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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ LEONHARD DA SILVA PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE MATERIAIS ESPORTIVOS NA CIDADE DE BIGUAÇU Biguaçu 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

LEONHARD DA SILVA

PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE MATERIAIS

ESPORTIVOS NA CIDADE DE BIGUAÇU

Biguaçu

2008

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LEONHARD DA SILVA

PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE MATERIAIS

ESPORTIVOS NA CIDADE DE BIGUAÇU

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao

Curso de Administração do Centro de Educação da

UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do

Título de Bacharel em Administração.

Professor Orientador: Claudia Catarina Pereira

Biguaçu

2008

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LEONHARD DA SILVA

PLANO DE NEGÓCIO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE MATERIAIS

ESPORTIVOS NA CIDADE DE BIGUAÇU

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título

de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Plano de Negócio

Biguaçu, 27 de junho de 2008.

Prof. MSc. Cláudia Catarina Pereira

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientadora

Prof. Esp. Crisanto Soares Ribeiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. MSc. Elpídio Luiz Lenzi

UNIVALI - CE de Biguaçu

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a minha mãe,

por me proporcionar este momento e pela minha educação, ao

meu avô, que me apoiou em todos os momentos, a minha

namorada Fernanda que contribuiu muito para a conclusão

deste trabalho, e a todas as pessoas que acreditam que podem

fazer alguma coisa para melhorar esse mundo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus

A Universidade do Vale do Itajaí A orientadora Professora Claudia Catarina Pereira, pelo acompanhamento

pontual e competente, pela paciência e dedicação.

A todos os amigos e colegas de turma pela amizade e companheirismo

demonstrados durante todo o Curso. A minha namorada Fernanda, pela paciência, pelos momentos de conforto e

apoio na elaboração deste projeto. A todos os professores pelo conhecimento repassado e pelo incentivo

demonstrado.

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“Sucesso é você fazer o melhor que você pode, nas diversas maneiras que você

puder. É somente ser honesto e autêntico, não em algumas coisas, mas em tudo que

você fizer. Sempre olhar para frente, e nunca olhar para trás. Acreditar no melhor

que você pode ser e ter fé nas coisas que você faz. Esquecer os erros que você

cometeu ontem; as lições, provavelmente, serão valiosas hoje... Nunca se dê por

vencido naquilo que você faz... Para tudo existe um amanhã e uma chance para

brilhar”! (Larry S. Chengges)

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RESUMO

SILVA, Leonhard. Elaboração de um Plano de Negócio para Implantação de uma Loja de Materiais Esportivos na Cidade de Biguaçu. 2008. 120 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2004. Este trabalho tem como objetivo principal a elaboração de um Plano de Negócio para determinar a viabilidade de se implantar uma loja de materiais esportivos na cidade de Biguaçu. Durante a execução do trabalho, foram analisados os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros, sendo estes muito importantes para o detalhamento dos aspectos ligados ao negócio antes de sua abertura. Inicialmente foi elaborada uma revisão literária das etapas que compõem um Plano de Negócios. Em seguida, foi elaborada uma pesquisa de mercado com clientes e uma entrevista com um concorrente, buscando conhecer o mercado local, as principais características dos clientes e seus hábitos de consumo de materiais esportivos. O planejamento financeiro forneceu a base para o estudo da empresa, onde foi definido o investimento inicial, os custos e as receitas. No plano financeiro foi utilizado o software MakeMoney, através deste plano de negócios mostrou-se viável a implantação da loja no cenário realista, com um Valor Presente Líquido de R$ 25.698,05 (Vinte e cinco mil, seiscentos e noventa e oito reais e cinco centavos), com um tempo estimado de retorno de 3 anos e uma Taxa interna de retorno de 27,39%. Palavras-chave: Empreendedorismo, Materiais esportivos.

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ABSTRACT SILVA, Leonhard. Elaboração de um Plano de Negócio para Implantação de uma Loja de Materiais Esportivos na Cidade de Biguaçu. 2008. 120 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2004. This work has as its main objective the establishment of a Business Plan to determine the feasibility of deploying a store of materials sports in the city of Biguaçu. During the execution of work, were analysed aspects mercadológicos, operational and financial, which are very important for the detailing aspects of the business before its opening. Initially it was established a literary review of the steps that make up a Business Plan. Then, a search was established market with customers and an interview with a competitor, seeking to know the local market, the main characteristics of customers and their habits of consumption of materials sports. The financial planning provided the basis for the study of the company, which was set the initial investment, costs and revenues. In the financial plan was the software used MakeMoney, through this business plan proved to be viable in the deployment of the store in realistic scenario, with a Net Present Value of $ 25698.05 (Twenty-five thousand, six hundred and ninety-eight dollars and five cents), with an estimated time of return of 3 years and an internal rate of return of 27.39%. Word-key: enterprising, esportivos materials.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Investimentos Iniciais ...............................................................................94 Tabela 2 - Projeção dos resultados ...........................................................................96 Tabela 3 - Projeção do fluxo de caixa .......................................................................98 Tabela 4 - Balanço Patrimonial ...............................................................................100 Tabela 5 - Ponto de Equilíbrio .................................................................................101 Tabela 6 - Análise de Investimento do Cenário Realista ........................................102 Tabela 7 - Análise do Investimento no Cenário Otimista ........................................103 Tabela 8 - Análise de Investimento Cenário Pessimista .........................................104

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Modelo Básico de Organograma...............................................................42

Quadro 1- Tipos de estratégias .................................................................................23 Quadro 2- Níveis de concorrência .............................................................................32 Quadro 3- Características das estruturas organizacionais ........................................41 Quadro 4- Balanço patrimonial ..................................................................................54 Quadro 5- Exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício ...........................56 Quadro 6- Mercado ....................................................................................................71 Quadro 7- Planejamento Estratégico .........................................................................72 Quadro 8- Oportunidades e Ameaças .......................................................................73 Quadro 9- Análise do Ambiente Interno-Variáveis Críticas .......................................74 Quadro 10- Estratégias de Marketing ........................................................................85 Quadro 11- Cronograma ............................................................................................92 Gráfico 1 - Satisfação dos clientes com lojas já existente..........................................76 Gráfico 2 - Localização dos clientes...........................................................................80 Gráfico 3 - Faixa etária dos clientes...........................................................................81 Gráfico 4 - Tipo de estabelecimento que costuma fazer as compras........................82 Gráfico 5 - Local que costuma fazer as compras.......................................................82 Gráfico 6 - Forma de Pagamento...............................................................................83 Gráfico 7 - Principais produtos adquiridos pelos clientes...........................................86 Gráfico 8 - Principais marcas adquiridas pelos clientes.............................................87 Gráfico 9 - Renda do Grupo familiar...........................................................................88 Gráfico 10 - Freqüência que adquire esses produtos.................................................89 Gráfico 11 - Aspectos mais importantes em uma loja................................................90 Gráfico 12 - Local onde os clientes procuram as lojas...............................................91

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRALEME – Associação Brasileira dos Lojistas de Equipamentos e Materiais

Esportivos

ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

JUCESC - Junta Comercial do Estado de Santa Catarina

TMA - Taxa Mínima de Atratividade

VPL - Valor Presente Líquido

TIR - Taxa Interna de Retorno

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SUMÁRIO

RESUMO......................................................................................................................5 ABSTRACT..................................................................................................................6 LISTA DE TABELAS...................................................................................................7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES..........................................................................................8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.....................................................................9 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................13 1.1 OBJETIVOS..........................................................................................................14 1.1.1 Objetivo geral...................................................................................................14 1.1.2 Objetivos específicos......................................................................................14 1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................16

2.1 EMPREENDEDORISMO......................................................................................16 2.1.1 Empreendedor..................................................................................................17 2.2 PLANO DE NEGÓCIO..........................................................................................19 2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO......................................................................20 2.3.1 Objetivos...........................................................................................................21 2.3.2 Estratégia..........................................................................................................22 2.3.2.1 Missão.............................................................................................................23 2.3.2.2 Visão...............................................................................................................24 2.3.2 Estudo de Mercado..........................................................................................25 2.3.2.1 Oferta e Demanda..........................................................................................27 2.3.3 Clientes.............................................................................................................27 2.3.3.1 Segmentação de mercado.............................................................................29 2.3.4 Fornecedores...................................................................................................29 2.3.5 Concorrentes...................................................................................................31 2.3.6 Pontos Fortes e Fracos...................................................................................32 2.4 PLANO DE MARKETING.....................................................................................33 2.4.1 Produto.............................................................................................................33 2.4.2 Preço.................................................................................................................34 2.4.3 Praça.................................................................................................................36 2.4.3 Promoção.........................................................................................................37 2.5 PLANO OPERACIONAL......................................................................................38 2.5.1 Estrutura Física (layout).................................................................................39 2.5.2 Estrutura Organizacional................................................................................39 2.5.2.1 Organograma.................................................................................................42 2.5.3 Sistema de Produção......................................................................................43 2.5.4 Aspectos juridicos e legais............................................................................44 2.6 PLANO FINANCEIRO..........................................................................................46 2.6.1 Investimento Inicial.........................................................................................48 2.6.2 Custos fixos e variáveis.................................................................................49 2.6.3 Receitas............................................................................................................50 2.6.4 Projeção da Receita........................................................................................51 2.6.5 Ferramentas de Controle Financeiro.............................................................51

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2.6.5.1 Fluxo de Caixa................................................................................................52

2.6.5.2 Balanço Patrimonial........................................................................................53 2.6.5.3 Demonstração do Resultado do Exercício.....................................................55 2.6.6 Ferramentas de Análise de Viabilidade.........................................................56 2.6.6.1 Valor Presente Líquido...................................................................................57 2.6.6.2 Taxa Mínima de Atratividade..........................................................................58 2.6.6.3 Taxa Interna de Retorno................................................................................58 2.6.6.4 Payback Descontado.....................................................................................59 2.6.6.5 Ponto de equilíbrio.........................................................................................59

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO....................................................................61

4 PLANO DE NEGÓCIOS..........................................................................................63 4.1 RESUMO EXECUTIVO........................................................................................65 4.1.1 Enunciado do Projeto......................................................................................66 4.1.2 Empreendedores..............................................................................................66 4.1.3 Os produtos, Serviços e a Tecnologia...........................................................67 4.1.4 O Mercado Potencial.......................................................................................67 4.1.5 Elementos de Diferenciação...........................................................................68 4.1.6 Projeção de Vendas.........................................................................................68 4.1.7 - Rentabilidade e Projeções Financeiras.......................................................69 4.2 A EMPRESA.........................................................................................................69 4.2.1 Histórico...........................................................................................................69 4.2.3 Planejamento Estratégico...............................................................................70 4.2.4 Estrutura Organizacional e Legal...................................................................75 4.2.5 Equipe Dirigente..............................................................................................75 4.2.6 Plano de Operações........................................................................................75 4.2.7 Aspectos jurídicos/legais................................................................................77 4.2.8 Parcerias...........................................................................................................78 4.2.9 Responsabilidade Social e Meio Ambiente...................................................78 4.3 PLANO DE MARKETING.....................................................................................78 4.3.1 Análise de Mercado.........................................................................................79 4.3.1.1 Setor...............................................................................................................79 4.3.1.2 Clientela..........................................................................................................80 4.3.1.3 Concorrência..................................................................................................83 4.3.1.4 Fornecedores.................................................................................................84 4.3.2 Estratégias de Marketing................................................................................84 4.3.2.1Produtos e Serviços........................................................................................85 4.3.2.2 Preço..............................................................................................................87 4.3.2.3 Distribuição....................................................................................................89 4.3.2.4 Promoção e Publicidade................................................................................90 4.3.2.5 Relacionamento com os Clientes...................................................................91 4.4 O PROJETO.........................................................................................................92 4.4.2 Cronograma......................................................................................................92 4.5 PLANO FINANCEIRO...........................................................................................93 4.5.1 Investimento Inicial..........................................................................................93 4.5.2 Projeção dos Resultados................................................................................95

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4.5.3 Projeção de Fluxo de Caixa............................................................................97 4.5.4 Balanço Patrimonial........................................................................................99 4.5.5 Ponto de Equilíbrio........................................................................................100 4.5.6 Análise de Investimento com Cenários.......................................................101 4.5.6.1 Análise de Investimento no Cenário Realista...............................................101 4.5.6.2 Análise de Investimento no Cenário Otimista...............................................102 4.5.6.3 Análise de Investimento no Cenário Pessimista...........................................103 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................105 REFERÊNCIAS........................................................................................................107 APÊNDICES.............................................................................................................110 ANEXOS...................................................................................................................119

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, as pequenas empresas desempenham um papel de extrema

importância no cenário econômico brasileiro, pois respondem por boa parte das

ocupações geradas, oferecem empregos e contribuem para o crescimento da

economia.

Segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae (2006), 39% das pequenas

empresas fecham as portas nos seus três primeiros anos de existência. A principal

causa é a falta de planejamento. Nos tempos atuais, sabemos que para abrir uma

empresa, é preciso que o empreendedor faça um bom estudo, pois muitas vezes

os empreendedores, na ânsia de abrir seu próprio empreendimento, não percebem

como é importante para o sucesso da empresa, a elaboração de um plano de

negócio.

Para Longenecker, Moore e Petty (1998, p. 161), “o plano de negócios

descreve a idéia de um novo empreendimento e projeta os aspectos

mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos para os três

primeiros anos”. Sendo assim, através da sua elaboração, o empreendedor poderá

fazer uma análise da proposta e isso o ajudará a identificar um possível fracasso

de sua empresa no futuro. Ao se realizar uma análise dessa empresa no setor de

comércio onde estará inserida, as informações poderão ser usadas para sugerir

mudanças nesse setor e aproveitar as oportunidades decorrentes dessas

mudanças em nichos específicos.

O planejamento do negócio é uma importante ferramenta para analisar os

custos e os investimentos necessários para seu gerenciamento. Poucos

empreendedores se preocupam em fazer uma análise e conhecer o mercado em

que se pretende atuar. A elaboração de um plano de negócio ajuda o

empreendedor a antever os problemas, evitando que eles aconteçam ou chegando

à conclusão de que o negócio não é viável.

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Para se abrir uma empresa, os empreendedores devem levar em conta que

o sucesso de qualquer negócio depende, sobretudo, de um bom planejamento.

Embora qualquer negócio ofereça riscos, é preciso prevenir-se deles.

A partir dos relatos anteriores, pode-se perceber a importância da

realização de um plano de negócios para implantação de um novo negócio. Dessa

forma, o presente trabalho procura responder a seguinte questão problema:

Existe viabilidade para abertura de uma loja de materiais esportivos no

centro do município de Biguaçu?

Desse modo, a fim de melhor direcionar os estudos e atividades, referentes

ao presente estudo, definiu-se os seguintes objetivos.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar um plano de negócio para abertura de uma loja de artigos

esportivos no centro do município de Biguaçu.

1.1.2 Objetivos específicos

• Elaborar o Planejamento Estratégico;

• Definir o Plano de Marketing;

• Definir o Plano Operacional;

• Desenvolver o Plano Econômico e Financeiro;

• Verificar os Aspectos Jurídicos e Legais

1.2 JUSTIFICATIVA

Atualmente, a taxa de mortalidade nas organizações é muito alta. Isso se

deve, em grande parte, à vontade do empreendedor em querer ver seu negócio

funcionando, esquecendo de verificar os fatores que influenciam a organização,

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não planejando as atividades e realizando assim, uma abertura prematura da

empresa.

Esta taxa de mortalidade poderia ser reduzida em grande parte com a

elaboração de um plano de negócio. Através de sua elaboração, os

empreendedores podem explorar minuciosamente cada componente do

empreendimento e cada fator que possa ter influencia na empresa, conhecendo

melhor sua estrutura e funcionamento, se preparando e minimizando as possíveis

dificuldades da implantação, aumentando assim as chances de sucesso.

A elaboração de um plano de negócio se justifica pelo fato de este ser um

estudo para descrever de forma completa, o que é e o que pretende ser a

empresa, verificando assim a viabilidade da sua implantação. Assim, o plano de

negócios se torna uma ferramenta para que o empreendedor mergulhe

profundamente na análise desse negócio, diminuindo os riscos e estabelecendo

suas decisões.

A idéia de se desenvolver um estudo para elaboração de um plano de

negócios surgiu da necessidade da realização de um trabalho de conclusão do

Curso de Administração, aliada ao interesse em abrir uma loja de materiais

esportivos. O aumento da população, a grande procura pela prática de esportes, e

a existência de apenas uma loja desse setor no município, possibilitando aos

clientes dessa região novas opções de produtos no mercado, são motivos que

justificam o desenvolvimento do projeto.

O estudo é viável no que concerne ao período de execução, pois há

conhecimento necessário para o projeto. Buscando informações sobre o setor de

comércio no SEBRAE, na Secretaria de Indústria e Comércio do município de

Biguaçu, e também na empresa já existente no setor de esporte e lazer do

município de Biguaçu, ou até mesmo em órgãos públicos e privados.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta etapa do trabalho tem como objetivo apresentar os principais conceitos

referentes aos aspectos financeiros de um plano de negócio a fim de que possam

contribuir para o embasamento teórico desse trabalho. Os temas abordados são:

Empreendedorismo, Plano de Negócio, Plano Econômico e Financeiro,

Planejamento Estratégico, Plano de Marketing e Plano Operacional.

Por tratar-se de um trabalho acadêmico cientifico, é de fundamental

importância essa revisão bibliográfica, pois possibilitam um retorno as disciplinas

cursadas. A fundamentação teórica alem de dar cientificidade ao estudo mostra a

importância de cada disciplina no contexto do curso, notadamente as mais

técnicas.

2.1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil nos últimos anos,

principalmente na década de 1990, pois é importante lembrar que por trás de

novas idéias que vêm revolucionando a sociedade, há sempre um visionário, que

com seu talento, somado à análise, planejamento e capacidade de

implementação, é responsável por empreendimentos de sucesso (DORNELAS,

2001,p.15).

Desde o início da década de 1990, o interesse pelo tema

empreendedorismo no Brasil aumentou substancialmente, incentivando um grande

número de estudos e publicações a respeito desse tema. A criação de pequenas

empresas duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de

mortalidade desses empreendimentos eram os principais fatores que explicavam o

interesse por um estudo mais detalhado sobre o assunto.

De acordo com os dados levantados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE,2004), as micros e pequenas empresas

compreendem cerca de 99% das empresas estabelecidas no país, sendo que

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representam em torno de 56% das ocupações e movimentam cerca de 20% do

PIB. No ano de 2004, o Sebrae realizou uma pesquisa em nível nacional e

constatou que das micro e pequenas empresas constituídas no ano de 2000,

menos da metade ainda sobrevivia, revelando que no Brasil cerca de 60% dos

empreendimentos não ultrapassam o quarto ano de vida, isso acontece em boa

parte, pela falta de um planejamento por parte dos empreendedores na hora de

montar seu próprio negócio, desse modo, a falta de conhecimento e habilidades

administrativas, mercadológicas, financeiras e tecnológicas são grandes razões

para o insucesso empresarial (SEBRAE, 2004).

Para Gimenez et al. (2001, p.22), o empreendedorismo, nas diversas

abordagens, é visto como a busca por “resultado tangível ou intangível de uma

pessoa com habilidades criativas, sendo uma complexa função de experiências de

vida, oportunidades, habilidades e capacidades individuais e que no seu exercício

está inerente à variável risco, tanto em sua vida como em sua carreira”.

De forma mais abrangente, para Dolabela (1999, p.45), ”o

empreendedorismo é algo dinâmico; o mercado e a tecnologia estão em

constantes mudanças e as empresas parceiras também, alterações de curso são

inevitáveis nas relações de parceria”. Conclui-se, a partir daí, que no

empreendedorismo, as pessoas estão prontas para receber novas idéias; sendo

que o conhecimento é compartilhado e investimentos são feitos para estimular a

criatividade, busca-se sempre superar os limites que os empreendedores criativos

estão sempre enfrentando, pois a criatividade também oferece riscos e confrontos.

Verifica-se, nessa perspectiva, que os estudos que abordam o tema

empreendedorismo descrevem que o ato de identificar as oportunidades de

mercado é o meio pelo qual se alavancam as mudanças e criam-se os novos tipos

de negócio.

2.1.1 Empreendedor

Filion (1999, p.13) afirma que “o empreendedor é alguém com capacidade

de estabelecer objetivos e encontrar oportunidades de negócios, sendo que para

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isso, faz uso de sua criatividade e conhecimento do ambiente no qual está

inserido”. A orientação de suas decisões é o contínuo aproveitamento de

oportunidades por meio de inovações, o que implica em assumir riscos

moderados. O autor enfatiza que nem sempre um proprietário de um negócio é um

empreendedor, uma vez que mantém sua empresa sem fazer mudanças

significativas, nem tem visão do que quer fazer e não desenvolve novos produtos

ou mercados. Por outro lado, há empreendedores que nunca se tornam

proprietários de pequenos negócios e permanecem trabalhando em grandes

corporações, os chamados intraempreendedores ou empreendedores

corporativos.

Na mesma perspectiva, Dolabela (1999, p.48) sustenta que o

empreendedor é a pessoa que acredita que sempre há uma maneira melhor de

fazer o que já está sendo feito, que muda e transforma valores, assumindo riscos,

ele consegue explorar as oportunidades independentemente dos recursos que tem

à mão, uma vez que sabe como buscar, gerenciar e capacitar recursos. Ele

assume responsabilidade e age com base nas oportunidades percebidas no

ambiente que o circunda, nas suas redes de contato, nas informações obtidas,

enfim ele desenvolve uma visão própria do que será, como e para onde irá sua

empresa.

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 3), “os empreendedores são

os heróis populares da moderna vida empresarial. Eles fornecem empregos,

introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico”. Os autores

mencionam, que os empreendedores são vistos como energizadores que

assumem os riscos necessários quando inauguram seus novos negócios, ou seja,

os autores relatam que o empreendedor é uma pessoa que inicia ou opera um

negócio. Nesse sentido, o empreendedor tem de assumir riscos, e o seu sucesso

está na capacidade de conviver e sobreviver a eles, ou seja, os riscos fazem parte

de qualquer atividade, e é preciso aprender a administrá-los.

Os empreendedores criam algo novo, algo diferente; eles mudam ou

transformam valores. O empreendedor vê a mudança como norma; ele sempre

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está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma

oportunidade. A inovação sistemática, característica específica do espírito

empreendedor é a busca das mudanças e oportunidades que podem resultar na

inovação para a sociedade. O desenvolvimento tecnológico gera mudanças

fornecendo o estímulo para a criação do espírito empreendedor e a inovação na

sociedade (DRUCKER ,1987, p. 28).

Convém enfatizar que o empreendedor tem necessidade de realizar coisas

novas e colocar em prática as suas idéias, quando desafiado por uma

oportunidade, ele está disposto a trabalhar continuamente para alcançar seu

objetivo, para isso, ele identifica a oportunidade, determina e organiza os recursos

necessários e conduz o desempenho da organização. Dessa forma, o

empreendedor precisa detectar quais são as oportunidades que aquele negócio

oferece, assim, ele precisa ter um elevado nível de conhecimento do mercado para

visualizar essas oportunidades. Nesse sentido, o empreendedor é a pessoa que

acredita que sempre há uma maneira melhor de fazer o que já está sendo feito,

que muda e transforma valores, assumindo riscos. Ele assume responsabilidade e

age com base nas oportunidades percebidas no ambiente que o circunda, nas

suas redes de contato, nas informações obtidas,

enfim ele desenvolve uma visão própria do que será, como e para onde irá sua

empresa.

A seguir na próxima secção, será abordado o tema plano de negócio.

2.2 PLANO DE NEGÓCIO

É provável que boa parte dos fracassos precoces nos negócios tivesse sido

evitada se as mentes criativas dos empreendedores tivessem investido parte das

energias para elaborar um plano de negócios consistente.

Segundo Longenecker, Moore, Petty (1997, p.161), “o plano de negócios

descreve a idéia de um novo empreendimento e projeta os aspectos

mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos para os três a

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20

cinco primeiros anos”. Os autores sustentam que através de sua elaboração, o

empreendedor poderá analisar a proposta, ajudando-o para que no futuro o

mesmo não venha a ter fracassos com seu negócio.

Em outra perspectiva, Dornelas (2001, p.91) apresenta o plano de negócios

“como um processo que permite prever, antecipar ou reduzirem muitas das

causas de insucessos em novos empreendimentos”. O autor salienta que um

plano de negócios descreve o empreendimento e seu mercado, as estratégias e

os direcionamentos futuros, incluindo planos funcionais das principais áreas da

empresa como marketing, finanças, recursos humanos, tecnologia, etc.

O plano de negócios é a formalização das idéias, da oportunidade, do

conceito, dos riscos, das experiências similares, das medidas para minimizá-los,

das respostas aos pré-requisitos, da estratégia competitiva, um plano de negócios

descreve o empreendimento e seu mercado, as estratégias e os direcionamentos

futuros, incluindo planos funcionais das principais áreas da empresa, como

marketing, recursos humanos, vendas, operacional e financeiro para viabilizar o

novo negócio (DEGEN,1989, p.177).

Convém enfatizar, que um plano de negócios bem feito ajuda o

empreendedor a antever os problemas, a evitar que eles aconteçam ou a chegar a

uma conclusão de que não vale a pena arriscar no negócio, além do mais, ao olhar

as idéias no papel o futuro empreendedor pode ter uma noção realista das

chances de concretizar seu negócio.

2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento é a mais importante tarefa da alocação de recursos e de

formulação de estratégias em função dos objetivos empresariais e de marketing. A

partir de uma análise ambiental, uma organização pode planejar o seu futuro com

o intuito de fortalecer sua atuação no mercado. Nesse sentido, Cobra (1993,

p.148) afirma que “o planejamento é essencialmente um processo dirigido a tomar

decisões hoje tendo em vista o amanhã, ou seja, significa a preparação para

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21

tomada de decisões futuras que devem ser rápidas, econômicas e com o menor

intervalo possível no negócio”.

Em outra perspectiva, Woiller (1996, p.22) sustentam que “o planejamento é

um processo de tomada de decisões interdependentes, decisões estas que

procuram conduzir a empresa para uma situação futura desejada”.

Segundo Oliveira (2001, p. 46) o planejamento estratégico é um processo

gerencial e estabelece o rumo que a empresa deverá seguir e que busca otimizar

a relação da empresa e seu ambiente.

Dessa forma, observa-se, que o planejamento estratégico diz respeito à

formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua

execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua

evolução no futuro.

2.3.1 Objetivos

O objetivo da empresa representa o resultado da somatória e composição

dos objetivos de seus dirigentes, portanto, verifica-se que os objetivos da empresa

refletem, de forma ponderada, as diferentes motivações dos dirigentes desta

mesma empresa (OLIVEIRA, 2001, p.148).

Kotler (1998, p. 88) considera que poucos negócios procuram apenas um

objetivo. A maioria das empresas procura um conjunto de objetivos que inclui

lucratividade, crescimento das vendas, aumento da participação de mercado,

contenção de riscos, inovação e reputação. Kotler (1998, p. 88), menciona ainda

que os vários objetivos definidos pela organização, devem atender os quatro

critérios:

• Os objetivos devem ser organizados hierarquicamente, do mais para

menos importante. Por exemplo, o objetivo principal de uma organização para o

período pode ser aumentar a taxa de retorno sobre o investimento. Isso pode ser

realizado aumentando o nível de lucro e reduzindo as despesas. O faturamento

pode crescer quando se amplia a participação de mercado e/ou preços;

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22

• Os objetivos devem ser estabelecidos quantitativamente sempre que

possível;

• As metas devem ser realistas. Devem partir de uma análise das

oportunidades e ameaças da empresa, e não do que seria desejavel;

• Os objetivos da empresa devem ser consistentes. Pois, não é possível

maximizar as vendas e os lucros simultaneamente.

Para Cobra (1993, p. 150), a razão de existir de uma empresa está

configurada nos objetivos que ela persegue, assim para atingi-los, é preciso

destinar recursos que possibilitem alcançá-los ou realizá-los.

Após o desenvolvimento dos principais objetivos da unidade de negócio,

devem-se adotar programas de ação, sendo assim, se a administração decidir que

o negócio deve conquistar liderança tecnológica, precisara implementar esses

programas para fortalecer o departamento de pesquisa e desenvolvimento, reunir

inteligência tecnológica, desenvolver produtos superiores, treinar a força de

vendas e desenvolver anúncios para comunicar essa liderança ( KOTLER, 1998, p.

92).

2.3.2 Estratégia

Segundo Oliveira (2001,p.174), as estratégias têm como finalidade

estabelecer quais caminhos, cursos e programas de ação que devem ser

seguidos para que sejam alcançados os objetivos e desafios estabelecidos. O

processo de definição das mesmas esta relacionada com a ligação da empresa e

seu ambiente, busca-se defini-las e operacionalizá-las de forma a maximizar os

resultados da interação estabelecida.

Em linha distinta, Porter (1991, p. 45) enfatiza que uma estratégia

competitiva assume uma ação ofensiva ou defensiva, e compreende uma série de

abordagens:

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23

• Posicionar a empresa de modo que suas capacidades proporcionem a

melhor defesa contra o conjunto existente de forças competitivas;

• Influenciar o equilíbrio de forças através de movimentos estratégicos e,

assim, melhorar a posição relativa da empresa; ou

• Antecipar as mudanças nos fatores básicos das forças e responder a

elas, explorando, assim, a mudança através da escolha de uma estratégia

apropriada ao novo equilíbrio competitivo antes que os rivais a identifiquem.

Churchill e Peter (2005, p.90), distinguem 4 tipos de estratégias a serem

adotadas conforme a necessidade da empresa, conforme pode ser verificado no

quadro 1:

Estratégias Características Estratégias de penetração

no mercado Estratégia de crescimento pela venda de uma maior quantidade dos produtos existentes da empresa para seus clientes existentes.

Estratégias de desenvolvimento do

mercado

Estratégia de crescimento pela venda de novos produtos existentes a novos clientes.

Estratégias de desenvolvimento de novos

produtos

Estratégia de crescimento pelo desenvolvimento de novos produtos para servir clientes já existentes.

Diversificação

Estratégia de crescimento pelo desenvolvimento de novos produtos para servir clientes já existentes.

Quadro 1: Tipos Estratégias Fonte: Churchill e Peter (2005,p.90).

Oliveira (2001, p. 180), ainda menciona que as estratégias devem ser

determinadas em vista sua capacitação e objetivos estabelecidos. Estas norteiam

o desenvolvimento por um período e precisam estar de acordo com a situação da

empresa.

A seguir, são apresentadas abordagens sobre os conceitos e a elaboração

da missão e visão de uma empresa.

2.3.2.1 Missão

Oliveira (2001, p. 118) considera a missão como “a razão de ser da

empresa”. Para tanto, especifica-se o negócio da empresa, o porquê de sua

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existência, ou ainda sua concentração de forças em determinadas atividades no

futuro. O autor considera como ponto de partida para o estabelecimento da

missão a análise e interpretação de outras questões, tais como:

• Qual a razão de ser da nossa empresa?

• Qual a natureza do(s) negócio(s) da empresa?

• Quais os tipos de atividades em que a empresa deve concentrar seus

esforços no futuro?

Em perspectiva similar, Las Casas (1999, p. 86) defende que para se

estabelecer a missão de uma empresa devem-se seguir etapas. Dentre estas,

primeiramente defini-se o negócio da empresa em função de seu mercado, depois

se define sua razão de ser, posteriormente as atividades que serão desenvolvidas

deverão ser mencionadas e o enunciado elaborado sempre dentre de certo nível

de simplicidade.

Em outra perspectiva, Dias (2006, p. 502) afirma que “a missão é uma

definição clara do direcionamento do negócio”. Segundo o autor ainda, esta

deverá ser baseada em missões econômicas e sociais, e deve favorecer o

comprometimento dos colaboradores aos objetivos das empresas e seu

desenvolvimento em longo prazo. Deve gerar, através de padrões de excelência,

vantagens competitivas e bem estar à comunidade.

2.3.2.2 Visão

Dias (2006, p. 445) define a visão como “o que a organização almeja atingir

no futuro”. Este mesmo autor, salienta que esta deve ser definida sob uma

percepção de “fora para dentro” da empresa.

Oliveira (2001, p. 82), analisa a visão como os limites percebidos pelos

empresários e executivos para um período de tempo prolongado e sob uma

abordagem mais ampla. Segundo este autor, a visão delineia o planejamento

estratégico.

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25

De forma mais abrangente, Tavares (2000, p. 175) afirma que a visão é

uma projeção de onde a empresa deseja estar no futuro. Isto permite que se

concentrem esforços para que esta posição possa ser alcançada e ocupada. O

autor aponta cinco fatores que são essenciais na elaboração de uma visão e

devem ser considerados, são eles:

• Habilidade de acumular e aplicar criativamente o aprendizado sobre o

mercado e seu ambiente de atuação;

• Participação na mente dos consumidores, por meio da marca;

• Capacidade de criar e administrar alianças, coalizões e parcerias;

• Desenvolvimentos de competências distintivas; e

• Habilidade em desenvolver e explorar o potencial humano, como suporte

aos fatores anteriores.

Através dos conceitos dos autores acima, pode-se analisar que a visão

estratégica em negócios é perceber para onde as coisas vão, quais são as forças

que se opõem aos objetivos da organização, como lidar com elas, quais são as

oportunidades que se abrem, como aproveitá-las bem.

2.3.2 Estudo de Mercado

É fundamental para o empreendedor que deseja obter sucesso em seu

próprio negócio, fazer um estudo sobre o mercado no qual este pretende atuar.

Fica evidente que o mercado é muito complexo, surgindo então a necessidade de

estudá-lo e pesquisá-lo antes que seja tomada qualquer atitude em relação ao

mercado.

O atual contexto empresarial que apresenta mercados mais competitivos e

de bases tecnológicas mais avançadas, exige que as organizações conheçam

profundamente seu negócio e seus clientes. Os clientes, por sua vez, tornam-se

mais exigentes no momento da compra do produto ou serviço e durante seu

consumo, avaliando uma série de fatores que a empresa oferece aos mesmos (

SEBRAE, 2004).

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26

A análise de um mercado é extremamente importante para o sucesso de

um novo negócio, sendo que a empresa deve conhecer muito bem o mercado

onde pretende atuar, sendo que, através dessa pesquisa conseguirá estabelecer

metas, procurando se diferenciar da concorrência, agregando valores aos seus

serviços ou produtos, tendo o objetivo de conquistar cada vez mais seus clientes

(DORNELAS, 2001, p.139).

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1998, p. 197), “mercado é o

processo de localizar e investigar unidades de compra que tenham poder de

compra e necessidades que possam ser satisfeitas com o produto ou serviço que

o empreendedor pode oferecer”. Os autores relatam que um mercado precisa ter

uma unidade de compra, ou clientes, ou seja, em um mercado deve conter

clientes potenciais, sendo assim, um mercado é um grupo de clientes ou clientes

potenciais que têm o poder de compra e necessidades não satisfeitas.

Na mesma concepção, Kotler (1993, p.38) afirma que “o mercado é

composto por clientes potenciais que partilham de uma mesma necessidade ou

desejo e estão aptos a engajar-se num processo de troca para satisfazer aquela

necessidade ou desejo”.

Cabe evidenciar que o estudo de mercado irá apresentar uma concepção

clara sobre as condições que a empresa tem para ingressar nesse mercado, e

também sobre o interesse de se investir nesse negócio. O empreendedor também

precisa conhecer qual será a possível parcela deste mercado que sua empresa

atingirá no

futuro, e descobrir o que a concorrência esta fazendo neste mesmo mercado

(KOTLER, 1999).

Em perspectiva similar, Buarque (1984, p. 84) menciona que “o estudo de

mercado é a parte do projeto onde se determina o grau de necessidades que a

sociedade apresenta em relação ao bem ou serviço cuja produção se deve

estudar”. O autor enfatiza que se deve ter um conhecimento profundo do mercado

no qual se deseja atuar, buscando ter o máximo de informações sobre as

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27

necessidades dos consumidores e o quanto eles estão dispostos a pagar pelos

produtos ou serviços.

2.3.2.1 Oferta e Demanda

É necessário saber o conceito da oferta e da procura para a realização de

um estudo de mercado, definindo oferta como a relação entre preços e a

quantidade ofertada e a procura como a relação entre preços e a quantidade

procurada (HOLANDA, 1987, p. 116).

Degen (1989, p.79) considera que a oferta é a quantidade de produtos ou

serviços que os fornecedores ordenam a um determinado preço, ou seja, quanto

maior for a oferta, menor será o preço, e quando menor for a oferta maior será o

preço. O autor aborda que a demanda é a quantidade de produtos ou serviços

que os consumidores obtêm a um determinado preço já assentado pelo mercado.

Verifica-se, nessa perspectiva, que quanto mais um produto for procurado,

mais acontecerá a demanda, isto é, mais produtos precisam entrar no mercado

para suprir essa demanda, ocasionando um aumento nas vendas e

consequentemente a empresa passa a ter mais sucesso.

2.3.3 Clientes

Degen (1989, p.137) afirma que “os futuros clientes são os mais

importantes colaboradores de um novo negócio em formação”, são eles que

orientam o futuro empreendedor sobre as suas necessidades, informando-lhes as

necessidades que precisam ser atendidas e também o preço que podem pagar

para satisfazer essas necessidades. É de suma importância para o sucesso de

um novo negócio, que o empreendedor conheça seus clientes.

De forma mais abrangente, Dornelas (2001, p.146) conclui que o

empreendedor ao identificar o que os clientes estão comprando, pode servir como

uma base para promover possíveis melhorias e adaptações em seus produtos ou

serviços, para que fiquem de acordo com as necessidades desses clientes, e

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28

consequentemente o empreendedor irá analisar os atributos necessários

relacionados ao produto, para depois definir como este será apresentado aos

seus clientes.

Sabendo que o cliente é o elemento-chave do mercado, é fundamental

para a empresa buscar informações que sejam claras para a definição de seus

consumidores. São os clientes que podem determinar qual será a aceitação do

público quanto ao novo produto, as mudanças em produtos similares ou ainda

aqueles que apresentam inovações (BUARQUE, 1984, p.45).

Na mesma concepção, Dolabela (1999, p.171) aborda que a venda do

produto ou serviço vai necessitar do grau de satisfação do cliente, pois são estes

que demonstram a necessidade de consumir certo produto. Convém enfatizar que

é de suma importância identificar os desejos e as necessidades dos clientes para

o futuro negócio ter sucesso.

Em perspectiva similar, Kotler (1998, p.35) ressalta que a necessidade de

se manterem os consumidores satisfeitos é pressuposto central para as

organizações, pois o custo de atrair novos consumidores é maior do que o custo

de manter os consumidores antigos.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p.66), apontam três características do

serviço ao cliente que a empresa pode adotar para obter uma vantagem

competitiva:

• A satisfação do cliente não é um meio para atingir certa meta, mas, sim,

a própria meta.

• O serviço ao cliente pode fornecer uma vantagem competitiva.

• Empresas pequenas estão potencialmente em condições melhores de

atingir a satisfação do cliente do que as grandes.

Convém enfatizar que, é de suma importância para o empreendedor o

estudo de mercado consumidor, pois abrange as informações necessárias à

identificação dos prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender,

qual o local adequado para a venda, qual a demanda potencial para o produto.

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2.3.3.1 Segmentação de mercado

Segundo Kotler (1993, p. 320), “a segmentação de mercado é o ato de

dividir um mercado em grupos distintos de compradores, que podem exigir mix de

produtos ou de marketing distintos”. O autor destaca que a segmentação de

mercado é a ação de identificar diferentes grupos de consumidores com

comportamento de compra semelhante que podem justificar diferentes tipos de

produtos.

Em outra perspectiva, Cobra (1991, p.85) sustenta que a segmentação de

mercado é um agrupamento de consumidores que mantêm entre si semelhanças

quanto a hábitos de consumo, ou características demográficas ou geográficas ou

estilos de vida.

Posicionar o produto no mercado significa direcionar o produto para

atender as necessidades do cliente-alvo escolhido, ou seja, identificar o que os

consumidores estão buscando quando compram o produto, e o que os leva para

comprar esse produto, no segmento de mercado definido. Nesse sentido, a

empresa estabelece uma imagem do produto junto aos clientes, tentando se

diferenciar da concorrência (DORNELAS, 2001, p. 146).

Convém enfatizar , que segmentar é, portanto, um processo de categorizar

e agrupar as características que os consumidores - finais ou organizacionais -

compartilham em comum e que possam ser realmente trabalhados pela empresa.

2.3.4 Fornecedores

O futuro empreendedor precisa manter-se atualizado quanto à capacidade,

ao desempenho e aos problemas que seus fornecedores enfrentam. Antecipando

os problemas de qualidade ou capacidade de seus fornecedores, o empreendedor

pode evitar o empecilho de deixar de atender os seus compromissos perante seus

clientes (KOTLER, 1999,p.112).

Na mesma linha, Chiavenato (1995, p.16) menciona ser necessário

analisar os tipos de fornecedores para selecionar os que melhor atendem às

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necessidades de preço, qualidade dos produtos e forma de pagamento. A

pesquisa dos fornecedores é essencial para que o empreendedor possa negociar

com vários fornecedores, buscando sempre um melhor preço, o que refletirá no

preço final do produto, e consequentemente, obtendo uma vantagem competitiva

perante os seus concorrentes.

Kotler (1993, p.38), considera que os fornecedores são organizações ou

indivíduos que fomentam os recursos necessários para que uma empresa e os

seus concorrentes possam produzir bens e serviços. O autor ainda relata que os

fornecedores podem afetar o marketing de uma empresa, pois se estes atrasarem

as entregas ou até mesmo não ter o material, pode comprometer as vendas da

empresa.

Chiavenato (1995, p.16), relata que a pesquisa de mercado de

fornecedores é a pesquisa onde são analisados os tipos de fornecedores para

escolher os que atendem as necessidades de preço, qualidade e as condições de

pagamentos. Essa pesquisa se torna essencial, pois permite que o empreendedor

negocie com vários fornecedores, buscando sempre o melhor preço, o que

acarretará diretamente no preço final do produto, e ocasionando uma vantagem

perante seus concorrentes.

Corroborando com esta afirmação, Dolabela (1999, p.161) sustenta que ao

se elaborar um questionário de pesquisa para os fornecedores, é necessário

enfatizar tópicos que forneçam dados importantes para a decisão de implantar ou

não o novo negócio. A seguir serão apresentadas as informações mais

importantes que devem ser obtidas com o questionário, segundo Dolabela (1999,

p.161):

• Relacionar os nomes dos fornecedores;

• Indicar as principais características do fornecedor como: localização,

principais clientes e o tempo em que atua no mercado;

• Relacionar o produto e a sua qualidade;

• Comparar os preços de cada fornecedor;

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• Comparar prazos de entrega e pagamento;

• Verificar as condições de pagamento;

• Identificar os produtos fortes e fracos de cada fornecedor.

Convém enfatizar, que existem dados de suma importância que não devem

ficar de fora ao se elaborar um questionário para a obtenção de dados junto aos

fornecedores, como comparar os preços e a qualidade dos produtos entre eles.

2.3.5 Concorrentes

Conhecer a concorrência é obrigação de qualquer empreendedor que

queira entrar no mercado. As empresas concorrentes existentes devem ser

estudadas cuidadosamente para que o empreendedor possa identificar os

principais pontos fracos e explorá-los, proporcionando um melhor resultado para a

sua empresa. É necessário analisar as possibilidades de novos entrantes neste

mercado-alvo, para que a empresa possa ter uma estratégia para superar esses

competidores (DORNELLAS, 2001, p. 146).

Em perspectiva similar, Kotler (1998, p 212) menciona que as

concorrências além de observar as empresas que fabricam o mesmo produto,

podem examinar as empresas que satisfazem à mesma necessidade do

consumidor. O autor afirma ainda que os concorrentes mais diretos de uma

empresa são aqueles que buscam os mesmos mercados-alvo, adotando assim

estratégias semelhantes.

As empresas devem prestar mais atenção aos seus concorrentes, pois

assim elas podem desenvolver constantemente novas estratégias competitivas.

Uma empresa precisa monitorar os seus concorrentes, principalmente aqueles

que atuam no mesmo mercado. Todas as empresas precisam buscar as

informações certas sobre seus concorrentes (KOTLER, 1999, p.111).

Conforme Dolabela (1999, p.156), os pontos essenciais que devem ser

questionados junto aos concorrentes são: como está o crescimento do setor que

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se pretende atuar, saber quais são os principais concorrentes, e descobrir quais

seus pontos fortes e fracos, descobrir a linha de produto da empresa e qual seu

principal produto.

É importante aos profissionais de marketing identificar seus concorrentes,

uma vez que é raro existir uma empresa que seja única fornecedora de um

produto ou serviços para determinados mercado. Diante disso, faz-se necessário

prever as ações da concorrência e identificar suas atuais ações a fim de descobrir

uma vantagem competitiva e criar valor ao seu cliente (CHURCHILL, PETER,

2005, p. 48).

No quadro 2 a seguir, Biagio e batocchio (2005, p.130) mostram os quatros

níveis de concorrência e suas respectivas características:

Niveis de concorrência Características Concorrência de marca É a concorrência direta de empresas que oferecem

serviços e produtos similares aos mesmos consumidores, pela mesma faixa de preço.

Concorrência industrial É a concorrência entre todas as empresas que fabricam o mesmo produto ou a mesma classe de produtos.

Concorrência de forma É a concorrência entre todas as empresas que fabricam produtos diferentes, mas com a mesma finalidade.

Concorrência genérica É a concorrência entre as empresas que buscam os mesmos recursos do consumidor.

Quadro 2: Níveis de Concorrência Fonte: Biagio e Batocchio (2005,p.130)

Verifica-se, nessa perspectiva, que é importante conhecer o significado de

cada um desses níveis de concorrência para poder se abrir um novo

empreendimento. Portanto, faz-se necessário prever as ações da concorrência e

identificar suas atuais ações a fim de descobrir uma vantagem competitiva e criar

valor ao seu cliente.

2.3.6 Pontos Fortes e Fracos

Esta análise tem por objetivo colocar em evidência os pontos fortes e

fracos da empresa, ou as qualidades e as suas deficiências, determinados diante

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da posição produto-mercado. Para tanto, deve-se tomar como comparativo as

empresas do mesmo setor de atuação, sejam concorrentes diretas ou potenciais

(OLIVEIRA, 2001, p. 94).

Pontos fortes, segundo Las Casas (1999, p. 66), são todos os fatores que

resultam em vantagem competitiva da empresa com relação a suas concorrentes

ou no exercício de qualquer atividade. Já os pontos fracos correspondem aos

aspectos que de forma negativa interferem na capacidade da organização.

No plano de negócios deve ser dada ênfase nas análises dos ambientes

externos (oportunidades e ameaças) e internos (pontos fortes e fracos). Quando

se identifica os pontos fracos não significa mostrar incompetência, mas sim que a

empresa conheça suas fragilidades para poder minimizá-las. Em relação aos

pontos fortes, após serem identificados, estes podem ajudar o empreendedor a

adquirir uma vantagem competitiva.

2.4 PLANO DE MARKETING

Segundo Cobra (1993, p.148), “o plano de marketing é uma organização

sistemática de ações programadas para atingir os objetivos da empresa no tempo

e no espaço através do processo de analise, avaliação e seleção das melhores

oportunidades de mercado”.

Em linha distinta, Longenecker, Moore e Petty (1998, p. 191) consideram

que o plano de marketing “consiste daquelas atividades que se relacionam

diretamente a identificação dos mercados-alvos; a determinação do potencial do

mercado-alvo, e a preparação, a comunicação e a satisfação plena desses

mercados”.

2.4.1 Produto

Longenecker, Moore e Petty (1998, p. 315) afirmam que “produto é um

pacote de benefícios oferecidos aos clientes em uma transação de troca”.

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34

Convêm enfatizar que, o produto é algo que pode ser oferecido em um

mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade. Contudo, o produto é um

pacote completo de benefícios ou satisfação que os compradores percebem que

eles obterão se adquirirem o produto. O motivo de o produto ser o primeiro

elemento do Composto Mercadológico, é que todos os demais fatores dependem

de um conhecimento e estudo do produto. A propaganda, o preço e a distribuição

só podem ser definidos após um estudo do produto e da identificação de seu

mercado-alvo ( LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1998, p 315).

Alguns aspectos da estratégia de produto que podem levar o consumidor a

comprar o produto, são as novidades do produto, sua complexidade e sua

qualidade. Portanto, um produto de alta qualidade ou que seja adaptado às

necessidades especificas pelo comprador podem ser associados com alto valor o

que influencia na hora da compra (CHURCHILL, PETER, 2005, p.164).

Posicionar o produto no mercado significa direcionar o produto para

atender as expectativas e necessidades do cliente-alvo escolhido, ou seja, a

empresa estabelece uma imagem do produto junto aos clientes, tentando assim

se diferenciar de alguma forma da concorrência (DORNELLAS, 2001, p.149).

Segundo Cobra (1993, p. 182), os consumidores atribuem valor a um

produto na proporção da capacidade percebida de ajudar a resolver seus

problemas ou atender as suas necessidades, portanto, o benefício é que o

produto ou serviço pode fazer em função de suas características e mais o que as

pessoas querem que ele faça.

Na mesma concepção, Kotler (1998, p. 35) menciona que os consumidores

favorecerão aos produtos que tem mais qualidade, pois os compradores querem

produtos bem fabricados, podendo assim, avaliar sua qualidade e desempenho.

2.4.2 Preço

Kotler (1998, p. 41), considera que “uma empresa estabelece um preço

pela primeira vez quando desenvolve um novo produto, introduz seu produto

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35

inicial em um novo ponto de distribuição ou área geográfica”. O autor relata que o

mercado sempre deve ser consultado para que a empresa possa posicionar seu

preço frente a concorrência. O autor também a cita a lei da oferta e demanda,

onde em “uma situação normal, procura e preço são inversamente relacionados:

quanto mais o alto o preço, menor a quantidade demandada”.

Em outra perspectiva, Dolabela (1999, p.190) aponta que a participação de

uma empresa no mercado tem relação direta com o preço que ela vai determinar

bem como seu faturamento e sua rentabilidade. Dolabela (1999, p.190), afirma

que “não existem teorias que indiquem qual a melhor maneira para se determinar

o preço de um produto, mas sim alguns fatores que devem ser considerados” tais

como:

• Custos - A determinação do preço do produto ocorre a partir da

identificação dos custos fixos e variáveis da empresa.

• Consumidor - O preço é calculado a partir da percepção do valor do

produto por parte por parte do consumidor feito através de pesquisas.

• Concorrência - O preço é estabelecido através dos preços praticados pela

concorrência bastando para isso efetuar uma pesquisa.

O preço é um valor arbitrado para um bem ou um serviço. Qualquer

transação de negócio envolve um valor monetário que é o preço. O preço tem o

objetivo que pode ser remunerar o capital empregado em um negócio, ou

remunerar a força de trabalho e gerar lucro para os acionistas, e ainda, conquistar

o mercado a base de preços atrativos em relação ao valor do produto ou aos

preços praticados pela concorrência (COBRA, 1993, p.244).

Em perspectiva similar, Dornelas (2001, p.150) sustenta que o preço talvez

seja a maneira mais tangível de se agir no mercado, pois através da política de

preços a empresa pode criar demanda para o produto, segmentar o mercado,

definir a lucratividade da empresa, mudar a penetração do produto no mercado,

sempre tendo como referência o valor que o consumidor vê no produto e não o

preço que a empresa acha que ela deve ter.

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36

Uma visão complementar é apresentada por Churchill e Peter (2005, p.164)

que consideram que, a estratégia de preços influência o comportamento de

compra quando o consumidor esta avaliando alternativa e chegando a uma

decisão, pois, muitas vezes os consumidores preferem um produto que esteja

mais barato.

2.4.3 Praça

Segundo Dornelas (2001, p.151), os canais de distribuição envolvem

maneiras que as empresas podem adotar para levar o produto até seu

consumidor. A empresa pode vender seus produtos para o consumidor final ou

para os atacadistas. Aspectos como armazenagem do produto, localização dos

depósitos, os meios de transportes que são utilizados para levar o produto até o

cliente e a própria embalagem do produto devem ser considerados para definir os

canais de distribuição.

Cobra (1993, p.274) enfatiza que “é preciso identificar adequadamente os

canais para distribuir o produto, para que ele chegue ao consumidor certo, na

quantidade e no tempo certo”. O autor relata ainda que, um bom produto pode

não ser vendido se ele não estiver disponível em um local certo para consumo.

Portanto, concluí-se, que para o sucesso ou fracasso de um produto no mercado

depende da sua disponibilidade para consumo no tempo certo e na quantidade

certa.

Em perspectiva similar, Biagio e Batocchio (2005, p.147) sustentam que um

produto deve estar disponível no momento em que o consumidor pretende

adquiri-lo.

Para a seleção de um local específico para o negócio, é preciso que sejam

analisados alguns fatores críticos considerados como: os custos, o acesso dos

clientes, as condições da vizinhança e a tendência para o desenvolvimento

suburbano (LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1997, p.224).

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37

2.4.3 Promoção

Conforme Churchill e Peter (2005, p.166), promoção ou comunicação,

refere-se a como os profissionais de marketing informam, convencem ou lembram

seus clientes sobre seus produtos ou serviços.

De forma mais abrangente, Dolabela (1999, p.192) refere-se à promoção

como sendo esforço das empresas para convencer seus clientes a comprarem um

determinado produto ou serviço.

O composto promocional é a comunicação entre o vendedor e o comprador

para influenciar a atitude e o comportamento do comprador, tendo como objetivo

incrementar a demanda ou a velocidade da compra. A promoção de vendas

refere-se às atividades promocionais que visa estimular o cliente a efetuar a

compra (COBRA,1993,p.430).

Corroborando com esta afirmação, Kotler (1998, p.167) ressalta que

promoção consiste em um conjunto de diferentes ferramentas de incentivo de

curto prazo que visa estimular a compra ou a venda do produto.

Na mesma linha, Kotler e Armstrong (2004, p. 48) afirmam que a “promoção

envolve as atividades que comunicam os pontos fortes do produto e convencem

os clientes a comprá-los”.

McCarthy e Perreault (1997, p. 46) acrescentam que a promoção inclui:

• Venda pessoal – comunicação direta entre vendedor e consumidor

potencial;

• Venda em massa – comunicação com diversos consumidores

simultaneamente. Utiliza ferramentas como a propaganda e a publicidade, sendo

estas formas impessoais de apresentação dos produtos, diferindo entre si já que a

propaganda é a forma paga, enquanto a publicidade é gratuita.

• Promoção de venda – demais formas promocionais que visam estimular o

interesse, experimentação ou compra por consumidores. EX: materiais de ponto-

de-venda, amostras, cartazes, brindes e circulares.

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38

Convém enfatizar que, a promoção é um conjunto de ferramentas que tem

a finalidade de criar e mostrar para o consumidor a consciência do valor de

produtos e serviços, criando atitudes positivas por parte do consumidor, gerando

enfim a ação de compra, ou seja, um sistema de comunicação bastante

persuasivo e eficaz.

2.5 PLANO OPERACIONAL

Dornelas (2001, p.100) apresenta que nesta seção deverão apresentar as

ações que a empresa estará planejando em seu sistema produtivo além do

processo de produção adotado, indicando o impacto que estas ações incidirão

sobre os parâmetros de avaliação da produção.

Chiavenato (1995, p.310), considera que no fundo o plano operacional

procura implantar a administração pela rotina, para assegurar que todos

executem as tarefas e operações de acordo com os procedimentos pretendidos

pela empresa, a fim de que esta alcance seus objetivos.

Em outra perspectiva, Maximiano (2004, p.201) sustenta planejamento

operacional é o processo de decidir as atividades e os recursos necessários para

realizá-las. O processo de planejamento operacional procura estabelecer como e

com que meios serão realizados os objetivos do projeto. O autor ainda relata que

o projeto não deve ser iniciado sem que seus objetivos estejam claros e sem que

estejam definidas e asseguradas a realização das atividades e a disponibilidade

dos recursos

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 176) a importância do

plano operacional se modifica de acordo com a organização, portanto, esse plano

torna-se necessário mesmo para as empresas que oferecem serviços. O plano

operacional é de suma importância, pois, deve explicar a abordagem proposta

para assegurar a qualidade da produção, o controle de estoque, como será

resolvido os problemas relacionados com a matéria-prima e o uso da

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39

terceirização, caso seja necessário. Outros itens importantes para plano

operacional é a localização, instalação e equipamentos.

2.5.1 Estrutura Física (layout).

O plano de negócio deve tratar do espaço em que a empresa será

instalada. Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 225), argumentam que o novo

negócio começa ocupando um imóvel, uma estrutura existente, um local existente

no qual poderá tornar o negocio adequado ou não. Os autores enfatizam que um

bom layout envolve um arranjo de instalações físicas que contribui para a

eficiência das operações do negócio.

Neste plano de negócio será adotado o layout para as operações de varejo,

cuja preocupação básica é o trafego de pessoas dentro de um ambiente. O layout

inclui a demonstração adequada de mercadorias para maximizar as vendas e a

conveniência do atendimento ao cliente (LONGENECKER, MOORE, PETTY,

1997, p.226).

Layout representa o arranjo de diversos postos de trabalho nos espaços

existentes na empresa, desse modo, pretende-se a partir dele melhor adaptar as

pessoas ao ambiente de trabalho e arrumar de forma adequada os móveis,

máquinas, equipamentos e matérias primas (CURY, 2000, p. 386).

Convém enfatizar que, o arranjo físico se torna importante para com a

operação produtiva e o posicionamento físico de recursos nas transformações,

são decisões importantes nas operações das atividades a serem desenvolvidas.

2.5.2 Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional funciona como um plano permanente que define

as responsabilidades, a autoridade e o sistema de comunicações dentro da

organização. As estruturas organizacionais agrupam as tarefas com base em

critérios de departamentalização. O processo de organizar consiste em dividir

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tarefas entre blocos de trabalhos chamados departamentos, ou seja,

departamento é a forma de se atribuir tarefas e de especializar os blocos de

trabalho da organização (MAXIMIANO, 2004, p.202).

De forma mais abrangente, Oliveira (2005, p.82) considera a estrutura

organizacional deve ser planejada de acordo com os objetivos e as estratégias

estabelecidas, sendo assim, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica

para alcançar as situações almejadas pela empresa.

O mesmo autor complementa que quando a estrutura organizacional é

instituída de forma adequada, ela propicia para a empresa alguns aspectos como:

identificação das atarefas necessárias ao alcance dos objetivos estabelecidos;

organização das funções e responsabilidades; informações, recursos e feedback

aos executivos e funcionários; medidas de desempenho compatíveis com os

objetivos; e condições motivadoras.

Segundo Simcsik (2001, p.155), a estrutura organizacional é o resultado do

planejamento em níveis Filosófico, Estratégico, Tático e Operacional da empresa

e seu relacionamento com os recursos humanos e materiais, focando ao

estabelecimento do suporte instrumental e comportamental, sendo assim, obtêm

o alcance da diretriz e objetivos, metas, projetos, tarefas e atividades, propostos

para cada um dos componentes desta estrutura.

No quadro 3, segue algumas características das estruturas

organizacionais, segundo Simcsik (2001, p.158).

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41

Tipo de estrutura

Vantagens Desvantagens

Linear - custo de manutenção baixo - disciplina rígida - precisão na jurisdição de influência - responsabilidades reprimidas - fácil funcionamento de comando - visão especialista

- custo de alteração alto - aplicabilidade da disciplina - conflitos de jurisdição - burocracia entravadora - sobrecarga a chefes excepcionais

Funcional - promove aperfeiçoamento - fácil aproveitamento do individuo - equipe cooperativa e integrada - custo baixo para grandes empresas

- “bitola” na especialização - responsabilidades diluídas - cria “panelinhas” - custo elevado para implantar

Staff - flexível, podendo ser utilizado em qualquer nível hierárquico - participação, envolvendo executivos e até operários na elaboração de procedimentos e normas - confiabilidade nas instruções e regras

- conflitos entre linha x staff - demora nas tomadas de decisões - redução da iniciativa continuidade dos chefes e líderes

Comissão - liberdade de crítica - visão generalista (global) - continuidade (de orientação) - espírito de equipe

- demora nas tomadas de decisões - responsabilidade multidividida - perpetuidade (de idéias) - conflitos na ausência de líder capaz

Matriz - uso racional do tempo - atende aos avanços tecnológicos - visão global de cada projeto - grau elevado de especialização

- tempo altamente controlado - insegurança pelo fluxo descontínuo de atividades - desmotivadora se não possuir a visão global - especialização mau aproveitada

Misto - formada para a necessidade da empresa - mobilidade - dinâmica e pró-ativa em situações normais

- momentânea - instável - reativa em situações difíceis

Quadro 3: Características das Estruturas Organizacionais Fonte: Simcsik (2001, p.158).

A estrutura organizacional é uma ferramenta para realizar objetivos, que

retrata todas as decisões sobre a divisão do trabalho e a atribuição de autoridade,

mostra a autoridade e a responsabilidade das pessoas (MAXIMIANO, 2004,

p.222).

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42

2.5.2.1 Organograma

Para Cury (2000, p.219) organograma é a representação gráfica e

abreviada da estrutura da organização, que tem como finalidade apresentar os

órgãos que compõem a empresa, as funções desenvolvidas pelos órgãos, as

relações que excercem entre si, os níveis administrativos, a via hierárquica.

De forma mais clara, Lacombe e Heilborn (2003, p.103) salientam que o

organograma “é uma representação gráfica simplificada da estrutura

organizacional de uma instituição, especificando os seus órgãos, seus níveis

hierárquico e as principais relações entre eles”. Os autores ainda enfatizam que

a finalidade do organograma é permitir uma visualização rápida da forma como

a empresa está organizada.

Um exemplo de organograma é mostrado na figura 1 abaixo, conforme

Maximiano (2004, p. 222):

UNIDADES DE TRABALHO (CARGOS E DEPARTAMENTOS)

Figura 1: Modelo básico de organograma Fonte: Maximiano (2004, p.222)

Convém enfatizar, de acordo com Simcsik (2001, p.1230) as vantagens e

desvantagens do organograma:

Vantagens:

• Visualiza de imediato os órgãos de linha e de assessoramento;

LINHAS DE COMUNICAÇÃO

AUTORIDADE E HIERARQUIA

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• Relaciona quem é quem na estrutura existente;

• Indica a relação entre os órgãos;

• Informa as relações diretas e indiretas (subordinação e chefia);

• Possibilita um conhecimento formal das comunicações;

• Demonstra a importância dos órgãos em termos de hierarquia;

• Deve ser claro, simples, preciso e ter estética e equilíbrio.

Desvantagens:

• É estático, não acompanhando as mudanças nos órgãos;

• Não indica todas as relações e situações estruturais existentes;

• É altamente formal;

• Não representa o poder, indicando apenas as posições;

• Permite interpretações errôneas e incompletas;

• Não acompanha as mudanças nas atividades importantes dos órgãos;

• Pode ser complexo, impreciso, com informações desnecessárias.

Analisando as vantagens e desvantagens de um organograma,

encontramos informações sobre dois aspectos intrínsecos a ele, ou seja,

autoridade, que deve ser reconhecida e aceita pelos membros da empresa e o

poder que é a capacidade inerente da pessoa para induzir outras pessoas a

aceitação da autoridade e das ordens (SIMCSIK, 2001, p.230).

2.5.3 Sistema de Produção

Um sistema de produção recebe insumos na forma de materiais, pessoal,

capital, serviços e informação, nesse sentido esses insumos são modificados num

subsistema de transformação para os produtos ou serviços desejados

denominados assim de produtos. Uma parte do produto é monitorada no

subsistema de controle para determinar se este é aceitável em termos de

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quantidade, custo e qualidade. Caso este produto não seja aceito, será

necessária uma ação corretiva por parte da administração. Portanto esse

subsistema de controle se torna importante, pois fornece informações aos

gerentes para que possam tomar ações corretivas (GAITHER; FRAZIER, 2002,

p.14).

2.5.4 Aspectos Juridicos E Legais

Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 178), o empreendedor

nesta etapa estabelece a forma de constituição da empresa. As três principais

alternativas são: a empresa individual, a sociedade por quotas e a sociedade

anônima. Contudo, existem variações que merecem alguma consideração, como

um tipo especial de enquadramento tributário, que pode servir para minimizar os

impostos federais pagos pela empresa e seus proprietários. As implicações legais

são importantes e merecem cuidadosa consideração.

Corroborando, Dornelas (2001, p. 218) menciona que o registro de uma

empresa varia de acordo com a região onde ela se encontra e depende da

categoria de sociedade que será constituída, essas categorias são divididas em:

Sociedade Simples; Sociedade empresária; Sociedade Limitada; Sociedade por

ações; Sociedade estrangeira; Sociedades cooperativas; Associações e

Fundações.

Clemente (2002, p. 336) considera necessário avaliar e analisar as

possíveis formas jurídicas para a empresa, levando-se em consideração aspectos

legais da legislação brasileira.

Dornelas (2001, p. 220) afirma que as pessoas interessadas na obtenção

de personalidade jurídica como firma individual deverão seguir os mesmos passos

da constituição de uma sociedade comercial, não necessitando da elaboração de

um contrato social, mas declaração de firma individual, ou seja, selecionado o

nome e o tipo da empresa, fazer o registro na junta comercial do estado, obter a

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45

inscrição estadual na secretaria da fazenda e providenciar a inscrição junto à

prefeitura municipal. Além dos registros nós órgãos competentes, há necessidade

de se adquirir inúmeros livros fiscais, livros de prestações de serviços, livros de

registros de inspeção de trabalhos, livros ou fichas de registros se empregados.

Segundo o SEBRAE (2007), o empreendedor de uma firma individual deve

seguir algumas exigências básicas para que opere legalmente. Entre elas são:

1º Registro nos órgãos competentes (Junta Comercial ou Cartório, Receita

Federal para cadastro do CNPJ, Secretaria da Fazenda para Inscrição

Estadual, Prefeitura Municipal para o devido Cadastro de Contribuinte

Mobiliário).

2º Solicitar alvará de funcionamento.

3º Emitir notas fiscais na comercialização dos seus produtos e prestação

de serviços.

4º Recolher os tributos devidos.

5º Entregar as informações sócio-econômicas exigidas (Imposto de Renda,

por exemplo).

Para o Sebrae (2007), a opção das micros e pequenas empresas pelo

sistema SIMPLES de tributação é estabelecida pela Lei Complementar 123/06 e

alterações posteriores, o enquadramento não é possível a qualquer tipo de

empresa. É importante observar os limites para o enquadramento.

Conforme o Sebrae (2007) disposto no artigo 3º da Lei Geral, considera-se

microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a

sociedade simples e o empresário individual devidamente registrado na Junta

Comercial do Estado ou no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, conforme

o caso, desde que as microempresa: aufiram, em cada ano-calendário, receita

bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00;

As micros e pequenas empresas poderão participar do sistema Simples,

desde que estejam registradas dentro do limite de faturamento estabelecido,

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46

ramos de atividades não vedados pela Lei, e que não estejam em débito com a

Fazenda Nacional, Estadual, Municipal e nem com a Seguridade Social (INSS).

De acordo com a Instrução Normativa DNRC n 92, de 04/12/2002, as

etapas para registro de empresário são:

1 PASSO: Consulta de Viabilidade junto a Prefeitura Municipal;

2 PASSO: Consulta Prévia Junto a Receita Federal;

3 PASSO: Registro da Empresa na Junta Comercial do Estado - JUCESC;

4 PASSO: Obtenção do CNPJ junto a Receita Federal;

5 PASSO: Obtenção de Alvará e Inscrição no Cadastro Fiscal junto a

Prefeitura Municipal;

6 PASSO: Obtenção da Inscrição Estadual – CORFE – Secretaria da

Fazenda.

Estes são os passos necessários para abrir uma empresa, sendo que o

registro de uma empresa dependerá da região aonde a mesma irá se estabelecer,

alem da categoria societária no qual esta constituída, podendo ser Sociedade

civil, Sociedade Mercantil ou Firma individual.

2.6 PLANO FINANCEIRO

A análise de viabilidade financeira é um fator fundamental para a avaliação

de possíveis investimentos em qualquer área, tornando-se assim, uma etapa

muito importante para a implantação de um novo negócio. É extremamente

importante que o empreendedor tenha em mãos informações exatas sobre o

capital que precisara investir em seu negócio.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 177) sustentam que é na análise

financeira que o empreendedor apresenta as projeções das demonstrações

financeiras da empresa, nessas previsões são incluídos balanços, demonstrações

de receitas, demonstrações de fluxo de caixa e análise do ponto de equilíbrio. Os

autores relatam ainda que seja de suma importância que as projeções financeiras

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47

estejam alicerçadas por suposições e explicações bem fundamentadas de como

as projeções e os custos são determinados.

Na mesma concepção, Assaf Neto (2003, p. 32) afirma que “as áreas de

decisões de investimento envolvem inúmeros critérios e métodos de análises”.

O futuro empreendedor deve determinar quais são as metas financeiras de

seu negócio, através dos instrumentos financeiros, para poder acompanhá-los

com êxito. Além de tudo, com as demonstrações financeiras e um planejamento

financeiro, o empreendedor pode estabelecer e cumprir as metas para o seu

negócio (DORNELAS, 2001, p.162).

Concomitante com esta posição, Braga (1995, p.23) considera que a

análise financeira abrange um conjunto de atividades relacionadas com a gestão

dos recursos financeiros movimentados por todas as áreas da empresa, em

outras palavras, a análise financeira tem um papel muito importante no

desenvolvimento das atividades operacionais da empresa, contribuindo

significativamente para o sucesso do novo empreendimento.

A análise financeira deve mostrar ao empreendedor o futuro da empresa

em termos financeiros, pois a partir da análise desses dados financeiros os

empresários podem determinar as decisões que sejam necessárias para o

sucesso do negócio (BIAGIO E BATOCCHIO, 2005, p.201).

Na mesma linha, Degen (1989, p.189) destaca que é fundamental que a

análise financeira seja clara e bem fundamentada, através de dados e da própria

descrição do negócio.

De forma mais abrangente, Chiavenato (1995, p. 74) revela que o sucesso

de qualquer negócio e das decisões na empresa vai depender da elaboração de

um projeto que lhe sirva de guia para o futuro e oriente seu processo decisório

para:

● realizar análises e planejamento financeiro;

● tomar decisões de investimento;

● tomar decisões de financiamento.

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48

Nas próximas seções serão abordados os temas investimento inicial,

custos receitas, ferramentas de controle financeiro e ferramentas de analise de

viabilidade

2.6.1 Investimento Inicial

As necessidades de um novo negócio governam a natureza dos requisitos

financeiros iniciais, ou seja, a análise desses requisitos serve para considerar

como se devem financiar os investimentos e despesas necessários, apropriado

para iniciar a empresa ou seu crescimento, e ainda, como quaisquer despesas

pessoais se o proprietário não tiver outra renda para viver (LONGENECKER,

MOORE E PETTY, 1997, p.240).

Segundo Gitman (1997, p.297), “o investimento inicial é a saída de caixa

relevante ocorrida no instante zero para a implementação do investimento

proposto em longo prazo”. O autor salienta que o investimento inicial, refere-se a

saída de caixa relevante que deve ser considerada quando se analisa um

possível dispêndio de caixa.

Em outra perspectiva, Chiavenato (1995, p.29) considera que a definição

do investimento inicial vai depender do ramo do negócio em que a empresa esta

inserida, pois, enquanto em determinados negócios o investimento inicial é mais

alto, em outros o investimento pode ser menor, assim como alguns podem

oferecer um retorno em longo prazo e outros um retorno imediato.

Hoji (2004, p.175), considera que as despesas e gastos de capital

(investimentos) podem ser temporários ou permanentes. Ou seja, os

investimentos temporários são valores aplicados com a intenção de resgate

dentro de algum tempo e podem ser classificados como: Aplicações de liquidez

imediata (aplicações que podem ser resgatadas ou vendidas imediatamente ou

dentro de poucos dias); Títulos e valores mobiliários de curto prazo (aplicações

em títulos com prazo de resgate de até um ano); ou Títulos e valores mobiliários

de longo prazo (aplicações em títulos com prazo de resgate superior a um ano).

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49

Por outro lado, os investimentos permanentes, segundo o mesmo autor,

são ativos que produzem resultados no longo prazo. Os investimentos

permanentes são valores aplicados para manutenção das atividades operacionais

e com fins estratégicos e estes podem ser vendidos a qualquer tempo, se isso for

necessário ou vantajoso, útil para a empresa.

2.6.2 Custos fixos e variáveis

Para Dornelas (2001, p.169), “os custos fixos são valores que se mantêm

inalterados independentemente das variações de atividades ou das vendas”.

Em perspectiva similar, Braga (1995, p.180) considera que os custos fixos

são os que permanecem constantes dentro de um certo intervalo de tempo,

independentemente das variações que ocorrem no volume de produção e de

vendas durante esse certo período.

Na mesma linha, Gitman (1997, p.419) evidencia que os custos fixos são

uma função do tempo, e não do volume de vendas, sendo tipicamente

contratuais, assim como o aluguel.

Na mesma concepção, Fonseca (1992, p.19) sustenta que os custos fixos

são custos que em um certo período de tempo e uma certa capacidade instalada

não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa.

Os custos fixos permanecem inalterados, independente da quantidade de

produtos produzidos ou vendidos. O autor reforça que mesmo que a empresa não

venda, eles se manterão constantes (CHIAVENATO,1995, p.87).

Nesse sentido, percebe-se, que os custos fixos são aqueles que não

dependem do volume da produção, ou seja, são aqueles que a empresa possui

independente do que ela produz ou vende.

Quanto aos custos variáveis, segundo Braga (1995, p.180), são aqueles

cujo valor total aumenta ou diminui direta ou proporcional as variações ocorridas

na produção e vendas.

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50

Custos variáveis são aqueles que variam na mesma proporção das

variações ocorridas no volume de produção ou em outra medida de atividade

(DORNELAS, 2001, p.169).

Em outra perspectiva, Gitman (1997, p.419) sustenta que os custos

variáveis variam de acordo com as vendas e são uma função do volume, e não do

tempo.

O valor total dos custos variáveis altera-se em proporção direta à

quantidade produzida (FONSECA, 1992, p.22).

De forma mais abrangente Chiavenato (1995, p.87) aborda que os custos

variáveis dependem da quantidade dos serviços ou das vendas, ele somente

aparece quando a atividade ou a produção é realizada, aumentando a produção,

os custos aumentam.

2.6.3 Receitas

A receita é considerada realizada no momento em que ocorre a venda de

mercadorias, ou a prestação de um serviço, ou seja, em qualquer dessas

alternativas deve existir o compromisso de outra parte realizar um pagamento

simultâneo ou futuro (BRAGA, 1995, p. 52).

Braga (1995, p. 53) cita dois tipos de receitas:

- Receita operacional bruta: refere-se ao valor das vendas de bens e

serviços, a vista e a prazo, realizadas no mercado interno e em outros países.

- Receita operacional líquida: constitui a parcela remanescente das receitas

brutas após o cálculo das mencionadas deduções.

A receita de uma pequena empresa é um reflexo direto de dois

componentes: volume de vendas e preço do produto. Portanto, o preço do

produto é um dos lados da equação de receita. Sendo assim, uma pequena

mudança no preço pode influenciar diretamente a receita total (LONGENECKER,

MOORE E PETTY, 1997, p.333).

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51

Cabe evidenciar que, as receitas são provenientes do estudo do mercado e

de projeções de vendas onde serão determinadas as quantidades e o preço

unitário de cada produto a ser vendido.

2.6.4 Projeção da Receita

Segundo Bangs (2002,p.93), as projeções de receita são ferramentas de

previsão e orçamento que calculam as receitas e antecipam as despesas a curto

e médio prazos, para a maioria das empresas, as projeções de receitas que

cobrem de um a três anos são mais do que adequados, pode acontecer de haver

necessidade de projeções de períodos mais longos, nesse caso, quanto maior o

período, menos precisa será a projeção para orientar a ação.

Um método importante para projetar a receita é a sua formação de preço

com base no custo, ou seja, uma vez que calculado o custo de produção, sobre

ele adicionan-se os impostos, as despesas de comercialização e administrativas e

o lucro desejado (HOJI, 2000, p.320).

Em linha distinta, Biagio e Batocchio (2005, p.141), sustentam que um fator

importante a ser definido pela empresa é a margem de lucro desejada, onde o

percentual leva em conta o histórico do mercado e do processo de planejamento

de cada empresa.

Bangs (2002, p.93) ainda comenta que mesmo que as projeções de

receitas não sejam exatas, elas irão proporciona-lhe um conjunto aproximado de

referências para testar seu avanço em direção as suas metas de curto prazo

2.6.5 Ferramentas de Controle Financeiro

Nesta seção, será abordado as ferramentas de controle financeiro que são

de suma importância para obter maior eficiência na gestão financeira dos

recursos, são elas: fluxo de caixa, balanço patrimonial e demonstração do

resultado do exercício.

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52

2.6.5.1 Fluxo de Caixa

A expressão fluxo de caixa significa o pagamento ou o recebimento efetivo

de dinheiro por uma empresa. Quando os fluxos não acontecem de forma

equilibrada e ainda, se não houver um planejamento financeiro adequado, a

empresa poderá encontrar sérias dificuldades para saldar seus compromissos,

mesmo que esteja numa posição economicamente sólida. Segundo Hoji (2000,

p.79), “O fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas de

caixa ao longo do tempo de uma empresa. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo

menos uma entrada e uma saída” (HOJI, 2000, p.79).

Conforme Degen (1989, p. 147), o fluxo de caixa é a projeção das entradas

e saídas de recursos financeiros sobre o caixa, gerando assim o ciclo financeiro

do negócio.

Já para Zdanowicz (2000, p. 37) “o fluxo de caixa é o instrumento que

permite o administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e

controlar os recursos financeiros da empresa em determinado período”, ou seja, é

o instrumento que permite demonstrar as projeções financeiras realizadas pela

empresa no qual lhe possibilitará uma melhor analise e tomada de decisões

quanto a aplicação dos recursos financeiros que a empresa dispõe.

Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.46) classificam o fluxo de caixa como um

dos itens mais significativos obtidos através das demonstrações financeiras, pois

a demonstração do fluxo de caixa ajuda a explicar as variações nas contas de

disponibilidade, pois quando a organização está em alto grau de crescimento, os

gastos com estoques e ativos imobilizados podem superar o fluxo de caixa

produzido por seu faturamento.

Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.47) ainda apresentam dois tipos de fluxo

de caixa:

● O fluxo de caixa das operações que define a diferença entre o resultado

antes de juros e depreciação menos impostos, que demonstra o volume total de

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53

números gerado pelas operações não contando investimentos com a necessidade

do capital de giro;

● O fluxo total de caixa da empresa que demonstra os valores investidos

tanto com o ativo imobilizado quanto em capital de giro liquido.

O fluxo de caixa significa o planejamento financeiro é de suma importância

para que se torne possível elaborar cenários de 40 a 60 dias, para analisar os

compromissos financeiros assumidos com os colaboradores, onde todas as

movimentações financeiras da empresa são apresentadas por meio de fluxos de

compra de matéria-prima a valores que corresponde a recebimento de vendas a

vista ou a prazo e se incluem as contribuições sociais, impostos e transações

bancarias.

2.6.5.2 Balanço Patrimonial

O balanço patrimonial da empresa capta em um único ponto do tempo o

efeito cumulativo de decisões anteriormente tomadas, portanto, o balanço

patrimonial é um demonstrativo financeiro que mostra os ativos e passivos da

empresa num determinado ponto específico de tempo (LONGENECKER,

MOORE, PETTY, 1997, p.524).

No quadro 4 a seguir, será mostrado o balanço patrimonial, conforme

Biagio e Batocchio (2005, p.204).

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54

Ativo Passivo

- Circulante representado por tudo o que

a empresa possui e que permanece em

constante movimentação, ou que podem

ser transformados em dinheiro durante o

exercício fiscal, como por exemplo: saldo

de caixa, saldos em conta corrente nos

bancos, duplicatas a receber, aplicações

financeiras de curto prazo e estoques.

- Circulante representado pelas

obrigações da empresa que permanecem

em constante movimentação ou que devem

ser liquidadas durante o exercício fiscal,

como por exemplo: os salários, impostos,

duplicatas a pagar aos fornecedores, etc.

- Realizável a Longo Prazo bens e

direitos que não podem ser transformados

em dinheiro durante o exercício fiscal,

somente nos exercícios seguintes, tais

como: aplicações financeiras de longo

prazo, ações de outras empresas, etc.

- Exigível a longo prazo obrigações da

empresa que necessitam ser liquidadas,

mas o prazo de vencimento é superior a

um ano, portanto, somente serão

liquidadas nos exercícios fiscais seguintes,

exemplo: financiamento de longo prazo.

- permanente bens e direitos que não se

destinam a venda e tem vida útil,

exemplos: imóveis, máquinas e

equipamentos, veículos. Também estão

enquadrados neste item os direitos a

receber que a empresa incluiu como

perdas.

- Patrimônio líquido formado pelo

montante de investimentos que os

proprietários aplicaram na empresa e pelos

lucros ou prejuízos acumulados durante o

tempo de operação da empresa.

Quadro 4: Balanço Patrimonial Fonte: Biagio e Batocchio ( 2005, p.252).

Segundo Dornelas (2001, p. 163), o balanço patrimonial reflete a posição

financeira da empresa em um determinado momento, sendo que o balanço é

composto pelo ativo e passivo.

Na mesma linha, Hoji (2000, p. 252) o balanço patrimonial demonstra a

situação estática da empresa em determinado momento, onde cada empresa

pode determinar a data de encerramento do balanço conforme suas

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55

conveniências, no Brasil a maioria das empresas encerram o balanço no dia 31

de dezembro de cada ano.

Hoji (2000, p. 252) ainda afirma que, no balanço patrimonial, as contas que

representam o ativo e o passivo devem ser agrupadas de modo a facilitar o

conhecimento e a análise da situação financeira da empresa, e apresentadas em

ordem decrescente de grau de liquidez para o ativo, e de exigibilidade para o

passivo.

Em outra perspectiva, Gitman (1997, p.72) sustenta que o balanço

patrimonial representa a demonstração resumida da posição financeira da

empresa em determinada data. Nesta demonstração confronta os ativos da

empresa com suas fontes de financiamento, que podem ser dívida ou patrimônio.

2.6.5.3 Demonstração do Resultado do Exercício

Segundo Gitman (1997, p.71) “a demonstração do resultado do exercício

fornece um resumo financeiro dos resultados das operações da empresa durante

um período específico”, geralmente este período se encerra no final do ano, 31 de

dezembro.

Na mesma concepção, Hoji (2000, p.259) enfatiza que a demonstração do

resultado do exercício é uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de

receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do patrimônio liquido

entre duas datas.

Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 522) sustentam que a demonstração

do resultado do exercício é o demonstrativo financeiro que mostra o lucro ou

prejuízo resultante das operações da empresa durante um determinado período

de tempo.

A demonstração do resultado do exercício é uma classificação ordenada e

resumida das receitas e das despesas da empresa em determinado período,

sendo que do total da receita obtida devem ser subtraídos impostos, abatimentos

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56

e devoluções concedidas, resultando assim, na receita liquida (DORNELAS,

2001, p.165).

No quadro 5, é mostrada a estrutura da demonstração do resultado do

exercício.

Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Bruta de Vendas e Serviços

- Deduções da Receita Bruta

= Receita Líquida

- Custo dos Produtos e Serviços

= Lucro Bruto

- Despesas Operacionais

= Lucro Operacional

+ Resultado não Operacional

= Lucro Antes do IR e Contribuição Social

- Provisão P/IR e Contribuição Social

= Lucro Após IR e Contribuição Social

- Participações e Contribuições

= Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício

Lucro por Ação (R$)

Quadro 5: Exemplo de Demonstração do Resultado do Exercício Fonte: Hoji (2000, p.263)

Convém enfatizar que a demonstração do resultado do exercício tem o

objetivo de apresentar o lucro ou prejuízo das atividades da empresa durante um

determinado período. Os dados que constam como vendas, custo de mercadoria

vendida, despesas gerais e de administração.

2.6.6 Ferramentas de Análise de Viabilidade

A análise de viabilidade consiste em levantar as estimativas de custo de

projetar a família de aplicações e o retorno previsto ao longo do tempo.

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57

2.6.6.1 Valor Presente Líquido

De acordo com Hoji (2000, p.85), “o valor presente líquido é a soma das

entradas e saídas de um fluxo de caixa na data inicial”.

Complementando, o mesmo autor menciona que o valor presente liquido,

consiste em determinar um valor no instante inicial, a partir de um fluxo de caixa

formado por receitas e despesas e gastos, descontados com a taxa mínima de

atratividade. Esse método é conhecido também como Método do Valor Atual

Líquido.

Segundo Kassai (2000, p.65), o VPL é um dos melhores métodos e o

principal indicado como ferramenta para analisar projetos de investimentos, não

apenas porque trabalha com fluxo de caixa descontado, mas também porque o

seu resultado é em espécie, revelando a riqueza absoluta do investimento.

Por considerar explicitamente o valor do dinheiro no tempo, o VPL é uma

técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital, obtida subtraindo-se o

investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa

descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa (GITMAN, 1997,

p.329).

Para medir o VPL de um projeto, é feito uma estimativa do valor atual para

os futuros fluxos de reais que estarão sendo gerados pelo projeto, e a partir daí,

deduz-se o investimento feito inicialmente, para que isso aconteça, descontam-se

os futuros fluxos de caixa depois de impostos para o seu valor presente, e depois

se subtrai o investimento inicial (DORNELAS, 2001, p.172).

Em perspectiva similar, Longenecker, Moore e Petty (1997, p. 583) afirmam

que o VPL é o valor presente dos futuros fluxos de caixa menos o montante do

investimento inicial, ou seja, é feito uma estimativa do valor de hoje para os

futuros fluxos de reais que estarão sendo gerados pelo projeto e deduz-se o

montante do investimento feito.

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58

2.6.6.2 Taxa Mínima de Atratividade

De acordo com Casarotto e Kopittke (1990, p. 37) a Taxa Mínima de

Atratividade (TMA) é a taxa a partir da qual o investidor considera que obterá os

ganhos financeiros. Uma das formas de se analisar um investimento é confrontar

a Taxa Interna de Retorno com a Taxa Mínima de Atratividade do investidor.

Em outra perspectiva, Souza e Clemente (2004, p.74) sustentam que a

TMA fica entendia como uma disponibilidade real de aplicação de baixo risco dos

recursos disponíveis para o investimento.

A taxa mínima de atratividade também conhecida como custo de capital,

define o que o investidor pretende de retorno com o projeto, tal custo embute

critérios objetivos e alguns subjetivos por serem até questão de julgamento

pessoal, embora existam parâmetros externos de comparabilidade (BERNARDI,

2006,p.165).

2.6.6.3 Taxa Interna de Retorno

A taxa interna de retorno é utilizada como uma medida de taxa de

rentabilidade, por ser mais acessível o seu entendimento. A TIR é a verificação do

sucesso de um projeto, é importante que ela seja baseada somente sobre o fluxo

de caixa do investimento.

Dornelas (2001, p.173) menciona que, para calcular a TIR é necessário

descobrir a taxa de desconto que fornece um valor presente líquido igual à zero,

portanto, quando isso ocorre, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é

exatamente igual ao investimento efetuado.

Corroborando com esta afirmação, Longenecker, Moore e Petty (1997, p.

585) analisam que a taxa interna de retorno é a taxa de retorno que uma empresa

espera obter em um projeto, dessa forma, para calcular a TIR, temos de descobrir

a taxa de desconto que nos fornece um valor presente igual a zero, nessa taxa, o

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59

valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao desembolso do

investimento efetuado.

A taxa interna de retorno é a taxa de desconto que iguala o valor presente

das entradas do caixa ao investimento inicial referente a um projeto, nesse

sentido, a TIR a taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade

de investimento iguale-se a zero (GITMAN, 1997, p.330).

Hoji (2000, p.81), considera a TIR como uma taxa de juros implícita numa

série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de

descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre o valor presente.

2.6.6.4 Payback Descontado

Segundo Weston e Brigham (2000, p.533), o payback descontado é o

período de tempo exigido para recuperar o investimento a partir de fluxos de caixa

líquidos descontados. O payback descontado apresenta uma análise melhor

formada, mesmo mantendo as diferenças da versão original, referente a

distribuição dos fluxos de valores.

Para Kassai (2000, p.87), a análise é semelhante a do payback original, só

que baseada em valores descontados, ou seja, os valores foram trazidos em

moeda do período zero pela TMA (taxa mínima de atratividade) do projeto.

Na mesma linha, Gitman (1997, p. 442) destaca que o período de Payback

é uma medida melhor que a taxa média de retorno, pois considera fluxos de caixa

em vez de lucros contábeis. O Payback demonstra a liquidez do projeto e deste

modo o risco de recuperar o investimento.

2.6.6.5 Ponto de equilíbrio

No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo, nesse sentido, o ponto de

equilíbrio é o ponto onde a receita proveniente das vendas equivale à soma dos

custos fixos e variáveis. O ponto de equilíbrio possibilita ao empreendedor saber o

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momento certo em que seu negócio começa a obter lucro (DORNELAS, 2001,

p.169).

Para Gitman (1997, p.419), “o ponto de equilíbrio é o nível de vendas

necessário para cobrir todos os custos operacionais”. O autor considera que a

análise do ponto de equilíbrio é usada pela empresa para determinar o nível das

operações necessárias para cobrir os custos operacionais, assim como, avaliar a

lucratividade associada a vários níveis de vendas.

Em perspectiva similar Braga (1995, p.179) observa que o ponto de

equilíbrio permite determinar o valor das receitas de vendas necessárias para

cobrir os desembolsos relativos aos custos operacionais. Através de sua análise,

permite ao empreendedor compreender como o lucro pode ser afetado pelas

variações que integram as receitas de vendas e os custos. O autor conclui que os

elementos envolvidos na análise do ponto de equilíbrio são:

● as quantidades produzidas e vendidas e seus respectivos preços,

determinantes das receitas de vendas;

● os custos fixos e variáveis.

Na mesma concepção, Degen (1989, p.152) evidencia que o ponto de

equilíbrio é o nível em que as entradas operacionais geradas por vendas igualam-

se as saídas operacionais, decorrentes dos custos operacionais necessários para

produzir estas vendas em um determinado período.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Nessa seção, será apresentado o procedimento metodológico que foi

utilizado para a elaboração do estudo cujo objetivo consiste em elaborar o plano

de negocio para a implantação de uma loja de materiais esportivos em Biguaçu.

Segundo Mattar (2001, p.48), existem duas fontes de coletas de dados: as

fontes primárias e as fontes secundárias, sendo que as fontes primárias são os

dados brutos, ou seja, aqueles que nunca foram coletados, armazenados e

tabulados; por outro lado, os dados secundários são dados já coletados,

analisados e tabulados, disponibilizados por empresas, prefeituras, ou fundações,

e relatórios de pesquisa, jornais e revistas, entre outros.

O levantamento dos dados foi realizado através da coleta de dados

primários e secundários. Os dados primários foram coletados através da aplicação

de questionários de perguntas fechadas. Os dados secundários foram coletados

através de pesquisa bibliográfica, através de livros e periódicos científicos, e

documental a partir de relatórios e demonstrativos realizados pela Prefeitura

Municipal de Biguaçu, Secretaria da Fazenda, entre outros.

A pesquisa de mercado abrangeu intervenções junto aos clientes,

concorrentes e fornecedores.

Para os clientes foram elaborados questionários (apêndice A) e aplicados

com os moradores locais com o propósito de realizar uma pesquisa de mercado

para avaliar o perfil dos consumidores de materiais esportivos e os futuros

consumidores da loja.

Segundo informações do IBGE (2006), a população de Biguaçu é de

58.435 habitantes. A amostra da pesquisa mercadológica, calculada pelo

programa Sample, compreende 96 respondentes, com um índice de confiabilidade

de 95% e margem de erro de 10%.

Para o concorrente também foi elaborado questionário (apêndice B) e

aplicado junto ao proprietário da única loja local, com o intuito de avaliar o

desempenho do comércio local no segmento materiais esportivos.

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A pesquisa com os fornecedores serviu para identificar as condições de

pagamentos e tipos de produtos.

O planejamento financeiro foi realizado utilizando o software MakeMoney,

projetado por Fernando Dolabela, utilizando como ferramentas o cálculo do

investimento inicial (payback), a verificação do tempo de retorno do investimento,

o cálculo da taxa interna de retorno, o valor presente líquido e o ponto de

equilíbrio, dentre outros que se fizerem necessários. As análise financeira foi

realizada utilizando o software MakeMoney, projetado por Fernando Dolabela.

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4 PLANO DE NEGÓCIOS

Nesta etapa do trabalho será apresentada a estrutura do plano de negócio

para a implantação de uma loja de materiais esportivos na cidade de Biguaçu.

O plano será apresentado, de acordo com a estrutura a seguir: capa;

resumo executivo; enunciado do projeto; empreendedor; produtos, serviços e

tecnologia; mercado potencial; elementos de diferenciação; projeção de vendas;

rentabilidade e projeções financeiras; empresa; histórico; planejamento

estratégico; estrutura organizacional e legal; equipe dirigente; parcerias;

responsabilidade social e meio ambiente; plano de marketing; estratégias de

marketing; cronograma do projeto; plano financeiro. A seguir será apresentado o

Plano de Negócios.

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LS SPORT´S Loja de Materiais Esportivos

Rua João Born s/n

Centro

Biguaçu – SC

LS SPORT´S

Materiais Esportivos

LEONHARD DA SILVA – DIRETOR

[email protected]

99315031

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4.1 RESUMO EXECUTIVO

Este Plano de Negócios tem como objetivo detalhar as informações do

planejamento estratégico, mercadológico, operacional e financeiro para

implantação de uma loja de materiais esportivos.

A LS SPORT´S será uma empresa especializada em vendas de

confecções e acessórios de materiais esportivos a ser constituída com o objetivo

de suprir a demanda existente no ramo de materiais esportivos. Através da

pesquisa de mercado, percebeu-se essa demanda, onde 89% dos entrevistados

costumam comprar artigos que envolvem materiais esportivos, e apenas 11% não

compram. É importante ressaltar também que 84% dos respondentes consideram

interessante a abertura de uma nova loja de materiais esportivos, enquanto 16%

não preferem. A loja se localizará estrategicamente no centro da cidade de

Biguaçu, na Rua João Born s/n, suprindo as necessidades dos clientes com um

local de fácil acesso, com estacionamento, privacidade e segurança.

Devido a uma grande demanda de produtos esportivos, decorrentes do

crescimento da população, e pela prática de esportes, pelos torneios existentes

no município e outras atividades esportivas, além de campeonatos nacionais,

mundiais, jogos pan americanos e olimpíadas, e justamente por haver apenas

uma loja desse ramo no município, decidiu-se pela abertura da LS SPORT´S,

tendo como finalidade disponibilizar ao cliente uma variedade de produtos

esportivos.

Os produtos disponibilizados serão os das marcas mais conhecidas no

mercado. Os preços dos produtos estarão mais baixos que o do concorrente

localizado na mesma praça, pois através da pesquisa mercadológica percebeu-se

que o concorrente pratica preços fora da realidade do mercado. Mesmo

trabalhando com marcas conhecidas é possível fixar os preços mais baixos que o

concorrente, pois hoje por ser único no mercado possibilita que trabalhe com

preços mais altos.

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A divulgação da loja será feita através de eventos ligados a área

esportiva, anúncios em jornais da região, rádios que transmitem jogos de futebol,

carro de som, entre outros.

Os principais diferenciais da LS SPORT´S serão o atendimento com

qualidade, a diversificação de produtos, os preços mais baixos, disponibilizando

produtos que satisfaçam as necessidades dos clientes, oferecendo a esses um

ambiente climatizado, com uma TV passando clipes musicais, matérias esportivas

e jogos, oferecendo café e água, fazendo com que o cliente tenha conforto,

mantendo assim uma proximidade com o cliente.

4.1.1 Enunciado do Projeto

Este Plano de Negócios tem como objetivo apresentar estudos e análise de

viabilidade para a criação de uma loja, a LS SPORT´S, que terá seu foco na

venda de materiais esportivos.

A estrutura da empresa será simples, dentro dos padrões modernos de

racionalização, oferecendo aos seus clientes produtos esportivos, pois, através da

pesquisa mercadológica, pode-se perceber que existe uma grande demanda

nesse mercado. O preço acessível e a qualidade dos produtos, assim como o

atendimento e o ambiente da loja, contribuem-se em atrativos aos clientes.

4.1.2 Empreendedores

A LS SPORT´S terá a participação e será dirigida por uma pessoa em

condição de aproveitar a oportunidade que se apresenta em decorrência de um

crescimento nas atividades comerciais do município de Biguaçu. O proprietário,

que terá a função de gerencia, possui o seguinte perfil.

Leonhard da Silva.

Graduando em administração de empresas na Universidade do Vale do

Itajaí-UNIVALI em 2008.

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67

4.1.3 Os produtos, Serviços e a Tecnologia.

A LS SPORT´S contará com uma grande diversificação de produtos na

linha de materiais esportivos, sendo que junto com a qualidade de seus produtos,

caminha a qualidade no atendimento e nos serviços prestados. Os produtos

oferecidos pela loja terão assim ênfase na qualidade, preços baixos e ótimo

atendimento. A LS SPORT´S oferecerá aos seus clientes um ambiente

climatizado, bebedor de água gelada, ou seja, disponibilizando um conforto a

seus clientes. Os produtos comercializados pela LS SPORT´S serão: camisas de

clubes de futebol, uniformes para jogo, chuteiras, tênis, bolas, roupas para

academia, calças para capoeira, kimonos, troféus e medalhas, dentre outros

materiais esportivos. A loja trabalhara com marcas conhecidas como (Umbro,

Adidas, Nike, Olimpikus, Diadora, Kappa, Puma, Penalty, Atama, Body Sexy,

Troféus Vitória, Troféus Mad, entre outros).

4.1.4 O Mercado Potencial

Através dos dados obtidos pela pesquisa mercadológica, notou-se que o

segmento de mercado no qual a LS SPORT´S pretende atuar é composto

basicamente por jovens e adultos, na faixa etária de 18 a 35 anos, que equivale a

21.624 mil habitantes, sendo 36% da população do município. Este é um mercado

consumidor numeroso e com hábito constante de compra deste tipo de produto.

Sem dúvida alguma a diferenciação é conseguida através da qualidade e

variedade dos produtos comercializados e do atendimento aos clientes.

A grande oportunidade de mercado identificada pela LS SPORT´S é

representada pelo fato de que boa parte das pessoas incorpora na sua rotina

semanal o cuidado com o corpo em termos estéticos e de saúde. Além disso, a

popularização dos esportes é outro fator que impulsiona este tipo de comércio.

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68

4.1.5 Elementos de Diferenciação

Um dos principais diferenciais da empresa será o atendimento com

qualidade e honestidade, além dos preços não abusivos e uma proximidade com

o cliente, oferecendo a esses um ambiente climatizado, com uma TV passando

clipes musicais matérias esportivas e jogos, oferecendo café e água. Também

serão elaborados programas de pesquisa para saber a satisfação dos clientes

(tendências de moda, novos materiais, etc.), com ênfase no produto de alta

qualidade e prestação de serviços pós-venda. Uma vantagem perante seu

concorrente será o prazo de pagamento em até 4 vezes sem juros dado aos seus

clientes, além do horário de atendimento que será das 9 horas até as 19 horas.

4.1.6 Projeção de Vendas

De acordo com a pesquisa de mercado realizada, percebeu-se que quando

há competições olímpicas, campeonatos mundiais, jogos pan americanos e outras

competições esportivas importantes, há um crescimento nas vendas, crescimento

este que ocorre também nos meses de novembro e dezembro devido aos

benefícios do 13º salário, onde as pessoas têm o hábito de dar presentes outras

pessoas e acabam comprando mais nesse período. Outro fator importante são as

vendas de camisas de clubes de futebol, pois quando os times estão em alta nos

campeonatos disputados, a procura por camisas desses clubes é muito alta,

proporcionando também um aumento nas vendas. Como estratégia os três

primeiros meses após a inauguração, a loja fará uma promoção de 10% de todos

os seus produtos e em compras acima de 200 reais, 20% de desconto, em 4

vezes sem juros. Vale ressaltar que através destes aspectos, divulgações e

promoções atrativas ao cliente alvo, estima-se que a LS SPORT´S consiga atingir

30% da fatia de mercado do município em cinco anos.

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69

4.1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras

Segundo a projeção de vendas e a composição dos custos da LS

SPORT´S, os produtos vendidos proporcionarão um bom retorno financeiro para a

loja, o que pode ser comprovado na projeção dos resultados e análise de

investimento realizado no plano financeiro.

O Valor Presente Liquido é de R$ R$ 25.698,05 (Vinte e cinco mil,

seiscentos e noventa e oito reais e cinco centavos, com uma TIR de 27,39% a.a e

um tempo de retorno estimado de 3 anos, para um capital investido de R$

47.296,52 (Quarenta e sete mil, duzentos e noventa e seis reais e cinqüenta e

dois centavos), projetando uma TMA de 12,25% a.a.

4.2 A EMPRESA

A LS SPORT´S é uma empresa com previsão para abertura em 01 de

fevereiro de 2009, com o objetivo de satisfazer a demanda de mercado no

segmento materiais esportivos existentes no município de Biguaçu. Esta demanda

é ocasionada pelo crescimento da população e pela grande procura por materiais

esportivos para a pratica de esportes.

A LS SPORT´S deve manter uma vantagem competitiva perante seu

concorrente, através de excelentes relações com os clientes, oferecendo a estes

diversificação de produtos, promoções, prazos para pagamento, ambiente

climatizado, água a disposição do cliente, som ambiente, e sua capacidade de se

adequar as necessidades destes, participando de eventos esportivos. A empresa

será instalada em uma área de 35 m2 estrategicamente posicionada em uma das

ruas mais movimentadas do centro de Biguaçu.

4.2.1 Histórico

A LS SPORT´S é uma empresa que está nascndo de um projeto

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70

acadêmico de um aluno do curso de Administração da UNIVALI, durante a

disciplina de estagio que está sendo cursada pelo seu proprietário no primeiro

semestre de 2008, e também pelo fato do acadêmico constatar que no município

de Biguaçu, que conta com uma população de aproximadamente 59.000.00

habitantes, sendo que há apenas um concorrente desse setor no Município.

Constatou que os preços que estão sendo cobrados estão acima da realidade do

mercado, obrigando os clientes a comprarem em outras localidades. A nova loja

pretende ocupar esse espaço que se apresenta no mercado de Biguaçu.

4.2.3 Planejamento Estratégico

A LS SPORT`S atuará no setor de comércio de bens semiduráveis. A loja

será montada no centro de Biguaçu, oferecendo aos seus clientes uma vasta

opção de materiais esportivos, visando tornar-se líder no mercado local, através

do atendimento especializado aos clientes e com preços mais baixos que os

praticados pelos concorrentes.

É fundamental que a empresa estabeleça estratégias para sobreviver no

mercado. É importante conhecer o segmento de mercado que a empresa vai

atuar, posicionamento estratégico, mercado e segmento alvo, a definição da

missão e da visão, as oportunidades e ameaças e os pontos fortes e fracos da

empresa. O mercado da LS SPORT´S pode ser conhecido no quadro 6, abaixo:

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MERCADO

Mercado- alvo A loja define seu mercado, abrangendo todo o município de Biguaçu e os municípios de Antonio Carlos e Governador Celso Ramos.

Segmento-alvo

Vestuário de materiais esportivos

Clientes-alvo

Os clientes alvo da LS SPORT´S são constituidos por pessoas na faixa etária de 18 a 35 anos.

Posicionamento Estratégico

Soluções em vestimentas para esportes.

Vantagem Competitiva

A LS SPORT´S deve manter uma excelente relação no atendimento a seus clientes, no qual estão inseridos diferenciais: café, água, troca de materiais, ajustes, manutenções, a loja estará localizada na praça do município de Biguaçu, local onde passam diariamente muitas pessoas e a diversificação dos produtos. Uma vantagem perante seu concorrente será o prazo de pagamento dado aos seus clientes além do horário de atendimento que será das 9 horas até as 19 horas.

Quadro 6: Mercado Fonte: Dados primários (2008) A missão, visão, produtos e serviços, poderão ser visualizados no quadro 7 de planejamento estratégico, a seguir.

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Ramo de Atividade

Produtos na linha de materiais esportivos

Produto ou Serviço

Venda de camisas de clubes de futebol, uniformes para jogo, chuteiras, tênis, bolas, roupas para academia, calças para capoeira, kimonos, troféus e medalhas, dentre outros materiais esportivos.

Conceito do negócio

Loja multimarcas de material esportivo, procurando sempre atender a necessidade dos clientes, com uma área de 35 metros quadrados.

Negócio como Finalidade

Oferecer e distribuir vestimentas esportivas que atendam as necessidades de nossos clientes, estando permanentemente atenta às tendências do segmento.

Missão "Oferecer e distribuir vestimentas esportivas que atendam as necessidades de nossos clientes, estando permanentemente atenta às tendências do segmento, priorizando bens e serviços de qualidade, de forma ágil, com competitividade e rentabilidade, além de colaborar com o desenvolvimento do comércio local".

Visão Estratégica

"Ser referencia diante os seus clientes, como empresa modelo na comercialização de produtos esportivos".

Quadro 7: Planejamento Estratégico Fonte: Dados primários (2008).

A análise do ambiente externo procura identificar as oportunidades e

ameaças que o mercado possui perante a empresa, ou seja, são os fatores

externos que podem afetar positivamente ou negativamente as atividades

empresariais. Já a análise do ambiente interno procura identificar os pontos fortes

e fracos da empresa, onde através dessa análise possa garantir maior vantagem

competitiva perante seu concorrente.

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73

A partir da análise do ambiente externo e interno, podemos destacar os

seguintes fatores da análise SWOT, como mostra o quadro 8:

Item Oportunidades

1 Demanda crescente para produtos de materiais esportivos

2 Crescimento da população do município 3 Diminuição da tributação 4 Busca por atividades físicas 5 Aumento nas vendas

6 Valorização da cultura local e da pratica de esportes

7 Desenvolvimento de novos produtos de esportes

8 Facilidade de compra 9 Crescimento da economia

10 Oferecer novos produtos e de preço acessível

Item Ameaças

1 Novos entrantes

2 Concorrência que já esta a 14 anos no mercado

3 Falta de produtos no mercado

4 Aumento dos tributos 5 Baixa qualidade dos produtos 6 Má distribuição de renda 7 Falsificação de produtos 8 Custos mais altos para os consumidores 9 Burocracia na liberação de financiamentos 10 Jovens nos caminhos das drogas

Quadro 8 - Oportunidades e Ameaças. Fonte: Dados primários (2008) No quadro 9, será demonstrado os pontos fortes e fracos da empresa.

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Análise do Ambiente Interno - Variáveis críticas

Item Pontos Fortes

1 Localização do estabelecimento 2 Bons preços 3 Diversificação dos produtos 4 Treinamento dos funcionários em vendas 5 Formas de pagamento flexibilizadas aos clientes locais 6 Produtos de excelente qualidade 7 Participação em eventos relacionados a esportes 8 Ambiente climatizado 9 Atendimento diferenciado ao cliente 10 Facilidade de comunicação

Item Pontos Fracos 1 Tempo de atuação no mercado 2 Tradição da empresa no ramo de atividade 3 Amizades com outros empresários

4 Estacionamento para clientes 5 Custos elevados 6 Layout ou distribuição do espaço físico 7 Patrocínios de eventos 8 Entrega dos produtos pelos fornecedores 9 Negociação com os fornecedores 10 Sistema de informação (programas)

Quadro 9 - Análise do Ambiente Interno-Variáveis Críticas. Fonte: Dados primários (2008)

Dentre os pontos fortes a serem analisados, a localização de uma empresa

comercial é a chave de sua capacidade de atrair clientes, de gerar vendas

compatíveis com o retorno esperado e oferecer à empresa a vantagem

competitiva. Outro fator importante é a diversificação de produtos, fator que pode

contribuir na fidelização do cliente, pois a qualidade dos produtos está

diretamente ligada ao estilo do público-alvo. Quando se fala em qualidade, não

significa apenas comercializar as marcas mais famosas e sim adequar a

qualidade dos produtos aos desejos e necessidades dos clientes. Como resultado

prático, o cliente sempre buscará a empresa. Por outro lado, um ponto fraco a ser

analisado é quanto a tradição da empresa, uma empresa se faz tradicional pelo

tempo que permanece no mercado, porém buscando sempre qualidade de

serviços e produtos e, principalmente, acompanhando o mercado nas suas

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inovações, seja na gestão administrativa ou pessoal.

4.2.4 Estrutura Organizacional e Legal

A estrutura da LS SPORT´S será simples por se tratar de uma pequena

empresa ainda em fase de adaptação ao mercado. No inicio de suas atividades, o

seu proprietário será responsável pela área administrativa da empresa, estando

ciente de que com o aumento das atividades este deverá contratar um funcionário

para ajudá-lo em algumas funções. A loja terá uma vendedora com experiência no

ramo para atender os clientes. Na figura 2, segue o organograma da LS

SPORT´S.

4.2.5 Equipe Dirigente

Leonhard da Silva, o proprietário, é graduando do curso de administração e

tem afinidade com a área de esportes. Com base na pesquisa de mercado

conheceu as operações relativas aos fornecedores e aos concorrentes, além

disso, percebeu as necessidades, preferências e comportamento dos possíveis

clientes. A LS SPORT´S será dirigida por uma pessoa, o proprietário, e contará

com um funcionário que será o vendedor.

4.2.6 Plano de Operações

Todas as atividades voltadas para a tomada de decisão sobre projetos,

orçamentos, entre outras, serão centralizadas no proprietário da empresa, isso

permitirá que o mesmo adquira experiência de gestão e se prepare para o

crescimento da empresa, teoria que foi adquirida na universidade.

Com uma estrutura organizacional simplificada, a LS SPORT´S irá se

preocupar em implantar desde o início de suas operações sistemas de controle

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76

informatizados nas áreas contas a pagar e receber, faturamento e estoque e

também tendo um cadastro dos seus clientes.

Tomando como ponto inicial a pesquisa mercadológica, os clientes locais

nem sempre conseguem adquirir o produto que estão procurando. Em virtude

disso, a empresa procurará oferecer a estes clientes produtos diversificados, e na

medida do possível, atender as necessidades desses clientes. Essa parcial

insatisfação dos clientes pode ser visualizada no gráfico 1, de satisfação dos

clientes em relação as empresas que já atuam neste segmento.

0% 10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Ótima, sempre tem os produtos queprocuro

Satisfatória, as vezes tem o produtoque procuro

Ruim, nunca tem o produto queprocuro

Não sei opinar

Gráfico 1: Satisfação dos clientes com lojas já existentes. Fonte: Dados primários (2007).

O gráfico acima representa o índice de satisfação dos consumidores locais

perante as lojas existentes, onde se torna mediana a representatividade na

questão dos produtos que estas lojas têm a oferecer para seus clientes.

A empresa irá se estabelecer em uma estrutura física(layout) de

aproximadamente 35 m2, distribuídos em uma sala para atendimento, banheiro,

depósito de mercadorias, provadores, sendo que a parte decorativa para os

móveis e utensílios será baseada em esportes.

A LS SPORT´S funcionará, das 09h00min horas até as 19h00min horas,

não fechando para almoço, levando em consideração que no horário de almoço, o

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fluxo de pessoas que passam por aquele local, costuma ser elevado.

Referente ao atendimento, a empresa terá em seu corpo funcional, dois

profissionais, sendo um o gerente e proprietário da loja e o outro um vendedor

capacitado.

Quanto ao processo de comercialização, a LS SPORT´S disponibilizará

aos seus clientes, as formas de pagamento à vista, cartão de crédito e de débito

das principais administradoras de cartão de crédito, além de cheque pré-datado e

de carnê.

4.2.7 Aspectos Jurídicos/Legais

A LS SPORT´S será classificada como firma individual, ou seja,

empresário individual que exerce em nome próprio, atividade empresarial. Trata-

se de uma empresa que é titulada apenas por uma só pessoa física, que

integraliza bens próprios à exploração do seu negócio.

Para a legalização da empresa será contratado um contador que realizará

o processo de registro da empresa.

1º PASSO - Consulta de Viabilidade - consulta junto a prefeitura

municipal de Biguaçu sobre a viabilidade do negócio desejado.

2º PASSO - Registro do Contrato Social e CNPJ - elaborar o contrato

social ou o Requerimento de Empresário e registrá-lo na Junta Comercial do

Estado de Santa Catarina.

3º PASSO - Alvará Sanitário – providenciar o requerimento do alvará

sanitário no município onde está a empresa.

4º PASSO - Inscrição Estadual - a empresa deverá providenciar a

inscrição estadual na Secretaria da Fazenda Estadual – SEF.

5º PASSO - Alvará Municipal - providenciar o registro da empresa na

prefeitura municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento da

empresa para inicio de suas atividades.

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78

Antes do processo de registro da empresa , deverá ser especificado o porte

que a empresa será enquadrada, seguindo a classificação de acordo com a Lei

Complementar nª 123, de 14 de dezembro de 2006.

- no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela

equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

- no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a

ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00

(dois milhões e quatrocentos mil reais).

4.2.8 Parcerias

A loja buscará fazer parcerias com malharias locais, para que estas

possam fazer uniformes para jogos com uma ótima qualidade e um preço mais

acessível quanto ao praticado pelo concorrente. A loja também fará parcerias com

uma emissora de rádio para a divulgação de seus produtos diariamente.

4.2.9 Responsabilidade Social e Meio Ambiente

A LS SPORT´S tem profundo comprometimento com a preservação do

meio ambiente, utilizando embalagens de fontes renováveis.

4.3 PLANO DE MARKETING

No Planejamento de Marketing serão definidos os clientes alvo da empresa

bem como o modo em que os produtos serão oferecidos. A partir da pesquisa

mercadológica realizada com moradores locais, com o intuito de conhecer seu

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79

comportamento de compra bem como sua receptividade por produtos referentes a

materiais esportivos, será realizada a analise dos 4P´s (produto, preço, praça e

promoção) para estabelecimento de estratégia para atender esta demanda.

4.3.1 Análise de Mercado

A análise de mercado em que a LS SPORT´S vai atuar, foi realizada de

acordo com os dados coletados através de pesquisa mercadológica com a

empresa que já atua nesse mercado no município de Biguaçu, onde serão

determinados o setor de atuação e a descrição do concorrente.

O setor no qual a LS SPORT´S irá atuar pode ser classificado como de

Bens semiduráveis e vestuário, precisamente no segmento de materiais

esportivos.

4.3.1.1 Setor

A análise do ambiente em que a empresa irá atuar é de suma importância

para garantir seu sucesso no futuro, pois será a partir deste que serão analisadas

as oportunidades e ameaças que esse mercado impõe.

Segundo dados da Abraleme (2008) - Associação Brasileira dos Lojistas de

Equipamentos e Materiais Esportivos, a indústria esportiva no Brasil, movimenta

em média R$ 40 bilhões por ano, o equivalente a 4 % do Produto Interno Bruto.

O diretor da Abraleme (Abraleme 2008) cita que os clientes gastam, em

média, R$ 78 reais por compra. E nem só de camisas de times de futebol e

artigos para natação sobrevivem os negócios. De uns anos para cá, os fregueses

estão dando mais atenção a produtos ligados ao basquete, handebol, vôlei.

Fundador e diretor da Associação Brasileira de Equipamentos e Materiais

Esportivos (Abraleme), René Djekeim afirma que a pirataria é hoje o principal

problema para o comércio varejista de materiais esportivos. Segundo estimativas

do empresário, a participação dos produtos falsificados alcança cerca de R$ 3,4

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bilhões, valor que representa 11% do faturamento anual. Os produtos mais

falsificados são os calçados da Adidas, Nike e Reebok, bem como os uniformes

dos clubes e da seleção de futebol.

Conforme o SEBRAE (2008) Estima-se que o mercado mundial em artigos

esportivos movimente cerca de US$ 240 bilhões por ano, dos quais US$ 6 bilhões

apenas com produtos voltados para o futebol, segundo levantamento feito por

grandes fabricantes internacionais. No Brasil, as cifras já superam os R$ 24

bilhões, segundo o professor Licinio Motta, co-ordenador do Núcleo de estudos

elos Negócios do Esporte, da Escola Superior de Propaganda e Marketing

(ESPM).

4.3.1.2 Clientela

Nesta etapa do trabalho será analisado o dado coletado através de 96

questionários de pesquisa com possíveis clientes da loja.

Com o propósito de identificar quem são os possíveis clientes da loja, foi

realizada a pesquisa para saber onde os mesmos residem. Estas informações

podem ser analisadas no gráfico 2, demonstrados a seguir.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Florianópolois

Antônio Carlos

G. C. Ramos

Biguaçu

S. Jjose

Outros

Gráfico 2: Localização dos clientes Fonte: Dados primários (2007)

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81

Analisando o gráfico 2, foi identificado que 58% dos entrevistados residem

no município de Biguaçu, Antonio Carlos com 18 %, Governador Celso Ramos

com 11% seguido de São José com 6% e Florianópolis com 5%. Desses

entrevistados, 70% são do sexo masculino, enquanto 30% do sexo feminino.

A faixa etária dos clientes, é um fator imprescindível para saber qual o

publico alvo da empresa, o gráfico 3 representa a variação de idade entre eles.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

18 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

acima de 56 anos

Gráfico 3: Faixa etária dos clientes Fonte: Dados primários (2007)

Diante dos dados acima, constata-se que 57% dos respondentes tem entre

18 e 35 anos, 31% tem entre 26 e 35 anos, 9 % tem entre 36 e 45 anos e 2% tem

entre 45 e 56 anos.

A partir dos percentuais mencionados acima, pode-se constatar que o

público alvo da empresa é constituído por pessoas jovens, ou seja, de 18 a 35

anos.

No gráfico 4 será demonstrado o local onde os clientes costumam comprar

os produtos, sendo este item importante para saber se os clientes tem

preferências por lojas especializadas.

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82

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Loja dedepartamentos

Lojasespecializadas

Não tempreferência

Outros

Gráfico 4: Tipo de estabelecimento que costuma fazer as compras. Fonte: Dados primários (2007)

Com base no gráfico acima, pode-se perceber que 48% dos clientes

preferem fazer suas compras em lojas especializadas, 39% não tem preferência e

11% em lojas de departamentos.

É de suma importância saber onde os clientes costumam comprar, se eles

preferem lojas de bairro, sendo assim os dados coletados será demonstrado no

gráfico 5 a seguir.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Centro urbanos

Shopping center

Lojas de bairro

Gráfico 5: Local que costuma fazer as compras Fonte: Dados primários (2007)

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83

A partir do gráfico acima, observa-se que 57% dos clientes costumam fazer

suas compras em lojas de bairro, 24% em shoppings centers e 19 % em centros

urbanos, ficando evidente a preferência dos clientes pelas lojas de bairro.

Quanto ao hábito de compra para produto esportivo, 89% dos entrevistados

possui o hábito de consumir produtos esportivos, enquanto 11% não consome. Os

entrevistados mencionaram que o motivo pelo qual os levam a comprar esses

produtos, é caracterizado pelo tipo de produto que a loja tem a oferecer e quando

sentem a necessidade de usufruir qualquer tipo desses produtos.

A seguir, no gráfico 6 será abordado o tipo de pagamento realizado no

processo de compra pelos clientes.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

A vista

Cheque

Cartão de credito

Carnê

Gráfico 6: Forma de Pagamento Fonte: Dados primários (2007)

Com relação à forma de pagamento praticada pelos clientes, 49% pagam

suas compras à vista, 33% no cartão de crédito, 15% no carnê e 3% pagam em

cheques.

4.3.1.3 Concorrência

A pesquisa de mercado indicou que existe apenas um concorrente da LS

SPORT´S, este sendo pesquisado diretamente durante a elaboração deste plano

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84

de negócio. O concorrente possui duas lojas na cidade de Biguaçu, sendo uma no

centro de Biguaçu e a outra no bairro Praia João Rosa. A loja esta atuando há 14

anos no mercado, sendo que o proprietário escolheu este negócio por gostar do

ramo. Atualmente a empresa conta com um quadro de 10 colaboradores.

A localização deste concorrente é vista como um ponto fraco, pois sua loja

no centro da cidade fica em uma rua que não é muito movimentada, motivo que já

ocasionou a roubarem sua loja, contudo vale ressaltar que é um ponto fraco para

ela, mas continua sendo uma ameaça para a LS SPORT´S, outro fator importante

é por não possuir um método de fidelização do cliente.

4.3.1.4 Fornecedores

Os principais fornecedores são os das marcas mais conceituadas na linha

de materiais esportivos (Umbro, Adidas, Nike, Olimpikus, Diadora, Kappa, Puma,

Penalty, Atama, Body Sexy, Troféus Vitória, Troféus Mad, entre outros). Em

relação aos prazos de entregas de mercadorias, não existe muita distinção entre

os fornecedores, pois a maioria entrega seus produtos no período de 15 a 30

dias, salvo algumas exceções que podem ultrapassar esse limite. Essas

empresas não têm nenhuma restrição a quantidades de produtos por tamanho, o

que pode acontecer em algumas delas é uma quantidade mínima de R$ 500,00

reais para fechar o pedido, sendo que por haver essa quantidade mínima as

empresas não cobram fretes.

Com relação à forma de pagamento das mercadorias, os fornecedores

fazem em até 3x sem juros, sendo 50% quando chegam à mercadoria, 25% para

30 dias e 25% para 60 dias, realizados através de cobranças em boleto bancário.

4.3.2 Estratégias de Marketing

As estratégias e diretrizes a serem seguidas pela LS SPORT´S foram

elaboradas com base no perfil dos clientes, nos pontos fortes e fracos dos

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concorrentes e nas ameaças e nas oportunidades do próprio mercado de

atuação. Essas estratégias serão essenciais na conquista do mercado e na

divulgação do produto oferecido. Essas estratégias serão demonstradas a seguir

no quadro 10.

Estratégias de Marketing

ESTRATÉGIA DE PREÇO

A empresa terá os seus preços abaixo aos dos concorrentes e se destinguirá de outras maneiras, como ambiente climatizado, videos oferecendo um valor superior aos clientes.

ESTRATÉGIA DE DISTRIBUIÇÃO/LOGÍSTICA

A LS SPORT´S venderá seus produtos diretamente aos seus clientes,

ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO E PUBLICIDADE

A loja adotará os principais veículos de marketing para fazerem sua divulgação, como banners, folders, outdors, anúncios em emissoras de televisão e rádio, jornais que circulam diariamente.

ESTRATÉGIA DE LOCALIZAÇÃO

Estar localizada no centro da cidade de Biguaçu onde existe diariamente um elevado número de pessoas por este local.

ESTRATÉGIA DE VENDAS E PÓS-VENDAS

Procurar sempre vivenciar o dia a dia do cliente para saber sua necessidade e no pós venda, entrar em contato com ele para saber se ele gostou do produto.

ESTRATÉGIA DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES

Elaborar o processo da atração e fidelização de clientes.

Quadro 10 - Estratégias de Marketing Fonte: Dados primários (2008) 4.3.2.1 Produtos e Serviços

A linha de produtos que será comercializada pela LS SPORT´S é composta

por acessórios e confecções unisex para jovens e adultos direcionados ao

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86

segmento de mercado de materiais esportivos.

Diante dos dados coletados pela pesquisa mercadológica, percebe-se que

70% dos respondentes são do sexo masculino, enquanto 30% são do sexo

feminino. A pesquisa foi realizada em ordem aleatória, sem qualquer distinção,

preferência ou interferência do pesquisador na escolha de pessoas para aplicação

do questionário.

A demanda por estes tipos de produtos encontra-se em plena ascensão,

alimentada pelo crescente aumento da população e pela preocupação com a

saúde, motivo este que leva as pessoas a praticarem esportes.

No gráfico 7 a seguir, será apresentado os principais produtos que os

clientes adquirem em uma loja de material esportivo, pois é um fator importante

para identificar os tipos de produtos que são comprados.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Camisas de clubes de futebol

Uniformes para jogo

Bolas

Chuteiras

Tenis

Outros

Gráfico 7: Principais produtos adquiridos pelos clientes Fonte: Dados primários(2007)

Conforme demonstrado no gráfico acima, podemos observar que há uma

elevada procura por esses produtos, onde o produto de maior procura são as

camisas de clubes de futebol com (26%), e havendo um equilíbrio entre os

demais produtos.

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De acordo com a pesquisa mercadológica, podemos destacar as principais

marcas adquiridas pelos clientes conforme gráfico 8 demonstrado a seguir:

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Adidas

Nike

Olympikus

Umbro

Outros

Gráfico 8: Principais marcas adquiridas pelos clientes. Fonte: Dados primários (2007)

Diante dos dados coletados pela pesquisa mercadológica, constata-se que

as marcas mais adquiridas pelos clientes são Umbro (28%), Olimpikus (19%),

Nike (32%) e Adidas (24%), dentre outras como Topper, Kappa, Mizuno. Convém

enfatizar, que 45% dos clientes quase sempre são fieis as marcas, 36% são

sempre fieis as marcas, enquanto 19% nunca são fieis as marcas.

4.3.2.2 Preço

O preço de venda do produto será estabelecido de acordo com o valor de

aquisição do mesmo diante seus fornecedores e dos preços praticados pelo

concorrente da região.

As precificações do produto serão feitas conforme o preço de aquisição do

produto, onde será aplicado um percentual que vai de 30% a 90% dependendo do

produto, diferenciando do concorrente que usa um markup de 60% a 100%,

conforme entrevista com o proprietário da empresa. O markup inicial adotado pela

loja, servirá para realização das projeções orçamentárias da loja, onde a mesma

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será revisada para uma melhor adequação dos preços pela empresa em relação

a seus concorrentes.

Com base na renda do grupo familiar poderá ser identificado o poder

aquisitivo da população aonde a loja irá se instalar, onde os preços adotados pela

LS SPORT´S terão um embasamento através dessa renda, às informações estão

ilustradas no gráfico 9.

0% 10% 20% 30% 40% 50%

1 a 3 saláriosmínimos

3 a 7 saláriosmínimos

7 a 11saláriosmínimos

acima de 11salários mínimos

Gráfico 9: Renda do Grupo familiar Fonte: Dados Primários (2007)

De acordo com o gráfico acima, nota-se que ocorre uma grande variação

entre as rendas do grupo familiar, sendo que a maior renda esta concentrada de 3

a 7 salários mínimos, seguindo de 7 a 11 salários mínimos. Estes dados são

importantes para verificar quais preços serão adotados pela LS SPORT´S.

Convém enfatizar que de acordo com o levantamento informal realizado

durante a aplicação do questionário de pesquisa com os moradores locais, a

maioria dos respondentes simpatizantes com produtos esportivos, chega a gastar

em torno de 20% a 30% de seus salários com compras desses produtos.

No gráfico 10 a seguir, será demonstrado quantas vezes por ano os

clientes costumam comprar esses produtos esportivos.

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0% 10% 20% 30% 40% 50%

Uma vez por ano

Duas vezes porano

Três vezes por ano

Acima de trêsvezes

Gráfico 10: Freqüência que adquire esses produtos Fonte: Dados primários (2007)

Em relação à freqüência de compra dos clientes, nota-se que 41% dos

entrevistados costumam comprar esses produtos 3 vezes por ano, 28% acima de

3 vezes, 20% 2 vezes por ano e 11% uma vez por ano. Os entrevistados alegam

que a quantidade de vezes no qual consomem produtos esportivos, dependerá do

tipo de produto que a loja possui. Com isso, a LS SPORT´S terá sempre a

disposição dos clientes produtos diversificados.

4.3.2.3 Distribuição

O canal de distribuição será a venda direta ao cliente. O cliente vai se

dirigir à loja e será atendido por um funcionário capacitado a lhe oferecer o

produto que necessita. A característica mais importante é a facilidade de acesso,

pois a loja esta localizada no centro da cidade.

A LS SPORT´S disponibilizará aos seus clientes produtos qualificados, um

ambiente climatizado, bebedor de água gelada, ou seja, proporcionando aos seus

clientes a máxima satisfação em realizar suas compras, fortalecendo desta forma,

o reconhecimento da empresa perante seus consumidores.

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4.3.2.4 Promoção e Publicidade

Os canais de comunicação utilizados pela LS SPORT´S serão realizados

em jornal local (Biguaçu em Foco), serviços de panfletagem, parceria com a rádio

Guarujá para a divulgação da loja, oferecendo em troca bolas e coletes de futebol,

moto de som divulgando pela cidade. A satisfação do cliente será conquistada

através do excelente atendimento.

A loja terá a participação em eventos esportivos da região, através de

patrocínios, buscando divulgar o nome da empresa perante seus clientes.

Um fator importante para a boa imagem da empresa pode ser a percepção

que o cliente tem em relação a aspectos de ordem operacional, fato que pode ser

confirmado pelo gráfico 11, a seguir.

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Qualidade dos produtos

Preço dos produtos

Variedades dos produtos

Vitrine

Atendimento

Localização

Outros

Gráfico 11: Aspectos mais importantes em uma loja Fonte: Dados primários

A partir do gráfico acima, constata-se que os fatores mais importantes para

os clientes são a qualidade dos produtos (23%), o atendimento (22%), o preço e

variedades dos produtos (18%), os demais fatores foram apontados com menor

incidência, dentre eles localização (13%) e vitrine (5%).

No gráfico 12 será ilustrado o local onde os clientes procuram as lojas.

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0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Lista telefônica

Internet

Indicação

Outros

Gráfico 12: Local onde os clientes procuram as lojas Fonte: Dados primários (2007)

Podemos constatar que, a partir do gráfico acima, a indicação (48%) é o

primeiro fator que atrai o cliente para uma loja, internet (24%), outros (20%),

fatores como, por exemplo, panfletos e lista telefônica (8%). Convém ressaltar que

um bom atendimento, com produtos qualificados e preços acessíveis são fatores

que atraem os clientes para a loja através de outras indicações.

4.3.2.5 Relacionamento com os Clientes

A loja oferecerá aos seus clientes diversificação de produtos, promoções,

prazos para pagamento, facilidade de acesso à loja, ambiente climatizado, som

ambiente, TV 29 tela plana e DVD com clipes musicais e esportivos. A loja

também efetuará constantemente o trabalho de pesquisa de opinião de seus

clientes, obtendo seu feedback para buscar sua satisfação, ou seja, um canal

aberto com os clientes. No final de cada ano a empresa deverá entregar uma

barra de chocolate e um cartão de boas festas a seus clientes agradecendo pela

convivência, e através do cadastro dos clientes, no dia em que o mesmo fizer

aniversário terá 10% de desconto na sua compra.

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4.4 O PROJETO

4.4.1 - Plano de Implementação

O projeto de criação da LS SPORT´S segue os seguintes passos:

ANÁLISE DE MERCADO

Tem objetivo de identificar as características do setor, da clientela, dos

concorrentes e dos fornecedores:

4.4.2 Cronograma

Tarefa Prazo

Análise de Mercado Out. a Dez. de 2007

Plano de Negócios Mar. a Jun. de 2008

Marketing Dez. de 2008 e Jan de

2009

Abertura da Loja Fev. de 2009

Quadro 11 – Cronograma. Fonte: Dados primários (2007)

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4.5 PLANO FINANCEIRO

Nesta etapa do trabalho serão apresentados os investimentos iniciais, as

receitas, os custos, as projeções dos resultados, o fluxo de caixa e as análises de

investimentos.

4.5.1 Investimento Inicial

Para a abertura da loja será necessário um investimento de R$ 47.296,52

(Quarenta e sete mil, duzentos e noventa e seis reais e cinqüenta e dois

centavos).

Os valores para os investimentos com equipamentos, móveis e utensílios,

softwares foram obtidos através de pesquisas no mercado.

Os gastos com despesas pré-operacionais foram obtidos Prefeitura

Municipal de Biguaçu, na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina

(JUCESC), e com o futuro contador da loja. Esses resultados poderão ser

visualizados na tabela 1 .

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Tabela 1 : Investimentos Iniciais.

Fonte: Dados primários (2008).

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Conforme demonstrado na tabela acima, a empresa tem uma necessidade

de capital de giro de R$ 16.061,56 (Dezesseis mil sessenta e um reais e

cinqüenta e seis centavos), é necessário o capital de giro, pois a loja teria um

fluxo de caixa negativo nos primeiros meses, a necessidade de capital de giro é

função do ciclo de caixa da empresa, pagamento dos fornecedores em prazos

menores (3 vezes) que os que recebem dos clientes (4 vezes). Esses dados são

reais e foram obtidos através da pesquisa de mercado.

4.5.2 Projeção dos Resultados

A demonstração do resultado fornece um resumo financeiro dos resultados

das operações da empresa durante um período específico. Na projeção dos

resultados é possível analisar dados importantes como a receita bruta e líquida de

vendas, a margem de contribuição, alem das despesas operacionais e do

resultado operacional. Na tabela 2 a seguir, será apresentado às projeções do

resultado.

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Tabela 2: Projeção dos resultados.

Fonte: Dados primários (2008).

Analisando a projeção de resultado, verificou-se que no primeiro ano as

receitas brutas acumulam um valor de R$ 222.434,40 (duzentos e vinte e dois mil,

quatrocentos e trinta e quatro reais e quarenta centavos), deduzindo os impostos

e comissões este valor passará a R$ 193.295,49 (cento e noventa e três mil

duzentos e noventa e cinco reais e quarenta e nove centavos). Neste ano a

margem de contribuição será de R$ 53.891,74 (cinqüenta e três mil, oitocentos e

noventa e um reais e setenta e quatro centavos), tendo as despesas operacionais

deduzidas a seguir R$ 41.959,79 (quarenta e um mil, novecentos e cinqüenta e

nove reais e setenta e nove centavos), o resultado operacional é de R$ 11.931,95

(onze mil, novecentos e trinta e um reais e noventa e cinco centavos), que

somado com as receitas financeiras, fica com um lucro líquido de 11.931,95 (onze

mil novecentos e trinta e um reais e noventa e cinco centavos).

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Pretendendo alcançar 30% da fatia desse mercado em cinco anos, no final

do quinto ano a loja terá um lucro líquido de R$ 31.579,11 (trinta e um mil

quinhentos e setenta e nove reais e onze centavos).

4.5.3 Projeção de Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é a previsão das entradas e saídas dos recursos

monetários, por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com base

nos dados levantados nas projeções financeiras da empresa.

Na tabela 3 será demonstrado a projeção do fluxo de caixa para os próximos

cinco anos.

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Tabela 3: Projeção do fluxo de caixa.

Fonte: Dados primários (2008)

Como pode ser visto na tabela acima, no primeiro ano terá um caixa

negativo de R$ 6.144,21 (Seis mil reais, cento e quarenta e quatro reais e vinte e

um centavos), sendo que nos outros anos, a loja apresenta um fluxo de caixa

positivo com tendência de crescimento. Podemos perceber que o total das

entradas é menor que o total das saídas gerando esse fluxo negativo.

As despesas são todos os gastos realizados na empresa, essas despesas

foram classificadas como despesas de produção o salário do funcionário,

compras e insumos e as despesas administrativas que envolvem pagamento de

água, luz e telefone, aluguel, condomínio, IPTU, publicidade, materiais de

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escritório, depreciação, contador, manutenção e software SystemCommerce.NET.

O total das despesas nos cinco anos foi de R$ 983.958,21. As receitas são

obtidas através das vendas dos produtos, tendo como base as respostas obtidas

através da pesquisa de mercado realizada com clientes, onde 84% consideram

interessante a abertura de uma nova loja de materiais esportivos. Para efetivar

sua entrada no mercado a LS SPORT´S terá produtos com qualidade e preços

mais baixos que o concorrente, com prazos especiais, sendo estes em 4 vezes,

25% a vista, 25% para 30 dias, 25% para 60 dias e 25% para 90 dias. Dessa

maneira, se espera conquistar clientes e mante-los. O valor das receitas no

período de cinco anos é de R$ 1.245.294,70.

4.5.4 Balanço Patrimonial.

Na tabela 4 será apresentado os resultados do balanço patrimonial.

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Tabela 4: Balanço Patrimonial.

Fonte: dados primários (2008)

O balanço patrimonial representado acima, foi realizado com as estimativas

das origens e aplicações de recursos para um período de 5 anos.

4.5.5 Ponto de Equilíbrio.

No Ponto de equilíbrio podemos visualizar o ponto onde há igualdade entre

as receitas e as despesas. Na tabela 5 será mostrado o momento em que a

empresa terá o equilíbrio.

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Tabela 5: Ponto de Equilíbrio.

Fonte: Dados primários (2008).

O ponto de equilíbrio da loja no primeiro ano é de R$ 173.186,11 (Cento e

setenta e três mil, cento e oitenta e seis reais e onze centavos), com uma margem

de contribuição global de 24,23%, tendo uma receita bruta de R$ 223.434,40

(Duzentos e vinte e dois mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e quarenta

centavos), conseguindo o seu ponto de equilíbrio, e apresentando uma crescente

a cada ano.

4.5.6 Análise de Investimento com Cenários

Nesta seção serão analisados os investimentos no cenário realista, cenário

otimista e cenário pessimista.

4.5.6.1 Análise de Investimento no Cenário Realista

Com base nos dados obtidos pela pesquisa de mercado, verifica-se que

existe retorno sobre o investimento feito, portanto tornando o projeto viável.

Trabalhando os pontos fortes e melhorando os pontos fracos, além da vantagem

competitiva que a loja terá perante seu concorrente, acredita-se que no quinto ano

a loja conquiste 30% desse mercado. Os resultados serão apresentados na tabela

6.

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Tabela 6 - Análise de Investimento do Cenário Realista.

Fonte: Dados primários (2008)

A loja tem um VPL de R$ 25.698,05 (Vinte e cinco mil, seiscentos e

noventa e oito reais e cinco centavos), verificando assim que o projeto é viável,

com uma TIR de 27,39% a.a, sendo maior que a taxa mínima de atratividade que

é de 12.25% a.a. O tempo estimado de retorno será de 3 anos.

4.5.6.2 Análise de Investimento no Cenário Otimista

Com a análise de investimento no cenário otimista, tendo como base o

cenário realista, projetou-se um aumento nas vendas em 20%, sendo que no

momento o mercado local não possibilita uma expectativa de venda maior que

esta, pois acreditando que com o aumento da população do município, a

preocupação das pessoas com a saúde faz com que estas busquem cada vez

mais praticarem esportes para o seu bem estar, e com as oportunidades

apresentadas anteriormente, é possível esse aumento. Os resultados serão

apresentados na tabela 7.

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Tabela 7: Análise do Investimento no Cenário Otimista.

Fonte: Dados primários (2008)

Nesse cenário a loja vai ter um valor presente líquido de R$ 75.333,21

(Setenta e cinco mil, trezentos e trinta e três reais e vinte e um centavos), com

uma TIR correspondente a 52,01% e um Tempo de retorno do investimento de 2

anos, verificou-se que o projeto fica muito mais viável neste cenário.

4.5.6.3 Análise de Investimento no Cenário Pessimista

Analisando o investimento no cenário pessimista, acredita-se que com

novas lojas desse setor entrando no mercado local, aumento do desemprego, a

falsificação dos produtos esportivos e outras ameaças descritas anteriormente,

podem ocasionar uma baixa nas vendas em 20%, verifica-se que o projeto não é

viável, como é demonstrado na tabela 8.

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Tabela 8 - Análise de Investimento Cenário Pessimista.

Fonte: Dados primários (2008).

Neste cenário a loja apresentou um VPL negativo de R$ 23.153,53 (Vinte e

tres mil, cento e cinqüenta e três reais e cinqüenta e três centavos), com uma TIR

negativa de 4,04% a.a. Não há retorno em 5 anos, demonstrando que o projeto

não é viável.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o objetivo de verificar a viabilidade financeira para a abertura de uma

loja de materiais esportivos, o trabalho procurou analisar os aspectos

mercadológicos, operacionais e financeiros para elaboração de um Plano de

Negócios, sendo este de suma importância para a abertura da mesma, pois

possibilita ao empreendedor minimizar os riscos.

Foi realizada uma revisão bibliográfica de todos os aspectos que estão

ligados a este plano de negócio. Também foi feita uma pesquisa mercadológica,

através de questionários fechados com os possíveis clientes da loja, assim como

o concorrente, onde foi possível conhecer o perfil dos clientes, os produtos a

serem comercializados e as estratégias adotadas pela concorrência.

O planejamento financeiro foi elaborado com o auxilio do software

MakeMoney, onde foram obtidos dados reais quanto ao preço dos produtos a

serem comercializados, custos para implantação do negócio, assim como os

moveis e utensílios. Após a análise financeira, pode-se identificar que o negócio

é viável no cenário realista. O Valor Presente Liquido (VPL) é de R$ 25.698,05

(Vinte e cinco mil, seiscentos e noventa e oito reais e cinco centavos), com um

tempo estimado de retorno de 3 anos e uma Taxa interna de retorno de 27,39%,

sendo superior a TMA que é de 12,25% a.a. No cenário otimista a loja vai ter um

valor presente líquido de R$ 75.333,21 (Setenta e cinco mil, trezentos e trinta e

três reais e vinte e um centavos), com uma TIR correspondente a 52,01% e um

Tempo de retorno do investimento de 2 anos, verificou-se que o projeto fica muito

mais viável neste cenário. No cenário pessimista a loja apresentou um VPL

negativo de R$ 23.153,53 (Vinte e três mil, trezentos e trinta e três reais e

cinqüenta e três centavos), com uma TIR negativa de 4,04% a.a. Não há retorno

em 5 anos, demonstrando que o projeto não é viável.

Os objetivos do estudo foram atingidos, e apontou que o projeto é viável.

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Convêm enfatizar, que este estudo possibilitou uma visão ampla sobre as

áreas da administração como o planejamento estratégico, marketing , o plano

operacional, administração financeira, recursos humanos e os aspectos jurídicos

e legais, fatores que foram muito importantes para a concretização do trabalho.

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LAS CASAS, Alexandre. Plano de marketing: para micro e pequenas empresas. São Paulo: Atlas,1999. LONGENECKER, J.G.; MOORE, C.W.; PETTY, J.W. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Pearson Education, 1997. MATTAR, Fauze N. . Pesquisa de marketing. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

McCARTHY, E. Jerome; PERREAULT Jr, Willian D. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997. OLIVEIRA, Djalma de P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2005. PORTER, Michel E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1991. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995. SEBRAE. Mortalidade nas Micro e Pequenas Empresas 2004. Disponível em: http://www.sebrae.com.br. Acesso em 15 mai. 2007. SEBRAE. Plano de negócios: faça você mesmo. SEBRAE. Disponível em http://www.sebrae.org.br. Acesso em: 10 março 2008. SIMCSIK, T. OSM: organização, sistemas e métodos. São Paulo: Futura, 2001.

SOUZA, Alceu: CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos: Fundamentos, técnicas e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. TAVARES, Mauro C. Gestão estratégica. São Paulo: Atlas, 2000. ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa. 8. ed. Porto Alegre: editora Sagra Luzzato,2000

WOILER, Samsao. Projetos: planejamento, elaboração e análise. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 1996. WESTON, J. Fred (John Fred); BRIGHAM, Eugene F.. Fundamentos da administração financeira. 10. ed. São Paulo: Makron Books, 2000-2004.

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APÊNDICES

Apêndice A - Questionário aplicado aos clientes. Apêndice B - Questionário aplicado ao concorrente. Apêndice C – Análise do Ambiente Externo – Oportunidades. Apêndice D – Análise do Ambiente Externo – Ameaças.

Apêndice E - Análise do Ambiente Interno - Fatores Chave de Sucesso

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APÊNDICE A

Questionário aplicado na pesquisa de mercado

Prezado Cliente,

Esta é uma pesquisa anônima de caráter acadêmico, realizada por um aluno do curso de administração da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Os dados obtidos através desta pesquisa fazem parte de um estudo de implantação de uma loja de materiais esportivos no centro da cidade de Biguaçu.

Desde já agradeço a sua compreensão.

1.Qual o município que você reside? ( ) Florianópolis ( ) São José ( ) Antonio Carlos ( ) Biguaçu ( ) GOV. Celso Ramos ( ) Outros 2. Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino 3. Faixa etária ( ) 18 a 25 anos ( ) 26 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) 46 a 55 anos ( ) acima de 56 anos 4. Renda familiar mensal ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 3 a 7 salários mínimos ( ) 7 a 11salários mínimos ( ) acima de 11 salários mínimos 5. Você costuma comprar artigos que envolvem materiais esportivos? ( ) sim ( ) não 6. Onde costuma comprar estes produtos? ( ) Loja de departamentos ( ) Lojas especializadas ( ) Não tem preferência ( ) Outros 7. Com que freqüência adquire esses produtos? ( ) Uma vez por ano ( ) Duas vezes por ano ( ) Três vezes por ano ( ) acima de três vezes

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8. Quando você precisa adquirir esses produtos onde você costuma procurar a empresa? ( ) Lista telefônica ( ) Internet ( ) Indicação ( ) Outros 9. Quando você adquire esses produtos qual o lugar que você costuma fazer as compras? ( ) Centro urbanos ( ) Shopping center ( ) Lojas de bairro 10. Quais os produtos que você mais adquire? ( ) Camisas de clubes de futebol ( ) Uniformes para jogo ( ) Bolas ( ) Chuteiras ( ) Tenis ( ) Outros 11. Se responder a opção (outros) na questão acima, cite abaixo qual o tipo de produto que você mais adquire?

12. Qual a sua satisfação com as empresas que já atuam neste segmento? ( ) Ótima, sempre tem os produtos que procuro ( ) Satisfatória, as vezes tem o produto que procuro ( ) Ruim, nunca tem o produto que procuro ( ) Não sei opinar 13. Informe, dentre os itens mencionados abaixo, qual (is) o (s) mais importante (s) para você em uma loja de materiais esportivos? ( ) Qualidade dos produtos ( ) Preço dos produtos ( ) Variedades dos produtos ( ) Vitrine ( ) Atendimento ( ) Localização ( ) Outros

14. Como você costuma pagar pelos produtos adquiridos? ( ) A vista ( ) Cheque ( ) Cartão de credito ( ) Carnê 15. Você é fiel às marcas na hora de efetuar as compras? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

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Quais? ( ) Adidas ( ) Olympikus ( ) Nike ( ) Umbro ( ) Outros _______________________________________________________ 16. Você gostaria de ter mais opção de compra neste segmento? ( ) sim ( ) não 17. Você considera interessante a abertura de uma nova loja de materiais esportivos? ( ) Sim ( ) Não

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APÊNDICE B

Questionário aplicado com os principais concorrentes

Prezado (a) senhor (a), Esta é uma pesquisa anônima de caráter acadêmico, realizada por um aluno do curso de administração da Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI. Os dados obtidos através da pesquisa serão utilizados para realização do trabalho mercadológico com intuito de estudar vários tipos de segmentos. Desde já, agradeço a sua compreensão. 1. Há quanto tempo à empresa está atuando no mercado?

2. Por que você escolheu este ramo de negócio? ( ) Ramo familiar ( ) Pesquisa de mercado ( ) Gostar do ramo ( ) Outros 3. Quantos funcionários a empresa possui?

4. Qual o prazo de entrega dos produtos encomendados junto aos fabricantes? ( ) 15 dias ( ) 30 dias ( ) mais de 30 dias 5. Qual a forma de cobrança por parte dos fornecedores? ( ) A vista ( ) 30 dias ( ) Mais de 30 dias ( ) Consignado 6. Qual a forma de cobrança das vendas? ( ) A vista ( ) Cheque Pré ( ) Carnê ( ) Cartão de credito 7. Quem são seus clientes potenciais? ( ) Pessoas de 18 a 25 anos ( ) Pessoas de 25 a 35 anos ( ) Pessoas de 35 a 45 anos ( ) Pessoas acima de 45 anos

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8. Qual o tipo de marketing que a empresa aplica? ( ) Propaganda rádio ( ) Páginas amarelas ( ) Propaganda de TV ( ) Outros ( ) Boca a boca ( ) Panfletos ( ) Anúncios em jornais locais ( ) Mala direta 6. A empresa possui algum tipo de parceria? Sim ( ) Não ( ) Quais?

7. Quais as condições de pagamentos que a empresa dispõe?

8. Qual o seu diferencial em relação aos concorrentes?

9. A empresa possui algum método de fidelização de seus clientes?

( ) Sim ( ) Não Quais?

10. Quais as dificuldades encontradas na busca de novos clientes?

11. Quais as dificuldades encontradas na manutenção do negócio?

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APÊNDICE C

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APENDICE D

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APENDICE E

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RELAÇÃO DOS ANEXOS

Lista de produtos da umbro