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Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Ficha Técnica
Título Plano Local de Saúde 2014-2016 Editor ACeS Cávado I Braga Largo Paulo Orósio Braga Director Executivo ACeS José Manuel Cardoso Unidade de Saúde Pública de Braga Coordenador João Manuel Figueiredo Cruz Morada Largo 12 de Dezembro nº 5 Lomar - Braga Autoria: João Manuel Figueiredo Cruz Maria Amparo Barreiro Carracedo Luísa Maria Vieira dos Santos Dias Renato Jorge Saavedra Marinho E-mail de contacto [email protected] Agradecemos a colaboração de Ana Mendes, António Silva e Marília Ribeiro, e a todos os outros profissionais que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração deste documento.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
3
ÍNDICE
Página
O – Introdução ………………………………………………………………………………………………………………… 6
1 – Metodologia ………………………………………………………………………………………………................ 7
2 – Diagnóstico da Situação de Saúde da População de Braga ……………………… 9
2. 1. Caracterização da População ………………………………………………………………………………... 9
2. 2. Situação Social e Económica ………………………………………………………………….................. 16
2.2.1 Emprego………………………………………………………………………………………………....... 16
2.2.2 Suporte Social………………………………………………………………………………………....... 17
2.2.3 Criminalidade………………………………………………………………………………………….... 17
2.2.4 Educação………………………………………………………………………………………………...... 18
2.2.5 Economia…………………………………………………………………………………………........... 18
2.2.6 Saldo Migratório............................................................................................ 19
2.2.7 Ambiente ……………………………………………………………………………………………....... 19
2. 3. Natalidade……………………………………………………………………………………………………………....... 20
2. 3.1 Baixo Peso à Nascença……………………………………………………………………........... 22
2.3.2 Nascimentos em Mulheres em Idade de Risco ……………………………………….... 22
2.3.3 Nascimentos Pré-termo…………………………………………………………….................. 25
2. 4. Mortalidade…………………………………………………………………………………………………….……...... 26
2. 4.1 Mortalidade Global……………………………………………………………………………….... 26
2.4.2 Mortalidade Infantil ……………………………………………………………………………...... 27
2.4.3 Causas de Morte …………………………………………………………………………………..... 29
2. 4.4 Anos de Vida Potencialmente Perdidos……………………………………………........ 34
2.5. Saldo Fisiológico……………………………………………………………………………………………..... 35
2.6. Morbilidade…………………………………………………………………………………………………....... 35
2.6.1 Doenças Evitáveis pela Vacinação do PNV …………………………………………...... 36
2.6.2 Doenças Declaração Obrigatória ………………………………................................ 37
2.6.2.1 Tuberculose …………………………………………………………………………….... 38
2.6.2.2 Infeção pelo VIH ………………………………………………………………………... 38
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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2.6.3 Saúde Ocupacional …………………………………………………………………………........ 39
2.7. Determinantes da Saúde ……………………………………………………………………………. 39
2. 7.1 Tabaco ………………………………………………………………………………………............. 39
2. 7.2 Obesidade…………………………………………………………………………………............. 40
2.7.3 Álcool…………………………………………………………………………………………............ 40
2.7.4 Abuso de Drogas ………………………………………………………………………………….. 41
3 – Principais Problemas e Necessidades de Saúde da População.............. 42
4 – Estratégias de Saúde.............................................................................. 44
5 – Objetivos de Saúde 2014-2016.............................................................. 47
5.1. – Definição dos Objetivos de Saúde 2014-2016.................................................. 49
6 – Recomendações para a Implementação do Plano Local de Saúde........ 51
7 – Monitorização e Avaliação do Plano Local de Saúde............................. 52
Considerações Finais
Definições
Bibliografia
Anexos
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
5
SIGLAS E ABREVIATURAS
ACeS – Agrupamento de Centros de Saúde
ARS – Administração Regional de Saúde
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BCE – Banco Central Europeu
CE – Comunidade Europeia
CSP – Cuidados de Saúde Primários
DDO – Doenças de Declaração Obrigatória
DGS – Direção Geral de Saúde
DSP – Departamento de Saúde Pública
FMI – Fundo Monetário Internacional
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
IDT – Instituto da Droga e da Toxicodependência
INE – Instituto Nacional de Estatística
M&A – Monitorização e Avaliação
n.d. – não disponível
ONG’s – Organizações Não Governamentais
PLS – Plano Local de Saúde
PNV – Programa Nacional de Vacinação
PASSE – Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar
PRESSE – Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar
SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
TBM – Taxa Bruta Mortalidade
TMP – Taxa de Mortalidade Padronizada
USP – Unidade de Saúde Pública
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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0 - INTRODUÇÃO
O Planeamento em Saúde é um processo sistemático e orientado para o futuro, que
determina a direção, os objetivos e as ações a desenvolver para alcançar objetivos previamente
definidos. É um processo, que a administração da saúde leva a cabo em conjunto com a população,
para conseguir em áreas e prazos determinados, os melhores níveis de saúde das populações em
causa, utilizando de modo mais racional e eficaz os recursos à sua disposição.
O Planeamento em Saúde pretende promover mudanças e é função básica da
administração, sendo essencial ao sucesso em todos os níveis de qualquer organização. Trata-se de
um processo pelo qual se decide conseguir um futuro melhor do que o presente, mudando o que é
necessário para lá chegar. Torna-se assim uma atividade central para a missão dos serviços da
Saúde Pública.
O Plano Local de Saúde pretende ser um documento estratégico, funcionando como um
instrumento de gestão utilizado para servir de apoio à tomada de decisão. Integra e facilita a
coordenação e colaboração das múltiplas entidades locais de saúde. Pretende ser um instrumento
de mudança, podendo funcionar como um instrumento de comunicação interna e externa, sendo
também um compromisso social. Enquadra-se no Plano Nacional de Saúde e no Plano Regional de
Saúde e baseia-se na evidência disponível sobre mortalidade, morbilidade e determinantes da
saúde.
O Plano Local de Saúde define as necessidades de saúde da população, bem como as
mudanças que, desejavelmente, deverão ocorrer, com o intuito de melhorar o estado de saúde da
população. Contribui para a construção da visão estratégica, orienta o planeamento em saúde do
Agrupamento de Centros de Saúde e comunica interna e externamente a informação sobre a saúde
da população. Faz recomendações para intervenção e ajuda a alinhar/manter alinhadas as suas
ações com as principais necessidades de saúde da população.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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1 - METODOLOGIA
A metodologia utilizada na elaboração do Plano Local de Saúde orienta-se pela metodologia
proposta nos “PLANOS LOCAIS DE SAÚDE: Termos de referência para a sua construção” (2011) do
Departamento de Saúde Pública da ARSNORTE, IP.
Na elaboração deste Plano Local de Saúde foram seguidas as etapas do Planeamento em
Saúde representadas na Figura 1.
Diagnóstico de Situação
Fixação de Prioridades
Seleção das estratégias
Fixação dos objetivos
Identificação
das atividades, métodos e recursos
Preparação da execução e avaliação
Monitorização e avaliação
ETAPAS DO
PLANEAMENTO
EM SAÚDE
Programas e projetos
ProblemasNecessidades
em Saúde
Intervenção
Planeamento em Saúde
Figura 1. Componentes essenciais do Plano de Saúde da População.
Em primeiro lugar foi atualizado o Diagnóstico de Saúde da população do Concelho de Braga,
área geodemográfica de intervenção do ACeS do Cávado I Braga, após uma pesquisa dos dados
existentes e disponíveis referentes ao estado de saúde dessa população. Os resultados
apresentados representam dados obtidos de publicações e/ou dados estatísticos do Instituto
Nacional de Estatística - INE, da Direcção Geral de Saúde (DGS), da Administração Regional de
Saúde do Norte (ARS Norte), da Unidade de Saúde Pública de Braga (USP Braga) e da Conservatória
do Registo Civil de Braga.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Para o cálculo de algumas variáveis/indicadores e a construção de figuras, foi utilizado o
programa Microsoft Office Excel 2007.
Para identificar os principais problemas de saúde da população do Concelho de Braga foram
utilizados os critérios major do Planeamento em Saúde: magnitude, transcendência e
vulnerabilidade.
Tendo em conta os critérios anteriormente definidos foram priorizados cinco problemas de
saúde. Uma vez priorizados os problemas de saúde foram identificados os fatores determinantes. A
seguir procedeu-se à identificação das necessidades técnicas de saúde da população em termos de
mortalidade, morbilidade e determinantes da saúde.
Com base nas necessidades técnicas de saúde selecionadas, na avaliação prognóstica dos
indicadores e nas prioridades de saúde nacionais e regionais foram definidos os objectivos de saúde
a serem atingidos até 2016. São apresentadas, ainda, as recomendações para a implementação do
Plano Local de Saúde, assim como os indicadores chave de monitorização e avaliação do mesmo.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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2 - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DO CONCELHO DE BRAGA
2.1. CARATERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
O ACeS Cávado I Braga compreende a área geodemográfica do Concelho de Braga.
A população residente, segundo a estimativa do INE de 2013 é de 181.847 pessoas.
Quadro 1. População residente em Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Fonte: INE.
O crescimento populacional em Braga, num período de 10 anos, de 2001 a 2011, foi de
17.302 pessoas, o que corresponde a um aumento populacional de 10,5%, valor superior ao
verificado para a Região Norte e para o Continente. (Quadro 2)
Quadro 2. Evolução da população residente entre os recenseamentos dos Censos de 1991, 2001, 2011, do
ACeS do Cávado I Braga, Região Norte, Continente.
Local de residência
Crescimento populacional
de 1991 a 2001 de 2001 a 2011
Número % Número %
Braga 22.936 16,2 % 17.302 10,5%
Norte 214.578 6,2 % 2.389 0,1%
Continente 493.417 5,3 % 178.278 1,8%
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga).
No quadro 3 apresenta-se a distribuição da população residente por sexo e por grupo
etário, no ano de 2013. Braga tem mais população no grupo dos 0-14 anos (28.537 pessoas) do que
com mais de 65 anos (25.158 pessoas), apesar de a diferença ser cada vez menor ao longo dos
últimos anos.
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 177.183 177.940 181.494 182.110 181.847
Norte 3.745.575 3.741.092 3.689.682 3.666.243 3.644.195
Continente 10.144.940 10.143.600 10.047.621 9.976.649 9.918.548
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Quadro 3. População residente, por sexo, ano de 2013.
Grupo etário (anos)
Homens Mulheres Total
0-14 14.511 14.026 28.537
15-24 11.008 10.582 21.590
25-64 50.552 56.010 106.562
≥ 65 10.435 14.723 25.158
Total 86.506 95.341 181.847
Fonte: INE. Estimativas da população residente em 31/12/2013.
A pirâmide etária da população residente em Braga, em 2013, está representada na figura 2
e na figura 3 estão representadas as pirâmides etárias de 2001 e 2011.
Figura 2. Pirâmide etária da população residente na área geodemográfica de intervenção
do ACeS do Cávado I Braga, em 2013.
Comparando a pirâmide de 2013 com as pirâmides das últimas duas décadas, representada
na figura 3, verifica-se que a pirâmide etária da população residente na área geodemográfica de
intervenção do ACeS Cávado I Braga tem apresentado a base cada vez mais estreita e o topo da
pirâmide têm alargado.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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10% 8% 5% 3% 0% 3% 5% 8% 10%
00 - 0405 - 0910.- 1415 - 1920 - 2425 - 2930 - 3435 - 3940 - 4445 - 4950 - 5455 - 5960 - 6465 - 6970 - 7475 - 7980 - 8485 e +
Estrutura da População 2001_2011 Concelho de BRAGA
Mulheres
Homens
Figura 3. Pirâmides etárias da população residente na área geodemográfica de intervenção
do ACeS do Cávado I Braga, em 2001-2011.
Da população residente em Braga, 70% encontra-se na idade ativa. A percentagem de jovens
(16%) é ligeiramente superior á percentagem de idosos (14%).
Figura 4. Representação percentual dos grupos da população jovem, ativa e idosa,
residente em Braga, ano de 2013.
O índice de envelhecimento da população de Braga tem apresentado um aumento constante
ao longo dos últimos 5 anos, tal como acontece na Região Norte e no Continente. No entanto, em
Braga o índice de envelhecimento é acentuadamente inferior ao da Região Norte e ao do
Continente, como representado no quadro 4.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Quadro 4. Índice de envelhecimento do ACeS de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 73,3 76,4 80,5 83,1 88,2
Norte 102,6 106,6 113,3 118,9 125,3
Continente 120,3 122,9 130,6 134,0 138,9
Fonte: INE.
No quadro 5 e 6 estão apresentados os índices de dependência de idosos e o índice de
dependência de jovens, respetivamente.
Quadro 5. Índice de dependência de idosos de ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 17,8 18,4 18,7 18,9 19,6
Norte 22,9 23,4 25,3 25,5 26,4
Continente 27,1 27,7 29,3 30,0 30,8
Fonte: INE.
Braga apresenta um índice de dependência de idosos inferior ao verificado na região Norte e
no Continente.
Quadro 6. Índice de dependência de jovens do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 23,9 23,5 23,1 22,7 22,3
Norte 22,7 22,3 21,9 21,5 21,1
Continente 22,9 22,6 22,5 22,4 22,2
Fonte: INE
O índice de dependência de jovens em Braga tem vindo a diminuir nos últimos anos. No
ano 2013 apresenta um valor semelhante aos verificados para o Continente e ligeiramente
superior ao verificado para a região Norte.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Em relação ao índice de dependência total, o qual engloba o índice de dependência de
idosos e o índice de dependência de jovens, a população residente em Braga apresenta um valor
inferior ao da Região Norte e ao do Continente (quadro 7).
Quadro 7. Índice de dependência total do ACeS do Cávado I Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 41,0 41,3 41,4 41,6 41,9
Norte 46,4 46,8 46,9 47,0 47,5
Continente 50,8 51,3 51,8 52,3 53,0
Fonte: INE.
Nas figuras 5, 6, 7 e 8 está representada graficamente a evolução dos índices de envelhecimento, dependência de jovens, dependência de idosos e dependência total da população do ACeS de Braga, ARS Norte e Continente, de 1991 a 2013.
Figura 5. Evolução do índice de envelhecimento, 1991-2013
Fonte: INE.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Figura 6. Evolução do índice de dependência de jovens, 1991-2013
Fonte: INE.
Figura 7. Evolução do índice de dependência de idosos, 1991-2013
Fonte: INE
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Figura 8. Evolução do índice de dependência total, 1991-2013
Fonte: INE
A esperança de vida à nascença para a população residente no concelho de Braga tem
aumentado ao longo dos últimos anos, apresentando sempre valores superiores aos verificados
para população residente na Região Norte e no Continente. A esperança média de vida é
superior para o sexo feminino (Quadro 8).
Quadro 8. Esperança de vida à nascença para os triénios 2005-2007, 2008-2010 e 2011-2013 em Braga, Região Norte e no Continente.
Período de tempo
2005-2007 2008-2010 2010-2012
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Braga 80.1 76.9 82,9 81,1 78,2 83,7 82,2 79,2 84,7
Norte 79.0 75.8 82,1 80,1 77,0 83,0 80,8 77,6 83,8
Continente 78.9 75.6 82 79,7 76,7 82,7 80,6 77,3 83,7
Fonte: INE; ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga).
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
16
2.2. SITUAÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA
2.2.1 Emprego
No concelho de Braga, no ano de 2011, o setor terciário económico apresentava-se como o
setor de atividade mais representativo, acompanhando a tendência regional e nacional.
Quadro 9. Número de empregados, por setor de atividade, no concelho de Braga,
Região Norte e Continente, de 2011
Setor de atividade
Primário Secundário Terciário social Terciário
económico
Total
Braga 527 24 563 25 313 31 568 81 971
Norte 43 023 533 846 379 768 545 244 1 501 883
Continente 121 055 1 115 357 1 179 316 1 734 524 4 150 252
Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Os dados sobre o desemprego do concelho de Braga e Continente estão representados no quadro
nº 10.
Quadro 10. Número de desempregados e taxa de desemprego, no concelho de Braga e Continente, Censos 2011
Fonte: INE.
Condição perante o trabalho (Desempregado) Taxa de Desemprego (%)
HM H M HM H M
Braga 12 440 5 591 6 849 13,18 11,74 14,64
Continente 630 711 309 345 321 366 13,19 12,51 13,92
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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2.2.2 Suporte social
Desde 2010 que, em Braga, se verifica uma diminuição da proporção de beneficiários do
rendimento social de inserção da segurança social (quadro 11).
Quadro 11. Proporção da população beneficiária do rendimento social de inserção, da segurança social por 1000 habitante em idade ativa (‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 49,24 55,16 43,44 38,54 23,89
Norte 69,40 72,85 60,86 53,87 44,53
Continente 52,49 56,57 48,52 45,24 38,59
Fonte: INE.
A proporção de pensionistas da segurança social em 2013 foi de 343,73 por 1000
habitantes, permilagem que tem vindo a aumentar na série temporal analisada.
Quadro 12. Proporção da população pensionista da segurança social por 1000 habitante (‰), no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 247,81 326,59 334,53 340,89 343,73
Norte 301,90 306,07 315,45 322,17 325,93
Continente 323,21 326,59 250,76 258,66 263,45
Fonte: INE.
2.2.3 Criminalidade
Desde 2010 que se verifica um diminuição da taxa de criminalidade em Braga, sendo que no
ano de 2013 esta foi de 33,2 por 1000 habitantes.
Quadro 13. Taxa de criminalidade por 1000 habitante (‰), no concelho de Braga, região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 34,0 39,7 37,0 33,9 33,2
Norte 33,9 34,1 33,2 32,4 31,6
Continente 36,7 40,0 39,4 37,3 34,9
Fonte: INE.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
18
2.2.4 Educação
O nível de escolaridade da população melhorou entre 2001 e 2011, mantendo-se acima da
Região e do Continente (Figura 9).A taxa de analfabetismo (3,4%) diminuiu e é menor do que na
Região Norte (5%) e no Continente (5,2%).
A taxa de abandono escolar tem vindo a diminuir no concelho de Braga (quadro 14).
Figura 9. Distribuição (%) da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo (Censos 2001 e 2011)
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
Quadro 14. Taxa de abandono escolar (%) no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 1991, 2001 e 2011
Ano
1991 2001 2011
Braga 11,7 1,4 1,3
Norte 18,2 3,5 1,5
Continente 12,5 2,7 1,6
Fonte: INE.
2.2.5 Economia
O ganho médio mensal no concelho de Braga tem vindo a aumentar com o decorrer dos
anos, sendo em 2011 de 963,99 euros, seguindo a tendência da região e do continente.
O poder de compra per capita1 diminuiu de 2005 para 2011 em Braga, no entanto é
superior ao da Região Norte e Continente.
1 Valores anteriores à intervenção do FMI, BCE e CE
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Quadro 15. Poder de compra per capita no concelho de Braga, Região Norte e Continente, nos anos de 2000, 2005 e 2011.
Ano
2000 2005 2011
Braga 103,6 105,8 104,2
Norte 86,0 85,5 89,2
Continente 101,7 100,5 100,8
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga).
2.2.6 Saldo migratório
O saldo migratório de 2009 a 2012 decresceu todos os anos, tendo tido uma ligeira melhoria de 2012 para 2013.
Quadro 15. Evolução do Saldo migratório (nº), por local de residência no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013.
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 696 423 -40 -583 -559
Norte -7602 -13126 -6307 -16584 -15730
Continente 13692 2854 -20740 -36814 -35044
Fonte: INE
2.2.7 Ambiente
Desde 2008 que 100% da população do concelho de Braga é servida por sistemas de
abastecimento de água. Em 2009, 88% da população era servida por estações de tratamento de
águas residuais e 99% da população era servida por sistemas de drenagem de águas residuais.
Quadro 16. População servida por sistemas de abastecimento de água (%), no concelho de Braga,
Região Norte e Continente, nos anos de 2006 a 2009.
Ano
2006 2007 2008 2009
Braga 89 88 100 100
Norte 83 86 90 92
Continente 90 92 94 96
Fonte: INE.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
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Quadro 17. População servida por estações de tratamento de água residual (%), no concelho de Braga,
Região Norte e Continente, nos anos de 2006 a 2009.
Ano
2006 2007 2008 2009
Braga 92 89 88 88
Norte 64 59 65 65
Continente 71 69 74 74
Fonte: INE.
2.3. NATALIDADE
Em relação aos nascimentos, em Braga, tal como na Região Norte e no Continente, o número
nados vivos tem diminuído ao longo dos últimos 5 anos (Quadro 18). No ano de 2013 nasceram
1.505 crianças em Braga, cerca de 6% dos nascimentos da Região Norte.
Quadro 18. Número de nados vivos no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013.
Fonte: ARS Norte; INE.
A taxa bruta de natalidade para a população de Braga foi de 8,3‰, em 2013, superior à da
Região Norte e Continente.
Quadro 19. Evolução da taxa bruta de natalidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 9 10,2 10,0 9,1 8,3
Norte 8,7 8,8 8,6 7,8 7,3
Continente 9,3 9,5 9,1 8,5 7,9
Fonte: ARS Norte; INE
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1.825 1.808 1.810 1.655 1.505
Norte 32.760 33.046 31.525 28.719 26.672
Continente 99.057 96.133 91.701 85.306 78.607
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
21
Figura 10. Evolução da taxa bruta de natalidade (/1000 habitantes), 1996-2013
Fonte: INE
Verifica-se que o índice sintético de fecundidade é inferior a 2,1 (valor mínimo
considerado necessário para assegurar a substituição de gerações).
Quadro 20. Índice sintético de fecundidade no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2002 2007 2011 2012 2013
Braga 1,51 1,22 1,24 1,16 1,06
Norte 1,43 1,24 1,24 1,15 1,09
Continente 1,46 1,35 1,35 1,29 1,21
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga); INE.
Figura 11. Evolução do índice de fecundidade, 1992-2013
Fonte: INE
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
22
2.3.1 Baixo Peso à Nascença
O número de nados vivos com peso inferior a 2500 gramas no concelho de Braga foi de
114 crianças, em 2013. Este valor corresponde a 7,6% do total de nados vivos que ocorreram em
Braga, em 2013. Ao longo dos últimos 5 anos, a percentagem de nados vivos com peso inferior a
2500 gramas, tem apresentado valores compreendidos entre os 6,4% e os 8,2%, como se pode
verificar no quadro 21.
Quadro 21. Nados vivos com peso inferior a 2500 gramas no concelho de Braga, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Nº absoluto de nados-vivos com P<2500g 120 107 134 136 114
% de nados-vivos com P<2500g 6,6 6,4 7,4 8,2 7,6
Fonte: ARS Norte.
Figura 12. Evolução da proporção (%) de crianças com baixo peso à nascença, 1996-2012 (média anual por triénios)
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
2.3.2 Nascimentos em Mulheres em Idade de Risco
O número de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos tem diminuído nos
últimos 5 anos. Em 2013, 31 mulheres com menos de 20 anos tiveram um filho.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
23
Quadro 22. Nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, residentes em Braga,
Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 50 44 37 45 31
Norte 1.371 1.182 1.061 959 756
Continente 3.927 3.726 3.331 3.051 2.587
Fonte: ARS Norte; INE.
A proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos foi de 2,05% em
Braga, em 2013, uma percentagem inferior à verificada na Região Norte e no Continente. No
quadro 23 encontra-se representada a evolução da proporção de nascimentos em mulheres com
menos de 20 anos, nos últimos 5 anos e na figura 13 a evolução da proporção (%) de nascimentos
em mulheres com idade inferior a 20 anos, 1996-2012.
Quadro 23. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, no concelho de Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 2,7 2,4 2,0 2,7 2,0
Norte 4,2 3,6 3,4 3,3 2,8
Continente 4,0 3,9 3,6 3,6 3,3
Fonte: INE.
Figura 13. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos, 1996-2012 (média anual por triénios)
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
24
O número de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, no concelho
de Braga, em 2009, foi 423 e em 2013 este número aumentou para 447.
Quadro 24. Nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes em Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 423 421 474 428 447
Norte 6.485 6.814 7.214 6.704 6730
Continente 19.415 21.147 22.107 21.344 20863
Fonte: INE.
Em relação aos nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, de um
modo geral, a proporção de nascimentos neste grupo de idade tem aumentado, tanto em Braga
como na Região Norte e no Continente, como se pode verificar no Quadro 25 e Figura 14.
Quadro 25. Evolução da proporção de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, residentes em Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 23,1 23,3 26,2 25,9 29,7
Norte 17,2 20,6 22,9 23,3 25,2
Continente 19,6 22,0 24,1 25,0 26,6
Fonte: INE
Figura 14. Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade superior ou igual a 35 anos, 1996-2012 (média anual por triénios)
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
25
2.3.3 Nascimentos Pré-termo
Os nascimentos pré-termo têm diminuído tanto em Braga como na Região Norte e no Continente nos últimos 5 anos.
Quadro 26. Nascimentos pré-termo, Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 131 130 103 114 100
Norte 2645 2319 2110 1990 1856
Continente 7512 6701 6270 6038 5655
Fonte: INE.
A proporção de nascimentos pré-termo em 2013, em Braga, foi de 6,6% em relação ao total
de nascimentos ocorridos.
Quadro 27. Evolução da proporção de nascimentos pré-termo, em Braga, Região Norte e Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 7,8 7,2 5,7 6,9 6,6
Norte 8,9 7,0 6,7 6,9 6,9
Continente 8,8 7,0 6,8 7,1 7,2
Fonte: ARS Norte
Figura 15. Evolução da proporção (%) de nascimentos pré-termo, 2000-2012 (média anual por triénios)
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
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26
2.4. MORTALIDADE
2.4.1 Mortalidade Global
O número total de óbitos em Braga no ano de 2013 foi 1209 pessoas. Ocorreram mais 71
óbitos do que no ano anterior, como se pode observar no quadro 28.
Quadro 28. Número total de óbitos ocorridos em indivíduos residentes no concelho de Braga, na Região Norte e no Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1.127 1.164 1.075 1.138 1.209
Norte 31.729 32.312 31.578 33.124 32.981
Continente 99.335 100.837 97.968 102.808 101.656
Fonte: INE.
Em relação à taxa bruta de mortalidade, em 2013, no concelho de Braga ocorreram 6,6
óbitos por cada 1000 pessoas.
Quadro 29. Evolução da taxa bruta de mortalidade no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 6,4 6,6 5,9 6,2 6,6
Norte 8,5 8,6 8,6 9,0 9,0
Continente 9,8 9,9 9,8 10,3 10,2
Fonte: INE.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
27
2.4.2 Mortalidade Infantil
Em relação ao número de óbitos infantis, em 2013 ocorreram 2 óbitos infantis, ou seja, 2
crianças com menos de um ano de idade.
Quadro 30. Número de óbitos infantis, ocorridos no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 3 6 4 6 2
Norte 107 68 99 80 75
Continente 338 236 286 283 228
Considerando a taxa de mortalidade infantil, em 2013 faleceram 1,3 crianças por 1000
nados-vidos na área geodemográfica de intervenção do ACeS Cávado I Braga, como apresentado no
quadro 31.
Quadro 31. Evolução da taxa de mortalidade infantil no concelho de Braga, na Região Norte e Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1,6 0,0 2,2 3,6 1,3
Norte 3,3 2,1 3,1 2,8 2,8
Continente 3,6 3,1 3,1 3,3 2,9
Fonte: INE
A taxa de mortalidade fetal tardia para o concelho de Braga foi de 0‰, em 2013. Neste ano
não ocorreu nenhum óbito fetal tardio (fetos com 28 ou mais semanas de gestação).
Quadro 32. Evolução da taxa de mortalidade fetal tardia no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1,1 2,8 1,6 1,2 0
Norte 2,3 1,8 2,1 1,7 1,9
Continente 2,9 2,4 2,3 2,7 2,2
Fonte INE
Fonte: INE.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
28
Em Braga, no ano de 2013, verificou-se que a taxa de mortalidade perinatal foi a mais baixo
dos últimos anos(0,6‰).
Quadro 33. Evolução da taxa de mortalidade perinatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1,6 1 2,2 2,4 0,6
Norte 3,6 2,7 3,8 2,7 3,2
Continente 4,5 3,5 3,8 4,2 3,5
Fonte: INE
Em Braga, no ano de 2013, a taxa de mortalidade neonatal precoce foi de 0,7‰.
Quadro 34. Evolução da taxa de mortalidade neonatal precoce no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 0,5 0,0 0,6 1,2 0,7
Norte 1,4 1,0 1,7 1,0 1,3
Continente 1,6 1,1 1,5 1,5 1,2
Fonte: INE
Em Braga, no ano de 2013 a taxa de mortalidade neonatal foi de 0,7‰.
Quadro 35. Evolução da taxa de mortalidade neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 1,1 0,0 1,1 1,8 0,7
Norte 2,0 1,3 2,3 1,8 1,9
Continente 2,4 1,6 2,4 2,2 1,9
Fonte: INE
Em Braga, no ano de 2013 a taxa de mortalidade pós- neonatal foi de 0,7‰.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
29
Quadro 36. Evolução da taxa de mortalidade pós-neonatal no concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013 (‰)
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 0,5 0,0 1,1 1,8 0,7
Norte 1,2 0,7 0,8 1,0 0,9
Continente 1,2 0,8 0,8 1,1 1,0
Fonte: INE;
2.4.3 Causas de Morte
A principal causa de morte para a área geodemográfica de intervenção do ACeS Cávado I
Braga, nos anos de 2010, 2011 e 2012 foram os tumores malignos, apesar de a mortalidade
específica por esta causa ter diminuído de 2011 para 2012, como se pode visualizar no quadro 37.
Quadro 37. Número de óbitos, mortalidade proporcional (%) e mortalidade específica (/100.000habitantes)
em 2010, 2011, e 2012, na área de intervenção do ACeS do Cávado I Braga, por causa de morte
Fonte: USP Braga Legenda: MP – Mortalidade Proporcional; ME – Mortalidade Específica
CAUSA DE MORTE
Ano
2010 2011 2012
Nº óbitos
M.P.
(%)
M.E.
(/105)
Nº óbitos
M.P.
(%)
M.E.
(/105)
Nº óbitos
M.P.
(%)
M.E.
(/105)
Tumores malignos 288 24,7 162,2 334 31,1 183,9 304 26,7 166,9
Doenças cerebrovasculares 165 14,2 92,9 121 11,3 66,6 159 14,0 87,3
Sintomas, sinais e resultados anormais não classificados em
outra parte 92 7,9 51,8 73 6,8 40,2 74 6,5 40,6
Causas externas 70 6,0 39,4 52 4,8 28,9 48 4,2 26,4
Cardiopatia isquémica 52 4,5 29,3 43 4,0 23,7 47 4,1 25,8
Pneumonia 38 3,3 21,4 62 5,8 34,1 73 6,4 40,1
Diabetes mellitus 29 2,5 16,3 33 3,1 18,2 33 2,9 18,1
Doenças crónicas fígado 15 1,3 8,4 19 1,8 10,5 23 2,0 12,6
SIDA 10 0,9 5,6 4 0,4 2,2 07 0,6 3,8
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
30
A mortalidade específica por pneumonia e doenças crónicas do fígado apresentam uma
tendência crescente ao longo do período temporal representado no quadro 37, enquanto a
mortalidade específica por causas externas tem apresentado uma tendência decrescente.
Ainda em relação às principais causas de morte, no quadro 38, estão apresentadas as taxas
de mortalidade padronizadas para causas de morte, relativas aos últimos triénios para o ACeS
Cávado I Braga. Os tumores malignos são a principal causa de morte em Braga, mais
especificamente os tumores do aparelho digestivo e peritoneu. A taxa de mortalidade padronizada
para os tumores malignos tem aumentado ao longo do período temporal representado, registando
apenas uma ligeira diminuição no último triénio (2009-2011).
Quadro 38. Evolução da taxa de mortalidade padronizada (/100.000 habitantes) relativa às 5 principais causas de morte, nos
triénios 2006-2008, 2007-2009, 2008-2010 e 2009-2011 no ACeS do Cávado I Braga, na população com idade inferior a 75 anos.
Fonte: ARS Norte
CAUSA DE MORTE Triénio
2006-2008 2007-2009 2008-2010 2009-2011
Tumores Malignos 89,2 98,2 100,9 101,6
Tumor maligno do aparelho digestivo e peritoneu 32,6 38,3 39,5 39,0
Tumor maligno do aparelho respiratório 18,4 19,4 18,9 20,9
Tumor maligno do aparelho genitourinário 10,3 10,2 10,8 9,8
Tumor maligno dos ossos, pele e mama 10,2 10,5 9,6 10,0
Doenças do aparelho circulatório 36,4 29,4 30,6 30,9
Doenças cerebrovasculares 15,7 12,5 13,7 13,3
Doença isquémica do coração 9,9 8,0 8,9 8,9
Causas externas de mortalidade 19,9 19,2 22,6 22,3
Acidentes de transporte 6,0 6,7 6,9 6,4
Doenças do aparelho digestivo 19,7 17,7 16,9 15,4
Doença crónica do fígado e cirrose 10,7 10,7 9,3 7,6
Doenças do aparelho respiratório 13,1 12,5 11,7 10,3
Pneumonia 3,5 3,6 3,4 3,3
Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) 3,3 2,5 1,5 2,0
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
31
No quadro 39 são apresentadas as causas de morte relativas ao ano de 2012 onde consta a
taxa bruta de mortalidade (/100000 habitantes), por causa de morte para todas as idades. Verifica-
se que os tumores malignos são a principal causa de morte, seguida pelas doenças
cerebrovasculares.
Quadro 39. Taxa bruta de mortalidade (/100.000 habitantes) relativa às causas de morte, no ano de 2012
no ACeS do Cávado I Braga, na população de todas as idades
Causas de Morte (todas as idades) - CID-10 ACeS Braga 2012
Nº óbitos %
em relação ao total de óbitos
Taxa bruta (/100000 habitantes)
Todas as causas 1.138
Tumores malignos 304 26,7 166,9
Laringe, traqueia, brônquios e pulmão 55 4,8 30,2
Cólon e reto 34 3,0 18,7
Estômago 33 2,9 18,1
Próstata 21 1,8 11,5
Mama feminina 13 1,1 7,1
Doenças cerebrovasculares 159 14,0 87,3
Sintomas, sinais e resultados anormais de exames clínicos e de laboratório não classificados
74 6,5 40,6
Pneumonia 73 6,4 40,1
Causas externas 48 4,2 26,4
Acidentes de transporte 9 0,8 4,9
Lesões auto provocadas voluntariamente 13 1,1 7,1
Cardiopatia isquémica 47 4,1 25,8
Diabetes mellitus 33 2,9 18,1
Doenças crónicas do fígado 23 2,0 12,6
SIDA 7 0,6 3,8
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
32
Mortalidade proporcional no ACeS de Braga, por ciclo de vida, grandes grupos de causas de morte, ambos os sexos figura 16, 17, 18, 19 e 20.
Figura 16. Grupo dos 5-24anos Figura 17. Grupo dos 25-44anos
Figura 18. Grupo dos 45-64anos Figura 19. Grupo dos 65-74anos
Figura 20. Grupo dos 75+ anos
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
33
O quadro 40 permite observar as diferenças de mortalidade (a vermelho as
estatisticamente significativas) para os grandes grupos de causas de morte entre a população do Continente, Região Norte e Braga.
Quadro 40 –TMP (/100000 habitantes), na população com idade inferior a 75 anos, para ambos os sexos. Continente, Região Norte e Braga. Triénio 2008-2011
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACeS Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
34
2.4.4 Anos de Vida Potencialmente Perdidos
Na figura 21 está representada graficamente a taxa de anos de vida potenciais perdidos
(AVPP/100000 habitantes), por causa de morte no ACeS Braga, sexo masculino, 2008 – 2010
Figura 21. Grandes grupos de causas de morte e causas de morte específicas
Fonte: OLS
Na figura 22 está representada graficamente a taxa de anos de vida potenciais perdidos
(AVPP/100000 habitantes), por causa de morte no ACeS Braga, sexo feminino, 2008 - 2010
Figura 22. Grandes grupos de causas de morte e causas de morte específicas
Fonte: OLS
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
35
2.5. SALDO FISIOLÓGICO
O saldo fisiológico da população residente na área geodemográfica de intervenção do ACeS
Cávado I Braga é positivo, apresentando o valor de 296 pessoas para o ano de 2013. No entanto
este valor é inferior ao verificado nos últimos anos.
Quadro 41. Saldo fisiológico no Concelho de Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2009 a 2013
Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Braga 698 964 735 517 296
Norte 1.031 734 -52 -4.405 -6.309
Continente -278 -4.704 -6.262 -17.502 -23.049
Fonte: INE.
2.6. MORBILIDADE
Os problemas de saúde mais frequentes nos inscritos do ACeS Braga, em 2013, estão
representados na figura 23.
Figura 23. Problemas de saúde mais frequentes nos inscritos do ACeS Braga, 2013
Fonte: OLS
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
36
Quadro 42. Número de internamentos hospitalares de utentes residentes na área geodemográfica de intervenção do ACeS do Cávado I Braga, na Região Norte, e no Continente, de 2007 a 2011
Ano
2007 2008 2009 2010 2011
Braga 27.840 27.839 27.549 29.432 28.351
Norte 427.126 432.791 422.737 414.008 401.278
Continente 1.186.581 1.177.048 1.151.432 1.142.614 1.122.852
Fonte: ARS Norte; INE
2.6.1 Doenças Evitáveis pela Vacinação do PNV
No que respeita às vacinas que conferem imunidade de grupo, a cobertura vacinal está
acima dos valores recomendados (quadro 43 a 45).
Quadro 43. Cobertura vacinal da coorte dos indivíduos com 2 anos de idade, no concelho de Braga, de 2010 a 2013 (%)
Vacina Ano
2010 2011 2012 2013
BCG 97,9 98,9 99,0 99,4
DTP 94,3 96,8 96,3 97,1
Hib 94,8 96,6 96,4 96,9
VIP/VAP 94.8 96.8 96.3 99,1
VHB 96,9 98,1 98,1 99,2
VASPR 95,9 97,7 97,4 96,4
MenC 96,0 98,3 96,5 96,4
Fonte: USP Braga (SINUS).
Quadro 44. Cobertura vacinal da coorte dos indivíduos com 6 anos de idade, no concelho de Braga, de 2010 a 2013 (%)
Vacina Ano
2010 2011 2012 2013
DTP 94,0 94,5 96,2 95,5
VAP/VIP 94,5 94,7 96,6 96,6
VASPR 94,1 94,6 96,4 95,8
MenC 95,9 96,9 98,8 95,8
Fonte: USP Braga (SINUS)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
37
Quadro 45. Cobertura vacinal da coorte dos indivíduos com 14 anos de idade,
no concelho de Braga, de 2010 a 2013 (%)
Vacina Ano
2009 2010 2011 2012 2013
Td 94,3 93,9 95,5 95,2 96,1
VHB 92,2 94,1 95,5 95,5 97,4
VASPR 95,7 96,6 97,7 97,7 97,3
MenC n.d. 94,3 96,4 96,4 96,8
Fonte: USP Braga (SINUS).
2.6.2 Doenças de Declaração Obrigatória
Quadro 46. Doenças de declaração obrigatória notificadas no concelho de Braga, de 2007 a 2013
Fonte: OLS
CID 10 Designação 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
A01 Febre Tifoide e Paratifoide 1 0 0 0 0 0 3 4
A02 Outras Salmoneloses 6 6 4 2 3 1 1 23
A15 e A16 Tuberculose Respiratória 35 36 26 40 18 31 29 215
A19 Tuberculose Miliar 0 0 1 1 3 0 0 5
A37 Tosse Convulsa 0 1 0 0 3 2 1 7
A39 Infeção Meningocócica 0 0 0 1 0 1 3 5
A39.0 Meningite Meningocócica 0 1 1 0 0 0 0 2
A48.1 Doença dos Legionários 2 5 3 9 6 4 7 36
A49.2 Infeção por Haemophilus influenza 0 0 0 0 0 1 0 1
A50 Sífilis Congénita 0 2 0 1 0 0 0 3
A51 Sífilis Precoce 0 0 0 1 1 4 6 12
A54 Infeções Gonocócicas 0 0 1 0 0 0 2 3
A69.2 Doença de Lyme 0 5 0 0 0 0 0 5
A77.1 Febre Escaro-Nodular 0 0 1 0 1 0 0 2
B05 Sarampo 0 1 0 0 0 0 0 1
B06 Rubéola não congénita 1 1 0 0 1 1 0 4
B15 Hepatite Aguda A 0 0 0 1 0 0 0 1
B16 Hepatite Aguda B 3 0 2 0 0 2 0 7
B17.1 Hepatite Aguda C 0 0 0 0 6 3 0 9
B26 Parotidite Epidémica (Papeira) 10 2 11 12 10 5 2 52
B50 Malária 2 1 1 1 0 0 0 5
B55 Leishmaníase Visceral 0 0 1 0 0 0 0 1
B18.2 Hepatite C Crónica n.d n.d n.d n.d n.d n.d 11 11
Total de notificações 60 61 52 69 52 55 65 414
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
38
2.6.2.1 Tuberculose
Quadro 47. Número de casos de tuberculose, no concelho de Braga e Região Norte, de 2007 a 2013.
Ano
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Braga 41 37 32 25 24 40 29
Norte 1.310 1.223 1.117 1.075 1.066 1080 n.d.
Fonte: SVIG-TB e OLS
Quadro 48. Evolução da taxa de notificação de tuberculose (/100.000 habitantes), no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, em 2001, 2009, 2010, 2011 e 2012.
Ano
2001 2009 2010 2011 2012 2013
Braga 32,1 17,8 13,8 13,2 23,2 15,9
Norte 50,2 30,4 29,0 28,8 29,5 n.d
Continente 43,1 27,9 26,7 25,4 25,6 n.d
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga)
2.6.2.2 Infeção pelo VIH
A taxa de incidência de SIDA, no concelho de Braga, no ano de 2012, foi 2,2
pessoas/100.000 habitantes, um valor superior à taxa de infeção para a região Norte.
Quadro 49. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) de SIDA, no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, nos anos de 2001, 2009, 2010,2011,2012.
Ano
2001 2009 2010 2011 2012
Braga 6,1 2,2 3,9 4,4 2,2
Norte 10,6 3,2 3,4 2,4 1,7
Continente 10,5 4,4 4,7 3,8 2,4
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga).
Em relação à evolução da taxa de incidência da infeção VIH, a área geodemográfica de
intervenção do ACeS Cávado I Braga têm apresentado uma diminuição progressiva, do mesmo
modo que a região Norte e o Continente, como se pode visualizar no quadro 50.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
39
Quadro 50. Evolução da taxa de incidência (/100.000 habitantes) da infeção VIH (CRS+PA+SIDA), no concelho de Braga, Região Norte, e Continente, nos anos de 2001, 2009, 2010, 2011 e 2012
Ano
2001 2009 2010 2011 2012
Braga 20,0 16,1 11,6 11,5 8,8
Norte 18,1 11,3 10,7 7,6 4,7
Continente 24,0 16,5 15,3 12,8 7,4
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga).
2.6.3 Saúde Ocupacional
Nos últimos anos não tem havido notificação de doenças profissionais.
2.7. DETERMINANTES DA SAÚDE
2.7.1 - Tabaco
O tabaco é considerado um determinante da saúde, uma vez que é um fator que pode alterar
o estado de saúde ou outra característica das pessoas.
A população inscrita no ACeS Cávado I Braga com diagnóstico ativo de abuso de tabaco era
de 10,4% das pessoas inscritas, em dezembro de 2013. Um valor superior ao verificado na
população inscrita da ARS Norte e do Continente.
Quadro 51. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de tabaco em dezembro de 2013, no ACeS de Braga, ARS Norte e no Continente.
Abuso do tabaco (P17) Dezembro 2013
Total Homens Mulheres
ACeS Braga 10,4 13,6 7,6
ARS Norte 9,2 12,3 6,4
Continente 6,8 8,3 5,5
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
40
Perfil tabágico das mulheres durante a gravidez
Os resultados do quadro 52 referem-se a uma investigação epidemiológica, estudo
observacional descritivo transversal, realizada na USP, com recolha de dados através de um
inquérito por questionário de aplicação indireta, via telefónica, a uma amostra aleatória de
mulheres cuja gestação terminou entre janeiro e novembro de 2013.
Quadro 52. Proporção de grávidas fumadoras no ACeS Cávado I Braga
2013 Fumaram na
gravidez Não Fumaram
na gravidez
Proporção de Grávidas
11,1% 88,9%
2.7.2 - Obesidade
Relativamente à proporção de inscritos com diagnóstico ativo de excesso de peso em
dezembro de 2013 no ACeS Cávado I Braga, este valor era de 5,1%. Ou seja, cerca de 5% das
pessoas inscritas apresentam excesso de peso. Um valor superior ao da população inscrita na ARS
Norte e no Continente.
Quadro 53. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de excesso de peso
em dezembro de 2013, no ACeS de Braga, ARS Norte e no Continente.
Excesso de peso (T83) Dezembro 2013
Total Homens Mulheres
ACeS Braga 5,1 5,7 4,6
ARS Norte 4,7 4,9 4,6
Continente 3,9 4,0 3,8
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga)
2.7.3 – Álcool O diagnóstico ativo de abuso crónico do álcool em dezembro de 2013 encontra-se ativo em
1% da população inscrita no ACeS de Braga. A percentagem de homens com este diagnóstico ativo
é superior à das mulheres, 1,7% e 0,3% respetivamente.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
41
Quadro 54. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso crónico do álcool em
dezembro de 2013, no ACeS de Braga, ARS Norte e no Continente.
Abuso crónico do álcool (P15) Dezembro 2013
Total Homens Mulheres
ACeS Braga 1,0 1,7 0,3
ARS Norte 1,3 2,3 0,4
Continente 1,0 1,8 0,2
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga)
2.7.4 - Abuso de Drogas
Em relação ao abuso de drogas, a percentagem de inscritos no ACeS de Braga com este
diagnóstico ativo é de 0,5% dos inscritos.
Quadro 55. Proporção de inscritos (%) com diagnóstico ativo (ICPC-2) de abuso de drogas em dezembro de
2013, no ACeS de Braga, ARS Norte e no Continente.
Abuso de drogas (P19) Dezembro 2013
Total Homens Mulheres
ACeS Braga 0,5 0,6 0,3
ARS Norte 0,4 0,5 0,3
Continente 0,3 0,4 0,2
Fonte: ARS Norte (Perfil Local de Saúde 2014: ACES Braga)
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
42
3 – PRINCIPAIS PROBLEMAS E NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
Para a priorização dos problemas de saúde identificados foram utilizados os três critérios
clássicos ou critérios major do Planeamento em Saúde: magnitude, transcendência e
vulnerabilidade.
Magnitude
A magnitude, importância ou tamanho, caracteriza o problema pela sua dimensão, utilizando
indicadores de mortalidade e morbilidade.
Transcendência
A transcendência ou gravidade das consequências - trata-se de uma simples ponderação por
grupos, neste caso, grupos etários, de maneira a valorizar as mortes/doença por determinada
causa nesses diferentes grupos.
Vulnerabilidade
A vulnerabilidade (avaliação do potencial de ou possibilidade de prevenção da possibilidade de
prevenção/intervenção) é fundamental dado que o processo de planeamento pretende utilizar
os recursos onde produzem ganhos maiores em saúde.
CINCO PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
A partir do Diagnóstico da Situação de Saúde da População e da aplicação dos critérios de
hierarquização anteriormente referidos foram identificados os cinco principais problemas de saúde
da população que se apresentam seguidamente por ordem decrescente:
1. Tumor maligno do cólon e reto
2. Tumor maligno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão
3. Tumor maligno da mama feminina
4. Tumor maligno do estômago
5. Doenças cérebro-cardiovasculares
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
43
IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS NECESSIDADES DE SAÚDE
Uma necessidade de saúde é a diferença entre o estado de saúde atual da população e o
estado de saúde desejado e mede-se estimando o desvio entre o real e o desejado.
Da análise das necessidades técnicas de saúde bem como das prioridades de saúde nacionais
e regionais resultaram as seguintes necessidades de saúde na população de Braga:
MORTALIDADE E MORBILIDADE
Menor Mortalidade e Morbilidade por :
Tumor maligno do cólon e reto
Tumor maligno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão
Tumor maligno da mama feminina
Tumor maligno do estômago
Doenças cérebro-cardiovasculares
DETERMINANTES DA SAÚDE
Menos hipertensos
Menos diabéticos
Menos obesos
Menos dislipidémicos
Menos consumo de tabaco
Menos consumo de álcool
Mais atividade física
Menos consumo de sal
Maior consumo de frutas e verduras
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
44
4 – ESTRATÉGIAS DE SAÚDE
O processo de seleção de estratégias de saúde a serem adotadas face às necessidades de
saúde priorizadas pretende dar resposta à seguinte questão: quais os processos/técnicas mais
adequados para diminuir os problemas de saúde/satisfazer as necessidades prioritárias de saúde da
população? As estratégias de saúde dirigidas aos principais determinantes da saúde são as mais
custo-efetivas. No processo de seleção das estratégias de saúde devemos ter presente que a
maioria dos fatores de risco está associados a várias doenças ou causas (anexo 1), pelo que atuando
sobre estes fatores podemos reduzir múltiplas doenças.
As estratégias de saúde são implementadas, sobretudo, através de programas e projetos
com impato conhecido na saúde, desenvolvidos pelos diversos atores, operacionalizo-os quando
executam os respetivos Planos de Actividades. Importa implementar os programas e projetos de
promoção de saúde em todos os níveis de cuidados bem como na comunidade, em particular na
população escolar.
Assim foram selecionadas as estratégias a serem adotadas face às necessidades de saúde
identificadas. Posteriormente durante a apresentação pública do Plano Local de Saúde onde
estiveram presentes os Coordenadores das Unidades Funcionais do ACeS, Hospital de Braga,
Universidade do Minho, Câmara de Braga, Associação Industrial do Minho, Cruz Vermelha
Portuguesa e ONG´s, foram solicitados contributos para selecionar as estratégias e definir objetivos,
para o qual foi dado um período de 30 dias. Este período já terminou mas até a presente data ainda
não foi recebido.
ESTRATÉGIAS SELECIONADAS
Prevenção primária:
Prevenção do consumo de tabaco (dar continuidade ao PELT nas escolas EB2,3 e
secundárias);
Aumento do consumo de frutas e legumes e redução do consumo de gorduras
saturadas (dar continuidade ao PASSE nos Jardins de Infância e escolas EB1, dar
continuidade ao controlo das máquinas de venda automática de alimentos nos
Agrupamentos de Escolas);
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
45
Promoção da prática de exercício físico (atividade física nas escolas, criação e
dinamização de espaços para atividade física);
Projetos de promoção do aleitamento materno;
Prevenção do consumo de álcool (dar continuidade ao PASSE, elaborar projetos
estruturados e sustentáveis no âmbito do Programa de Saúde Escolar)
Utilização dos meios de proteção individual nos locais de trabalho na prevenção do
Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão;
Divulgação de informação sobre estilos de vida saudáveis.
Prevenção secundária:
Consulta de cessação tabágica (rentabilizar os recursos humanos dos profissionais de
saúde do ACeS com formação nesta área);
Controlo das dislipidémicos, hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade;
Desintoxicação alcoólica (hospitalar ou clínicas privadas, atividades conjuntas com o
IDT);
Tratamento médico ou cirúrgico atempado das cardiopatias isquémicas e enfartes do
miocárdio;
Continuação dos Rastreios e referenciação dos casos suspeitos de Tumor Maligno da
Mama Feminino.
Prevenção terciária:
Via verde para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC);
Referenciação atempada para a consulta de Medicina Física e Reabilitação dos casos de
AVC;
Integração na Rede de Cuidados Continuados de Saúde Integrados nos casos de AVC,
com possibilidade de recuperação funcional;
Reinserção dos consumidores de álcool (actividades conjuntas com o IDT);
Criação de grupos de auto-ajuda (Tumor Maligno da Mama Feminino e Tumor Maligno
de Traqueia, Brônquios e Pulmão).
Investigação:
Junto de outras instituições, nomeadamente do Hospital de Braga e da Universidade do
Minho iniciar investigações sobre os Tumores Malignos do Tecido Linfático e
Hematopoiético.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
46
ESTRATÉGIAS DE SAÚDE EM CURSO NO ACES
Promoção da Saúde
Programa de Escolas Livres de Tabaco (PELT)
Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE)
Programa de Educação Sexual em Saúde Escolar (PRESSE)
Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários
Programa Autoestima
Prevenção da doença e de incapacidade
Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários
Vigilância de Exposição ao Fumo do Tabaco
Vigilância do Consumo de Sal nas Cantinas Escolares
Cuidados Continuados Integrados
Estratégias e Tratamento Precoce
Rastreio do Cancro de Mama Feminino
Rastreio de Cancro de Cólon e Reto
Consulta de Vigilância da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
47
5 – OBJETIVOS DE SAÚDE 2014-2016
Para a fixação dos objectivos é importante considerar, entre outros aspetos, a avaliação
prognóstica dos problemas de saúde. Neste sentido foram realizadas as projeções das Taxas Brutas
de Mortalidade Prematuras dos problemas de saúde priorizados no ACeS, até ao ano 2016 (figuras
24 a 27).
Figura 24. Projecção Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, ambos os sexos, <65 anos
Fonte: OLS
Figura 25. Projecção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do cólon e recto, ambos os sexos, <65 anos Fonte: OLS
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
01-03
02-04
03-05
04-06
05-07
06-08
07-09
08-10
09-11
10-12
11-13
12-14
13-15
14-16
TMTBP (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
01-03
02-04
03-05
04-06
05-07
06-08
07-09
08-10
09-11
10-12
11-13
12-14
13-15
14-16
TMCR (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
48
Figura 26. Projecção da Taxa Bruta de Mortalidade por tumor maligno do estômago, ambos os sexos, <65 anos Fonte: OLS
Figura 27. Figura Projecção da Taxa Bruta de Mortalidade por doenças cerebrovasculares, ambos os sexos, <65 anos Fonte: OLS
0
2
4
6
8
10
12
14
01-03
02-04
03-05
04-06
05-07
06-08
07-09
08-10
09-11
10-12
11-13
12-14
13-15
14-16
TM_EST (<65) ProjecçãoMeta Novos ValoresNova Projecção
02468
1012141618
01-03
02-04
03-05
04-06
05-07
06-08
07-09
08-10
09-11
10-12
11-13
12-14
13-15
14-16
TxMP DCV (<65) Projecção Meta
Novos Valores Nova Projecção
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
49
5.1 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE SAÚDE
A onde queremos chegar?
Quando queremos chegar?
Para atingir ganhos em saúde até 2016 foram delineados objetivos que a seguir se
apresentam:
1. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por doenças cerebrovasculares, em ambos sexos, para 8,1/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga
2. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno de Traqueia, brônquios e pulmão, em ambos sexos, para 14/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga
3. Reduzir a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno de estômago, em ambos sexos, para 12,5/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga
4. Manter a taxa bruta de mortalidade prematura (<65 anos) por tumor maligno do cólon e reto, em ambos sexos, em 3,7/100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga
5. Reduzir a taxa de mortalidade padronizada prematura (< 75 anos) por tumor maligno de mama feminina, para < 17,3 /100000 habitantes na população do ACeS Cávado I Braga
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
50
No quadro 56 são apresentadas as metas que se pretendem atingir para 2014-2016.
Quadro 56. Indicadores e metas de Saúde do ACeS Cávado I Braga, 2014-2016
INDICADOR Unidade de
Medida Sexo
Projeção 2014-16
Definição da Meta
Valor Período Valor
TMB prematura por Doenças cerebrovasculares /100000 habitantes HM 8,6 2016 8,1
TMP prematura por Tumor Maligno da Mama Feminino /100000 habitantes M - 2016 <17,3
TBM prematura por Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão /100000 habitantes HM 14,9 2016 14
TBM prematura por Tumor Maligno de Estômago /10000 residentes HM 13,1 2016 12,5
TBM prematura por Tumor Maligno do Cólon e Reto /10000 residentes HM 3,7 2016 3,7
Proporção de hipertensos, com acompanhamento adequado
/100 inscritos HM NA 2016 35,0
Incidência amputações major Membro inferior (DM), em residentes
/1000 residentes HM NA 2016 0,2
Taxa de internamento DCV, entre residentes <65 anos /1000 residentes HM NA 2016 4,1
Proporção de crianças escolarizadas entre os 6 e os 8 anos obesas
/100 inscritos HM NA 2016 <10,1
Proporção de utentes (> = 14 anos), com registo de hábitos tabágicos
/100 inscritos HM NA 2016 75,0
Proporção de utentes (> =14anos), com registo de consumo de álcool
/100 inscritos HM NA 2016 75,0
Proporção utentes entre 50 e 75 anos com rastreio de cancro de CR
/100 inscritos HM NA 2016 76
Proporção de crianças escolarizadas (JI e 1º e 2ºciclo e 2 alvo de intervenção curricular - Alimentação saudável
% HM NA 2016 55,0
Proporção de crianças escolarizadas (7º ao 9º ano) alvas de intervenção curricular - Prevenção do tabagismo
% HM NA 2016 25,0
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
51
6 – RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE
Apesar de ter sido feita uma comunicação interna e externa do Plano Local de Saúde,
considera-se necessário aprofundar essa comunicação a fim de se conseguir a participação de todos
os setores, de dentro e fora da saúde.
Importa portanto descobrir uma forma de comunicação mais eficaz considerando útil e
necessário para este fim o apoio do DSP da ARSNorte. Será igualmente importante mudar a cultura
e pensamento para um enfoque micro do Planeamento.
É necessário, ainda, uma forte articulação, cooperação e contributo de todos os atores
responsáveis pela saúde da comunidade, com a finalidade última de se obterem ganhos em saúde.
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
52
7 – MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE
No quadro 57 são apresentados os indicadores chave relativos à monitorização e avaliação do Plano Local de Saúde.
Quadro 57. Indicadores Chave de M&A do PLS
INDICADORES
FONTE DE DADOS
META 2015 2016
TBM prematura por Doenças cerebrovasculares (/100000 habitantes)
INE 8,1
TMP prematura por Tumor Maligno da Mama Feminino (/100000 habitantes)
INE <17,3
TBM prematura por Tumor Maligno de Estômago INE 12,5
TBM prematura por Tumor Maligno de Traqueia, Brônquios e Pulmão (/100000 habitantes)
INE 14
TBM prematura por Tumor Maligno de Cólon e Reto INE 3,7
Incidência de amputações major Minf. em diabéticos/10000 residentes
GDH/ ACSS
0,2
Taxa de internamento por doença cerebrovascular/10000 residentes (0-64 anos)
GDH/ ACSS
4,1
Proporção de hipertensos, com acompanhamento adequado
SIARS 35
Proporção de utentes (> = 14 anos), com registo de hábitos tabágicos
SIARS 75
Proporção de utentes ( >=14anos), com registo de consumo de álcool
SIARS 75
Proporção de crianças inscritos entre os 6 e os 8 anos com registo de Obesidade
SIARS <10,1
Proporção de crianças escolarizadas (JI e 1º e2 ciclo) alvo de intervenção curricular - Alimentação saudável
Escolas 50
Proporção de crianças escolarizadas (7º ao 9º ano) alvo de intervenção curricular - Prevenção do tabagismo
Escolas 25
Plano Local de Saúde 2014-2016 ACeS Cávado I Braga
53
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como comentário final é fundamental que seja claro para todos que o Plano Local de Saúde
não é um Plano de Atividades, nem um Plano de Ação, nem um Plano de Desempenho.
O Plano Local de Saúde é um documento estratégico e um instrumento de apoio à Gestão.
O Plano Local de Saúde permitirá aos decisores fazer as melhores escolhas e continuar a ter ganhos
em saúde mesmo no atual contexto de crise económica.
É importante não esquecer que o Plano Local de Saúde é da população e para a população.
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DEFINIÇÕES
Baixo peso ao nascer – considera-se como tendo baixo peso ao nascer o recém-nascido com peso
inferior a 2500 gramas.
Causa de morte – é a situação de doença (s), estado (s) mórbido (s) ou lesões que originaram a
morte ou que contribuíram para ela, ou a (s) circunstância (s) do acidente ou da violência que
produziu essas lesões.
Doenças de declaração obrigatória – são doenças infeciosas ou transmissíveis, que pelas suas
características podem representar um perigo real ou potencial para a Saúde Pública. A Lei nº 2036
de 9 de agosto de 1949, refere que “todo o médico do serviço público ou privado que diagnosticou
ou suspeitou de um caso, deve notificar ou declarar à autoridade de saúde do concelho de
residência do doente num prazo legal de 48 horas”. A lista atual, que define as DDO foi publicada
em Diário da República, na Portaria nº 1071/98 de 31 de dezembro, e foi completada com a
Portaria nº 258/2005 de 16 de março.
Esperança de vida à nascença – define-se como o número médio de anos que uma pessoa à
nascença pode esperar viver, se as taxas de mortalidade por idade observadas no momento se
mantiverem, é um indicador sóciodemogico importante para aferir a qualidade de vida de uma
população.
Índice sintético de fecundidade –número médio de nados-vivos por mulher em idade fértil, isto é,
com idade compreendida entre os 15 e os 49 anos de idade. O seu cálculo é realizado através do
somatório das taxas de fecundidade por idades, entre os 15 e os 49 anos, observado num
determinado período de tempo, geralmente um ano civil.
Índice de dependência de idosos – define-se como o quociente entre o número de pessoas com
idade igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e
os 64 anos.
Índice dependência de jovens – define-se como quociente entre o número de pessoas com idades
compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os
15 e os 64 anos.
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Índice de envelhecimento – define-se como o quociente entre o número de pessoas com idade
igual ou superior a 65 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14
anos.
Índice de dependência total – define-se como o quociente entre o somatório de pessoas com
idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos e as pessoas com idades igual ou superior a 65 anos,
e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.
Nascimento (produto de fecundação) – é a expulsão ou extração completa do corpo materno de
um produto de fecundação, com uma determinada idade de gestação. Implica a existência de dois
indivíduos em idade de procriar, um do sexo masculino e outro do sexo feminino. O nascimento
ocorrido até ao final da 36ª semana de gestação designa-se "nascimento de pré-termo", e o
ocorrido a partir da 42ª semana completa de gestação designa-se "nascimento de pós-termo"; se
ocorrer entre a 37ª e a 41ª semana completas de gestação designa-se "nascimento de termo" .
Nascimento vivo (nado-vivo) – é a expulsão ou extração completa do corpo materno,
independentemente do tempo de gravidez, de um produto da fecundação que respira ou manifesta
quaisquer outros sinais de vida, como batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical ou
contração efetiva de qualquer músculo sujeito à ação da vontade, quer o cordão umbilical tenha
sido cortado ou não e quer a placenta esteja ou não retida.
Óbito – é a cessação irreversível das funções do tronco cerebral − Artigo 2º da Lei nº 141/99, de 28
de agosto. Também pode ser definido como o desaparecimento permanente de qualquer sinal de
vida em qualquer momento após o nascimento com vida.
Óbito fetal – é a morte de um produto da fecundação antes da expulsão ou extração completa do
corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez; depois da separação materna o feto
não respira nem manifesta quaisquer sinais de vida, como batimentos cardíacos, pulsações do
cordão umbilical ou contrações de qualquer músculo sujeito à ação da vontade. O óbito ocorrido
até ao final da 21ª semana de gestação (período fetal precoce) designa-se "óbito fetal precoce", e o
ocorrido a partir da 28ª semana (período fetal tardio) designa-se "óbito fetal tardio"; se ocorrer
entre a 22ª e a 27ª semana completa de gestação (período fetal intermédio) designa-se "óbito fetal
intermédio".
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Parto pré-termo – o parto antes de termo é o que começa antes da 37.ª semana de gravidez.
Peso à nascença – é a primeira medição de peso do nado-vivo obtida após o nascimento. Deve ser
efetuada durante a primeira hora de vida e expressa em gramas.
Saldo fisiológico – é a diferença entre a natalidade (número de nados vivos) e a mortalidade
(número de óbitos) num dado período de tempo.
Saldo migratório – diferença entre a imigração e a emigração numa determinada região durante
um ano.
Taxa bruta de mortalidade – também designada por taxa geral de mortalidade, corresponde ao
número de óbitos ocorridos numa determinada região, para um determinado período de tempo,
geralmente um ano civil, relativamente à população dessa região calculada para o meio do período
considerado. Habitualmente é expressa por 1.000 habitantes.
Taxa bruta de natalidade – também designada taxa geral de natalidade, corresponde ao número
de nados-vivos numa determinada região, para um determinado período de tempo, geralmente um
ano civil, relativamente à população dessa região para o meio do período considerado.
Habitualmente é expressa por 1.000 habitantes.
Taxa de mortalidade fetal tardia - corresponde ao número de fetos mortos com 28 ou mais
semanas, ocorridos num determinado período de tempo, geralmente um ano civil, relativamente
ao total de nados-vivos e de fetos-mortos com 28 ou mais semanas do mesmo período. Geralmente
é expressa por 1.000 nados-vivos e fetos-mortos de 28 ou mais semanas.
Taxa de mortalidade infantil – corresponde ao número de óbitos em crianças com menos de 1 ano
de idade, ocorridos num determinado período de tempo (geralmente um ano civil), relativamente
ao total de nados-vivos no mesmo período. Geralmente é expressa por 1.000 nados-vivos. É um
indicador do estado de saúde global de toda uma população, refletindo a relação entre causas de
mortalidade infantil e determinantes da saúde da população, tais como aspetos económicos, sociais
e ambientais.
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Taxa de mortalidade neonatal – corresponde ao número de óbitos em crianças com menos de 28
dias de idade, ocorridos num determinado período de tempo, geralmente um ano civil,
relativamente ao total de nados-vivos no mesmo período. Habitualmente é expressa por 1.000
nados-vivos .
Taxa de mortalidade neonatal precoce – corresponde ao número de óbitos em crianças com
menos de 7 dias de idade ocorridos num determinado período de tempo, relativamente ao total de
nados-vivos no mesmo período (geralmente um ano civil). Habitualmente é expressa por 1.000
nados-vivos.
Taxa de mortalidade pós-neonatal – corresponde ao número de óbitos em crianças com idades
compreendidas entre os 28 e os 364 dias, ocorridos num determinado período de tempo,
geralmente um ano civil, relativamente ao total de nados vivos no mesmo período. Habitualmente
é expressa por 1.000 nados vivos.
Taxa de mortalidade perinatal – corresponde (número de fetos mortos de 28 ou mais semanas de
gestação e o número de óbitos de nados vivos com menos de 7 dias de idade/ número de nados
vivos e fetos mortos de 28 ou mais semanas, numa determinada área geográfica e num
determinado período de tempo) X 1000.
Taxa de mortalidade prematura – quociente entre os óbitos de indivíduos com idade
compreendida entre os 0 e os 64 anos e a população média residente do mesmo grupo etário.
Habitualmente é expressa por 1.000 indivíduos.
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Lisboa: Relógio D’Água Editores; 2004.
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CANCRO COLÓN E RETO
DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos Idade Maior incidência a partir dos 50 anos.
Sexo Mais frequente em homens
Nível socio-económico Elevado: aumenta incidência
Biológicos ou Endógenos História pessoal: antecedentes de neoplasias Aumentam o risco:
-Adenoma colorretal, -Cancro de mama -Cancro genital
Genética/História Familiar de algumas doenças
Aumentam o risco: -Síndrome de Polipose Familiar -Cancro colo-rectal não associado a polipose -S. de Lynch
Doenças Aumentam o risco: -Colite Ulcerosa -Doença de Crohn -Ureterosigmoidostomía -Bacteriemia por Streptococus bovis (marcador de risco)
Estilos de vida Exercício Físico
Factor protector: 150m por semana /30 a 60 min por dia
Obesidade Aumenta o risco
Dieta Aumenta o risco: -dieta hipercalórica, pobre em fibra, frutos e vegetais -dieta rica em gorduras saturadas
Dieta Consumo de vegetais: factor protector
Tabagismo Aumenta o risco
Álcool
Aumenta risco
Sistema de cuidados de saúde Rastreios
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
Programas Promoção Saúde
-Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE)
-Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)
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CANCRO DO PULMÃO DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos Idade Pico de incidência entre os 55 e os 65 anos.
Sexo Mais comum em homens. Se apenas considerarmos os casos em não fumadores, esta neoplasia é mais comum em mulheres
Demográficos A grande variabilidade geográfica e temporal desta doença é atribuída ao uso (ou não) de filtros, às constituições e modificações diferenciais do tabaco
Biológicos ou Endógenos Genéticos A carga genética familiar ou individual é um importante
determinante do risco
Doença pulmonar benigna pré-existente
Está descrito que doentes com fibrose pulmonar difusa têm maior risco de desenvolver neoplasias pulmonares
Ambientais Tabaco É o principal factor de risco para o desenvolvimento de
cancro de pulmão. A exposição passiva também aumenta o risco
Outras exposições Asbesto, Arsénio, poluição atmosférica (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos, fruto da combustão de combustíveis fósseis), radiação ionizante (Rádon), Metais (níquel, Cobalto, cádmio e cromo), formaldeído
Estilos de vida Dieta Aumenta o risco o baixo consumo de fruta e vegetais
(deficiente aporte de Vitaminas e antioxidantes), baixos níveis de vitaminas A e E. O consumo de carotenos e Vitamina C, diminuem o risco de cancro do pulmão.
Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Consultas de cessação tabágica
Promoção Saúde Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)
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CANCRO DA MAMA DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos
Idade Risco aumenta com a idade
Sexo Feminino (150:1)
Biológicos ou Endógenos
Idade da menarca Risco é tanto maior quanto mais precoce é a menarca (<12 anos)
Idade da menopausa Risco é tanto maior quanto mais tardia é a menopausa (>50 anos)
Idade na 1ª gestação de termo Risco é tanto menor quanto mais precoce é a idade na 1ª gestação
Nuliparidade Factor de risco
Duração do aleitamento materno Aleitamento materno prolongado diminui o risco
História pessoal de cancro da mama Factor de risco,: neoplasia na mama contralateral
História pessoal de cancro do endométrio Factor de risco
História familiar (1º grau) de cancro da mama
Aumenta o risco. Risco é ainda maior se há história em várias familiares de 1º grau, se os casos em familiares ocorreram antes da menopausa e se as neoplasias eram bilaterais.
Doença Fibroquística da mama
Risco aumentado para cancro da mama quando acompanhada de alterações proliferativas, papilomatose, ou hiperplasia epitelial atípica.
Densidade mamária aumentada na mamografia
Factor de risco
Mutações no gene BRCA1
85% das mulheres com mutações neste gene desenvolvem cancro da mama. Estão associadas com casos familiares de cancro da mama e/ou do ovário em mulheres jovens.
Outras mutações: gene BRCA2, p53 (incluindo o síndrome Li-Fraumeni), PTEN
Factores de risco
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Ambientais Anticonceptivos orais Pequeno ou nenhum aumento no risco
Terapêutica de substituição hormonal (TSH)
Controverso: terapêuticas combinadas (estrogénios e progesterona) parecem aumentar o risco, enquanto que aquelas que empregam apenas estrogénios não parecem aumentar significativamente a incidência, sobretudo se a exposição não for prolongada nem com doses muito elevadas. Em mulheres com história pessoal de cancro da mama, a TSH aumenta as taxas de recorrência.
Radioterapia torácica (ex.: múltiplas fluoroscopias [200-300 Gy] e RT para tratamento da doença de Hodgkin [>3600 Gy])
Aumenta significativamente o risco em mulheres expostas antes dos 30 anos de idade. Em mulheres expostas após os 30 anos, o efeito carcinogénico é mínimo.
Estilos de vida
Excesso de peso e obesidade Aumentam o risco em mulheres pós-menopáusicas.
Dieta rica em calorias
Aumenta o risco porque promove menarca mais proce, menopausa mais tardia e maiores concentrações de estrogénios pós-menopausa
Bebidas alcoólicas Ingestão, mesmo em quantidades moderadas, aumenta ligeiramente o risco.
Obesidade Aumenta ligeiramente o risco
Exercício Físico Factor protector: 4 horas por semana
Sistemas de cuidados de saúde Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas – Rastreio do Cancro da Mama
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CANCRO DO ESTÔMAGO DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos
Sexo Mais frequente no sexo masculino (2:1)
Idade Quer o adenocarcinoma quer o linfoma são detectados mais frequentemente na 6ª década de vida
Classe socioeconómica Mais frequente nas classes baixas devido às deficientes condições de salubridade e higiene alimentar
Particularidades da gastronomia regional Região de produção e consumo frequente de alimentos fumados e salgados
Biológicos ou Endógenos
Infecção por Helicobacter pylori Factor de risco quer para adenocarcinomas quer para linfomas gástricos.
Nitritos carcinogénicos produzidos por bactérias
Aumentam o risco
Metaplasia intestinal das células gástricas secundária a acloridria
Causas de acloridria:
Exérese cirúrgica das células produtoras de ácido do antro pilórico (antrectomia), para controlo de úlceras pépticas refractárias – período de latência: 15-20 anos.
Gastrite atrófica (com ou sem anemia perniciosa) que se desenvolve mais frequentemente nos idosos.
Hipertrofia das pregas gástricas (doença de Ménétrier)
Factor de risco para adenocarcinoma.
Hipergastrinemia crónica
Aumentam o risco: - Anemia Perniciosa - Síndrome de Zollinger-Ellison (frequentemente integrado no síndrome MEN 1, em indivíduos com delecção 11q13)
Grupo sanguíneo Incidência de cancro do estômago é mais elevada em indivíduos com grupo A do que com grupo O.
Mutação no gene da cadeina E Transmissão autossómica dominante. Associada a elevada incidência de neoplasias gástricas ocultas em jovens assintomáticos
Translocação [t(11;18)] no linfoma MALT gástrico
Diminui resposta à terapêutica antimicrobiana contra a H. pylori.
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Estilos de vida
Dieta rica em alimentos salgados Em elevadas concentrações pode lesar a mucosa gástrica e torná-la mais susceptível à acção de carcinogénios químicos
Dieta rica em alimentos fumados Aumenta o risco
Dieta rica em carne vermelha e carne processada
Aumenta o risco para adenocarcinoma gástrico (excepto para o da região do cárdia)
Dieta rica em fibras Reduz o risco de adenocarcinoma gástrico
Excesso de peso e obesidade Aumenta o risco de adenocarcinoma gástrico afectando a região do cárdia.
Dieta rica em frutas e vegetais Diminui o risco
Sistemas de cuidados de saúde
Cuidados de saúde Antibioterapia para erradicação da H. pylori Conduz à regressão de 75% dos casos de linfoma MALT
Programas Promoção de Saúde Programa Alimentação Saudável em Saúde Promoção
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DOENÇAS CEREBROVASCULARES
DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos Idade Factor de risco. O risco de Acidente Vascular
Cerebral (AVC) duplica a cada década que passa após os 55 anos de idade
Sexo Pouco frequentes nas mulheres antes da menopausa.
Baixo status sócio económico Factor de risco
Biológicos ou Endógenos Tensão arterial elevada Considerado o factor de risco mais
importante de AVC
Dislipidemia (Hipercolesterolemia) Representa risco aumentado para a ocorrência de AVC isquémico
Fibrilhação auricular Aumenta o risco de AVC
Enfarte Agudo do Miocardio Aumenta o risco de AVC
Estilos de vida Stress
Aumenta o risco de AVC.
Isolamento social Aumenta o risco de AVC
Tabagismo Aumenta o risco. O fumo passivo constituiu um risco adicional.
Sedentarismo Factor de risco
Dieta
-Dietas pobres em frutas e vegetais: Estima-se que sejam responsáveis por cerca de 11% dos AVC
Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Programa Nacional de Prevenção e Controlo
das Doenças Cardiovasculares Via Verde AVC e Via Verde Coronária
Programa Promoção da Saúde Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE) Programa de Escolas Livres de Tabaco (PELT)
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DOENÇA ISQUÉMICA CARDÍACA DETERMINANTES DA SAÚDE
Demográficos, Sociais e Económicos Sexo Mais frequente no sexo masculino
Nível socio-económico baixa Factor de risco
Biológicos ou Endógenos História familiar/ Genética Factor de risco
Hipercoagulabilidade Factor de risco
Estilos de vida Sedentarismo Factor de risco
Exercício Físico Factor protector: 150 h por semana /30 a 60 minutos por dia
HTA Factor risco
Dislipidemia Hipercolesterolemia: factor de risco. Hipertrigliceridémia: factor de risco menos importante
Diabetes Mellitus Factor de risco
Tabagismo Factor de risco
Obesidade Factor de risco
Dieta
Factor de risco - Ingestão de sal (máx. de 6g/dia por adulto) -Ácidos gordos trans
Álcool -Consumo excessivo de álcool: factor de risco -Consumo moderado: factor protector.
Stress Factor de risco
Sistema de cuidados de saúde Cuidados de saúde Programa Nacional de Diabetes
Plataforma contra a obesidade Plataforma “Tabaco – respire bem!”
Programas Prevenção da saúde Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE) Programa Escolas Livres de Tabaco (PELT)