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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO Conheça os principais pontos da lei de desenvolvimento urbano, expansão habitacional, mobilidade e ordenamento do crescimento regional

Plano Diretor Estratégico

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Cartilha do Plano Diretor Estratégico: Conheça os principais pontos da lei de desenvolvimento urbano, expansão habitacional, mobilidade e ordenamento do crescimento regional. Uma iniciativa dos Vereadores Aurélio Nomura e Andrea Matarazzo.

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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO

Conheça os principais pontos da lei de desenvolvimento urbano, expansão habitacional, mobilidade e

ordenamento do crescimento regional

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””

“Poderíamos ter avançado muito mais no Plano Diretor Estratégico

se tivéssemos tido mais tempo para acolher as ideias e para debates. O PDE é para os próximos 16 anos, por isso, era necessário pensar de forma mais democrática e abrangente para beneficiar toda a população.

O atual texto precisava ser aperfei-çoado para que contemplasse de fato uma cidade do tamanho de São Paulo com toda sua complexidade e diversidade, mas acabou deixando para trás vários pontos que têm de ser melhorados. É preciso entender que as regiões da cidade são muito distintas entre si, e que cada uma tem suas características próprias e suas especificidades.

O Plano Diretor aprovado sim-plesmente cria uma grande ope-ração urbana na cidade, mas não determina a obrigatoriedade de nenhum benefício, para a felicidade

dos empreendedores. Precisamos criar nos bairros periféricos polos que fixem a população localmente, oferecen-do habitação, saúde, escolas, comércio, emprego, lazer e entretenimento.

Vereador Aurélio Nomura Vereador Andrea MatarazzoPresidente da Comissão de Política Urbana,

Metropolitana e Meio Ambiente

Como presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio

Ambiente, acompanhei de perto a elabo-ração do Plano Diretor Estratégico e tenho certeza que o texto aprovado pela Câma-ra Municipal é muito melhor que aquele enviado pelo Executivo no ano passado. Mas também estou certo de que este não é o plano que a cidade precisa.

Tenho responsabilidade para com São Paulo e a população, e foi em nome desta mesma responsabilidade que me vi obrigado a votar contra o PDE, assim como a bancada do PSDB. Não concor-do com vários pontos que mereciam ser colocados em debate e aperfeiçoados. Cito um exemplo: a adoção indiscrimi-nada do coeficiente de aproveitamento 4 nos eixos de transporte público.

Uma segunda crítica é que a cidade não é toda igual. Não há como ser uniforme em regiões tão diferentes. Destaco, ain-da, outra questão que sequer foi abor-dada no PDE: a invasão de áreas priva-das, forçando posterior desapropriação por parte da prefeitura.

Este ainda não é o Plano Diretor que São Paulo precisa. Espe-ramos corrigi-lo ao longo do tempo.

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O que é?É o instrumento de planejamento urbano. A lei ordena a cidade, indicando os locais de moradia, de lazer e das atividades econômicas (como comércio, indústrias e serviços), esta-belece os eixos de transporte e propõe onde devem ser implantados os parques e outras áreas.

ObjetivoGarantir a mobilidade, o bem estar e a qualidade de vida da população, como o direto à moradia, aos equipamentos urbanos, ao trabalho próxi-mo da residência e aos espaços de lazer.

Prazo de validadeO Plano Diretor vale para os próximos 16 anos – ou seja, até 2030.

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ALÉM DO LIMITEPara construir acima do limite, os construtores terão de pagar para a Prefeitura uma taxa (outorga onerosa). 60% do valor da taxa serão divididos em 30% para a aquisição de terrenos e 30% para a mobilidade urbana.

O dinheiro poderá acelerar melhorias nos dois setores.

O pagamento com a outorga onerosa pode-rá encarecer os custos para o empreendedor e elevar o preço dos imóveis.

CALÇADAS MAIS LARGASEm regiões próximas aos eixos de transporte, os no-vos empreendimentos terão de ter calçadas com 3m de largura. Ao longo dos corredores de ônibus esse espaço público terá de ser de 5m. Hoje, o tamanho mínimo das calçadas é de apenas 1,2m.

O pedestre ganha mais espaço para caminhar.

O poder público não assume a obrigação pela manutenção das calçadas, embora façam parte da via, conforme o Código Nacional de Trânsito

Além

do lim

ite

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Nas áreas próximas aos eixos de trans-porte (corredores de ônibus ou a esta-ções de trens, de metrô e monotrilho) a área construída dos edifícios poderá ser de até quatro vezes a área do terreno.

A medida vai incentivar o uso do transporte público e reduzir o tem-po de deslocamento entre a casa e o trabalho.

A construção de novos prédios dentro de áreas já adensadas pode saturar ainda mais o transporte pú-blico nessas regiões. Casas e outros imóveis horizontais devem ser alvos de interesse dos empreendedores e poderão dar lugar a edifícios mais altos.

1 Prédio dentro do eixo

TÉRREO COMERCIALSerão incentivados novos em-preendimentos que tenham no andar térreo estabelecimentos comerciais.

A medida estimula a inte-gração entre o prédio e o passeio público, seguindo a mesma proposta, por exemplo, do Conjunto Na-cional, na Avenida Paulista.

Nos prédios residenciais é necessário cuidado com as atividades para não serem incompatíveis ou incômodas aos condôminos.

GaragemOs prédios residen-

ciais perto dos eixos de trans-porte e das estações de trem, metrô e monotrilho deverão ter apenas uma vaga de garagem por apartamento ou para cada 70m² de construção para uso não residencial. Acima dessa metragem, a garagem passa a ser área construída computável.

Ao restringir o número de vagas de garagem, incentiva-se o uso do transporte público.

No Plano Diretor não há impeditivos para mais vagas. Porém, a segunda vaga de gara-gem será área computável, o que poderá di-minuir o tamanho do imóvel e elevar o preço.

2 LIVRE DE MUROSNos eixos de transporte serão desestimuladas as construções com muros. A vedação pode atingir 25% da fachada.

A medida permite maior interação das pessoas com a cidade.

Mas nos usos residen-cias pode aumentar a sensação de insegu-rança dos moradores, em função da circula-ção de pessoas

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150m

Corredor de ônibus

3 Eixos de Transporte (Mobilidade)São as áreas próximas a corredores de ônibus, linhas de metrô, de trem e de monotrilho onde o PDE promove o adensamento populacional.Nessas regiões, poderão ser construídos prédios com até quatro vezes a área do terreno.Como serão essas áreas dentro dos eixos:Estação: quadras que tenham pelo menos um pedaço dentro de um raio de 400m ou que estejam totalmente dentro de raio de 600 m.Corredor: quadras que tenham pelo menos uma parte dentro de uma faixa de 150m ou que estejam totalmente dentro de uma faixa de 300 m paralelo ao corredor.

4 Miolo de bairrosFora dos eixos de transporte, o PDE estabelece que as construções podem ter, no máximo, o dobro da área do terreno e até oito andares, além do térreo. Po-rém, nas quadras onde os prédios já ultrapassam 50% das construções essa re-gra dependerá da revisão da Lei 13.885-04.

A medida evita o surgimento de novos prédios em bairros ainda não verticalizados, ou edifícios ao lado de pequenas casas.

Os apartamentos já existentes po-dem fi car mais caros nesses bairros, pois a oferta fi cará limitada.

FACHADA E CALÇADA - Não há alteração.GARAGEM - Não há alteração.

150m

300m

300m

400m

Estação de metrô

400m

600m

600m

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Habitações sociais 60% das áreas construídas em ZEIS 1, 2, 3 e 4 serão para habitação de interesse social (HIS), destinadas às famílias de baixa renda (até 3 salários mínimos).

A medida visa diminuir o déficit habitacional, principalmente para as famílias de renda mais baixa.

As áreas destinadas estão longe dos eixos de transporte, e não há me-canismos que garantem a prioridade de habitação para as famílias que residem nas áreas de manancial ou de proteção ambiental.

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Grandes construções Nas edificações acima de 20 mil m², o empreendedor terá de ceder 10% da área para moradias populares (chamada de Cota Solidária). Se prefe-rir, pode desembolsar valor equivalente em dinheiro para construção de habitações populares em outros locais.

Medida contribuiu para a redução do déficit habitacional.

O local destinado pelas empreendedoras pode ser nas bordas da peri-feria, portanto distante de tudo (do sistema de transporte, de comér-cio, de serviços), contrariamente ao que estabelece o Plano Diretor.

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Desenvolvimento regionalEstão previstos os Perímetros de Incentivo ao Desenvolvimento Eco-nômico em regiões periféricas da cidade, com alta densidade popu-lacional, mas baixa de empregos. O incentivo se dá com a isenção da outorga onerosa cobrada pelo aumento do potencial construtivo para empreendimentos não residenciais ou mistos. Favorece a oferta de empregos e diminui o deslocamento entre em-prego e moradia. O incentivo é apenas para a construção, não garantindo ou oferecendo benefícios para implantação de empresas.

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8 Meio ambienteO Plano Diretor cria 167 novos parques. Os parques defi nidos por Lei poderão ter um fundo do meio ambiente para receber recursos da iniciativa privada. A prefeitura terá de investir o mesmo valor depositado pela iniciativa privada para cada um desses parques.

O dinheiro do fundo poderá concretizar parques já criados por lei, como por exemplo, o Parque Augusta, a úl-tima área verde de 24 mil m² na Rua Augusta, entre as Ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá, no centro da cidade.

No PDE não está claro quais as vantagens para quem contribuir com o fundo, o que pode desestimular os doadores.

PAGAMENTO POR SERVIÇO AMBIENTALO Plano Diretor possibilita a retribuição, monetária ou não, aos pro-prietários de imóveis (urbanos ou rurais) que preservem suas áreas consideradas de importância fundamental para a sustentabilidade da metrópole, como a produção de água, atenuação de enchentes e de ilhas de calor, preservação da paisagem e da biodiversidade.

CulturaO novo plano criou instrumento de identifi cação e proteção do patri-mônio cultural paulistano defi nidas como: ZEPEC-CS (Zonas Especiais de Preservação Cultural) e ZEPEC-APC (Áreas de Proteção Cultural)Protege os bens históricos, artísticos, arqueológicos, paisagísticos e arquitetônicos, preservando a memória da cidade.

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Zona RuralA demarcação da Zona Rural, retomada no município de São Paulo após 12 anos, é importante para conter a expansão urbana, incentivar o cinturão verde, manter as áreas produtivas (geradora de emprego) e para o abastecimento da cidade. Também é fundamental para a conservação da paisa-gem e do meio ambiente.

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Poderíamos teravançado maisO Plano Diretor poderia ter avançado muito mais, de maneira a or-denar a cidade com seus diversos per� s e bene� ciar a população. A Bancada do PSDB apresentou várias emendas ao Plano Diretor, que melhoraria muito o texto, mas que foram rejeitadas. Em função dessa recusa em melhorar o texto é que os vereadores do PSDB votaram con-tra o substitutivo. Con� ra as propostas não incorporadas:

ÁREAS INVADIDAS A emenda impedia novas invasões. Também estabelecia que as áreas particulares não poderiam sofrer desapropriação com título da dívida pública.

As áreas invadidas não deveriam ser de-marcadas como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) para coibir invasões e garantir a ordem e o direito da propriedade privada estabelecidos na Constituição.

O critério democrático de destinar as casas populares deveria priorizar a lista de espera e não por decisão do Secretário da Habitação.

OCUPAÇÃODE PARQUE

Emenda do PSDB evitava que espa-ços de importância ambiental de São Paulo fossem classifi cados de Zona de Interesse Social.

O PDE aprovado deveria prever mudança gradativa das pessoas de áreas ambientais para habitação de interesse social.

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MIOLO DOS BAIRROSA permissão para construção de prédios de até 8 andares no miolo dos quarteirões não leva em consideração que cada região da cidade tem especifi cidades e caracte-rísticas próprias.

EIXO DE TRANSPORTEEmenda do PSDB permitia a construção de prédio de até 4 vezes a área do terreno nos eixos, mas com a neces-sidade de estudos técnicos (potencial construtivo e de impacto ambiental) e existência de equipamentos que comportem a nova demanda.

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CALÇADAS MAIS LARGAS

O PDE propõe calçadas mais largas, mas esqueceu que isso exige cuidados adicionais. Agora teremos calçadas mais espaçosas, mas com mais bura-cos e com mais ambulantes ilegais.

LIXÃO DEVILA JAGUARA Proposta de emenda retirava a cons-trução do Lixão de Vila Jaguara, que agora no PDE está camufl ado como Estação de Transbordo da Zona Oeste. Esse tipo de empreendimento dentro de área residencial vai afetar seriamente a qualidade de vida e a saúde dos moradores da região.

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MAPA DE RUÍDO Mapa de Ruído Urbano da Cidade de São Paulo foi vetado e seria um ins-trumento importante para identifi car as fontes de poluição sonora e defi nir estratégias de controle.

Também foi vetada emenda que estabelecia um cronograma para elaboração do mapa de ruído para a cidade.

ZONEAMENTO NA ZONA SUL A proposta do PSDB retirava a outorga onerosa na zona sul para limitar as grandes construções, impedindo a perda do controle urbanístico e paisagístico da região de Parelheiros, além de prote-ger a área de mananciais.

PROTEÇÃO DA ZONA RURAL A proposta de emenda do PSDB procurava garantir uma área maior de zona rural, mas o PDE ainda não estabeleceu os limites. O objetivo é preservar e proteger a zona rural, coibir o adensamento e afastar o risco de especulação, retirando da região pequenos agricultores.

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O PLANO DIRETOR E A CIDADEO Plano Diretor Estratégico faz parte de um conjunto de leis federais, estadu-ais e municipais. O objetivo é organizar o crescimento e o funcionamento da cidade.

• Planos Regionais EstratégicosDefinem os objetivos e as propostas de ação específicas para cada sub-prefei-tura. Identificam conflitos de uso e fazem propostas para alcançar os objetivos propostos. É uma segunda fase no planejamento da cidade, uma oportunidade para pensar cada parte da cidade e suas diferenças.

O Plano Regional é lei complementar do Plano Diretor assim como Uso e Ocu-pação do Solo e outras.

• Código de Obras Define as regras para a construção das edificações dentro dos lotes.

Confira abaixo o organograma que mostra a relação do Plano Diretor com as demais leis e planos que serão instituídos na sequência:

CONSTITUIÇÃO FEDERALArtigos 182 e 183 - condicionam direito

de propriedade à sua função social

ESTATUTO DA CIDADE Instrumento para garantir o cumpri-

mento da função social da propriedade e das funções sociais da cidade

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Art. 143 - Processo de planejamento

participativo descentralizado e permanente

PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO Indica e localiza no território os

instrumentos do Estatuto da Cidade

PLANO DE CIRCULAÇÃO E DE

TRANSPORTE

PLANOS REGIONAIS

LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

PLANO DE HABITAÇÃO

PLANO DEMOBILIDADE

PLANOS DE BAIRROS

PLANOS DE ZEIS

OPERAÇÕES URBANAS

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