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Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico de
Olímpia
Volume V Planejamento Estratégico
2014
Prefeitura Municipal de Olímpia
Gestão: Eugênio José Zuliani
Secretaria de Turismo
José Humberto Puttini
Realização:
T4 Consultoria em Turismo Daniela Toyoshima
Gizele Kitani Priscila Planello
Thiago Allis Vinícius Castelar
Secretaria Municipal de Turismo
Cristina Prado Kislaine Lima Paulo Duarte Priscila Minari Rodrigo Marini
Sumário 1. Estratégias de desenvolvimento turístico ................................................................. 5
1.1. Missão ................................................................................................................ 5
1.2. Visão ................................................................................................................... 5
1.3. Diretrizes ............................................................................................................ 6
2. Estratégias, Programas e Projetos ............................................................................ 8
2.1. Sustentabilidade Turística .................................................................................. 8
2.2. Diversificação da oferta turística ....................................................................... 9
2.3. Consolidação do destino .................................................................................... 9
3. Detalhamento dos Programas ................................................................................ 12
3.1. Programas e Projetos para o ano de 2015 ...................................................... 14
3.2. Programas e Projetos para o ano de 2016 ...................................................... 42
3.3. Programas e Projetos para o ano de 2017 ...................................................... 61
3.4. Previsão das despesas para execução do Plano Diretor de Turismo .............. 72
5
1. Estratégias de desenvolvimento turístico
Neste tópico são desenvolvidos os instrumentos norteadores do desenvolvimento
turístico de Olímpia. Eles definem aonde se quer chegar e indicam os caminhos a
seguir.
1.1. Missão
A missão de um destino turístico traduz a sua razão de existir. Ela deixa claro quais são
os benefícios proporcionados para seu público-alvo. Além disso, ela deve desafiar e
inspirar os prestadores de serviço e a população a produzir e entregar esses benefícios.
Quando se trata de turismo, embora não seja muito óbvio, o público-alvo não se limita
aos visitantes. Inclui também a população local, que pode e deve desfrutar dos
serviços e dos atrativos turísticos em suas atividades cotidianas, no tempo destinado à
cultura e ao lazer. Sendo assim, o principal benefício que Olímpia oferece aos
moradores e visitantes é a oferta de águas quentes. Com base nisso, propõe-se a
seguinte missão para o município:
“Proporcionar experiências memoráveis integrando águas termais, completa
estrutura de lazer e serviços de qualidade para moradores e turistas, a partir de
diversificada oferta turística e produtos turísticos competitivos.”
1.2. Visão
Definir a visão de futuro do destino turístico é o segundo passo para um bom
planejamento estratégico. A visão nada mais é que a descrição de uma situação futura
em que o destino deseja chegar daqui alguns anos, particularmente no que se refere
ao horizonte temporal do Plano Diretor.
No caso de Olímpia, o horizonte de tempo estipulado para a visão foi o ano de 2020,
tendo em vista que o ciclo de amadurecimento dos destinos turísticos é longo e, além
disso, tanto a implementação das políticas públicas em prol da atividade quanto à
implantação ou reforma de novos estabelecimentos requerem longos períodos de
tempo.
6
A visão de futuro traz implícitos em sua descrição alguns objetivos e metas para o
turismo em Olímpia.
Da mesma forma que a missão, a visão precisa ser desafiadora e inspiradora. Portanto,
definiu-se a visão nos seguintes termos:
“Consolidar-se como principal destino de águas termais e parque aquático do Brasil,
diversificando as opções de lazer e entretenimento, principalmente em função do
folclore, e com respeito a todas as dimensões da sustentabilidade”.
É importante lembrar que a visão pode ser reformulada ou ajustada com o passar dos
anos, a fim de se adequar tanto aos anseios dos agentes públicos e da sociedade,
como também às mudanças de contexto que eventualmente ocorram.
1.3. Diretrizes
Diretrizes estratégicas são linhas orientadoras para a elaboração dos projetos e das
ações que devem ser desenvolvidos para o cumprimento da missão e o alcance da
visão. As diretrizes de desenvolvimento turístico de Olímpia são:
Sustentabilidade turística: o desenvolvimento turístico da cidade não pode
estar desvinculado dos princípios da sustentabilidade. É possível obter
crescimento econômico sem provocar danos à cultura local, aos grupos sociais
e ao ambiente natural. E é esse o caminho que Olímpia deverá seguir.
Diversificação da oferta turística: para a completa satisfação dos visitantes da
cidade, será preciso incentivar a criação de novos estabelecimentos,
principalmente nos segmentos de alimentação e entretenimento, bem como
garantir a qualidade dos serviços prestados. Somente assim o turista terá
razões para conhecer e desfrutar o município para além dos muros do clube ou
do resort em que se hospeda.
Consolidação do destino: o destino Olímpia tem potencial para atrair turistas
de todo o Brasil, embora atualmente a demanda seja oriunda principalmente
dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Para isso, será necessário, dentre
outras coisas, aprimorar e integrar a oferta turística, fortalecer a imagem do
7
destino e definir o seu posicionamento no mercado no que diz respeito a
público-alvo, produtos oferecidos e preços praticados.
Como forma de sustentar o cumprimento da missão e da visão turísticas de Olímpia,
cada uma das três Diretrizes ensejou a elaboração de Estratégias – totalizando nove.
Estas, por sua vez, se compõem, do ponto de vista operacional, em um conjunto de 20
Programas, os quais serão detalhados para que se possa orientar o processo de
governança turística da cidade de Olímpia, bem como deste Plano.
Vale ressaltar que esta descrição programática é um ponto de partida para a
consecução do Plano, merecendo, a seu tempo, maior detalhamento quando de sua
execução, a depender do grau de complexidade dos programas, a partir de eventuais
contratações específicas. Por isso, preliminarmente, são apresentados uma descrição,
as tarefas principais, os agentes envolvidos, um orçamento preliminar e um calendário
básico, bem como produtos e resultados esperados. Estes elementos foram
organizados em Fichas de Programas, cada qual com um código específico (vide
Quadro 1).
8
2. Estratégias, Programas e Projetos
As estratégias definidas a seguir pretendem levar Olímpia da situação atual à situação
esperada para o ano de 2020. Assim, elas têm como base todas as informações
colhidas e analisadas ao longo do diagnóstico turístico (pesquisas, visitas e oficinas) e,
como alvos, a missão, a visão e as diretrizes definidas.
Primeiramente serão apresentadas as estratégias relacionadas às três diretrizes
propostas e, em seguida, os programas e projetos que integram cada estratégia.
2.1. Sustentabilidade Turística
Estratégia 1: Gerenciamento dos recursos hídricos A água é essencial para o futuro do turismo em Olímpia, tendo em vista que é seu
principal atrativo e é em virtude desse recurso que a cidade tem recebido milhões em
investimentos hoteleiros e novos parques aquáticos. Diante do cenário nacional de
aumento da poluição dos rios e lençóis freáticos, além da escassez de chuvas, torna-se
imprescindível adotar posturas que visem a preservação da água.
Estratégia 2: Capacitação para o turismo O crescimento da oferta turística em Olímpia virá acompanhado do crescimento da
oferta de empregos no setor. Surgirão muitas vagas relacionadas à hotelaria,
alimentação, recreação, entre outros. Para que os moradores locais aproveitem essas
oportunidades que surgirão, é essencial que estejam capacitados para as funções
requisitadas. Sendo assim, propõe-se um programa de qualificação profissional a fim
de beneficiar a população e garantir o suprimento de mão de obra nas empresas.
Estratégia 3: Valorização da cultura Olímpia é considerada a Capital do Folclore por sediar, há 50 anos, o maior festival de
folclore do país. No entanto apenas uma parcela ínfima dos turistas visita o Festival e
tem contato com o folclore durante a sua estada na cidade. Por essa razão, propõe-se
a aplicação de medidas que efetivamente façam de Olímpia a Capital Nacional do
Folclore, atraindo a atenção do turista para a riqueza cultural brasileira que estará
exposta em diversos ambientes da cidade.
9
Estratégia 4: Financiamento do desenvolvimento turístico A execução dos projetos propostos neste Plano Diretor de Turismo e de outros
projetos que venham a surgir exigirá o desembolso de uma grande soma de dinheiro. É
possível que esses recursos não estejam disponíveis em sua totalidade. Porém há
maneiras alternativas de obter recursos, seja por geração própria, empréstimos ou
financiamentos, de forma a garantir que as ações prioritárias para o desenvolvimento
do turismo sejam executadas.
2.2. Diversificação da oferta turística
Estratégia 5: Integração territorial da oferta turística Os fluxos turísticos estão atualmente concentrados no parque aquático Thermas dos
Laranjais. Boa parte dos visitantes são excursionistas que permanecem 100% do tempo
dentro deste estabelecimento. Os turistas que se hospedam no município costumam
se deslocar apenas para comer, especialmente à noite. Com isso, os demais pontos de
interesse turístico permanecem praticamente desconhecidos. A intenção é fazer com
que novas atrações sejam formatadas e os produtos turísticos organizados sejam
ofertados pelas agências de turismo e consigam atrair a atenção do turista. Assim,
mais empresários e moradores locais se beneficiarão da atividade turística.
Estratégia 6: Ampliação da oferta turística A oferta turística de Olímpia está aumentando naturalmente em virtude do grande e
crescente volume de visitantes que chegam ao destino todos os anos. Porém, com os
novos empreendimentos hoteleiros que devem ser inaugurados nos próximos anos, a
oferta atual, principalmente de restaurantes, não será capaz de atender toda a
demanda. Surgirão também novas oportunidades para o comércio e atividades de
entretenimento. Portanto, é preciso estimular a abertura de novos negócios
relacionados ao turismo, garantindo o pleno atendimento aos turistas atuais e futuros.
2.3. Consolidação do destino
Estratégia 7: Comunicação e promoção turística
10
Para que um turista visite determinado destino ele precisa receber informações em
momentos variados: antes da viagem, quando ainda está decidindo o local que irá
visitar e, logo depois, a fim de descobrir os melhores locais para se hospedar, comer,
se divertir; durante a viagem – para saber a localização de cada ponto por onde
pretende passar, os horários de funcionamento dos atrativos, os eventos que ocorrem
no destino; e após a viagem, quando poderá recordar os bons momentos vividos e
acompanhar as novidades em termos de atrações e serviços, o que poderá ser
essencial para o seu retorno no futuro. Isto posto, é essencial que o destino esteja
atento a todos os canais de comunicação e saiba utilizá-los de forma eficiente para
atender as necessidades dos turistas.
Estratégia 8: Posicionamento de mercado Qualquer destino turístico, para que se consolide no cenário nacional e internacional,
precisa dispor de um bom plano de comunicação com o mercado. Esse plano deve
abranger a comunicação com as empresas intermediadoras, formadores de opinião e
com o próprio turista. A estratégia de posicionamento de mercado propõe ações em
cada uma dessas frentes a fim de garantir que a informação seja útil, tempestiva e de
fácil acesso a qualquer público de interesse.
Estratégia 9: Fortalecimento da gestão do turismo Certamente haverá muito trabalho pela frente a ser realizado pelo órgão municipal de
turismo, pelo Comtur e pelas associações empresariais, tendo em vista o alcance dos
objetivos estabelecidos neste Plano de Diretor de Desenvolvimento Turístico. A
execução dos projetos aqui propostos demandará uma equipe dedicada e capacitada
para o gerenciamento das inúmeras atividades que eles envolvem. Demandará
também a participação ativa e organizada do setor empresarial, que deverá estar
articulado com o setor público.
...
As estratégias descritas nos tópicos anteriores foram decompostas em programas e
projetos, que estão descritos de forma sumária no Quadro 1.
A definição dos conceitos utilizados pode ajudar a compreender as propostas:
11
Projeto: consiste no encadeamento de ações destinadas a atingir um objetivo
em particular, que pode ser apresentado em formato de produto ou serviço.
Tem início e fim definidos no tempo, e também escopo e recursos limitados.
Plano: é um documento em que se estabelecem um conjunto de intenções ou
objetivos, bem como as estratégias que serão empregadas para atingir tais
objetivos. Também pode estabelecer responsabilidades aos envolvidos na ação
e um cronograma de execução. Planos não produzem produtos ou serviços,
que só serão gerados a partir da implementação daquilo que foi planejado.
Programa: é uma coleção de projetos ou planos relacionados entre si e
coordenados de forma articulada. Cada um a sua maneira, os projetos ajudam
a alcançar os objetivos globais do programa. Programas podem ser contínuos
ou ter sua duração determinada pela conclusão dos projetos que fazem parte
deles.
As propostas aqui apresentadas foram identificadas através de códigos, de modo a
facilitar a compreensão ao longo do trabalho. Dessa forma, todos possuem a inicial da
primeira palavra que intitula cada diretriz, seguidos pelo número da estratégia à qual
estão submetidos, e então classificados por uma letra, conforme o número de
programas existentes em cada estratégia.
Quadro 1. Programas
Diretriz Estratégia Código Programa
Sust
enta
bili
dad
e tu
ríst
ica
Gerenciamento dos recursos hídricos
S1A Gestão Sustentável da Água
Capacitação para o turismo
S2A Qualificação profissional
S2B Sensibilização para o turismo
S2C Empreendedorismo para o turismo
Valorização da cultura
S3A Reestruturação do Festival do Folclore
S3B Revitalização do Museu do Folclore
S3C Educação patrimonial
Financiamento do desenvolvimento turístico
S4A Captação de recursos
S4B Geração de receita
12
Div
ersi
fica
ção
da
ofe
rta
turí
stic
a
Integração territorial da oferta turística
D1A Formatação de produtos
Ampliação da oferta turística e de lazer
D2A Estímulo ao cicloturismo
D2B Implantação de novos atrativos
D2C Diversificação dos negócios turísticos
Co
nso
lidaç
ão d
o d
esti
no
Comunicação e promoção turística
C1A Sinalização turística
C1B Informações turísticas
Posicionamento de mercado C2A Plano Estratégico de Marketing
Fortalecimento da gestão do turismo
C3A Governança turística
C3B Incentivo ao associativismo
Manutenção do título de estância turística
C4A Manutenção do inventário da oferta turística
C4B Monitoramento da demanda turística
3. Detalhamento dos Programas
Neste capítulo são apresentados em detalhes os 18 programas elaborados para o
desenvolvimento do turismo em Olímpia e que devem ser colocados em prática ao
longo dos anos 2015, 2016 e 2017. A priorização levou em conta a importância das
ações propostas, julgando-se quais eram essenciais para o desenvolvimento
sustentável do turismo no município, além da previsão das despesas anuais dos
projetos. O detalhamento desses programas foi feito conforme a seguinte estrutura:
Código e nome do programa;
Objetivos;
Nível de prioridade;
Descrição;
Tarefas chave para implementação;
Agentes envolvidos e funções;
Orçamento previsto para implantação e manutenção do programa;
Possíveis fontes de financiamento;
Cronograma de implementação;
13
Relação com outros programas do Plano Diretor de Turismo;
Produtos; e
Resultados esperados.
14
3.1. Programas e Projetos para o ano de 2015
S1A Gestão Sustentável da Água
Objetivos Prioridade
Estabelecer parâmetros para o uso sustentável das águas subterrâneas;
Definir e implantar mecanismos para tratamento de efluentes e reuso da água.
Muito Alta
Descrição
Atualmente as águas quentes de Olímpia configuram-se como a maior força motriz para o
desenvolvimento local e turístico, que se iniciou em virtude da abertura do parque
Thermas dos Laranjais, atualmente o atrativo turístico mais importante do município. Na
Pesquisa de Demanda Potencial, 82% dos entrevistados demonstraram interesse por águas
quentes, dado que intensifica a sua importância para a continuidade de atratividade do
destino. Adiciona-se também, a abertura de novos equipamentos de hospedagem e parque
aquático nos próximos anos, que utilizarão das águas quentes, o que resultará em um
aumento da demanda da captação das águas.
Por esse motivo, é de extrema necessidade a elaboração de um projeto que garanta a
sustentabilidade das águas quentes para o futuro do turismo local. Para isso, deve ser
contratada uma empresa de consultoria ambiental para a elaboração do projeto, o qual
deverá apresentar:
Caracterização da bacia subterrânea (número de nascentes, volume, temperatura,
etc);
Padrões de uso da água (quantia semanal disponível para captação, quantia
máxima por empreendimento, etc.)
Sistema de monitoramento da qualidade da água;
Medidas de renovação da água das piscinas (medidas eficientes, tratamento
necessário, etc.);
Medidas de reuso da água;
Programa de uso sustentável (medidas necessárias para que os novos
empreendimentos não comprometam a qualidade e a disponibilidade).
Além disso, a implantação de novos projetos turísticos deverá ser amplamente estudada
pela Secretaria de Gestão Ambiental conforme as medidas e critérios estabelecidos no
Programa de Uso Sustentável, a fim de identificar as respectivas responsabilidades
ambientais. Por exemplo, se o projeto do empreendimento estiver localizado em alguma
área considerada de relevante interesse ambiental deverá ser solicitado um EIA/RIMA ao
empreendimento.
Após a finalização do projeto, a Prefeitura deverá estabelecer uma taxa a ser paga
mensalmente pelos empresários, conforme a quantidade de água utilizada.
15
Tarefas chave para a implementação
Contratação de empresa especializada para realização de estudo.
Indicação de funcionário da Secretaria de Gestão Ambiental para a fiscalização mensal
do uso estabelecido das águas.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretaria de Gestão Ambiental
Contratação de consultoria
R$ 350.000
Consultoria especializada
Elaboração do projeto Fontes de financiamento
Secretaria de Gestão Ambiental
Avaliação de novos empreendimentos
Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Contratação de empresa
Elaboração do projeto
Ações relacionadas
S2C – Empreendedorismo para o Turismo;
C3A – Governança Turística;
D2A – Estímulo ao Cicloturismo.
Produtos
Plano de gerenciamento dos recursos hídricos.
Resultados esperados
Conservação e sustentabilidade das águas quentes.
16
S2A Qualificação Profissional
Objetivos Prioridade
Ofertar cursos de qualificação profissional para atender a demanda dos novos empreendimentos.
Muito Alta
Descrição
O turismo é uma atividade intensiva em mão-de-obra, ou seja, é formada por uma série
de serviços que dependem basicamente da dedicação de pessoas para colocá-los em
prática, com pouco espaço para o uso de máquinas e automatização de processos.
Sendo assim, é inevitável que o turista, no decorrer de sua estada e das experiências que
vivencia no destino, mantenha contato com os profissionais que atuam em cada um dos
serviços disponíveis. Portanto, sua satisfação está diretamente relacionada à qualidade
do atendimento que recebe de cada uma dessas pessoas.
Nota-se que num prazo muito curto de tempo – dois anos, no máximo – o número e o
tamanho dos estabelecimentos turísticos de Olímpia vão aumentar fortemente,
principalmente em virtude da construção de novos parques aquáticos conjugados com
meios de hospedagem de alto padrão. Esses novos empreendimentos demandarão mão-
de-obra qualificada, de preferência composta por moradores locais.
Nesse cenário, é indispensável prover cursos de qualificação profissional direcionados à
população local para que ela esteja preparada para suprir a demanda dos novos negócios
que têm sido criados.
Sugere-se que seja feito um estudo preliminar junto aos empreendimentos para entender
as suas principais demandas quanto à quantidade de funcionários que será contratada e
as habilidades requeridas deles. Com base nisso, negociar a oferta de cursos com as
entidades provedoras de ensino como SEBRAE, SENAC, ETEC, etc.
Alguns dos cursos ofertados podem ser:
Camareira
Recepcionista
Auxiliar de cozinha
Auxiliar de limpeza
Guarda-vidas
Jardineiro
Eletricista (manutenção de fiação e aparelhos eletrônicos)
Em complemento ao programa, sugere-se a manutenção de um banco de vagas que
possa ser consultado pelos alunos que concluírem os cursos, facilitando sua colocação
profissional.
Se os cursos forem gratuitos, os critérios de seleção devem ser estabelecidos pela
17
Prefeitura, sem deixar de fazer as exigências necessárias relativas ao nível de
escolaridade, visto que algumas profissões demandam boa capacidade de leitura, escrita
e comunicação.
Tarefas chave para a implementação
Estudo prévio das demandas
Levantamento das vagas disponíveis nos cursos existentes em Olímpia
Levantamento das entidades que oferecem cursos nas áreas determinadas
Contratação dos cursos
Divulgação
Organização do banco de vagas
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Prefeitura Gerenciar o programa R$ 60.000 R$ 60.000
Instituições provedoras de cursos
Oferecer os cursos Fontes de financiamento
Setor privado Indicar as demandas de mão de obra; informar as vagas existentes.
PRONATEC, SERT-SP
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Captação de cursos
Realização dos cursos
Ações relacionadas
S2B – Sensibilização para o turismo;
S2C – Empreendedorismo para o Turismo;
D1A – Formatação de Produtos;
D2B – Implantação de Novos Atrativos;
D2C – Diversificação dos Negócios Turísticos.
Produtos
Diagnóstico da oferta e demanda de profissionais e cursos de capacitação;
Banco de vagas de emprego.
Resultados esperados
Aumento da qualidade dos serviços prestados aos turistas;
Geração de emprego e renda aos moradores locais.
18
S2B Sensibilização para o turismo
Objetivos Prioridade
Sensibilizar a população sobre a importância do turismo para o município;
Envolver a comunidade em prol do desenvolvimento turístico;
Divulgar a importância da hospitalidade.
Muito Alta
Descrição
Um programa de sensibilização turística é uma valiosa iniciativa para difundir a
importância do turismo para o município, mostrando à comunidade quais os benefícios
que o turismo traz para os mesmos, e a necessidade de se receber os turistas com
hospitalidade. Dito programa deverá ser direcionado, principalmente, aos alunos do 4° e
5° anos do ensino fundamental das escolas municipais de Olímpia e, se houver interesse,
das escolas particulares também. Tal direcionamento está lastreado na Lei Municipal n°
3772/2014, que inclui o tema Turismo no currículo escolar dos alunos de ambos os
períodos, passando a vigorar em 2015.
Gincana
Sugere-se que seja realizada anualmente uma gincana sobre o turismo em Olímpia, no
estilo “Caça ao Tesouro”, devendo participar os alunos do 4º e 5º ano. Para tal, os
participantes serão divididos em equipes de até 10 alunos, ou outra quantidade que se
considere adequada para um professor liderar. As equipes se distribuirão em locais
diferentes da cidade. Em seguida, receberão pistas que os conduzirão aos atrativos
turísticos, fazendo-os passar por diversos outros pontos de interesse turístico. O objetivo
é que os estudantes consigam visualizar o que o município tem a oferecer aos seus
visitantes. Este processo de planejamento deve ser articulado entre Diretoria de Turismo,
Secretaria da Educação e professores, de forma a encontrar a linguagem mais simples
possível para os alunos.
Cartilha de sensibilização turística
Deverá ser elaborada uma cartilha de sensibilização turística a ser distribuída para os
mesmos alunos, mas vale dizer que, estes alunos divulgarão as informações para os
amigos e parentes. Como sugestão, a cartilha pode apresentar uma breve história do
município, alguns conceitos de turismo, os atrativos locais, e algumas boas práticas, como
respeito ao meio ambiente e ao turista (hospitalidade). Esta cartilha precisa ter uma
linguagem adequada à idade destes jovens, além de um projeto gráfico atraente. Sempre
que possível, recomenda-se utilizar na cartilha personagens que remetam ao folclore.
Concurso cultural
Será realizado um concurso cultural com estes alunos, de forma a incentivar a
19
propagação do conhecimento e o estímulo à identificação dos atrativos turísticos. As
normas do concurso deverão ser estabelecidas pela Diretoria de Turismo, e acordadas
com as diretorias das escolas, respeitando as atividades do calendário escolar. No
concurso, os alunos deverão escrever uma frase e/ou elaborar uma arte para expressar o
que o turismo em Olímpia representa para eles. As três melhores obras farão parte do
projeto gráfico da Cartilha e serão expostas em locais de amplo acesso à população.
Tarefas chave para a implementação
Criar regulamento do concurso (normas gerais, prazos, critérios de julgamento, etc.);
Definir comissão julgadora composta por funcionários da Diretoria de Turismo,
Secretaria da Educação, diretores de ensino e voto popular (através da
disponibilização de urnas nas escolas participantes);
Lançar o Concurso;
Definir os vencedores e entregar premiação;
Definição do conteúdo da cartilha.
Definição das gincanas.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Dir. de Turismo Estruturação do concurso cultural
R$ 75.000 R$ 25.000
Sec. da Educação/ Dir. de Turismo
Organização da gincana; Avaliação dos trabalhos; Elaboração e distribuição da cartilha.
Fontes de financiamento
Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Gincana
Concurso
Cartilha
Ações relacionadas
S3C – Educação patrimonial;
C3A – Governança Turística.
Produtos
Gincana sobre turismo;
20
Concurso cultural;
Cartilha de conscientização turística.
Resultados esperados
Aumento do interesse e compreensão da população a respeito do desenvolvimento
turístico do município, aliado a práticas de hospitalidade;
Estímulo à formação de uma consciência crítica junto aos públicos mais jovens, com
vistas a estruturar uma visão de comunidade mais integrada ao desenvolvimento
turístico.
21
S3A Reestruturação do Festival do Folclore
Objetivos Prioridade
Tornar o festival atrativo para os turistas; Reformular o festival para que ele ocupe toda a
cidade de Olímpia, não só o Recinto do Folclore; Transformar o Recinto do Folclore num atrativo
para o ano todo.
Muito Alta
Descrição
O Festival do Folclore de Olímpia completou 50 anos em 2014. Tantos anos de existência
indicam a relevância do evento no cenário cultural brasileiro, visto que todos os anos são
recebidos grupos folclóricos de todo o Brasil. No entanto, apesar de sua tradição e
grandiosidade, verificou-se que o Festival não tem motivado a participação dos turistas,
exceto aqueles que moram em cidades vizinhas a Olímpia.
Observou-se que 45% dos visitantes que estavam no Thermas dos Laranjais não
pretendiam visitar o Festival do Folclore em 2013, alegando falta de tempo
(especialmente no caso dos excursionistas), desinteresse ou desconhecimento.
Em relação ao evento em si, alguns pontos fracos devem ser pontuados:
A realização do bingo no mesmo espaço reservado para a venda de alimentos
torna o ambiente desagradável em virtude do barulho produzido pela brincadeira,
que se soma aos sons externos ao salão. Além disso, como as pessoas que
participam do bingo permanecem sentadas mesmo quando não estão mais
comendo, acaba faltando espaço para que outros visitantes se sentem para
comer;
As atrações do festival foram muito parecidas entre si em 2013, o que
desestimulava a permanência dos visitantes na Praça de Atividades, que é onde se
apresentam as atrações mais importantes do Festival. Além disso, o palco fica
muito distante da arquibancada, o que não favorece a interação com o público;
Na área destinada aos estandes comerciais de produtos manufaturados e de
alimentos, deveria haver maior presença de pratos e produtos artesanais que
remetessem às diversas culturas existentes no território brasileiro. Contudo, havia
muitas barracas vendendo lanches e bebidas comuns, bem como produtos
industrializados e massificados, do tipo encontrado nas ruas de comércio das
maiores cidades brasileiras;
O Recinto do Folclore não é decorado com elementos que remetam ao tema do
evento. Ao invés de ser uma referência visual que atrai a atenção dos visitantes, o
Recinto acaba sendo apenas um espaço de eventos qualquer;
As atividades voltadas para o público infantil ocorrem no período da manhã,
quando a maior parte dos turistas ainda está dormindo ou já está no Thermas;
22
Não há placas de sinalização suficientes para conduzir os turistas até o Recinto do
Folclore. Além disso, a divulgação do evento não foi capaz de atingir os visitantes,
que demonstraram desconhecer a realização do Festival e a programação de
atividades.
Dito isto, fica claro que, para que o Festival cresça em importância e repercussão, é
preciso realizar uma série de transformações em seu formato, sua aparência e sua
programação.
Reformulação da programação do Evento
Uma das principais motivações para a reformulação da programação do FeFol é
aproximar as atrações e o público do evento, já que o folclore emana do povo e precisa
do povo para se manter vivo. Como já foi dito, o palco fica muito distante e isolado do
público.
Nesse sentido, propõe-se que, a medida do possível, as apresentações não ocorram
somente no palco, mas transitem entre os visitantes e envolvam-nos nas danças, nos
rituais, nas cantigas. Alguns passos básicos de dança podem ser ensinados antes das
apresentações, para que o público também participe. Para isso, será essencial contar com
animadores de plateia, que consigam fazer com que os espectadores se soltem e
interajam com as atrações.
Com inspiração na “magia” da Disneylândia, pessoas fantasiadas de personagens
folclóricos devem caminhar entre o público durante o evento, brincando com crianças e
adultos e disponibilizando-se para fotos. Também podem ser criados cenários
relacionados a cada personagem, em frente os quais as fotos serão tiradas.
As atrações folclóricas (música, dança, teatro, personagens) também devem estar
presentes em outros locais da cidade, onde houver circulação de turistas. Dessa forma,
parques aquáticos, restaurantes e praças públicas podem se tornar palcos para
apresentações.
Ao redor da Praça da Matriz, vídeos referentes ao folclore podem ser projetados nas
fachadas das construções históricas, todas as noites ou, pelo menos, aos finais de
semana. Esses vídeos podem ser gravações das apresentações realizadas no próprio
23
festival.
Uma sugestão para a equipe responsável pela organização do evento é estudar a
possibilidade de explorar todo o patrimônio folclórico brasileiro, que inclui muito além
das danças: mitos, lendas, superstições, advinhas, brincadeiras de criança, cantigas de
ninar etc.
Durante o Festival, enquanto o parque temático não estiver pronto (vide projeto D2B),
será oportuno desenvolver atividades voltadas ao público infantil. Uma opção é realizar
oficinas e gincanas com as crianças: caça ao tesouro, competição de adivinhas, confecção
de fantasias, contação de estórias etc. A programação deve ser diurna e noturna.
Em relação aos estandes de alimentação disponíveis no evento, propõe-se que pelo
menos 50% das opções de alimentação ofereçam culinária típica de alguma região do
Brasil.
Além disso, propõe-se que o bingo seja realizado em local separado da área de
alimentação, a fim de reduzir o desconforto sonoro e liberar as mesas e cadeiras para que
os visitantes se alimentem.
Por fim, é necessário investir na divulgação do evento, utilizando as mídias tradicionais
como cartazes, outdoors, distribuição de panfletos em hotéis e restaurantes, e também a
internet, com foco nas redes sociais e aplicativos de celular.
Tarefas chave para a implementação
Realizar reuniões entre a equipe organizadora do evento, as secretarias municipais
de cultura e turismo, e representantes de alguns grupos folclóricos para estudar as
mudanças possíveis na programação;
Mobilizar / contratar / treinar monitores e recreadores para conduzir as oficinas com
as crianças e animar o público do evento;
Estabelecer critérios para a venda de alimentos no Recinto durante o Fefol.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Prefeitura e AODFB
Reformulação da programação; Realização das oficinas; Divulgação do evento.
R$ 200.000 R$ 200.000
Fontes de Financiamento
Prefeitura Definição dos espaços que serão ocupados pelo bingo e pelas atividades infantis.
ProAC
Setor privado
Prefeitura Municipal
24
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Reformulação da programação
Mobilização de grupos folclóricos
Divulgação do evento
Realização do evento
Ações relacionadas
D2B – Implantação de novos atrativos; C1A – Sinalização Turística.
Produtos
Programação reformulada.
Resultados esperados
Aumento do número de turistas que visitam o Fefol.
Olímpia reconhecida pelos turistas como a Capital do Folclore.
25
D2B Implantação de novos atrativos
Objetivos Prioridade
Diversificar as opções de lazer para os visitantes de Olímpia;
Estimular os turistas a conhecer o município; Muito Alta
Descrição
Pode-se dizer que, nos dias de hoje, as águas quentes e o parque aquático são a principal
motivação dos turistas ao visitarem Olímpia. Porém, durante sua estada no município,
especialmente quando permanecem mais de três noites, as atividades disponíveis nos
parques aquáticos se tornam cansativas, mas os turistas não encontram outras opções
atrativas de lazer.
Pensando nisso, propõe-se criar novos atrativos em Olímpia, voltados para famílias e para
a terceira idade, que são os principais segmentos de demanda que visitam o destino.
Olímpia, Capital do Folclore
O Recinto do Folclore permanece inutilizado ao longo de quase todo o ano. Um espaço
como esse, que é de fácil acesso e possui estrutura para receber um grande número de
pessoas, deve ser melhor aproveitado para o turismo.
Propõe-se que o Recinto se torne um dos principais atrativos turísticos de Olímpia e que
seja visitado ao longo de todo o ano. Para tanto, grandes intervenções serão necessárias,
conforme é pontuado a seguir:
Construção de um parque de diversões com tema Folclore
o O parque deve ocupar a área indicada no mapa:
o A Prefeitura deve conceder a área à exploração da iniciativa privada, que
instalará os brinquedos e gerenciará o parque, cobrando ingresso que dá
26
direito a todas as atrações;
o Os brinquedos e atrações do parque deverão ser temáticos, levando em
conta os personagens e outros elementos do folclore brasileiro. Para
exemplificar o que pode ser feito:
Casa do Terror: ao transitar pela casa, o visitante ouve uma lenda
que fala sobre a aparição de uma alma num determinado lugar, que
é representado no cenário interno da Casa. Num dado momento,
aparece uma pessoa caracterizada e assusta os visitantes.
Carro de Bate-Bate: cada carrinho pode representar um animal
presente em nosso folclore, como mula sem cabeça, cuca etc.
Montanha Russa: os trens da montanha russa podem remeter ao
Boi-Ta-Tá, já que esse personagem é representado por uma cobra
de fogo.
Área de jogos eletrônicos: pode incorporar jogos de adivinha e
alterar os personagens convencionais (palhaço, pato, sapo) por
personagens folclóricos.
Abertura de um restaurante temático
o O restaurante deve ocupar a área indicada no mapa:
o A Prefeitura deve conceder a área à exploração da iniciativa privada, que
instalará e gerenciará o restaurante;
o A culinária oferecida deverá ser necessariamente brasileira;
o Este restaurante deverá proporcionar shows folclóricos aos turistas,
enquanto estiverem jantando. O serviço será comercializado sob a forma
de pacote, que incluirá jantar do tipo buffet e show. Essa prática é muito
comum em destinos turísticos consolidados como Porto Seguro, Buenos
Aires, Hawai, Capadócia.
o Será oportuno desenvolver atividades voltadas ao público infantil. Uma
27
opção é realizar oficinas e gincanas com as crianças: caça ao tesouro,
competição de adivinhas, confecção de fantasias, contação de estórias
etc., visando entretê-las enquanto os adultos aproveitam o jantar e o show
folclórico. Nesse caso será preciso oferecer cardápio especial para as
crianças.
o A criação/aprimoramento de grupos folclóricos locais para se apresentar
na casa deverá ser estimulada.
Por conta da instalação do Parque de Diversões e do Restaurante, será necessário definir
áreas para estacionamentos de ônibus, vans e automóveis. O serviço de estacionamento
poderá ser administrado pela própria prefeitura ou concedido à iniciativa privada.
Além dos atrativos criados dentro do Recinto, outras atrações relacionadas ao folclore
podem ser implementadas. Por exemplo:
Algumas lendas podem virar encenações e serem executadas nos locais da cidade
onde são relatados os acontecimentos. O município de Joanópolis/SP desenvolveu
um tour chamado “caça ao lobisomem”. Os turistas saiam à noite, em grupos
guiados, para procurar o lobisomem. O guia contava a lenda para os participantes.
Num certo momento, uma pessoa fantasiada de lobisomem aparecia para
assustar os turistas. Para alguns era assustador, para outros, muito divertido.
Olímpia pode utilizar esse exemplo como inspiração para reproduzir as lendas
mais interessantes, fazendo com que o turista conheça e interaja com o folclore
brasileiro.
Os artesãos devem ser incentivados, através de cursos e oficinas, a recriar figuras
folclóricas, usando as técnicas e os materiais com que costumam trabalhar. A
venda de artesanato com tema folclórico é necessária, pois, uma vez que Olímpia
seja de fato reconhecida como a Capital do Folclore, os turistas desejarão comprar
lembranças que remetam a isso.
28
Desenvolver jogo para celular, no estilo do quizz “Show do Milhão” – perguntas e
respostas: a missão é completar o provérbio ou adivinhar seu significado,
identificar personagens folclóricas a partir de algumas características ou fatos
relacionados a eles. Os jogos serão gratuitos para download e terão finalidade de
difundir o nome do município e sua ligação com o folclore.
Reativação da Estação Ferroviária
A antiga Estação Ferroviária, recentemente restaurada e entregue à Secretaria de
Turismo, pode funcionar como uma extensão do Museu do Folclore, que, no propósito de
diversificar sua programação, não terá espaço disponível para realizar atividades como:
Realização de exposições temporárias relacionados ao folclore brasileiro
característico de cada região e também ao folclore de outras partes do mundo.
Atividades interativas relacionadas ao acervo ou às exposições temporárias:
confecção de indumentária folclórica (uniformes, acessórios ou fantasias
utilizados por grupos folclóricos), contação de histórias, aulas de danças
folclóricas, encenações de lendas, exibição de filmes e vídeos etc.
Exposição de peças grandes (exemplo, Maria Fumaça) que integrem ou venham a
integrar o acervo do museu, bem como criação de cenários para a exposição
dessas peças.
Além disso, a Antiga Estação pode abrigar a Casa do Artesão, atendendo à solicitação da
Associação dos Artesãos sobre a necessidade de ter uma sede fixa, num local onde haja
fluxo de turistas (o imóvel onde atualmente está instalada a Casa fica afastado da zona
turística do município). A concessão de uso do espaço pelos artesãos pode ser feita
gratuitamente ou mediante contrapartida financeira ou em serviços. Por exemplo, os
artesãos se comprometeriam a dar apoio ao Museu na realização de oficinas que
envolvessem técnicas artísticas (pintura, colagem, trançado etc.).
Tarefas chave para a implementação
Identificar as áreas do Recinto que abrigarão o Parque de Diversões e o Restaurante;
Definir o modelo de concessão das áreas à iniciativa privada e elaborar os editais;
Acionar empresas com potencial para investir e gerenciar as áreas concedidas;
Identificar os locais de Olímpia que possam ser cenários para as encenações dos
29
mitos e lendas;
Criar ações de fomento à criação de grupos folclóricos e grupos teatrais na cidade; Articular com a Associação dos Artesãos os termos de uso do espaço da Estação; Aprimorar a programação do Museu do Folclore, ativando o uso da Estação.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Prefeitura Concessão das áreas para restaurante e parque temático;
R$ 150.0001 R$ 150.000
Empresas privadas
Construção e administração do parque temático e restaurante.
Fontes de financiamento
Grupos folclóricos e teatrais
Apresentações no restaurante do Recinto e outros pontos da cidade.
ProAC Orçamento Municipal Setor privado Sec. de
Turismo Administração da Estação Ferroviária
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Elaboração de editais
Concessão dos serviços
Construção do parque temático
Construção do restaurante
Reprogramação atividades Museu
Início das atividades na Estação
Ações relacionadas
S3A - Reestruturação do Festival do Folclore;
S3B – Revitalização do Museu do Folclore;
S2C – Empreendedorismo para o Turismo;
S4A – Captação de Recursos;
S4B – Geração de Receita;
D1A - Formatação de Produtos;
D2A – Estímulo ao Cicloturismo;
C1A – Sinalização Turística;
C1B – Informações Turísticas;
C2A – Plano Estratégico de Marketing.
1 Esse valor não inclui as despesas referentes à reforma e adaptação do edifício da estação ferroviária.
30
Produtos
Editais para concessão de exploração do Parque Temático e Restaurante;
Calendário anual de atividades do Museu do Folclore.
Resultados esperados
Maior permanência do turista;
Maior diversidade de atrações para os visitantes;
Olímpia reconhecida como Capital do Folclore.
31
C3A Governança Turística
Objetivos Prioridade
Expandir a equipe da gestão municipal em turismo;
Fortalecer o relacionamento institucional com governanças ligadas ao turismo;
Reorganizar e dinamizar as atividades do COMTUR.
Muito Alta
Descrição
À época em que se elabora este programa, a Secretaria de Cultura, Esportes, Turismo e
Lazer é representada por um secretário e por diretores nas áreas de esporte, cultura e
turismo. O quadro funcional do setor de turismo é composto por um diretor, dois
funcionários que atuam no CAT Praça da Matriz e no CAT Móvel.
É evidente que o turismo local vem se desenvolvendo ao longo dos anos e continuará em
um ritmo crescente, em razão da existência de novos projetos decorrentes do Plano
Diretor de Turismo e, também, do fluxo de visitantes do Thermas dos Laranjais e dos
novos empreendimentos turísticos.
Secretaria de Turismo - SETUR
Considerando as novas atividades propostas neste Plano, é importante a existência de
uma secretaria dedicada especificamente ao turismo e que conte com profissionais
qualificados para a gestão da atividade e, claro, para a implementação do Plano Diretor
de Turismo. Por isso, cabe à Secretaria a contratação de funcionários qualificados para
atender as novas demandas do setor. Sugere-se que a equipe da SETUR seja formada pelo
Secretário Municipal, três técnicos e um estagiário, além dos dois funcionários que
atendem nos centros de atendimento ao turista. Preferencialmente esses funcionários
devem ser graduados em turismo, administração de empresas ou administração pública.
Organograma
Segue abaixo uma sugestão para distribuição de tarefas entre os membros da equipe:
Local de trabalho Funcionário Tarefas
SETUR
Secretário Interlocução com o Prefeito e as Secretarias Municipais
Interlocução com o setor privado
Representação do municipio em eventos internos e externos
Coordenação geral das atividades da Secretaria e da implementação do Plano Diretor de Turismo
Concursado 1 Representação da Secretaria nos Conselhos Municipais
Estudos de viabilidade para novos atrativos / serviços
Visitas para validação do inventário – atrativos (C4A)
Gestão dos projetos relacionados aos atrativos turísticos, à formatação de productos e à promoção do destino (S3A, S3B, D1A, D2A, D2B, C2A)
32
Concursado 2 Representação de Olímpia nas instâncias regionais de turismo
Interlocução com associações, setor privado e terceiro setor
Gestão dos Centros Artesanais e de todas as atividades relacionadas ao artesanato
Gestão dos projetos relacionados ao fomento de novos negocios, apoio ao setor privado e monitoramento da demanda (S2A, S2C, D2C, C3B, C1A, C1B e C4B)
Comissionado Elaboração/colaboração e revisão de minutas de leis
Gestão dos projetos relacionados a sustentabilidade e fortalecimento institucional do destino (S1A, S2B, S3C, S4A, S4B e C3A)
Estagiário Assistência aos outros três funcionários, conforme demandas: o Elaboração de orçamentos e pedidos de compras; o Busca de informações o Elaboração de gráficos e tabelas (dados de pesquisas)
Atualização do Inventário Turístico (C4A)
Visitas para validação do inventário – empresas e serviços de apoio ao turismo
CATs
Concursados / comissionados (dois)
Atendimento ao turista
Tabulação de dados de pesquisas
Assistência remota aos funcionários da SETUR quando estiverem com tempo livre
Qualificação A fim de garantir a eficiência e efetividade do trabalho da secretaria, será importante
capacitar e/ou atualizar o corpo técnico para a gestão de projetos na área pública. As
demandas deverão ser avaliadas pela SETUR conforme necessidade e qualificação de cada
funcionário. Preliminarmente, sugerem-se as seguintes iniciativas:
Treinamento para implementação das ações iniciais do Plano Diretor: A princípio,
será necessário um treinamento da equipe sobre procedimentos para
implantação das ações iniciais previstas no PDDT. O treinamento será realizado
pela T4 Consultoria e terá duração de um dia.
Curso de MS Project ou programa similar: Os funcionários precisarão ser
capacitados para utilização de ferramentas de acompanhamento e
monitoramento de ações, tanto as previstas no PDDT quanto as de projetos da
SETUR. Este treinamento pode ser feito a partir de cursos presenciais ou online.
Os cursos online são mais baratos e oferecem maior flexibilidade para o aluno,
visto que este pode adaptar o horário das aulas conforme sua disponibilidade.
Além desses, outros cursos podem ser interessantes como: manuseio de dados no Excel,
produção de mapas no Google Maps e Earth, utilização dos aplicativos do Google Drive,
que permitem o compartilhamento de arquivos e a realização de enquetes e pesquisas
online.
Viagens técnicas: A prática de benchmarking é uma importante iniciativa para
qualificação e inovação da gestão municipal do turismo em Olímpia. Para isso, devem ser
33
realizados contatos com outros destinos a fim de programar uma visita técnica para
trocar experiências de boas práticas de gestão. Sugere-se iniciar o programa de viagens
por Caldas Novas, que é referência em águas quentes no Brasil e possui vasta experiência
em assuntos que serão de interesse de Olímpia como, manejo de água, arrecadação de
taxas e impostos, direcionamento da expansão dos negócios turísticos, governança
participativa, dentre outros. Outros destinos brasileiros que possuam parques aquáticos e
águas termais poderão ser inclusos na programação de viagens. Sugere-se, ainda, estudar
outros modelos de gestão do turismo, com suas vantagens e desvantagens, como é o
caso da cidade de São Paulo onde uma empresa pública (SPTuris) é responsável pela
condução das políticas municipais do segmento. Em momentos posteriores, poderão ser
consideradas também articulações com destinos na Argentina e no Chile, que têm
tradição no segmento termal. Realizar ao menos uma viagem por ano e com presença de,
no mínimo, dois funcionários da Secretaria em cada viagem.
Relacionamento Institucional da SETUR
Instâncias de governança supra-municipais: caberá a SETUR buscar participação ativa nas
instâncias de governança regionais e nacionais a fim de ganhar prestígio político e
participar nas tomadas de decisão, além de potencializar a consolidação de parcerias e o
aprendizado pela experiência. Alguns dos organismos dos quais a Prefeitura de
Olímpia/SETUR devem se aproximar são:
Associação de Municípios Paulistas;
Associação das Prefeituras das Cidades Estâncias do Estado de São Paulo ;
Comitê Regional de Turismo;
Conselho Estadual de Turismo;
Conselho Nacional de Turismo.
Conselhos Municipais: a fim de integrar a gestão municipal do turismo, é necessário que a
SETUR atue ativamente em conselhos municipais de áreas diretamente ligadas ao
turismo. São eles: Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente. Esta ação prevê a participação de um representante da SETUR em todas
as reuniões dos conselhos. As cópias das atas das reuniões devem ser mantidas pelo
conselheiro representante e discutidas com os demais funcionários da SETUR,
especialmente se houver alguma decisão a ser tomada que afete diretamente a atividade
turística. O representante também levará para as reuniões assuntos e atividades da
SETUR que sejam relevantes para cada conselho. Além disso, o representante deve
propor mecanismos mais eficientes para condução das reuniões ou decisões que os
conselhos tiverem que tomar, caso julgue necessário.
COMTUR O Conselho Municipal de Turismo – COMTUR teve seu regimento definido pelo Decreto
34
N° 4.482 de 2009, sendo formado por representantes do poder público e privado. No
entanto, sua atuação tem sido instável, o que pode fragilizar a gestão do turismo no
município, além de inviabilizar a utilização do Fundo Municipal de Turismo – FUMTUR,
que depende de um Conselho atuante.
Primeiramente, o Presidente do COMTUR deverá convocar uma reunião com os membros
para que os novos conselheiros sejam nomeados. Além disso, os novos membros deverão
discutir sobre cargos, quem assumirá Presidência e Vice-presidência, etc. Em seguida, os
novos conselheiros deverão estabelecer a regularidade, data e horário das reuniões (ex:
quinzenalmente, as terças-feiras, às 19h). Nos primeiros encontros deverá ocorrer o
planejamento da gestão, as atribuições de cada um (grupos de trabalho) e,
principalmente, quais serão os principais objetivos do Conselho nos dois primeiros anos.
A nova formação do COMTUR deve estar disposta a trabalhar ativamente no
planejamento, fomento e preparo de um destino de qualidade, em conjunto com a
Secretaria de Turismo e o setor privado. Dentre as atribuições estará o acompanhamento
do Plano Diretor de Turismo, com o auxílio na implantação dos projetos, e a gestão do
FUMTUR.
Tarefas chave para a implementação
Indicação do Secretário de Turismo;
Contratação dos novos funcionários;
Contratação de curso de gerenciamento de projetos;
Definição dos destinos das viagens técnicas;
Convocação do COMTUR para novas eleições e reprogramação das atividades.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretaria Contratação de funcionários R$ 100.0002 R$ 53.000
Equipe SETUR Distribuição de tarefas Fontes de financiamento
SETUR Capacitação
Orçamento municipal SETUR Participação em Conselhos
COMTUR Planejamento da gestão
Cronograma de implementação
2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Contratação de funcionários
Distribuição de tarefas
Qualificação
2 Este valor não inclui a remuneração dos funcionários contratados.
35
Relacionamento institucional
Reformulação do COMTUR
Planejamento da gestão
Ações relacionadas
S4A – Captação de recursos;
S4B – Geração de receita;
C3B – Incentivo ao associativismo.
Produtos
Secretaria de Turismo;
Funcionários qualificados;
Nova composição do COMTUR;
Plano de Ação do FUMTUR.
Resultados esperados
Fortalecimento da gestão municipal do turismo;
Criação de parcerias com órgãos municipais, regionais e federais de turismo;
Maior amplitude e dinâmica no processo de governança turística em Olímpia.
36
C1A Sinalização Turística
Objetivos Prioridade
Contribuir para a difusão do conhecimento dos atrativos locais;
Melhorar a comunicação turística em Olímpia. Média
Descrição
A sinalização turística é de extrema importância para uma cidade atender de forma
adequada aos seus visitantes e, além disso, a Lei Complementar n°32 de 2012 do Estado
define que uma Estância Turística deve dispor de sinalização indicativa de atrativos
turísticos. Portanto, com a recente conquista do título de estância, o município deve se
adaptar a Lei, a fim de divulgar os atrativos existentes e orientar os turistas, visto que
muitos dos atrativos estão fora do perímetro urbano, não são de fácil acesso e não estão
sinalizados.
Dessa forma, deverá ser contratada uma empresa especializada para elaboração do
projeto de sinalização turística para instalação de placas de orientação aos principais
atrativos turísticos de Olímpia, e também para os mais distantes, de acordo com o Guia
Brasileiro de Sinalização Turística. A sinalização deve ser planejada a partir de rotas pré-
estabelecidas, as quais são compostas por boas vias de acesso e, que, além disso,
possuem capacidade para receber maior fluxo de veículos. Este planejamento deverá ser
coordenado com o Departamento de Trânsito da cidade e a Diretoria de Turismo, de
maneira a conjugar a necessidade de orientação turística com a organização do trânsito.
Como encaminhamento inicial, poderão compor o projeto os seguintes atrativos:
Thermas dos Laranjais, Igreja Matriz de São João Batista, Igreja Nossa Senhora Aparecida,
Museu de História e Folclore Maria Olímpia, Praça de Atividades Folclóricas Prof. José
Sant’anna, Pesque e Pague do Japonês, Orquidário Aguapey, Gruta do Índio, Pesqueiro do
Cacá, Pesqueiro Três Irmãos, Mirante Praia Clube, Orquidário Rancho da Serra e
Orquídeas da Matta. O número de placas a serem instaladas dependerá das rotas
estabelecidas e da quantidade de atrativos que poderá ser inclusa numa mesma placa, de
forma que, neste momento, não é possível estimar como segurança o orçamento
necessário para a implantação do sistema de sinalização. Estas definições devem
consolidadas a partir de discussões com o Departamento de Trânsito.
Tarefas chave para a implementação
Definição dos pontos de instalação das placas de orientação;
Contratação dos serviços técnicos especializados.
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Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Consultoria especializada
Elaboração do projeto R$ 160.000 R$ 10.000
Secretarias de Turismo e Obras
Implantação das placas de sinalização turística
Fontes de financiamento
Sec. de Obras Manutenção periódica das placas
Ministério do Turismo
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Planejamento
Execução
Ações relacionadas
C1B – Informações Turísticas;
D2B – Implantação de Novos Atrativos;
S4A – Captação de recursos.
Produtos
Sistema de sinalização turística.
Resultados esperados
Melhor distribuição de fluxos turísticos no território do município;
Dinamização das visitas aos atrativos turísticos de Olímpia.
38
C3B Incentivo ao associativismo
Objetivos Prioridade
Fomentar a formação de associações de empresários locais, garantindo sua presença e participação nas esferas de governança municipais.
Muito Alta
Descrição
O associativismo empresarial em Olímpia ainda é incipiente. Contudo, é essencial que
os representantes dos estabelecimentos turísticos estejam unidos para tratar de
assuntos que são de interesse comum, como é o caso da evolução do turismo no
município.
O desenvolvimento do turismo em Olímpia não dependerá apenas da ação da gestão
pública municipal, mas também dos empresários do setor, que deverão ajudar a
construir e implementar as políticas públicas de turismo por meio de sua participação
ativa no Comtur.
Diante disso, a Secretaria de Turismo deverá procurar estimular a formação de
associações de meios de hospedagem, agências de turismo, bares, restaurantes e
similares.
Para tanto será necessário identificar lideranças de cada segmento e dar início a um
processo de mobilização de seus pares. Esses empresários deverão participar de
palestras que versarão sobre as vantagens de formar associações. Tais palestras
poderão ser ministradas por consultores do SEBRAE ou membros de associações que
possam relatar casos de sucesso relativos ao associativismo.
A Secretaria e/ou o SEBRAE podem prestar serviços de apoio técnico e jurídico à
formação de associações, facilitando aos interessados as informações referentes aos
trâmites e documentos necessários para instituir esse tipo de organização e também
relativas aos impostos e taxas a que estão sujeitas. Podem-se fornecer, ainda, alguns
modelos de estatuto a fim de acelerar o processo de formalização.
No mais, é imprescindível que cada associação seja contemplada com um assento no
Conselho Municipal de Turismo, conforme previsto no programa C3A.
Tarefas chave para a implementação
Identificar lideranças dos setores de hospedagem, alimentação, agências e
artesanato.
Reunir modelos de estatutos;
Listar os procedimentos que devem ser executados para a formação de uma
associação.
39
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretaria de Turismo
Identificar lideranças; Reunir modelos de estatutos; Listar procedimentos para criação de associações.
R$ 0,00 R$ 0,00
SEBRAE Apoio com cursos e palestras. Fontes de financiamento
Empresários Mobilização dos empresários de cada segmento; formalização das associações.
Orçamento municipal.
Cronograma de implementação
2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Identificação das lideranças
Mobilização das empresas
Listagem dos documentos
Realização de palestras
Análise dos modelos de estatuto
Ações relacionadas
C3A – Governança Turística.
Produtos
Associações criadas;
Lista de procedimentos;
Modelos de estatutos compilados.
Resultados esperados
Setor privado fortalecido;
Comtur fortalecido.
40
C4A Manutenção do inventário da oferta turística
Objetivos Prioridade
Atualizar o registro dos atrativos turísticos e inserir novos registros, quando necessário;
Atualizar o registro dos estabelecimentos turísticos / de apoio ao turismo e inserir novos registros, quando necessário.
Média
Descrição
Como Estância Turística o município deve possuir um inventário dos atrativos,
equipamentos e serviços turísticos da cidade. O Plano Diretor de Desenvolvimento
Turístico (PDDT) realizou esta coleta em junho de 2013, entretanto, tendo em vista que
Olímpia é um destino turístico em desenvolvimento, é natural que haja alterações nos
dados coletados. A manutenção do inventário da oferta turística visará à atualização dos
dados de empreendimentos já cadastrados – tais quais expansões ou encerramento de
atividades – bem como a inclusão de novos atrativos e empreendimentos turísticos.
Atrativos turísticos
Foram disponibilizados pela T4 Consultoria em Turismo para a Prefeitura de Olímpia,
modelos de formulários para registro de informações básicas a respeito dos atrativos
culturais e naturais. Estes formulários devem ser atualizados sempre que houver
alterações nos atrativos já inventariados ou quando for necessário incluir novos atrativos.
Por exemplo, os novos parques aquáticos a serem inaugurados.
Equipamentos e serviços turísticos
O levantamento dos empreendimentos e serviços turísticos foi feito através de uma
ferramenta digital, de forma a facilitar a coleta e manuseio dos dados, bem como para
prover autonomia aos empresários no fornecimento de informações. Esta ferramenta
está e permanecerá disponível para a Prefeitura de Olímpia, assim a Secretaria de
Turismo poderá manter o gerenciamento da oferta turística da cidade. Os empresários
locais possuem usuários e senhas próprios que permitem acessar e preencher os
formulários de forma autônoma. Novos estabelecimentos abertos no município deverão
receber da Secretaria as informações necessárias para acessar o sistema e preencher os
dados de inventariação. Portanto, torna-se necessário um trabalho de conscientização e
engajamento dos empresários locais para atualização de informações dos seus
empreendimentos. Esta ação pode ser desenvolvida pelo COMTUR e pela ACIO.
Assim, a atualização deve ser feita no momento de abertura de novos empreendimentos
e todo ano para os estabelecimentos já cadastrados. Uma vez que a atualização dos
41
dados será anual, a elaboração do relatório da oferta turística deve também ser feita
anualmente.
Tarefas chave para a implementação
Conscientização e engajamento dos empresários locais.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Sec. Turismo Coleta e atualização dos dados R$ 50.000 R$ 50.000
COMTUR/ACE Conscientização e engajamento dos empresários
Fontes de financiamento
Sec. Turismo Elaboração de relatórios Não é necessário
Cronograma de implementação 2015
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Inserção de dados (novos)
Atualização de dados (antigos)
Relatório anual
Ações relacionadas
C2A – Plano Estratégico de Marketing; C1B – Informações Turísticas; D2C – Diversificação dos negócios turísticos; D1A – Formatação de Produtos; C3B – Incentivo ao associativismo; C3A – Governança Turística.
Produtos
Inventário da Oferta Turística.
Resultados esperados
Inventário turístico atualizado, permitindo a utilização da informação disponível para
a elaboração de material promocional ou projetos estratégicos relacionados ao
turismo.
42
3.2. Programas e Projetos para o ano de 2016
S2C Empreendedorismo para o turismo
Objetivos Prioridade
Incentivar o empreendedorismo para a criação de novos negócios relacionados ao turismo;
Incentivar a transformação e inovação dos negócios turísticos existentes em Olímpia.
Alta
Descrição
Estimular o empreendedorismo é essencial para que a oferta de serviços acompanhe o
crescimento da demanda turística em Olímpia nos próximos anos. Novos negócios devem
surgir espontaneamente e muitos investidores podem ser atraídos pelo cenário positivo
que se forma à frente. Contudo, é importante que a população local participe dessa nova
onda de empreendedorismo, fundando seus próprios negócios, como forma de
potencializar o impacto econômico de geração e distribuição de renda entre os
munícipes. Quanto maior o número de olimpienses beneficiando-se do turismo, melhor
tende a ser o atendimento oferecido ao turista, que passa a ser valorizado e tratado com
mais respeito, resultando em serviços de maior qualidade.
As ações propostas adiante também contemplam aqueles empreendedores cujos
negócios precisam ser transformados ou renovados por meio da aplicação de inovações
aos processos ou aos produtos, a fim de mantê-los atrativos e competitivos.
Catálogo de oportunidades de investimento
Este catálogo consiste na organização da informação disponível que possa ser de
interesse do potencial empreendedor que esteja procurando identificar oportunidades no
mercado de turismo e também informações consistentes para embasar o seu plano de
negócios.
A informação de interesse do empreendedor pode ser dividida em dois grandes grupos:
mercado e ambiente.
Os dados referentes ao mercado são:
Demanda turística:
o volume de turistas;
o sazonalidade;
o perfil médio;
o gastos realizados;
o principais queixas.
Oferta turística:
o taxa média de ocupação hoteleira;
43
o número de UHs e leitos disponíveis;
o idade média dos estabelecimentos hoteleiros;
o número de restaurantes por tipo de cozinha e de serviço;
o serviços de apoio disponíveis (lavanderia, locadora de veículos, bancos);
o número de espaços disponíveis para eventos sociais e empresariais, e sua
respectiva capacidade;
o mapa apontando a localização desses estabelecimentos.
Lacunas de mercado: discriminação dos setores de serviços e áreas onde existem
oportunidades de investimento.
Já as informações referentes ao ambiente incluem aspectos sociais, econômicos e
institucionais que exercem influência sobre os negócios instalados no município:
Tamanho da população;
Clima;
Vias de acesso;
Oferta de mão de obra qualificada e salários médios;
Preços de insumos básicos como água, energia elétrica, alíquota de ISS, taxas de
fiscalização municipal;
Serviços de comunicação disponíveis (internet banda larga, telefonia fixa e móvel,
TV a cabo, etc.);
Legislação de incentivo municipal e estadual (se houver), detalhando benefícios
para novos investidores;
Áreas em que as atividades empresariais relacionadas a turismo sejam permitidas
e desejadas, conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo e o Plano Diretor do
município.
Essas informações podem ser impressas em formato de revista ou catálogo, serem
distribuídas em mídias eletrônicas (CD ou pen drive) ou ainda estarem disponíveis no
portal web de Olímpia.
Acesso ao crédito
Uma das principais dificuldades que um empreendedor pode enfrentar é a falta de capital
para investir na sua ideia de negócio. A maior parte dos bancos comerciais não costuma
financiar empresas com menos de dois anos de existência. Mas, felizmente, existem
outras opções que podem atender os novos empreendedores. Uma delas é o Banco do
Povo Paulista, que concede financiamento a juros baixos para abertura de micro e
pequenos negócios. Também estão disponíveis créditos na modalidade crowdfunding,
sendo que a plataforma Garupa é voltada exclusivamente para projetos relacionados ao
turismo sustentável. Outras possibilidades são investidores anjo, joint ventures ou
empréstimos entre amigos e familiares.
44
Cabe ao governo municipal, em seu papel de estimulador da economia, a divulgação das
fontes de financiamento disponíveis e o esclarecimento a cerca de suas características.
Portanto, sugere-se a preparação de um material sobre esse assunto e a realização de
algumas palestras voltadas aos potenciais empreendedores. As palestras podem visar os
alunos do ensino superior, atuais empresários e a população em geral.
Sugere-se que um ou mais funcionários da Prefeitura façam o curso online “Financie seu
Sonho: Como buscar recursos para seu negócio”, realizado pela Endeavor. Com base no
conteúdo desse curso, esses funcionários deverão preparar o material que ficará
disponível para os empreendedores. O material deve abranger, ainda, as taxas cobradas
e os prazos de carência e de pagamento de cada linha disponível.
Pode ser conveniente firmar parceria com o SEBRAE para a realização das palestras, já
que a organização atua junto ao mesmo público-alvo da ação e tem experiência nesse
tipo de atividade e conteúdo.
Prêmio de Inovação em Turismo
Um estudo da União Europeia identificou que a melhor maneira de apoiar empresas
inovadoras é uma combinação de mentorias especializadas, oferta de recursos
financeiros e de capacitação prática e focada. A capacitação prática é corriqueiramente
oferecida pelo SEBRAE, o acesso a recursos financeiros está contemplado na ação de
acesso ao crédito. A proposta de criar um prêmio de inovação em turismo é justamente
proporcionar mentorias especializadas aos empresários finalistas do concurso.
Os projetos inscritos no concurso devem estar inseridos em uma das duas categorias:
Inovação tecnológica: iniciativas que buscam a adequação ou aprimoramento de
produtos e processos capazes de gerar significativos impactos na empresa e no
mercado.
Modelo de negócio: iniciativas que buscam a adequação ou aprimoramento de
modelos de negócio capazes de gerar significativos impactos na empresa e no
mercado. Não implica necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no
processo de produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado.
Os melhores projetos devem tornar-se públicos como exemplos de boas práticas que os
demais empresários possam adaptar para seus negócios.
Tarefas chave para a implementação
Identificação das lacunas de mercado, ou seja, atividades econômicas que podem ser
exploradas em Olímpia em complemento à atividade turística;
Identificação das áreas onde podem ser desenvolvidas atividades econômicas ligadas
ao turismo, conforme Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do Solo;
Pleito de alterações nessa legislação, se considerado pertinente;
Trabalho em parceria com as demais secretarias municipais para levantamento das
45
informações que farão parte do catálogo de oportunidades, especialmente a
Secretaria de Planejamento;
Formação de um time de mentores (3 a 5 pessoas) que possa avaliar os projetos
finalistas, dar feedback aos participantes e dicas para melhorias dos projetos. Esses
mentores devem ser empresários bem sucedidos de Olímpia e região;
Elaboração do regulamento do concurso.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretarias de Turismo e Planejamento
Elaboração do Catálogo de Oportunidades; Definição do regulamento do Prêmio.
R$ 45.000 R$ 45.000
Secretaria de Turismo
Levantamento das fontes de financiamento para novos negócios; Organização de material.
Fontes de financiamento
SEBRAE
Apoio para realização de palestras e cursos relacionados ao empreendedorismo e inovação. Apoio ao Prêmio de Inovação.
Grandes empresas do setor de turismo;
Orçamento municipal.
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Elaboração do catálogo
Relação das fontes de financ.
Realização de cursos/palestras
Definição regulamento do prêmio
Realização do concurso
Mentorias
Ações relacionadas
S2A – Qualificação Profissional; S2B – Sensibilização para o Turismo; D1A – Formatação de Produtos; D2B – Implantação de Novos Atrativos; D2C – Diversificação do Negócios Turísticos; C3B – Incentivo ao Associativismo.
Produtos
Catálogo de informações para potenciais investidores.
Mapa das áreas de expansão da oferta de serviços e atrativos turísticos.
46
Resultados esperados
Atração de investidores privados para a abertura de novos negócios em turismo;
Diversificação da oferta turística;
Geração de empregos;
Aumento da arrecadação de impostos.
47
S3B Revitalização do Museu do Folclore
Objetivos Prioridade
Dotar o museu de interatividade; Incentivar a comunidade e visitantes ao acesso à
cultura popular; Restaurar o interior do prédio; Renovar o acervo museológico.
Alta
Descrição
O Museu do Folclore apresenta-se como um importante atrativo turístico para o
município, sendo o mais importante local onde a população possui acesso a cultura
popular – folclore. Seu acervo é de cerca de três mil peças, desde indumentárias diversas,
instrumentos musicais, etc. Contudo, com base nos preceitos mais dinâmicos de
museologia e interpretação do patrimônio, carece de medidas de atualização e
diversificação de sua programação e de seu acervo, como forma de melhor envolver a
comunidade e também atrair públicos visitantes.
Revitalização
Apesar de ter sido revitalizado há apenas cinco anos, a pintura interna do museu já não se
encontra em perfeitas condições, tornando-o menos atrativo para os visitantes. Dessa
forma, se faz importante a revitalização do museu, corrigindo possíveis problemas
estruturais, pintura e acessibilidade. Por isso, também deve se pensar em adaptações
para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), como placas em Braille, rampas de
acesso, elevador, etc. Esta revitalização ainda objetiva a renovação das salas de
exposições, que deverão contar com estruturas para exposições interativas, permitindo a
futura renovação do acervo do museu.
Visitas
Um ponto importante para a consolidação do museu como atrativo turístico será a
contratação de um museólogo, o qual deverá atuar em conjunto com o diretor do museu
no planejamento e organização das exposições, além disso, sugere-se que o museólogo
48
seja responsável pelo atendimento em horário pré-estabelecidos. Pode-se pensar em, a
princípio, oferecer visitas guiadas às sextas-feiras e sábados uma vez por dia para o
público em geral, e horários agendados para grupos. Quanto as exposições, estas deverão
ser constantemente renovadas para motivar a população a frequentar o museu.
Férias
Como forma de motivar a comunidade a vivenciar o museu, propõe-se a criação do
“Férias no Museu” (nome preliminar). Este programa poderá ocorrer durante uma
semana inteira no período de férias de inverno e/ou verão, e poderá contar com
atividades de contação de contos folclóricos, teatro, oficinas de artes, entre outros. A
proposta é que o programa una lazer com aprendizagem da cultura popular. Seu público-
alvo são as crianças e jovens em idade escolar, mas, algumas atividades também poderão
ser direcionadas a adultos, caso haja procura.
Ainda, posteriormente a conclusão de todas as etapas de qualificação do museu, sugere-
se a realização de um estudo para cobrança de ingressos, como forma de angariar fundos
para a manutenção do museu. Esta discussão deverá envolver todos os funcionários da
Secretaria de Turismo, além dos membros do Conselho Municipal de Cultura, os quais
deverão eleger um valor de cobrança, caso a proposta seja adotada. Outra opção seria a
cobrança apenas para as pessoas que participarem da visita guiada. Os moradores
poderão ser isentos do pagamento de ingresso, sendo este direcionado apenas aos
turistas. Esta medida também poderia ser útil para o dimensionamento do público.
Tarefas chave para a implementação
Abertura de editais para reforma do edifício;
Discussão sobre ampliação do acervo e definição das estratégias de aquisições;
Definição do horário de funcionamento e das visitas guiadas.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretarias de Turismo, de Cultura e de Obras
Planejamento da reforma R$ 230.180 R$ 60.580
Museólogo + Secretaria de Educação
Visitas guiadas Fontes de financiamento
Diretoria do Museu + Museólogo
Definição de acervos, horário de funcionamento e exposições; Planejamento do “Férias no Museu”.
Ministério da Cultura Orçamento municipal
49
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Reforma
Renovação do acervo
Estudo de cobrança
Ações relacionadas
D2B – Implantação de Novos Atrativos;
S2B – Sensibilização para o Turismo;
S3C – Educação Patrimonial;
S4B – Geração de Receitas;
C1A –Sinalização Turística.
Produtos
Museu revitalizado com espaços readequados e interativos;
Programação cultural para comunidade no período de férias.
Resultados esperados
Aumento da qualidade da experiência para moradores e turistas;
Aumento da atratividade do museu para moradores e visitantes;
Maior participação da comunidade nas atividades do museu;
Realização de exposições interativas;
Maior estímulo à promoção do folclore e sua vinculação com a cidade de Olímpia.
50
S4A Captação de Recursos
Objetivos Prioridade
Compor banco de dados com informações atualizadas sobre fontes de financiamento para projetos públicos;
Adaptar os programas e projetos do PDDT aos modelos estipulados por cada organização financiadora.
Alta
Descrição
Nos próximos anos, o município de Olímpia terá pela frente o desafio de implementar ao
menos 18 projetos e programas relacionados ao desenvolvimento do turismo, que são os
que constam neste Plano Diretor. Ao longo desse período, a Secretaria de Turismo deverá
manter-se atenta às oportunidades de obter financiamento externo para os projetos, na
tentativa de desonerar o orçamento municipal e de garantir que os projetos sejam
implementados ainda que mudem as prioridades de investimento do governo.
Para a obtenção de financiamentos junto ao Ministério do Turismo, bancos de
desenvolvimento ou órgãos de fomento, será necessário adaptar os programas
apresentados no Plano Diretor aos modelos estipulados por cada organização.
Além disso, é imprescindível acompanhar a abertura de editais de chamamento para
convênios ou patrocínios. Para tanto se sugere a organização de uma base de dados com
todas as possíveis fontes de financiamento para os projetos de turismo.
Esta ação consistirá em pesquisa exploratória via internet nas seguintes fontes:
a) Fontes Nacionais Públicas: MTur (Siconv), Governo do Estado (Proac, Desenvolve
SP), IPHAN, Ministério das Cidades, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da
Agricultura, Fundo de Interesses Difusos, BNDES, FINEP, Caixa, Banco do Brasil;
b) Fontes Nacionais Privadas: O Boticário, Nestlé, etc;
c) Fontes Internacionais: BID, BIRD;
d) Crowdfunding: Garupa, Catarse e outros.
Os dados coletados deverão ser organizados em planilha e os documentos em uma pasta
(regulamentos, formulários, editais, etc.); a base de dados deve conter campos como:
nome da fonte, nome da linha de financiamento, limite de crédito, necessidade de
contrapartida, taxa de juros, prazo de carência, link para acessar os editais. É de extrema
importância a atualização periódica dos dados (recomenda-se revisão mensal do Siconv e
revisão trimestral das oportunidades existentes nas demais Fontes).
Tarefas chave para a implementação
Verificar se o município está adimplente com todas as possíveis fontes financiadoras.
Em caso negativo, solicitar à chefia do executivo prioridade na regularização da
51
situação junto aos órgãos mais importantes;
Formar e atualizar com frequência a base de dados sobre fontes de financiamento;
Submeter os projetos dentro dos prazos especificados.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Sec. de Turismo
Levantamento de fontes de financiamento; Manutenção da base de dados; Apresentação dos projetos aos órgãos de fomento.
R$ 0 R$ 0
Fontes de financiamento
Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Levantamento das fontes
Manutenção da base de dados
Apresentação dos projetos
Ações relacionadas
S4B – Geração de Receitas;
C3A – Governança Turística.
Produtos
Banco de dados com informações sobre fontes de financiamento;
Portfólio do município.
Resultados esperados
Aumento da captação de investimento;
Consecução de investimentos nos projetos públicos e privados voltados ao
desenvolvimento turístico.
52
D1A Formatação de Produtos
Objetivos Prioridade
Agregar valor aos atrativos turísticos existentes; Diversificar a oferta atual de produtos turísticos.
Alta
Descrição
Atualmente, o Thermas dos Laranjais configura-se como o principal atrativo turístico
local, frequentado por praticamente todos os turistas e excursionistas, estes que em sua
grande maioria nem chegam de fato a visitar o município. No entanto, há uma oferta
maior de atrativos, mas encontram-se subaproveitados tanto pela falta de atratividade
quanto de divulgação, como por exemplo:
Orquidários: Aguapey, Matta e Rancho da Serra
Pesqueiros: Três Irmãos, do Cacá e Japonês
Gruta do Índio
Para que estes atrativos consigam se fortalecer como produto turístico, sugere-se que
sejam formados grupos de trabalho no COMTUR para cada uma das categorias
supracitadas. Cada grupo será responsável por pesquisar e identificar boas práticas que
julgam ser viáveis para o município. Os resultados das pesquisas deverão ser
apresentados nas reuniões do COMTUR, e assim, a discussão envolverá todos os
conselheiros, que juntos decidirão sobre a viabilização dos projetos.
Como exemplos de estudo, para a categoria Pesqueiros, o Pesqueiro 63 (Itu), Pesqueiro
Lagoa dos Patos (Jundiaí) e Green Fish Pesqueiro e Restaurante (Campinas), todos
indicados pela Revista Pesca e Companhia; para a Gruta do Índio, antigas fazenda de café
como a Pinhal e a Santa Maria do Monjolinho em São Carlos; e para os orquidários, a
Orquidácea (Olímpia), Orquidário Paulista (São Paulo) e Orquidário 4 Estações (Mauá).
Um destino deve proporcionar aos visitantes a vivência de experiências marcantes e, de
preferência, únicas. Ou seja, eles precisam encontrar em Olímpia coisas que não
encontrariam no local onde vivem, nem em outros destinos. Pensando nisso, é preciso
organizar a oferta local, agrupando experiências semelhantes e “empacotando-as” para
que sejam compradas pelos turistas.
Por isso, com o aumento da atratividade dos atrativos após a finalização da ação anterior,
os grupos de estudo do COMTUR deverão trabalhar na criação de roteiros. Como os
segmentos são limitados, a proposta é a criação de um roteiro rural que reúna os
orquidários, os pesqueiros e a Gruta do Índio, e um roteiro folclórico, que abrangerá o
Museu, o Recinto do Folclore e as demais atrações relacionadas ao Folclore que foram
apresentadas na ação D2B – Implantação de Novos Atrativos. Este roteiro, em específico,
pode se beneficiar das estruturas cicloviárias que venham a ser instaladas, conforme
programa D2A – Estímulo ao Cicloturismo. Futuramente, com a criação de novos atrativos
no município, novos roteiros poderão ser estudados, podendo mesclar com os já
53
existentes.
Tarefas chave para a implementação
Negociar com as agências locais a operação dos novos roteiros;
Divulgar os roteiros no site de turismo de Olímpia.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
COMTUR Planejamento, execução e manutenção
R$ 0 R$ 0
Fontes de financiamento
Não se aplica
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Formação dos grupos de trabalho
Atividades dos grupos
Apresentação das propostas
Ações relacionadas
S4A - Captação de recursos;
D2A – Estímulo ao Cicloturismo;
D2B – Implantação de Novos Atrativos.
Produtos
Propostas de novos produtos.
Resultados esperados
Ampliação da oferta de produtos turísticos;
Maior dispersão dos turistas no território;
Maior integração entre os atrativos e entre esses e o mercado local.
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D2A Estímulo ao Cicloturismo
Objetivos Prioridade
Incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte;
Oferecer nova opção de lazer aos moradores e turistas;
Ampliar e estimular a integração do território turístico de Olímpia.
Alta
Descrição
A previsão é que, até 2017, Olímpia contará com novos parques aquáticos e meios de
hospedagem de grande porte. Esses investimentos atrairão um fluxo muito maior de
turistas que se deslocarão pela cidade e, consequentemente, isto se refletirá na
mobilidade urbana. Trânsito, vias saturadas, poluição sonora poderão ser alguns dos
problemas, por isso, a proposta é estimular o cicloturismo através da criação de ciclovia,
inicialmente, ao longo da Avenida Aurora Forti Neves às margens do Ribeirão Olhos
D’Água, possivelmente, até o Recinto do Folclore, para que este meio de transporte seja
utilizado tanto pelos moradores quando pelos turistas.
Para isso, será preciso:
Estudar as alternativas possíveis para que o trânsito de veículos não seja
prejudicado, já que a ciclovia provavelmente ocupará uma parte da Avenida
Aurora Forti Neves. Avaliar a possibilidade de proibir que os carros estacionem,
criar bolsões de estacionamento, etc.
Reflorestar a margem do Rio, com o objetivo de tornar a paisagem mais agradável
e gerar área sombreada para os passeios de bicicleta. Apesar de as margens do
ribeirão serem estreitas no trecho urbano, é preciso estudar a possibilidade de
criar algumas áreas de lazer e relaxamento ao longo da ciclovia;
Identificar os atrativos turísticos existentes ao longo da avenida; estender a
ciclovia até esses pontos, com sinalização adequada para os ciclistas.
Identificar as regiões de maior concentração de hotéis/pousadas e estender a
ciclovia até esses pontos, com o cuidado de estudar a viabilidade de inserção dos
empreendimentos em área rural.
Buscar patrocínio/parceria de organizações privadas para o fornecimento de
bicicletas para aluguel/empréstimo e construção dos pontos de parada.
Eventualmente essa empresa possa patrocinar o reflorestamento do rio, em troca
de uma boa divulgação.
Obter apoio/parceria dos estabelecimentos locais para a reserva de áreas para
estacionar as bicicletas.
Criar uma campanha contínua de incentivo da população ao uso deste meio de
transporte, bem como de estímulo ao uso turístico.
Incentivar parcerias entre meios de hospedagem e agências de viagem para a
55
oferta de passeios de cicloturismo para os turistas.
Tarefas chave para a implementação
Estudos detalhado do percurso e definição dos pontos de parada;
Estabelecimento de um cronograma de implantação (em fases).
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
PRODEM Planejamento e busca de patrocínio
R$ 1.000.000 R$ 500.000
Sec. de Obras Projetos executivos, construção e manutenção da ciclofaixa
Fontes de financiamento
Departamento de Turismo
Inserção do cicloturismo nas suas ações de promoção turística
Orçamento municipal Empresas privadas
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Planejamento da ciclofaixa
Busca de patrocínio
Execução das obras
Ações relacionadas
C1A – Sinalização Turística;
C1B – Informações Turísticas;
C2A – Plano Estratégico de Marketing;
D1A – Formatação de Produtos;
D2C – Diversificação dos Negócios Turísticos;
S1A – Gestão Sustentável da Água;
S4A – Captação de recursos;
S2C – Empreendedorismo para o Turismo.
Produtos
Sistema de ciclovias.
Resultados esperados
Incorporação da bicicleta como meio de transporte;
Diversificação das mobilidades turísticas em Olímpia;
Estímulo à distribuição de fluxos pelo espaço turístico da cidade.
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D2C Diversificação dos negócios turísticos
Objetivos Prioridade
Estimular a abertura de novos negócios, visando
atender as necessidades dos turistas. Alta
Descrição
O programa concentra-se na diversificação da oferta de opções de alimentação e
atividades de lazer, pois os turistas reclamam que não há opções de lazer além do
Thermas e que a qualidade e quantidade de restaurantes e lanchonetes deixam a desejar.
Tendo em vista a futura inauguração de grandes empreendimentos hoteleiros no
município, que estarão dotados de espaços para a eventos, e considerando a existência
do Olímpia Convention & Visitors Bureau, que deverá fortalecer sua atuação na captação
de eventos para o município, este projeto também contempla os variados negócios que
compõem a cadeia produtiva de eventos.
Sendo assim, além de utilizar o catálogo de oportunidades de investimentos, proposto no
programa S2C, o município poderá desenvolver mecanismos de incentivo aos
investimentos nos segmentos apontados, por meio de descontos em impostos e taxas
municipais.
A lei precisa ser bem específica quanto aos quesitos que precisam ser cumpridos para ter
direito ao desconto. Como sugestão, propõe-se o seguinte:
Estar localizado a menos de 10 quadras de um meio de hospedagem local;
Funcionar aos finais de semana e feriados, especialmente no horário do jantar;
Possuir CADASTUR;
Estar cadastrado no Inventário Turístico Municipal;
Criar ao menos três empregos formais;
Se for uma empresa do ramo de alimentação:
o Padarias – apenas as que oferecerem mesas e cadeiras para pelo menos 10
pessoas;
o Restaurantes – apenas os que oferecerem culinária típica brasileira ou
culinária de outro país, desde que não haja mais que dois restaurantes
atuando no mesmo segmento;
Demais empresas que serão beneficiadas:
o Empresas envolvidas na produção de eventos, desde que não :
Montagem de estandes;
Comunicação visual e fotografia;
Decoração e Cenário;
Segurança;
Bufê ou Catering;
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Serviços Gráficos;
Sonorização, iluminação;
Serviços de limpeza;
Serviços de recepção;
Brindes, troféus e placas;
Tradução e intérprete;
Transporte de passageiros e cargas;
Uniformes e trajes.
o Casas noturnas, casas de show e cinemas, desde que não ofereçam
atividades relacionadas à prostituição e pornografia;
o Empresas que aluguem bicicletas;
o Agências de turismo que, além da venda de ingressos para parques
aquáticos, comercializem outros passeios em Olímpia.
Tarefas chave para a implementação
Articular a elaboração da Lei de Incentivo junto ao setor jurídico e tributário.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretaria de Turismo + Setor Tributário + Setor Jurídico
Elaboração da lei de incentivo
R$ 0,00 A definir conforme
incentivos concedidos
Fontes de financiamento
Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Reuniões com setores envolvidos
Elaboração e aprovação da lei
Início da vigência da lei
Ações relacionadas
S2A – Qualificação Profissional;
S2C – Empreendedorismo para o Turismo;
D2B – Implantação de Novos Atrativos.
Produtos
Lei de Incentivo aos negócios de alimentação e lazer.
Resultados esperados
58
Aumento do número de estabelecimentos de alimentação em Olímpia;
Diversificação das opções de entretenimento e alimentação;
Geração de empregos formais.
59
C4B Monitoramento da Demanda Turística
Objetivos Prioridade
Alimentar banco de dados com informações sobre os turistas que visitam Olímpia;
Cumprir os requisitos para obtenção e manutenção do título de Estância Turística
Alta
Descrição
A caracterização da demanda turística é de extrema importância para uma região, pois a
partir dela é possível fazer o planejamento do desenvolvimento do turismo de acordo
com o perfil do turista. A realização constante permite a formação de uma série histórica,
a qual permitirá observar as mudanças dos hábitos dos turistas que visitam o local. Além
disso, Olímpia como Estância Turística deve monitorar o perfil e interesses de seus
visitantes por meio de um estudo da demanda turística.
A aplicação da pesquisa pode se dar nas épocas de realização de eventos turísticos, em
feriados prolongados e em finais de semana comuns, visando demarcar o que seria alta e
baixa temporada turística. Ao final de cada período de pesquisa deverá ser elaborado um
relatório do perfil do turista.
Para garantir nível de significância e margem de erro razoáveis, é importante que sejam
feitas pelo menos 400 entrevistas em cada uma das tomadas. O número de
entrevistadores necessários para a coleta de dados deve ser calibrado conforme a
duração da pesquisa, considerando que cada entrevistador é capaz de fazer, em média,
20 entrevistas por dia.
Sugere-se a aplicação de um formulário de pesquisa simplificado nas coletas realizadas ao
longo do ano, e, a cada dois anos, a aplicação do formulário de pesquisa completo
utilizado para a execução deste Plano Diretor (Volumes III e IV). Uma possibilidade para as
coletas simplificadas é distribuir formulários impressos em restaurantes e meios de
hospedagem para que os próprios turistas preencham a pesquisa. O mesmo formulário
pode estar disponível na internet e, através do envio de um link, os meios de
hospedagem obtêm a resposta dos hóspedes após o final de sua estada. Para isso, é
possível usar aplicativos pagos de pesquisa ou o Google Drive, que é gratuito. A vantagem
de utilizar o Google é que, além de ser gratuito, todas as respostas obtidas são
armazenadas em um só banco de dados, que pode ser controlado pela Secretaria de
Turismo, mas também ficar à disposição dos gestores dos hotéis e pousadas locais.
Tarefas chave para a implementação
Definição de datas para coleta de dados (pesquisa);
Seleção e treinamento de pesquisadores;
Sistematização e consolidação das informações;
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Redação periódica de relatórios de demanda turística.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Secretaria de Turismo
Organização, execução e manutenção
R$ 50.000 R$ 50.000
Fontes de financiamento
FUMTUR Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Realização da pesquisa
Elaboração de relatórios
Monitoramento de veículos
Ações relacionadas
C2A – Plano Estratégico de Marketing
Produtos
Banco de dados e séries históricas sobre a demanda turística;
Relatórios periódicos.
Resultados esperados
Melhoria no sistema de monitoramento da demanda turística;
Criação de banco de dados com série histórica para o planejamento turístico.
61
3.3. Programas e Projetos para o ano de 2017
S3C Educação Patrimonial
Objetivos Prioridade
Divulgar e valorizar o patrimônio histórico-cultural local;
Estimular a formação de novos agentes culturais; Consolidar um processo contínuo de preservação
da cultura popular – folclore.
Média
Descrição
Olímpia é referência em folclore e, atualmente, é candidata a ser Capital Nacional do
Folclore, projeto já aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da
Câmara dos Deputados. Dessa forma, seria muito importante a sensibilização da
comunidade para valorização da cultura popular, para que todos possam se empenhar
nesse processo.
Qualificação dos professores
Primeiramente, os professores da rede municipal de ensino deverão ser capacitados em
educação patrimonial, para estarem preparados a trabalhar conteúdos com os
estudantes. Para isso, a Secretaria da Educação em conjunto com a Secretaria de Cultura
deverão buscar especialistas para a realização de formações, as quais deverão ser
adequadas à realidade do município e direcionados, principalmente (mas não
exclusivamente), ao folclore e cultura popular. Uma medida complementar seria permitir
a grupos de professores que fizessem intercâmbios com outros museus do Estado ou do
país, no sentido de, in loco, entenderem e refletirem sobre práticas de interpretação do
patrimônio em museus, a partir do que poderiam ampliar suas referências no tema.
Visitas ao Museu
A Secretaria da Educação em conjunto com as escolas da rede pública de ensino deverá
incentivar os alunos a visitarem o Museu do Folclore, como forma de aproximar a
educação formal destes espaços públicos. Através de excursões, os professores poderão
trabalhar com os alunos diversas temáticas como cultura, história, artes, turismo (para
alunos do 4° e 5° ano), etc., através de atividades lúdicas, pois assim, o aprendizado é
mais estimulado.
Comissão de Folclore
Uma importante ação para este programa de educação patrimonial será a reativação da
Comissão de Folclore do Conselho Municipal de Cultura, o qual deverá coordenar
pesquisas, estudos, promoção, defesa e divulgação do folclore em âmbito local, tudo isto
62
em parceria com o Museu do Folclore. Como sugestão, posteriormente à implantação, o
município poderia candidatar-se a ser um Núcleo Regional da Comissão Paulista de
Folclore, o que lhe conferiria mais visibilidade.
Curso de Folclore
Ainda, como forma de fortalecer a cultura local, após a ativação da Comissão de Folclore
esta deverá trabalhar na elaboração de um curso livre de cultura popular e folclore.
Sugere-se que o curso seja ofertado uma vez ao ano, podendo se expandir de acordo com
a demanda e a capacidade local de recursos humanos. O curso deverá ser de curta
duração e apresentar conceitos básicos da cultura popular, como: mitos, danças, contos
folclóricos, culinária, etc., e aproximar o conteúdo ao contexto local, tendo como público-
alvo os professores, mas podendo ser aberto aos demais interessados. Professores de
universidades, que já apresentam seminários durante o Fefol, poderão ser contatados
para auxiliar na formatação do curso.
Tarefas chave para a implementação
Planejamento das formações;
Articulação entre Secretarias de Turismo, de Cultura e diretores das escolas da rede
pública;
Formação da equipe da Comissão;
Planejamento do curso de cultura popular e folclore.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Sec. de Turismo / Sec. de Cultura / Sec. da Educação
Planejamento das formações
R$ 50.000 R$ 30.000
Conselho de Cultura Reativação da comissão Fontes de financiamento
Sec. de Turismo / Sec. de Cultura / Sec. da Educação / Comissão de Folclore
Planejamento do Curso de Folclore
Orçamento municipal
Cronograma de implementação 2017
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Qualificação
Visitas técnicas
Reativação da comissão
Planejamento do curso
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Ações relacionadas
S2B – Sensibilização para o turismo;
S3B – Revitalização do Museu do Folclore;
S4A – Captação de Recursos;
C3A – Governança Turística.
Produtos
Comissão de Folclore reativada;
Curso de cultura popular e folclore ministrado anualmente.
Resultados esperados
Trabalhos contínuos desenvolvidos pela Comissão do Folclore;
Maior valorização do patrimônio histórico-cultural pela população de Olímpia.
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S4B Geração de Receitas
Objetivos Prioridade
Criar mecanismos de geração de receita para o turismo. Média
Descrição
Dados da Pesquisa de Demanda Efetiva mostram que, dentre o total de visitantes anuais
que o município recebe, 34,9% são excursionistas, ou seja, não pernoitam no município.
Dessa forma, o retorno financeiro decorrente deste grupo é reduzido e fica concentrado
no Thermas dos Laranjais, visto que essas pessoas não costumam sair do parque
enquanto permanecem em Olímpia. Sendo assim, a administração municipal não tem
retorno dos gastos realizados com serviços e obras de infraestruturas que, além dos
moradores, atendem também os visitantes, como pavimentação, iluminação, limpeza
pública. Para amenizar esses problemas propõem-se duas medidas:
Taxa de Circulação de Transportes
Municípios como Conde (PB), Ilhabela (SP), Paraty (RJ), entre outros, já realizam
cobranças para entrada de transportes de turistas no município, sendo que os preços
variam de acordo com as categorias, sendo: vans; micro-ônibus e ônibus.
Os transportes turísticos deverão ser cadastrados na Secretaria de Turismo, a qual será
responsável pela emissão do documento de pagamento da taxa. Pode-se pensar em, após
o pagamento da taxa, a Secretaria de Turismo emitir um selo de identificação, o qual seria
fixado no para-brisa do veículo para identificação, desde sua chegada à cidade até a
partida. Outros setores da Prefeitura, como Departamento de Trânsito, poderão ser
mobilizados para a fiscalização.
Também se pode pensar em cobrar taxas diferenciadas conforme a permanência dos
visitantes, cobrando taxas diárias menores daqueles que pretenderem permanecer mais
tempo.
Taxa de Turismo Sustentável
A taxa deverá ser cobrada nos meios de hospedagem para todos os hóspedes acima de
seis anos. No entanto, o pagamento da taxa é opcional, sendo o turista apenas será
incentivado a contribuir com o município.
Estas questões deverão ser amplamente discutidas entre o poder público, privado e
comunidade, a fim de se encontrar um valor adequado à realidade turística do município.
Audiências públicas serão um aporte para a legitimidade do projeto. Vale dizer que, nas
oficinas realizadas pela T4 com artesãos, empresários de agenciamento e hospedagem,
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50% dos participantes concordavam parcialmente, por isso, será muito importante a
realização de uma audiência pública, para que todos possam opinar e dar legitimidade ao
projeto.
Ressalta-se que, toda a receita gerada será destinada ao FUMTUR, para implantação,
desenvolvimento e manutenção de serviços ligados à capacitação e qualificação do setor,
e ações para o desenvolvimento turístico da cidade em geral.
Tarefas chave para a implementação
Discussão para implantação das taxas;
Definição dos mecanismos de fiscalização de ônibus e meios de hospedagem.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
SETUR Cadastro dos transportes turísticos R$ 0 R$ 0
Departamento de Trânsito
Fiscalização Fontes de financiamento
COMTUR Fiscalização da receita Não se aplica
Cronograma de implementação 2017
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Estudo das taxas
Audiência
Implantação - piloto
Implantação definitiva
Ações relacionadas
C3A – Governança Turística;
S4A – Captação de Recursos.
Produtos
Estudo sobre taxa de circulação de transportes;
Estudo sobre taxa de turismo sustentável.
Resultados esperados
Aumento da arrecadação do FUMTUR;
Viabilização de projetos.
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C1B Informações Turísticas
Objetivos Prioridade
Divulgar todos os atrativos e empreendimentos turísticos locais;
Ajustar visitantes de cada segmento às atividades-foco correspondentes;
Consolidar a promoção de Olímpia pelos meios digitais; Organizar e disponibilizar ferramentas digitais de
informação turística.
Média
Descrição
Mapa turístico
O mapa turístico também é uma importante ferramenta de informação ao turista e deve
apresentar informações claras, para que seja compreensível a todos, auxiliando na
orientação ao atrativo turístico e outros pontos de interesse. Por isso, a proposta é a
reformulação do mapa atual, inserindo novos equipamentos e atrativos, além de seu
redimensionamento, pois, no tamanho atual, é de difícil manuseio. Portanto, deverá ser
adotada uma escala na visualização do mapa, compreendendo todos os atrativos e
equipamentos turísticos do município, destacando as principais vias de acesso a estes. É
importante que o mapa tenha dimensões de fácil consulta e guarda (por exemplo, não
maiores do que um telefone celular), com dobras inteligentes e material resistente. No
momento da contratação deste serviço, é importante discutir opções de material,
qualidade de imagem, disposição de textos, etc, sempre na perspectiva de se encontrar
um bom termo entre preço, qualidade e funcionalidade.
Para atender a demanda do CAT, propõe-se a produção de 40.000 unidades do mapa ao
ano.
A quantidade de mapas impressos tende a reduzir-se ano a ano, conforme os turistas
utilizem com maior intensidade aplicativos de celular, portanto é preciso ficar atento ao
comportamento da demanda turística.
Hotsite oficial de turismo
Olímpia possui informações turísticas vinculadas ao site da Prefeitura Municipal, mas
carece de informações atrativas e dinâmicas, e não é funcional – por exemplo, ao
pesquisar “turismo em Olímpia” no Google, ela não aparece. Dessa forma, Olímpia deverá
contar com um hotsite oficial de turismo, que deverá ser planejado e mantido pela
Secretaria de Turismo. Dentre outros aspectos, deverá disponibilizar de maneira bem
clara informações sobre Eventos, Meios de Hospedagem, Atrativos, Gastronomia, além
de uma versão digital do novo mapa turístico.
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Aplicativo turístico
Além disso, de muita importância hoje, será a disponibilização de um aplicativo turístico
nos sistemas Android e IOS, sendo que suas funcionalidades serão:
Mapa com pontos de interesse (hotéis, restaurantes, atrativos, farmácia,
supermercado);
Lista de atrativos turísticos, com descrição, horário de funcionamento e preço do
ingresso e link “ver no mapa”;
Diário de viagem: ao abrir qualquer item do mapa, permite fotografar e fazer
anotações sobre o local. Tanto as fotos quanto as anotações são apresentadas
como um álbum de recordações ao algo do tipo, que pode ser compartilhado no
Facebook e Instagram.
Coleta de dados: com o tempo, a ferramenta poderá ser ampliada, na perspectiva
de dinamizar as pesquisas de demanda e de satisfação, de maneira que os
visitantes preencham questionários, enviem comentários, façam fotos, etc e estes
dados sejam transmitidos e consolidados diretamente em banco de dados local.
Para fazer parte tanto do site quanto do aplicativo, o empreendimento deverá cumprir
alguns critérios (exceto atrativos turísticos). Como sugestão inicial, podem-se listar:
Meios de hospedagem:
o Nota acima de 1 na avaliação qualitativa do Inventário da Oferta Turística;
Equipamentos de alimentação:
o Amplo horário de funcionamento (finais de semana e noturno inclusive);
o Estar localizado em áreas turísticas;
Comércio
o Comercializar produtos de caráter turístico;
o Oferecer serviços ou produtos de apoio ao turismo (por exemplo, farmácia).
Tarefas chave para a implementação
Definição dos equipamentos turísticos que farão parte do site e do aplicativo de
turismo de Olímpia;
Obter autorização do chefe do executivo para que a Secretaria de Turismo possa
gerenciar o site turístico de Olímpia;
Criação do site turístico de Olímpia;
Programação do aplicativo, com definição de funcionalidades básicas.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Sec. de Turismo
Organização, execução e manutenção
R$ 257.200 R$ 7.200
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Empresa especializada
Criação e hospedagem do site; criação do aplicativo
Fontes de financiamento
CAT Distribuição do mapa turístico FUMTUR
Cronograma de implementação 2017
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mapa
Site
Aplicativo
Ações relacionadas
C1A – Sinalização Turística;
C2A – Plano Estratégico de Marketing;
D2B – Implantação de Novos Atrativos;
S4A – Captação de recursos.
Produtos
Mapa turístico;
Aplicativo turístico;
Site de oficial do turismo em Olímpia.
Resultados esperados
Dinamização na promoção turística, por via digital, com facilitação do planejamento
da visita;
Melhor distribuição de fluxos, com envolvimento direto dos turistas e de maneira
remota (em complemento ao CAT).
69
C2A Plano Estratégico de Marketing
Objetivos Prioridade
Elaborar um planejamento estratégico para comercialização e comunicação do destino.
Média
Descrição
Na Pesquisa de Demanda Potencial foi identificado que muitos turistas potenciais têm interesse em conhecer Olímpia, mas poucos têm conhecimento da existência da cidade ou de sua oferta turística. Assim sendo, torna-se necessário realizar um Plano de Marketing para direcionar e impulsionar a promoção do destino Olímpia.
Por outro lado, com o aumento da oferta hoteleira, a cidade precisará de um número muito maior de visitantes e que, preferencialmente, se hospedem em Olímpia durante a semana. Dessa forma, há que se identificar os nichos de mercado a serem explorados (terceira idade, congressos e eventos, lua de mel) e as possíveis parcerias com grandes operadoras de turismo.
O Plano de Marketing deve ser elaborado com base no diagnóstico e estratégias estabelecidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico de Olímpia. O Plano deverá definir objetivos de marketing do destino e determinar estratégias de:
Produtos e mercado,
Posicionamento,
Comercialização,
Comunicação,
Competitividade.
Cada estratégia deverá indicar ações de divulgação, especificando como, quando, onde e por quem deverá ser desenvolvida a ação, bem como o valor de investimento e sua relação com as demais ações.
Tarefas chave para a implementação
Elaboração de termo de referência;
Contratação de empresa para elaboração do Plano Estratégico de Marketing.
Agentes envolvidos Orçamento (R$)
Agente Função Inicial Manutenção
Sec. De Turismo
Elaboração do termo de referência
R$ 200.000
Sec. De Turismo
Contratação de empresa para elaboração do plano
Fontes de financiamento
Empresa contratada
Plano Estratégico de Marketing Orçamento municipal
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Cronograma de implementação 2017
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Termo de referência
Contratação
Plano de Marketing
Ações relacionadas
C1B – Informações Turísticas;
D1A – Formatação de Produtos;
D2B – Implantação de Novos Atrativos;
D2C – Diversificação dos Negócios Turísticos;
S3A – Reestruturação do Festival do Folclore;
S4A – Captação de recursos.
Produtos
Termo de referência para contratação do Plano Estratégico de Marketing;
Plano Estratégico de Marketing.
Resultados esperados
Direcionamentos para divulgação e comercialização do destino Olímpia.
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A priorização dos programas foi definida de acordo com a urgência e a necessidade de
implementar a ação. A urgência diz respeito à dimensão tempo e a necessidade diz
respeito à importância do programa para o objetivo que se quer atingir. A conjunção
dos dois atributos justifica a ordem em que as ações devem ser implementadas,
conforme foi indicado nos tópicos anteriores.
A figura apresentada a seguir demonstra, de forma resumida, o resultado do exercício
de priorização das ações com base nesses dois atributos. Cada programa é
representado por um círculo, que varia em cor e tamanho.
O tamanho do círculo é proporcional ao número de programas com os quais ele se
relaciona, indicando a sua importância no âmbito geral do Plano Diretor de Turismo.
Existem programas que estão relacionados diretamente com outros 10 ou 12, ao passo
que alguns programas dependem de apenas dois ou três. Logo, conclui-se que é mais
importante executar os programas que possuem maior número de relacionamentos,
sob o risco de comprometer a execução ou os resultados esperados de outros
programas. Sendo assim, a prioridade de execução é para os programas representados
pelos maiores círculos.
As cores indicam a urgência de implementar os programas. Nesse caso, o tom mais
escuro indica que o programa precisa ser executado imediatamente (2015), seja
porque o contexto exige uma ação imediata, ou porque há outros programas que só
poderão ser implementados quando alguns já estejam em andamento ou finalizados.
Portanto, deve-se priorizar os programas que estão representados por cores mais
escuras em detrimentos daqueles pintados em tons mais claros.
72
Figura 1 - Representação da Priorização das Ações do Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico, conforme necessidade e urgência
O gestor público pode deparar-se com a necessidade de eliminar alguns programas em
virtude da restrição de orçamento ou de recursos humanos para executá-los. Se isso
acontecer, ele deve se basear na figura a seguir para tomar a sua decisão, buscando
descartar ou adiar os programas representados pelos menores círculos.
Um terceiro critério que poderá ser utilizado para eliminar ou adiar a execução de um
programa é o seu custo, que está descrito de forma resumida no quadro apresentado
no capítulo 3.4., a seguir.
3.4. Previsão das despesas para execução do Plano Diretor de Turismo
A seguir são apresentadas as despesas previstas para a implementação e manutenção
dos programas entre 2015 e 2017.
Para o melhor entendimento do orçamento apresentado é necessário dizer que os
valores apresentados são uma estimativa do custo total envolvido na execução dos
programas, não tendo sido feitas separações conforme a origem dos recursos. Por
exemplo, há programas que podem ser implementados com recursos da Secretaria de
Esportes, Cultura, Turismo e Lazer e outros com verbas da Secretaria de Gestão
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Ambiental, como é o caso das ações referentes ao tratamento dos efluentes e reuso da
água, que estão sob responsabilidade desta última. Da mesma forma há o programa de
incentivo ao cicloturismo que pode ser financiado parcialmente pela iniciativa privada.
Tabela 2. Orçamento completo do Plano Diretor de Turismo
Cód. Programa / Projeto 2015 2016 2017
S1A Gestão Sustentável da Água R$ 350.000 R$ - R$ -
S2A Qualificação profissional R$ 60.000 R$ 60.000 R$ 60.000
S2B Sensibilização para o Turismo R$ 50.000 R$ 25.000 R$ 25.000
S3A Reestruturação do Festival do Folclore R$ 200.000 R$ 200.000 R$ 200.000
D2B Implantação de Novos Atrativos R$ 150.000 R$ 150.000 R$ 150.000
C1A Sinalização Turística R$ 160.000 R$ 10.000 R$ 10.000
C3A Governança Turística R$ 100.000 R$ 53.000 R$ 53.000
C3B Incentivo ao Associativismo R$ - R$ - R$ -
C4A Manutenção do inventário turístico R$ 50.000 R$ 50.000 R$ 50.000
Subtotal 2015 R$ 1.120.000
S2C Empreendedorismo para o Turismo
R$ 45.000 R$ 45.000
S3B Revitalização do Museu do Folclore
R$ 230.180 R$ 60.580
S4A Captação de Recursos
R$ - R$ -
D1A Formatação de Produtos
R$ - R$ -
D2A Estímulo ao Cicloturismo
R$ 1.000.000 R$ 500.000
D2C Diversificação dos Negócios Turísticos
R$ - R$ -
C4B Monitoramento da Demanda turística
R$ 50.000 R$ 50.000
Subtotal 2016
R$ 1.873.180
S3C Educação Patrimonial
R$ 50.000
S4B Geração de Receita
R$ -
C1B Informações Turísticas
R$ 257.200
C2A Plano Estratégico de Marketing
R$ 200.000
Subtotal 2017
R$ 1.710.780