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_____________________________________________________________________________________ RMS Engenharia Frota Fortes Engenharia Ltda Av. Santos Dumont, 1789 – SL 515 Aldeota – Fortaleza/CE PABX: (85) 3224 2715 C C O O N N V V Ê Ê N N I I O O D D E E C C O O O O E E R R A A Ç Ç Ã Ã O O T T É É C C N N I I C C A A F F U U N N D D A A Ç Ç Ã Ã O O N N A A C C I I O O N N A A L L D D E E S S A A Ú Ú D D E E / / R R E E F F E E I I T T U U R R A A M M U U N N I I C C I I A A L L D D E E L L I I M M O O E E I I R R O O D D O O N N O O R R T T E E L L A A N N O O D D E E S S A A N N E E A A M M E E N N T T O O B B Á Á S S I I C C O O D D E E L L I I M M O O E E I I R R O O D D O O N N O O R R T T E E / / C C E E R R O O D D U U T T O O 2 2 - - R R E E L L A A T T Ó Ó R R I I O O D D E E D D I I A A G G N N Ó Ó S S T T I I C C O O S S I I T T U U A A C C I I O O N N A A L L - - R R D D S S V V O O L L U U M M E E I I I I - - D D I I A A G G N N Ó Ó S S T T I I C C O O D D O O S S S S E E R R V V I I Ç Ç O O S S D D E E A A B B A A S S T T E E C C I I M M E E N N T T O O D D E E Á Á G G U U A A O O T T Á Á V V E E L L J J A A N N E E I I R R O O / / 2 2 0 0 0 0 9 9

PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE LIMOEIRO DO NORTE … · nacionais para o setor de saneamento no Brasil. Nesta Lei, o conceito de saneamento básico (ou ambiental) foi ampliado para

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PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA Francisco Danilo Bastos Forte

COORDENAÇÃO REGIONAL DO CEARÁ – FUNASA Guaracy Diniz de Aguiar

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE João Dilmar da Silva

SERVIÇO AUTONOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE LIMOEIRO DO NORTE - SAAE Antônio Mauro da Costa

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO URBANO – SEMID José Guilherme da Silva

APOIO NA ELABORAÇÃO DO PMSB Empresa Frota Fortes Engenharia Ltda (RMS Engenharia) COORDENADOR DA EQUIPE TÉCNICA – RMS Engenharia Iran Eduardo Lima Neto

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ÍNDICE GERAL

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................1

1. INTRODUÇÃO AO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE LIMOEIRO

DO NORTE – CE .....................................................................................................................2

2. METODOLOGIA DE TRABALHO ..............................................................................4

3. SAAE DO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE................................................7

3.1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS ...................................................................... 7

3.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................. 9

3.3. RECURSOS HUMANOS................................................................................... 9

3.4. VEÍCULOS ....................................................................................................... 10

4. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA..........................................................11

4.1. SISTEMA PRINCIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................... 12

4.2. SISTEMAS ALTERNATIVOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........ 22

5. RECURSOS HÍDRICOS ...............................................................................................32

5.1. Águas Superficiais ............................................................................................ 38

5.2. Águas Subterrâneas.......................................................................................... 42

6. ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO

URBANO – PDDU DE LIMOEIRO DO NORTE...............................................................53

7. AVALIAÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL DAS ALTERNATIVAS

DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE LIMOEIRO DO NORTE..................................55

7.1. ÁREA TÉCNICO-OPERACIONAL .............................................................. 55

7.1.1. Sistema Principal .................................................................................. 55 7.1.2. Sistemas Alternativos ........................................................................... 55 7.1.3. Continuidade e pressão disponível na rede ........................................ 56 7.1.4. Controle de Perdas ............................................................................... 57

7.2. ÁREA DE QUALIDADE DE ÁGUA ............................................................. 57

7.3. ÁREA GERENCIAL........................................................................................ 59

7.3.1. Escritório / Loja de Atendimento........................................................ 59

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7.3.2. Sistema de informações, divulgação das ações e controle social ...... 60 7.3.3. Critérios de interrupção dos serviços ................................................. 61 7.3.4. Indicadores de desempenho................................................................. 62 7.3.5. Índice de cobertura............................................................................... 69

7.4. ESTRUTURA TARIFÁRIA ............................................................................ 70

8. RETORNO DA SOCIEDADE (LEITURA COMUNITÁRIA) .................................72

9. PROGRAMA DE MELHORIAS SANITÁRIAS - FUNASA ....................................75

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................76

ANEXO I .................................................................................................................................78

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LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 – Organograma SAAE................................................................................. 9 Figura 4.1 – Sistemas de Abastecimento de Água de Limoeiro do Norte ............... 11 Figura 4.2 – Vista Superior do Poço de Sucção no Rio Quixeré .............................. 12 Figura 4.3 – Vista Frontal do Poço de Sucção no Rio Quixeré ................................ 13 Figura 4.4 – Vista da Estação Elevatória na Captação ............................................. 13 Figura 4.5 – Estação de Tratamento de Água – ETA ............................................... 14 Figura 4.6 – Floculador da ETA ................................................................................. 15 Figura 4.7 – Vista dos Filtros e Decantadores da ETA ............................................. 15 Figura 4.8 – Laboratório na ETA ............................................................................... 16 Figura 4.9 – Tanques dosadores .................................................................................. 16 Figura 4.10 – Cloração ................................................................................................. 17 Figura 4.11 – Armazenamento de produtos químicos na ETA ................................ 17 Figura 4.12 – EE-02 na ETA ....................................................................................... 19 Figura 4.13 – EE-03 na ETA ....................................................................................... 19 Figura 4.14 – RENT na ETA ....................................................................................... 20 Figura 4.15 – RAP-02 no bairro Cidade Alta ............................................................ 20 Figura 4.16 – REL da Sede no bairro Populares ....................................................... 21 Figura 4.17 – REL no bairro Cidade Alta.................................................................. 21 Figura 4.18 – Captação no SAA alternativo de Genipareiro.................................... 23 Figura 4.19 – Captação no SAA alternativo de Cabeça Preta.................................. 23

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Figura 4.20 – Captação através de poço tubular em Pedra Branca ........................ 24 Figura 4.21 – Captação através de poço em Tabuleiro Alto..................................... 24 Figura 4.22 – Clorador de pastilhas na entrada do REL em Pedra Branca ........... 25 Figura 4.23 – Filtro e clorador de pastilhas no sistema de Genipapeiro ................. 25 Figura 4.24 – Filtro e clorador de pastilhas no sistema de Cabeça Preta ............... 26 Figura 4.25 – Clorador de pastilhas no sistema de Cabeça de Santa Cruz............. 26 Figura 4.26 – EE no sistema alternativo da comunidade Genipapeiro ................... 27 Figura 4.27 – EE do sistema alternativo da comunidade Cabeça Preta.................. 28 Figura 4.28 – RAP na comunidade Cabeça Preta ..................................................... 28 Figura 4.29 – REL da Comunidade Pedra Branca.................................................... 29 Figura 4.30 – REL na comunidade Tabuleiro Alto ................................................... 29 Figura 4.31 – REL na comunidade Canto Grande.................................................... 30 Figura 5.1 – Bacia do Baixo Jaguaribe ....................................................................... 32 Figura 5.2 – Integração dos âmbitos do planejamento ............................................. 37 Figura 5.3 – Integração dos âmbitos de planejamento por coordenação ................ 38 Figura 5.4 – Mananciais do Município de Limoeiro do Norte ................................. 39 Figura 5.5 – Mapa de Disponibilidade Hídrica de Limoeiro do Norte .................... 40 Figura 5.6 – Disposição dos poços cadastrados pela CPRM no município de Limoeiro do Norte ........................................................................................................ 43 Figura 7.1 – Escritório/Loja de Atendimento na sede de Limoeiro do Norte ......... 60 Figura 7.2 – Modelo da conta de água ........................................................................ 61 Figura 7.3 – Gráfico da quantidade de domicílios por tipo de abastecimento de água ................................................................................................................................ 65 Figura 7.4 – Índices de Faturamento e Perdas do SAAE no ano de 2006. .............. 66

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LISTA DE TABELAS

Tabela 7.1 – Quantidade de ligações de água............................................................. 62 Tabela 7.2 – Hidrometração ........................................................................................ 64 Tabela 7.3 – Volume de água distribuída por dia...................................................... 65

LISTA DE QUADROS

Quadro 3.1 – Localidades assistidas pelo SAAE.......................................................... 8 Quadro 3.2 – Alocação dos funcionários do SAAE por função................................ 10 Quadro 3.3 – Veículos a disposição do SAAE. ........................................................... 10 Quadro 4.1 - Estações Elevatórias............................................................................... 18 Quadro 4.2 - Reservatórios .......................................................................................... 18 Quadro 4.3 - Adutoras ................................................................................................. 18 Quadro 4.4 - Reservatórios .......................................................................................... 27 Quadro 4.5 – Convênio firmado entra a FUNASA e o Município de Limoeiro do Norte .............................................................................................................................. 31 Quadro 5.1 - Adutoras ................................................................................................. 40 Quadro 5.2 – Relação dos poços cadastrados pela CPRM no município de Limoeiro do Norte ........................................................................................................ 44 Quadro 6.1 – Recursos Hídricos.................................................................................. 53 Quadro 7.1 – Resultados das amostras físico-químicas e bacteriológicas coletadas na rede de distribuição e verificação quanto ao atendimento dos padrões de potabilidade da Portaria MS 518/04. .......................................................................... 58

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Quadro 7.2 – Atendimento da rede de abastecimento de água por localidade....... 63 Quadro 7.3 – Média do Indicador de Cobertura das Operadoras Estaduais, e das Municipais, Públicas e Privadas, em 2003.................................................................. 66 Quadro 7.4 – Indicadores de qualidade sobre continuidade e regularidade no fornecimento de água. .................................................................................................. 69 Quadro 7.5 – Estrutura tarifária do SAAE................................................................ 71 Quadro 8.1 - Resultados dos Seminários realizados no Município de Limoeiro do Norte referente ao sistema de abastecimento de água............................................... 72

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O presente documento consiste no Produto 2 - Relatório de Diagnóstico

Situacional – RDS do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB de Limoeiro do

Norte, elaborado no âmbito do contrato firmado entre a Frota Fortes Engenharia Ltda.

(RMS Engenharia) e a Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte – CE, com base no

convênio consolidado com a Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, órgão federal

ligado ao Ministério da Saúde. A relação completa dos produtos que compõem o PMSB

de Limoeiro do Norte é apresentada a seguir:

Produto 1 - Relatório de Sistema de Indicadores - RSI;

Produto 2 - Relatório de Diagnóstico Situacional - RDS;

Produto 3 - Relatório de Cenários Prospectivos e Concepção de Alternativas - RCPCA;

Produto 4 - Relatório de Compatibilização de Planos Setoriais - RCPS;

Produto 5 - Relatório de Objetivos e Metas - ROM;

Produto 6 - Relatório de Compatibilização de Planejamento - RCP;

Produto 7 - Relatório de Programas, Projetos e Ações - RPPA;

Produto 8 - Relatório de Ações Emergenciais e Contingenciais – RAEC;

Produto 9 - Relatório de Avaliação Sistemática de Programação – RASP;

Relatórios Mensais:

Relatório de Mecanismos de Participação da Sociedade – RMPS

Relatório Mensal de Andamento da Elaboração do PMSB – RMA

APRESENTAÇÃO

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1. INTRODUÇÃO AO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE LIMOEIRO

DO NORTE – CE

Aprovada em janeiro de 2007, a Lei Federal nº 11.445/07 estabelece diretrizes

nacionais para o setor de saneamento no Brasil. Nesta Lei, o conceito de saneamento

básico (ou ambiental) foi ampliado para abranger não apenas o abastecimento de água

potável e o esgotamento sanitário, mas também, a limpeza urbana e o manejo de

resíduos sólidos e o manejo e a drenagem de águas pluviais urbanas. Com o advento da

aprovação da Lei 11.445/07, o setor de saneamento passou a ter um marco legal e contar

com novas perspectivas de investimento por parte do Governo Federal, baseado em

princípios da eficiência e sustentabilidade econômica, controle social, segurança,

qualidade e regularidade, buscando fundamentalmente a universalização dos serviços,

de modo a desenvolver nos municípios o Plano Municipal de Saneamento Básico -

PMSB.

Segundo dados constantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE, a abrangência dos serviços de saneamento básico no país ainda é caracterizada

por desigualdades regionais, sendo a Região Norte seguida da Região Nordeste as que

apresentam níveis mais baixos de atendimento. Em conseqüência disso, os municípios

localizados nestas regiões são marcados por elevados índices de doenças relacionadas à

inexistência ou ineficiência de serviços de saneamento básico.

Visando minimizar tais problemas sanitários, o Governo Federal, por meio da

Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, em parceria com a Prefeitura Municipal de

Limoeiro do Norte, estabeleceram Convênio de Cooperação Técnica para a elaboração

do PMSB, como forma de fortalecer o mecanismo do planejamento das ações de

saneamento com a participação popular atendendo aos princípios da política nacional de

saneamento básico (Lei nº 11.445/07), objetivando melhorar a salubridade ambiental,

proteger o meio ambiente e promover a saúde pública, com vistas no desenvolvimento

sustentável do Município.

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Sendo assim, a Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte, consciente da grave

problemática que envolve as questões referentes ao processo de desenvolvimento

urbano das últimas décadas, tendo como conseqüência problemas ambientais e sociais

decorrentes, dentre outros, da insuficiência de serviços de saneamento básico, vem

centralizando esforços com o propósito de realizar ações integradas referentes ao setor

em pauta, focalizando os diversos problemas resultantes das condições de saneamento

existentes no município.

O gerenciamento integrado revela-se com a atuação de subsistemas específicos,

através de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, segundo a

visão de que todas as ações e operações envolvidas encontram-se interligadas,

comprometidas entre si e necessitam da participação efetiva da comunidade no

processo, atuando como agente transformador no contexto do saneamento básico.

Dentro dessa premissa, está sendo elaborado o Plano Municipal de Saneamento Básico

de Limoeiro do Norte.

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2. METODOLOGIA DE TRABALHO

O Relatório de Diagnóstico Situacional – RDS foi elaborado por uma equipe

multidisciplinar com visão de trabalho interdisciplinar, envolvendo técnicos de diversas

áreas.

Esse relatório compreende os diagnósticos dos serviços públicos de saneamento

básico do Município de Limoeiro do Norte, organizados em 05 (cinco) volumes

distintos denominados de subprodutos, assim discriminados:

• Diagnóstico Sócio-Econômico e Ambiental – Volume I;

• Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água - Volume II;

• Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário - Volume III;

• Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos -

Volume IV;

• Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas -

Volume V.

A metodologia de trabalho envolveu simultaneamente duas vertentes: os

diagnósticos detalhados de cada setor do saneamento básico no Município de Limoeiro

do Norte, a partir dos quais se obteve informações indispensáveis para os gestores

públicos auxiliando nas tomadas de decisões, bem como uma discussão com vários

setores da sociedade, visando garantir a integridade das ações a serem empreendidas.

A área de abrangência do trabalho englobou as zonas urbana e rural do

Município. Vale salientar, que os temas foram tratados sob o ponto de vista dos seus

inter-relacionamentos, o que permite uma visão integrada da área e constituem fontes de

informações fundamentais para o planejamento territorial. Essa sistemática inclui o

desenvolvimento do trabalho participativo com a comunidade local em várias etapas e

em diversos níveis de envolvimento, onde foram discutidas as diretrizes do Plano

Municipal de Saneamento Básico – PMSB em reunião pública com a participação dos

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diversos segmentos da sociedade na busca de uma melhor qualidade de vida para a

população, visando à otimização dos recursos públicos, em consonância com a política

nacional de saneamento básico.

Na verdade, o que define o ritmo do trabalho é a participação popular ao longo

de todo o processo de elaboração do Plano. Somente após a realização da Conferência

no Município, é que os diagnósticos foram concluídos devido ser necessário um

feedback com a comunidade a fim de constar nos relatórios os anseios e expectativas da

população quanto ao saneamento básico e suas implicações na qualidade de vida local e

no meio ambiente. Nessa fase do trabalho, já foram realizadas reuniões e constituído o

Grupo Executivo, Grupo Consultivo, Fórum sobre o desenvolvimento do PMSB,

criação do Conselho Popular e Eleição dos Delegados. Cada representante tem suas

atribuições e responsabilidades dentro do processo. Como critério, os delegados eleitos

e escolhidos são membros de entidades civis organizadas na localidade, tendo como

função representar o distrito de Bixopá e as comunidades da sede urbana e rural do

Município. Para tanto, os delegados passaram por uma capacitação que foi realizada no

Município com a abordagem temática do saneamento ambiental por meio de exposições

de técnicos dos diversos setores e questões relativas à mobilização social com entrega

de cartilhas, desenvolvimento de dinâmicas de grupo e roteiro relativo a cada setor do

saneamento básico (Apêndice), com linguagem acessível, para reflexão da comunidade

acerca do PMSB.

Contudo, para a elaboração dos diagnósticos, além da sistemática de

participação popular inerente ao processo, foram consultados os diversos órgãos da

Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte, responsáveis pela gestão e gerenciamento

de cada setor do saneamento básico na localidade. Dessa maneira, foram identificadas a

caracterização dos sistemas, suas necessidades e problemática quanto à regularização,

controle e fiscalização dos serviços de saneamento básico. Os diagnósticos foram

elaborados com base em informações bibliográficas, inspeção de campo, entrevista com

técnicos responsáveis pela operação dos serviços de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos e drenagem e

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manejo de águas pluviais. Como também, em dados secundários coletados nos órgãos

públicos que trabalham com o assunto, por meio de questionários desenvolvidos para

cada setor (Apêndice).

É importante ressaltar, que nos relatórios constam uma análise crítica da situação

dos referidos sistemas, levantamento fotográfico georeferenciado e croquis dos sistemas

visitados. A coleta de dados abrangeu informações geoambientais, caracterização da

prestação dos serviços públicos de saneamento básico, considerando as especificidades

locais e as relativas a cada setor.

Por fim, foi feita uma análise da situação operacional atual dos diversos

sistemas, contextualizando o sistema de gerenciamento e o desenvolvimento local

sustentável, observando a aplicação às normas e a legislação federal, estadual e

municipal que estabelecem as estratégias, as diretrizes e as políticas para o setor.

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3. SAAE DO MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTE

3.1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS

O SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO de Limoeiro do Norte é

uma autarquia municipal, criada oficialmente através da Lei n° 053/65 (Anexo I), com o

objetivo principal de fornecer água para consumo humano à cidade de Limoeiro do

Norte, na época com uma população de aproximadamente 5.000 habitantes.

A Lei n° 053/65 além de criar o SAAE de Limoeiro, versou sobre as

competências atribuídas à autarquia, dentre elas:

Art 2º, alínea c):

c) operar, manter, conservar e explorar, diretamente, os serviços água potável e

de esgotos sanitários;

É pertinente destacar também abordagens sobre a administração do SAAE,

provisão de receitas, taxas fixadas em termos de percentuais sobre o valor do salário

mínimo da região, obrigações de proprietários de imóveis e a vedação da concessão de

isenção ou redução de taxas. A Lei não dispôs sobre a política tarifária para os setores

de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a qual será estabelecida em

regulamente (artigo 6º).

O sistema de abastecimento de água gerenciado pelo SAAE foi construído pelo

Departamento Nacional de Obras de Combate as Secas – DNOCS, e posteriormente, foi

criada a Autarquia para ser administrada pela MS-FUNDAÇÃO SERVIÇOS DE

SAÚDE PÚBLICA (FSESP), hoje FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

(FUNASA).

O SAAE, segundo dados disponibilizados, atende aproximadamente 90% da

população do Município de Limoeiro do Norte, totalizando 14.312 de ligações tarifadas

(ligadas).

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Atualmente são assistidas pelo SAAE com pequenas redes de água tratada, mais

de 30 localidades, conforme descrito no Quadro 3.1.

Quadro 3.1 – Localidades assistidas pelo SAAE.

LOCALIDADE

Arraial Bixopá

Bom Fim Cabeça de Santa Cruz

Cabeça Preto Canafístula

Canto Grande Carbomil

Cidade Alta Congo

Córrego de Areia Danças Espinho

Gangorra Genipapeiro

Ilha Ingarana Km 60 Km 69

Lagoa das Carnaúbas Malhada

Maria Dias Morros e Pitombeira

Pedra Branca Santa Fé

Santa Maria São Raimundo

Sapé Saquinho

Sede Setor “R” Setor “S”

Setores Irrigados NH-3, NH-4, NH-5, NH-6 Tabuleiro Alto

Tomé Triângulo do Bixopá

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte, 2008

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3.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A administração do SAAE de Limoeiro do Norte é exercida pelo seu

Superintendente e dissociada em dois setores sob a responsabilidade de coordenadores

subordinados ao Superintendente.

A Coordenadoria Administrativa é responsável pelo setor pessoal, controle de

estoque, controle de faturas e medições de consumo. A Coordenadoria de Operações e

Manutenção é encarregada pela área de operação e manutenção dos serviços técnicos de

saneamento, seja em níveis de planejamento ou serviços realizados em campo. A

estrutura organizacional está demonstrada na Figura 3.1.

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte, 2008, <http:www.limoeiro.com.br/organograma.htm>.

Figura 3.1 – Organograma SAAE

3.3. RECURSOS HUMANOS

O SAAE de Limoeiro apresenta atualmente no seu quadro, um total de 16

funcionários efetivos, 03 comissionados e mais 41 terceirizados ou da Prefeitura

distribuídos nas áreas de operação e administração. Os funcionários próprios estão

distribuídos nos seguintes cargos: Superintendente, Coordenador Administrativo,

Coordenador Técnico, 03 Assistente de Administração, Auxiliar de Serviços Gerais, 03

Leituristas, 02 Encanadores, 03 Serventes, 02 Artífices, Contra-mestre e Operador de

sistema.

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Do total de 19 (dezenove) funcionários, 21,1% encontram-se alocados na área

administrativa, 63,2% na área operacional e 15,8% na gerência, conforme distribuição

no Quadro 3.2.

Quadro 3.2 – Alocação dos funcionários do SAAE por função. Função % Quantidade

Administrativa 21,1 4

Operacional 63,2 12

Gerência 15,8 3

Total 100,0 19

Como já mencionado, o SAAE de Limoeiro dispõe de 41 funcionários

terceirizados, contratados como prestadores de serviços, número elevado considerando a

existência de somente 16 funcionários regularmente contratados e efetivos.

O número de pessoal terceirizado representa 71,9% da quantidade de

funcionários que atuam no SAAE e significa 156,2% a mais do que os funcionários de

carreira.

3.4. VEÍCULOS

O SAAE de Limoeiro possui a sua disposição para atender os serviços 02

veículos camionetes, e uma lancha para auxiliar nos serviços realizados na área de

captação (Quadro 3.3).

Quadro 3.3 – Veículos a disposição do SAAE. Veículo Especificações Quantidade

Camionete Chevrolet S-10 1

Camionete Ford Pampa 1

Lancha Duralumínio modelo

SJ-15-BAEC 1

Total 3

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Através de inspeções de campo e entrevistas com os encarregados dos sistemas

de abastecimento de água (SAA) do município de Limoeiro do Norte, elaborou-se uma

descrição das unidades operacionais e do funcionamento dos principais sistemas em

operação (Figura 4.1).

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte, 2008 Figura 4.1 – Sistemas de Abastecimento de Água de Limoeiro do Norte

4. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

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4.1. SISTEMA PRINCIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Principal do município de

Limoeiro do Norte é composto pelas seguintes unidades operacionais:

� Manancial: Superficial:

Rio Quixeré.

� Captação:

Poço de sucção na barragem de Pedrinhas no Rio Quixeré, interligado ao leito

do rio por um canal de concreto armado (Figura 4.2 e 4.3). O bombeamento é realizado

por bombas de alta pressão com potência de 50HP (Figura 4.4) cada, com uma vazão

aproximada de 7,8m3/h, funcionando 24h por dia, com acionamento automático

comandado diretamente da ETA, por meio eletromagnético.

Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.2 – Vista Superior do Poço de Sucção no Rio Quixeré

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.3 – Vista Frontal do Poço de Sucção no Rio Quixeré

Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.4 – Vista da Estação Elevatória na Captação

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� Tratamento:

A ETA Bom Fim é composta de 1 floculador, 2 decantadores, 4 filtros e

laboratório (Figuras 4.5 a 4.8). É realizada aplicação de coagulante através de tanques

dosadores (Figura 4.9), cloro para desinfecção (Figura 4.10) e fluoreto.

As unidades do sistema se encontram em bom estado de operação e conservação,

e os produtos químicos são armazenados adequadamente na casa de química (Figura

4.11).

A lavagem dos filtros é realizada diariamente e as descargas semanalmente, já

no período invernoso a descarga passa a ser diária. Segundo os dados do SAAE, o

tempo médio gasto na lavagem dos filtros é de 15 minutos por unidade.

O funcionamento da ETA é contínuo, operando tanto no período diurno quanto

noturno, com monitoramento do bombeamento e manutenção das adutoras.

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.5 – Estação de Tratamento de Água – ETA

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Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.6 – Floculador da ETA

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.7 – Vista dos Filtros e Decantadores da ETA

Filtros

Decantadores

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Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.8 – Laboratório na ETA

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.9 – Tanques dosadores

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Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.10 – Cloração

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.11 – Armazenamento de produtos químicos na ETA

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As estações elevatórias, os reservatórios e as adutoras do SAA Principal de

Limoeiro do Norte são discriminados nos Quadros 4.1, 4.2 e 4.3, a seguir.

Quadro 4.1 - Estações Elevatórias

Estação Elevatória Função

EE-01 Captação na barragem de Pedrinhas (Figuras 4.2 e 4.3).

EE-02 Localizada na ETA Bom Fim. Recalca água do RENT para abastecer a Sede e o Bairro

Cidade Alta (Figura 4.12).

EE-03 Localizada na ETA Bom Fim. Recalca água do RENT para abastecer o distrito de

Bixopá (Figura 4.13).

Quadro 4.2 - Reservatórios Reservatórios Localização Função

RENT ETA Bom Fim Armazena água tratada na ETA (Figura 4.14).

RAP-01 Bairro Cidade Alta Recebe água tratada da ETA para o abastecimento do

Bairro Cidade Alta (Figura 4.15).

RAP-02 Espinho Armazena e fornece água para o abastecimento do distrito

de Bixopá.

REL´s Várias

Um total de 9 (nove) reservatórios elevados cumprem as

funções de armazenamento, compensação e pressurização

das redes de distribuição (Figuras 4.16 e 4.17).

Quadro 4.3 - Adutoras Adutoras Função

Água Bruta Transporta água bruta da EE-01 (captação) à ETA, distante aproximadamente 3Km.

Água Tratada As adutoras de água tratada transportam a água da ETA para reservatórios situados na

Sede da cidade, no bairro Cidade Alta e no distrito de Bixopá.

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Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.12 – EE-02 na ETA

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.13 – EE-03 na ETA

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.14 – RENT na ETA

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.15 – RAP-02 no bairro Cidade Alta

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.16 – REL da Sede no bairro Populares

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.17 – REL no bairro Cidade Alta

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Segundo o Sistema de Informações sobre Saneamento Básico – SNIS, a

extensão de rede de abastecimento de água do município de Limoeiro do Norte é de

98km, resultando em 5,79m/ligação, considerando o total de ligações. Com relação ao

diâmetro, a rede apresenta variações de diâmetro de 50 a 400mm, sendo construída com

materiais em PVC e cimento amianto.

4.2. SISTEMAS ALTERNATIVOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) alternativos existentes no

município de Limoeiro do Norte são descritos a seguir:

� Manancial:

Tanto superficiais como subterrâneas.

� Captação:

Os vários sistemas alternativos de abastecimento de água existentes no

município são compostos de:

o Captações superficiais com estações de bombeamento às margens do

manancial executando sucção direta no corpo hídrico (Figuras 4.18 e 4.19),

ou;

o Captações subterrâneas através de poços tubulares e amazonas (Figuras 4.20

e 4.21).

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.18 – Captação no SAA alternativo de Genipareiro

Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.19 – Captação no SAA alternativo de Cabeça Preta

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.20 – Captação através de poço tubular em Pedra Branca

Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.21 – Captação através de poço em Tabuleiro Alto

� Tratamento:

Poço Filtro

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O sistema de tratamento empregado na maior parte dos sistemas alternativos é

composto de filtração e clorador de pastilhas (Figuras 4.20, 4.22 a 4.25).

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.22 – Clorador de pastilhas na entrada do REL em Pedra Branca

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.23 – Filtro e clorador de pastilhas no sistema de Genipapeiro

Clorador

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.24 – Filtro e clorador de pastilhas no sistema de Cabeça Preta

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.25 – Clorador de pastilhas no sistema de Cabeça de Santa Cruz

� Estações Elevatórias:

São utilizadas estações elevatórias em alguns dos sistemas alternativos,

conforme exemplificado na Figuras 4.26 e 4.27.

Clorador

Clorador

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Quadro 4.4 - Reservatórios Reservatórios Localização Função

RAP Comunidade Cabeça

Preta

Recebe água tratada da ETA para o abastecimento da

Comunidade Cabeça Preta (Figura 4.28).

REL´s Várias

Um total de 15 (quinze) reservatórios elevados cumprem as

funções de armazenamento, compensação e pressurização

das redes de distribuição (Figuras 4.29 a 4.31).

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.26 – EE no sistema alternativo da comunidade Genipapeiro

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Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.27 – EE do sistema alternativo da comunidade Cabeça Preta

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.28 – RAP na comunidade Cabeça Preta

Elevatória

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.29 – REL da Comunidade Pedra Branca

Fonte: Visita in loco, 2008 Figura 4.30 – REL na comunidade Tabuleiro Alto

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Fonte: Visita in loco, 2008

Figura 4.31 – REL na comunidade Canto Grande

Não foram disponibilizados dados referentes à rede de distribuição dos sistemas

alternativos do município de Limoeiro do Norte, não possibilitando sua caracterização

quanto à extensão, diâmetro, entre outros.

A seguir, no Quadro 4.5, são apresentadas informações sobre 04 convênios

celebrados entre a Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte e a Fundação Nacional

de Saúde – FUNASA, para implantação de projetos na área de abastecimento de água:

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Quadro 4.5 – Convênio firmado entra a FUNASA e o Município de Limoeiro do Norte

Município: Limoeiro do Norte

Estado: CE Orgão Superior: MINISTERIO DA SAUDE

Órgão Superior

Concedente Convenente Número Nº Original

Objeto do Convênio

(Descrição - Código)

(Descrição - Código)

(Descrição - Código)

Valor Convênio

Valor Liberado

Publicação Início Vigência

Fim da Vigência

Valor Contrapartida

Data Última

Liberação

Valor Última

Liberação

623075 EP 0728/07

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA.

MINISTERIO DA SAUDE - 36000

FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - DF

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTE 200.000,00 0 21/1/2008 31/12/2007 31/12/2008 39.952,43 0

555716 CV 2558/05

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA.

MINISTERIO DA SAUDE - 36000

FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - DF

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTE 500.000,00 500.000,00 27/12/2005 9/12/2005 23/7/2008 299.811,23 25/07/2007 100.000,00

439296 CV 616/01

EXECUÇAO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA.(PROJETO ALVORADA).

MINISTERIO DA SAUDE - 36000

FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - DF

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTE 50.000,00 50.000,00 17/1/2002 31/12/2001 2/4/2004 51.527,54 08/04/2002 50.000,00

390774 EP 1845/99

IMPLANTACAO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA.

MINISTERIO DA SAUDE - 36000

FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - DF

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTE 90.000,00 90.000,00 28/1/2000 28/1/2000 27/10/2002 19.289,00 28/08/2000 45.000,00

Fonte: http://www.cgu.gov.br/convenios/

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5. RECURSOS HÍDRICOS

O município de Limoeiro do Norte se localiza na Região do Baixo Jaguaribe,

tendo em seu território o Rio Quixeré, a leste, o Rio Banabuiú e o Rio Jaguaribe, a

oeste, estando localizado na sub-bacia hidrográfica do Baixo Jaguaribe. A sede

municipal se localiza precisamente entre dois braços do Rio Jaguaribe, o Banabuiú e o

Quixeré, o que faz dela uma ilha fluvial.

Essa sub-bacia hidrográfica é formada por 09 municípios (Aracati, Fortim,

Icapuí, Itaiçaba, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Palhano, Quixeré e Russas),

possuindo uma área de drenagem de 6.875 km², correspondente a 4,64% do território

cearense, e apresentando uma capacidade de acumulação de águas superficiais de

24.000.000 milhões de m³, porém o único reservatório gerenciado pela COGERH é o

Santo Antonio de Russas (Figura 5.1).

Fonte: Atlas da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (2008) - modificado Figura 5.1 – Bacia do Baixo Jaguaribe

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Em período de seca, os rios chegavam a desaparecer, e na época de chuvas o seu

retorno se dava de forma rápida, tanto em volume quanto em extensão. No entanto,

algumas obras foram realizadas, e o Rio Jaguaribe se tornou perenizado pelos

reservatórios Médio e Alto Vale, bem como das bacias dos rios Salgado e Banabuiú.

O comitê responsável pela sub-bacia hidrográfica do Baixo Jaguaribe foi criado

através do decreto n° 25.391 de 01 de 03 de 1999 e, instalado em 16 de abril de 1999. É

um órgão colegiado, de caráter consultivo e deliberativo composto por 30 instituições

assim distribuídas: Sociedade Civil com representação de 30%, Usuários com 30%,

Poder Público Municipal com 20 % e Poder Público Estadual e Federal com 20%.

A Lei Federal 9.433/1997 entre os fundamentos da Política Nacional de

Recursos Hídricos traz:

I - a água é um bem de domínio público;

...

IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das

águas;

Entre os objetivos traz:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água,

em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

A Lei n° 9.984, de 17 de julho de 2000 criou a Agência Nacional de Águas –

ANA, entidade federal para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e

de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

A lei estabeleceu ainda as regras para atuação da ANA, definindo sua estrutura

administrativa e fontes de recursos, competência do Conselho Nacional de Recursos

Hídricos, para promover a articulação dos planejamentos: nacional, regionais, estaduais

e dos setores usuários elaborados pelas entidades que integram o Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos, formular a Política Nacional de Recursos

Hídricos, e disciplinar o instituto da outorga.

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A Lei Federal n° 11.445/2007 entre os seus princípios fundamentais da Política

Nacional de Saneamento Básico traz:

I - universalização do acesso;

...

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do

meio ambiente;

...

Ainda na Lei Federal 11.445/2007, temos como diretrizes estabelecidas na

Política Nacional de Saneamento Básico:

V - melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde

pública;

...

VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural

dispersa, inclusive mediante a utilização de soluções compatíveis com suas

características econômicas e sociais peculiares;

...

XI - estímulo à implementação de infra-estruturas e serviços comuns a

Municípios, mediante mecanismos de cooperação entre entes federados.

No Estado do Ceará, antes da década de 90, existiam algumas leis tais como a

Lei n° 10.147/77 e Lei n° 10.148/77 e o Decreto n° 14.535/81, que tratavam

principalmente da proteção contra a poluição, porém não eram específicas para recursos

hídricos.

A criação da Secretaria de Recursos Hídricos – SRH através da Lei n° 11.306 de

1º de abril de 1987, um órgão especialmente voltado para a gestão da água. Culminou

na criação da primeira lei referente a recursos hídricos no âmbito estadual, a Lei nº

11.996 de 24 de julho de 1992, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos

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Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos – SIGERH e dá

outras providências.

A referida Lei traz como princípios:

a) o gerenciamento dos Recursos Hídricos deve ser integrado, descentralizado e

participativo sem a dissociação dos aspectos qualitativos e quantitativos, considerando

as fases aérea, superficial e subterrânea do ciclo hidrológico;

...

c) a água, como recursos limitado que desempenha importante papel no

processo de desenvolvimento econômico e social, impõe custos crescentes para sua

obtenção, tornando-se um bem econômico de expressivo valor, decorrendo que:

- a cobrança pelo uso da água é entendida como fundamental para a

racionalização de seu uso e conservação e instrumento de viabilização da Política

Estadual de Recursos Hídricos;

- uso da água para fins de diluição, transporte e assimilação de esgotos urbanos

e industriais, por competir com outros usos, deve ser também objeto de cobrança.

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – COGERH foi criada através

da Lei n° 12.217, de 18 de novembro de 1993. É uma sociedade de economia mista

vinculada à Secretaria dos Recursos Hídricos, com atribuições de gerenciar os recursos

hídricos de domínio do Estado ou delegados pela União, conforme dito anteriormente.

O Projeto São José foi criado no ano de 1995 pelo Governo do Estado do Ceará,

com o objetivo de elevar a qualidade de vida e aumentar a geração de emprego e renda

da população de baixa renda, constitui-se no principal instrumento para o

desenvolvimento das áreas rurais.

Com atuação em 174 municípios cearenses, o projeto investe em infra-estrutura

básica, apoiando as associações comunitárias rurais, ajudando-as em sua própria

organização, fomentando a produção e estimulando a autonomia das comunidades no

esforço de redução da pobreza, possibilitando melhorar as condições de vida de famílias

carentes da zona rural do Estado.

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Segundo a COGERH (2008), as obras hídricas concluídas do Projeto totalizam

07 obras que beneficiaram a 1.340 famílias no município de Limoeiro, em execução

estão 05 obras, e já estão em fase de planejamento mais 06 obras para o benefício de

mais 110 famílias.

Desde sua implantação, o Projeto trouxe avanços significativos na área de saúde,

educação e, principalmente, no acesso à água e energia elétrica no meio rural.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos – PLANERH foi desenvolvido devido à

variação do quadro chuvoso que, aliado ao clima do nordeste, gera indisponibilidade

periódica de recursos hídricos.

Segundo a Legislação Estadual, o PLANERH deve ser atualizado com a

periodicidade mínima de quatro anos, e deverá estar contido no Plano Plurianual de

Desenvolvimento do Estado.

A última atualização do Plano foi no ano de 2003, através da Consolidação da

Política e dos Programas de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, cujos componentes

são: Diagnóstico, Planejamento e Formulação de Programas.

O PLANERH visa estabelecer técnicas e soluções para a questão da seca,

buscando garantir água de qualidade para toda a população, e assegurar um equilíbrio

entre demanda e oferta.

O Plano traz como princípios gerais:

• Considerar a água como bem econômico;

• Gerenciar os recursos hídricos de modo integrado, descentralizado e

participativo;

• Adotar a bacia hidrográfica como unidade básica do planejamento dos

recursos hídricos;

• Priorizar o abastecimento das populações, considerando prioritários os

aspectos de padrões de qualidade da água;

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• Desenvolver as ações dos recursos hídricos, respeitando a legislação

ambiental.

O Plano traz duas propostas para promover a integração entre o Comitê

responsável pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos e o Comitê responsável pelo

Plano de Bacias Hidrográficas de Rios Estaduais.

A primeira proposta sugere a integração por agregação dos planos de bacias

hidrográficas em um Plano Estadual de Recursos Hídricos (Figura 5.2).

Fonte: Consolidação da Política e dos Programas de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (2003)

Figura 5.2 – Integração dos âmbitos do planejamento

Na segunda proposta, a opção de integração seria a coordenação do plano de

bacias hidrográficas pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos (Figura 5.3).

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Fonte: Consolidação da Política e dos Programas de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (2003) Figura 5.3 – Integração dos âmbitos de planejamento por coordenação

Há relação direta entre os recursos hídricos e o setor de saneamento básico, pois

a cada ação não realizada para a solução de problemas de saneamento crescem as

chances de contaminação dos recursos, por este motivo a ação integrada de todas as

esferas, federal, estadual e municipal, é indispensável para a preservação do ambiente.

Em Limoeiro do Norte há recursos hídricos do tipo superficiais, tais como

açudes, lagoas e rios perenizados, e do tipo subterrâneos, tais como poços tubulares e

cacimbas.

5.1. Águas Superficiais

A captação é realizada no Rio Quixeré, derivado do Rio Jaguaribe, que

proporciona o abastecimento da sede de Limoeiro. Outros dois rios também servem

como fonte superficial de água, o Rio Banabuiú e o Rio Jaguaribe para o abastecimento

do município (Figura 5.4).

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Fonte: Atlas da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (2008) - modificado

Figura 5.4 – Mananciais do Município de Limoeiro do Norte

Segundo o Anuário do Monitoramento Quantitativo dos Principais Açudes do

Estado do Ceará (COGERH, 2007), todas as bacias hidrográficas do Estado, com

exceção da bacia do rio Banabuiú, iniciam a estação seca com o volume armazenado

superior a 50%.

Segundo o Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos –

PGIRSU (2008), Limoeiro do Norte conta com 25 açudes, dentre os quais se destacam

os açudes Limoeiro do Norte e Saldanha, respectivamente com capacidades de 10,3 e

11,4 milhões de m³.

No que se refere ao transporte de água, o município de Limoeiro do Norte foi

beneficiado com a construção de 03 (três) adutoras, segundo a SRH (2008). O Quadro

5.1 apresenta detalhadamente as características de cada obra.

Rio Quixeré

Rio Jaguaribe

Rio Banabuiú

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Quadro 5.1 - Adutoras

Conclusão Adutora Municípios Fonte

Hídrica Extensão

(Km) Vazão (I/s)

População Beneficiada

Órgão Executor

Fonte de Recursos Programa

(ano)

CABEÇA PRETA

Limoeiro do Norte

Canal do DIJA/ CHAPADA DO APODI 2,54 3 1932 SRH ESTADUAL

Adut do Sertão 1997

SACO VERDE / PEDRA PRETA

Limoeiro do Norte / Tabuleiro do Norte

Canal do DIJA/ Chapada do Apodi 15 3 2555 SRH ESTADUAL

Adut do Sertão 1998

TOME Limoeiro do Norte

Canal do DIJA/ Chapada do Apodi 3,65 4 2765 SRH ESTADUAL

Adut do Sertão 1998

Fonte: SRH Jul/2008

O município de Limoeiro do Norte conta com diversos projetos para otimizar o

uso de recursos hídricos, o perímetro irrigado de Morada Nova, localizado a oeste do

município, o perímetro irrigado do Tabuleiro de Russas, localizado ao norte (Figura

5.5) e o perímetro irrigado Jaguaribe Apodi, localizado a leste da sede municipal.

Fonte: Atlas da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (2008) - modificado Figura 5.5 – Mapa de Disponibilidade Hídrica de Limoeiro do Norte

Adutora

Irrigação Projeto Irrigado Morada Nova

Projeto Irrigado Tabuleiro de Russas

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O Perímetro Irrigado Morada Nova está localizado nos municípios de Morada

Nova e Limoeiro do Norte, distribuído em 70% e 30%, respectivamente, mais

especificamente na micro-região do Baixo Jaguaribe, no sub-vale Banabuiú, sendo a

Bacia do Rio Jaguaribe a mais importante do Estado, com extensão de 73.000 km². O

projeto começou a ser implantado em 1968, porém os serviços de administração,

operação e manutenção da infra-estrutura de uso comum só iniciaram em 1970.

A criação da Associação dos Usuários do Distrito de Irrigação – AUDIPIMN,

que agrega todos os irrigantes, foi necessária para atender às necessidades de

administração, organização e manutenção do Perímetro, contudo o projeto conta ainda

com a Cooperativa Central Agropecuária dos Irrigantes do Vale do Banabuiú (CIVAB)

e mais três Cooperativas singulares: Cooperativa do Projeto Irrigado de Morada Nova

(CAPI), Cooperativa dos Pequenos Produtores Agropecuaristas de Morada Nova

(COPAMN), e a Cooperativa Agropecuária do Perímetro Irrigado do Vale do Banabuiú

(CAPIVAB).

O suprimento hídrico é realizado através dos sistemas Açude Público Federal

Arrojado Lisboa (Banabuiú), com uma capacidade de armazenamento de 1.601.000.000

m³ e do Açude Público Federal Vinícius Berredo (Pedras Brancas) com capacidade de

armazenamento de 434.049.000 m³, conforme DNOCS (2008).

O Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi está localizado na Chapada do Apodi, no

Estado do Ceará, mais precisamente no município de Limoeiro do Norte. Começou a ser

implantado em 1987, porém os serviços de administração, operação e manutenção da

infra-instrutura de uso comum só iniciaram em 1989. A entidade responsável pela

administração, organização, operação e manutenção da infra-estrutura é a Federação dos

Produtores do Projeto Irrigado Jaguaribe-Apodi – FAPIJA.

Segundo o DNOCS (2008), a área irrigável é de 5.393,00 hectares. O suprimento

hídrico do projeto é assegurado pelo Rio Jaguaribe, que foi perenizado pelo Açude

Público Federal Orós, com capacidade de 2.100.000.000 m³, com derivação através da

barragem de Pedrinhas, localizada no braço do Jaguaribe, denominado Rio Quixeré.

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O Perímetro Irrigado Tabuleiros de Russas está localizado nos municípios de

Russas, Limoeiro do Norte e Morada Nova, mais precisamente no baixo vale do

Jaguaribe, na chamada zona de Transição Norte dos Tabuleiros de Russas.

Segundo o DNOCS (2008), o suprimento hídrico do projeto é assegurado pelo

Rio Banabuiú, afluente da margem esquerda do Rio Jaguaribe, com a finalidade de

garantir os níveis d’água operacionais, a captação fica localizada na margem do rio,

logo à montante da barragem de derivação existente. A regularização das vazões do rio,

para atendimento às necessidades hídricas do perímetro, é feita através da operação

conjunta dos dois açudes localizados à montante do ponto de captação:

1. Açude Público Federal Arrojado Lisboa, situado no Rio Banabuiú, no local

denominado Boqueirão do Meio. O reservatório possui um volume máximo de

1.601.000.000m³.

2. Açude Público Federal Vinícius Berredo, sobre o Rio Sitiá, afluente do Rio

Banabuiú, com volume máximo de 434.049.000m³.

5.2. Águas Subterrâneas

No município de Limoeiro do Norte há a utilização de águas subterrâneas para o

abastecimento. Segundo o PDDU, os poços tubulares revestidos de alvenaria, que

servem para armazenamento de água, foram contabilizados em 150 unidades.

Segundo dados disponibilizados pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM e

Secretaria de Recursos Hídricos – SRH, existem cadastrados 129 poços no município de

Limoeiro do Norte, que apresentam profundidade média de 41,3 m e vazão média de

2,5m³/hora (Figura 5.6).

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Fonte: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2008 Figura 5.6 – Disposição dos poços cadastrados pela CPRM no município de

Limoeiro do Norte

O Quadro 5.1 apresenta as características físicas, construtivas e potenciais dos

poços cadastrados pela SRH

.

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Quadro 5.2 – Relação dos poços cadastrados pela CPRM no município de Limoeiro do Norte

Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

VIUVINHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

urbano Seco SOHIDRA 20/4/1992 40 152,4 203,2 0 0 0 ASS. DAS MAES U. S. APARECIDAS

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento urbano SOHIDRA 14/6/1992 47,5 152,4 254 1,8 12 37

PEDRINHAS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico PHD - GEOTECNICA E

CONST. LTDA 5/11/1990 71 152,4 177,8 1,5 12 38 FAZENDA PEDRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento doméstico

PHD - GEOTECNICA E CONST. LTDA 2/11/1990 70 0 203,2 0,5 12 43

PEDRAS - DIVISA COM LIM. DO NORTE

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento doméstico Equipado 13/12/1993 37 152,4 0 2,15 5 18

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado CONESP 1/1/1969 90 152,4 0 2,5 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1992 90 152,4 0 7 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado DNOCS 90 152,4 0 0 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Equipado 1/1/1995 110 152,4 0 12 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Fechado 1/1/1993 110 152,4 0 3,5 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Equipado 1/1/1995 96 203,2 0 0 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Fechado 1/1/1993 110 152,4 0 3,5 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Equipado 1/1/1987 90 152,4 0 15 0 0

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Equipado 80 0 0 2,2 15 35

SUCUPIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Equipado 1/11/1997 74 203,2 0 1,8 3,7 18

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Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH: RANCHO DA CASCA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado 1/1/1974 85 152,4 0 3 0 0

PITOMBEIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Pecuária Equipado 85 152,4 0 0 0 0

CUVICO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Pecuária Equipado 152,4 0 0 0 0 BOM FUTURO/GIRAL

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado 1/1/1936 65 203,2 0 0 0 0

CARBOMIL Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

industrial Abandonado 1/1/1990 70 0 0 0 0 0

CARBOMIL Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

industrial Fechado 60 152,4 0 0 0 0

CARBOMIL Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

industrial Equipado 75 152,4 0 0 0 0

BAIXA GRANDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Fechado 1/1/1990 75 101,6 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1969 100 0 0 5,5 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 152,4 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Fechado 0 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado SUDENE 1/1/1971 75 152,4 0 0 0 0

SETOR NH 4 Poço

amazonas Banabuiú Abastecimento

doméstico Equipado 4013,2 0 0 0 0

UBAIA Poço

tubular Banabuiú Não

instalado 152,4 0 0 0 0

SEDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1988 30 152,4 0 0 0 0

SEDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1990 30 152,4 0 0 0 0

CONGO 2 Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Abandonado SOHIDRA 1/1/1993 33 152,4 0 0 0 0

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Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

DANCAS Poço

tubular Banabuiú Não

instalado SOHIDRA 152,4 0 0 0 0

CONGO 2 Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

doméstico Não

instalado SOHIDRA 26/6/1996 60 152,4 203,2 0 0 0

CONGO Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

doméstico Equipado 60 152,4 0 0 0 0

KM 69 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1976 152,4 0 0 0 0

KM 72 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Fechado 152,4 0 0 0 0

SANTA MARIA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Fechado 1/1/1985 152,4 0 0 0 0

SITIO SANTA FE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado SUDENE 1/1/1972 90 152,4 0 0 0 0 SITIO MANICOBA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 152.4 0 0 0 0

ANGICO GROSSO

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Fechado 152.4 0 0 0 0

SITIO CONSULTA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 152.4 0 0 0 0

SITIO CONSULTA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo

Não instalado 152.4 0 0 0 0

SITIO CONSULTA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado 152.4 0 0 0 0

SITIO TOME Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Fechado SOHIDRA 31/5/1992 52 152.4 203.2 1.32 13.7 18

SITIO TOME Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Fechado 1/1/1970 90 152.4 0 0 0 0

MACACO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1990 152.4 0 0 0 0

LAGOA DO BOI Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 72 0 0 0 0

MARQUINHOS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Fechado 0 0 0 0 0

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Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

MARQUINHOS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Fechado 0 0 0 0 0

SITIO MARTINS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 1/1/1986 30 0 0 2 0 0 SITIO MARQUINHOS

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Equipado 0 0 0 0 0

VARZEA DO COBRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 45 152.4 0 0 0 0

VARZEA DO COBRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 30 0 0 0 0 0

VARZEA DO COBRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 0 0 0 0 0

VARZEA DO COBRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 0 0 0 0 0

VARZEA DO COBRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Abandonado 0 0 0 0 0

CANAFISTOLA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado SOHIDRA 1/1/1995 58 152.4 0 0 0 0

VILA LIMOEIRO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1986 60 152.4 0 2 0 0

SITIO BOM FIM Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 152.4 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Irrigação Fechado 100 152.4 0 35 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abandonado 152.4 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 100 152.4 0 50 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Fechado 101.6 0 0 0 0 SITIO BURACO DO GADO

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Fechado 1/1/1993 80 152.4 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Fechado 203.2 0 0 0 0

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_____________________________________________________________________________________ RMS Engenharia - 48 - Frota Fortes Engenharia Ltda Av. Santos Dumont, 1789 – SL 515 Aldeota – Fortaleza/CE PABX: (85) 3224 2715

Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

KM 69 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Equipado 152.4 0 0 0 0

KM 70 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 1/1/1986 61 152.4 0 6 0 0

KM 69 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Não

instalado SOHIDRA 31/5/1998 76 152.4 254 1.2 19 57

SITIO BOM FIM Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 1/1/1988 60 152.4 0 0 0 0

SITIO MORROS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Pecuária Equipado 30 152.4 0 0 0 0

SITIO MORROS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Fechado 152.4 0 0 0 0 CANTO GRANDE DE BAIXO

Poço tubular

Médio Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado 60 152.4 0 0 0 0

CANTO GRANDE Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Equipado 1/1/1988 60 152.4 0 0 0 0

CANTO GRANDE Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Equipado 1/1/1988 40 152.4 0 0 0 0

ROCADO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 152.4 0 0 0 0

CANTO GRANDE Poço

tubular Banabuiú Não

instalado SOHIDRA 1/1/1998 152.4 0 0 0 0

CANTO GRANDE Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

doméstico Equipado SOHIDRA 15/1/1992 51 152.4 203.2 0 0 0 PARQUE DE VAQUEJADA

Poço tubular Banabuiú

Não instalado 152.4 0 0 0 0

KM 60 Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 80 152.4 0 45 0 0

ARRAIAL Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Abandonado 1/1/1988 101.6 0 0 0 0

SAO RAIMUNDO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1968 152.4 0 0 0 0 LUIS ALVES DE FREITAS

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento doméstico Equipado 1/1/1994 30 152.4 0 0 0 0

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_____________________________________________________________________________________ RMS Engenharia - 49 - Frota Fortes Engenharia Ltda Av. Santos Dumont, 1789 – SL 515 Aldeota – Fortaleza/CE PABX: (85) 3224 2715

Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

ROCADO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1988 80 152.4 0 0 0 0 LUIS ALVES DE FREITAS

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento doméstico Equipado 1/1/1982 0 0 5 0 0

ILHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado SOHIDRA 1/1/1992 30 152.4 0 26 0 0

ILHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Não

instalado 152.4 0 0 0 0

ILHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Não

instalado 0 0 0 0 0

ILHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Fechado 152.4 0 0 0 0

ILHA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abandonado 0 0 0 0 0 CROATA DE BAIXO

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado CONESP 60 152.4 0 0 0 0

CROATA DE BAIXO

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Fechado 1/1/1983 102 152.4 0 0 0 0

CARAO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Não

instalado 60 152.4 0 0 0 0 IPUEIRA DA PEDRA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo

Não instalado SOHIDRA 1/1/1994 74 152.4 0 0 0 0

LAGOA DO MEIO Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abandonado SUDENE 152.4 0 0 0 0 CORREGO DO FEIJAO

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento múltiplo Equipado SOHIDRA 15/2/1998 50 152.4 203.2 11.82 12.8 22

SITIO LIBERDADE

Poço tubular Banabuiú Abandonado 152.4 0 0 0 0

CORREGO DO FEIJAO

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento múltiplo Equipado 1/1/1992 52 152.4 0 12 0 0

TRIANGULO DE BIXUPA

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento doméstico Equipado SOHIDRA 31/3/1998 60 152.4 203.2 1 7.5 47.5

SAPE Poço

tubular Banabuiú Abandonado 0 0 0 0 0

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_____________________________________________________________________________________ RMS Engenharia - 50 - Frota Fortes Engenharia Ltda Av. Santos Dumont, 1789 – SL 515 Aldeota – Fortaleza/CE PABX: (85) 3224 2715

Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH:

FACEIRA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado SOHIDRA 1/4/1998 152.4 0 0 0 0

SAPE Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

doméstico Fechado SOHIDRA 30/10/1991 47 0 254 8.8 4 35

DANCAS Poço

tubular Banabuiú Fechado 152.4 0 0 0 0

SEDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 1/1/1988 30 152.4 0 0 0 0 GANGORRA DO BIXOPA

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento múltiplo Equipado SOHIDRA 29/6/1996 60 152.4 203.2 1.72 6.5 45.5

JOSE GABRIEL Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Equipado DNOCS 0 0 0 0 0

UBAIA Poço

tubular Banabuiú Abandonado 0 0 0 0 0 PERIMETRO IRRIGAÇÃO - SETOR S

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento doméstico Equipado SOHIDRA 12/10/1992 61 0 254 3.6 2.6 44

PERIMETRO IRRIGAÇÃO - SETOR NH 6

Poço tubular Banabuiú

Abastecimento doméstico Fechado 1/1/1992 56 152.4 0 0 0 0

CABECA DE SANTA CRUZ

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Não instalado SOHIDRA 6/9/1992 80 152.4 254 0 0 0

SEDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abandonado 0 0 0 0 0

SEDE Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Equipado 35 0 0 0 0 0

LAJES Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

doméstico Equipado BEC 13/12/1993 37 152.4 0 2.15 5 18

LAJES Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Equipado 27 152.4 0 0 0 0

MACACOS Poço

amazonas Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Equipado 26/8/1936 38 3048 0 0 0 0

BANANEIRA Poço

tubular Banabuiú Abastecimento

múltiplo Fechado SOHIDRA 13/11/1988 54 152.4 203.2 4.95 3 34.5

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_____________________________________________________________________________________ RMS Engenharia - 51 - Frota Fortes Engenharia Ltda Av. Santos Dumont, 1789 – SL 515 Aldeota – Fortaleza/CE PABX: (85) 3224 2715

Localidade Tipo de Poço

Bacia Hidrográfica Uso da Água Situação Construtor Data da

Construção Profundidade (m):

Altura da Boca

do Tubo:

Diâmetro (mm):

Vazão (m³/h):

Nível Estático

(m):

Nível Dinâmico

(m): pH: LAGOA DE VARZEA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento múltiplo Equipado 60 152.4 0 0 0 0

LAGOA DAS PEDRAS

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento doméstico Fechado 15 152.4 0 0 0 0

UMARI DE CIMA Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 152.4 0 0 0 0

MACACOS Poço

tubular Baixo

Jaguaribe Abastecimento

doméstico Abandonado 1/1/1936 100 152.4 0 0 0 0

TOME Poço

amazonas Baixo

Jaguaribe Abastecimento

múltiplo Equipado 10/9/1974 18 1828.8 0 6 0 0 LAGOA DA VARZEA

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

Abastecimento urbano Equipado SOHIDRA 17/11/1998 66 152.4 215.9 0.528 12 49.7

Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-01)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 1/5/2002 26 203.2 311.15 22.6 16 23.41 6.94 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-03)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 22/5/2002 50 203.2 311.15 0 0 0 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-05)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 4/5/2002 80 152.4 311.15 1.5 17 69.37 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-07)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 28/5/2002 100 203.2 311.15 2.48 17.67 65.28 7.08 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-08)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Seco

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 28/5/2002 70 203.2 311.15 0 0 0 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-09)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 10/5/2002 100 203.2 311.15 7.2 16.67 52.22 6.94 Sítio Tomé - Agrop. Baixo Jaguaribe (P-10)

Poço tubular

Baixo Jaguaribe Seco

GEOPLAN - ASS. PLANEJAMENTO E

PERFURAÇÕES LTDA 12/5/2002 80 203.2 311.15 0 0 0 Fonte: Secretária de Recursos Hídricos e CPRM – Serviço Geológico do Brasil, Julho/2008

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Apesar da água encontrada ser rica em sais, a instalação de dessalinizadores é

uma alternativa para o abastecimento das populações rurais menos onerosa do que

fornecimento de água através de carro-pipa.

Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos, o município de Limoeiro do

Norte tem os seguintes aqüíferos definidos: Aluviões, Barreiras/Faceira, Jandaíra, Açu e

Embasamento Cristalino.

O aqüífero aluviões são aqüíferos livres, isto é, não confinados, contínuos, com

porosidade e condutividade hidráulica dominante intersticial, tem uma distribuição

ampla, boas vazões, segundo o PDDU, há 06 poços cadastrados, com vazão média de

2,95 m³/hora, a uma profundidade média de 31,60m.

O aqüífero barreiras/faceira distribui-se ao longo do litoral, segundo o PDDU, há

01 poço cadastrado situado neste aqüífero com vazão de 1,20m³/hora, a uma

profundidade de 53m.

Os aqüíferos Jandaíra e Açu se localizam na Bacia do Apodi. No Jandaíra há

cadastro de 24 poços com vazão média de 3,49m³/hora, a uma profundidade média de

62,53m. No Açu há registro de 12 poços com vazão média de 3,32m³/hora, a uma

profundidade média de 63,96m.

O aqüífero embasamento cristalino apresenta produtividade baixa, segundo o

PDDU, a água é salinizada e com presença de cloretos, há cadastro de 03 poços, com

vazão média de 3,63m³/hora a uma profundidade em torno de 47,67m.

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6. ANÁLISE CRÍTICA DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO

URBANO – PDDU DE LIMOEIRO DO NORTE

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU do Município de

Limoeiro do Norte foi desenvolvido pelo Governo do Estado, Prefeitura Municipal e

Planos Técnicos do Brasil Ltda. no ano de 1999.

O PDDU - Limoeiro do Norte traçou a caracterização do município, revendo

seus pontos exemplares e seus pontos críticos, com a finalidade de elaborar estratégias

para implementar melhorias na estrutura da cidade.

O Plano englobou aspectos geográficos, físicos, ambientais, demográficos,

econômicos, sociais, institucionais e legais.

O PDDU - Limoeiro do Norte realizou um diagnóstico de operação e

manutenção dos sistemas de abastecimento de água, apontando diversas deficiências,

um estudo sobre o potencial de recursos hídricos disponível na região e mencionou as

fontes disponíveis. Abordou ainda, questões relacionadas ao impacto ambiental

descrevendo as condições em que se encontravam, conforme Quadro 6.1.

Quadro 6.1 – Recursos Hídricos Recursos Hídricos

Condições de Uso Impactos

Abastecimento doméstico Prejudicado na qualidade da água pela presença de coliforme fecal.

Irrigação Uso de agrotóxicos – lixiviação. Fornecedor de areia do leito Fornecedor de argila da planície de inundação

Retirada de areia com argila de forma indiscriminada.

Receptor de efluentes Contaminação. Valor paisagístico Destruição da mata ciliar. Edificações em leitos e margens Construção ilegal em áreas de risco. Receptor de lixo doméstico Contaminação.

Rio Jaguaribe

Via de acesso, com leito seco Compactação do leito.

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Recursos Hídricos

Condições de Uso Impactos

Irrigação Uso de agrotóxico – lixiviação.

Abastecimento e atividades domésticas

Lavagem de roupas; Prejudicado pela presença de coliformes fecais; Lavagem de veículos.

Fornecedor de argila Retirada de argila de forma indiscriminada.

Lazer – Praia Efluentes e lixos

Valor paisagístico Desmatamento ciliar.

Rio Quixeré

Via de acesso – passagem molhada

Irrigação Uso de agrotóxico – lixiviação. Receptor de efluentes Contaminação. Fornecedor de argila Retirada de argila de forma indiscriminada. Valor paisagístico Destruição da mata ciliar.

Rio Banabuiú

Agricultura de subsistência, nos trechos secos

Água para higiene doméstica Açude de Bixopá Retirada de granito Alterações da paisagem pela retirada do granito.

Fonte: PDDU – Limoeiro do Norte, 2000

O diagnóstico do sistema existente naquela ocasião e o levantamento das

deficiências dos sistemas no PDDU foram eficientes, e permitiram a prefeitura e o

SAAE de Limoeiro do Norte implantar medidas de correções das falhas e de melhorias

no sistema, aperfeiçoando assim, a situação do abastecimento de água da população de

Limoeiro do Norte.

Faz-se necessária uma revisão do PDDU - Limoeiro do Norte devido à dinâmica

da cidade, o aumento da população, as mudanças de hábitos e costumes, o incremento

da frota de veículos, entre outros, visto que se passaram 09 anos desde sua elaboração.

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7. AVALIAÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL DAS ALTERNATIVAS

DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE LIMOEIRO DO NORTE

7.1. ÁREA TÉCNICO-OPERACIONAL

7.1.1. Sistema Principal

O sistema principal de Limoeiro do Norte de uma maneira geral apresenta boas

condições de manutenção e operação na prestação dos serviços. É oportuno destacar,

entretanto, algumas ocorrências identificadas no sistema em desacordo com as normas

técnicas regulamentares NBR 12215, 12216 e 12217, com relação às adutoras, estação

de tratamento e reservatórios. Além da ausência de licenciamento ambiental das

estações de tratamento de água existentes no sistema, exigido pela SEMACE conforme

checklist em anexo (Anexo II).

Segundo informações do SAAE, um dos decantadores da ETA apresenta

deficiência de placas, em desacordo com a NBR 12216.

Os reservatórios elevados apresentam ausência de guarda-corpo nas escadas de

acesso, e no ponto de chegada da escada na cobertura até a abertura de inspeção,

enquanto outros, não apresentam indicador e bóia para controle de nível, em desacordo

com a NBR 12217, itens 5.10.4, 5.15.1, 5.16.3, 5.16.6 e 5.16.6.1. Nos seminários, a

população afirma que há falta d’água quando ocorre quebra da tubulação.

As adutoras apresentam problemas de vazamentos, em desacordo com a NBR

12215.

7.1.2. Sistemas Alternativos

Segundo informações do SAAE, só há acesso em boas condições à ETA da

comunidade do Saquinho, as demais se encontram em má condição, em desacordo com

a NBR 12216.

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Existe 01 filtro por sistema, estando todos em boas condições de manutenção. A

manutenção do leito filtrante é executada com a finalidade de enquadrar a água tratada

nos padrões de potabilidade.

Os operadores só receberam treinamento para aplicar cloro no tratamento, não

sendo habilitados para os demais produtos químicos, nem para o uso dos aparelhos de

laboratório da ETA, tais como pHmetro, turbidímetro etc.

Os reservatórios elevados apresentam ausência de guarda-corpo nas escadas de

acesso, e no ponto de chegada da escada na cobertura até a abertura de inspeção,

enquanto outros, não apresentam indicador e bóia para controle de nível, em desacordo

com a NBR 12217, itens 5.10.4, 5.15.1, 5.16.3, 5.16.6 e 5.16.6.1.

A falta de manutenção foi constatada pela visita in loco, estando em desacordo

com a Lei 053/65, alínea c, onde é definida como competência do SAAE de Limoeiro

do Norte manter o sistema em boas condições de uso.

Segundo questionários em anexo (Anexo III), nas pontas de redes há deficiência

de pressão e não é realizada a medição do índice de perdas do sistema.

7.1.3. Continuidade e pressão disponível na rede

De acordo com a Lei 11.445/07, a prestação dos serviços deverá atender a

requisitos mínimos de qualidade, incluindo a continuidade. Enquanto, a norma NBR

12218 exige limites máximos e mínimos de pressão na rede de distribuição, com a

finalidade de garantir níveis de serviços de qualidade na chegada da água à unidade

consumidora.

O abastecimento de água é um serviço essencial e como tal deve ser prestado

com continuidade, ou seja, de forma ininterrupta durante as 24 horas do dia e os 7 dias

da semana. Além do abastecimento contínuo, a água deve ser fornecida com pressão

regular que conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

deve estar compreendida entre 10 mca (metros de coluna d’água) e 50 mca, com vistas a

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atender as necessidades mínimas de pressão dos usuários e limitada à pressão máxima

que preserve as instalações sanitárias de danos e contribua para reduzir as perdas em

decorrência de vazamentos.

No período de 22/09/08 a 26/09/08, 09/10/08 e 10/10/08 foram realizados

seminários no distrito e sede. Nos seminários, foram expostos problemas com relação à

continuidade e pressão no abastecimento de água:

Nas comunidades Setor NH4, Setor NH5, Setor NH6, Setor S, Congo I e II,

Ingarana, e Arraial ocorre falta d’água e baixa pressão.

7.1.4. Controle de Perdas

Os sistemas de abastecimento de água de Limoeiro do Norte não apresentam

programas de controle de perdas com o objetivo de promover o uso racional da água de

abastecimento público em benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da

eficiência dos serviços, visando uma efetiva economia dos volumes de água

demandados para consumo no município.

7.2. ÁREA DE QUALIDADE DE ÁGUA

A qualidade da água disponibilizada aos usuários deve ser analisada com a

intenção de caracterizar a prestação do serviço de abastecimento de água com relação à

saúde pública, segurança e qualidade.

A qualidade físico-química e bacteriológica da água distribuída no município de

Limoeiro do Norte foi analisada na rede de distribuição através de dados

disponibilizados pelo SAAE, conforme o Decreto 5.440, de 04/05/2005, que trata sobre

controle de qualidade da água dos sistemas de abastecimento (Anexo IV).

Os resultados físico-químicos e bacteriológicos produzidos pelo SAAE no mês

de Junho de 2008, provenientes de amostras coletadas na rede de distribuição da sede,

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do distrito de Bixopá e algumas comunidades, apresentaram algumas não-

conformidades com relação aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria

518/2004 (Quadro 7.1):

Quadro 7.1 – Resultados das amostras físico-químicas e bacteriológicas coletadas na rede de distribuição e verificação quanto ao atendimento dos padrões de potabilidade da Portaria MS 518/04.

Tu

rbid

ez

(u

T)

Co

r A

par

ente

(u

H)

pH

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reto

(m

g/L)

Clo

ro R

es. L

ivre

(m

g/L)

Du

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(mg/

L)

Am

ost

ra

Res

ult.

P-5

18/0

4

Res

ult.

P-5

18/0

4

Res

ult.

P-5

18/0

4

Res

ult.

P-5

18/0

4

Res

ult.

P-5

18/0

4

Res

ult.

P-5

18/0

4

Lo

calid

ade

1 3,2 OK 15,0 OK 7,20 OK 52,5 OK 2,0 OK 110,0 OK

Sede Municipal, Cidade Alta, Danças, Espinho, Setor "S", Sapé, Malhada, Bixopá, Gangorra, Córrego de Areia, Bom Fim, Bom Nome, São Raimundo, Arraial

2 10,0 NOK 100,0 NOK 7,80 OK 43,0 OK 1,5 OK 125,0 OK Ipú 3 5,0 OK 80,0 NOK 7,50 OK 47,0 OK 1,0 OK 105,0 OK Tomé 4 2,3 OK 60,0 NOK 7,20 OK 42,5 OK 1,0 OK 115,0 OK Km 69, Carbomil 5 6,0 NOK 60,0 NOK 7,80 OK 62,5 OK 0,5 OK 110,0 OK Santa Fé 6 3,9 OK 80,0 NOK 7,80 OK 62,0 OK 0,5 OK 105,0 OK Cabeça Preta 7 5,0 OK 100,0 NOK 7,50 OK 53,0 OK 0,2 OK 112,0 OK Genipapeiro 8 2,8 OK 130,0 NOK 7,50 OK 75,0 OK 0,5 OK 110,0 OK Saquinho 9 7,9 NOK 130,0 NOK 7,60 OK 135,0 OK 0,5 OK 140,0 OK Canto Grande 10 10,0 NOK 190,0 NOK 7,20 OK 115,0 OK 0,2 OK 95,0 OK Pedra Branca 11 7,0 NOK 100,0 NOK 7,20 OK 42,5 OK 0,2 OK 100,0 OK Tabuleiro Alto 12 1,9 OK 70,0 NOK 7,00 OK 90,0 OK 0,2 OK 95,0 OK Lagoa Das Carnaúbas 13 11,4 NOK 150,0 NOK 7,20 OK 100,0 OK 0,0 NOK 160,0 OK Setor NH-3 14 1,8 OK 130,0 NOK 7,20 OK 40,0 OK 0,2 OK 98,0 OK Maria Dias

15 0,2 OK 10,0 OK 8,70 OK 95,0 OK 2,0 OK 190,0 OK Setor NH-4, NH-5, NH-6, Congo, Ingarana

Fonte: Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) Legenda:

OK - Amostra em conformidade com os padrões estabelecidos pela Portaria MS 518/04 NOK - Amostra não-conforme com os padrões estabelecidos pela Portaria MS 518/04

* A Portaria MS 518/2004 recomenda que, no sistema de distribuição, o Cloro residual livre da água seja mantido abaixo de 2,0 mg/l. * A Portaria MS 518/2004 recomenda que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

Observando o Quadro 7.1, constata-se o não cumprimento à Portaria do

Ministério da Saúde 518/04, identificando as maiores desconformidades nas localidades

de Canto Grande, Ipú, Pedra Branca, Santa Fé, Setor NH-3 e Tabuleiro Alto.

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No período de 22/09/08 a 26/09/08, 09/10/08 e 10/10/08 foram realizados

seminários no distrito e sede. Nos seminários, corroborando com os resultados dos

laudos analisados, foram frequentemente expostos problemas com relação à qualidade

da água distribuída.

Na sede do município, a população afirma que a água possui muito cloro e que,

no período chuvoso, a água apresenta-se turva, imprópria para o consumo.

No distrito e demais comunidades a situação não diverge da sede municipal, pois

a população afirma que a água disponibilizada apresenta má qualidade, sendo ressaltado

o excesso de cloro, considerada imprópria para o consumo. A exceção das comunidades

de Cidade Alta e Bom Jesus, que são abastecidas por água de boa qualidade, não sendo

relatada qualquer tipo de insatisfação.

7.3. ÁREA GERENCIAL

7.3.1. Escritório / Loja de Atendimento

O município dispõe de apenas 01 escritório/loja de atendimento do SAAE

(Figura 7.1), localizado na sede municipal. O escritório apresenta-se informatizado,

contudo uma ampliação e uma reestruturação propiciariam aos seus usuários maior

satisfação com relação aos aspectos físicos de conforto, cortesia no atendimento e

segurança; com as funções operacionais e de atendimento aos usuários.

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Fonte: Visita in loco (2008)

Figura 7.1 – Escritório/Loja de Atendimento na sede de Limoeiro do Norte

Os serviços comerciais de atendimento ao usuário e faturamento são realizados

de maneira eficiente, sendo as leituras, na sede, computadas através de coletores de

dados do modelo CD-10MEGA, dispondo de 06 unidades, e na zona rural ainda é

realizada através de fichas, seguindo um calendário de leitura, faturamento e entrega de

contas.

7.3.2. Sistema de informações, divulgação das ações e controle social

O SAAE de Limoeiro do Norte disponibiliza um site na internet apresentando

vários dados que representam informação para o usuário, como: histórico da instituição,

áreas de atuação, informações técnicas sobre água, esgoto e parâmetros de qualidade,

balancetes da autarquia e ações atuais.

Ainda através do seu site, divulga informações educativas sobre o uso racional

da água, desperdício e preservação da qualidade da água tratada. Para auxiliar no

entendimento da conta a pagar, há um link para um modelo onde o usuário pode clicar

sobre o campo e obter sua definição, a conta de água é utilizada como meio de

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divulgação de informações, tais como histórico de consumo e parâmetros de qualidade

da água distribuída (Figura 7.2).

Fonte: Sistema de Abastecimento de Água de Limoeiro do Norte, 2008

Figura 7.2 – Modelo da conta de água

A divulgação de informações presta satisfação à sociedade sobre as ações do

SAAE, sendo a forma encontrada pela autarquia para demonstrar sua transparência e

facilitar o controle social.

7.3.3. Critérios de interrupção dos serviços

O SAAE, por inadimplemento do usuário do serviço por 3 meses, realiza

comunicação de corte de ligação através da fatura (Anexo V), apresentando que se o

débito não for quitado antes do vencimento da próxima fatura, será efetuado o corte sem

prévio aviso. Contudo, o artigo 40 da Lei nº 11.445/07 exige que a suspensão dos

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serviços por inadimplemento do usuário do serviço de abastecimento de água e do

pagamento das tarifas, será precedida de prévio aviso ao usuário, não inferior a 30

(trinta) dias da data prevista para a suspensão.

7.3.4. Indicadores de desempenho

O SAAE de Limoeiro do Norte dispõe de alguns indicadores de desempenho

próprios para análise e diagnósticos internos com a finalidade de aumentar a eficiência e

identificar carências na prestação dos serviços.

Os indicadores, a seguir explorados, são disponibilizados pelo SAAE, na base de

dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, ou ainda

calculados com base em dados brutos fornecidos pelo SAAE e IBGE.

Indicadores Operacionais

Comparando os dados de 2000 e 2008, observa-se que o correu um crescimento

de quase 100% na quantidade de ligações de água do município de Limoeiro do Norte

(Tabela 7.1).

Tabela 7.1 – Quantidade de ligações de água

ANO QUANTIDADE DE LIGAÇÕES

2000 8.528 2008 16.930

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte e IBGE, 2008

Segundo dados do SAAE, da quantidade total de ligações 16.930, somente 84%

estão ativas, ou seja, 14.325, destas 2.605 estão cortadas, representando 16% do total.

O Quadro 7.2 apresenta um demonstrativo do número de ligações na sede, no

distrito e demais comunidades.

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Quadro 7.2 – Atendimento da rede de abastecimento de água por localidade

Localidade Índice de cobertura

Total de Ligações

Total de Ligações Ativas

Total de Ligações Cortadas

Sede 96% 8.523 7.521 1.002

Cidade Alta 97% 1.694 1.511 183

Espinho 93% 339 302 37

Canto Grande 92% 251 186 65

Danças 94% 164 128 36

Cabeça Preta 93% 491 364 127

Arraial 94% 375 331 44

Sapé 93% 225 197 28

Cabeça de Santa Cruz 92% 157 100 67

Saquinho 93% 129 91 38

Genipapeiro 93% 147 121 26

São Raimundo 94% 177 144 33

Maria Dias 92% 265 204 61

Tomé 93% 592 498 94

Setor S 92% 33 22 11

Setor NH 6 92% 141 95 46

Setor NH4 93% 189 149 40

Setor NH5 92% 191 138 53

Bixopá 93% 509 447 62

Canafístola 42% 146 114 32

NH 3 92% 171 98 73

Bom Fim 94% 311 270 41

Congo 93% 140 110 30

Ingarana 93% 92 72 20

Km 69 93% 146 76 70

Santa Maria 94% 133 95 38

Ilha 93% 224 197 27

Malhada 92% 62 46 16

Pedra Branca 93% 76 40 36

Lagoa das Carnaúbas 94% 56 37 19

Tabuleiro Alto 93% 74 57 17

Setor R 92% 83 73 10

Km 60 93% 198 150 48

Gangorra 94% 54 53 1

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Localidade Índice de cobertura

Total de Ligações

Total de Ligações Ativas

Total de Ligações Cortadas

Córrego de Areia 94% 148 110 38

Morros e Pitombeira 94% 155 124 31

Triângulo do Bixopá 92% 69 54 5

Sucupira 0% 0 0 0

Espingarda 0% 0 0 0

Mororó 0% 0 0 0

Sossego 0% 0 0 0

Lages 0% 0 0 0

Sitio Marquinhos 0% 0 0 0

Várzea do Cobre 0% 0 0 0

Quixabá 0% 0 0 0

Lagoa do Boi 0% 0 0 0

Gangorra do Bixopá 0 0 0 0

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte, 2008

Comparando os dados de 2000 e 2008, observa-se que o correu um crescimento

maior que 100% na quantidade de ligações de água com hidrômetro. Considerando o

total de ligações de 16.930, temos aproximadamente 77% de índice de hidrometração

para o município de Limoeiro do Norte.

Tabela 7.2 – Hidrometração

ANO QUANTIDADE DE LIGAÇÕES COM HIDRÔMETRO

2000 6.313 2008 13.061

Fonte: SAAE de Limoeiro do Norte e IBGE, 2008

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – IBGE (2000), o volume

de água distribuído por dia em Limoeiro do Norte é de 4.630m³, porém deste total

18,36% não recebe tratamento, representando um valor considerável, conforme Quadro

7.3.

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Tabela 7.3 – Volume de água distribuída por dia

Volume de água distribuída por dia por tipo de tratamento

Brasil Ano = 2000

Variável Existência e tipo de tratamento

da água Volume de água distribuída por dia (Metro cúbico)

Volume de água distribuída por dia (Percentual)

Volume de água total 4.630 100,00 Volume total de água com tratamento 3.780 81,64 Convencional 3.000 64,79 Não-convencional - - Simples desinfecção (cloração) 780 16,85 Sem tratamento 850 18,36

Nota:

1 - A categoria Volume total de água com tratamento inclui o volume total de água distribuída no distrito que não discriminaram o tipo de tratamento da água. Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2008

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (2008), no ano de 2000, do

total de 12.497 domicílios existentes, 40,04% dos domicílios do município ainda não

tinha acesso à rede de abastecimento de água, conforme Figura 7.3.

Domicílios por tipo de abastecimento de água

56,96%

27,00%

16,04%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Rede geral Poço ounascente

Outra forma

To

tal

de

do

mic

ílio

s

Figura 7.3 – Gráfico da quantidade de domicílios por tipo de abastecimento de água

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Quadro 7.3 – Média do Indicador de Cobertura das Operadoras Estaduais, e das Municipais, Públicas e Privadas, em 2003.

INDICADOR OPERADORAS ESTADUAIS

OPERADORAS PÚBLICAS

MUNICIPAIS

OPERADORAS PRIVADAS

MUNICIPAIS

Cobertura populacional da rede de água (%)

90 97 96

Nota: Média = média aritmética dos valores estimados para cada operadora.

Fonte: Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), PMSS/Ministério das Cidades apud Plenarium. – Ano III, n. 3 (set. 2006).

O índice de cobertura do SAAE encontra-se em ampliação progressiva,

buscando a universalização dos serviços. No momento, apresenta-se satisfatório,

aproximadamente 90%, equiparando-se a média das companhias estaduais e ficando um

pouco abaixo da média das operadoras públicas e privadas municipais e da CAGECE.

Com relação ao Índice de Faturamento de Água, Índice de Perdas na

Distribuição e Índice de Perdas no Faturamento, não existem dados recentes. De acordo

com o SNIS, no ano de 2006 os índices foram 450,01%, 56,12% e 49,99%,

respectivamente (Figura 7.4).

Índices de Faturamento e Perdas do SAAE no ano de 2006 (Fonte: SNIS)

50,0

43,9

50,0

56,1

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

(%)

Índice de Consumo de Água

Índice de Perdas no FaturamentoÍndice de Faturamento de Água

Índice de Perdas na Distribuição

Fonte: SNIS, 2006

Figura 7.4 – Índices de Faturamento e Perdas do SAAE no ano de 2006.

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Em uma primeira análise, constata-se que o valor do índice de perdas na

distribuição é considerado altíssimo, evidenciando que mais da metade da água

produzida para consumo no município é desperdiçada.

Em segunda análise, constata-se que o SAAE obtém um faturamento de 50,0%

do volume produzido, enquanto que, pelos usuários somente são consumidos

efetivamente 43,9%. Conclui-se então, que 6,10% do volume produzido é faturado,

porém, não é consumido, contribuindo para a redução das perdas no faturamento que é

de 50,0%, e por isso, menor que os 56,1% efetivamante desperdiçados.

Indicadores Econômicos

Em abordagem sobre a eficiência e a sustentabilidade econômica na prestação

do serviço de abastecimento de água pelo SAAE, analisou-se do SNIS, o chamado

Indicador de Desempenho Financeiro (Anexo VI), que representa a razão entre a

Receita Operacional Direta Total e as Despesas Totais com os Serviços. A Receita

Operacional Direta Total diz respeito ao valor faturado anualmente decorrente das

atividades-fim do prestador de serviços, resultante da exclusiva aplicação das tarifas. As

Despesas Totais com os Serviços traduz o valor anual total do conjunto das despesas

realizadas para a prestação dos serviços, compreendendo despesas de exploração, juros

e encargos das dívidas, depreciação, amortização do ativo diferido e provisão para

devedores duvidosos, despesas fiscais, dentre outras.

No SNIS, o Indicador de Desempenho Financeiro apresenta valores de 103,74%

e 94,77% para os anos de 2005 e 2006 respectivamente, evidenciando que o SAAE

obteve uma receita maior que suas despesas para o ano de 2005, porém em 2006 a

receita foi menor do que as despesas.

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Indicadores de Qualidade

Com a finalidade de avaliar a qualidade do serviço prestado relacionado à

continuidade e regularidade do abastecimento de água, verificou-se, nos dados do SNIS,

os indicadores apresentados no Quadro 7.4 (Anexo VI).

As interrupções no fornecimento de água ao usuário, por problemas em qualquer

unidade do sistema, acarretando prejuízos à regularidade do abastecimento de água são

classificadas como paralisação. No Quadro 7.4, observa-se a ocorrência de 2

paralisações no ano de 2006, porém não foi informada a quantidade de economias

ativas, a duração média foi de 7,5 horas.

As interrupções sistemáticas no fornecimento de água da rede de distribuição,

por problemas de produção, pressão na rede, sub-dimensionamento das tubulações,

manobra no sistema, dentre outros, são classificadas como intermitência prolongada. No

Quadro 7.4, observa-se a ocorrência de 14 interrupções sistemáticas no ano de 2006,

que duraram um período médio de 1,0 hora.

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Quadro 7.4 – Indicadores de qualidade sobre continuidade e regularidade no fornecimento de água.

ANO 2005 2006

Quantidade de paralisações no sistema de distribuição

0 2

Duração de paralisações (hora) 0 15

Quantidades de economias ativas atingidas por paralisações

0 -

Economias atingidas por paralisações (econ/paralisação) - -

Duração média das paralisações (hora/paralisação)

- 7,5

Quantidades de interrupções sistematicas 0 14

Quantidades de economias ativas atingidas por intermitências prolongadas

0 -

Duração das intermitências prolongadas (horas)

0 14

Economias atingidas por intermitências ( econ/paralisação) - -

Duração média das intermitências (hora/interrupção)

- 1

Fonte: SNIS, 2006

7.3.5. Índice de cobertura

De acordo com a Lei 11.445/07, os serviços públicos de saneamento básico

serão prestados com base nos princípios fundamentais de universalização do acesso.

Considerando universalização, como ampliação progressiva do acesso de todos os

domicílios ocupados ao saneamento básico.

Na análise dos Indicadores de Desempenho Operacionais já apresentada no item

7.3.4 deste relatório, foi constatado que o município de Limoeiro do Norte apresenta

índice de cobertura em ampliação progressiva. Apesar do índice do SAAE possuir valor

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de aproximadamente 90,0% em 2008, e ainda existirem pequenos sistemas de

abastecimento não operados pelo SAAE atendendo a outra parcela da população, a

cobertura de redes de abastecimento de água no município ainda encontra-se

insuficiente.

No período de 22/09/08 a 26/09/08, 09/10/08 e 10/10/08 foram realizados

seminários no distrito e sede. Nos seminários, foram expostos problemas com relação à

continuidade e pressão no abastecimento de água:

Nos seminários, ocorreram relatos sobre a ausência de cobertura de rede de

abastecimento de água, como na comunidade de Várzea do Cobra, onde o

abastecimento é realizado por poços individuais, há 2 chafarizes que distribuem a água

dos poços para a população, porém a qualidade da água não é boa.

7.4. ESTRUTURA TARIFÁRIA

De acordo com a Lei 11.445/07, a cobrança das tarifas para o serviço de

abastecimento de água deve assegurar tanto o equilíbrio econômico e financeiro da

prestadora de serviços, como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam

a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de

produtividade.

A modicidade é traduzida na justa correlação entre os encargos da delegação, a

remuneração do prestador de serviços e a contraprestação pecuniária paga pelos

usuários.

A atual estrutura tarifária do SAAE, com vigência desde 01 de novembro de

2008, estabelece valores conforme Quadro 7.5.

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Quadro 7.5 – Estrutura tarifária do SAAE.

SISTEMA DE FATURAMENTO E COBRANÇA

ESTRUTURA TARUFARIA DO SAAE VIGENCIA

01/NOVEMBRO/2008

Listagem das Tarifas RESIDENCIAL 1 RESIDENCIAL 2 PÚBLICA 3

m3 R$ m3 R$ m3 R$

000 a 010 = 1,12 000 a 005 = 1,12 000 a 020 = 2,27

011 a 020 = 1,54 006 a 010 = 1,12 021 a 999 = 3,09

021 a 030 = 2,38 011 a 020 = 1,54 000 a 000 = 0

031 a 040 = 2,74 021 a 030 = 2,38 000 a 000 = 0

041 a 050 = 3,33 031 a 040 = 2,74 000 a 000 = 0

051 a 999 = 4,04 041 a 050 = 3,33 000 a 000 = 0

000 a 000 = 0 051 a 999 = 4,04 000 a 000 = 0

COMERCIAL 4 INDUSTRIAL 5 RESIDENCIAL 6

m3 R$ m3 R$ m3 R$

000 a 010 = 1,97 000 a 020 = 2,95 000 a 012 = 0,934

011 a 999 = 3,09 021 a 999 = 4,69 013 a 020 = 1,54

000 a 000 = 0 000 a 000 = 0,000 021 a 030 = 2,380

000 a 000 = 0 000 a 000 = 0,000 031 a 040 = 2,74

000 a 000 = 0 000 a 000 = 0,000 041 a 050 = 3,33

000 a 000 = 0 000 a 000 = 0 051 a 999 = 4,04

RESIDENCIAL 7 RESIDENCIAL 8 RESIDENCIAL 9

m3 R$ m3 R$ m3 R$

000 a 012 = 0,934 000 a 012 = 0,934 000 a 012 = 0,934

013 a 020 = 1,54 013 a 020 = 1,54 013 a 020 = 1,54

021 a 030 = 2,38 021 a 030 = 2,38 021 a 030 = 2,38

031 a 040 = 2,74 031 a 040 = 2,74 031 a 040 = 2,74

041 a 050 = 3,33 041 a 050 = 3,33 041 a 050 = 3,33

051 a 999 = 4,04 051 a 999 = 4,04 051 a 999 = 4,04

Fonte: Sistema de Abastecimento de Água de Limoeiro do Norte, 2008<http://www.saae-

limoeiro.com.br/tarifas.htm>

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8. RETORNO DA SOCIEDADE (LEITURA COMUNITÁRIA)

Após capacitação na Sede de Limoeiro do Norte, foram realizados seminários

na própria sede do Município, no distrito de Bixopá e em comunidades rurais buscando

o retorno da sociedade com relação à situação atual do saneamento básico no

município, conforme Relatório de Mecanismos de Participação da Sociedade - RMPS.

Com relação ao setor de abastecimento de água foram contextualizadas para o

município de Limoeiro do Norte, as seguintes realidades:

Quadro 8.1 - Resultados dos Seminários realizados no Município de Limoeiro do Norte referente ao sistema de abastecimento de água

Realização Comunidades Data Relatos da sociedade

Sede / Setor NH 4

Setor NH 4, Setor NH 5, Setor NH 6, Setor S

22 / 09 / 08

- Em todos os setores tem abastecimento de água; - A água encanada vem de poço profundo que está localizado próximo aos lotes agrícolas (problemas com a pulverização de veneno), a comunidade tem medo de que a água esteja contaminada; - Foi sugerido que seja realizado exame da água do poço; - A água tem muito cloro, muitas pessoas tem problemas de estômago; - As águas dos lotes (plantação de arroz) pulverizados com veneno correm para o Rio Banabuiú (contaminação da água); - Setores 4, 5 e 6 o abastecimento vem do poço profundo; - Setor S vem da adutora de Danças; - A água às vezes não é límpida, os filtros das residências ficam muito sujos; - Em alguns locais (mais altos), às vezes falta água; - Falta pressão na rede, nos pontos mais altos as pessoas não conseguem encher as caixas d’água.

Sede / Canto Grande de Baixo

Canto Grande de Baixo, Canto Grande de Cima e Setor R

22 / 09 / 08

- Adutora abastece as comunidades, mas a água não tem boa qualidade, é salobra; - C.G. de Baixo, falta água às vezes, a água é turva (vem do Banabuiú); - C.G. de Cima, a água tem pressão, a água vem do poço profundo, pois é a mesma adutora do setor R, a água tem muito cloro; - Animais mortos no rio onde se usa a água.

Sede / Cidade Alta

Cidade Alta e Bom Jesus

22 / 09 / 08

- Tem abastecimento de água do SAAE (captação no rio Jaguaribe); - Água de Boa qualidade; - Não tem falta de água.

Distrito de Bixopá / Sede

Bixopá e Cabeça da Vaca

23 / 09 / 08

- Cabeça da Vaca não tem abastecimento em algumas casas; - Espingarda está sendo feita a ligação; - No bairro São Lucas (Favela) não tem abastecimento,

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Realização Comunidades Data Relatos da sociedade estão cavando e colocando os canos; - Na sede tem abastecimento do SAAE (mesma da sede Limoeiro); - Reservatório do Espinho; - A água tem muito cloro, mas é de boa qualidade; - Onde não tem rede usa-se cisterna (para beber), carro pipa (para beber), e retira-se água do açude, que não é de boa qualidade, pois os animais tomam banho, lava-se roupa e carro.

Sede / Ingarana

Congo I e Congo II, Ingarana

23 / 09 / 08

- Tem abastecimento, mais falta água frequentemente; - Nos locais mais altos falta mais água; - A rede tem pressão quando tem água; - A qualidade não é boa, possui cloro em excesso e é salobra; - A água vem do setor 5; - Congo II - muitas pessoas estão doentes por causa desta água (não tem boa qualidade).

Sede / Espinho Espinho e Danças 24 / 09 / 08

- Espinho e danças possuem rede de abastecimento de água do SAAE (água vem da sede de Limoeiro); - Água com muito cloro; - No período da chuva a qualidade piora muito; - A maioria das casas possui caixa d’agua; - Água com pressão.

Sede / Pedra Branca

Pedra Branca, Tabuleiro Alto, Várzea do Cobra, Lagoa das Carnaúbas, Jurema.

24 / 09 / 08

- Algumas casas possuem poço; - Existe rede de abastecimento do SAAE (manancial poço profundo na própria comunidade, Jurema e Lagoa das Carnaúbas são a mesma adutora poço); - Lagoa das Carnaúbas às vezes falta água; - Em Pedra Branca e Tabuleiro alto água tem muito ferro (cheio de capa rosa); - Lagoa das Carnaúbas e Jurema água de boa qualidade; - Várzea do Cobra não tem rede de abastecimento,são utilizados poços individuais (água salobra e não tem boa qualidade),possui 2 chafarizes público onde a comunidade se abastece desta água; - Segundo o SAAE existe um projeto que irá substituir os sistemas alternativos de água.

Sede / Bom Fim

Bom Fim, Bom Fim de Cima, Morros, Pitombeira, Socorro.

25 / 09 / 08

-Tem abastecimento de água em Bom Fim; - Algumas casas possuem poço, onde não se liga à rede; - Pitombeiras e Morros têm abastecimento de água, mas se utiliza poços em muitas casas; - Em Socorro quase todos se utilizam de água encanada; - Existe rede de abastecimento do SAAE (adutora do rio Quixeré); - Água de boa qualidade, mas às vezes apresenta muito cloro; - Durante o inverno fica amarelada; - A água dos poços às vezes é salobra e apresenta ferro; - Em toda a região as pessoas se utilizam de cisternas.

Sede / Km 60 Km 60 e Sucupira 25 / 09 / 08

Km 60: -Tem abastecimento de água; - Há um poço que abastece a comunidade; - Água sem tratamento com muito calcário;

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Realização Comunidades Data Relatos da sociedade - A água não é clorada, pois a população reclamava – problemas de saúde. SUCUPIRA: - Água clorada, muito cloro, sem qualidade; - Maioria das pessoas não tem caixa água; - A água é limpa, mas com calcário, as velas dos filtros ficam com uma crosta; - Casos de pessoas doentes, suspeitas de pessoas com cálculo renal por conta da água; - Poucas pessoas possuem cisterna, a maioria possui tanques pequenos de máx 1000 litros.

Sede / Côrrego de Areia

Côrrego de Areia, Quixaba, Milagres

09 / 10 / 08

- Não tem abastecimento de água, a maioria da comunidade usa água de poço; - Os locais onde há água vem de adutoras; - 150 casas têm água de poço salobra; - Água de boa qualidade em alguns locais; - Poços com capa rosa; - O tratamento é feito em casa com filtração e cloração (só alguns cloram); - A água do SAAE tem boa qualidade, mas a comunidade reclama do cloro; - Falta de água é raro, mas quando acontece é durante o dia; - Grande parte da comunidade possui caixas d’água.

Sede / Arraial Arraial 09 / 10 / 08

-Quase todas as casas tem rede de abastecimento de água do SAAE; -No verão falta muita água - às vezes a água é fraca; -No inverno a água fica barrenta; -A comunidade relata que a água tem muito cloro.

Sede / Sede Sede 10 / 10 / 08

- Captação a montante da cidade, no Rio Quixeré - no limite do abastecimento – população teme que água acabe; -Turbidez no período da chuva. No inverno a água fica barrenta; -A comunidade relata que a água tem muito cloro; -Na Ilha, quando quebra canos, falta água.

Fonte: Elaborado com base na participação popular durante a realização dos seminários para elaboração do PMSB / Limoeiro do Norte (2008)

Percebe-se que as verificações identificadas anteriormente no levantamento de

dados/informações e visita técnica são corroboradas através das constatações da

sociedade relacionadas ao abastecimento de água. Temos como exemplos destas

constatações a insuficiência da rede de abastecimento e a turbidez da água.

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9. PROGRAMA DE MELHORIAS SANITÁRIAS - FUNASA

A FUNASA no âmbito de Programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares

(MSD) tem como objetivo promover soluções individualizadas de saneamento,

principalmente em pequenas comunidades que possuem sistema de abastecimento de

água, por meio de instalações sanitárias simplificadas, relacionadas ao uso da água e ao

destino adequado de esgotos do domicílio.

O município de Limoeiro do Norte foi contemplado com 77 convênios, sendo o

valor conveniado R$42.342.269,13, do qual já foi liberado o valor de R$

27.649.898,76, segundo o site da Controladoria-Geral da União (2008).

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11

de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.

BRASIL. Lei n° 9433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de

Recursos Hídricos, Cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,

Regulamenta o Inciso XIX do ART.21 da Constituição Federal, e Altera o ART.1 da

Lei n. 8.001, de 13 de março de 1990, que Modificou a Lei n. 7.990, de 28 de dezembro

de 1989. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], de 09 de janeiro de

1997.

BRASIL. Lei nº 9984, de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a criação da Agência

Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de

Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de

Recursos Hídricos, e dá outras providências

CEARÁ. Lei nº 11.996 de 24 de julho de 1992, que dispõe sobre a Política Estadual de

Recursos Hídricos, institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos – SIGERH.

CEARÁ. Lei nº 12.217, de 18 de novembro de 1993, cria a Companhia de Gestão dos

Recursos Hídricos do Ceará - COGERH, e dá outras providências.

CEARÁ. Lei nº 11.306, de 01 de abril de 1987, dispõe, dispõe sobre a extinção,

transformação e criação de Secretarias de Estado e cria cargos de Subsecretário e dá

outras providências.

Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – Cogerh. Site: http://www.cogerh.com.br, acesso em 30 de dezembro de 2008.

Confederação Nacional dos Municípios. Site: http://www.cnm.org.br/, acesso em 09 de janeiro de 2009.

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Controladoria-Geral da União. Site: http://www.cgu.gov.br/convenios/, acesso em 22 de dezembro de 2008.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Site:

http://www.ibge.gov.br/home/, acesso em 05 de janeiro de 2009.

Limoeiro do Norte. Lei nº 53, de 14 de Maio de 1965. Cria o Serviço Autônomo de Água e Esgotos e dá outras providências.

Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) – Plano de Estruturação Urbana. Limoeiro do Norte. Agosto de 2000.

Portal de Serviços e Informações do Estado do Ceará. Site: http://www.ceara.gov.br/, acesso em 30 de dezembro de 2008. Secretaria de Recursos Hídricos. Site: http://www.srh.ce.gov.br, acesso em 05 de janeiro de 2009.

Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Site: http://www.cprm.gov.br/, acesso 22 de dezembro de 2008.

Sistema Autônomo de Água e Esgoto. Site: http://www.saae-limoeiro.com.br/, acesso em 29 de dezembro de 2008.

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2006).

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ANEXO I

LEI MUNICIPAL Nº 53, de 14 de Maio de 1965

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ESTADO DO CEARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTE

LEI MUNICIPAL Nº 53, de 14 de Maio de 1965.

Cria o Serviço Autônomo de Água e Esgotos e dá outras providências.

O Prefeito Municipal de Limoeiro do Norte, Faço saber que a Câmara Municipal decretou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1º - Fica criado, como entidade autárquica municipal, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Limoeiro do Norte (SAAEL), com personalidade jurídica própria, sede e foro na cidade de Limoeiro do Norte, dispondo de autonomia econômico-financeira e administrativa dentro dos limites traçados na presente Lei.

Art. 2º - O SAAEL exercerá sua ação em todo o Município de Limoeiro do Norte, competindo-lhes, com exclusividade:

a) - estudar, projetar e executar, diretamente ou mediante contrato com organizações especializadas em engenharia sanitária, as obras relativas à construção, ampliação ou remodelação dos sistemas públicos de abastecimento de água potável e de esgotos sanitários, que forem objeto de convênio entre a Prefeitura e os órgãos federais ou estaduais específicos;

b) - atuar, como órgão coordenador e fiscalizador da execução dos convênios firmados entre o Município e os órgãos federais ou estaduais, para estudos, projetos e obras de construção, ampliação ou remodelação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotos sanitários;

c) - operar, manter, conservar e explorar, diretamente, os serviços água potável e de esgotos sanitários;

d) - lançar, fiscalizar e arrecadar as taxas dos serviços de água e esgotos e as taxas de contribuição que incidirem sobre os terrenos beneficiados com tais serviços;

e) - exercer quaisquer outras atividades relacionadas com os sistemas públicos de água e esgotos, compatíveis com leis gerais e especiais;

Art. 3º - o SAAEL será administrado por um Diretor, de preferência engenheiro civil, nomeado pelo Prefeito Municipal.

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§ lº - Poderá a Prefeitura, entretanto, contratar a administração do SAAEL com uma organização oficial especializada em engenharia sanitária, como a Fundação Serviço Especial de Saúde Pública ou órgão similar.

§ 2° - Incumbe ao Diretor ou, no caso do parágrafo anterior, a entidade administradora, representar o SAAEL ou promover-lhe a representação em juízo ou fora dele.

Art. 4° - 0 patrimônio inicial do SAAEL será constituído de todos os bens móveis, imóveis, instalações, títulos, materiais e outros valores próprios Município, atualmente destinados, empregados e utilizados nos sistemas públicos de água e esgotos sanitários, os quais lhe serão entregues sem qualquer ônus ou compensações pecuniárias.

Art. 5º - A receita do SAAEL provirá dos seguintes recursos:

a) - do produto de quaisquer tributos e remunerações decorrentes dos serviços de água e esgotos, tais como: taxas de água e esgotos, instalações, reparo, aferição, aluguel e conservação de hidrômetros, serviços referentes a ligações de água e de esgotos, prolongamento de redes por conta de terceiro, etc.

b) - das taxas de contribuição me incidirem sobre os terrenos beneficia dos com serviços de água e esgotos;

c) - da subvenção que lhe for anualmente consignada no Orçamento da Prefeitura, cujo valor não será inferior a 5% (cinco por cento) da quota do imposto de renda atribuída ao Município;

d) - dos auxílios, subvenções e créditos especiais ao adicio que lhe forem concedidos, inclusive para obras novas, pelos governos federal, estadual e municipal ou por organismos de cooperação internacional:

e) - do produto dos juros sobre depósitos bancários e outras rendas patrimoniais;

f) - do produto da venda de materiais inservíveis e da alienação bens patrimoniais que se tornarem desnecessários aos seus serviço;

g) - do produto de cauções ou depósitos que reverterem aos seus cofres, ou inadimplemento contratual;

h) - de doações, legados e outras rendas que, por sua natureza e finalidade, lhe devam caber.

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Parágrafo Único - Mediante prévia autorização do Prefeito Municipal, poderá o SAAEL realizar operações de crédito por antecipação de receita ou para a obtenção de recursos necessários à execução das obras de ampliação ou remodelação dos sistemas de água e esgotos.

Art. 6º - A classificação dos serviços de água e esgotos, as taxas respectivas e as condições para a sua concessão serão estabelecidas em regulamento.

Parágrafo Único - As taxas serão fixadas em termos de percentuais sobre o valor do salário mínimo da região, calculadas de modo a assegurar, em conjunto com outras rendas, a auto-suficiência econômico-financeira do SAAEL.

Art. 7º - serão obrigatórias, nos termos do art. 36 do Decreto Federal nº 49.974, de 21 de Janeiro de 1961, os serviços de água e esgotos nos prédios considerados habitáveis, situados em logradouros dotados das respectivas redes.

Art. 8º - os proprietários de terrenos baldios, loteados ou não situados em logradouros dotados de redes públicas de distribuição de água ou de esgotos sanitários, desprovidos ias respectivas ligações, ficarão sujeitos ao pagamento de uma taxa de contribuição, na forma a ser fixada em regulamento.

Art. 9° - É vedado ao SAAEL conceder isenção ou redução de taxas dos serviços de água e esgotos.

Art. l0 – O SAAEL terá quadro próprio de empregados, os quais ficarão sujeitos ao regime de emprego previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.

Parágrafo único - Compete à administração do SAAEL admitir, movimentar e dispensar os seus empregados, de acordo com as normas a serem fixadas em regime interno.

Art. 11 - Aplicam-se ao SAAEL, naquilo que disser respeito aos seus bens, rendas e serviços, todas as prerrogativas, isenções, favores fiscais e demais vantagens que os serviços municipais gozem e que lhes caibam por lei.

Art. 12 - O SAAEL submeterá, anualmente, à aprovação do Prefeito Municipal, o relatório de suas atividades e a prestação de contas do exercício.

Art. 13 - Fica aberto o crédito especial de quinhentos mil cruzeiros (CR$ 500.000), para ocorrer às despesas com a instalação do SAAEL.

Art. 14 - O Prefeito Municipal expedirá os atos necessários à completa regulamentação da presente lei.

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§ 1º - A regulamentação de que trata este artigo compreenderá o regulamento dos serviços de água e esgotos, o regulamento das taxas de contribuição e o regimento interno do SAAEL.

§ 2º - Fica estabelecido o prazo de trinta (30)dias, a contar da data da vigência desta lei, para a aprovação do regulamento dos serviços de água e esgotos.

Art. 15 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Paço da Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte, em 14 de maio de 1965.

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ANEXO II

Checklist – SEMACE

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ANEXO III

Questionários sobre os sistemas de abastecimento de água do município de Limoeiro do Norte

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ANEXO IV

Decreto 5.440

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Decreto 5.440 Presidência da República

Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 5.440, DE 4 DE MAIO DE 2005.

Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nos 8.078, de 11 de setembro de 1990, 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 9.433, de 8 de janeiro de 1997,

DECRETA:

Art. 1o Este Decreto estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento público, assegurado pelas Leis nos 8.078, de 11 de setembro de 1990, 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e pelo Decreto no 79.367, de 9 de março de 1977, e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano, na forma do Anexo - "Regulamento Técnico sobre Mecanismos e Instrumentos para Divulgação de Informação ao Consumidor sobre a Qualidade da Água para Consumo Humano", de adoção obrigatória em todo o território nacional.

Art. 2o A fiscalização do cumprimento do disposto no Anexo será exercida pelos órgãos competentes dos Ministérios da Saúde, da Justiça, das Cidades, do Meio Ambiente e autoridades estaduais, do Distrito Federal, dos Territórios e municipais, no âmbito de suas respectivas competências.

Parágrafo único. Os órgãos identificados no caput prestarão colaboração recíproca para a consecução dos objetivos definidos neste Decreto.

Art. 3o Os órgãos e as entidades dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios e demais pessoas jurídicas, às quais este Decreto se aplica, deverão enviar as informações aos consumidores sobre a qualidade da água, nos seguintes prazos:

I - informações mensais na conta de água, em cumprimento às alíneas "a" e "b" do inciso I do art. 5o do Anexo, a partir do dia 5 de junho de 2005;

II - informações mensais na conta de água, em cumprimento às alíneas "c" e "d" do inciso I do art. 5o do Anexo, a partir do dia 15 de março de 2006; e

III - relatório anual até quinze de março de cada ano, ressalvado o primeiro relatório, que terá como data limite o dia 1o de outubro de 2005.

Art. 4o O não-cumprimento do disposto neste Decreto e no respectivo Anexo implica infração às Leis nos 8.078, de 1990, e 6.437, de 20 de agosto de 1977.

Art. 5o Fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o Regulamento Técnico sobre Mecanismos e Instrumentos para Divulgação de Informação ao Consumidor sobre a Qualidade da Água para Consumo Humano.

Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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Brasília, 4 de maio de 2005; 184o da Independência e 117o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Márcio Thomaz Bastos

Humberto Sérgio Costa Lima

Marina Silva

Olívio de Oliveira Dutra

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 05.5.2005

A N E X O

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE MECANISMOS E INSTRUMENTOS PARA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Este Anexo estabelece mecanismos e instrumentos de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano, conforme os padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Art. 2o Cabe aos responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água cumprir o disposto neste Anexo.

Art. 3o A informação prestada ao consumidor sobre a qualidade e características físicas, químicas e microbiológicas da água para consumo humano deverá atender ao seguinte:

I - ser verdadeira e comprovável;

II - ser precisa, clara, correta, ostensiva e de fácil compreensão, especialmente quanto aos aspectos que impliquem situações de perda da potabilidade, de risco à saúde ou aproveitamento condicional da água; e

III - ter caráter educativo, promover o consumo sustentável da água e proporcionar o entendimento da relação entre a sua qualidade e a saúde da população.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES

Art. 4o Para os fins deste Anexo são adotadas as seguintes definições:

I - água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;

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II - sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de concessão ou permissão;

III - solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano: toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema público de abastecimento de água, incluindo, dentre outras, fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontais e verticais;

IV - controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades exercidas de forma contínua pelos responsáveis pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a manutenção desta condição;

V - vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública, para verificar se a água consumida pela população atende aos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, e avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana;

VI - sistemas isolados: sistemas que abastecem isoladamente bairros, setores ou localidades;

VII - sistemas integrados: sistemas que abastecem diversos municípios simultaneamente ou quando mais de uma unidade produtora abastece um único município, bairro, setor ou localidade;

VIII - unidade de informação: área de abrangência do fornecimento de água pelo sistema de abastecimento; e

IX - ligação predial: derivação da água da rede de distribuição que se liga às edificações ou pontos de consumo por meio de instalações assentadas na via pública até a edificação.

CAPÍTULO III

DAS INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR

Art. 5o Na prestação de serviços de fornecimento de água é assegurado ao consumidor, dentre outros direitos:

I - receber nas contas mensais, no mínimo, as seguintes informações sobre a qualidade da água para consumo humano:

a) divulgação dos locais, formas de acesso e contatos por meio dos quais as informações estarão disponíveis;

b) orientação sobre os cuidados necessários em situações de risco à saúde;

c) resumo mensal dos resultados das análises referentes aos parâmetros básicos de qualidade da água; e

d) características e problemas do manancial que causem riscos à saúde e alerta sobre os possíveis danos a que estão sujeitos os consumidores, especialmente crianças, idosos e pacientes de hemodiálise, orientando sobre as precauções e medidas corretivas necessárias;

II - receber do prestador de serviço de distribuição de água relatório anual contendo, pelo menos, as seguintes informações:

a) transcrição dos arts. 6o, inciso III, e 31 da Lei no 8.078, de 1990, e referência às obrigações dos responsáveis pela operação do sistema de abastecimento de água, estabelecidas em norma do Ministério da Saúde e demais legislações aplicáveis;

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b) razão social ou denominação da empresa ou entidade responsável pelo abastecimento de água, endereço e telefone;

c) nome do responsável legal pela empresa ou entidade;

d) indicação do setor de atendimento ao consumidor;

e) órgão responsável pela vigilância da qualidade da água para consumo humano, endereço e telefone;

f) locais de divulgação dos dados e informações complementares sobre qualidade da água;

g) identificação dos mananciais de abastecimento, descrição das suas condições, informações dos mecanismos e níveis de proteção existentes, qualidade dos mananciais, fontes de contaminação, órgão responsável pelo seu monitoramento e, quando couber, identificação da sua respectiva bacia hidrográfica;

h) descrição simplificada dos processos de tratamento e distribuição da água e dos sistemas isolados e integrados, indicando o município e a unidade de informação abastecida;

i) resumo dos resultados das análises da qualidade da água distribuída para cada unidade de informação, discriminados mês a mês, mencionando por parâmetro analisado o valor máximo permitido, o número de amostras realizadas, o número de amostras anômalas detectadas, o número de amostras em conformidade com o plano de amostragem estabelecido em norma do Ministério da Saúde e as medidas adotadas face às anomalias verificadas; e

j) particularidades próprias da água do manancial ou do sistema de abastecimento, como presença de algas com potencial tóxico, ocorrência de flúor natural no aqüífero subterrâneo, ocorrência sistemática de agrotóxicos no manancial, intermitência, dentre outras, e as ações corretivas e preventivas que estão sendo adotadas para a sua regularização.

Art. 6o A conta mensal e o relatório anual deverão trazer esclarecimentos quanto ao significado dos parâmetros neles mencionados, em linguagem acessível ao consumidor, observado o disposto no art. 3o deste Anexo.

Art. 7o A conta mensal e o relatório anual serão encaminhados a cada ligação predial.

Parágrafo único. No caso de condomínios verticais ou horizontais atendidos por uma mesma ligação predial, o fornecedor deverá orientar a administração, por escrito, a divulgar as informações a todos os condôminos.

Art. 8o O relatório anual deverá contemplar todos os parâmetros analisados com freqüência trimestral e semestral que estejam em desacordo com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, seguido da expressão: "FORA DOS PADRÕES DE POTABILIDADE".

§ 1o O consumidor deverá ser informado caso não sejam realizadas as análises dos parâmetros referidos no caput.

§ 2o Fica assegurado ao consumidor o acesso aos resultados dos demais parâmetros de qualidade de água para consumo humano estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Art. 9o Os prestadores de serviço de transporte de água para consumo humano, por carros-pipa, carroças, barcos, dentre outros, deverão entregar aos consumidores, no momento do fornecimento, no mínimo, as seguintes informações:

I - data, validade e número ou dado indicativo da autorização do órgão de saúde competente;

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II - identificação, endereço e telefone do órgão de saúde competente;

III - nome e número de identidade do responsável pelo fornecimento;

IV - local e data de coleta da água; e

V - tipo de tratamento e produtos utilizados.

§ 1o Cabe aos órgãos de saúde fornecer formulário padrão onde estarão contidas as informações referidas nos incisos I a V.

§ 2o Os prestadores de serviço a que se refere o caput deverão prover informações aos consumidores sobre cor, cloro residual livre, turbidez, pH e coliformes totais, registrados no fornecimento.

Art. 10. Nas demais formas de soluções alternativas coletivas, as informações referidas no art. 5o deste Anexo serão veiculadas, dentre outros meios, em relatórios anexos ao boleto de pagamento de condomínio, demonstrativos de despesas, boletins afixados em quadros de avisos ou ainda mediante divulgação na imprensa local.

Art. 11. Os responsáveis pelas soluções alternativas coletivas deverão manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de forma compreensível aos consumidores e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública.

CAPÍTULO IV

DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO COMPLEMENTARES

Art. 12. Os responsáveis pelos sistemas de abastecimento devem disponibilizar, em postos de atendimento, informações completas e atualizadas sobre as características da água distribuída, sistematizadas de forma compreensível aos consumidores.

Art. 13. A fim de garantir a efetiva informação ao consumidor, serão adotados outros canais de comunicação, tais como: informações eletrônicas, ligações telefônicas, boletins em jornal de circulação local, folhetos, cartazes ou outros meios disponíveis e de fácil acesso ao consumidor, sem prejuízo dos instrumentos estabelecidos no art. 5o deste Anexo.

Art. 14. Os responsáveis pelos sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas deverão comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública e informar, de maneira adequada, à população a detecção de qualquer anomalia operacional no sistema ou não-conformidade na qualidade da água tratada, identificada como de risco à saúde, independentemente da adoção das medidas necessárias para a correção da irregularidade.

Parágrafo único. O alerta à população atingida deve contemplar o período que a água estará imprópria para consumo e trazer informações sobre formas de aproveitamento condicional da água, logo que detectada a ocorrência do problema.

Art. 15. O responsável pelo sistema de abastecimento de água para consumo humano, ao realizar programas de manobras na rede de distribuição, que, excepcionalmente, possam submeter trechos a pressões inferiores a atmosférica, deverá comunicar essa ocorrência à autoridade de saúde pública e à população que for atingida, com antecedência mínima de setenta e duas horas, bem como informar as áreas afetadas e o período de duração da intervenção.

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Parágrafo único. A população deverá ser orientada quanto aos cuidados específicos durante o período de intervenção e no retorno do fornecimento de água, de forma a prevenir riscos à saúde.

Art. 16. Os responsáveis pelos sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas deverão manter mecanismos para recebimento de reclamações referentes à qualidade da água para consumo humano e para a adoção das providências pertinentes.

Parágrafo único. O consumidor deverá ser comunicado, formalmente, por meio de correspondência, no prazo máximo de trinta dias, a partir da sua reclamação, sobre as providências adotadas.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 17. Compete aos órgãos de saúde responsáveis pela vigilância da qualidade da água para consumo humano:

I - manter registros atualizados sobre as características da água distribuída, sistematizados de forma compreensível à população e disponibilizados para pronto acesso e consulta pública;

II - dispor de mecanismos para receber reclamações referentes às aracterísticas da água, para adoção das providências adequadas;

III - orientar a população sobre os procedimentos em caso de situações de risco à saúde; e

IV - articular com os Conselhos Nacionais, Estaduais, do Distrito Federal, dos Territórios e Municipais de Saúde, Saneamento e Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Comitês de Bacias Hidrográficas e demais entidades representativas da sociedade civil atuantes nestes setores, objetivando apoio na implementação deste Anexo.

§ 1o Os órgãos de saúde deverão assegurar à população o disposto no art. 14 deste Anexo, exigindo maior efetividade, quando necessário, e informar ao consumidor sobre a solução do problema identificado, se houver, no prazo máximo de trinta dias, após o registro da reclamação.

§ 2o No caso de situações de risco à saúde de que trata o inciso III e o § 1o deste artigo, os órgãos de saúde deverão manter entendimentos com o responsável pelo sistema de abastecimento ou por solução alternativa coletiva quanto às orientações que deverão ser prestadas à população por ambas as partes.

Art. 18. Caberão aos Ministérios da Saúde, da Justiça, das Cidades, do Meio Ambiente e às autoridades estaduais, municipais, do Distrito Federal e Territórios, o acompanhamento e a adoção das medidas necessárias para o cumprimento do disposto neste Anexo.

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ANEXO V

Modelo Aviso de Corte

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ANEXO VI

SNIS

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