70

Plano manejo furb mata do passarinho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Plano manejo furb mata do passarinho

1

1

P452p Pernambuco Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Plano de Manejo da Reserva de Floreta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade Agecircncia Estadual de Meio Am-

biente equipe teacutecnica de elaboraccedilatildeo Alexandre Ribeiro Botelho [et al] texto

Duraacutezio Siqueira Giannina Cysneiros Bezerra Heacutelvio Polito Lopes Filho ndash Recife

A Secretaria 2013

69p il

1 RESERVAS FLORESTAIS ndash OLINDA (PE) ndash CONSERVACcedilAtildeO 2 MATA

DE PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 3 AacuteREAS

PROTEGIDAS ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash PRESERVACcedilAtildeO

4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL ndash OLINDA (PE) 5 EDUCACcedilAtildeO

AMBIENTAL ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 6 MATA DE

PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash HISTOacuteRIA I

Agecircncia Estadual de Meio Ambiente II Botelho Alexandre Ribeiro III Siqueira

Duraacutezio IV Bezerra Giannina Cysneiros V Lopes Filho Heacutelvio Polito VI Tiacutetulo

CDU 6309

CDD 57452642

PeR ndash BPE 13- 0382

2

PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA

Renildo Calheiros

Prefeito

GOVERNO DE PERNAMBUCO

Eduardo Henrique de Accioly Campos

Governador do Estado

Enildo Arantes de Souza

Vice-Prefeito

Joatildeo Lyra Neto

Vice-Governador do Estado

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras

Secretaacuterio

Hozanildo Alves

Secretaacuterio Executivo

Francisco Arruda

Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Heacutelvio Polito Lopes Filho

Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e

Sustentabilidade

EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes

Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza

Rego Barros

EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto

Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto

Felipe Barbosa de Aguiar Giannina

Cysneiros Bezerra Joana Aureliano

Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva

Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas

Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio

Mendonccedila e Verocircnica Lima

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO

AMBIENTE ndash CPRH

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Presidente da CPRH

Carlos Andreacute Cavalcanti

Diretor de Recursos Florestais e

Biodiversidade

3

FICHA TEacuteCNICA

CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO

Giannina Cysneiros Bezerra

Heacutelvio Polito Lopes Filho

FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS

Alexandre Ribeiro Botelho

EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO

Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS

Breno Augustus CPRH

Cristina Lundgren CPRH

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Elba Borges Ferreira CPRH

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS

Marilourdes Guedes SEMAS

Nahum Tabatchnik CPRH

Rodrigo Ferraz CPRH

Verocircnica Lima SEMAS

TEXTO

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Verocircnica Lima SEMAS

4

CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

NOME REPRESENTACcedilAtildeO

Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN

Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede

Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede

Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 2: Plano manejo furb mata do passarinho

1

P452p Pernambuco Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Plano de Manejo da Reserva de Floreta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade Agecircncia Estadual de Meio Am-

biente equipe teacutecnica de elaboraccedilatildeo Alexandre Ribeiro Botelho [et al] texto

Duraacutezio Siqueira Giannina Cysneiros Bezerra Heacutelvio Polito Lopes Filho ndash Recife

A Secretaria 2013

69p il

1 RESERVAS FLORESTAIS ndash OLINDA (PE) ndash CONSERVACcedilAtildeO 2 MATA

DE PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 3 AacuteREAS

PROTEGIDAS ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash PRESERVACcedilAtildeO

4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTAacuteVEL ndash OLINDA (PE) 5 EDUCACcedilAtildeO

AMBIENTAL ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) 6 MATA DE

PASSARINHO ndash PASSARINHO (BAIRRO) ndash OLINDA (PE) ndash HISTOacuteRIA I

Agecircncia Estadual de Meio Ambiente II Botelho Alexandre Ribeiro III Siqueira

Duraacutezio IV Bezerra Giannina Cysneiros V Lopes Filho Heacutelvio Polito VI Tiacutetulo

CDU 6309

CDD 57452642

PeR ndash BPE 13- 0382

2

PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA

Renildo Calheiros

Prefeito

GOVERNO DE PERNAMBUCO

Eduardo Henrique de Accioly Campos

Governador do Estado

Enildo Arantes de Souza

Vice-Prefeito

Joatildeo Lyra Neto

Vice-Governador do Estado

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras

Secretaacuterio

Hozanildo Alves

Secretaacuterio Executivo

Francisco Arruda

Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Heacutelvio Polito Lopes Filho

Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e

Sustentabilidade

EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes

Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza

Rego Barros

EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto

Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto

Felipe Barbosa de Aguiar Giannina

Cysneiros Bezerra Joana Aureliano

Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva

Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas

Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio

Mendonccedila e Verocircnica Lima

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO

AMBIENTE ndash CPRH

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Presidente da CPRH

Carlos Andreacute Cavalcanti

Diretor de Recursos Florestais e

Biodiversidade

3

FICHA TEacuteCNICA

CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO

Giannina Cysneiros Bezerra

Heacutelvio Polito Lopes Filho

FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS

Alexandre Ribeiro Botelho

EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO

Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS

Breno Augustus CPRH

Cristina Lundgren CPRH

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Elba Borges Ferreira CPRH

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS

Marilourdes Guedes SEMAS

Nahum Tabatchnik CPRH

Rodrigo Ferraz CPRH

Verocircnica Lima SEMAS

TEXTO

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Verocircnica Lima SEMAS

4

CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

NOME REPRESENTACcedilAtildeO

Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN

Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede

Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede

Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 3: Plano manejo furb mata do passarinho

2

PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA

Renildo Calheiros

Prefeito

GOVERNO DE PERNAMBUCO

Eduardo Henrique de Accioly Campos

Governador do Estado

Enildo Arantes de Souza

Vice-Prefeito

Joatildeo Lyra Neto

Vice-Governador do Estado

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE Roberval Veras

Secretaacuterio

Hozanildo Alves

Secretaacuterio Executivo

Francisco Arruda

Diretor de Proteccedilatildeo Ambiental

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E

SUSTENTABILIDADE ndash SEMAS

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Secretaacuterio de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Heacutelvio Polito Lopes Filho

Secretaacuterio Executivo de Meio Ambiente e

Sustentabilidade

EQUIPE TEacuteCNICA Cleide Amorim Fernando Lopes

Jairo Amaro Lucia Oliveira e Luiza

Rego Barros

EQUIPE TEacuteCNICA Ana Claudia Sacramento Andreacutea Olinto

Duraacutezio Siqueira Eliane Regueira Basto

Felipe Barbosa de Aguiar Giannina

Cysneiros Bezerra Joana Aureliano

Joseacute Cordeiro dos Santos Lindinalva

Pinheiro Giratildeo Maria das Graccedilas

Sobreira Marilourdes Guedes Seacutergio

Mendonccedila e Verocircnica Lima

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO

AMBIENTE ndash CPRH

Seacutergio Luiz de Carvalho Xavier

Presidente da CPRH

Carlos Andreacute Cavalcanti

Diretor de Recursos Florestais e

Biodiversidade

3

FICHA TEacuteCNICA

CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO

Giannina Cysneiros Bezerra

Heacutelvio Polito Lopes Filho

FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS

Alexandre Ribeiro Botelho

EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO

Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS

Breno Augustus CPRH

Cristina Lundgren CPRH

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Elba Borges Ferreira CPRH

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS

Marilourdes Guedes SEMAS

Nahum Tabatchnik CPRH

Rodrigo Ferraz CPRH

Verocircnica Lima SEMAS

TEXTO

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Verocircnica Lima SEMAS

4

CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

NOME REPRESENTACcedilAtildeO

Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN

Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede

Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede

Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 4: Plano manejo furb mata do passarinho

3

FICHA TEacuteCNICA

CONCEPCcedilAtildeO GERAL E COORDENACcedilAtildeO TEacuteCNICA DO PLANO DE MANEJO

Giannina Cysneiros Bezerra

Heacutelvio Polito Lopes Filho

FACILITACcedilAtildeO DAS OFICINAS

Alexandre Ribeiro Botelho

EQUIPE TEacuteCNICA DE ELABORACcedilAtildeO

Alexandre Ribeiro Botelho SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento SEMAS

Breno Augustus CPRH

Cristina Lundgren CPRH

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Elba Borges Ferreira CPRH

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Joseacute Cordeiro dos Santos SEMAS

Marilourdes Guedes SEMAS

Nahum Tabatchnik CPRH

Rodrigo Ferraz CPRH

Verocircnica Lima SEMAS

TEXTO

Duraacutezio Siqueira SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho SEMAS

Verocircnica Lima SEMAS

4

CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

NOME REPRESENTACcedilAtildeO

Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN

Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede

Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede

Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 5: Plano manejo furb mata do passarinho

4

CONSELHO GESTOR DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

NOME REPRESENTACcedilAtildeO

Elba Borges Ferreira Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Samanta Della Bella Agecircncia Estadual de Meio Ambiente - CPRH

Heacutelvio Polito Lopes Filho Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Giannina Cysneiros Bezerra Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS

Jairo Amaro da Silva Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Cleide Amorim Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Meio Ambiente

Andreacute Veras Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Irapoan Muniz Prefeitura Municipal de Olinda Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Deborah Almeida de Souza Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Hermano de Miranda Trigueiro Prefeitura Municipal de Olinda Planejamento e Controle Urbano

Erandir Rodrigues da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Elenildo Laurentino da Silva 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente - CIPOMA

Carlos Marcos de Souza Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Ideiacutelter Gomes da Silva Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda - FUNESO

Antenor Vieira de Melo (in memoriam) Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Joatildeo Renato de B C do Amaral Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza - ASPAN

Claudemir Manoel da Silva Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Jesseacute Peres da Silva Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Maria Auxiliadora P da Silva Conselho Local de Sauacutede

Maria do Carmo Atanaacutezio Conselho Local de Sauacutede

Fernanda Luacutecia da R Lira Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Joseacute Severino de Melo Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Moiseacutes Pereira da Silva Filho 3ordf Igreja Presbiteriana Renovada de Olinda

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 6: Plano manejo furb mata do passarinho

5

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 07

LISTA DE FOTOS 07

LISTA DE QUADROS 08

SIGLAS 09

APRESENTACcedilAtildeO 10

INTRODUCcedilAtildeO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS 11

PARTE I ndash CONSTRUINDO O CONHECIMENTO 16

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO 17

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda 17

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho 18

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia 19

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho 19

E Breve Histoacuterico de Passarinho 21

F Aspectos Bioloacutegicos 27

Vegetaccedilatildeo 27

Flora 29

Fauna 33

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES 35

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 7: Plano manejo furb mata do passarinho

6

PARTE II ndash CONSTRUINDO O FUTURO 38

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 39

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

39

B Zoneamento da FURB Mata de Passarinho 44

C Normas Gerais de Uso 50

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO 51

A Gestatildeo e Monitoramento 53

B Controle Ambiental 55

C Recuperaccedilatildeo Ambiental 56

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas 57

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade 58

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo 59

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 60

ANEXO I - Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento Ambiental e Setorizaccedilatildeo da FURB Mata

de Passarinho 61

ANEXO II ndash Lista dos Participantes das Oficinas de Construccedilatildeo do Plano de Manejo 68

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 8: Plano manejo furb mata do passarinho

7

LISTADE FOTOS

Foto1 Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Foto 2 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 3 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes desmatamento em 1997

Foto 4 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 5 Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC

Foto 6 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 7 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 8 Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012

Foto 9 Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho

Foto 10 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 11 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 12 Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho

Foto 13 Bicho-preguiccedila Mata de Passarinho

Foto 14 Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa falado da FURB Mata de Passarinho

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

Figura 2 Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Figura 3 Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento da FURB Mata de Passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 9: Plano manejo furb mata do passarinho

8

LISTA DE QUADROS

Quadro I Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Quadro II Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam

de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Quadro III Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo

de Pernambuco

Quadro IV Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Quadro V Zona de Ambiente Natural - ZAN

Quadro VI Zona de Usos Antroacutepico - ZUA

Quadro VII Setor de Restauraccedilatildeo - SR

Quadro VIII Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria ndash RF

Quadro IX Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Quadro X Controle ambiental

Quadro XI Recuperaccedilatildeo ambiental

Quadro XII Estudos e pesquisas cientiacuteficas

Quadro XIII Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

Quadro XIII Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 10: Plano manejo furb mata do passarinho

9

SIGLAS

A3P Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica

APA Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental

ASPAN Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza

CIPOMA 1ordf Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente

COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento

CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

CPRH Agecircncia Estadual de Meio Ambiente

FEMA Fundo Estadual de Meio Ambiente

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNESO Fundaccedilatildeo de Ensino Superior de Olinda

FURB Reserva de Floresta Urbana

IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis

MMA Ministeacuterio do Meio Ambiente

PMO Prefeitura Municipal de Olinda

PROMETROacutePOLE Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife

RMR Regiatildeo Metropolitana do Recife

RPPN Reserva Particular do Patrimocircnio Natural

SECTMA Secretaria de Ciecircncia Tecnologia e Meio Ambiente

SEMAS Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade

SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo

SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo

UC Unidade de Conservaccedilatildeo

UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 11: Plano manejo furb mata do passarinho

10

APRESENTACcedilAtildeO

Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho o primeiro a ser elaborado em

Pernambuco a partir de uma nova metodologia audaciosa e inovadora fruto de reflexotildees desenvolvidas ao longo de anos de vivecircncia teacutecnica

na aacuterea de planejamento e de gestatildeo de unidades de conservaccedilatildeo e como resposta agraves dificuldades sempre presentes para ao exerciacutecio desta

missatildeo O Governo de Pernambuco aposta na capacidade teacutecnica da equipe e com imenso orgulho apresenta este documento agrave sociedade

pernambucana

Eacute necessaacuterio tambeacutem enaltecer os grandes inspiradores e incentivadores deste processo que satildeo os que vivem diariamente os conflitos

inerentes agrave conservaccedilatildeo da natureza no nosso Estado e que num exemplo de grandeza e exerciacutecio de cidadania se colocam

voluntariamente no ofiacutecio de rdquoconselheirosrdquo participando ativamente desta construccedilatildeo Tambeacutem registramos nosso reconhecimento a todos

moradores da comunidade aos servidores do poder puacuteblico municipal e estadual e a todos que apesar de natildeo participarem do conselho

gestor estiveram presentes e contribuiacuteram com seus conhecimentos para a construccedilatildeo deste Plano A todos nossos agradecimentos

Lembrando a cantiga do ilustre pernambucano Capiba que muitas vezes embalou nossas oficinas ldquoesta ciranda natildeo eacute minha soacute ela eacute de

todos noacutes ela eacute de todos noacutesrdquo temos a certeza de que o primeiro passo estaacute dado Compete a noacutes agora a continuidade do processo

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 12: Plano manejo furb mata do passarinho

11

INTRODUCcedilAcircO E ASPECTOS METODOLOacuteGICOS

O Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza (SEUC) estabelecido pela Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de

2009 determina a obrigatoriedade de Planos de Manejo para todas as unidades de conservaccedilatildeo estaduais e estabelece os conceitos

procedimentos conteuacutedos e fundamentos para a sua elaboraccedilatildeo

O Plano de Manejo eacute conceituado como ldquodocumento teacutecnico mediante o qual com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de

conservaccedilatildeo ndash UC se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da aacuterea e o manejo dos recursos naturais inclusive

a implantaccedilatildeo das estruturas fiacutesicas necessaacuterias agrave gestatildeo da unidaderdquo Desta forma nossa tarefa eacute elaborar um documento que explicite e

divulgue os procedimentos que garantam adequada proteccedilatildeo agrave diversidade bioloacutegica e ecossistemas considerados relevantes mediante o

estabelecimento de regras para a utilizaccedilatildeo humana destes espaccedilos

A elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo tem se constituiacutedo uma aacuterdua tarefa a ser desenvolvida pelo poder puacuteblico e uma das maiores

dificuldades e desafios para a efetiva gestatildeo de UCs Geralmente a sua elaboraccedilatildeo representa custo elevado considerando os escassos

recursos disponibilizados para a conservaccedilatildeo da biodiversidade e quando elaborados transformam-se em documentos muitas vezes

ldquoacadecircmicosrdquo de difiacutecil compreensatildeo e manuseio e raramente absorvidos pelos integrantes dos conselhos gestores sendo estes os principais

atores responsaacuteveis pela sua implementaccedilatildeo Diante deste quadro e buscado alternativas para enfrentar estas dificuldades a Secretaria de

Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS construiu o documento ldquoEstrateacutegia para elaboraccedilatildeo de Planos de Manejo das Unidades de

Conservaccedilatildeo da Natureza de Pernambucordquo contendo um encaminhamento diferenciado do que eacute usualmente conhecido para esta finalidade

Esta estrateacutegia considera aleacutem dos determinantes da Lei (SEUC) os princiacutepios atuais da gestatildeo puacuteblica definindo que um Plano de

Manejo de Unidades de Conservaccedilatildeo deveraacute ser um documento

Democraacutetico sendo sua elaboraccedilatildeo atualizaccedilatildeo e implementaccedilatildeo fruto de ampla participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local e da sociedade civil

Inclusivo devendo contemplar medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas agrave unidade de

conservaccedilatildeo

Operativo determinando e explicitando accedilotildees e atividades objetivas a serem desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo possibilitando

o acompanhamento e a mensuraccedilatildeo por todo e qualquer cidadatildeo

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 13: Plano manejo furb mata do passarinho

12

Adaptaacutevel considerando que o Plano de Manejo tem um caraacuteter dinacircmico podendo receber novas contribuiccedilotildees a qualquer momento

ao longo do processo de sua implementaccedilatildeo

Sistecircmico integrado ao planejamento ambiental estadual como parte de um todo

Neste sentido a elaboraccedilatildeo dos Planos de Manejo das unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco estaraacute pautada nas seguintes

premissas e valores

a) Promover e respeitar o controle social - ferramenta fundamental no processo de elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de

Manejo Dentro da loacutegica estabelecida no SEUC os Conselhos Gestores possuem a tarefa de ser a instacircncia legiacutetima para a

accedilatildeo criacutetica fiscalizadora e consultiva do acompanhamento das atividades fundamentais para a gestatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo zelando pelos trabalhos do oacutergatildeo gestor e construindo de forma pactuada e parceira o a implementaccedilatildeo dos

Planos de Manejo

b) Estimular o empoderamento da sociedade - fator decisivo para a elaboraccedilatildeo e para o processo contiacutenuo de implementaccedilatildeo dos

Planos A participaccedilatildeo institucionalizada das representaccedilotildees da sociedade na gestatildeo dos assuntos e interesses puacuteblicos

devolve poder e dignidade a quem desejar o estatuto da cidadania e principalmente a oportunidade de decidir e controlar seu

proacuteprio destino com responsabilidade e respeito aos anseios coletivos Assim a participaccedilatildeo ativa das organizaccedilotildees da

sociedade civil nos Conselhos Gestores das Unidades de Conservaccedilatildeo previstas no Sistema Estadual de Unidades de

Conservaccedilatildeo (SEUC) contribuiraacute decisivamente para a implementaccedilatildeo das accedilotildees previstas nos Planos de Manejo

c) Entender a implementaccedilatildeo como aprendizado coletivo e constante recepcionando as novas ideacuteias e realidades aleacutem das

proacuteprias mudanccedilas ocasionadas pela implementaccedilatildeo das atividades Isso eacute imprescindiacutevel para a adequaccedilatildeo de processos

instrumentos e accedilotildees que possam redirecionar a gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo quando necessaacuterio redirecionando de

forma avaliada as metas e estrateacutegias estabelecidas mas que de alguma forma devem ser redimensionadas

d) Compreender que a elaboraccedilatildeo e implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo natildeo eacute tarefa de um soacute agente A accedilatildeo se faz por uma

rede de agentes implementadores como tese fundamental para o ecircxito da gestatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Este agir

interinstitucional pressupotildee o trabalho compartilhado de diversos agentes puacuteblicos e sociais na tarefa integrada de elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo dos Planos de Manejo corresponsabilizando atores diversos da administraccedilatildeo puacuteblica organizaccedilotildees da

sociedade civil dos setores produtivos dos sindicatos de trabalhadores das representaccedilotildees populares das instituiccedilotildees

acadecircmicas que devem na medida de suas atribuiccedilotildees e possibilidades contribuir na tarefa de proteger agrave diversidade bioloacutegica

e ecossistemas existentes nas unidades de conservaccedilatildeo

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 14: Plano manejo furb mata do passarinho

13

A elaboraccedilatildeo deste Plano de Manejo foi pautada nesta concepccedilatildeo e entendimento Utilizou uma metodologia baseada no planejamento

participativo tendo como objetivo criar uma ferramenta de planejamento ambiental pactuada com os agentes implementadores e com os

agentes beneficiados de forma direta pelas accedilotildees estabelecidas dando legitimidade e operacionalidade agraves atividades a serem realizadas

entendendo que a proteccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo eacute tarefa do poder puacuteblico em todos os seus niacuteveis e da coletividade fazendo com que

a corresponsabilidade da elaboraccedilatildeo do instrumento de gestatildeo permita uma corresponsabilidade na implementaccedilatildeo das accedilotildees ou seja que o

ldquoquerer coletivordquo alcanccedilado estimule o ldquofazer coletivordquo Assim sendo o processo de construccedilatildeo deste Plano foi baseado em dois pilares

Na Consulta puacuteblica aos agentes envolvidos realizada por meio de oficinas de planejamento participativo e audiecircncia puacuteblica para

estabelecer um pacto de vontades

No Fazer Teacutecnico que aleacutem do respaldo cientifico possua o lastro de comprometimento dos agentes a sistematizaccedilatildeo das ideacuteias o

levantamento de dados secundaacuterios e a redaccedilatildeo teacutecnica do documento

Objetivando analisar o desempenho da metodologia proposta e os seus resultados inicialmente foram escolhidas trecircs unidades de

conservaccedilatildeo que por suas caracteriacutesticas e categorias de manejo diferenciadas permitiam a experimentaccedilatildeo dos valores e premissas

estabelecidos A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho por possuir pequenas dimensotildees grandes problemas de pressatildeo urbana

situaccedilatildeo fundiaacuteria definida (propriedade puacuteblica municipal) possuir um conselho gestor mobilizado e uma Prefeitura atuante na unidade o

Refuacutegio de Vida Silvestre Mata do Engenho Uchocirca inserida em uma UC municipal (APA do Engenho Uchoa) apresentando grande

heterogeneidade de conflitos de interesses forte pressatildeo urbana imobiliaacuteria situaccedilatildeo fundiaacuteria conflituosa um forte movimento popular em

defesa da mata aleacutem de um conselho gestor formado por associaccedilotildees da sociedade civil bastante mobilizada em prol da defesa da aacuterea A

terceira aacuterea escolhida para o teste da metodologia foi o Parque Estadual Mata da Pimenteira por se localizar no meio rural apresentando

pressotildees diferenciadas em relaccedilatildeo agraves unidades de conservaccedilatildeo da Regiatildeo Metropolitana do Recife - RMR possuir um conselho gestor

mobilizado e por estar sendo contemplada em projeto especiacutefico para identificaccedilatildeo e implementaccedilatildeo de atividades voltadas ao fortalecimento

econocircmico de comunidades do entorno (Projeto Caatinga Sustentaacutevel) desenvolvido pela SEMAS

A nova estrateacutegia foi apresentada discutida e aprovada no Conselho Estadual de Meio Ambiente ndash CONSEMA e junto aos conselhos

gestores das aacutereas eleitas para teste inicial Foram realizadas reuniotildees envolvendo os conselhos gestores da Reserva de Floresta Urbana ndash

FURB Mata de Passarinho do Refuacutegio de Vida Silvestre - RVS Mata do Engenho Uchoa e ainda do Parque Estadual Mata da Pimenteira Uma

vez aprovada a metodologia e confirmada as aacutereas onde ela seria aplicada foi convocada uma reuniatildeo para apresentaccedilatildeo a todos os

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 15: Plano manejo furb mata do passarinho

14

conselhos gestores instituiacutedos informando o calendaacuterio de execuccedilatildeo dos trabalhos A partir daiacute foi iniciado o processo de construccedilatildeo dos

Planos de Manejo cujo roteiro eacute expresso a seguir

Realizaccedilatildeo de Oficinas de Planejamento Participativo

Teve o objetivo de fomentar o planejamento participativo e a construccedilatildeo coletiva a partir dos conhecimentos disponiacuteveis das

experiecircncias vivenciadas pelos atores sociais participantes e das percepccedilotildees existentes sobre a UC tendo como resultados

Caracterizaccedilatildeo da aacuterea contendo as pressotildees e ameaccedilas existentes agrave integridade ambiental da UC (vulnerabilidades) e as

oportunidades existentes para a unidade de conservaccedilatildeo (potencialidades)

Definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias em eixos temaacuteticos previamente estabelecidos Controle Ambiental Educaccedilatildeo Ambiental

Pesquisa Cientiacutefica Recursos Econocircmicos para a Gestatildeo Ambiental Recuperaccedilatildeo de Aacutereas Degradadas Medidas para Promover a

Integraccedilatildeo Econocircmica e Social das Comunidades Vizinhas Controle de Espeacutecies Exoacuteticas e Gestatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo de pactos de responsabilidades estabelecidos por cada agente para o gerenciamento da unidade de conservaccedilatildeo

determinando as atividades que cada um poderaacute assumir na implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Elaboraccedilatildeo de Documento Base do Plano de Manejo

Esta fase consistiu na elaboraccedilatildeo do documento base fundamentado na sistematizaccedilatildeo e tratamento das informaccedilotildees e conhecimentos

obtidos na oficina de planejamento participativo para posterior validaccedilatildeo dos atores sociais e conselheiros que delas participaram

Apresentaccedilatildeo e validaccedilatildeo do documento

Apresentar aperfeiccediloar e validar o documento base do Plano de Manejo junto aos agentes e conselheiros participantes das oficinas

discutindo-o e validando-o

Finalizaccedilatildeo do documento do Plano de Manejo

Nesta etapa as criacuteticas e sugestotildees apresentadas foram incorporadas para que o Plano de Manejo seja finalizado apresentado ao

CONSEMA e publicado oficialmente por meio de instrumento juriacutedico especiacutefico do Poder Executivo Estadual

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 16: Plano manejo furb mata do passarinho

15

A Oficina de Planejamento Participativo para a Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho foi realizada em trecircs dias Nos

dois primeiros foi fomentado o resgate histoacuterico da unidade de conservaccedilatildeo a identificaccedilatildeo das suas caracteriacutesticas suas vulnerabilidades e

potencialidades analisando as vocaccedilotildees de cada aacuterea da UC a fim de posteriormente se definir o seu zoneamento compatibilizando com os

objetivos da categoria de manejo Ainda foram ser identificadas os programas de atividades a serem desenvolvidas em cada eixo temaacutetico

assim como os pactos de responsabilidades que poderatildeo ser assumidos e os prazos para sua implementaccedilatildeo

Com a consolidaccedilatildeo deste documento a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade ndash SEMAS e a Agecircncia Estadual de Meio

Ambiente ndash CPRH juntamente com a Prefeitura Municipal de Olinda que participou e apoiou efetivamente todo o processo entrega o

documento ldquoPlano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinhordquo fruto da construccedilatildeo coletiva do primeiro Plano de

Manejo elaborado a partir desta metodologia inovadora Assim como acreditamos que este eacute um caminho possiacutevel e real esperamos que ele

se constitua um estiacutemulo para todos os gestores das unidades de conservaccedilatildeo pernambucanas no sentido de mostrar que sempre podemos

fazer algo quando estamos determinados a isso

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 17: Plano manejo furb mata do passarinho

16

PARTE I CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 18: Plano manejo furb mata do passarinho

17

I CARACTERIZACcedilAtildeO DA RESERVA DE FLORESTA URBANA ndash FURB MATA DE PASSARINHO

A Caracterizaccedilatildeo do Municiacutepio de Olinda

O municiacutepio de Olinda estaacute localizado na Regiatildeo Metropolitana do Recife distando cerca de 6 km da capital pernambucana com uma

latitude de 07deg59rsquo3500rdquo uma longitude de 34deg54rsquo2400rdquo e uma altitude que varia entre 20 e 70 m Possui uma populaccedilatildeo estimada de 377779

habitantes distribuiacuteda em uma aacuterea de 41681 kmsup2 apresentando uma densidade demograacutefica de 906836 hab kmsup2 o que representa a maior

do Estado e a quinta maior do Brasil Possui uma taxa de urbanizaccedilatildeo de 9803 o que a caracteriza como um municiacutepio eminentemente

urbano Limita-se ao Norte com o municiacutepio de Paulista ao Sul e Oeste com o Recife a Leste com o Oceano Atlacircntico Aleacutem de sua beleza

natural Olinda eacute tambeacutem um dos mais importantes centros culturais do Brasil Foi declarada em 1982 Patrimocircnio Cultural da Humanidade

pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo a Ciecircncia e a Cultura Eacute um municiacutepio essencialmente habitacional e suas principais

atividades econocircmicas estatildeo relacionadas ao comercio e ao turismo

Figura 1- Localizaccedilatildeo do municiacutepio de Olinda

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 19: Plano manejo furb mata do passarinho

18

B Localizaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho ndash FURB Passarinho estaacute localizada no municiacutepio de Olinda Regiatildeo Metropolitana do

Recife ndash RMR e possui uma aacuterea de 1336ha abrangendo um percentual de 031 da aacuterea total do municiacutepio Desta aacuterea 1160ha foram

adquiridos pela Prefeitura de Olinda restando 176ha em aacuterea privada Estaacute inserida no bairro de Passarinho proacutexima ao Alto da Bondade

Caixa drsquoAacutegua Aacuteguas Compridas Coacuterrego dos Carneiros e Coacuterrego do Abacaxi Seu periacutemetro eacute definido pelas Ruas Dois de Marccedilo Estrada

do Passarinho e Travessa do Passarinho Seu acesso se faz pela Estrada de Passarinho Eacute o maior remanescente de Mata Atlacircntica do

municiacutepio de Olinda

Foto 1 - Vista aeacuterea da Mata de Passarinho

Figura 2 - Localizaccedilatildeo da Mata de Passarinho no municiacutepio de Olinda

Zona Rural de Olinda

Mata de Passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 20: Plano manejo furb mata do passarinho

19

C Aspectos Fiacutesicos geologia clima e hidrografia

A Mata de Passarinho eacute um remanescente de Mata Atlacircntica situado na regiatildeo litoracircnea de Pernambuco Esta floresta desenvolveu-se

sobre sedimentos pouco consolidados do grupo Barreiras de idade Plio-Pleistocecircnica onde se apresentam com uma ldquofeiccedilatildeo tipo anfiteatrordquo

circundando uma aacuterea baixa cuja vegetaccedilatildeo remanescente evidencia que antes ocorria uma lagoa de captaccedilatildeo de aacutegua de nascente e aacutegua

pluvial A proacutepria paisagem demonstra que em eacutepocas passadas havia uma contribuiccedilatildeo hiacutedrica muito importante fato evidenciado pelas

linhas de drenagem presentes na aacuterea onde ocorre uma pequena barragem A pouca consolidaccedilatildeo dos sedimentos do grupo Barreiras torna-

os muito suscetiacuteveis agrave erosatildeo e sua fixaccedilatildeo se daacute pela accedilatildeo da cobertura vegetal Por sua vez a textura e a estrutura desses sedimentos

favorecem a infiltraccedilatildeo de aacutegua pluvial para o lenccedilol freaacutetico aumentando a disponibilidade de aacutegua potaacutevel para a populaccedilatildeo (COELHO

1997)

Apresenta caracteriacutesticas climaacuteticas de clima quente e uacutemido com temperatura meacutedia anual de 27degC uma amplitude teacutermica de 5degC e meacutedia

pluviomeacutetrica anual de 24224 mm

O municiacutepio de Olinda estaacute inserido na bacia hidrograacutefica do rio Beberibe que abrange uma aacuterea de 1832 kmsup2 representando 4487 do

territoacuterio municipal e na bacia do rio Paratibe que abrange uma aacuterea de 2451 kmsup2 ou seja 5513 do municiacutepio Os principais afluentes do

rio Beberibe em Olinda satildeo Canal Lava Tripa Canal Azeitona Canal da Malaacuteria Lagoas do Jardim Brasil Lagoa de Santa Tereza e a Lagoa

de Pulsaccedilatildeo Os principais afluentes do rio Paratibe em Olinda satildeo Riacho da Mirueira Riacho Fragoso (Piaba de Ouro) Riacho de Ouro

Preto Canal dos Bultrins Canal Bultrins Fragoso Canal das Tintas e Lagoa do Fragoso

D Aspectos Legais da Mata de Passarinho

A Reserva de Floresta Urbana eacute uma categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel criada pela Lei Estadual nordm 13787 de 8 de junho

de 2009 a qual instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC e se configura numa inovaccedilatildeo deste Sistema ao

reconhecer os fragmentos de florestas existentes em aacutereas urbanas como elementos fundamentais para a qualidade de vida nas cidades

conservando biodiversidade assegurando aacutegua potaacutevel equiliacutebrio climaacutetico e proteccedilatildeo dos solos aleacutem de belas paisagens e espaccedilos

privilegiados para o lazer cultura e turismo integrando as populaccedilotildees urbanas ao processo de conservaccedilatildeo destes fragmentos a partir de

accedilotildees educativas que podem ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 21: Plano manejo furb mata do passarinho

20

A Mata do Passarinho foi reconhecida como Unidade de Conservaccedilatildeo Estadual em 1987 inicialmente como Reserva Ecoloacutegica da

Regiatildeo Metropolitana do Recife ndash RMR por meio da Lei Estadual nordm 9989 de 13 de janeiro daquele ano tendo como fundamento e principal

objetivo de criaccedilatildeo possuir criteacuterios de relevacircncia bioloacutegica tais como refuacutegio de fauna e flora e proteccedilatildeo da qualidade ambiental urbana

Em 1995 foi sancionada a Lei Estadual nordm 11206 que instituiu a Poliacutetica Florestal de Pernambuco onde no seu Art 24 do Capiacutetulo V

que trata das Unidades de Conservaccedilatildeo define a Reserva Ecoloacutegica como uma das categorias do grupo de proteccedilatildeo integral estabelecendo

que ldquoas unidades de conservaccedilatildeo de todas as categorias disporatildeo de um plano de manejo no qual se definiraacute o zoneamento ambiental e sua

utilizaccedilatildeo e de um regulamento proacuteprio aprovado pela autoridade competente agrave qual estiver subordinadardquo

Em julho de 2000 foi instituiacutedo o Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeondash SNUC por meio da Lei Federal nordm 9985 depois de

quase dez anos tramitando no Congresso Nacional Este momento foi um marco para a conservaccedilatildeo de aacutereas naturais no Brasil pois

estabeleceu criteacuterios e normas para criaccedilatildeo e gestatildeo destes territoacuterios fortalecendo o movimento ambientalista nacional em prol da

responsabilidade puacuteblica pela criaccedilatildeo e gestatildeo de aacutereas naturais O SNUC define como Unidade de Conservaccedilatildeo ndash UC o ldquoespaccedilo territorial e

seus recursos ambientais incluindo as aacuteguas jurisdicionais com caracteriacutesticas naturais relevantes legalmente instituiacutedos pelo Poder Puacuteblico

com objetivos de conservaccedilatildeo e limites definidos sob regime especial de administraccedilatildeo ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteccedilatildeordquo Esta Lei poreacutem natildeo prevecirc a categoria de manejo de Reserva Ecoloacutegica ficando a Mata de Passarinho respaldada apenas pela Lei

Estadual 1120695

Em 2009 o governo de Pernambuco por meio da Lei nordm 13787 instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC

Assim como o SNUC o Sistema Estadual natildeo contemplou a categoria de Reserva Ecoloacutegica Tambeacutem revogou o capiacutetulo V da Lei da Poliacutetica

Florestal de Pernambuco (que tratava das Unidades de Conservaccedilatildeo) e determinou um prazo de dois anos para a reavaliaccedilatildeo das unidades

criadas anteriormente e que natildeo pertencem agraves categorias previstas no SEUC A categoria de manejo ldquoreserva ecoloacutegicardquo que jaacute havia sido

destituiacuteda do Sistema Nacional foi tambeacutem excluiacuteda do Sistema Estadual demandando do Governo de Pernambuco a revisatildeo e adequaccedilatildeo da

aacuterea agraves categorias definidas na nova legislaccedilatildeo

Visando atender agrave determinaccedilatildeo legal em 02 de junho de 2011 foi sancionada a Lei Estadual Nordm 14324 readequando as antigas

Reservas Ecoloacutegicas ao Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo Nesta reavaliaccedilatildeo a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho passou

para a categoria de Reserva de Floresta Urbana ndash FURB Mata de Passarinho unidade de conservaccedilatildeo prevista no SEUC como de Uso

Sustentaacutevel

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 22: Plano manejo furb mata do passarinho

21

De acordo com o SEUC a Reserva de Floresta Urbana tem por objetivo de manejo prestar serviccedilos ambientais agraves cidades tais como

proteccedilatildeo de nascentes e disponibilidade de aacutegua amenizaccedilatildeo do clima manutenccedilatildeo e proteccedilatildeo do solo contra erosatildeo controle de enchentes

reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo atmosfeacuterica influenciando direta ou indiretamente a qualidade de vida urbana As normas gerais que regem a categoria

definem que

a Na Reserva de Floresta Urbana poderatildeo ser desenvolvidas atividades de educaccedilatildeo ambiental recreaccedilatildeo e lazer para a inserccedilatildeo das

comunidades no processo de conservaccedilatildeo da natureza

b No processo de gestatildeo da Reserva de Floresta Urbana deveraacute ser priorizado o envolvimento da comunidade local incorporando na

gestatildeo da unidade a valorizaccedilatildeo dos serviccedilos ambientais prestados estabelecendo assim uma interaccedilatildeo entre a floresta e a

comunidade a partir das utilidades e necessidades de cada uma delas

c Para viabilizar a gestatildeo da unidade poderaacute ser estabelecida parceria entre o oacutergatildeo gestor e o proprietaacuterio da terra

A Mata de Passarinho enquadra-se tambeacutem na Lei Federal nordm 676679 que dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano que natildeo

permite o parcelamento em terrenos com declividade igual ou superior a 30 em terrenos onde as condiccedilotildees geoloacutegicas natildeo aconselham a

edificaccedilatildeo e em aacutereas de preservaccedilatildeo ecoloacutegica ou naquelas onde a poluiccedilatildeo impeccedila condiccedilotildees sanitaacuterias suportaacuteveis ateacute a sua correccedilatildeo

(Artigo 3ordm Paraacutegrafo Uacutenico incisos III IV e V) Tambeacutem a Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Olinda de 03 de abril de 1990 em seu Artigo 128

Paraacutegrafo 1ordm inciso V define a Mata de Passarinho como uma das seis aacutereas de proteccedilatildeo especial para assegurar a preservaccedilatildeo dos

aspectos histoacutericos culturais e ambientais do Municiacutepio

E Breve Histoacuterico de Passarinho

A aacuterea hoje denominada Mata de Passarinho era uma grande propriedade particular pertencente ao Coronel Vavaacute como era conhecido o

proprietaacuterio possuindo uma grande diversidade de aacutervores e de animais Apesar de a propriedade ser cortada por uma estrada de terra batida

hoje Estrada de Passarinho a mata se estendia ateacute as vaacuterzeas do rio Beberibe onde era comum a visualizaccedilatildeo de animais silvestres

principalmente grandes cobras A atividade desenvolvida na propriedade era a pecuaacuteria Existia uma vacaria onde as pessoas da regiatildeo

costumavam comprar leite A populaccedilatildeo tambeacutem contava com banhos no rio Beberibe um chafariz e um campinho de futebol Existem

registros orais que a aacuterea era administrada por um senhor conhecido como Zeacute da Vacaria que mantinha a propriedade fechada para a

comunidade ldquoEle andava armado e aterrorizava os moradores da regiatildeo quando ele passava as pessoas saiacuteam da frente Ningueacutem se atrevia

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 23: Plano manejo furb mata do passarinho

22

a entrar na propriedade sem a devida autorizaccedilatildeo deste senhorrdquo Ainda segundo depoimento dos moradores a educaccedilatildeo da eacutepoca era outra

ldquoas pessoas sabiam que onde havia uma cerca tinha dono e respeitavam A comunidade natildeo tinha acesso agrave propriedade e quem era famiacutelia

direita natildeo passava na mata pois tambeacutem era local de desova de cadaacutever e de drogardquo (depoimento de Luiza Rego Barros ldquoMorenardquo) Tambeacutem

havia um cafezal conhecido como Siacutetio Azul e nas aacutereas pantanosas muito bambu

No iniacutecio dos anos de 1980 as aacutereas localizadas no ponto mais alto da mata comeccedilaram a sofrer um processo de desmatamento para

construccedilatildeo de moradias o que ocasionou perda de biodiversidade da floresta nativa As pessoas que se instalavam plantavam aacutervores

frutiacuteferas exoacuteticas que se propagavam para a mata com muita facilidade Este processo de ocupaccedilatildeo foi acelerado quando em meados dessa

deacutecada comeccedilaram os rumores de que o Estado iria tomar conta da aacuterea Nesta eacutepoca a comunidade construiacutea seus ldquoquadradosrdquo com

plaacutesticos e os tratores vinham derrubar Isso durou ateacute 1987 quando foi instituiacuteda a Reserva Ecoloacutegica Mata de Passarinho definindo a aacuterea

que seria do governo A ocupaccedilatildeo anterior foi reconhecida pelo entatildeo governador Miguel Arraes que deu a posse aos moradores (ateacute hoje

eles natildeo tem o documento legal) Em 1985 eacute criada a Associaccedilatildeo de Moradores de Passarinho e o primeiro terreiro de religiatildeo de matriz

africana ndash Terreiro Ilecirc Axeacute Oloxum na Rua da Mata

Mesmo sendo uma Reserva Ecoloacutegica da Regiatildeo Metropolitana o poder puacuteblico esteve ausente na gestatildeo do patrimocircnio natural e no

periacuteodo de 1987 a 1997 a Mata do Passarinho passou por um intenso processo de degradaccedilatildeo Comeccedilaram a surgir com mais intensidade

solicitaccedilotildees para o desmembramento da aacuterea alguns cortes de vegetaccedilatildeo e focos de incecircndios foram detectados e combatidos Em 1996

houve uma tentativa de parcelamento irregular da aacuterea que foi contida pela Prefeitura de Olinda Em 1997 reiniciaram as pressotildees desta vez

por populaccedilotildees carentes que extraiacuteam argila para realizar aterro em aacuterea de assentamento defronte a mata Nesse periacuteodo houve uma grande

devastaccedilatildeo na aacuterea com corte da vegetaccedilatildeo cortes no terreno e implantaccedilatildeo de lotes pela comunidade do entorno com o estabelecimento de

cerca de 600 famiacutelias A mata foi praticamente destruiacuteda restando aproximadamente 30 de sua massa verde Por meio de uma accedilatildeo

conjunta entre o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual CIPOMA IBAMA CPRH e Prefeitura de Olinda a populaccedilatildeo foi retirada restabelecendo o

periacutemetro da reserva ecoloacutegica Posteriormente houve uma reuniatildeo com os oacutergatildeos competentes desta vez com o apoio da Associaccedilatildeo

Pernambucana de Defesa da Natureza ndash ASPAN para definir Plano Emergencial de Recuperaccedilatildeo da Mata Em setembro de 1997 a ASPAN

por meio da bioacuteloga Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo Coelho elaborou um Parecer Teacutecnico sobre a situaccedilatildeo da Mata onde foi produzida

uma Lista Preliminar das Espeacutecies Vegetais Identificadas Ainda neste ano um projeto foi elaborado e ficou definido que a aquisiccedilatildeo da aacuterea

pelo Poder Puacuteblico seria fundamental para o processo de recuperaccedilatildeo da mata Tambeacutem em 1997 foram desativados a bica e o chafariz e a

Prefeitura reconheceu oficialmente o bairro de Passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 24: Plano manejo furb mata do passarinho

23

Em 1998 a Prefeitura de Olinda - PMO por meio do Decreto nordm 057 publicado em 12 de maio tornou a aacuterea de utilidade puacuteblica para fins

de desapropriaccedilatildeo Na ocasiatildeo foram desapropriados 1127 ha de aacuterea livre de construccedilotildees Posteriormente em 05 de junho de 2008 foi

desapropriada atraveacutes de Escritura Puacuteblica de Desapropriaccedilatildeo Amigaacutevel uma aacuterea de 0534 ha que fazia parte do terreno da casa onde

morava o antigo proprietaacuterio Dessa forma a propriedade da Mata do Passarinho adquirida pela PMO passou a somar 1160 ha

Ainda neste periacuteodo parte desta aacuterea foi indicada para projetos de urbanizaccedilatildeo e infraestrutura promovidos pelo Governo Estadual o

Programa de Infraestrutura em Aacutereas de Baixa Renda da Regiatildeo Metropolitana do Recife - PROMETROacutePOLE que contou com pavimentaccedilatildeo

de estradas e ruas construccedilatildeo de canaletas entre outras accedilotildees

Fotos 2 e 3 ndash Aspectos da Mata do Passarinho apoacutes desmatamento em 1997 Autoras Maria Luacutecia de Oliveira PMO e Maria de Pompeacuteia Correcirca de Arauacutejo

CoelhoASPAN

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 25: Plano manejo furb mata do passarinho

24

Em 2000 foi elaborado encaminhado e aprovado pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash MMA com recursos do Fundo Nacional de Meio

Ambiente ndash FNMA um projeto visando agrave implantaccedilatildeo da Unidade de Conservaccedilatildeo Foram desenvolvidas as seguintes accedilotildees cercamento da

aacuterea instalaccedilatildeo de posto da CIPOMA e construccedilatildeo da infraestrutura de apoio para realizaccedilatildeo de atividades educativas de recuperaccedilatildeo da

vegetaccedilatildeo e de pesquisa

Ainda no ano de 2000 a Prefeitura de Olinda passou a atuar de forma mais efetiva na comunidade de entorno e na Mata de Passarinho

Foram desenvolvidos vaacuterios projetos de Educaccedilatildeo Ambiental (Protetores Mirins Grupo da Terceira Idade Capacitaccedilatildeo dos terreiros de religiatildeo

de matriz africana que utilizavam a aacuterea entre outros) e promovida a integraccedilatildeo da comunidade com as atividades desenvolvidas na Unidade

Tambeacutem teve iniacutecio o Projeto Aacutegua para Todos implantado pela COMPESA levando aacutegua encanada para a comunidade do entorno da mata

e foi construiacutedo um conjunto habitacional em frente agrave Reserva de Passarinho

No ano de 2002 foram inauguradas as novas benfeitorias e o posto da CIPOMA ganhando a Mata uma importante parceria por meio da

celebraccedilatildeo de um convecircnio entre a Prefeitura Municipal de Olinda e esta instituiccedilatildeo Eacute iniciada assim uma fiscalizaccedilatildeo mais ostensiva da aacuterea

que continuava sendo foco de degradaccedilatildeo por invasotildees e ocupaccedilotildees irregulares aleacutem de se constituir aacuterea de inseguranccedila para a

comunidade A presenccedila da CIPOMA na Mata de Passarinho favoreceu uma maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo local nas atividades e por meio

de convecircnio entre a PMO e a Universidade Federal Rural de Pernambuco ndash UFRPE a reserva ecoloacutegica foi aberta para a visitaccedilatildeo da

comunidade escolar do municiacutepio e para realizaccedilatildeo de trabalhos com a comunidade do entorno Grupo de Idosos do Posto de Sauacutede do Alto

da Bondade e Vila do Tetra Formaccedilatildeo dos Protetores Mirins com crianccedilas e adolescentes aleacutem de realizaccedilatildeo de trilhas orientadas na unidade

de conservaccedilatildeo

Nos anos de 2003 e 2004 uma Parceria com o Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE possibilitou tambeacutem a realizaccedilatildeo do

levantamento das espeacutecies arboacutereas e levantamento de Fitossociologia da mata

A partir de 2004 a questatildeo dos resiacuteduos soacutelidos jaacute se mostra um problema nas aacutereas limiacutetrofes da mata havendo uma mobilizaccedilatildeo e

intensificaccedilatildeo do envolvimento da comunidade nas campanhas sobre a disposiccedilatildeo do lixo e a conservaccedilatildeo da floresta Ainda neste ano foi

construiacuteda a Vila do Tetra

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 26: Plano manejo furb mata do passarinho

25

No ano de 2006 todo o atendimento ao puacuteblico foi suspenso em decorrecircncia de um processo de erosatildeo causado pela falta de um sistema

de drenagem interno que provocava enxurrada de terra tornando a aacuterea insegura

Em 2007 o convecircnio com a CIPOMA natildeo foi renovado o que provocou uma descontinuidade nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura

Inicia-se o decliacutenio das instalaccedilotildees fiacutesicas com a retirada pouco a pouco dos trabalhadores que faziam a limpeza dos preacutedios e manutenccedilatildeo

das trilhas Ficou impraticaacutevel a continuidade das atividades na Reserva Com a deterioraccedilatildeo das instalaccedilotildees e o acuacutemulo de lixo nos limites

da reserva a populaccedilatildeo revoltada com o fechamento e suspensatildeo das atividades tambeacutem promoveu a sua depredaccedilatildeo

Em 2009 a partir do Convecircnio de Cooperaccedilatildeo Teacutecnica nordm422009 entre o Governo do Estado por meio da antiga Secretaria de Ciecircncia

Tecnologia e Meio Ambiente ndash SECTMA e a Prefeitura Municipal de Olinda com recursos do Fundo Estadual de Meio Ambiente- FEMA foi

realizada a recuperaccedilatildeo fiacutesica das instalaccedilotildees possibilitando a retomada das atividades educativas (Projeto de Recuperaccedilatildeo Fiacutesica para

Reediccedilatildeo do Trabalho de Educaccedilatildeo Ambiental implantaccedilatildeo da rede de drenagem recuperaccedilatildeo dos reservatoacuterios de aacutegua e trechos de cerca

Fotos 4 e 5 - Disposiccedilatildeo de lixo e entulhos nas aacutereas limiacutetrofes da UC Acervo SEMAS

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 27: Plano manejo furb mata do passarinho

26

e aparelhamento da Educaccedilatildeo Ambiental) Na reuniatildeo do CONSEMA que aprovou o Projeto os conselheiros ainda sugeriram a elaboraccedilatildeo de

um Plano de Gestatildeo e Sustentabilidade da Unidade de Conservaccedilatildeo aleacutem da inserccedilatildeo das atividades da UC no contexto do

PROMETROacutePOLE Poreacutem o desenvolvimento das atividades previstas no projeto ficou comprometido com o afastamento da CIPOMA que a

partir de 2011 deixou atuar nos postos fixos em Unidades de Conservaccedilatildeo passando a trabalhar apenas com rondas nestes locais O projeto

de recuperaccedilatildeo foi concluiacutedo em 2012 e com isso foram retomadas as atividades do projeto ldquoProtetores Mirinsrdquo Neste periacuteodo a mata sofreu

vaacuterios incecircndios criminosos

Fotos 6 7 e 8 - Aspectos da Mata de Passarinho apoacutes incecircndios florestais ocorridos em 2011 e 2012 Acervo SEMAS

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 28: Plano manejo furb mata do passarinho

27

A Reserva Ecoloacutegica da Mata de Passarinho passou por um processo de adequaccedilatildeo agrave legislaccedilatildeo ambiental vigente em especial ao

SEUC sendo enquadrada na categoria de manejo do grupo de uso sustentaacutevel denominada Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho -

FURB Mata de Passarinho pela Lei Estadual nordm 14324 de 2 de junho de 2011

Em 2012 um marco muito importante para a implementaccedilatildeo da FURB foi a instituiccedilatildeo e posse do seu Conselho Gestor Consultivo pelo

Governo Estadual por meio da Portaria CPRH nordm 048 publicada no Diaacuterio Oficial do Estado em 26 de junho Este Conselho conta com a

participaccedilatildeo paritaacuteria da sociedade civil organizada e de oacutergatildeos puacuteblicos cujas accedilotildees tecircm repercussatildeo na aacuterea Tambeacutem foi realizado o

georreferenciamento da aacuterea com os novos limites da unidade e instituiacutedo um Plano de Fiscalizaccedilatildeo Conjunta CPRHCIPOMAPrefeitura de

Olinda

Com o Conselho Gestor instalado a nomeaccedilatildeo da gestora para a unidade e a estrutura fiacutesica recuperada foi iniciada a efetiva

implantaccedilatildeo da FURB Mata de Passarinho

F Aspectos Bioloacutegicos

Vegetaccedilatildeo

A FURB Mata de Passarinho constitui um importante atrativo ambiental histoacuterico e

cultural com potencial turiacutestico e educativo apesar de ainda ser pouco conhecida e

explorada pela populaccedilatildeo olindense Mesmo tendo sua cobertura vegetal limitada

fisicamente pelo tecido urbano consolidado em seu entorno predominam os aspectos e

caracteriacutesticas do verde urbano disponiacutevel para visitaccedilatildeo estudo e recreaccedilatildeo em qualquer

eacutepoca do ano

Encontra-se afastada do litoral jaacute fora da aacuterea estuarina mas ainda no domiacutenio

vegetacional da planiacutecie costeira onde a floresta original se formou nas margens dos rios e

mais adiante sobre os sedimentos pouco consolidados da Formaccedilatildeo Barreira ainda nas

baixas altitudes desta formaccedilatildeo que ocorrem proacuteximas ao meacutedio Beberibe Foto 9- Mata de Passarinho vista da Estrada de Passarinho Olinda

httpprojetosrecicladosorgbr

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 29: Plano manejo furb mata do passarinho

28

Eacute formada predominantemente por um pequeno fragmento de mata secundaacuteria incrustada numa encosta de formato cocircncavo

provavelmente remanescente da outrora e exuberante Floresta Perenifoacutelia Latifoliada Higroacutefila Costeira ou simplesmente Mata Costeira que

atualmente constitui juntamente com outros ecossistemas o bioma Mata Atlacircntica

Sua vegetaccedilatildeo demonstra ter sofrido um longo processo de perturbaccedilatildeo com vaacuterios momentos de alteraccedilatildeo fiacutesica na sua estrutura todos

de ordem antroacutepica originados principalmente pela exploraccedilatildeo do ambiente A uacuteltima alteraccedilatildeo significativa mesmo natildeo sendo a uacutenica que

contribuiu para modificaccedilatildeo dos seus aspectos vegetacionais teve iniacutecio com a ocupaccedilatildeo irregular de aproximadamente seiscentas famiacutelias de

baixa renda ocorrida em 1997 ndash dez anos apoacutes a instituiccedilatildeo da Reserva Ecoloacutegica - com o desmatamento de cerca de setenta por cento da

aacuterea

Hoje sua vegetaccedilatildeo predominante pode ser descrita como um tipo de fisionomia florestal em pleno processo natural de regeneraccedilatildeo

caracteriacutestico das sucessotildees secundaacuterias de matas nativas perturbadas com baixa diversidade bioloacutegica e predominacircncia de espeacutecies

helioacutefilas confirmando a entrada de muita luz solar no seu interior formando assim uma fitocenose composta principalmente por plantas

nativas de crescimento raacutepido estabelecidas a partir de propaacutegulos e de perfilhamento dos tocos lenhosos dos indiviacuteduos natildeo erradicados

apoacutes o corte

Fotos 10 11 e 12 - Aspectos da vegetaccedilatildeo no interior da Mata de Passarinho Acervo SEMAS

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 30: Plano manejo furb mata do passarinho

29

Um segundo cenaacuterio fitocenoacutetico presente mais proacuteximo agraves edificaccedilotildees descortina com uma miscelacircnea de plantas de origens

diversas muitas delas exoacuteticas introduzidas pelo seu valor alimentiacutecio como mangueira jambolatildeo (azeitona) jaqueira dendezeiro e coqueiro

mas que tambeacutem compotildeem um conjunto com arquitetura de porte florestal

A constituiccedilatildeo das populaccedilotildees de plantas da Mata de Passarinho como noutro ecossistema terrestre resulta do conjunto de fatores

ecoloacutegicos e edafoclimaacuteticos que atuam no ambiente Eacute nesse aspecto que todo o conjunto vegetacional que forma a mata carece de

interferecircncias (manejo) para ldquorestauraccedilatildeordquo dos seus aspectos ambientais de forma a se aproximar o maacuteximo do que jaacute foi no passado antes

do processo de exploraccedilatildeo e ocupaccedilatildeo humana no seu entorno

Flora

A necessidade de identificaccedilatildeo das plantas de qualquer ambiente vegetado estaacute presente nas unidades de conservaccedilatildeo especialmente

quando se necessita planejar quais os tipos de uso ou de conservaccedilatildeo mais adequados para o ambiente

Esta eacute tambeacutem a necessidade da Floresta Urbana Mata de Passarinho que tem uma significativa aacuterea com a vegetaccedilatildeo bastante

degradada e que precisa ser restaurada mas que ainda natildeo eacute suficientemente conhecida por falta de estudos ambientais

Desta forma natildeo basta conhecer apenas seus aspectos fito fisionocircmicos ou vegetacionais mas sim quais satildeo as plantas presentes

como elas satildeo conhecidas popularmente quais satildeo seus nomes botacircnicos a que grupo taxonocircmico pertence quais fazem parte da flora qual

o niacutevel de dominacircncia e interferecircncia das introduzidas sobre as indiacutegenas quais as relaccedilotildees ecoloacutegicas existentes dentre outras

necessidades

Satildeo vaacuterias as informaccedilotildees ambientais necessaacuterias para garantir que os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo sejam plenamente

alcanccedilados O conhecimento da flora da FURB Mata de Passarinho dentre outras inferecircncias ambientais vai contribuir na sua caracterizaccedilatildeo

na geraccedilatildeo de novos conhecimentos para o bioma e vai determinar o traccedilado do perfil ecoloacutegico da mata

Numa anaacutelise preliminar considerando as citaccedilotildees em dados secundaacuterios para Passarinho podem ser destacadas como espeacutecies

arboacutereas nativas indicadoras de mata secundaacuteria em estaacutegio inicial de regeneraccedilatildeo a embauacuteba (Cecropia palmata Willd) o sambaquim

(Schefflera morototoni (Aubl) Maguire et al) a cupiuacuteba (Tapirira guianensis Aubl) a imbira-vermelha (Xylopia frutescens Aubl) o cabatan-de-

rego (Cupania impressinervia Acev-Rodr (= C revoluta)) e a favinha (Stryphnodendron pulcherrimum (Willd) Hochr) apesar de natildeo serem

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 31: Plano manejo furb mata do passarinho

30

endecircmicas do Brasil e tambeacutem o murici (Byrsonima sericea DC) comum nas partes de maior insolaccedilatildeo cujo endemismo ainda natildeo estaacute

confirmado

Estatildeo tambeacutem presentes algumas espeacutecies nativas indicadoras de mata secundaacuteria mas agora em estaacutegio meacutedio de regeneraccedilatildeo

asucupira-mirim (Bowdichia virgilioides Kunth) e a amescla-de-cheiro (Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand) nenhuma delas endecircmica do

Brasil e tambeacutem algumas espeacutecies de ingaacute (Inga sp)

Como indicativo de que a mata pode ter no passado atingido um estaacutegio sucessional mais avanccedilado foi registrada a citaccedilatildeo da

ocorrecircncia de alguns indiviacuteduos arboacutereos de espeacutecies que satildeo indicadoras desta condiccedilatildeo ecoloacutegica caso tenham sido dominantes no seu

estrato aleacutem doutros requisitos do fito-diversidade e da dinacircmica ecoloacutegica Satildeo eles o visgueiro (Parkia pendula (Willd) Benth ex Walp) o

pau-sangue (Pterocarpus rohrii Vahl (= Pterocarpus violaceus Vogel )) e a praiacuteba (Simarouba amara Aubl) nenhum deles eacute endecircmico do

Brasil

Como ponto de partida para os estudos especiacuteficos confeccionou-se a seguinte lista das plantas lenhosas resultante do apanhado

dos dados secundaacuterios disponiacuteveis para esta unidade de conservaccedilatildeo Natildeo constituindo assim a lista floriacutestica propriamente dita da FURB

Passarinho exatamente por conter as citaccedilotildees drsquoalgumas plantas natildeo indiacutegenas de ocorrecircncia na aacuterea principalmente as frutiacuteferas

introduzidas que natildeo constituem a flora mas que precisam ser citadas porque estatildeo presentes fazem parte da miscelacircnea vegetacional

Apesar de natildeo constar espeacutecies herbaacuteceas nem arbustivas esta listagem daacute uma ideacuteia inicial do universo floriacutestico o qual deve ser

bem mais rico do ponto de vista da diversidade bioloacutegica uma vez que os ambientes hidroacutefilos do accedilude e dos olhos drsquoaacutegua e do sub-bosque

da mata natildeo foram amostrados nem estudados Tambeacutem natildeo foi feito levantamento das epiacutefitas samambaias e lianas carecendo de

levantamento floriacutestico minucioso em todos os ambientes

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 32: Plano manejo furb mata do passarinho

31

Quadro I - Lista das plantas lenhosas citadas para a unidade de conservaccedilatildeo

Famiacutelia Espeacutecie Vernaacuteculo

ARECACEAE Acrocomia intumescens macaiacuteba

ANNONACEAE Annona glabra araticurana

TILIACEAE Apeiba tibourbou pau-de-jangada

MORACEAE Artocarpus heterophyllus jaqueira

ARECACEAE Bactris ferruginea coco-de-fuso

FABACEAE Bowdichia virgilioides sucupira-mirim

COMBRETACEAE Buchenavia capitata imbirindiba

MALPIGHIACAEAE Byrsonima sericea murici

CECROPIACEAE Cecropia palmata embauacuteba imbauacuteba

ARECACEAE Cocos nucifera coqueiro

BORAGINACEAE Cordia nodosa gratildeo-de-galo

BORAGINACEAE Cordia sellowiana gargauacuteba

LECYTHIDACEAE Couepia rufa oiti-coroacute

SAPINDACEAE Cupania revoluta caboatatilde-de-rego

CAESALPINIACEAE Dialuim guianense pau-ferro-da-mata

ARECACEAE Elaeis guineensis dendecirc

MYRTACEAE Eugenia uniflora pitangueira

CAESALPINIACEAE Hymenaea coubaril jatobaacute

MIMOSACEAE Inga capitata ingaacute

MIMOSACEAE Inga edulis ingaacute-cipoacute

MIMOSACEAE Inga thibaudiana ingaacute

LECYTHIDACEAE Lecythis pisonis sapucaia

LECYTHIDACEAE Licania tomentosa oiti-da-praia

TILIACEAE Luehea ochrophylla accediloita-cavalo

MIMOSACEAE Macrosamanea pedicellaris jaguarana

ANACARDIACEAE Mangifera indica mangueira

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 33: Plano manejo furb mata do passarinho

32

MELASTOMATACEAE Miconia albicans carrasco

MYRTACEAE Myrciaria tenella cambuiacute

LAURACEAE Nectandra cuspidata louro

BOMBACACEAE Pachira aquatica carolina

MIMOSACEAE Parkia pendula visgueiro

EUPHORBIACEAE Pogonophora schomburgkiana cocatildeo

SAPOTACEAE Pouteria grandiflora leiteiro-trubaacute

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amecla-de-cheiro

MYRTACEAE Psidium guajava goiabeira

CAESALPINIACEAE Pterocarpus violaceus pau-sangue

ARALIACEAE Schefflera morototoni sabaquim

ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolia aroeira-da-praia

SIMAROUBACEAE Simarouba amara praiacuteba

MONIMIACEAE Siparuna guianensis erva-de-rato

ANACARDIACEAE Spondias mombim cajaacute cajaacute-mirim

MIMOSACEAE Stryphnodendron pulcherrimum favinha

MYRTACEAE Syzygium cumini azeitona jamelatildeo

SAPINDACEAE Talisia esculenta pitombeira

ANACARDIACEAE Tapirira guianensis cupiuacuteba pau-pombo

ANACARDIACEAE Thyrsodium salzmanianum caboatatilde-de-leite

ANACARDIACEAE Thyrsodium spruceanum caboatatilde

MELIACEAE Trichilia silvatica cafeacute-do-mato

CLUSIACEAE Vismia guianensis lacre

ANNONACEAE Xylopia frutescens embira-vermelha

RUTACEAE Zanthoxylum petiolare mamica-de-cadela

Lista em ordem alfabeacutetica pelo nome da espeacutecie (conforme citada nos trabalhos consultados) precedida do nome da famiacutelia com citaccedilatildeo dos principais vernaacuteculos Natildeo foi adotada a nova classificaccedilatildeo filogeneacutetica para

angiospermas baseada em APGIII (2009)

Fonte CARVALHO 2003 e COELHO 1997

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 34: Plano manejo furb mata do passarinho

33

Fauna

As matas costeiras costumam abrigar uma grande diversidade de animais

inclusive alguns ameaccedilados de extinccedilatildeo como vaacuterios mamiacuteferos da ordem dos

primatas (Primates) dos carniacutevoros (Carnivora) dos roedores (Rodentia) dos

desdentados (Xenarthra) das cuiacutecas (Didelphimorphia) e dos morcegos

(Chiroptera) aleacutem de outros vertebrados como peixes anfiacutebios reacutepteis e aves

Numerosas espeacutecies da fauna satildeo uacutenicas e caracteriacutesticas da Mata Atlacircntica a

maioria das aves reacutepteis anfiacutebios e borboletas que ocorrem nas nossas matas satildeo

endecircmicas desse bioma

As populaccedilotildees de animais que ocorrem num determinado bioacutetopo satildeo

indicadoras bioloacutegicas do estado de conservaccedilatildeo do ambiente Especialmente as

aves satildeo muito utilizadas como esses indicadores bioloacutegicos Um maior

conhecimento delas pode subsidiarprogramas de conservaccedilatildeo e manejo da mata

Por exemplo como geralmente as espeacutecies tiacutepicas de ambiente florestal satildeo

sensiacuteveis ao desmatamento e agrave reduccedilatildeo espacial do seu habitat podem apresentar

decliacutenios populacionais locais mesmo que a alteraccedilatildeo seja miacutenima

Particularmente a FURB Mata de Passarinho por ocupar uma aacuterea

territorial bastante reduzida para abrigar animais de meacutedio e grande porte ou ateacute

aqueles de pequeno porte que necessitam de territoacuterioscommaior aacuterea vegetada

para sobreviver certamente natildeo possui esses animais

Foto 13 - Bicho-preguiccedila httpwwwcprhpegovbrunidades_conservacaoProtecao_IntegralEstacao

_Ecologica_ESEC

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 35: Plano manejo furb mata do passarinho

34

Todavia certamente abriga um conjunto de animais bastante conhecidos da populaccedilatildeo que merece citaccedilatildeo pelo nome como satildeo

referidos no vernaacuteculo popular reunidos no seu respectivo grupo zooloacutegico sem preocupaccedilatildeo taxonocircmica mas apenas ilustrativa

demonstrando a necessidade de realizaccedilatildeo dos levantamentos e registros em niacutevel cientiacutefico

Quadro II ndash Lista dos animais que podem ser encontrados na aacuterea mas que necessitam de confirmaccedilatildeo e de registro cientiacutefico

Ve

rte

bra

do

s anfiacutebios cobra-cega jia perereca ratilde e sapo

reacutepteis calango caacutegado cobra-cipoacute caninana coral-verdadeira falsa-coral iguana jararaca jabuti lagartixa e teju

aves anu anu-branco bacurau beija-flor bem-te-vi cebito coruja guriatatilde gaviatildeo-peneira lavadeira patativa pica-pau rolinha e sanhaccedilu

mamiacuteferos bicho-preguiccedila camundongo catita cuiacuteca morcego preaacute rato raposasaguumlim e timbu

Inve

rte

bra

do

s

insetos

abelha besouro barbeiro barata bicho-pau borboleta borrachudo broca cavalo-do-catildeo cigarra cupim esperanccedila formiga gafanhoto grilo gorgulho joaninha libeacutelula louva-a-deus mariposa mangangaacute marimbondo maruim mosca mosquito muriccediloca mutuca paquinha percevejo pernilongo pulga pulgatildeo rainha sauacuteva serra-pau soldadinho tesourinha traccedila trinca tripes vaga-lume varejeira e vespa

aneliacutedeos minhoca e sanguessuga

aracniacutedeos aranha aacutecaro caranguejeira escorpiatildeo e carrapato

miriaacutepodes centopeacuteia embuaacute lacraia e piolho-de-cobra

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 36: Plano manejo furb mata do passarinho

35

II IDENTIFICACcedilAtildeO DE POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES

O levantamento de vulnerabilidades e potencialidades da FURB Mata de Passarinho foi realizado a partir de uma matriz de

planejamento denominada de Matriz FOFA (Forccedilas Oportunidades Fraquezas e Ameaccedilas) onde foram identificados os fatores

importantes positivos e negativos que direta ou indiretamente repercutem nos objetivos da unidade de conservaccedilatildeo Por meio dela

foram ressaltadas as pressotildees e ameaccedilas existentes atualmente agrave integridade ambiental da FURB (o que representa as suas

vulnerabilidades) e suas forccedilas e as oportunidades existentes (o que representa suas potencialidades)

No que se refere agraves potencialidades foram destacados os seguintes aspectos

1 Existecircncia de infraestrutura fiacutesica recuperada e funcionando ndash a FURB possui algumas edificaccedilotildees que possibilitam o desenvolvimento

de atividades de gestatildeo como salas para reuniatildeo espaccedilo para educaccedilatildeo ambiental espaccedilo para biblioteca banheiros etc Este fato

evidencia que existem condiccedilotildees baacutesicas para a instalaccedilatildeo da administraccedilatildeo e para a implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

2 Oacutergatildeos estadual e municipal atuantes comprometidos com a implantaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo um conselho gestor mobilizado

com um clima de entendimento e diaacutelogo entre os seus membros

3 Possibilidade de accedilatildeo integrada entre os diversos oacutergatildeos da administraccedilatildeo puacuteblica estadual e municipal na FURB principalmente no

que se refere agraves accedilotildees de educaccedilatildeo ambiental onde a CPRH e Prefeitura poderatildeo atuar em parceria

4 Perspectiva de significativa integraccedilatildeo e participaccedilatildeo da comunidade local nas atividades da FURB envolvendo entidades religiosas

culturais e sociais resgatando projetos educacionais anteriormente implantados

5 O Plano de Manejo uma vez elaborado possibilitaraacute a definiccedilatildeo de atividades prioritaacuterias a serem desenvolvidas na FURB assim como

a mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para viabilizar a sua implementaccedilatildeo inclusive da compensaccedilatildeo ambiental

6 Existecircncia de convecircnios entre a Prefeitura Municipal de Olinda e instituiccedilotildees de ensino e pesquisa que podem viabilizar o

aprofundamento do conhecimento cientiacutefico sobre a FURB principalmente no que se refere aos aspectos sociais do entorno e aos

aspectos bioloacutegicos da aacuterea

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 37: Plano manejo furb mata do passarinho

36

7 A localizaccedilatildeo da FURB em aacuterea urbana e a existecircncia de um sistema viaacuterio alimentado por transporte puacuteblico de passageiros facilitam a

integraccedilatildeo e o acesso da comunidade

Quanto agraves vulnerabilidades elas foram percebidas pelos conselheiros e participantes das oficinas nos seguintes aspectos

1 Ausecircncia de vigilacircncia interna e externa agrave FURB gera uma inseguranccedila aos frequentadores e moradores do entorno

2 Falta de uma fiscalizaccedilatildeo e controle ambiental efetivo aliado agrave ausecircncia de programas de comunicaccedilatildeo e educaccedilatildeo ambiental para a

comunidade propiciam praacuteticas inadequadas de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (principalmente lixo domeacutestico) na FURB e invasotildees

nos limites da unidade de conservaccedilatildeo aleacutem de desmatamentos esporaacutedicos

3 Apesar de dispor de instalaccedilotildees fiacutesicas para o desenvolvimento de

atividades inerentes agrave FURB elas satildeo insuficientes para as atividades de

uma unidade de conservaccedilatildeo e principalmente necessitam de manutenccedilatildeo

preventiva e sistemaacutetica o que ainda eacute bastante precaacuteria

4 Fragilidade da aacuterea a incecircndios florestais na maioria das vezes nas aacutereas

limiacutetrofes associado agrave inexistecircncia de um sistema preventivo de combate

aos mesmos

5 Falta de conhecimento cientiacutefico ou pouca disponibilidade de pesquisas e

estudos na aacuterea sobre os diversos aspectos necessaacuterios ao conhecimento

da FURB principalmente os dados sociais da comunidade local e os dados

bioloacutegicos da aacuterea (fauna e flora)

6 Presenccedila de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras da flora e fauna e de

animais domeacutesticos que circulam no interior da FURB aleacutem da cultura de

caccedila e apreensatildeo de animais

7 Descontinuidade das accedilotildees de governo e dos programas e projetos

desenvolvidos na aacuterea gera o descreacutedito da populaccedilatildeo

8 Facilitaccedilatildeo poliacutetica para desenvolvimento de accedilotildees irregulares na aacuterea

A identificaccedilatildeo das potencialidades e vulnerabilidades da FURB Mata de Passarinho possibilitaraacute a definiccedilatildeo de accedilotildees que venham

Foto 14 ndash Processo de elaboraccedilatildeo do Mapa Falado da FURB Mata de Passarinho

Acervo SEMAS

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 38: Plano manejo furb mata do passarinho

37

ressaltar o que ela tem de melhor de maneira a minimizar ou ateacute mesmo anular as fragilidades existentes visando o bom desempenho da

gestatildeo e o atingimento de metas que propiciem resultados efetivos para a UC

Para visualizar no territoacuterio da FURB e no seu entorno os aspectos relacionados a vulnerabilidades e potencialidades foi elaborado de

forma coletiva o mapa falado da unidade de conservaccedilatildeo que reflete a percepccedilatildeo espacial dos agentes puacuteblicos e sociais implementadores

da sua gestatildeo contendo natildeo soacute as observaccedilotildees feitas anteriormente como tambeacutem identificando os usos existentes no interior da UC e no seu

entorno imediato

Esta compreensatildeo do contexto em que se encontra a FURB foi o subsiacutedio concreto para a as propostas de accedilatildeo para a unidade de

conservaccedilatildeo definindo-se a partir dela o Zoneamento Ambiental e os Programas de Atividades para a Gestatildeo apresentados na segunda parte

deste Plano

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 39: Plano manejo furb mata do passarinho

38

PARTE II - CONSTRUINDO O FUTURO

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 40: Plano manejo furb mata do passarinho

39

III ZONEAMENTO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

A Base Conceitual para o Zoneamento Ambiental das Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

Quando se busca o gerenciamento territorial uma questatildeo orientadora eacute fundamental na conduccedilatildeo dos trabalhos devemos nos debruccedilar

sobre o que existe neste territoacuterio ou sobre o que para ele desejamos Na primeira hipoacutetese teremos um retrato fiel da situaccedilatildeo existente

identificando e descrevendo minuciosamente o que eacute encontrado Neste caso eacute fundamental a participaccedilatildeo de diversos atores que atuam e

vivenciam o territoacuterio considerado no levantamento de dados primaacuterios e secundaacuterios que descrevem o espaccedilo objetivando entender sua

formaccedilatildeo e prospectando as tendecircncias futuras de sua ocupaccedilatildeo Quando passamos agrave segunda hipoacutetese buscamos contemplar o ldquodever serrdquo

o que eacute desejado para o territoacuterio em pauta refletindo sobre o que para ele queremos e traccedilando as metas ideais considerando esta situaccedilatildeo

desejada Nesta reflexatildeo o existente nada mais eacute que um periacuteodo transitoacuterio para o que seraacute ou seja para o que desejamos que ele seja

Na construccedilatildeo do zoneamento para as Unidades de Conservaccedilatildeo da Natureza em Pernambuco buscamos utilizar os dois paradigmas

anteriores ou seja entender o que existe nos espaccedilos protegidos sem perder o foco do que para ele desejamos coletivamente De outra

forma podemos dizer que o ldquodever serrdquo seraacute o orientador das nossas estrateacutegias sem perder de vista a realidade que consideramos transitoacuteria

para o ldquoplanejarrdquo e que influencia em muito nossas estrateacutegias e metas juntamente com as possibilidades determinadas pelas categorias de

manejo

A Lei Estadual Nordm 13787 de 08 de junho de 2009 conceitua zoneamento como a ldquodefiniccedilatildeo de setores ou zonas em uma unidade de

conservaccedilatildeo com objetivos de manejo e normas especiacuteficas visando proporcionar os meios e as condiccedilotildees para que todos os objetivos da

unidade possam ser alcanccedilados de forma harmocircnica e eficazrdquo O zoneamento eacute portanto o estabelecimento de zonas e setores homogecircneos

nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos que possibilitam uma regulamentaccedilatildeo especifica para a ocupaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo da unidade de

conservaccedilatildeo e para o uso do dos recursos naturais

Para a gestatildeo territorial das Unidades de Conservaccedilatildeo buscamos dividir o territoacuterio trabalhado em duas categorias Zonas e Setores

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 41: Plano manejo furb mata do passarinho

40

As Zonas estatildeo definidas como fraccedilotildees territoriais possuindo homogeneidade nos aspectos fiacutesicos eou nos objetivos de uso que

retratam os objetivos ideais para o territoacuterio cumprindo os objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Os Setores estatildeo definidos como fraccedilotildees territoriais que em determinado momento natildeo cumprem os objetivos da Unidade de

Conservaccedilatildeo devendo possuir estrateacutegias e metas especiacuteficas para se adequarem aos objetivos da Unidade de Conservaccedilatildeo

Considerando que as unidades de conservaccedilatildeo satildeo espaccedilos que buscam em sua essecircncia a conservaccedilatildeo de amostras significativas da

biodiversidade e tambeacutem a sensibilizaccedilatildeo puacuteblica para importacircncia da manutenccedilatildeo deste patrimocircnio podemos afirmar que quando do

estabelecimento de seu zoneamento a ecircnfase nos usos que seratildeo estabelecidos deveraacute ser para a conservaccedilatildeo das aacutereas mais preservadas

sendo este o objetivo de sua existecircncia ou seja o que daacute sentido agrave criaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo Quando nos reportamos aos

paradigmas acima relacionados esta seria a nossa situaccedilatildeo ideal o ldquodever serrdquo que representa a nossa visatildeo de futuro

Por outro lado toda unidade de conservaccedilatildeo deve ter uma aacuterea onde seja possiacutevel desenvolver no miacutenimo as atividades administrativas

Neste espaccedilo deveraacute ser disponibilizada tambeacutem a infraestrutura para visitaccedilatildeo e apoio quando for o caso e o desenvolvimento de recreaccedilatildeo

em contato com a natureza Em siacutentese este espaccedilo representa o local (ou locais) onde a presenccedila do homem poderaacute e deveraacute acontecer

sempre que possiacutevel monitorada e avaliada para evitar ou minimizar os impactos decorrentes de sua presenccedila

Com base nesta reflexatildeo entendemos que o zoneamento de uma unidade de conservaccedilatildeo deve refletir esta intenccedilatildeo por um lado

estabelecer espaccedilos visando garantir a proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do

desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Para esta situaccedilatildeo

estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN que representa o ldquocoraccedilatildeordquo da unidade o que ela tem de melhor o que

desejamos atingir em termos de proteccedilatildeo ao ecossistema existente no territoacuterio

Por outro lado existem os usos que satildeo necessaacuterios agrave gestatildeo da unidade e os que foram consolidados historicamente seja pela

comunidade seja pela necessidade inerente a cada categoria de manejo Estes espaccedilos tecircm por excelecircncia a possibilidade da presenccedila do

homem permitindo o seu contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema aleacutem do

desenvolvimento de todas as atividades de administraccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo e das atividades necessaacuterias agrave implementaccedilatildeo do Plano

de Manejo Para este territoacuterio estabelecemos a denominaccedilatildeo de ZONA DE USO ANTROacutePICO ndash ZUA Neste espaccedilo os usos possiacuteveis deveratildeo

ser sempre compatiacuteveis com a categoria e os objetivos de manejo de cada UC

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 42: Plano manejo furb mata do passarinho

41

Para maior orientaccedilatildeo quanto agraves disposiccedilotildees de edificaccedilotildees controle de visitaccedilotildees e considerando a possibilidade de compatibilizar usos

culturais nas unidades de conservaccedilatildeo a ZONA DE USO ANTROacutePICO poderaacute conter as seguintes SUBZONAS

Subzona de Administraccedilatildeo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Subzona Cultural

Aleacutem destas duas zonas o Sistema Estadual de Unidades de Conservaccedilatildeo ndash SEUC (Lei Estadual 137872009) determina que toda

unidade de conservaccedilatildeo exceto as Aacutereas de Proteccedilatildeo Ambiental (APAs) as Reservas de Floresta Urbana (FURBs) e as Reservas

Particulares do Patrimocircnio Natural (RPPNs) deveratildeo ter uma ZONA DE AMORTECIMENTO definida como ldquoentorno de uma unidade de

conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos

negativos sobre a unidaderdquo

Categoria especiacutefica do SEUC de Pernambuco as Reservas de Florestas Urbanas ndash FURBs pelas suas caracteriacutesticas especiacuteficas ou

seja por se constituiacuterem remanescentes localizados no periacutemetro urbano sujeitos agraves fortes pressotildees existentes em seu entorno necessitam

de uma maior proteccedilatildeo nas aacutereas limiacutetrofes onde as suas vulnerabilidades ficam mais evidentes Para enfrentar a impossibilidade de se ter

zona de amortecimento foi criada uma ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL ndash ZAE que tem como objetivo criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria

com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade Esta zona deveraacute ser localizada no interior da

unidade percorrendo seu periacutemetro nos trechos onde as pressotildees antroacutepicas se mostram mais fortemente estabelecidas

O Quadro III apresenta a sistematizaccedilatildeo conceitual e as caracteriacutesticas que seratildeo consideradas quando da elaboraccedilatildeo do Zoneamento

Ambiental para as Unidades de Conservaccedilatildeo de Pernambuco

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 43: Plano manejo furb mata do passarinho

42

Quadro III ndash Sistematizaccedilatildeo do zoneamento ambiental para as unidades de conservaccedilatildeo de Pernambuco

ZONA DESCRICcedilAtildeO OBJETIVOS

Zona de Amortecimento

Espaccedilo no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Zona de Atenccedilatildeo Especial

Espaccedilo na unidade de conservaccedilatildeo destinado a criar uma barreira de vigilacircncia prioritaacuteria com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos da aacuterea de entorno sobre a unidade

Reduzir a vulnerabilidade das aacutereas limiacutetrofes da unidade propiciando um controle especial sobre elas

Zona de Ambiente Natural

Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde deve estar presentes as amostras mais significativas do(s) ecossistema(s) protegido(s) pela UC espeacutecies raras endecircmicas fraacutegeis ou ainda as ameaccediladas de extinccedilatildeo sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos

Garantir a proteccedilatildeo dos ecossistemas da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Zona de Uso Antroacutepico

Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo e implementaccedilatildeo das atividades do Plano de Manejo

Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade local

Facilitar a educaccedilatildeo ambiental e a recreaccedilatildeo em

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 44: Plano manejo furb mata do passarinho

43

contato com o meio ambiente

Subzona de Administraccedilatildeo

Espaccedilo destinado agraves edificaccedilotildees onde seratildeo realizadas as atividades administrativas da UC e onde poderatildeo ser instalados equipamentos de apoio ao Setor de Visitaccedilatildeo como centro de visitantes sanitaacuterios quiosques e afins

Este Setor deve estar localizado preferencialmente na periferia da unidade e sempre que possiacutevel aproveitando as edificaccedilotildees e infraestruturas existentes

Oferecer infraestrutura fiacutesica que permita o desenvolvimentos das atividades inerentes agrave administraccedilatildeo e de apoio agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Subzona de Visitaccedilatildeo

Espaccedilo destinado agrave visitaccedilatildeo puacuteblica agraves atividades a ela associada A sua utilizaccedilatildeo deveraacute ser monitorada e sempre que possiacutevel condicionada a sua capacidade de suporte

Propiciar a recreaccedilatildeo e a praacutetica da educaccedilatildeo ambiental em contato com a natureza

Disponibilizar e realizar trilhas ecoloacutegicas

Implantar equipamentos e sinalizaccedilatildeo adequados ao uso

Subzona Cultural

Aacutereas onde satildeo encontradas siacutetios amostras do patrimocircnio histoacuterico ndash cultural ou arqueoloacutegico que deveratildeo ser preservadas estudadas restauradas e interpretadas para o puacuteblico Se a importacircncia destes siacutetios natildeo for significativa eles poderatildeo ser integrados ao setor de visitaccedilatildeo

Proteger siacutetios histoacutericos ou arqueoloacutegicos em harmonia com o meio ambiente

Setor de Restauraccedilatildeo

Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria

Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta ou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC

Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para manter eou restituir o ecossistema a uma condiccedilatildeo o mais proacutexima possiacutevel da original ou utilizar a aacuterea para atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 45: Plano manejo furb mata do passarinho

44

Setor considerado de existecircncia provisoacuteria e deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua regularizaccedilatildeo

B Zoneamento da FURB Passarinho

O Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho foi definido a partir da base conceitual construiacuteda pela equipe teacutecnica e da identificaccedilatildeo

dos usos potenciais e futuros expresso no Mapa Falado da UC construiacutedo coletivamente nas oficinas de planejamento Estas informaccedilotildees

foram posteriormente analisadas em imagem de sateacutelite possibilitou a identificaccedilatildeo das aacutereas homogecircneas classificando-as em conformidade

com a base conceitual estabelecida e compatibilizando-as com os objetivos da categoria de manejo ldquoReserva de Floresta Urbanardquo definida no

SEUC A partir destas informaccedilotildees e criteacuterios o zoneamento foi desenhado determinando os usos proibidos os usos tolerados aleacutem das

recomendaccedilotildees especiacuteficas para cada uma das zonas subzonas e setores apresentados abaixo

Quadro IV - Zona de Atenccedilatildeo Especial - ZAE

Descriccedilatildeo Faixa com 10 metros de largura localizada no entorno de uma unidade de conservaccedilatildeo onde as atividades humanas estatildeo sujeitas a normas e restriccedilotildees especiacuteficas com o propoacutesito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade

Objetivo Minimizar os impactos externos sobre a unidade

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees para qualquer finalidade

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo esteja inserida nos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Instalaccedilatildeo de placas educativas e de comunicaccedilatildeosinalizaccedilatildeo da UC

Cercamento dos limites da UC

Realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo que natildeo comprometa a integridade ambiente

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Exercer uma fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle urbano intensivo a fim de evitar a ocupaccedilatildeo irregular e a disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

O oacutergatildeo gestor deveraacute realizar administrativamente demoliccedilotildees de novas edificaccedilotildees clandestinas conjuntamente com o oacutergatildeo de controle urbano e ambiental da municipalidade comunicando imediatamente ao Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 46: Plano manejo furb mata do passarinho

45

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de Projetos de restauraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Erradicaccedilatildeo e controle de espeacutecies exoacuteticas dentro de um plano especiacutefico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

deveraacute ser comunicado imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Quadro VndashZona de Ambiente Natural - ZAN

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave proteccedilatildeo integral do ecossistema seus recursos geneacuteticos e caracteriacutesticas naturais aleacutem do desenvolvimento de atividades de pesquisa cientiacutefica mantendo-o livre de alteraccedilotildees causadas por interferecircncia humana Eacute a aacuterea onde estatildeo presentes as amostras mais significativas do ecossistema protegido pela UC Nesta Zona eacute admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais

Objetivos Garantir a proteccedilatildeo do ecossistema da biodiversidade e da paisagem

Proteger espeacutecies raras endecircmicas ou ameaccediladas de extinccedilatildeo

Desenvolver e incentivar a realizaccedilatildeo de pesquisa cientiacutefica

Assegurar o processo de regeneraccedilatildeo natural ou induzido

Proteger a integridade dos recursos hiacutedricos

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Instalaccedilatildeo de infraestrutura

Traacutefego de veiacuteculos excetuando-se os casos necessaacuterios agrave proteccedilatildeo da UC

Visitaccedilatildeo puacuteblica que natildeo possua relaccedilatildeo com as atividades prioritaacuterias dos programas de manejo da UC

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos de quaisquer naturezas excetuando-se os necessaacuterios para o desenvolvimento de projetos compatiacuteveis com o Plano de Manejo desde que de caraacuteter temporaacuterio e devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Realizaccedilatildeo de pesquisas cientiacuteficas e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo sem comprometimento da integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo das trilhas da UC apenas para desenvolvimento de pesquisa cientiacutefica e atividades de monitoramento e fiscalizaccedilatildeo

Coleta de material bioloacutegico para pesquisa mediante autorizaccedilatildeo e supervisatildeo do oacutergatildeo gestor

Controle e erradicaccedilatildeo de plantas exoacuteticas mediante estudo teacutecnico e autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico da ZAN

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 47: Plano manejo furb mata do passarinho

46

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Utilizaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Restauraccedilatildeo de aacutereas degradadas

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de projetos para recuperaccedilatildeo induzida da aacuterea que devem ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Quadro VI - Zona de Uso Antroacutepico - ZUA

Descriccedilatildeo Espaccedilo destinado agrave conservaccedilatildeo dos ecossistemas e ao uso humano que apresentam potencial para visitaccedilatildeo permitindo o contato com o ambiente natural favorecendo uma interaccedilatildeo entre o visitante e o ecossistema

Nesta Zona deveratildeo ser dispostas as edificaccedilotildees e infraestruturas necessaacuterias ao funcionamento da unidade de conservaccedilatildeo a visitaccedilatildeo puacuteblica e agraves atividades a ela associada e ao desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo

Objetivos Propiciar a interaccedilatildeo do homem com o ambiente natural estimulando a conservaccedilatildeo dos recursos ambientais e dos processos ecoloacutegicos

Concentrar as edificaccedilotildees e a infraestrutura fiacutesica para atendimento agraves demandas da unidade de conservaccedilatildeo e agrave implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Oferecer infraestrutura para o desenvolvimento das atividades educaccedilatildeo ambiental visitaccedilatildeo puacuteblica e integraccedilatildeo com a comunidade local

Atender a demanda administrativa da FURB com a implantaccedilatildeo de construccedilotildees ampliaccedilotildees ou reformas

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Modificaccedilotildees no ambiente natural que possam comprometer a integridade dos recursos naturais

Danos ou supressatildeo da vegetaccedilatildeo

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras

Disposiccedilatildeo inadequada de resiacuteduos

Uso de buzinas ou outro tipo de som que possam afetar a fauna da UC

Instalaccedilatildeo de edificaccedilotildees e infraestrutura fiacutesica para o desenvolvimento das atividades administrativas e implementaccedilatildeo do Plano de Manejo

Criaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Trilhas interpretativas

Instalaccedilatildeo de equipamentos de seguranccedila e sinalizaccedilatildeo da UC que auxiliem na conduta dos visitantes e desenvolvimento das atividades do Plano de Manejo sem causar danos ao ambiente natural

Atividades relacionadas agrave pesquisa proteccedilatildeo educaccedilatildeo ambiental manejo e recuperaccedilatildeo da flora e fauna

Controle e erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

Quando necessaacuteria a realizaccedilatildeo de obras elas devem ser aprovadas pelo oacutergatildeo gestor

As espeacutecies exoacuteticas utilizadas para o paisagismo da zona devem ser gradativamente substituiacutedas por espeacutecies nativas

O acesso agraves aacutereas de visitaccedilatildeo soacute deve ser realizado com acompanhamento de condutor

A utilizaccedilatildeo das trilhas deveraacute ser monitorada e condicionada a sua capacidade de suporte

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 48: Plano manejo furb mata do passarinho

47

invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Uso de agrotoacutexicos para o controle de espeacutecies exoacuteticas mediante projeto autorizado pelo oacutergatildeo gestor

Pesquisas cientiacuteficas

Instalaccedilatildeo de viveiro florestal para produccedilatildeo de mudas e desenvolvimento de atividades educativas

Ordenamento do armazenamento e depoacutesito de resiacuteduos soacutelidos gerados na UC para posterior recolhimento urbano adequado

Compostagem

Estacionamento

Capacitaccedilatildeo da comunidade local para apoio agraves atividades de educaccedilatildeo ambiental e realizaccedilatildeo de trilhas

Os veiacuteculos deveratildeo transitar em velocidade baixa

Os resiacuteduos produzidos na UC deveratildeo ser coletados e transportados para esta zona onde seratildeo armazenados e recolhidos pelo oacutergatildeo competente do poder municipal

Quadro VII ndashSetor de Restauraccedilatildeo ndash SR

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade puacuteblica que foi submetido a alteraccedilotildees da vegetaccedilatildeo ou do solo necessitando de recuperaccedilatildeo ou regeneraccedilatildeo natural ou induzida visando agrave restituiccedilatildeo do ecossistema degradado o mais proacuteximo possiacutevel da sua condiccedilatildeo original Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a outra zona setor apoacutes sua restauraccedilatildeo

Objetivos Conter os processos de degradaccedilatildeo ambiental

Restaurar as aacutereas de relevante interesse ambiental priorizando a regeneraccedilatildeo natural dos ecossistemas degradados

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeoregeneraccedilatildeo natural ou induzida quando necessaacuterio

Promover e assegurar a recuperaccedilatildeo de solos degradados

Realizar o monitoramento ambiental

Permitir uso puacuteblico somente para fins educacionais

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Plantio de espeacutecies exoacuteticas e exoacuteticas invasoras para recuperaccedilatildeo das aacutereas

Disposiccedilatildeo de resiacuteduos provenientes das atividades toleradas no setor de restauraccedilatildeo

Acesso restrito para pesquisadores equipes de fiscalizaccedilatildeo funcionaacuterios e prestadores de serviccedilo com autorizaccedilatildeo da administraccedilatildeo

Pesquisas cientiacuteficas visando agrave execuccedilatildeo de projetos de restauraccedilatildeo ambiental

Os Usos Tolerados devem possuir autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 49: Plano manejo furb mata do passarinho

48

Instalaccedilatildeo provisoacuteria de equipamentos e infraestrutura para desenvolvimento de pesquisas ou projetos de restauraccedilatildeo ambiental desde que devidamente autorizado pelo oacutergatildeo gestor e que possam ser retirados apoacutes o teacutermino da atividade

Controle eou erradicaccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras dentro de um plano especifico e com a autorizaccedilatildeo e a supervisatildeo teacutecnica do oacutergatildeo gestor

Publico Estadual

Fomentar o estabelecimento de parcerias com instituiccedilotildees de pesquisas para aprofundar o conhecimento bioloacutegico do setor

Quadro VIII - Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria - SF

Descriccedilatildeo Espaccedilo de propriedade privada que deve ser incorporado ao patrimocircnio puacuteblico da unidade de conservaccedilatildeo para evitar desapropriaccedilatildeo indireta eou para ser utilizado no desenvolvimento de atividades eou projetos destinados ao cumprimento dos objetivos da UC Considerado de existecircncia provisoacuteria deve ser incorporado a Zona de Uso Antroacutepico apoacutes sua regularizaccedilatildeo

Objetivos bull Incorporar a aacuterea ao patrimocircnio puacuteblico para ser utilizada no desenvolvimento de atividades destinadas ao cumprimento dos objetivos da UC

Usos Proibidos Usos Tolerados Recomendaccedilotildees

Novas edificaccedilotildees de quaisquer naturezas ou ampliaccedilatildeo de edificaccedilotildees existentes

Atividades econocircmicas que natildeo estejam compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio de avaliaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies exoacuteticas

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo existente para fins de moradia

Utilizaccedilatildeo de edificaccedilatildeo para atividades econocircmicas compatiacuteveis com os objetivos da UC a criteacuterio do oacutergatildeo gestor

Plantio de espeacutecies nativas

Os Usos Tolerados devem possuir cadastro eou autorizaccedilatildeo do Oacutergatildeo Gestor (CPRH) eou da PMO quando for o caso

O oacutergatildeo gestor deveraacute autuar as novas edificaccedilotildees clandestinas solicitando agrave municipalidade a imediata demoliccedilatildeo das mesmas e comunicando o Ministeacuterio Puacuteblico Estadual sobre a accedilatildeo

A constataccedilatildeo de uso proibido pelo oacutergatildeo gestor deveraacute ser comunicada imediatamente ao Ministeacuterio Publico Estadual

Desenvolvimento de campanhas educativas voltadas aos objetivos da FURB

A Figura 3 a seguir apresenta o Zoneamento Ambiental da FURB Passarinho apresentado na Figura 3 foi elaborado a partir de imagens

de sateacutelite do ldquoGoogle Earthrdquo e expressa a visatildeo do futuro desejado para a unidade de conservaccedilatildeo

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 50: Plano manejo furb mata do passarinho

49

Figura 3 ndash Representaccedilatildeo Graacutefica do Zoneamento

da FURB Mata de Passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 51: Plano manejo furb mata do passarinho

50

C Normas Gerais de Uso da FURB Passarinho

O horaacuterio de funcionamento da Unidade de Conservaccedilatildeo seraacute 08h00minh agraves 16h00minh O horaacuterio para visitaccedilatildeo puacuteblica pesquisa cientiacutefica e demais atividades e serviccedilos necessaacuterios agrave manutenccedilatildeo da unidade seratildeo definidas eou autorizadas pelo oacutergatildeo gestor da UC eou pela PMO quando for o caso

A fiscalizaccedilatildeo e o monitoramento ambiental seratildeo permanentes e constantes em todas as zonas da UC

Eacute proibida a introduccedilatildeo de espeacutecies animais ou vegetais consideradas exoacuteticas na UC

Eacute proibida a entrada de pessoas com animais domeacutesticos em qualquer Zona da UC

Natildeo eacute permitida a entrada e a circulaccedilatildeo de animais domeacutesticos nas UCs

Eacute proibido coletar ou apanhar espeacutecimes da flora nativa ou parte destes exceto os casos autorizados pelo oacutergatildeo gestor

Eacute proibido matar perseguir caccedilar capturar manter em cativeiro ou utilizar espeacutecimes da fauna silvestre nativos ou em rota migratoacuteria sem a devida permissatildeo licenccedila ou autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor ou em desacordo com ela

Eacute proibido o uso ou ocupaccedilatildeo mesmo que temporaacuteria de aacutereas de preservaccedilatildeo permanente - APPs e das Zonas de Ambiente Natural

Eacute permitida a realizaccedilatildeo de pesquisas em quaisquer zonas da unidade de conservaccedilatildeo desde que autorizadas previamente pelo oacutergatildeo gestor conforme normas por ele estabelecidas ficando sujeita a seu acompanhamento e fiscalizaccedilatildeo

As pesquisas realizadas FURB natildeo podem colocar em risco a sobrevivecircncia das espeacutecies e dos ecossistemas

Os equipamentos utilizados durante as atividades de pesquisa devem ser retirados no prazo previsto no projeto de pesquisa aprovado

A reintroduccedilatildeo de fauna somente seraacute permitida com autorizaccedilatildeo preacutevia do oacutergatildeo gestor

Eacute proibida a realizaccedilatildeo de queimadas em quaisquer zonas da UC

Eacute proibida a circulaccedilatildeo de indiviacuteduos ou grupos no interior da UC sem autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 52: Plano manejo furb mata do passarinho

51

A realizaccedilatildeo de trilhas deveraacute ser autorizada previamente pelo oacutergatildeo gestor da UC e acompanhada por condutores habilitados

A FURB deveraacute adotar a Agenda Ambiental na Administraccedilatildeo Puacuteblica ndash A3P

Eacute proibido o lanccedilamento de resiacuteduos de qualquer natureza no interior FURB

O programa de educaccedilatildeo ambiental da FURB deveraacute contemplar atividades permanentes e constantes

Eacute proibida a utilizaccedilatildeo de maacutequina ou equipamento que emitam ruiacutedo no interior da FURB com exceccedilatildeo dos casos previamente autorizados pelo oacutergatildeo gestor

As novas edificaccedilotildees reformas ou acreacutescimos que se fizerem necessaacuterias nas unidades de conservaccedilatildeo soacute seratildeo permitidos mediante autorizaccedilatildeo do oacutergatildeo gestor eou da PMO quando for o caso

As empresas responsaacuteveis por prestaccedilatildeo de serviccedilos na FURB responderatildeo por descumprimento agraves normas por parte de seus funcionaacuterios independente da penalidade individual aplicada ao infrator

IV PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA GESTAtildeO DA UNIDADE DE CONSERVACcedilAtildeO

Para a definiccedilatildeo das atividades necessaacuterias agrave gestatildeo da FURB Passarinho foram consideras as potencialidades e vulnerabilidades

identificadas nas oficinas de planejamento o zoneamento ambiental e as atividades compatiacuteveis para cada zona subzona e setor aleacutem dos

objetivos de manejo da categoria conforme estabelecido no SEUC A metodologia estabelecia previamente os eixos temaacuteticos orientadores

para as atividades de gestatildeo

Gestatildeo e monitoramento da UC (efetividade de manejo)

Controle ambiental (fiscalizaccedilatildeo e monitoramento)

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas

Controle de espeacutecies exoacuteticas

Estudos ambientais e pesquisas cientiacuteficas

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 53: Plano manejo furb mata do passarinho

52

Educaccedilatildeo ambiental

Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas

Recursos econocircmicos para a gestatildeo

No processo de discussatildeo e construccedilatildeo do Plano de Manejo da FURB Passarinho foi proposta e aceita a junccedilatildeo dos eixos

Educaccedilatildeo ambiental e Medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social das comunidades vizinhas por se considerar

accedilotildees integradas e relacionadas

Recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas e Controle de espeacutecies exoacuteticas esta uacuteltima considerada parte integrante de um processo

de restauraccedilatildeo florestal O eixo temaacutetico ficou denominado ldquoRecuperaccedilatildeo Ambientalrdquo

A estrateacutegia concebida tambeacutem estabelece que as atividades do Plano de Manejo ainda podem ser agrupadas em conformidade com a

sua tipologia Para tanto apoacutes a finalizaccedilatildeo das oficinas de planejamento a equipe teacutecnica classificou cada atividade planejada de acordo com

o seguinte criteacuterio

Atividades autocircnomas satildeo aquelas que podem ser desenvolvidas dentro da governanccedila do Conselho Gestor e do oacutergatildeo gestor

da unidade de conservaccedilatildeo pela natureza abrangecircncia e repercussatildeo exclusivamente local

Atividades integradas constituiacutedas pelo conjunto de atividades desenvolvidas em parceria com outros agentes puacuteblicos e

privados por extrapolarem as competecircncias do Conselho Gestor e do Oacutergatildeo Gestor da unidade de conservaccedilatildeo pela

natureza abrangecircncia e repercussatildeo que ultrapassam os limites da unidade de conservaccedilatildeo

Esta compreensatildeo possibilita ao Conselho Gestor a oportunidade de identificar dentre as prioridades aquelas que estatildeo sob sua

custoacutedia e que poderatildeo ser desenvolvidas imediatamente gerando os primeiros resultados para gestatildeo da UC e aquelas que demandaratildeo

maiores investimentos seja de recursos financeiros ou articulaccedilotildees envolvendo outras parcerias Esta classificaccedilatildeo esta apresentada nos

quadros dos programas pelas letras A (atividades autocircnomas) e I (atividades integradas)

Tendo em vista a necessidade de se estabelecer um prazo para que as accedilotildees sejam avaliadas quanto agrave sua execuccedilatildeo sua adequaccedilatildeo

agrave realidade e agrave capacidade operacional das instituiccedilotildees envolvidas e resultados obtidos considerando o que foi planejado e o que foi

efetivamente realizado foi estabelecido um periacuteodo de 4 (quatro) anos como o horizonte temporal para revisatildeo geral do Plano Por outro lado

o atendimento aos resultados projetados soacute seraacute possiacutevel a partir de um acompanhamento sistemaacutetico do desenvolvimento das accedilotildees e por

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 54: Plano manejo furb mata do passarinho

53

meio de indicadores chaves capazes de orientar no caminho da sua efetivaccedilatildeo Sendo assim com o objetivo de ldquonatildeo deixar o bonde sair dos

trilhosrdquo a realizaccedilatildeo de oficinas perioacutedicas de monitoramento do Plano eacute fundamental para garantir o seu bom desempenho Neste momento

poderatildeo ser necessaacuterios ajustes ou mesmo redirecionamento de atividades para garantir o maior nuacutemero possiacutevel de accedilotildees previstas e

realizadas

Os Programas de Atividades para a Gestatildeo da FURB Mata de Passarinho estatildeo caracterizados abaixo assim como os quadros que

conteacutem aleacutem das atividades relacionadas a cada eixo temaacutetico o cronograma fiacutesico para execuccedilatildeo e a sua classificaccedilatildeo de acordo com a

tipologia (autocircnomas ou integradas)

A Gestatildeo e Monitoramento da Unidade de Conservaccedilatildeo

Este eixo temaacutetico tem como caracteriacutestica o agrupamento de atividades que permitem um acompanhamento perioacutedico da gestatildeo da

unidade de conservaccedilatildeo incluindo a sua administraccedilatildeo articulaccedilatildeo institucional para estabelecimento de parcerias manutenccedilatildeo da

infraestrutura fortalecimento institucional aleacutem do monitoramento e avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo O monitoramento do Plano seraacute realizado

por meio da qualificaccedilatildeo e da quantificaccedilatildeo de variaacuteveis (indicadores) que permitam mediccedilotildees comparativas entre a situaccedilatildeo atual e situaccedilatildeo

pretendida As atividades de monitoramento da gestatildeo permitiratildeo o acompanhamento das modificaccedilotildees no meio ambiente e seus reflexos na

unidade de conservaccedilatildeo indicando quando necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de instrumentos de correccedilatildeo da accedilatildeo gerencial Este eixo temaacutetico eacute

constituiacutedo por quatro Programas de Atividades prioritaacuterias que deveratildeo ser desenvolvidas na unidade de conservaccedilatildeo satildeo os seguintes

Programa de Articulaccedilatildeo Institucional Programa de Recuperaccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Infraestrutura Fiacutesica Programa de Fortalecimento

Institucional e Programa de Monitoramento e Avaliaccedilatildeo do Plano de Manejo As atividades relacionas ao eixo e a cada Programa satildeo

apresentadas a seguir

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 55: Plano manejo furb mata do passarinho

54

Quadro IX - Gestatildeo e monitoramento da unidade de conservaccedilatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ARTICULACcedilAtildeO INSTITUCIONAL

Desenvolver parceria com a COMPESA para controle de erosatildeo na barragemaccedilude SEMASCPRHPMO I

Estabelecer parceria com a Secretaria de Defesa Social ndash SDS Poliacutecia Militar (CIPOMA e Corpo de Bombeiros) ou com o IBAMA para implantar um projeto de seguranccedila e prevenccedilatildeo de incecircndios

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Universidades e Centros de Estudos e Pesquisas visando o atendimento das prioridades de pesquisas para a unidade de conservaccedilatildeo

SEMASCPRHPMO A

Estabelecer parceria com Prefeitura Municipal de Olinda ndash Sec de Meio Ambiente Sec de Serviccedilos Puacuteblicos Sec de Planejamento e Controle Urbano

CPRHPMO A

II RECUPERACcedilAtildeO E MANUTENCcedilAtildeO DA INFRAESTRUTURA FIacuteSICA

Realizar o cercamento da UC CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto para manutenccedilatildeo das edificaccedilotildees CPRHPMO I

Elaborar e implantar projeto de sinalizaccedilatildeo interna e externa para a UC CPRHPMO I

III FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Buscar a ampliaccedilatildeo do quadro de pessoal agrave disposiccedilatildeo da UC CPRHPMO I

Elaborar um plano de capacitaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo continuada para gestores inclusive dos conselheiros CPRHSEMAS PMO 1ordf CIPOMA

A

IV MONITORAMENTO E AVALIACcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO

Definir de indicadores de resultados do Plano de Manejo Conselho Gestor A

Realizar oficina de monitoramento e avaliaccedilatildeo para ajustes do Plano Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 56: Plano manejo furb mata do passarinho

55

B Controle Ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

Envolve um conjunto de atividades visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas da unidade de

conservaccedilatildeo baseado no poder de policia administrativo ambiental do aparato estatal que busca de forma antecipada evitar ou minimizar

impactos ambientais atraveacutes da vigilacircncia e fiscalizaccedilatildeo ambiental bem como do monitoramento do ecossistema protegido pela UC Os

Programas de Atividades de Gestatildeo deste eixo satildeo os seguintes Fiscalizaccedilatildeo e Monitoramento Ambiental e Prevenccedilatildeo e Controle de

Incecircndios conforme quadro abaixo

Quadro X - Controle ambiental (monitoramento e fiscalizaccedilatildeo)

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I FISCALIZACcedilAtildeO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Definir as regras de acesso e uso das zonas de uso antroacutepico (pesquisa trilhas retirada de frutas educaccedilatildeo ambiental cultos serviccedilos cessatildeo de espaccedilos para uso pela comunidade etc)

CPRH PMO A

Implantar o monitoramento do uso da UC CPRHPMO A

Desenvolver accedilotildees de combate agrave caccedila e desmatamento CPRHPMO 1ordf CIPOMA I

Desenvolver accedilotildees para a erradicaccedilatildeo da disposiccedilatildeo de lixo na UC e aacuterea do entorno CPRHPMO I

Exercer o controle e erradicaccedilatildeo das construccedilotildees irregulares dentro da UC PMO I

II PREVENCcedilAtildeO E CONTROLE DE INCEcircNDIOS

Elaborar e implantar o Plano de Prevenccedilatildeo e Controle de Incecircndios CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

Formar e Capacitar Brigadas ldquoMirinsrdquo com jovens da comunidade CPRH PMOBOMBEIROS 1ordf CIPOMA

I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 57: Plano manejo furb mata do passarinho

56

C Recuperaccedilatildeo Ambiental

Compreende um conjunto de atividades realizadas em um ambiente degradado (pela poluiccedilatildeo erosatildeo desmatamento dentre outras)

visando agrave recuperaccedilatildeo da cobertura vegetal e das caracteriacutesticas fiacutesicas quiacutemicas e bioloacutegicas da aacuterea semelhantes agraves condiccedilotildees originais

visando agrave manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e do ecossistema Envolve tambeacutem o controle das espeacutecies exoacuteticas cuja

introduccedilatildeo ou dispersatildeo ameaccedila o ecossistema habitats ou espeacutecies causando impactos ao ambiente interferindo na qualidade bioloacutegica da

aacuterea protegida Os Programas de Atividades deste eixo satildeo apresentados a seguir

Quadro XI - Recuperaccedilatildeo ambiental

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I RECUPERACcedilAtildeO DE AacuteREAS DEGRADADAS

Elaborar e implantar o Projeto de recuperaccedilatildeo ambiental para os Setores de Restauraccedilatildeo incluindo reflorestamento controle de erosatildeo e recuperaccedilatildeo de solos e recuperaccedilatildeo de nascentes

CPRH I

Identificar georreferenciar e monitorar as nascentes CPRHPMO A

Elaborar proposta e promover a regularizaccedilatildeo do Setor de Regularizaccedilatildeo Fundiaacuteria (SF) incorporando-o agrave Zona de Uso Antroacutepico

CPRHPMO I

II CONTROLE DE ESPEacuteCIES EXOacuteTICAS

Elaborar e implantar o plano de manejo de plantas exoacuteticas adultas CPRHPMO I

Promover o controle de propagaccedilatildeo das espeacutecies exoacuteticas e de espeacutecies exoacuteticas invasoras (retirada de sementes mudasplacircntulas e ervas daninhas)

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 58: Plano manejo furb mata do passarinho

57

D Estudos e Pesquisas Cientiacuteficas

Trata-se um conjunto de atividades que resultam na ampliaccedilatildeo do conhecimento sobre a aacuterea da unidade de conservaccedilatildeo e que

estimulam praacuteticas e saberes sociais conduzindo a manutenccedilatildeo das condiccedilotildees da diversidade bioloacutegica e dos ecossistemas e a ampliaccedilatildeo da

qualidade socioambiental Este eixo temaacutetico envolve um uacutenico Programa cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XII - Estudos e pesquisas cientiacuteficas

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I ESTUDOS E PESQUISAS

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento e Estudo socioambiental da comunidade do entorno

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Estudo fitossocioloacutegico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento floriacutestico CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento fitossanitaacuterio CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do Levantamento da fauna CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de Estudo tipoloacutegico e anaacutelise do solo CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo do levantamento e localizaccedilatildeo das nascentes e olhos drsquoaacutegua e anaacutelise de qualidade

CPRHPMO I

Apoiar e fomentar a elaboraccedilatildeo e realizaccedilatildeo de estudo teacutecnico para recuperaccedilatildeo do accedilude CPRHPMO I

Realizar estudos e elaborar proposta para ampliaccedilatildeo da FURB incorporando aacutereas com habitaccedilotildees irregulares

CPRHPMO I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 59: Plano manejo furb mata do passarinho

58

E Educaccedilatildeo Ambiental e Integraccedilatildeo com a Comunidade

Diz respeito a um conjunto de atividades que propiciam processos por meio dos quais o cidadatildeo e a coletividade possam construir valores

sociais conhecimentos habilidades atitudes e competecircncias voltadas para a conservaccedilatildeo da unidade de conservaccedilatildeo contribuindo para o

fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da aacuterea protegida Tambeacutem envolve medidas para promover a integraccedilatildeo econocircmica e social

das comunidades vizinhas assegurando uma relaccedilatildeo amistosa entre elas e a aacuterea protegida promovendo praticas sociais que contribuam para

o fomento de uma atuaccedilatildeo comunitaacuteria em defesa da unidade de conservaccedilatildeo Este eixo temaacutetico envolve os seguintes dois programas o de

Educaccedilatildeo Ambiental e o de Comunicaccedilatildeo e Integraccedilatildeo com a Comunidade cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIII - Educaccedilatildeo ambiental e integraccedilatildeo com a comunidade

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL

Desenvolver campanhas educativas relacionadas aos temas lixo e queimadas para a comunidade de entorno

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto para a realizaccedilatildeo de Trilhas monitoradas CPRHPMO e

1ordf CIPOMA

I

Implantarequipar o Centro de visitaccedilatildeo (videoteca biblioteca exposiccedilotildees etc) CPRHPMO A

Desenvolver atividades de Arte-educaccedilatildeo (teatro oficinas de reciclados contaccedilatildeo de histoacuteria etc) CPRHPMO A

Elaborar e implantar projetos para o envolvimento e participaccedilatildeo das Escolas do entorno nas atividades da UC

CPRHPMO e Ass

Educacional de

Passarinho

I

Elaborar e implantar projetos sobre produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de plantas medicinais CPRHPMO e Segmento

Religioso I

II COMUNICACcedilAtildeO E INTEGRACcedilAtildeO COM A COMUNIDADE

Resgatar e atualizar a marca da Mata de Passarinho CPRHPMO A

Elaborar peccedilas de comunicaccedilatildeo sobre Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 60: Plano manejo furb mata do passarinho

59

Desenvolver programa para premiaccedilatildeo comunitaacuteria ldquoAmigos da Matardquo por accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da Mata

CPRHPMO A

Desenvolver parceria com raacutedios comunitaacuterias para informaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo da comunidade e usuaacuterios da UC

CPRHPMO A

Elaborar e implantar projeto considerando os dados do estudo socioambiental para definiccedilatildeo de accedilotildees voltadas agraves demandas locais

CPRHPMO I

Elaborar e implantar projetos junto agrave comunidade do entorno para accedilotildees voltadas agrave proteccedilatildeo da mata (mini viveiro de mudas frutiacuteferas hortas etc)

CPRHPMO A

Criar um Blog e espaccedilo nos sites CPRH PMO e SEMAS para divulgar as accedilotildees da FURB Mata de Passarinho

Conselho Gestor I

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

F Recursos Econocircmicos para Apoio agrave Gestatildeo

Satildeo atividades que propiciem mecanismos de apoio agrave gestatildeo ambiental da unidade de conservaccedilatildeo por meio da potencializaccedilatildeo das

oportunidades de mobilizaccedilatildeo de recursos financeiros para apoiar a gestatildeo da FURB Mata de Passarinho Este eixo temaacutetico envolve um

uacutenico Programa de Mobilizaccedilatildeo de Recursos para Apoio agrave Gestatildeo cujas atividades satildeo apresentadas a seguir

Quadro XIV - Recursos econocircmicos para apoio agrave gestatildeo

PROGRAMAS DE ATIVIDADES PARA A GESTAtildeO RESPONSAacuteVEL ANO

I II III IV

I MOBILIZACcedilAtildeO DE RECURSOS PARA APOIO Agrave GESTAtildeO

Elaborar projetos para mobilizaccedilatildeo de recursos (definir aacutereas prioritaacuterias) CPRHPMO e SEMAS A

Viabilizar parcerias com atores locais para a produccedilatildeo de souvenires (camisetas blocos canetas adesivos para carro) utilizando a marca da Mata da FURB

CPRH Conselho Gestor I

Estimular a participaccedilatildeo de atores locais no apoio financeiro agrave gestatildeo criando um ldquoSelordquo que o identifique como parceiro

CPRH Conselho Gestor A

A - atividade autocircnoma I ndash atividades integradas

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 61: Plano manejo furb mata do passarinho

60

V REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

AGEcircNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (CPRH) Plano de Manejo da estaccedilatildeo Ecoloacutegica de Caeteacutes e Criaccedilatildeo do Conselho Gestor

Consultivo Volume 2 Zoneamento e Programas de Manejo 2012

AGEcircNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO (CONDEPEFIDEM) Banco de dados do Estado ndash BDE

Disponiacutevel em lthttpwwwbdepegovbrArquivosPerfilMunicipalOLINDApdfgt Acesso em 10062013

CARVALHO MB Estudos Fitossocioloacutegicos e Ambientais na Reserva Ecoloacutegica Mata do Passarinho Olinda PE 2003 38f Relatoacuterio de Estaacutegio Supervisionado (Graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal) ndash Universidade Federal Rural de Pernambuco Recife - PE COELHO MPCA Parecer Teacutecnico Mata do Passarinho Olinda ndash PE 1997 19f ASPAN ndash Associaccedilatildeo Pernambucana de Defesa da Natureza Recife ndash PE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA (IBGE)IBGECidadesPernambucogtOlindaDisponiacutevel

emlthttpwwwibgegovbrcidadesatxtrasperfilphpcodmun=260960ampsearch=pernambuco|olinda Acesso em 11062013

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAacuteVEIS (IBAMA) Roteiro Metodoloacutegico de

Planejamento Parque Nacional Reserva Bioloacutegica Estaccedilatildeo Ecoloacutegica

OLIVEIRA ML Mata do Passarinho Uma Possibilidade de Gestatildeo Participativa Olinda ndash PE 2000 55f Monografia (Especializaccedilatildeo em Gestatildeo e Controle Ambiental) Escola Politeacutecnica ndash Universidade de Pernambuco Recife ndash PE PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA A cidade de Olinda em dados Disponiacutevel em lthttpwwwolindapegovbra-cidadeolinda-em-

dadosgt Acesso em 10062013

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 62: Plano manejo furb mata do passarinho

61

ANEXO I

REPRESENTACcedilAtildeO GRAacuteFICA DO ZONEAMENTO AMBIENTAL E SETORIZACcedilAtildeO DA FURB MATA DE PASSARINHO

Poligonais dos limites da FURB Passarinho do Zoneamento e da Setorizaccedilatildeo dadas pela uniatildeo dos veacutertices ordenados nas

tabelas seguintes com suas respectivas Coordenadas Geodeacutesicas referidas ao WGS-84

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 63: Plano manejo furb mata do passarinho

62

LIMITE DA RESERVA DE FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 64: Plano manejo furb mata do passarinho

63

ZONA DE ATENCcedilAtildeO ESPECIAL - ZAE

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 65: Plano manejo furb mata do passarinho

64

ZONA DE AMBIENTE NATURAL ndash ZAN

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 66: Plano manejo furb mata do passarinho

65

ZONA DE USO ANTROacutePICO - ZUA

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 67: Plano manejo furb mata do passarinho

66

SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO I - SR I E SETOR DE RESTAURACcedilAtildeO II - SR II

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 68: Plano manejo furb mata do passarinho

67

SETOR DE REGULARIZACcedilAtildeO FUNDIAacuteRIA - SF

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 69: Plano manejo furb mata do passarinho

68

ANEXO II - LISTA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS PARA CONSTRUCcedilAtildeO DO PLANO DE MANEJO DA RESERVA DE

FLORESTA URBANA MATA DE PASSARINHO

Adriano E L Alves - CPRH

Alexandre R Botelho - SEMAS

Ana Claacuteudia Sacramento - SEMAS

Andreacute Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Antony Eduardo B Laurentino - Igreja Batista Semear com Cristo

Boroacute Monteiro - Associaccedilatildeo Horto Drsquoel Rey

Bruno Monteiro Pedrosa - PMO

Carlos Andreacute Pinheiro Veras - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Carlos Marcos Oliveira de Souza - FUNESO

Claudemir Manoel da Silva - Associaccedilatildeo Comunitaacuteria do Passarinho

Cleide Amorim Leite- PMO Secretaria de Meio Ambiente

Cosme de Castro Juacutenior- APA Santa CruzCPRH

Cristina Lundgren - CPRH

Deacutebora Arruda - PMO

Deacutebora Crispin Soares - CPRH

Deborah Almeida de Souza - PMO SecPlanejamento e Controle Urbano

Dorgivacircnia de Lima Cavalcante - Escola Municipal Barbosa Lima

Duraacutezio Siqueira - SEMAS

Edimilson Gaudecircncio - Delegado do Orccedilamento Participativo RPA1

Edson Silvino Dutra Costa - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Elba Borges da Silva Ferreira - CPRH (gestora da UC)

Elenildo Laurentino da Silva - 1ordf CIPOMA

Elizabete Buonora da S Lira - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Eneacuteas Moriz Mendonccedila - PMO Orccedilamento Participativo

Fernanda Luacutecia da R Lira - PMO Associaccedilatildeo Educacional de Passarinho

Genivaldo Barbosa de Santana - Associaccedilatildeo Religiosa Ilecirc Axeacute Oloxum

Giannina Cysneiros Bezerra - SEMAS

Heacutelvio Polito Lopes Filho - SEMASSecretaacuterio Executivo

Hermano de Miranda Trigueiro - PMO Sec de Planejamento e Controle

Urbano

Ideiacuteta Gomes da Silva - FUNESO

Irapoan Muniz - PMO Secretaria de Serviccedilos Puacuteblicos

Jairo Amaro da Silva - PMO Secretaria de Meio Ambiente

Jesseacute Peres da Silva - Centro de Apoio Comunidade de Passarinho

Joatildeo Luiacutes Falcatildeo - CPRH (estagiaacuterio)

Joseacute Cordeiro dos Santos - SEMAS

Josemar Rodrigo Soares - Antigo proprietaacuterio da aacuterea

Luiacuteza Rego Barros (Morena) - PMO

Maria Auxiliadora P da Silva - PMO Conselho Local de Sauacutede

Maria Claudeluacutecia N Ferreira - CPRH

Maria do Carmo G Atanaacutezio - Conselho Local de Sauacutede

Maria Joseacute dos S Melo - Delegada do Orccedilamento Participativo RPA 1

Marilourdes Guedes - SEMAS

Paulo Roberto P Batista - APA Santa CruzCPRH

Ricardo Galvatildeo de Souza - Morador Caixa Drsquoaacutegua

Rodrigo Ferraz J Marques - Parque Estadual Mata da Pimenteira

CPRH

Vantuir Miguel Rigo - APA Santa CruzCPRH

Verocircnica Maria Lima de Siqueira - SEMAS

Wellington Cacircndido - Conselho Municipal de Sauacutede- CMSOlinda

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo

Page 70: Plano manejo furb mata do passarinho

1

Secretaria de

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente

e Sustentabilidade

Realizaccedilatildeo