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PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS
DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
2016-2025
RP1A – Diagnóstico da Dimensão Técnica e Institucional
Junho 2015
Foto: João Zinclar
CONTEÚDOS
1. Considerações iniciais
2. Caracterização da bacia hidrográfica
3. Qualidade das águas
4. Disponibilidade das águas
5. Usos e balanço hídrico
6. Participação social
7. Considerações finais
3
João Zinclar
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Área de drenagem: 639.000 km2
• 7 unidades de federação: o Alagoas;
o Sergipe;
o Pernambuco;
o Bahia;
o Distrito Federal;
o Goiás;
o Minas Gerais.
• 507 municípios
• População atual: >15 milhões hab
• 4 regiões fisiográficas (principais unidades de estudo): o Alto SF (16% áreas);
o Médio SF (63% área);
o Submédio SF (17% da área);
o Baixo SF (4% da área).
5
BACIA HIDROGRÁFICA
Objetivo:
• Atualizar diagnósticos para a bacia, observadas as especificidades e prioridades
de cada uma de suas regiões fisiográficas.
Estrutura:
- Volume 1 – Caracterização da bacia hidrográfica – 1ª parte
- Volume 2 – Caracterização da bacia hidrográfica – 2ª parte
- Volume 3 – Caracterização da bacia hidrográfica – Anexos
- Volume 4 – Análise qualitativa e quantitativa – Águas superficiais
- Volume 5 – Análise qualitativa e quantitativa – Águas subterrâneas
- Volume 6 – Análise qualitativa e quantitativa – Apêndices e anexos
- Volume 7 – Usos, balanço hídrico e síntese do diagnóstico
- Volume 8 – Usos, balanço hídrico e síntese do diagnóstico – Apêndices e anexos
- Volume 9 – Mapas
6
RP1A - DIMENSÃO TÉCNICA E INSTITUCIONAL
7
VOLUME 1
2. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA
HIDROGRÁFICA
9
Uso do Solo (%) SFB SFSM SFM SFA
Área urbanizada 0,9 0,7 0,3 3,3
Lavouras 5,8 1,6 5,6 1,9
Matas e/ou
florestas 2,4 7,8 11,7 5,4
Pastagens 52,0 8,7 18,0 32,7
Estabelecimentos
agropecuários 27,2 72,9 57,6 44,5
Outras/diversos 11,6 8,4 7,1 12,3
USO DO SOLO
10
POPULAÇÃO
50%
24%
16%
10%
SFA
SFM
SFSM
SFB
Fonte: Dados municipais (IBGE, 2015) com cálculos próprios.
Distribuição da população residente por
região fisiográfica (2010).
Densidade demográfica por município (2010).
Fo
nte
: D
ad
os
mu
nic
ipa
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IBG
E,
20
15
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e S
IG.
11
• Agropecuária é o setor que
mais cresce;
• Produção agrícola: aumento
em 42%;
• Produção de leite: aumento
de 35%;
Evolução da população e da produção física da indústria e
agropecuária na bacia (2005-2013).
Fonte: IBGE (2015), com cálculos próprios.
Notas: população – variável estimada pelo IBGE, exceto para 2010 (dados do Censos);
indústrias de Minas Gerais: pesquisa industrial mensal da produção física; dados índice de
base 100 em 2005.
VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS (2005-2013)
• Indústria: ligação à produção
agrícola e extrativa;
• Indústria extrativa
concentrada no Alto São
Francisco (ferro) e no Médio São
Francisco (ouro);
• Indústria transformadora
concentrada no Alto São
Francisco, com alguma
diversidade; produção em Minas
Gerais cresceu (17%).
Indicador de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM):
• Cresceu significativamente em todas as regiões da bacia entre 1991 e 2010;
• Diferenças de desenvolvimento entre regiões fisiográficas têm-se mantido;
Saneamento básico:
• Apenas a região do Alto São Francisco apresenta valores de atendimento urbano de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de resíduos sólidos que possibilitam o cumprimento das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico para a região hidrográfica do São Francisco;
• Os índices de atendimento mais baixos verificam-se no Baixo São Francisco.
12
Fo
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ipa
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AD
HB
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rio
s.
IDHM na bacia (2010).
NÍVEL DE VIDA E INFRAESTRUTURA
13
FISIOGRAFIA
34 sub-bacias
14
GEOLOGIA
A bacia integra-se maioritariamente na Província Estrutural de São Francisco;
Predominam os afloramentos de rochas sedimentares (69% do território), com idades que vão desde o Proterozóico (cerca de 2,5 mil milhões de anos) até à atualidade;
Em cerca de 26% da bacia ocorrem afloramentos de rochas metamórficas, metassedimentares e metaígneas do embasamento, sendo que só 5% correspondem a rochas ígneas.
15
RISCOS GEOLÓGICOS
Região
fisiográfica
Principais aspectos de suscetibilidade ao
risco geológico
Alto Movimentos de massa de vertente, subsidência
cárstica
Médio Subsidência cárstica, movimentos de massa de
vertente
Submédio
Movimentos de massa de vertente, subsidência
cárstica, instabilidade de terrenos de fundação,
enchentes e alagamentos
Baixo
Movimentos de massa de vertente, processos
erosivos, instabilidade de terrenos de
fundação, enchentes e alagamentos, avanço
de dunas
Fo
nte
: C
PR
M, 2003
; C
PR
M, 2010;
CP
RM
, 2012;
CP
RM
, 2013.
Estão identificadas diversas
áreas com suscetibilidade à
ocorrência de riscos
geológicos, destacando-se
pela sua importância regional
os movimentos de massa de
vertente, em particular, no Alto
São Francisco.
16
RECURSOS MINERAIS
Uma das principais
características da bacia é o
significativo potencial ao
nível dos recursos minerais,
destacando-se o
Quadrilátero Ferrífero (Alto
São Francisco), onde
existem significativos
recursos minerais metálicos.
17
HIDROGEOLOGIA
Vulnerabilidade à poluição
Alta; 11 Média a Alta; 4
Média; 38
Média a Baixa; 4
Baixa a Variável; 19
Baixa; 16
Muito Baixa; 8
Vulnerabilidade à poluição (%)
Os tipos de solo predominantes são os latossolos (35,3%), os neossolos (26,5%) e os cambissolos
(15,8%). O solo considerado bom ou regular, em termos de potencial agrícola, representa 6,3% (Médio
e Submédio São Francisco) e 24,0% da área da bacia, respectivamente. A maior parte das terras é
irrigável com aptidão restrita ou moderada (50%), sendo a porcentagem de terras não irrigáveis
bastante similar (cerca de 48%). 18
SOLOS
Potencial agrícola Tipos de solos
Fonte: MMA, 2002 Fonte: EMBRAPA, 2001
Potencial de irrigação
Fonte: CODEVASF, 2002
19
COBERTURA VEGETAL
Na BHSF estão presentes os biomas
biomas cerrado, caatinga e mata
atlântica ocupando, respectivamente,
cerca de 56,7%, 38,5% e 3% da sua
superfície.
As classes de cobertura
associadas à produção
agropecuária e associadas
ao bioma cerrado são
aquelas que dominam na
BHSF, ocupando
conjuntamente perto de 70%
da sua área.
20
COBERTURA VEGETAL
• Comparativamente ao PRH-SF 2004-2013, e a partir da atualização da
cobertura vegetal efetuada para o presente plano com base em imagens
de satélite de 2014 e 2015, detectaram-se como principais tendências:
• Agropecuária: Aumento muito expressivo da sua área de cobertura, que
ocorreu em todas as regiões fisiográficas, por substituição, principalmente, de
áreas de ecótono, caatinga (estepe), cerrado (savana) e floresta;
• Caatinga: Diminuição da sua área de cobertura, essencialmente no SFB e no
SFM, tendo sido substituída essencialmente por áreas de produção agropecuária;
• Cerrado: Diminuição expressiva da sua principal área de distribuição, no SFM,
tendo sido substituído essencialmente por áreas de produção agropecuária.
3. QUALIDADE DAS ÁGUAS
22
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Pontos de monitoramento e
unidades de análise:
Síntese dos principais resultados – Alto São Francisco:
23
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Alto São Francisco
Unidade
Apreciação geral
da Qualidade da
Água
Principais fontes poluentes Tendência de
evolução desde
2004 Esgoto Industria Outra Agricultura/
Doméstico extrativa indústria pecuária
Cabeceira - Pará Boa Melhoria
Pará Média Melhoria
Paraopeba Ruim Manutenção
Velhas Ruim Manutenção (*)
Pará - Jequitaí Média Melhoria
Jequitaí Média Manutenção
(*) Verificam-se melhorias em parâmetros de contaminação fecal e orgânica, mas agravamento da contaminação por tóxicos
Síntese dos principais resultados - Médio São Francisco:
24
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Médio São Francisco
Unidade
Apreciação geral
da Qualidade da
Água
Principais fontes poluentes Tendência
de evolução
desde 2004 Esgoto Industria Outra Agricultura/
Doméstico extrativa indústria pecuária
Paracatu Média Melhoria
Jequitaí - Urucuia Média Manutenção
Urucuia Média Melhoria
Urucuia -
Carinhanha Média Melhoria
Verde Grande Ruim Manutenção
Carinhanha Boa Sem dados
Síntese dos principais resultados - Médio São Francisco:
25
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Médio São Francisco (continuação)
Unidade
Apreciação geral
da Qualidade da
Água
Principais fontes poluentes Tendência
de evolução
desde 2004 Esgoto Industria Outra Agricultura/
Doméstico extrativa indústria pecuária
Corrente Boa Manutenção
Grande Boa Manutenção
Paramim, Sto
Onofre e Carnaíba
de Dentro
Boa Manutenção
Verde e Jacaré Boa Melhoria
Margem esquerda
de Sobradinho Boa Sem dados
Síntese dos principais resultados – Submédio São Francisco:
26
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Submédio São Francisco
Unidade
Apreciação geral
da Qualidade da
Água
Principais fontes poluentes Tendência
de evolução
desde 2004 Esgoto Industria Outra Agricultura/
Doméstico extrativa indústria pecuária
Salitre Boa Melhoria
Curaçau,
Macururé e riacho
Tará
Boa Melhoria
Margem esquerda
do sub-médio São
Franscisco
Boa Melhoria
Síntese dos principais resultados - Baixo São Francisco:
27
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Baixo São Francisco
Unidade
Apreciação geral
da Qualidade da
Água
Principais fontes poluentes Tendência
de evolução
desde 2004 Esgoto Industria Outra Agricultura/
Doméstico extrativa indústria pecuária
Ipanema Média Manutenção
Margem direita do
Baixo São
Franscisco
Média Pioria
28
Situação Tipo 1 Rio Paraopeba, rio das Velhas, rio Verde Grande: Manutenção de estado global ruim, não obstante melhorias no tratamento de esgotos domésticos, Necessidade de continuação de investimentos em saneamento e no controlo de outras fontes poluentes, Desconformidades face ao enquadramento vigente muito frequentes e pronunciadas,
A eventual consideração de objetivos de enquadramento mais exigentes terá que ser faseada e de longo prazo
Tipificação de ocorrências:
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
28
Situação Tipo 1 – Estado global de qualidade da água ruim
Ausência de progressos relevantes desde 2004
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
29
Situação Tipo 2
Rio São Francisco (do reservatório das Três Marias à divisa MG-BA), rios Pará, Jequitaí,
Paracatu e Urucuia:
Estado global mediano
Tendência geral de evolução positiva desde 2004,
Desconformidades frequentes mas facilmente minimizáveis num médio prazo
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Tipificação de ocorrências:
30
Situação Tipo 2 – Estado global de qualidade da água mediano
Dominância de evolução positiva desde 2004
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
31
32
Situação Tipo 3 Rio São Francisco (a montante do reservatório das Três Marias e entre as divisas MG/BA e BA/AL) e respetivos corpos d´água afluentes: Estado geral bom, Tendência geral de evolução positiva desde 2004, As desconformidades ao enquadramento vigente são escassas, É razoável a consideração de objetivos de enquadramento mais exigentes.
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Tipificação de ocorrências:
32
Situação Tipo 3 – Estado global de qualidade da água bom
Manutenção ou evolução positiva desde 2004
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
33
Situação Tipo 4
Baixo São Francisco:
Informação disponível insuficiente,
Indícios de manutenção ou mesmo deterioração da qualidade da água desde 2004,
Contaminação doméstica importante,
Possibilidade de agravamento do enriquecimento orgânico devido a atividades agrícolas e pecuárias,
Risco de salinização por utilização agrícola da água
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Tipificação de ocorrências:
34
Situação Tipo 4 – Estado global de qualidade da água mediano
Manutenção ou evolução negativa desde 2004
QUALIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
35
Consumo humano:
36
QUALIDADE - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
• 79% da bacia possui água
subterrânea de qualidade
adequada para o consumo
humano
Boa39%
Passável40%
Medíocre10%
Má5%
Momentânea4% Não Potável
2%
Irrigação:
• 56% da bacia apresenta água
com qualidade adequada para
a irrigação
Qualidade inferior à medida que se
avança para o Submédio SF. Classificação de acordo com o Mapa de
Hidroquímica dos Mananciais
Subterrâneos da Região Nordeste
(IBGE, 2013)
37
• Incumprimentos pontuais de parâmetros
microbiológicos, agrotóxicos e metais –
aquífero Bambuí;
• Alguns poços com violações do parâmetro
nitrato (sub-bacia Jequitai) e arsênio (sub-
bacia das Velhas);
• 223 áreas contaminadas (sub-bacia das
Velhas tem o maior número).
Características Alto SF
Qualidade da água subterrânea
para consumo humano Própria
Qualidade da água subterrânea
para a irrigação Própria
Qualidade da água para consumo humano
QUALIDADE - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Alto São Francisco:
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
• Estado de Minas Gerais: qualidade
própria para o consumo humano e
irrigação.
• Estado da Bahia: própria para o consumo
humano, em geral; situações de qualidade
imprópria para o consumo humano em
algumas sub-bacias.
Características Médio SF
Qualidade da água subterrânea
para consumo humano
Própria, com qualidade
imprópria na porção Nordeste
Qualidade da água subterrânea
para a irrigação
Própria. Imprópria na porção
Nordeste
Qualidade da água para consumo humano
Médio São Francisco:
38
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
• 70% da região tem qualidade imprópria
para o consumo humano, sendo que 5%
não é potável;
• 68% da região tem excessiva
mineralização;
• Implementação de sistemas de
dessalinização.
Características SM SF
Qualidade da água subterrânea
para consumo humano
Imprópria. Própria nas bacias
sedimentares de Araripe e
Tucano-Jatobá
Qualidade da água subterrânea
para a irrigação
Própria a imprópria. Própria nas
bacias sedimentares de Araripe
e Tucano-Jatobá
Qualidade da água para consumo humano
Submédio São Francisco:
39
QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
40
• Problemas de qualidade relacionados
com excessiva mineralização;
• 55% da região apresenta qualidade
imprópria; 29% é não potável;
• Elevada condutividade elétrica é também
responsável pela qualidade imprópria para
a irrigação (77% da região).
Características Baixo SF
Qualidade da água subterrânea
para consumo humano
Imprópria. Própria na bacia
sedimentar Alagoas -Sergipe
Qualidade da água subterrânea
para a irrigação
Imprópria. Própria na bacia
sedimentar Alagoas -Sergipe
Qualidade da água para consumo humano
Baixo São Francisco:
4. DISPONIBILIDADE DAS ÁGUAS
Para cada uma das 34 sub-bacias foram gerados valores de: vazão média,
Q95, Q90, Q50 e Q7,10.
Vazão média e vazões de permanência
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
42
Vazões médias por sub-bacia para o período de 1931 a 2001 (PRH-SF 2004-
2013) e atualização para o período de 1931 a 2013 (PRH-SF 2016-2025)
43
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Q95 por sub-bacia para o período de 1931 a 2001 (PRH-SF 2004-2013) e
atualização para o período de 1931 a 2013 (PRH-SF 2016-2025)
44
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
45
Vazão média Q50
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
46
Q90 Q95 Q7,10
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
• A disponibilidade superficial foi estimada para o período 1931-2013, traduzindo-se
numa vazão média de 2.790 m3/s e numa vazão de permanência Q95 de 811 m3/s.
• Estes valores são próximos, ainda que ligeiramente inferiores, dos obtidos no Plano
Decenal 2004-2013 para a bacia.
47
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUPERFICIAIS
Região fisiográfica Vazão média (m3/s)
Vazão de
permanência Q95
(m3/s)
Alto São Francisco 1039 288
Médio São Francisco 1671 510
Submédio São Francisco 65 11
Baixo São Francisco 16 1
BHSF (período 1931-2013) 2.790 811
Resumo das vazões médias e de permanência Q95, por região fisiográfica.
BHSF
(PRH-SF 2004-2013; período
1931-2001)
2.843,6 854
48
A estimativa de
disponibilidade subterrânea
apresenta semelhança com:
- Plano Decenal 2004-2013
(399,72 m3/s vs 318 m3/s)
- Conjuntura de Recursos
Hídricos no Brasil de 2013
(355 m3/s)
Região Reservas explotáveis
(m3/s)*
Alto 112,58
Médio 245,75
Submédio 27,37
Baixo 14,00
BHSF 399,72
DISPONIBILIDADE - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
* 20% das reservas renováveis
5. USOS E BALANÇO HÍDRICO
CADASTRO DE OUTORGAS
50
Órgão
responsável
N.º outorgas Vazão outorgada
(m3/s) Finalidade predominante
Sup. Subt. Ind. Sup. Subt. Ind.
ANA 2.411 250,9 Irrigação (176,4 m3/s)
INEMA 726 2.035 192 159,2 12,5 88,7 Irrigação (244,8 m3/s)
IGAM 1.514 4.897 - 129,6 27,6 -
Outorga Sup.: Irrigação (87,7 m3/s)
Outorga Subt.: Abast. Públ. / Cons.
Humano (3,7+3,8 m3/s)
APAC 284 n.d. - 0,9 n.d. - Abast. Públ. (0,8 m3/s)
SEMARH-AL 19 13 53 0,86 0,06 3,42 Outorga Sup.: Irrigação (0,80 m3/s)
Outorga Subt.: Abast. Ind. (0,04 m3/s)
SEMARH-SE 9 3 - 0,2 0,02 -
Outorga superficial: Irrigação (0,13 m3/s)
Outorga subterrânea: Cons. Humano
(0,02 m3/s)
ADASA n.d. n.d. - 7,6 0,1 - Irrigação (5,6 m3/s)
Fontes: ANA, 2015b; INEMA, 2015; IGAM, 2015; APAC, 2015; SEMARH-AL, 2010; SEMARH-SE, 2015;
ECOPLAN, 2012.
Legenda: Sup. = Superficial; Subt. = Subterrânea; Ind. = Indeterminado (não preenchido); n.d. = dados não
disponíveis.
Vazões máximas outorgadas
(2014)
681,7 m³/s (12.156 pontos de
outorgas superficiais ou
subterrâneas)
Vazões máximas de captação
(PRH-SF 2004-2013)
582 m³/s
Vazão outorgada total para uso
consuntivo
(Conjuntura dos Recursos Hídricos
no Brasil 2013)
686,96 m³/s
Outorgas emitidas na BHSF, válidas em 2014.
As diferenças nos valores poderão justificar-se pela ausência de dados
(órgãos gestores estaduais de GO e DF não disponibilizaram os respectivos cadastros de outorgas e a
APAC não cedeu os dados de outorgas subterrâneas) e pelo fato de as vazões outorgadas pela ANA e
pela APAC incluírem aspectos de sazonalidade.
OUTORGAS POR SECTOR
51
76%
8%
4%
1% 11%
Irrigação
Abastecimento público (e consumo humano)
Indústria e mineração
Pesca e aquicultura
Criação animal
Diluição de ef luentes
Geração de energia
Outros usos (e usos indeterminados)
Fontes: ANA, 2015; INEMA, 2015; IGAM, 2015; APAC, 2015; SEMARH-AL, 2010;
SEMARH-SE, 2015; ECOPLAN, 2012.
Distribuição das vazões outorgadas na BHSF Vazões outorgadas:
Irrigação – 521,1 m3/s;
Abastecimento público (e consumo
humano) – 52,5 m3/s;
Indústria e mineração – 28,1 m3/s;
Pesca e aqüicultura – 3,4 m3/s;
Criação animal – 1,8 m3/s;
Diluição de efluentes – 0,8 m3/s;
Geração de energia – 0,1 m3/s;
Outros usos (e usos indeterminados)
– 73,8 m3/s.
52
LOCALIZAÇÃO DAS OUTORGAS
DEMANDAS DE RECURSOS HÍDRICOS
53
Possíveis explicações para a
diferença outorgas vs.
demandas: • Superdimensionamento das
outorgas;
• Otimização do uso das águas
devido a um aumento da eficiência
nas tecnologias de irrigação.
Explicações dadas pelo
anterior plano (que poderão
aplicar-se ao plano atual): • “Muito provavelmente essa
diferença seja devida,
principalmente, às dificuldades para
a implantação ou conclusão dos
projetos existentes”;
• Ela evidencia “uma necessidade
de definição de critérios adequados
e aumento da eficiência do sistema
de análise de outorgas” e “aponta
também a necessidade de iniciar, de
imediato, um processo de revisão
negociada das outorgas já
concedidas”.
Região
Fisiográfica Ano
Vazão de retirada (m3/s)
Urbano Rural Irrigação Animal Industrial Total
Alto 2000 18,033 0,550 7,704 2,022 13,823 42,132
2010 19,420 0,535 17,681 2,842 17,884 58,362
Médio 2000 4,353 1,482 45,143 3,343 0,637 54,958
2010 5,966 1,534 89,807 5,343 0,871 103,521
Submédio 2000 2,621 0,974 50,211 0,791 0,451 55,048
2010 3,777 1,014 95,787 1,261 0,629 102,468
Baixo 2000 1,027 0,765 10,956 0,539 0,342 13,629
2010 2,150 0,637 10,529 0,765 0,435 14,516
Evolução das demandas dos diferentes usos consuntivos.
Fonte: ANA, 2004 e 2013a.
A demanda total de recursos hídricos (278,8 m3/s) teve um crescimento
de 68% face à demanda total em 2000, estimada pelo PRH-SF 2004-2013
(165,8 m3/s).
Diferença relativamente ao efetivamente cadastrado e outorgado, estimado
em 677,4 m3/s (de acordo com os dados disponíveis).
54
Metodologia
Indicadores:
Balanço superficial: Razão Demanda / Q95
• Razão < 5% - Excelente.
• Razão entre 5 e 10% - Confortável,
• Razão entre 10 e 20% - Preocupante;
• Razão entre 20% e 40% - Crítica;
• Razão entre > 40% - Muito crítica.
Balanço subterrâneo: Razão Demanda / Vazão explotável (20% da recarga)
• Razão < 10% - Excelente.
• Razão entre 10 e 40% - Confortável,
• Razão entre 40 e 60% - Preocupante;
• Razão entre 60% e 100% - Crítica;
• Razão entre > 100% - Muito crítica.
Modelação matemática
Modelo ACQUANET 2013
BALANÇO HÍDRICO
55 55
Modelação matemática
Modelo ACQUANET 2013
O 6 maiores reservatórios do curso principal foram considerados individualmente.
Os reservatórios de menor dimensão em cada bacia foram agregados num
único.
Resolução espacial: 40 bacias
• 34 bacias afluentes ao curso principal
• 6 troços do curso principal
BALANÇO HÍDRICO
56
SFRA
NC
01
PA
RA
SF 01
PA
RA
OP
EBA
01
SFRA
NC
02
M
SFRA
NC
02
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3
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I,II,IIIX
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NC
11
SFRA
NC
09
SFRA
NC
10
SF SOB
-ITAP
SF PA
-XIN
G
Reservató
rio
Reservató
rio fictício
represen
tand
o vário
s reservató
rios d
e peq
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a dim
ensão
Aflu
ência d
e água
Utilização
de águ
a
LEGEN
DA
41
02
00
02
; D=5
33
km; A
=50
81
6 km
2
41
13
50
00
; D=6
38
km; A
=62
20
0 km
2
43
20
00
00
; D=7
91
km; A
=15
40
00
km2
42
21
00
00
; D=7
45
km; A
=10
70
00
km2
44
20
00
00
; D=8
69
km; A
=18
40
00
km2
44
29
00
02
; D=9
38
km; A
=19
40
00
km2
45
29
80
00
; D=1
11
1 km
; A=2
54
00
0 km
2
46
03
50
00
; D=1
27
9 km
; A=3
09
00
0 km
2
46
36
00
00
; D=1
46
2 km
; A=3
45
00
0 km
2
48
02
00
00
; D=1
92
9 km
; A=5
16
00
0 km
2
48590000; D=2160 km; A=561000 km2
49030000; D=2331 km; A=592000 km2
49330000; D=2447 km; A=610000 km2
49660000; D=2549 km; A=630000 km2
Estação flu
viom
étrica (cód
igo, d
istância à
nascen
te e área da b
acia hid
rográfica)
Esquema conceptual adotado na simulação
SFRANC 01
PARA SF 01
PARAOPEBA 01
SFRANC 02 M
SFRANC 02 JSFRANC 03
VELHAS 01
JEQUITAI 01
PAQUII 01
PARACATU 01
PARACATU 02
URUCUIA 01
TMARIAS
VERDE GR 01
CARINHANHA 01
SFRANC 05
SFRANC 07
SFRANC 04
CORRENTE 01
GRANDE SF 01
GRANDE SF 02
SFRANC06
SOBRAD
SF TMA-SOB
ITAP
SALITRE 01 CURACA 01 MACURE 01
PONTAL 01
BRIGIDA 01
GARÇAS 01 TERRANOVA 01
PAJEU 01
MOXOTÓ SFRANC 08
CURITUBA 01
PA IV
PA I,II,III XINGÓMOXOTÓ
SFRANC 11
SFRANC 09
SFRANC 10
SF SOB-ITAP SF PA-XING
Reservatório
Reservatório fictício representando vários reservatórios de pequena dimensão
Afluência de água
Utilização de água
LEGENDA41020002; D=533 km; A=50816 km2
41135000; D=638 km; A=62200 km2
43200000; D=791 km; A=154000 km2
42210000; D=745 km; A=107000 km2
44200000; D=869 km; A=184000 km2
44290002; D=938 km; A=194000 km2
45298000; D=1111 km; A=254000 km2
46035000; D=1279 km; A=309000 km2
46360000; D=1462 km; A=345000 km2
48020000; D=1929 km; A=516000 km2
48
59
00
00
; D=2
16
0 k
m; A
=56
10
00
km
2
49
03
00
00
; D=2
33
1 k
m; A
=59
20
00
km
2
49
33
00
00
; D=2
44
7 k
m; A
=61
00
00
km
2
49
66
00
00
; D=2
54
9 k
m; A
=63
00
00
km
2
Estação fluviométrica (código, distância à nascente e área da bacia hidrográfica)
57 57
TAD - Tempo máximo abaixo da demanda (# meses);
FAD - Frequência abaixo da demanda (%);
VAD - Volume acumulado de déficits (Mm³);
Dmed - Demanda média necessária (m³/s);
VZF - Vazão média fornecida (m³/s) ;
VZF - Vazão média fornecida (% da demanda média necessária);
VFF - Vazão média fornecida quando ocorrem falhas (m³/s);
VZmin - Vazão mínima (m³/s).
BALANÇO HÍDRICO
58
S FRANC 01 Excelente Confortável Confortável
PARA SF 01 Preocupante Confortável Confortável
PARAOPEBA 01 Preocupante Confortável Confortável
SFRANC O2 MONT Confortável Confortável Confortável
SFRANC O2 JUS Excelente Confortável
VELHAS 01 Crítica Confortável Excelente
S FRANC 03 Excelente Confortável Excelente
JEQUITAI 01 Crítica Preocupante Excelente
PARACATU 01 Preocupante Preocupante Excelente
PARACATU 02 Crítica Confortável Excelente
PACUI 01 Confortável Confortável Excelente
URUCUIA 01 Preocupante Confortável Excelente
VERDE GR 01 Mto Crítica Crítica Confortável
S FRANC 04 Preocupante Crítica Crítica
Sub-bacia
Balanço hídrico superficial
Balanço hídrico subterrâneo Razão Demanda vs Q95 Modelação matemática
59
CARINHANHA 01 Excelente Confortável Excelente
CORRENTE 01 Confortável Preocupante Excelente
GRANDE SF 01 Preocupante Confortável Excelente
GRANDE SF 02 Excelente Confortável Confortável
S FRANC 05 Mto Crítica Crítica Mto Crítica
S FRANC 07 Mto Crítica Crítica Confortável
S FRANC 06 Mto Crítica Crítica Mto Crítica
SALITRE 01 Mto Crítica Crítica Confortável
PONTAL 01 Mto Crítica Crítica Mto Crítica
GARÇAS 01 Crítica Crítica Mto Crítica
CURACA 01 Mto Crítica Crítica Mto Crítica
BRÍGIDA 01 Mto Crítica Crítica Confortável
TERRA NOVA 01 Mto Crítica Crítica Excelente
MACURURE 01 Mto Crítica Crítica Mto Critico
PAJEU 01 Mto Crítica Crítica Excelente
MOXOTO 01 Mto Crítica Crítica Excelente
CURITUBA 01 Excelente Crítica Preocupante
S FRANC 08 Excelente Confortável Preocupante
S FRANC 09 Mto Crítica Preocupante Confortável
S FRANC 10 Mto Crítica Crítico Excelente
S FRANC 11 Mto Crítica Confortável Excelente
Sub-bacia
Balanço hídrico superficial
Balanço hídrico subterrâneo Razão Demanda vs Q95 Modelação matemática
6. PARTICIPAÇÃO SOCIAL
OBJETIVOS E INSTRUMENTOS
61
Objetivos da dimensão da participação social na fase de Diagnóstico:
• Divulgar que se encontra em curso a atualização do PRH-SF;
• Obter diagnósticos da participação social para as quatro regiões fisiográficas;
• Fortalecer os diagnósticos da dimensão técnico-institucional (relatório RT1-A)
Instrumentos:
1. Eventos presenciais de participação social: oficinas setoriais
2. Eventos presenciais de participação social: consultas públicas
3. Questionários
4. Entrevistas, reuniões e debate institucional
5. Análise da mídia (imprensa escrita, opinião pública e publicada)
EVENTOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
62
12 consultas públicas
(3 por região fisiográfica)
21 oficinas setoriais
(5 por região fisiog. + 1 extra)
PARTICIPAÇÃO
63
33 sessões realizadas (21 oficinas setoriais + 12 sessões de consulta pública)
Total questionários recebidos: 1.126 questionários (233 variáveis)
+ 15%
+ 87%
+ 33%
64
ENTREVISTAS, REUNIÕES E DEBATE INSTITUCIONAL
• Cerca 100 entrevistas, reuniões e debates institucionais (dezenas de
entidades diversas)
• Cerca 20 reuniões de acompanhamento (centenas de engenheiros,
técnicos, altos funcionários e representantes institucionais de diversos
setores)
ANÁLISE DA MÍDIA
• Opinião pública e publicada sobre bacia São Francisco: 490 publicações
(jan – jun 2015)
• Movimentos sociais e manifestações públicas de opinião: 150 publicações
(mar 2011 – jun 2015)
PARTICIPAÇÃO
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
66
• Relatório de Diagnóstico da Dimensão Técnica e Institucional: concluído no prazo previsto; inclui todos os elementos elencados no Termo de Referência.
• Relatório de Diagnóstico da Participação Social:
concluído no prazo previsto (Junho de 2015); inclui todos os elementos elencados no Termo de Referência.
• Relatório Consolidado da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: a concluir no final de Julho de 2015; desenvolvimento dependente da conclusão e aprovação dos diagnósticos parciais pelo GAT e CBHSF.
• Relatório de Cenários de Desenvolvimento e Prognósticos:
em curso; desenvolvimento dependente da conclusão e aprovação dos diagnósticos pelo GAT e CBHSF.
OBRIGADO
Sede (Portugal): Campus do Lumiar - Estrada do Paço do Lumiar,
Edifício D, 1649-038 Lisboa
Filial Brasil: Avenida Santa Luzia, n.º 1136, sala 506, Horto
Florestal, Salvador – Bahia, CEP 40295-50
www.nemus.pt