compra de um móvel, que já estava
planejada, pela oportunidade de ter um carro.
Nesse caso, o concorrente foi outro, com outro tipo de produto, mas com uma
estratégia de venda diferenciada e agressiva para provocar a substituição de um produto por
71
outro. Podemos classificar como concorrentes indiretos os bancos, concessionárias,
agências de créditos, instituições financeiras, etc.
4.8.5 Fornecedores
A nova empresa vai buscar parceria com instituições financeiras que já atuam no
mercado de crédito, para através delas oferecer maiores linhas de financiamentos e
produtos financeiros, diversificando assim o leque de opções a seus clientes, esta estratégia
de negócio serve para a empresa não se tornar limitada ao seu capital próprio para
empréstimos.
Um exemplo das parcerias a serem criadas é o Banco Bradesco Promotora que é
uma agência do Banco Bradesco que auxilia no empréstimo consignado, ela que
acompanha e analisa as propostas encaminhadas pelas agências de crédito e libera o
dinheiro para a conta dos clientes.
4.8.6 Produtos Substitutos
Para ampliar os produtos além do microcrédito, a empresa através de parcerias
comerciais contará com produtos substitutos e similares como financiamentos de veículos,
crédito imobiliário, consórcios, planos de previdência privada e ainda poderá trabalhar
como corretora de seguros. .
4.8.7 Parceiros Comerciais
A empresa realizará empréstimos para o Banco Bradesco Promotora
exclusivamente. Podendo também procurar parcerias com outras agências de créditos ou
correspondentes bancários que atuam no mesmo ramo de atividades e que trabalham com
outros bancos para oferecer aos clientes mais opções e melhores condições de empréstimos.
4.8.8 Objetivos da empresa
72
De modo a verificar a viabilidade mercadológica da agência de crédito, será
desenvolvido um plano de marketing claro e detalhado, sendo especificados os objetivos
que se pretende alcançar desde o início das atividades. Inicialmente o objetivo principal é
explorar o mercado regional, desenvolvendo o serviço de crédito financeiro com foco a
empréstimos consignados a pessoas físicas, com confiabilidade e transparência. Além
disso, divulgar uma nova marca no mercado, promovendo a fidelização dos clientes e se
consolidando na região. Com objetivo de longo prazo, pretende-se agregar um número
maior de bandeiras financeiras ofertadas e desenvolvendo outros serviços financeiros,
possibilitando melhores escolhas e soluções aos clientes.
4.8.9 Situação planejada desejada
A Maxicrédito constitui-se atualmente em uma fatia já explorada de mercado no
município de Pinhalzinho, porém com gargalos de atendimento, por esse motivo pretende-
se atuar e crescer no ramo de crédito consignado em toda a região, almejando um
crescimento significativo e futuramente atuar com a representação de bandeiras financeiras,
aumentando a oferta de serviços financeiros aos clientes. Em relação ao primeiro momento
da organização, trabalhando com foco no empréstimo consignado, pretende-se atrair uma
parcela de mercado da cidade de Pinhalzinho de 15%.
Para que a parcela de mercado pretendida se concretize, será utilizada como
estratégias a agilidade das operações, a transparência das negociações e a ampla divulgação
da organização atrelada a facilidade e segurança do serviço em questão.
4.8.10 Foco
Com o público alvo definido a Maxi crédito vai focar no atendimento, pois o
resultado de um bom atendimento ao cliente é que os mesmos passarão às informações
sobre a empresa com o chamado boca a boca ou marketing gratuito, potencializando assim
os serviços e a marca da empresa.
O mercado que se pretende atender são os moradores potenciais de Pinhalzinho e
cidades próximas, como Nova Erechim, Saudades, Águas Frias, Cunha Porã, Modelo, Sul
73
Brasil, Maravilha, entre outras. Sendo apontado como potenciais clientes apenas pessoas
com ocupação no funcionalismo público, de empresas privadas, militares, pensionistas do
INSS e aposentados, onde procuram por um serviço financeiro de qualidade e segurança,
auxiliando-os em investimentos, na concretização de sonhos ou até em momentos de
dificuldades financeiras.
4.8.11 Os Empreendedores e suas competências
Serão dois empreendedores, o primeiro sem participação ativa na operacionalização
da empresa, sendo este o investidor anjo, vai ter 50% das participações da empresa. O
segundo sócio, vai possuir os demais 50% da organização, será o responsável por todas as
atividades administrativas e operacionais da empresa.
4.9 PLANO DE MARKETING
4.9.1 Situação atual do marketing, macro e microambiente
O empréstimo, segundo SPC Brasil(2016), pode ser um meio eficiente para
concretizar um sonho de consumo ou adquirir um bem de valor mais alto – como um
automóvel ou a casa própria, por exemplo: ou fazer com que, finalmente, a ideia de ser
dono do próprio negócio possa sair do papel; por outro lado, ele também é encarado pelo
consumidor como alternativa para resolver problemas financeiros. Acuado pelas contas em
atraso, em casos graves ele acaba contraindo nova dívida para lidar com outras mais
antigas.
A pesquisa “Cenário do empréstimo no Brasil: aquisição, finalidade e critérios de
escolha”, conduzida pelo SPC Brasil(2017) e Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas, investiga o comportamento relacionado ao pedido de empréstimo pessoal ou
consignado em bancos ou financeiras, chegando a resultados de positividade na imagem de
financiamentos, conforme a figura abaixo.
Figura 02 – Visualização do empréstimo no mercado nacional
74
Fonte: SPC Brasil (2017)
De acordo com a nota técnica da Dieese (2016), o crédito possui importante papel
na economia, uma vez que é essencial ao financiamento do consumo das famílias e do
investimento dos setores produtivos. Uma das razões que explicam o crescimento da
economia brasileira no período recente é, exatamente, a ampliação do mercado de crédito.
Em dezembro de 2002, a relação crédito/PIB era de 23,8%, passando a 55,8% em fevereiro
de 2014. Várias modalidades de crédito foram criadas, aperfeiçoadas e ampliadas ao longo
desse período, como o crédito consignado em folha de pagamento, os cartões de crédito, o
crédito para aquisição da casa própria, entre outros.
No entanto de acordo com DIESE(2014), a atuação das instituições financeiras
brasileiras no processo recente de ampliação do crédito não ocorreu de forma homogênea.
Os bancos públicos tiveram um papel de destaque após o início da crise econômica
internacional, e, também a partir de abril de 2012, quando foram acionados pelo governo
federal para reduzir o spread bancário.
Nesse sentido, a diversidade de opções e o aumento na quantidade de instituições
financeiras como bancos, financeiras, correspondentes bancários, operadoras de cartão de
crédito demonstram como o crédito cresceu e tornou-se uma tendência no mercado.
Destacando-se as operações de microcrédito e, sobretudo as de empréstimos consignados
em folha de pagamento.
Em relação ao marketing para o crédito consignado, este é desenvolvido de diversas
formas pelos agentes financeiros, a começar pela oferta do produto dentro das agências
bancárias. Outras formas de divulgação são: folders; panfletos; abordagens nas ruas
realizadas por funcionários das instituições financeiras; telemarketing realizado a partir de
call center; internet, via e-mail e uso de banners hospedados em sites visitados pelos
75
consumidores; propaganda televisiva, com o uso de figuras publicitárias (atores e atrizes de
sucesso, atletas, etc.), especialistas na arte do convencimento.
Desta forma, pode-se perceber que a temática em volta do crédito consignado é
muito incisivo nas grandes empresas bancárias e financeiras, visto a certeza que
recebimento dos valor emprestados e a aceitação do público, em virtude do
desconhecimento e necessidade, dos valores. Por outro lado, o empréstimo consignado bem
administrado, possibilita aos tomadores um status quo referente a inclusão social,
realização pessoal, de sonhos e melhora na qualidade de vida.
4.9.2 Análise Swot
Segundo Westwood (1996), a análise SWOT permite aos gestores que determinem
o potencial e as limitações da sua oferta de produtos dentro de um mercado em questão. É
uma maneira objetiva e simples de organizar as informações das etapas anteriores e
classificá-las, viabilizando o plano de marketing.
Os pontos fortes referem-se a tudo aquilo que a empresa faz e que diferencia
positivamente de seus concorrentes. Em contrapartida, as fraquezas são os pontos onde a
empresa de alguma forma não está entregando valor aos seus clientes de forma competitiva.
Estes dois podem ser encontrados na análise do ambiente interno à organização e estão
fortemente relacionados à percepção do cliente e às ações da concorrência.
As ameaças e oportunidades são reflexos do ambiente externo. O aproveitamento
dos pontos fortes e superação dos pontos fracos de uma organização podem não ser
suficientes caso mudanças no ambiente alterem as condições de competição. As ameaças
identificadas podem ser classificadas como fatores que geram incerteza ou dificuldades no
alcance dos objetivos traçados.
Quando finalizada a análise da situação do marketing é possível elencar e avaliar os
componentes da análise Swot, identificando quais aspectos se mostram mais ou menos
relevantes e que maiores influências irão exercer nas atividades da Maxicrédito. Sendo
pontuada com grau de importância na seguinte escala (0-nenhum impacto, 1-fraco impacto,
3-médio impacto e 5 – forte impacto), de acordo com a figura a seguir
77
26,8% já fizeram empréstimos de forma consignada. Isso demonstra que o mercado já
existe com uma aceitação considerável, devido à nem todos os respondentes se
enquadrarem nas ocupações que podem contratar os empréstimos de forma consignada,
esses somados tem uma fatia de 43,4% dos respondentes.
O próximo passo foi aplicar a avaliação de forma a considerar a atratividade com a
competitividade do negócio, essa feita a partir das matrizes, com as escalas de avaliação. A
escolha das variáveis escolhidas para as matrizes gera precisão com uma maior coerência
nos resultados obtidos, que são mostrados nos pontos a seguir:
● Matriz de Segmentação
A maior pontuação se deu no segmento III com (2,8) em atratividade e (2,6) em
competitividade, porém com muita semelhança no segmento IV em pontuação de (2,7) na
atratividade e (2,6) na competitividade. As pontuações podem ser associadas à análise
SWOT onde demonstra como a agilidade no processo para o fechamento dos contratos uma
força, onde atrelada ao tamanho do mercado de crédito, fazem com que as pontuações do
segmento III e IV sejam as mais expressivas. Porém não descartando os segmentos I e II
que obtiveram pontuações muito parecidas, devido à empresa oferecer apenas um produto,
sendo como principal variável para a contratação do mesmo a ocupação do cliente.
● Participação de Mercado
A fundação de uma empresa de microcrédito na cidade de Pinhalzinho, para atender
o município e outras cidades da região, apresenta-se além de um investimento
empreendedor é um investimento para desenvolvimento social e regional. Usando a base de
dados das respostas obtidas no questionário, onde a aceitação e busca pelo crédito
consignado se mostrou positivas, sendo que 50% dos respondentes contratariam o crédito,
estimulado por a renda per capita que por dados do IBGE na cidade de Pinhalzinho no ano
de 2010 era de 891,13. Porém mensurar o tamanho do negócio limita-se na parte legal do
empreendimento que tem o teto de $200.000,00 (duzentos mil reais) em disponibilidade
para empréstimo.
Outra questão que auxilia na captação de clientes e contribui para a participação do
mercado, são as medidas governamentais, que possibilitam os funcionários de empresas
privadas a usar seu saldo do FGTS como garantia em contratações de empréstimos
consignados.
78
4.9.2.2 Posicionamento
“A equipe de marketing deve segmentar o mercado, selecionar o mercado-alvo
adequado e desenvolver o posicionamento do valor da oferta. A fórmula “segmentação,
seleção de alvo (targeting), posicionamento” é a essência do marketing estratégico.”
(KOTLER, 2000, p.107). Ainda, Kotler e Keller (2012), frisam que o objetivo é fazer com
que a marca fique gravada na mente do consumidor a fim de aumentar ao máximo as
vantagens potenciais da empresa, dando o equilíbrio entre a marca e o que ela é até o que
ela poderia ser.
Com base na SWOT a empresa de microcrédito deve ter sua estratégia voltada para
o desenvolvimento com maior pontuação e seguida da manutenção que obteve a segunda
maior pontuação. E com base na segmentação de mercado, o foco deve ser em clientes
potenciais com ocupação de aposentadoria e também servidores públicos. Esses que
buscam facilidade na adesão do empréstimo e usar o mesmo para investimentos, também
focados na agilidade da operação. Para isso a empresa irá voltar seus esforços na
divulgação voltada para comodidade e agilidade em seus produtos oferecidos.
4.9.2.3 Estratégia de marketing (4 P’s)
Com relação às metas definidas, foram alinhadas com cada segmento do público a
ser atendido e disponibilidade legais dos recursos.
● No primeiro ano de atuação, fornecer 50% do valor legal a ser emprestado
via crédito consignado, podendo variar as taxas de juros e margens de lucro para
chegar à porcentagem de fornecimento preterida.
● Divulgar o produto oferecido a 100% da população de pinhalzinho, e
atingindo ao menos 30% das populações dos demais municípios da região.
● Expansão com produtos substitutos através de parcerias no segundo ano de
atuação.
79
● Realizar pesquisas semestralmente com os clientes já atendidos, para ter
dimensão da satisfação dos produtos contratados e mapeamento de negociações
futuras.
“O processo de marketing consiste em analisar oportunidades de marketing,
pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando estratégias, planejando programas e
organizando implementando e controlando o esforço de marketing.” (KOTLER, 2000,
p.108).
Por base na SWOT, identificou-se que a empresa de microcrédito, deverá focar em
estratégias para desenvolvimento da empresa, com uma atenção também voltada para a
manutenção da mesma. Para isso o foco será na agilidade das operações, a transparência
das negociações, para gerar credibilidade com os clientes e potencializar negociações
futuras.
4.9.2.4 Produto
Tendo em vista que a empresa terá apenas o crédito consignado a ser ofertado, os
fins para o uso do mesmo podem ser homogêneos, porém os meios de chegar a cada cliente
e o motivo que cada cliente vai chegar até a empresa podem ser distintos, esses
relacionados na matriz de segmentação.
Os clientes do segmento I determinado no questionário são mais propensos a se
endividarem e precisarem de crédito, devido à baixa renda, porém não se tornam tão
atrativos e alinhados ao produto oferecido pela empresa devido a suas ocupações que na
grande maioria não são servidores públicos ou pensionistas. E até mesmo por sua baixa
faixa etária que ocasiona em menores recursos disponíveis no FGTS por não existir tanto
tempo de trabalho.
No segmento II do questionário a faixa etária e renda aumentam consideravelmente,
elevando a leque de possibilidades de empréstimo, devido a maior tempo de contribuição
junto ao FGTS, e servidores públicos começam a aparecer como potenciais clientes.
Também existe um foco em comum com os outros segmentos a serem trabalhados que são
a contratação do mesmo para a quitação de dívidas e investimentos, todos com atenção
especial na agilidade do processo e liberação da verba.
80
Os segmentos III e IV do questionário devido a serem muito parecidos, e devido à
amplitude do segmento IV englobam a grande maioria de clientes potenciais, que vão desde
clientes de baixa renda e com maior chance de se endividar e precisar de alguma linha de
crédito, até os clientes com maior faixa etária e maior renda, que busca a agilidade na
liberação da verba e facilidade na adesão, este por sua vez se mostra com um potencial de
contratação maior, devido a maior renda e ocupação voltadas a serviços públicos e
aposentadoria.
Quadro 04- Estratégias de Marketing (5W2H) Produto
O quê Por quê Onde Quando Quem Como Quanto Custa
Empréstimo consignado
com celeridade, excelência
no atendimento
e foco exclusivo.
Satisfazer a necessidade do cliente,
com agilidade no
processo, bom
atendimento e
privacidade.
Na sede da
empresa.
O empreendimento
funcionará durante a semana
em horário comercial de
Segunda a Sexta – Feira com atendimento
físico e telefônico.
Dois empreendedores,
um que será responsável pela parte financeira e o outro pela parte
comercial.
Realizando o processo de empréstimo consignado com bom
atendimento, agilidade em um ambiente
bem localizado
com facilidade de
acesso privacidade e conforto para
o cliente.
R$ 3.000,00
Total R$ 3.000,00
Fonte: O autor (2018)
4.9.2.5 Preço
Os preços adotados pela empresa de microcrédito podem ser variáveis conforme a
demanda, sendo que a oferta de capital próprio é limitada pela parte legal do negócio. As
taxas e encargos da contratação do empréstimo serão embutidos junto à contratação do
mesmo, sendo à margem de lucro da empresa inclusa no processo inicial, de maneira que os
custos de contratação não afetem a margem requerida pela empresa de forma líquida, esta
por sua vez que pode variar de 1,5% até 5% de acordo com necessidades, valores e período
de duração do empréstimo contratado pelo cliente.
81
Futuramente caso a empresa procure expansão do negócio ou trabalhar com outros
tipos de produtos, parcerias podem ser realizadas, através de terceirização na contratação de
outros tipos de empréstimos ou produtos financeiros, como previdências privada,
consórcios, empréstimos pessoais, empréstimos agrícolas, financiamentos de forma
alienada, dentre outros.
As estratégias da empresa junto as segmentações serão diferentes e escalonadas
conforme o valor total do empréstimo e prazo para os pagamentos, junto a isso, os custos
legais e de tributos sobre a contratação do mesmo.
Quadro 05 - Estratégias de Marketing (5W2H) Preço
Estratégias de Marketing – 5W2H
O quê Por quê Onde Quando Quem Como Quanto Custa
Preço com comodidade na contratação e agilidade na liberação do
recurso.
Demonstrar ao cliente que o
bom atendimento, transparência, segurança e
privacidade são o diferencial na contratação do
mesmo.
Na sede da empresa.
O empreendimento funcionará durante
a semana em horário comercial
de Segunda a Sexta – Feira com
atendimento físico e telefônico.
Dois empreendedores,
um que será responsável pela
parte financeira e o outro pela parte
comercial.
Com planejamento orçamentário,
disponibilidade na verba legal,
necessidade por parte dos clientes
e futuras parcerias.
Valores inclusos no empréstimo contratado.
Fonte: O autor (2018)
4.9.2.6 Praça
No composto do mix de marketing a praça se refere não apenas onde fica a
localização da empresa, onde é composta sua parte física e se encontra a mesma, mas sim
todos os locais onde seus clientes e público se encontram. “Muitos fabricantes acham que o
seu trabalho está encerrado depois que o produto sai de suas instalações. Eles devem tomar
cuidado com a maneira como o produto é levado para outros países e devem observar
atentamente o problema de distribuição do produto ao usuário final.” (KOTLER, 2000, p.
407).
82
Desta forma a empresa de microcrédito vai destinar a divulgação em toda sua área
de abrangência, porém de forma a trazer o cliente para sua área física, que na mesma vai
possuir a privacidade, comodidade, conforto a acessibilidade requerida pelos potenciais
clientes conforme respostas do questionário.
A localização da empresa de microcrédito será no centro da cidade de Pinhalzinho,
em sala comercial localizada próxima a caixa econômica federal e lotérica da caixa, com
posicionamento privilegiado, além de acessibilidade e estrutura confortável e com
privacidade. Para melhor atender as necessidades financeiras e de comodidades dos futuros
clientes.
O atendimento será realizado por atendente preparado e orientado como atender as
necessidades requeridas pelo público. Em uma sala comercial com sala de espera equipada
para espera ao atendimento com ambiente confortável e com acessibilidade, e ainda a sala
de negociação com saída para a rua, mantendo assim maior privacidade ao contratante do
empréstimo.
A contratação do produto será completamente transparente e explícita para o
contratante, formando assim a confiança e transparência da instituição junto ao cliente. O
atendimento também poderá ser agendado junto à empresa, gerando assim maior
comodidade e agilidade para quem busca o crédito consignado.
Assim as estratégias de praça ficam amplas a divulgação na área de atuação e
otimização no ambiente de atendimento, sendo que este não será de grandes proporções de
área, facilitando a decoração, acessibilidade, conforto e melhor localização física da sala
comercial e sede da empresa.
Quadro 06 - Estratégias de Marketing (5W2H) Praça
Estratégias de Marketing – 5W2H
O quê Por quê Onde Quando Quem Como Quanto Custa
83
Sala comercial na área central da cidade
com ambiente
acessível e confortável,
com privacidade e excelente recepção.
Evidenciar o produto oferecido
destacando os
benefícios e retorno
do produto aos
clientes.
Na sede da empresa,
sala comercial
no centro de Pinhalzinho,
feito por fone,mídias sociais e e-
mail.
O empreendiment
o funcionará durante a
semana em horário
comercial de Segunda a Sexta
– Feira com atendimento
físico e telefônico.
Dois empreendedores,
um que será responsável pela parte financeira e o outro pela parte
comercial.
Em ambiente acessível
com conforto e privacidad
e.
R$ 1.000,00
Total R$ 1.000,00
Fonte: O autor (2018)
4.9.2.7 Promoção
A comunicação junto aos clientes receberá uma atenção especial e diversificada,
devido à praça de atuação ter uma área de atuação maior do que o posicionamento físico da
empresa.
As estratégias de comunicação serão voltadas aos diferenciais e principais pontos
requeridos pelos respondentes do questionário, que são a agilidade na liberação da verba, a
baixa burocracia na contratação do empréstimo e rápida aprovação de crédito. O público
alvo junto à divulgação será diversificado conforme a ação de publicidade.
De acordo com o questionário os meios de comunicação preterida pelos
respondentes foram: Propaganda, em rádio com maior aceitação, via Whatsapp, seguidos
ainda de anúncios em redes sócias e e-mails.
No primeiro momento a divulgação da empresa de microcrédito será feita via rádio
que abrange toda cidade de Pinhalzinho e cidades da região, essa feita de forma
diversificada com mudanças nas rádios parceiras, assim diversificando e aumentando o
leque de ouvintes e assim expandindo a divulgação via rádio. Os anúncios em redes sociais
serão via Facebook, os contatos feitos por e-mail e whatsapp serão feitos de maneira
direcionada ao público alvo, buscando principalmente aposentados e pensionistas e
84
servidores públicos. Além disso, outdoors e panfletos serão produzidos de forma a
pulverizar a comunicação e divulgação com os potenciais clientes.
Desta forma os principais meios de comunicação a serem utilizados para divulgação
são:
● Rádios: esse meio de comunicação será utilizado para diversificar e
pulverizar a comunicação com os clientes, mas principalmente para tingir pessoas de
maior faixa etária. Os primeiros anúncios serão realizados nas rádios de pinhalzinho a
rádio RCO, e na Mais Nova FM, tendo públicos diferentes atingidos. As propagandas
serão de chamadas diárias com chamadas no início da manhã e final da tarde.
● Outdoors: surge como um instrumento de alta visibilidade, que expandirá a
comunicação com todos os públicos e clientes possíveis. Os mesmos serão instalados
em locais estratégicos, um será instalado na Avenida Brasília, que é a principal via da
cidade com alto fluxo de pessoas e veículos. Outro ponto a ser instalado é nas
margens da BR 282, na qual o fluxo de carros abrange vários municípios da região.
● Panfletos: materiais informativos impressos, que abrange uma ampla parte
da divulgação do produto oferecido pela empresa. Através dele a pulverização da
comunicação, nos panfletos os principais diferenciais e atratividades do negócio serão
apresentados.
● Facebook: a página da empresa vai explorar e buscar contato junto ao
público alvo, nela também serão divulgadas informações sobre o produto oferecido e
também informações sobre horários de funcionamento, localização e contato da
empresa.
● E-mail e Whatsapp: as mensagens enviadas nesses canais, serão com
destinação específica e público com maior potencial para ser cliente da empresa, com
foco em aposentados, pensionistas e também servidores público.
● Os pontos evidenciados acima estão explícito no quadro 7:
Estratégias de Marketing – 5W2H
O quê Por quê Onde Quando Quem Como Quanto Custa
85
Rádio
Divulgação do empréstimo consignado
com abrangência de
público de maior faixa
etária
Nas rádios RCO e Mais
Nova FM
Com chamadas
no início da manhã e final da tarde,
durante o horário
comercial
Colaborador operacional
Anúncios do produto e
divulgação de marca.
R$ 1.500,00
Outdoor
Divulgação da marca e do
produto abrangendo
todo público.
Avenida Brasília
e BR 282
No primeiro ano de
atuação, sendo
variável nos locais e
cidades de instalação.
Colaborador Operacional
Locais de grande
visibilidade e alto fluxo de
pessoas
R$1.000,00 Mensais
Redes sociais
Alto alcance de divulgação
do produto oferecido, e informações
sobre a empresa.
Facebook Diariamente Colaborador Operacional
Interatividade com o público
potencial e futuro
clientes
Sem custo
Panfletos
Pulverização da divulgação e aceitação do
público de maior faixa
etária.
Pontos estratégicos da
praça abrangente
com direcionamento ao público alvo
Durante um ano com a impressão de 1000 panfletos
Colaborador Operacional
Entrega em pontos
estratégicos. R$ 400,00
E-mail e Whatsapp
Divulgação através de
contato com público
potencial
Vias digitais Período
constante Colaborador Operacional
Através de contatos
direcionados a servidores
públicos, aposentados e pensionistas.
Sem custo
Total R$
2.900,00
A figura a seguir os canais de comunicação utilizados pela empresa de microcrédito estão
destacados:
Figura 04 – Modelo de Panfleto
86
Fonte: O autor (2018)
Figura 05 – Modelo de Cartão de Visitas
Fonte: O autor (2018)
87
Figura 06 – Modelo da Página na Rede Social Facebook:
Fonte: O autor (2018)
A divulgação será feita de modo direcionado e estratégico, os panfletos produzidos
serão direcionados e distribuídos ao público de maior faixa etária buscando fácil
visualização e comunicação clara. As escritas no cartão de visitas será em caixa alta para
facilitar a identificação de endereço e contatos. E as mídias sociais vão ser utilizadas para a
aproximação entre a empresa e o cliente, além de ser um canal de divulgação e promoção
dos produtos ofertados.
4.9.2.8 Implementação e Controle
No planejamento de marketing, uma das últimas ferramentas trata da
Implementação e Controle, ferramenta esta que é muito importante para que todos os
processos e estratégias desenvolvidas até o momento estejam funcionando de forma efetiva.
Durante a implementação é necessário que haja instruções aos funcionários de
forma específica e clara, além de profissionais qualificados para lidar com o cliente. O
sócio proprietário da empresa ficará responsável por controlar e fazer reuniões para
acompanhar o desenvolvimento e dúvidas existentes no trabalho. Mesmo tratando-se de
uma empresa pequena, um dos fatores primordiais do negócio é o correto atendimento ao
cliente, fazendo com que este preze pela segurança e conhecimento do que está adquirindo.
Em um primeiro momento, a empresa realizará feedback’s com os clientes, mesmo
a proposta de contratação do empréstimo sendo ou não efetivada, provendo um controle e
88
qualificação do atendimento e dos serviços prestados, levando em consideração as
sugestões e propostas de melhoria dos mesmos. Além disso, é de suma importância que
seja trabalhado dentro da organização um ambiente preparado para a conversa e troca de
informações, a fim de cumprir com os objetivos propostos.
Com o controle que será realizado pelo sócio-proprietário da empresa, serão
analisados aspectos propostos pelo plano, cabendo avaliar se os resultados estão sendo
alcançados segundo orçado e planejado, sendo necessárias medidas corretivas, ou na
mudança de estratégia as mesmas serão definidas através deste controle.
Com este controle cria-se uma cultura empreendedora que permite pleno controle
das metas e as ações relacionadas aos resultados, possibilitando acompanhamento eficiente
dos objetivos da empresa.
4. 10 PLANO DE VIABILIDADE FINANCEIRA
O plano de viabilidade desenvolvido busca um planejamento financeiro para dar
dimensão monetária ao negócio. É necessário planejar os investimentos para chegar aos
lucros projetados, determinar o tempo de retorno do capital e a viabilidade financeira para
o funcionamento do empreendimento.
Os cálculos realizados no plano de viabilidade são projetados através de
perspectivas de faturamentos nos primeiros cinco anos de atuação da empresa, os mesmos
serão de suma importância para nortear e dar dimensões de viabilidade monetária do
negócio.
4.10.1 Custo de capital, Pay-back
Para definir o custo do capital , e os retornos esperados ao investimento foram
utilizados as fórmulas do VPL(Valor presente líquido) e TIR( Taxa interna de retorno), e
ainda foi definido uma TMA (Taxa mínima de atratividade), as mesmas foram executadas
através de uma planilha produzida no excel demonstrando seus resultados abaixo:
89
Através dos cálculos demonstrados anteriormente, contamos com o capital de
investimento de $200.000,00 (duzentos mil reais) o quais vão ser utilizados para os
empréstimos de curto prazo, para que o retorno do capital investido seja o mais rápido
possível, a taxa de retorno definida foi de 27% ao ano, devido ao valor do juros cobrados
aos empréstimos serem de aproximadamente 2% a.m.
Através do capital e taxas definidas, o fluxo de caixa foi escalonado de ordem
crescente ao período de fundação da empresa para através dele ser definido o valor presente
ao investimento, sendo reduzido o valor do fluxo de caixa sobre o capital investido, e ainda
após isso ter a soma do valor presente acumulado. A soma do valor presente no decorrer do
período estudado foi de $322.515,30. E o valo presente acumulado foi de $122.515,30.
O cálculo da taxa interna de retorno (TIR) através do fluxo de caixa demonstrado
nos cinco anos foi de 50%. e a taxa de lucratividade que divide o valor do fluxo de caixa
pelo capital investido se mostrou favorável alcançando 161% durante todo o período
estudado.
E por final o tempo de Pay back do investimento se deu em pouco mais do que três
anos, para o capital investido retornar ao empreendimento e consequentemente ao
investidor, mostrando assim parâmetros para a atratividade do negócio.
90
4.10.2 Viabilidade econômica - financeira.
Os números obtidos através dos cálculos de rentabilidade e retorno desejado se
mostraram favorável a abertura do empreendimento, sendo que conforme definido através
de respostas do questionário existe a demanda por microempréstimos na cidade de
Pinhalzinho SC.
Fica frisado que os cálculos foram projetados para cinco anos e sem dados reais de
faturamento de uma empresa, podendo assim ser alterado caso a empresa venha a ser
fundada e a partir disso contar com dados mais confiáveis e palpáveis a serem estudados.
A viabilidade financeira se apresenta das projeções atreladas aos resultados obtidos
através do questionário que apresenta a demanda por crédito. Porém fica a critério do
investidor anjo definir se as taxas e retornos são atrativas a fundação do empreendimento.
91
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após os levantamentos, resultados obtidos através do questionário e demonstrações
estatísticas, o cenário para oferta de microcrédito, principalmente na categoria de
consignados, se mostra positivo, devido a demanda e mercado já existentes, que se mostrou
otimista em âmbito nacional e principalmente na região de atuação do novo
empreendimento, as porcentagens apresentadas através do questionário deixa explícito que
49,5% dos entrevistados contrataria empréstimos de forma consignada, ainda outro
demonstrativo que mostra essa positividade é a porcentagem de pessoas entrevistadas que
se enquadraram para tomar o empréstimo consignado, essa chegando em 43,4%.
Para a fundação e início das atividades da Maxi Crédito, será formada uma parceria
em forma de investimento anjo, esse será detentor de 50% da empresa, que vai contar com
um capital inicial de montante no valor de $200.000,00 (duzentos mil reais), o investimento
vindo de um terceiro se mostra favorável a de um empréstimo, sendo oportuno pois a
parceria é vista como benéfica a curto prazo, devido ao operacionalizador do projeto
possuir os outros 50% da empresa, e também se mostra positiva a longo prazo, pois com
um investidor potencial o negócio pode se expandir, a positividade no lado financeiro se
mostra em função da empresa iniciar suas atividades com menores custos monetários, tendo
mais facilidades em resultados positivos.
Com a finalidade de implementar uma nova empresa, ofertando o empréstimo
consignado de maneira a transparecer garantia e confiança conforme determinado dentro do
Plano de Marketing, o foco para a área de atuação será se instalar em uma unidade física,
possuindo privacidade, comodidade, conforto e acessibilidade, com uma divulgação e foco
para atender a micro região de Pinhalzinho-SC. Possuindo serviços e soluções financeiras,
com taxas variáveis de acordo as necessidades dos tomadores de empréstimos e de acordo
com as disponibilidades monetárias da organização, para assim melhor atender seus
clientes, e também otimizar os resultados da empresa.
92
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A - Empresa de Microcrédito – Viabilidade Mercadológica
22/11/2019 Empresa de Microcrédito - Viabilidade Mercadológica
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Empresa de Microcrédito - Viabilidade MercadológicaEste formulário foi produzido por Alexandre Corso, Claudia Salte da Sila, Willian Leonardo Brustolin da Universidade Federal da Fronteira sul, do curso de Administração. E tem o propósito de verificar a viabilidade de fundação de uma empresa de microcrédito na cidade de Pinhalzinho -SC. O questionário é objetivo e com respostas fáceis, com tempo de conclusão aproximado em 5 minutos. Contamos com sua cooperação para responder todas as perguntas, as informações colhidas através deste questionário vão servir de norte para tomadas de decisões pela equipe em relação a abertura da nova empresa. Agradecemos a Compreensão.
*Obrigatório
1. 1- Gênero ? *Marcar apenas uma oval.
Feminino
Masculino
Outro:
2. 2- Idade ? *Marcar apenas uma oval.
18 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70 anos
71 ou mais
3. 3- Estado civil *Marcar apenas uma oval.
Solteiro
Casado
União Estavel
Separado (a)/ Divorciado (a)
Viúvo (a)
Outro
4. 4- Você tem Filhos? *Marcar apenas uma oval.
1
2
3
Acima de 3
Não
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5. 5- Incluindo você, quantas pessoas moram na sua casa: *Marcar apenas uma oval.
1
2
3
4
5
Mais que 5
6. 6- Cidade que reside *Marcar apenas uma oval.
Pinhalzinho
Saudades
Modelo
Serra Alta
Sul Brasil
Nova Erechim
Maravilha
Águas Frias
Chapeco
Outro
7. 7- Se em Pinhalzinho, qual Bairro?Marcar apenas uma oval.
Centro
Distrito de Machado
Eckert
Efacipi
Fiorini
Maria Terezinha
Nova Divineia
Panorama
Pioneiro
Primavera
São José
Santo Antonio
Zona Rural
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8. 8- Qual o seu nível de escolaridade? *Marcar apenas uma oval.
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino medio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior completo
Pós graduado (especialização, mestrado, doutorado)
9. 9- Qual sua ocupação? *Marcar apenas uma oval.
Estudante Ir para a pergunta 11.
Autônomo Ir para a pergunta 11.
Empresário Ir para a pergunta 11.
Servidor (a) Publico Ir para a pergunta 11.
Colaborador (a) de empresa privada Ir para a pergunta 11.
Do lar Ir para a pergunta 11.
Produtor (a) rural Ir para a pergunta 11.
Desempregado (a) Ir para a pergunta 11.
Aposentado Ir para a pergunta 11.
Outros Ir para a pergunta 10.
Qual sua Ocupação
10. Qual sua ocupação?
Seção sem título
11. 10- Rendimento mensal familiar *Marcar apenas uma oval.
$954,00
Entre $954,01 e $3.816,00
Entre $3.816,00 e $6.678,00
Entre $6.678,01 e $9.540,00
$9.540,01 e $12.402,00
$12.402,01 e $15.264,00
Acima de $15.264,00
12. Você já Contratou empréstimo consignado? *Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
22/11/2019 Empresa de Microcrédito - Viabilidade Mercadológica
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13. Contrataria um empréstimo consignado? *Marcar apenas uma oval.
Sim
Não Pare de preencher este formulário.
Seção sem título
14. Por que você contrataria um empréstimo consignado? Assinale 3 opções. *Marque todas que se aplicam.
Investimento
Pagamento de dividas
Ajudar familiares
Ajudar pessoas próximas
Facilidade na adesão do empréstimo
Baixa burocracia na adesão
Taxa de juros
Por não precisar de avalista
Forma de pagamento
Crédito aprovado mesmo que possua restrições no CPF
Outros
Não Contrataria
15. O que é mais importante na contratação do empréstimo? Assinale 3 opções. *Marque todas que se aplicam.
Taxa de juros
Qualidade no atendimento
Localização da empresa
Agilidade na operação
Confiança na instituição
Transparência na negociação
Taxa de juros fixada
Valor da parcela fixada
Prazo para o pagamento
Desconto em caso de quitação antecipada
16. Qual a porcentagem de valor do seu recebimento mensal você descontaria doempréstimo? *Marcar apenas uma oval.
5%
6% a 10%
11% a 20%
21% a 30%
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17. Qual taxa de juros está disposto a fixar no empréstimo? E até que valor contrataria pelamesma? *Marcar apenas uma oval por linha.
Até$3.000,00
De $3.000,01a $6.000,00
De $6.000,01a $9.000,00
De $9.000,01a $12.000,00
Mais que$12.000,01
2% a.m3% a.m4% a.m5% a.m
18. Até que valor você contrataria o empréstimo? *Marcar apenas uma oval.
Até $3.000,00
De $3.000,01 a $6.000,00
De $6.000,01 a $9.000,00
De $9.000,01 a $12.000,00
Mais que $12.000,01
19. O que é indispensável no momento da contratação do empréstimo? Assinale 3 opções. *Marque todas que se aplicam.
Qualidade no atendimento
Privacidade
Informação claras sobre o produto
Localização da empresa
Contratação poder ser feita online
Aprovação de crédito imediata
Segurança na adesão do produto
Agilidade na liberação da verba
20. Para sua melhor comodidade, o que é indispensável no local de atendimento? Assinale 3opções *Marque todas que se aplicam.
Acessibilidade
Ambiente climatizado
Privacidade
LImpeza
Estacionamento
W-fi
Sala de espera
Recepção pessoal
Segurança
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21. Que local seria ideal para a contratação do empréstimo? *Marcar apenas uma oval.
Opção 1 Opção 2
Opção 3
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22. Qual marca é mais atrativa: *Marcar apenas uma oval.
Opção 1- Maxi Credito - Maximo em credito, qualidade e confiança!
Opção 2 - Credi Maxi - Credito, qualidade e confiança ao maxímo para gerar soluções
Opção 3 - Credi Certo - Certeza em crédito, qualidade e confiança!
23. Em qual local da cidade o acesso até a empresa é mais facilitado? *Marcar apenas uma oval.
Centro
Prédio comercial
Galeria Comercial
Ponto comercial já existente (supermercado, loja,)