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PLANO ESTADUAL DE HABITACÃO DE INTERESSE SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO
PEHIS-MA
RELATÓRIO SÍNTESE
2012
GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃOROSEANA SARNEY MURADVICE- GOVERNADORJOAQUIM WASHINGTON LUIZ DE OLIVEIRASECRETÁRIO DE ESTADO DAS CIDADES E DESENVOLVIMENTO URBANOPEDRO FERNANDES RIBEIROSECRETÁRIO ADJUNTO DE DESENVOLVIMENTO URBANOCARLOS FREDERICO LAGO BURNETTSECRETÁRIO ADJUNTO DE HABITAÇÃOFERNANDO TADEU MENDONÇA LIMASECRETÁRIO ADJUNTO DE PROJETOS ESPECIAISANTÔNIO GUALHARDO ÁLVARES DOS PRAZERES
GEOSISTEMAS ENGENHARIA E PLANEJAMENTO LTDA.
Roberto Lemos Muniz - Engenheiro CivilHumberto Pinto Silva - Engenheiro CivilIvson de Medeiros Lemos - Engenheiro CartógrafoAndrea Lapenda - Engenheira CivilElaine Fernanda de Souza - Arquiteta e Urbanista Tatiana Ribeiro de Oliveira - Arquiteta e UrbanistaAna Isabel Campelo Assis - Assistente Social Alexsandra Maria da Silva - Assistente Social Iracacy de Oliveira Melo - Assistente Social
Consultoria Técnica Especializada
Maria Ângela de Almeida Souza - Arquiteta e Urbanista Winnie Emily Fellows - Arquiteta e UrbanistaAna Maria Filgueira Ramalho - Arquiteta e UrbanistaTarcisio Patricio de Araujo - Economista Jurema Regueira A. Monteiro Rosa - Economista Tiago Barbosa Diniz- EconomistaRoberto Alves de Lima - Estatístico e Economista Maria Rejane de Britto Lyra - Estatística e Demógrafa Rosa Maria Cortes de Lima - Assistente Social Magda Alencar - Assistente Social
GRUPO DE ACOMPANHAMENTO DO PEHIS – MA – CONSELHO ESTADUAL DAS CIDADES
Movimento PopularJosé Francisco DinizVânia Maria Marques Edivaldo SantosMaria Cléa de Jesus Barros Organizações Não GovernamentaisDarles LuzCelso BorgesPoder Público MunicipalJosé Ronald DamascenoEntidades Profissionais, Acadêmicas e de PesquisaJussara Nogueira
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃOColaboração dos cartogramas – Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESCFotos: SECOM e Albani Ramos
FICHA CATALOGRÁFICA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – Relatório SínteseMaranhão: Governo Estadual / Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano.Primeira Impressão: Maio 2012.77 p.1.Habitação – Brasil – Maranhão. 2.Política – Brasil – Maranhão 3.Planejamento Habitacional – Brasil – Maranhão I. Título II. Geosistemas.CDU: 333.32 (812.1)
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALGOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃOSECRETARIA DE ESTADO DAS CIDADES E DESENVOLVIMENTO URBANO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5
1 INTRODUÇÃO 7
2 SOBRE A QUESTÃO HABITACIONAL E A POLÍTICA HABITACIONAL NO BRASIL 9
3 A ECONOMIA MARANHENSE: CRESCIMENTO DIFERENCIADO, CONCENTRAÇÃO ESPACIAL E
BAIXA DIVERSIFICAÇÃO 13
4 QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS 21
5 QUESTÃO FUNDIÁRIA 37
6 ASPECTOS INSTITUCIONAIS 43
7 DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 45
APÊNDICE A - CARTOGRAMAS 51
APÊNDICE B - PLANILHAS 67
5
APRESENTAÇÃO
O Déficit Habitacional do Maranhão e o Desafio da Articulação Interinstitucional
Com a participação de representantes do poder público e da sociedade civil dos municípios ma-ranhenses e com o acompanhamento e aprovação final do Conselho Estadual das Cidades, a Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano – SECID concluiu, em 2011, o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS/MA. Elaborado através da consultoria da empresa Geosistemas e o esforço concentrado de nossa equipe técnica, o Plano cumpre exigência do Ministério das Cidades para acessar recursos federais destinados à produção habitacional e se propõe reduzir, até 2023, significativa parcela do nosso grave déficit habitacional.
Com carências atualmente calculadas em cerca de 550 mil moradias que demandam construção de novas unidades, execução de melhorias construtivas, instalações sanitárias, regularização fundiá-ria e urbanização, o Maranhão se apresenta, em termos absolutos, com o quarto déficit nacional. Mas, quando medido percentualmente em relação ao total da população maranhense, nossas deficiências chegam a 30% do estoque de domicílios permanentes existentes e atingem quase 10% dos 6,4 milhões de habitantes, fazendo o Estado assumir, em números relativos, o primeiro lugar em déficit habitacional do Brasil.
Passo decisivo dado pelo Governo do Estado para resolver, de forma planejada, o sério problema de moradia que aflige milhares de famílias maranhenses, o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social toma por base as mesorregiões maranhenses e trabalha com as especificidades próprias de nos-sa população nativa – significativamente composta por quilombolas, indígenas, ciganos e suas práticas produtivas baseadas no extrativismo vegetal e animal. Mas também considera o complexo contexto sócioeconômico mais recente, fortemente dinamizado por investimentos de grande escala que, localiza-dos em várias áreas do Estado, obrigou o PEHIS/MA a relacionar nossas demandas habitacionais com a economia de cada região, suas características socioculturais, seus fluxos migratórios e suas projeções futuras.
Desta forma, o Plano consegue expor um quadro no qual os números atuais e as necessidades do amanhã variam conforme a dinâmica de cada território, a exigir, por parte do Governo do Estado e das Prefeituras Municipais, diferentes estratégias no enfrentamento da questão habitacional. E este é o grande desafio que a implementação do PEHIS/MA apresenta aos gestores públicos maranhenses: uma vez concluída a elaboração do Plano, definidas as características e especificidades das demandas regionais, indicada a proporção dos recursos públicos a serem aplicados pela União, Estado e Municí-pios, torna-se fundamental avançar no desenho institucional que, atento às características regionais, transformará o planejamento em realidade.
Para tanto, devemos iniciar esforços na definição de uma estruturação administrativa que crie e solidifique comprometimento e parcerias entre o Governo do Estado e as Prefeituras em favor da solução do problema habitacional do Maranhão. Ao compatibilizar as diretrizes e metas do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social com aquelas apontadas pelos respectivos Planos Municipais, estaremos superando uma fase na qual as atuações isoladas e os projetos fragmentados nos impediram de racio-nalizar recursos e qualificar obras. Por este caminho, nossa política habitacional não ficará desvinculada das demais políticas públicas e, longe de ser uma ação exclusivamente focada na construção e melhoria
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
das condições das moradias, passará a considerar de forma conjunta e articulada também o sanea-mento e o meio ambiente, o transporte e a gestão urbana, sempre em busca de cidades mais justas e sustentáveis, acessíveis a todos os nossos concidadãos.
São Luís, Maranhão, Fevereiro de 2012
Governo do Estado do MaranhãoSecretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano
SECID
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1 INTRODUÇÃO
O Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão tem por objetivo central a quan-tificação e a qualificação da oferta e das necessidades habitacionais, tendo-se em conta a evolução recente da economia estadual – consideradas as cinco mesorregiões do Maranhão – e eventuais limites e potencialidades do quadro político-institucional-legal-financeiro concernente ao setor habitacional, no âmbito estadual.
Assim, levam-se em conta aspectos econômicos, urbanísticos, jurídicos e institucionais , bus-cando-se formular indicações e subsídios para um plano de ação que, no âmbito do PEHIS-MA, deverá ser executado – sob a coordenação da SECID – ao longo do período 2012-2023.
No decorrer dos trabalhos, foram incorporados ao diagnóstico socioeconômico, habitacional e institucional aportes constituídos por: a) contribuições obtidas por meio de Oficinas Participativas – envolvendo poder público e sociedade civil – realizadas em cada uma das mesorregiões do Estado do Maranhão; b) elementos captados por meio de entrevistas com representantes de entidades públicas do setor habitacional, assim como representantes da sociedade civil e técnicos de secretarias estaduais do Maranhão.
Dessa forma, confluíram – no processo participativo de elaboração do PEHIS-MA – conheci-mento especializado concernente às dimensões socioeconômica, habitacional e institucional, e conhe-cimento, demandas e expectativas de técnicos e cidadãos envolvidos ou preocupados com a questão habitacional no Maranhão, bem como aportes de pessoas e agentes sociais que buscam contribuir para a efetividade de políticas públicas.
Sumariam-se, a seguir, os principais resultados do estudo que consubstancia o PEHIS-MA, pre-cedidos por uma seção que faz uma qualificação prévia da temática habitacional brasileira, antecipando--se o recurso metodológico de situar, em contexto mais amplo, a questão habitacional no Maranhão. Chame-se atenção para o fato de que os temas e resultados contemplados neste sumário executivo estão devidamente detalhados nos diversos produtos que compõem o PEHIS-MA.
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2. SOBRE A QUESTÃO HABITACIONAL E A POLÍTICA HABITACIONAL NO BRASIL
O equacionamento do problema da habitação no Brasil se mantém como um desafio ao poder pú-blico, que não consegue suprir satisfatoriamente crescentes carências habitacionais das famílias mais pobres. Esta situação se agrava a partir da década de 1980, com a redução dos investimentos no setor habitacional, especialmente após a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), no final de 1986.
O crescente processo de descentralização e municipalização, impulsionado pela Constituição de 1988 e pela reforma tributária, que amplia os recursos dos municípios, conferiu maior autonomia aos governos municipais para formular políticas específicas. O Estatuto da Cidade contribui, desde 2001, para a consolidação de mudanças decorrentes desse processo.
Mudanças institucionais vêm se processando de forma distinta nas diversas unidades da Fede-ração e nos diversos municípios, segundo a incorporação e a institucionalização de canais de gestão democrática e de instrumentos de planejamento urbano, como, também, de acordo com a prioridade conferida à alocação de recursos para habitação. A política de governos estaduais que sofreram o impacto da extinção das respectivas COHABs mantém-se ainda presente no setor habitacional, espe-cialmente quando muito dos municípios permanecem pouco estruturados para enfrentar esta questão, como ocorre no Estado do Maranhão. Nesse sentido, a política habitacional estadual pode adquirir um papel de coordenação geral, de definidor de padrões de políticas a serem adotadas, de incentivo e apoio institucional aos municípios mais necessitados.
A Política Nacional de Habitação1 , instituída em 2005, tem como princípios declarados a descentralização, a articulação e a cooperação entre as três esferas de governo – federal, estadual e municipal – a exemplo de outras políticas nacionais, como as de educação e saúde, de modo a promover integração das ações e melhor aplicação dos recursos financeiros, frente ao grande desafio de possi-bilitar acesso à moradia a todos os segmentos da população. Nesse sentido, no contexto de um país em que 11 milhões de domicílios2 estão em condições inadequadas de moradia quanto à infraestrutura urbana – o que representa quase ¼ do estoque de moradias (22,3%) –, e cujo déficit habitacional é de cerca de 5,5 milhões de residências (9,6% do estoque habitacional), a referida Política assume papel de extrema importância, surgindo como meio apto a tornar a questão da habitação uma prioridade nacional, esperando-se que proporcione democratização do acesso à terra urbanizada e à moradia digna (MINIS-TÉRIO DAS CIDADES, 2011).
Para tanto, foi concebido o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) como o principal instrumento desta Política, por meio do qual o Ministério das Cidades estabelece linhas de financiamento, programas de investimentos habitacionais e políticas de subsídios, a serem detalhados e implementados a partir de processos de planejamento participativo, no Plano Nacional de Habitação e nos planos locais e estaduais.
O SNHIS, instituído em 2005, impõe a Estados e municípios a necessidade de criar e aperfeiçoar quadro normativo próprio, criando mecanismos administrativos, no âmbito das respectivas políticas habitacionais, que permitam atender às exigências dos Planos Diretores.
A elaboração do PEHIS-MA insere-se nesse contexto de mudanças do quadro institucional do país. Para o desenvolvimento deste PEHIS faz-se necessário examinar a realidade, considerando-se duas vertentes: análise do setor habitacional do município no contexto da dinâmica econômica e da ex-
1 Elaborada pelo Ministério das Cidades, por meio de processo participativo, e instituída pela Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005. 2 Conforme estudo realizado pela Fundação João Pinheiro (FJP) em parceria com o Ministério das Cidades, referente ao ano de 2008 e divulgado em 2011, que traz indicadores baseados em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2008), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
pansão demográfica, com identificação e quantificação de tendências de expansão urbana e habitacio-nal, bem como de necessidades habitacionais, abordando-se aspectos socioeconômicos, urbanísticos e jurídicos; exame do contexto institucional em que se insere o PEHIS-MA, envolvendo o arcabouço legal e institucional do Estado do Maranhão referente à temática habitacional e à possibilidade de financia-mento e de enfrentamento de necessidades habitacionais. Portanto, o Plano Nacional de Habitação e o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social são levados em conta para a elaboração de diretrizes do PEHIS-MA, visando-se qualificar e planejar a intervenção do poder público, considerado um horizonte temporal de 12 anos.
São retratadas carências e potencialidades do Maranhão, unidade da Federação que se destaca no contexto nacional como território em que é muito expressiva a precariedade habitacional. Trata-se de um trabalho multidisciplinar, que contempla dimensões referentes à socioeconomia, ao problema fundiário, à temática habitacional e a aspectos institucionais, e constitui análise que inclui uma visão mesorregional, com destaques concernentes a regiões de planejamento3 .
Como recurso metodológico, procedeu-se à realização de oficinas de trabalho – participativas, nos moldes referidos na Introdução a este Sumário Executivo –, assumindo-se que tal estratégia de planejamento tem como substrato o pressuposto de que a ação do poder público, buscando a partici-pação ativa de agentes sociais representativos, deve contribuir para redução de descompassos entre a dinâmica da expansão econômica e o padrão de desenvolvimento social.
No caso em apreço, a questão habitacional – temática central do estudo – representa uma de-manda básica da população que vem sendo objeto de atenção, no plano de políticas públicas do governo federal, por meio de ações de planejamento participativo consubstanciadas na elaboração de planos estaduais e planos locais de habitação de interesse social.
O problema habitacional, que se agrava devido à pressão exercida por problemas decorrentes do acelerado processo de ocupação urbana, tem ocupado lugar relevante na agendade diversos organismos internacionais. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, no final da década de 2000, um terço de toda a população urbana mundial vivia em assentamentos pre-cários e que, em todo o mundo, cerca de 900 milhões de pessoas passam por problemas semelhantes aos enfrentados por brasileiros que não têm acesso a moradia digna.
O déficit habitacional brasileiro, meramente quantitativo, é da ordem de 5,5 milhões de unida-des4 . O país carece de moradia para 4,6 milhões de famílias em áreas urbanas e 900 mil em áreas rurais. O déficit quantitativo estimado para as faixas de renda familiar de até três salários mínimos é de 4,9 milhões de moradias, concentrado principalmente nas regiões metropolitanas. Pelos dados censitários disponíveis, o déficit habitacional para a faixa de renda acima de cinco salários mínimos decresceu – entre 1991 e 2000 –, passando de 15,7% para 11,8%. Para o ano de 2008 foi estimado um déficit de 3,4% nessa mesma faixa de renda5.
Nesse contexto, o Estado do Maranhão se apresenta com características peculiares. Situado no Nordeste brasileiro, possui uma população rural ainda significativa, o que se traduz em um expressivo déficit habitacional, com questões fundiárias relevantes a serem enfrentadas e questões específicas das populações tradicionais – indígenas, quilombolas – que requerem tratamento especial, devendo-se 3 As Regiões de Planejamento do Maranhão foram instituídas pela Lei Complementar nº 108 de 21.11.2007, fruto de um esforço coletivo para novo ordenamento do território es-tadual, em consonância com a Orientação Estratégica de Governo e as demandas da população, em trabalho coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento (SEPLAN). Foram definidas 32 Regiões de Planejamento para o Estado: região da Baixada Maranhense, da Chapada das Mesas, da Ilha do Maranhão, da Pré-Amazônia, das Serras, do Alpercatas, do Alto Munim, do Alto Turi, do Baixo Balsas, do Baixo Itapecuru, do Baixo Munim, do Baixo Turi, do Delta do Parnaíba, do Flores, do Gurupi, do Litoral Ocidental, do Mearim, do Médio Mearim, do Médio Parnaíba, do Pericumã, do Pindaré, do Sertão Maranhense, do Tocantins, dos Carajás, dos Cocais, dos Eixos Rodo-Ferroviários, dos Gerais das Balsas, dos Guajajaras, dos Imigrantes, dos Lagos, dos Lençóis Maranhenses e região dos Timbiras (SEPLAN, 2008).
4 Conforme estimativas da Fundação João Pinheiro referentes ao ano de 2008. 5 A significativa redução acima informada se explica, em grande parte, por mudança de metodologia da estimação, deixando-se de considerar como déficit habitacional 30% das famílias conviventes, em face da constatação, pela PNAD 2007, de que nem todas as famílias conviventes desejavam uma nova moradia.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
considerar questões culturais e problemas estruturais. As necessidades habitacionais que determina-dos polos de desenvolvimento econômico ampliam merecem, por sua vez, serem levadas em conta na projeção de necessidades habitacionais futuras.
Deve-se, por fim, salientar que a implementação do PEHIS-MA – ao longo do período 2012-2023 – necessitará da capacidade da gestão estadual de fazer arranjos institucionais tendo em conta a Política Nacional e a Política Estadual de Habitação de Interesse Social.
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3 A ECONOMIA MARANHENSE: CRESCIMENTO DIFERENCIADO, CONCENTRAÇÃO ESPACIAL E BAIXA DIVERSIFICAÇÃO
Conforme a linha metodológica em que se apoia o estudo agora sumariado, é essencial que se-jam destacados traços-chave e particularidades da economia maranhense, base material e institucional que potencializa, condiciona e baliza possibilidades de alcance satisfatório de políticas públicas.
A economia maranhense, que recentemente vem se beneficiando de destacado padrão de crescimento, gera o quarto maior PIB no Nordeste (17º no país) e logra obter ganhos de importância relativa na economia nacional, em proporção que, mesmo pequena em termos absolutos, revela-se ex-pressiva, quando devidamente contextualizada.
O crescimento da importância relativa do Maranhão – na faixa de 20%, entre 2002 e 2008, tanto no plano nacional (1,05% para 1,27%) quanto no contexto regional (8,1% para 9,7%) – é expressivo no âmbito do Nordeste (que se mantém, há mais de três décadas, no entorno de 13,0% de participação no produto nacional). Portanto, o Maranhão ganha importância relativamente a outros Estados da região, o que pode ser retratado via comparação de indicadores globais de crescimento do PIB no referido perí-odo: 46,0% do Estado versus 27,9% do Brasil e 31,5% do Nordeste. O gráfico 1 permite que se visualize a evolução diferenciada dessa economia estadual em contexto mais amplo.
Gráfico 1 Brasil, Região Nordeste e Estado do MaranhãoÍndice de crescimento do PIB2002-2008
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
3. A ECONOMIA MARANHENSE: CRESCIMENTO DIFERENCIADO, CONCENTRAÇÃO ESPACIAL E BAIXA DIVERSIFICAÇÃO Conforme a linha metodológica em que se apoia o estudo agora sumariado, é
essencial que sejam destacados traços-chave e particularidades da economia maranhense, base material e institucional que potencializa, condiciona e baliza possibilidades de alcance satisfatório de políticas públicas.
A economia maranhense, que recentemente vem se beneficiando de destacado padrão de crescimento, gera o quarto maior PIB no Nordeste (17º no país) e logra obter ganhos de importância relativa na economia nacional, em proporção que, mesmo pequena em termos absolutos, revela-se expressiva, quando devidamente contextualizada.
O crescimento da importância relativa do Maranhão – na faixa de 20%, entre 2002 e 2008, tanto no plano nacional (1,05% para 1,27%) quanto no contexto regional (8,1% para 9,7%) – é expressivo no âmbito do Nordeste (que se mantém, há mais de três décadas, no entorno de 13,0% de participação no produto nacional). Portanto, o Maranhão ganha importância relativamente a outros Estados da região, o que pode ser retratado via comparação de indicadores globais de crescimento do PIB no referido período: 46,0% do Estado versus 27,9% do Brasil e 31,5% do Nordeste. O gráfico 1 permite que se visualize a evolução diferenciada dessa economia estadual em contexto mais amplo.
Gráfico 1 Brasil, Região Nordeste e Estado do Maranhão Índice de crescimento do PIB 2002-2008
100
105
110
115
120
125
130
135
140
145
150
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Brasil
Região Nordeste
Maranhão
Fonte: IBGE - Contas Regionais. Elaboração Ceplan.
Contrapontos a essa favorável posição relativa advêm da concentração setorial e espacial da economia maranhense. No primeiro plano, predominam certos segmentos industriais associados a ferro, siderurgia e alumínio, e segmentos agrícolas ou
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Contrapontos a essa favorável posição relativa advêm da concentração setorial e espacial
da economia maranhense. No primeiro plano, predominam certos segmentos industriais associados
a ferro, siderurgia e alumínio, e segmentos agrícolas ou agroindustriais vinculados ao agronegócio da
soja e pecuária bovina, com forte vinculação ao mercado externo. Trata-se de uma potencialidade que
vem beneficiando o Maranhão em um período favorável do comércio externo; entretanto, esse mes-
mo fator pode ser identificado como uma fragilidade da economia maranhense em conjunturas inter-
nacionais de crise, quando há desaceleração da demanda por commodities (industriais e agrícolas).
Tal concentração setorial também se revela na atividade agrícola: as cinco principais cultu-
ras do Maranhão – arroz, soja, mandioca, milho e cana-de-açúcar – respondem, conjuntamente, por
mais de 90% do total do valor bruto da produção estadual desse tipo de cultura, com destaque para
a produção de soja, que responde por mais de 1/3 do valor da produção de lavouras temporárias do
Maranhão, sendo o equivalente a 27,9% do valor da produção nordestina e a 2,4% da produção bra-
sileira de soja.
No que concerne à atividade pecuária, o Maranhão possui expressivos rebanhos de bovinos,
suínos e galináceos, destacando-se o efetivo de bovinos, o único que apresenta crescimento entre
2002 e 2009. A importância relativa da pecuária maranhense pode ser percebida mais adequadamen-
te quando examinada nos planos regional e nacional. De fato, no decorrer dos anos 2000 a 2009, a
pecuária bovina do Maranhão evolui de um efetivo próximo de 4,1 milhões de cabeças no ano inicial
para 6,9 milhões no final da série – um crescimento anual de 5,9%.
No mesmo período, a pecuária bovina brasileira cresce a 2,1 % ao ano, sendo de 2,5% o
incremento anual do efetivo de bovinos no Nordeste. Por outro lado, o efetivo bovino maranhense,
em 2009, representava 24,3% do total do Nordeste, região que participava com 13,8% do efetivo
brasileiro. Por fim, o ranking dos Estados brasileiros em termos de efetivo bovino, em 2009, tinha o
Maranhão em 12º lugar, perdendo – entre os Estados do Nordeste – apenas para a Bahia (9º lugar).
Portanto, esses indicadores revelam uma posição relativa de destaque do Maranhão na pecuária
bovina, nos planos regional e nacional. Nesse contexto, assinale-se que a pecuária bovina tem impor-
tância econômica relevante para a produção de carne, mercadoria com considerável valor comercial
nos mercados interno e externo.
É útil, portanto, destacar que a mesma economia que vem se beneficiando de vigoroso influ-
xo de investimentos industriais, ao mesmo tempo tem face agropecuária relativamente expressiva.
No que se refere à configuração espacial da economia maranhense, o Norte do Maranhão
responde por 50,7% do PIB estadual; a capital, São Luís, isoladamente gera 76,0% do produto desta
mesorregião, o equivalente a 38,5% do produto estadual. Portanto, a capital do Maranhão responde
por 50,5% da produção industrial do Estado (um grau de concentração industrial bem característico
dessa economia) – o que deverá se manter ou mesmo se ampliar, considerando-se que, do volume
de investimentos implantados e em perspectivas no Maranhão, R$ 74,7 bilhões (dois terços do total)
constituem a porção direcionada à mesorregião Norte, permanecendo a capital como núcleo concen-
trador. As Tabelas 1 e 2, a seguir, sintetizam a configuração espacial da socioeconomia maranhense
segundo indicadores globais de população e produto.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Tabela 1MARANHÃO e MesorregiõesPopulação, crescimento populacional, taxa de urbanização, densidade demográfica2010
Tabela 2MARANHÃO – MesorregiõesProduto Interno Bruto: distribuição e crescimento2002-2008
Estabelecida uma visão global da concentração espacial da economia maranhense, é útil
que se detalhem informações sobre o grande polo concentrador, a mesorregião Norte, na qual obvia-
mente se destaca a capital São Luís, como já assinalado. Se forem considerados, juntamente com
a capital, os municípios de São José do Ribamar e Paço do Lumiar (R$ 253,4 milhões), Pinheiro (R$
245,5 milhões) e Itapecuru Mirim (R$ 215,2 milhões), estes cinco municípios (com PIB superior a R$
200 milhões) geram 82,0% do produto e abrigam 54,6% da população da mesorregião6 . Considere-se,
ademais, que o conjunto destes cinco municípios compreende um espaço em que operam grandes
empreendimentos industriais da economia maranhense.
6 Os valores de produto se referem ao ano de 2008; os de população, a 2010.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Portanto, essas informações adicionam um traço importante da concentração econômica salientada neste capítulo: não mais que cinco municípios, de um conjunto de 60, praticamente defi-nem a economia de uma mesorregião cuja área (52.691,7 km2) constitui 15,9% do território estadual.
Ademais, constata-se que os cinco municípios acima destacados (São Luís incluído) respon-dem por cerca de 82,0% do produto da mesorregião Norte; disso decorre que esses cinco municípios geram cerca de 42,0% do PIB estadual. O peso definidor é o da capital, que – reitere-se – gera três quartos do PIB desta mesorregião.
Tal configuração espacial da economia obviamente traz reflexos na variável produto per capi-ta e pode gerar certas singularidades, a depender da dimensão populacional do município. No caso da capital, São Luís, o produto per capita (base anual, por habitante, referente a 2008) de R$ 14.921,00 – quase duas vezes a média da região (R$ 7.784,00) e, portanto, bem acima da média estadual (R$ 6.104,00) – espelha a grande concentração de atividades econômicas do terciário e da indústria, do que resulta um alto produto por habitante, em um município cujo contingente populacional é múltiplas vezes maior que o de qualquer outro, na mesorregião e no Estado. Por outro lado, Bacabeira (pouco mais de 15 mil habitantes e PIB per capita de R$ 8.287) e Igarapé do Meio (pouco mais de 12 mil habitantes e PIB per capita de R$ 9.251) também se situam acima da média regional – o que decorre da combinação de atividades econômicas de porte considerável com a pequena dimensão populacio-nal desses municípios. A propósito, o município de Bacabeira deve ampliar bastante o peso relativo no PIB maranhense, na medida em que se ampliem e se consolidem efeitos da Refinaria Premium I – empreendimento da Petrobras, atualmente em processo de implantação, com início de operação previsto para 2016.
É importante que se tenha em conta o significado, em termos sociais, da variável produto per capita, que reflete a média – por habitante – do valor agregado pelas atividades econômicas em um determinado território. Observe-se que tal média não necessariamente reflete distribuição da riqueza gerada pela economia, o que depende de como se processa a repartição dessa riqueza entre lucros, salários, impostos etc. – ou seja, de como se dá a apropriação do valor econômico gerado. Um fator importante que tem impactos sobre os efeitos de um determinado empreendimento (por exemplo, industrial) sobre um determinado espaço é o grau com que tal empreendimento se vincula a outras atividades econômicas e propicia geração de empregos (e renda do trabalho) no entorno. Outro aspecto é o padrão tecnológico do empreendimento e a resultante relação emprego/produto: quanto menor tal coeficiente – considerada determinada média salarial – menor a resultante massa de salá-rios. Ademais, se o empreendimento for essencialmente exportador e com escassa vinculação a ou-tros segmentos da economia no território, boa parte do valor econômico gerado não será internalizada nesse território. Uma forma de se qualificar resultados obtidos a partir do PIB per capita é contrapor tal indicador a informações sobre a renda per capita, estimada com base em pesquisas domiciliares.
A esse respeito, considerem-se – para os municípios acima destacados – valores da renda per capita referentes a 2010, produzidos pelo IBGE (Censo Demográfico). A capital, São Luís, tem uma renda per capita mensal de R$ 794,76 – o que equivale a cerca de R$ 9.500,00 em termos anu-ais – portanto, bem abaixo do valor do PIB per capita; além disso, a capital do Maranhão teria uma proporção de 3,0% de domicílios em situação de miséria (renda mensal de R$ 1,00 a R$ 70,00); em
termos de pessoas, seriam 35.814 indivíduos nesse patamar de renda. O município de Bacabeira,
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
segundo dados da mesma fonte, teria uma renda per capita mensal de R$ 266,03 ou menos de R$
3.200,00 / ano, bem inferior ao valor do produto médio; 17,0% dos domicílios do município estariam
no patamar de miséria, situação em que se encontrariam 3.012 indivíduos, alta proporção de um
pequeno contingente populacional. Já o município de Igarapé do Meio – com uma renda per capita
mensal de R$ 249,09 (menos de R$ 3.000,00 / ano), 22,0% dos domicílios em situação de miséria,
ou, em termos individuais, 3.263 pessoas nessa condição – estaria, considerados o maior produto
médio e o menor contingente populacional, em pior situação relativamente a Bacabeira. Portanto, os
valores de produto médio não necessariamente espelham o perfil distributivo da riqueza gerada em
um determinado espaço socioeconômico. Saliente-se que as comparações aqui realizadas envolvem
o produto médio do ano de 2008 versus a renda per capita de 2010; ou seja, caso houvesse disponi-
bilidade de informação sobre o PIB per capita de 2010 (cifra que incorporaria o crescimento de dois
anos), a discrepância entre os dois indicadores seria ainda maior. Ademais, mencione-se que a renda
média para o país como um todo é de R$ 518,00; portanto, exceto a capital do Maranhão, todos os
outros municípios destacados se situam em patamar inferior ao que representa a média brasileira.
A dimensão populacional – base para a produção social de valor econômico, que ao mesmo
tempo sofre transformações decorrentes da evolução da economia – revela, em termos de configura-
ção espacial, um perfil que se associa às especificidades espaciais da economia, acima consideradas.
A população maranhense cresceu 18% no período 2000-2010, o que resulta em um cres-
cimento médio de 1,5 % a.a. – sendo a mesorregião Norte (2,0 % a.a.) e a mesorregião Sul (1,8 %
a.a.) as que crescem em ritmo superior à média estadual, acompanhando o dinamismo das respec-
tivas economias. Em ambas as mesorregiões, o componente migratório parece contribuir de modo
significativo para o crescimento da população, face à dinâmica econômica e social que nelas se
desenvolve. A primeira sedia a Região Metropolitana da Grande São Luís, onde se localiza a capital do
Estado, e concentra grandes empreendimentos industriais, além de um significativo setor terciário e
importantes estruturas administrativas do setor público federal e do estadual, e a segunda desenvolve
atividade da soja concentrada em alguns municípios da região. Por ser uma atividade agropecuária
intensamente mecanizada, o complexo da soja gera uma dinamicidade que atrai população, porém
concentrando-a nas cidades, o que explica o intenso crescimento da população urbana do Sul mara-
nhense. Obviamente, o Norte tem expressiva importância em termos de problemática habitacional,
comparativamente ao Sul (cujo contingente populacional, de pouco mais de 300 mil habitantes em
amplo território, é muito inferior ao de todas as outras regiões), embora em termos qualitativos –
questões sociais que envolvem disputa pela terra e acesso a habitação por segmentos sociais desfa-
vorecidos – não se deva fazer grande distinção quando se trata de objetivos de política pública.
Destaque-se também que a economia maranhense é igualmente marcada por grande con-
centração no âmbito do comércio exterior. Do lado das exportações, seis empresas respondem por
mais de 80,0% da receita de exportações do Estado – entre as quais a Vale, isoladamente, gera cerca
de metade do valor total. No que concerne às importações, uma única empresa (Petrobras) responde
por mais de 80,0% das compras ao exterior.
Por outro lado, são bastante ilustrativos os dados sobre a configuração da pauta de exporta-
ções – conforme sumaria a Tabela 3, da qual se extraem as seguintes evidências: a) insumos indus-
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
triais constituem o grupo de produtos que respondem por 84,1% das exportações do Maranhão em
2010; b) em termos globais, o perfil das exportações maranhenses compreende 98,2% de bens inter-
mediários – portanto, de inputs que alimentam o processo produtivo de outras economias no exterior;
c) o segmento referente a bens acabados (de consumo) tem ínfima participação; d) esses indicadores
dão base para alegações sobre o caráter de “enclave” do núcleo moderno da indústria maranhense.
Tabela 3 Estado do Maranhão Valor das exportações, segundo tipologia de produtos2010
Ademais, anote-se que três categorias dos principais produtos exportados respondem por
96,5% das vendas externas do Maranhão em 2010: minério de ferro e produtos de ferro (58,5%);
alumina calcinada e outros produtos de alumínio (23,9%); soja (14,1%). Trata-se de conhecida e mar-
cante característica da economia maranhense.
No que respeita à pauta de importações, sete categorias de produtos respondem por cerca
de 90,0% das compras do Maranhão no exterior: óleo diesel (65,0%); querosene de aviação e outras
gasolinas (18,1%); arroz semi-branqueado, não parboilizado (1,7%); trilhos de aço (1,5%); cloretos de
potássio (1,4%); hidróxido de sódio (1,3%); coque de petróleo calcinado (1,1%) – os dois primeiros
perfazendo mais de 80% do total. Portanto, também no flanco das compras externas, a economia
maranhense revela concentração.
A concentração setorial (industrial e agrícola) tem como espelho baixa diversificação econô-
mica, o que constitui traço singular da economia do Estado. Ocorre que tal configuração econômica
– em que a forte vinculação ao mercado externo tem papel destacado – é associada a um relativa-
mente baixo efeito de encadeamento, o que não potencializa impactos significativos de geração de
ocupações e renda em outras atividades industriais.
Nesse contexto, gêneros industriais com maior relação emprego/produto, a exemplo de pro-
dutos de minerais não-metálicos – que inclui atividades vinculadas à construção civil, inclusive a de
19
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
cerâmica (telha, tijolos, pisos, entre outros produtos) – podem ser inseridos em programas públicos
de adensamento de cadeias produtivas. Portanto, em um Estado que vem recebendo expressivo vo-
lume de investimentos – o que tende a gerar significativos impactos sobre a expansão imobiliária e a
demanda de habitações –, o PEHIS-MA pode ser instrumento importante em um contexto de adensa-
mento da cadeia produtiva da construção civil.
A implementação, a execução e a manutenção do PEHIS-MA deverão enfrentar restrições
e limites decorrentes da feição socioeconômica do Maranhão associada ao perfil de uma economia
concentrada espacial e setorialmente, além de detentora de baixo grau de diversificação – caracte-
rísticas que só a médio e longo prazo poderiam ser significativamente minimizadas. Associe-se aos
fatores mencionados a precária qualificação e o baixo rendimento médio da força de trabalho mara-
nhense, aspectos a seguir incorporados à discussão.
A esfera que espelha a estrutura e o perfil da economia – o mercado de trabalho – tem
traços que, embora típicos da economia brasileira e, mais ainda, da economia nordestina, no Mara-
nhão assumem maior importância, a exemplo da elevada proporção de informalidade das relações de
trabalho, do reduzido grau de escolaridade da população ocupada, da baixa renda média do trabalho,
da desigualdade na distribuição da renda pessoal. Disso resulta expressiva proporção de pessoas em
patamar inferior de remuneração do trabalho, o que constitui um obstáculo a programas habitacionais
que dependam de contribuição relevante do beneficiário: portanto, a materialização de programas
habitacionais com significativo subsídio do poder público parece ser o caminho mais viável.
Adicionando-se a esse quadro a questão das finanças do Estado do Maranhão, observe-se
que o resultado primário que este Estado logra alcançar reflete uma situação financeira pouco con-
fortável. Um desdobramento dessa situação, no que concerne ao objeto do estudo do qual se extrai
o presente sumário, é que o enfrentamento de novas demandas na área habitacional necessitaria
de significativos aportes de recursos do Governo Federal. A limitada capacidade de investimento do
Governo Estadual é um problema a ser resolvido de modo a se remover um importante obstáculo à
execução, pelo Estado, de novos programas de significativa dimensão socioeconômica.
Ademais, é necessário que se tenha em conta o caráter recorrente – nas Oficinas realizadas
em todas as mesorregiões – do registro de aspectos negativos da expansão econômica, nos espaços
em que as economias locais vêm se beneficiando de novos investimentos. De um lado, crescimento
desordenado e prejuízos ao meio ambiente e agravamento de desequilíbrios sociais. Por outro lado,
tais desafios encontram fragilidade do setor público (em particular, mas não exclusivamente, o muni-
cipal) em termos de capacidade de gestão e de planejamento para enfrentar desdobramentos negati-
vos da expansão econômica. Outro aspecto recorrente foi a referência a “interferências políticas” que
frequentemente estariam prejudicando o alcance de melhores resultados de ações do setor público.
Não se deve, por fim, subestimar – no que respeita a limites e possibilidades de resultados
satisfatórios na implementação do PEHIS-MA – a condicionante representada pela própria economia,
cuja rota de crescimento precisa ser sustentada. O reconhecimento de tal condicionante também
implica que, quando o crescimento mantém ritmo expressivo e sustentado, como recentemente vem
ocorrendo no Maranhão, a responsabilidade pública e da sociedade pelo alcance de metas satisfató-
rias é magnificada.
21
4 QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS
Reitere-se que a questão habitacional – temática central do estudo – consubstancia uma
demanda básica da população e vem sendo objeto de atenção, no plano de políticas públicas do go-
verno federal, por meio de ações de planejamento participativo materializadas em de Planos Estaduais
e Planos Locais de Habitação de Interesse Social, como mencionado na Seção 2.
No Brasil, conforme dados recentes do Censo de 2010, uma das questões agravantes é a
concentração urbana, especialmente nas regiões metropolitanas. O Brasil possui 36 Regiões Me-
tropolitanas (RM) que, somadas à Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal,
abrigam 46% da população brasileira (em torno de 87,5 milhões de habitantes). O maior incremento
demográfico vem ocorrendo nas cidades, que concentram grande parte da população. Os 15 municí-
pios mais populosos, com contingente superior a um milhão de habitantes, somam 40,5 milhões de
pessoas e representam 21,0% da população brasileira. As duas maiores regiões metropolitanas do
Brasil – São Paulo e Rio de Janeiro – somam cerca de 31,4 milhões de habitantes e concentram 19,5%
da população urbana do país. Por outro lado, há 3.902 municípios com menos de 20 mil habitantes,
representando 17% da população do país. No Maranhão, 127 dos 217 municípios têm contingente
populacional de no máximo 20 mil habitantes.
Por sua vez, o estoque de domicílios particulares permanentes do Estado do Maranhão soma
um total de 1.891 mil unidades, das quais 2/3 situam-se em áreas urbanas e 1/3 localiza-se em áreas
rurais. Tal proporção se mantém nas mesorregiões Norte, Oeste e Leste, com pequenas variações,
modificando-se na mesorregião Centro, que se apresenta com um perfil mais rural, e na qual os do-
micílios rurais chegam a representar 42% do total de domicílios. Na mesorregião Sul tal proporção é
menor, cerca de 30% (Tabela 4).
22
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Tabela 4 Domicílios recenseados particulares por espécie, segundo mesorregiões e Estado do Maranhão. 2010
A distribuição espacial dos domicílios entre as mesorregiões revela que o Norte concentra cerca
de 40% do estoque estadual de domicílios, enquanto as mesorregiões Oeste e Leste têm participação
em torno de 20%, nestas regiões, observando-se uma proporção de 3,5 pessoas por domicílios – igual à
média estadual. Na mesorregião Centro, o número de domicílios corresponde a 14% do total do Estado,
sendo 3,4 a média de pessoas por domicílio. Finalmente, a mesorregião Sul responde por cerca de 5%
dos domicílios do Estado e apresenta a menor média (3,3) de pessoas por domicílio.
Os domicílios não ocupados englobam domicílios vagos, domicílios de uso ocasional e domicílios
fechados. Tais domicílios são considerados parte do estoque de moradias existentes, contemplados
como tal, conforme identificação realizada, em campo, pelo IBGE.
Os conceitos utilizados pelo IBGE para identificar o estoque de moradias não ocupadas são
(IBGE, 2011):
aDomicílio particular permanente fechado7 – é o domicílio particular permanente que estava
ocupado na data de referência, não tendo sido possível realizar a entrevista no momento da visita do
recenseador, por conta de ausência temporária dos moradores.
7 Para efeito de tabulação, estes domicílios foram considerados como ocupados.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
A distribuição espacial dos domicílios entre as mesorregiões revela que o Norte concentra cerca de 40% do estoque estadual de domicílios, enquanto as mesorregiões Oeste e Leste têm participação em torno de 20%, nestas regiões, observando-se uma proporção de 3,5 pessoas por domicílios – igual à média estadual. Na mesorregião Centro, o número de domicílios corresponde a 14% do total do Estado, sendo 3,4 a média de pessoas por domicílio. Finalmente, a mesorregião Sul responde por cerca de 5% dos domicílios do Estado e apresenta a menor média (3,3) de pessoas por domicílio.
Os domicílios não ocupados englobam domicílios vagos, domicílios de uso ocasional e domicílios fechados. Tais domicílios são considerados parte do estoque de moradias existentes, contemplados como tal, conforme identificação realizada, em campo, pelo IBGE.
Os conceitos utilizados pelo IBGE para identificar o estoque de moradias não ocupadas são (IBGE, 2011):
Domicílio particular permanente fechado7 – é o domicílio particular permanente que estava ocupado na data de referência, não tendo sido possível realizar a
7Para efeito de tabulação, estes domicílios foram considerados como ocupados.
Tabela 4
Domicílios recenseados particulares por espécie, segundo mesorregiões e Estado do Maranhão. 2010
Estado e Mesorregiões Situação
do domicílio
Domicílios recenseados particulares
Domicílios recenseados particulares (2010)
Ocupados Partição urbano-rural (%)
% s/ Estado
Número de pessoas por
domicílio
Vagos Vagos de uso ocasional
Abs. % s/ dom Abs. % s/
dom
MARANHÃO Total 1.891.053 1.656.608 100,0 100,0 3,5 159.895 8,5 74.550 3,9
Urbana 1.199.809 1.075.659 64,9 100,0 3,5 94.053 7,8 30.097 2,5 Rural 691.244 580.949 35,1 100,0 3,5 65.842 9,5 44.453 6,4
Mesorregião Norte
Total 741.539 662.050 100,0 40,0 3,5 56.935 7,7 22.554 3,0 Urbana 486.838 440.042 66,5 40,9 3,5 35.680 7,3 11.116 2,3 Rural 254.701 222.008 33,5 38,2 3,6 21.255 8,3 11.438 4,5
RM Grande São Luís
Total 393.845 353.443 100,0 21,3 3,3 31.091 7,9 9.311 2,4 Urbana 326.313 296.296 83,8 27,5 3,3 23.647 7,2 6.370 2,0 Rural 67.532 57.147 16,2 9,8 3,2 7.444 11,0 2.941 4,4
Mesorregião Oeste
Total 401.809 351.884 100,0 21,2 3,5 34.625 8,6 15.300 3,8 Urbana 257.302 232.623 66,1 21,6 3,5 19.701 7,7 4.978 1,9 Rural 144.507 119.261 33,9 20,5 3,5 14.924 10,3 10.322 7,1
Mesorregião Centro
Total 270.503 232.660 100,0 14,0 3,4 25.772 9,5 12.071 4,5 Urbana 150.774 134.795 57,9 12,5 3,4 12.383 8,2 3.596 2,4 Rural 119.729 97.865 42,1 16,8 3,4 13.389 11,2 8.475 7,1
Mesorregião Leste Total 383.887 331.379 100,0 20,0 3,5 33.988 8,9 18.520 4,8
Urbana 240.765 212.543 64,1 19,8 3,5 20.580 8,5 7.642 3,2 Rural 143.122 118.836 35,9 20,5 3,5 13.408 9,4 10.878 7,6
Mesorregião Sul Total 93.315 78.635 100,0 4,7 3,3 8.575 9,2 6.105 6,5
Urbana 64.130 55.656 70,8 5,2 3,3 5.709 8,9 2.765 4,3 Rural 29.185 22.979 29,2 4,0 3,2 2.866 9,8 3.340 11,4
Fonte: IBGE Censo Demográfico 2010 .
23
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
aDomicílio particular permanente de uso ocasional – é o domicílio particular permanente que
servia ocasionalmente de moradia na data de referência, ou seja, era o domicilio usado para descanso
de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, seus ocupantes ocasionais
estivessem presentes.
aDomicílio particular permanente vago – é o domicílio particular permanente que não tinha
morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivesse sido
ocupado.
Identificar o montante recenseado de domicílios vagos e, de certa forma, o de domicílios de uso
ocasional, que em época de pressão do mercado imobiliário pode ser posto em disponibilidade para
aluguel, pode se tornar um dado importante na formulação de políticas para provisão de habitações.
A Tabela 4 também contém informações sobre domicílios vagos e domicílios de uso ocasional,
conforme o Censo de 2010, para o Estado do Maranhão e respectivas mesorregiões. É importante sa-
lientar, contudo, que não há – no que respeita a domicílios recenseados qualificados como vagos ou de
uso ocasional – informações de certa relevância para fins de políticas habitacionais, a exemplo da faixa
de mercado a que esses domicílios se destinam.
O que se pode destacar é que são identificados como vagos 8,5% dos domicílios do Estado como
um todo (no meio urbano tal proporção é de 7,8%), o que representa um estoque de quase 160 mil e 95
mil domicílios particulares permanentes, respectivamente. O percentual de domicílios vagos no meio
rural é sempre superior ao verificado no meio urbano, em todas as mesorregiões; especialmente nas
mesorregiões Centro (11,2%) e Oeste (10,3%), bem como na Região Metropolitana da Grande São Luís
(11,0%).
O estoque de domicílios vagos mais representativo do Estado do Maranhão se encontra concen-
trado na mesorregião Norte, que reúne 35,7 mil desses domicílios, dos quais 2/3 se localizam na Região
Metropolitana da Grande São Luís (23,6 mil domicílios vagos). Esta informação deve ser levada em
consideração na formulação de uma política habitacional de provisão de moradias.
Deslocando-se a análise para a questão do déficit habitacional propriamente dito, saliente-se
que o déficit habitacional brasileiro, meramente quantitativo, é da ordem de 5,5 milhões de unidades8:
moradias para 4,6 milhões de famílias em áreas urbanas e 900 mil em áreas rurais.
Quanto ao déficit qualitativo – que diz respeito à densidade habitacional e ao padrão construtivo
da moradia, bem como à conexão com redes de infraestrutura urbanas – estima-se que 1/3 do total dos
domicílios urbanos permanentes do país, cerca de 16 milhões de moradias, apresenta algum tipo de ina-
dequação. Destes, cerca de 11 milhões de moradias carecem de, pelo menos, um dos serviços públicos
de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo ou energia elétrica. A região Nordeste
apresenta o pior desempenho, com 3,9 milhões de domicílios com tal tipo de deficiência, o que corres-
ponde a 35,3% do total de domicílios inadequados no Brasil, segundo o componente de infraestrutura.
Com vistas a uma política habitacional que contemple a diversidade regional e dos municípios,
o Plano Nacional de Habitações (PlanHab), elaborado em 2008, parte do princípio de que entre os prin-
cipais mecanismos de produção dessas desigualdades socioterritoriais estão formas de acesso à terra
e de provisão habitacional. Pressupõe-se que a implantação de moradias em locais com melhores ou 8 Conforme estimativas da Fundação João Pinheiro para o ano de 2008.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
piores condições de acesso a serviços, equipamentos e infraestrutura urbana define o maior ou menor
grau de apropriação de riqueza coletiva. Nesse sentido, o PlanHab define uma tipologia de municípios
brasileiros para atender à diversidade de situações de demanda habitacional a ser contemplada, di-
mensionando custos diferenciados para os programas habitacionais a serem implantados nos diversos
Estados da Federação.
Tal tipologia de municípios foi aplicada ao caso maranhense, conforme os mesmos critérios e a
mesma nomenclatura utilizada no PlanHab: E – Aglomerados e centros regionais; H1 – Centros urbanos
em espaços rurais com elevada desigualdade e pobreza, alta densidade, e próximos a centro dinâmico;
H2 - Centros urbanos em espaços rurais com elevada desigualdade e pobreza, com mais baixa densi-
dade; J – Pequenas cidades em espaço rural pobre, com baixo dinamismo; K - Pequenas cidades em
espaço rural pobre, com maior dinamismo. (Ver Cartograma 1).
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Aglomerados e centros regionais do Norte e Nor-deste
Centros urbanos em espaços rurais com elevada de-sigualdade e pobreza e com mais alta densidade e próxima a centros dinâmicos
Centros urbanos em espaços rurais com elevada de-sigualdade e pobreza e com mais baixa densidade e relativamente isolados
Pequenas cidades em espaços rurais pobres, com baixo dinamismo
Pequenas cidades em espaços rurais pobres, com alto dinamismo
E
H1
H2
J
K
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
aestimativa do déficit habitacional básico acumulado, considerado como o déficit habi-tacional básico estimado em 2010 – ano censitário de referência das variáveis componentes do déficit habitacional, a exceção da variável famílias conviventes;
aestimativa das necessidades futuras de moradia para 2023, que se refere à parcela do déficit básico acumulado e não atendido acrescido da demanda por novas moradias decorrente do cres-cimento populacional.
O déficit habitacional acumulado é estimado em 544 mil moradias, em 2010, indicando a necessidade de construção de novas moradias, seja para suprir a necessidade das famílias que coabi-tam, seja para repor o estoque de moradias precárias. Destaque-se que o déficit habitacional na área rural é de 284,5 mil moradias, superando, em termos absolutos, o déficit habitacional urbano cujo montante é de 259,5 mil moradias. Essas informações constam da Tabela 5, que também inclui o nú-mero de domicílios improvisados, rústicos, tipo cômodo, com família convivente e o total de domicílios particulares permanentes. Por sua vez, o Cartograma 2 expressa a espacialização do déficit habitacio-nal básico, no Maranhão, por tipologia de municípios.
Tabela 5Estado do MaranhãoEstimativa do Déficit Habitacional Básico por situação do domicílio, segundocategorias de domícílios– 2010
Notas: 1) Déficit Habitacional Básico corresponde à soma dos Domicílios Rústicos, da Coabitação Fa-miliar, dos Domicílios Improvisados e Tipo Cômodo; 2) a categorização de um domicílio como rústico é associada a paredes não duráveis; 3) a estimativa para 2010 da variável “Família Convivente Secundá-ria” foi obtida mediante um modelo de regressão linear simples a partir da variável “Número médio de pessoas por domicílios” (cuja evolução revela tendência decrescente), considerada, ainda, a redução de 30% das famílias conviventes que não têm a intenção de constituir seu próprio domicílio.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Destaque-se que, considerada a estimativa do déficit habitacional por mesorregiões, Destaque-se que,
considerada a estimativa do déficit habitacional por mesorregiões, constata-se que a Mesorregião
Norte concentra 39,0% do déficit habitacional estadual, e parte expressiva deste déficit se situa na
Região Metropolitana da Grande São Luís (12,6% do déficit habitacional do Estado). As mesorregiões
Leste e Oeste seguem em importância relativa de déficit habitacional, com 22,6% e 19,7% do déficit
habitacional estadual, respectivamente. É também na mesorregião Leste que este déficit se apresenta
mais representativo (37,2%). Tal expressividade é também observada na mesorregião Centro (34,8%) –
ver Tabela 6.
Tabela 6Estado do Maranhão e respectivas mesorregiõesEstimativas do Déficit Habitacional Básico - 2010
Conforme a Tabela 7, o déficit habitacional tem trajetória decrescente. Para o ano de 2023
– marco final do horizonte temporal do PEHIS – o déficit habitacional básico decresce em 15,7 mil
moradias, o que significa mais de 1,2 mil moradias por ano, no Estado. Observe-se que todas as mesor-
regiões maranhenses seguem a tendência de decréscimo do déficit habitacional, com variações nos
respectivos ritmos. A mesorregião Norte é aquela que apresenta um decréscimo mais expressivo do
déficit habitacional, reduzindo 6,1 mil moradias em 13 anos (quase 500 unidades por ano).
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Destaque-se que, considerada a estimativa do déficit habitacional por mesorregiões, constata-se que a Mesorregião Norte concentra 39,0% do déficit habitacional estadual, e parte expressiva deste déficit se situa na Região Metropolitana da Grande São Luís (12,6% do déficit habitacional do Estado). As mesorregiões Leste e Oeste seguem em importância relativa de déficit habitacional, com 22,6% e 19,7% do déficit habitacional estadual, respectivamente. É também na mesorregião Leste que este déficit se apresenta mais representativo (37,2%). Tal expressividade é também observada na mesorregião Centro (34,8%) – ver Tabela 6.
Conforme a Tabela 7, o déficit habitacional tem trajetória decrescente. Para o ano de 2023 – marco final do horizonte temporal do PEHIS – o déficit habitacional básico decresce em 15,7 mil moradias, o que significa mais de 1,2 mil moradias por ano, no Estado. Observe-se que todas as mesorregiões maranhenses seguem a tendência de decréscimo do déficit habitacional, com variações nos respectivos ritmos. A mesorregião Norte é aquela que apresenta um decréscimo mais expressivo do déficit habitacional, reduzindo 6,1 mil moradias em 13 anos (quase 500 unidades por ano).
Tabela 6 Estado do Maranhão e respectivas mesorregiões Estimativas do Déficit Habitacional Básico - 2010
Estado, Mesorregiões e RM São Luis
Domicílios particulares
permanentes Total (1)
Estimativas do Déficit Habitacional
TOTAL URBANO RURAL
Abs % s/ o Estado
% s/ dom Abs % s/ o
Estado % s/ dom Abs % s/ o
Estado % s/ dom
Estado do MARANHÃO 1.653.701 543.938 100,0 32,9 259.450 100,0 15,7 284.488 100,0 17,2 Mesorregião Norte 661.108 211.708 38,9 32,0 105.618 40,7 16,0 106.090 37,3 16,0 RM Grande São Luis 353.040 68.521 12,6 19,4 57.035 22,0 16,2 11.486 4,0 3,3 Mesorregião Oeste 350.966 107.065 19,7 30,5 55.455 21,4 15,8 51.611 18,1 14,7 Mesorregião Centro 232.238 80.790 14,9 34,8 31.609 12,2 13,6 49.181 17,3 21,2 Mesorregião Leste 330.930 123.122 22,6 37,2 57.451 22,1 17,4 65.671 23,1 19,8 Mesorregião Sul 78.459 21.253 3,9 27,1 9.318 3,6 11,9 11.935 4,2 15,2 Fonte: Geosistemas. 2011. IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010.
(1) Exclui domicílios particulares improvisados, particulares permanentes não ocupados e domicílios coletivos.
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SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Tabela 7 Estado do Maranhão e respectivas mesorregiões Projeção do Déficit Habitacional Básico
Estado e Mesorregiões Déficit Habitacional Básico 2010 2011 2015 2019 2023
TOTAL Estado do MARANHÃO 543.938 543.165 537.289 532.380 528.254
Mesorregião Norte 211.708 211.407 209.120 207.210 205.604
Mesorregião Oeste 107.065 106.913 105.757 104.790 103.978
Mesorregião Centro 80.790 80.675 79.802 79.073 78.460
Mesorregião Leste 123.122 122.947 121.617 120.506 119.572
Mesorregião Sul 21.253 21.223 20.993 20.801 20.640 URBANO
Estado do MARANHÃO 259.450 276.385 291.607 304.325 315.014
Mesorregião Norte 105.618 112.512 118.708 123.886 128.237
Mesorregião Oeste 55.455 59.074 62.328 65.046 67.331
Mesorregião Centro 31.609 33.672 35.527 37.076 38.378
Mesorregião Leste 57.451 61.201 64.571 67.388 69.754
Mesorregião Sul 9.318 9.926 10.473 10.929 11.313 RURAL
Estado do MARANHÃO 284.488 266.780 245.682 228.054 213.241
Mesorregião Norte 106.090 99.487 91.619 85.045 79.521
Mesorregião Oeste 51.611 48.398 44.571 41.373 38.685
Mesorregião Centro 49.181 46.119 42.472 39.425 36.864
Mesorregião Leste 65.671 61.583 56.713 52.644 49.225
Mesorregião Sul 11.935 11.192 10.307 9.568 8.946
Fonte:Geosistemas. 2011. IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010.
Percebe-se também uma mudança no perfil do déficit habitacional ao longo do tempo, com tendência de decréscimo significativo do déficit rural e de crescimento do déficit urbano. De fato, o déficit habitacional rural do Maranhão decresce em 71,2 mil moradias no período 2010-2023, uma média de 5,5 mil habitações/ano. A Mesorregião Norte acompanha a tendência geral, com decréscimo do déficit rural em 26,6 mil moradias (2 mil moradias/ano). Em contraposição, o déficit urbano do Maranhão cresce em 55,6 mil moradias (4,3 mil moradias/ano). Novamente se destaca a Mesorregião Norte, com um acréscimo de 22,6 mil moradias no déficit urbano, o que em parte se explica pelo fato de se tratar de região de atração populacional. O acréscimo de déficit urbano na Mesorregião Leste é de 12,3 mil moradias e na Mesorregião Oeste é de 11,9 mil moradias. A Mesorregião Sul, com decréscimo no déficit total de 613 moradias no período 2010-2023, teria a particularidade de apresentar decréscimo de 3 mil moradias no déficit rural e acréscimo de 2 mil moradias no déficit urbano.
Naturalmente, estimativa do déficit habitacional no período em tela é sensível a políticas e programas habitacionais e pode ser modificada a depender de mudanças na provisão de moradias, seja por iniciativas de determinados segmentos sociais, seja por iniciativas do poder público. Nesse sentido, aponte-se a existência de uma produção
Tabela 7 Estado do Maranhão e respectivas mesorregiõesProjeção do Déficit Habitacional Básico
Percebe-se também uma mudança no perfil do déficit habitacional ao longo do tempo, com
tendência de decréscimo significativo do déficit rural e de crescimento do déficit urbano. De fato, o dé-
ficit habitacional rural do Maranhão decresce em 71,2 mil moradias no período 2010-2023, uma média
de 5,5 mil habitações/ano. A Mesorregião Norte acompanha a tendência geral, com decréscimo do dé-
ficit rural em 26,6 mil moradias (2 mil moradias/ano). Em contraposição, o déficit urbano do Maranhão
cresce em 55,6 mil moradias (4,3 mil moradias/ano). Novamente se destaca a Mesorregião Norte, com
um acréscimo de 22,6 mil moradias no déficit urbano, o que em parte se explica pelo fato de se tratar
de região de atração populacional. O acréscimo de déficit urbano na Mesorregião Leste é de 12,3 mil
moradias e na Mesorregião Oeste é de 11,9 mil moradias. A Mesorregião Sul, com decréscimo no déficit
total de 613 moradias no período 2010-2023, teria a particularidade de apresentar decréscimo de 3 mil
moradias no déficit rural e acréscimo de 2 mil moradias no déficit urbano.
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Naturalmente, estimativa do déficit habitacional no período em tela é sensível a políticas e
programas habitacionais e pode ser modificada a depender de mudanças na provisão de moradias, seja
por iniciativas de determinados segmentos sociais, seja por iniciativas do poder público. Nesse sentido,
aponte-se a existência de uma produção habitacional significativa no Estado do Maranhão voltada para
a população com renda familiar de até três salários mínimos. Segundo dados fornecidos pela Caixa Eco-
nômica Federal, foram concluídas 24,6 mil habitações em contratos firmados desde 2002, o que indica
que, provavelmente, a maioria dessas moradias já foi contemplada pelo Censo Demográfico de 2010.
Contudo, 82,6 mil moradias encontram-se em processo de construção e 11,4 mil habitações constam
de contratos em estudo na Caixa Econômica Federal. Estimando-se que 20% das habitações foram con-
cluídas após o Censo de 2010; 90% das habitações que se encontram com seus contratos ativos sejam
concluídos; e 50% das moradias que constam nos contratos em estudo na Caixa sejam efetivadas, o
Estado do Maranhão disporia de um estoque de cerca de 85 mil novas moradias a médio prazo.
Pode-se considerar, portanto, que tal redução ocorra no primeiro quadriênio de implementação
do PEHIS-MA, o que resultaria em uma redução do déficit habitacional básico previsto de 537,3 mil
moradias para 452,3 mil moradias, no quadriênio 2012-2015.
Outro dado importante para a redução do déficit habitacional, como já antecipado neste sumá-
rio executivo (ver Tabela 4), consiste na utilização de domicílios não ocupados, que somam os domicí-
lios vagos e de uso ocasional, os quais representam 43,0% do déficit habitacional do Estado do Mara-
nhão; especialmente os domicílios vagos9 – que no Maranhão totalizam 160 mil domicílios – reduziriam
o déficit habitacional do Estado para 384 mil moradias (29,4%), segundo estimativas para 2010.
Um dado expressivo a ser destacado é a concentração desses domicílios não ocupados (vagos
e de uso ocasional) na Região Metropolitana da Grande São Luís, que representa 1/3 do déficit habita-
cional da Mesorregião Norte, o que é bastante expressivo. Considerando-se apenas os 31 mil domicílios
vagos (Tabela 4), o déficit habitacional na Grande São Luís poderia ser reduzido em 45,2%.
A redução do déficit habitacional, levando-se em consideração a utilização desses domicílios
não ocupados, requer medidas ainda não adotadas pelo poder público. Dessa forma, essa variável não
foi considerada nas estimativas de redução do déficit habitacional.
A Tabela 8 contém dados sobre inadequação habitacional urbana, extraídos do Censo de 2010
(excetuando-se domicílios com inadequação fundiária – informação não disponível até o momento da
conclusão do estudo). A inadequação habitacional de moradias afeta a qualidade de vida dos mora-
dores e não está relacionada ao dimensionamento do estoque de habitações, e sim a especificidades
internas da habitação, uma vez que o dimensionamento da inadequação habitacional visa ao delinea-
mento de políticas voltadas para a melhoria dos domicílios existentes, ou para a infraestrutura básica,
ou ainda para regularização fundiária.
9 É importante lembrar, contudo, que não se tem informações mais detalhadas sobre o estoque de domicílios vagos recenseados pelo IBGE, tais como a faixa de mercado a que se destinam, ou condições de manutenção e de habitabilidade.
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Tabela 8Estado do Maranhão e mesorregiõesInadequação Habitacional Urbana de domicílios em termos de infraestrutura básica – 2010
Fontes: Dados básicos do IBGE (Censo Demográfico 2010). Elaboração Geosistemas.
Conforme ilustra a Tabela 8, o Estado do Maranhão apresenta, no ano 2010, um quadro de ina-
dequação de domicílios que afeta todas as mesorregiões. Tal quadro está estreitamente correlacionado
à condição de pobreza das famílias residentes, uma vez que a moradia é o núcleo de consumo da família
e reflete as condições de acesso a bens e serviços urbanos.
Os domicílios com inadequação fundiária totalizariam, em 2010, 54 mil unidades, concen-
trando 18 mil em cada uma das Mesorregiões Leste e Norte, onde se registra a maioria dos conflitos
fundiários do Estado do Maranhão.
Os domicílios com adensamento excessivo, que abrigam mais de três moradores por dormitó-
rio, totalizam 104 mil unidades, representando cerca de 10% dos domicílios urbanos do Estado do Mara-
nhão (Tabela 8). Os domicílios com adensamento excessivo concentram-se em 40,0% na Mesorregião
Norte, sendo de 3/4 desta proporção a parcela correspondente à Região Metropolitana de São Luís.
Os domicílios com inadequação por infraestrutura urbana são aqueles que apresentam carên-
cia ou deficiência de acesso a um dos serviços de infraestrutura (iluminação, abastecimento de água,
instalação sanitária ou destino do lixo). O acesso à energia elétrica, que é quase universal na maioria das
cidades do país, ainda se configura precário em 6,3 mil domicílios de cidades maranhenses. A questão
do esgotamento sanitário é a mais relevante, abrangendo 60% dos domicílios das cidades maranhenses,
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SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
O Cartograma 3 ilustra a distribuição dos municípios do Maranhão conforme classes de percentual de domicílios sem banheiro e sem sanitário, evidenciando concentração nas mesorregiões Centro e Leste.
Tabela 9 Estado do Maranhão e respectivas mesorregiões Condição dos domicílios urbanos e rurais sem banheiro – 2010
Estado, Mesorregiões e
RM São Luis
Total de domicílios
particulares permanentes
(1)
Domicílios sem banheiro e sem esgoto sanitário Domicílios sem banheiro de uso exclusivo
Urbano Rural Total % S/ Total domicílios Urbano Rural Total % S/ Total
domicílios
Estado do MARANHÃO 1.653.701 42.707 185.313 228.020 13,8 216.734 370.793 587.527 35,5 Mesorregião Norte 661.108 11.408 41.152 52.560 8,0 78.513 34.212 212.725 32,2 RM Grande São Luis 353.040 5.530 1.505 7.035 2,0 8.756 1.336 0.092 11,4 Mesorregião Oeste 350.966 7.224 23.956 31.180 8,9 47.398 66.240 113.638 32,4 Mesorregião Centro 232.238 7.806 40.506 48.312 20,8 28.509 65.664 94.173 40,6 Mesorregião Leste 330.930 14.392 68.110 82.502 24,9 54.317 88.449 142.766 43,1 Mesorregião Sul 78.459 1.877 11.589 13.466 17,2 7.997 16.228 24.225 30,9 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
(1) Exclui domicílios particulares improvisados, particulares permanentes não ocupados e domicílios coletivos.
com situações mais precárias nas mesorregiões Sul (82%), Centro (74%), Leste e Oeste (69%). A ina-
dequação dos domicílios quanto ao abastecimento de água, à coleta de lixo e à existência de banheiro
exclusivo abrange cerca de 20% dos domicílios do Maranhão. O elevado número de domicílios sem
banheiro exclusivo nas áreas urbanas tem maior expressividade na mesorregião Leste (26%), seguida
das mesorregiões Centro e Oeste (21%) – ver Tabela 8.
Os domicílios sem banheiro exclusivo na área urbana compõem o conceito de inadequação
habitacional, que restringe sua aplicabilidade aos domicílios localizados na área urbana. Contudo, o
número significativo desses domicílios, tanto na área urbana quanto na rural, bem como a expres-
sividade do déficit habitacional na área rural, sugere o tratamento deste indicador separadamente,
em comparação com a variável domicílios sem banheiro e sem sanitário, como ilustrado na Tabela 9.
Destaca-se, no Maranhão como um todo, o elevado número de domicílios sem banheiro, sejam aqueles
sem banheiro exclusivo, sejam aqueles sem banheiro e sem esgoto sanitário. Ambos os tipos predomi-
nam na área rural. Os domicílios sem banheiro exclusivo na área rural (370,8 mil unidades), somados
aos domicílios que têm o mesmo tipo de inadequação em áreas urbanas (216,7 mil), levam ao total de
587,5 mil domicílios sem banheiro exclusivo no Estado (35,5% do estoque maranhense de domicílios),
com maior concentração nas mesorregiões Leste e Centro. Considerada a condição do domicílio “sem
banheiro e sem esgoto sanitário”, as estimativas são de 42,7 mil domicílios nas áreas urbanas e 185,3
mil nas áreas rurais do Estado, totalizando 228 mil domicílios (13,8% do total), também concentrados
nas mesorregiões Leste e Centro (Tabela 9).
Tabela 9 Estado do Maranhão e respectivas mesorregiõesCondição dos domicílios urbanos e rurais sem banheiro – 2010
O Cartograma 3 ilustra a distribuição dos municípios do Maranhão conforme classes de per-
centual de domicílios sem banheiro e sem sanitário, evidenciando concentração nas mesorregiões Cen-
tro e Leste.
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A propósito de encerramento desta seção do Sumário Executivo, são evidenciados importan-
tes elementos que devem ser levados em conta para a leitura de alguns resultados:
• Segundo os critérios adotados para o déficit habitacional, as categorias de domicílios são mutu-
amente exclusivas, o que possibilita a soma dessas categorias.
• Ao contrário do que ocorre com as categorias que compõem o déficit habitacional, quando se tra-
ta de inadequação habitacional as categorias componentes não são mutuamente exclusivas. Os
resultados, portanto, não podem ser somados, sob risco de haver múltipla contagem, ou seja, a
mesma moradia pode ser simultaneamente inadequada segundo mais de um critério – por exem-
plo, um mesmo domicílio pode não ter banheiro de uso exclusivo e/ou apresentar inadequação
fundiária, além de ter adensamento excessivo e/ou carência ou deficiência de mais de um dos
serviços de infraestrutura urbana.
• Pelo conceito adotado neste trabalho, são passíveis de ser identificadas como habitações inade-
quadas somente os domicílios localizados em áreas urbanas. Portanto, não são contempladas
as áreas rurais que apresentam formas diferenciadas de adequação não captadas pelos dados
utilizados.
• Tomou-se o cuidado de não considerar como inadequadas as unidades habitacionais que com-
põem o déficit na condição de domicílios improvisados e domicílios rústicos.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
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SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
4. QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS
Reitere-se que a questão habitacional – temática central do estudo – consubstancia uma demanda básica da população e vem sendo objeto de atenção, no plano de políticas públicas do governo federal, por meio de ações de planejamento participativo materializadas em de Planos Estaduais e Planos Locais de Habitação de Interesse Social, como mencionado na Seção 2.
No Brasil, conforme dados recentes do Censo de 2010, uma das questões agravantes é a concentração urbana, especialmente nas regiões metropolitanas. O Brasil possui 36 Regiões Metropolitanas (RM) que, somadas à Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal, abrigam 46% da população brasileira (em torno de 87,5 milhões de habitantes). O maior incremento demográfico vem ocorrendo nas cidades, que concentram grande parte da população. Os 15 municípios mais populosos, com contingente superior a um milhão de habitantes, somam 40,5 milhões de pessoas e representam 21,0% da população brasileira. As duas maiores regiões metropolitanas do Brasil – São Paulo e Rio de Janeiro – somam cerca de 31,4 milhões de habitantes e concentram 19,5% da população urbana do país. Por outro lado, há 3.902 municípios com menos de 20 mil habitantes, representando 17% da população do país. No Maranhão, 127 dos 217 municípios têm contingente populacional de no máximo 20 mil habitantes.
Por sua vez, o estoque de domicílios particulares permanentes do Estado do Maranhão soma um total de 1.891 mil unidades, das quais 2/3 situam-se em áreas urbanas e 1/3 localiza-se em áreas rurais. Tal proporção se mantém nas mesorregiões Norte, Oeste e Leste, com pequenas variações, modificando-se na mesorregião Centro, que se apresenta com um perfil mais rural, e na qual os domicílios rurais chegam a representar 42% do total de domicílios. Na mesorregião Sul tal proporção é menor, cerca de 30% (Tabela 4).
Tais elementos conduzem a que se levem em conta tanto o déficit propriamente dito quanto
as necessidades habitacionais do Estado do Maranhão, de suas diversas regiões e tipos de cidades,
contemplando:
1. em primeiro lugar, a necessidade de construção de novas moradias para a solução de proble-
mas sociais e específicos de habitação, expressa pelo déficit habitacional básico estimado para
2010, 2011 e para os períodos futuros – 2015, 2019 e 2023.
2. em segundo lugar, a necessidade de ações e delineamento de políticas públicas específicas e
complementares à construção de moradias que resultem em melhoria da qualidade de vida dos
moradores, atentando-se para:
• regularização fundiária, de modo a atender às necessidades dos domicílios com inadequação
fundiária;
• melhoria dos domicílios existentes, de modo a atender os domicílios com adensamento exces-
sivo;
• implantação de módulos hidrossanitários, de modo a atender às necessidades dos domicílios
sem banheiro exclusivo;
• implantação ou melhoria de infraestrutura básica, para atender à carência ou deficiência de ser-
viços de infraestrutura urbana.
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5. QUESTÃO FUNDIÁRIA
O estudo também se refere a aspectos da questão habitacional no Maranhão associados à
existência de populações tradicionais nesse Estado, procurando qualificar situações que demandariam
soluções imediatas. No caso das Terras Indígenas (Figura 5.1), foi constatado não haver irregularidade
fundiária, uma vez que estão praticamente todas regularizadas de acordo com o Decreto nº 1.775, de 8
de janeiro de 1996, com exceção das ampliações em curso das TI Bacurizinho e Porquinhos dos Kanela-
-Apãnjekra, e da TI Vila Real (em início de reconhecimento). Mas, apesar de regularizadas, essas TI ainda
sofrem pressão e ameaças, principalmente por conta de exploração de recursos naturais (garimpeiros,
caçadores, madeireiros ou pescadores) e de disputa por terra (fazendeiros, posseiros ou arrendatários),
fatos que demandam papel mais ativo do Estado na direção de eliminar conflitos.
As necessidades habitacionais mais evidentes das populações indígenas são relativas em
primeiro lugar ao déficit habitacional e, nesse caso, seria necessária a produção de novas moradias
em função da existência de grande número de famílias conviventes (déficit quantitativo), e a produção
de novas moradias para reposição de grande número de habitações precárias/rústicas (déficit qualita-
tivo). E, em segundo lugar, as necessidades habitacionais são relativas a componentes específicos da
precariedade habitacional: ações de melhorias habitacionais, tendo em vista o desgaste de materiais
construtivos em uso, falta de materiais, existência de adensamento excessivo e ausência de banheiro
ou sanitário; e ações de melhorias urbanísticas, tendo em vista a ausência de infraestrutura e de servi-
ços de coleta de lixo.
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
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SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Figura 5.1 Estado do Maranhão: Terras e Povos indígenas (distribuição espacial)
Fonte: Geosistemas Engenharia & Planejamento Ltda., 2011, a partir de dados da Associação Carlos Ubialli
Figura 5.1Estado do Maranhão: Terras e Povos indígenas (distribuição espacial)
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Considera-se relevante deixar registrado que, em função da necessidade de entender e respei-
tar diferentes etnias e culturas dos povos indígenas do Maranhão, assim como a vinculação entre espe-
cificidades culturais e formas de moradia, sugere-se que, como pré-requisito da elaboração de propos-
tas habitacionais para os indígenas do Maranhão, sejam feitos estudos antropológicos, arquitetônicos e
de engenharia, associados a uma visão de mundo desses povos. Essa seria uma das solicitações mais
enfáticas trazidas às Oficinas por representantes da FUNAI e por representantes dos povos indígenas do
Maranhão. Nesse sentido, é relevante mencionar que a FUNAI vem sugerindo alguns novos modelos de
moradia e de formas de saneamento básico para esses povos, que deveriam ser considerados.
Com relação às comunidades quilombolas (Figura 5.2), constatou-se que a necessidade ha-
bitacional mais evidente e que exige solução imediata por parte dos órgãos governamentais é a regu-
larização fundiária. Há evidências de que, sem que tal regularização tenha lugar, ou mesmo ocorrendo
demora no cumprimento de todas as etapas do processo formal de regularização, sérios conflitos irrom-
pem – inclusive com perdas de vida humana.
O número de comunidades quilombolas tituladas ainda é irrisório em relação ao universo a ser
contemplado. Num segundo momento seriam necessárias ações púbicas voltadas para a solução de
inadequações de moradias quilombolas, que necessitam de infraestrutura, segurança e habitabilidade.
No que concerne aos colonos, antigos posseiros e ribeirinhos, verificou-se que as necessida-
des habitacionais desses grupos não são diferentes das que concernem aos quilombolas, sendo deman-
da prioritária a regularização de terras e, em seguida, melhorias habitacionais. No que respeita aos
ciganos, foi constatada a insuficiência de informações sobre o assunto, em todas as esferas político-
-administrativas. Por isso, a indicação no momento é de que seja iniciada a construção de um maior
conhecimento sobre a população cigana do Maranhão e sobre suas necessidades habitacionais, tanto
via pesquisas quanto por meio de eventos específicos (seminários, oficinas de trabalho).
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Particularize-se agora a temática dos conflitos urbanos, que se constituem num dos grandes
entraves à preservação do direito à moradia. No estudo de referência do PEHIS-MA, foram divisadas
duas formas básicas de conflitos: ocorrências de caráter explícito, aberto, por meio de ameaça explícita
a populações que utilizam para moradia áreas não regularizadas, o que em geral tem resposta em ações
de reintegração de posse por meios legais, com possível desdobramento em ações de despejo contra
os ocupantes; por outro lado, tais conflitos podem existir de forma implícita, via ameaças difusas de
expulsão dos ocupantes de áreas nobres da cidade, decorrentes de pressão imobiliária. Esse processo
é conhecido como “expulsão branca” e também resulta em perda do direito à moradia. Os conflitos
urbanos ocorrem prioritariamente em assentamentos precários, sendo imperativa a necessidade de
implementação de políticas de regularização fundiária que garantam o direito a terra e à moradia.
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SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Figura 5.2 Estado do Maranhão: territórios e comunidades quilombolas
Territórios quilombolas
Fonte: INCRA, 2011. Disponível em http://acervofundiario.incra.gov.br Acesso em 09/08/2011
Comunidades quilombolas Fonte: Geosistemas Engenharia & Planejamento Ltda.
Particularize-se agora a temática dos conflitos urbanos, que se constituem num dos grandes entraves à preservação do direito à moradia. No estudo de referência do PEHIS-MA, foram divisadas duas formas básicas de conflitos: ocorrências de caráter explícito, aberto, por meio de ameaça explícita a populações que utilizam para moradia áreas não regularizadas, o que em geral tem resposta em ações de reintegração de posse por meios legais, com possível desdobramento em ações de despejo contra os ocupantes; por outro lado, tais conflitos podem existir de forma implícita, via ameaças difusas de expulsão dos ocupantes de áreas nobres da cidade, decorrentes de pressão imobiliária. Esse processo é conhecido como “expulsão branca” e também resulta em perda do direito à moradia. Os conflitos urbanos ocorrem prioritariamente em assentamentos precários, sendo imperativa a necessidade de implementação de políticas de regularização fundiária que garantam o direito a terra e à moradia.
Figura 5.2Estado do Maranhão: territórios e comunidades quilombolas
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Reitere-se que assentamentos precários são um locus propício à ocorrência de produção in-
formal de moradia – dada a incapacidade de parte da população de se inserir no mercado formal – e
compõem uma diversidade de situações sócioespaciais, a exemplo de favelas, loteamentos irregulares,
loteamentos clandestinos, cortiços e conjuntos habitacionais, sejam públicos ou privados, cujo trata-
mento demanda ações específicas para cada um desses tipos de assentamentos.
Favelas, cortiços, loteamentos irregulares e/ou clandestinos constituem os tipos de assenta-
mentos precários que, nos termos do estudo, têm destacada ocorrência. Tais assentamentos precários
se distribuem em todas as regiões e em vários municípios, mas é na Região Metropolitana de São Luís
que se localiza a maior parte desses assentamentos – configurando um expressivo contraste sócioes-
pacial.
Tabela 2.30Estado do MaranhãoConflitos fundiários segundo mesorregião e categoria - 2010
Fonte: Comissão Pastoral da Terra (CPT). Conflitos no Campo, 2011
Gráfico 2Estado do MaranhãoDistribuição % das Categorias de Conflitos Fundiários
Fonte: Geosistemas Engenharia & Planejamento Ltda.
43
6 ASPECTOS INSTITUCIONAIS
No plano institucional, a legislação brasileira que trata da política urbana e da política habita-
cional – nas áreas urbanas e rurais – vem trazendo, nas últimas décadas, significativos avanços, pelo
menos no que se refere à disponibilidade de dispositivos legais, para o enfrentamento de necessidades
habitacionais. Entre outras garantias legais existentes desde a promulgação da Constituição Federal de
1988, a inclusão do art. 6º na referida Constituição, por meio da Emenda Constitucional nº 26, no ano
2000, incluiu o direito à moradia como garantia social. A partir de então, têm sido construídas normas
para garantir a efetivação desse direito.
Depois da Constituição de 1988, vários dispositivos legais vêm sendo criados com vistas a ga-
rantir o direito à moradia e fornecer diretrizes para que todas as esferas de governos implementem uma
política habitacional. Nesse sentido, o arcabouço jurídico brasileiro provê instrumentos de regularização
fundiária para áreas ocupadas informalmente, sejam elas urbanas ou rurais, públicas ou privadas, com o
objetivo de fazer valer o princípio da função social da propriedade. Ademais, fica possibilitada a regulari-
zação fundiária em comunidades consolidadas, em Áreas de Preservação Permanente (APP), desde que
não haja risco para os moradores – o que encerra um conflito legal tradicional, além de trazer inovação
para o direito brasileiro, ao ser criada a possibilidade da usucapião administrativa, o que deve agilizar
e desburocratizar o processo de regularização fundiária. Na mesma linha de eliminação de passivos
sociais, o arcabouço legal brasileiro prevê a possibilidade de regularização fundiária de áreas ocupadas
por populações tradicionais, contemplando assim o direito de comunidades indígenas e quilombolas.
É considerado, no entanto, que a legislação brasileira pouco avançou no que diz respeito à
prevenção e mediação de conflitos urbanos, o que tem resultado em várias ações de despejo. Esse
tema tem feito parte da agenda dos movimentos sociais na luta pela reforma urbana, visando tornar tal
reforma uma garantia efetivada em lei.
A partir de políticas federais e de diretrizes nacionais no âmbito da política urbana e habitacio-
nal, o Estado do Maranhão e demais municípios vêm se estruturando para criar arcabouço legal próprio.
No entanto, parte dos municípios ainda não dispõe de todos os instrumentos legais necessários para a
efetivação da política urbana e habitacional, mesmo em casos de premente necessidade dos municípios
com maior dinâmica populacional, alta taxa de urbanização e irregularidades fundiárias em áreas urba-
nas e rurais. Obviamente, a constituição e a efetivação de adequados instrumentos legais representam
importante desafio a ser enfrentado para a conquista, por camadas sociais desfavorecidas, do direito à
moradia.
No caso dos arranjos institucionais do Estado para o setor habitacional, considera-se de funda-
mental importância prosseguir com estudos referentes à reestruturação da SECID, inclusive envolvendo
competências e atribuições das unidades que a constituem, de forma a concorrer para a maior dinamici-
dade do órgão em relação ao desempenho de programas conduzidos pela Secretaria. Destaca-se como
relevante a realização, por mesorregião, de reuniões do Conselho Estadual das Cidades, buscando-se
ampliar canais de participação da população.
44
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
No que concerne ao esforço governamental dirigido ao setor habitacional, o Maranhão firma
– depois da criação do Ministério das Cidades – contratos habitacionais com o Governo Federal que
somam cerca de R$ 2 bilhões e R$ 812 milhões de investimentos. Tais gastos se traduzem na contrata-
ção de construção de 120.247 moradias em 189 municípios (87,1% dos municípios do Estado), concen-
tradas na Mesorregião Norte (29,1% da produção de moradias e 62,2% dos investimentos), mas com
proporção expressiva também na Mesorregião Leste (18,8% da produção de unidades habitacionais e
18,0% dos investimentos).
Das habitações contratadas, cerca de 70,0% concentram-se em três programas habitacionais:
o Programa Minha Casa Minha Vida – 0 (zero) a 3 (três) salários mínimos, financiado com recursos do
OGU e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, FGTS (30,3%); o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com recursos do Orçamento
Geral da União, OGU (28,2%); e o Programa Carta de Crédito Individual, financiado com recursos do
FGTS, a pessoas físicas com renda até cinco salários mínimos, para atendimento habitacional (12,3%).
Com respeito ao resultado referente ao total de contratos firmados, apenas 20,4% das obras foram con-
cluídas, o que representa uma produção habitacional efetiva de 24.559 unidades, desde 2002.
A Caixa Econômica Federal se apresenta como proponente e tomadora de recursos de 69%
dos contratos habitacionais efetuados com a instituição, uma vez que todos os contratos do Programa
de Crédito Individual e de Operações Coletivas, bem como a maior parte dos contratos do Programa de
Crédito Solidário, têm a própria Caixa como proponente. Esses contratos preveem 30% das habitações
do total dos contratos. O Governo do Estado do Maranhão, bem como os governos municipais, se apre-
sentam como proponentes do Programa de Habitação de Interesse Social, financiados com recursos
do FNHIS, bem como do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), financiado com recursos do
Orçamento Geral da União (OGU). No âmbito do PAC, o Governo do Maranhão está investindo no Projeto
Rio Anil, por meio da Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano (SECID), com previsão de cons-
trução de 8.720 moradias. No total dos programas contratados pelo Governo do Maranhão, há previsão
de construção de 9.839 habitações.
45
7 DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
Sumariada a situação econômica, explicitado o déficit habitacional, apontadas as principais
necessidades habitacionais no Estado do Maranhão e respectivas mesorregiões, e discutidos aspectos
fundiários e institucionais, o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão (PEHIS-MA)
contempla diretrizes e estratégias de ação visando enfrentar especialmente a questão habitacional, tan-
to o déficit quanto as carências. Entretanto, preliminarmente, traz como pressuposto a incompatibilidade
entre o custo da habitação e a capacidade de pagamento de grande parte das famílias maranhenses que
necessitam ter acesso à moradia – como vimos, a renda domiciliar é prevalentemente baixa no Estado.
Nesse sentido, é norma fundamental seguir as orientações da Política Nacional de Habitação (PNH) e
da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), na elaboração do PEHIS-MA. Essas orientações têm como
base alguns princípios que reconhecem entre outros, o direito à moradia digna como vetor de inclusão
social, que defendem a função social da propriedade urbana, bem como os instrumentos de reforma ur-
bana que visam combater a retenção especulativa e garantir acesso à terra urbanizada; e que enfatizam
a política habitacional como uma política de Estado, que deve ser integrada às demais políticas setoriais,
respeitando as políticas locais de desenvolvimento urbano e ambiental e propiciando a gestão demo-
crática com participação dos diferentes segmentos da sociedade, para possibilitar o controle social e a
transparência nas decisões e procedimentos.
As diretrizes do PEHIS-MA seguem aquelas sugeridas pela Secretaria Nacional de Habitação
(SNH), conferindo prioridade para planos, programas e projetos habitacionais para a população de me-
nor renda, articulados no âmbito federal, estadual e municipal; a utilização prioritária de áreas dotadas
de infraestrutura, não utilizadas ou subutilizadas, inseridas na malha urbana, bem como de terrenos de
propriedade do poder público para a implantação de projetos habitacionais de interesse social; o incen-
tivo à pesquisa e à incorporação de desenvolvimento tecnológico e de formas alternativas de produção
habitacional, bem como à implementação dos diversos institutos jurídicos que regulamentam o acesso
à moradia, previstos no Estatuto da Cidade e outros; adoção de mecanismos de acompanhamento e
avaliação e de indicadores de impacto social das políticas, planos e programas, além de promoção de
programas de gestão pós-ocupação, visando conferir sustentabilidade econômica, financeira e social
aos programas e projetos implementados, entre outros.
Destaque-se que é objetivo do Plano Estadual de Habitação, elaborado pelo Governo do Es-
tado do Maranhão em conjunto com a sociedade civil organizada, atender ao disposto na Lei Federal
nº 11.124, de 16 de junho de 2005, e enfrentar um déficit de mais de 500 mil habitações no Estado.
Concebido dentro dos pressupostos da Política Nacional de Habitação (PNH) e do Plano Nacional de
Habitação (PlanHab), o Plano pretende universalizar o acesso à moradia digna, levando-se em conta a
disponibilidade de recursos existentes, a capacidade operacional do setor produtivo e da construção,
e dos agentes envolvidos na implementação da PEHIS-MA; promover a urbanização, regularização e
inserção dos assentamentos precários à cidade; fortalecer o papel do Estado na gestão da Política e na
regulação dos agentes privados, entre outros.
46
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
A construção das estratégias de ação parte de algumas bases, fornecidas pelo Diagnóstico
do Setor Habitacional e pelo Diagnóstico Participativo. São destacados aspectos sobre a economia do
Estado do Maranhão, na qual é evidenciada a importância do PIB, o efeito da concentração da econo-
mia maranhense em certos segmentos industriais (principalmente atividades vinculadas a minério de
ferro e alumínio) e agrícolas ou agroindustriais vinculados ao agronegócio da soja e pecuária bovina,
com forte vinculação ao mercado externo, bem como a concentração do comércio exterior, a disper-
são da questão fundiária e a baixa capacidade de investimento do governo estadual, o que caracteriza
importante limite da capacidade do Maranhão de executar novos programas de significativa dimensão
socioeconômica.
Entre as necessidades habitacionais a serem enfrentadas, destaca-se o déficit habitacional
maranhense – estimado para 2010 – em cerca de 544 mil domicílios, número que representa aproxi-
madamente 33,0% dos domicílios particulares permanentes do Estado. A Mesorregião Norte concentra
a maior parcela do déficit habitacional do Maranhão. Entretanto, em termos relativos ao estoque de
domicílios particulares permanentes de cada região, o Leste apresenta um déficit relativo maior que o
das outras regiões.
O número de domicílios que caracteriza o déficit habitacional representa a necessidade de
provisão de novas moradias, para suprir a falta de moradias das famílias que coabitam ou para repor as
habitações improvisadas e precárias. Já os domicílios urbanos classificados como inadequados reque-
rem ações diversas de melhorias urbanas e/ou habitacionais, referentes à inadequação fundiária (54 mil
moradias), ao adensamento excessivo (104 mil moradias), à ausência de sanitário exclusivo (216,7 mil
moradias) ou à carência ou deficiência de um ou mais serviços de infraestrutura urbana: energia elétrica,
6,3 mil moradias; abastecimento de água, 208,9 mil moradias; esgotamento sanitário, 649,6 mil mora-
dias; e coleta de lixo, 212,1 mil moradias. Com base nessas necessidades habitacionais foram definidos
os programas fins do PEHIS – aqueles que terão repercussão direta no atendimento aos domicílios com
carências habitacionais – enquanto a quantificação das necessidades servirá de norte para definir as
metas a atender pelos programas a serem implantados.
É importante destacar que foi constatado que, a partir das políticas federais e das diretrizes
nacionais no âmbito da política urbana e habitacional, o Estado do Maranhão e seus municípios vêm se
estruturando para criar arcabouço legal próprio. No entanto, institucionalmente, parte significativa dos
municípios ainda não dispõe dos instrumentos legais necessários para efetivação da política urbana e
habitacional, mesmo em casos em que as necessidades habitacionais são mais prementes.
A reestruturação da SECID torna-se de fundamental importância para definição de competên-
cias e atribuições das unidades que a constituem, para viabilizar a revisão ou reorganização, de forma a
concorrer para a maior dinamicidade do órgão em relação ao desempenho das políticas sob sua respon-
sabilidade. Destaca-se como relevante a realização, por mesorregião, da reunião do Conselho Estadual
das Cidades, buscando-se ampliar canais de participação da população, além da instituição de uma
gestão regionalizada da SECID.
47
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Nesse contexto, saliente-se que as estratégias de ação traçadas envolvem a definição de
cinco metas, com suas respectivas linhas e sublinhas programáticas, com vistas ao atendimento de
necessidades habitacionais e institucionais, tendo como parâmetros as metas a serem alcançadas.
Meta 1: Reduzir em 60% o déficit habitacional básico acumulado até 2023 e atender a demandas futuras.Linha Programática 1 (LP 1) – PRODUÇÃO E AQUISIÇÃO DE MORADIA
Meta 2: Apoiar a provisão de moradia.Linha Programática 2 (LP 2) – PROMOÇÃO DE LOTES URBANIZADOS
Meta 3: Reduzir entre 20% e 30% a inadequação acumulada dos domicílios até 2023.Linha Programática 3 (LP 3) – MELHORIA HABITACIONAL
Meta 4: Integrar os assentamentos precários à malha urbana formal das cidades e regularizar as áreas em conflito fundiário.Linha Programática 4 (LP 4) – URBANIZAÇÃO INTEGRADA E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Meta 5: Promover o desenvolvimento institucional do Estado e municípios.Linha Programática 5 (LP 5) – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
A definição dos produtos habitacionais apontados neste PEHIS-MA pautou-se na relação de
produtos habitacionais apresentados pelo PlanHab. Tais produtos habitacionais são definidos de modo
associado à Tipologia do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SI-
NAPI e ao Tipo de Produção. Outros produtos habitacionais, necessários à redução da inadequação dos
domicílios constantes dos programas federais do Ministério das Cidades, foram avaliados quanto à sua
adequabilidade para o caso do Maranhão e selecionados para aplicação.
O valor de R$ 20.538.490.318,80 (vinte bilhões, quinhentos e trinta e oito milhões, qua-
trocentos e noventa mil, trezentos e dezoito reais e setenta e nove centavos) resulta como valor
total necessário para o atendimento de todas as necessidades habitacionais do Estado do Maranhão,
identificadas e detalhadas no estudo que consubstancia o PEHIS-MA.
Levando-se em conta limites por parte não somente do Governo Estadual, mas das demais
instâncias governamentais e dos setores privados envolvidos com o setor de habitação popular, de
viabilizar a soma dos recursos necessários para o atendimento pleno das necessidades habitacionais do
Estado maranhense, foram definidas metas para cada uma das sublinhas de pesquisa, visando tornar
exequível o plano proposto.
Para as sublinhas programáticas que objetivam a redução do déficit habitacional, foi proposta
uma redução de 60% das metas físicas e financeiras. Para as sublinhas programáticas de promoção de
lotes urbanizados e de implantação de kits sanitários, foi proposta uma redução de 35%. Para as demais
sublinhas programáticas foi proposta uma redução de 20%. Como resultado das metas definidas, o
48
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
PEHIS-MA, desde que cumpra o que se encontra previsto, atingirá até 2023 uma meta física de 677.534
famílias, objeto de ações habitacionais, e uma meta financeira de R$ 8.856.898.390,59, a ser distribu-
ída nas diversas fontes de recursos que aportarão para a implementação do PEHIS-MA.
Cumpridas as metas previstas no PEHIS-MA, até 2023, serão realizadas:
• Construção de 271.381 novas moradias, sendo:
176.397 – casas térreas de 40m²;
31.254 – apartamentos com 51m² em edifícios de quatro pavimentos sem pilotis;
63.730 – casas de 32m² construídas por autopromoção habitacional assistida, com forne-
cimento de materiais de construção e pagamento de mão de obra;
• Implantação de 44.719 novas moradias;
• Instalação de 205.634 kit hidrossanitários;
• Melhoria/reforma de 92.000 moradias;
• Urbanização integrada de assentamentos precários envolvendo 41.800 famílias;
• Regularização fundiária de 22.000 moradias em áreas de conflito de propriedade de terra;
No âmbito institucional, o PEHIS-MA prevê:
• Implantação do Sistema Estadual de Planejamento Habitacional articulado ao SNHIS e às
políticas setoriais afins;
• Implantação do Sistema Estadual de Informações Habitacionais;
• Modernização da organização, gestão e apoio à população atendida, com regionalização
da gestão estadual e implantação de 5 Escritórios Técnicos Regionais;
• Capacitação técnica e de acompanhamento de política habitacional [SECID, Conselheiros
Estaduais , Conselheiros e Gestores Municipais (por mesorregiões)];
• Apoio à elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS dos muni-
cípios
• Pesquisa sobre o estoque de imóveis vagos nos municípios;
• Modernização da produção habitacional, mediante apoio às pesquisas de tecnologias
construtivas, inclusive aquelas apropriadas às populações tradicionais.
Distribuídos os recursos a serem alocados para implementação do PEHIS-MA entre as diver-
sas instâncias governamentais e as famílias beneficiadas, confere-se à instância federal um comprome-
timento de 91%, seguindo a série histórica dos contratos que vêm sendo efetuados junto à Caixa Eco-
nômica Federal, desde 2002. Aos demais participantes couberam percentuais bem menores: governo
estadual, 5%; municípios, 3% e famílias beneficiadas, 1%.
Ao assumir este percentual de 5% de comprometimento com os recursos necessários à im-
plantação do PEHIS-MA até 2023, o Governo do Maranhão está comprometendo 0,4% de sua Receita
Bruta, ou seja, R$ 449.157.479,53.
Considerando-se que o Projeto Emenda Constitucional (PEC Constitucional, 2008), enviado
à Câmara Federal em 12.08.2008, vincula 2% das receitas da União e 1% das receitas dos Estados, do
49
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Distrito Federal e dos municípios aos Fundos de Habitação de Interesse Social, o PEHIS-MA aloca 40%
do percentual previsto por esta emenda. Contudo, os valores de contrapartida, alocados pelo governo
estadual, representam metade do mínimo estabelecido pela Lei Nº 11.768 de 14 de agosto de 2008.
Como se vê, dada a magnitude da carência habitacional no Maranhão, sem dúvida será neces-
sário um grande esforço conjunto, nos três níveis de governo, para que se alcancem resultados expres-
sivos no setor habitacional. Significa que o planejamento habitacional do Estado do Maranhão assume
importância estratégica. Tal objetivo também precisando contar com municípios mais preparados em
termos de capacidade de gestão e capacidade técnica de realização de projetos. Não é ocioso enfatizar
que participação efetiva da população local é requisito fundamental na matriz de atores sociais e esfor-
ços com vistas ao alcance do que se pretende. Ademais, trata-se de enfrentamento de um problema da
relevância que exerce o déficit social representado por expressiva carência habitacional do Maranhão, o
que requer que, aos critérios de eficiência, efetividade e equidade, seja associado um sentido de urgên-
cia, pois do contrário podem ser reduzidas as chances de solução definitiva para o problema habitacional
no Estado.
51
APÊNDICE A – CARTOGRAMAS
A1 – Mesorregião Norte. Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008.
A2 – Mesorregião Norte. Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010.
A3 – Mesorregião Norte. Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010.
A4 – Mesorregião Oeste. Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008.
A5 – Mesorregião Oeste. Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010.
A6 – Mesorregião Oeste. Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010.
A7 – Mesorregião Centro. Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008.
A8 – Mesorregião Centro. Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010.
A9 – Mesorregião Centro. Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010.
A10 – Mesorregião Leste. Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008.
A11 – Mesorregião Leste. Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010.
A12 – Mesorregião Leste. Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010.
A13 – Mesorregião Sul. Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008.
A14 – Mesorregião Sul. Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010.
A15 – Mesorregião Sul. Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010.
52
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
53
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião NORTE Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008 Fonte: MC, PLANHAB, 2008.
Apêndice 1.1
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Icatu
Barreirinhas
MorrosTutó ia
Arari
Viana
Santa Helena
Monção
Pinheiros
Alcântara
Bacuri
Vargem Grande
Cajapió
Anajatuba
Pedro do Rosário
Prim eira Cruz
Humberto de Cam pos
Penalva
São Luís
Cajari
Mirinzal
Rosário
Cururupu
Bequim ão
Itapecuru Mirim
Santa Rita
Paulino Neves
Cantanhede
Pirapem as
Bucurituba
Bacabeira
Santo Amaro do Maranhão
Serrano do Maranhão
Guim arães
Matinha
Matões do Norte
São Bento
Vitória do Mearim
São João Bat ista
Palm eirândia
Peri Mirim
Cedral
Pres idente Sarney
Cachoeira Grande
Nina Rodrigues
Ax ixá
Conceição do Lago-Açu
Apicum-Açu
Pres idente Vargas
Igarapé do Meio
Pres idente Juscelino
São Vicente Ferrer
Miranda do Norte
São José de Ribamar
Central do Maranhão
Bela Vista do Maranhão
Paço do Luimiar
Porto R ico do Maranhão
Raposa
Olinda Nova do Maranhão
EH1H2K
53
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
54
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião NORTE Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010 Fonte: CEDEPLAR, 2009.
Apêndice 1.2
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Icatu
Barreirinhas
MorrosTutó ia
Arari
Viana
Santa Helena
Monção
Pinheiros
Alcântara
Bacuri
Vargem Grande
Cajapió
Anajatuba
Pedro do Rosário
Prim eira Cruz
Humberto de Cam pos
Penalva
São Luís
Cajari
Mirinzal
Rosário
Cururupu
Bequim ão
Itapecuru Mirim
Santa Rita
Paulino Neves
Cantanhede
Pirapem as
Bucurituba
Bacabeira
Santo Amaro do Maranhão
Serrano do Maranhão
Guim arães
Matinha
Matões do Norte
São Bento
Vitória do Mearim
São João Batista
Palm eirândia
Peri Mirim
Cedral
Pres idente Sarney
Cachoeira Grande
Nina Rodrigues
Ax ixá
Conceição do Lago-Açu
Apicum-Açu
Pres idente Vargas
Igarapé do Meio
Pres idente Juscelino
São Vicente Ferrer
Miranda do Norte
São José de Ribamar
Central do Maranhão
Bela Vista do Maranhão
Paço do Luimiar
Porto R ico do Maranhão
Raposa
Olinda Nova do Maranhão
799 - 23822383 - 42324233 - 82838284 - 1540915410 - 47194
54
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
55
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Icatu
Barreirinhas
MorrosTutó ia
Arari
Viana
Santa Helena
Monção
Pinheiros
Alcântara
Bacuri
Vargem Grande
Cajapió
Anajatuba
Pedro do Rosário
Prim eira Cruz
Humberto de Cam pos
Penalva
São Luís
Cajari
Mirinzal
Rosário
Cururupu
Bequim ão
Itapecuru Mirim
Santa Rita
Paulino Neves
Cantanhede
Pirapem as
Bucurituba
Bacabeira
Santo Amaro do Maranhão
Serrano do Maranhão
Guim arães
Matinha
Matões do Norte
São Bento
Vitória do Mearim
São João Bat ista
Palm eirândia
Peri Mirim
Cedral
Pres idente Sarney
Cachoeira Grande
Nina Rodrigues
Ax ixá
Conceição do Lago-Açu
Apicum-Açu
Pres idente Vargas
Igarapé do Meio
Pres idente Juscelino
São Vicente Ferrer
Miranda do Norte
São José de Ribamar
Central do Maranhão
Bela Vista do Maranhão
Paço do Luimiar
Porto R ico do Maranhão
Raposa
Olinda Nova do Maranhão
60 - 500501 - 10531054 - 17481749 - 29072908 - 23259
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião NORTE Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
Apêndice 1.3
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
55
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
56
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião OESTE Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008 Fonte: MC, PLANHAB, 2008
Apêndice 1.4
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Açailândia
Bom Jardim
Santa Luzia
Turiaçu
Amarante do Maranhão
Centro Novo do Maranhão
Zé Doca
Buriticupu
It inga do Maranhão
Turilândia
Cidelândia
Imperatriz
Bom Jesus das Selvas
Carutapera
Lago da Pedra
Montes Altos
Nova O linda do Maranhão
Cândido Mendes
João Lisboa
Alto A legre do Pindaré
Buritirana
Araguanã
Vitorino Freire
Lajeado Novo
Paulo Ram os
Maranhãozinho
Ribamar Fiquene
Marajá do Sena
Centro do Guilherme
Vila Nova dos Mart ír ios
Maracaçumé
Governador Newton Bello
Santa Luzia do Paruá
Governador Nunes Freire
Santa Inês
GodofredoViana
Senador La Rocque
São João do Carú
Brejo de Areia
São Franc isco do Brejão
Altamira do Maranhão
Dav inópolis
Tufilândia
Luís Dom ingues
Junco do Maranhão
São Pedro da Água Branca
Lagoa Grande do Maranhão
Presidente Médic i
Governador Edison Lobão
Amapá do MaranhãoBoa Vista
do Gurupi
Pandaré-M ir im
EH1H2JK
56
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
57
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Açailândia
Bom Jardim
Santa Luzia
Turiaçu
Amarante do Maranhão
Centro Novo do Maranhão
Zé Doca
Buriticupu
It inga do Maranhão
Turilândia
Cidelândia
Imperatriz
Bom Jesus das Selvas
Carutapera
Lago da Pedra
Montes Altos
Nova O linda do Maranhão
Cândido Mendes
João Lisboa
Alto A legre do Pindaré
Buritirana
Araguanã
Vitorino Freire
Lajeado Novo
Paulo Ram os
Maranhãozinho
Ribamar Fiquene
Marajá do Sena
Centro do Guilherme
Vila Nova dos Mart ír ios
Maracaçumé
Governador Newton Bello
Santa Luzia do Paruá
Governador Nunes Freire
Santa Inês
GodofredoViana
Senador La Rocque
São João do Carú
Brejo de Areia
São Franc isco do Brejão
Altamira do Maranhão
Dav inópolis
Tufilândia
Luís Dom ingues
Junco do Maranhão
São Pedro da Água Branca
Lagoa Grande do Maranhão
Presidente Médic i
Governador Edison Lobão
Amapá do MaranhãoBoa Vista
do Gurupi
Pandaré-M ir im
500 - 12131214 - 27172718 - 44804481 - 65576558 - 14076
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião OESTE Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010 Fonte: CEDEPLAR, 2009.
Apêndice 1.5
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
57
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
58
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Açailândia
Bom Jardim
Santa Luzia
Turiaçu
Amarante do Maranhão
Centro Novo do Maranhão
Zé Doca
Buriticupu
It inga do Maranhão
Turilândia
Cidelândia
Imperatriz
Bom Jesus das Selvas
Carutapera
Lago da Pedra
Montes Altos
Nova O linda do Maranhão
Cândido Mendes
João Lisboa
Alto A legre do Pindaré
Buritirana
Araguanã
Vitorino Freire
Lajeado Novo
Paulo Ram os
Maranhãozinho
Ribamar Fiquene
Marajá do Sena
Centro do Guilherme
Vila Nova dos Mart ír ios
Maracaçumé
Governador Newton Bello
Santa Luzia do Paruá
Governador Nunes Freire
Santa Inês
GodofredoViana
Senador La Rocque
São João do Carú
Brejo de Areia
São Franc isco do Brejão
Altamira do Maranhão
Dav inópolis
Tufilândia
Luís Dom ingues
Junco do Maranhão
São Pedro da Água Branca
Lagoa Grande do Maranhão
Presidente Médic i
Governador Edison Lobão
Amapá do MaranhãoBoa Vista
do Gurupi
Pandaré-M ir im
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião OESTE Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010
Apêndice 1.6
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
72 - 348349 - 719720 - 12791280 - 19421943 - 3870
58
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
59
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Gra jaú
Bar ra d o C ord a Tu ntum
Ara m e
Sí ti o N ovo
Baca ba l
Fe rn and o Falcã o
Fo rm o sa daSer ra N e gra
Pio X II
Fo rtun a
Itai pava do G raj aú
Je nip ap o dos Vi eir as
Jo selâ nd ia
Satu bin ha
Gon çalve s D ias
Pre s ide nte D utra
São D om in gos d o M ar anh ão
Bom L uga r
Lag o Ver de
Poçã o de P ed ras
D om Pe dro
San to An tô nio dos Lo pe s
São M ateus do M ar an hão
Ped rei ras
São Luís Go nzag a do M ar an hão
Gove rn ado r Eug ên io Ba rro s
Espe ran t inó pol is
Ig ara péGra nd e
Lim a C am po s
Gove rn ado rArch er
Olh o d'Á gua das C un hã s
Lag o do Jun co
Gra ça Ara nha
São R obe rto
Sen ad or Ale xand re C o s ta
São Jo sé dos Ba s í lios
Gove rn ado rLuiz R och a
San ta F ilom ena d o M ar anh ão
Tr iz ide la do V ale
Ber nar do do M ea rim
Lag o do sR odr igu es
São R aim u ndo doD oca B ezerr a
H1H2K
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião CENTRO Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades Fonte: MC. Plano Nacional de Habitação – PLNHAB, 2008.
Apêndice 1.7
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
59
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
60
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião CENTRO Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010 Fonte: CEDEPLAR, 2009.
Apêndice 1.8
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Gra jaú
Bar ra d o C ord a Tu ntum
Ara m e
Sí ti o N ovo
Baca ba l
Fe rn and o Falcã o
Fo rm o sa daSer ra N e gra
Pio X II
Fo rtun a
Itai pava do G raj aú
Je nip ap o dos Vi eir as
Jo selâ nd ia
Satu bin ha
Gon çalve s D ias
Pre s ide nte D utra
São D om in gos d o M ar anh ão
Bom L uga r
Lag o Ver de
Poçã o de P ed ras
D om Pe dro
San to An tô nio dos Lo pe s
São M ateus do M ar an hão
Ped rei ras
São Luís Go nzag a do M ar an hão
Gove rn ado r Eug ên io Ba rro s
Espe ran t inó pol is
Ig ara péGra nd e
Lim a C am po s
Gove rn ado rArch er
Olh o d'Á gua das C un hã s
Lag o do Jun co
Gra ça Ara nha
São R obe rto
Sen ad or Ale xand re C o s ta
São Jo sé dos Ba s í lios
Gove rn ado rLuiz R och a
San ta F ilom ena d o M ar anh ão
Tr iz ide la do V ale
Ber nar do do M ea rim
Lag o do sR odr igu es
São R aim u ndo doD oca B ezerr a
428 - 10371038 - 15951596 - 22012202 - 30243025 - 8415
Gra jaú
Bar ra d o C ord a Tu ntum
Ara m e
Sí ti o N ovo
Baca ba l
Fe rn and o Falcã o
Fo rm o sa daSer ra N e gra
Pio X II
Fo rtun a
Itai pava do G raj aú
Je nip ap o dos Vi eir as
Jo selâ nd ia
Satu bin ha
Gon çalve s D ias
Pre s ide nte D utra
São D om in gos d o M ar anh ão
Bom L uga r
Lag o Ver de
Poçã o de P ed ras
D om Pe dro
San to An tô nio dos Lo pe s
São M ateus do M ar an hão
Ped rei ras
São Luís Go nzag a do M ar an hão
Gove rn ado r Eug ên io Ba rro s
Espe ran t inó pol is
Ig ara péGra nd e
Lim a C am po s
Gove rn ado rArch er
Olh o d'Á gua das C un hã s
Lag o do Jun co
Gra ça Ara nha
São R obe rto
Sen ad or Ale xand re C o s ta
São Jo sé dos Ba s í lios
Gove rn ado rLuiz R och a
San ta F ilom ena d o M ar anh ão
Tr iz ide la do V ale
Ber nar do do M ea rim
Lag o do sR odr igu es
São R aim u ndo doD oca B ezerr a
428 - 10371038 - 15951596 - 22012202 - 30243025 - 8415
60
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
61
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Gra jaú
Bar ra d o C ord a Tu ntum
Ara m e
Sí ti o N ovo
Baca ba l
Fe rn and o Falcã o
Fo rm o sa daSer ra N e gra
Pio X II
Fo rtun a
Itai pava do G raj aú
Je nip ap o dos Vi eir as
Jo selâ nd ia
Satu bin ha
Gon çalve s D ias
Pre s ide nte D utra
São D om in gos d o M ar anh ão
Bom L uga r
Lag o Ver de
Poçã o de P ed ras
D om Pe dro
San to An tô nio dos Lo pe s
São M ateus do M ar an hão
Ped rei ras
São Luís Go nzag a do M ar an hão
Gove rn ado r Eug ên io Ba rro s
Espe ran t inó pol is
Ig ara péGra nd e
Lim a C am po s
Gove rn ado rArch er
Olh o d'Á gua das C un hã s
Lag o do Jun co
Gra ça Ara nha
São R obe rto
Sen ad or Ale xand re C o s ta
São Jo sé dos Ba s í lios
Gove rn ado rLuiz R och a
San ta F ilom ena d o M ar anh ão
Tr iz ide la do V ale
Ber nar do do M ea rim
Lag o do sR odr igu es
São R aim u ndo doD oca B ezerr a
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião CENTRO Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010
Apêndice 1.9
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
80 - 211212 - 413414 - 10251026 - 19371938 - 3493
61
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
62
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Mira do r
Cod ó
Caxias
Pa rn aram a
Bu riti
Coroa tá
Tim on
Colin as
Cha pad in ha
Matões
Brejo
Araiose s
Tim biras
Alde ias Alta s
Ba rã o de Gra ja ú
Bu riti Bravo
Pa stos Bo ns
Sã o Fran cisco do M ara nhã o
Pe rito ró
Lag oa do M ato
Urban o Sa nto s
Nova Iorqu e
Coe lh oNeto
Sã o Joã o do So ter
Sa nta Quitéria do M ara nhã o
Sã o Joã o dos Patos
Pa ssa gem Fra nca
Sã o Be rn ardo
An apu rus
Be lá gua
Ja tob á
Su cu pira do N orte
Pa ra ib an o
Sa nta na doMara nhã o
Mata Rom a
Sã o Ben edito do R io P reto
Cap in zal do N orte
Su cu pira do R ia chão
Afonso Cun ha
Duq ue Ba ce la r
Mila gres do M ara nhã o
Mag alhãe s de A lme id a
Ág ua Doce do M ara nhã o
Alto Aleg redo M ara nhã o
EH1H2K
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião LESTE Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008 Fonte: MC, PLANHAB, 2008.
Apêndice 1.10
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Mira do r
Cod ó
Caxias
Pa rn aram a
Bu riti
Coroa tá
Tim on
Colin as
Cha pad in ha
Matões
Brejo
Araiose s
Tim biras
Alde ias Alta s
Ba rã o de Gra ja ú
Bu riti Bravo
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Sã o Fran cisco do M ara nhã o
Pe rito ró
Lag oa do M ato
Urban o Sa nto s
Nova Iorqu e
Coe lh oNeto
Sã o Joã o do So ter
Sa nta Quitéria do M ara nhã o
Sã o Joã o dos Patos
Pa ssa gem Fra nca
Sã o Be rn ardo
An apu rus
Be lá gua
Ja tob á
Su cu pira do N orte
Pa ra ib an o
Sa nta na doMara nhã o
Mata Rom a
Sã o Ben edito do R io P reto
Cap in zal do N orte
Su cu pira do R ia chão
Afonso Cun ha
Duq ue Ba ce la r
Mila gres do M ara nhã o
Mag alhãe s de A lme id a
Ág ua Doce do M ara nhã o
Alto Aleg redo M ara nhã o
EH1H2K
62
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
63
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Mira do r
Cod ó
Caxias
Pa rn aram a
Bu riti
Coroa tá
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Cha pad in ha
Matões
Brejo
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Tim biras
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Ba rã o de Gra ja ú
Bu riti Bravo
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Sã o Fran cisco do M ara nhã o
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Urban o Sa nto s
Nova Iorqu e
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Sã o Joã o dos Patos
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Sa nta na doMara nhã o
Mata Rom a
Sã o Ben edito do R io P reto
Cap in zal do N orte
Su cu pira do R ia chão
Afonso Cun ha
Duq ue Ba ce la r
Mila gres do M ara nhã o
Mag alhãe s de A lme id a
Ág ua Doce do M ara nhã o
Alto Aleg redo M ara nhã o
505 - 11501151 - 21742175 - 35503551 - 54025403 - 13563
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião LESTE Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010 Fonte: CEDEPLAR, 2009.
Apêndice 1.11
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Mira do r
Cod ó
Caxias
Pa rn aram a
Bu riti
Coroa tá
Tim on
Colin as
Cha pad in ha
Matões
Brejo
Araiose s
Tim biras
Alde ias Alta s
Ba rã o de Gra ja ú
Bu riti Bravo
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Sã o Fran cisco do M ara nhã o
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Urban o Sa nto s
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Sã o Joã o dos Patos
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Cap in zal do N orte
Su cu pira do R ia chão
Afonso Cun ha
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Mila gres do M ara nhã o
Mag alhãe s de A lme id a
Ág ua Doce do M ara nhã o
Alto Aleg redo M ara nhã o
505 - 11501151 - 21742175 - 35503551 - 54025403 - 13563
63
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
64
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Mira do r
Cod ó
Caxias
Pa rn aram a
Bu riti
Coroa tá
Tim on
Colin as
Cha pad in ha
Matões
Brejo
Araiose s
Tim biras
Alde ias Alta s
Ba rã o de Gra ja ú
Bu riti Bravo
Pa stos Bo ns
Sã o Fran cisco do M ara nhã o
Pe rito ró
Lag oa do M ato
Urban o Sa nto s
Nova Iorqu e
Coe lh oNeto
Sã o Joã o do So ter
Sa nta Quitéria do M ara nhã o
Sã o Joã o dos Patos
Pa ssa gem Fra nca
Sã o Be rn ardo
An apu rus
Be lá gua
Ja tob á
Su cu pira do N orte
Pa ra ib an o
Sa nta na doMara nhã o
Mata Rom a
Sã o Ben edito do R io P reto
Cap in zal do N orte
Su cu pira do R ia chão
Afonso Cun ha
Duq ue Ba ce la r
Mila gres do M ara nhã o
Mag alhãe s de A lme id a
Ág ua Doce do M ara nhã o
Alto Aleg redo M ara nhã o
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião LESTE Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
Apêndice 1.12
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
102 - 543544 - 11391140 - 18971898 - 30903091 - 4964
64
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
65
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião SUL Tipologia dos Municípios segundo o Ministério das Cidades, 2008 Fonte: MC, PLANHAB, 2008.
Apêndice 1.13
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Alto Par naíb a
R iachã o
Es trei to
Sam baíba
Por to Fr an co
São Jo ão do P ara íso
São Ped ro dos C re ntes
Fe ira N ova do M ar an hão
Fo rtale za dos N og ue iras
Lor eto
São Fe lix de B alsas
São D om in gos do A ze itão
Ben ed ito Leite
Ta sso Fr ag oso
Fe ira N ova do M ar an hão
N ova C olin as
São R aim u ndo das M an ga bei ras
C am pe s tre do M ar an hão
Bal sas
H2JK
Alto Par naíb a
R iachã o
Es trei to
Sam baíba
Por to Fr an co
São Jo ão do P ara íso
São Ped ro dos C re ntes
Fe ira N ova do M ar an hão
Fo rtale za dos N og ue iras
Lor eto
São Fe lix de B alsas
São D om in gos do A ze itão
Ben ed ito Leite
Ta sso Fr ag oso
Fe ira N ova do M ar an hão
N ova C olin as
São R aim u ndo das M an ga bei ras
C am pe s tre do M ar an hão
Bal sas
H2JK
65
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
66
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Alto Par naíb a
R iachã o
Es trei to
Sam baíba
Por to Fr an co
São Jo ão do P ara íso
São Ped ro dos C re ntes
Fe ira N ova do M ar an hão
Fo rtale za dos N og ue iras
Lor eto
São Fe lix de B alsas
São D om in gos do A ze itão
Ben ed ito Leite
Ta sso Fr ag oso
Fe ira N ova do M ar an hão
N ova C olin as
São R aim u ndo das M an ga bei ras
C am pe s tre do M ar an hão
Bal sas
347 - 464465 - 918919 - 15521553 - 25312532 - 7642
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião SUL Estimativa do Déficit Habitacional Municipal 2010 Fonte: CEDEPLAR, 2009.
Apêndice 1.14
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
Alto Par naíb a
R iachã o
Es trei to
Sam baíba
Por to Fr an co
São Jo ão do P ara íso
São Ped ro dos C re ntes
Fe ira N ova do M ar an hão
Fo rtale za dos N og ue iras
Lor eto
São Fe lix de B alsas
São D om in gos do A ze itão
Ben ed ito Leite
Ta sso Fr ag oso
Fe ira N ova do M ar an hão
N ova C olin as
São R aim u ndo das M an ga bei ras
C am pe s tre do M ar an hão
Bal sas
347 - 464465 - 918919 - 15521553 - 25312532 - 7642
66
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
67
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE
SOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
Alto Par naíb a
R iachã o
Es trei to
Sam baíba
Por to Fr an co
São Jo ão do P ara íso
São Ped ro dos C re ntes
Fe ira N ova do M ar an hão
Fo rtale za dos N og ue iras
Lor eto
São Fe lix de B alsas
São D om in gos do A ze itão
Ben ed ito Leite
Ta sso Fr ag oso
Fe ira N ova do M ar an hão
N ova C olin as
São R aim u ndo das M an ga bei ras
C am pe s tre do M ar an hão
Bal sas
Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Maranhão – PEHIS-MA - Diagnóstico do Setor Habitacional
MARANHÃO - Mesorregião SUL Domicílios Urbanos sem Banheiro de Uso Exclusivo, 2010 Fonte: Censo Demográfico de 2010.
Apêndice 1.15
CARTOGRAFIA FONTE: IBGE - Limites Municipais
41 - 104105 - 219220 - 400401 - 629630 - 2047
67
APÊNDICE B - PLANILHAS
B1 – Estado do Maranhão: Metas, Linhas e Sublinhas Programáticas e Fontes de Recursos (quadro resumo)
B2 – Estado do Maranhão. Custo unitário do produto habitacional segundo tipologia de município (R$ 1,00)
B3 – Estado do Maranhão: Produtos Habitacionais e respectivos custos componentes das Sublinhas Programáticas Fins
B4 – Estado do Maranhão. Programa de Necessidades e Custos segundo as Linhas Programáticas para Habitação de Interesse Social por Tipo de Municípios - 2010
B5 – Estado do Maranhão: Composição e custo das Sublinhas Programáticas Meio
B6 – Estado do Maranhão Metas Físicas segundo as Linhas Programáticas para Habitação de Interesse Social por Tipo de Municípios (2012-2023)
B7 – Estado do Maranhão: Fontes de recursos dos investimentos previstos (2012-2023)
B8 – Avaliação e Monitoramento do PEHIS-MA - Matriz do Marco Lógico
68
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
69
PLAN
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
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PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
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LP1_Produção e aquisição de moradia
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77
PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSESOCIAL DO ESTADO DO MARANHÃO PEHIS MA
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