70
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios do Barreiro

Caderno I – Diagnóstico

Page 2: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra

Incêndios do Barreiro

Caderno I – Diagnóstico

Câmara Municipal do Barreiro

Responsabilidade da elaboração: Comissão Intermunicipal de

Defesa da Floresta Barreiro e Moita

Este plano é financiado pelo Fundo Florestal Permanente

Março de 2014

Page 3: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

i

Índice

Índice de Figuras................................................................................ iii

Índice de Quadros .............................................................................. v

Acrónimos ......................................................................................... 6

1 – Caracterização física...................................................................... 1

1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho .................................... 1

1.2 Hipsometria ........................................................................... 3

1.3 Declive .................................................................................. 5

1.4 Exposição .............................................................................. 7

1.5 Hidrografia............................................................................. 9

2 – Caracterização climática .............................................................. 11

2.1 Temperatura do ar ................................................................ 11

2.2 Humidade relativa do ar ........................................................ 13

2.3 Precipitação ......................................................................... 13

2.4 Vento .................................................................................. 14

3 – Caracterização da população ........................................................ 18

3.1 População residente e densidade populacional .......................... 18

3.2 Índice de Envelhecimento ...................................................... 20

3.3 População por sector de actividade .......................................... 22

3.4 Taxa de analfabetismo........................................................... 24

3.5 Romarias e festas ................................................................. 26

4 –Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais .............. 28

4.1 Uso e Ocupação Solo ............................................................. 28

4.2 Povoamentos florestais .......................................................... 31

4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal .............. 34

4.4 Instrumentos de gestão florestal ............................................. 36

4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca ................................... 38

5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais ................. 40

5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição Anual ....... 40

5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal ........ 45

5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal ...... 47

5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária .......... 49

5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária ........ 51

5.6 Área ardida em espaços florestais ........................................... 53

5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de extensão 55

5.8 Pontos de início e causas ....................................................... 57

Page 4: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

ii

5.9 Fontes de alerta ................................................................... 58

6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha) .......................................... 61

Page 5: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

iii

Índice de Figuras

Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico do Barreiro. ...................... 2

Figura 2: Mapa hipsométrico. ............................................................... 4

Figura 3: Mapa de Declives. ................................................................. 6

Figura 4: Mapa de Exposições. ............................................................. 8

Figura 5: Mapa hidrográfico. .............................................................. 10

Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade

populacional (2011) do concelho do Barreiro. ....................................... 19

Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho do

Barreiro. ......................................................................................... 21

Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho

do Barreiro. ..................................................................................... 23

Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho do

Barreiro. ......................................................................................... 25

Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho do Barreiro. ............ 27

Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo. ........................................ 29

Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho do Barreiro. .... 32

Figura 13: Mapa das áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal

do Concelho do Barreiro. ................................................................... 35

Figura 14: Mapa de instrumento de planeamento florestal do Concelho do

Barreiro. ......................................................................................... 37

Figura 15: Mapa de zonas de recreio florestal, caça e pesca do Concelho do

Barreiro. ......................................................................................... 39

Figura 16: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho do Barreiro................... 41

Figura 17: Distribuição anual da área ardida e do número de ocorrências no

período de 2003 a 2012. ................................................................... 42

Figura 18: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e

média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 43

Figura 19: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e

média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 44

Figura 20: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em

2012 e média 2003-2011. ................................................................. 46

Figura 21: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em

2012 e média de 2003 a 2011. .......................................................... 48

Page 6: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

iv

Figura 22: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do

nº de ocorrências. ............................................................................ 50

Figura 23: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências. ..... 52

Figura 24: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).

..................................................................................................... 54

Figura 25: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de

extensão (2008-2012). ..................................................................... 56

Figura 26: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta ............. 59

Figura 27: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta ... 60

Page 7: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

v

Índice de Quadros

Quadro 1: Freguesias do Concelho do Barreiro ....................................... 1

Quadro 2: Temperaturas. .................................................................. 12

Quadro 3: Humidade Relativa. ........................................................... 13

Quadro 4: Precipitação. ..................................................................... 14

Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. ...................................... 14

Quadro 6: Vento. ............................................................................. 16

Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. ........... 17

Quadro 8: População residente, por local de residência.......................... 18

Quadro 9: Índice de envelhecimento. .................................................. 20

Quadro 10: População por sector de actividade. ................................... 22

Quadro 11: Taxa de analfabetismo. .................................................... 24

Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho do Barreiro. ........................ 26

Quadro 13: Uso do Solo. ................................................................... 30

Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho do Barreiro. . 33

Page 8: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

vi

Acrónimos

AML Área Metropolitana de Lisboa BV Bombeiros Voluntários BVB Bombeiros Voluntários do Barreiro BVSS Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste CMB Câmara Municipal do Barreiro CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro CIDF Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta DFCI Defesa da Floresta Contra Incêndios DGRF Direcção Geral de Recursos Florestais FGC Faixas de Gestão de Combustível GTF Gabinete Técnico Florestal GTFi Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal GNR Guarda Nacional Republicana ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas IGeoE Instituto Geográfico do Exercito IGP Instituto Geográfico Português INE Instituto Nacional de Estatística JF Juntas de Freguesia LEE Locais Estratégicos de Estacionamento PGF Plano de Gestão Florestal

PIDFCI Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

PMDFCI Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios PNDFCI Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios PSP Polícia de Segurança Pública PV Postos de Vigia RPA Rede de Pontos de Água RVF Rede Viária Florestal SEPNA Serviço de Protecção da Natureza SMPC Serviço Municipal de Protecção Civil SGIF Sistema de Gestão de Incêndios Florestais ZIF Zona de Intervenção Florestal ZPE Zona de Protecção Especial

Page 9: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

vii

Page 10: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

1

1 – Caracterização física

1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho

O concelho do Barreiro insere-se na Área Metropolitana de Lisboa – AML,

está localizado no distrito de Setúbal, integrando-se na Península de

Setúbal. Com uma superfície de aproximadamente 36,39 km 2.

Encontra-se representado nas folhas nº: 431, 432, 442, 443 e 454 da Carta

Militar de Portugal.

Está organizado administrativamente em Quatro freguesias: União das

freguesias de Palhais e Coina, Santo António da Charneca, União das

freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena e União das

freguesias de Barreiro e Lavradio.

A Norte os limites do concelho confinam com o estuário do Tejo; a Oeste

com o Rio Coina e concelho do Seixal; a Sul com os concelhos Sesimbra,

Setúbal e Palmela e a Este com o Rio Tejo, concelho da Moita e Palmela. O

concelho do Barreiro encontra-se sob a jurisdição do Departamento de

Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo no que diz

respeito á administração Florestal.

Distrito (DT) Concelho (CC) Freguesia (FR) Designação 15 1504 150407 Santo António da Charneca

15 1504 150409 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena

15 1504 150410 União das freguesias de Barreiro e Lavradio

15 1504 150411 União das freguesias de Palhais e Coina

Quadro 1: Freguesias do Concelho do Barreiro Fonte: Instituto Nacional de Estatística (http://www.ine.pt)

Page 11: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

2

Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico do Barreiro.

Fonte: IGeoE.

1

Page 12: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

3

1.2 Hipsometria

A geologia do concelho é caracterizada por camadas sedimentares de

areias, grés, argilas, margas e calcários, todas pertencentes a formações

geológicas de origem marinha dos períodos mais recentes da Era Terciária

(Miocénio e Pliocénio) ou esporadicamente, por camadas de areias soltas e

lodos da Era Quaternária (várzea do Rio Coina).

Este tipo de terreno permite a infiltração e retenção das águas, daí a

abundância de águas subterrâneas, as quais são a única fonte de

abastecimento doméstico, industrial e agrícola do concelho. No que respeita

á altimetria do concelho do Barreiro, como se pode constatar no mapa

hipsométrico, verifica-se que não existem cotas de zona elevada,

encontrando-se a área do município inserida no andar altimétrico

compreendido entre os 10m e os 70m , sendo por isso a altitude verificada

no concelho um vector de pouca importância no que concerne a implicações

D.F.C.I.

Page 13: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

4

Figura 2: Mapa hipsométrico.

Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.

2

Page 14: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

5

1.3 Declive

A análise do mapa de declives permite constatar que o concelho do Barreiro

possui um relevo pouco acidentado, na sua maioria inferior a 10 graus.

A distribuição de declives ao nível da paisagem reveste-se de grande

importância uma vez que o declive constitui um dos elementos topográficos

que mais afectam a propagação do fogo (Velez , 2005 e Viegas 2006 ),o

efeito do declive nas características de uma frente de chamas resulta do

facto de as correntes de convecção induzidas pelo fogo em declives

acentuados transmitem calor aos combustíveis que se encontram a jusante,

reduzindo-lhes o teor de humidade, o que leva ao aumento na velocidade

de propagação.

Por outro lado, nos casos em que o fogo se encontra a subir uma encosta a

frente de chamas inclina-se para o combustível ainda não queimado,

levando a que este reduza rapidamente o seu teor de humidade devido á

transmissão de calor por radiação, o que se traduz numa maior rapidez na

ignição dos combustíveis e, consequentemente, no aumento da velocidade

de propagação. Assim dadas as condições de declives existentes no

concelho do Barreiro, verifica-se não haver relevância D.F.C.I por parte

deste elemento.

Page 15: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

6

Figura 3: Mapa de Declives.

Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.

3

Page 16: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

7

1.4 Exposição

As exposições do terreno constituem um factor importante a ter em conta

na análise do comportamento do fogo, não só por afectarem a

produtividade dos terrenos, ou seja a sua capacidade de acumulação de

combustíveis, como também por influenciarem as variações climáticas

verificadas ao longo do dia. O ângulo dos raios solares influencia

directamente a temperatura e a humidade dos combustíveis vegetais, assim

como, a direcção dos ventos locais que se mostram ascendentes durante o

dia e descendentes á noite.

No concelho do Barreiro as exposições sul, são as vertentes mais quentes,

apresentando contudo pouca representatividade.

Assim, no concelho do Barreiro não existem relevantes implicações D.F.C.I.

em relação á exposição em nenhuma das freguesias rurais onde existem

parcelas florestais.

Page 17: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

8

Figura 4: Mapa de Exposições.

Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.

3

4

Page 18: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

9

1.5 Hidrografia

No Barreiro encontramos dois tipos de bacias hidrográficas: as urbanas e as

rurais. As primeiras, de reduzida dimensão, correspondem à freguesia do

Barreiro e Lavradio e caracterizam-se pelo baixo índice de permeabilidade

do solo.

As segundas, são compostas por terrenos permeáveis e distribuem-se

predominantemente pelo sul do concelho. Neste conjunto destacam-se as

seguintes linhas de água principais: Rio Coina, Ribeiro do Vale de Zebro,

Vala do Vale do Grou e Vala de Alhos Vedros.

Todas estas linhas de água, com excepção para o carácter perene do Rio

Coina e do Rio Tejo, apresentam escoamento intermitente com caudais

muito reduzidos ou mesmo secos no Verão, embora em zonas que não têm

implicações D.F.C.I, assim como toda a restante área do concelho.

A proximidade do Rio Tejo influencia o escoamento do Rio Coina,

condicionando-o em função da maré.

Page 19: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

10

Figura 5: Mapa hidrográfico.

Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.

5

Page 20: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

11

2 – Caracterização climática

Para a caracterização climática foram utilizadas as Normais Climatológicas

do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, com um período de cálculo

de 30 anos (1961-1990), onde a estação utilizada foi Lisboa/Portela (nº.

536).

2.1 Temperatura do ar

Realça-se que de Junho a Setembro as temperaturas médias mensais

ultrapassam os 20ºC, sendo Agosto o mês com temperatura média mensal

mais elevada, registando 22,5ºC.

Quanto às temperaturas máximas diárias, situam-se essencialmente nos

meses de Verão destacando-se Junho com 43ºC.

Em relação às temperaturas mínimas diárias é importante destacar o facto

de que, de um modo geral, nos meses de verão existem dias com mínimas

superiores a 15ºC, o que em termos de DFCI implica que os combustíveis

não conseguem arrefecer durante a noite.

Page 21: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

12

Quadro 2: Temperaturas. Fonte: Instituto de Meteorologia

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Valor Extremo da Temp.Mínima no Período(°C) -1.6 -2.0 1.8 2.8 6.0 9.2 11.0 12.0 9.6 5.8 2.2 -0.8

Valor da Média da Temperatura Mínima (°C) 7.2 7.8 8.6 10.0 12.1 14.8 16.5 16.8 16.0 13.5 10.0 7.6

Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0

Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0

Média das máximas 14.3 15.2 17.2 18.9 21.6 25.1 27.4 28.2 26.4 22.4 17.5 14.5

Valores máximos 19.6 22.8 26.7 29.2 35.7 43.0 40.0 39.0 38.0 33.4 28.0 20.8

-5.0

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

35.0

40.0

45.0

50.0

ºC

Valores de temperatura do ar no concelho do Barreiro(Normais Climatológicas 1961-1990)

Page 22: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

13

2.2 Humidade relativa do ar

A Humidade relativa média é consideravelmente elevada, uma vez que se

apresenta superior a 50%, derivado da proximidade com o litoral. Os meses

com humidade relativa média mais baixa são os de Verão, nomeadamente

Junho, Julho e Agosto, sendo que Julho apresenta o valor mais baixo, com

50%, registado às 15h.

Quadro 3: Humidade Relativa. Fonte: Instituto de Meteorologia

2.3 Precipitação

Os meses com maior precipitação são, naturalmente os de Inverno, sendo

Janeiro e Novembro os que apresentam maiores valores Totais.

Quanto às máximas diárias existem dois picos de precipitação, em Março e

Novembro.

Denotou-se menor precipitação no mês de Julho, com uma precipitação

total de 3.1mm.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

9h 85 82 78 75 72 71 68 69 73 79 83 85

15h 73 68 61 61 59 56 50 49 52 62 70 74

0

20

40

60

80

100

%

Humidade relativa mensal no concelhodo Barreiro às 9h e 15h (1961-1990)

Page 23: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

14

0.00

10.00

20.00

30.00

40.00N

NE

E

SE

S

SW

W

NW

Frequencias médias acumuladas(%)(Normais Climatológicas 1961-1990)

F(%)

Quadro 4: Precipitação. Fonte: Instituto de Meteorologia

2.4 Vento

As direcções preferenciais do vento são Norte e Noroeste.

Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. Fonte: Instituto de Meteorologia

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Total 104.3 98.1 74.6 55.8 38.6 21.2 3.1 5.4 21.9 64.1 102.0 96.8

Máx. (diaria) 75.8 57.5 94.4 37.9 35.2 36.2 16.0 36.4 43.6 77.0 115.4 84.6

0.0

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

120.0

140.0

mm

Precipitação mensal no concelho do Barreiro (1961-1990)

F(%) N 32.89 NE 11.33 E 8.58 SE 2.38 S 3.64 SW 9.13 W 12.23 NW 16.35

Page 24: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

15

A velocidade média do vento mais elevada regista-se em Agosto sendo de

22,8Km/h, em termos de DFCI este facto tem relevância, uma vez que esta

velocidade registada, coincide com uma precipitação uma reduzida, Agosto

é o mês com humidade relativa mais baixa e encontra-se inserido nos

meses em que as temperaturas são mais elevadas. Esta combinação produz

um conjunto de factores climáticos favoráveis à deflagração e propagação

de incêndios florestais, uma vez que a carga combustível se encontra pouco

hidratada.

Quanto à velocidade média diária do vento, salienta-se que de modo geral

as mais elevadas nos meses de Verão são do quadrante Norte,

ultrapassando os 20Km/h.

Page 25: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

16

N NE E SE S SW W NW C

f (%) v (km/h) f (%) v

(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v

(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v

(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v

(km/h) f

Janeiro 19.4 15.5 17.9 11.4 12.7 9.8 2.8 10.4 4.5 19.2 10.6 21.4 12.7 16.0 12.6 15.7 6.8 Fevereiro 24.5 18.0 14.1 12.0 10.7 10.9 3.2 12.4 5.4 17.1 10.6 21.3 14.4 18.1 13.1 16.6 4.0 Março 31.9 20.0 12.0 13.5 10.5 11.8 3.1 12.7 3.1 14.9 8.7 17.9 11.3 13.8 16.4 16.6 3.1 Abril 32.3 20.3 9.5 13.5 7.9 12.2 2.2 11.6 4.1 17.5 9.5 19.1 14.5 14.7 17.9 18.0 2.2 Maio 36.4 20.8 6.1 14.4 4.4 11.6 1.2 11.3 2.6 18.5 10.8 18.8 14.1 15.1 23.4 18.6 0.9 Junho 39.2 21.2 3.7 12.3 3.8 9.4 1.1 8.8 2.3 16.5 10.8 17.7 13.7 15.1 24.1 20.0 1.4 Julho 48.2 22.4 4.2 12.5 4.2 9.1 0.9 7.3 1.5 13.0 5.9 15.2 11.6 14.7 22.0 20.0 1.4 Agosto 54.3 22.8 4.5 13.1 3.2 10.8 1.3 8.8 0.9 11.9 5.8 16.1 9.0 14.1 19.6 21.0 1.4 Setembro 36.8 19.3 6.8 11.0 7.3 9.1 2.2 9.6 3.3 15.0 10.3 17.9 12.7 13.4 17.4 18.4 3.3 Outubro 28.2 17.6 12.7 11.1 10.3 9.8 3.4 10.8 6.7 15.7 9.0 16.9 11.9 14.0 13.0 16.1 4.9 Novembro 24.9 15.8 20.2 10.7 13.5 9.2 3.7 12.4 4.6 16.2 7.7 18.8 9.2 14.6 9.4 15.0 6.8 Dezembro 18.6 15.3 24.2 11.4 14.4 10.0 3.4 12.2 4.7 19.9 9.8 20.3 11.7 16.4 7.3 14.8 6.0 (Normais Climatológicas 1961-1990) C= situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 km/h Quadro 6: Vento. Fonte: Instituto de Meteorologia

Page 26: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

17

Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. Fonte: Instituto de Meteorologia

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

N 15.5 18.0 20.0 20.3 20.8 21.2 22.4 22.8 19.3 17.6 15.8 15.3

NE 11.4 12.0 13.5 13.5 14.4 12.3 12.5 13.1 11.0 11.1 10.7 11.4

E 9.8 10.9 11.8 12.2 11.6 9.4 9.1 10.8 9.1 9.8 9.2 10.0

SE 10.4 12.4 12.7 11.6 11.3 8.8 7.3 8.8 9.6 10.8 12.4 12.2

S 19.2 17.1 14.9 17.5 18.5 16.5 13.0 11.9 15.0 15.7 16.2 19.9

SW 21.4 21.3 17.9 19.1 18.8 17.7 15.2 16.1 17.9 16.9 18.8 20.3

W 16.0 18.1 13.8 14.7 15.1 15.1 14.7 14.1 13.4 14.0 14.6 16.4

NW 15.7 16.6 16.6 18.0 18.6 20.0 20.0 21.0 18.4 16.1 15.0 14.8

0.0

5.0

10.0

15.0

20.0

25.0

Distribuição da velocidade média do vento por meses (Km/h)(Normais Climatológicas 1961-1990)

Page 27: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

18

3 – Caracterização da população

3.1 População residente e densidade populacional

População residente (N.º) por Local de residência

Período de referência dos dados

1991 2001 2011

Local de residência N.º N.º N.º

Santo António da Charneca 10376 10983 11536 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 48505 43355 41760

União das freguesias de Barreiro e Lavradio 23855 21874 21877

União das freguesias de Palhais e Coina 3032 2800 3591 Quadro 8: População residente, por local de residência. Fonte: INE

Observa-se que a freguesia com menos população é a União das freguesias

de Palhais e Coina, enquanto a demograficamente maior é a União das

freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, embora se

tenha verificado um decréscimo do número de residentes. As freguesias

urbanas são, de um modo geral mais populacionais do que as rurais.

Page 28: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

19

Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade populacional (2011) do concelho do Barreiro.

Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita

6

200 - 1000

1001 - 2500

2501 - 4000

4001 - 8000

Page 29: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

20

3.2 Índice de Envelhecimento

Índice de envelhecimento (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011);

Decenal (1) Período de referência dos dados

2001 2011

Local de residência N.º N.º

Santo António da Charneca 71.9 101 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 403.2 553.8

União das freguesias de Barreiro e Lavradio 280.4 331 União das freguesias de Palhais e Coina 227.3 228.9

Quadro 9: Índice de envelhecimento. Fonte: INE

De um modo geral a freguesia com um índice de envelhecimento inferior é,

St. António da Charneca, enquanto a União das freguesias de Alto do

Seixalinho, Santo André e Verderena é a que tem um índice maior.

Page 30: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

21

Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho do Barreiro.

Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita

7

Page 31: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

22

3.3 População por sector de actividade

A evolução da distribuição da população do concelho por sectores de

actividade, onde se constata, a evolução crescente da população activa no

sector terciário, em contraste com a residual actividade no sector primário.

População empregada (N.º) por Local de residência e Sector de actividade económica

Período de referência dos dados

2011

Sector primário

Sector secundário

Sector terciário

Local de residência N.º N.º

Santo António da Charneca 22 975 3702 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 23 2971 12955 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 17 1622 7071 União das freguesias de Palhais e Coina 6 346 1188

Quadro 10: População por sector de actividade. Fonte: INE

Page 32: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

23

Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho do Barreiro.

Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita

8

0.47%

20.75%

78.78%

0.14%

18.63%

81.23%

0.39%

22.45%

77.14%

0.19%

18.62%

81.18%

Page 33: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

24

3.4 Taxa de analfabetismo

Taxa de analfabetismo (%) por Local de residência (à data dos Censos 2011) e

Sexo; Decenal Período de referência dos dados 1991 2001 2011

Local de residência % % %

Santo António da Charneca 6.89 6.98 4.57 União das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena 15.84 15.97 10.06

União das freguesias de Barreiro e Lavradio 12.05 10.24 6.1

União das freguesias de Palhais e Coina 25.97 20.69 11.08 Quadro 11: Taxa de analfabetismo. Fonte: INE

Denota-se um grande decréscimo na taxa de analfabetismo em todas

as freguesias do concelho do Barreiro, ao logo do período de

referencia dos dados.

Page 34: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

25

Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho do Barreiro.

Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita

9

Page 35: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

26

Em relação á caracterização da população no concerne ás implicações

D.F.C.I é notória a necessidade premente de serem efectuadas acções de

sensibilização diferenciada entre as freguesias rurais e as freguesias

urbanas, sendo que nas primeiras deverão ser transmitidas orientações á

população nomeadamente no que diz respeito uso de queimadas e também

á queima de sobrantes, nas segundas deverão ser transmitidos os cuidados

a ter principalmente em pic-nics.

Existe também a necessidade de manter e reforçar a fiscalização por parte

das entidades que detêm essa responsabilidade.

3.5 Romarias e festas

Mês de realização

Dia de início/fim Freguesia Lugar Designação Observações

Agosto 10 - 19 Barreiro Festas do Barreiro

Jul/Ago 27/7 – 5/8 Lavradio Largo do Mercado

Animação de Verão

Junho 29 e 30 Palhais Escola

Primária Santos

Populares

Julho 5 - 8 Coina Largo do Mercado

Festas de Coina

Junho 15 – 24 St. André

Espaço envolvente à

Escola Secundária

Festas de St. André

Maio 25 – 27 Verderena Escola n.º7 do Barreiro

Festas da Verderena

Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho do Barreiro. Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita

Em termos de DFCI é necessário adoptar alguma sensibilização para

as populações rurais, uma vez que a maioria das festas em freguesias

rurais coincide com os meses de verão. É importante direccionar a

fiscalização também para estas festas.

Page 36: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

27

Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho do Barreiro.

Fonte: IGeoE - GTF Barreiro/Moita

10

Page 37: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

28

4 –Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais

4.1 Uso e Ocupação Solo

Em relação á ocupação do uso do solo podemos verificar que a

predominância da existência de espécies com pouca capacidade de

resiliência existentes na Mata Nacional da Machada representam, no

concelho implicações D.F.C.I bastante significativas. A freguesia de Palhais

e Coina, apresenta também dados preocupantes devido ao facto de ser

povoada essencialmente por Eucaliptal e Pinheiro Bravo.

Page 38: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

29

Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo.

Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita - Corine Land Cover.

11

Page 39: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

30

Uso e ocupação

do solo (ha)

áreas de extracção mineira

Agricultura com

espaços naturais

Culturas anuais

associadas ás culturas

permanentes

Culturas anuais

de regadio

Culturas anuais

de sequeiro

Espaþos florestais

degradados. cortes e novas

plantações

Estuários Florestas

de resinosas

Industria. comércio e

equipamentos gerais

Pomares Salinas Sapais

Sistemas culturais e parcelares complexos

Tecido urbano

contínuo

Tecido urbano

descontínuo

Freguesia Santo António da Charneca 0 767.92 0 0 767.92 767.92 0 767.92 0 0 0 0 767.92 0 767.92 União das freguesias de Alto do Seixalinho. Santo André e Verderena 0 291.4 0 0 467.19 0 346.3 0 230.69 0 0 0 0 522.09 522.09 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 0 0 0 0 281.72 0 588.37 0 588.37 0 588.37 0 0 588.37 588.37 União das freguesias de Palhais e Coina 669.49 1298.65 1298.65 669.49 0 1298.65 1298.65 1298.65 0 1298.65 0 669.49 1298.65 0 1298.65

Total 669.49 2357.97 1298.65 669.49 1516.83 2066.57 2233.32 2066.57 819.06 1298.65 588.37 669.49 2066.57 1110.46 3177.03

Quadro 13: Uso do Solo. Fonte: Corine Land Cover

Page 40: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

31

4.2 Povoamentos florestais

A maior área florestal do Concelho é composta pela consorciação de

espécies, nomeadamente eucalipto, pinheiro bravo, pinheiro manso e

sobreiro.

Page 41: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

32

Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho do Barreiro.

Fonte: GTF Barreiro/Moita.

12

Page 42: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

33

Freguesia Eucalipto Outras folhosas

Pinheiro manso

Pinheiro bravo Sobreiro

Área florestal

total (ha)

Santo António da Charneca 3.40 32.15 8.13 77.51 19.45 140.64 União das freguesias de Alto do Seixalinho. Santo André e Verderena 6.42 10.56 1.25 12.58 21.12 51.93 União das freguesias de Barreiro e Lavradio 0.00 4.38 0.00 0.00 4.96 9.35 União das freguesias de Palhais e Coina 74.89 21.74 12.22 482.23 47.86 638.95 Total 84.71 68.84 21.59 572.32 93.40 840.86 Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho do Barreiro. Fonte: GTF Barriero/Moita.

Page 43: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

34

4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal

No concelho do Barreiro a Mata Nacional da Machada apresenta uma

perigosidade de Incêndio elevada, devido ao facto de possuir espécies em

grande número com baixa resiliência como é o caso do Pinheiro Bravo,

embora os episódios de incêndio não sejam muito frequentes, é importante

a sua preservação pois representa um Património inestimável para o

concelho.

Page 44: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

35

Figura 13: Mapa das áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal do Concelho do Barreiro.

Fonte: GTF Barreiro/Moita

13

Page 45: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

36

4.4 Instrumentos de gestão florestal

No concelho do Barreiro existe um Plano de Gestão Florestal na Mata

Nacional da Machada, sob a responsabilidade do ICNF.

Page 46: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

37

Figura 14: Mapa de instrumento de planeamento florestal do Concelho do Barreiro.

Fonte: GTF Barreiro/Moita

14

Page 47: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

38

4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca

No que diz respeito às zonas de recreio florestal, existe somente o

parque de merendas, situado na Mata Nacional da Machada, que até

à data não teve qualquer influência em termos de DFCI. Contudo o

referido parque deveria ter painéis informativos, bem como materiais

de primeira intervenção no caso de existir alguma ignição, ou

projecção para fora dos fogareiros.

Page 48: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

39

Figura 15: Mapa de zonas de recreio florestal, caça e pesca do Concelho do Barreiro.

Fonte: GTF Barreiro/Moita

15

Barreiro

Page 49: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

40

5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais

5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição

Anual

Pode verificar-se que no concelho do Barreiro, para o período dos últimos

10 anos, o ano mais crítico, em termos de área ardida, foi 2008 com um

total de área ardida de 32.7ha.

Em relação ao número de ocorrências podem observar-se três picos,

correspondentes aos anos de 2004, 2006 e 2007 com 91, 82 e 86

ocorrências respectivamente. Não sendo possível no entanto prever a

existência de ciclos.

Quanto à distribuição da área ardida, do número de ocorrências em 2012 e

a média do quinquénio de 2007 a 2011, por freguesia, verifica-se que a

área ardida em 2012 é superior à média do quinquénio nas freguesias de

Santo António da Charneca e na União das freguesias de Alto do Seixalinho,

Santo André e Verderena, sendo especialmente inferior na União das

freguesias de Palhais e Coina.

Em relação ao número de ocorrências, é mais elevado em 2012 do que na

média do quinquénio na União das freguesias de Barreiro e Lavradio. Em

termos de DFCI deverá ter-se especial atenção à União das freguesias de

Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena pelo elevado número de

ocorrências e à de St. António da Charneca pela área ardida

De um modo geral todos os incêndios progrediram de acordo com os ventos

dominantes no concelho do Barreiro, relativamente ao declive, este não

teve especial relevância, bem como as exposições ou a ocupação do solo.

Page 50: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

41

Figura 16: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho do Barreiro.

Fonte: IGeoE – GTF Barreiro e Moita

16

Page 51: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

42

Figura 17: Distribuição anual da área ardida e do número de ocorrências no período de 2003 a 2012.

Fonte: SGIF.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Àrea ardida 4.1742 5.4993 7.8217 5.0759 12.2328 32.7005 8.4654 18.041 5.4749 11.09

N.º Ocorrências 11 91 61 82 86 74 46 60 56 66

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0

5

10

15

20

25

30

35

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a A

rdid

a

Área ardida e número de ocorrências – Distribuição anual

Àrea ardida

N.º Ocorrências

Page 52: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

43

Figura 18: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.

Fonte: SGIF

Santo António da Charneca

União das freguesias de Alto do

Seixalinho, Santo André e Verderena

União das freguesias de Barreiro e

Lavradio

União das freguesias de Palhais e Coina

Àrea ardida (média) 3.54812 0.31296 0.38574 11.1361

Àrea ardida 2012 9.6449 1.0866 0.1585 0.2

N.º de Ocorrências (média) 14.2 25 11.2 14

N.º de Ocorrências 2012 14 23 16 13

0

5

10

15

20

25

30

0

2

4

6

8

10

12

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências por freguesia - média (2007/2011) e 2012

Àrea ardida (média)

Àrea ardida 2012

N.º de Ocorrências (média)

N.º de Ocorrências 2012

Page 53: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

44

Figura 19: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.

Fonte: SGIF

Santo António da CharnecaUnião das freguesias de Alto do Seixalinho, Santo André e

Verderena

União das freguesias de Barreiro e Lavradio

União das freguesias de Palhais e Coina

Àrea ardida Povoamento média 0.79994 0 0.008 7.3322

Àrea ardida Mato média 1.20054 0.18522 0.32924 2.84248

Àrea ardida Agricola média 1.69158 0.12774 0.0485 0.96142

Àrea ardida Povoamento 2012 1.05 0 0 0

Àrea ardida Mato 2012 8.519 0.2725 0.0575 0.065

Àrea ardida Agricola 2012 0.0759 0.8141 0.101 0.135

N.º Ocorrências Povoamento média 1 0 0.2 2.4

N.º Ocorrências Mato média 8.6 15 5.6 9.8

N.º Ocorrências Agricola média 4.8 9.6 5 2.6

N.º Ocorrências Povoamento 2012 2 0 0 0

N.º Ocorrências Mato 2012 6 16 6 4

N.º Ocorrências Agricola 2012 8 7 10 9

024681012141618

0123456789

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências por freguesia por espaços florestais -média (2007/2011) e 2012

Àrea ardida Povoamento médiaÀrea ardida Mato média

Àrea ardida Agricola média

Àrea ardida Povoamento 2012

Àrea ardida Mato 2012

Àrea ardida Agricola 2012

N.º Ocorrências Povoamento médiaN.º Ocorrências Mato média

N.º Ocorrências Agricola média

N.º Ocorrências Povoamento 2012

Page 54: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

45

5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal

Em relação à distribuição mensal da área ardida e do número de

ocorrências, no ano de 2012 e a média dos anos 2003 a 2011, verifica-se

que a área ardida em 2012 é sempre menor do comparativamente com a

média, com excepção do mês de Agosto. Em termos de DFCI salienta-se

que o número de ocorrências é de um modo geral superior à média,

exceptuando nos meses de Julho, Outubro, Novembro e Dezembro.

Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção os meses de

Junho, Julho e Agosto, tanto no que diz respeito à vigilância como à

fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências incide nesses

meses

Page 55: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

46

Figura 20: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média 2003-2011.

Fonte: SGIF

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Área ardida 0.00 0.06 0.01 0.11 0.41 0.92 6.15 2.59 0.57 0.21 0.01 0.00

Área ardida 2012 0.00 0.00 0.05 0.00 0.17 0.06 1.31 8.69 0.77 0.03 0.00 0.00

N.º Ocorrências 1.11 1.22 2.56 2.11 6.33 10.78 17.22 13.22 6.22 4.89 0.67 1.00

N.º Ocorrências 2012 0.00 0.00 4.00 0.00 16.00 11.00 14.00 14.00 7.00 4.00 0.00 0.00

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

18.00

20.00

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências – Distribuição mensal (2003-2011 e 2012)

Área ardida

Área ardida 2012

N.º Ocorrências

Page 56: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

47

5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição

semanal

Relativamente à distribuição semanal da área ardida em 2012 e média dos

anos 2003 a 2011, pode verificar-se que a área ardida em 2012 é, de um

modo geral inferior à média, com a excepção de Quinta-feira e de Domingo,

onde é superior.

Em termos de DFCI regista-se que o número de ocorrências de 2012 é

superior à média, para o mesmo parâmetro, com excepção de Quarta-feira,

Sexta-feira e Sábado, existindo um pico muito elevado, comparativamente

com a média, situados à Terça-feira.

Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ás, Segundas

e Terças, tanto no que diz respeito à vigilância como à fiscalização, uma vez

que o maior numero de ocorrências incide nesses dias da semana.

Page 57: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

48

Figura 21: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média de 2003 a 2011.

Fonte: SGIF

Segunda-feira

Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sabado Domingo

Área ardida média 4.19 1.33 1.05 0.54 0.94 1.27 1.74

Área ardida 2012 0.10 0.52 0.57 1.00 0.04 0.03 8.82

N.º Ocorrências média 9.56 11.11 8.44 10.11 6.56 8.67 8.56

N.º Ocorrências 2012 12.00 20.00 11.00 6.00 5.00 3.00 9.00

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

0.00

1.00

2.00

3.00

4.00

5.00

6.00

7.00

8.00

9.00

10.00

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal (2003-2011 e 2012)

Área ardida média

Área ardida 2012

N.º Ocorrências média

N.º Ocorrências 2012

Page 58: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

49

5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária

Quanto à distribuição dos valores diários acumulados da área ardida no

período de 2003 a 2012, verificara-se um dia críticos, 07 de, com 22,77%

do total da área ardida, o correspondente a 25,8 (ha).

Relativamente ao número de ocorrências, salientam-se um dia crítico, 08 de

Julho, onde sucedeu 1,74% das ocorrências o que corresponde a 11.

Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao conjunto

dos meses de Maio a Outubro, e não a dias específicos, tanto no que diz

respeito à vigilância como à fiscalização, uma vez que o maior número de

ocorrências incide aleatoriamente nesses meses.

Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do

Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos

incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma

grande variação dos valores.

Page 59: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

50

Figura 22: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do nº de ocorrências.

Fonte: SGIF

25.180

11

0

2

4

6

8

10

12

0.000

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.0001/

Jan

10/J

an19

/Jan

28/J

an6/

Fev

15/F

ev24

/Fev

4/M

ar13

/Mar

22/M

ar31

/Mar

9/A

br18

/Abr

27/A

br6/

Mai

15/M

ai24

/Mai

2/Ju

n11

/Jun

20/J

un29

/Jun

8/Ju

l17

/Jul

26/J

ul4/

Ago

13/A

go22

/Ago

31/A

go9/

Set

18/S

et27

/Set

6/O

ut15

/Out

24/O

ut2/

Nov

11/N

ov20

/Nov

29/N

ov8/

Dez

17/D

ez26

/Dez

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária (2003-2012)

Área ardida

Nº Ocorrências

Page 60: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

51

5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária

Existem manifestamente dois períodos críticos, no que respeita às áreas

ardidas no período de 2003 a 2012, um situado entre as 13h00m e as

13h59m e outro entre as 16h00m e as 16h59m, em conjunto representam

43,36% da área ardida, 47,94 (ha).

Em termos de número de ocorrências, existe um período crítico, das

16h00m às 16h59m, onde surge 65 ocorrências o que corresponde a

10,27% das ocorrências.

Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao período da

tarde, assim entre as 11h e as 19h, tanto no que diz respeito à vigilância

como à fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências e área

ardida incide nesse período.

Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do

Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos

incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma

grande variação dos valores.

Page 61: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

52

Figura 23: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências.

Fonte: SGIF

29.32

65

0

10

20

30

40

50

60

70

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

00:00 -00.59

01:00 -01:59

02:00 -02:59

03:00 -03:59

04:00 -04:59

05:00 -05:59

06:00 -06:59

07:00 -07:59

08:00 -08:59

09:00 -09:59

10:00 -10:59

11:00 -11:59

12:00 -12:59

13:00 -13:59

14:00 -14:59

15:00 -15:59

16:00 -16:59

17:00 -17:59

18:00 -18:59

19:00 -19:59

20:00 -20:59

21:00 -21:59

22:00 -22:59

23:00 -23:59

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências – Distribuição horária (2003-2012)

Área ardida

NºOcorrências

Page 62: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

53

5.6 Área ardida em espaços florestais

Relativamente à distribuição da área ardida por espaços florestais, observa-

se que, de um modo geral, os espaços florestais que mais ardem são os

povoamentos, com a excepção de 2009 e 2012, com 50,94% e 80,37% de

matos ardidos. Dentro dos povoamentos verificou-se que os anos mais

críticos foram, 2008, 2010 e 2011, com 76.45%, 46,65% e 50,18%

respectivamente.

Em relação aos espaços agrícolas o ano onde estes foram mais afectados foi

2011, com 21,49% de área ardida.

Page 63: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

54

Figura 24: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).

Fonte: SGIF

2008 2009 2010 2011 2012

Agricola 0.09 1.78 3.42 1.18 1.13

Mato 7.61 4.31 6.21 1.55 8.91

Povoamento 25.00 2.37 8.42 2.75 1.05

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Áre

a ar

dida

Área ardida em espaços florestais (2008-2012)

Agricola

Mato

Povoamento

Page 64: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

55

5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de

extensão

Verifica-se que a distribuição da área ardida por classes de extensão não é

uniforme, ou seja, 23.35% da área ardida encontram-se na primeira classe

(0-1 ha), na classe 1-10ha encontra-se 43.66% e na classe de (> 20-50

ha) existem cerca de 33% de área ardida, todas as outras classes

apresentam valores de 0%.

Quanto ao número de ocorrências, cerca de 96.67%, encontram-se na

primeira classe (0-1 ha), na segunda classe existem 2.98% das ocorrências

e nas restantes valores inferiores a 0.5%.

Em relação à DFCI regista-se que a maior percentagem de área ardida

advêm do somatório das pequenas áreas ardidas do grande número de

ocorrências embora exista pontualmente ocorrências que originam áreas

ardidas de maiores dimensões.

Page 65: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

56

Figura 25: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de extensão (2008-2012).

Fonte: SGIF

0-1ha >1-10ha >10-20ha >20-50ha >50-100ha <100ha

Área ardida 17.69 33.08 0.00 25.00 0.00 0.00

N.º ocorrências 292 9 0 1 0 0

0

50

100

150

200

250

300

350

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

N.º

Oco

rrên

cias

Áre

a ar

dida

Área ardida e número de ocorrências por classes de extensão (2008-2012)

Área ardida

N.º ocorrências>100ha

Page 66: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

57

5.8 Pontos de início e causas

O Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Barreiro e Moita não possui dados relativos a pontos de inicio e causas.

Page 67: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

58

5.9 Fontes de alerta

Quanto à distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta, denota-

se que a maior percentagem dos alertas é realizado pelos Populares

(85.1%), e em segundo a classe denominada “outros” com 11.6%. o CDOS

surge em terceiro lugar com 2.98% e os postos de vigia com 0.66%.

O mesmo sucede ao analisar-se as fontes de alerta por hora.

Page 68: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

59

Figura 26: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta

Fonte: SGIF

2.98

11.26

85.10

0.66

% de n.º de Ocorrências por fontes de alerta (2008-2012)

117

Outros

Populares

Postos de Vigia

Page 69: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

60

Figura 27: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta

Fonte: SGIF

1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 03

1 20 0 0 0 1 0 0 0

22 2

0 0 0 0 0 00 1 1

3

12

29

42

01

1 0 1

19

69

75

0 1 2 3 2

7

11

1111

2324

23

1920

13 10 12 13

6

0

0

0

0

0

00

00 0

0

0

00

0

1

1

00

00

0 0

0

0

5

10

15

20

25

30

35

00:00 -

00.59

01:00 -

01:59

02:00 -

02:59

03:00 -

03:59

04:00 -

04:59

05:00 -

05:59

06:00 -

06:59

07:00 -

07:59

08:00 -

08:59

09:00 -

09:59

10:00 -

10:59

11:00 -

11:59

12:00 -

12:59

13:00 -

13:59

14:00 -

14:59

15:00 -

15:59

16:00 -

16:59

17:00 -

17:59

18:00 -

18:59

19:00 -

19:59

20:00 -

20:59

21:00 -

21:59

22:00 -

22:59

23:00 -

23:59

Número de ocorrências por hora e fonte de alerta (2008-2012)

Postos de Vigia

Populares

Outros

117

Page 70: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro · 2018-05-21 · Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Barreiro Caderno I – Diagnóstico

61

6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha)

Não existem áreas ardidas superiores a 100 ha registadas no concelho do Barreiro.