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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE VIDEIRA RELATÓRIO II Do Controle Social – Reuniões Realizadas Para Coleta de Subsídios aos Diagnósticos Florianópolis, Maio de 2010.

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PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO DE

VIDEIRA

RELATÓRIO II

Do Controle Social – Reuniões Realizadas Para Coleta de

Subsídios aos Diagnósticos

Florianópolis, Maio de 2010.

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Relatório II Do Controle Social

Plano de Saneamento Básico de Videira Maio/2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3

2. CONTROLE SOCIAL ............................................................................................... 4

2.1 No CONSAVI ..................................................................................................... 4

2.2 No Bairro Cidade Alta ......................................................................................... 4

2.3 No Bairro Santa Tereza....................................................................................... 5

2.4 No Bairro De Carli .............................................................................................. 6

2.5 No Bairro Rio das Pedras .................................................................................... 7

2.6 No Distrito de São Pedro ..................................................................................... 8

2.7 No Bairro Amarante ........................................................................................... 9

2.8 Na Câmara de Vereadores ................................................................................ 10

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório é o segundo da série que integra o Plano Municipal de Saneamento do

Município de Videira, desenvolvido conforme Termo de Referência de Elaboração do Plano,

processo licitatório TP 11/2009, contrato 455/2009 de 17 de dezembro de 2009, e em

atendimento ao que estabelece a Lei Federal no 11.445 de 11 de janeiro de 2007 e a Lei

Municipal no 64 de 28 de maio de 2008 e suas alterações. O conteúdo deste relatório

contempla a etapa dos diagnósticos setoriais. Apresenta um resumo das contribuições

colhidas em reuniões realizadas com a sociedade videirense. Estas contribuições, com o

devido filtro técnico foram incorporadas aos diagnósticos setoriais.

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2. CONTROLE SOCIAL

2.1 No CONSAVI

No dia 17 de maio de 2010, as 13:30 h, foi realizada reunião com Conselho Municipal de

Saneamento de Videira (CONSAVI) para apresentação dos diagnósticos preliminares

desenvolvidos pela Consultora, como ponto de partida para o conhecimento da situação dos

4 (quatro) serviços, e respectivas instalações, que integram o Saneamento Básico Municipal

e posterior coleta de contribuições a estes diagnósticos. Para esta reunião também foram

convidados os integrantes da Câmara Municipal. A presença ficou abaixo da esperada, mas a

reunião se desenvolveu com boa participação dos presentes, por mais de 3 horas. Além da

correção do nome das secretarias responsáveis pelos serviços, registra-se a sugestão para

Lei Municipal que e condicione a concessão de Alvará de funcionamento para indústrias, à

apresentação de compromisso de destino adequado aos resíduos industriais gerados, bem

como a comprovação, no final do exercício, como pré-requisito para o Alvará do ano

seguinte, da destinação anteriormente indicada.

2.2 No Bairro Cidade Alta

No dia 17 de maio de 2010, as 19:00 h, foi realizada reunião no Bairro Cidade Alta para

coleta de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

As manifestações se voltaram principalmente para reclamação da qualidade da prestação de

serviços de abastecimento de água, com seguidas interrupções do suprimento e com demora

no restabelecimento especialmente no verão.

A falta de sistema de esgotos sanitários e a falta ou deficiência de redes de drenagem,

aliadas a baixa permeabilidade do solo provocam situações de esgotos vertendo nas ruas.

Moradora do Loteamento XV de Novembro, Rua Carl M. Ramsdorf, com residências de bom

padrão, afirma que pagaria com prazer tarifa de esgotos para ver o problema resolvido, pois

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já paga com frequência caminhão limpa fossa para esgotar as suas instalações, ao custo de

R$300,00 por limpeza.

Há invasão em área do Município (excesso), muito íngreme, iniciada 15 anos atrás, a

população é em sua maioria de baixa renda. Não existe rede pluvial e como em todo o

restante do bairro, a permeabilidade do solo é baixa, pois estes são rasos, com rochas a

pequena profundidade. Nestas condições, os efluentes de fossas rudimentares vertem pela

rua e até mesmo adentrando nos lotes de soleira baixa, configurando condições de

baixíssima salubridade ambiental. A Prefeitura Municipal instalou fossa e filtro comunitários,

mas este também verte como constatado nas fotos abaixo. Os efluentes são drenados

naturalmente para o Rio XV, a montante da atual captação, e conforme já mencionado no

diagnóstico de água, a ocupação de áreas nesta situação deve ser restringida.

Na Avenida Constantino Crestani, na parte da pista dupla não pavimentada, a falta de

drenagem permite o escoamento das águas pluviais para o interior dos terrenos de soleira

baixa.

2.3 No Bairro Santa Tereza

No dia 17 de maio de 2010, as 20:30 h, foi realizada reunião no Bairro Santa Tereza para

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coleta de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

Com baixa presença dos moradores as manifestações foram centradas na falta de água no

verão, em determinadas regiões do bairro. Na Rua Arlindo Matos o abastecimento é regular

e com boa pressão em um trecho e irregular e com baixa pressão em outro. Isto ocorre

devido a grande quantidade de áreas de influência de reservatórios e de zonas de pressão já

mencionada que no PSB, que carecem de reorganização técnica para sua redução e definição

de novos limites. A alta turbidez reportada para esta rua, em pontos identificados como

finais de rede, indicam a falta de descargas de rede. A CASAN deve prever plano de descarga

para terminais de redes e para a ocorrência de vazamentos.

Quanto à drenagem urbana houve manifestação de descontentamento com relação aos

alagamentos na frente do Posto Dois Pinheiros, problema já abordado no diagnóstico de

drenagem, área problema 6 (AP06). Na mesma região de alagamento foi reportada a falta de

varrição e remoção de solo carreado pelas chuvas e depositados ao longo das ruas e

calçadas.

Reivindicada a autorização para canalizar córrego do Curtume em fundo de lote.

Argumentam que o córrego é canalizado em trechos a montante e a jusante.

2.4 No Bairro De Carli

No dia 18 de maio de 2010, as 19:00 h, foi realizada reunião no Bairro De Carli para coleta

de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

Com baixa presença dos moradores as manifestações foram de insatisfação com relação à

qualidade da prestação dos serviços de abastecimento de água. Reportaram que no verão

faltou água sistematicamente. O desabastecimento não era somente a rotina de faltar água

de dia e voltar o abastecimento à noite, faltou água por dois dias e duas noites. Apontam

que após as faltas de água o reinício do abastecimento é precedido por grande quantidade

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de ar nas redes, registrando nos hidrômetros volumes superiores aos realmente consumidos.

Apontam que na Rua Rosário Bogoni, onde não há rede de drenagem pluvial, o esgoto

sanitário escoa pela rua, a céu aberto.

Quanto aos resíduos sólidos, apontam que na mesma Rua Rosário Bogoni, diferentemente

das demais ruas, a coleta de lixo se processa apenas um dia por semana e solicitam que este

serviço tenha a mesma frequência das demais ruas do bairro.

Reivindicam limpeza periódica, com caminhão lava jato, na escadaria entre as Ruas Nossa

Senhora da Saúde e Domingos Lira.

2.5 No Bairro Rio das Pedras

No dia 18 de maio de 2010, as 20:30 h, foi realizada reunião no Bairro Rio das Pedras para

coleta de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

O tema central da reunião foram as descontinuidades no abastecimento de água. O poço que

atende ao sistema local não apresenta vazão firme e suficiente para o abastecimento do

bairro e o reforço de suprimento do sistema do Rio do Peixe, nas situações críticas como a do

mês de abril passado, não foi acionado. Reportaram falta de água de mais de 2 dias no

período crítico que enfrentaram em março e abril. Dizem que ao reclamar, a CASAN sempre

argumenta que as residências têm que ter reservação própria, mas a falta de água atinge

também os que possuem esta reservação.

Segundo argumentam, na região onde está o poço da CASAN existem cerca de 18 poços de

indústrias, com profundidades superiores, inclusive um da CASAN com bomba presa. Quando

estes outros poços são muito solicitados, por safra de maçã ou testes de vazão como

aconteceu recentemente, a vazão do poço da CASAN, que é menos profundo, se reduz e se

torna insuficiente ao atendimento do bairro.

Quanto à coleta do lixo reclamam dos resíduos pós coletas e também do rompimento de

embalagens quando do grupamento das embalagens individuais, antes da passagem do

caminhão de coleta. Como a passagem do caminhão de coleta é de madrugada, a maioria

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deposita os lixos à noite, ficando estes expostos à ação de cães.

A rede de esgotos feita pela COHAB é precária (tubos inapropriados) e não é operada, pois

foram implantadas soluções individuais sem o tratamento dos efluentes das fossas. Grande

parte da rede perdeu a funcionalidade e os esgotos vertem em algumas ruas onde inexiste

drenagem pluvial. Igual ocorrência de esgotos escoando em valas abertas foi relatada para o

núcleo de casas próximo à empresa Agrícola Fraiburgo.

Um dos presentes pediu para intensificar a educação sanitária na escola, pois as suas

imediações apresentam, sempre, resíduos jogados por estudantes.

2.6 No Distrito de São Pedro

No dia 19 de maio de 2010, as 19:00 h, foi realizada reunião no Distrito de São Pedro para

coleta de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

O sistema operado pela Comunidade apresenta problemas de falta de água, e houve uma

decisão de transferi-lo para CASAN, na busca de uma administração técnica. Classificam

como o maior problema do Distrito. Manifestaram insatisfação pelo fato de a CASAN não ter

assumido o sistema de abastecimento de água, conforme expectativa gerada em reuniões

que definiram o encaminhamento da reivindicação da Comunidade. Relatam que

representantes da CASAN estiveram no local e orientaram os moradores a implantar as

instalações padrão da CASAN para recepcionar os hidrômetros, dando prazo de 20 dias.

Afirmam que isto foi realizado com dificuldade por alguns, pois o custo foi de R$ 160,00 reais

por unidade, pagos a uma empresa particular. A orientação da CASAN se deu em novembro

do ano passado e até o momento os hidrômetros não foram instalados e nada foi feito.

Sentem-se frustrados e desrespeitados.

Atualmente cerca de 45 casas são abastecidas e não é cobrada tarifa, havendo expectativa

de até 62 ligações quando superados os problemas de pressão de redes.

A vazão informada para o poço é de 1.800 l/h, insuficiente para o abastecimento de 45

casas, com 16 horas de funcionamento do poço. Segundo relatam esta vazão era superior,

mas durante o período de operação houve uma redução de rendimento do poço.

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Há um segundo poço perfurado na região, que segundo relatos, apresentou altas

concentrações de ferro.

Com relação à coleta de lixo há plena satisfação.

Quanto à limpeza urbana reivindicam a reposição do funcionário que atendia a Comunidade,

com os serviços de varrição, poda, limpeza de boca de lobos e manutenção do cemitério.

Quanto à drenagem urbana, solicitam a substituição de cerca de 8 metros de bueiro próximo

a serraria, por diâmetro superior e suficiente para não gerar represamento do córrego que

atravessa a sede do distrito, bem como limpeza deste córrego.

2.7 No Bairro Amarante

No dia 19 de maio de 2010, as 20:30 h, foi realizada reunião no Bairro Amarante para coleta

de contribuições para a elaboração dos diagnósticos.

Preponderaram manifestações indignadas com as péssimas condições de saneamento do

bairro, com relação ao esgotamento sanitário e a drenagem.

Os solos do bairro são argilosos e rasos, com o maciço rochoso a baixa profundidade e,

portanto, com reduzida permeabilidade. As soluções individuais não são eficientes e os

esgotos vertem para a superfície, escoando a seu aberto e exalando odor desagradável que

adentra às habitações provocando sérios desconfortos e insalubridade ambiental, com os

riscos de disseminação de doenças de veiculação hídrica. Isto foi constatado em visita às

Ruas Santa R. Demartini e Geraldo Granziotin.

O traçado das ruas ignorou as condicionantes dos declives naturais do terreno para o

lançamento de redes pluviais. A carência de redes pluviais, ou o seu subdimensionamento,

provoca erosão e valas nas pistas de rolamento, com invasão das águas de chuvas em lotes,

como o registrado na Rua Antônio B. de Jesus. Redes de drenagem subdimensionadas, com

200 mm de diâmetro, geram alagamentos. Visita ao local no dia seguinte à reunião

comprovou as péssimas condições sanitárias em diversos pontos do bairro.

Enquanto não é implantado o sistema de esgotos sanitários, reivindicam medidas

mitigadoras como a disponibilidade efetiva de caminhão limpa fossa pelo Município, com

mangueiras adequadas (acima dos 14 metros atuais), pois os custos de particulares são

insuportáveis, dada a frequência necessária de esgotamentos. Alegam demora no

atendimento às solicitações endereçadas ao Município, cujo carro limpa fossa tem demora

nas operações de manutenção necessárias. Sentem-se impotentes para melhoria das

condições ambientais.

A Comunidade reconhece as dificuldades geológicas da região, mas alegam que estas

condições não podem significar a condenação para que nunca tenham condições adequadas

de saneamento. Mostram-se cooperativos na disponibilização das áreas particulares para

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possibilitar passagem de redes que as condicionantes topográficas determinam, pois a

gravidade da situação provoca um sentimento de solidariedade na busca de soluções.

Os serviços de coleta de lixo não apresentam problemas. Reivindicam lixeira coletiva para

que os moradores da área verde invadida, onde não há ruas, depositem o lixo ensacado para

a coleta, pois nas condições atuais de depósito no solo, ficam expostos aos cães, com os

degradáveis e repugnantes espalhamentos de lixos na via pública.

No abastecimento de água ocorreram manifestações de falta de água no verão, mas não

contundentes como as referentes ao esgotamento sanitário e a drenagem. Nas zonas baixas

foi reportada pressão excessiva de redes com incidência de vazamentos.

O Convênio de Gestão Associada com o Governo do Estado, com a interveniência da CASAN,

estabelece que até 10 de junho de 2010, deverão estar implantados os sistemas de esgotos

sanitários dos bairros Amarante, Vila Verde e Estação Experimental, para atendimento das

notificações do Ministério Público. Isto não será atendido no prazo estabelecido.

2.8 Na Câmara de Vereadores

No dia 20 de maio de 2010, as 19:00 h, foi realizada reunião no Câmara de Vereadores de

Videira para coleta de contribuições da área central da cidade e de parte dos Srs.

Vereadores, visando a elaboração dos diagnósticos.

Todo o público da reunião se resumiu na presença de dois Vereadores, que informaram que

são constantemente cobrados por melhorias nas condições sanitárias e que gostariam de

aprofundar o conhecimento dos serviços de saneamento. Solicitaram que na apresentação do

próximo produto do Plano (prognósticos), seja feita uma apresentação aos vereadores,

previamente à Audiência Pública.

Os registros de todas as reuniões estão no Anexo 01.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Infelizmente, em que pese a divulgação havida, a presença popular nas reuniões

comunitárias foi baixa. Contribuições ou questionamentos técnicos não são esperados nestas

reuniões e as manifestações focam invariavelmente a qualidade dos serviços prestados.

Recomenda-se que na revisão do Plano além destas reuniões comunitárias se desenvolva

simultaneamente uma pesquisa abrangente e tecnicamente conduzida por entrevistadores,

colhendo opiniões de maior parcela da população e de todos os bairros do Município.

Os maiores problemas detectados estão nos serviços prestados de abastecimento de água,

na inexistência de serviços de esgotos sanitários e na abrangência e funcionalidade das redes

de drenagem urbana.

O abastecimento de água não poderia ter avaliação diferente, pois conforme diagnosticado a

série de elevatórias em cadeia, e a vulnerabilidade do sistema como um todo, provoca

desabastecimentos mais frequentes e longos nos núcleos urbanos mais afastados, e

normalmente os mais carentes e desprovidos de reservação domiciliar.

As condições sanitárias de alguns locais dos bairros Amarante, Cidade Alta e Vila Verde, são

comparáveis à situação que as grandes cidades da Europa se encontravam na metade do

século 19 (1850), descritas no histórico do diagnóstico de esgotos sanitários. Os solos destes

bairros são argilosos e rasos, com o maciço rochoso a baixa profundidade, portanto, com

reduzida permeabilidade. As soluções individuais como fossa, filtro e sumidouro não são

eficientes devido à reduzida permeabilidade e os esgotos vertem para a superfície, escoando

a seu aberto onde não há rede pluvial, exalando mau odor e adentrando nos lotes em nível

inferior às ruas. Destaca-se a manifestação de uma moradora que reconhece a dificuldade de

se implantar redes de esgotos em solos rasos e com afloramentos rochosos, mas que isto

não pode significar a condenação para que nunca tenham condições adequadas de

saneamento.

As observações e contribuição colhidas nas reuniões comunitárias estão incorporadas nos

diagnósticos setoriais.

Videira, maio de 2010.