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ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARISTA SÃO LUÍS TECPUC JARAGUÁ DO SUL CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO JENIFER RODRIGUES EGER PLANO DE NEGÓCIO: VIDA ATIVA ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO COM ESPAÇO INFANTIL E ÁREA DE ALIMENTAÇÃO LIGHT JARAGUÁ DO SUL 2014

Plano de Negócios-pcc

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Projeto de Conclusão de Curso

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Page 1: Plano de Negócios-pcc

ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARISTA SÃO LUÍS

TECPUC – JARAGUÁ DO SUL

CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

JENIFER RODRIGUES EGER

PLANO DE NEGÓCIO: VIDA ATIVA

ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO COM

ESPAÇO INFANTIL E ÁREA DE ALIMENTAÇÃO LIGHT

JARAGUÁ DO SUL

2014

Page 2: Plano de Negócios-pcc

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ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE CULTURA

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MARISTA SÃO LUÍS

TECPUC – JARAGUÁ DO SUL

CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

JENIFER RODRIGUES EGER

PLANO DE NEGÓCIO – VIDA ATIVA

ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO COM

ESPAÇO INFANTIL E ÁREA DE ALIMENTAÇÃO LIGHT

Plano de negócios apresentado em

cumprimento das exigências da disciplina de

plano de negócios do curso técnico de

administração sob a orientação da professora

Cíntia Spezia Gaspar Miguel.

JARAGUÁ DO SUL

2014

Page 3: Plano de Negócios-pcc

3

Dedico este trabalho a minha família,

pelo apoio, dedicação e amor, durante

esta fase tão importante. Aos meus

amigos pelos incentivos concedidos, que

foram tão importantes para alcançar

meus objetivos.

Page 4: Plano de Negócios-pcc

4

Agradecimentos

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A minha professora e orientadora Cintia Spezia Gaspar Miguel, pelo suporte no pouco

tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos, o que foi de fundamental importância

nessa jornada.

A minha família, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito

obrigado.

Page 5: Plano de Negócios-pcc

5

Sumário 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 9

1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................... 10

1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................10

1.1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................10

2 EMPREENDEDORISMO ...........................................................................................................12

3 PLANO DE NEGÓCIO ...............................................................................................................13

4 PESQUISA DE MERCADO ........................................................................................................14

4.1 INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DO MERCADO ................................................ 16

4.1.1 Tipos de pesquisa a ser realizada ...................................................................................17

4.1.1.1 Cliente .......................................................................................................................19

4.1.1.2 Concorrência..............................................................................................................20

4.1.1.3 Fornecedores..............................................................................................................21

4.2 PLANO DE MARKETING ........................................................................................ 22

4.2.1 Composto ou mix de marketing .....................................................................................23

4.2.2 Produto ...........................................................................................................................24

4.2.3 Preço ...............................................................................................................................25

4.2.4 Praça ...............................................................................................................................27

4.2.5 Promoção ........................................................................................................................28

5 PLANEJAMENTO FINANCEIRO.............................................................................................29

5.1 INVESTIMENTO ...................................................................................................... 30

5.1.1 Aspectos econômico e financeiro do investimento .........................................................32

5.2 COMPONENTES DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ............................... 33

5.2.1 Receita operacional .........................................................................................................33

5.2.2 Custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos ...............................................34

5.2.3 Despesas operacionais .....................................................................................................35

5.3 INDICADORES DE VIABILIDADE ......................................................................... 36

5.3.1 Análise do Ponto de Equilíbrio .......................................................................................37

5.3.2 Índice de lucratividade ...................................................................................................38

5.3.3 Índice de Rentabilidade ..................................................................................................40

5.3.4 Retorno de investimento – Payback ...............................................................................42

Page 6: Plano de Negócios-pcc

6

6 INSTRUMENTOS DE PESQUISA .............................................................................................43

7 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS .....................................................................................44

8 CONCLUSÃO ..............................................................................................................................45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................46

ANEXOS .........................................................................................................................................48

Page 7: Plano de Negócios-pcc

7

Lista de Figuras

Figura 1: Organograma tradicional versus organograma de empresa moderna orientada para o

cliente...................................................................................................................... .............. 18

Figura 2: Elementos que compõem o Mix ou Composto de Marketing............................... 22

Page 8: Plano de Negócios-pcc

8

Lista de Siglas

CSP = Custos dos Serviços Prestados

CDF = Custos e Despesas Fixas

IL = Índice de Lucratividade

VPEC = Valor Presente das Entradas de Caixa

VPL = Valor Presente Líquido

MLO = Margem de Lucratividade Operacional

MLL = Margem de Lucratividade Líquida

MB = Margem Bruta

ML = Margem Líquida

IR = Índice de Rentabilidade

Page 9: Plano de Negócios-pcc

9

1 INTRODUÇÃO

O presente projeto abordará na teoria a construção de um plano de negócio com ideias

claras de como o empreendedor deve agir perante o mercado atual, pois, “[...] de cada cem

empresas abertas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em três anos [...]” (NO BRASIL...,

2014) e essa situação cresce a cada dia, sendo muitas vezes por falta de planejamento ou por

descontrole na gestão, com isso esse projeto têm como finalidade fornecer informações e

orientações aos empreendedores de quais devem ser os passos seguidos para a abertura de um

novo empreendimento e que o seu sucesso seja alcançado.

Ele se divide em cinco partes dispostas de acordo com o conteúdo que deve conter em

um bom plano de negócio, sendo disposto pelo grau de necessidade e o conhecimento que

deve ser adquirido e estudado pelos empreendedores. Cada parte mostra ao leitor conceitos e

métodos necessários que deverão estar bem postos e analisados no plano de negócio de um

novo empreendimento ou até mesmo aquele que queira se organizar para atingir resultados

satisfatórios quanto ao mercado que esteja posto.

Está organizado por etapas, para que o leitor tenha um melhor entendimento, desta

forma, inicialmente, faz-se uma análise quanto ao empreendedorismo, de quais são as

responsabilidades de um empreendedor constatando o grau de risco a cada decisão tomada e

quais são os aspectos de seu perfil. Logo, quanto ao que se refere o plano de negócios e como

deve ser aplicado para a abertura de um novo empreendimento podendo apresentar situações

do começo, meio e fim para o empreendedor.

Em seguida, apresenta como deve ser aplicada uma pesquisa de mercado, para que a

empresa conheça o mercado onde está se posicionando, de quais serão seus potenciais

clientes, fornecedores e concorrentes e de que forma deverá agir para atrair e manter seus

cliente e fornecedores e atitudes que deverá tomar para que a inovação seja constante e

conseguir manter-se no mercado sabendo da existência de seus concorrentes.

Outros aspectos de suma importância são os compostos de marketing que também

serão abordados, pois os mesmos são elementos fundamentais para um empreendimento seja

ele novo ou não. Os 4 pês do marketing é o preço, praça, produto e promoção, cada um deve

Page 10: Plano de Negócios-pcc

10

receber uma análise muito bem feita, pois é através deles que os potenciais clientes irão

procurar seu empreendimento podendo tirar conclusões positivas ou até mesmo negativas.

Por fim, outros componentes que também devem receber muitos estudos são os que

compõem o plano financeiro, pois é através dele que surgem as empresas, e com base neles

que os empreendedores podem realizar investimentos, estar bem localizados e oferecer bons

produtos aos seus potenciais clientes, sem finanças não há empreendimento. Portanto é

fundamental que esses componentes sejam bem colocados, estudados e analisados com

bastante cautela para que a empresa consiga se erguer e se manter no mercado.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica enriquecera de notícias para

melhor abordar os temas propostos.

No entanto espera-se que o presente projeto apresente informações precisas e uma nova

visão de como elaborar e aplicar um plano de negócios para empreendimentos de sucesso,

colaborando para o seu aprendizado e crescimento profissional.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Elaborar um plano de negócios para a abertura de uma academia de ginástica e

musculação, que oferece o espaço Kids e o de alimentação light na cidade de Jaraguá do Sul.

1.1.2 Objetivos Específicos

A partir do objetivo geral se faz necessário alguns objetivos específicos de pesquisa

para que o mesmo seja alcançado:

Page 11: Plano de Negócios-pcc

11

a) descrever, conforme literatura específica, aspectos conceituais relacionados ao plano de

negócios.

b) caracterizar o negócio a ser implantado;

c) elaborar um plano de negócios a partir do software para Plano de Negócios –

SEBRAE/MG;

d) analisar a viabilidade financeira do novo negócio.

Page 12: Plano de Negócios-pcc

12

2 EMPREENDEDORISMO

Ao longo do tempo várias definições de autores diferentes foram utilizadas e aceitas

para conceituar o empreendedorismo.

Dornelas (2012, p.19) enfatiza que:

Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a

Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como

empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía

dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste.

Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o

aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e

emocionais.

Para Knight e Drucker (1976 e 1970, apud CHIAVENATO, 2012, p.8):

O empreendedorismo se refere a assumir riscos. O comportamento do empreendedor

reflete um tipo de pessoa que pretende colocar sua carreira e segurança pessoal na

linha e assumir riscos em nome de uma ideia despendendo muito tempo e capital em

um investimento futuro e incerto.

Dornelas (2012, p.25), pontua também as diferenças e similares entre os

administradores e os empreendedores, pois por um período de tempo esses grandes

profissionais passaram a ser frequentemente confundidos:

Quando se analisam os estudos sobre o papel e as funções do administrador,

efetuados por Mintzberg, Kotler, Stewart, e ainda sobre a abordagem processual do

trabalho do administrador, pode-se dizer que existem muitos pontos em comum

entre o administrador e o empreendedor. Ou seja, o empreendedor é um

administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes executivos

de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os

gerentes. Assim, quando a organização cresce, os empreendedores geralmente têm

dificuldades de tomar decisões do dia a dia dos negócios, pois se preocupam mais

com os aspectos estratégicos, com os quais se sentem mais à vontade. As diferenças

Page 13: Plano de Negócios-pcc

13

entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco

dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise das oportunidades,

comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura organizacional.

Dornelas (2012, p.29) acrescenta ao mesmo tempo uma interpretação voltada para os

empreendedores interessados em criar novos negócios de sucesso:

O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para

capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de

empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao

empreendedor:

1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.

2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social

e econômico onde vive.

3. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

Na verdade existem muitas definições disponíveis em literatura especifica de diversos

países e autores. Podemos ver que as mesmas em tempos diferentes se encontram nos

expondo, que os empreendedores possuem ideias inovadoras, visão do futuro e a habilidade

de implementar seus sonhos. Ao perceberem ou até mesmo criarem uma necessidade os

mesmos correm riscos colocando em prática seus conhecimentos no mercado para alcançarem

algo concreto e de sucesso no futuro. Por tanto são pessoas visionarias, dedicadas e otimistas

que sempre fazem as coisas acontecerem e se antecipam dos fatos.

3 PLANO DE NEGÓCIO

O plano de negócio consiste em uma junção de dados importantes para avaliações com

o objetivo de obter uma conclusão se uma determinada ideia é viável ou não, através de

constantes buscas de informações mais detalhadas sobre um ramo específico.

Na visão de Chiavenato (2012, p.150):

Page 14: Plano de Negócios-pcc

14

O plano de negócio – busines plan – é um documento que abarca um conjunto de

dados e informações sobre o futuro empreendimento e define suas principais

características e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos

seus riscos, bem como para facilitar sua implantação. É uma espécie de plano de

viabilização de uma ideia, um pequeno checklist para não deixar nada despercebido

em um empreendimento.

“Na verdade, o plano de negócio permite melhores condições para planejar, organizar,

dirigir, avaliar e controlar o negócio. Em outras palavras, ele serve para retratar o início o

meio e o fim de um empreendimento” (CHIAVENATO, 2012, p.161).

Inicialmente o autor expõe que na concretização do plano de negócio é possível

coletar dados e informações para definir os rumos atuais e futuros de um novo

empreendimento idealizado a partir de uma oportunidade de negócio.

Em seguida, afirma que através dessas informações obtidas fica mais fácil o processo

de análise, planejamento, organização e a forma prática de como vai ser inserido no mercado.

Sendo possível também imaginar os riscos e acertos que possivelmente podem ser

encontrados e conquistados a curto e longo prazo, permitindo-nos de ter uma base do início,

meio e fim de um determinado empreendimento.

4 PESQUISA DE MERCADO

Ouvimos sempre que antes de iniciarmos algo devemos analisar os prós e contras

sobre determinadas situações. Por isso podemos contar com a pesquisa que nada mais é que

uma ferramenta para tomada de decisões onde podemos analisar um campo antes mesmo de

ser explorado, pois para que para uma determinada pesquisa tenha êxito são necessários dados

e informações valiosas.

Rutter; Abreu (2006, p. 6) coloca o seguinte pensamento:

Aos profissionais de marketing cabe à responsabilidade de definir os públicos-alvo,

consumidores para seus produtos e serviços, ou criar produtos ou serviços que

atendam às necessidades/desejos do público. Nos dois casos os desafios estão em

Page 15: Plano de Negócios-pcc

15

adequar planos e ações moleculares do marketing empresarial à realidade maior do

contexto geral do mercado.

Ao referir-se de tal assunto Rutter; Abreu (2006, p. 6) define a pesquisa de mercado

como:

[...] um instrumental técnico posto a serviço da informação mercadológica e para o

que conta com regras e métodos rigorosamente científicos, respaldados teórica e

praticamente ao longo do tempo e testados na mais variadas situações de mercado.

Acima de tudo a pesquisa de mercado, como elemento revelador de realidade e

crítico que é, objetiva a minimização das possibilidades de erros e enganos nos

planos e nas ações mercadológicas que sempre podem significar perda de

investimentos em valores, esforços, tempo etc., ou de resultados em volumes,

lucratividade ou posição concorrencial.

Como faz notar, a pesquisa de mercado é utilizada como ferramenta pelos

profissionais do marketing para identificar e avaliar os aspectos mais valiosos para as

organizações, sendo eles os produtos, serviços e potenciais clientes. Procuram a cada dia

compreender e identificar o mercado, as reais necessidades e os desejos dos seus clientes para

que possam alcançar um bom posicionamento e exclusividade para seus produtos e serviços.

Logo, Pinheiro et al. (2006, p. 64) esclarecem a seguinte questão:

Como se diz atualmente, a pesquisa é uma “fotografia do mercado”. A pesquisa

fornece informações úteis para a tomada de decisão? Sim, sem dúvida, mas as

informações nunca serão totalmente completas ou definitivas. A pesquisa estará

sempre trabalhando com uma provável conclusão a respeito da realidade de

mercado. O risco estará sempre presente, pois ele faz parte da dinâmica empresarial.

Ainda nesta mesma linha de considerações, nota-se que a pesquisa mercadológica esta

sendo bastante utilizada pelos empreendedores por não mais optarem a se arriscar e a investir

com base apenas em suposições. Considera-se então, a importância de analisar e armazenar

todas as informações possíveis que forneçam respostas a respeito do mercado em que a

empresa pretende atuar e o perfil dos seus potenciais clientes que valerá na escolha das

características que iram conter seus produtos ou serviços.

Page 16: Plano de Negócios-pcc

16

No entanto, podemos ressaltar que com a utilização dessa ferramenta é possível

diminuir as incertezas da área de marketing, mas não é possível descartar a existência do

risco, pois o mesmo faz parte de toda a tomada de decisão.

Ou seja, os empreendedores devem estar sempre cientes do mercado em que estão

ingressando, sucessivamente com a certeza de existem obstáculos durante toda a caminhada e

que devem estar sempre atentos a modificações para que saibam se sobressair e alcançar o

sucesso.

4.1 INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DO MERCADO

Dentro da pesquisa de mercado há vários fatores que podem ser analisados que de

certa forma, demonstram as reais condições de mercado, sendo elas o macro e microambiente,

comportamento, necessidades, desejos e características do consumidor/cliente e ambiente

interno da empresa.

Conforme Pinheiro et al. (2006, p. 65) as informações podem ser analisadas através

dos seguintes itens:

Análise do macroambiente e do microambiente – diz respeito às condições

da economia, legislação, tecnologia, demografia, ecologia, política e cultura, à

estimativa do potencial do mercado consumidor, à análise do mercado

intermediário, à evolução do mercado, à demanda por segmento, às diferenças

regionais, ao surgimento e crescimento de novos mercados, à concorrência

indireta, concorrência entre produtos/serviços.

Análise do comportamento, necessidade, desejos e características do

consumidor/cliente – trata-se do perfil demográfico e psicográfico do

consumidor, das razões de compra, das atitudes e opiniões, das motivações de

consumo, da identificação de hábitos e costumes, das necessidades e desejos

que estão sendo satisfeitos.

Ambiente interno – recursos e capacitações de marketing, produção, finanças e

tecnologia.

Page 17: Plano de Negócios-pcc

17

De tal modo, todo o empreendedor deve estar sempre informado quanto aos fatores

que podem afetar o seu negócio de forma positiva ou negativa, deve estar ciente e disposto a

observar e interpretar a forma que o mercado em si se comportam, quais podem ser as suas

reações, e não podendo esquecer-se de constantemente buscar conhecer, compreender e saber

satisfazer seus potenciais clientes.

Sendo assim, conhecer todos os aspectos possíveis do ambiente que irá atuar e saber

quais os recursos necessários para atender o mercado de forma excelente.

4.1.1 Tipos de pesquisa a ser realizada

As técnicas e modalidades de pesquisa devem ser variadas e flexíveis, buscando

sempre o enriquecimento através de informações, para que se possam atender as necessidades

colocadas pelo mercado, e que de certa forma servem como serviço de apoio para a efetivação

às decisões de marketing.

Há duas modalidades básicas que são utilizadas nas empresas que podem ser aplicadas

tanto sozinhas ou em combinação das duas, sendo elas a pesquisa quantitativa e qualitativa.

Pinheiro et al. (2006, p. 89) destacam que:

A pesquisa quantitativa é um estudo estatístico que se destina a descrever as

características de uma determinada situação mercadológica, medindo

numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa. [...]

visa confirmar se os dados mensuráveis obtidos numa amostra são estatisticamente

válidos para o universo do qual a amostra foi retirada.

A pesquisa quantitativa auxilia na tomada de decisões, atitudes e pode estimar o

potencial ou volume de vendas de um negócio e para medir o tamanho e a importância de

segmentos de mercado. Sem dúvidas, ela é uma modalidade bastante importante para a

implantação de um novo negócio, pois permite que o empreendedor consiga ter noção quanto

à mensuração das características de um determinado mercado ou público alvo e também

quanto a questões relacionadas a produtos, praça, comunicação e preço.

Page 18: Plano de Negócios-pcc

18

Apontam Pinheiro et al. (2006, p. 90) a existência de um planejamento para a pesquisa

quantitativa, que envolve a:

Elaboração de questionário;

Escolha do método de desenho da amostra;

Definição do método de coleta de dados e os procedimentos de campo;

Checagem, forma de tabulação e análise dos dados e a elaboração do relatório

final da empresa com as recomendações para a sua apresentação.

Cada organização pode optar pela forma que pretende aplicar a pesquisa quantitativa,

para que se alcance dados e informações importantes na mesma instância auxilie na

implantação e o bom andamento de um negócio.

Logo, Pinheiro et al. (2006, p. 125) relatam outra modalidade existente para a pesquisa

de mercado:

A pesquisa qualitativa é um estudo não-estatístico que identifica e analisa

profundamente dados mensuráveis – sentimentos, sensações, percepções,

pensamentos, intenções, comportamentos passados, entendimento de razões,

significados e motivações – de um determinado grupo de indivíduos em relação a

um problema específico [...].

No entanto, com a pesquisa qualitativa é provável compreender o que os consumidores

possuem em mente, quais as suas motivações e os seus sentimentos e o porquê elem agem

como agem. Por isso é muito importante que o profissional de marketing saiba implementá-la

de maneira inteligente para gerar consequentemente resultados positivos, pois a criação ou até

mesmo inovação de um determinado produto ou serviço será baseado também em cima dos

resultados da mesma.

Page 19: Plano de Negócios-pcc

19

4.1.1.1 Cliente

Os clientes são considerados consumidores que constantemente buscam o mais alto

valor de consumo. É “[...] aquele que usa serviço ou consome os produtos de determinada

empresa ou de profissional; freguês”. (FERREIRA, 2009, p.482).

Logo, “o cliente é o ponto focal de marketing, vendas, contatos, produtos, serviços,

tempo, alocação de recursos, lucratividade e crescimento em longo prazo e a força das

organizações empresariais”. (SWIFT, 2001, p. 1).

Pensando nisso, podemos afirmar que o cliente é considerado o item mais importante

de uma empresa e que constantemente deve haver uma análise de suas necessidades e gostos

para então satisfazê-los, pois quando essas necessidades e gostos estão sendo supridos com

qualidade e o melhor atendimento possível, é bastante provável que os mesmos não troquem

ou abandonem seus prestadores de serviços. Neste caso, se essas práticas são realizadas

diariamente a satisfação do cliente vai crescendo e com tempo trazendo muitos benefícios

para as organizações.

Kotler; Keller (2006, p. 138) apresentam um questionamento quanto à satisfação do

cliente:

Administradores que acreditam que o cliente é o único verdadeiro ‘centro de lucro’

da empresa consideram obsoleto o organograma tradicional [...] – uma pirâmide com

alta administração no alto, a gerência de nível médio no meio e o pessoal da linha de

frente e os clientes na base. Empresas que dominam bem o marketing invertem o

organograma, [...]. No topo estão os clientes; em seguida, em grau de importância,

vem o pessoal de linha de frente, que tem contato com os clientes, atende-os e os

satisfaz; abaixo deles estão os gerentes de nível médio, cuja tarefa é dar apoio ao

pessoal da linha de frente para que possam atender bem os clientes; na base está a

alta administração, cuja tarefa é contratar e apoiar os gerentes de nível médio.

Acrescentamos a palavra clientes nas laterais [...] para indicar que todos os gerentes

da empresa devem estar pessoalmente envolvidos em ter contato com os clientes,

conhecê-los e entendê-los.

Page 20: Plano de Negócios-pcc

20

Figura 1 - Organograma tradicional versus organograma de empresa moderna orientada para o cliente.

Fonte: Kotler; Keller (2006, p.139).

Podemos observar que ao longo do tempo as empresas passaram a ter como foco o

cliente, pois os mesmos estão avaliando muito mais que o produto ou serviço, mas também o

que vem de diferencial acompanhado com o mesmo, como por exemplo, o tempo e a

qualidade no atendimento.

Em seguida com grau de importância ficou o pessoal de linha de frente, que possuem

contato direto com os clientes buscando dia-a-dia atendê-los e satisfazê-los da melhor forma

possível. Logo abaixo estão posicionados os gerentes que incentivam e apoiam o pessoal da

linha de frente a melhorar cada vez mais o atendimento aos clientes. Por fim, na base, se

encontram a alta administração que apoiam a gerência de todas as formas possíveis para que

os negócios fluam cada vez mais com mais inteligência e agilidade.

4.1.1.2 Concorrência

Para as organizações, buscar o conhecimento profundo das ações da concorrência é

sem dúvida indispensável, pois auxilia a prever alguns aspectos do seu comportamento no

futuro.

Page 21: Plano de Negócios-pcc

21

Kotler; Keller (2006, p. 338) pontuam como se realiza a identificação dos

concorrentes:

Pode parecer simples para uma empresa a tarefa de identificar seus concorrentes.

[...] Mas, na verdade, a faixa de concorrentes reais e potenciais de uma empresa é

bem mais ampla. Uma empresa está mais propensa a ser atingida por novos

concorrentes ou novas tecnologias do que por concorrentes já existentes. [...] Muitas

empresas não percebem que seus concorrentes mais temíveis estão na Internet. Os

sites com ofertas de empregos, catálogos imobiliários e de carros ameaça, os jornais,

que devem enorme parte de sua receita aos anúncios classificados.

Desta forma, “[...] concorrentes são empresas que atendem às mesmas necessidades

dos clientes” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 340).

Ao analisar o mercado e identificar seus concorrentes diretos que possuem os mesmos

segmentos de mercado da sua empresa, saber até que ponto cada uma das marcas no mercado

é reconhecida pelos consumidores e identificar as práticas utilizadas pelos concorrentes em

relação ao mix de marketing que engloba o preço, a praça, o produto e promoção fará com

que a organização invista em informações precisas que traga aspectos diferenciais dos demais

produtos ou serviços existentes.

De tal modo, as organizações para alcançarem o sucesso, devem sempre estar um

passo a frente dos demais concorrentes, em todos os quesitos necessários, como a evolução

tecnológica, atendimento, qualidade, praticidade e sem dúvida a busca da satisfação

oferecendo os melhores produtos ou serviços.

4.1.1.3 Fornecedores

Os fornecedores são responsáveis pelo suprimento da empresa como, por exemplo, a

matéria-prima, os equipamentos e as mercadorias. Desta forma, a escolha do mesmo deve ser

bem feita e analisada para que alguns critérios sejam bem definidos buscando sempre o bom

Page 22: Plano de Negócios-pcc

22

funcionamento da empresa, como: forma de pagamento, atendimento, qualidade, preço, prazo

e forma de entrega, quantidade, assistência técnica, garantia e tecnologia.

Kotler; Keller (2006, p. 223) enfatizam que:

Antes de escolher um fornecedor, o centro de compras especifica os atributos que

deseja encontrar e indica a importância relativa de cada atributo. Em seguida, avalia

os candidatos a partir desses atributos, para posteriormente identificar os mais

convenientes. [...] A escolha e a importância de diferentes atributos variam de

acordo com a situação de compra. A confiabilidade de entrega, o preço e a reputação

do fornecedor são extremamente importantes para produtos habitualmente pedidos.

Para produtos relacionados à operação normal da empresa, como uma copiadora, os

três atributos mais importantes são assistência técnica, flexibilidade do fornecedor e

confiança na qualidade do produto. Para produtos destinados a solucionar problemas

mais delicados, que podem gerar rivalidades dentro da organização (como a escolha

de um sistema de computação), os atributos mais importantes são preço, reputação

do fornecedor, confiança na qualidade do produto, confiança na qualidade do serviço

e flexibilidade do fornecedor.

Vale ressaltar, que é importante estabelecer um bom relacionamento de parceria com o

fornecedor, a fim de garantir o abastecimento da empresa e assim satisfazer o mercado

consumidor, e que o setor de compras deve sempre possuir um rico banco de dados sobre

fornecedores capazes de sugerir alternativas de materiais e serviços, caso haja eventualidades

e surjam necessidades repentinas. Garantindo também, a qualidade de seus produtos ou

serviços e até mesmo quanto às informações sobre os mesmos para seus clientes sejam com a

melhor qualidade possível, buscando sempre atingir o mais perfeito desempenho e a

satisfação de todos.

4.2 PLANO DE MARKETING

Conseguir apontar quais são os melhores recursos para atingir os objetivos

empresariais não é uma tarefa fácil, sendo assim, o plano de marketing que tem como função

Page 23: Plano de Negócios-pcc

23

a formulação de um plano para a comercialização de produtos e serviços pode ajudar o

empreendedor a obter resultados positivos para o seu negócio.

4.2.1 Composto ou mix de marketing

Um método escolhido pelas organizações para o alcance do público-alvo correto é a

análise e implementação e controle do composto ou mix de marketing. Quando bem

executado traz resultados positivos para a empresa em si.

Opina Zenone (2007, p. 125):

Mix de marketing (ou composto de marketing) é o conjunto de ferramentas de

marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no

mercado-alvo. Essas ferramentas são classificadas em quatro grupos amplos,

denominados os quatro Ps do marketing: produto, preço, praça (ou ponto de venda)

e promoção [...].

Pode-se observar que o conjunto dessas ferramentas são capazes de alcançar

informações precisas e de inteira importância para alcançar o objetivo da área de marketing.

Através de pesquisas realizadas no mercado com essas ferramentas a organização

consegue ter uma noção de como realmente se encontra a situação do mercado atual e de que

forma as pessoas se comportam e de quais são suas reais necessidades e desejos.

Deste modo, a figura a baixo apresenta um pouco sobre cada uma dessas ferramentas.

Page 24: Plano de Negócios-pcc

24

Figura 2 - Elementos que compõem o Mix ou Composto de Marketing.

Fonte: BORGES (2014). http://www.saiadolugar.com.br/marketing/definicao-os-4-ps-do-

marketing-marketing-mix-composto-de-marketing/.

4.2.2 Produto

Para a pessoa que fabrica é apenas um objeto, para quem vende é a conquista de mais

uma venda, já para quem adquire é um item necessário para lhe satisfazer por determinado

período, ele é o produto caracterizado como peça fundamental para a existência das atividades

de uma empresa.

Na visão de Las Casas (2009, p. 186):

Produtos podem ser definidos como o objeto principal das relações de troca que

podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando

proporcionar satisfações a quem os adquire ou consome.

Logo Ambrosio (2007, p. 52) destaca também o conceito de produto:

Page 25: Plano de Negócios-pcc

25

Produto é um beneficio oferecido a um mercado, visando à satisfação de um desejo

ou necessidade. Existem pelo menos sete tipos de produtos:

Tangíveis (bens materiais):

duráveis (por exemplo, automóveis, vestuário, máquinas e equipamentos);

não-duráveis (por exemplo, bebidas, cosméticos, alimentos);

Intangíveis (bens imateriais);

serviços (por exemplo, comércio eletrônico, clínicas médicas, manutenção

de equipamentos industriais);

pessoas (por exemplo, atletas, artistas plásticos, políticos);

locais (por exemplo, cidades, regiões, países);

organizações (por exemplo, ongs, igrejas, instituições sem fins lucrativos);

ideias permanentes ou temporárias (por exemplo, eventos esportivos,

campanhas comunitárias, congressos acadêmicos).

Além disso, um produto pode ser classificado como de consumo (por exemplo,

xampu) ou industrial (também chamado de produto organizacional ou empresarial,

por exemplo, petróleo bruto).

Basicamente é aceitável afirmar, que todas as atividades dentro de uma empresa são a

favor da existência de um determinado produto, e que o mesmo é a peça fundamental de uma

venda. Do mesmo modo, a sua confecção é para satisfazer as necessidades e ou desejos dos

seus consumidores, dentro das suas expectativas, podendo ser divididos por classes de

necessidades diferentes.

“Os produtos somente serão vendáveis se possuírem benefícios suficientes que possam

motivar os consumidores para a compra” (LAS CASAS, 2009, p. 187). Ou seja, os clientes

buscam muito mais além do que as características físicas do produto como a qualidade, o

conforto e durabilidade do mesmo.

4.2.3 Preço

O elemento preço para muitos, é o fator decisivo de uma compra ou prestação de

serviço, pois para esses consumidores a compra só será concretizada se o preço justificar o

seu nível de satisfação.

Page 26: Plano de Negócios-pcc

26

Ambrosio (2007, p. 66) relata que:

O P de preço é um elemento muito complexo do composto de marketing e

muitíssimo sensível, afinal, o preço afeta diretamente a receita e o lucro. Além disso,

pode ser alterado com facilidade. Por isso o preço deve ser administrado com

extrema cautela.

Ambrosio (2007, p. 66) ressalta também quais os principais objetivos organizacionais

quanto ao preço:

Sobrevivência (visa apenas ao funcionário, mesmo que temporariamente);

Maximização do lucro atual (lucro, fluxo de caixa ou retorno máximo);

Skimming máximo do mercado (extrai o máximo da camada mais alta);

Recuperação parcial dos custos (visa apenas cobrir parte dos custos totais);

Preço total dos custos (relação de empate entre receita e custos totais);

Preço social (adequação à renda dos clientes, em geral clientes de baixo poder

aquisitivo).

Logo, Las Casas (2009, p. 217) complementa que:

O preço ajuda a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela

empresa vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra e

manufatura dos produtos industrializados. Os preços para os profissionais de

marketing são muito importantes, pois além de representar o retorno dos

investimentos feitos no negócio constituem-se em indispensável ferramenta

mercadológica. Uma boa determinação de preços poderá levar uma empresa ao

desenvolvimento e lucratividade, ao passo que uma má determinação poderá levar

uma empresa até mesmo à falência.

O preço, muitas das vezes é o item principal nas decisões de compra. Muitas pessoas

possuem inúmeras necessidades, porém condições pequenas para saciá-las e por esse motivo

acabam optando por produtos ou serviços com valores mais baixos que possam satisfazer o

seu desejo de compra naquele momento.

Page 27: Plano de Negócios-pcc

27

No quesito concorrência, o preço influência e muito, pois os produtos a um preço mais

alto, a empresa consequentemente poderá perder mercado e por outro lado se o valor for

reduzido e a concorrência seguir na mesma linha a empresa perderá com o lucro.

Sendo assim, ao determinar o preço, a empresa busca atingir seus objetivos através da

sobrevivência, a maximização dos lucros e da sua participação no mercado.

4.2.4 Praça

O critério utilizado para disponibilizar o empreendimento sem dúvidas, conta muitos

pontos, pois a sociedade atual busca cada vez mais lugares acessíveis e convenientes e que

estejam sempre disponíveis para os atenderem quando necessitarem.

Ambrosio (2007, p. 56) pontua que:

O P de ponto-de-venda é também chamado simplesmente de ponto, praça ou

distribuição e constitui um conjunto complexo de elementos que visa tornar o

produto disponível para o consumidor onde e quando ele o desejar, incluindo-se aí

elementos importantes como canais de distribuição, logística de mercado e variáveis

que integram esses elementos.

Las Casas (2009, p. 245) contribui com a seguinte afirmação:

Um bom produto e um bom preço adequado não são suficientes para assegurar

vendas. É necessária também a existência de uma forma eficiente de conduzir os

produtos até os compradores finais. Caso contrário, o plano de marketing será

deficiente, pois os consumidores estão acostumados e muitas vezes exigem comprar

seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis e convenientes, além de

disponíveis quando eles necessitam.

Compreendemos assim, que o estudo da localização deve ser indispensável, pois de

certa forma acarreta e muito na decisão de compra, uma vez que a empresa deve estar aonde o

seu público alvo se encontra, com os produtos certos e na hora certa.

Page 28: Plano de Negócios-pcc

28

Ao longo do tempo a falta de tempo das pessoas vem aumentando e sem dúvidas as

mesmas escolhem a comodidade e agilidade para tudo o que fazem e o fato de perderem

muito tempo indo atrás de um determinado produto faz com que desistam da compra. Sendo

assim, a localização certa e a disponibilidade dos produtos que os consumidores procuram em

locais apropriados determina o sucesso na estratégia mercadológica.

4.2.5 Promoção

Ter um bom produto ou serviço, com preços acessíveis e lugares bem localizados,

necessita também da ajuda da promoção, pois se a mesma não for feita da melhor forma pode

acabar prejudicando na sua divulgação. O investimento constante na promoção de produtos ou

serviços no mercado é muito importante para que os mesmos se tornem conhecidos e

consigam atrair potenciais clientes.

Las Casas (2009, p. 283) esclarece o significado de promoção e suas ferramentas:

Como outra variável controlável do composto mercadológico, temos a promoção,

com significado de comunicação. Neste caso, o administrador de marketing deve

preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos

consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem

da empresa. São várias as possibilidades para realizar este trabalho. As ferramentas

de promoção são: propaganda venda pessoal, promoção de vendas, merchandising,

marketing direto e relações públicas, [...].

Ambrosio (2007, p. 60) enfatiza que:

A palavra comunicação significa, em essência, unir as pessoas em direção a um só

objetivo, mostrando-lhes os benefícios de uma ação. Essa é, na verdade, a essência

de um plano de marketing, ou seja, estimular o público-alvo a experimentar,

comprar e continuamente recomprar o produto. Se dividirmos a palavra em três

partes: com + unic + ação, o que pode ser codificado como “com uma única ação”, o

conceito torna-se claro.

Page 29: Plano de Negócios-pcc

29

Desta forma, pode-se analisar que a promoção é a forma utilizada para promover

produtos ou serviços sozinhos sem precisar sair de porta-a-porta, atraindo seus consumidores

para conhecer e adquirir o mesmo. Conseguindo assim, atrair o seu público-alvo de maneira

fácil e lucrativa para a empresa.

“Portanto, para uma empresa comunicar-se com o seu mercado, o administrador deve

definir o composto promocional para alcançar os objetivos de comunicação” (LAS CASAS,

2009, p. 284). De tal modo, observamos que os objetivos da tática promocional devem estar

sempre bem colocados para que haja uma boa comunicação e retorno do público de interesse

e que o investimento seja feito no tempo certo e de maneira correta.

5 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Para que uma organização consiga administrar da melhor forma possível a sua renda,

seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar-se

realidade seus sonhos, desejos e objetivos, requer muita responsabilidade, preparação e

disciplina de um administrador financeiro, pois é a partir das decisões financeiras que tudo

acontece dentro das organizações, é o que dirige todas as ações.

Gitman (2002, p. 14) identifica que:

Análise e planejamento financeiro dizem respeito à transformação dos dados

financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar a situação financeira

da empresa, avaliação da necessidade de se aumentar (ou reduzir) a capacidade

produtiva e determinação de aumentos (ou reduções) dos financiamentos requeridos

[...].

Groppelli; Nikbakht (2012, p. 20) destacam quais são as metas do planejamento

financeiro para um administrador financeiro:

Um bom administrador financeiro sabe como usar os fatores já discutidos para

chegar a decisões conclusivas. Os administradores financeiros estão incumbidos da

Page 30: Plano de Negócios-pcc

30

responsabilidade primária de maximizar o preço das ações da empresa mantendo o

risco no menor nível possível. A fim de atingir metas, um administrador deve

determinar quais investimentos fornecerão os lucros mais elevados e os menores

riscos. Uma vez tomada essa decisão, o próximo passo envolve a seleção dos meios

ótimos para financiar esses investimentos. O planejamento para obter os melhores

resultados deve ser flexível, permitindo estratégias alternativas para substituir os

planos existentes quando os desdobramentos econômicos e financeiros divergirem

dos padrões esperados. Além do mais, o planejamento financeiro envolve o ajuste

adequado dos investimentos a fim de evitar expansão excessiva e uso ineficiente de

recursos.

Na concepção de muitos administradores tratarem de finanças é apenas gastar menos

do que se ganha, sem dúvidas esse é um aspecto do planejamento, mas é necessário, entre

outros aspectos, que a organização estabeleça quais são seus objetivos, para que a mesma não

haja como um barco sem rumo dentro de um mercado completamente avançado. No entanto,

qualquer que seja a meta estabelecida, por mais inatingível que ela pareça, com esforço e

planejamento a sua concretização ficará bem mais fácil de ser atingida.

Deste modo, os administradores financeiros buscam escolher a melhor forma de

valorizar as ações da empresa através de bons investimentos que consequentemente tragam

lucros elevados e os menores riscos possíveis. Após as escolhas serem feitas, deve-se haver

constante vigilância para que as expectativas sejam alcançadas. Essas inovações servem para

que a empresa não fique parada no tempo, pois o mundo ao seu redor com certeza inova-se a

cada dia.

Portanto, é indispensável que o administrador financeiro esteja a par dos novos

avanços da teoria atual de finanças e quanto aos acontecimentos que ocorrem no mercado

financeiro para que as decisões sejam tomadas com mais certeza de que irá dar certo.

5.1 INVESTIMENTO

O investimento inicial engloba questão quanto aos custos relacionados com as

instalações, suprimentos, equipamentos e mobiliários necessários para a implantação do

Page 31: Plano de Negócios-pcc

31

negócio. Estes quesitos particularmente ajudarão no levantamento do investimento fixo

necessário para implantação da empresa e as decisões em longo prazo de investimento de

capital decididas pela organização, ou seja, a seleção de projetos visando ao crescimento da

empresa são as quais causam um maior impacto no seu valor global.

Hoji (2008, p. 167) descreve o investimento da seguinte forma:

Um investimento envolve sacrifício de grande volume de recursos humanos,

intelectuais, materiais e financeiros, e seu retorno deve ser compatível de risco

assumido. As decisões de investimento devem ser tomadas com base em

informações cuidadosamente analisadas, pois comprometem os recursos de uma

empresa por longo tempo e seu retorno efetivo pode ser somente estimado no

presente, o que gera incertezas.

De tal modo, a decisão de um investimento deve ser muito bem analisada com base na

evolução total da empresa, com a ideia de conscientização em todos os envolvidos para que

trabalhem juntos gerando resultados significativos a curto, médio e longo prazo para a

organização. Assim, se as decisões de investimento de capital da empresa forem ruins,

consequentemente o seu negócio não terá sucesso.

Hoji (2008, p. 167) relata que ao tomar uma decisão quanto a um determinado

investimento é necessário à comparação com outro investimento:

Exemplos:

compra de um equipamento novo ou manutenção do equipamento antigo;

instalação de uma fábrica nova ou aumento da capacidade de produção da

fábrica existente;

gastos em pesquisas e desenvolvimento ou compra de tecnologia existente

no mercado.

As necessidades de analisar a viabilidade econômica de um investimento gera

problema de engenharia econômica. A engenharia econômica tem a finalidade

de possibilitar a escolha da melhor alternativa de investimento, utilizando

métodos de análise específicos, com a consequente otimização dos recursos.

Nota-se então, que devem ser feitas muitas análises utilizando métodos e critérios

disponíveis que possam demonstrar com clareza quais serão os retornos sobre os

Page 32: Plano de Negócios-pcc

32

investimentos escolhidos, levando sempre em consideração os riscos que poderão ser

assumidos. Sendo assim, colocar no papel qual será o grau de lucratividade, se a implantação

será favorável se terá lucro ou prejuízo e se é realmente a hora de se investir é sem dúvidas,

pontos que devem ser bastante discutidos.

5.1.1 Aspectos econômico e financeiro do investimento

O investimento inicial de um determinado empreendimento é feito com base na

geração positiva de lucro no futuro.

Hoji (2008, p. 168) aponta pelo que o investimento pode ser representado:

Um investimento pode ser representado por aquisição de empresa, expansão de

operação, implantação de software etc., e gera resultados econômicos durante sua

vida útil (vida econômica ou duração). [...] A finalidade da avaliação econômico-

financeira de investimento consiste em avaliar o fluxo de caixa futuro gerado pelo

investimento realizado. O fluxo de caixa de um projeto de investimento nada mais é

do que a projeção de geração líquida de caixa, isto é, projeção de lucro líquido

excluído de itens que não afetam o caixa (depreciação e amortização), acrescentando

o desembolso em investimentos fixos.

Tendo em vista os aspectos observados, o investimento pode ser representado em

várias dimensões, podendo ser realizado para a implementação de um novo programa na

organização, para maquinários, para a diversificação de um novo produto ou serviço, para a

ampliação da empresa e outras formas escolhidas, visando sempre o melhor para a empresa

em si. Sempre que for colocado em prática, tem como objetivo gerar resultados positivos a

curto, médio e longo prazo em questão ao capital esperado pela organização.

Page 33: Plano de Negócios-pcc

33

5.2 COMPONENTES DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Os componentes da demonstração do resultado de uma empresa são as receitas,

despesas e custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos em um determinado

período. É através desses componentes que é possível ver a demonstração do lucro ou

prejuízo obtido pela empresa em um determinado período.

5.2.1 Receita operacional

O elemento receita, decorrente da demonstração de resultado de uma empresa pode ser

dividido em dois tópicos a receita operacional bruta e receita operacional líquida.

De acordo com Silva (1995, p. 133) a receita operacional é:

[...] aquela que decorre das operações normais e habituais da empresa. Numa

indústria, a receita operacional decorre das vendas dos produtos que a empresa

fabrica. Numa empresa comercial, decorre das vendas de mercadorias. Nas empresas

de prestação de serviços, logicamente, decorrerá dos serviços prestados.

Logo, Silva (1995, p. 133) descreve que a “Receita operacional bruta muitas vezes

aparece também com a denominação vendas bruta, representando, portanto, o faturamento

bruto da empresa”. Deste modo, para cada tipo de empresa o faturamento ocorre por eventos

diferentes, “Nas empresas de prestação de serviços, o faturamento pode ser função dos

serviços prestados ou colocados à disposição do cliente, ou mesmo de tarefas concluídas ou

de horas trabalhadas” (SILVA, 1995, p. 133).

Silva (1995, p. 135) pontua também, o que compõe a receita operacional líquida:

A receita operacional líquida é efetivamente a parte da receita que ficará para a

empresa cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro. Em resumo, a receita

Page 34: Plano de Negócios-pcc

34

operacional bruta, menos devoluções, abatimentos e impostos incidentes sobre

vendas, gera a receita operacional líquida.

Desta forma, a receita corresponde à estimativa de venda de produtos e serviços

produzidos pela organização e é a partir dela que se estima qual será o preço final dos

produtos e demanda que ele pretenderá atingir. Pois cabe ao preço final denominar qual será o

valor cobrado pelo produto ou serviço, mas esse fator decorrerá de qual fatia de mercado a

organização irá atender. Levando-se em conta o que foi observado, a receita sendo ela bruta

ou líquida é decorrente da venda de produtos ou prestação de serviços.

5.2.2 Custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos

Na gestão financeira das empresas devem-se deixar claro quais são as despesas e os

custos, que fazem parte do processo de fabricação dos produtos e prestação de serviços. Pois

os mesmos têm a haver com gastos mais são para processos diferentes. Logo, o custo refere-se

aos valores que serão despendidos para a produção do produto ou serviço que a empresa está

se propondo.

Assaf Neto (2010, p. 71) menciona o que aborda os custos dos produtos, mercadorias e

serviços vendidos.

O custo das mercadorias vendidas na empresa comercial nada mais representa do

que o custo histórico de aquisição desses bens. Nesse custo foram incluídos, ainda

na forma de estoques, os gastos com colocação das mercadorias em condições de

venda, como transporte, seguros etc. Quanto aos impostos, são agregados aos

estoques e automaticamente ao custo das mercadorias vendidas apenas os não

recuperáveis explicitamente na venda. [...] Nas vendas de serviços as regras são as

mesmas, teoricamente, mas é comum encontrar empresas que não apuram o custo

dos serviços prestados e acabam tratando todos esses gastos diretamente como

despesas do exercício e misturando-os às despesas administrativas.

Silva (1995, p. 137) aborda o que compreende os custos dos serviços prestados:

Page 35: Plano de Negócios-pcc

35

No caso das empresas de prestação de serviços, os custos dos serviços prestados

(CSP) compreendem todos os gastos necessários à obtenção dos serviços. Na

prática, entretanto, muitas das empresas de prestação de serviços tratam todos seus

gastos como despesas do período (despesas operacionais), sem fazer distinção entre

os custos necessários à obtenção dos serviços e as despesas relativas ao exercício.

Deste modo, são indispensáveis os conhecimentos do que se relaciona aos custos e as

despesas, pois os dois elementos fazem parte da vida inicial desses produtos só que englobam

processos do começo ao fim de sua fabricação. Ou seja, os custos relacionados à sua

fabricação devem ser separados das despesas geradas pela empresa para que possa manter o

mesmo no mercado e ser consumido pelos potenciais clientes.

5.2.3 Despesas operacionais

Todo e qualquer empreendimento necessita manter e operar suas atividades

diariamente, sendo assim surge às despesas operacionais, podendo ser classificadas em

despesas com vendas, administrativas e até mesmo a financeira.

Silva (1995, p. 138) menciona um aspecto importante quanto ao que diz a legislação

fiscal em relação às despesas operacionais “São operacionais as despesas não computadas nos

custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora, ou

seja, as despesas necessárias às atividades da empresa”.

Logo Silva (1995, p. 138) conceitua sequencialmente as despesas com vendas,

administrativas e financeiras:

São as despesas operacionais necessárias às atividades comerciais da empresa, tais

como: comissões de vendas, salários e encargos, aluguéis relativos aos escritórios de

vendas, material de escritório, comunicações, promoções e propaganda, entre outras

necessárias às atividades da empresa e relacionadas com as funções de

comercialização das mercadorias, produtos e serviços da empresa [...]. Despesas

administrativas são parte das despesas operacionais. Dessa forma, as despesas

Page 36: Plano de Negócios-pcc

36

administrativas compreendem os gastos incorridos com as distribuições da

administração geral, tais como: salários e encargos de pessoal administrativo,

aluguéis, despesas legais e judiciais, material e escritório e outras com as mesmas

características. [...] No caso das despesas financeiras, é fundamental que saibamos

de início com que tipo de demonstração financeira estamos trabalhando na análise.

Deste modo, no caso das demonstrações financeiras elaboradas por valores

históricos, em épocas de elevados índices de inflação, poderão na demonstração do

resultado valores elevados, classificados como despesas financeiras. [...] As

despesas financeiras são publicadas na demonstração do resultado, líquida das

receitas financeiras. Estas decorrem fundamentalmente das aplicações financeiras

feitas pela empresa no período. Também são contabilizados como receitas

financeiras pelas empresas os descontos financeiros obtidos por antecipação de

pagamento e fornecedores.

Em virtude dos fatos mencionados, as despesas operacionais sendo elas de vendas,

administrativas ou até mesmo as financeiras, englobam tudo aquilo que se faz necessário para

ser possível a fabricação e prestação de serviços, como o aluguel do estabelecimento, os

salários dos colaboradores que estão sempre dispostos a apresentar esses produtos e serviços

aos clientes a todo o momento, os meios que também se encontram disponíveis a esses

colaboradores. Ou seja, são elementos fundamentais que a organização irá custear para que os

seus produtos e serviços consigam chegar ao mercado para a satisfação de seus clientes.

5.3 INDICADORES DE VIABILIDADE

Os indicadores de viabilidade auxiliam na concretização de uma análise econômica e

financeira de uma organização, refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e

lucratividade de um negócio ou projeto, englobando diversos instrumentos e métodos que

permitem atingir diagnósticos sobre o seu desempenho futuro. Por todos esses aspectos é

considerada uma atividade de grande complexidade e seu sucesso está ligado ao desafio de

apropriar-se de boas informações, organizar e empreender pesquisas e projeções.

Page 37: Plano de Negócios-pcc

37

5.3.1 Análise do Ponto de Equilíbrio

Com uma adequada análise do ponto de equilíbrio feita pela empresa, é possível

identificar qual o nível de vendas que a mesma deve alcançar para atingir com êxito seu

percentual de lucro.

Gitman (2002, p. 419) conceitua o que é ponto de equilíbrio:

A análise do ponto de equilíbrio, às vezes chamada de analise custo-volume-lucro, é

usada pela empresa para determinar o nível de operações necessárias para cobrir

todos os custos operacionais para avaliar a lucratividade associada a vários níveis de

vendas. O ponto de equilíbrio operacional de uma empresa é o nível de vendas

necessário para cobrir todos os custos operacionais.

Logo Hoji (2008, p. 349) também afirma quanto à finalidade da análise de ponto de

equilíbrio:

A análise da Relação Custo-Volume-Lucro tem a finalidade de calcular o ponto de

equilíbrio [...], isto é, o ponto em que as receitas de vendas se igualam com a soma

dos custos e despesas e o lucro é nulo. Para calcular o ponto de equilíbrio, assumem-

se algumas premissas:

a) não existem estoques acabados ou em fase de elaboração; toda a produção é

vendida;

b) não há distinção entre os custos e despesas; eles são separados em fixos e

variáveis.

Hoji (2008, p. 349) dá um breve complemento quanto ao ponto de equilíbrio:

O conceito de Relação Custo-Volume-Lucro revela-se bastante útil para tomadas de

decisões de planejamento do nível de produção e venda, porém tem limitações. Se a

empresa produz um único produto (o que não é muito comum na prática), esse

conceito pode ser aplicado sem problemas, mas se a empresa produz mais de um

produto, surgem problemas de identificação dos Custos e Despesas Fixos (CDFs)

com os produtos [...].

Page 38: Plano de Negócios-pcc

38

Por todos esses aspectos, pode-se afirmar que o ponto de equilíbrio tem como objetivo

indicar ao empreendedor qual deverá ser o volume necessário de vendas, no período

considerado, para cobrir todas as despesas, incluindo-se o custo da mercadoria vendida ou do

serviço prestado para que a empresa em si não opere com prejuízos, pois há lógica

empreender sabendo que o trabalho diário realizado pela organização não trará retorno algum.

Deste modo, é indispensável que o empreendedor conheça bem como funciona o

ponto de equilíbrio para que o descontrole financeiro não ocorra.

5.3.2 Índice de lucratividade

Com base nos valores já identificados ao longo do plano financeiro o empreendedor

consegue identificar qual será a lucratividade de seu negócio. Esse fator é fundamental para

que se avalie o grau de atratividade do empreendimento no mercado.

Groppelli; Nikbakht (2012, p. 138) mencionam o conceito de lucratividade:

O modelo do índice de lucratividade, ou IL, compara o valor presente das entradas

de caixa futuras com o investimento inicial numa base relativa. Portanto, o IL é a

razão entre o valor presente das entradas de caixa (VPEC) e o investimento inicial

de um projeto:

IL= VPEC

Investimento inicial

Neste método, um projeto com IL maior que 1 é aceito, porém um projeto com IL

menor que 1 é rejeitado. Observe que o método do IL está intimamente relacionado

com a abordagem do VPL. De fato, se o valor presente líquido de um projeto for

positivo, o IL será maior que 1. Por outro lado, se o valor presente liquido for

negativo, o projeto terá um IL menor que 1. Portanto, a mesma conclusão é

encontrada se o valor presente líquido ou o IL for usado. Em outras palavras, se o

valor presente dos fluxos de caixa exceder o investimento inicial, existe um valor

presente líquido positivo e um IL maior do que 1, indicando que o projeto é

aceitável.

Page 39: Plano de Negócios-pcc

39

Dado o exposto, a lucratividade é um indicador de eficiência operacional que

consegue indicar qual é o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que

desenvolve em um determinado tempo.

Gitman (2002, p. 120) apresenta também, o que representa a lucratividade:

Há muitas medidas de lucratividade. Cada uma dela relaciona os retornos da

empresa e suas vendas, a seus ativos, ao seu patrimônio, ou ao valor da ação. Como

um todo, essas medidas permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em

confronto com um dado nível de venda, um certo nível de ativos, o investimento dos

proprietários, ou o valor da ação. Sem lucros, uma empresa não atrairá capital de

terceiros, ademais, seus atuais credores e proprietários poderão ficar preocupados

com o futuro da empresa e tentar reaver seus fundos. Os credores, proprietários e a

administração estão sempre atentos ao incremento dos lucros da empresa, devido à

sua grande importância para o mercado.

De acordo com Santos (2008, p. 22) as margens de lucratividade têm como função

mostrar “a capacidade da empresa de gerar lucro em sua atividade operacional”.

Logo, Santos (2008, p. 22) pontua as principais margens de lucratividade:

Margem de Lucratividade Operacional (MLO)

Mostra se a empresa foi eficiente no período, gerando lucro na sua atividade

operacional. Ela é calculada pela seguinte fórmula:

MLO= Lucro Operacional

Receita Líquida de Vendas

Margem de Lucratividade Líquida (MLL)

Mostra se a empresa foi eficiente no período, gerando lucro na sua atividade

operacional e após o pagamento do imposto de renda e dividendos. Ela é

calculada pela fórmula:

MLL = Lucro Líquido

Receita Líquida de Vendas

A situação da empresa sempre será favorável quando se verifica aumento na

Receita Líquida de Vendas e nas margens de lucratividade (operacional e

líquida). Deve-se destacar que a principal margem de lucratividade é a

Page 40: Plano de Negócios-pcc

40

operacional, uma vez que está diretamente relacionada com o risco do negócio,

ou seja, com a capacidade da empresa de gerar faturamento superior aos

desembolsos de caixa (custos + despesas operacionais). A análise isolada da

Margem de Lucratividade Líquida pode mascarar a real situação financeira da

empresa. Isso é constatado quando a empresa gera prejuízos operacionais

sucessivos e, para cobrir as despesas não operacionais, acaba sendo forçada a

vender seus ativos produtivos para não comprometer sua idoneidade no

mercado de crédito. Essas medidas prejudicam sua capacidade futura de geração

de fluxos de caixa para pagar dívidas e dividendos.

Tendo em vista os aspectos observados, a lucratividade em si tem como objetivo

apurar informações cruciais como o retorno que terá sobre o capital investido na empresa e o

prazo de retorno sobre o investimento inicial, e que existem dois tipos de margem de

lucratividade sendo ela operacional ou líquida. A operacional relaciona-se a tudo aquilo que a

empresa consegue lucrar com a sua produção ou prestação de serviços. Já a margem de

lucratividade líquida engloba tudo aquilo que a empresa lucra e logo após pagar tudo o que

deve no período ainda sobra para o caixa da empresa.

5.3.3 Índice de Rentabilidade

Para identificar qual a velocidade com que o capital pela empresa investido retornará é

utilizado o indicador de rentabilidade.

Assaf Neto (2010, p. 91) descreve a função dos índices de rentabilidade:

Estes indicadores visam avaliar os resultados auferidos por uma empresa em relação

a determinados parâmetros que melhor revelam suas dimensões. Uma análise

baseada exclusivamente no valor absoluto do lucro líquido traz normalmente sério

viés de interpretação ao não refletir se o resultado gerado no exercício foi condizente

ou não com o potencial econômico da empresa. Ressalta-se, ainda, que os analistas

em geral dispensam grandes atenções aos indicadores de rentabilidade, os quais

costumam exercer significativamente influencias sobre as decisões que envolvem a

Page 41: Plano de Negócios-pcc

41

empresa em análise, tomada tanto no mercado de crédito como no mercado

acionário.

Hoji (2008, p. 292) descreve também qual a função da rentabilidade:

Os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos.

São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso)

empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre as

Receitas líquidas [...], mas, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre

receitas brutas deduzidas somente das Vendas canceladas e Abatimentos.

MARGEM BRUTA

MB = Lucro bruto

Receita operacional líquida

MB (19X8) = 856,176 = 0,5 ou 50%

1.711,970

Esse índice indica quanto à empresa obtém de Lucro bruto para cada $1,00 de

Receita líquida. Com 50% de Lucro Bruto, a empresa precisa cobrir outras despesas

e ainda gerar lucro [...].

MARGEM LÍQUIDA

ML = Lucro líquido

Receita operacional líquida

ML (19X8) = 105.016 = 0,06 ou 6%

1.711.970

Ross et al. (2002, p. 140) abordam também o conceito do índice de rentabilidade:

Outro método usado para avaliar projetos e denominado índice de rentabilidade. É o

quociente entre o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados, posteriores

ao investimento inicial, e o montante do investimento inicial. O índice de

rentabilidade pode ser assim representado:

Índice de Rentabilidade (IR) =

Valor presente de fluxos de caixa subsequentes ao investimento inicial

Investimento inicial

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Em virtude do que foi mencionado, o índice de rentabilidade tem a função de

identificar se a empresa esta lucrando ou não com seus investimentos, se os resultados estão

presentes. Sendo assim, este índice também é muito importante para que o empreendedor

avalie quais serão os investimentos futuros e se serão satisfatórios.

5.3.4 Retorno de investimento – Payback

Ao realizar investimentos a organização procura analisar em determinado período se

essa ação valeu a pena ou não, se foi possível adquirir resultados satisfatórios. Sabendo dos

aspectos expostos, pode-se utilizar o método de retorno do investimento conhecido também

como payback e indicador de atratividade do negócio, para que se possa estimar qual será o

tempo necessário para que a empresa recupere tudo o que investiu no seu negócio.

Gitman (2002, p. 327) menciona qual é a função do payback:

Os períodos de payback são geralmente usados como critério para avaliação de

investimento propostos. O período payback é o período de tempo exato necessário

para uma empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das

entradas de caixa [...].

O payback apresenta particularmente seus prós e contras quanto a sua utilização. Desta

forma, Gitman (2002, p. 328) descreve alguns pontos:

O amplo uso do período de payback, particularmente pelas empresas pequenas,

deve-se a sua facilidade de calculo e ao apelo intuitivo. Ele é atraente porque

considera fluxos de caixa ao invés de lucros contábeis e também porque leva em

certa consideração, implicitamente, a época de ocorrência dos fluxos de caixa e, por

conseguinte, o fator tempo no valor do dinheiro. [...] A principal deficiência do

payback é sua incapacidade de especificar qual é o período apropriado, tendo em

vista o objetivo de maximização da riqueza do acionista, pois não se baseia em

fluxos de caixa descontados para verificar se eles adicionam valor à empresa. Ao

contrário, o período de payback apropriado é simplesmente um período de tempo

máximo aceitável, determinado subjetivamente, como o momento em que o fluxo de

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caixa do projeto alcança seu “ponto de equilíbrio” (isto é, quando as entradas de

caixa se igualam ao investimento inicial).

Quanto ao período de payback Brom (2007, p. 21) diz que “esse método apura,

portanto, o tempo necessário para que um determinado investimento seja recuperado ou,

ainda, para que retorne ao investidor”.

Logo Brom (2007, p. 23) descreve algumas deficiências existentes na metodologia do

payback:

os fluxos de caixa posteriores ao período de recuperação não são

considerados, o que pode distorcer a decisão e prejudicar o investidor.

o limite de tempo aceitável e estabelecido de forma arbitrária e subjetiva.

Não há como verificar a validade desse parâmetro.

Igualmente Brom (2007, p. 24) menciona os métodos de aplicação na metodologia do

payback:

O método de payback é frequentemente utilizado para decisões de

investimento pouco importantes, pois trata-se de uma metodologia simples e rápida:

aquisição de pequenas máquinas, reformas, pequenas construções etc.

Como metodologia auxiliar na avaliação de grandes projetos. O payback,

além de indicar o tempo de vinculação dos recursos a um dado projeto, apresenta,

também, indicador auxiliar para liquidez e risco: quanto mais curto o payback,

menor o risco e maior a liquidez do projeto – e vice-versa.

Em virtude dos fatos mencionados, o período de retorno de investimento - payback

trata-se, sobretudo de um critério de avaliação de risco, sendo, nesta perspectiva, mais

atraentes aqueles projetos que permitam uma recuperação do capital investido em menor

tempo. Ele nos dá a medida do tempo necessário para que um projeto recupere o capital

investido e pode ser aplicável sem restrições, a projetos convencionais de investimento.

Apesar das suas limitações, o payback pode ser particularmente útil, como indicador

auxiliar no processo de análise mesmo com a existência das suas desvantagens.

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6 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

O presente trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, desenvolvida a

partir de materiais já elaborados e a coleta de dados para o novo negócio foi baseada em

pesquisa secundária que é “a utilização de dados que já foram coletados para outros objetivos

e poderão ser úteis para resolver o seu problema” (SERVA, 2014) e mediante visitas a

empresas do mesmo ramo com observação dos processos e entrevistas despadronizadas e não

estruturadas junto a proprietários e público que as frequenta.

7 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

Os dados coletados na pesquisa foram tratados pelo software Plano de Negócios

SEBRAE/MG, sendo apresentado como resultado o plano de negócios para a abertura da

Academia Vida Ativa, que encontra-se anexado a este trabalho.

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8 CONCLUSÃO

Em vista dos argumentos apresentados, o plano de negócio tem como função indicar

ao empreendedor se seu empreendimento será viável ou não, através de muitas pesquisas e

informações fundamentais. Concluiu-se assim, que ao se realizar um plano de negócio e

colocá-lo em prática é preciso levar em considerações muitos aspectos e elementos, como

desde o local em que estará disposto até o capital que terá que conter para que a empresa

tenha uma base sólida. Isso tudo, através de estudos, análises e ideias bem colocadas para que

o empreendimento seja de sucesso.

É imprescindível, que o empreendedor através dos dados propostos consiga elencar e

colocar em prática um bom planejamento, uma ótima organização e avaliação dos riscos que

poderão ser corridos e, além disso, obter controle sobre cada passo dado dentro de um

empreendimento, pois é a partir dessas ações que o empreendedor evita de ocorrer um

descontrole, buscando sempre a total realização para a empresa.

Este projeto foi de grande importância para o meu conhecimento, pois o

aprofundamento deste tema proporcionou-me a compreensão e competência de análise e

seleção de ideias para que seja possível elaborar e colocar em prática um determinado

assunto.

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46

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ANEXOS