Plano Diretor de Manaus 2014

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    Manaus, quinta-feira, 16 de janeiro de 2014. Ano XV, Edio 3332 - R$ 18,00

    Poder Executivo Edio Especial

    PLANO DIRETOR URBANO E AMBIENTAL DO MUNICPIO DE MANAUS

    LEI COMPLEMENTAR N 002, DE 16 DE J ANEIRO DE 2014

    DISPE sobre o Plano Diretor Urbano eAmbiental do Municpio de Manaus e doutras providncias.

    O PREFEITO DE MANAUS,no uso das atribuies quelhe so conferidas pelo art. 80, inc. IV, da Lei Orgnica do Municpio deManaus,

    FAO SABER que o Poder Legislativo decretou e eusanciono a seguinte

    LEI:

    TTULO IDOS PRINCPIOS DA POLTICA URBANA E AMBIENTAL

    Art. 1 Esta Lei Complementar dispe sobre o PlanoDiretor Urbano e Ambiental do Municpio de Manaus, em atendimento aodisposto no artigo 182 da Constituio Federal, nos artigos 39 a 42-B daLei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade, e nos

    artigos 227 e 228 da Lei Orgnica do Municpio de Manaus (LOMAN).Pargrafo nico. O Plano Diretor Urbano e Ambientalconstitui o instrumento bsico da Poltica Urbana e Ambiental doMunicpio de Manaus, nos termos do Estatuto da Cidade, formulado eimplementado com base nos seguintes princpios:

    I - cumprimento das funes sociais e ambientais daCidade e da propriedade urbana, assim como dos espaos territoriaisespecialmente protegidos;

    II-promoo da qualidade de vida e do ambiente;III-valorizao cultural da Cidade e de seus costumes e

    tradies, visando ao desenvolvimento das diversidades culturais;IV - incluso social, por meio da regularizao da

    propriedade territorial e da ampliao do acesso moradia;V-aprimoramento da atuao do Poder Executivo sobre

    os espaos da cidade, mediante a utilizao de instrumentos de controledo uso e ocupao do solo;

    VI-articulao das aes de desenvolvimento no contextoregional;

    VII - fortalecimento do Poder Executivo na conduo deplanos, programas e projetos de interesse para o desenvolvimento doMunicpio de Manaus, mediante a articulao com os demais entes doPoder Pblico e a parceria com os agentes econmicos, os movimentossociais e comunitrios;

    VIII - integrao entre os rgos, entidades e conselhosmunicipais, visando atuao coordenada no cumprimento dasestratgias fixadas nesta Lei Complementar e na execuo dos planos,programas e projetos a ela relacionados;

    IX-gesto democrtica, participativa e descentralizada daCidade.

    TTULO IIDAS ESTRATGIAS DE DESENVOLVIMENTO

    Art. 2 Constituem estratgias para o desenvolvimento doMunicpio de Manaus:

    I-a valorizao de Manaus como metrpole regional;

    II-a ordenao e regulamentao do uso e ocupao dosolo urbano;

    III-a construo da Cidade com o compartilhamento dosbenefcios gerados;

    IV-a promoo:

    a)da qualificao ambiental e cultural do territrio;b)do desenvolvimento econmico do Municpio;c)do desenvolvimento do turismo;d)da qualificao dos espaos pblicos;e)do desenvolvimento e melhoria dos espaos protegidos;V -a garantia:a)das condies bsicas de vida;b) da mobilidade urbana em todo o territrio municipal,

    com nfase na acessibilidade da pessoa com deficincia e commobilidade reduzida;

    c)do acesso democrtico terra regular e moradia;d)da implementao do desporto e do lazer.Pargrafo nico.So objetivos centrais das estratgias de

    desenvolvimento, dentro da rea urbana, as Zonas Territoriais Urbanasde Manaus, a partir das caractersticas vocacionais a seguir descritas:

    I - Zona Norte: constitui a grande rea de transio ehabitacional da Cidade, possuindo como limite a Reserva FlorestalAdolpho Ducke;

    II - Zona Sul: constitui principal referncia cultural earqueolgica, em especial pela localizao do seu Centro Histrico, almde ser o maior centro de negcios da Cidade;

    III -Zona Centro-Sul: constitui rea habitacional, alm deser a expanso do centro de negcios e servios da Cidade, comverticalizao caracterizada;

    IV - Zona Leste: constitui uma das maiores reashabitacionais com caracterstica horizontal da Cidade, possuindo, ainda,atividades industriais, agroindustriais, de agricultura familiar, de turismoecolgico, atividades porturias e de proteo ambiental, por sualocalizao na orla do Rio Amazonas;

    V -Zona Oeste: constitui territrio atrativo para o turismo elazer, propiciando o desenvolvimento urbano com sustentabilidadeambiental, por sua localizao na orla do Rio Negro e ainda o Igarap doTarum-Au;

    VI - Zona Centro-Oeste: constitui rea habitacional comcaracterstica horizontal, contemplando ainda um centro de refernciaem esportes e sade da Cidade.

    Art. 3As estratgias de desenvolvimento do Municpio deManaus complementam-se com o modelo espacial contido nesta LeiComplementar, regulamentado por normas de uso e ocupao do solo ede parcelamento do solo urbano, constantes de leis municipaisespecficas.

    CAPTULO IDA VAL ORIZAO DE MANAUS COMO METRPOLE REGIONAL

    Art. 4 A estratgia de valorizao de Manaus comometrpole regional tem como objetivo geral orientar as aes do PoderPblico e dos diferentes agentes da sociedade para a promoo dodesenvolvimento sustentvel e integrado do Municpio.

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    Pargrafo nico. So objetivos especficos da estratgiade valorizao de Manaus como metrpole regional:

    I - integrao das funes do Municpio no contextometropolitano, regional e nacional;

    II -fixao do zoneamento do territrio municipal, visandogarantir a ocupao equilibrada de seus espaos, a promoo social, avalorizao dos espaos territoriais como estratgia para odesenvolvimento sustentvel, assim como o desenvolvimento nopredatrio das atividades produtivas neles desenvolvida;

    III -valorizao da relao sustentvel de Manaus com osrios Negro e Amazonas e demais cursos d gua.

    Art. 5 A estratgia de valorizao de Manaus comometrpole regional ser efetivada por meio das seguintes diretrizes:

    I- reforo participao do Municpio em planos eprogramas, de mbito metropolitano, estadual e federal, voltados para oseu desenvolvimento e da regio;

    II-articulao interinstitucional com os diferentes entes degoverno que atuam na regio, com o objetivo de integrar as aes para odesenvolvimento;

    III- instituio de mecanismos de articulao permanentecom a Administrao dos Municpios vizinhos, especialmente oslimtrofes com Manaus, visando fomentao das atividades produtivas, integrao das funes e gesto de servios de interesse comum;

    IV-fortalecimento da atuao dos agentes econmicos ede instituies de Manaus e dos demais municpios do Estado para odesenvolvimento sustentvel da regio;

    V- identificao das aes dos governos federal eestadual no Municpio, priorizando a participao da Prefeitura naquelasde maior interesse para o desenvolvimento local;

    VI- incentivo articulao de agentes e instituies,inclusive cooperativas e associaes de pequenos produtores, paraformao de parcerias com a Prefeitura de Manaus, visando implementao de projetos de desenvolvimento;

    VII- intermediao junto Superintendncia da ZonaFranca de Manaus - Suframa, com vistas expanso e diversificaodas indstrias do Polo Industrial de Manaus e das demais atividadeseconmicas;

    VIII-implantao de terminal intermodal de transportes em

    localizao estratgica para o Municpio e em relao aos municpioslimtrofes;IX- reorganizao logstica dos transportes de cargas,

    especialmente a articulao entre os portos fluviais que atendemManaus e os municpios da regio;

    X- direcionamento dos investimentos pblicos para aimplementao de programas de alcance social, com nfase noatendimento sade, educao e moradia, visando ao bem-estarsocial e ambiental da populao;

    XI-implantao, com vistas conquista da cidadania e defesa da democracia, de espaos pblicos polivalentes e de elevadointeresse comunitrio.

    CAPTULO IIDA QUALIFICAO A MBIENTAL DO TERRITRIO

    Art. 6A estratgia de qualificao ambiental do territriotem como objetivo geral tutelar e valorizar o patrimnio natural doMunicpio de Manaus, priorizando a manuteno dos espaosespecialmente protegidos, a resoluo de conflitos e a mitigao deprocessos de degradao ambiental decorrentes de usos incompatveise das deficincias de saneamento.

    1So objetivos especficos da estratgia a que se refereocaputdeste artigo:

    I-defesa dos ambientes naturais, com disciplina de seuaproveitamento;

    II- implantao, manuteno e valorizao das unidadesde conservao, dos fragmentos florestais, dos corredores ecolgicos,das reas verdes urbanas e de outros espaos relevantes de proteode Manaus;

    III- promoo da integridade das guas superficiais esubterrneas do territrio do Municpio, por meio de ao articulada comas polticas estadual e federal de gerenciamento dos recursos hdricos;

    IV- integrao do gerenciamento ambiental s demaispolticas pblicas, de modo a garantir a proteo do patrimnio naturaldo Municpio;

    V- promoo contnua dos programas educativos e deconscientizao quanto valorizao e preservao da PolticaMunicipal para o Meio Ambiente;

    VI- desenvolvimento, reconhecimento e priorizao demecanismos desenvolvidos localmente que promovam a mitigao deprocessos de degradao ambiental, minimizem ou at mesmo eliminemas deficincias imediatas de saneamento.

    2A Poltica Municipal para o Meio Ambiente regidapelo disposto nesta Lei Complementar e na Lei n 605, de 24 de julho de2001, Cdigo Ambiental de Manaus.

    Seo IDo Patrimnio Natural de Manaus

    Art. 7 Constituem o patrimnio natural de Manaus todosos espaos territoriais especialmente protegidos, que so as unidadesde conservao, corredores ecolgicos, as reas de preservaopermanente, os fragmentos florestais urbanos, as reas verdes, o jardimbotnico, assim como, as praias, cachoeiras, ilhas, orlas fluviais edemais cursos dgua existentes no Municpio.

    Pargrafo nico. Para efeito de conceituao dos bensintegrantes do patrimnio natural, so consideradas as definiesadotadas no Cdigo Ambiental de Manaus e no Sistema Municipal dereas Protegidas.

    Art. 8 A proteo do patrimnio natural serimplementada mediante:

    I- programas de proteo ao patrimnio natural, assimcomo os planos de gesto das unidades de conservao;

    II-utilizao de instrumentos de interveno urbana queincentivem a conservao do patrimnio natural;

    III- efetiva aplicao dos instrumentos previstos peloCdigo Ambiental de Manaus;

    IV -instituio de programa de educao ambiental junto populao em cada bairro e de projetos de educao ambiental nasescolas;

    V -apoio s aes da delegacia especializada na rea decrimes ambientais;

    VI - estruturao e aparelhamento do rgo municipal

    responsvel pela execuo da Poltica Ambiental de Meio Ambiente,planejamento e gerenciamento dos programas de proteo e valorizaodas reas protegidas, dos ambientes naturais e dos cursos dgua.

    Art. 9 Constituem programas de proteo do patrimnionatural:

    I - Programa de Proteo e Valorizao das reasProtegidas, dos ambientes naturais de Manaus, que visa:

    a)identificar reas que apresentem potencial para acriao de unidades de conservao, dando prioridade para aquelascom predominncia de espcies vegetais nativas ou que abriguem faunasilvestre endmica e paisagens naturais relevantes;

    b)reforar a proteo dos espaos territoriaisespecialmente protegidos por meio da criao e implantao decorredores ecolgicos;

    c)proteger as reas de fragilidade ambiental e imprpriaspara ocupao;d)promover a criao de parques com bosques de

    espcies nativas e corredores ecolgicos e outras categorias deunidades de conservao;

    e)fomentar o controle de empreendimentos e atividadesque causem impacto ambiental nas reas especialmente protegidas enas unidades de conservao;

    f)recuperar as reas degradadas em todo o territriomunicipal, em especial aquelas localizadas na rea urbana e em suaperiferia imediata;

    g)desenvolver o plantio e a manuteno de vegetao nasreas suscetveis de eroso, visando ainda recuperao ambiental dasreas verdes, em parceria com a iniciativa privada e o incremento daarborizao de logradouros e de equipamentos de uso pblico,

    considerando-se as diretrizes do Plano de Arborizao;h)propor o uso de espcies nativas a serem utilizadas nopaisagismo urbano e na arborizao de Manaus, priorizando o usodaquelas consideradas mais apropriadas, com o objetivo de dar umaidentidade florstica Cidade;

    i)criar, implementar e manter as reas protegidas.

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    II -Programa de Proteo dos Cursos dgua, objetivandoa proteo dos rios e igaraps e de suas margens e a conscientizaoda populao para a sua conservao e fiscalizao, por meio de:

    a)elaborao do Plano de Proteo das Margens dosCursos dgua;

    b)preservao e revitalizao das nascentes e demaiscursos d'gua;

    c)adequado tratamento dos efluentes lquidos, visandopreservar a qualidade dos recursos hdricos;

    d)manuteno da permeabilizao do leito dos igaraps,preferencialmente com a permanncia da cobertura vegetal nativa e dasmatas ciliares;

    e)recuperao, preservao e integrao dos igaraps paisagem, com a recomposio das matas ciliares nas suas margens;

    f)estruturao ambientalmente adequada das margensdos cursos dgua nos termos da legislao especfica;

    g)coibio do lanamento de efluentes poluidores e deresduos slidos nos rios, igaraps e suas reas adjacentes, com aconscientizao e integrao da populao nas aes de proteo doscursos dgua.

    Seo IIDo Gerenciamento Amb iental Integrado

    Art. 10. A efetivao do gerenciamento ambiental seintegrar s demais polticas pblicas, mediante a implementao dosseguintes programas:

    I - Programa de Gesto Ambiental, com os seguintesobjetivos:

    a) integrar a atuao dos rgos municipal, estadual efederal de meio ambiente com os setores de servios e atividadesurbanas;

    b) definir instrumentos institucionais para a gestoambiental;

    c) solicitar e fazer cumprir que:1. as indstrias instaladas em Manaus apresentem laudo

    peridico sobre a qualidade da gua despejada nos esgotos pblicos ecursos dgua, conforme competncia institucional de cada rgo decontrole ambiental;

    2. os empreendimentos potencialmente poluidores instalemEstaes de Tratamento de Efluentes, conforme exigncia estipulada naLei n 1.192, de 31 de dezembro de 2007 (Lei Pr-guas);

    c) promover a articulao com instituies de ensino epesquisa para o desenvolvimento de estudos e propostas de gestoambiental, assim como o assessoramento tcnico na implementao dasaes de gesto ambiental;

    II - Programa de Gesto dos Recursos Hdricos,objetivando:

    a)o estabelecimento, no mbito municipal, deprocedimentos tcnico-administrativos voltados para o efetivofuncionamento e requalificao do sistema de esgotamento sanitrio;

    b)o desenvolvimento de aes de controle da qualidadeda gua de abastecimento pblico segundo o que prescreve alegislao;

    c)a articulao intra e interinstitucional com instituies deensino e pesquisa, com vistas ao desenvolvimento integrado deatividades de monitoramento das bacias de drenagem sob jurisdiomunicipal.

    CAPTULO IIIDA QUALIFICAO CULTURAL DO TERRITRIO

    Art. 11. A estratgia de qualificao do territrio deManaus tem como objetivo geral tutelar e valorizar o seu patrimniocultural, formado por um conjuntode bens imveis de valor significativo,paisagens, stios histricos, conjuntos arquitetnicos, edificaes deinteresse cultural e os bens imateriais ou intangveis da Cidade e daregio.

    Pargrafo nico. So objetivos especficos da estratgia

    de qualificao cultural do territrio do Municpio:I-proteger, conservar e potencializar o uso dos bens deinteresse de preservao que integram o patrimnio cultural de Manaus;

    II-garantir a proteo do patrimnio cultural do Municpio;III-avaliar o surgimento de novos patrimnios culturais do

    Municpio.

    Art. 12. Constituem diretrizes para a proteo dos bensque integram o patrimnio cultural de Manaus:

    I-a identificao, inventrio e proteo dos bens culturaisdo Municpio, elencados no artigo 11;

    II- o tombamento atualizado dos bens imveis de valorhistrico;

    III-o incentivo instituio de procedimentos e criaode mecanismos voltados divulgao, valorizao e potencializaodo uso do patrimnio cultural de Manaus;

    IV-o registro e valorizao das manifestaes culturaisconsideradas bens imateriais ou intangveis do Municpio.

    Art. 13. A proteo dos bens que integram o patrimniocultural ser implementada mediante:

    I- utilizao de instrumentos de interveno queincentivem a conservao dos bens de interesse histrico e cultural;

    II- estruturao e aparelhamento do rgo ou entidademunicipal responsvel pelo planejamento e pelo gerenciamento dosprogramas de proteo e valorizao do patrimnio cultural;

    III- instituio e execuo do Plano de Preservao doCentro Histrico;

    IV- arrecadao de bem tombado abandonado, nosmoldes definidos em legislao municipal especfica.

    Art. 14. O Programa de Valorizao do Patrimnio Culturalvisa:

    I- executar, em articulao com rgos e entidadesfederais e estaduais de cultura e patrimnio histrico, inventrioatualizado de todos os bens imveis considerados de interesse cultural,protegidos ou no;

    II- inventariar e registrar as manifestaes culturais tradies, hbitos, prticas e referncias culturais de qualquer natureza existentes no Municpio e que conferem identidade sua populao eaos espaos que habitam e usufruem;

    III-aperfeioar os instrumentos de proteo dos bens deinteresse cultural, definindo os nveis de preservao e os parmetros deabrangncia da proteo, em articulao com os demais rgos eentidades de preservao;

    IV-estabelecer, no mbito da Prefeitura de Manaus e emarticulao com as demais esferas de governo, mecanismos defiscalizao dos bens culturais de carter permanente;

    V-promover:a)a educao urbana com nfase no patrimnio cultural

    junto populao, especialmente nas escolas e universidades, por meiode programas e projetos especficos que despertem o interesse depreservao do patrimnio cultural, em todas as suas formas emanifestaes;

    b)a revitalizao das reas pblicas, com o incentivo aouso de espao nas escolas e nos locais pblicos para manifestaesculturais.

    VI- incentivar a reestruturao de conjuntos, stioshistricos e edificaes;

    VII- apoiar os projetos de recuperao e reestruturaourbana com a valorizao de bens tombados em Manaus;

    VIII -buscar formas de captao e gerao de recursospara manuteno e valorizao do patrimnio cultural;

    IX - preservar a cultura local, levando em considerao osusos e costumes da populao manauara, nas medidas de recuperaoe valorizao das margens dos rios;

    X-resgatar os artefatos arqueolgicos e adotar medidaspara sua conservao.

    CAPTULO IVDO DESENVOLVIMENTO ECONMICO L OCAL

    Art. 15.A estratgia do desenvolvimento econmico localtem como objetivo geral garantir o pleno desenvolvimento das foras

    produtivas, com o aproveitamento sustentvel dos recursos e utilizaointegral das potencialidades disponveis no Municpio de Manaus.Pargrafo nico. A Administrao Pblica conduzir as

    suas aes com base no conjunto de princpios e diretrizes que norteiama Poltica de Desenvolvimento do Municpio, na forma que dispe estaLei Complementar e suas regulamentaes especficas.

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    Art. 16. A Poltica Municipal de DesenvolvimentoEconmico obedecer s seguintes diretrizes:

    I- promoo do desenvolvimento autossustentvel doMunicpio de Manaus, garantindo-se o equilbrio urbano e ambiental e amelhoria da qualidade de vida da populao;

    II-formulao, junto sociedade civil, de um conjunto depolticas econmicas que dinamizem a gerao do produto interno e suacirculao no Municpio;

    III-incentivo:a) implantao de micro e pequenas empresas no

    Municpio de Manaus;b)ao empreendedorismo e cooperativismo para melhoria

    da renda e incluso social da populao;c)aos rgos que congregam o setor secundrio, para

    serem agentes divulgadores das polticas econmicas de incentivos nombito federal e estadual;

    d) consolidao de polos tecnolgicos de ponta noMunicpio de Manaus, estabelecendo-se parcerias entre o setorprodutivo e as instituies de ensino e pesquisa;

    e)do mximo aproveitamento nas aplicaes dos recursospblicos e atrao de investimentos privados no desenvolvimentomunicipal;

    f)aes de modalidade de economia solidria.IV-fomento:

    a) criao de instrumentos institucionais que viabilizem ofortalecimento do setor urbano, do cooperativismo e da formalizao dasatividades econmicas existentes, garantindo a manuteno/gerao depostos de trabalho atrelada ao desenvolvimento dos empreendimentos ea melhoria de qualidade de vida das pessoas envolvidas;

    b)ao desenvolvimento e aplicao de tecnologias de pontanos processos produtivos, gerenciamento e planejamento, desenvolvidosno mbito do Municpio de Manaus;

    c)a poltica de incremento produo, objetivandoincentivar a ampliao dos diversos ramos ligados ao agronegcio e oaumento do valor agregado da produo oriunda do meio rural.

    V-promoo:a)de aes de controle urbano e de melhoria dos espaos

    e servios pblicos, visando atrao de atividades econmicas quepromovam gerao de emprego, renda e incluso social, viabilizando

    reas propcias para instalao e funcionamento de polos dedesenvolvimento tecnolgico e de servios especializados;b)do desenvolvimento comercial de toda a cidade por

    meio de eixos de comrcio e servios do Centro para as demais zonasurbanas, com a identificao e o fortalecimento de subcentros decomrcio e servios como fatores indutores da concentrao deatividades econmicas no Municpio de Manaus;

    VI-criao:a)de frum permanente de desenvolvimento econmico

    municipal;b)de instrumentos de informaes capazes de ampliar e

    agilizar as relaes econmicas no mbito municipal, estadual e federal.VII- busca do mximo de efeitos encadeadores na

    gerao de postos de trabalho populao.

    CAPTULO VDO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

    Art. 17. A estratgia de desenvolvimento do turismo temcomo objetivo geral incrementar as atividades tursticas no Municpio deManaus, por meio do pleno desenvolvimento das foras produtivaslocais, do movimento cooperativista de turismo e artesanato regional, dofortalecimento das razes culturais e da explorao das potencialidadesdo ambiente natural e cultural disponveis.

    Pargrafo nico.A Administrao Municipal conduzir assuas aes na rea do turismo com base nas seguintes diretrizes,priorizando o turismo de base comunitria:

    I- fortalecimento da identidade amaznica da cidade deManaus;

    II- fomento e apoio iniciativa privada e do movimento

    cooperativista para a dotao de infraestrutura turstica, tais como, meiosde hospedagem, de alimentao, transporte de turismo, comercializaode artesanato e outras atividades comerciais do Municpio;

    III - implementao de poltica especfica para promoodo turismo, visando alcanar, a mdio e longo prazos, o incremento e odesenvolvimento consistentes da atividade turstica no Municpio;

    IV - ampliao da participao da comunidadeempreendedora local e movimento cooperativista nos benefcios geradoscom o desenvolvimento das atividades tursticas.

    CAPTULO VIDA MOBILIDADE EM MANAUS

    Art. 18.A estratgia de mobilidade em Manaus tem comoobjetivo geral qualificar a circulao e a acessibilidade de modo aatender s necessidades da populao em todo territrio municipal.

    Pargrafo nico. So objetivos especficos da estratgiade mobilidade em Manaus:

    I -otimizar, implementar e ampliar as redes de circulaoviria para integrar o territrio municipal e facilitar a articulao regional;

    II - promover a reestruturao da malha viria e ossistemas de trfego urbano, capacitando-os para atender snecessidades de circulao na Cidade.

    Art. 19.A implementao da estratgia de mobilidade emManaus dar-se- por meio das seguintes diretrizes:

    I - garantia da fluidez da circulao dos veculos e dasegurana dos usurios nas rodovias e estradas que estruturam o

    Municpio, e nas vias que articulam a rea urbana;II - qualificao das vias urbanas considerando-se osimpactos ambientais na cidade, a segurana e o conforto dos pedestrese os princpios de universal acessibilidade;

    III -potencializao do transporte aquavirio por toda a orlade Manaus, criando-se alternativas de deslocamentos fluviais efomentando o transporte fluvial de cargas e passageiros;

    IV -potencializao do transporte ciclovirio por todo oterritrio da cidade de Manaus,criando-se alternativas de deslocamentospara ciclistas;

    V - priorizao, no espao virio, do transporte coletivo emrelao ao transporte individual.

    Art. 20. A estratgia de mobilidade em Manauscomplementar-se- com a recuperao dos espaos pblicos de

    mobilidade que estejam indevidamente ocupados por equipamentos deempresas concessionrias de servios de energia eltrica,abastecimento de gua e tratamento de esgoto, telefonia e particularesque ocupam indevidamente as reas pblicas.

    Art. 21. Constituem programas estratgicos de mobilidadeem Manaus:

    I -Programa de Transporte Coletivo Urbano que integreaes de otimizao e racionalizao do sistema, modernizao dogerenciamento e qualificao dos equipamentos de suporte aotransporte urbano intermodal, mediante:

    a)integrao dos diferentes modos de transporte,eliminando a concorrncia entre eles e aumentando a disponibilidade doservio;

    b)informao dos itinerrios disponveis em diferentes

    meios de comunicao, com vista acessibilidade;c)ampliao da rede de transporte coletivo com aimplementao de infraestrutura adequada ao crescimento da demandae a melhoria na qualidade do servio oferecido.

    II -Programa de Melhoria da Circulao e AcessibilidadeUrbana, objetivando a qualificao dos logradouros pblicos e oordenamento dos sistemas operacionais de trfego, mediante:

    a)priorizao dos pedestres, das pessoas com deficinciae das pessoas com baixa mobilidade nas vias, ordenando epadronizando os elementos do mobilirio urbano e a comunicaovisual, implantando e ampliando a arborizao, implantando, nivelando erecuperando as caladas ocupadas com usos imprprios;

    b)elaborao e implantao de rede cicloviria, mantendo-a em constante adequao e integrao quando da criao de novasvias e corredores urbanos;

    c)adequao e ampliao das redes de servios urbanosque interfiram na qualidade de circulao nas vias, incluindo os sistemasde drenagem de guas pluviais e de iluminao pblica;

    d)garantia da acessibilidade universal autnoma e seguraaos usurios do espao urbano, priorizando as pessoas com deficinciaou mobilidade reduzida e os pedestres.

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    Art. 22.Dever o Municpio de Manaus, por meio do rgocompetente, fixar placas de proibido estacionar nos dois lados dasprincipais artrias de grande movimentao e em um lado das vias dosbairros de Manaus, onde trafeguem transportes coletivos e urbanos e,ainda, fiscalizar, nos bairros, os estacionamentos de veculos nos doislados das vias.

    CAPTULO VIIDO USO E OCUPAO DO SOLO URBANO

    Art. 23. A estratgia de uso e ocupao do solo urbanotem como objetivo geral ordenar e regulamentar o uso e a ocupao dosolo para garantir a qualidade de vida da populao, incluindo areconfigurao da paisagem urbana e a valorizao das paisagens nourbanas.

    1 So objetivos especficos da estratgia de uso eocupao do solo urbano:

    I- controlar a expanso urbana horizontal da cidade,visando preservao dos ambientes naturais do Municpio e otimizao dos servios e equipamentos urbanos de Manaus;

    II- incentivar o adensamento em reas de baixa densidadepopulacional e infraestrutura completa implantada;

    III-ordenar a localizao de usos e atividades na Cidade,considerando as caractersticas ambientais locais;

    IV- incentivar a adoo de padres urbansticos earquitetnicos condizentes com as caractersticas climticas e culturaisde Manaus, visando melhoria das condies ambientais e eficinciaenergtica das edificaes;

    V-estimular o uso habitacional no Bairro Centro. 2So diretrizes da estratgia de uso e ocupao do

    solo urbano:I- considerar as bacias hidrogrficas e espaos territoriais

    especialmente protegidos no planejamento da Cidade;II- promover a demarcao das reas de risco para a

    populao;III- manter a malha e a referncia social das pessoas

    atingidas por projetos urbansticos, priorizando, quando possvel, seureassentamento para espaos situados nas proximidades do local ondemoravam;

    IV- simplificar os procedimentos de licenciamento deedificaes e atividades.

    Art. 24. Constituem programas estratgicos deestruturao do uso e ocupao do solo urbano:

    I- Programa de Dinamizao de Centros de Bairros,envolvendo aproximao da Administrao Municipal com entidades eassociaes locais e o incentivo a eventos culturais e comerciais nosbairros e incluindo projetos urbansticos para os centros dinmicos;

    II-Programas de Criao e Consolidao de Centros deTurismo e Lazer nas orlas dos rios Negro e Amazonas, visando implantao de reas Verdes e Parques e instalao de um Sistemade Centros Referenciais, de abrangncia local, urbana ou regional,caracterizados pelo aproveitamento racional de recursos naturais,ampliao de espaos de uso coletivo e implantao de infraestrutura

    sanitria adequada, com vistas a potencializar a identidade da Cidadepelo fornecimento das centralidades e valorizao ambiental, a seremelaborados em complementao ao macroplano da orla fluvial.

    CAPTULO VIIIDA CONSTRUO DA CIDADE

    Art. 25.A estratgia de construo da Cidade tem comoobjetivo geral compartilhar os benefcios sociais e ambientais gerados noMunicpio e potencializar as atividades econmicas urbanas, para aimplementao de uma poltica habitacional que democratize o acesso aterra e moradia.

    Pargrafo nico. So objetivos especficos da estratgiade construo da Cidade:

    I- promover intervenes estruturadoras no espao da

    Cidade que criem novas oportunidades empresariais e permitam aoPoder Executivo Municipal recuperar e redistribuir a renda urbanadecorrente da valorizao do solo;

    II-ampliar a oferta de habitao social e o acesso terraurbana, fomentando a produo de novas moradias para as populaesde mdia e baixa renda adequadas qualificao ambiental da Cidade;

    III-prevenir ou corrigir os efeitos gerados por situaes eprticas que degradam o ambiente urbano e comprometem a qualidadede vida da populao, principalmente invases e ocupaes nasmargens dos cursos dgua;

    IV- incentivar a verticalizao dos conjuntos habitacionaispopulares de modo a conter a expanso horizontal da Cidade.

    Art. 26. A promoo de intervenes estruturadoras noespao da Cidade dever atender s seguintes diretrizes:

    I- potencializao das atividades urbanas de interessepblico por meio da requalificao urbanstica, ambiental e paisagsticada Cidade;

    II- aproveitamento de vazios urbanos de imveissubutilizados;

    III-otimizao da infraestrutura urbana;IV-compatibilizao das operaes urbanas consorciadas

    com as necessidades de atendimento de demandas habitacionais e deequipamentos urbanos;

    V- estmulo ao envolvimento dos diferentes agentesresponsveis pela construo da Cidade, ampliando-se a capacidade deinvestimento do Municpio e garantindo-se a visibilidade das aes doPoder Pblico.

    Pargrafo nico. As Operaes Urbanas Consorciadasdefinidas nesta Lei Complementar constituem o principal instrumento

    viabilizador das intervenes estruturadoras no espao da Cidade.

    Art. 27. Para garantir melhores condies de vida populao, a implantao de infraestrutura urbana e social dever serpriorizada em reas e ncleos urbanos mais carentes, com nfase noaperfeioamento do Sistema de Atendimento Sade, na ampliao daRede Municipal de Ensino Pblico e na implantao de redes dedistribuio e abastecimento de gua e rede de tratamento de esgoto.

    Art. 28. As reas de remanescentes florestais e comrecursos paisagsticos, sobretudo as orlas dos rios Negro e Amazonas,devero ser priorizadas para criao de novos centros dinmicos deturismo e de lazer.

    CAPTULO IX

    DO ACESSO MORADIA

    Art. 29. A estratgia de acesso moradia tem comoobjetivo geral a implementao de uma poltica habitacional que vise:

    I - promover aes articuladas com rgos e entidadesgovernamentais e no governamentais voltados construo demoradias populares;

    II-identificar reas de interesse social com potencial deocupao para promoo de novas moradias;

    III - atender s demandas das populaes de mdia ebaixa renda;

    IV -adotar mecanismos de fiscalizao e monitoramentodos projetos habitacionais que integrem a participao da populao;

    V-estimular o uso e ocupao residencial na rea centralde Manaus, aproveitando a infraestrutura existente;

    VI - reassentar moradores em locais dotados deinfraestrutura urbanstica e equipamentos comunitrios.Pargrafo nico. Os Programas Habitacionais de

    Interesse Social se destinam, prioritariamente, ao atendimento deparcela da populao com renda familiar de at 5 (cinco) salriosmnimos.

    Art. 30. Os programas habitacionais devero serfinanciados por meio de recursos:

    I- pblicos, conforme disposto na Lei Orgnica doMunicpio de Manaus;

    II- originrios da articulao com outros programas nombito dos governos estadual e federal;

    III-provenientes de parcerias com a iniciativa privada;IV- originrios do Fundo Municipal de Habitao, na forma

    da lei.Art. 31. A estratgia de acesso moradia

    complementada por aes especficas como o oferecimento deassistncia tcnica em servios de engenharia a pessoas de baixa rendapara a implantao de habitaes unifamiliares.

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    Art. 32. Para ampliar a oferta de habitao social e oacesso a terra, assim como para prevenir e corrigir os efeitos geradospor situaes e prticas que degradam o ambiente urbano ecomprometem a qualidade de vida da populao, o Poder Executivodever implementar uma Poltica Habitacional de Interesse Social, combase nas seguintes diretrizes:

    I- elaborao de Plano Habitacional de Interesse Social;II- adoo dos instrumentos de parcelamento, edificao

    ou utilizao compulsrios, e dos demais instrumentos institudos em lei,para aquisio de reas destinadas a habitaes de interesse social;

    III- incentivo e fortalecimento produo de habitao deinteresse social por meio de projetos apresentados por entidades dasociedade civil organizada, cooperativas habitacionais, fomentando acooperao do Poder Pblico.

    IV- garantia:a)da aplicao dos instrumentos de regularizao

    fundiria;b)da permanncia de pequenos produtores nas reas de

    transio, assegurando-se a esses trabalhadores o direito de produzir emorar;

    c)de infraestrutura, meios de transporte e equipamentossociais na localizao de novos empreendimentos de habitao social.

    V-promoo:a)do reassentamento da populao de baixa renda sujeita

    a situaes de risco, mantendo as populaes reassentadas,preferencialmente e desde que cessado o risco, no mesmo local ou nasproximidades, garantindo maior segurana e melhor condio de acessoao trabalho, ao lazer, sade e educao;

    b)do combate ocupao desordenada do territriomunicipal.

    VI-fomento ao desenvolvimento de solues tecnolgicaspara edificao e infraestrutura, visando padres construtivos adequadosaos condicionantes ambientais e urbanos de Manaus;

    VII - adoo de alternativas eficazes e sustentveis desaneamento que no onerem excessivamente o custo da moradia.

    CAPTULO XDA QUALIFICAO DOS ESPAOS PBLICOS

    Art. 33.As caladas, praas, reas de lazer, unidades deconservao que permitam seu uso, orlas dos rios e demais espaospblicos so bens de uso comum do povo, destinados circulao depessoas, atendendo a todos os parmetros de acessibilidade universal e convivncia social, devendo estar de acordo com a norma especficada Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), nos quaissomente sero permitidos outros usos na forma da legislao prpria.

    1 Em relao s caladas, devero estar de acordo coma norma especfica da Associao Brasileira de Normas Tcnicas(ABNT), quanto s larguras mnimas de circulao, atendendo a todosos parmetros de acessibilidade universal e de mobilidade inclusiva paratodas as pessoas, atendendo, tambm, obrigatoriedade dearborizao,dentre outras condies.

    2 So diretrizes da estratgia de qualificao dosespaos pblicos:

    I - reordenar a nomenclatura e numerao dos logradourospblicos;II - condicionar alteraes da nomenclatura dos

    logradouros aprovao junto ao rgo de planejamento urbano, nombito do Poder Executivo Municipal;

    III - incentivar a manuteno e a ampliao da arborizaono Municpio.

    Art. 34.A estratgia de qualificao dos espaos pblicos complementada pelas seguintes aes especficas:

    I-arborizao de reas residenciais e praas e ampliaodos espaos com vegetao, dando nfase ao bairro Centro;

    II-criao de praas e parques e revitalizao das praasexistentes de acordo com as normas especficas de acessibilidade daAssociao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT);

    III - construo de caladas, ciclovias e passarelas, deacordo com as normas especficas de acessibilidade da AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas (ABNT), em todas as vias a seremrecuperadas, quando possvel;

    IV-criao, implantao e manuteno das unidades deconservao;

    V-criao de novas reas de lazer para crianas e jovens,de acordo com as normas especficas de acessibilidade da AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas (ABNT);

    VI -garantia de acesso para pessoas com deficincia emobilidade reduzida, de acordo com as normas especficas deacessibilidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), emtodos os espaos pblicos.

    CAPTULO XI

    DA GESTO DEMOCRTICAArt. 35. A estratgia de gesto democrtica tem como

    objetivo geral implantar o Sistema Municipal de Planejamento e GestoUrbana, constitudo em processo contnuo, democrtico e dinmico dequalificao das funes inerentes ao prprio sistema, da cidadania e docontrole da ocupao urbana, com base nas formulaes e instrumentosdesta Lei Complementar.

    Pargrafo nico. So objetivos especficos da estratgiade gesto democrtica:

    I-promover oportunidades para o exerccio da cidadania,visando a um maior comprometimento da populao com a Cidade;

    II- impulsionar os mecanismos para construo de umagesto urbana corresponsvel, visando uma maior participao dasociedade em diferentes nveis;

    III- organizar uma estrutura administrativa para o

    planejamento, visando a maior eficcia na formulao de estratgias eno gerenciamento direcionados para a melhoria da qualidade de vidaurbana;

    IV-qualificar a estrutura administrativa para a obteno deresultados, visando maior eficincia no acompanhamento daimplantao desta Lei Complementar;

    V- garantir, com vistas gesto municipal efetiva edemocrtica, a sistematizao de um conjunto de informaesestratgicas, essenciais e necessrias para o conhecimento da realidadeem que atua o Poder Executivo do Municpio.

    Art. 36. Constituem diretrizes da estratgia de gestodemocrtica:

    I - tornar efetiva a participao da sociedade noplanejamento da cidade, estabelecendo um compromisso com aaplicao desta Lei Complementar, seu monitoramento e avaliao;

    II - buscar e consolidar parcerias com o setor privado, comcentros de ensino e pesquisa, organizaes no governamentais ecomunitrias, com nfase na insero social;

    III - efetivar a descentralizao administrativa,possibilitando aproximao com as particularidades locais, tendo porbase as Zonas Urbanas;

    IV - incentivar a integrao intersetorial e a articulaomultidisciplinar;

    V -implantar o oramento participativo, de acordo com asdiretrizes fixadas no Estatuto da Cidade;

    VI - instituir e implementar o Conselho da Cidade,mediante lei especfica;

    VII - garantir que o Sistema de Informaes para oPlanejamento proporcione condies para o desenvolvimento denegcios.

    Art. 37. Constituem programas para implementao daestratgia de gesto democrtica:

    I-Programa de Modernizao Administrativa, com nfasena capacitao dos recursos humanos, que estimule a troca deexperincias entre os tcnicos municipais e a qualificao do quadrofuncional da Prefeitura de Manaus;

    II-Programa de Democratizao do Acesso Informao,com estmulo formao de conscincia pblica e acesso aos serviospblicos, por meio de:

    a)realizao de palestras nos bairros, locais de trabalho,escolas e universidades com distribuio de cartilhas sobre direitos edeveres do cidado;

    b)implantao de centros tecnolgicos nas unidadessociais, esportivas, educacionais e outros equipamentos comunitrios

    como praas e parques, que permitam o acesso informao e aparticipao interativa da comunidade;c)implantao de sistema de registros online, para dar

    transparncia sociedade quanto a tramitao de processo, gerao deconhecimento institucional e continuidade dos processos na gestopblica.

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    TTULO IIIDO SISTEMA MUNICIPAL DE PLA NEJAMENTO URBANO

    CAPTULO IDOS OBJETIVOS E A TRIBUIES

    Art. 38. O Sistema Municipal de Planejamento Urbano

    possui objetivos, atribuies, estrutura institucional e instrumentos para aviabilizao de processo contnuo de planejamento e gesto urbana emManaus, em conformidade com a estratgia de gesto democrticaprevista nesta Lei Complementar.

    Pargrafo nico.So objetivos do Sistema Municipal dePlanejamento Urbano:

    I - viabilizar a gesto da Cidade de Manaus de formatransparente, motivadora e estimuladora da cidadania, utilizando-semeios facilitadores para promover a conscientizao pblica sobre osignificado e a importncia desta Lei Complementar e de seusinstrumentos;

    II -instituir:a) mecanismos permanentes e sistematizados para

    implementao e atualizao desta Lei Complementar;b)o Sistema de Informaes para o Planejamento, que

    compreenda todos os aspectos da vida urbana da Cidade de Manaus,estabelecendo o fluxo contnuo de informaes, e que promova adivulgao e utilizao das informaes relevantes da esfera municipal,de forma a atender a necessidade do setor pblico e s demandas dapopulao no planejamento da Cidade;

    c) entidade responsvel pela captao de recursosfinanceiros junto s diferentes instncias pblicas e privadas, nacionais einternacionais.

    III - garantir a ampliao e a efetivao dos canais departicipao da sociedade no planejamento e na gesto da Cidade.

    Art. 39. So atribuies do Sistema Municipal dePlanejamento Urbano:

    I-formular estratgias e polticas urbanas;II-coordenar a implementao deste Plano Diretor Urbano

    e Ambiental e dos processos de sua reviso e atualizao;III-elaborar e coordenar a execuo integrada de planos,

    programas e projetos necessrios implementao deste Plano Diretor,articulando-os com o processo de elaborao e execuo do oramentomunicipal;

    IV- aplicar a legislao municipal relacionada aodesenvolvimento urbano ambiental, estabelecendo interpretaouniforme de seus dispositivos;

    V- monitorar e controlar os instrumentos de aplicaodeste Plano Diretor e dos programas e projetos nele previstos;

    VI- designar e atribuir competncias s instnciasresponsveis pela execuo, monitoramento e fiscalizao no processode implementao deste Plano Diretor, caracterizando a divisoarticulada das funes de planejamento e de gesto de controle efiscalizao;

    VII- aperfeioar os procedimentos de consultas prviasnos rgos municipais de licenciamento;

    VIII-instituir e integrar o sistema de informaes para oplanejamento, estabelecendo o fluxo contnuo de informaes entre osrgos e entidades integrantes do Sistema Municipal de PlanejamentoUrbano;

    IX-promover a melhoria da qualidade tcnica de projetos,obras e intervenes promovidas pelo Poder Executivo no espaourbano do Municpio;

    X- articular a atuao das concessionrias de serviospblicos com a execuo de planos, programas e projetos urbanos,definindo prioridades e estabelecendo medidas para sua viabilizao;

    XI-colaborar para o aprimoramento tcnico dos servidoresmunicipais e para a formao de um quadro funcional qualificado;

    XII- promover e apoiar a formao de conselhoscomunitrios de gesto urbana, ampliando e diversificando as formas departicipao no processo de planejamento e gesto da Cidade;

    XIII-instituir Programa de Gesto do Conhecimento, como objetivo de garantir a disponibilizao e democratizao dasinformaes produzidas sobre a cidade de Manaus.

    CAPTULO IIDA COMPOSIO DO SISTEMA MUNICIPAL DE

    PLANEJAMENTO URBANO

    Art. 40. O Sistema Municipal de Planejamento Urbanocompe-se de:

    I-rgos da Administrao Direta e Indireta do Municpio;II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano

    (CMDU);III-Comisso Tcnica de Planejamento e Controle Urbano

    (CTPCU).

    Seo Irgos e Entidades da Admin istrao Direta e Indireta

    Art. 41. Os rgos e entidades da Administrao Direta eIndireta do Poder Executivo prestaro apoio ao Sistema Municipal dePlanejamento Urbano mediante o desenvolvimento das seguintesatividades:

    I-apoio tcnico de carter interdisciplinar, na realizaode estudos e pesquisas destinados a dar suporte ao planejamento;

    II-levantamento de dados e fornecimento de informaestcnicas relacionadas rea de atuao especfica, destinadas aalimentar o sistema de informaes para o planejamento;

    III- integrao em grupos de trabalho ou comissestcnicas responsveis pela elaborao e implementao de planos,programas e projetos de desenvolvimento urbano.

    Subseo IDo Gerenciamento do Sistema

    Art. 42. O Instituto Municipal de Ordem Social ePlanejamento Urbano (Implurb) a entidade de direito pblico interno,sob a forma de autarquia municipal, responsvel pelo gerenciamento doSistema Municipal de Planejamento Urbano, ao qual compete aassessoria, pesquisa, planejamento e automao para odesenvolvimento de projetos que permitam controlar, planejar,sistematizar e acompanhar todo o processo de crescimento da cidade.

    1Ao Implurb compete ainda:

    I- definir as diretrizes do desenvolvimento urbano doMunicpio;II-planejar, ordenar e fiscalizar o uso e a ocupao do

    solo, exercendo o poder de polcia administrativa para tanto;III-elaborar, implementar, monitorar e avaliar os planos,

    programas e projetos urbanos, assim como sua permanente reviso eatualizao;

    IV- organizar, implantar e manter o sistema deinformaes para o planejamento;

    V-articular aes com os demais rgos e entidades daadministrao direta e indireta integrantes do Sistema Municipal dePlanejamento Urbano e com outros rgos e entidades governamentaise no governamentais;

    VI-firmar convnios ou acordos pblicos e privados para aviabilizao de planos, programas e projetos;

    VII- definir os valores bsicos para clculo decontrapartida nos processos de outorga onerosa do direito de construirou de alterao de uso;

    VIII- convocar os rgos colegiados e os demaisintegrantes do Sistema Municipal de Planejamento Urbano para debatere opinar sobre temas relacionados ao desenvolvimento urbano deManaus.

    2 O sistema de informaes para o planejamentoconstitui ferramenta facilitadora para a tomada de deciso e atualizaopermanente deste Plano Diretor Urbano e Ambiental e dos processos deplanejamento e gesto da Administrao, bem como a base para oestabelecimento das iniciativas de democratizao da informao junto sociedade.

    Seo II

    Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano

    Art. 43. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano(CMDU) o rgo tcnico disciplinar e deliberativo sobre as questesrelativas aos sistemas, servios e ordenao do espao urbano doMunicpio de Manaus, exercendo suas atribuies na forma estabelecida

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    no artigo 221 da Lei Orgnica do Municpio de Manaus, competindo-lheainda:

    I-acompanhar a implementao deste Plano Diretor;II- deliberar, no mbito do Poder Executivo municipal,

    sobre projetos de lei, planos, programas e projetos relativos aodesenvolvimento urbano de Manaus;

    III-deliberar sobre a programao de investimentos queviabilizem as polticas de desenvolvimento urbano e ambiental;

    IV-deliberar sobre propostas oriundas do Implurb quantoao aperfeioamento dos instrumentos de planejamento e gesto daCidade;

    V- deliberar sobre anlises elaboradas pela ComissoTcnica de Planejamento e Controle Urbano (CTPCU);

    VI- deliberar sobre os projetos especiais deempreendimentos de impacto urbano e ambiental;

    VII-deliberar sobre a dispensa do valor da contrapartidareferente outorga onerosa de alterao de uso;

    VIII-deliberar sobre os planos de aplicao do Fundo deDesenvolvimento Urbano dando publicidade ao uso do mesmo;

    IX-uniformizar entendimentos sobre os casos em que alegislao urbanstica for omissa a respeito do tratamento jurdico a serdado matria, dando publicidade da deciso em link especfico.

    Pargrafo nico. O Chefe do Poder Executivoestabelecer as normas de competncia e funcionamento do Conselho

    Municipal de Desenvolvimento Urbano.

    Art. 44. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbanoatuar como gestor do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano eltima instncia recursal nas matrias relacionadas aplicao dalegislao urbana e edilcia do Municpio.

    Pargrafo nico.A reunio ser pblica e garantir-se- odireito de pronunciamento do interessado ou seu representante legal.

    Art. 45.O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano(CMDU) compor-se- conforme disposto na Lei Orgnica do Municpiode Manaus.

    Seo III

    Da Comisso Tcnica de Planejamento e Controle Urbano

    Art. 46.A Comisso Tcnica de Planejamento e ControleUrbano (CTPCU) o rgo colegiado integrante do Sistema Municipalde Planejamento Urbano e possui as seguintes atribuies:

    I-examinar e apresentar justificativas tcnicas, dentro desuas competncias institucionais, sobre a aplicao dos instrumentos deinterveno, inclusive a concesso de outorga onerosa do direito deconstruir ou de alterao de uso e sobre outras matrias relativas aodesenvolvimento urbano, nos termos desta Lei Complementar;

    II- opinar sobre matrias especficas estabelecidas nalegislao que complementam este Plano Diretor Urbano e Ambiental;

    III- participar da elaborao de programas, planos eprojetos previstos nesta Lei Complementar;

    IV-examinar e apresentar justificativas tcnicas, sobre o

    Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) de empreendimentosclassificados como geradores de impacto na Lei que estabelece asNormas de Uso e Ocupao do Solo no Municpio, alm de aprovar ouestabelecer a necessidade ou no de medidas mitigadoras ecompensatrias que possam amenizar qualquer situao incompatvel Cidade.

    Art. 47.A CTPCU ser integrada pelos representantes dergos e entidades da Administrao Pblica Direta e Indireta do PoderExecutivo, responsveis pelas seguintes reas:

    I-Planejamento Urbano e Controle Urbano;II-Fazendria;III-Meio Ambiente;IV-Obras e Infraestrutura;V-Transportes Urbanos;

    VI-Turismo;VII-Advocacia Pblica Municipal;VIII-Trnsito.Pargrafo nico.A CTPCU ser presidida pelo titular do

    rgo municipal responsvel pelo Planejamento Urbano, que poderdelegar essa atribuio.

    TTULO IVDA MACROESTRUTURAO DO MUNICPIO

    CAPTULO IDO MACROZONEAMENTO

    Art. 48. O Macrozoneamento do Municpio de Manaus visagarantir a ocupao equilibrada do territrio municipal e odesenvolvimento no predatrio das atividades, adotando comodiretrizes:

    I-proteo das paisagens notveis e os recursos naturaisdo territrio;

    II-direcionamento do uso e da ocupao do territrio demodo a preservar a natureza;

    III-otimizao das redes de circulao intramunicipal eintermunicipal, permitindo integrar o territrio e facilitar a articulaoregional.

    Art. 49. Constituem pressupostos para oMacrozoneamento do Municpio:

    I- a restrio ocupao nas reas das unidades deconservao federais, estaduais e municipais de proteo integral, nasreas de preservao permanente, particularmente nas faixas marginaisaos rios e igaraps e nas encostas, conforme estabelecido na legislao

    federal, estadual e municipal especfica;II-a ampliao das unidades de conservao de mbito

    municipal;III-a inibio da expanso da malha urbana nas direes

    norte e leste, mediante a induo do adensamento na rea urbanaconsolidada, visando melhor aproveitamento da infraestrutura instalada;

    IV- o aproveitamento sustentvel das reas localizadasfora das unidades de conservao, com potencial para odesenvolvimento de atividades agroflorestais e de ecoturismo;

    V- o favorecimento ao escoamento da produo e aosfluxos produtivos;

    VI- o incremento do transporte fluvial de cargas epassageiros.

    Art. 50. Para fins de gesto e planejamento municipal,

    integram o territrio do Municpio de Manaus as seguintes macroreas:I-rea urbana;II-rea de transio;III-unidades de conservao, localizadas:a) na rea urbana e na rea de transio;b) fora do permetro urbano.IV-reas de interesse agroflorestal, mineral e turstico.

    Art. 51. Para efetivao do Macrozoneamento doMunicpio, devero ser ainda estendidos o atendimento de serviospblicos e social em Manaus populao dispersa no territriomunicipal, visando:

    I- ampliao do alcance de polticas sociais e depromoo da cidadania;

    II-garantia da sade e da educao em todo o territrio

    municipal; III- favorecimento ao abastecimento da populao nosprprios locais de moradia;

    IV-viabilizao do escoamento da produo agrcola ouagroflorestal de pequenas comunidades;

    V-apoio implantao de cooperativas autossustentveisque beneficiem o desenvolvimento de atividades produtivas compatveiscom as peculiaridades ambientais da regio;

    VI-articulao da rede de transporte existente e da redeprojetada pelo Plano de Transporte Integrado previsto nesta LeiComplementar.

    Seo IDas Unidades de Conservao

    Art. 52. As unidades de conservao correspondem scategorias definidas no Sistema Nacional de Unidade de Conservao(SNUC).

    Art. 53. Situam-se no territrio do Municpio de Manaus asseguintes unidades de conservao:

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    I -sob tutela federal:a) Parque Nacional de Anavilhanas.II - sob tutela estadual:a)rea de Proteo Ambiental - APA Estadual da Margem

    Esquerda do Rio Negro Setor Tarum-Au/Tarum Mirim;b)rea de Proteo Ambiental - APA Estadual da Margem

    Esquerda do Rio Negro Setor Aturi/Apuazinho;c)Parque Estadual Sumama;d)Parque Estadual do Rio Negro Setor Sul.III - sob tutela municipal:a)Parque Municipal do Mindu;b)Parque Municipal das Nascentes do Mindu;c)Refgio de Vida Silvestre Sauim Castanheira;d)Reserva de Desenvolvimento Sustentvel - RDSdo

    Tup;e)rea de Proteo Ambiental APA do Tarum/Ponta

    Negra;f)rea de Proteo Ambiental APA Adolpho Ducke;g)rea de Proteo Ambiental APA Ufam, Inpa, Ulbra,

    Elisa Miranda, Lagoa do Japiim e Acariquara;h)rea de Proteo Ambiental APA Parque Ponta

    Negra;i)rea de Proteo Ambiental APA Parque Linear do

    Bind;

    j)rea de Proteo Ambiental APA Parque Linear doGigante.

    IV - Criadas pelo Poder Pblico Municipal, sob tutelaprivada:

    a)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva Honda;

    b)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva dos Buritis;

    c)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva guas do Gigante;

    d)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva Norikatsu Miyamoto;

    e)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva Bons Amigos;

    f)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPN

    Reserva Nazar das Lages;g)Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva Scrates Bonfim.

    Pargrafo nico. No caso de transferncia da tutela dasunidades de conservao elencadas nos incisos I e II deste artigo, oMunicpio, por ato do Poder Executivo, promover medidas de proteode acordo com as diretrizes expressas nesta Lei Complementar, at queseja efetivado novo enquadramento por lei municipal, estadual oufederal.

    Seo IIDas reas de Interesse Agroflorestal, Mineral e Turstico

    Art. 54. reas de Interesse Agroflorestal, Mineral eTurstico so as reas no Municpio no abrangidas por reas de

    preservao permanente ou por unidades de conservao, ressalvadasas determinaes constantes dos respectivos planos de gesto,destinadas a um aproveitamento sustentvel pelo desenvolvimento deatividades agrcolas, florestais, minerais e tursticas.

    Pargrafo nico.Respeitadas as diretrizes estabelecidasno Zoneamento Estadual Econmico Ecolgico, as reas de InteresseAgroflorestal, Mineral e Turstico tero seu aproveitamento econmicodefinido pelo Zoneamento Ambiental Municipal.

    Seo IIIDa rea Urbana e da rea de Transio

    Art. 55.A rea Urbana e a rea de Transio, delimitadaspela Lei Municipal do Permetro Urbano, so objeto de regulamentaomunicipal especfica que determinaas condies de uso e ocupao do

    solo urbano, segundo a estratgia de uso e ocupao do solo urbano e omodelo espacial constantes desta Lei Complementar.Pargrafo nico.Compem a regulamentao especfica

    referida no caputdeste artigo:I-a Lei de Uso e Ocupao do Solo Urbano;II-a Lei de Parcelamento do Solo Urbano;

    III-a Lei do Permetro Urbano;IV-o Cdigo de Obras e de Edificaes;V-o Cdigo de Posturas;VI- aLei das reas de Especial Interesse Social;VII-o Cdigo Ambiental.

    Art. 56. rea Urbana a rea territorial do Municpiodestinada ao desenvolvimento de usos e atividades urbanos, delimitadade modo a conter a expanso horizontal da cidade, visando otimizar autilizao da infraestrutura existente e atender s diretrizes dezoneamento do Municpio.

    Art. 57.rea de Transio a faixa do territrio municipalque contorna os limites da rea Urbana, incluindo a Reserva FlorestalAdolpho Ducke, podendo abrigar atividades agrcolas, usos e atividadesurbanas de baixa densidade, onde so incentivadas atividadesecotursticas.

    Pargrafo nico. Quaisquer atividades desenvolvidas narea de Transio devero atender legislao ambiental, visando proteo dos recursos naturais, especialmente os recursos hdricos.

    CAPTULO IIDOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES

    Seo IDo Plano de Integrao Regional

    Art. 58. Instrumento de promoo do desenvolvimentosustentvel de Manaus, o Plano de Integrao Regional tem porfinalidade o estabelecimento de procedimentos e mecanismos quepermitam a integrao do Municpio regio, com a identificao demedidas e aes que possam ser executadas em conjunto com osMunicpios vizinhos.

    Pargrafo nico.O Plano de Integrao Regional definir:I- os servios e equipamentos de interesse comum ao

    Municpio de Manaus e aos municpios vizinhos;II-as funes a serem desempenhadas pelo Municpio de

    Manaus na integrao dos servios de interesse comum entre osmunicpios que integram a microrregio;

    III- os meios de integrar atividades produtivascomplementares exercidas em Manaus e nos municpios vizinhos;IV-as formas de participao de agentes econmicos e de

    instituies locais para o desenvolvimento sustentvel regional.

    Art. 59. Em apoio ao Plano de Integrao Regional,devero ser criados Conselhos Intermunicipais para fomento deatividades produtivas, articulao de funes e gesto de servios deinteresse comum.

    Seo IIDo Plano de Organizao do Territrio Muni cipal

    Art. 60. O Plano de Organizao do Territrio estabeleceras condies bsicas de uso e ocupao do solo no territrio municipal,

    tendo como diretrizes para a organizao da rea Urbana e da rea deTransio de Manaus:I -a definio das centralidades existentes e a induo dos

    vetores de expanso da cidade;II -a indicao dos elementos estruturadores do sistema

    virio;III -os critrios para o adensamento da malha urbana; eIV -a definio das aes prioritrias para a qualificao

    do desenvolvimento urbano da Cidade, em articulao com ozoneamento ambiental municipal e em consonncia com o estabelecidocomo estratgias de desenvolvimento por esta Lei Complementar.

    1 So centralidades do Municpio as reas situadas ementroncamentos de vias estruturantes da Cidade, que tero seudesenvolvimento estimulado por meio de incentivos ao adensamento e diversificao de usos e atividades, da implantao de equipamentos

    pblicos e privados, ou da elaborao de plano urbanstico especfico. 2 A ocupao urbana, com adensamento nas faixaslindeiras s vias estruturantes da Cidade, orientar-se- pelos seguintesvetores:

    I -Sul-Norte: que se caracteriza por ser uma possibilidadede expanso da malha urbana atravs de uso e ocupao diversificados;

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    II - Sul-Leste: estabelecido como vetor de expansoindustrial de grande porte e usos complementares.

    3A otimizao da mobilidade urbana em Manaus e agarantia de uma distribuio equilibrada da oferta de transportes ecirculao de veculos dar-se-o atravs da criao de anis virios deinterligao entre as Zonas Territoriais, da seguinte forma:

    I- interno, atendido pelo transporte massivo;II- externo, servindo de suporte logstica de carga e

    como articulador dos diferentes eixos de entrada e sada da cidade;III- integrao entre os anis virios de interligao

    atravs de corredor Norte-Sul alternativo ao j consolidado. 4A integrao da cidade de Manaus com os rios Negro

    e Amazonas e o Igarap Tarum-Au dar-se- mediante:I- a elaborao de projetos urbansticos de requalificao

    das reas da Ponta Negra e do Puraquequara;II- a reconverso do porto fluvial situado no Centro

    Histrico;III- a reorganizao e ordenamento do transporte

    aquavirio e incremento da oferta de turismo e lazer, envolvendo aMarina do Davi, as reas adjacentes Ponte Rio Negro, a Feira ManausModerna e as reas do Porto da Siderama, da Colnia Antnio Aleixo edo Puraquequara.

    5A requalificao das caladas e praas e a exploraodas reas verdes situadas ao longo dos igaraps como reas de lazer

    esto entre as prioridades na definio de investimentos pblicos eprivados.

    Seo IIIDo Zoneamento Ambiental Municipal

    Art. 61. O Zoneamento Ambiental Municipal oinstrumento bsico para a qualificao ambiental em todo o territrio deManaus, com base em um Plano Ambiental especfico, quenos termosprevistos no Cdigo Ambiental de Manaus, dever:

    I -definir e delimitar as diferentes Zonas Ambientais doMunicpio;

    II -estabelecer:a)as condies de proteo destas zonas;b) as diretrizes e condies para a elaborao e

    implementao do Zoneamento Agroecolgico Municipal.

    TTULO VDA ESTRUTURAO DO ESPAO URBANO

    Art. 62.A Estruturao do Espao Urbano de Manaus visapropiciar a qualidade de vida da populao, a valorizao dos recursosambientais da Cidade e a otimizao dos benefcios gerados noMunicpio.

    Pargrafo nico. O objetivo expresso no caput desteartigo dever atender s seguintes diretrizes:

    I-garantia da proteo de Unidades de Conservao e dereas de Preservao Permanente, destacando-se as nascentes e asmargens dos igaraps e os mananciais de abastecimento da Cidade;

    II-ampliao e valorizao das reas de remanescentesflorestais urbanos;III- valorizao das paisagens notveis, naturais e

    construdas, destacando-se a importncia das orlas dos Rios Negro eAmazonas e do Stio Histrico da Cidade para a identidade de Manaus;

    IV- proteo das reas de fragilidade ambiental eimprprias ocupao, sobretudo nos fundos de vale e reas de recargados lenis de guas subterrneas;

    V- interpretao das tendncias de crescimento urbano,observando-se o uso e a ocupao diferenciados nas diversas reas daCidade;

    VI- reforo ao potencial de centros dinmicos eaproveitamento dos recursos paisagsticos para criao de novoscentros;

    VII-capacitao da malha viria e dos sistemas de trfego

    urbano para atender s necessidades de deslocamento, facilitando aintegrao entre os bairros e aliviando pontos crticos gerados por fluxosintraurbanos;

    VIII-criao de alternativas de deslocamentos fluviais narea urbana, potencializando-se a utilizao de recursos naturaisprprios de Manaus;

    IX- ampliao dos servios do Sistema de TransporteColetivo em toda a cidade, favorecendo-se a circulao intraurbana, oescoamento da produo e os fluxos produtivos vinculados s atividadesporturias, por meio da qualificao de sistemas intermodais, rodovirioe fluvial.

    CAPTULO IDO MODELO ESPACIAL

    Art. 63.Para efetivao da estruturao do espao urbano adotado Modelo Espacial, no qual:

    I - a rea Urbana dividida em Zonas Urbanas,subdivididas em Setores Urbanos, Subsetores e Corredores Urbanos;

    II - a rea de Transio dividida em Zonas de Transio,respeitadas as unidades de conservao urbanas e os corredoresecolgicos urbanos, assim delimitadas:

    a)ZT Ducke: compreende rea contribuinte da bacia doRio Puraquequara, incluindo a Reserva Florestal Adolpho Ducke, compresena de ocupao por populao de baixa renda, de estmulo baixa densificao, relacionada proteo dos recursos naturais, valorizao da paisagem e promoo de programas e projetos deinteresse social;

    b)ZT Tarum-A: compreende rea contribuinte da baciado igarap Mariano, inserida em parte na APA Tarum/Ponta Negra,

    com presena significativa de fragmentos florestais e influncia daproximidade das rodovias BR-174 e AM-010, de estmulo baixadensificao, relacionada proteo dos recursos naturais e deintegrao de atividades agrcolas e industriais de baixo impactoambiental ao uso residencial;

    c)ZT Praia da Lua: compreende rea contribuinte da baciado igarap Tarum-Au, inserida na APA Tarum/Ponta Negra, compresena significativa de fragmentos florestais, de estmulo baixadensificao, relacionada proteo dos recursos naturais, valorizao da paisagem e promoo de programas e projetos deincentivo ao turismo ecolgico.

    Pargrafo nico. Os limites das unidades espaciais detransio so descritos a seguir:

    I - ZT Ducke: abrange ao Sul, o limite do bairro DistritoIndustrial II, Jorge Teixeira e Cidade de Deus; a Leste, o Rio

    Puraquequara; ao Norte, o limite norte da rea de transio at o Km 34da Rodovia AM-010; a Oeste, englobando a Reserva Adolpho Ducke,limita-se aos bairros Lago Azul, Nova Cidade;

    II - ZT Tarum-Au: abrange ao Sul, o limite do bairroTarum-au e Lago Azul; a Leste, a Rodovia AM-010; ao Norte, o limitenorte da rea de transio at o Km 34 da Rodovia AM-010; a Oeste, oigarap Tarum-Au;

    III-ZT Praia da Lua: abrange ao Sul, o Rio Negro; a Leste,o Igarap Tarum-Au; a Noroeste, o Igarap Agurau ou Acuaru.

    Seo IDas Zonas Urbanas

    Art. 64. A rea Urbana constituda pelas seguintesZonas Urbanas, delimitadas no Anexo I desta Lei Complementar,

    conforme as seguintes denominaes:I- Zona Urbana Norte: abrange os Setores 10, 17, 18 eparte do Setor 09;

    II- Zona Urbana Sul: abrange os setores 01, 03 e 04, eparte dos Setores 02, 05, 06 e 07;

    III- Zona Urbana Centro-Sul: abrange os Setores 11 e 12;IV- Zona Urbana Leste: abrange o Setor 08 e parte dos

    Setores 06, 07 e 09;V- Zona Urbana Oeste: abrange os setores 15, 16 e parte

    do Setor 02;VI- Zona Urbana Centro-Oeste: abrange os setores 13, 14

    e parte do Setor 02.Pargrafo nico. Delimitados no Anexo II desta Lei

    Complementar, as Zonas Territoriais da Zona Urbana esto subdivididasnos seguintes setores, compostos pela unificao ou no de diferentes

    bairros, com suas delimitaes definidas segundo a Lei n 1.401 de 14de janeiro de 2010:a)o Setor Urbano 01: restrito ao Bairro Centro;b)o Setor Urbano 02: constitudo pelos Bairros Nossa

    Senhora Aparecida, Glria, Santo Antnio, So Raimundo, PresidenteVargas, Compensa, Vila da Prata e Santo Agostinho;

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    c)o Setor Urbano 03: constitudo pelos BairrosCachoeirinha e Praa 14 de Janeiro;

    d)o Setor Urbano 04: constitudo pelos Bairros ColniaOliveira Machado, Crespo, Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia,So Lzaro e Betnia;

    e)o Setor Urbano 05: constitudo pelos Bairros Raiz,Japiim, Petrpolis, So Francisco e Coroado;

    f)o Setor Urbano 06: constitudo pelos Bairros DistritoIndustrial I e Distrito Industrial II;

    g)o Setor Urbano 07: constitudo pelos Bairros Vila Buriti,Colnia Antnio Aleixo e Mauazinho;

    h)o Setor Urbano 08: restrito ao Bairro Puraquequara;i)o Setor Urbano 09: constitudo pelos Bairros Armando

    Mendes, Gilberto Mestrinho, Jorge Teixeira, So Jos Operrio,Tancredo Neves e Zumbi dos Palmares;

    j)o Setor Urbano 10: constitudo pelos Bairros Cidade deDeus, Nova Cidade, Cidade Nova e Novo Aleixo;

    k)o Setor Urbano 11: constitudo pelos Bairros de Flores,Parque 10 de Novembro e Aleixo;

    l)o Setor Urbano 12: constitudo pelos Bairros Adrianpolise Nossa Senhora das Graas;

    m)o Setor Urbano 13: constitudo pelos Bairros Chapada,So Geraldo, So Jorge e Dom Pedro I;

    n)o Setor Urbano 14: constitudo pelos Bairros Alvorada,

    da Paz, Planalto, Redeno, Nova Esperana e Lrio do Vale;o)o Setor Urbano 15: restrito ao Bairro Ponta Negra;p)o Setor Urbano 16: constitudo pelos Bairros Tarum e

    Tarum-Au;q)o Setor Urbano 17: constitudo pelos Bairros Colnia

    Santo Antnio, Terra Nova, Monte das Oliveiras, Novo Israel e SantaEtelvina;

    r)o SetorUrbano 18: restrito ao Bairro Lago Azul.

    Seo IIDos Corredores Urbanos

    Art. 65. Na Zona Urbana configuram-se os CorredoresUrbanos a seguir caracterizados:

    I- Corredor Sul/Norte: abrange as faixas lindeiras savenidas Djalma Batista, Constantino Nery, Torquato Tapajs at o Km34 da Rodovia AM010;

    II- Corredor da Avenida do Turismo: abrange as faixaslindeiras Avenida do Turismo;

    III- Corredor Avenida Brasil/Ponta Negra: abrange asfaixas lindeiras s avenidas Coronel Teixeira e Brasil;

    IV- Corredor Boulevard Amazonas: abrange as faixaslindeiras Avenida lvaro Maia, Rua Belm, avenidas Castelo Branco eLeopoldo Peres;

    V-Corredor Darcy Vargas: abrange as faixas lindeiras savenidas Coronel Teixeira, Jacira Reis, Theomrio Pinto da Costa, DarcyVargas, Efignio Sales e Pedro Teixeira;

    VI-Corredor Rodrigo Otvio: abrange as faixas lindeirass avenidas General Rodrigo Otvio e Presidente Kennedy;

    VII- Corredor Aleixo: abrange as faixas lindeiras savenidas Paraba, Andr Arajo, Cosme Ferreira e dos Oitis;VIII-Corredor Autaz Mirim: abrange as faixas lindeiras s

    avenidas Nossa Senhora da Conceio, Autaz Mirim, Solimes, Guarubae Ministro Mrio Andreazza;

    IX-Corredor Leste/Oeste: abrange as faixas lindeiras savenidas Itaba, Camapu, Noel Nutels, Max Teixeira, parte da AvenidaTorquato Tapajs, Avenida Paulo Jacob, Rua Cmte. Norberto Wongal,Rua Gurupi, Rua Campos Bravos, Avenida Constantinopla, Rua Cravinados Poetas e Avenida do Futuro;

    X- Corredor Distrito II: abrange as faixas lindeiras Avenida dos Oitis;

    XI-Corredor Santa Etelvina: abrange as faixas lindeiras savenidas Arquiteto Jos Henriques Bento Rodrigues e Margarita;

    XII- Corredor Avenida das Torres: abrange as faixas

    lindeiras Avenida Governador Jos Lindoso e a Projeo da Rua dasFlores;XIII - Corredor BR-174: abrange as faixas lindeiras da

    Avenida Prof. Paulo Graa at o Km 8 da Rodovia BR -174. 1 Os Corredores Urbanos de que tratam os incisos

    deste artigo so faixas lindeiras s vias estruturantes do Municpio, com

    largura igual a 300 (trezentos) metros de cada lado da via, a contar doseu eixo, para todos os seus segmentos.

    2As faixas lindeiras ao norte do segmento Jacira Reisdo Corredor Urbano Darcy Vargas tm a sua extenso at a AvenidaPedro Teixeira.

    Seo IIIDas Unidades de Conservao Urbanas

    Art. 66. Para efeito de estruturao do espao urbano, soconsideradas nesta Lei Complementar as unidades de conservaourbana:

    I - existentes e a serem implementadas:a) sob tutela estadual:1. Parque Estadual Samama.b) sob tutela municipal:1.Parque Municipal do Mindu;2.Parque Municipal das Nascentes do Mindu;3.Refugio de Vida Silvestre Sauim Castanheira;4.rea de Proteo Ambiental APA do Tarum/Ponta

    Negra, em parte includa na rea Urbana e narea de Transio;5.rea de Proteo Ambiental APA Adolpho Ducke, em

    parte includa na rea de Transio;6.rea de Proteo Ambiental APA Ufam, Inpa, Ulbra,

    Elisa Miranda, Lagoa do Japiim e Acariquara;7.rea de Proteo Ambiental APA Parque Ponta

    Negra;8.rea de Proteo Ambiental APA Parque Linear do

    Bind;9.rea de Proteo Ambiental APA Parque Linear do

    Gigante.c) criadas pelo Poder Pblico Municipal, sob tutela privada:1.Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPN

    Reserva Honda;2.Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPN

    Reserva dos Buritis;3.Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPN

    Reserva guas do Gigante;4.Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPN

    Reserva Nazar das Lages;5.Reserva Particular do Patrimnio Natural RPPNReserva Scrates Bonfim. - sob tutela municipal.

    II - reenquadradas em novas categorias e a seremimplementadas:

    a)Refgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheira, originadada Reserva Ecolgica Sauim-Castanheira;

    b)Parque Tarum/Cachoeira Alta, originada da UnidadeAmbiental (UNA) Tarum/Cachoeira Alta.

    III - criadas e a serem implementadas:a)Parque Mundo Novo;b)Parque do Encontro das guas;c)APA do Igarap do Acar.Pargrafo nico. No caso de supresso da tutela Federal

    ou Estadual das unidades de conservao urbana identificadas neste

    artigo, o Municpio, por ato do Chefe do Executivo, promover medidasde proteo adequadas, at que seja efetivado novo enquadramento porlei municipal, estadual ou federal.

    Seo IVDos Corredores Ecolgicos Urbanos

    Art. 67. Para proteo das unidades de conservaourbana e das reas de preservao permanente, valorizao de reasverdes e ampliao da circulao intraurbana, sero implantadoscorredores ecolgicos urbanos unindo as unidades de conservaourbana ao Corredor Ecolgico Central da Amaznia.

    1 Constituem Corredores Ecolgicos Urbanos jexistentes no Municpio de Manaus:

    I-Corredor Ecolgico Urbano do Igarap do Mindu;

    II-Corredor Ecolgico Urbano das Cachoeiras do Tarum. 2 Sero criados os seguintes Corredores EcolgicosUrbanos:

    I-Corredor Ecolgico Urbano Matrinx;II-Corredor Ecolgico Urbano Tabatinga;III-Corredor Ecolgico Urbano Gigante.

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    Art. 68. Nas margens dos cursos dgua, prioritariamentecom reas verdes remanescentes significativas, sero implantadasZonas de Proteo Ambiental, nos termos do Cdigo Ambiental deManaus, de acordo com o Plano de Proteo das Margens dos Cursosdgua e com o Plano de Saneamento e Drenagem.

    Pargrafo nico. Sero implementadas Zonas deProteo Ambiental nas reas que circundam os pontos de captao degua destinada ao abastecimento pblico.

    Seo VDas Medidas Complementares

    Art. 69. Constituem medidas complementares paraefetivao da estruturao do espao urbano e de transio,favorecendo a mobilidade urbana:

    I- implantao de um sistema virio de integrao dosSetores Urbanos constantes no Zoneamento Urbano;

    II- consolidao de corredores virios com oaproveitamento dos eixos existentes, ampliando a malha viriaestruturadora da cidade;

    III-requalificao dos portos existentes e implantao denovos portos para viabilizar o sistema intermodal, inclusive de ligao doCentro com os bairros localizados nas orlas dos Rios Negro, Amazonase Puraquequara, do Igarap do Tarum-Au e demais cursos d'gua

    navegveis;IV- expanso e reviso dos pontos de integrao do

    transporte rodovirio, de acordo com o Plano de Transporte Integrado.

    CAPTULO IIDOS INSTRUMENTOS DE REGULAO URBANA

    Art. 70. Na implementao da Estruturao do EspaoUrbano, o Municpio utilizar os seguintes instrumentos de regulao:

    I-normas de uso e ocupao do solo;II-normas de parcelamento do solo urbano;III-normas de obras e de edificaes;IV-normas de posturas.

    Seo I

    Das Normas de Uso e Ocupao do Solo

    Art. 71. O uso e a ocupao do solo urbano sodisciplinados em lei municipal especfica, por meio de normas relativasaos usos e atividades e intensidade de ocupao, visando:

    I- qualidade de vida da populao;II-ao controle da densificao;III- minimizao dos impactos ambientais;IV- proteo do patrimnio cultural.

    Art. 72. Constituem diretrizes para as normas de uso eocupao do solo:

    I- a induo ocupao das reas urbanas noconsolidadas;

    II-o estmulo ao adensamento de reas urbanizadas;

    III-o incentivo revitalizao da rea central de negcios;IV-o incentivo dinamizao de centros de bairros;V-o estmulo convivncia de usos distintos que criem

    alternativas para o desenvolvimento econmico e para a gerao detrabalho e renda;

    VI- o controle das atividades e dos empreendimentospotencialmente poluidores e degradadores do ambiente, que provoquemrisco segurana ou incmodo vida urbana.

    Seo IIDas Normas de Parcelamento do Solo Urbano

    Art. 73. O parcelamento do solo urbano regulado por leimunicipal especfica, visando:

    I-ao ordenamento da rea de transio;

    II-ao controle da densificao;III- minimizao dos impactos ambientais;IV- ampliao do acesso terra urbana pela populao.

    Art. 74. Constituem diretrizes para as normas deparcelamento do solo, a restrio ao parcelamento do solo nos

    fragmentos florestais urbanos e a proteo das reas verdes e das reasde fragilidade ambiental.

    Seo IIIDas Normas Aplicveis s Obras e s Edif icaes

    Art. 75. As normas aplicveis s obras e s edificaes,constantes de Cdigo institudo por lei municipal especfica, visamatender:

    I- segurana;II- higiene;III-ao conforto ambiental;IV- cultura local;V-aos princpios de conservao de energia;VI- aos princpios de acessibilidade e do desenho

    universal.

    Art. 76.As normas aplicveis s obras e s edificaesdevero estabelecer:

    I-a regulao dos processos construtivos, das tcnicas edos materiais, observando sua adequao aos padres locais;

    II-os critrios e parmetros para as edificaes, segundosuas categorias;

    III-os procedimentos para aprovao de projetos e para

    licenciamento das obras de edificaes urbanas, simplificando-se asrotinas de aprovao e licenciamento de projetos de edificao.

    Seo IVDas Normas de Posturas

    Art. 77. As normas aplicveis s posturas, dispostas emCdigo institudo por lei municipal especfica, visam:

    I-condicionar e restringir o uso de bens e a realizao deatividades em propriedades particulares, em benefcio da coletividade;

    II- regular as atividades desenvolvidas nos logradourospblicos.

    Art. 78.As normas de posturas devero estabelecer:I-a disciplina dos equipamentos e artefatos instalados e

    dos eventos realizados nos logradouros pblicos, de modo a garantir asegurana e o conforto dos usurios e a adequao aos padres locais;II- os critrios para funcionamento de estabelecimentos

    segundo suas categorias, atentando para o incmodo vizinhana epropiciando segurana e higiene;

    III- os procedimentos para licenciamento e autorizaesdas atividades urbanas, simplificando rotinas administrativas.

    CAPTULO IIIDOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANO

    Seo IDo Licenciamento Urbano

    Art. 79. atribuio do Poder Executivo Municipal

    licenciar, autorizar e fiscalizar o uso e a ocupao do solo e oparcelamento na rea Urbana e na rea de Transio, no cumprimentodas normas municipais pertinentes.

    Pargrafo nico. So instrumentos complementares decontrole urbano o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) e o Estudo deImpacto Ambiental (EIA).

    Subseo IDo Estudo de Impacto d e Vizinhana (EIV)

    Art. 80. O Poder Executivo Municipal poder exigir Estudode Impacto de Vizinhana (EIV), conforme o disposto no Estatuto daCidade, quando for necessrio contemplar os efeitos positivos enegativos de um empreendimento ou atividade, quanto qualidade devida da populao residente na rea e em suas proximidades.

    Art. 81.A lei que institui as normas de uso e ocupao dosolo no Municpio de Manaus definir os empreendimentos e asatividades, de natureza pblica ou privada, que estaro sujeitos elaborao de EIV para aprovao de projeto, obteno de licena ouautorizao de funcionamento.

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    Pargrafo nico. O EIV ser elaborado peloempreendedor, pblico ou privado, e ser objeto de anlise e aprovaoda Comisso Tcnica de Planejamento e Controle Urbano (CTPCU).

    Art. 82. Os instrumentos de interveno urbana,regulamentados nesta Lei Complementar ou em lei municipal especfica,devero estabelecer a exigncia de elaborao de EIV, quando fornecessrio:

    I - garantir o controle social da interveno;II - avaliar a capacidade de adensamento da rea objeto de

    interveno;III - calcular a valorizao imobiliria decorrente de

    qualquer tipo de concesso;IV - mensurar a gerao de trfego e a demanda por

    transporte pblico;V - assegurar a qualidade da ventilao e iluminao;VI - proteger a paisagem urbana e os patrimnios naturais

    e culturais;VII-estabelecer a demanda gerada com a interveno por

    equipamentos urbanos e comunitrios.

    Subseo IIDo Estudo De Impacto Ambiental (EIA)

    Art. 83. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e orespectivo Relatrio de Impacto Ambiental (Rima) se aplicam construo, instalao, reforma, recuperao, ampliao e operao deatividades ou obras efetiva ou potencialmente causadoras designificativa degradao do meio ambiente, de acordo com as normas doCdigo Ambiental de Manaus e legislao federal correlata.

    CAPTULO IVDOS INSTRUMENTOS DE INTERVENO URBANA

    Art. 84. Os instrumentos de interveno urbana previstos edisciplinados nesta Lei Complementar tm o objetivo de ordenar o plenodesenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbanaem Manaus, em atendimento ao disposto no Estatuto da Cidade.

    Seo IDo Parcelamento, Edificao ou Utilizao Compulsrio s

    Art. 85. Leis municipais especficas determinaro oparcelamento, a edificao ou a utilizao compulsria do solo urbanono edificado, subutilizado ou no utilizado, devendo fixar as condiese os prazos para a referida obrigao, segundo a localizao dosimveis e as diretrizes urbansticas de cada rea.

    1 So consideradas reas urbanas prioritrias paraaplicao dos instrumentos referidos no caputdeste artigo:

    I -os seguintes setores urbanos: Setor 01, Setor 02, Setor03, Setor 11, Setor 12, Setor 15 e Setor 16;

    II - Corredores Urbanos ou segmentos de CorredoresUrbanos:

    a)Segmentos Sul e Centro, do Corredor Sul/Norte;b)Segmentos Avenida Coronel Teixeira, Ponta Negra ePraia da Ponta Negra, do Corredor Avenida Brasil/Ponta Negra;

    c)Corredor Boulevard Amazonas;d)Corredor Darcy Vargas;e)Corredor Rodrigo Otvio;f)Corredor Aleixo.III-as reas de Especial Interesse, conforme a finalidade

    da interveno e as condies estabelecidas por lei municipal especfica. 2 A legislao municipal que disciplinar a obrigao

    referida no caput deste artigo dever estabelecer para cada uma dasreas identificadas no 1 as condies de aplicao, conformeprioridades de adensamento.

    Art. 86. Poder ser considerado subutilizado o imvel

    urbano que, localizado nas reas delimitadas pelo Poder Pblico em leiespecfica, apresentar as seguintes condies:I-glebas no parceladas localizadas na rea Urbana, com

    rea superior a 1 (um) hectare;II-edificaes de 4 (quatro) ou mais pavimentos, vazios e

    sem utilizao por perodo superior a 2 (dois) anos;

    III- obras de edificaes com 4 (quatro) ou maispavimentos paralisadas por mais de 3 (trs) anos;

    IV- lotes urbanos abandonados por perodo superior a 1(um) ano.

    Pargrafo nico.O rgo de controle fiscal do Municpiomanter cadastro imobilirio atualizado com o registro dos proprietriosde imveis que forem notificados, bem como o prazo para utilizaodesses bens.

    Art. 87.Em caso de descumprimento das condies e dosprazos para parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, nostermos desta Lei Complementar e de lei especfica, o Municpioproceder aplicao do Imposto sobre a Propriedade Predial eTerritorial Urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoraoda alquota pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos.

    Pargrafo nico.A alquota a ser aplicada em cada anoser fixada em lei especfica.

    Art. 88. Decorridos 5 (cinco) anos de cobrana do IPTUprogressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao deparcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio manter a cobranapela alquota mxima, at que se cumpra a referida obrigao, semprejuzo de proceder desapropriao do imvel, com pagamento emttulos da dvida pblica.

    Seo IIDo Direito de Preempo

    Art. 89. O direito de preempo confere ao PoderExecutivo preferncia para aquisio de imvel urbano objeto dealienao onerosa entre particulares, conforme o disposto no Estatuto daCidade.

    1 O direito de preempo poder incidir sobre o imvellocalizado em rea de Especial Interesse, a ser delimitada por leimunicipal especfica.

    2 A lei municipal que delimitar a rea de especialinteresse para fins de aplicao do disposto nocaput deste artigo deverdiscriminar os imveis de interesse para aquisio, fixando prazos devigncia, conforme a finalidade da interveno, nos termos previstos no

    Estatuto da Cidade.

    Seo IIIDa Outorga Onerosa do Direito de Construir ou de Alterao de Uso

    Subseo IDas Disposies Gerais

    Art. 90. O Poder Executivo poder outorgar,onerosamente, o direito de construir ou de alterao de uso, na formadisposta no Estatuto da Cidade, em reas urbanas que apresentammelhores condies de infraestrutura, com potencial de concentrao deatividades de comrcio e servios e maior capacidade de absorver oprocesso de verticalizao e de adensamento.

    1As reas definidas no caput deste artigo para fins de

    outorga onerosa do direito de construir so:I-Setor 01, Setor 03, Setor 05, Setor 09, Setor 10, Setor11, Setor 12, Setor 13, Setor 14 e Setor 15;

    II -os Subsetores: Subsetor Orla Oeste e Subsetor OrlaCentro-Oeste;

    III-os Corredores Urbanos e segmentos:a)Corredor Urbano Sul-Norte, nos segmentos Sul, Centro,

    Norte;b)Corredor Urbano Avenida do Turismo, no segmento

    Tarum e Ponta Negra;c)o Corredor Urbano Avenida Brasil/Ponta Negra, em toda

    sua extenso;d)o Corredor Urbano Boulevard Amazonas, em toda sua

    extenso;e) o Corredor Urbano Darcy Vargas, em toda sua

    extenso; f) o Corredor Urbano Rodrigo Otvio, em toda suaextenso;

    g)o corredor Urbano Aleixo, em toda sua extenso;h)o Corredor Urbano Autaz-Mirim, nos segmentos Nossa

    Senhora da Conceio e Autaz-Mirim;

  • 5/26/2018 Plano Diretor de Manaus 2014

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    Manaus, quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

    DOM N 3332 Edio Especial | Pgina 14

    i) o Corredor Urbano Leste-Oeste, nos segmentos Itaba,Camapu e Noel Nutels;

    j) o Corredor Urbano Santa Etelvina, em toda suaextenso;

    k)o Corredor Avenida das Torres, em toda sua extenso. 2A outorga onerosa de alterao de uso poder ser

    concedida, na forma da legislao aplicvel, em toda a rea urbana e deexpanso de Manaus.

    Art. 91. A solicitao de outorga onerosa do direito deconstruir ou de alterao de uso dever ser apresentada pelo requerenteno ato do pedido do licenciamento da obra ou de alterao de uso, dosdocumentos exigidos pelas normas municipais aplicveis, e ainda:

    I-anuncia de mais de 50% (cinquenta por cento) dosmoradores dos dois lados da via, numa extenso de 100 (cem) metrospara cada lado a partir do lote em questo, nos pedidos de outorgaonerosa de alterao de uso;

    II-Estudo de Impacto de Vizinhana, quando exigdo pelalegislao, nos pedidos de outorga onerosa de alterao de uso.

    Art. 92. A outorga onerosa do direito de construir ou dealterao de uso ser efetivada pelo Conselho Municipal deDesenvolvimento Urbano, com base em parecer da Comisso Tcnica

    de Planejamento e Controle Urbano. 1 O parecer tcnico referido no caput deste artigodever conter, no mnimo:

    I- as diretrizes urbansticas que orientam a anlise dopedido da concesso;

    II- a justificativa tcnica das medidas compensatriasestipuladas para o empreendimento, relativas mobilidade urbana, qualificao ambiental e estruturao do uso e ocupao do solo;

    III- o clculo do valor da contrapartida a ser paga pelobeneficirio, conforme as determinaes expressas nesta LeiComplementar.

    2As medidas compensatrias previstas no inciso II do 1 deste artigo devero considerar as diretrizes deste Plano DiretorUrbano e Ambiental e os demais instrumentos municipais especficos, noque couber.

    3 A outorga onerosa do direito de construir ou dealterao de uso poder ser parcelada, por solicitao do interessado,em at 12 (doze) parcelas, tendo valor mnimo de 50 (cinq