Plano de negócio

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Plano de negócio

Citation preview

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUB

    PLANO DE NEGCIOS

    COMPOTAS DE GELEIA

    ITAUB

    2015

  • PEDRO ANDRADE OLIVEIRA 18522

    VALRIA NUNES COSTA 20897

    LUANA BATISTA MORAES 20904

    WILLER ASSIS MARCONDES 20917

    MARCOS VINCIUS DA COSTA - 21075

    GABRIEL FERREIRA ALVARENGA 21195

    FERNANDA CASTRO DE OLIVEIRA 21442

    MARA RIBAS MONTEIRO 22576

    MATHEUS LASMAR PEREIRA 24494

    DIEGO NOGUEIRA DA SILVA 31321

    GABRIEL JOS FERREIRA FERRAZ 31769

    PLANO DE NEGCIOS

    COMPOTAS DE GELEIA

    Este trabalho se refere disciplina

    Organizao Industrial - EPR002, ministrada pela

    professora Gleicilene Siqueira de Mello na

    Universidade Federal de Itajub (UNIFEI), cujo

    objetivo apresentar a estrutura dos custos de uma

    pequena empresa para a produo de compotas de

    geleia perante uma situao mais prxima

    realidade.

    ITAUB

    2015

  • SUMRIO

    1. Descrio do Processo Produtivo ................................................................................................. 1

    1.1 Introduo ................................................................................................................................... 1

    1.2 A empresa ................................................................................................................................... 1

    1.3 Descrio do Produto ................................................................................................................. 1

    1.3.1 Tipos e Classificao .................................................................................................................. 2

    1.3.2 Ingredientes utilizados para a elaborao ................................................................................... 2

    1.4 Descrio das Etapas do Processo .............................................................................................. 3

    1.4.1 Recepo e Escolha das Frutas ................................................................................................... 3

    1.4.2 Lavagem ..................................................................................................................................... 3

    1.4.3 Seleo das Frutas ...................................................................................................................... 4

    1.4.4 Descascamento / Despolpamento / Refino ................................................................................. 4

    1.4.5 Produo do Suco de Laranja ..................................................................................................... 4

    1.4.6 Cozimento dos Frutos: ............................................................................................................... 4

    1.4.7 Adio do Lquido:..................................................................................................................... 5

    1.4.8 Adio do Acar ....................................................................................................................... 5

    1.4.9 Teste da Colher .......................................................................................................................... 5

    1.4.10 Embalagem: .............................................................................................................................. 5

    1.4.11 Rotulagem: ............................................................................................................................... 6

    2. Descrio do Produto a ser Fabricado ........................................................................................ 6

    3. Detalhamento da estrutura dos custos......................................................................................... 7

    3.1 Mquinas e equipamentos utilizados ............................................................................................. 7

    3.2 Definio do nmero de funcionrios ........................................................................................ 9

    3.3 Consumo de energia eltrica ...................................................................................................... 9

    3.4 Consumo de gs........................................................................................................................ 10

    3.5 Depreciao das mquinas ....................................................................................................... 10

    3.6 Gastos ....................................................................................................................................... 10

    3.7 Separao dos custos ................................................................................................................ 11

    3.8 Incidncia de impostos ............................................................................................................. 12

    3.8.1 ICMS ........................................................................................................................................ 12

    3.8.2 PIS ............................................................................................................................................ 12

    3.8.3 COFINS .................................................................................................................................... 12

    3.8.4 IPI ............................................................................................................................................. 12

    3.9 Margem de lucro aplicada ........................................................................................................ 13

  • 3.10 Clculo do preo de venda ....................................................................................................... 13

    4. Concluso ..................................................................................................................................... 14

  • 1

    1. DESCRIO DO PROCESSO PRODUTIVO

    1.1 Introduo

    A geleia uma substncia que possui muitos usos gastronmicos, sendo consumida

    como acompanhamento, sobre fatias de po, torradas ou bolachas no caf da manh, usada

    para rechear bolos, rocamboles ou outros doces, cobrir tortas, ou ainda, acompanhar pratos

    salgados como assados de diversos tipos.

    O objetivo deste trabalho descrever o processo produtivo desse produto, sendo

    escolhido o sabor de pimenta. Tambm ser feita a esquematizao dos custos envolvidos na

    sua produo, sendo o intuito final a obteno de um preo de venda compatvel com o

    mercado.

    1.2 A empresa

    A empresa GEELeia a mais nova pequena empresa responsvel pela produo de

    compotas de geleia de pimenta da regio, sul de Minas Gerais, e desenvolveu tcnicas

    gastronmicas para melhor consistncia e sabor. A qualidade est presente no dia-a-dia,

    visando alcanar a satisfao dos clientes e com o tempo e garantir a confiana dos

    mesmos.

    GEELeia conta com uma equipe de 11 pessoas para desenvolver seu plano

    administrativo, que ser apresentado a seguir, de forma a pagar salrio dignos aos

    funcionrios, dando-lhes condies adequadas de trabalho, preo competitivo de mercado

    a partir de um estudo aprofundado nos custos e despesas para a produo dessas delcias

    picantes.

    Esta equipe sabe da importncia dos planos de negcios e para isso todo o tempo ser

    dedicado ao mesmo. Afinal, de que adianta ter as tcnicas gastronmicas sem uma boa

    administrao?

    1.3 Descrio do Produto

    Existem geleias de diversos tipos e sabores, sendo que as mais populares so as doces,

    feitas a base de frutas. Seu princpio bsico de obteno consiste no cozimento dos

  • 2

    ingredientes (inteiros ou em pedaos, polpa ou suco) com acar e gua, em meio cido, at

    que seja atingida a consistncia gelatinosa.

    1.3.1 Tipos e Classificao

    De acordo com os tipos, as geleias podem ser simples ou mistas. Quando preparadas

    com um nico tipo de ingrediente base, ou seja, nas geleias de fruta, uma nica fruta usada,

    so consideradas simples. Quando so preparadas com mais de um ingrediente base, so

    consideradas mistas (ABIA, 2001).

    J a classificao adotada pela Legislao Brasileira de Alimentos determina que uma

    geleia de frutas pode ser comum ou extra, onde:

    Comum: quando preparadas numa proporo de quarenta partes de frutas

    frescas ou seu equivalente para sessenta partes de acar. As geleias de marmelo, laranja e

    ma podero ser preparadas com trinta e cinco partes de frutas frescas ou seu equivalente

    fruta fresca e sessenta e cinco partes de acar;

    Extra: quando preparadas numa proporo de cinquenta partes de frutas frescas

    ou seu equivalente para cinquenta partes de acar.

    Uma geleia de boa qualidade deve conservar-se bem sem sofrer alteraes, e quando

    retirada da embalagem, deve tremer sem escorrer, mantendo a forma da embalagem. Deve ser

    macia ao cortar, porm, firme, conservando sua forma. No deve ser aucarada, pegajosa ou

    viscosa, devendo conservar o sabor e o aroma da fruta original.

    A Legislao no permite o uso de corantes ou aromatizantes artificiais nesse produto.

    1.3.2 Ingredientes utilizados para a elaborao

    Para a fabricao de geleias, h tanto ingredientes obrigatrios como, partes

    comestveis de frutas frescas, congeladas, desidratadas ou por outros meios preservados,

    sacarose, frutose, glucose, xaropes e acar invertido, isoladamente ou em misturas adequadas

    e ingredientes opcionais como, vinagre, suco de limo, suco de lima e mel de abelhas.

    Tambm podem ser adicionadas bebidas alcolicas como usque, licor, rum, conhaque, vinho,

    desde que no ultrapasse o limite mximo de 1,9% de lcool, em volume (ABIA, 2001).

    As geleias de fruta devem ter no mnimo, o equivalente a 33 partes de ingredientes de

    frutas frescas, por peso, para cada 100 partes do produto final, excludo qualquer acar ou

  • 3

    outro ingrediente opcional utilizado, respeitando as excees presentes nas normas ou as que

    vierem a ser estabelecidas nos padres especficos de cada produto (ABIA, 2001).

    Quando a geleia apresentar uma mistura de duas frutas, a utilizao em maior

    quantidade no poder exceder 75% do total de ingredientes de frutas, exceto, quando um dos

    componentes for melo ou mamo, poder participar com at 95%, quando um dos

    componentes for abacaxi, maracuj, limo ou gengibre, poder participar com o mnimo de

    5%. Quando a geleia contiver uma mistura de trs frutas, a utilizada em maior quantidade

    dever participar de no mnimo 33,33% e o mximo de 75% do contedo total dos

    ingredientes da fruta (ABIA, 2001).

    1.4 Descrio das Etapas do Processo

    Geralmente nas grandes indstrias de processamento de frutas existem linhas

    completas para a fabricao de geleias, sendo a maioria das etapas controladas

    automaticamente (LOPES, 2007). Dessa maneira, para a produo da geleia de pimenta,

    devemos ter as seguintes etapas:

    1.4.1 Recepo e Escolha das Frutas

    As frutas podem ser recebidas em caixas, sacos ou a granel. Devem ser pesadas e neste

    momento, realizam-se as primeiras anotaes sobre o estado de conservao e apresentao

    das frutas para acompanhamento do processo.

    As frutas destinadas fabricao de geleia devem estar suficientemente maduras,

    quando apresentam seu melhor sabor, cor e aroma, alm de serem ricas em acar e pectina.

    Frutas ligeiramente verde tm maior teor de pectina que as muito maduras, pois conforme

    ocorre o amadurecimento da fruta, a pectina decompe-se em cido pctico, no formando

    gel. Para conciliar estas caractersticas desejveis, recomenda-se a utilizao de uma mistura

    contendo frutas maduras com melhor aroma, sabor e cor com frutas mais verdes que possuem

    maiores teores de pectina (TORREZAN, 1998).

    1.4.2 Lavagem

    A lavagem visa reduzir ao mximo a carga microbiana que os frutos trazem durante a

    colheita e o transporte, podendo ser lavadas por imerso, agitao em gua ou asperso

  • 4

    (CARVALHO, 2010). No nosso caso, foi escolhida a agitao em gua como mtodo de

    lavagem.

    1.4.3 Seleo das Frutas

    Em seguida, os frutos so selecionados e padronizados quanto ao comprimento e

    dimetro, visando dar o mximo de uniformidade ao lote e para que nas etapas subsequentes

    sejam processados apenas os frutos de boa qualidade (MELO, B., SILVA, C. A., ALVES,

    P.R.B, SD).

    A qualidade da geleia determinada tambm pela qualidade da matria-prima

    utilizada. As frutas utilizadas devem estar necessariamente sadias. No devem ser utilizadas

    frutas excessivamente verdes, estragadas, podres ou atacadas por insetos e larvas.

    A seleo deve ser cuidadosa e realizada por pessoas treinadas geralmente em mesas

    ou esteiras de seleo. O ambiente da seleo deve ser bem iluminado.

    1.4.4 Descascamento / Despolpamento / Refino

    As frutas lavadas e selecionadas sero novamente pesadas, antes do descascamento

    para que possamos avaliar o rendimento e eficcia do processo de descascamento utilizado.

    Aps esse processo, as laranjas sero descascadas para a produo do suco natural, as mas

    sero raladas e as pimentas, do tipo dedo-de-moa, sero picadas.

    1.4.5 Produo do Suco de Laranja

    Nesta etapa, utilizaremos as laranjas j preparadas para a produo do suco. Este suco

    utilizado em substituio gua (um dos ingredientes obrigatrios da geleia), para que

    possamos obter um sabor adocicado e acentuar o sabor da pimenta.

    1.4.6 Cozimento dos Frutos:

    Para incio, necessrio adicionar as pimentas, ma e o alho em uma panela

    industrial e lev-los ao fogo para a produo da geleia.

  • 5

    1.4.7 Adio do Lquido:

    Para as geleias comuns, pode-se adicionar gua s frutas que necessitam de um

    cozimento prvio. Porm, neste caso, utilizaremos o suco de laranja. Portanto, assim como a

    gua, o suco no deve exceder a quantidade de 20%.

    1.4.8 Adio do Acar

    O acar empregado com maior frequncia na fabricao de geleias no Brasil a

    sacarose de cana-de-acar. Durante a coco, a sacarose sofre, em meio cido, um processo

    de hidrlise, sendo desdobrada parcialmente em glicose e frutose, esse processo conhecido

    como inverso. Esta inverso parcial da sacarose necessria para evitar a cristalizao que

    pode vir a ocorrer durante o armazenamento. Assim, por ultimo, adiciona-se o acar.

    1.4.9 Teste da Colher

    Enfim, basta esperar o tempo certo de cozimento da geleia. Para isso, utiliza-se o teste

    da colher que consiste em retirar, com auxlio de uma colher ou p, uma pequena poro da

    geleia, inclin-la e deix-laescorrer. Se ela escorrer em forma de fio ou gotas, a geleia no est

    no ponto, mas se ficar parcialmente solidificada ou escorrer na forma de lmina ou flocos

    limpos, a concentrao est no ponto desejado (LOPES, 2007).

    1.4.10 Embalagem:

    No processo Hot Fill, o enchimento do produto na embalagem feito a quente e a

    embalagem invertida para garantir que o produto quente entre em contato com a parte

    superior da embalagem. Logo, a embalagem resfriada, sendo importante assegurar que o

    veculo de resfriamento no contamine o produto (HANSEN, 2000apud LEWIS e

    HEPPELLI, 2011).

    Como material de armazenamento, foi escolhido o vidro, por ser esteticamente melhor,

    e sendo o mesmo o mais utilizado como embalagem.

    As geleias completamente resfriadas e secas so levadas para mesas com o auxlio de

    carrinhos, onde resduos de geleia so removidos do exterior das embalagens. Em seguida,

    so rotuladas e acondicionadas em caixas prprias para transporte (LOPES, 2007).

  • 6

    1.4.11 Rotulagem:

    E, finalmente, como ltima etapa do processo produtivo realizada a rotulagem do

    produto. Assim, as seguintes regras so seguidas:

    a) Designao correta do produto;

    b) Lista dos ingredientes na ordem decrescente do respectivo peso, com exceo

    da gua, quando for o caso;

    c) A classificao correspondente respectiva qualidade, quando a mesma for

    certificada pelo rgo federal competente;

    d) Identificao do lote ou partida de fabricao, expressamente ou em cdigo.

    2. DESCRIO DO PRODUTO A SER FABRICADO

    Para a produo de cada produto individualmente so necessrias as seguintes

    matrias-primas:

    Tabela 1: Quantidade individual

    Pimenta Dedo-de-Moa 25 g

    Laranja 210 g

    Ma 40 g

    Acar 100 g

    Alho 5 g

    Desta maneira, tem-se a Tabela 2, para uma capacidade produtiva de 20000 compotas

    por ms (a escolha da capacidade produtiva ser justificada mais adiante, pois foi baseada em

    uma das mquinas utilizadas).

    Tabela 2: Matrias-primas

    Matria-Prima Quantidade

    Individual (g)

    Quantidade

    Total (kg)

    Local de

    Compra

    Preo

    Unitrio

    (R$/kg)

    Preo Total

    Pimenta (Dedo-de-Moa) 25 500 CEASA-SP 16,00 R$ 8.000,00

    Laranja 210 4200 CEASA-SP 1,14 R$ 4.788,00

    Ma 40 800 CEASA-SP 2,23 R$ 1.784,00

    Acar 100 2000 CEASA-SP 1,65 R$ 3.300,00

    Alho 5 100 CEASA-MG 10,00 R$ 1.000,00

    TOTAL R$ 18.872,00

  • 7

    3. DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DOS CUSTOS

    3.1 Mquinas e equipamentos utilizados

    A seguir so apresentadas as mquinas consideradas no processo de fabricao da

    geleia em si. necessrio conhecer o preo de cada uma para o clculo da depreciao bem

    como o valor da potncia de cada uma para o clculo da energia consumida.

    Balana: R$1000,00(Potncia: 15 W)

    Figura 1 Balana industrial

    Mquina de lavar alimentos: R$ 7000,00 (Potncia: 2,6 kW)

    Figura 2 Mquina de lavar alimentos

    Mquina de suco: R$ 5000,00 (Potncia: 370 W)

    Figura 3 Mquina de suco

  • 8

    Equipamentos de corte: R$ 500,00

    Figura 4 Equipamentos de corte

    Mquina de cozimento: R$ 5000,00 (Potncia: 3,5 kW)

    Figura 5 Mquina de cozimento

    Esta mquina produz 40 kg de geleia por hora. Considerando que cada unidade de

    geleia possui 320 g, ento so produzidas 125 geleias por hora.

    Considerando 8 horas por dia de funcionamento da mquina durante 20 dias no ms,

    so fabricadas 20000 geleias por ms, o que definiu a capacidade produtiva.

    Mquina de Dosar/Envasar/ Selar/Tampar e Rotular: R$ 50000,00 (Potncia: 2 kW)

    Figura 6 Mquina de envasar e embalar

  • 9

    Esta mquina possui reduzidas dimenses, permitindo sua instalao em pequenos

    espaos, de fcil operao, trabalho estvel e baixo rudo. Todo o equipamento controlado

    via CLP, garantindo um funcionamento contnuo e suave. o equipamento ideal para

    indstrias de alimentos na embalagem de produtos lquidos e pastosos (sucos, gelias, bebidas

    alcolicas, doces cremosos, etc.).

    Mquina com todos os comandos feitos de forma mecnica e eletrnica.

    A bomba dosadora permite um ajuste fino de dosagem, garantindo preciso na dosagem

    conforme desejvel.

    3.2 Definio do nmero de funcionrios

    Foram definidas as seguintes funes dentro do processo produtivo:

    Receber os alimentos e pesar;

    Operador da mquina de lavar;

    Cortar mas/descascar alho;

    Operador da mquina de suco;

    Operador da mquina de cozimento;

    Operador da mquina de dosar, envasar, selar, tampar e rotular;

    Distribuir as compotas de geleias em caixas;

    Transportar entre uma etapa e outra.

    Para isso considerou-se 7 funcionrios no setor produtivo alm de um supervisor.

    3.3 Consumo de energia eltrica

    Fazendo a soma do consumo das mquinas e considerando a potncia instalada de

    iluminao de 1 kW obtm-se uma potncia total de 9485 W.

    Como a empresa opera em horrio administrativo, de segunda a sexta-feira, para o

    clculo da energia consumida mensalmente, vem:

    E = 9485 [W] *8 [h/dia] * 20 [dias/ms] = 1517,6 [kW/ms]

    Considerando o preo da energia eltrica de 0,56474 R$/kW, o custo relativo ao

    consumo mensal de energia eltrica ser:

  • 10

    = $ 857,05 /

    3.4 Consumo de gs

    A mquina de cozimento alm de consumir energia eltrica para misturar os

    alimentos, tambm consome gs para cozinh-los. Como ela consome 0,8 gramas de gs por

    hora 8[g/h], considerando que o preo do gs 3,47 [R$/g] e que a mquina funciona 8 [h/dia]

    durante 20 [dias/ms], o custo relativo ao consumo mensal de gs ser dado por:

    =0,8 [g/h]*8[h/dia]*3,47 [R$/g]*20 [dias/ms]

    = $ 444,36 /

    3.5 Depreciao das mquinas

    A Tabela 3 representa a depreciao das mquinas no setor produtivo.

    Tabela 3: Depreciao das Mquinas

    Preo Depreciao Preo ao ms

    Mquina de lavar R$ 7.000,00 10% R$ 58,33

    Mquina de suco R$ 5.000,00 10% R$ 41,67

    Mquina de cozimento R$ 5.000,00 10% R$ 41,67

    Mquina de dosar/ envasar/

    selar/ tampar/ rotular R$ 50.000,00 10% R$ 416,67

    Equipamentos de corte R$ 500,00 10% R$ 4,17

    Balana R$ 1.000,00 10% R$ 8,33

    Total R$ 570,83

    3.6 Gastos

    A Tabela 4 representa os gastos para fabricao de compota de gelia. Foi adotado um

    valor de R$1,48 como preo unitrio de cada embalagem de acondicionamento.

  • 11

    Tabela 4: Gastos

    Gastos Preo

    Aluguel da fbrica R$ 8.000,00

    Salrio do supervisor R$ 2.600,40

    Despesa administrao / Despesa comercial 15%

    Mo de obra direta (MOD) R$ 9.101,40

    Seguros na fbrica R$ 2.000,00

    Conta de gua referente a produo R$ 1.200,00

    Energia eltrica referente a produo R$ 857,05

    Consumo na fabricao de 500 kg de pimenta R$ 8.000,00

    Consumo na fabricao de 4200 kg de laranja R$ 4.788,00

    Consumo na fabricao de 800 kg de ma R$1.784,00

    Consumo na fabricao de 2000 kg de acar R$ 3.300,00

    Consumo na fabricao de 100 kg de alho R$ 1.000,00

    Consumo na fabricao de 20000 embalagens para acondicionamento R$ 29.600,00

    Depreciao das mquinas no setor da produo R$ 570,83

    Consumo de gs R$444,36

    Manuteno R$ 760,00

    3.7 Separao dos custos

    A Tabela 5 representa os custos diretos/indiretos, as despesas, os custos fixos/variveis

    e o custo total de fabricao de compota de geleia.

    Tabela 5: Custos

    Descrio Preo

    Custos Diretos MOD, MP, Embalagens para

    acondicionamento R$ 57.573,40

    Custos Indiretos

    Aluguel da fbrica, Salrio do supervisor, seguros na fbrica, conta de gua referente produo,

    energia eltrica referente a produo, depreciao

    das mquinas no setor da produo, consumo de

    gs, manuteno

    R$ 16.432,64

    Despesas Despesa administrao / Despesa comercial 15%

    Custos Fixos

    Aluguel da fbrica, salrio do supervisor,

    MOD, seguros na fbrica, conta de gua

    referente a produo, energia eltrica referente

    a produo, depreciao das mquinas no setor

    da produo, consumo de gs, manuteno

    R$ 25.534,04

    Custos Variveis MP, embalagens para acondicionamento R$ 48.472,00

    Custo Total de Fabricao Custos diretos, custos indiretos R$ 74.006,04

  • 12

    3.8 Incidncia de impostos

    Impostos so valores pagos, neste caso por pessoa jurdica. O valor arrecadado pelo

    estado e servem para custear os gastos pblicos O dinheiro arrecadado com impostos

    tambm usado para investimentos em obras pblicas.

    3.8.1 ICMS

    ICMS a sigla de Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e

    Prestao de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao, e um

    imposto brasileiro, e cada estado possui uma tabela de valores. No estado de Minas Geras Sua

    alquota definida em 18,00% para o ano de 2015 (Tabela ICMS).

    3.8.2 PIS

    PIS a sigla para o Programa de Integrao Social, destinado a promover a integrao

    do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, alm de financiar o programa de

    seguro-desemprego e o abono de um salrio mnimo anual aos empregados que recebam at

    dois salrios mnimos mensais de empregadores contribuintes do programa.

    Sua alquota definida em 0,65% para as empresas enquadradas no Simples Nacional

    na condio de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

    3.8.3 COFINS

    COFINS a sigla para Contribuio para Financiamento de Seguridade Social, tendo

    como fator gerador a obteno de receita pela empresa.

    Sua alquota definida em 3,00% para as empresas enquadradas no Simples Nacional

    na condio de Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

    3.8.4 IPI

    IPI a sigla para Imposto Sobre Produtos Industrializados. O IPI pode variar

    dependendo da legislao vigente, tipo de empresa ou produto. Para geleia, sua alquota

    definida em 0,00%.

  • 13

    A tabela 6 apresenta uma estimativa dos impostos incidentes sobre a geleia fabricada.

    Tabela 6: Impostos incidentes sobre o produto

    Imposto Alquota

    ICMS 18,00%

    PIS 0,65%

    COFINS 3,00%

    IPI 0,00%

    Total 21,65%

    3.9 Margem de lucro aplicada

    Ser aplicada uma margem de lucro de 23,75 % para remunerao dos scios, sendo

    essa taxa calculada levando-se em considerao o valor de 13,75 % do riskfree mdio do

    Brasil (taxa Selic), acrescentado um montante relativo a possveis riscos e futuros

    investimentos.

    3.10 Clculo do preo de venda

    O preo de venda unitrio foi calculado a partir de:

    = =

    =

    74006,04

    20000= $ 3,70 /

    Donde:

    Despesas de vendas = 15%

    Impostos = 21,65%

    Margem de lucro =23,75%

    = 1 0,15 0,2165 0,2375

    = =

    =

    3,70

    1 0,15 0,2165 0,2375= $ 9,34 /

    A seguir, foi feito o levantamento de mercado, onde se pesquisou os preos das

    compotas de geleia de pimenta em supermercados e lojas da regio, alm de lojas online, para

  • 14

    atentarmos ao valor de venda e tambm concorrncia. Vale ressaltar que os valores

    utilizados foram os mais baixos entre os supermercados onde as pesquisas foram realizadas.

    O preo de venda calculado compatvel com o do mercado, como pode-se

    observar,entre as cinco marcas mais encontradas em comercializao, pela tabela 7.

    Tabela 7: Preo de mercado

    Marca Preo

    Queensberry 320 g R$11,28

    Spicy 260 g R$9,45

    Jalapeos Cia das Ervas 260 g R$10,49

    Predilecta 320 g R$9,39

    Chipotle 320 g R$ 12,19

    4. CONCLUSO

    O preo de venda calculado para o produto compatvel com o do mercado, porm a

    estruturao de custos realizada simples e apenas oferece uma noo dos custos e despesas

    envolvidos. Uma anlise mais detalhada difcil, pois a maioria dos valores obtidos so

    aproximaes e estimativas dos valores reais, os quais seriam conhecidos somente quando a

    produo do produto fosse iniciada na prtica, inclusive os fatores que so imprevisveis.

    O trabalho foi muito importante para o aprendizado prtico dos conhecimentos

    envolvidos na estruturao de custos de um produto, que um dos requisitos imprescindveis

    para a empresa obter sucesso no mercado.

    Apesar de bsica, foi possvel compreender os conceitos envolvidos e o quo

    importante deve ser para a empresa o conhecimento detalhado dos custos e despesas

    embutidos na fabricao de seus bens e servios, que o ponto inicial para que ela possa

    tomar decises importantes, com relao ao preo de venda, o qual deve ser competitivo e

    satisfatrio para os clientes, e para identificar possveis problemas.

  • 15

    REFERNCIAS

    ALVES, L.; ALVES, T.; REZENDE, F.; SCHEFFER, R. Processo de industrializao da

    geleia de goiaba. Disponvel em: . Acesso em: 20 Jun 2015.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DA ALIMENTAO. Legislao

    Brasileira para geleia de frutas. 2001

    LOPES, R. L. T. Fabricao de geleias. Minas Gerais: CETEC, 2007. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 Jun

    2015.

    TORREZAN, R. Manual para produo de geleias de frutas em escala industrial. Embrapa -

    CTAA, Rio de Janeiro, 1998. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 Jun 2015.

    CARVALHO, L. D. Produo de geleia diettica de Umbu- Caj: Avaliao sensorial, fsica

    e fsico-qumica. 67 f. Dissertao (Programa de Ps-Graduao em Cincias de Alimentos) -

    Faculdade de Farmcia da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 Jun

    2015.

    MELO, B, SILVA, C. A, ALVES, P. R. B. Processamento mnimo de hortalias e

    frutas. Disponvel em: . Acesso em: 20

    Jun 2015.

    HANSEN, O. A. S. Agregao de valor aos frutos da mangabeiras: Desenvolvimento e

    avaliao da estabilidade de nctar e geleia. 118 f. Dissertao (Programa de Ps-Graduao

    em Cincias Agrrias) - Universidade Federal do Recncavo da Bahia. Cruz das Almas, 2011.

    Disponvel em: . Acesso

    em: 20 Jun 2015.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DA ALIMENTAO. Compndio da

    legislao brasileira de alimentos. So Paulo, 1992.

    JACKIX, M. H. Doces, gelias e frutas em calda. Campinas: Editora da Unicamp, So Paulo:

    cone Editora, 1988. 172p.

    SEBRAE NACIONAL, como elaborar um plano de negcio. Disponvel em:

    . Acesso em21 Jun 2015.

  • 16

    MERCADO LIVRE (consulta de preos dos equipamentos). Disponvel em:

    . Acesso em: 21 Jun 2015.

    CORREIO GOURMAND, Dicionrios gastronmicos. Fonte: Enciclopdia Britnica, A

    cozinha dos Canabravas.Disponvelem: . Acesso em: 24 Jun

    2015.

    TABELA ICMS. Disponvel em: . Acesso em: 24 Jun 2015.

    INSDSTRIA HOJE, O que e como calcular o PIS e o COFINS, Disponvel em:

    . Acesso em: 24 Jun 2015.