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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA
DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)
BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL - RCCV
ARM_TEC_02_03_REL_Bench_Nacref_RCCV_04_20141028
Agosto de 2014
Consórcio:
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)
Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status:
Externo
Título do documento: Benchmarking Nacional e Internacional Referencial RCC
Nome/código:
ARM_TEC_02_03_REL_BENCH_NACREF_RCCV_04_20150302 Versão: 4
Elaboração: Jesus Blasco Data: 28/10/2014
Revisão: Maria Antônia, Renato Almeida Data: 22/04/2015
Aprovação: Data:
Observações: O produto em sua primeira versão foi entregue em 12/08/2014, as considerações para revisão foram encaminhadas em 16/09/2014. Houve uma nova apresentação no dia 28/10/2014, outra reunião em Março de 2015 que culminou com um último encaminhamento de considerações. Esta é, portanto, a versão final, após todas as possíveis considerações de todos que acompanham o projeto.
Aprovação do Gestor: Gustavo Batista de Medeiros
Nome: Visto:
Data da Aprovação:
Consórcio:
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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APRESENTAÇÃO
Este documento consolidado denominado Benchmarking Nacional Referencial para a
gestão e gerenciamento dos resíduos da construção civil e volumosos (RCCV) congrega,
de forma analítica, as principais tendências em âmbito nacional para a gestão e
gerenciamento dos RCCV em alguns municípios e estados brasileiros. Este documento,
formalmente denominado Produto 03 – Benchmarking Nacional Referencial é o primeiro
produto da Fase 02 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo
Consórcio formado pelas empresas IDP Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha
- Gestão de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) cujo trabalho está sob
coordenação da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(ARMBH) e seu Grupo de Acompanhamento (GA).
Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases:
Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte;
Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e o gerenciamento dos RCCV; e
Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão
e gerenciamento dos RCCV.
O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses sendo que o
início se deu janeiro de 2014 e, portanto seu término está previsto para setembro de
2015.
A Fase 01, finalizada em setembro de 2014 teve a função de levantar dados e
apresentar o Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano
de Belo Horizonte e, por sua vez, foi composta por três produtos além de um Resumo
Executivo, conforme esquema apresentado no quadro a seguir.
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Quadro 1- Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos.
Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado. Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.
A Fase 02, iniciada paralelamente à etapa final da Fase 01 com a elaboração do Produto 03 é composta por seis produtos conforme descrito de forma sintética no quadro que se segue.
Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RCCV.
Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.
Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RCCV
Produto 03: Benchmarking
Referencial Nacional e
Internacional de Gestão e
Gerenciamento de RCCV
Produto 04 - Alternativa de
Gestão e Gerenciamento
de RCCV recomendada
Produto 05 - Alternativas
para o Transbordo,
Tratamento e Disposição Final
Produto 07 - Possibilidades de Implantação
de Soluções Integradas
Produto 06 - Áreas
Favoráveis para Instalação de Infraestruturas
de RCCV
Produto 08 - Sistema de
Gerenciamento Proposto
Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de BH
Produto 00: Balizamento técnico, legal e
metodológico para elaboração do Plano
Produto 01: Geração e fluxo de gestão e
gerenciamento dos RCCV
Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e
em execução, para gestão e gerenciamento
dos RCCV
Resumo Executivo: Síntese analítica de dados e informações
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .........................................................................................................................4
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................................7
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................9
LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 14
1.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS ...................................................................................... 16
2.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇOES ........................................ 17
3.0. INTRODUÇAO AO BENCHMARKING NACIONAL ........................................................... 18
4.0. CASO À CASO ................................................................................................................. 22
4.1. Brasília ......................................................................................................................... 22
4.2. Porto Alegre ................................................................................................................. 35
4.3. Curitiba ......................................................................................................................... 53
4.4. São Paulo ..................................................................................................................... 67
4.5. Fortaleza ...................................................................................................................... 83
4.6. Palmas ......................................................................................................................... 95
ANEXOS ............................................................................................................................ 104
OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS QUE
SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RCCV .......................................... 105
a. Cimasas - Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Microrregião do Alto Sapucaí para
Aterro Sanitário ...................................................................................................................... 105
b. São Bernardo do Campo, São Paulo. ............................................................................. 106
c. Votuporanga, São Paulo. ................................................................................................ 116
d. Região Metropolitana de Campinas ................................................................................ 134
e. Hortolândia, São Paulo. .................................................................................................. 143
f. Centro de Referência de Reciclagem de Resíduos da construção Civil e Demolições
(CRCD) .................................................................................................................................. 150
g. Coletas Online, Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da Construção
Civil 154
CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 168
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 169
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos. ................... 5
Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e
disposição final dos RCCV. ....................................................................................................... 5
Quadro 3 - Remoção anual de entulho pelo SLU ................................................................. 24
Quadro 4 - Estimativa da tipologia de resíduos verificada nos depósitos irregulares (t/dia)
em Brasília, DF, 2008. ............................................................................................................. 25
Quadro 5 - Quantidade (t/dia) de resíduos oriundos dos diversos geradores de RCC para
remoção pública (t/dia). ........................................................................................................... 25
Quadro 6 - Estimativa da geração de RCC, por tipo de transportador, no Distrito Federal
(t/dia), 2008. .............................................................................................................................. 25
Quadro 7 - Custos para a coleta de entulhos nos últimos anos, realizada pelo SLU. ....... 28
Quadro 8 - Locais de disposição final de Resíduos Sólidos urbanos em Porto Alegre,
(1969-2011). ............................................................................................................................. 42
Quadro 9 - Locais utilizados para disposição final/tratamento de RCCV no município de
Porto Alegre, de 1969 até 2011, sendo que para os RCC os dados estão disponíveis
apenas a partir de 1990. .......................................................................................................... 42
Quadro 10 - Carências levantadas e apresentadas no Plano Municipal de gestão
Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre. ................................................... 44
Quadro 11 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada
para atualização dos planos de gerenciamento de resíduos da construção civil. ............. 47
Quadro 12 - Eixo 5, Programa 5.2.4. Ferramentas de Gestão para os RCCV gerados em
Porto Alegre. ............................................................................................................................. 48
Quadro 13 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para a os seus objetivos
e indicadores relativos ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a
gestão e gerenciamento de resíduo no município de Porto Alegre. .................................... 49
Quadro 14 - Relação das infrações e suas respectivas multas previstas no Novo Código
de Limpeza Urbana de Porto Alegre. ..................................................................................... 51
Quadro 15 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia..... 55
Quadro 16 - Os pequenos geradores de RCCV no município de Curitiba e os serviços
prestados pelo Município a cada um deles. .......................................................................... 57
Quadro 17 - Modelo de (MTR) Manifesto de Transporte de resíduos de Curitiba,
regulamentado pele Decreto Municipal 609, de 2008. ......................................................... 58
Quadro 18 - Objetivo, meta e ações definidas no PGIRS do município de Curitiba, para a
Gestão dos RCC conforme as diretrizes legais em nível nacional e regional. ................... 64
Quadro 19 – Ações de emergência e contingência relacionadas aos serviços de limpeza
urbana ....................................................................................................................................... 65
Quadro 20 - Área de destinação final para os RCC recolhidos dos pontos viciados e
Ecopontos no Município de São Paulo e o percentual de recebimento destes resíduos em
cada uma destas unidades. .................................................................................................... 71
Quadro 21 - Volumes recebidos em 52 ecopontos em 2012 no município de São Paulo. 78
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Quadro 22 - Meta prevista para instalação de ponto de captação de resíduos volumosos
em áreas privadas no município de São Paulo. .................................................................... 81
Quadro 23 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos da construção
civil no Plano de Gestão de Resíduos do município de Fortaleza, CE. .............................. 89
Quadro 24 - Cronograma físico financeiro do PMGIRS de Fortaleza, Ceará com destaque
para os objetivos voltados aos RCCV. ................................................................................... 92
Quadro 25 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos
RCCV no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico –
PMSB Palmas. ....................................................................................................................... 100
Quadro 26 - Datas de recolhimento de resíduos volumosos no bairro Taboão, São
Bernardo do Campo, SP, para o ano de 2014. ................................................................... 107
Quadro 27 - Dados geoeconômicos dos municípios integrantes do Consimares, na
Região Metropolitana de Campinas, SP. ............................................................................. 134
Quadro 28 - Variação da quantidade de geração per capta de resíduos nos municípios
pertencentes ao consórcio Consimares na região metropolitana de Campinas. ............. 137
Quadro 29 - Geração de RSD nos oito municípios do consórcio Consimares, Região
Metropolitana de Campinas, SP. .......................................................................................... 137
Quadro 30 - Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular até 2014 (Bota foras).
................................................................................................................................................. 138
Quadro 31 - Implantação de Aterros Classe A (reservação de material para usos futuros)
nos municípios do Consimares atendidos por aterros de RCC até 2024. ........................ 138
Quadro 32 - Implantação de PEV´s, Áreas de Triagem e Transbordo nos municípios do
Consimares. ............................................................................................................................ 139
Quadro 33 - Cenário Atual da Rede de transporte de resíduos dos municípios da Região
Metropolitana de Campinas. ................................................................................................. 139
Quadro 34 - Logística Proposta para a Rede Integrada de Transporte de resíduos do
Consórcio Consimares. ......................................................................................................... 140
Quadro 35 - Diretrizes urbanísticas para os fluxos da rede técnica de resíduos sólidos
(Fluxus/2010). ......................................................................................................................... 141
Quadro 36 - Vantagens e desvantagens do sistema de coletas online. ........................... 158
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento. ................................................. 14
Figura 2 - Localização das áreas clandestinas do “Bota fora” do DF. ................................ 27
Figura 3 - Modelo de PEV, Tipologia I (600 m2). ................................................................... 29
Figura 4 - Modelo de PEV, Tipologia II (800 m2). .................................................................. 30
Figura 5 - Modelo de PEV Tipologia III (400 m2). .................................................................. 30
Figura 6 - Localização das áreas para ATTR pré-definidas no PGRCC do DF. ................ 31
Figura 7 - Gestão dos resíduos de construção civil nas ATTR previstas no PGRCC no
Distrito Federal, conforme apresentado no Plano proposto pela I&T. ................................ 32
Figura 8 - Unidade Destino Certo no bairro Cruzeiro do Sul. .............................................. 41
Figura 9 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto
Alegre. ....................................................................................................................................... 46
Figura 10 - Formulário online para preenchimento pelo cidadão para denúncias de ações
de descarte irregular de resíduos no município de Porto Alegre, RS. ................................ 51
Figura 11 - Exigências para a elaboração de Plano de Gerenciamento de RCCV em
Curitiba. ..................................................................................................................................... 56
Figura 12 - Campanha 2010 do Disque Solidariedade do município de Curitiba, PR. ...... 61
Figura 13 - Campanha 2010 do Disque Solidariedade do município de Curitiba, PR. ...... 62
Figura 14 - Servidores trabalham na separação de roupas doadas. .................................. 62
Figura 15 - Servidores trabalham na separação de roupas doadas. .................................. 63
Figura 16 - Veículo utilizado para o transporte das doações. .............................................. 63
Figura 17 - Polos de Recebimento de RCD no município de Fortaleza, de acordo com o
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. ............................................... 85
Figura 18 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das
carências identificadas no Plano. ........................................................................................... 88
Figura 19 - Definição das Áreas de atuação da coleta no bairro Taboão em São Bernardo
do Campo. .............................................................................................................................. 108
Figura 20 - Portal SAC Limpeza Urbana de São Bernardo do Campo. ............................ 108
Figura 21 - Rede de Ecopontos implantados em São Bernardo do Campo, SP. ............ 110
Figura 22 - Maquete do Ponto de Entrega Voluntária de Materiais para São Bernardo do
Campo, SP. ............................................................................................................................ 111
Figura 23 - Mapa de localização dos ecopontos em São Bernardo do Campo, 2014. ... 111
Figura 24 - Rede de Ecopontos interligada aos pontos de Entrega Voluntária................ 112
Figura 25 - Wallpaper para comunicação e sensibilização da população quanto aos
resíduos volumosos elaborado pela SBC Valorização de Resíduos em parceria com a
Prefeitura de São Bernardo do Campo. ............................................................................... 115
Figura 26 - Mapa esquemático do estado de SP, com destaque para o município de
Votuporanga. .......................................................................................................................... 116
Figura 27 - Gráfico comparativo, ano a ano da evolução do Ecotudo em Votuporanga, SP.
No que diz respeito às categorias de materiais, temos os seguintes dados. ................... 120
Figura 28 - Apresentação do Ecotudo – Projeto Pioneiro no Brasil, Junho de 2014. ...... 125
Figura 29 - Projeto Ecotudo em Votuporanga, SP: o que pode ser entregue. ................. 126
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Figura 30 - Entrada do Ecotudo de Votuporanga, SP. ....................................................... 127
Figura 31 - Portaria de uma unidade de Ecotudo em Votuporanga. ................................. 127
Figura 32 - Imagens dos acessos aos locais de disposição de materiais diversos. ........ 128
Figura 33 - Instalações do Ecotudo para recebimento de resíduos especiais, dentre
outros. ..................................................................................................................................... 128
Figura 34 - Instalações do Ecotudo para armazenamento de pilhas, lâmpadas e óleo. . 129
Figura 35 - Instalações do Ecotudo para armazenamento de recicláveis. ....................... 129
Figura 36 - Espaço Ecoleitura em uma unidade do Ecotudo em Votuporanga, SP. ....... 130
Figura 37 - Sinalização das vias de acesso, carga e descarga de uma unidade Ecotudo
em Votuporanga. SP.............................................................................................................. 130
Figura 38 - Ecotudo Unidade Zona Norte, Votuporanga, SP. ............................................ 131
Figura 39 - Fluxo da Destinação dos Resíduos entregue nos Ecotudo no município de
Votuporanga, SP. ................................................................................................................... 132
Figura 40 - Evolução na quantidade de material recebido nas unidades Ecotudo
instaladas em Votuporanga. SP. .......................................................................................... 133
Figura 41 - Slide final de apresentação com os contatos do Sec.MA de Votuporanga. SP.
................................................................................................................................................. 133
Figura 42 - Localização da Região Metropolitana de Campinas no Estado de São Paulo.
................................................................................................................................................. 134
Figura 43 - Orçamento Consimares, 2014. Receitas - Folha 1 de 2. ................................ 135
Figura 44 - Fluxo dos Resíduos de Construção Civil gerados na Região Metropolitana de
Campinas e gerenciados por meio do Consórcio denominado Consimares. ................... 140
Figura 45 - Unidade é a primeira dos cinco PEVs da cidade a ser concluída. ................. 147
Figura 46 - URE Osasco, SP. Usina para Reciclagem de resíduos da construção civil
implantada em parceria com o INAC e o Banco do Brasil. ................................................ 151
Figura 47 - Materiais de entrada da URE Osasco. ............................................................. 152
Figura 48 - Materiais produzidos na planta URE Osasco. ................................................. 153
Figura 49 - Grupos atendidos pelo software desenvolvido pelo Coletas Online. ............. 154
Figura 50 - Portal para log in do Sistema Eletrônico de controle de resíduos de São Jose
dos Campos............................................................................................................................ 161
Figura 51 - Imagem do funcionamento do sistema online de controle de caçambas no
município de São Carlos/SP. ................................................................................................ 165
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LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais.
ACFOR - Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos
de Saneamento Ambiental
AGEMCAMP - Agência Metropolitana de Campinas
AMA - Assistência Médica Ambulatorial
AMLURB - Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (SP)
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
ASMOC - Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia
ASSTEPLAD - Assessoria Técnica de Planejamento e Desenvolvimento
ATT - Áreas de Triagem e Transbordo
CCO - Centro de Controle Operacional
CD - Comitê Diretor
CDP - Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CIC - Cidade Industrial de Curitiba
CMMA - Conferência Municipal de Meio Ambiente
CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONPAM - Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.
CONRESOL Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos
Urbanos
CONSIMARES - Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da
Região Metropolitana de Campinas
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CORSAP - Consórcio Público de Manejo dos Resíduos e Águas Pluviais da
Região Integrada do Distrito Federal e Goiás
CTRP - Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos
CVS/SP - Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo
DMLU - Departamento Municipal de Limpeza Urbana
EMPLASA - Empresa Metropolitana de Planejamento
FEHOSUL - Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde
do Rio Grande do Sul
FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental
FISLURB - Fiscalização dos serviços de limpeza urbana
FMLU - Fundo municipal de limpeza urbana
GTAI - Grupo Técnico de Apoio Interinstitucional
GTG - Grupo Técnico Gestor
HVS - Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LIMPURB - Empresa de Limpeza Urbana do Salvador
MTR - Manifesto de Transporte de Resíduos
NBR - Norma Brasileira
OMS - Organização Mundial de Saúde
PERS-RS - Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul
PGIRS - Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PHS - Projeto Hospitais Saudáveis
PMGIRS - Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PMPA - Prefeitura Municipal de Porto Alegre
PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte
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RPM - Resíduos Perigosos de Medicamentos
RSan - Resíduos Sólidos de Serviços de Saneamento
RSI - Resíduos Sólidos Industriais
RSM - Resíduos Sólidos de Mineração
RSS - Resíduos dos Serviços de Saúde
RST - Resíduos de Serviços de Transportes
SEISP - Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos
SEMA - Secretaria Estadual de Meio Ambiente
SEMDU - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
SESAU - Secretaria Municipal de Saúde
SHS - Seminário Hospitais Saudáveis
SLU – Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte
SINDIPAR - Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado do Paraná
SINPAR - Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no
Estado do Paraná
SIPERS-RS - Sistema de Informações Plano Estadual de Resíduos Sólidos do
Rio Grande do Sul
SMAM - Secretaria Municipal do Meio Ambiente
SMGIRS - Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
SMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
UBS - Unidades Básicas de Saúde
UTC - Usina de Triagem e Compostagem
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INTRODUÇÃO
Um plano de gestão de resíduos, em linhas gerais, tem a função de orientar a gestão e o
gerenciamento dos resíduos para a região a que se aplica. O Plano Metropolitano de
Gestão Integrada dos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) está sendo
elaborado para promover uma melhoria contínua no fluxo desses resíduos, considerando
a realidade e as soluções mais adequadas para os municípios da Região Metropolitana
(RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. A gestão dos resíduos é de
responsabilidade governamental, intransferível, e abarca a definição de estratégias,
políticas, diretrizes e metas que balizam o gerenciamento dos resíduos, este de
responsabilidade do gerador, e guarda um cunho mais operacional, como demonstrado
na Figura 1.
Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento.
Quando concluído este Plano que está sendo elaborado a partir das premissas da
pluralidade e da representatividade da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,
contribuirá para um processo de gestão e gerenciamento dos resíduos de forma mais
eficiente, uma vez que:
A situação atual será conhecida.
Estarão definidos, com a perspectiva metropolitana, diretrizes, objetivos e metas.
Serão fomentados a implantação e aperfeiçoamento da gestão, e a sistematização
de dados e informações.
Serão planejadas, alinhadas, ordenadas e monitoradas as atividades do
gerenciamento.
Serão otimizados esforços, em busca de maior eficiência e menor custo das
atividades.
PLANO = orientativo / diretrizes, objetivos e
metas
GERENCIAMENTO = operacional /
responsabilidade do gerador
GESTÃO = estratégico / responsabilidade do
poder público
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Este Benchmarking Referencial Nacional de Gestão e Gerenciamento dos RCCV
apresenta, de forma objetiva os meios, processos, tecnologias e alternativas para a
gestão e gerenciamento de RCCV mais utilizados em âmbito nacional. Os dados e
informações apresentados não representam necessariamente as alternativas mais
adequadas à realidade da RMBH e Colar Metropolitano, e sim são exemplos de algumas
possibilidades de sucesso praticadas em outras regiões, estados e municípios brasileiros.
Vale ressaltar que todas as referências apresentadas neste documento devem passar por
uma análise criteriosa que leve em consideração as características intrínsecas da região
de abrangência do Plano com o objetivo de estudar a sua viabilidade de aplicação para a
gestão e gerenciamento dos RCCV. Este documento não apresenta uma análise crítica
das alternativas encontradas sendo, apenas, uma referencia de boas praticas sobre o
tema.
A organização deste documento, bem como dos demais produtos que serão
desenvolvidos para a Fase 02, segue as recomendações descritas pela Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS) para a elaboração de planos de gestão de resíduos,
permitindo sua fácil integração a outros planos desenvolvidos ou a desenvolver nos
municípios e no Estado de Minas Gerais.
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1.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS
O Benchmarking Referencial Nacional para os RCCV foi elaborado a partir de dados
secundários publicados nos Planos Estaduais, Municipais ou Regionais das respectivas
esferas governamentais.
Este documento está dedicado a uma descrição breve das alternativas para
gestão/gerenciamento dos resíduos de construção civil e volumosos
praticados/implantados em 06 municípios brasileiros - Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São
Paulo, Fortaleza e Palmas – que possuem Planos de Gestão Municipal de Resíduos
Sólidos que contemplam, com detalhe, os resíduos da construção civil e volumosos e/ou
aqueles que possuem Plano Municipal de Gestão dos Resíduos da Construção Civil e
Volumosos, previsto, ou não, por lei.
Os municípios citados foram escolhidos por estarem entre os 10 maiores municípios
brasileiros de acordo com o IBGE 2013 e, por isso, imaginou-se que eles poderiam
apresentar uma infraestrutura adequada de gestão e gerenciamento dos RCCV. Além
disso, foi escolhido um representante de cada região do Brasil sendo que no caso da
Região Norte como Manaus não apresenta nenhum dos documentos exigidos por lei para
a gestão de resíduos foi escolhido o município de Palmas como seu representante já que
este apresentava um plano publicado e informações claras e objetivas sobre o assunto.
Todas as informações foram extraídas dos Planos de Gestão Municipais já publicados e
quando utilizadas outras fontes estas foram devidamente referenciadas. O
esclarecimento de dúvidas e contradições foi feito mediante contato telefônico para a
obtenção de informações mais detalhadas.
Neste documento estão reunidas informações, dados publicados por instituições
governamentais, entidades representativas, acadêmicas, e, em alguns momentos são
apresentados materiais comerciais e de comunicação visual de empresas de tecnologias
para a gestão/gerenciamento de RCCV. Vale ressaltar que, em nenhum deles, o
consórcio está sendo beneficiado pela apresentação e divulgação destas informações.
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2.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
O Benchmarking Referencial Nacional para a gestão e o gerenciamento de RCCV,
juntamente com os produtos do Diagnóstico da Fase 01 são essenciais ao
desenvolvimento dos próximos produtos do Plano uma vez que, as informações do
diagnóstico, quando cruzadas com aquelas levantadas no benchmarking nacional e
internacional, resultarão em uma base de informações que servirá de análise das
alternativas mais viáveis para a gestão/gerenciamento dos RCCV originados na RMBH e
Colar Metropolitano.
Vale salientar que o Plano é um projeto dinâmico, ou seja, durante sua elaboração
podem surgir, a qualquer momento, novas informações que caso sejam relevantes
podem ser incorporadas aos documentos e à base de dados para os produtos
subsequentes.
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3.0. INTRODUÇÃO AO BENCHMARKING NACIONAL
Como já mencionado, o presente documento é parte integrante do Produto 03 –
Benchmarking Nacional e Internacional para Gestão e Gerenciamento dos RCCV da
Fase 02 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em RSS e RCCV para
Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.
Antes de se fazer uma análise específica sobre o tema Resíduos de Construção Civil e
Volumosos (RCCV) optou-se por uma verificação da existência ou não dos Planos
Municipais e Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PMGIRS ou
PGIRS) nas dez maiores cidades brasileiras, de acordo com o IBGE 2013, de forma a
subsidiar a escolha de um representante de cada unidade da federação. O quadro abaixo
apresenta de forma resumida um panorama geral da situação.
Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2013 e a existência ou não de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Município Unidade da Federação
População (IBGE, 2013)
PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações
Brasília Centro Oeste 2.789.761 Não Não
Porto Alegre
Sul 1.467.816 Sim / Agosto de 2013 Não/ Em processo de elaboração pela empresa ENGEBIO; previsto
para final de 2014
(http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html)
Curitiba Sul 1.848.946 Sim/ Outubro de 2010 Não/ Início em 2012, mas ainda
não foi finalizado. Convênio com
o MMA
São Paulo Sudeste 11.821.873 Sim/ 2012, revisado em
2014
Não/ Versão preliminar
apresentada em Junho de 2014.
Rio de Janeiro
Sudeste 6.429.923 Sim/ Agosto de 2012 Sim/ Janeiro de 2014
Belo Horizonte
Sudeste 2.479.165 Não/ Plano Municipal
de Saneamento, 2012-
2015
Não/ Em processo de elaboração
Salvador Nordeste 2.883.682 Não/ Plano de
Saneamento Básico
(Setembro 2010)
Não/ Possui um plano de
regionalização para resíduos
sólidos de Novembro de 2013.
Recife Nordeste 1.599.513 Sim/ Plano
Metropolitano de
Resíduos Sólidos, Abril
de 2013
Sim/Julho de 2012
Manaus Norte 1.982.177 Não/ Plano Diretor de
Resíduos Sólidos,
Não/ Finalização prevista para
30/10/2013, elaborado com
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Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2013 e a existência ou não de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Município Unidade da Federação
População (IBGE, 2013)
PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações
Julho de 2010 recurso aprovado pela Caixa
Econômica, no valor de R$ 1 925
milhões, dos quais 10% seriam
contrapartida do Estado do
Amazonas.
Fortaleza Nordeste 2.551.806 Sim/ Anexo do Plano
de Saneamento,
Novembro de 2012
O Edital de 2011 foi licitado e os
serviços iniciados no final de
2012. Previsão de entrega pelo
consórcio vencedor em Junho de
2015. (Valor total do contrato: R$
1.650.000,00 Empresas Gaia
Engenharia e Encosan; em 2013
foram realizadas 13 oficinas
regionais mais 4 seminários e
consultas públicas.).
Fonte: Elaboração própria (Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014).
No que se referem aos resíduos da construção civil, as informações sobre as iniciativas
de outros municípios brasileiros até o ano de 2005, disponibilizadas pelo Ministério das
Cidades, estão apresentadas no quadro a seguir.
Quadro 3- Informações gerais sobre a gestão de Resíduos da construção e Demolição (RCD) em alguns municípios brasileiros.
Município Plano de Gestão
Desenvolvido
Legislação Específica Aprovada
Pontos de Entrega para
Pequenos Volumes
Áreas Privadas para
Manejo de Grandes Volumes
Áreas Públicas para Manejo de Grandes
Volumes
Araraquara/SP Sim - sim - -
Belo Horizonte/MG Sim - sim sim sim
Brasília/DF - - - - sim
Campinas/SP - - - - sim
Curitiba/PR - sim - - -
Diadema/SP sim sim sim - -
Fortaleza/CE - - - sim -
Guarulhos/SP sim - sim sim sim
Joinville/SC sim sim - sim -
Jundiaí/SP - - - sim -
Lages/SC - sim - - -
Londrina/PR - - - - sim
Maceió/AL - - sim -
Piracicaba/SP sim - sim - sim
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Quadro 3- Informações gerais sobre a gestão de Resíduos da construção e Demolição (RCD) em alguns municípios brasileiros.
Município Plano de Gestão
Desenvolvido
Legislação Específica Aprovada
Pontos de Entrega para
Pequenos Volumes
Áreas Privadas para
Manejo de Grandes Volumes
Áreas Públicas para Manejo de Grandes
Volumes
Ponta Grossa/RS - - sim
Ribeirão Pires/SP sim - sim - sim
Ribeirão Preto/SP - - - - sim
Rio de Janeiro/RJ - sim sim - -
Salvador/BA sim - sim - -
Santo André/SP - - sim - -
São Bernardo/SP - - - sim -
São Carlos/SP - - sim - sim
São Gonçalo/RJ - - - - sim
São José do Rio
Preto/SP sim sim sim sim sim
São José dos
Campos/SP - - - - sim
São Paulo/SP sim sim sim sim -
Socorro/SP - - - sim -
Uberlândia/MG - - sim sim -
Vinhedo/SP - - - - sim
Obs.: A símbolo “– “ indica que a informação não existe ou não foi encontrada pela fonte. Fonte: MINISTÉRIO DAS CIDADES – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Panorama dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) no Brasil. Disponível em: http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/sisnama/meio_ambiente_em_temas/panorama_ma.pdf
Em termos de abrangência, verifica-se que os municípios listados no quadro acima
possuem uma representatividade satisfatória já que cada unidade federativa está sendo
representada por, pelo menos, um município.
Pelo Quadro 3 acima, pode-se constatar que, até a data de apresentação deste
documento, das dez maiores cidades brasileiras, três delas, incluindo a capital do país,
Brasília, e ainda Belo Horizonte e Manaus, não apresentam ou, pelo menos, ainda não
publicaram seus respectivos Planos de Gestão Integrada de Resíduos (PGIRS). Além
disso, observa-se ainda que dos 10 estados apenas os Estados do Rio de Janeiro e de
Pernambuco possuem Plano Estadual de Gestão de Resíduos publicado.
Tendo em vista que o Plano Estadual de Resíduos Sólidos aponta caminhos, orienta
investimentos e define diretrizes para os planos das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregionais, bem como para os planos municipais de gestão
integrada e para os planos de gerenciamento dos grandes geradores de resíduos é
alarmante o fato de que 90% dos estados que abrigam as 10 maiores cidades brasileiras
não possuem um plano de gestão.
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Destaca-se, dado seu caráter regional, o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de
Resíduos da Região Metropolitana de Recife, região esta, que, em termos de
organização territorial se assemelha à Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar
Metropolitano.
O município de Fortaleza optou por elaborar o PGIRS como um dos anexos ao Plano de
Saneamento Básico, ou seja, além de atender as exigências da Lei 11.445/07, o Plano
abarca também todos os pontos exigidos pela Lei Federal 12.305/2010.
Como já mencionado, alguns destes municípios elaboraram seus Planos Municipais de
Resíduos Sólidos, previamente à elaboração e aprovação dos Planos Estaduais de
Resíduos Sólidos de seus respectivos municípios. Este fato pode interferir negativamente
na boa condução e implementação das DIRETRIZES, OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E
METAS planejadas, em espaços de construção participativa junto à sociedade. É,
portanto, indispensável uma articulação e coordenação mínima das DIRETRIZES,
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS definidas em âmbitos municipal e estadual.
Além deste aspecto, nestas situações, o trabalho de coordenação das DIRETRIZES,
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS, sendo mais complexo, exigirão maiores
esforços da administração pública.
Nos itens seguintes, serão apresentados, caso a caso, no que diz respeito aos Resíduos
de Construção Civil e Volumosos (RCCV), um panorama geral desde a geração até a
disposição final destes resíduos nos municípios de Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São
Paulo, Fortaleza e Palmas. Salienta-se que, o munícipio de Palmas, capital do Estado do
Tocantins, é o representante da região norte, já que município de Manaus não possui seu
próprio PGIRS.
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4.0. CASO A CASO
4.1. Brasília
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)
O município teve um plano elaborado em 2009, mas, como a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2010) é datada de Agosto de 2010, de acordo com
os funcionários do SLU, o Plano passará por atualização e adequação às novas
exigências legais, o que será feito por uma empresa de consultoria contratada para este
fim. Neste sentido, a administração informou que a primeira licitação foi cancelada e o
resultado da segunda licitação ainda não foi divulgada.
A CORSAP (Consórcio Público para Manejo de Resíduos e Águas Pluviais da Região
Integrada do Distrito Federal) está liderando a elaboração do Plano Intermunicipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PIGIRS que contemplará 11 municípios. Os
produtos consistem em Projeto de Mobilização Social e Divulgação, Diagnósticos da
Gestão e dos Resíduos, além de programas como de Coleta Seletiva, Logística Reversa,
Resíduos da Construção Civil e de Educação Ambiental, dentre outros produtos. A
publicação de sua versão final está prevista para Setembro de 2014. Um
acompanhamento pode ser feito por meio do site: http://corsap-df-go4.webnode.com/.
Neste site é possível acessar o Protocolo de Intenções, atas de reuniões e o estatuto do
consórcio, bem como outras informações interessantes.
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
Por meio do Decreto Distrital (DF) nº 33.825/12 foi criado, no âmbito da Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o Comitê Gestor de Resíduos da
Construção Civil e Resíduos Volumosos do Distrito Federal (CORC/DF) cuja composição
é de integrantes do Governo, de geradores, transportadores e recicladores de resíduos
da construção civil e de partes interessadas (o texto na integra do decreto pode ser
visualizado no site:
http://www.sinj.df.gov.br/SINJ/Arquivo.ashx?id_norma_consolidado=72080).
Dentre as atribuições do CORC/DF, está à criação de Câmaras Técnicas para realizar
estudos, propor soluções e manifestar-se, por meio de parecer, sobre assuntos
específicos e relacionados às suas competências na gestão de resíduos da construção
civil.
Além das Câmaras Técnicas, o CORC/DF também tem como atribuições elaborar e
coordenar os programas e as ações constantes do Plano Integrado de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos – PGRCV.
O PLANO INTEGRADO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO
CIVIL E RESÍDUOS VOLUMOSOS NO DISTRITO FEDERAL – PIGRCC foi publicado em
dezembro de 2013 com base em um processo participativo de discussão e coletivo de
decisões, no âmbito do Comitê Gestor de Resíduos da Construção Civil e Resíduos
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Volumosos, coordenado pela Subsecretaria de Políticas de Resíduos Sólidos da
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SUPRES/SEMARH).
Destaca-se ainda que o Plano se junta a outras políticas públicas desenvolvidas pelo
Distrito Federal, e foi elaborado com vistas a atender a Lei Distrital nº 4.704/2011, que
dispõe sobre a gestão integrada de resíduos da construção civil e de resíduos
volumosos, que determina, também, que os resíduos da construção civil e os resíduos
volumosos, após sua captação, devem ser triados, aplicando-se a eles sempre que
possível processos de reutilização, desmontagem e reciclagem, evitando sua disposição
final em aterro sanitário. Além disso, o PIGRCC é parte integrante do Plano Regional de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), cuja exigência é estabelecida pela Lei
11.445/05, que instituiu a Política Nacional de Saneamento Básico e pela Lei 12.305/10.
Tanto o Programa quanto o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos do Distrito Federal estabelecerão diretrizes, objetivos, programas e
ações específicas e comuns para todos os aspectos:
I. Programa Distrital de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos – para os pequenos geradores (volume menor que um
metro cúbico);
II. Plano Distrital de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos
Volumosos – para os demais geradores (volume maior que um metro cúbico).
O Programa Distrital de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Volumosos
tem por objetivo estabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das
responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos
do sistema de limpeza urbana local.
De todas as informações apresentadas e publicadas no PGRCC do DF, serão
destacadas aquelas relacionadas ao fluxo de RCCV no Distrito Federal e algumas
diretrizes, metas e estratégias que podem ser tomadas como referência para a Região
Metropolitana de Belo Horizonte e seu Colar Metropolitano.
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Geração de RCCV no Distrito Federal
No diagnóstico realizado em 2008, para elaboração do Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Volumosos do Distrito Federal, a
situação encontrada mostrou que, já naquele ano, havia necessidade de uma política de
gerenciamento integrado dos resíduos da construção civil e volumosos. O Quadro 3
apresenta a série histórica da remoção de entulho nos anos de 2002 a 2012, fornecidos
pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e apresentados no PGRCC da região.
Quadro 3 - Remoção anual de entulho pelo SLU
ANO TONELADA DE RCC % COLETA
2002 827.795 58,69
2003 834.387 59,44
2004 772.734 56,39
2005 735.804 54,20
2006 735.083 52,93
2007 824.962 55,93
2008 1.406.899 66,27
2009 1.451.683 66,02
2010 1.305.530 62,92
2011 1.192.960 59,76
2012 567.458 40,72 Fonte: Relatório anual de atividades do SLU, Brasília. Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
e Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
Uma breve análise do Quadro 3 evidencia uma queda no volume de RCC gerado no ano
de 2012. Isso se deve à exigência do Tribunal de Contas do DF (TCDF) da pesagem de
todos os caminhões com resíduos de remoção de podas, resíduos volumosos e de
construção civil, ao invés do controle anteriormente realizado que era feito por viagem e
por tipo do caminhão. No entanto, em 2012, foi priorizada a pesagem apenas dos
caminhões com resíduos domiciliares, visando não provocar engarrafamentos de
veículos na entrada do aterro. Em suma, nem todos os RCC foram pesados, o que
resultou em um número que subestima a realidade.
Nos anos anteriores a 2012, por insuficiência de balanças no lixão do Jóquei, que
impedia a pesagem dos caminhões da coleta de resíduos domiciliares e dos caminhões
com resíduos de remoção, o SLU não tinha controle rigoroso dos serviços de remoções.
A metodologia de cálculo era feita com base nos pagamentos aos contratados, ou seja,
equivalente a seis toneladas para caminhão toco (com capacidade reduzida, carroceria
menor, por apresentar apenas um eixo) e 11 toneladas para caminhão trucado (com
capacidade de carga maior por apresentar dois ou mais eixos). Como foi instalada outra
balança no aterro há tendência para aumento das quantidades recolhidas e pagas, no
ano 2013, em relação a 2012.
Ainda, com base no diagnóstico de 2008, o Quadro 4 apresenta a estimativa da tipologia
de resíduos encontrada nos depósitos irregulares.
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Quadro 4 - Estimativa da tipologia de resíduos verificada nos depósitos irregulares (t/dia) em Brasília, DF, 2008.
RCC Volumosos RSU Total
2.623 370 93 3.086
85% 12% 3% 100% Fonte: SLU DF, I&T (2008) apresentada no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
Em seguida, o Quadro 5 apresenta a origem dos resíduos que são removidos pelo poder
público das deposições irregulares, em toneladas por dia.
Quadro 5 - Quantidade (t/dia) de resíduos oriundos dos diversos geradores de RCC para remoção pública (t/dia).
Particulares Carroceiros Empresas Total
345 1.294 983 2.622
13% 49% 37% 100% Fonte: SLU DF, I&T (2008) apresentada no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
De acordo com o observado no Quadro 5 os carroceiros são responsáveis por metade
dos resíduos descarregados nos locais de disposição irregular. No entanto, as empresas
coletoras representam, também, parcela importante do total de RCC dispostos
irregularmente e que são coletados pelo SLU. Com os dados apresentados, pode-se
chegar a uma estimativa da quantidade de geração de RCC e Volumosos por cada tipo
de transportador no ano de 2008, como demonstrado no quadro a seguir.
Quadro 6 - Estimativa da geração de RCC, por tipo de transportador, no Distrito Federal (t/dia), 2008.
Transportador Empresas Coleta pelo SLU RCC
Particulares - 345 345
Carroceiros - 1.294 1.294
Caixa Brooks (Caçamba)
3.920 983 4.903
3.920 2.622 6.542 Fonte: ASCOLES, SLU, I&T (adaptado, 2008). Dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil e Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
O Plano elaborado pela I&T apresenta dados numéricos que expressam o potencial de
reciclagem de RCD no Distrito Federal, a saber:
6.000,00 toneladas ≈ 5.000 m3/dia ≈ 1.000 caçambas /dia.
80% em média é Classe A e podem ser reciclados.
O transporte privado movimenta ≈ R$ 3,0 milhões/mês.
O transporte público custa ≈ R$ 2,0 milhões/mês.
A venda do material reciclado a R$ 25,00/mês pode gerar ≈ R$ 2,1 milhões/mês.
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Se a ATTR cobrar taxa de R$ 5,00/caçamba ≈ R$ 2,7 milhões/ mês.
A implantação de um Ecoponto prevê um investimento de ≈ R$ 100.000,00.
A implantação de uma ATTR prevê um investimento de ≈ R$ 1,5 milhão.
Fonte: Governo Do Distrito Federal - Secretaria De Estado De Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Dados de
setembro de 2012. Disponível em:
http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0CB4QFjAA&url=http%3
A%2F%2Fwww.agu.gov.br%2Fpage%2Fdownload%2Findex%2Fid%2F19810317&ei=eGn0VOzdCMmmNt-
4gsAL&usg=AFQjCNHsFZ7ZUxwIEBiKcr1nMwPUuXqvxg&bvm=bv.87269000,d.eXY
Analisando os valores acima (relativos a setembro de 2012) é possível prever que,
quando em funcionamento adequado, o sistema regularizado de coleta e recebimento de
RCD incluindo a cobrança por caçamba, o serviço público de limpeza urbana arrecadaria
recurso suficiente para a implantação das infraestruturas necessárias e prevista no plano.
Armazenamento dos RCCV no Distrito Federal
Não foram apresentadas informações detalhadas no Plano Coleta de RCCV e resíduos
associados no Distrito Federal.
No Distrito Federal, o sistema proposto no Plano para os pequenos geradores- que
geram volumes de até um metro cúbico - é baseado nos Pontos de Entrega para
Pequenos Volumes (PEPV) conhecidos também como Ecopontos. Estes locais seriam
administrados pelo poder público e, quando houver interesse, podem também partir de
iniciativas privadas. O sistema previsto para atendimento dos grandes geradores - que
geram mais que um metro cúbico – seria, então, constituído em Áreas de Transbordo,
Triagem e Reciclagem (ATTR) e em Áreas para Aterros de Inertes (ATI) e seria custeado,
em sua maioria, pelo setor privado.
Como já apresentado em itens anteriores, o diagnóstico realizado em 2008 identificou
três linhas de coleta e transporte de RCCV: particulares, carroceiros e os denominados
caçambeiros ou caixa brooks. O Quadro 6 apresenta a quantidade de resíduos
transportados por cada um destes “personagens” para o ano de 2010 a 2012 no Distrito
Federal.
Tratamento e disposição final dos RCCV gerados no Distrito Federal
Atualmente, o DF conta com as seguintes infraestruturas ativas para o tratamento e
destinação final dos resíduos sólidos urbanos: Lixão do Jóquei (ativo há mais de 55
anos), Lixão da Estrutural, Usina de Compostagem da L4 Sul e Usina de Compostagem
do P. Sul (Ceilândia).
De acordo com a notícia veiculada no dia 24 de Julho de 2015 no Portal do Governo de
Brasília – Agência Brasília, o Entulho da construção civil terá destino certo em Brasília em
área de 11 hectares, no local conhecido como Fazenda Sobradinho, cedida pela União.
No local funcionará o primeiro espaço específico para a destinação do resíduo
proveniente da construção civil, uma Área de transbordo, triagem e reciclagem de
resíduos (ATTR). O termo de cessão do terreno, assinado em Julho contempla ainda
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outra área de 7,4 hectares, no Núcleo Bandeirante, para a construção de um ponto de
entrega voluntária.
Ainda de acordo com a reportagem, o SLU terá o prazo de dois anos para dar início às
duas obras que são inéditas na capital. A diretora-geral da autarquia, Kátia Campos,
afirmou na ocasião que a “área resolverá o problema de coleta de entulho da parte norte
de Brasília”. De acordo com ela, só em 2014 foram recolhidas 722 mil toneladas de
resíduos da construção civil em Brasília, a um custo de R$ 20,35 milhões. Cerca de 65%
desse total estava depositado em mil pontos irregulares da cidade. Todo esse material
ainda é levado para o Lixão do Jóquei, na Estrutural (SLU, 2015).
Os resíduos dispostos no Lixão do Jóquei ainda chegam sem a devida segregação sendo
muito comum a ocorrência da mistura de RCC com materiais orgânicos e resíduos de
poda e capina. Isso é justificado pela inexistência de um sistema efetivo na gestão de
RCC. Estima-se que 40% do RCC depositado no Lixão do Jóquei sejam oriundos de
aproximadamente 600 pontos clandestinos que se tornaram pontos tradicionais,
distribuídos geograficamente como mostra a figura abaixo. Nestes pontos são
encontrados resíduos de pequenas obras e reformas que geram pequenos volumes, os
quais são coletados por carroceiros ou por automóveis particulares.
Figura 2 - Localização das áreas clandestinas do “Bota fora” do DF.
Fonte: I&T Informações Técnicas 2008, Adaptado do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
e Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
O Plano destaca que a localização desses pontos clandestinos está diretamente
relacionada às áreas de menor renda, onde a movimentação dos resíduos pelos
carroceiros torna-se uma importante atividade de geração de emprego para a
manutenção das famílias desses trabalhadores.
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Os resíduos dispostos de forma irregular nos pontos ilustrados no mapa são compostos
basicamente por RCC e Resíduos Volumosos, oriundos, principalmente de particulares,
carroceiros e coletores, conforme demonstra o quadro a seguir. Os valores apresentados
na legenda representam a média com base mensal sobre a remoção dos entulhos
clandestinos pelo SLU.
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento no Distrito Federal
De acordo com informações do SLU, atualmente, o Lixão do Jóquei recebe 6.500 t/dia de
RCC, porém, apenas 1.800 t/dia são provenientes dos contratos de prestação de serviços
do SLU. O restante é proveniente das empresas particulares de recolhimento de
entulhos. Atualmente, cerca de 13 milhões de reais por ano são gastos pelo SLU para
a coleta do entulho dos “bota-foras”. Esse dado demonstra o alto custo envolvido e,
os cálculos da consultoria responsável indicam que seria necessário a criação de 10
novas áreas de descarte adequadas, necessitando, portanto o traçado de estratégias que
disciplinem a gestão desses resíduos que evitem o dispêndio público na correção de
deposições irregulares e que não se limitem exclusivamente ao aterramento para a
recuperação de áreas degradadas. O quadro a seguir apresenta as despesas com a
coleta manual e mecanizada de entulhos, realizada pelo SLU, no DF, entre os anos de
2010 a 2012.
Quadro 7 - Custos para a coleta de entulhos nos últimos anos, realizada pelo SLU.
Ano Coleta manual de entulhos (R$)
Coleta mecanizada de entulhos (R$)
Total (R$/ano)
2010 3.421.488,49 26.255.350,22 29.676.838,71
2011 3.516.631,16 20.872.356,02 24.388.987,18
2012 501.539,35 12.437.235,42 12.938.774,77 Fonte: SLU. Dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Volumosos do
Distrito Federal, dez 2013.
Conforme o quadro acima houve queda acentuada nas quantidades e custos observados
no ano 2012, devido à exigência do Tribunal de Contas do DF (TCDF), como explicado
anteriormente.
Metas, diretrizes, planos e ações para os RCCV estabelecidas no PGRCC do
Distrito Federal
Além de apresentar as metas, diretrizes, planos e ações para os RCCV gerados no
Distrito Federal, o PGRCCV apresenta, de antemão, alternativas possíveis para adequar
a gestão e o gerenciamento deste tipo de resíduos na região. As alternativas incluem:
Alternativa proposta: implantação de 100 Pontos de Entrega Voluntária (PEV) ou
Ecopontos para recebimento de pequenos volumes (até 1m3) em parceria com a
Coordenadora das Cidades até 2014, a implantação de 30 unidades deste tipo e mais
outras 70 unidades até 2015.
Objetivo: eliminar 600 pontos irregulares de disposição final de RCCV.
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Definições técnicas: as áreas devem ser cercadas, possuindo uma guarita com vigia e
receberão, nas caçambas estacionárias de 5m³, até 1m³ de entulho, por cidadão, e
resíduos volumosos (podas, móveis etc.). O recebimento de entulho tanto de particulares
quanto de carroceiros, só será feito mediante apresentação do formulário de controle de
transporte de resíduos da construção civil e volumosos (CTR).
Para atender às características de cada região, o plano específica 3 tipologias de PEV´s:
Tipologia I: área total ocupada de 600 m2: 4 caixas Brooks (caçambas estacionárias) para
descarte de resíduos densos, espaço em platô para descarte de podas, baias para
descarte de resíduos volumosos, duas baias para eventual apoio à coleta seletiva e um
escritório com banheiro. Para elevada frequência de remoção, pode- se adotar 6 caixas
Brooks.
Figura 3 - Modelo de PEV, Tipologia I (600 m2).
Fonte: Fonte: SLU. Dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
Tipologia II: área total ocupada de 800 m2: 04 caixas Brooks (caçambas estacionárias)
para descarte de resíduos densos, espaço em platô para descarte de podas, baias para
descarte de resíduos volumosos, duas baias para eventual apoio à coleta seletiva, um
escritório com banheiro e uma sala para educação ambiental. A ser implantado,
prioritariamente, nos Distritos Regionais de Limpeza definidos no planejamento urbano da
região em questão.
Caixas Brooks
Baias para apoio à
coleta seletiva
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Figura 4 - Modelo de PEV, Tipologia II (800 m2).
Fonte: Fonte: SLU. Dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
Tipologia III: área ocupada de 400 m2: baias cobertas para descarte de resíduos
volumosos, podas e eventual apoio à coleta seletiva, um escritório com banheiro. A ser
implantado prioritariamente na região do Plano Piloto e regiões com baixa quantidade de
deposições irregulares de RCC Classe A.
Figura 5 - Modelo de PEV Tipologia III (400 m2).
Fonte: Fonte: SLU. Dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Volumosos do Distrito Federal, dez 2013.
Além dos PEV´s, o Plano também prevê a implantação de ATTR (áreas de transbordo,
triagem e reciclagem de resíduos da construção civil e volumosos) para a disposição de
grandes volumes de responsabilidade privada e daqueles sob responsabilidade do
Serviço de Limpeza Urbano do Distrito Federal (SLU). O Plano define algumas
características gerais e mínimas que cada ATTR deve apresentar para um serviço
adequado e eficiente. No entanto o documento não apresentou se haverá a cobrança
pelo serviço oferecido nas referidas ATTR´s.
Caixas Brooks
Baias para apoio à
coleta seletiva
Baias para apoio à
coleta seletiva
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Definições técnicas: as ATTR deverão ser preparadas com a definição de um pátio de
trabalho contíguo, que permita a operação do equipamento e a transformação do resíduo
Classe A, triado, em produtos – resíduo Classe A processado, por peneiramento ou
trituração, mas com granulometria uniforme. Deve ser previsto um espaço para estoque
de 6 meses de recebimento de RCC.
Áreas de influência pré-definidas: foram definidas sete áreas de influência. Cada uma
dessas áreas visa a atender um conjunto de localidades de maneira que o deslocamento
entre os atuais pontos de deposição irregular e as ATTR não exceda vinte quilômetros
(20 km), conforme figura apresentada a seguir.
Figura 6 - Localização das áreas para ATTR pré-definidas no PGRCC do DF.
Fonte: I&T Informações Técnicas, 2008, dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil e Volumosos do Distrito Federal publicado em dez 2013, pag. 22/35.
Além destes aspectos pré-definidos, o Plano apresenta também um esquema de gestão
dos RCC nas ATTR, como apresenta a Figura 7 - Gestão dos resíduos de construção
civil nas ATTR previstas no PGRCC no Distrito Federal, conforme apresentado no
Plano proposto pela I&T.
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(Obs.: o plano não prevê se o aterro ao qual os resíduos Classe D estão sendo encaminhados é adequado para recebimento de resíduos perigosos, ou seja, não há definição se é Classe I ou II).
Figura 7 - Gestão dos resíduos de construção civil nas ATTR previstas no PGRCC no Distrito Federal, conforme apresentado no Plano proposto pela I&T.
Fonte: I&T Informações Técnicas, 2008, dados publicados no Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil e Volumosos do Distrito Federal publicado em dez 2013, pag. 22/35.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
SISTEMA DE CONTROLE DE MOVIMENTAÇÃO DE RCC
O PGRCC apresenta algumas soluções para a elaboração de um sistema de controle, de
forma padronizada, no intuito de colher informações sobre geradores, transportadores,
origem, quantidade e descrição dos resíduos e seu destino, que permitirão ações efetivas
de fiscalização e controle, bem como classificar os dados e informações, disponibilizar
dados estatísticos e indicadores que possam identificar as áreas prioritárias com relação
à demanda por serviços públicos inerentes aos RCC.
De acordo com a Lei Distrital nº 4.704/2011, o Formulário para o Controle de
Transporte de RCC e Volumosos (CTR) é um documento emitido pelo transportador de
resíduos, em formato padronizado pelo Poder Executivo, que contém informações do
gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e seu destino. De acordo com o
inciso III do § 5º da referida lei, os grandes geradores deverão especificar, quando
contratantes de serviços de transporte, triagem e destinação de resíduos, em seus
Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, os agentes responsáveis por
essas etapas, definidos entre os agentes licenciados pelo Poder Executivo, e manter, no
local da obra, comprovação da destinação dos resíduos por meio do CTR.
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Pelo fato de que o gerador, o transportador e o destinatário são corresponsáveis e
poderão ser multados pelo poder público caso não comprovem a destinação para locais
adequados, recomenda-se que os formulários (ou CTR´s) correspondentes aos relatórios
encaminhados ao SLU deverão ficar arquivados na sede administrativa do transportador,
pelo período de cinco anos, devendo ser apresentados sempre que solicitados por
servidores do SLU, da ADASA, SEMARH e das carreiras fiscais competentes para
fiscalizá-las. Sugere-se que o SLU elabore Relatório Mensal Consolidado de
Movimentação de Resíduos da Construção e Demolição, a partir dos relatórios
mensais recebidos dos transportadores para posterior encaminhamento ao Comitê
Gestor do PIGRCC.
A administração pública de Brasília não possui um Sistema de Controle com base em
dados fornecidos pelos usuários. Os dados apresentados no diagnóstico do Plano
indicam que, aproximadamente, 6.000 caixas Brooks (caçambas estacionárias) são
movimentadas por 200 caminhões, que realizam 800 viagens por dia, além de 3.500
carroças que realizam 1.000 viagens por dia. Diante disso, o plano ressalta que é
indispensável à elaboração de um instrumento apropriado, eficiente, com rastreabilidade,
de monitoramento remoto, e que seja informatizado. Algumas possibilidades,
apresentadas no Plano, estão apresentadas a seguir:
1. Utilização de chips, que serão instalados nos veículos e caçambas (para maiores
volumes) e nas carroças e animais (que transportam volumes menores), lembrando
que, para a eficácia e bom funcionamento desta técnica, é necessária a instalação e
operacionalização de uma central para controle e monitoramento das atividades dos
transportadores e coletores.
2. Utilização de celulares adaptados, com aplicativos desenvolvidos especificamente
para o monitoramento das rotas de transporte, os quais serão acionados pelos
próprios condutores, por meio de mecanismos simplificados. Os aparelhos serão
distribuídos a todos os transportadores dos resíduos (motoristas e carroceiros).
Além disso, outra recomendação é que as caçambas e os veículos de tração animal
sejam identificados com numeração visível, para facilitar a averiguação, em caso de
disposição irregular. O Plano sugere que sejam adotados dois modelos de controle: um
para os carroceiros e outro para os grandes geradores e transportadores.
Propõe-se ainda que em uma etapa inicial, o CTR seja integralizado com o sistema de
rastreamento por chip ou celular. Assim, será necessária a criação de uma central, pelo
SLU, para controle e monitoramento das informações, ou seja, um sistema de
informações, a ser integrado com o Sistema Distrital de Informações sobre a Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos e o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de
Resíduos Sólidos (SINIR).
Ao final, o Plano apresenta informações breves sem apresentação de planilhas de dados
demonstrativas de um estudo de viabilidade econômica realizado pela ADASA (Agência
Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal) para a implantação das
ATTR propostas. Tendo em vista que as ATTR´s serão implantadas, em sua maioria,
pelo setor privado indica-se que, cada uma destas infraestruturas seja capaz de
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processar, no mínimo de 50 t/h, considerando que dos resíduos processados, 42%
devem ser comercializados.
O Estudo simulou vários cenários, mantendo-se uma TIR (taxa interna de retorno) em
8,0% (oito por cento) e variando-se as quantidades totais processadas por ano e os
valores pagos por tonelada de material processado. Nas simulações, o tempo de retorno
do investimento (“pay-back”), variou entre 02 e 04 anos, demonstrando que o processo,
cujo objetivo é prioritariamente ambiental, tem potencial de sustentabilidade econômica.
A previsão é que neste período simulado, ou seja, até 2018, as empresas recicladoras de
RCC já tenham um mercado mais amplo para a recepção de RCC e para a venda do
agregado reciclado, situação prevista pela obrigatoriedade de uso de percentual mínimo
de agregados reciclados nas obras públicas, como previsto nas metas 5-A e 5-B do plano
conforme apresentado anteriormente.
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4.2. Porto Alegre
Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS RS)
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS), assim como
o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, terá vigência por prazo indeterminado e apontará
estratégias, metas e objetivos para um horizonte de 20 anos, prevendo-se sua revisão a
cada 04 anos.
A contratação para a elaboração do PERS-RS se deu a partir de Edital N.°351
/CELIC/2012 e, de acordo com a Portaria Conjunta SEMA/FEPAM nº 68/12, a
responsabilidade pela coordenação de elaboração do PERS – RS é do Grupo de
Coordenação formado por técnicos nomeados da Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Luís Henrique Roessler (FEPAM) e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente
(SEMA).
A elaboração do PERS – RS tem por finalidade a realização de diagnóstico, estudo de
regionalização, proposição de metas de redução de resíduos e rejeitos, desenvolvimento
do potencial energético, incentivando a gestão consorciada e/ou compartilhada dos
resíduos, de forma a promover a eliminação e recuperação de lixões com inclusão social
e emancipação econômica de catadores em suas associações, contemplando de maneira
integrada os 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul, através das seguintes
metas:
Meta 1: Projeto de Mobilização Social e Divulgação.
Meta 2: Panorama dos Resíduos Sólidos no Estado.
Meta 3: Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais.
Meta 4: Estudos de Prospecção e Escolha do Cenário de Referência.
Meta 5: Diretrizes e Estratégias para a Implementação do PERS.
As tipologias de resíduos sólidos contempladas pelo PERS – RS são de relevância em
relação à realidade e o desenvolvimento socioeconômico do Estado e definidas através
de Termo de Referência para a elaboração do plano, sendo estas:
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
Resíduos Sólidos de Serviços de Saneamento (RSan).
Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSS).
Resíduos Sólidos da Construção e Demolição (RCC).
Resíduos Sólidos de Mineração (RSM).
Resíduos Sólidos Industriais (RSI).
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Resíduos Sólidos Agrosilvipastoris (RSA).
Resíduos de Serviços de Transportes (RST).
A Engebio foi a empresa contratada para elaboração do referido Plano, cujo prazo final
para entrega estava previsto para o final de 2014, mas o documento foi finalizado em
abril de 2015. Tanto no website da empresa, (http://www.engebio.net/), quanto no portal
do Plano (http://www.pers.rs.gov.br/notícias/notícia-08042015.html) é possível acessar
um link para download do Plano Estadual. No referido portal, estão também
disponibilizados para download todos os documentos publicados, além de outros
materiais para consulta, tais como:
Home: últimas notícias e informações importantes a divulgar;
O PERS - RS: descrição geral sobre o Plano;
Equipe: descrição da equipe de coordenação por parte do Governo do Estado e
por parte da empresa de consultoria, Engebio;
Notícias: notícias organizadas por data de publicação e manchete;
Documentos: documentos organizados por data de publicação, com opção de
download e visualização online;
SISPERS-RS - Sistema de Informações - PERS - RS: ferramenta de auxílio para
compreensão das suas funcionalidades e dados envolvidos. O sistema foi
concebido para que fosse possível fazer um diagnóstico preciso da situação da
coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no Estado, a partir do
cadastramento das informações obtidas dos representantes de cada um dos
Municípios do Rio Grande do Sul e de representantes setoriais, tais como:
federações, associações municipais, sindicatos, associações de trabalhadores,
entre outras entidades (representantes setoriais). Esta versão serve
especificamente para usuários que representam os diferentes setores envolvidos
com a produção/armazenamento/gerenciamento dos resíduos sólidos. Estes
usuários podem representar apenas uma ou várias tipologias de resíduos. No
mesmo local é possível realizar o download de manual detalhado para orientar os
dois tipos de usuários do SISPERS-RS: a. Representantes de Municípios e
Convênios Municipais, e b. Representantes Setoriais.
Em consulta ao documento publicado, o cálculo da estimativa de geração de RCC
para o Rio Grande do Sul foi realizado com base na taxa de 520 kg/hab. ano,
indicada pelo Guia para elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos
(MMA, 2011) e na população urbana dos municípios, onde ocorre a grande geração
(PERS- RS, 2015). O mapa do perfil de geração de RCCV no Estado do Rio
Grande do Sul, considerando a média de geração anual supracitada está
apresentado abaixo.
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Figura 33 - Estimativa de geração de RCC por município do Rio Grande do Sul, para o ano de 2014.
Fonte: MMA, 2011. SINDUSCON-RS, 2014. Engebio, 2014. Disponível em: http://www.pers.rs.gov.br/.
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de Porto
Alegre
O plano, publicado em agosto de 2013, é apresentado em dois volumes. O volume I é
dedicado ao Diagnóstico e Prognóstico enquanto o volume II é restrito à descrição do
planejamento. Quanto ao conteúdo, o volume I traz um histórico interessante e extenso
sobre a evolução da gestão e o gerenciamento de resíduos no município. O Plano
apresenta a evolução da média histórica de resíduos sólidos em Porto Alegre para os
últimos 20 anos, em toneladas por dia útil, tendo como base 6d/semana; entretanto, o
Plano não apresenta a metodologia utilizada para obtenção destes dados.
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Informações sobre a gestão e gerenciamento dos RCCV relatadas no PGIRS
Geração de RCCV em Porto Alegre
Vale ressaltar que para os RCCV, denominados caliça ou entulho, os valores
apresentados no plano, como mostra o Quadro 8 - abaixo, são computados desde 1992
e se apresentam como:
Quadro 8 - Evolução da média diária de RCCV em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6d/semana) - de 1992 a 2011.
Evolução da Média Diária de RCCV em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6 d/semana)- 1992 a 2011
Ano Quantidade Ano Quantidade
1992 193,1 2002 376,6
1993 200,4 2003 210,1
1994 344,1 2004 186,7
1995 353,1 2005 119,8
1996 314,1 2006 164,9
1997 393,3 2007 175,9
1998 299,3 2008 164,2
1999 203,8 2009 217,7
2000 211,3 2010 239,6
2001 248,3 2011 161,5 Fonte: Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto
de 2013.
Armazenamento dos RCCV em Porto Alegre
Em relação ao acondicionamento e armazenamento dos resíduos da construção civil e
volumosos, as partes deverão observar para a utilização/contratação dos serviços de
caçambas e demais atividades compreendidas entre a geração e a destinação final de
RCCV as determinações legais estipuladas pela Lei Municipal 10.847/2010 que Institui o
Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Município de
Porto Alegre. Dentre as obrigações legais definidas em lei, destacam-se:
Art. 10 - O Município de Porto Alegre definirá, por meio de decreto, as exigências
mínimas para a elaboração dos Projetos de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil, observadas as seguintes diretrizes:
(...) III – na etapa de acondicionamento, o gerador deve garantir o
confinamento dos resíduos após a geração e até a etapa de transporte,
assegurando, em todos os casos em que seja possível, as condições de
reutilização e de reciclagem;
(...) Art. 15. O transporte de RCCs serão realizados por caçambas ou
“containers”, à exceção dos resíduos gerados pelos pequenos geradores.
(...) Art. 16. Para evitar derramamento de resíduos, os RCC´s serão
transportados em “containers” ou caçambas estanques e cobertos por lona ou
outro sistema de proteção.
(...) Art. 19. Todos os containers e caçambas deverão estar em bom estado de
conservação, identificados com o nome da empresa proprietária, o número do
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Pag. 39
telefone, o número da Licença Ambiental e o número do container ou da caçamba;
deverão possuir sinalização em todos os seus lados, contendo em tamanho legível,
nas faces externas de maior dimensão, a seguinte inscrição: “PROIBIDO
RESÍDUO DOMICILIAR”.
I – determinação de responsabilidade solidária entre o gerador e o
transportador de resíduos pela destinação final adequada; e
II – responsabilidade do gerador pela segregação dos resíduos sólidos, na
origem, de forma a garantir que, nas caçambas e nos “containers”, sejam
colocados apenas resíduos oriundos da construção civil.
Fonte:http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgi-bin/nph-brs?s1=000030975.DOCN.&l=20&u=/netahtml/sirel/simples.html&p=1&r=1&f=G&d=atos&SECT1=TEXT
Coleta de RCCV e resíduos associados em Porto Alegre
De acordo com o Artigo 12, do decreto que regulamenta o Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do município de Porto Alegre, elaborado
em Novembro de 2005, a atividade de Transporte de Resíduos da Construção Civil
deverá submeter-se ao Licenciamento Ambiental e, ainda, todas as atividades de
transporte de resíduos deverão ser acompanhadas de Manifesto de Transporte de
Resíduos (MTR).
O Artigo 16, do mesmo decreto, determina que as partes envolvidas no processo de
produção, armazenamento e disposição final devem, obrigatoriamente, contratar serviço
de transporte de resíduos devidamente licenciados pelo órgão ambiental.
Além destas, as seguintes disposições legais referentes à coleta e transporte de RCCV,
em Porto Alegre determinadas no PGRCC, merecem destaque:
Art. 17 O gerador e o prestador de serviço de transporte firmarão contrato de
transporte de resíduos da construção civil expressando as seguintes
especificações:
I – determinação de responsabilidade solidária, entre o gerador e o transportador
de resíduos, pela destinação final adequada;
II - responsabilidade do gerador pela segregação dos resíduos sólidos na origem,
de forma a garantir que as caçambas e containers contenham apenas resíduos
oriundos da construção civil;
Tratamento e disposição final dos RCCV gerados em Porto Alegre
BREVE HISTÓRICO SOBRE A DISPOSIÇÃO FINAL DE RCCV EM PORTO
ALEGRE
o Início dos anos 1990: resíduos compostos por solo e caliça considerados
“inertes” já eram dispostos em células distintas às células para disposição de RSU.
o Nos anos seguintes até 1993: o Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(DMLU) sistematicamente operou a disposição de resíduos inertes em locais distintos
dos aterros sanitários, conceituando-os como entulhos, uma vez que em grande parte
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os RCC chegavam às unidades misturadas com outros resíduos não
necessariamente inertes, advindos de caçambas estacionárias e dos serviços de
coleta de resíduos públicos.
o Em 1991: operação do Aterro de Inertes Serraria I, na zona sul do município.
o Em 1993: iniciou-se a operação do Aterro de Inertes João Paris I;
o Em 2010: o município cumpriu o artigo 11 da Resolução 307/2002, quando foi
sancionada a Lei Municipal 10.847/2010, que instituiu o Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Município de Porto Alegre.
A nova legislação estabeleceu responsabilidade aos geradores, de promover a
gestão de tais resíduos, exceto os considerados pequenos geradores pela lei,
originadores de cargas diárias de até 0,5 m³, que seriam tutelados pelo Programa
Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
o Junho de 2010: encerramento da Central Serraria II;
o Abril de 2011: fim do contrato para operação do Aterro Anchieta: o DMLU não
mais operou aterros de RCC Classe “A”.
Atualmente, na zona norte estão licenciados e em operação dois Aterros de RCC de
Classe “A”, ambos particulares e administrados pela mesma empresa, a Ipiranga
Engenharia Ltda:
Central de Resíduos Ecotécnico: uma área licenciada de 51 ha;
Central de Resíduos Ecovillage, duas áreas licenciadas, com 34,69 ha no total.
Além dos aterros, outras opções são disponíveis ao setor privado e moradores do
município de Porto Alegre para disposição e/ou valorização dos RCCV gerados:
PEDRACCON MINERAÇÃO LTDA: Central de Triagem e Aterro de Resíduos
Sólidos da Construção Civil com Beneficiamento.
MOVE: Central de Transbordo onde os resíduos misturados são separados e
encaminhados à destinação final.
ECOPONTOS “DESTINO CERTO”: 4 unidades, uma em cada região do município,
sendo que a primeira delas foi inaugurada em fevereiro de 2010.
o Destinados a atender pequenos geradores de resíduos
(até 0,5 m3);
o Recebem resíduos de construção civil e volumosos: madeiras, latas com
resto de tintas, móveis, colchões, terra, entulhos, caliça, cerâmica, sucatas
de ferro, eletrodomésticos e resíduos arbóreos.
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Figura 8 - Unidade Destino Certo no bairro Cruzeiro do Sul.
Fonte: Divisão de Limpeza e Coleta (DLC) /Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) (2012)
Todas estas opções estão disponíveis para consulta na página da prefeitura municipal,
no endereço: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=291.
O Plano destaca que a ausência de locais para destinação de RCC Classe “A” na zona
sul eleva os custos de transporte para obras realizadas naquela região, tanto particulares
quanto públicas.
Para o recebimento dos RCCV, o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil do município de Porto Alegre, de novembro de 2005, prevê e
regulamenta as seguintes áreas:
I. Áreas para adequação de cotas nas quais deverão ser utilizados Resíduos da
Construção Civil, em detrimento aos materiais provenientes de jazidas.
II. Centros de beneficiamento, reciclagem e disposição final de RCC.
III. Microcentros de recebimento e triagem de pequenos volumes.
No Volume I - Diagnóstico do PGIRS, é apresentado uma relação de todas as áreas para
disposição final de resíduos sólidos no período entre 1969 até 2011, como mostra a
figura abaixo.
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Quadro 8 - Locais de disposição final de Resíduos Sólidos urbanos em Porto Alegre, (1969-2011).
Fonte: Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto de 2013.
Para os resíduos da construção civil e volumosos as áreas de disposição final utilizadas
no período entre os anos 1990 e 2011, em Porto Alegre, foram:
Quadro 9 - Locais utilizados para disposição final/tratamento de RCCV no município de Porto Alegre, de 1969 até 2011, sendo que para os RCC os dados estão disponíveis apenas a partir de 1990.
Data início Data final Método / Local Empresa/Observação
1990 - RCC - Unidade de transferência Central de Entulhos Centro
1990 - RCC - Unidade de transferência Central de Entulhos Diário de Notícias
01.07.2005 01.11.2006 ARCD* RCC/D Classe “A” Aterro Anchieta - Fase I
01.04.2007 01.02.2008 ARCD* RCC/D Classe “A” Aterro Anchieta - Fase II
01.05.2009 01.04.2011 ARCD* RCC/D Classe “A” Aterro Anchieta - Fase II
*ARCD: Aterro de RCC/RCD.
Fonte: Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto
de 2013.
No município de Porto Alegre as obras com dimensões acima de 5.000 m2 de área
construída devem apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil. Nos casos de empreendimentos que não necessitem de
Licenciamento Ambiental, deve ser preenchido formulário específico disponibilizado pelo
município, contendo informações sobre os resíduos que serão gerados.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, solicita às atividades sujeitas ao Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos da construção Civil as anotações de
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responsabilidade técnica – ART – dos responsáveis pela elaboração e pela execução dos
mesmos.
USINAS DE RECICLAGEM DE RCC
A primeira grande Central de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil de Porto
Alegre foi inaugurada em novembro de 2013. A Central é resultado de acordo firmado,
em 2012, entre a empresa Pedraccon e o Ministério Público, tendo como testemunha e
articuladora a Prefeitura de Porto Alegre. O objetivo era a recuperação de passivo
ambiental decorrente de atividade de mineração no Morro da Pedreira, na Lomba do
Pinheiro.
A empresa Pedraccon objetiva trabalhar com o limite diário de recebimento de
aproximadamente 150 caçambas (500 m³), com foco de atuação de atendimento para
médias e grandes construtoras no recebimento de concreto, alvenaria e solos (saibro e
argila).
Outra empresa que também atua com a Reciclagem de RCC em Porto Alegre é a Move
Gestão que além do transporte, transbordo e triagem, também beneficia 40 m³ de
resíduos da construção civil por dia, e possui planos de expansão para os próximos anos.
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RCCV
O PGIRS do município de Porto Alegre não apresenta nenhum capítulo específico com
informações detalhadas sobre os custos da prefeitura com a gestão e gerenciamento de
resíduos da construção civil e volumosos.
Iniciativas relevantes
O Plano traz, em seu Capitulo 4, Item 4.4.2., uma listagem das iniciativas relevantes
existentes. Dentre elas, ressaltam-se aquelas relacionadas diretamente ou indiretamente
à gestão dos RCCV:
Há legislação com foco na redução (PNRS).
Há planos aplicados a grandes geradores: PGRCC para as atividades licenciáveis.
Há publicações das caracterizações.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM) atualmente solicita
caracterização dos resíduos sólidos dos grandes empreendimentos (em termos de
quantitativos).
Existência de boa cobertura, regularidade, periodicidade e programação adequada
e elevada eficiência de todos os tipos de serviços públicos de limpeza urbana.
Existe rede de ecopontos (UDC’s, PEOF’s, PERE’s, pilhas e baterias, pontos para
entrega de pneus inservíveis, dentre outros resíduos volumosos).
Cobertura, qualidade, regularidade, frequência, programação e confiabilidade
apropriadas dos serviços de coletas públicas.
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Há tratamento, privado, dos resíduos sólidos de serviços de saúde.
Existe código municipal de limpeza urbana.
Há elevada qualificação técnica dos recursos humanos nos órgãos de saneamento
da PMPA.
Há qualificação dos equipamentos de coleta.
Há Portal de Gestão.
Há desoneração do órgão de limpeza urbana quanto a serviços não públicos
(coleta especial, RCC, resíduos industriais).
Há iniciativas privadas: implantação de planta tratamento de RCC, geração de
renda a partir dos resíduos (catadores).
Há aterros para resíduos da construção civil.
A despesa corrente do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU)
encontra-se “em dia”.
Os contratos do DMLU são baseados em projetos básicos e editais bem
elaborados.
Verifica-se boa fiscalização dos contratos pelo DMLU com aplicação de sanções
quando necessário.
Há qualificação permanente dos serviços de limpeza urbana.
Há centralização dos contratos de limpeza urbana em empresas qualificadas.
Existência de auditorias internas relativas aos contratos do DMLU.
Há transparência nos pequenos contratos do DMLU.
Existência de um setor de educação ambiental específico, com recursos humanos,
ações e projetos qualificados.
Os dados gerenciais divulgados são confiáveis.
Quadro 10 - Carências levantadas e apresentadas no Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre.
Nº (como
aparece no
Plano
original)
Carências (Oportunidades) Iniciativas associadas para sanar
as carências
4
Redução e extinção de tipos de coletas: coleta em vilas, áreas sem cobertura de coleta, e coleta que não respeita o Gerenciamento Integrado nem a segregação na origem e coleta
Cobertura, qualidade, regularidade, frequência, programação e confiabilidade apropriadas dos serviços de coletas públicas. Há coletas diferenciadas por tipologias de
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Nº (como
aparece no
Plano
original)
Carências (Oportunidades) Iniciativas associadas para sanar
as carências
diferenciada (mistura de resíduos, resultando, entre outras coisas, na destinação de RCC à Estação de Transbordo Lomba do Pinheiro e ao
aterro sanitário).
resíduos. Diversidade dos tipos de coletas. Teor da Lei Complementar 234/1990 compatível com aspirações.
12
Problemas graves de recursos humanos do DMLU: envelhecimento do quadro funcional, quadro funcional reduzido, baixa qualificação profissional e ausência de investimento na formação e qualificação dos servidores, problemas de readaptação e requalificação dos servidores (garis e operacionais).
Promover a Integração do órgão de gestão de resíduos sólidos com a administração municipal. Há desoneração dos serviços não públicos (coleta especial, RSS, RCC, resíduos industriais). Ocorre processo de reestruturação do organograma do DMLU. DMLU é autarquia (autonomia).
23
Falta de unidades de tratamento de RCC - resíduos da construção civil; falta de instrumento normativo para o licenciamento ambiental de unidades de tratamento de RCC.
Não foram identificadas iniciativas associadas.
38
Atualmente é disposta em aterro sanitário grande massa de resíduos com potencial de reaproveitamento.
Há planos aplicados a grandes geradores: PGRCC, PGRSS, PGIRS para as atividades licenciáveis. Ocorre conscientização gradativa da população em relação ao descarte e à utilização de descartáveis.
44
Falta aterro para RCC públicos e para pequenos geradores e privados para grandes geradores.
Há aterros para resíduos da construção civil.
Obs.: Estas análises foram apresentadas no plano municipal de resíduos de Porto Alegre, o fato de que algumas delas contradizerem as inciativas relevantes apresentadas no item anterior pode indicar que os dados não sejam reais ou não confiáveis. De qualquer forma ressalta-se que o Consórcio não questionou tais inconsistências diretamente com o órgão municipal. II. A numeração apresentada na primeira coluna tem a finalidade de orientar a busca da informação de forma mais prática no documento original, publicado pela Prefeitura de Porto Alegre.
Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre. Agosto de 2013.
Metas, diretrizes, planos e ações para os RCCV estabelecidas no PGIRS
Os objetivos do SMGIRS, ou Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos,
tiveram a sua origem nos conceitos dos próprios objetivos da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, que relacionam aspectos de legalidade ambiental à obtenção desses
objetivos:
1) Obtenção sustentável do correto fluxo de todos os resíduos gerados no município,
da geração ao destino final, assegurados a melhor logística e o menor nível de
intervenção possíveis;
2) Obtenção do cumprimento da legislação ambiental vigente no território do
município, a partir de ação, fiscalização e intervenção;
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3) Manutenção do asseio, da estética e da salubridade dos logradouros do município,
especialmente considerados os aspectos da saúde pública;
4) Maximização do aproveitamento dos potenciais econômicos dos resíduos, de
maneira articulada com os aspectos da evolução social;
5) Erradicação dos passivos ambientais do município decorrentes da disposição de
resíduos sólidos.
Portanto, dos objetivos citados decorrem todas as ações de planejamento e de processo
empreendidas pelo DMLU e Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre
(SMAM) e que foram observados a partir da vigência do Plano pelo SMGIRS - Sistema
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O SMGIRS foi desdobrado em cinco eixos de atuação, os quais podem ser vislumbrados
de forma integrada e cuja organização foi motivada pela seguinte pergunta: “Com o que a
gestão municipal de resíduos sólidos deve se preocupar?”.
Dos cinco eixos de atuação foram gerados programas estratégicos, em um segundo nível
hierárquico que foram considerados diretrizes de planejamento, como ilustrado pelo
esquema abaixo:
Figura 9 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto Alegre. Fonte: PMGIRS, Porto Alegre, Volume 02, Planejamento, DMLU, 2013.
No que se refere aos RCC, não há previsão de nenhuma ação específica detalhada no
Plano, mas sim de ações que, indiretamente, se relacionam com o fluxo destes resíduos
como pode ser exemplificado pela descrição do Eixo 01, em seguida.
O Eixo 01, Programa 1.2 Gestão dos Geradores de Resíduos Especiais, apresenta como
base fundamental a responsabilidade pelos resíduos por parte dos grandes geradores, e,
neste caso os RCCV, a saber:
1. Geração de Residuos Sólidos
1.1 Aplicação dos 3R´s
1.2. Gestão dos Geradores Especiais
1.3. Educação Socioambiental
2. Coleta e transporte
2.1. Manutenção dos Serviços de
Coleta e Transporte
3.Tratamento e disposição Final
3.1. Geração de Trabalho e Renda
3.2. Redução do Envio de Resíduos Sólidos Urbanos
para Aterro
4. Qualificação do Ambiente Urbano
4.1. Manutenção da Limpeza
Urbana
5. Sistemas de Gestão e
estratégia
5.1. Sustentabilidade
Financeira
5.2. Ferramentas de Gestão
5.3. Qualificação organizacional
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Todos os geradores de resíduos sólidos os quais por sua composição, peso ou
volume, ou mesmo por questões legais não possam ser encaminhados aos
sistemas públicos de coletas de resíduos, necessitam controle pelo Poder Público
Municipal. A necessidade de sistemas especiais de gestão de resíduos é bastante
evidente e os geradores por inabilidade, irresponsabilidade ou deficiência na
gestão podem ocasionar problemas ambientais ou mesmo indevidamente utilizar
os serviços municipais, custeados pela coletividade, aduzindo excedente de
custos ao Município.
De forma a alcançar os objetivos do programa 1.2, o Plano apresenta a seguinte ação:
(1.2.1) Elaborar diretrizes para planos de gerenciamento de resíduos e logística reversa para geradores de resíduos sólidos, incluindo resíduos seletivos. Definir meios para controle e fiscalização da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos e logística reversa, atendidos os artigos 20 e 33 da Lei Federal 12.305/2010.
A etapa 1.2.1.1., específica para os RCCV traz: “Revisar os termos de referência para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRCC, dentre outros), como mostra o quadro abaixo”. O plano não apresenta o planejamento das fontes de recursos para esta etapa.
Quadro 11 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada para atualização dos planos de gerenciamento de resíduos da construção civil.
ETAPAS OU ESTRATÉGIAS (Projetos ou Processos)
Etapa Descrição Cronograma/Recursos
(R$ ou R$/ano) Possíveis
Fontes Responsável
Imediato Curto Médio Longo
1.2.1.1
Revisar e atualizar os termos de referência para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos bem como os Planos de Gerenciamento de Resíduos da construção Civil
X
SMAM
OBSERVAÇOES *Possíveis fontes de recursos 1. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem
acréscimo de custo) 2. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU
3. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura Porto Alegre)
4. Investim. externo: fontes externas (específicas)
-
Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 40/129.
Vale ressaltar a importância também da aplicação do Programa 5.2. Ferramentas de
Gestão integrante do Eixo 5 - Sistemas de Gestão Estratégica já que a inexistência de
um banco de dados confiável para a gestão de resíduos é uma realidade na grande
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maioria dos municípios brasileiros, dentre eles os da Região Metropolitana de Belo
Horizonte e Colar Metropolitano.
Este programa contempla ao todo 07 ações (5.2.1 a 5.2.6) descritas a seguir, sendo que
a de número 5.2.4.está apresentada de forma mais detalhada no quadro a seguir.
Quadro 12 - Eixo 5, Programa 5.2.4. Ferramentas de Gestão para os RCCV gerados em Porto Alegre.
Município de Porto Alegre - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Eixo 5 Sistema de Gestão e Estratégia
Programa 5.2. Ferramentas de Gestão
Ação 5.2.4.
Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos
Líder de Ação
GTG PMGIRS
Descrição da ação
A ação visa prover o DMLU com um banco de dados com a especificação detalhada da realização dos serviços de limpeza urbana e gerenciamento de resíduos sólidos, apontando padrão de qualidade (mínimo) para cada serviço. Tais especificações deverão ser descritas com participação direta dos servidores ligados à operação devendo ficar disponíveis para consulta online na intranet.
SITUAÇÃO ATUAL
No ano de 2002 a Divisão de Destino Final iniciou processo de especificações e padrões de qualidade de serviços. Estas especificações, entretanto, não estão atualizadas. Os demais serviços não dispõem desses padrões estabelecidos.
METAS /PRAZOS
IMÉDIA-TO até 1 ano
CURTO PRAZO 1 a 4 anos
MÉDIO PRAZO 4 a 8 anos
LONGO PRAZO 8 a 12 anos
OBJETIVOS
Qualificar a sistematização das informações gerenciais a partir da mensuração dos indicadores dos serviços de manejo de resíduos servindo como base para tomada de decisão gerencial e para informação ao público.
Desen. 100% até Julho de 2014
Manter atualizado
Manter atualizado
Manter atualizado
INDICADOR
Desenvolvimento e atualização do banco de dados
ETAPAS OU ESTRATÉGIAS (Projetos ou processos)
Etapa Descrição
Cronograma / Recursos (R$ ou R$/ano) Possíveis
Fontes* Responsável
Imediato
Curto
Médio
Longo
5.2.4.1 Desenvolver o banco de dados
Julho de 2014
1 Setores DMLU
5.2.4.2
Manter atualizado o banco de dados
1 Setores DMLU
Observações *Possíveis fontes de recursos
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-
DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo) Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura Porto Alegre) Investim. externo: fontes externas (especificas)
(5.2.1) Concluir o Plano Diretor de Resíduos Sólidos.
(5.2.2) Definir responsabilidades para implementação e operacionalização do
PMGIRS, incluindo etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
conforme art. 20 da Lei Federal 12.305/2010, ao encargo do poder público.
(5.2.3) Desenvolver projeto unificado para efetivar e disseminar a comunicação de
projetos, iniciativas, legislação pertinentes ao manejo de resíduos sólidos.
Quadro 13 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para a os seus objetivos e indicadores relativos ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a gestão e gerenciamento de resíduo no município de Porto Alegre.
Município de Porto Alegre - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Eixo 5 Sistema de Gestão e Estratégia Programa 5.2. Ferramentas de Gestão
Ação 5.2.4.
Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos
Líder de Ação
GTG PMGIRS
Descrição da ação
A ação visa prover o DMLU com um banco de dados com a especificação detalhada da realização dos serviços de limpeza urbana e gerenciamento de resíduos sólidos, apontando padrão de qualidade (mínimo) para cada serviço. Tais especificações deverão ser descritas com participação direta dos servidores ligados à operação devendo ficar disponíveis para consulta online na intranet.
SITUAÇÃO ATUAL
No ano de 2002 a Divisão de Destino Final iniciou processo de especificações e padrões de qualidade de serviços. Estas especificações, entretanto, não estão atualizadas. Os demais serviços não dispõem desses padrões estabelecidos.
METAS /PRAZOS
IMÉDIA-TO
até 1 ano
CURTO PRAZO
1 a 4 anos
MÉDIO PRAZO
4 a 8 anos
LONGO PRAZO
8 a 12 anos
OBJETIVOS
Qualificar a sistematização das informações gerenciais a partir da mensuração dos indicadores dos serviços de manejo de resíduos servindo como base para tomada de decisão gerencial e para informação ao público.
Desen. 100%
até Julho
de 2014
Manter atualizad
o
Manter atualizad
o
Manter atualizad
o
INDICADOR
Desenvolvimento e atualização do banco de dados
ETAPAS OU ESTRATÉGIAS (Projetos ou processos)
Etapa Descrição Cronograma / Recursos Possíveis Responsável
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Pag. 50
(R$ ou R$/ano) Fontes*
Imediato
Curto
Médio
Longo
5.2.4.1 Desenvolver o banco de dados
Julho de 2014
1 Setores DMLU
5.2.4.2
Manter atualizado o banco de dados
1 Setores DMLU
Observações *Possíveis fontes de recursos 5. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo)
6. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU 7. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios
DMLU/PMPA (Prefeitura Porto Alegre)
8. Investim. externo: fontes externas (especificas)
-
Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 73/129.
Em continuação, apresentam-se as outras ações relativas ao Programa 5.2. Ferramentas
de Gestão:
(5.2.5) Acompanhamento, prevenção, correção e monitoramento do PMGIRS.
(5.2.6) Implantar estruturas de gestão do PMGIRS (Comitê Diretor – CD – e Grupo
Técnico Gestor – GTG); e estruturas internas de controle operacional e de
planejamento do DMLU (CCO – Centro de Controle Operacional – e ASSTEPLAD
– Assessoria Técnica de Planejamento e Desenvolvimento).
Vale pontuar que, em contato com o DMLU da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o
banco de dados não foi concluído devido aos custos envolvidos, ou seja, esta meta não
foi alcançada no prazo previsto pelo plano.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Novo Código de Limpeza Urbana do município de Porto Alegre
Além das informações apresentadas é interessante ressaltar que o município, publicou
em 2013, um Novo Código de Limpeza Urbana: aprovado em Dezembro de 2013
(http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=169) Lei Complementar, nº
728 de 08 de Janeiro de 2014.
Avaliações e controle sobre o impacto deste novo código de limpeza urbana, datadas de
maio de 2014, indicam que no primeiro mês de implantação do novo Código Municipal de
Limpeza Urbana no Centro Histórico, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(DMLU) recebeu 1621 denúncias via Fala Porto Alegre - 156 e abordou 721 pessoas
flagradas depositando resíduos (não somente RCCV) em locais inapropriados. Ao todo,
foram emitidos 52 autos de infração. Muitos pedestres abordados colaboraram e juntaram
seus resíduos para depositar na lixeira. As regras, porém, valem para toda a cidade com
o apoio da Guarda Municipal e de agentes de fiscalização de diferentes órgãos
municipais, que atuam no cuidado com o ambiente urbano.
De acordo com o diretor-geral André Carús os números são relevantes, em uma
declaração ele acredita que “há uma adesão importante e expressiva por parte da
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população, daqueles que residem e circulam ou também possuem estabelecimentos
comerciais no Centro Histórico. O que nós verificamos como positivo, foi o número muito
grande de abordagens feita pelos agentes de fiscalização do DMLU em que o cidadão
concordou em retroceder naquela conduta que no flagrante significava uma infração ao
Código de Limpeza Urbana".
Na mesma ocasião, o diretor destacou ainda que a maioria das pessoas flagradas pela
fiscalização acaba recolhendo o lixo descartado incorretamente, apesar de não haver
condescendência para casos graves e gravíssimos de flagrante de descarte irregular.
As denúncias sobre descarte irregular de resíduos são feitas diretamente pelo Fala Porto
Alegre - 156, ou por meio do preenchimento de formulário eletrônico. Por meio do
formulário on-line, o cidadão pode anexar fotos e vídeos de ações irregulares e que
auxiliem na identificação de infratores do novo Código Municipal de Limpeza Urbana,
instituído pela Lei Complementar 728/2014. Ao preencher o formulário, no campo
"Solicitação", classificar denúncia como "informação" ou "reclamação". Para formalização
da denúncia é necessário informar data, hora e localização completa da ocorrência,
identificação do denunciante e telefone para contato. Trotes e denúncias inverídicas são
passíveis de ação judicial, conforme Legislação vigente.
Figura 10 - Formulário online para preenchimento pelo cidadão para denúncias de ações de descarte irregular de resíduos no município de Porto Alegre, RS.
Fonte: Website da Prefeitura de Porto Alegre, 2014, (http://www1.portoalegre.rs.gov.br/falaportoalegre/SolicitaCidadaoWap_old.aspx?codigo=73083.
A seguir, apresenta-se um resumo da tipologia das infrações e suas respectivas multas,
de acordo com o previsto no Novo Código de Limpeza Urbana de Porto Alegre.
Quadro 14 - Relação das infrações e suas respectivas multas previstas no Novo Código de Limpeza Urbana de Porto Alegre.
Descrição das infrações Valor das infrações:
Infração leve 90 UFM's (cerca de R$ 263,82)
Infração média: 180 UFM's (cerca de R$ 527,65)
Infração grave: 720 UFM's (cerca de R$ 2.110,60)
Infração gravíssima: 1440 UFM's (cerca de R$ 4.221,21)
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Descrição das infrações Valor das infrações:
Legenda: UFM: Unidade Fiscal do Município. Fonte: Lei Complementar, nº 728 de 08 de Janeiro de 2014.
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4.3. Curitiba
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS):
O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba foi publicado em duas
versões, uma em setembro de 2010 e outra em outubro do mesmo ano. O Plano foi
desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política
Nacional de Saneamento Básico e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
Durante sua elaboração, o Plano foi apresentado à Consulta Pública, com a finalidade de
receber comentários e sugestões e submetido à discussão em Audiência Pública,
oportunizando a participação da sociedade no planejamento das ações, de forma que, a
própria elaboração do Plano já se tornou um instrumento de gestão compartilhada.
O horizonte de planejamento considerado para o Plano foi de 10 (dez) anos, com sua
primeira revisão em 2013, em razão da necessidade de compatibilização com o Plano
Plurianual, e as demais de quatro em quatro anos. Em seu desenvolvimento, o
documento foi estruturado de forma a apresentar o diagnóstico, que retratava a situação
da gestão dos resíduos em Curitiba, a proposição dos objetivos, metas e ações, bem
como os mecanismos e procedimentos a serem utilizados visando avaliar de forma
sistemática as ações programadas. Compõem este plano também as ações para
emergências e contingências e ainda as proposições relacionadas à forma como se dará
o controle social da gestão integrada dos resíduos sólidos.
Destaca-se que, em 2012, o Estado do Paraná por meio de convênio firmado com o
Ministério do Meio Ambiente – MMA obteve recurso para contratação da elaboração do
Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado e a
elaboração do Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O objetivo geral deste projeto de iniciativa do Governo do Estado consiste em orientar as
intervenções do setor de resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando à regionalização
e a preparação para a implantação de soluções integradas e consorciadas, já que a
Política Nacional de Resíduos Sólidos se articula com leis de outras áreas e temas de
mesma relevância, como por exemplo, a Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei
11.445/2007 do Saneamento Básico, a Lei 9705/1999 da Educação Ambiental e a Lei
11.107/2005 dos Consórcios Públicos.
Além disso, a participação da população e dos gestores municipais na tomada de
decisão, além de ser considerada fundamental é também uma política de governo, que
pretende garantir os melhores resultados. Portanto, no decorrer da elaboração dos
Planos citados, além dos diagnósticos, prognósticos e elaboração de proposições, foram
promovidas paralelamente às fases grupos de oficinas regionais de discussão para
promoção da participação de todas as partes envolvidas e incluídas no processo.
Os documentos relativos ao Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos estão todos disponíveis e relacionados no seguinte endereço:
http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.
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O PGIRS de Curitiba apresenta em seu capítulo inicial um breve histórico sobre a gestão
e o gerenciamento de resíduos do município fornecendo um cenário generalizado do
funcionamento dos serviços públicos desde 1854 até o ano de sua publicação.
Dentre os pontos abordados, é interessante citar:
Em 1854, Curitiba possuía cerca de 6.970 habitantes, com uma provável produção
diária de resíduos de cerca de 200 g/habitante (GAIESKI, 1991). Em 2010 Curitiba
possuía cerca de 1.851.215 habitantes com uma produção média de resíduos de
2.560 toneladas de resíduos por dia, sendo seu per capita estimado em 1,383
kg/hab./dia;
Em 1990, Curitiba recebeu o título de Capital Ecológica da ONU em razão de suas
ações inovadoras no tocante ao gerenciamento de resíduos;
Em 1991, através da Lei 7833/91 a Educação Ambiental passa a ser promovida
na Rede Municipal de Ensino, em todas as áreas do conhecimento e no decorrer de
todo processo educativo, em conformidade com os currículos e programas elaborados
pela Secretaria Municipal de Educação, em articulação com a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente.
Em 2001, diante da necessidade de integração da região metropolitana na gestão
dos resíduos sólidos, visando o estabelecimento de uma política integrada de
gerenciamento dos resíduos sólidos, tendo como principal objetivo a proteção dos
mananciais, foi criado o Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos
Urbanos – CONRESOL. Atualmente o Consórcio Intermunicipal é composto por 20
(vinte) municípios, sendo que a participação de Curitiba está amparada nas Leis
Municipais nº 10.220 de 02 de julho de 2001 e nº 12.317 de 03 de julho de 2007.
Em 2004, visando ao atendimento a Resolução CONAMA nº 307 e sua redação aquela
época, a Prefeitura de Curitiba publicou o Decreto Municipal nº 1.068, que instituiu o
Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, composto pelo
Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e pelos Projetos de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Ressalta-se que os termos utilizados
na redação original da resolução sofreram alteração quando da sua revisão em 2012
sendo que de acordo com esta última publicação, o termo Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da construção Civil passa a ser conhecido como Plano
Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, conforme se pode verificar no
artigo 5º da referida resolução:
“Art. 5º É instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da
construção civil o Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, a
ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, em consonância com o
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. (nova redação dada
pela Resolução 448/12).”
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Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RCCV relatadas no PMGIRS
Geração de RCC em Curitiba
O PGIRS apresenta uma estimativa da geração de resíduos em Curitiba (Quadro 15),
mas esta não contempla a geração de RCCV. Além disso, o PGIRS não apresenta uma
metodologia para os dados quantitativos apresentados no plano.
Quadro 15 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia.
SERVIÇO QUANTIDADE (t/dia)
Resíduos domiciliares da coleta convencional 1.472,70
Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva 89.16
Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva informal 445,00
Resíduos vegetais 70,83
Resíduos oriundos dos serviços de limpeza pública (varrição,
manual, varrição mecanizada, serviços de poda, limpeza de feiras
livres e limpeza mecanizada)
266,37
TOTAL 2.569,06 Fonte: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CURITIBA, Tabela 02, página 18.
De acordo com FURLAN et al. (2003), a geração de RCD em Curitiba é estimada em
1.840 m³ (cerca de 2.400 t) por dia, correspondente à aproximadamente 65% do
montante de resíduo gerado no município.
Em Curitiba, devem apresentar o Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil (PGRCC) os empreendedores de obras que excedem 600 m² de área construída ou
demolição com área acima de 100 m², o qual deverá ser aprovado por ocasião da
obtenção do licenciamento ambiental da obra ou da obtenção do alvará de construção,
reforma, ampliação ou demolição.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente começou a exigir esses projetos no final de
2005. Para os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental completo; desde
agosto de 2008, são exigidos, pela Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), no
momento da solicitação do alvará de construção, os PGRCCs de obras com área
construída superior a 3000 m².
Para possibilitar o controle mais efetivo da execução dos PGRCCs, a SMMA instituiu,
pela Portaria 007 de 2008, o Relatório de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil, documento cuja aprovação é condicionante para a emissão da Licença de
Operação (LO) e/ou o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra (CVCO). Nesse
relatório, os geradores devem apresentar a comprovação do gerenciamento dos RCC do
empreendimento, mediante os Manifestos de Transporte de Resíduos (MTR) e outros
documentos.
O Município prevê também a exigência dos PGRCC, em modelo simplificado, para os
geradores cujas obras possuam área construída entre 70m² e 600m² ou remoção de solo
acima de 50m³. Os demais geradores, não atendidos pela coleta pública, devem
assegurar que o transporte de seus resíduos seja realizado por empresa transportadora
licenciada, assinar o MTR emitido pela contratada e garantir a sua destinação final a local
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licenciado para este fim. Segue esquema que ilustra de forma simplificada o
entendimento das exigências apresentadas nos parágrafos anteriores:
Figura 11 - Exigências para a elaboração de Plano de Gerenciamento de RCCV em Curitiba.
Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba.
Desde 2008 até a data de publicação do plano já foram apresentados 47 PGRCC´s via
licenciamento ambiental, 195 via alvará de construção e 14 Relatórios de Gerenciamento.
Armazenamento e acondicionamento dos RCC em Curitiba
Não foram encontradas informações mais especificas no PGIRS e por isso foram
procuradas outras fontes locais que pudessem fornecer tais informações.
O SINDUSCON-PR apresenta em seu website algumas vantagens da correta
segregação dos resíduos da construção civil, bem como de um canteiro de obras
organizado:
Separação na fonte garante a qualidade dos resíduos e reduz os custos de
beneficiamento.
Diminuição dos custos de remoção dos resíduos.
Reciclagem de alguns materiais na própria obra, outros separados para a coleta
municipal e para a informal (coletores de material reciclável).
Identificação dos pontos de desperdício.
Gerador de RCC
Obras com área menor que 70 m² e
que gerem mais que 500 litros ou 0,5 m³
em 2 meses
No caso de contratação de
caçamba, assinatura do gerador no MTR. Dispor para coleta
pública
Obras com área construída de 70
a 600m² e remoção de solo acima de 50 m³
Preenchimento do Projeto
Simplificado (Formulário) a ser disponibilizado no
site da SMMA
Obras com área acima de 600 m² e
demolição com área acima de 100 m².
Apresentar o PGRCC Simplificado (formulário) na SMU ou PGRCC na
SMMA, no caso de empreendimentos ou obras passíveis de
licenciamento
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Coleta de RCC e demais resíduos associados em Curitiba
O Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, estabelecido no
Decreto Municipal nº 1.068 de 2004, define as diretrizes técnicas e procedimentos para o
exercício das responsabilidades dos pequenos geradores. Neste programa, são definidos
dois tipos de pequenos geradores:
Quadro 16 - Os pequenos geradores de RCCV no município de Curitiba e os serviços prestados pelo Município a cada um deles.
OBS: o município oferece também a coleta pública de RCD Classe B no local até a quantidade de 0,6 m³
(zero vírgula seis metros cúbicos) por semana, respeitada a frequência de coleta no local, e a coleta
especial de resíduos tóxicos nos terminais de transporte, para os resíduos classe D.
Fonte: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CURITIBA, outubro de 2010.
Conforme o Decreto Municipal 1.153, de 2004, as empresas transportadoras de
resíduos devem ser licenciadas junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(SMMA). As empresas sediadas fora do Município de Curitiba devem proceder ao
cadastramento junto à SMMA, no qual devem apresentar a licença ambiental vigente, do
órgão ambiental competente. No momento de elaboração do Plano, estavam cadastradas
junto à SMMA 65 empresas licenciadas e outras 9 em processo de licenciamento
(MAPM-4, Outubro/2010).
A Lei Municipal 9.380, que dispõe sobre o transporte de resíduos no município,
estabelece que o transporte de RCD deve ser acompanhado por um MTR- Manifesto de
Transporte de Resíduos, documento comprobatório de destinação de resíduos emitido
pela transportadora, cujo modelo (Quadro 16) é regulamentado pelo Decreto Municipal
609, de 2008.
A referida lei ainda determina que as transportadoras entreguem mensalmente à
SMMA um relatório global dos serviços executados que deverá conter uma via dos
MTR´s gerados no período. Face ao grande volume de MTR´s gerados mensalmente, a
PMC desenvolveu o Sistema de Controle de Resíduos (SCR*), sistema informatizado
Tipo 01
Geração de até 500 litros ou 0,5 m³ de RCC a cada 2 meses
Tipo 02
Geração de até 2.500 litros ou 2,5 m³ de RCC a cada 2 meses
Dever: separar os resíduos e dispor para coleta pública ou no caso de contratar transporte, assinar no MTR.
Direito: o Município realiza a coleta pública no local, juntamente com os resíduos vegetais, mediante solicitação ao serviço 156;
Dever: separar os resíduos e levar aos locais a serem designados pelo Município ou no caso de contratar transporte, assinar no MTR.
Direito: prevista a implantação de áreas de transbordo para armazenamento temporário e posterior destinação final.
Pequeno Gerador
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alimentado com as informações dos MTR´s e dos PGRCC´s, que visa ao monitoramento
do gerenciamento de RCD no município.
*De acordo com contato feito com a SMMA este sistema ainda não foi implantado no
município.
Quadro 17 - Modelo de (MTR) Manifesto de Transporte de resíduos de Curitiba, regulamentado pele Decreto Municipal 609, de 2008.
MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS Nº DO MTR:
TRANSPORTADOR
- Nome da Empresa:
- Razão Social:
- Inscrição Municipal: - CNPJ:
- Endereço:
- Telefone:
- Alvará Nº:
- Cadastro SMMA Nº: - Autorização Ambiental Nº:
- Órgão expedidor: - Validade: / /
GERADOR
Nome:
CPF / CNPJ:
TÍTULO DA OBRA:
Nº ALVARÁ (SMU):
COLETA
- Data: / /
- Endereço:
- Indicação Fiscal:
- Placa do caminhão: - Nº da caçamba: - Volume da caçamba (m³):
DESCRIÇÃO DOS RESÍDUOS
CLASSE A CLASSE B
Solos Madeira
Material asfáltico Plástico
Material cerâmico Papel/Papelão
Concreto Metal
Argamassa Vidro
OUTROS: DESTINO
- Endereço: - Autorização Ambiental Nº:
- Indicação Fiscal: - Órgão expedidor:
- Município: - Validade: / /
ASSINATURA / CARIMBOS
Gerador
Transportador
Destinatário
Fonte: SInduscon Paraná (http://www.sinduscon-pr.com.br/).
De acordo com DECRETO Nº 1120, Art..77º as empresas transportadoras deverão
utilizar caminhões do tipo "Brooks", com caçambas escamoteáveis apropriadas para o
transporte de resíduos da construção civil e ainda:
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• Todas as caçambas deverão apresentar-se identificadas com o nome da empresa
proprietária, número do telefone e número da caçamba, devendo ser pintadas em
cores vivas, bem como estar em bom estado de conservação.
• Deverão possuir sinalização em todos os seus lados, como também ser dotadas
de dispositivos de sinalização refletiva nas suas extremidades superiores, de
acordo com o modelo fornecido
pelo IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), contendo,
em tamanho legível, nas faces externas de maior dimensão a inscrição
"PROIBIDO LIXO DOMÉSTICO".
Tratamento e destinação final dos RCCV gerados em Curitiba
No Município de Curitiba, os impactos negativos decorridos do manejo inadequado de
RCCV já fazia parte da agenda ambiental desde 1992 quando da publicação da Lei
Municipal 7.972 que dispõe sobre o transporte desses resíduos. Em 1997, mediante o
Decreto Municipal 1.120, foram estabelecidos os critérios para destinação dos
resíduos da construção civil, reafirmados pela Lei Municipal 9.380, de 1998.
Em 2004, visando ao atendimento da Resolução CONAMA nº 307, a Prefeitura de
Curitiba publicou o Decreto Municipal 1.068, que institui o Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Os procedimentos necessários para licenciamento das áreas de destinação final de
RCCV no Município de Curitiba são definidos pelo Decreto Municipal 1.153, de 2004.
Atualmente, as alternativas para destinação de RCC, Classe A, gerados no município
são: aterros licenciados para este fim e, uma usina particular de beneficiamento,
localizada no município de Colombo, com capacidade de processamento mensal de
8.000m³.
Vale destacar que, visando incentivar a reciclagem como alternativa de destinação dos
RCD Classe A gerados no município, a Prefeitura de Curitiba estabeleceu, pelo Decreto
Municipal 852, de 2007, a obrigatoriedade de utilização de agregados oriundos da
reciclagem desses resíduos em obras e serviços de pavimentação das vias
públicas contratadas pelo Município de Curitiba. Em atendimento a essa medida, a
Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) e o Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba (IPPUC) contemplam em seus editais de contratação de projetos,
obras e serviços, a utilização dos agregados reciclados.
USINAS DE RECICLAGEM DE RCC em Curitiba
Em seguida estão listadas algumas empresas que atuam na etapa de
reciclagem/reutilização do fluxo de RCC no município de Curitiba.
• HMS de Gestão de Resíduos Ltda (http://www.hmsresiduos.com.br/).
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• Usina de Resíduos Recicláveis Sólidos – USIPAR
(http://www.usiparreciclagem.com/).
• Soliforte: (http://www.soliforte.com.br/).
• USIMASTER: website não encontrado.
• Inecol: website não encontrado.
Custos/despesas municipais com a gestão/gerenciamento de RCCV em Curitiba
O plano publicado não apresenta informações detalhadas sobre os custos e valores para
a gestão e ou gerenciamento destes resíduos.
Iniciativas relevantes
O Município por meio da Fundação de Ação Social mantém o programa Disque
Solidariedade, descrito a seguir:
O Disque Solidariedade é um serviço telefônico disponível à população que contribui
com doações de produtos que podem ser reaproveitados por famílias e pessoas em
situação de vulnerabilidade social, atendidas nos Centros de Referência de Assistência
Social - CRAS, complementando suas necessidades básicas.
Empresas, grupos organizados, pessoas em geral, todos podem contribuir com
doações, em qualquer época.
Como doar
Os doadores acionam o serviço de recolhimento (Central 156) informando sobre os
produtos a serem doados. A informação é repassada à equipe responsável, que entra
em contato com o doador para agendar a entrega dos produtos. Dúvidas podem ser
respondidas através deste portal, no canal "Fale conosco".
O que doar
Móveis de modo geral, equipamentos de uso doméstico, roupas e calçados em
condições de uso, madeiras e outros. Também são bem recebidos produtos
específicos, como cadeiras de roda, camas adaptadas para idosos ou pessoas com
deficiência, bicicletas, brinquedos, objetos de esporte e lazer.
Contatos: Central de Informações 156 ou por meio de mensagem para o e-mail:
Interessante destacar que, além do recolhimento, o Disque Solidariedade realiza os
consertos necessários e o repasse das roupas e objetos para famílias em situação de
vulnerabilidade social ou em situação de risco, atendidas nos 45 Centros de Referência
da Assistência Social (CRAS) de Curitiba.
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Mensalmente são recebidas 1.000 solicitações que são atendidas por 2 (dois)
caminhões baús e 1 (um) veículo pick up. Em 2009, o programa atendeu 1.968
famílias e 126 entidades sociais.
A seguir, apresentamos alguns exemplos da Campanha realizada em 2010.
Figura 12 - Campanha 2010 do Disque Solidariedade do município de Curitiba, PR.
Fonte: www.fas.curitiba.pr.gov.br.
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Figura 13 - Campanha 2010 do Disque Solidariedade do município de Curitiba, PR.
Fonte: www.fas.curitiba.pr.gov.br, acesso em agosto de 2014.
Figura 14 - Servidores trabalham na separação de roupas doadas.
Fonte: Site da Fundação Ação Social, acesso em Agosto de 2014, disponível em:
http://www.fas.curitiba.pr.gov.br/notícia.aspx?idf=1447.
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Figura 15 - Servidores trabalham na separação de roupas doadas.
Fonte: Site da Fundação Ação Social, acesso em Agosto de 2014, disponível em:
http://www.fas.curitiba.pr.gov.br/notícia.aspx?idf=1447.
Figura 16 - Veículo utilizado para o transporte das doações.
Fonte: Site da Fundação Ação Social, acesso em Agosto de 2014, disponível em:
http://www.fas.curitiba.pr.gov.br/notícia.aspx?idf=850.
Objetivos, metas programas, projetos e ações
Ainda que o Município de Curitiba já possua iniciativas específicas voltadas para a
correta gestão dos resíduos de construção e demolição, foi identificada uma dificuldade
no controle a ser exercido sobre os geradores deste tipo de resíduo que apresentam
importantes diferenças quando comparada com o controle de grandes geradores de
resíduos dos serviços de saúde, por exemplo.
Esta diferença e dificuldade, como explicadas no Plano, decorrem, em grande parte:
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1. Da atual escassez, na região, de alternativas adequadas para o tratamento deste
tipo de resíduo e da dificuldade de identificação da origem e rastreabilidade dos
RCCV´s dispostos irregularmente.
2. Grande parte dos geradores são pessoas comuns, ou seja, moradores e
comerciantes que fazem pequenas obras e reformas que ainda não têm
conhecimento nem estímulo para lidar de forma adequada com este tipo de
resíduo temporário.
3. A falta de informação e de sensibilidade faz a contratação de caçamba para
deposição de todos os tipos de resíduos e rejeitos, sem qualquer preocupação
com a segregação ou a destinação destes resíduos uma prática corrente e
adotada pela grande maioria.
Estes fatos são apresentados como um dos grandes desafios relativos à gestão e
gerenciamento de RCCV no município de Curitiba e, por isso, as propostas apresentadas
pelo Plano para desenvolvimento deste tema, incluem não apenas aspectos legais,
institucionais, organizacionais e operacionais, mas também um componente de educação
ambiental, voltado a informar, esclarecer e capacitar os agentes envolvidos. Um dos
objetivos apresentados para possibilitar a gestão dos RCC – ou RCD - e suas respectivas
metas e ações está descrito no Quadro 18 a seguir.
Quadro 18 - Objetivo, meta e ações definidas no PGIRS do município de Curitiba, para a Gestão dos RCC conforme as diretrizes legais em nível nacional e regional.
OBJETIVO
POSSIBILITAR A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) CONFORME AS DIRETRIZES ESTABELECIDAS NA RESOLUÇÃO Nº 307 DO CONAMA E NO DECRETO MUNICIPAL 1.068, DE 2004. BUSCAR A MELHORIA CONTÍNUA, EM RAZÃO DAS TÉCNICAS E TECNOLOGIAS INOVADORAS NA GESTÃO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO.
META Vistoriar 100% dos Projetos apresentados Coibir o descarte irregular de RCD
AÇÕES
Inserir os RCD na pauta do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, de forma que os municípios membros atuem de forma integrada na busca de soluções conjuntas para sua gestão.
Criar a Lei Municipal de RCD para atualizar e aprimorar os critérios estabelecidos no Decreto Municipal 1.068, de 2004, em conformidade com a Resolução nº 307 do CONAMA.
Criar a Lei Municipal de Transportes de Resíduos para atualizar e aprimorar os critérios estabelecidos no Decreto Municipal 1.068, de 2004 e na Lei Municipal 9.380, de 1998.
Realizar campanhas de educação ambiental para sensibilizar e orientar os agentes envolvidos na cadeia de gestão de RCD, principalmente aqueles não organizados em associações de classe, quanto às legislações existentes sobre o tema, visando esclarecer as responsabilidades de cada agente.
Exigir os Projetos de Gerenciamento de RCD dos empreendimentos, previstos na legislação e os Manifestos de Transporte de Resíduos (MTR’s) das empresas transportadoras.
Desenvolver as ferramentas necessárias do Sistema de Controle de Resíduos (SCR) para possibilitar o monitoramento dos Projetos de Gerenciamento e MTR’s apresentados.
Criar uma estrutura física adequada para alocação do pessoal e equipamentos
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necessários para o licenciamento, fiscalização e monitoramento das empresas transportadoras e dos empreendimentos geradores de RCD.
Realizar um diagnóstico quali-quantitativo de geração de RCD na cidade.
Elaborar e implantar um programa de atendimento aos pequenos geradores, que inclua a execução de coleta pública dos RCD Classe A, separadamente dos resíduos vegetais, e a implantação de áreas de transbordo para recebimento de RCD.
Criar instrumentos legais que estabeleçam os critérios para utilização de produtos oriundos da reciclagem de RCD em obras e serviços executados ou contratados pelo Município de Curitiba, de modo a incentivar a implantação de plantas de reciclagem no município ou em sua região metropolitana.
Obs.: Em relação à meta proposta de vistoria de 100% dos projetos apresentados, as informações constantes no plano não são possíveis inferir se são projetos que já foram implementados e estão em fase de execução ou se ainda serão implementados.
Fonte: Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Curitiba, outubro 2010.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
O Plano apresenta como um de seus anexos os procedimentos para Ações de
Emergência e Contingência como mostra o quadro a seguir.
Quadro 19 – Ações de emergência e contingência relacionadas aos serviços de limpeza urbana
Situação Recursos Responsável Acionar Providencia
Falta/ falha
grave de
qualquer
serviço
Contrato Fiscalização
(PMC, e
Consórcio
Intermunicipal)
156
www.central156.org.br
Regularizar o serviço.
Acionar penalidade do
contrato
Falha com
interrupção
longa no
tratamento e
disposição
Fiscalização Consórcio
Intermunicipal
e outras
unidades de
tratamento ou
destinação
Ver plano de
emergências e
contingências da
unidade de
tratamento
Suspender coleta até
providência destinação
alternativa
Interrupção no
serviço de
coleta e
limpeza
Contrato Fiscalização Gestor do contrato Aplicação das
penalidades previstas
em contrato à
contratada.
Contratar empresa em
caráter emergencial
com base no artigo 24,
inciso IV, da lei
8666/93 para
execução dos serviços
contratados
Invasão e
ocupação
irregular das
áreas
municipais com
Guarda e
policiamento
Guarda
Municipal
Fiscalização
153- Guarda
Municipal, 156
Fundação Ação
Social –
www.central156.org.bt
Realocação imediata
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risco por
passivo de
resíduos
Disposição
irregular de
resíduos não
perigosos em
áreas públicas
– autor
conhecido
Legislação
ambiental
Fiscalização
da Secretaria
Municipal do
Meio
Ambiente
Departamento de
Pesquisa e
Monitoramento _ Meio
Ambiente – 3350-
9191
Notificar e multar o
autor do despejo, se
conhecido,
determinando a
limpeza e a destinação
adequada dos
resíduos
Disposição
irregular de
resíduos não
perigosos em
área pública –
autor
desconhecido
Legislação
ambiental
Órgão de
Limpeza
Publica
Departamento de
Limpeza Pública –
Meio ambiente
Limpar a área
Disposição
irregular de
resíduos
perigosos
Fiscalização
ambiental e
policiamento
Fiscalização
da Secretaria
Municipal do
Meio
Ambiente e
órgãos de
segurança
pública
199 (defesa Civil)
Emergências
ambientais – 9967-
2001
MAPM – 33509191
Corpo de Bombeiros
Identificar o produto.
Isolar e sinalizar a
área
Determinar a limpeza
e a destinação
adequada aos
resíduos
Determinar e
acompanhar a
recuperação
ambiental.
Notificar e multar o
autor do despejo, se
conhecido, o
proprietário da área ou
o fabricante do produto
Interrupção no
acesso às
unidades de
transferência,
tratamento ou
destinação
finais
Plano de
acesso
alternativo
Prestador do
serviço de
coleta.
Agentes de
trânsito
Fiscalização Solicitar autorização
para usar caminhos
alternativos previstos
ou novos
Fonte: Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Curitiba, outubro 2010.
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4.4. São Paulo
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)
O PGIRS, além de atender as exigências da Lei Federal 12.305/2010, atende também às
exigências da Lei Federal de Saneamento Básico, no tocante à prestação dos serviços
públicos de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, notadamente as referentes à
exigência de sustentabilidade econômica para os serviços públicos. Além destas, o Plano
observa também os princípios, diretrizes e exigências da Política Nacional sobre
Mudanças do Clima, principalmente as relativas à redução das emissões antrópicas de
gases de efeito estufa.
A diretriz fundamental que norteia o Plano é a observação da seguinte ordem de
prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada apenas dos rejeitos, eixo central da
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
No PGIRS da Cidade de São Paulo, essas diretrizes se traduzem na máxima segregação
de resíduos nas fontes geradoras e sua valorização, com o incentivo à retenção de
resíduos na fonte e a elaboração de um plano de coletas seletivas, envolvendo resíduos
domiciliares orgânicos, resíduos domiciliares recicláveis secos, resíduos da construção
civil, resíduos orgânicos de feiras, sacolões, mercados, e escolas, bem como a indução
de práticas de coletas seletivas para empresas que devam ter seus planos de
gerenciamento de resíduos sólidos.
O Plano publicado em 2014 é uma complementação do PGIRS entregue à cidade em
2012, em razão do não atendimento de diretrizes e conteúdo mínimo (exigido pela Lei
12.305/2010), ausência de participação popular na sua elaboração (Lei 11.445/2007) e
inobservância de diretrizes da Política Nacional sobre Mudanças do Clima relativas às
rotas tecnológicas que menos geram gases de efeito estufa. A atual gestão (2013-2016)
acolheu e ampliou o escopo desse trabalho face aos grandes desafios colocados pela
Política Nacional de Resíduos Sólidos à gestão pública municipal dos resíduos sólidos.
Para esta edição, a reelaboração do plano contou com forte participação popular,
mobilizada por ocasião da IV Conferência Municipal de Meio Ambiente.
Já no início do documento, item 2. Situação atual no Município, o PGIRS do município de
São Paulo, apresenta em forma de breve histórico como foi feita a estruturação dos
atuais instrumentos da administração dos serviços de limpeza urbana nas 32
subprefeituras que compõe o município.
“Do ponto de vista administrativo, a cidade é dividida em 32 subprefeituras, cada
uma delas constituindo, por si só, uma concentração de população que as
colocaria entre os 85 maiores municípios brasileiros. O orçamento municipal de
2013 foi de 42 bilhões de reais; para 2014 a previsão é que chegue a 50 bilhões
de reais. O produto interno anual per capita no município em 2010 foi de 46.000
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reais, próximo de países desenvolvidos, e muito maiores do que a média do
Brasil, de 22.800 reais. Mas a cidade ainda apresenta enorme desigualdade de
renda. O Índice de Gini, calculado para a distribuição de renda de São Paulo
resulta em 0,57, contra 0,56 para o Brasil. Há 288 mil famílias vivendo em
situação de extrema pobreza”.
(...)
“Já em relação aos resíduos sólidos, conforme a população do município foi
crescendo e consequentemente aumentando o volume de resíduos gerados,
foram sendo implantadas novas soluções, com o encerramento dos lixões e da
operação dos incineradores, altamente poluentes, e implantados os aterros
sanitários. Em 1989, foi feita a primeira experiência pública de coleta seletiva de
materiais secos, projeto retomado em 2002, quando a nova gestão implantou o
Programa Coleta Seletiva Solidária da cidade. Em 2002, foram implantadas
diversas Centrais de Triagem, firmados convênios com cooperativas de catadores,
e implantado o programa de coleta de resíduos orgânicos: Feira Limpa. Iniciou-se
a normatização e organização do Sistema de Gestão de Resíduos da
Construção e Demolição, com a implantação de Ecopontos, incentivos às
ATTs – Áreas de Triagem e Transbordo e recicladores.”
“Para organização do gerenciamento e dos serviços, a cidade de São Paulo
foi dividida, a partir de 2004, em dois agrupamentos. O Agrupamento Noroeste
compreende 13 subprefeituras e o Agrupamento Sudeste que compreendia 18
subprefeituras até 2013 e 19 a partir deste ano. Para a prestação dos serviços
está contratada em cada agrupamento uma concessionária, responsável
pelos serviços divisíveis de coleta, transbordo, tratamento e disposição final dos
resíduos domiciliares e de coleta e destino final de resíduos de saúde, e uma
empresa prestadora de serviço por meio de contrato de terceirização, responsável
pela prestação dos serviços indivisíveis de limpeza urbana, incluindo varrição,
limpeza do sistema local de drenagem, manejo de resíduos da construção civil,
entre outros.”
Alguns aspectos legais para a gestão e gerenciamento de RCCV no
município de SP que merecem atenção:
Lei Municipal nº 14.803/2008: consolida as disposições previstas na Resolução
Conama, instituindo o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil e Resíduos Volumosos e seus componentes – o Programa
Municipal de Gerenciamento e os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil – e disciplina a ação dos geradores e transportadores destes
resíduos no âmbito do Sistema de Limpeza Urbana do Município de São Paulo,
estabelecendo regras de licenciamento de empresas transportadoras de resíduo
de construção civil e demolição, de utilização de caçambas em vias públicas e de
descarte em aterros credenciados.
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Geração de RCCV em São Paulo
A Lei Municipal nº 13.478/2002, que dispõe sobre o Sistema de Limpeza Urbana do
Município de São Paulo, regula as relações dos grandes geradores, a serem cadastrados
junto à Prefeitura, com as empresas de coleta, igualmente cadastradas e a correta
destinação a unidades licenciadas.
A referida lei, no caso de RCC, permite que a prefeitura recolha na coleta domiciliar
convencional até 50 kg/dia de entulho, por imóvel, e até 200 kg/dia de resíduos
volumosos, desde que fragmentados e devidamente acondicionados. Acima dessas
quantidades, o próprio gerador deve providenciar a remoção mediante contratação de
empresas que operem com caçambas cadastradas pela administração municipal, que
comprovam a correta destinação dos resíduos, ou destinar pequenos volumes desses
resíduos nos Ecopontos.
Os trabalhos que respaldaram a formulação do Sistema de Gerenciamento dos Resíduos
da Construção Civil de São Paulo, em 2004, consideraram como plausível uma taxa de
geração de RCC na ordem de 520 kg anuais por habitante.
Para a detecção do volume de resíduos gerados foram considerados ainda como
indicadores:
i. Relações reconhecíveis em inventários realizados em municípios de médio porte,
apontando sistematicamente a geração de RCC como o dobro da geração de resíduos
domiciliares.
ii. Dedução da geração de RCC a partir do consumo aparente de agregados naturais
(pedra britada e areia) pela população local, a partir de dados estimados pelo
Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM).
Os dados estudados permitiram considerar a hipótese de geração entre 18,5 e 24,6 mil
toneladas diárias como bastante provável e tomado como certo para o planejamento
das ações voltadas ao gerenciamento e gestão no PGIRS.
Em termos de composição do volume total de materiais atraídos para os Ecopontos, há a
predominância dos Volumosos (64%) sobre os RCC (31%) e os recicláveis secos
(5%). A limpeza dos pontos viciados e o monitoramento em 1.100 destes revelaram que,
dentre os resíduos depositados, a composição majoritária predominante em 90% dos
casos é de RCC.
Armazenamento dos RCCV em São Paulo
Para quantidades de RCC superiores a 1m3 o gerador deve contratar o serviço licenciado
de empresas de caçambas estacionárias, caçambas basculantes instaladas em veículos,
carrocerias para carga seca, ou equipamentos de transporte de terra.
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Existem 379 empresas cadastradas na cidade como transportadoras de resíduos de
construção civil, sendo 310 com 5 veículos ou menos, que fazem a coleta com caçambas
estacionárias dispostas na rua, e transportadas por caminhões poli guindaste.
No site oficial da Prefeitura o interessado pode consultar a relação de empresas
autorizadas a prestar o serviço. Estes resíduos devem ser conduzidos a ATT privadas,
devidamente licenciadas, para triagem do material. Existem 5 ATT´s privadas
instaladas no município.
Coleta de RCCV e demais resíduos associados em São Paulo
Em São Paulo, os PEVs (Pontos de Entregas Voluntárias) são as áreas de maior
capilaridade para recepção de RCC de pequenos volumes pelos munícipes e foi em 2003
a primeira implantação de uma dessas áreas.
O Ecoponto, como é chamado em São Paulo, é um equipamento público aberto à
população para o descarte gratuito de até 1m³ de entulho, madeira, poda de árvore,
grandes objetos e resíduos passíveis de reciclagem, com estrutura apropriada para
recepcionar resíduos de pequenas reformas e obras de reparos de pequeno porte, já
triados, que são mantidos no local de forma segregada para destinação apropriada.
Caçambas estacionárias recebem os resíduos Classe A, e os demais tipos de resíduos
são separados em baias próprias, inclusive resíduos volumosos, com presença
expressiva nos Ecopontos.
Periodicamente os resíduos são encaminhados para destinação, seja para reciclagem e
reaproveitamento, seja para disposição final.
Ao final de 2013 existiam 77 Ecopontos na cidade e cerca de 4.500 pontos viciados de
descarga de resíduos da construção civil detectados pela Autoridade Municipal de
Limpeza Urbana (Amlurb).
Do ponto de vista da coleta e transporte dos resíduos, é preciso separar três situações
diferentes: os resíduos levados pelos pequenos geradores aos Ecopontos, e de lá
transportados para a destinação pelas empresas prestadoras de serviço para a Amlurb,
os resíduos que resultam da limpeza corretiva e, os resíduos dos grandes geradores. A
Prefeitura de São Paulo recebe o RCC de pequenas obras nos Ecopontos, que eram 77
em dezembro de 2013.
A coleta e o transporte dos resíduos levados aos Ecopontos pelos munícipes são
serviços executados pelas duas empresas contratadas pela Amlurb para a prestação dos
serviços indivisíveis: no Agrupamento Sudeste o serviço é prestado pela Soma e no
Noroeste pela Inova. Elas são responsáveis também por manter o funcionamento dos
Ecopontos e pela coleta das deposições irregulares em logradouros públicos. Essa coleta
é em parte mecanizada e em parte manual; de maneira geral, os resíduos são
transportados às áreas onde estão os aterros de RCC Classe A, que dispõe de uma área
para triagem prévia.
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Tratamento e disposição final dos RCC gerados em São Paulo
Além dos Ecopontos, existem, ao todo, cinco Áreas de Transbordo e Triagem (ATT´s)
funcionando em São Paulo para recepção de resíduos gerados em obras privadas. Para
os resíduos provenientes da limpeza corretiva de pontos de deposição irregular são
utilizadas áreas de triagem nos próprios aterros para onde os resíduos são levados.
O Decreto Municipal nº 42.217/2002 estabelece os procedimentos de licenciamento e
operação de áreas privadas de transbordo e triagem (ATT).
A determinação da utilização de agregados reciclados, oriundos de RCC, em obras e
serviços de pavimentação das vias públicas do Município, incentivando a reciclagem dos
resíduos da construção civil e reduzindo o volume de resíduos destinados aos aterros
específicos é determinado no Decreto Municipal nº 48.075 de 2006.
A cidade deposita os resíduos recolhidos dos pontos viciados e dos Ecopontos em três
áreas de destino final que além de funcionarem como ATT, são aterros que dispõem de
unidades de reciclagem dos resíduos Classe A e por obrigação contratual devem
reciclar no mínimo 10% dos RCC recebidos.
Quadro 20 - Área de destinação final para os RCC recolhidos dos pontos viciados e Ecopontos no Município de São Paulo e o percentual de recebimento destes resíduos em cada uma destas unidades.
Valores percentuais CTR Lumina Aterro Tiuma Aterro
Itaquareia CDR Pedreira
Resíduos de Limpeza Corretiva e Ecopontos
3% 3% 12% 16%
Resíduos de Empresas Privadas
34% 25% 7%
Fonte: Página 144, PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS do município de São Paulo
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RCC em São Paulo
Os custos de manejo dos RCC considerados de responsabilidade pública incluem:
• Remoção e transporte dos resíduos dispostos de forma irregular nos logradouros
públicos;
• Transporte dos RCC levados por munícipes aos Ecopontos;
• Operação dos Ecopontos e a destinação nos aterros, o que inclui também a triagem
dos resíduos das deposições irregulares.
Os custos previstos nos contratos firmados no final de 2011 pela Amlurb, para coleta e
transporte dos resíduos das deposições irregulares representam anualmente R$ 21,5
milhões. Em relação aos custos de Operação dos Ecopontos, estão previstos R$ 9,8
milhões por ano, para a operação de 54 Ecopontos.
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O custo de recebimento nos aterros apresenta variações, sendo que os três de RCC
cobram valores bem próximos – R$ 25,80/t para o Riuma, R$ 22,14/t para o Itaquareia, e
R$ 25,84/t para o Lumina. Já o CDR Pedreira apresenta um custo de R$ 52,95.
O custo total realizado no manejo das 522 mil toneladas de resíduos da construção civil,
seja de deposição irregular, seja de Ecopontos, foi de R$ 50,8 milhões em 2012.
O restante da recepção nos aterros, 1.031 mil toneladas em 2012, foi entregue por
transportadores cadastrados na Amlurb, mediante a aquisição de um “selo” que funciona
como protocolo de entrega de RCC nos aterros contratados pela PMSP.
O custo do “selo” para os transportadores cadastrados (em 2012, R$ 16,50 por caçamba)
vem sendo elevado progressivamente para redução do diferencial entre seu valor e o
valor unitário pago às empresas receptoras dos resíduos.
Em seguida, um resumo dos contratos de prestação de serviços indivisíveis de limpeza
urbana celebrado com a Soma e Inova, como já mencionado anteriormente.
Contrato celebrado com o Consórcio SOMA Soluções e Meio Ambiente em 10 de N
ovembro de 2011 para o agrupamento Sudeste do município de São Paulo
Objeto: prestação dos serviços indivisíveis de limpeza pública Agrupamento Sudeste
Valor total e prazo do contrato: R$ 1.134.557.453,52 (um bilhão, cento e trinta e quatro
milhões quinhentos e cinquenta e sete mil, quatrocentos e cinquenta e três reais e cinque
nta e dois centavos) a ser realizado em um prazo de 36 meses corridos a contar do início
da execução dos serviços.
Contrato na integra disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/uplo
ad/servicos/amlurb/arquivos
Contrato celebrado com o Consórcio São Paulo Ambiental S/A em 10 de Novembro
de 2011 para o agrupamento Noroeste do município de São Paulo
Objeto: prestação dos serviços indivisíveis de limpeza pública Agrupamento Noroeste
Valor total e prazo do contrato: R$ 1.115.569.046,52 (um bilhão, cento e quinze milhõe
s, quinhentos e sessenta mil, quarenta e seis reais e cinquenta e dois centavos) a ser real
izado em um prazo de 36 meses a contar do início da execução dos serviços.
Contrato na integra disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/uplo
ad/servicos/amlurb/arquivos
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Iniciativas relevantes
O Plano destaca, principalmente, a consequência positiva da implantação dos
Ecopontos na redução das deposições indiscriminadas que demostram o acerto dessa
política municipal, na qual o gestor público oferece soluções de recebimento para que
pequenos volumes desses materiais, geralmente gerados em pequenas obras, sejam
entregues voluntariamente. Uma iniciativa importante e estratégica foi a extensão do
horário de funcionamento da Rede de Ecopontos e dos aterros de RCC, assim como
a operação dos mesmos nos finais de semana.
Decorrentes da legislação, outro exemplo de gestão qualificada desses resíduos é, por
exemplo, a demolição seletiva que vem sendo empregada em várias obras da cidade.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB, a demolição fica mais
barata do que a explosão e os agregados reciclados são utilizados na pavimentação de
vias. Além disso, ao reaproveitar o entulho gerado pelas demolições seletivas, o custo da
brita oriunda da reciclagem dos resíduos é em torno de 30% menor que o material
natural.
Outro avanço revelado no Plano foi o estabelecimento do Decreto Municipal nº
48.075/2006, que determina a utilização de agregados reciclados, oriundos de
resíduos sólidos da construção civil, em obras e serviços públicos do Município de São
Paulo. A iniciativa assentou-se na Norma PMSP ETS-01/2003 – Camadas de Reforço do
Subleito, Sub-base e Base Mista de Pavimento com Agregado Reciclado de Resíduos
Sólidos da Construção Civil, e na Norma PMSP ETS-02/2009 – Base de Material Fresado
com Espuma de Asfalto, que permitiram aplicar os RCC constituídos de misturas
asfálticas extraídas do pavimento urbano.
Para que a Superintendência das Usinas de Asfalto (SPUA) pudesse receber o RCC e
produzir tanto os agregados quanto o RAP (Reclaimed Asphalt Pavement - Pavimento de
Asfalto Reciclado), criou-se ao lado da ponte de mesmo nome a Unidade de
Reciclagem Júlio de Mesquita Neto, onde os materiais são armazenados e reciclados e
onde foram instalados todos os equipamentos e laboratório para controle tecnológico.
Em relação ao combate às deposições irregulares o Plano destaca a criação de
canteiros jardinados nos locais em que foi possível transformar o ponto viciado em área
de jardinagem ou com plantio de flores. Pela experiência, as empresas contratadas
acreditam na atuação conjunta com escolas, transformando a atividade em prática
recreativa e educativa de forma que a área restaurada e limpa passe a ser adotada.
Outra medida auxiliar de combate a essas deposições é a instalação de placas
educativas e informativas nos pontos viciados com o objetivo de coibir e minimizar os
problemas com resíduos. As placas trazem o valor da multa e advertem para a
apreensão do veículo que descarta lixo irregularmente, além de orientar sobre o
Ecoponto mais próximo.
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Como já mencionado no item referente aos custos, destaca-se como iniciativa
interessante a instituição de um “selo” que funciona como protocolo de entrega de RCC
pelos transportadores cadastrados, nos aterros contratados pela Prefeitura Municipal de
São Paulo (PMSP). O custo deste “selo” para os transportadores cadastrados, em 2012,
era de R$ 16,50 por caçamba, mas vem sendo elevado progressivamente para redução
do diferencial entre seu valor e o valor unitário pago às empresas receptoras dos
resíduos.
Diretrizes, objetivos, estratégias e metas para os RCC estabelecidos no PGIRS do
município de São Paulo
Como já mencionado anteriormente, a versão revisada do PGIRS de SP, contou com
espaços de participação e construção participativa em todas as etapas de sua
elaboração. Da mesma forma, as metas também foram discutidas e definidas em
oficinas técnicas que aconteceram após a realização das conferências municipais de
meio ambiente. Todas as diretrizes, objetivos, estratégias e metas definidas no Plano
foram planejados e estão vinculados ao seu período de vigência, ou seja, 20 anos.
Alguns deles são listados a seguir.
Ampliar o manejo diferenciado de RCC com recuperação e valorização máxima
dos resíduos.
Fomentar o fornecimento de agregados reciclados ampliando a rede de áreas de
triagem e transbordo – ATT e novos negócios de reciclagem desses materiais.
Erradicar os depósitos irregulares de materiais nos logradouros públicos.
Incentivar a cultura de reciclagem no setor da construção civil.
Exigir os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, obrigatórios
para empresas de construção civil, respeitada a Resolução 307 do CONAMA e
suas resoluções modificadoras.
Incentivar projetos de construções sustentáveis para obras públicas.
Os objetivos definidos para a gestão dos RCC são os seguintes:
Ampliar a rede de Ecopontos para recebimento voluntário de pequenos volumes de
diversos tipos de resíduos (RCC, Volumosos, Secos e outros), qualificando as
operações e a capacidade de destinação diferenciada dos tipos de resíduos.
Ampliar a rede de áreas de transbordo e triagem, ATT, e reciclagem, AR, visando
ampliar a reciclagem e o uso de agregados recicláveis.
Ampliar e antecipar ações de informação e educação ambiental continuada nas
regiões atendidas e a serem atendidas por Ecopontos, ATT e AR.
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Adequar e ampliar a capacidade fiscalizatória do Poder Público municipal; criar
canal específico de comunicação comunitária.
Fiscalizar os PGRS das construtoras e das grandes obras, privadas e públicas,
com ênfase nas coletas seletivas, na implementação dos processos de logística
reversa e na eliminação da presença de resíduos em aterros de forma conflitante
com a Resolução 307 do CONAMA e exigência do vínculo entre agentes formais
(CTR).
Criar estrutura com capacidade física e tecnológica para monitoramento do
Controle de Transporte de Resíduos – CTR.
Implantar sistema declaratório dos transportadores e das áreas de recepção e
tornar documentadas as cargas entre gerador, transportador, receptor e
consumidor do material bruto ou reciclado.
Adequar às ações de limpeza corretiva às suas diretrizes específicas, constantes
da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Ampliar o índice de reciclagem nos aterros sob contrato público.
Implementar o uso obrigatório de agregados reciclados em obras e serviços
públicos.
Fomentar novos negócios, do transporte à triagem, reciclagem, fabricação de
artefatos e disposição adequada em aterros.
Promover estudos que busquem ajustes tributários e fiscais para toda a cadeia de
RCC.
Diminuir as distâncias entre as recicladoras, os pontos de coleta de resíduos e o
destino dos agregados reciclados que impactam o custo do frete.
Incorporar tecnologia aos instrumentos para monitoramento e fiscalização de
agentes da cadeia do RCC, com ações duras de fiscalização.
Ampliar fiscalização de transportadores e receptores não licenciados com
monitoramento de origem e destino (municipal e regional) de forma a combater as
deposições irregulares nas fronteiras com os municípios vizinhos, com atenção
especial às áreas de mananciais, Áreas de Preservação Permanentes e Unidades
de Conservação.
Promover arranjos regionais e parcerias com municípios da Região Metropolitana
de São Paulo, com relação às áreas de manejo, usinas de reciclagem, acordos de
circulação de cargas, mapeamento e licenciamento de destinos.
As estratégias específicas definidas na Conferência foram as seguintes:
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Planejar a ampliação da Rede de Ecopontos para todas as subprefeituras e
distritos, dando visibilidade a estas áreas e seus projetos, com ênfase nas
comunidades em que estão inseridas, preconizando a transversalidade de gestão
intersecretarial.
Desenvolver ações de informação e educação ambiental continuada nas regiões já
atendidas e a serem atendidas por Ecopontos, ATT e AR, visando maior atração
de resíduos e desmotivação dos descartes irregulares.
Implantar sistema de fiscalização eletrônica dos agentes transportadores
cadastrados, com rastreamento de veículos e controle dos fluxos.
Gerar procedimento para acompanhamento permanente e georreferenciado das
deposições irregulares e bota foras de RCC no município.
Implantar a limpeza corretiva qualificada com segregação de materiais (volumosos
e madeira, domiciliares, RCC triturável e solo) nos próprios locais de deposição
irregular.
Desenvolver incentivos para o fomento aos novos negócios para unidades de
tratamento de RCC, especialmente dos empreendimentos processadores de
resíduos, ATT e AR, e buscar alteração nas categorias de uso dessas áreas nos
documentos legais decorrentes do Plano Diretor Estratégico do município – PDE –
visando ampliação da rede.
Elaborar Guia para Manejo Diferenciado de RCC Classe A e classe B visando
recuperação e valorização máxima dos resíduos, abordando processos, produção
de artefatos, procedimentos e normas.
Promover adequação na legislação municipal para pleno estabelecimento do
manejo diferenciado destes resíduos, no tocante à atual possibilidade de coleta de
volumes até 50 kg na coleta convencional de resíduos domiciliares.
Promover Chamamento Público para fornecedores de agregados reciclados no
Município e Região Metropolitana.
Criar Banco de Agregados Recicláveis, com a contribuição de transportadores e
recicladores, apoiado nos dados de um Plano de Fluxos de materiais. Criar rede de
comunicação digital interativa para troca de informações e roteiros de recicladores,
transportadores, transbordos, etc.
Estabelecer grupo técnico para análise do tema fiscal e tributário na cadeia do
RCC e definição de proposições para ajustes das cargas incidentes.
Promover, com departamentos acadêmicos, instituições de pesquisas
tecnológicas, associações empresariais e de classe, organizações da sociedade
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civil e outras, programas em parceria que promovam soluções com agregados
reciclados, como, por exemplo, para artefatos e mobiliário urbano.
Promover eventos e seminários de troca de experiências sobre projetos e técnicas
de construções sustentáveis para obras públicas e privadas.
Promover encontros com municípios da Região Metropolitana para troca de
experiências e arranjos regionais de gestão.
Elaborar orientação básica para os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(RCC) com as peculiaridades territoriais, socioambientais, metropolitanas e
econômicas da Cidade de São Paulo.
Elaborar proposta de estruturação da equipe gerencial municipal que formule e
oriente a implantação e a manutenção das metas do PGIRS e da nova perspectiva
pautada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Dentre as metas estabelecidas, destacam-se:
METAS DO GOVERNO
Desenvolvimento de incentivos para o fomento a novos negócios valorizadores do
RCC (ATT, AR e outros) Meta: a partir de 2014.
Buscar alteração nas categorias de uso apontadas para empreendimentos
valorizadores do RCC (ATT, AR e outros) Meta: 2015.
Implantação de sistema de fiscalização eletrônica dos transportadores
(rastreamento de veículos e controle dos fluxos) e monitoramento permanente
georreferenciado dos pontos viciados Meta: 2014 (Implantação do CTR Online).
Implantação da limpeza corretiva qualificada, com segregação dos materiais
(volumosos e madeira, domiciliares, RCC triturável e solo) nos próprios locais de
deposição irregular Meta: 2015.
Elaborar Guia para Manejo Diferenciado de RCCMeta: 2015.
Criação e manutenção de cadastro de fornecedores licenciados de Agregados
Reciclados e o tipo de material que produzem Meta: 2014.
Criação e manutenção de cadastro dos transportadores licenciados Meta: 2014.
METAS INDICATIVAS PARA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Divulgação da lista atualizada de Ecopontos, transportadores licenciados, locais de
disposições corretas, como ATT, ATTR e Aterros de Inertes, em lojas e
distribuidores do município (% do total de empresas).
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Adesão dos transportadores (caminhões/caçambas) ao controle eletrônico do
transporte de resíduos (% do total de empresas) 100% de adesão 12 meses
após lançamento do CTR online.
Informações adicionais
O PGIRS de SP apresenta um capítulo específico para os Resíduos Volumosos já que de
acordo com o Plano, este tipo de resíduo despejado indiscriminadamente, tomou
tamanha proporção no ambiente da cidade que a Prefeitura de São Paulo empenha
ações permanentes de remoção e limpeza de ruas e córregos, pontos de descartes
irregulares de resíduos da construção civil e de resíduos volumosos, que chegaram a
4.500 pontos em outubro de 2013.
Informações sobre resíduos volumosos
Geração de RVOL em São Paulo
A escala de descarte de móveis e outros artefatos nos atuais 77 Ecopontos em operação
no município podem ser utilizados para considerar este modelo de gestão satisfatório. Os
números contabilizados no mês de junho de 2013 reforçam a importância desta
ferramenta se considerarmos que foi dado o destino adequado a todos os resíduos
recebidos neste período, a saber:
1.520 sofás.
355 cadeiras.
300 mesas.
1.200 portas e armários.
Em 2012 foram contabilizados em torno de 228 mil metros cúbicos de Resíduos Volumosos recebidos nos Ecopontos municipais o que representa 64% de todos os materiais lá entregues pelos munícipes.
Quadro 21 - Volumes recebidos em 52 ecopontos em 2012 no município de São Paulo.
Ecopontos em 2012
Descrição Volume recebido (m3) Percentual (%)
RCC 110.773,65
31%
Volumosos 227.864, 60
64%
Recicláveis 17.979,05
5%
Total 356.617,30
100%
Fonte: AMLURB, SP, 2012. Adaptado do Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo, 2012.
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Pelo Quadro 21 acima, pode-se perceber que além das mesas, cadeiras, guarda-roupas,
armários, estantes e outros artefatos, são recebidos também entulhos e materiais
recicláveis (5%).
Coleta de RVOL e demais resíduos associados em São Paulo
A coleta corretiva dos Resíduos Volumosos compreende a retirada de galhos, árvores,
restos de móveis, colchões e outros grandes objetos dispostos nas vias e logradouros
públicos, ou todo tipo de material inservível ao munícipe que não tenha recebido
destinação adequada. Por último, considere-se a coleta efetuada por meio da rede de
Ecopontos e da ação das empresas contratadas para sua operacionalização (Soma e
Inova) e a coleta realizada por empresas transportadoras contratadas pelos geradores.
Tratamento e disposição final dos RVOL gerados em São Paulo
Os resíduos volumosos entregues nos Ecopontos, assim como os lançados
indiscriminadamente e acumulados nas vias e logradouros públicos, recolhidos nas
operações de limpeza corretiva são encaminhados para a Central de Tratamento de
Resíduos – CDR Pedreira.
Em algumas das operações de coleta corretiva são identificados os resíduos para que
sejam coletados separadamente os materiais “diversos” (inclui volumosos) constituídos
de produtos de poda, madeiras, móveis e suas partes (armários, cadeiras, guarda
roupas, estantes, mesas), além de plásticos e metálicos, separados dos RCC e resíduos
orgânicos.
A única área de destino final que recebe resíduos volumosos é o CDR Pedreira que, além
do que vem dos Ecopontos, recebe também, resíduos volumosos da limpeza corretiva da
deposição irregular em pontos viciados. Em 2012 foram enviados ao CDR Pedreira 303
mil toneladas desses resíduos.
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RVOL em São Paulo
O custo de disposição de resíduos volumosos no CDR Pedreira é de R$ 52,95 por
tonelada, uma vez que não há preços diferenciados por tipos de resíduos. Em 2012 a
Amlurb dispendeu R$ 12 milhões com a disposição de aproximadamente 227 mil
toneladas de resíduos volumosos.
Não foi possível compor dados específicos para os volumosos no conjunto de
pagamentos realizados para as duas operadoras, Soma e Inova. No entanto, a
considerar-se o custo previsto no contrato de 2011 para operação dos Ecopontos e os
percentuais de volumosos neles presentes, o custo de manejo dos volumosos nos
Ecopontos seria aproximadamente R$ 6,25 milhões em 2012. O mesmo raciocínio pode
ser utilizado para coleta e transporte dos volumosos presentes nos pontos viciados,
chegando-se a R$ 8,89 milhões, de acordo com os volumes operados. Com essas
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estimativas, o custo de manejo da tonelada de resíduos volumosos seria da ordem
de R$ 89,50.
Metas, diretrizes, planos e ações para os RVOL estabelecidas no PGIRS do município de
São Paulo
A IV Conferência Municipal de Meio Ambiente aprovou um conjunto de diretrizes
específicas para os resíduos volumosos, que são as seguintes:
Combater a lógica do descartável e fortalecer a cultura de reutilização.
Oferecer soluções de recepção adequada para os resíduos volumosos.
Erradicar as deposições irregulares e os bota foras com presença de resíduos
volumosos.
Compartilhar responsabilidade de gestão dos resíduos volumosos com setor
empresarial, abrindo debate sobre a logística reversa nesse setor.
Ampliar a capacidade de reciclagem e reaproveitamento, com valorização, dos
resíduos volumosos.
Incentivar empreendimentos transformadores dos artefatos com reciclagem de
usos para esses materiais, estendendo seu ciclo de vida.
Foram também definidos os seguintes objetivos para o manejo desses resíduos:
Investir na capacitação continuada de agentes privados e públicos incentivando a
cultura do reaproveitamento em contraposição à do descartável, visando a não
geração de resíduos.
Planejar e ampliar a Rede de Ecopontos voltados ao recebimento de diversos tipos
de resíduos (Volumosos, RCC, Secos e outros), com melhoria das operações
internas para valorização dos volumosos.
Promover ações permanentes de informação e educação ambiental em cada
subprefeitura para dar maior efetividade na atração de resíduos aos ecopontos,
desmotivando os descartes irregulares, utilizando plano de comunicação social,
contemplando as diversas mídias, de forma integrada e intersecretarial.
Adequar às ações de limpeza corretiva dos descartes irregulares às suas diretrizes
específicas, constantes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
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Promover a modernização tecnológica dos instrumentos para monitoramento e
fiscalização.
Definir estratégias de valorização dos volumosos (artefatos e seus materiais)
recebidos na rede de Ecopontos, com eliminação da disposição em aterro.
Estender o ciclo de vida dos artefatos e materiais e criar parcerias com instituições
para reaproveitamento e restauro.
Incentivar o reaproveitamento de mobiliário e utensílios nos órgãos públicos.
Buscar novas tecnologias de reciclagem e reaproveitamento para os volumosos.
Encaminhar parceria com potenciais parceiros, grandes consumidores de matéria
prima, como as indústrias de madeira processada.
Incentivar o desenvolvimento do design voltado à reabilitação de materiais e suas
utilidades.
SÃO METAS DO GOVERNO PARA OS RCCV APRESENTADAS NO PLANO
Eliminação da deposição irregular de volumosos (% sobre base 2013)
Universo = 4.500 Pontos Viciados
Meta: 2015
Implantar a limpeza corretiva qualificada, com segregação dos materiais em 3
frações (volumosos e madeira, domiciliares, RCC triturável e solo) nos próprios
locais de deposição irregular.
METAS INDICATIVAS PARA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Estabelecimento de pontos de captação em área privada, de acesso aberto, no
território de cada Subprefeitura (nº de pontos por Subprefeitura). Universo = 32
Subprefeituras.
Quadro 22 - Meta prevista para instalação de ponto de captação de resíduos volumosos em áreas privadas no município de São Paulo.
Ano Nº pontos por subprefeitura Ano Nº pontos por subprefeitura
2013 0 2024 3
2014 0 2025 3
2015 1 2026 3
2016 1 2027 3
2017 2 2028 3
2018 2 2029 3
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Fonte: Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo, 2012.
Iniciativas relevantes
As Casas Bahia mantêm uma Central de Triagem instalada no seu Centro de
Distribuição, em Jundiaí / SP, que de maio de 2008 a maio de 2011 havia processado
cerca de 30 mil toneladas de papelão, isopor, plástico e papel, resultado da coleta
seletiva feita na sede da empresa em São Caetano do Sul e em 100 lojas da região
metropolitana de São Paulo.
Parte significativa dos resíduos é obtida com a logística reversa das embalagens dos
produtos entregues aos clientes da empresa varejista. Mas o plano não apresenta as
medidas para logística reversa praticada pelos produtores.
2019 3 2030 3
2020 3 2031 3
2021 3 2032 3
2022 3 2033
3 2023 3
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4.5. Fortaleza
Cenário Estadual
O Estado do Ceará, com uma população urbana, segundo a ABRELPE/2010, de
6.343.990 habitantes, produz em média 8.735 t/dia de resíduos sólidos, com um per
capita de 1,377 kg/hab.dia, constitui-se no segundo maior gerador de resíduos sólidos
da Região. Dos nove estados nordestinos apenas a Bahia ultrapassa o Ceará, e
Pernambuco, em terceiro lugar, está bem próximo.
A situação atual reflete a existência de três Aterros Sanitários Metropolitanos, construídos
pelo Governo do Estado, no período de 1989/1994, instalados em Caucaia, no Oeste, o
de Maracanaú ao Sul e em Aquiraz, ao Leste. Mais três aterros sanitários foram
construídos no Estado, estando a política estadual de gestão dos resíduos sólidos a
cargo da Secretaria das Cidades e da CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do
Meio Ambiente.
Em 2006, a PROINTEC elaborou o Diagnóstico da situação de coleta e destino final nos
municípios do Ceará, constatando que naquela época existiam apenas 21 Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), dos 184 municípios
cearenses, sendo que 85% dos municípios destinavam seus resíduos a lixões e
vazadouros a céu aberto.
O Diagnóstico concluiu pela necessidade de desviar do fluxo geral de resíduos sólidos,
os resíduos dos serviços de saúde, a partir de um plano de gestão específico.
Ainda, nas conclusões, aparecem:
Falta de campanhas informativas e de educação dos cidadãos para com os
resíduos sólidos.
Falta de veículos próprios para a coleta e equipamentos complementares.
Falta de definição do programa de coleta seletiva implementado, tendo em vista a
instalação de um mercado não convencional utilizado para a comercialização dos
resíduos, entre outros.
O Governo Estadual do Ceará definiu como meta a elaboração e construção de 30
aterros sanitários a serem operados de forma consorciada. Entretanto, o documento não
estabelece de quem será a responsabilidade por elaborar os projetos e construir os
aterros previstos na meta.
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Ceará está em fase de elaboração
desde o final do ano de 2012. Os estudos estão sendo elaborados por um consórcio com
um orçamento total de R$ 1.650.000,00. Até o momento, de acordo com a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente do Ceará (órgão recentemente criado, após a troca de gestão
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estadual em janeiro de 2015) já foram realizadas 11 oficinas regionais e outros 4
seminários e consultas públicas. O Plano, cuja versão final será publicada em junho de
2015, está na fase de elaboração do panorama estadual de resíduos e a elaboração de
cenários para a gestão e gerenciamento dos resíduos nos próximos 20 anos.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município
de Fortaleza
O PMGIRS de Fortaleza foi elaborado com o objetivo primário de integrar o PMSB –
Plano Municipal de Saneamento Básico, de acordo com a Lei Nº 11.445/2007. A
elaboração dos trabalhos foi fiscalizada e supervisionada pela ACFOR – Autarquia de
Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental e
acompanhada pelo Grupo de Apoio Técnico Interinstitucional, criado pela Portaria
003/2012 da ACFOR, composto por instituições do poder público municipal e estadual
que atuam na área de resíduos sólidos.
A empresa SANETAL ENGENHARIA E CONSULTORIA EM SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE LTDA EPP foi a empresa contratada para a elaboração do PMGIRS e a metodologia dos trabalhos foi fixada nos seguintes elementos:
Termo de Referência para elaboração do Plano, parte integrante do Edital de
Tomada de Preços Nº 02/2011, da ACFOR;
Contrato firmado entre ACFOR e SANETAL, em 07/12/2011;
Relatórios dos Grupos, GTI – Grupo Técnico Interno da ACFOR e GTAI Grupo
Técnico de Apoio Interinstitucional, e,
Definição dos Produtos a serem entregues e da metodologia de acompanhamento
técnico e participação social na elaboração do PMGIRS, especificadas na
sequência.
Em 2012, a empresa TRAMITTY, contratada pelo Conselho de Políticas Públicas e
Gestão do Meio Ambiente, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, elaborou uma
proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do
Ceará. A proposta caracterizou a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF – A) composta
pelos municípios de Aquiraz, Caucaia, Eusébio e São Gonçalo do Amarante, com
população estimada para 2032 de 3.648.432 habitantes e a geração de resíduos sólidos
domiciliares (RSD) estimada em 4.047,3 t/dia, de RCC em 2.833,1t/dia (ou aprox. 777
kg/per capta por dia).
Os resultados da composição gravimétrica de um estudo elaborado em 2013 mostraram
que os RCC de Fortaleza são compostos, em média, por 24,60% de areia e solo, 22,00%
de argamassa, 15,60% de concreto, 14,30% de cerâmica vermelha, 10,40% de tijolo
branco, 6,30% de cerâmica de revestimento, 5,00% de gesso, 1,40% de outros (plástico,
papelão, madeira, vidro e ferro), 0,02% de espuma, couro e tecido e 0,20% de
embalagens de tinta, solvente e amianto. Desta forma, obtém-se que 93,40% dos RCC
de Fortaleza são classificados como resíduos Classe A; 6,40% como Classe B; 0,020%
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Classe C; e 0,20% Classe D, conforme classificação da Resolução CONAMA nº 307
(LIMA, 2013).
A proposta incluía 318 intervenções, incluindo a implantação de 145 Locais de Entrega
Voluntária (LEV’s), 50 Pontos de Entrega Voluntaria (PEV’s), 19 PEV’s simplificados, 19
PEV’s Centrais, 25 Áreas de Transbordo e Triagem (ATT’s), 19 Unidades de
Compostagem, 20 Galpões de Triagem, 15 Aterros de RCC, 04 Unidades de
Transbordo, e requalificação de 02 Aterros Sanitários, sendo que os investimentos
previstos alcançavam R$ 52.605.792,83.
Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RCCV relatadas no PMGIRS
Para minimizar os problemas com a geração e disposição inadequada de resíduos de
construção civil e demolições em Fortaleza, em 2006, foi elaborado um Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. O diagnóstico para a implantação do
plano apresentou algumas proposições.
Dentre as principais está a PROPOSIÇÃO 1, que prevê implantação de ECOPONTOS –
(Ponto Ecológico de Pequenos Volumes), conjunto de pontos de entrega para pequenos
volumes. O total determinado para o Município de Fortaleza é de 40 (quarenta)
ECOPONTOS (LIMA, 2006).
Figura 17 - Polos de Recebimento de RCD no município de Fortaleza, de acordo com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Fonte: Lima, 2006. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município de Fortaleza.
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PROPOSIÇÃO 2: nesta Ação foi prevista a implantação de Duas Unidades de Triagem e
Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição, que deverão ser implantadas e
operadas pela iniciativa privada/poder público.
Atualmente, em Fortaleza, existe uma Unidade de Reciclagem de Entulhos da
Construção Civil, de propriedade da USIFORT – Usina de Reciclagem de Fortaleza, que
recebe em média 5% do RCC gerado no município. Uma segunda usina, USINE, situa-se
em Itaitinga, fora do perímetro urbano de Fortaleza, e encontra-se em fase de
licenciamento ambiental.
A previsão dessas duas unidades de triagem partiu do volume gerado pelo município,
que segundo LIMA (2006), é de aproximadamente 96.000 m³/ano; assim, cada unidade
terá capacidade de processamento de 150 t/hora.
Geração de RCCV em Fortaleza
Fortaleza possui legislação específica para os grandes geradores de resíduos - Lei
Municipal n° 8.408, de 24 de dezembro de 2009. O Art. 1° determina: o gerador de
resíduos sólidos cujo peso específico seja maior que 500 kg/m³, ou cuja quantidade
produzida exceda o volume, de 100L ou 50 kg/dia, e que seja proveniente de
estabelecimentos domiciliares, públicos, comerciais, industriais e de serviços, será
denominado grande gerador e responsável pelos serviços de acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, devendo custeá-las.
A quantidade de resíduos recebidos de grandes geradores, no ASMOC representa
cerca de 7% do total de resíduos recebidos, por dia.
Pelo levantamento realizado em campo pela empresa responsável foi detectado que a
formação dos “pontos de lixo” acontecia em sua maioria por resíduos depositados por
grandes geradores. Em 2011 foram depositados no ASMOC, 135.457,02 t de resíduos
provenientes de grandes geradores.
Armazenamento dos RCCV em Fortaleza
O Plano não apresentou informações específicas sobre a gestão e ou gerenciamento da
etapa de armazenamento de RCCV no município de Fortaleza.
Coleta de RCCV e demais resíduos associados em Fortaleza
Além do cadastro na Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (EMLURB), as
empresas transportadoras devem apresentar o Manifesto de Transporte de Carga (MTR),
devidamente preenchido com informações sobre o tipo de resíduo, quantidade, data e
hora, de acordo com a Lei Municipal N°11.633 de 18 de maio de 2004.
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A SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E MEIO AMBIENTE (SEUMA) publica
com regularidade as empresas cadastradas para o transporte de resíduos da construção
civil em seu site. De acordo com consulta feita ao site da prefeitura, em Setembro de
2014 haviam 13 empresas credenciadas, sendo que todas elas estão com o
credenciamento válido para atuação até 2015.
Tratamento e disposição final dos RCCV gerados em Fortaleza
Apesar de diversas iniciativas para o correto gerenciamento e controle dos RCC em
Fortaleza, o problema ainda é grave, pois muitas das medidas previstas no Plano ainda
não foram executadas. Das três Usinas de Reciclagem apenas a USIFORT está em
operação e dos 40 ECOPONTOS previstos, apenas um está em funcionamento na
Regional II.
Obs.: em relação à destinação final dos resíduos amálgama, xilol, formol, reveladores e
fixadores, o Plano informa que o município, até o ano de elaboração do Plano, aguarda
uma determinação do órgão ambiental municipal, a Secretaria Municipal de Urbanismo e
Meio Ambiente (SEMAM).
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RCCV em Fortaleza
As empresas privadas prestam serviços aos grandes geradores, mediante remuneração
específica.
Metas, diretrizes, planos e ações para os RCCV estabelecidas no PGIRS do município de
Fortaleza
Para estipular as Metas, Diretrizes, Planos e Ações, o plano apresenta uma sistemática
denominada de CPD que consiste na classificação dos elementos segundo
Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades, (CDP) atribuindo aos mesmos uma função
dentro do processo de desenvolvimento da cidade. Esta sistemática foi adotada também
para o Plano Municipal de Saneamento Básico, o que é muito interessante do ponto de
vista de gestão, já que auxilia na compatibilização e fluxo das metas e objetivos
delineados. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento podem ser
percebidas com maior facilidade.
A Sistemática CDP apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e
operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos,
proporcionando apresentação compreensível e compatível com a situação atual da
cidade, ou seja, do Diagnóstico. A partir da classificação dos elementos foi possível
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estruturar a situação do Município com referência à gestão de resíduos sólidos da
seguinte maneira:
Condicionantes: elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões
existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no
desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações
devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões.
Exemplos: rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário,
legislação, etc.
Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam
estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o
desenvolvimento do Município.
Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem ser
explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da
população.
Destaca-se que as deficiências e as potencialidades podem ter algumas características:
técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.
A utilização desta sistemática CDP possibilitou a classificação de todos os aspectos
levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos) nestas
três categorias, de forma a subsidiar a organização dos cenários, identificando as ações
prioritárias e as tomadas de decisões. Para subsidiar o planejamento das ações, a escala
de PRIORIDADE foi divida em três níveis, de acordo com o resultado obtido de acordo
com a equação abaixo:
𝑃𝑅𝐼𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 = 𝑅𝐸𝐿𝐸𝑉Â𝑁𝐶𝐼𝐴 × 𝐼𝑁𝐶𝐸𝑅𝑇𝐸𝑍𝐴 Equação 01
Alta = 5
Média = 3
Baixa = 01
Figura 18 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das carências identificadas no
Plano.
Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município de Fortaleza, página 174/411.
Para a sequência do trabalho e metodologia proposta, primeiro foram elencadas todas as
ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão de resíduos no município de
Fortaleza e logo em seguida foram identificadas as prioridades, através do produto das
Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Os índices de
relevância e incerteza utilizados foram os seguintes:
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Quadro 23 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos da construção civil no Plano de
Gestão de Resíduos do município de Fortaleza, CE.
Ameaça Oportunidade Relevância Incerteza Prioridade
(relevância x incerteza)
Não implantação do Plano de Gerenciamento de RCD com definição de áreas públicas e/ou privadas para recebimento e disposição desses resíduos tendo em vista a eliminação de “bota fora” clandestinos (não licenciados) e lançamento indevido em “pontos de lixo”.
- Existência do Plano de Gerenciamento de RCC de Fortaleza, Lei Nº 8.408/99, Decreto Nº 10.696/2000, Decreto Nº. 11.646/04, Decreto Nº 11.260/02, Decreto Nº. 11.633/04.
- Existência de Projeto para a Central de Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição (SEMAM, ACFOR, EMLURB) dentro do Programa Vida.
- CONAMA Nº 307/2002 (Art.4º parágrafo 1ª: os RCC não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota-fora, em encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei); art.10 (destinação para cada tipo de RCC).
- PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora);
- Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios até 2014;
- Elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação;
- Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC;
- Caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final.
- NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem.
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Ameaça Oportunidade Relevância Incerteza Prioridade
(relevância x incerteza)
- NBR 15.114 – RCC – Áreas de Reciclagem.
- NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC para execução de Camadas de Pavimentação.
- NBR 15.116 – Utilização de agregados reciclados de RCC para pavimentação
Existência de cerca de 1800 “pontos de lixo” distribuídos por toda a cidade, degradando o meio urbano e contrariando as boas práticas para a disposição dos resíduos para a coleta.
- Programa Tira Treco.
- Projeto para conteinerização no centro e Av. Beira Mar.
-Definição de instalação de ECOPONTOS (PGRCC).
- Existência de ECOPONTO na SER II.
- PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora); implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios; elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação; elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC; caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final.
- NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem.
- Existem determinações por parte da ACFOR, em erradicar esses pontos.
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Destinação inadequada de resíduos de Construção Civil e Demolições (excesso) e de resíduos volumosos, no
- Existência do Plano de Gerenciamento de RCC. Presença de várias empresas privadas operando no Município.
- Programa Tira Treco.
- CONAMA 307/2002 proíbe disposição de RCC em aterro
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Ameaça Oportunidade Relevância Incerteza Prioridade
(relevância x incerteza)
ASMOC. domiciliar a partir de 2004.
- Uma Usina de RCC instaladas no RMF.
- Sistema de Gestão da ECOFOR e Fiscalização da EMLURB e ACFOR.
- PNRS define: até 2014 a diminuição de 100% de áreas de disposição irregular (bota-fora); implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos Municípios até 2014; elaboração de PGRCC pelos grandes geradores e sistema declaratório dos geradores, transportadores e áreas de destinação; elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e destinação dos RCC; caracterização dos resíduos e rejeitos da construção para definição de reutilização, reciclagem e disposição final.
- NBR 15.112 – RCC e Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem.
- NBR 15.114 – RCC – Áreas de Reciclagem.
- NBR 15.115 - Agregados reciclados de RCC para execução de Camadas de Pavimentação.
- NBR 15.116 – Utilização de agregados reciclados de RCC para pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural.
Destinação inadequada de resíduos de “grandes geradores” nos “pontos de lixo”.
- Lei municipal Nº 8.408/99 – Estabelece normas para Gestão de Resíduos para Grandes Geradores. 05 05 25
Fonte: Adaptado do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município de Fortaleza
páginas 175 a 196.
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Após a elaboração da matriz numérica, as ameaças foram agrupadas pelo aspecto
pertinente à situação do município. No caso de Fortaleza dividiu-se em: Gestão Integrada
de Resíduos, Produção de Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental e, após o
agrupamento, foram somados os valores obtidos na matriz numérica elaborada
anteriormente.
Na quarta e última etapa, foi realizada a hierarquização por ordem decrescente, ou seja,
do grupo que mais pontuou para o que menos pontuou.
O Plano apresenta duas tabelas, uma que contém a hierarquização das ameaças, de
acordo com os grupos mencionados acima (Gestão Integrada de Resíduos, Produção de
Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental) e outra que agrupa tais ameaças
priorizadas de acordo com a sua pontuação - dividida em grupos que variam de 0 a 5, 5 a
10, 10 a 15 e 15 a 25.
De forma resumida, as pontuações obtidas por grupo, para Fortaleza, foram:
Gestão de Resíduos = 432 pontos.
Produção de Resíduos = 259 pontos.
Disposição Final = 251 pontos.
Educação Ambiental = 190 pontos.
A pontuação de cada grupo é utilizada para a montagem dos cenários, ou seja, neste
caso, eles serão montados a partir da Gestão Integrada que obteve a maior pontuação,
seguida da Produção de Resíduos (259), Disposição Final (241) e, por último a Educação
Ambiental (190).
No Quadro 24 a seguir, é apresentado o cronograma físico financeiro dos programas
definidos no Plano e o investimento correspondente para cumprimento dos seus objetivos
em prazos imediato, curto, médio e longo. Destaque para o objetivo 3.12 que trata
diretamente sobre o Gerenciamento de RCCV (ou RCD como utilizado no Plano).
Quadro 24 - Cronograma físico financeiro do PMGIRS de Fortaleza, Ceará com destaque para os objetivos voltados aos RCCV.
MUNICÍPIO DE FORTALEZA - PLANO MUNICIPAL DE GESTAO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
PROGRAMA OBJETIVO CÓD. PRAZOS
IMÉDIATO CURTO MÉDIO LONGO
3. G
estã
o
Inte
gra
da
3.12 Gerenciamento
de RCD
3.12.1 R$ 76.800,00 _ _ _
3.12.2 R$ 990.000,00 R$ 990.000,00 _ _
3.12.3 R$ 13.000,00 _ _ _
3.12.4 _ R$ 4.563.644,00 _ R$ 4.563.644,00
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3.12.5 R$ 43.200,00 _ _ _
soma R$ 1.123.000,00 R$ 5.553.644,00 R$ _ R$ 4.563.644,00
total R$ 11.240.288,00
3.13 Sistema de Informações
3.13.1 R$ 228.000,00
3.13.2 R$ 152.000,00
3.13.3 _ R$ 95.000,00
soma R$ 380.000,00 R$ 95.000,00 R$ _ R$ _
total R$ 475.000,00
Fonte: Elaboração própria a partir do conteúdo dos itens 7.3 e 7.4 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do
Município de Fortaleza, Novembro de 2012.
Iniciativas relevantes
A prefeitura de Fortaleza publicou em 2013 um manual de orientação para controle e
fiscalização do transporte de resíduos
(http://www.fortaleza.ce.gov.br/sites/default/files/manualdeorientcaofiscalizacaov2.pdf).
Um dos objetivos deste manual é capacitar a equipe da fiscalização municipal quanto ao
aparato legislativo e às normas técnicas utilizadas em matéria de gerenciamento de
resíduos sólidos para orientação ao trabalho de campo e aos geradores sobre práticas de
não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, conforme determina a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Além disso, este documento pretende também padronizar
procedimentos em fiscalização dos serviços de geração, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos,
cujas atividades são obrigadas à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, conforme Lei Municipal nº 8.408, de 24 de dezembro de 1999, Decreto Municipal
nº 10.696, de 2 de fevereiro de 2000, Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 e
Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010.
Ainda em relação a este documento, vale ressaltar que uma das justificativas
apresentadas para sua elaboração e publicação é a minimização dos custos do poder
público, a partir do trabalho de fiscalização, com os serviços de coleta, transporte,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos oriundos das atividades consideradas
grandes geradoras de resíduos, conforme legislação municipal, cuja responsabilidade é
exclusiva do gerador e envolve ainda a formação de indicadores em matéria de
resíduos, com o propósito de avaliar os resultados obtidos e definir os locais prioritários
em ações de educação ambiental e fiscalização no município de Fortaleza.
Este manual apresenta um capitulo específico para três tipos de resíduos: construção
civil e afins, resíduos comerciais e de prestação de serviços e resíduos dos serviços de
saúde. Para cada resíduo, são contemplados os seguintes tópicos:
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o Resoluções ANVISA.
o Normas da ABNT.
o Legislação Estadual.
o Legislação Municipal.
o Definição e Classificação.
o Infrações à legislação.
o Resoluções do CONAMA.
o Legislação Federal.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Um dos anexos do Plano apresenta uma relação dos indicadores utilizados, bem como
suas definições, equações e unidades de medida. A fonte destas informações não foi
apresentada e não foram definidos parâmetros para os RCCV.
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4.6. Palmas
Na falta de um Plano Municipal para o município de Manaus, foi escolhido o município de
Palmas, capital do estado do Tocantins, para representar a região Norte do País.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município
de Palmas
O Plano Municipal de Resíduos Sólidos de Palmas/TO descreve a situação atual do
município, através do Diagnóstico Situacional dos resíduos sólidos gerados, estimando
os cenários futuros no Prognóstico que contempla projeções populacionais e de demanda
pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para o horizonte temporal
de 30 anos do projeto. Com base nisso, o documento consolida o planejamento
estratégico da gestão dos resíduos, envolvendo a proposição de Programas, Projetos e
Ações para cumprir os objetivos e as metas pré-estabelecidas.
A elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pautou-se
pelos princípios, diretrizes e instrumentos definidos em legislação aplicável no âmbito
federal, estadual e local relacionada direta ou indiretamente com o manejo de resíduos
sólidos, e considerou a estrutura institucional do poder executivo do município de
Palmas/TO, no que diz respeito à organização para a gestão dos serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos (planejamento, prestação, fiscalização e regulação
dos serviços, além do controle social).
O Plano foi elaborado com o intuito de compor Plano Municipal de Saneamento básico do
Município e, por isso, além das diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 11445/2007,
atende também ao conteúdo previsto na Politica Nacional de Resíduos Sólidos.
Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RCC relatadas no PMGIRS
Geração de RCCV em Palmas
Os PGRCC´s deverão ser elaborados e implantados por aqueles que estiverem
enquadrados como grandes geradores, devendo desenvolver um conjunto de ações nas
etapas de geração, acondicionamento segregado, coleta, transporte, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Desta forma, a
responsabilidade por todo o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos da construção
civil recai sobre os geradores, que deverão seguir as recomendações e exigências legais.
Além disso, os grandes geradores deverão elaborar Planos de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil (PGRCC) sempre que a atividade (obra) se enquadre no
mínimo em uma das seguintes especificações:
Acima de 400 m² de área construída.
Acima de 50 m² de área de demolição.
Acima de 50 m³ de movimentação de terra.
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Os Transportadores de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos,
reconhecidos como ação privada de coleta regulamentada, submetida às diretrizes e à
ação gestora do Poder Público Municipal, devem ser cadastrados pela Secretaria de
Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp) com o auxílio da Secretaria de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Urbano (SEMDU).
Segregação e Armazenamento dos RCCV em Palmas
Segundo a Resolução nº 307/2002 do CONAMA, a triagem deverá ser realizada,
preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação
licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no
referido instrumento legal.
Depois de segregados, os resíduos deverão ser adequadamente acondicionados, em
depósitos distintos, para que possam ser aproveitados numa futura utilização no próprio
canteiro de obras ou fora dele, evitando assim, qualquer contaminação do resíduo por
qualquer tipo de impureza que inviabilize sua reutilização (SOUZA, 2007).
Destaca-se que, dependendo do porte do gerador de resíduos, não há a necessidade de
implantar um acondicionamento temporário, ocorrendo apenas o acondicionamento final.
Este depende do tipo de resíduo, da quantidade gerada e de sua posterior destinação.
Observa-se que os parágrafos anteriores são citações da CONAMA 307 o que
exemplifica o caráter generalista do Plano publicado de forma que este não
apresenta dados quantitativos relativos a este tipo de informação para os
geradores de RCC do município.
Coleta/transporte de RCC e demais resíduos associados em Palmas
Os Transportadores de Resíduos da Construção Civil, reconhecidos como ação privada
de coleta regulamentada, submetida às diretrizes e à ação gestora do poder público
municipal, devem ser cadastrados, sendo vedado a estes:
• Realizar o transporte dos resíduos quando os dispositivos que os contenham
estejam com a capacidade volumétrica elevada pela utilização de chapas, placas ou
outros suplementos.
• Sujar as vias públicas durante a operação com os equipamentos de coleta de
resíduos.
• Fazer o deslocamento de resíduos sem o respectivo documento de Controle de
Transporte de Resíduos (CTR) quando operarem com caçambas metálicas
estacionárias ou outros tipos de dispositivos deslocados por veículos automotores.
• Estacionar as caçambas na via pública quando estas não estiverem sendo utilizadas
para a coleta de resíduos.
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Os transportadores ficam obrigados:
• Estacionar as caçambas em conformidade com a regulamentação específica.
• Utilizar dispositivos de cobertura de carga em caçambas metálicas estacionárias ou
outros equipamentos de coleta, durante o transporte dos resíduos.
Quando operarem com caçambas metálicas estacionárias ou outros tipos de dispositivos
deslocados por veículos automotores, os transportadores são obrigados a fornecer as
seguintes informações:
• Aos geradores atendidos: comprovantes identificando a correta destinação dada aos
resíduos coletados; informações claras sobre quais os tipos de resíduos são
admissíveis; prazo de utilização da caçamba; notificação de que é proibida a
contratação de serviços de transportadores não cadastrados; valores das penalidades
previstas em lei e outras instruções que julgue necessárias.
• Aos usuários de seus equipamentos: documento simplificado de orientação,
contendo instruções sobre posicionamento da caçamba e volume a ser respeitado, e
quaisquer outras informações que se julgue necessária para que a prestação do
serviço seja adequada à legislação local vigente.
No município de Palmas, os serviços de coleta e transporte dos resíduos da construção
civil e demolição são realizados por 10 empresas privadas, que fazem o serviço através
de caçambas e caminhões poli guindastes. Estas empresas fazem parte da Associação
Tocantinense de Transportadoras de Entulhos, Recicláveis e Afins (ASTTER). Segundo
dados repassados pela Associação, são coletadas aproximadamente 1.762
caçambas/mês, o que representa um volume estimado de 8.810 m³ de resíduos, se for
considerado o volume médio de cada caçamba igual a 5 m³.
Tratamento e disposição final dos RCCV¨s gerados em Palmas - TO
A destinação final dos resíduos de construção civil e demolição, coletados pelas
empresas pertencentes à ASTTER, é o aterro de inertes, com prévia triagem manual de
alguns materiais. Não existe no município atividade de reaproveitamento e reciclagem
dos resíduos classificados como Classe A com uso potencial como agregados.
Os resíduos são depositados no aterro de inertes, sendo ele alocado em área do
município onde existia uma grande voçoroca. A área possui a autorização da Prefeitura
para a realização da atividade. A partir de obra de drenagem na região, os entulhos
passaram a ser utilizados para o aterramento e conformidade do local. A área começou a
ser utilizada para esta finalidade há aproximadamente nove meses, conta com dois
funcionários da ASTTER que possuem autorização para atuar no local e que fazem as
anotações e orientam a descarga e sete triadores independentes que fazem a coleta dos
recicláveis presentes no entulho, principalmente os materiais ferrosos.
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Durante o diagnóstico in loco foram levantados inúmeros locais de disposição irregular de
resíduos de construção civil. Segundo informações da ASTTER, esta prática é realizada
pelos próprios munícipes e também por caminhões caçamba que prestam serviço de
frete na coleta destes materiais e destinam para locais inapropriados, muitas vezes
próximos aos pontos de coletas, visando evitar despesas com o transporte dos resíduos
até a área definida para o descarte.
A limpeza destas áreas é realizada pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos
(Seisp) sem uma definição de cronograma, sendo realizada conforme disponibilidade e
urgência de limpeza do local. Verifica-se que nestes locais também são depositados
resíduos domiciliares e comerciais, além de pneus, resíduos eletroeletrônicos e
volumosos.
Resíduos Volumosos
Não existe uma coleta específica para estes materiais, sendo depositados pelos
munícipes em áreas inadequadas, muitas vezes utilizando as mesmas áreas onde são
dispostos de maneira irregular os resíduos de construção civil e demolição, bem como os
resíduos domiciliares e comerciais.
A coleta dos resíduos volumosos e a limpeza destas áreas de disposição irregular são
realizadas pela SEISP conforme disponibilidade e necessidade de limpeza da área.
Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RCCV em Palmas
Nas informações apresentadas no Plano não é possível identificar as despesas
municipais no que se refere à gestão e gerenciamento de RCCV.
Entretanto, o Plano, baseado nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS) (2011), prevê que a receita orçada para os serviços de limpeza
pública e manejo de resíduos sólidos de forma geral foi de R$ 28.672.973.00 por ano,
bem superior à despesa anual, equivalente a R$ 2.613.278,00. Entretanto, o Plano traz
uma nota destacando que “tais dados podem conter incoerências, principalmente devido
ao fato de que é a própria prefeitura a responsável pela alimentação dos dados no
sistema do SNIS o que fica sujeito a erros de preenchimento e até esquecimento de
montantes de valores”. Este comentário sugere, de certa forma que, os dados
apresentados no SNIS não devem ser tomados como fonte única de dados para analise
do funcionamento do sistema de gestão de RCC do município, pois podem apresentar
um baixo nível de confiabilidade.
Metas, diretrizes, planos e ações para os RCCV´s estabelecidas no PGIRS do município
de Palmas
Apesar das fragilidades e inconsistências detectadas, de acordo com os autores do Plano
a definição dos objetivos e metas está alinhada com o estabelecido em normativas
federais, estaduais e municipais, principalmente, com a Política Nacional de Resíduos
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Sólidos e a Política Nacional de Saneamento Básico. O documento apresenta 16
objetivos específicos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Dentre estes, o programa 05 cujo objetivo é o de Promover a disposição final
adequada dos resíduos sólidos urbanos gerados no município, contempla uma ação
específica voltada para o gerenciamento dos resíduos de construção e demolição (RCD),
que são:
i. Propiciar a destinação final adequada de Resíduos da Construção Civil e
Demolições (RCD) e Resíduos Volumosos a ser cumprido entre 2014 e 2043;
ii. Monitorar e combater os locais de disposição irregular de resíduos sólidos a ser
cumprido entre 2014 e 2043;
Ressalta-se que as metas definidas apresentam um período muito longo para seu
cumprimento e que esse prazo, ao invés de incentivar, pode desestimular o seu
atingimento.
Em relação ao Programa 05, cujas metas foram citadas anteriormente, vale ressaltar que
o município de Palmas/TO possui um Aterro Sanitário operado pela Prefeitura Municipal
desde novembro de 2012 para a disposição dos rejeitos e resíduos sólidos domiciliares,
comerciais e de prestação de serviços não recuperados. Porém, os resíduos de
construção civil e demolição não são destinados a este local sendo dispostos em áreas
inutilizadas como voçorocas.
Outro programa, apresentado como meta do Plano estaria dedicado a promover a
recuperação, monitoramento e valorização das atuais áreas de disposição final de
resíduos sólidos. Neste contexto, uma das metas para os RCD que deve ser atingida
entre 2014 e 2043 está relacionada com a recuperação, monitoramento e valorização da
atual área de disposição final de Resíduos da Construção Civil e Demolições (RCD) em
“bota fora” (área de passivo).
O item 8.2, do documento, apresenta de forma mais detalhada as ações e projetos,
responsabilidades e prioridade para cada subitem das metas gerais descritas
anteriormente. Neste caso, o Programa 2.0 - Disposição Final Ambientalmente
Adequada dos Rejeitos Gerados e Valorização das Atuais Áreas de Disposição
Final sendo que para os RCD, são listadas no quadro a seguir as seguintes ações e
projetos:
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Final sendo que para os RCD, são listadas no quadro a seguir as seguintes ações e projetos:
Quadro 25 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RCCV no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB
Palmas.
Programa 2 - Disposição Final Ambientalmente Adequada dos rejeitos gerados e valorização das atuais áreas de passivo
METAS Ações e Projetos
Responsabilidades
Prioridade/Prazo Supervisã
o e Gerencia
mento
Execução Participação Acompanhamento Regulação e Fiscalização
2.2
Propiciar a destinação
final adequada
de Resíduos da
Construção Civil e
Demolições (RCD) e Resíduos
Volumosos
2.2.1
Incentivar a implantação de Operadores Privados para o
Aterro de Reservação de Classe A e Área de Triagem,
Transbordo e Beneficiamento de RCD e Resíduos Volumosos.
As responsabilidades dependem da forma de incentivo 2014-2043
2.2.2
Elaborar Projeto Executivo e estudos necessários para a
obtenção de licença ambiental para o Aterro para Reservação Classe A e Área de Triagem,
Transbordo e Beneficiamento.
SEMDU
SEMDU e/ou
Prestador de serviço
SEPLAG Órgão Colegiado Ente regulador/ Fiscalizador 2014
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Final sendo que para os RCD, são listadas no quadro a seguir as seguintes ações e projetos:
Quadro 25 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RCCV no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB
Palmas.
Programa 2 - Disposição Final Ambientalmente Adequada dos rejeitos gerados e valorização das atuais áreas de passivo
METAS Ações e Projetos
Responsabilidades
Prioridade/Prazo Supervisã
o e Gerencia
mento
Execução Participação Acompanhamento Regulação e Fiscalização
2.2.3
Implantar Aterro de Reservação Classe A integrado com uma
Área de Triagem, Transbordo e Beneficiamento dos RCD.
SEISP SEMDU
SEISP e/ou
Prestador do Serviço
SEPLAG Órgão Colegiado Ente regulador/
Fiscalizador 2014
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos, Pagina 295.
METAS Ações e Projetos Supervisão e
Gerenciamento Execução Participação Acompanhamento Regulação e Fiscalização Prioridade/Prazo
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2.2
Propiciar a destinação final adequada de Resíduos da Construção Civil e Demolições (RCD) e Resíduos Volumosos
2.2.4
Firmar Termo de Compromisso para
Recuperação de Área de Disposição de Resíduos
Sólidos, relativo ao encerramento futuro da
atividade
SEMDU
SEISP e/ou
Prestador do Serviço
SEPLAG Órgão Colegiado Ente Regulador/
Fiscalizador 2014
2.2.5
Operar Aterro de Reservação Classe A
integrado com a Área de Triagem, Transbordo e
Beneficiamento dos RCD.
SEISP
SEISP e/ou
Prestador do Serviço
SEPLAG Órgão Colegiado Ente regulador/ Fiscalizador 2016-2043
2.2.6
Monitorar o Aterro de Reservação Classe A
integrado com a Área de Triagem, Transbordo e
Beneficiamento dos RCD
SEMDU Prestador de Serviço
SEPLAG Órgão Colegiado Ente regulador/ Fiscalizador 2016-2043
SEMDU: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEPLAG: Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão SEISP: Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos, Página 295.
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INICIATIVAS RELEVANTES
O Plano não destacou nenhuma iniciativa relevante no que se refere à gestão ou
gerenciamento de RCC ou RCD no município de Palmas/TO que possa servir como
exemplo ou referência para a RMBH e Colar Metropolitano.
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ANEXOS
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OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS
QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RCCV
a. Cimasas - Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Microrregião do Alto
Sapucaí para Aterro Sanitário
O Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Microrregião do Alto Sapucaí (CIMASAS) foi
formado com o apoio do governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) com o objetivo de se tornar um projeto
piloto do Governo de Minas para solucionar o problema dos lixões no Estado. A união de
municípios em consórcio busca viabilizar a instalação de aterros sanitários e, assim, resolver o
problema da disposição inadequada dos resíduos sólidos domiciliares de maneira
ecologicamente correta e economicamente viável.
Compõem o Cimasas: Itajubá, Wenceslau Braz, Delfim Moreira, Piranguinho, Piranguçu e São
José do Alegre, cidades que destinam seus resíduos para o aterro sanitário de Itajubá.
Criado em 2007, com o objetivo de construir um Aterro Sanitário o Consórcio do Alto Sapucaí,
primeiro a ser formatado pelo governo de Minas é considerado referência nacional e
internacional na política de resíduos sólidos pela eficiência do seu funcionamento e será
ampliado, conforme durante Assembleia realizada pelos prefeitos atendidos com o objetivo de
solucionar o problema da gestão de resíduos em mais quatro cidades: Cachoeira de Minas,
Brasópolis, Marmelópolis e Santa Rita do Sapucaí.
Aterro de Itajubá
Com o acréscimo dos quatro municípios no consórcio, totalizando então dez municípios, a
previsão é de que o Aterro Sanitário de Itajubá atenda a uma população de 184 mil habitantes
e receba por mês aproximadamente 3 mil toneladas de resíduos. Com isso a vida útil do Aterro
será de 40 anos, valor este que poderá ser aumentado com a implantação de projetos de
coleta seletiva em cada um dos municípios.
Além da eliminação dos lixões na região, outra vantagem acarretada com a participação de
mais quatro municípios no Consórcio é a diminuição dos gastos da administração e operação
para cada prefeitura. Hoje os municípios contribuem com cerca de R$ 24.000,00 por ano
referente à folha de pagamento do Consórcio. Com a participação dos novos municípios, este
valor cai para R$14.000,00 representando uma economia anual de aproximadamente
R$10.000,00. O preço referente à operação do Aterro Sanitário também sofre considerável
mudança. Hoje os municípios pagam R$55,00 por tonelada de lixo que chega. Com a
participação de mais quatro municípios, estes valores caem para R$36,00 por tonelada.
(OBS. i. as informações referentes ao Aterro de Inertes para resíduos da construção civil não
foram encaminhadas pelo órgão responsável e estas não estão disponíveis para consulta em
internet ou notícias; ii. todas as informações acima foram retiradas de notícias veiculadas
online: http://www.brazopolis.mg.gov.br/notícias.php?notícia=493).
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b. São Bernardo do Campo, São Paulo.
O município de São Bernardo do Campo, localizado em São Paulo, conta com um serviço de
limpeza urbana viabilizada por meio de uma parceria público privada que envolve a Prefeitura
de São Bernardo do Campo e as empresas vencedoras da licitação pública: Lara e Solvi que
formam a SBC Valorização de Resíduos. Essa parceria é responsável por cuidar da gestão
municipal de resíduos por meio de um novo modelo de gestão, que conta com investimento em
capital humano, tecnologia e investimentos.
A SBC Valorização de Resíduos mantém um site para comunicação com os munícipes sobre
todos os projetos e ações que estão sendo realizadas em termos de gerenciamento de
resíduos em São Bernardo do Campo.
Os serviços prestados pela SBC em ação conjunta com a Prefeitura incluem:
Bota-foras.
Coleta de resíduo domiciliar em contêineres/caçambas.
Coleta seletiva – Pontos de Entrega Voluntária (PEV).
Capina, corte de mato e grama.
Ecopontos.
Limpeza e lavagem de vias e logradouros públicos.
Limpeza de feiras livres.
Limpeza de bocas de lobo.
Limpeza de córregos.
Papeleiras.
Piscinões.
Poda e remoção de árvores.
Varrição de vias e logradouros.
Entulho.
Em relação aos Resíduos da construção civil e volumosos, destaca-se:
Projeto Bota-fora:
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São Bernardo do Campo é uma cidade pioneira na Operação Bota Fora, que se destaca como
um importante serviço oferecido pela SBC Valorização de Resíduos. Esse serviço reduz os
problemas com entulhos e materiais inseridos em locais indevidos, representando a
oportunidade ideal para quem deseja se desfazer de móveis velhos, colchões, utensílios e
outros entulhos.
O serviço é regular e passa por todos os bairros da cidade. Para participar, o munícipe precisa
depositar os materiais sem utilidade (sofás, colchões e utensílios domésticos) junto à calçada
em frente à sua residência, até as 8:00h. O site da SBC apresenta todas as informações
organizadas por bairro e, alerta ainda para que o munícipe não se esqueça de arrumar o
material de forma que não atrapalhe a passagem dos pedestres, para que sejam respeitadas
as datas de coleta, que não são recolhidos entulhos de construção ou reformas, e que este tipo
de resíduos não seja jogado nas ruas e terrenos baldios.
Segue um exemplo do Calendário Bota-fora para o Bairro Taboão que além de apresentar as
datas apresenta o mapa da área de acordo com o planejado para as datas de recolhimento de
resíduo.
1ºVerifique as datas de coleta na sua rua consultando o calendário abaixo e o mapa no verso.
2ºSem atrapalhar a passagem de pedestre deposite na calçada em frente à sua residência os materiais
sem utilidade, como móveis e utensílios domésticos.
3ºDeposite até as 8h. Aí, a turminha da Limpeza passa com o caminhão recolhendo.
Quadro 26 - Datas de recolhimento de resíduos volumosos no bairro Taboão, São Bernardo do Campo, SP, para o ano de 2014.
Datas de Recolhimento
Área 01 Área 02 Área 03 Área 04 Área 05
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
02/01/14 02/01/14 03/01/14 03/01/14 04/01/14
Demais Recolhimentos
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
31/03/14 01/04/14 02/04/14 03/04/14 04/04/14
30/06/14 01/07/14 02/07/14 03/07/14 04/07/14
29/09/14 30/09/14 01/10/14 02/10/14 03/10/14
Fonte: Adaptado do site da SBC Valorização de Resíduos, http://www.sbcvr.com.br/cidadao-bota-fora-taboao, 2014.
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Figura 19 - Definição das Áreas de atuação da coleta no bairro Taboão em São Bernardo do Campo.
Fonte: Adaptado do site da SBC Valorização de Resíduos, http://www.sbcvr.com.br/cidadao-bota-fora-taboao, 2014.
Outra iniciativa que merece destaque é o sistema de atendimento ao consumidor. No próprio
site da SBC é possível consultar e preencher um formulário caso a equipe de limpeza
apresente alguma postura inadequada perante os cidadãos na execução dos serviços
contratados.
Figura 20 - Portal SAC Limpeza Urbana de São Bernardo do Campo.
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Fonte: http://www.sbclimpeza.com.br/envie-sua-solicitacao/servico/3/postura-inadequada-da-equipe.
Estruturas para resíduos de pequenas reformas e resíduos volumosos
De acordo com o previsto no Plano Municipal de Resíduos Sólidos, publicado em dezembro de
2010, há a previsão da implantação de duas redes distintas, uma denominada Ecopontos,
dedicada a coleta em pontos específicos de resíduos recicláveis (papel, plástico, vidro e metal)
e outra chamada de Pontos de Entrega Voluntária, instalados no município para o descarte de
até um metro cúbico de entulho por obra, resíduos volumosos (como madeira, armários, sofás
e utensílios), além de materiais recicláveis (como papel, plástico, vidro e metal). Diferentemente
da infraestrutura adotada no município de Votuporanga (SP), nos PEV´s não são aceitos
pneus, podas de árvores, produtos químicos, lâmpadas e resíduos eletrônicos e orgânicos.
Após o recolhimento desses materiais nos PEVs, os resíduos da construção civil são enviados
para aterros licenciados. Papel, plástico, vidro e metal são destinados para as casas de
reciclagem.
Os dados coletados mostram que a procura dos munícipes pelos PEVS foi crescente. Em 2011
foram descartados 2.475 toneladas de materiais e em 2012, esse número saltou para 4.500
toneladas.
Uma das consequências é que o uso de ecopontos espalhados pela cidade reduziu de forma
notável o descarte irregular no município, como nas vias, córregos, praças e nos próprios
órgãos municipais.
Os 203 Ecopontos, que recebem materiais recicláveis tais como plástico e papel, já estão
implantados no município desde 2010 em diversas regiões, conforme pode ser visualizado na
figura a seguir:
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Figura 21 - Rede de Ecopontos implantados em São Bernardo do Campo, SP.
Fonte: Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Bernardo do Campo, SP, dez 2010, página 121/165, acesso em Agosto de
2014. (disponível em:
http://www.saobernardo.sp.gov.br/dados2/residuo/plano/Plano%20Municipal%20de%20Res%C3%ADduos%20S%C3%B3lidos-
SBC.pdf).
Já para a implantação dos PEVS, o plano prevê a instalação de 30 unidades em um prazo de
72 meses de acordo com o seguinte planejamento:
Até o mês 12 da concessão: implantação de 5 ecopontos.
Até o mês 24 da concessão: implantação de 4 ecopontos.
Até o mês 36 da concessão: implantação de 6 ecopontos.
Até o mês 48 da concessão: implantação de 7 ecopontos.
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Até o mês 60 da concessão: implantação de 4 ecopontos.
Até o mês 72 da concessão: implantação de 4 ecopontos.
Figura 22 - Maquete do Ponto de Entrega Voluntária de Materiais para São Bernardo do Campo, SP.
Fonte: Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Bernardo do Campo, dez. 2010, página 122/165.
Até o momento da consulta ao site da SBC VR (Agosto de 2014) existem 09 ecopontos
implantados no município como mostra o mapa abaixo.
Figura 23 - Mapa de localização dos ecopontos em São Bernardo do Campo, 2014.
Fonte: Site da SBC Valorização de Resíduos, consultado em Agosto de 2014 (http://www.sbcvr.com.br/cidadao-localizacao-dos-
ecopontos).
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Ressalta-se que a instalação destes PEVs está prevista no contrato entre a Prefeitura e a
empresa Consórcio SBC Valorização de Resíduos S.A., responsável pelo Sistema Integrado de
Manejo e Gestão de Resíduos Sólidos, que está sendo implementado na cidade.
Os investimentos orçados para os equipamentos empregados no Programa de Coleta Seletiva
de recicláveis e manejo de RCC (Centrais de triagem, Ecopontos e PEV´s) representam um
reinvestimento da ordem de 50% do investimento inicial, corrigido a cada 10 anos, para
reformas, reaparelhamento e atualização tecnológica, de forma que o total de investimento
soma R$ 425.495.321,50, sendo R$ 61.776.120,00 no Programa de Coleta Seletiva e R$
72.807.739 para os PEV´s e Ecopontos.
A integração destes dois fluxos está prevista no Plano com o objetivo de apoiar o Programa de
Coleta Seletiva e disciplinar a população quanto ao descarte de resíduos que comprometem a
paisagem urbana e causam impactos diversos. O esquema da distribuição dos PEVs e dos
Ecopontos pode ser visualizado no mapa abaixo.
Figura 24 - Rede de Ecopontos interligada aos pontos de Entrega Voluntária.
Fonte: Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Bernardo do Campo, dez. 2010, página 122/165.
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A SBC VR disponibiliza um canal direto para solicitação de serviços de capina, corte de mato e
grama, limpeza e lavagem de vias públicas, poda e remoção de árvores e a varrição. Basta o
cidadão acessar o site www.sbclimpeza.com.br ou entrar em contato pelo telefone 0800 77 08
156. O morador também pode usar esses canais para reclamação ou sugestão formal dos
serviços de limpeza do município. Após o cadastro, o solicitante recebe um número de
protocolo pelo qual é possível acompanhar a solicitação.
Além disso, é interessante pontuar a estratégia de comunicação visual para sensibilização e
atenção da população. No portal da SBC Valorização de Resíduos, existe um tópico dedicado à
Educação. Este item abrange a educação para a questão dos resíduos para vários públicos
diferentes e, ainda, outros assuntos correlatos, tal como definições e significado das siglas
utilizadas nos canais de comunicação.
Na Escola.
Na Empresa.
Conceito de Cidade Limpa.
O que é Coleta Seletiva.
O que são PEV's.
O que são Ecopontos.
Ciclo dos Resíduos.
Turminha da Limpeza.
Entretenimento.
Papertoy.
Wallpaper.
Cada item apresenta um texto básico de fácil entendimento relativo ao tema. Os tópicos
Turminha da Limpeza, Entretenimento, Papertoy e Wallpapers foram pensados para atingir,
sensibilizar e alcançar a atenção de crianças e adolescentes e estão apresentados a seguir:
Turminha da Limpeza
Conheça a turminha da limpeza!
Uma nova atitude começa com uma nova comunicação. E para levar essa mensagem de uma
forma divertida e interativa, junto à população e às crianças, a SBC Valorização de Resíduos e
a Prefeitura de São Bernardo do Campo criou a turma da limpeza. Cada um deles representa
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um tipo de resíduo. É possível ainda imprimir os monstrinhos em formato de dobradura para
distribuir para a criançada se divertir. Conheça os monstrinhos:
Azul (corajoso e amigo)
Muito prestativo e carinhoso esse monstrinho está sempre ao lado de seus amigos. Seu natural espírito de liderança faz dele a grande influência dessa turma, mas o que ele gosta mesmo de fazer é comer todo o material descartável que oferecem e deixar o “prato limpo”, sua penugem ajuda a guardar comida pra quando bate vontade de fazer aquele lanchinho.
Rosa (motivado e consciente)
Desde quando era apenas um pequeno monstrinho, é preocupado em ajudar os outros. Seus cinco olhos dão a ele uma grande visão de futuro, por isso ele está sempre querendo transformar o planeta por onde passa em um lugar melhor, ensinando a população como separar e cuidar dos materiais recicláveis.
Laranja (aventureiro e divertido)
Sempre alegre e em busca de novas aventuras, esse monstrinho, devido sua origem ser uma região mais desértica do seu planeta, gosta de refeições mais leves e naturais, por isso, o material orgânico é o seu favorito - não pode ver a poda de uma árvore ou o corte de grama que já fica com água na boca. Constantemente seus amigos brincam que seu único olho só não é maior que a barriga.
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Wallpaper
Que tal deixar seu computador mais divertido com a turminha mais gulosada cidade? Baixe
agora mesmo os Wallpaper dos monstrinhos da SBC (http://www.sbcvr.com.br/educacao-
Wallpaper).
Figura 25 - Wallpaper para comunicação e sensibilização da população quanto aos resíduos volumosos elaborado
pela SBC Valorização de Resíduos em parceria com a Prefeitura de São Bernardo do Campo.
Fonte: Adaptado do site da SBC Valorização de Resíduos, http://www.sbcvr.com.br/educacao-Wallpaper, 2014.
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c. Votuporanga, São Paulo.
O município de Votuporanga, em São Paulo, com 90 mil habitantes e IDH de 0,79, é
atualmente o segundo maior polo moveleiro do país. Além desta atividade potencialmente
geradora de resíduos volumosos e passíveis de reaproveitamento, o município se destaca
também no setor de indústrias do transporte e confecção. Em 2013, foi o segundo colocado no
ranking ambiental paulista dentre os municípios de 50 mil a 100 mil habitantes, ficando em
nono lugar na listagem geral de municípios paulistas.
Figura 26 - Mapa esquemático do estado de SP, com destaque para o município de Votuporanga.
Fonte: Apresentação proferida por Luis Gustavo Vilella, Sec. Meio Ambiente do Município de Votuporanga durante o II Congresso
Brasil Alemanha, em Junho de 2014 em Florianópolis. Disponível em: http://www.congressobrasilalemanha.com.br/palestras.
A seguir, apresentam-se os números gerais do município referentes à gestão de resíduos
sólidos, apresentados durante o II Congresso Técnico Brasil Alemanha de Gestão Sustentável
de Resíduos Sólidos, que aconteceu dos dias 27 a 28 de Maio de 2014 em Florianópolis, Santa
Catarina:
Produção de resíduos sólidos domiciliares = 80 t/dia (0,9 kg/hab.).
Coleta regular, coleta seletiva e varrições terceirizadas.
Disposição final = Aterro Sanitário privado (Meridiano) – IQR 9,5.
Coleta Seletiva:
Porta-a-porta e PEVs = terceirizada (desde novembro de 2013) = 50 t/mês (2% RSD)
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Grandes geradores, coleta e beneficiamento = cooperativa de catadores (Coopervinte) =
80 t/mês (4% RSD) .
ECOTUDO = 140 t/mês (9% RSD)
Índice Coleta Seletiva =
o 6% (Coleta Seletiva s/ ECOTUDO).
o 15% (Coleta Seletiva c/ ECOTUDO).
O município apresentou na XVIII Exposição de Experiências Municipais em Saneamento que
aconteceu no período de 4 a 9 de maio de 2014, em Uberlândia – MG um trabalho que aborda
o cenário da gestão integrada e sustentável para RSU, apontando as principais ferramentas
utilizadas para alcançar os resultados planejados.
Em consulta a Superintendência de Água, Esgotos e Meio Ambiente de Votuporanga –SAEV -
o artigo enviado à referida exposição nos foi disponibilizado e está integralmente apresentado a
seguir. Ressalta-se o elevado percentual (70,79%) de resíduos da construção no total de
resíduos recebidos de novembro de 2012 a outubro de 2013, o que indica uma boa adesão da
população e demais setores a este tipo de infraestrutura para este tipo de resíduo.
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BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE RSU’s E O CASO ECOTUDO
VOTUPORANGA
Simone Neiva Rodella (1) Bióloga, graduada pela Unitri – Centro Universitário do Triângulo
Mineiro, pós-graduada em Administração e Controle da Qualidade Ambiental e Educação
Ambiental. Atua como Diretora da Divisão de Meio Ambiente da SAEV Ambiental –
Superintendência de Água Esgoto e Meio Ambiente de Votuporanga-SP.
Endereço (1): Rua Pernambuco, 4313 - Centro - Votuporanga – São Paulo - CEP: 15500-006 -
Brasil - Tel: +55 (17) 34059195 - e-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho aborda o cenário no município de Votuporanga – SP. em relação à gestão
integrada e sustentável dos RSU’s - Resíduos Sólidos Urbanos, apontando as principais
ferramentas utilizadas. Destaca-se o importante papel do PEV – Ponto de Entrega Voluntária -
Ecotudo como estratégia para promover a integração das ações relativas à valorização e
destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos.
Palavras-chave: Gestão Municipal de Resíduos Sólidos; Políticas Públicas para a Gestão de
RSU’s; PEV’s – Pontos de Entrega Voluntária; Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos; Coleta
Seletiva; Valorização de Resíduos.
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
A disposição inadequada dos resíduos sólidos causa sérios impactos como degradação do
solo, comprometimento dos corpos d'água e mananciais, intensificação de enchentes, poluição
do ar, proliferação de vetores de importância sanitária nos centros urbanos e catação em
condições insalubres nas ruas e nas áreas de disposição final (Besen et al., 2010). Por estes,
entre outros fatores, o manejo dos resíduos sólidos urbanos representa hoje, um dos maiores
desafios para o poder público que tem como responsabilidade, a gestão dos mesmos, desde a
sua coleta até a sua disposição final. Neste contexto, destaca-se a problemática do descarte
inadequado, normalmente praticado por uma parcela da população que simplesmente não
dispõe de local específico para depositar os resíduos não recolhidos pela coleta convencional.
Assim como os problemas de saúde, educação e segurança, o “lixo urbano” necessita de
alternativas eficazes. O mero serviço de coleta e aterramento, destinação amplamente
empregada na maioria dos municípios brasileiros, quando praticada como única alternativa,
mostra-se pouco eficaz. Segundo a resolução CONAMA nº 307 (BRASIL, 2002), compete ao
município, à solução para a disposição correta dos pequenos volumes de resíduos da
construção civil. No entanto, outras categorias de resíduos como lâmpadas fluorescentes,
pilhas, baterias, resíduos de poda, pneus, animais mortos, remédios vencidos, móveis e outros
materiais volumosos são, geralmente, “desprezados” pelos planos e programas de
gerenciamento de resíduos sólidos ficando vulneráveis e com destinação incerta e duvidosa.
Uma proposta de gestão sustentável deve considerar, entre outros aspectos, a correta
destinação de tais resíduos. No município de Votuporanga foi criado um novo conceito de
PEV. Uma alternativa inovadora, cujos principais objetivos são minimizar os riscos de
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degradação do meio ambiente; propiciar comodidade aos pequenos geradores;
favorecer a recuperação de materiais recicláveis e valorização dos resíduos e ainda,
propiciar a geração de trabalho e renda.
METODOLOGIA
O Município de Votuporanga possuía diversos “pontos de caçamba” para recebimento de
resíduos especiais, usualmente não recolhidos pelo serviço de coleta diária. Estes se resumiam
em pontos distribuídos estrategicamente na periferia, onde os munícipes depositavam resíduos
volumosos e especiais, em caçambas disponibilizadas pela prefeitura. Os materiais ali
depositados eram recolhidos e encaminhados para aterro, uma vez que não eram
acondicionados adequadamente tornando inviável o reaproveitamento e ou reciclagem dos
mesmos. Após algumas tentativas de adequação, chegou-se à conclusão que, manter esses
pontos era econômica e ambientalmente inviável. Diante do impasse, optou-se pela
implantação de PEVs – Pontos de Entrega Voluntária. Os tradicionais PEVs são áreas públicas
preparadas para receber, em horários restritos, resíduos específicos em pequenas
quantidades. Além da restrição de volume e horário, esses PEVs tradicionais geralmente
restringem a disposição de alguns tipos de resíduos como eletroeletrônicos, lâmpadas
fluorescentes, óleo de cozinha usado e animais mortos, ficando, às vezes, limitado aos
resíduos de construção civil. No entanto, foram considerados, durante muito tempo, como a
melhor alternativa para resolver o problema dos descartes irregulares, representando
importantes ferramentas para os Sistemas de Gestão. Atualmente, é sabido que a melhor
alternativa para a solução dos problemas dos resíduos volumosos está na “entrega seletiva”,
onde a segregação é feita pela própria população. Assim sendo, a Administração Municipal de
Votuporanga, através da SAEV Ambiental- Superintendência de Água, Esgoto e Meio
Ambiente, oportunizou a implantação de um PEV diferenciado orientado para a “entrega
seletiva” de modo a possibilitar a reciclagem de materiais, que antes tinham como
destino o aterro. Assim, foi criado o PEV ECOTUDO, com importantes diferenciais como: i)
recebimento de todo tipo de resíduos, sem exceção, de origem doméstica; ii) funcionamento
ininterrupto, 24 horas por dia, inclusive finais de semana e feriados; iii) manutenção de
funcionários para disciplinar e ou orientar o descarte; iv) central de informações sobre
disposição de resíduos de origem comercial e industrial; v) guarita monitorada 24h; vi) freezer
para congelamento de animais mortos; vii) baias de separação, viii) ações voltadas à educação
ambiental e, destinação ambientalmente adequada dos resíduos. Todos os resíduos são
cuidadosamente segregados e cada um tem uma destinação diferente. Para tanto, foram
firmadas parcerias com empresas transportadoras, recicladoras e cooperativas de catadores de
materiais recicláveis. O Município de Votuporanga conta, atualmente, com duas unidades
do ECOTUDO instaladas na zona norte e sul. Em ambos, foram confeccionadas floreiras
utilizando pneus inservíveis, e outros materiais recicláveis, num belo projeto paisagístico. São
também, dotados de baias e sinalizados para que os usuários possam, ao longo do percurso,
depositar seus resíduos separadamente. O horário de funcionamento é 24 horas por dia,
ininterruptamente. No PEV ECOTUDO, não há restrição de materiais, porém, foi projetado
para atender, exclusivamente, aos geradores de pequenos volumes ficando restrito a resíduos
exclusivamente domiciliares. Parte dos objetos (aqueles em bom estado) ficam à disposição
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para que, se houver interesse, sejam doados para pessoas carentes da comunidade. Ambas as
unidades são monitoradas além de possuírem guarita e equipe de segurança. Todo e qualquer
resíduo tem sua destinação ambientalmente correta garantida, sendo emitidos documentos
comprobatórios como CADRI – Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse
Ambiental, relatórios, notas e outros certificados. Recentemente, foram firmadas importantes
parcerias com a iniciativa privada, através de oferta pública viabilizando a reciclagem de
resíduos verdes, para-choques automotivos, eletroeletrônicos e espumas e madeiras de
estofados. Essas empresas retiram o material do ECOTUDO, processam e comercializam os
produtos finais. O óleo de cozinha usado passa por filtragem e decantação sendo
posteriormente comercializado para fabricação de biodiesel. Os recicláveis são doados à
Cooperativa de Catadores e os resíduos inertes, enviados para aterro específico, onde parte é
reciclada. Os pneumáticos são enviados para reciclagem através de convênio firmado com
ANIP – Associação Nacional das Indústrias Pneumáticas. Enfim, os resíduos são segregados
de modo a favorecer a recuperação dos materiais com alguma possibilidade de reciclagem e
geração de renda e os rejeitos, destinados adequadamente.
RESULTADOS
Em relação à evolução geral do ECOTUDO, em abril de 2010, a primeira unidade fechou seu
primeiro mês de atendimento com 60 toneladas de resíduos domiciliares. Até dezembro do
mesmo ano, foram coletados 1,1 mil toneladas de materiais. Em 2011, já com duas unidades
instaladas, chegou-se a um montante de 3,9 mil toneladas. Em 2012, 7,3 mil toneladas e em
2013, um total de 6,5 mil toneladas representando uma média de 542 toneladas/mês (abaixo),
totalizando assim, um montante de 18,4 mil toneladas de resíduos desde a implantação do
projeto.
Figura 27 - Gráfico comparativo, ano a ano da evolução do Ecotudo em Votuporanga, SP. No que diz respeito às categorias de materiais, temos os seguintes dados.
Tabela 01: Percentual de cada tipo de material coletado. Referência: novembro de 2012 a outubro de 2013.
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Material %
Metais 0,86
Resíduos verdes 12,02
Resíduos as construção civil 70,79
Madeira 0,31
Lâmpadas 0,01
Resíduos Orgânicos 3,56
Animais mortos 0,52
Pilhas e baterias 0,02
Eletroeletrônicos 1,95
Recicláveis comuns (papel, plástico, vidro)
2,23
Doações (roupas, móveis, calçados)
2,25
Pneus 5,42
Óleo de cozinha usado 0,06
Total 100,00
DISCUSSÃO
Atualmente, os PEV’s ECOTUDO representam para o sistema de gestão de resíduos do
Município de Votuporanga, uma das mais importantes ferramentas. Os resultados obtidos, em
termo de volume de resíduos superaram todas as expectativas iniciais. O custo de manutenção
de áreas degradadas por descartes irregulares diminuiu sensivelmente, sem contar com os
benefícios sociais e melhoria das condições ambientais do solo, água e ar, pois af inal, são em
média, 500 toneladas/mês, que antes tinham destino incerto, uma vez que não eram
contemplados pela coleta convencional. Outro resultado positivo é o aspecto da Educação
Ambiental que vem sendo desenvolvida desde a implantação dos PEV’s. A julgar pela evolução
dos montantes recolhidos, nota-se a grande adesão da população ao projeto, uma vez que se
trata de entrega voluntária.
CONCLUSÃO
Votuporanga vem realizando um trabalho bastante significativo para a população e o meio
ambiente. A implantação do Ecotudo minimizou sensivelmente os impactos ambientais
causados permanentemente pela produção diária de lixo por milhares de pessoas que moram e
visitam o município. Os principais fundamentos para implantação dessa nova ferramenta de
gestão dos resíduos sólidos urbanos são: a gestão compartilhada, a minimização de resíduos,
a educação ambiental e o tratamento dos resíduos. Contribui-se assim para uma gestão
eficiente, por meio de novos instrumentos e estratégias em cada etapa do processo, incluindo a
segregação, coleta, classificação, acondicionamento, armazenamento dos resíduos, a partir
das suas características, tais como, procedência, possibilidades de reuso, reciclagem,
comercialização, tratamento e disposição final. Com a implantação do Ecotudo, o município
propõe a consolidação de um sistema de gerenciamento de resíduos que tem como finalidade
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evitar prejuízos e riscos à população e ao meio onde está inserida observando as normas
pertinentes relativas à saúde pública, segurança, meio ambiente e proteção individual e
coletiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BESEN, G. R. et al. Resíduos sólidos: vulnerabilidades e perspectivas. In: SALDIVA P.
et al. Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles. São Paulo: Ex Libris, 2010.
BRASIL, 2006. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3 ed. Ver. –
Brasília: Fundação Nacional de Saúde. Brasil (2007). Lei 12.305, de 02 de Agosto de 2010.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998 e dá outras providências. 2010. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636. Acesso em 21 de Novembro de
2013.
RESOLUÇÃO CONAMA 307, de 05 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.2002. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307. Acesso em 25 de Novembro de
2013.
Ainda em relação à gestão de resíduos no município de Votuporanga, a apresentação proferida
durante o II Congresso Técnico Brasil Alemanha em Maio de 2014 apresentou ainda outros
dados relevantes ao benchmarking que foram questionados e respondidos pela Diretoria da
Divisão de Meio Ambiente da SAEV Ambiental. Em sequência, serão apresentados os fatos
(quando apresentados), o questionamento e as respostas da Secretaria a tal demanda.
Fato apresentado Pergunta Resposta
Para o tratamento de Resíduos Industriais e RSS (Mejan Ambienta http://www.mejan.com.br/) o município conta com uma Unidade de produção de Combustível Derivado de Resíduos CDR para a produção de blend que é encaminhado a: i. co-processamento de resíduos Classe I para recuperação energética em fornos para produção de cimento; ii. Tratamento de RSS através de autoclaves; ii. Descontaminação e trituração de lâmpadas fluorescentes.
Qual o valor de
comercialização do CDR
produzido que é destinado
as cimenteiras?
O CDR mencionado na palestra vai começar a ser gerado agora por uma empresa privada instalada na cidade (MEJAN Ambiental), através da produção de blend para co-processamento de Resíduos Classe I para recuperação energética em fornos para produção de cimento. Não temos este valor ainda.
RCC = empresas de caçamba, ECOTUDO = 4.200 t/mês (140 t/dia) – destinação Aterro
As empresas de caçamba são monitoradas e registradas?
Existe o registro, porém não são monitoradas. Atualmente, existe no município, apenas uma empresa de
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Fato apresentado Pergunta Resposta
Inertes e reciclagem privados;
caçamba que é também, proprietária de um aterro de inertes, licenciado pela CETESB (órgão estadual) e também proprietária dos equipamentos da usina de reciclagem de RCC. Esta usina foi instalada recentemente e ainda não opera com toda capacidade. No entanto, esta empresa de caçamba encaminha os RCC’s para área do aterro, faz a triagem e processamento, na usina.
- -
Há alguma ação especifica para a eliminação de focos de disposição inadequada de RCC? Desde quando? Como foi a divulgação com a comunidade?
Sim. A instalação de ecopontos 24h (projeto ECOTUDO), ampla divulgação deste projeto, colocação de placas informativas nos pontos de descartes clandestinos, incremento da fiscalização com aumento substancial do valor da multa (cerca de R$ 1.000,00 dobrando na reincidência).
Pretende-se instalar câmaras nas entradas da cidade, o que faria muitos pontos de descarte ficar sob monitoramento 24h.
- -
Qual o custo do projeto ECOTUDO para a Prefeitura?
Já é possível dizer que os benefícios do programa já estão reduzindo os custos da gestão de RCC praticada anterior ao programa?
As duas unidades do ECOTUDO custam cerca de R$ 80.000,00 mensais ao Poder Público.
Sim. Pois antes da instalação dos ECOTUDOs, a Prefeitura Municipal mantinha um considerável numero de caminhões, máquinas e equipes, que percorriam diariamente, pontos de descartes clandestinos.
Atualmente, não há mais necessidade desta limpeza, regularmente havendo, no entanto, casos específicos, com menor ocorrência.
- -
Há uma sistematização dos dados coletados nos pontos da ECOTUDO? Ou seja, saberia me informar o volume de resíduos que chega aos pontos?
Sim. Desde a inauguração da primeira unidade, tudo que chega ao ECOTUDO é registrado, por categoria, mês a mês. Dados no artigo (anexo).
- -
Gostaríamos de obter também algumas informações sobre as empresas licenciadas para tratamento de RCC e
Para RCC, a única empresa que trata é a MEJAN (acima), com a usina de reciclagem. Na região tem também a ECOPAV, em Fernandópolis.
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Fato apresentado Pergunta Resposta
Volumosos da região. Dos volumosos, alguns são reaproveitados (reformados), outros desmontados e partes recicladas (madeiras, borrachas, metais), e os rejeitos vão para aterro sanitário.
Fonte: Informações encaminhadas pela Diretora da Divisão de Meio Ambiente Saev Ambiental em 29 de Julho de 2014.
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Apresentação proferida durante o II Congresso Brasil Alemanha de Gestão Sustentável de Resíduos
Sólidos Urbanos.
Figura 28 - Apresentação do Ecotudo – Projeto Pioneiro no Brasil, Junho de 2014.
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Figura 29 - Projeto Ecotudo em Votuporanga, SP: o que pode ser entregue.
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Figura 30 - Entrada do Ecotudo de Votuporanga, SP.
Figura 31 - Portaria de uma unidade de Ecotudo em Votuporanga.
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Figura 32 - Imagens dos acessos aos locais de disposição de materiais diversos.
Figura 33 - Instalações do Ecotudo para recebimento de resíduos especiais, dentre outros.
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Figura 34 - Instalações do Ecotudo para armazenamento de pilhas, lâmpadas e óleo.
Figura 35 - Instalações do Ecotudo para armazenamento de recicláveis.
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Figura 36 - Espaço Ecoleitura em uma unidade do Ecotudo em Votuporanga, SP.
Figura 37 - Sinalização das vias de acesso, carga e descarga de uma unidade Ecotudo em Votuporanga. SP.
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Figura 38 - Ecotudo Unidade Zona Norte, Votuporanga, SP.
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Figura 39 - Fluxo da Destinação dos Resíduos entregue nos Ecotudo no município de Votuporanga, SP.
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Figura 40 - Evolução na quantidade de material recebido nas unidades Ecotudo instaladas em Votuporanga.
SP.
Figura 41 - Slide final de apresentação com os contatos do Sec.MA de Votuporanga. SP.
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d. Região Metropolitana de Campinas
O Consimares, como o consórcio é conhecido, foi constituído em 17 de janeiro de 2009 e
trata-se do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos formados pelos
municípios de Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste
e Sumaré, todos localizados na região metropolitana de Campinas, sendo que a
Prefeitura Municipal de Sumaré assume a sua Secretaria Executiva.
Figura 42 - Localização da Região Metropolitana de Campinas no Estado de São Paulo.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 12.
O Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos está localizado na Região
Metropolitana de Campinas, no Estado de São Paulo. Segue tabela com o nome dos
municípios e dados sobre os mesmos:
Quadro 27 - Dados geoeconômicos dos municípios integrantes do Consimares, na Região Metropolitana de Campinas, SP.
Municípios População
2010 * PIB per capta 2009 IDH 2000
Americana 210.638 29850,41 0,84
Capivari 48.576 19089,11 0,803
Elias Fausto 15.775 34491,85 0,768
Hortolândia 192.692 23588,03 0,79
Monte Mor 48.949 24086,21 0,783
Nova Odessa 51.242 32862,03 0,826
Santa Bárbara d’Oeste 180.009 16434,47 0,819
Sumaré 241.311 28629,39 0,8
Total/média 989.192 25389,07 0,803
Fonte: http://consimares.com.br/página/página.aspx?página=5 , aceso em Setembro de 2014.
O objetivo geral do consórcio é “Produzir diretrizes, normas e arranjos administrativos
para o desenvolvimento das atividades do CONSÓRCIO, com ênfase na inclusão
socioeconômica e ambiental dos catadores de materiais recicláveis”.
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Como objetivos específicos são apresentados os seguintes:
I. Sistematização dos dados e as informações dos municípios sobre os resíduos
sólidos urbanos a partir dos trabalhos já concluídos.
II. Mapeamento das áreas de concentração de trabalho dos catadores de materiais
recicláveis.
III. Identificação dos grupos de catadores de materiais recicláveis.
IV. Identificação das fragilidades e potencialidades do sistema de limpeza urbana, coleta
e de reciclagem dos municípios.
V. Desenho dos cenários para a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos pelo
Consórcio.
O site dedicado ao consórcio apresenta todos os documentos relativos às atividades
executadas, bem como todas as ATAS de reuniões ordinárias e extraordinárias
realizadas. Além disto, está disponível também para consulta o orçamento do ano vigente
e dos anteriores. Como exemplo, seguem alguns detalhes do Orçamento de 2014.
Figura 43 - Orçamento Consimares, 2014. Receitas - Folha 1 de 2.
Fonte: Disponível em: http://www.consimares.com.br/consimares/util/arquivos/arquivos/Anexo%202%20-%20Receitas%202014.pdf.
PGIRS Consimares
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O Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio Intermunicipal de
Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas foi publicado entre
dezembro de 2012 e janeiro de 2013.
Sua elaboração teve início no primeiro semestre de 2010 quando foram realizadas
oficinas participativas que contaram com a atuação de uma equipe de pesquisadores do
Laboratório Fluxus da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp (DSA/FEC/UNICAMP)
e de agentes técnicos das então seis prefeituras responsáveis pelas ações de manejo de
resíduos sólidos, educação ambiental para a minimização de produção e a segregação
dos resíduos sólidos e, inclusão socioambiental e econômica dos catadores de materiais
recicláveis que resultou na elaboração do estudo para o I Plano Integrado de Resíduos
Sólidos. Este trabalho foi conduzido pela Prefeitura Municipal de Sumaré, que utilizou
recursos financeiros do Ministério do Meio Ambiente, pela Secretaria de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano.
Desta forma, o estudo realizado em 2010, bem como os trabalhos SITUAÇÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS realizado pelo
FLUXUS-NESUR/UNICAMP em 2006 e o PLANO DIRETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DA RMC elaborado pela Empresa Metropolitana de Planejamento (EMPLASA), ambos
contratados pela Agência Metropolitana de Campinas (AGEMCAMP), foram utilizados
como fonte de dados e informações referentes aos oito municípios do consórcio.
Salienta-se que o referido Plano apresenta um capítulo específico para o Zoneamento
Regional Comum com o objetivo de regulamentar o uso e a ocupação do solo dos seis
municípios integrantes do Consórcio Metropolitano de Resíduos Sólidos (CRS) que
possuem recentes disposições e diretrizes que constam em suas Leis Complementares e
em seus Planos Diretores. Ao final do documento é apresentada uma proposta de
definição de áreas comuns aos municípios integrantes do consórcio bem como um mapa
de zoneamento consolidado.
Para a elaboração do diagnóstico, além dos dados já levantados por estudo realizado em
2010, como supracitado, foram consideradas informações cedidas pelos próprios
técnicos dos municípios coletadas por meio de questionários e durante a realização de
oficinas. O quadro a seguir, apresenta a geração per capita de RSD (Resíduos Sólidos
Domiciliares) nos municípios que compõem o consórcio e sua comparação com a média
nacional publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
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Quadro 28 - Variação da quantidade de geração per capta de resíduos nos municípios pertencentes ao consórcio Consimares na região metropolitana de Campinas.
Municipios do
Consórcio
Geração per capta
kg/hab./dia
Americana 0,818
Capivari 0,578
Elias Fausto 0,723
Hortolandia 0,571
Monte Mor 0,409
Nova Odessa 0,976
Santa Barbara 0,642
Sumaré 0,70
Cosimares 0,683
Média Nacional* 1,10
* Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 48.
Quadro 29 - Geração de RSD nos oito municípios do consórcio Consimares, Região Metropolitana de Campinas, SP.
Hortolandia 3300,00 15,00 300,00 30,00 300,00
Monte Mor 600,00 2,00 100,00 6,00 sem informaçao
Nova Odessa 1500,00 2,00 100,00 220,00 33,00
Santa Barbara 3468,00 10,00 261,06 7095,00 13,00
Sumaré 5040,00 9,44 350,00 7365,00 41,50
Total 20260,80 50,38 1457,53 14781,00 605,50
Os dados nas celulas destacadas, foram obtidos no trabalho realizado pela AGEMCAMP (2009).
Demais dados: prefeituras municipais.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 49.
O quadro a seguir, apresenta a geração de RCC por município. O Plano publicado não
apresenta informações sobre a tipologia, fluxo de geração, transporte e destinação final,
dentre outras informações mais específicas para os municípios que compõem o
consórcio.
As diretrizes e estratégias apresentadas no Plano para os Resíduos de construção Civil
estão apresentadas a seguir:
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Diretriz 1: Eliminação de áreas irregulares de disposição final de RCC (“bota-fora”) na
área referente ao Consórcio.
Estratégia 1: Estabelecimento de uma rede de monitoramento permanente visando a
coibir a criação de novas áreas de disposição irregular.
Estratégia 2: Criação de ações e programas de apoio aos municípios consorciados para
eliminação das disposições irregulares de RCC.
Estratégia 3: Definição e obtenção de indicadores de gestão de RCC e estabelecimento
de metas com base nestas informações.
Diretriz 2: Apoio e/ou Implantação de áreas de transbordo e triagem, de reciclagem e de
reservação adequada de RCC .
Estratégia 1: Captação de recursos especificamente voltados à elaboração de projetos e
à implantação, ampliação e recuperação de áreas de transbordo e triagem, de reciclagem
e de reservação adequada de RCC.
Estratégia 2: Implementação de ações de capacitação técnica de atores públicos,
privados e da sociedade civil envolvidos com a gestão de RCC, por meio de parcerias
com entidades públicas e privadas
Estratégia 3: Criação de mecanismos para inserção de população de baixa renda na
gestão de RCC.
Diretriz 3: Realização de Inventário de Resíduos de construção civil.
Estratégia1: Elaboração de pesquisa padrão para o levantamento de dados quantitativos
e qualitativos relacionados à gestão de RCC em todos os municípios do Consórcio.
As metas previstas no plano estipuladas para os RCC, estão apresentadas nos quadros
que se seguem.
Quadro 30 - Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular até 2014 (Bota foras).
Ano 2015 2019 2023 2027 2031
% 100 100 100 100 100
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 136.
Quadro 31 - Implantação de Aterros Classe A (reservação de material para usos futuros) nos municípios do Consimares atendidos por aterros de RCC até 2024.
Ano 2015 2019 2023 2027 2031
% 100 100 100 100 100
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 136.
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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Desenvolver esforços para a adesão das instituições de outras esferas de governo
às responsabilidades definidas no PGIRS.
Quadro 32 - Implantação de PEV´s, Áreas de Triagem e Transbordo nos municípios do Consimares.
Ano 2015 2019 2023 2027 2031
% 100 100 100 100 100
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 137.
Ações
Desenvolver Programa Prioritário com metas para implementação das bacias de
captação e seus PEVs (Ecopontos) e metas para os processos de triagem e
reutilização dos resíduos Classe A.
Incentivar a presença de operadores privados com RCC para atendimento da
geração privadas.
No Capítulo 5 do PGRIS do Consimares, são apresentadas algumas diretrizes para
logística dos resíduos, desenvolvida no estudo da Fluxus (2010) para o sucesso das
atividades que contemplam os serviços de limpeza previstos no estatuto do consórcio. O
quadro a seguir apresenta algumas sugestões para viabilização do transporte de
resíduos da construção civil e volumosos, dentre outros, já que a caracterização da rede
técnica atual existente na região quanto aos aspectos logísticos – carga, veículos e
entrepostos - revela problemas no fluxo de transporte.
Quadro 33 - Cenário Atual da Rede de transporte de resíduos dos municípios da Região Metropolitana de Campinas.
Redes de transporte de resíduos dos Municípios – Cenário Atual
Características das
Cargas
Carga fracionada
Resíduos domiciliares - carga perecível
Resíduos recicláveis - volume variável
Resíduos de serviços de saúde - carga contaminante
Resíduos de construção civil - grande peso
Características dos
Veículos
Veículos inadequados ao tipo de carga e com capacidade restrita
Roteirização da coleta apenas de RSD nos bairros
Mesmos veículos coletam e fazem o transporte até o destino final
(podem rodar mais de 100 km para a destinação final)
Características dos
Entrepostos
Sucateiros e Cooperativas de Material Reciclável
Postos de Entrega Voluntária
Ecopontos apenas para entulhos (RCC)
Aterro Sanitário privado a uma média de 40 km de distância
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 37, página 113.
A seguir é apresentado o cenário proposto para aperfeiçoar a eficiência e eficácia do
sistema atual:
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Quadro 34 - Logística Proposta para a Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio Consimares.
Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio
Características das
Cargas
Consolidação de cargas nos ecopontos como pequenas estações de
transferência de resíduos recicláveis para as cooperativas
Consolidação das cargas na estação de transferência (RSD, RCC).
Coleta Milk-run*
Características dos
Veículos
Roteirização de todas as coletas e destinação final
Veículos distintos conforme tipo de resíduo e volume de carga
Otimização da capacidade dos veículos
Características dos
Entrepostos
Cooperativas de Material Reciclável
Ecopontos como Área de Transbordo e Triagem – ATT –
pequenas estações de transferência de resíduos distribuídos em
raios de 1 km para receber RCC e RR, onde pode ser realizada
uma prévia triagem dos resíduos de construção civil.
Estação de transferência (RSD, RCC).
Aterro Sanitário regional
Legenda: -Consolidação de carga: implantação de estações de transferência para resíduos domésticos, de construção civil e recicláveis; -Consolidação de veículos: uso de veículos diferentes para cada etapa do transporte otimizando a capacidade de carga de acordo com a distância a ser percorrida; -Roteirização da frota: roteirização específica para cada fluxo de resíduo; -Operação cross-docking: centro de transferência e destinação final única e próxima ao município de maior demanda; -Coleta milk-run: organização e planejamento das atuais rotas de coleta;
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 38, página 114.
Diante do exposto, os resíduos da construção civil, apresentariam um novo fluxo, desde a
geração até a disposição final adequada, como ilustra a figura abaixo:
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 44 - Fluxo dos Resíduos de Construção Civil gerados na Região Metropolitana de Campinas e
gerenciados por meio do Consórcio denominado Consimares.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 115.
Ainda no Capítulo 5 – Constituição e Ações do Consórcio, o subitem 5.2.6.- Estudo Preliminar de Possibilidades Locacionais, apresenta de maneira genérica alguns pré-
requisitos para instalação das infraestruturas propostas no que se refere ao zoneamento urbano, como mostra o exemplo a seguir para as ATT´s de RCC.
Coleta na origem (ecopontos/ATT)
Transporte no veículo coletor (poli caçamba)
Estação de Transferência
Transporte (carretas 45 t)
Destino Final (Aterro
Regional)
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Quadro 35 - Diretrizes urbanísticas para os fluxos da rede técnica de resíduos sólidos (Fluxus/2010).
Unidades Diretrizes urbanísticas para o consórcio
PEV´S Passíveis de adequação a diversas atividades urbanas. Devem ser preferencialmente locados de acordo com estudos gravimétricos.
Cooperativas
Localização sujeita a licenciamento. Devem ser preferencialmente locadas próximas a grandes geradores de resíduos recicláveis, ecopontos e zonas de destinação final de resíduos sólidos, de acordo com estudos gravimétricos.
Ecopontos (áreas de transbordo)
Preferencialmente locados por setores de coleta de acordo com a gravimetria local. Passíveis de adequação a diversas atividades urbanas.
ATT (Área de transbordo)
Localização sujeita a licenciamento, preferencialmente em áreas de uso misto e industrial, distante de áreas residenciais.
Aterro Sanitário Localização sujeita a licenciamento. Deve ser instalado próximo à infraestrutura e distar de zona urbanizada de no mínimo 500 metros.
Usina Central (tratamento térmico)
Localização sujeita a licenciamento e restrita às zonas industriais.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 123.
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e. Hortolândia, São Paulo.
As informações apresentadas a seguir, referentes ao município de Hortolândia foram
enviadas por e-mail pela atual Diretora de Departamento da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente Sra. Eliane Nascimento ([email protected]).
Como mencionado no item anterior, o Município de Hortolândia juntamente com outros
sete municípios compõe o CONSIMARES - Consórcio Intermunicipal de Manejo de
Resíduos Sólidos, porém, a Usina de Reciclagem de Entulhos - URE Hortolândia não
está conveniada com o Consórcio, embora receba transportadores cadastrados de outros
municípios, mas não através do Consórcio.
A implantação da Usina ocorreu no ano de 2012 através de Lei Municipal Autorizativa,
ocasionando a assinatura de Termo de Convênio entre a Prefeitura do Município de
Hortolândia e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Instituto
Nova Ágora de Cidadania - INAC, que através de recursos com a Fundação Banco do
Brasil (R$ 1.500.000,00) foi contemplada com equipamento. A Prefeitura disponibilizou
uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados para implantação da Usina, bem
como zeladoria diurna e vigilância noturna.
No primeiro ano de execução a Prefeitura também contribuiu com apoio financeiro (R$
490.000,00), mas após este período, a Usina se tornou autossustentável. Todas as
caçambas recebidas na Usina possuem CTR - Cadastro de Transportadores de
Resíduos. A prefeitura também possui um Programa de Coleta On-line, onde todas as
caçambas disponibilizadas no município são monitoradas. O material processado na
Usina, 50% retorna para prefeitura aplicar em obras públicas não estruturais (Bancos de
praças, forração de ruas não pavimentadas, entre outros) e outros 50% são
comercializados pela própria Usina visando à sustentabilidade econômica da mesma.
Paralelamente à Implantação da Usina através do Convênio com o INAC foi implantado o
Projeto Descarte Consciente, com uma equipe de Agentes Ambientais que percorrem os
bairros do Município, divulgando as ações da Usina, bem como a forma correta e locais
adequados de destinação de Resíduos Sólidos.
Através da implantação na Usina, sentiu-se a necessidade de implantar nas regiões do
Município, Pontos de Entrega Voluntária - PEVs. O Município de Hortolândia foi
contemplado com recursos do Fundo Socioambiental Caixa - FSA, para implantação de
05 PEVs, sendo um em cada região do Município, adequados para receber resíduos da
construção civil, volumosos e recicláveis domésticos até 1,0 m³. Um ponto já está em
funcionamento, enquanto os outros possuem previsão de inauguração até
dezembro/2014.
Visando a fiscalização, por meio de decreto, foi montado o Grupamento Municipal de
Proteção Ambiental, equipe da Guarda Municipal específica para atendimento das ações
ambientais do Município.
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A seguir serão apresentadas algumas notícias veiculadas no site da prefeitura que
contêm informações técnicas a respeito dos programas desenvolvidos no município de
Hortolândia para a gestão e gerenciamento de RCCV.
Resíduos Sólidos - Hortolândia é modelo para o País, na gestão de resíduos
sólidos, afirma superintendente do Consimares
da redação | 17-05-2013 08:13:23
“Hortolândia, na questão dos resíduos sólidos, é modelo, não só para a região e o
Estado, mas também para o Brasil. A usina da Prefeitura, em convênio com o INAC, faz o
descarte correto dos resíduos, segue o que diz a Lei 12.305/10 (Política Nacional de
Resíduos Sólidos). A cidade está de parabéns porque está fazendo o manejo correto dos
resíduos e se preparou para isso. Além de fazer o manejo, faz uma conscientização e
fiscalização e, nós, os outros municípios do consórcio têm muito que aprender com
Hortolândia.” A declaração do superintendente do Consimares (Consórcio Intermunicipal
de Manejo de Resíduos Sólidos da RMC - Região Metropolitana de Campinas), Valdemir
Ravagnani, dá o tom da visita dos consorciados à URE-Hortolândia (Usina de
Reciclagem de Entulhos), nesta quinta-feira (16/05).
Com o intuito de conhecer o funcionamento da usina da Prefeitura, a reunião mensal do
grupo técnico trouxe ao município cerca de 50 pessoas, entre técnicos ambientais e
vereadores dos municípios consorciados. Constituído em 22 de janeiro de 2009, o
consórcio, formado por Americana, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova
Odessa, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré, elaborou em 2012 um Plano de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos da região.
O prefeito Antonio Meira deu as boas-vindas aos participantes, ressaltando o caráter
inovador da usina na região de Campinas. “Todas as cidades passam por problemas na
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coleta dos restos de construção e Hortolândia saiu na frente com a conquista dessa
usina”, afirmou. “Com isso, podemos oferecer para o morador da nossa cidade uma
opção, a de trazer para cá o resto da construção civil, assim como para a Prefeitura. Ela
também traz os resíduos para reciclagem e transformação e já utiliza a pedra brita na
Operação Tapa-Buraco. Além de resolver um problema que acaba enfeiando à cidade,
que são estes entulhos jogados nas calçadas na frente das casas, resolve este problema,
embeleza a cidade, e também representa uma economia para a Administração, que
antes tinha que comprar este produto”, destacou Meira.
Integrante da comitiva, a diretora de Meio Ambiente de Capivari, Karen Angelim,
ressaltou que o Consimares tem procurado propostas e soluções para a gestão de
resíduos em todos os municípios. “Viemos conhecer para aplicar isto no âmbito do
consórcio para todos os municípios participantes. A expectativa é muito boa para que a
gente resolva este problema. Levo daqui uma experiência do pessoal muito boa. Vi a
parte estrutural do maquinário, das pessoas que trabalham aqui, fazendo a separação
dos tipos de resíduos que vem para cá”, assinala.
Para o diretor do Departamento de Proteção e Conservação Ambiental de Santa Bárbara
d’Oeste, Cléber Carneiro, a usina serve de referência para toda a região especialmente
para os municípios do Consórcio, em especial por ter sido montada por uma parceria
público-privada, que, segundo ele, deve ser o modelo adotado em outros municípios.
“Gostei muito do equipamento por ele conseguir trabalhar o material em diferentes
granulometrias e em especial por ser usada mão de obra para um serviço social, que são
pessoas de baixa renda que foram recolocadas no mercado. O projeto vai à linha do que
a Política Nacional de Resíduos Sólidos pede, que é reciclagem e inclusão social”,
destaca.
José Ceron, Superintendente de Controle Ambiental de Sumaré, diz que o que mais
chamou sua atenção foi a organização e a estrutura que a URE tem. “Eu conheço outras
usinas e, recentemente, fui conhecer a usina do Delta A de Campinas e não gostei de
como é feita a gestão, da operacionalização da usina. A de Hortolândia está muito à
frente. Aqui não tem excesso de material. Lá, por conta do volume que chega de
resíduos, eles têm um excedente muito grande, não tem a capacidade de processar todo
o material e fica uma quantidade absurda de resíduos aguardando”, afirma.
Hortolândia é modelo na gestão ambiental
Localizada na Estrada Municipal Sabina Baptista de Camargo, 4.183, no Parque Perón, a
URE-Hortolândia é considerada estrutura modelo no Estado, com centro de recepção,
triagem, processamento e transbordo. A usina é uma das ações incluídas no Sigah
(Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Hortolândia). Na usina, tijolos, blocos,
argamassa, concreto e material cerâmico que costumam ser descartados em lixões e
aterros sanitários como “lixo da construção civil” são reaproveitados. Viram areia,
pedriscos, pedras e bica corrida (um tipo de brita mais rústica) e podem ser reutilizados
em obras.
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Outra ação em curso é o projeto “Reciclando Entulhos”, vencedor de concurso nacional,
financiado a fundo perdido pela CEF (Caixa Econômica Federal). O projeto prevê a
implantação de cinco PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), bem como ações de
educação ambiental em toda a cidade, por meio da realização de 20 palestras
educativas, distribuição de panfletos e cartilhas e divulgação através de outdoor. Em
março deste ano, a Administração firmou convênio com o Governo do Estado e recursos
do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) vão financiar a elaboração do Plano
de Saneamento Básico de Hortolândia.
Desde janeiro deste ano, a Administração faz campanha de educação ambiental de casa
em casa junto aos munícipes e de coleta de eletroeletrônicos com 20 pontos de entrega
voluntária distribuídos em estabelecimentos comerciais, escolas e outras instituições
públicas. Existe também projeto para tratar os resíduos domésticos, transformando o
passivo do lixo em geração de energia. O plano é montar uma usina de geração de
energia a partir da utilização do lixo. A tecnologia está em estudo.
Fonte: Notícia encaminhada via e-mail pela Diretora do Departamento da Secretaria de Meio Ambiente do município de
Hortolândia, veiculada em 17 de Maio de 2013. Disponível em:
http://portalhortolandia.dihitt.com/n/empregos/2013/05/20/hortolandia-e-modelo-para-o-pais-na-gestao-de-residuos-solidos-
afirma-superintendente-do-consimares.
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Prefeitura inaugura PEV Jd. Auxiliadora neste domingo (18/05)
Sexta, 16 Maio 2014 00:00 Escrito por Karen Natasha e Ane Medina Néri
Figura 45 - Unidade é a primeira dos cinco PEVs da cidade a ser concluída.
Auxiliadora, o primeiro PEV (Ponto de Entrega Voluntária) de Hortolândia. O evento, que faz parte do calendário do aniversário de 23 anos de emancipação política da cidade, acontece a partir das 9h, na Rua Antônio João de Amorim, esquina com a Rua Sebastiana Oliveira da Silva. O PEV é um local fechado com paisagismo, portaria, zelador e manutenção diária, preparado para receber sofás, colchões velhos, entulhos, isopor, plástico PET e outros materiais recicláveis, de modo a garantir o correto destino e reaproveitamento de resíduos sólidos recicláveis no município. Ainda neste ano, Hortolândia ganhará outros quatro PEVs. Três deles já estão em fase
avançada de construção: PEV Jd. Adelaide, PEV Pq. Gabriel e PEV Jd. Interlagos. Os
órgãos funcionarão de modo integrado à URE-Hortolândia (Usina de Reciclagem de
Entulhos).
Na unidade, cada morador pode descartar, por mês, até 1m³ de entulho (o equivalente ao
volume de uma caixa d’água de mil litros), sofás, colchões, isopor, pilhas e baterias,
plástico, entre outros materiais. Após a entrega no local, os resíduos serão
encaminhados ao local adequado.
Na última quinta-feira (15/05), alunos da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental)
Caio Fernando Gomes Pereira realizaram o plantio de 55 mudas nativas no entorno do
PEV Jd. Auxiliadora. A ação educativa de preservação ambiental complementa o objetivo
da instalação do PEV, que visa promover o descarte consciente de resíduos no
município.
Fonte: Notícia encaminhada via e-mail pela Diretora do Departamento da Secretaria de Meio Ambiente do município de
Hortolândia, veiculada em 16 de Maio de 2014.
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Prefeito vistoria usina de reciclagem de resíduos da construção civil
que entrará em operação dia 30
Hortolândia implanta estrutura pioneira no Estado de São Paulo Por Elisabeth Soares, Hortolândia 19/05/12 12:33
O prefeito Ângelo Perugini visitou a Usina de Reciclagem de Entulhos e Resíduos da
Construção Civil que entrará em operação no final deste mês, em Hortolândia. Localizada
no Parque Peron, a usina é o primeiro passo para a implantação do Sigah (Sistema
Integrado de Gestão Ambiental de Hortolândia). O investimento de R$ 3 milhões garante
destino adequado ao lixo da construção civil, preservação ambiental, geração de
emprego e renda. Hortolândia é a primeira cidade do Estado a implantar uma usina que
reaproveita o lixo da construção civil com estrutura completa: centro de recepção,
triagem, processamento e transbordo.
A usina já processa resíduos da construção civil em fase de teste. O espaço receberá
restos de demolição, como fragmentos de alvenaria, cerâmica, concreto, lajes e pisos,
além de argamassa, cal e cimento. Componentes de concreto ou cerâmica, como telhas,
tijolos, blocos, entre outros, também poderão ser descartados no local.
“Com o processamento, estes materiais serão transformados em areia de diversas
densidades e outros materiais que poderão ser utilizados na pavimentação de ruas,
manufatura de blocos de concreto, produção de piso intertravado, implantação de guias,
entre outras finalidades. Daremos uma nova utilização para materiais que normalmente
vão para o lixo”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Aldo Aluízio Silva.
Técnicos realizam os ajustes finais para colocar a estrutura em operação. Além dos
benefícios ambientais, a usina vai gerar cerca de 100 empregos para a execução das
atividades internas de processamento de resíduos. A capacidade de produção da usina
será de 160 toneladas de material por dia. De acordo com a Secretaria de Meio
Ambiente, Hortolândia produz, em média, nove mil toneladas de lixo da construção civil
por mês.
“Vamos resolver um problema ambiental que incomoda muitos moradores, que é o
descarte irregular de entulho em terrenos baldios e locais impróprios. Com a criação da
usina, Hortolândia demonstra efetivamente seu interesse pela recuperação e proteção
ambiental. Queremos que a cidade desenvolva sua economia de modo sustentável, sem
perder de vista a qualidade de vida. É com esse pensamento que trabalhamos para
garantir coleta e tratamento de esgoto em toda a cidade, recuperar nascentes d´água,
construir parque no entorno de córregos, tirar famílias de área de risco”, disse o prefeito.
A implantação da usina é uma parceria da Prefeitura com o Instituto Inac (Instituto Nova
Agora de Cidadania*), Fundação Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), que financiam o projeto.
Além da área de processamento de resíduos sólidos, o projeto contempla espaço para
instalação de empresas agregadas (que produzirão materiais a partir do produto dos
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resíduos), área de triagem, administração, espaço de lazer e um mirante. Além disso, a
obra atuará na recuperação ambiental do espaço, atualmente degradado.
SIGAH
A usina é a primeira etapa do Programa SIGAH (Sistema Integrado de Gestão Ambiental
de Hortolândia), desenvolvido em uma área de 179 mil metros quadrados, cedida pelo
Governo Federal, no Parque Peron.
O projeto prevê também a construção de usina de processamento dos resíduos urbanos
(lixo doméstico), cooperativa de reciclagem, usina de processamento de biodiesel e
pneus, viveiro municipal, centro de atendimento comunitário, central de caçambas e
ecopontos. O programa terá capacidade para processar todo o resíduo produzido pelo
município. A Prefeitura busca recursos externos para executar o restante do programa.
URE-HORTOLÂNDIA
Investimento: R $ 3 milhões
Capacidade de produção: 320 toneladas/dia
Parceiros: Prefeitura, Inac, Fundação Banco do Brasil e BNDES
Geração de Empregos: 160 (entre diretos e indiretos)
*INAC: mais informações sobre o Instituto Nova Ágora Cidadania serão
apresentados no item a seguir.
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f. Centro de Referência de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e
Demolições (CRCD)
O Centro de Referência de Resíduos Sólidos da Construção Civil e Demolições –
CRCD é uma parceria entre o Instituto Nova Ágora de Cidadania – Inac e a Fundação
Banco do Brasil para apresentar soluções adequadas na gestão e o manejo dos
resíduos sólidos, principalmente os oriundos da construção civil e demolições
descartadas de modo inadequado no meio ambiente.
O principal objetivo é a disseminação de experiências, informações, resultados
socioambientais e econômicos gerados a partir da prática de instalação (consultoria),
gestão e operacionalização de Usinas de Reciclagem de Entulho – UREs.
Missão: Criar, pesquisar, difundir, praticar e semear ideias e soluções referentes
à reciclagem de resíduos sólidos.
Visão: Tornar-se um Centro de Referência certificador, reconhecido nacional e
internacionalmente.
Valores: Preservar o Meio Ambiente através de pesquisas e práticas, que
diminuem os impactos dos resíduos da construção civil.
A partir da constatação de que é necessário divulgar e disseminar as boas práticas
em favor do meio ambiente, a Fundação Banco do Brasil, parceira e conhecedora das
ações e resultados do projeto URE, formalizou nova parceria com o Instituto Nova
Ágora de Cidadania afim de, através de um espaço adequado e com uma equipe
técnica capacitada, apresentar e debater soluções na gestão e o manejo dos resíduos
sólidos, principalmente os oriundos da construção civil e demolições.
USINAS DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E
DEMOLIÇÕES – Transformar entulhos em novas realidades
As Usinas de Reciclagem de Entulho – UREs favorecem diretamente a diminuição do
depósito irregular de entulho. Contribuem também para a diminuição da necessidade
do extrativismo mineral através do reaproveitamento, com a reinserção do agregado
reciclado na cadeia produtiva da construção civil. No mais, geram trabalho, emprego
e renda para diversos atores sociais que participam do processo.
Inaugurada no dia 13 de maio de 2009, a Ureosasco tem capacidade para reciclar 25
toneladas de resíduos sólidos da construção civil por hora.
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Figura 46 - URE Osasco, SP. Usina para Reciclagem de resíduos da construção civil implantada em parceria com o INAC e o Banco do Brasil.
Fonte: http://inac.org.br/crcd1/que-projeto-e-este/página-exemplo/.
O modelo de parceria e gestão da URE é pioneiro e tem trazido ganhos legais,
econômicos e principalmente sociais e, futuramente será implantado em outras
municipalidades: Hortolândia/SP, São Leopoldo/RS, Petrópolis/RJ e Betim/MG para o
estabelecimento de um trabalho conjunto.
O projeto URE tem aberto caminho para o diálogo, novas perspectivas, e apontado
soluções que envolvem os diferentes setores participantes da cadeia de resíduos sólidos
da construção civil desde sua origem, até o descarte e reaproveitamento.
URE OSASCO
A usina está aberta de segunda a sexta, de 08h00 ao 12h00 e das 13h00 às 17h00. A
recepção de materiais, somente Classe A (Resolução Conama 307/2002) é feita
mediante um pagamento equivalente a:
Grandes volumes (acima de 15 toneladas): R$ 8,00 / tonelada.
Pequenos volumes (até 15 toneladas): R$ 75,00 por caçamba.
Nota-se que para que seja recebido, o material deve estar limpo, com no máximo 10% de
contaminação. A usina não recebe gesso, amianto, isopor, vernizes e tinta.
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Figura 47 - Materiais de entrada da URE Osasco.
Fonte: Site do CRCD que disponibiliza os documentos da URE de Osasco.
http://issuu.com/inaccidadania/docs/portf_lio/5?e=0.
A usina vende o material reciclado, principalmente agregado de qualquer tipo e o valor de
venda é de R$ 28,00 por tonelada, e o comprador se responsabiliza por retirar o material
na planta.
São produzidos: areia, pedrisco, brita 01, mine rachão ou brita 3 e bica corrida ideal para
correção do solo e sub-base de pavimentação, como mostram as figuras abaixo.
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Figura 48 - Materiais produzidos na planta URE Osasco.
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g. Coletas Online, Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da
Construção Civil
O Software
O Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da Construção Civil,
denominado Coletas Online, é totalmente acessível pela internet, possibilitando o acesso
e monitoramento das ações de todos os envolvidos no processo logístico, abrangendo
Pequenos e Grandes Geradores, Construtoras, Transportadoras, Pontos de Entrega
Voluntária e Destinos Finais. Com os dados gerados, o Coletas Online permite a gestão
correta dos resíduos, oferecendo informações altamente relevantes.
Figura 49 - Grupos atendidos pelo software desenvolvido pelo Coletas Online.
Fonte: Site Coletas Online. Acesso em Setembro de 2014 (http://www.coletasonline.com.br/).
Pequeno Gerador: *Caracteriza-se como Pequeno Gerador quem gera até 1m³ de
resíduo, mas esta determinação pode variar de município para município.
Por meio do software Coletas Online é possível a publicação da localização dos Pontos
de Entrega Voluntária, disponibilizando-os para todos os munícipes, para que assim,
identifiquem o local mais próximo de suas residências, facilitando a destinação correta
dos Resíduos Volumosos e da Construção Civil.
O Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da Construção
Civil contém um mecanismo que possibilita ao usuário localizar e publicar informações
dos Pequenos Transportadores (chamados de carroceiros) e localizar os Pontos de
Entrega Voluntária. Desta maneira o munícipe terá condições de saber quais
Transportadores e Pontos de Entrega Voluntária estão disponíveis em sua região,
facilitando a contratação dos serviços de transporte e a destinação correta dos resíduos.
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Ponto de Entrega Voluntária: Os Pontos de Entrega Voluntária são locais disponibilizados
pelos Municípios para a entrega dos resíduos pelo Pequeno Gerador.
Através do Coletas Online é possível o cadastro e gerenciamento dos Pontos de Entrega
Voluntária, identificando os volumes de entrada e saída diários, bem como, acionar as
Transportadoras para a retirada e, controlar a destinação dos resíduos aos Destinos
Finais.
Grande Gerador: Caracteriza-se como Grande Gerador quem gera mais 1m³ de resíduo e
realiza pequenos empreendimentos, mas esta determinação pode variar de município
para município.
Através do Coletas Online, é possível que a pessoa física e/ou jurídica que realiza
pequenas obras ou reformas, acompanhe, passo a passo, a destinação do resíduo
contratado junto as transportadoras.
Desta forma, possibilita ao órgão público fiscalizar as caçambas espalhadas pela cidade,
criando um mapa da geração dos resíduos e facilitando a identificação as obras
irregulares.
Construtora(s): * empresa(s) que realiza empreendimentos de grande porte.
Através do Coletas Online, é possível que todas as Construtoras e empreiteiros efetuem
o cadastro do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e através
deste projeto, requisitar e administrar as CTR’s eletrônicas de transporte de resíduos
junto aos Transportadores indicados no projeto.
Desta maneira, o órgão público pode fiscalizar os resíduos gerados nas obras, como
também a destinação dos mesmos. Além de, é claro, permitir ao responsável pelo Projeto
de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil realizar a gestão do Projeto,
podendo identificar possíveis problemas, como por exemplo, a destinação indevida dos
resíduos gerados na obra e assim, evitar problemas no momento de solicitar a certidão
“Habite-se”.
Transportadores: O Transportador deve ser licenciado pela Prefeitura.
Através do Coletas Online, é possível o credenciamento de todos os Transportadores
autorizados a transportar os resíduos na cidade ou região. Desta maneira é possível
realizar a fiscalização dos veículos e das caçambas que transportam resíduos e
determinar se estão destinando corretamente os Resíduos da Construção Civil.
Importante ressaltar que este mecanismo inibirá a atuação dos Transportadores
irregulares.
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Destino Final: O Destino Final é o local ambientalmente adequado para o depósito de
resíduos.
Através do Coletas Online, é possível o registro da área de destinação de resíduos,
podendo ser classificada como Aterro, Área de Reciclagem ou Área de Transbordo e
Triagem.
Com o Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da Construção Civil é
possível acompanhar as entradas e saídas dos resíduos em cada destino e assim
disponibilizar vários indicadores, tais como:
Volume de resíduos no local (permitindo identificar destinos com excesso de
resíduos ou no seu limite).
Reaproveitamento (para o caso de Área de Reciclagem, identificar o volume de
resíduos reaproveitados no processo).
Regularização (Identificar locais com resíduos irregulares).
Fiscalização Móvel: A Fiscalização Móvel proporciona agilidade e precisão.
Através do Coletas Online, é possível a fiscalização de todos os veículos e caçambas
estacionadas nas vias públicas, utilizando qualquer dispositivo móvel com acesso à
internet. Com isto, além de viabilizar a fiscalização com baixo custo, ainda torna possível
a qualquer agente, seja de trânsito ou fiscal do meio ambiente, o rápido acesso a
informação constante no Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da
Construção Civil e assim promover uma ação no local.
Estatísticas
Através do Coletas Online é possível gerar vários indicadores que possibilitam a
fiscalização de irregularidades e gestão de todos componentes do processo, tais como:
Indicador de volumes de resíduos gerados por região e gerador.
Indicador de volumes de resíduos recebidos e reaproveitados.
Indicador de transportes irregulares.
Indicador de obras irregulares.
Indicador de Área de Transbordo e Triagem irregulares.
Apoio: Sinduscon SP.
Foi feito contato com um dos diretores da CSJ Sistemas, o Sr. Felicio Ramuth, que nos
apresentou alguns dados relevantes e documentos interessantes sobre a utilização do
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software Coletas Online já utilizado por alguns municípios do estado de São Paulo.
Atualmente a empresa atende a 12 municípios, e uma população total de
aproximadamente 3.2 milhões de habitantes.
De acordo com ele o contrato com os municípios é feito por meio de Pregão, como SAAS
(Software como Serviço), com um prazo de vigência anual, prorrogáveis por outros 05
anos. O valor médio dos contratos para cada 100.000 habitantes é de aproximadamente
R$ 7.500,00 / mês o que inclui Data Center + Licença de uso + Chat online. A cobrança
só é iniciada após a emissão da primeira CTR eletrônica (Cadastro para Transporte de
Resíduos) e a implantação do sistema inclui um treinamento de 05 dias. Em algumas
cidades é oferecido, ainda, um serviço de fiscalização com equipe de Agentes
Ambientais, exclusivos para apoio administrativo à fiscalização e, nestes casos, o custo
adicional é avaliado individualmente. Vale ressaltar que, não existe limite mínimo
populacional por município para implantação do sistema, já que a experiência mostrou
que o importante mesmo é que o município tenha uma destinação adequada e a vontade
politica para implantação deste tipo de controle, ou seja, qualquer que seja o porte haverá
economia, em médio prazo, aos cofres públicos.
É interessante deixar registrado que o sistema pertence à Prefeitura, ou seja, todos os
dados são de propriedade da prefeitura e o Gestor acompanha em tempo real e, se for a
caso, mensalmente, todos os dados (meio físico). Ao final do contrato, a empresa tem a
obrigação de exportar todos os dados coletados durante o período da prestação de
serviço para o formato exigido pela prefeitura, em Excel, Word, ou algum outro formato
específico.
Dentre os obstáculos enfrentados, desde o inicio da implantação do sistema, até o
momento, a empresa listou os seguintes:
1. Agenda Politica: a solução para os resíduos da construção civil deve fazer parte da
AGENDA POLITICA DO PREFEITO e muitas vezes não faz.
2. Falta de Destinação adequada: a maioria dos municípios (ou regiões) ainda não
tem destinação adequada para os resíduos inertes o que sobrecarrega os custos
com transporte dos resíduos. Vale ressaltar que a recicladora ou aterro de inertes
não precisam ser no município, mas precisam ser próximos a ele, para que o custo
de logística não fique proibitivo.
3. Legislação: casos nos quais a legislação municipal ainda não foi adequada à
Resolução Conama 307/2002.
4. Transportadores (caçambeiros): Atividade ainda muito marginalizada com pouca
informação. Para superar isto a implantação do sistema deve estar atenta a eles,
realizando um treinamento didático e um atendimento individual àqueles com
maiores dificuldades. O sistema desenvolveu um CHAT ONLINE exclusivo para
atendimento aos transportadores, onde, depois do período de implantação,
qualquer transportador pode entrar, e tirar suas dúvidas.
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5. As diferenças culturais, legais e socioeconômicas entre os municípios nos quais o
sistema está implantado.
As vantagens e desvantagens do sistema, além daquelas já listadas na apresentação
inicial, podem ser entendidas como:
Quadro 36 - Vantagens e desvantagens do sistema de coletas online.
Vantagens da utilização do software coletas online
Adequação à legislação
vigente em âmbito Federal,
Estadual e Municipal,
quando houver
Adequação do Município a Lei Federal n° 12.305, de 02 de
agosto de 2.010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
Adequação do Munícipio a Lei Estadual, caso exista, que
institui a Politica Estadual de Resíduos Sólidos.
Adequação do Município às Resoluções do CONAMA
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 307, de 05 de
julho de 2.002; nº 348, de 16 de agosto de 2.004 e nº 431,
de 24 de maio de 2.011, que tratam de resíduos da
construção civil.
Gestão simplificada, mais
eficiente e baseada em
dados reais
Desburocratização e informatização de todas as empresas e
entes públicos envolvidos nas atividades tais como,
transportadores, geradores, destinos finais e órgãos públicos
além do acompanhamento em tempo real de todas as
atividades envolvidas com a Gestão de Resíduos da
Construção Civil na Cidade, bem como o controle detalhado
da movimentação, estoque e destinação dos Pontos de
Entrega Voluntária.
Aprimoramento da
fiscalização e novas fontes
de receita ao município
Aumento da assertividade da fiscalização, trazendo as
seguintes RECEITAS ao município:
Identificação das obras na cidade, através do
georeferenciamento das obras em execução, como
consequência gerando arrecadação com as TAXAS DE
LICENÇA DE OBRAS, E MULTAS das obras sem a devida
licença de execução.
Aumento da arrecadação de ISS sobre as atividades
fiscalizadas pelo sistema, tais como TRANSPORTE de
resíduos, DESTINAÇÃO FINAL dos resíduos.
Aumento da arrecadação com as MULTAS pertinentes à
fiscalização das atividades envolvidas, tais como
DESCARTE IRREGULAR, NÃO EMISSÃO DE CTR,
EMPRESA SEM LICENÇA PARA ATIVIDADE,
CAÇAMBAS ESTACIONADAS IRREGULARMENTE (e
demais multas previstas nas leis/decretos existentes)
Aumento da assertividade da fiscalização EVITANDO
CUSTOS ao município:
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Vantagens da utilização do software coletas online
Eliminação das despesas com constante limpeza de áreas
de descartes irregulares.
Diminuição dos custos ambientais tais como DIMINUIÇÃO
DA POLUIÇÂO VISUAL evitando descartes irregulares na
cidade.
Diminuição de focos de doença, com a eliminação dos
pontos de descarte irregular evitando a proliferação de
vetores de doença.
Economia com a utilização de agregados recicláveis pelo
município que custam em média 50% mais barato.
Controle sobre o Gerenciamento de resíduos da
construção civil na cidade.
Do ponto de vista do gestor do sistema, a implantação em uma região metropolitana,
como é caso da RMBH e seu Colar Metropolitano seria muito interessante já que os
serviços referentes aos RCC, em regiões metropolitanas são realizados por empresas
estabelecidas em todas as cidades, (ex.: Um transportador de Betim presta serviço de
caçamba em BH e provavelmente destinará seu resíduo em um local mais próximo da
geração, ou até mesmo realizando o descarte irregular em um terceiro município). Enfim,
o controle em nível metropolitano nivelará os CUSTOS e PREÇOS, fazendo com que
toda a cadeia CUMPRA seu papel dentro da região metropolitana, atendendo o
COMPARTILHAMENTO das responsabilidades preconizadas pela Resolução CONAMA
307/2002. Atualmente o sistema já esta sendo considerado, e encontra-se em estágio
avançado para implantação no CONSÓRCIO ABCD (Cidades de São Bernardo, Santo
André, São Caetano e Diadema, no estado de São Paulo).
A seguir, serão apresentados alguns cases de municípios que já utilizam o sistema. Em
anexo, estarão incluídos, ainda, os seguintes documentos para consulta, disponibilizados
pela CSJ Sistemas:
1- Termos de Ajustamento de Conduta do município de Araraquara, SP.
2- Descrição Técnica de um contrato com o município de Pindamonhangaba, SP.
3- Edital do município de Pindamonhangaba (SP) (COM AGENTES AMBIENTAIS).
4- Edital do município de Americana (SP).
5- Benefício de implantação SISTEMA ELETRÔNICO.
Casos de Municípios que já utilizam o sistema
A. Prefeitura de São José dos Campos
A Prefeitura Municipal de São José dos Campos tinha a necessidade de gerenciar os
resíduos sólidos volumosos e da construção civil que eram destinados de maneira
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inadequada, o que causava inúmeros problemas aos munícipes. Com a utilização do
Sistema de Gestão Eletrônica de Controle de Resíduos da Construção Civil, Coletas
Online, houve a regulamentação para a gestão de resíduos sólidos. Veja a evolução:
Como era
A Prefeitura Municipal de São José dos Campos gerenciava as áreas de “bota-fora”
que, atualmente, são Passivos Ambientais.
Os Resíduos da Construção e Demolição eram despejados em locais inadequados.
Resíduos da Construção e Demolição de classe D (potencialmente contaminados)
eram destinados de maneira inadequada.
Não havia gestão na geração, transporte e destinação dos Resíduos da Construção
e Demolição.
Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos eram analisados manualmente.
Iniciativas
Aterros de Resíduos da Construção e Demolição foram licenciados pela Prefeitura
Municipal de São José dos Campos.
Pontos de Entrega Voluntária foram disponibilizados pela Prefeitura Municipal de
São José dos Campos.
Foi realizado o mapeamento da Gestão Municipal dos Resíduos.
Foi realizado o monitoramento específico dos Transportadores.
Foi realizado o monitoramento específico dos Destinos Finais.
Fiscalização em tempo real dos clandestinos (Grandes Geradores, Transportadores
e Destinos Finais).
Resultados
Tempo de ativação: 8 meses.
CTR’s geradas pela solução: 31.500.
Volume gerenciado pela solução: 170.000m³.
161 transportadores monitorados pela solução.
6.900 Grandes Geradores monitorados pela solução.
CTR’s fiscalizadas: 32%.
Fonte: http://www.coletasonline.com.br/case-prefeitura-municipal-de-sao-jose-dos-campos/
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Repercussão na mídia devido a utilização do software
Figura 50 - Portal para log in do Sistema Eletrônico de controle de resíduos de São Jose dos Campos.
Fonte: Portal Da Prefeitura de São Jose dos Campos, SP
(http://www.sjc.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/sistema_eletronico_residuos.aspx).
A notícia a seguir foi publicada em 24 de janeiro de 2014 no site da Prefeitura de São
José Dos Campos. Neste município, a multa para disposição irregular de RCCV ou
contratação de transporte irregular de resíduos pode chegar a cinco mil reais.
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CONTROLE DE RESÍDUOS
Prefeitura usa nova tecnologia para combater despejo irregular de entulho
A Prefeitura de São José dos Campos vai reforçar o combate ao descarte irregular de entulho no
município com apoio de uma nova tecnologia, que será utilizada a partir de fevereiro. O pacote de
melhorias faz parte do Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos, que vai aumentar a eficácia
das ações de fiscalização.
“Com esta tecnologia aplicada à fiscalização poderá atuar com mais efetividade e abrangência em
todo o território, atingindo nosso principal objetivo que é preservar a saúde e a qualidade de vida
das pessoas, com a proteção ao meio ambiente”, afirmou a secretária de Meio Ambiente.
O Sistema de Controle de Resíduos permite ao município monitorar a geração, transporte e
destinação final de entulhos (acima de 1 metro cúbico), seja em obras residenciais ou grandes
empreendimentos da construção civil.
Com o auxílio de tablets, agentes de fiscalização e de trânsito poderão vistoriar as caçambas
dispostas na cidade e checar em tempo real, via internet, se elas estão declaradas no sistema
eletrônico.
Ao constatar qualquer irregularidade, o fiscal pode enviar uma foto imediatamente para a base da
Prefeitura, que notificará a empresa responsável pela caçamba clandestina. A interface permitirá
registrar ainda áreas de descarte irregular de entulho, que serão mapeadas.
A medida visa impedir que restos de construção, como cerâmica, gesso, cimento, concreto,
madeira e outros sejam despejados em terrenos baldios, passeios públicos, ou às margens de rios
e córregos.
A operação do sistema será integrada e envolverá as secretarias de Meio Ambiente, Serviços
Municipais, Defesa do Cidadão e de Transportes, vai iniciar a regulação e fiscalização das
atividades em conformidade com a lei, como também promover ações educativas e cooperativas
que equacionem a problemática dos resíduos da construção.
A resolução Conama 307/02 e a Lei municipal 7146/06 determinam a responsabilidade do gerador
de resíduos, que deve assegurar a destinação correta de materiais. Para isso, deve contratar um
serviço adequado para o transporte e destinação final. A multa para quem efetuar o despejo
irregular de entulho ou contratar transportadores irregulares é de R$ 5 mil.
Sistema Eletrônico
A Lei municipal 8696/12 regulamentou a utilização do sistema, obrigatória para todos os
envolvidos na geração (pessoas físicas ou jurídicas), transporte (empresas de caçamba), áreas de
transbordo (ATT´s) e destinação final de resíduos (recicladoras ou aterros de inertes).
Cada vez que uma empresa de caçamba é acionada, ela emite uma guia de transporte no
sistema, declarando o endereço da obra, o volume, e a classe de resíduo a ser descartado.
Quando a caçamba é encaminhada ao local de descarte (ATT, recicladora ou aterro), é feita a
baixa da guia no sistema.
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Treinamento
As funcionalidades do Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos foram apresentadas para as
empresas que operam o transporte de caçambas no município nos dias 11, 13 e 14 de janeiro. O
treinamento, que teve a participação de 24 empresas, continua na cidade. Nesta sexta-feira (24)
haverá a capacitação para um novo grupo no auditório da Secretaria de Meio Ambiente, das 17 às
19h.
Os gestores de regionais da Secretaria de Serviços Municipais, que vão auxiliar na verificação das
caçambas clandestinas, receberam a capacitação na terça-feira (21). Para Luciano Hipólito,
administrador da regional Leste 2, o programa será bem-vindo. “Vai ser uma ferramenta
importantíssima para coibir o descarte irregular de entulho. Temos muitos pontos críticos na
cidade, e o município arca com um grande custo para limpeza dessas áreas”.
O administrador Richard Santos Rocha, também se surpreendeu com a inovação trazida pelo
sistema. “É uma grande ferramenta para a questão ambiental, e este tipo de controle traz um
impacto rápido. Com a fiscalização e a educação ocorrendo conjuntamente, o resultado virá”,
destacou.
Acesso à matéria no link disponível em:
http://www.sjc.sp.gov.br/notícias/notícia.aspx?notícia_id=15931
B. São Carlos, SP
Matéria Publicada no G1 São Carlos em 10 de janeiro de 2014.
São Carlos, SP, autua 7 empresas em dois dias por caçambas irregulares
Fiscalização dos locais onde estão as caçambas foi intensificada na cidade.
Multa é de R$ 425 e dobra na reincidência. Licença pode até ser suspensa.
A Prefeitura de São Carlos autuou sete empresas, entre quinta-feira (9) e esta sexta-feira
(10), por não informarem a localização das caçambas de entulho. A Prefeitura está
intensificando a fiscalização para impedir o descarte irregular em terrenos da cidade. A
multa é de R$ 425 dobra em caso de reincidência. Dependendo do número de
autuações, a empresa pode até ter a licença suspensa.
Em São Carlos, há mais de 70 pontos onde sofás, resto de construção civil e colchões
são jogados. Na Vila Morumbi, nem uma placa proibindo descarte é desrespeitada. Pilhas
de entulho de mais de 2 metros de altura se formam ao longo da avenida. É possível
encontrar móveis, plástico e até gesso que deveria ser descartado em um aterro especial.
A dona de casa Dalva Galvão contou que já viu muita gente jogar entulhos em terrenos,
como se fosse o lugar certo para descarte. “O cheiro é tão forte que sufoca. Muitas vezes
colocam fogo, o que piora ainda mais a situação. Mas, não é o cheiro da fumaça do mato,
por exemplo, é cheiro pior, que entra na minha casa e polui tudo. É muito insuportável”,
disse.
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Segundo o diretor de Planejamento e Orçamento, Kleber Luchesi, todas as caçambas
têm que ser lançadas no Controle de Transporte de Resíduos (CTR). “As caçambas que
não têm esse CTR lançados no momento em que vão para obra recebem uma
notificação e tem o prazo de 24 horas para regularizar. Não regularizando elas são
passiveis de receber o ato de infração”, alertou.
Controle
Desde o fim de novembro, os fiscais identificaram por dia quase 80 caçambas
clandestinas. Uma delas foi encontrada no Jardim Paraiso. Ela estava no meio de um
terreno e sem cadastro. A empresa responsável pela caçamba será multada.
“Conseguindo fazer o controle dessas caçambas, conseguimos direcionar a fiscalização
para os pequenos geradores e a população de modo geral que está fazendo esse
descarte irregular. Então a fiscalização da Prefeitura ao invés de ser direcionada para
empresas de caçamba, conseguimos direcionar para quem continua fazendo esse
descarte irregular”, explicou Luchesi.
Ecopontos
A cidade tem seis locais onde podem ser descartados materiais como resíduos de
construção civil, recicláveis e produtos volumosos como sofá. O problema é que muitos
desses ecopontos estão lotados.
No Jardim Paulistano, por falta de espaço, muitos moradores fazem o descarte em
terrenos baldios. “Eles demoram para tirar os entulhos. E quando tiram demoram quase
um mês para tirarem de novo. Não aguento o mau cheiro, nem a presença dos bichos
atraídos pelo lixo”, reclamou a catadora de recicláveis Maria dos Santos.
Segundo o chefe da Divisão de Resíduos Sólidos, Jarbas Alves, a limpeza está sendo
feita, mas outras medidas serão tomadas. “Vamos construir novos ecopontos até julho
para amenizar a superlotação dos atuais”, explicou.
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Figura 51 - Imagem do funcionamento do sistema online de controle de caçambas no município de São
Carlos/SP.
Para assistir ao vídeo da matéria: acesse o link Disponível em:
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/notícia/2014/01/sao-carlos-sp-autua-7-
empresas-em-dois-dias-por-cacambas-irregulares.html).
C. Jundiaí, SP
19/07/2013 07:15
Jundiaí rastreia caçamba ilegal com GPS
Resultado da ação aumenta a reciclagem de entulho;
Em agosto todas as novas calçadas serão ecológicas Por: Fábio Pescarini
Em breve, quando você pisar na calçada da praça das Rosas, não estranhe se bater a
lembrança daquele quartinho do fundo, derrubado para dar lugar a uma churrasqueira. A
partir de agosto, a Secretaria de Serviços Públicos de Jundiaí não vai mais comprar
pedra e areia novas. Vai usar apenas material reciclado, originados das caçambas com
entulhos de obras e reformas.
A regra não vale para partes estruturais de obras, mas no restante do projeto, só entrarão
pedras e areia que saírem da usina instalada no Geresol (Centro de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos), localizado no Distrito Industrial.
Timidamente, a prefeitura já vem usando este material reciclado – construiu uma calçada
no Eloy Chaves e sarjetões no Jardim Samambaia após ter a análise do material
aprovada por um convênio com a Faculdade Anhanguera e pelo laboratório da empresa
SBR, concessionária do serviço no Geresol, dona da usina e cujo contrato termina no
próximo ano – para continuar, precisará vencer uma nova licitação.
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LOGÍSTICA REVERSA /No Geresol existem duas trituradoras, uma da SBR, empresa da
empreiteira A. Fernandes, e outra, móvel, da Soebe. A primeira tritura um passivo de
entulho amontoado há mais de três anos no local. A outra, menor, trabalha com o que é
descarregado pelos caminhões. “Finalmente conseguimos colocar em prática a logística
reversa”, afirma o gerente comercial da SBR, Henrique Bruning Araújo.
Segundo Aguinaldo Leite, secretário de Serviços Públicos, houve uma negociação com a
empresa para que o percentual da prefeitura no acordo passasse de 17,3% para 30%. “E
se isso não for suficiente, vamos licitar para comprar pedra e areias reciclados”, diz.
Esse material também é usado na recuperação de estradas rurais. E aí surgiu o primeiro
problema. Em um trabalho na região do Mato Dentro foi utilizado um lote que ainda não
havia sido processado completamente. Ontem, funcionários da prefeitura retiravam
plásticos que ficaram no caminho novo. E provocaram reclamações.
Espião denuncia se caçamba usada em obra é clandestina
Pense duas vezes antes de contratar uma caçamba clandestina (o site da prefeitura tem
a lista de empresas cadastradas). Está funcionando em Jundiaí um novo sistema de
monitoramento on-line, por meio de georeferenciamento, que aponta onde cada uma está
na cidade.
Por meio de um mapa, com fotos, a Secretaria de Serviços Públicos diferencia quais
estão regulares, em situação de regularização ou com potencial para serem
descarregadas por aí.
Esse mapeamento, mais um decreto publicado na semana passada, que passou a cobrar
as caçambas por unidade no Geresol, transformou o centro de reciclagem em um entra e
sai constante de caminhões.
Segundo o diretor de Obra, Manutenção e Resíduos da prefeitura, Gilberto Valverde, no
início do ano, em média 20 caçambas entravam no local. Agora são 100 e a meta é
atingir 200 diárias.
Para conseguir licença para uma obra particular, o engenheiro terá de calcular quantas
caçambas usará. No caso de esse material não dar entrada no centro de reciclagem, não
sai o habite-se depois. E se o entulho for jogado por aí, o dono do imóvel corre o risco de
ser processado por crime ambiental.
MAIS
Veja o que não deve ir em uma caçamba
A prefeitura planeja fazer uma campanha para ensinar as pessoas a utilizarem caçambas
para depósito de entulho. Mas quem contratá-las já deve receber orientações. Por
exemplo, nunca descarte lixo orgânico, sacolas plásticas, garrafas pet sujas, latas com
tintas (ou solventes), folhagens e pedaços de árvores. Gesso, amianto, tintas e solventes
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não devem ser descartados na mesma caçamba, pois contaminam outros materiais e
impedem a reciclagem.
5 Tipos de materiais saem da principal usina de entulho do Geresol, de areia a pedras
pequenas e grandes
E-mail é sinal de missão cumprida
Quem contrata uma caçamba é responsável pelo preenchimento do CTR (Conhecimento
de Transporte de Resíduos). E por meio dele é possível receber um e-mail depois,
quando houver o descarte no local correto. No futuro, as caçambas de Jundiaí terão
chips, como os instalados em veículos para passagem automática nos pedágios.
Fonte: http://www.redebomdia.com.br/notícia/detalhe/54078/Jundiai+rastreia+cacamba+ilegal+com+GPS
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CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
O aspecto genérico e unicamente teórico dos Planos Municipais de Gestão de Resíduos
Sólidos analisados chamou a atenção, principalmente, em relação à inexistência de
dados e de informações precisas sobre a gestão e o gerenciamento, quando cabível, dos
resíduos da construção civil e volumosos. Este fato se torna ainda mais alarmante tendo
em vista a complexidade dos temas relacionados à gestão dos RCCV que, quando
gerenciada sem a devida atenção e controle, pode não apenas comprometer os
investimentos municipais, como também representar um risco potencial á saúde da
população pela acumulação em locais proibidos que se tornam focos de vetores e
estimulam o acúmulo indevido de resíduos sólidos urbanos.
De forma mais especifica, os dados sobre a geração municipal de RCCV, quando
apresentados, não estavam acompanhados da metodologia de cálculo/estimativa
utilizada e, muitas vezes, não continham a fonte da informação.
Percebeu-se ainda, coincidências em algumas considerações levantadas no Produto 01
da Fase I, como, por exemplo, a inexistência de mecanismos de monitoramento, controle
e gestão do fluxo dos RCCV´s. em todas as etapas de gerenciamento em nível municipal
e estadual, desde o simples processo de credenciamento de caçambas até a fiscalização
e aprovação de locais para disposição final dos RCCV´s. A implantação de um sistema
de dados para os RCCV foi uma proposta recorrente em vários planos analisados.
Entretanto, nenhum dos municípios que o propôs, até o momento, deu inicio á iniciativa.
Em Porto Alegre, por exemplo, o contato realizado pelo telefone nos informou que o
motivo pela interrupção do processo foi estritamente financeiro.
Apesar de todas as deficiências verificadas, foi possível visualizar algumas iniciativas e
ideias interessantes, como por exemplo, a experiência de Jundiaí e outros 11 municípios
com a implantação de um sistema online para gestão de caçambas, dos ECOTUDOs
financiados pela prefeitura de Votuporanga- SP e do Disque Solidariedade de Curitiba-
Paraná que além de solucionar os problemas gerados pelo descarte irregular de resíduos
volumosos os materiais recolhidos são recuperados e doados a famílias carentes.
Podemos perceber então, que a RMBH e seu Colar Metropolitano compartilham muitos
dos seus gargalos com a grande maioria das 10 maiores cidades do país e que é
possível aprender com as dificuldades enfrentadas por cada uma delas bem como com o
sucesso e com os avanços na gestão dos RCCV dos últimos anos, desde a elaboração
de seus Planos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As informações apresentadas no documento foram retiradas dos Planos Municipais de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e, dependendo do caso dos Planos de Gestão
Municipal de Resíduos da construção Civil, como no caso de Brasília.
As referências serão agrupadas pela ordem que apareceram no documento e por
município para facilitar a busca e visualização.
Introdução:
- MINISTÉRIO DAS CIDADES – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Panorama dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) no Brasil. Disponível em:http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/sisnama/meio_ambiente_em_temas/panorama_ma.pdf
- IBGE População: http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#populacao
Brasília:
- CORSAP Brasília: http://www.corsapdfgo.com.br/. Nenhum documento oficial foi
publicado até o momento.
- Estabelecimento do comitê gestor de resíduos do DF: (http://www.sinj.df.gov.br/SINJ/Arquivo.ashx?id_norma_consolidado=72080)
- SLU,2015. Notícia veicula no site oficial do governo do Distrito Federal, em Julho
de 20105. . Acessado em 31/08/2105, Disponível em: http://www.df.gov.br/conteudo-Agência-brasilia/item/20095-entulho-da-constru%C3%A7%C3%A3o-civil-ter%C3%A1-destino-certo-em-bras%C3%ADlia.html
São Paulo:
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/arquivos/PGIRS-2014.pdf
- Contrato celebrado com o Consórcio SOMA Soluções e Meio Ambiente em 10 de Novembro de 2011 para o agrupamento Sudeste do município de São Paulo: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arquivos
- Contrato celebrado com a Consórcio São Paulo Ambiental S/A em 10 de
Novembro de 2011 para o agrupamento Noroeste do município de São Paulo:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arquivos
Curitiba:
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos: informações disponíveis em : http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos/6 e também no endereço http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.
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- Modelo de (MTR) Manifesto de Transporte de resíduos de Curitiba, regulamentado pele Decreto Municipal 609, de 2008. (http://www.sindusconpr.com.br/principal/home/?sistema=conteudos%7Cconteudo&id_conteudo=1960)
- Fundaçao Ação Social do Município de Curitiba:
http://www.fas.curitiba.pr.gov.br/notícia.aspx?idf=1447
Porto Alegre:
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos: informações disponíveis em http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=161
- (PERS- RS, 2015). Plano Estadual Rio grande do Sul: http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html) .
- Empresa responsavel pela Elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul: (http://www.engebio.net/).
- Informações sobre o processo de elaboração do Plano Estadual de resíduos do RS: http://www.rs.gov.br/lista/707/meio-ambiente, e http://www.pers.rs.gov.br/
- Lei Municipal 10.847/2010 que Institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Município de Porto Alegre: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgi-bin/nph-brs?s1=000030975.DOCN.&l=20&u=/netahtml/sirel/simples.html&p=1&r=1&f=G&d=atos&SECT1=TEXT
- Ecopontos Porto Alegre: disponíveis para consulta no site da prefeitura municipal; http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=291
- Novo Código de Limpeza Urbana do município de Porto Alegre aprovado em Dezembro de 2013 (http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=169)
- Lei Complementar, nº 728 de 08 de Janeiro de 2014: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgi-bin/nph-brs?s1=000033832.DOCN.&l=20&u=%2Fnetahtml%2Fsirel%2Fsimples.html&p=1&r=1&f=G&d=atos&SECT1=TEXT
Palmas:
- Plano municipal de resíduos do município de Palmas: http://portal.palmas.to.gov.br/média/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_04_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf
Fortaleza:
- Plano municipal de resíduos do município de Fortaleza http://portal.palmas.to.gov.br/média/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_04_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf
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- Manual de orientação para controle e fiscalização do transporte de resíduos: http://www.fortaleza.ce.gov.br/sites/default/files/manualdeorientcaofiscalizacaov2.pdf.
- LIMA, 2006. Artigo Técnico. Caracterização e classificação dos resíduos de construção civil da cidade de Fortaleza (CE). Acessado em 31/08/2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/esa/v18n2/a09v18n2
Anexos:
- Consórcio Cimasas: http://www.brazopolis.mg.gov.br/notícias.php?notícia=493)
- Projeto Bota-fora: SBC Valorização de Resíduos, http://www.sbcvr.com.br/cidadao-bota-fora-taboao.
- Portal SAC Limpeza Urbana de São Bernardo do Campo: http://www.sbclimpeza.com.br/envie-sua-solicitacao/servico/3/postura-inadequada-da-equipe
- Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Bernardo do Campo, SP, dez 2010, página 121/165, acesso em Agosto de 2014, (disponível em: http://www.saobernardo.sp.gov.br/dados2/residuo/plano/Plano%20Municipal%20de%20Res%C3%ADduos%20S%C3%B3lidos-SBC.pdf)
- Rede de Ecopontos implantados em São Bernardo do Campo, SP: Plano Municipal de Resíduos Sólidos de São Bernardo do Campo, SP, dez 2010, página 121/165, acesso em Agosto de 2014, (disponível em: http://www.saobernardo.sp.gov.br/dados2/residuo/plano/Plano%20Municipal%20de%20Res%C3%ADduos%20S%C3%B3lidos-SBC.pdf)
- Wallpaper para comunicação e sensibilização da população quanto aos resíduos
volumosos elaborado pela SBC Valorização de Resíduos em parceria com a
Prefeitura de São Bernardo do Campo: SBC Valorização de Resíduos:
http://www.sbcvr.com.br/educacao-Wallpaper.
- Ecotudo Votuporanga:
http://www.votuporanga.sp.gov.br/n/indice/?q=ecotudo&t=0&s=
- Apresentação proferida por Luís Gustavo Vilella, Sec. Meio Ambiente do Município
de Votuporanga durante o II Congresso Brasil Alemanha, em Junho de 2014 em
Florianópolis. Disponível em:
http://www.congressobrasilalemanha.com.br/palestras
- Consimares: Consórcio Região Metropolitana de Campinas:
http://consimares.com.br/página/página.aspx?página=5
- Orçamento Consimares, 2014. Receitas- Folha 1 de 2:
http://www.consimares.com.br/consimares/util/arquivos/arquivos/Anexo%202%20-
%20Receitas%202014.pdf.
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- Notícia encaminhada via e-mail pela Diretora do Departamento da Secretaria de
Meio Ambiente do município de Hortolândia, veiculada em 17 de Maio de 2013.
Disponível em:
http://portalhortolandia.dihitt.com/n/empregos/2013/05/20/hortolandia-e-modelo-
para-o-pais-na-gestao-de-residuos-solidos-afirma-superintendente-do-consimares
- Materiais de entrada da Usina de Reciclagem de Entulho (URE) Osasco:
http://issuu.com/inaccidadania/docs/portf_lio/5?e=0
Todos os Planos citados estão disponíveis na íntegra para consulta na pasta de arquivo
compartilhada do DropBOX e, ao final do projeto, irão compor a Biblioteca de
Documentos cuja cópia será encaminhada à ARMBH e demais partes envolvidas no
projeto.