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"O homem corrupto é um indivíduo
fraco que perdeu as qualidades do
homem equilibrado e justo."
Fonte: - pensamento hassídico
Plano de
Prevenção de
Riscos e Perigos
de Corrupção
v 2017
Inspeção Regional das Atividades
Económica
APROVADO POR: PAULO MACHADO Data de publicação: 04-05-2017
3
PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS E PERIGOS DE CORRUPÇÃO
Parte 1: Introdução
A Recomendação nº 1/2009, de 1 de julho, do Conselho de Prevenção da Corrupção, publicada no Diário da
Republica, 2ª Série, nº 140, de 22 de julho de 2009, estabelece que os órgãos máximos das entidades gestoras
de dinheiros, valores ou patrimónios devem dispor de planos de gestão de riscos de corrupção e infrações
conexas.
O presente plano deseja fazer uso da plenitude da Recomendação indicada.
Pretende-se que este instrumento de gestão seja dinâmico e sujeito a revisões de aperfeiçoamento, tendo em
atenção o nível de padrões de comportamento esperados, face aos riscos atuais e futuros que venham a ser
identificados.
O plano visa o estabelecimento de diretrizes sobre a prevenção de riscos de corrupção, identificando os
critérios adotados e definindo as funções e responsabilidades dos intervenientes na gestão e coordenação das
atividades da IRAE, no que toca à consolidação da uma cultura de gestão preventiva dos riscos da sua
ocorrência, visando, no essencial, reforçar a cultura generalizada de responsabilidade e vigilância, através da:
- Identificação de critérios de riscos;
- Estabelecimento de medidas para prevenir a ocorrência destes; e
- Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano.
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Parte 2: Contexto Organizacional
A Inspeção Regional das Atividades Económicas é o serviço ao qual incumbe, na Região Autónoma dos Açores,
garantir o cumprimento das normas que disciplinam as atividades económicas.
A promoção e o controlo do cumprimento das disposições legais e regulamentares que disciplinam as
atividades económicas na Região Autónoma dos Açores (RAA), são os pilares fundamentais que regulam a
IRAE.
No desempenho dessas funções, esta Inspeção, goza de independência e autonomia técnica, detendo poderes
de autoridade e exercendo funções de órgão de polícia criminal.
A ação da IRAE tem por âmbito o território da Região Autónoma dos Açores através da fiscalização de todos
os locais onde se proceda a qualquer atividade industrial, comercial, agrícola, piscatória ou de prestação de
serviços (em matérias relacionadas com Saúde Pública, Segurança Alimentar, Propriedade Industrial, Práticas
Comerciais, Ambiente e Segurança), zelando pelo cumprimento de todas as normas que disciplinam o
exercício de tais atividades económicas.
Nos anos mais recentes, entre as atribuições da IRAE, a relativa à Segurança Alimentar acentuou-se, obrigando
a frequentes mudanças de metodologias de fiscalização, bem como à frequência de ações de formação, por
parte do pessoal das carreiras de inspeção.
Todavia, a vertente alimentar é apenas uma de muitas outras competências de fiscalização que incumbem à
IRAE, contando-se às centenas os diplomas legislativos diretamente relacionados com a sua atividade, nos
setores alimentar e não alimentar.
O Governo Regional dos Açores (GRA) tem, desde de 1996, apostado na melhoria do funcionamento do
mercado através da defesa da concorrência, da regulação e da promoção da defesa dos consumidores. Para o
GRA, estes são elementos centrais para a melhoria da competitividade, para as relações económicas e para a
promoção da qualidade de vida e da segurança alimentar.
5
A garantia de uma fiscalização eficaz no domínio da segurança alimentar, das práticas comerciais, da
segurança e ambiente e da propriedade intelectual e industrial, protege a boa competitividade das empresas
e do consumidor.
O consumidor, por seu lado, é também particularmente importante na promoção da competitividade das
empresas, razão pela qual importa continuar a desenvolver ações no sentido de reforçar a seu direito à
informação e garantir um sistema de defesa do consumidor eficaz, assegurado a proteção dos seus direitos e
uma resposta às suas queixas, reclamações e pedidos.
A IRAE atua de acordo com determinados valores e princípios de atuação e definidos na sua visão, missão e
valores:
Visão:
Ser um serviço de inspeção de referência ao nível da Administração Regional.
Missão:
Assegurar o cumprimento de todas as normas que disciplinam o exercício das atividades económicas, nos
setores alimentar e não alimentar.
Valores:
São os comportamentos e valores que devemos encorajar, para construir uma equipa coesa e ganhadora:
Compromisso: Considerar o consumidor e o operador económico no centre de toda a estratégia.
Credibilidade: Procurar a excelência, trabalhando com entidades de referência – a nível regional e /
ou nacional no campo da inspeção.
Imparcialidade: Pautar a sua ação pelo rigor e imparcialidade no quadro das suas competências e no
respeito pela lei.
Independência: Reger-se pelos princípios de independência, de precaução, da credibilidade,
transparência e confidencialidade.
Qualidade: Compromisso em saber fazer e fazer bem.
A IRAE desenvolve a sua atividade nas seguintes áreas de intervenção:
-Saúde Pública e Segurança Alimentar;
6
-Fiscalização Económica;
- Propriedade Industrial e Práticas Comerciais; e
- Ambiente e Segurança.
São ainda atribuições da IRAE, as seguintes tarefas:
-Emissão de pareceres técnicos e jurídicos
-Recolha e análise de dados que visem a avaliação de riscos na segurança alimentar
-Promoção de intercâmbio e da gestão de equipas multidisciplinares, em matérias das suas
competências
-Colaboração com a ASAE
-Controlo em matérias de infrações de géneros alimentícios e de alimentos para animais
-Colaboração com a Direção Geral do Consumidor
-Colaboração com a Comissão de Gestão Integrada de Pragas
-Divulgação dos resultados da atividade de fiscalização
-Investigação, instrução e decisão dos processos de contraordenação cuja competência lhe seja
legalmente imputada
-Colaboração com as autoridades judiciárias, nos termos do Código Processo Penal, procedendo à
investigação e instrução dos crimes cuja competência lhe esteja legalmente imputada
Recursos Humanos
A Inspeção Regional das Atividades Económicas, apresentou no final de 2016, a seguinte estrutura hierárquica:
7
A IRAE dispõe de 39 elementos, dos quais 26 são inspetores técnicos e superiores. O quadro diretivo é
composto por um Inspetor Regional, um Diretor de Serviços e um Chefe de Divisão. O remanescente do
quadro, resulta de uma estrutura central, disponível na sede e que garante toda a parte administrativa dos
procedimentos a adotar.
Embora tenha a sua sede em Ponta Delgada, a IRAE mantém quatro serviços de ilha, sendo que São Miguel,
Terceira e Faial possuem um inspetor com responsabilidades de coordenação designado para o efeito,
enquanto o Pico é coordenado pelo serviço do Faial.
Recursos Materiais
A IRAE dispõe de serviços de ilha onde existe um corpo inspetivo, nas ilhas de S. Miguel, Terceira, Faial e Pico.
Na ilha de S. Miguel, para além de estar presente o corpo inspetivo mais representativo, bem como toda a
estrutura de coordenação, existe um núcleo administrativo centralizado para processamento administrativo
de todo o funcionamento da IRAE, o que permite uma gestão de processos muito mais eficaz e eficiente.
Nos serviços de ilha indicados, a inspeção detém viaturas próprias para transporte das brigadas e execução
das ações inspetivas.
8
Parte 3 : Contexto Estratégico
Para além dos riscos comuns a qualquer entidade pública, designadamente os associados às áreas
administrativas e logísticas de base, a IRAE, pelas suas atribuições e competências específicas, tem que encarar
como riscos de corrupção também os de natureza específica decorrentes da própria atividade.
A garantia de uma fiscalização eficaz no domínio da segurança alimentar, das práticas comerciais, da
segurança e ambiente e da propriedade intelectual e industrial, protege a boa competitividade das empresas
e o consumidor.
O consumidor, por seu lado, é também particularmente importante na promoção da competitividade das
empresas, razão pela qual importa continuar a desenvolver ações no sentido de reforçar o seu direito à
informação e garantir um sistema nacional de defesa realmente eficaz, assegurando a proteção dos seus
direitos e uma resposta às suas queixas, reclamações e pedidos.
No contexto que se tem desenhado na Administração Regional (AR), e no cenário de elevadas restrições
orçamentais, com medidas socialmente entendidas por vezes como polémicas, é possível um
desenvolvimento da evasão às regras legais – que acarretam custos para os operadores económicos - , com a
possível anuência dos consumidores em várias situações.
Neste contexto, aumentam os riscos de aliciamento e corrupção dos colaboradores, que agravados por uma
diminuição das regalias dos trabalhadores da Administração Regional e uma exigência cada vez maior de
eficiência e produtividade, são no entanto minimizados por uma forte cultura institucional.
9
Parte 4: Identificação dos Riscos e Perigos
O presente plano aborda os riscos da organização, os quais mais afetam diretamente a credibilidade e a missão
da organização, além de, indiretamente, afetarem também, entre outros aspetos, a prossecução dos
objetivos, as parcerias com outras organizações, a boa utilização dos recursos públicos e a segurança na
organização.
Fatores do Risco:
Pode definir-se como risco o evento, situação ou circunstância futura, com probabilidade de ocorrência e
potencial consequência, positiva ou negativa, na consecução dos objetivos de uma unidade organizacional. O
perigo é a condição ou conjunto de circunstâncias, que tem o potencial de causar ou contribuir para uma
exposição relativa ao risco e que favorece sua materialização em danos.
A gestão do risco é o processo através do qual as organizações analisam metodicamente os riscos inerentes
às respetivas atividades, com o objetivo de atingirem uma vantagem sustentada em cada atividade individual
e no conjunto de todas as atividades.
Deve ser organizada e levada a cabo ao nível das atividades principais ou ao nível de funções e departamentos,
sendo o ponto central de uma boa gestão de riscos a identificação e tratamento dos mesmos.
Deste modo, a análise e o tratamento dos riscos encontram-se facilitados por uma adequada quantificação
dos objetivos. Com esta quantificação pode avaliar-se com rigor se os objetivos são ultrapassados, atingidos,
parcialmente atingidos, ou porventura não atingidos e portanto até que ponto são positiva ou negativamente
influenciados pela possível ocorrência do(s) risco(s).
A elaboração de planos de gestão de riscos, a par da existência de manuais de procedimentos, das atividades
de controlo, da divulgação da informação relevante sobre os vários tipos de riscos e respetivas medidas de
minimização, bem como do acompanhamento da eficácia destas medidas, constituem alguns dos fatores que
fazem diminuir a ocorrência dos riscos em geral e do crime de corrupção ou infrações conexas em particular.
10
O presente plano de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas constitui um instrumento para a
gestão do risco como suporte do planeamento estratégico, do processo de tomada de decisão e do
planeamento e execução das atividades.
Este plano obedece aos princípios da integridade institucional, da disciplina, da responsabilidade e da
transparência de atos e de decisões, inerentes à otimização dos recursos próprios da governação ética e da
gestão por objetivos.
São vários os fatores que levam a que o desenvolvimento de uma atividade comporte um maior ou menor
risco. De entre esses fatores destacam-se a qualidade da gestão, a integridade, a qualidade do sistema de
controlo interno ou a motivação do pessoal.
Os riscos de gestão, incluindo os riscos de corrupção e infrações conexas, configuram factos que envolvam
potenciais desvios no desenvolvimento da atividade, gerando impactos nos seus resultados.
A Gestão do Risco identifica e previne atempadamente as áreas e factos com potencial danoso na Organização,
através de uma metodologia assente em fases e etapas interativas.
A identificação dos riscos tem como objetivo identificar a exposição de uma organização ao elemento de
incerteza. Esta identificação exige um conhecimento profundo da organização, do mercado no qual esta
desenvolve a sua atividade, do ambiente jurídico, social, político e cultural onde está inserida, assim como o
desenvolvimento de uma sólida interpretação das suas estratégias e objetivos operacionais, incluindo os
fatores fundamentais para o seu êxito e as ameaças e oportunidades relativas à obtenção dos referidos
objetivos.
A identificação dos riscos deve ser abordada de forma metódica, de modo a garantir que todas as atividades
significativas dentro da organização foram identificadas e todos os riscos delas decorrentes definidas. Toda a
volatilidade associada relativa a estas atividades deve ser identificada e classificada por categorias.
As atividades e decisões podem ser classificadas de várias forma, entre as quais:
• Estratégicas - Relacionadas com os objetivos estratégicos da organização a longo prazo. Podem ser afetadas
por áreas como disponibilidade de capital, riscos de soberania e políticos, alterações jurídicas e
regulamentares, reputação e alteração ao meio ambiente físico.
11
• Operacionais - Relacionadas com os assuntos quotidianos com os quais a organização é confrontada quando
se esforça para atingir os seus objetivos estratégicos.
• Financeiras - Relacionadas com a gestão e controlo eficazes dos meios financeiros da organização e com os
efeitos de fatores externos como, por exemplo, disponibilidade de crédito, taxas de câmbio, movimento das
taxas de juro e outro tipo de orientações do mercado.
• Gestão do conhecimento - Relacionadas com a gestão e controlo eficazes dos recursos do conhecimento e
com a produção, proteção e comunicação destes. Esta categoria engloba fatores externos como a utilização
não autorizada ou abusiva da propriedade intelectual, as falhas de energia na zona e tecnologia competitiva.
Do lado dos fatores internos podem referir-se avarias nos sistemas ou a perda de funcionários chave.
• Conformidade - Relacionadas com temas como saúde e segurança, meio ambiente, práticas comerciais,
proteção do consumidor, proteção de dados, assuntos regulamentares e legislação laboral.
Na IRAE identificam-se as seguintes áreas com probabilidade de Risco:
-Atividade inspetiva
-Segurança de equipamentos e instrumentos
-Gestão de reclamações e denúncias
-Gestão patrimonial
- Atividade Administrativa e Financeira
Medidas de prevenção de riscos:
Uma vez identificados os riscos e perigos, cabe determinar quais as medidas a pôr em prática para que o risco
não venha a ocorrer ou seja minimizado, no caso de ser impossível evitá-lo.
As medidas preventivas do risco são de natureza diversa, destinando-se:
-Evitar o risco, eliminando a sua causa;
-Prevenir o risco, procurando minimizar a probabilidade de ocorrência do risco ou do seu impacto
negativo;
-Aceitar o risco e os seus efeitos; e
-Transferir o risco para terceiros.
O tratamento dos riscos pode gerar riscos secundários e implicar custos adicionais em termos de tempo e
desempenho, devendo, por isso, ponderar-se a modalidade de resposta adequada.
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Parte 5. Quadro de Avaliação e Responsabilidade do Risco
Constam nos quadros abaixo os crimes de corrupção e infrações conexas, cometidas no exercício de funções
públicas.
Riscos e medidas genéricos:
Riscos em geral Medidas genéricas
Tráfico de influências
- Aplicação e controlo do
Código de Ética e Conduta
- Auditorias Internas
- Estatuto disciplinar dos trabalhadores
que exercem funções públicas
- Formação e sensibilização
para os riscos de corrupção
- Manuais, Procedimentos, Instruções,
Impressos e Ordens de Serviço, escritas
Suborno
Recebimento indevido de vantagem
Corrupção
Peculato
Peculato de uso
Participação económica em negócio
Concussão
Abuso de poder
Denegação de justiça e prevaricação
Violação de segredo
Favorecimento
Riscos e medidas por tipo de atividade:
No que respeita a riscos por tipo de atividade ou específicos deve-se definir uma metodologia de avaliação
destes mesmos riscos, através de um levantamento exaustivo dos perigos inerentes, bem como o nível de
severidade ou de aceitação que estes podem aplicar na atividade em questão.
Deste modo, devem ser listados todos os perigos possíveis de identificar com informação preliminar recolhida,
usando a nossa experiência para tal e recorrendo ainda a alguma informação externa à organização. Deve-se
determinar para cada perigo se a sua eliminação ou redução são suficientes para garantir uma normal
atividade deste serviço inspetivo.
A metodologia a usar aqui implica determinar a probabilidade de ocorrência de um perigo associada aos
efeitos que este pode provocar. Em termos de grafismo, teremos o seguinte:
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Probabilidade de ocorrência
Critério Frequência Índice
Remota Nunca aconteceu 1
Baixa Aconteceu 1 a 5 vezes nos últimos 5 anos 2
Moderada Aconteceu entre 1 a 5 vezes no último ano 3
Alta Aconteceu entre 5 e 10 vezes no último ano 4
Muito Alta Aconteceu mais do que 10 no último ano 5
Severidade: efeitos adversos
Critério Índice
Não causa efeito percetível 1
Não causa dano significativo 2
Causa algum dano 3
Causa dano significativo 4
Causa dano grave 5
Para determinar uma avaliação de riscos importa agora cruzar estes dois conceitos (probabilidade x
severidade), obtendo-se um nível de significância de risco, o que se traduz numa matriz de avaliação de
perigos, conforme abaixo se demonstra:
Probabilidade
1 2 3 4 5
Seve
rid
ade
1 1 2 3 4 5
2 2 4 6 8 10
3 3 6 9 12 15
4 4 8 12 16 20
5 5 10 15 20 25
Os riscos associados à cor encarnada são de prioridade máxima de tratamento, seguindo-se a cor amarela.
Para todos os riscos situados na zona amarela e vermelha, importa tomar medidas corretivas (em plano de
14
ação) que garantam a redução ou a eliminação do risco identificado de acordo com a seguinte tabela de
significância:
Medidas preventivas Significância
-Evitar o risco, eliminando a sua causa; ≥ 15
-Prevenir o risco, procurando minimizar a probabilidade de ocorrência do
risco ou do seu impacto negativo;
> 6 e < 15
-Aceitar o risco e os seus efeitos ≥ 1 e ≤ 6
-Transferir o risco para terceiros. Não aplicável
A seguir identificam-se os principais riscos, por área de atividade da IRAE:
Atividades Identificação de riscos
INSPEÇÃO
Seleção discricionário de operadores económicos objeto de inspeção
Fuga de informação relativa a ações programadas permitindo o alerta dos operadores económicos
Violação de segredo, quebra de confidencialidade ou utilização indevida de informações sigilosas
Irregularidades nos autos quanto à notícia de infrações, ou anulações das mesmas, para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros – denegação de justiça, favorecimento, corrupção.
Irregularidades em apreensões para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Ausência de, ou irregularidades e deficiências de instrução ou de distribuição de processos para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Propostas de decisão não isentas para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Arquivamento de processos de contraordenação para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Conflitos de interesses / incompatibilidades
15
Alteração de dados informáticos para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Atividades Identificação de riscos
GESTÃO DA RECLAMAÇÕES
Alteração do curso normal para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Violação de segredo, quebra de confidencialidade ou utilização indevida de informações sigilosas para obtenção de vantagem indevida e/ou favorecimento ou prejuízo de terceiros
Atividades Identificação de riscos
EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS Manipulação de equipamentos e instrumentos
suporte à ação inspetiva, com vista à obtenção de
determinados resultados
Atividades Identificação de perigos
Gestão Patrimonial Uso indevido de viaturas
Desvio de material /existências e equipamentos
Atividade Identificação de perigos
ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Uso do fundo maneio
16
Parte 6: Avaliação e Recomendações conexas ao Plano
O plano de Riscos de Gestão é um instrumento dinâmico, carecendo de acompanhamento a sua execução,
com vista a aferir a sua efetividade, utilidade, eficácia e eventual correção das medidas propostas.
Deve ser efetuado um relatório anual (anexo ao relatório de atividades da IRAE), relativo à execução do plano,
de forma a assegurar o acompanhamento da implementação do plano.
O relatório deve contemplar não só eventuais ocorrências relativas a práticas de corrupção ou de infrações
conexas, como também a identificação de riscos não previstos e as medidas de prevenção adequadas.
Bibliografia
I. Recomendação n.º 1/2009, de 1 de julho, Conselho de Prevenção da Corrupção
II. Recomendação n.º 1/2010, de 7 de abril, Conselho de Prevenção da Corrupção
III. Recomendação n.º 3/2015, de 1 de julho, Conselho de Prevenção da Corrupção
IV. Norma de Gestão de Riscos da Ferma:2003 – Federation of European Risk Association
18
Atividades Identificação de riscos Significância de risco
(P x S)
Medidas preventivas
INSPEÇÃO
Seleção discricionário de
operadores económicos
objeto de inspeção
(risco operacional)
3 x 3 = 9
Atribuição,
preferencialmente, aleatória
de operadores económicos.
Segregação de funções –
separação entre a pesquisa
tática, a fiscalização;
estrutura hierárquica bem
definida; e a decisão de
processos de
contraordenação.
Inspeções regulares por
amostragem (PO – plano
operacional). As
averiguações são feitas por
colaboradores diferentes das
contraordenações.
Gestão e controlo de
comunicações durante as
ações
Realização das ações em
equipas com supervisão
Fuga de informação relativa
a ações programadas
permitindo o alerta dos
operadores económicos
(risco operacional)
3 x 3 = 9
Segregação de funções –
separação entre a pesquisa
tática e a fiscalização;
estrutura hierárquica bem
definida; existência de
19
INSPEÇÃO
diferentes perfis de acesso à
informação
Gestão e controlo de
comunicação durante as
ações
Acompanhamento de ações
inspetivas pelas chefias
Realização das ações em
equipa com supervisão
Existência e manutenção de
registos relativos a
procedimentos inspetivos
Violação de segredo, quebra
de confidencialidade ou
utilização indevida de
informações sigilosas
(risco conformidade)
3 x 4 = 12
Segregação de funções –
existência de diferentes
perfis de acesso à informação
Registo de acessos ao
sistema informático e
movimentos no mesmo
Restrições físicas de acesso a
documentos e instalações
Irregularidades nos autos
quanto à notícia de
infrações, ou anulações das
mesmas, para obtenção de
vantagem indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros – denegação de
justiça, favorecimento,
corrupção.
(risco conformidade)
2 x 5 = 10
Realização das ações em
equipa com supervisão
Rotatividade dos inspetores
nas suas funções (3 em 3
anos)
Acompanhamento de ações
inspetivas pelas chefias
Inspeção
Padronização dos
documentos mais relevantes
(sistema de gestão pela
20
Qualidade, certificado de
acordo com a Norma NP EN
ISO 9001:2008)
Inspeções regulares por
amostragem e atribuídos de
forma aleatória
Existência e manutenção de
registos relativos a
procedimentos inspetivos
Irregularidades em
apreensões para obtenção
de vantagem indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros
(risco conformidade)
2 x 5 = 10
Discriminação e
quantificação do material
apreendido na presença do
operador económico, de
acordo com procedimento
definido no âmbito do SGQST
– Sistema de Gestão pela
Qualidade e Segurança no
Trabalho
Listagem do material
apreendido, com
procedimentos de segurança
para o controlo de pessoas e
bens
Realização das ações em
equipas com supervisão
Ausência de, ou
irregularidades e
deficiências de instrução ou
de distribuição de processos
para obtenção de vantagem
4 x 4 = 16
Normativo interno para
distribuição de processos, de
acordo com procedimento
definido no âmbito do SGQST
– Sistema de Gestão pela
21
indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros
(risco conformidade)
Qualidade e Segurança no
Trabalho
Inspeção
Controlo permanente dos
processos e sua tramitação
através do sistema
informático de gestão de
processos
Contato regular entre
inspetores e chefias para
análise dos processos
Controlo hierárquico do
processo finda a instrução,
de acordo com
procedimento definido no
âmbito do SGQST – Sistema
de Gestão pela Qualidade e
Segurança no Trabalho
Segregação de funções de
fiscalização e instrução, de
acordo com procedimento
definido no âmbito do SGQST
– Sistema de Gestão pela
Qualidade e Segurança no
Trabalho
Padronização dos
documentos mais relevantes,
de acordo com
procedimento definido no
âmbito do SGQST – Sistema
de Gestão pela Qualidade e
Segurança no Trabalho
22
Existência e manutenção de
registos relativos a
procedimentos inspetivos.
Inspeção
Propostas de decisão não
isentas para obtenção de
vantagem indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros
(risco conformidade)
2 x 3 = 6
Exigências padronizadas de
fundamentação
Controlo e validação
hierárquica da proposta de
decisão
Arquivamento de processos
de contraordenação para
obtenção de vantagem
indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros
(risco conformidade)
2 x 3 = 6
Exigências padronizadas de
fundamentação
Conflitos de interesses /
incompatibilidades
(risco operacional)
3 x 4 = 12
Indicação de impedimento e
obrigatoriedade de pedido
de escusa sempre que se
possa verificar conflito de
interesses em ato inspetivo,
na instrução de processos ou
no planeamento
Alteração de dados
informáticos para obtenção
de vantagem indevida e/ou
favorecimento ou prejuízo
de terceiros
(risco operacional)
2 x 5 = 10
Registo de acessos ao
sistema informático e dos
movimentos no mesmo
23
Atividades Identificação de riscos Significância de risco
(P x S)
Medidas preventivas
GESTÃO DA
RECLAMAÇÕES
Alteração do curso normal
para obtenção de vantagem
indevida e/ou favorecimento
ou prejuízo de terceiros
(risco conformidade)
2 x 5 = 10
Controlo hierarquizado,
sistemático e informatizado,
de acordo com
procedimento definido no
âmbito do SGQST – Sistema
de Gestão pela Qualidade e
Segurança no Trabalho
Registo de acesso ao sistema
informático e dos
movimentos no mesmo
Violação de segredo, quebra
de confidencialidade ou
utilização indevida de
informações sigilosas para
obtenção de vantagem
indevida e/ou favorecimento
ou prejuízo de terceiros
(risco conformidade)
2 x 5 = 10
Controlo hierarquizado,
sistemático e informatizado
Registo de acesso ao sistema
informático e dos
movimentos no mesmo
Atividades Identificação de riscos Significância de risco
(P x S)
Medidas preventivas
EQUIPAMENTOS E
INSTRUMENTOS
Manipulação de
equipamentos e
instrumentos suporte à
ação inspetiva, com vista à
2 x 3 = 6
Sistema de controlo de
atribuição dos equipamentos
e regular inventariação.
Garantir ainda a calibração
oficial dos equipamentos
24
obtenção de determinados
resultados
(risco operacional)
(p.e. termómetros), de forma
regular, tal como previsto em
procedimento definido no
âmbito do SGQST – Sistema
de Gestão pela Qualidade e
Segurança no Trabalho
Atividades Identificação de perigos Significância de risco
(P x S)
Medidas preventivas
Gestão Patrimonial
Uso indevido de viaturas
(risco operacional)
2 x 3 = 6
Sistema de controlo dos kms
efetuados, pelas viaturas
usadas pelos colaboradores
Desvio de material
/existências e
equipamentos
(risco operacional)
2 x 3 = 6
Conferência física de
equipamentos / existências
(periódica) – inventário
sistematizado
Atividade Identificação de perigos Significância de risco Medidas preventivas
ADMINISTRATIVA E
FINANCEIRA
Uso do fundo maneio
(risco financeiro)
2 x 3 = 6
O fundo maneio deve ser
gerido através de uma conta
bancária, criada para o efeito
e movimentada por 2 de 3
assinaturas constantes desta
mesma conta.
Preferencialmente, cada
pagamento (cheque ou
transferência) deve
25
corresponder a uma despesa
ou a um conjunto de
despesas relacionadas, mas
pagas a uma única entidade.
Deve ser efetuada de forma
regular (trimestral) a
conciliação bancária e uma
ata de apuramento do fundo
maneio e que vai ser assinada
pelas mesmas 3 pessoas
designadas para a
movimentação de conta
bancária.
Pode ser criado um pequeno
fundo maneio, em dinheiro e
de valor não superior a 200
eur, para pequenas despesas
e devidamente autorizado
pelo Inspetor Regional.