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2014-2017
Pelotas, dezembro de 2013.
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PELOTAS
SUMÁRIO
Apresentação
O Sistema de Saúde de Pelotas tem progredido ao longo do
tempo. Não há como compará-lo as décadas anteriores. A complexidade
acompanhou a evolução da área se saúde. Incorporaram-se novas
tecnologias, desde as mais simples as mais complexas, seja na atenção ao
usuário, nos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, seja na área
farmacêutica, e que agregaram valor à atenção dispensada e
conseqüentemente maior custos ao setor saúde. Certamente, agregou
qualidade também. Basta contabilizarmos a queda da mortalidade infantil
e o aumento da expectativa de vida ao nascer dos Pelotenses, que por si
só garantem que o caminho percorrido tem qualidades palpáveis.
Entendemos que a tentativa de conceituar qualidade em saúde
tem demonstrado ser muito difícil. As evidências de melhorias talvez
sejam a forma mais pragmática de identificar uma tendência de
aperfeiçoamento e qualificação. No entanto, é necessário que as
informações sejam avaliadas dentro de um contexto e que as referências
teóricas sejam utilizadas para que se tenha uma abordagem gerencial que
reverta em impacto na condição de saúde da comunidade e que de
alguma forma seja percebido por ela.
Há sempre grupos sociais interessados nos resultados de
qualquer intervenção social. Diferentes perspectivas são utilizadas para
avaliação dos resultados. Valores próprios, que às vezes traduzem
objetivos diferentes, naturalmente trazem a luz critérios de avaliação
diversificados.
É fundamental relembrar que a alocação de recursos
financeiros para o sistema municipal de saúde de Pelotas foi feita pela
série histórica do ano de 1999. Incluía procedimentos realizados para a
população de Pelotas e àqueles referenciados pelos dos municípios da
região. Desde então, recursos foram acrescidos ao teto financeiro
municipal e referem-se a pequeno aumento de tabela do SIA/SUS, e
programas ministeriais como Estratégia Saúde da Família e Saúde Mental,
Fundo de Ações Estratégicas e Compensação, Oncologia e Vigilância em
Saúde, como exemplos. Mas, cabe salientar que, percentualmente, o
investimento da Prefeitura Municipal também cresceu num ritmo ainda
maior. Isto demonstra a preocupação dos gestores em oferecer
quantidade e qualidade à assistência.
O aumento de população, novas tecnologias, aumento dos
custos da prestação de serviços, e o não cumprimento das esferas federal
e estadual da Emenda 29, criam dificuldades reais a serem superadas.
Mas é importante relembrar a origem do aprofundamento das
dificuldades. Na área de urgência e emergência, por exemplo, nosso
modelo é único. Desde 2001, há um modelo de gestão do PSM, com
financiamento compartilhado, entre a Prefeitura Municipal de Pelotas, a
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e a Universidade Católica de
Pelotas (UCPEL). As grandes cidades do Rio Grande do Sul têm outras
formas de gestão. Porto Alegre, além do Pronto-Socorro Municipal, conta
com unidades públicas federais, do Ministério da Saúde ou do Ministério
da Educação para atender esta demanda. Além da capital, Santa Maria,
Caxias, Passo Fundo, Canoas, o equacionamento tem outra estratégia,
utilizando maior volume de recursos públicos indiretos, como a capital,
além das condições de econômicas serem diferenciadas.
Com o decorrer do tempo a Prefeitura Municipal através da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assumiu o custeio de diversas ações,
com pagamento de servidores, de materiais e medicamentos, que não são
referentes a transferência automática do compromisso da Municipalização
Plena da Saúde.
Em 27 de dezembro de 2004, a municipalidade assinou a
“contratualização” dos Hospitais Universitários. As Portarias Ministeriais,
que regulamentavam a contratação destes serviços pelo SUS,
determinavam a existência de serviços de urgência e emergência nestes
hospitais. No entanto, foram contratados repasses de recursos que
pertenciam ao teto financeiro do município e, portanto, ao Fundo
Municipal de Saúde, sem que fosse exigida a efetiva participação do
sistema municipal e regional de urgência e emergência.
Em 2006, o contexto da situação da saúde municipal apontava
dificuldades intransponíveis. Ausência de um Plano Municipal de Saúde em
vigor, orientador de todas as ações, objetivos e metas a serem
desenvolvidos no setor e uma gestão deficitária na área de urgência e
emergência do PSM, que consumia acima de R$ 500.000,00 mês. Com
esta utilização dos recursos financeiros do Fundo Municipal, houve
algumas dificuldades no atendimento a demanda de exames diagnósticos
relacionados a demanda de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde.
Consequentemente criou-se um circulo vicioso, com insatisfação de todos
os atores envolvidos no processo e a identificação do PSM como o serviço
mais acessível e rápido para resolver todos os problemas de saúde.
Com o tempo, as dividas foram equacionadas, os serviços
universitários passaram a integralizar recursos financeiros e criou-se um
pano de fundo favorável para a resolução dos problemas. Houve a
colaboração do Governo Estadual, com aporte de recursos, e o cenário foi
se estabilizando. Criou-se a Central de Leitos, que controla e regula a
internação em leitos clínicos e leitos cirúrgicos e a regulação de serviços
ambulatoriais, com protocolos de autorização de procedimentos. A gestão
do Hemocentro Regional foi repassada ao Governo Estadual. Novos
serviços foram implantados, como o SAMU, CEREST, Vigilância em saúde
do Trabalhador, CAPS infantil, CAPS AD, UBAI, Ouvidoria entre tantos
outros, possibilitados pela reorganização da administração somadas à
captação de novos recursos junto às demais esferas de governo. Estamos
portanto, em outro momento em que onde um planejamento sólido e
consistente poderá oportunizar o vislumbre de um novo cenário no final
desta gestão.
Então, estamos aqui apresentando o novo Plano Municipal de Saúde
(PMS) que constitui, alem de uma obrigação legal, documento de
extrema importância para designar o direcionamento das ações de saúde
e consolidação do SUS no âmbito municipal. Vigirá nos próximos quatro
anos a contar de 2014 a 2017 e terá em seu escopo as diretrizes que
permitem a definição de objetivos e metas.
Sendo o PMS definido como um instrumento de gestão, que baseado
numa análise situacional, define intenções e resultados a serem buscados
por todos os atores da saúde municipal, este plano envolveu a formação
de equipe técnica responsável para sua elaboração e para organização dos
diversos temas que serão abordados. A equipe técnica constituída lançou
mão das informações disponibilizadas nos setores da SMS, além de
levarem em conta os diversos documentos que compõem a administração
municipal, entre eles o Plano Plurianual (PPA), a Lei de diretrizes
Orçamentárias (LDO), o relatório da Conferência Municipal de Saúde, o
Plano de governo que elegeu o prefeito Eduardo Leite, as portarias e leis
federais, estaduais e municipais, as características do município, entre
tantas outras variáveis que devem ser observadas para construção de um
planejamento de saúde que contemple nossas necessidades e os desejos
da população, mas que constituam ações exeqüíveis, realistas, sem
perder a expectativa de novas conquistas para o município.
Além disso, a equipe técnica contou também com apoio de outras
secretarias para ajustes de dados que constituem informações municipais
importantes para as decisões de saúde, como por exemplo, os dados da
educação Municipal revisado por equipe da Secretaria Municipal de
Educação e Desporto.
O documento do PMS passa então pela discussão e aprovação junto
ao CMSPEL obedecendo à legislação e mais do que isso, pactuando junto
aos representantes da sociedade civil os compromissos municipais,
fazendo com que todos além de conhecerem plenamente os compromissos
assumidos, tornem-se parte do processo.
O PMS definirá então, as diretrizes e estratégias e os leitores e
avaliadores do plano poderão observar que se pretende a partir de agora
não só aderir à novas pactuações, mas fortalecer serviços existentes
ampliando oferta do acesso, garantindo padrão de qualidade desejável e
satisfatório ao usuário do sistema. Para isso, dependemos da melhoria de
estrutura física das Unidades de Saúde de gestão própria, manter a
qualificação das equipes através de processo de educação permanente,
implementar as ações de forma organizada com protocolos e diretrizes
bem definidas que permitam de forma transparente normatizar o processo
de gestão favorecendo o acompanhamento do controle social.
Para dar transparência e melhorar o acesso as informações de
forma mais célere, se faz necessário a informatização da rede, a melhoria
da comunicação que poderá dinamizar as ações tanto da gestão como nas
que beneficiam diretamente a população como é o caso do disk consulta
que permitirá agendamento de consultas evitando as filas e a exposição
do usuário às situações de risco nas intermináveis esperas que ocorrem
em algumas unidades de saúde.
Para que tudo isso ocorra se faz necessário um planejamento
claro, com diretrizes bem definidas, com o foco nas necessidades da
população e nos princípios de acesso universal, regionalização e
hierarquização, integralidade e participação popular através dos conselhos
gestores renova as esperanças de um futuro promissor. Para isso
apresenta-se então, este Plano Municipal de Saúde, que trás no seu
escopo, a identificação do município de Pelotas em seus aspectos gerais e
de saúde, que serviu como embasamento das diretrizes priorizadas,
seguidos das análises situacionais dos diversos serviços existentes e o
direcionamento dado aos problemas apontados. Com isso, é possível
neste documento visualizar problemas, avanços e propostas que
permitirão a construção de agenda anual com objetivos e metas claras,
alicerçadas no Orçamento Municipal e baseada em prioridades. Portanto,
este plano pretende ser um compromisso exeqüível da Administração que
possa impactar de forma significativa tanto nos resultados apontados
pelos indicadores de saúde, como na satisfação do usuário do SUS no
município de Pelotas.
Secretária Municipal de Saúde
Arita Gilda Hübner Bergmann
IDENTIDADE DO MUNICÍPIO
Apresentação do território, limites, área geográfica
Área 1.610,09 km2
Localização Encosta do Sudeste, ás margens do Canal São Gonçalo
Altitude média 7 metros acima do nível do mar
Coordenadas Latitude/logintude 31º 46’ 19” / 2º 20’ 19” 7 metros acima do mar
Clima subtropical úmido
Temperatura
média anual
17,6º C
Limites
Norte: Turuçu e São Lourenço do Sul;
Sul: Rio Grande e Capão do Leão;
Leste: Lagoa dos Patos;
Oeste: Canguçu e Morro Redondo;
Distâncias
Capital do Estado (Porto Alegre): 250 Km
Porto Marítimo (Rio Grande): 60 Km
Fronteira Uruguai: 135 Km
Fronteira Argentina: 600 Km Sistema viário
Densidade demográfica 196,18 (hab/Km²)
Eleitores 239.370
Fonte: http://www.pelotas.rs.gov.br/cidade/dados-gerais.php
INFRA-ESTRUTURA
Rodovias
Pelotas situa-se na confluência das rodovias BR 116, BR 392, BR471,
que juntas fazem a ligação aos países do Mercosul e a todas as capitais e
portos do Brasil. Está localizada a 250 Km de Porto Alegre, a 135 da
fronteira do Uruguai, por Jaguarão, a 220 km, pelo Chuí, e a 600 km da
fronteira da Argentina.
Ferrovia
O município está interligado ao ramal ferroviário que dá acesso ao
Porto de Rio Grande, às fronteiras da Argentina e Uruguai, e a outros
estados brasileiros, via Santa Maria. A capacidade de tração do tronco São
Borja/Rio grande oscila entre 600 e 1.000 toneladas.
Porto
O Porto de Pelotas está localizado à margem do Canal São Gonçalo,
que liga as lagoas dos Patos e Mirim. Possui três armazéns alfandegados,
com 6000 m² área coberta para armazenagem de carga, e um terminal de
carvão mineral, com 5.000m², além de um terminal particular. O porto é
dotado de cais acostáveis de três berços, com extensão total de 500
metros e calado de 19 pés. Integra o complexo portuário do Rio Grande
do Sul, formado pelos portos de Rio Grande (marítimo), Porto Alegre,
Pelotas e Cachoeira do Sul (fluviais), além do encontramento rodo-ferro-
hidroviário de Estrela, no rio Taquari.
Aeroporto
O seu moderno e funcional aeroporto internacional está equipado para
receber aviões de grande porte e oferece quatro salas de embarque e
desembarque de passageiros.
Hidrovias
O sistema hídrico de pelotas é invejável, sendo formado pelo Arroio
Pelotas, Canal São Gonçalo e Lagoa dos Patos, considerada a maior lagoa
de água doce do mundo e com enorme potencial econômico e turístico. O
Canal São Gonçalo é navegavél em toda a sua extensão e se constitui
como ligação entre as lagoas dos Patos e Mirim. Esta última é um
importante reservatório de água doce, também localizada na Zona Sul, a
exemplo da Lagoa Mangueira.
SANEAMENTO BÁSICO/COLETA DE LIXO
1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 91,84 95,05 98,11
% da população em domicílios com energia elétrica 97,67 98,72 99,70
% da população em domicílios com coleta de lixo.
*Somente para população urbana. 91,76 97,86 99,18
% de pessoas em domicílios com abastecimento de
água e esgotamento sanitário inadequados 1,50 1,77 0,42
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Percentual de moradores com acesso a água ligada à rede e
esgoto sanitário adequado - 1991-2010
Fonte: IBGE - Censo Demográfico - 1991 e 2010
De acordo o IBGE o Município de Pelotas, em 2010, 93,0% dos moradores
tinham acesso à rede de água geral com canalização em pelo menos um cômodo
e 82,4% possuíam formas de esgotamento sanitário consideradas adequadas.
Realizando um comparativo com o Estado do Rio Grande do Sul em
2010, o percentual de moradores urbanos com acesso à rede geral de
abastecimento, com canalização em pelo menos um cômodo, era de 92,2%. Com
acesso à rede de esgoto adequada (rede geral ou fossa séptica) eram 81,3%.
Estes indicadores de saneamentos básico são importantes porque as
condições de saneamento e serviços correlatos do município, interferem nas
condições de saúde da população. Dados do Censo Demográfico de 2010
revelaram que na área rural do município, a coleta de lixo atendia 98,5% dos
domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água, o acesso
nessa área estava em 82,5% dos domicílios particulares permanentes e 33,3%
das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado.
No caso da área urbana, o gráfico abaixo fornece a distribuição desses
serviços para os domicílios particulares permanentes:
ECONOMIA
A região de Pelotas é a maior produtora de pêssego para a indústria
de conservas do País, além de outros produtos como aspargo, pepino, figo
e morango.
O município responde por aproximadamente 28% da produção de
arroz do Estado, 10% da produção de grãos, 16% do rebanho bovino de
corte, e detém a maior bacia leiteira, com a produção de 30 milhões de
litro/ano, além de possuir expressiva criação de cavalos e ovelhas (28%
do rebanho e eqüinos e 30% da produção de lãs).
Na indústria, os serviços avançados de montagem de estruturas,
transporte e logística têm uma condição competitiva especial.
A diversidade da matriz econômica também se dá pela presença da
indústria têxtil, metal mecânica, curtimento de couro e de pele,
panificação e muitas outras.
A cidade é um grande centro comercial, atraindo habitantes de toda
a região para suas modernas galerias, calçadões e o comércio nos
bairros.
Produção
Entre 2005 e 2009, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto
(PIB) do município cresceu 46,4%, passando de R$ 2.629,1 milhões
para R$ 3.847,9 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao
verificado no Estado que foi de 49,7%. A participação do PIB do município
na composição do PIB estadual diminuiu de 1,82% para 1,78% no período
de 2005 a 2009.
A estrutura econômica municipal demonstrava participação
expressiva do setor de Serviços, o qual responde por 70,0% do PIB
municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja
participação no PIB era de 18,0% em 2009 contra 18,0% em 2005.
O município de Pelotas possui 7.507 estabelecimentos, incluindo
lojas, agências bancárias (38), seguradoras, casas de câmbio e empresas
de transporte (329), que ocupam aproximadamente 60% da população
ativa.
Pelotas é uma referência comercial no sul do Brasil.
http://www.pelotas.com.br/cidade_dados/pelotas_dados.htm Acesso em
23/07/2013
RENDA
A renda per capita média de Pelotas cresceu 77,18% nas últimas
duas décadas, passando de R$504,76 em 1991 para R$685,88 em 2000 e
R$894,35 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 35,88% no
primeiro período e 30,39% no segundo. A extrema pobreza (medida pela
proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00,
em reais de agosto de 2010) passou de 7,73% em 1991 para 5,23% em
2000 e para 2,10% em 2010.
(http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs)
Renda Per Capita (R$) 2001/2010
Município 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
2008
2009
2010
Pelotas 5.652 6.284 6.802 7.560 7.860 8.481 9.349 10.386 11.148 13.925
ÍNDICE DE GINI
O Índice de Gini, foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é
um instrumento para medir o grau de concentração de renda em
determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais
pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns
apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de
igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda.
O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa
detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os
20% mais pobres com os 20% mais ricos. No Relatório de
Desenvolvimento Humano 2004, elaborado pelo Pnud, o Brasil aparece
com Índice de 0,591, quase no final da lista de 127 países. Apenas sete
nações apresentam maior concentração de renda.
Em Pelotas a desigualdade diminuiu de acordo com o Índice de Gini
passou de 0,59 em 1991, para 0,59 em 2000 e para 0,54 em 2010,
Conforme demonstra as tabelas abaixo:
Renda, Pobreza e Desigualdade - Pelotas – RS
1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 504,76 685,88 894,35
% de extremamente pobres 7,73 5,23 2,10
% de pobres 26,94 16,45 7,56
Índice de Gini 0,59 0,59 0,54
Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Pelotas – RS
1991 2000 2010
20% mais pobres 3,02 2,80 3,50
40% mais pobres 9,06 8,91 10,82
60% mais pobres 18,87 18,92 22,40
80% mais pobres 36,36 36,56 40,72
20% mais ricos 63,64 63,44 59,28
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Os dados demonstram que houve uma mudança nos dados de
concentração de renda com diminuição dos 20% mais pobres e aumento
do número dos mais pobres distribuídos nas demais faixas, esse
indicadores demonstram principalmente aumento da capacidade de
consumo das pessoas o que não implica em diminuição de desigualdade
social devido os percentuais não serem significativos apenas alterando
numa média de 5%
TRABALHO
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos
ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente
ativa) passou de 64,22% em 2000 para 63,61% em 2010. Ao mesmo
tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população
economicamente ativa que estava desocupada) passou de 15,93% em
2000 para 7,26% em 2010.
Ocupação da população de 18 anos ou mais - Pelotas – RS
2000 2010
Taxa de atividade 64,22 63,61
Taxa de desocupação 15,93 7,26
Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 60,31 65,12
Nível educacional dos ocupados
% dos ocupados com fundamental completo 52,10 65,44
% dos ocupados com médio completo 33,23 47,88
Rendimento médio
% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 43,11 16,76
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 71,28 68,44
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais,
8,36% trabalhavam no setor agropecuário, 0,12% na indústria extrativa,
6,95% na indústria de transformação, 7,45% no setor de construção,
1,11% nos setores de utilidade pública, 18,49% no comércio e 51,67% no
setor de serviços.
ASPECTOS SOCIAIS
Considerando a importância de descrever a realidade social do
município com o propósito de analisar e apresentar a situação social das
pessoas, a pobreza e as vulnerabilidades sociais, será apresentado dados
que demonstram um diagnóstico social, ou seja, um conjunto de
informações que revelam indicadores (Índice de Desenvolvimento
Municipal – IDHM e o IDESE) e ações desenvolvidas no Combate a
Pobreza e Miséria.
a)Situação de Pobreza
De acordo com os dados do Desenvolvimento do Milênio o município de
2000 a 2010, em relação a proporção de pessoas com renda domiciliar per
capita inferior a R$ 140,00 reduziu em 49,6%; para alcançar a meta de
redução de 50%, deve ter, em 2015, no máximo 8,5%.
Para estimar a proporção de pessoas que estão abaixo da linha
da pobreza foi somada a renda de todas as pessoas do domicílio, e o total
dividido pelo número de moradores, sendo considerado abaixo da linha da
pobreza os que possuem renda per capita até R$ 140,00. No caso da
indigência, este valor será inferior a R$ 70,00.
Da população com renda igual a zero, foi considerada para cálculo
apenas as pessoas com pelo menos um dos seguintes quesitos: habitantes
da área urbana com abastecimento de água proveniente de poço ou
nascente ou outra forma, habitantes da área rural com abastecimento de
água proveniente de outra forma, habitantes com tipo de escoadouro,
fossa rudimentar, vala, rio ou mar ou outro, habitantes que não possuem
iluminação elétrica, habitantes que não possuem banheiro ou habitantes
cujo domicílio possui 3 ou mais crianças (14 anos ou menos), 1 ou mais
idosos (65 anos ou mais) ou 1 ou mais adultos (15 anos ou mais)
analfabetos.
No Estado, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita
de até R$ 140,00 passou de 16,0%, em 2000, para 7,2% em 2010.
b) Programas de Combate a Pobreza e Miséria - Cadastro único e
Programa Bolsa Família:
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(Cadastro Único) é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias
de baixa renda, entendidas como aquelas que têm: renda mensal de até
meio salário mínimo por pessoa ou renda mensal total de até três salários
mínimos.
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência
direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de
extrema pobreza em todo o País. O Bolsa Família integra o Plano Brasil
Sem Miséria (BSM), que tem como foco de atuação os 16 milhões de
brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 70 mensais, e está
baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços
públicos.
O Bolsa Família possui três eixos principais focados na transferência
de renda, condicionalidades e ações e programas complementares. A
transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza.
As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas
áreas de educação, saúde e assistência social. Já as ações e programas
complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que
os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social no Município de
PELOTAS/RS, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em março
de 2013 era de 31.295 dentre as quais:
13.324 com renda per capita familiar de até R$70,00;
23.208 com renda per capita familiar de até R$ 140,00;
29.019 com renda per capita até meio salário mínimo.
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência
condicionada de renda que beneficia famílias pobres e extremamente
pobres, inscritas no Cadastro Único. O PBF beneficiou, no mês de julho de
2013, 12.044 famílias, representando uma cobertura de 68,1 % da
estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios
com valor médio de R$ 127,69 e o valor total transferido pelo governo
federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 1.537.894 no
mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência
escolar, com base no bimestre de março de 2013, atingiu o percentual de
88,24%, para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a
13.037 alunos acompanhados em relação ao público no perfil equivalente
a 14.775. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de
76,73%, resultando em 2.110 jovens acompanhados de um total de
2.750.
Na área da saúde, o acompanhamento chega a 88,07 % das famílias
com perfil, ou seja, aquelas com crianças de até 7 anos e/ou com
gestantes. De acordo com o MDS a média nacional é de 73,12 %. O
município está acima da média, mas ainda assim é importante que as
secretarias de assistência social e de saúde continuem trabalhando em
articulação para aumentar o número de famílias com acompanhamento de
saúde.
Fonte: http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php#Vis%C3%A3o%20Geral
c) Vulnerabilidade Social
A vulnerabilidade social é um conceito que tem sua origem na área
dos Direitos Humanos. Refere - se a grupos ou indivíduos fragilizados,
jurídica ou politicamente, na promoção, proteção ou garantia de seu
direito à cidadania.
Apesar de ser um conceito formulado recentemente, existe um
consenso entre os autores que estudam essa temática, de que a
vulnerabilidade social apresenta um caráter multifacetado, abarcando
inúmeras dimensões, a partir das quais pode - se identificar situações de
vulnerabilidade dos indivíduos, famílias ou comunidades.
Essas dimensões estão ligadas tanto às características próprias dos
indivíduos ou grupos quanto àquelas relativas ao meio social no qual estão
inseridos.
Logo, o conceito de vulnerabilidade social requer olhares para
múltiplos planos, e, em especial, para estruturas sociais vulnerabilizantes.
De tal modo, quando se fala em vulnerabilidade social, é relevante que se
compreenda que essa é o estado no qual grupos ou indivíduos se
encontram, destituídos de capacidade para ter acesso aos equipamentos e
oportunidades sociais, econômicas e culturais oferecidos pelo Estado,
mercado e sociedade.
Os autores Carneiro e Veiga (2004) definem que as vulnerabilidades
e riscos remetem às noções de carências e de exclusão. Pessoas,
famílias e comunidades são vulneráveis quando não dispõem de
recursos materiais e imateriais para enfrentar com sucesso os riscos a que
são ou estão submetidas, nem de capacidades para adotar cursos de
ações/estratégias que lhes possibilitem alcançar patamares razoáveis
de segurança pessoal/coletiva.
Do ponto de vista econômico, Oliveira (1995) registra que os grupos
“indigentes” e “pobres” se constituem nos maiores contingentes
vulneráveis da sociedade brasileira, sendo que o mecanismo produtor
dessa vulnerabilidade, basicamente, é o mercado de força de
trabalho. A diminuição da vulnerabilidade desses grupos está ligada, na
opinião do autor, à retomada do crescimento econômico do país dentro de
um novo modelo e em níveis que possam ofertar empregos capazes de
reempregar quem foi desempregado e empregar os que estão ingressando
na idade de trabalhar. Mas, se não ocorrer essa retomada, segundo
Oliveira (1995), a concentração da renda continuará produzindo
indigentes do mercado informal de trabalho.
Especificamente ao analisar a realidade do município de Pelotas,
pode se visualizar uma queda significativa nos indicadores em relação às
vulnerabilidades sociais, as tabelas a seguir explicitam através de um
conjunto de dados que perpassa pela realidade das crianças e jovens,
pelas famílias e pelos índice de pobreza e trabalho.
Demonstrando a capacidade da população de acessar os recursos
fundamentais a sua subsistência e privações (ausência de renda,
educação, saúde, moradia...) o que também influencia no fortalecimento
dos laços afetivos e de proteção das famílias.
Esses dados foram ao longo do tempo se modificando graças a um
conjunto de ações intersetoriais que envolvem as Políticas Públicas em
especial de Saúde, Assistência Social, Renda e Educação.
Realidade das crianças e jovens do município de Pelotas - RS
Crianças e Jovens 1991 2000 2010
% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 67,07 45,77
% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 14,44 5,68 3,15
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e
são vulneráveis à pobreza - 14,41 7,19
% de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,00 0,38 0,27
% de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 5,37 6,22 5,38
Taxa de atividade - 10 a 14 anos (%) - 5,47 4,69
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Família
% de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos
menores de 15 anos 11,01 12,72 16,60
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de
idosos 3,23 2,11 1,63
% de crianças extremamente pobres 13,01 10,29 4,67
d) IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Pelotas
é 0,739, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento
Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão
que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de
0,126), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a
dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com
crescimento de 0,152), seguida por Longevidade e por Renda.
Evolução
Entre 2000 e 2010 - O IDHM passou de 0,660 em 2000 para 0,739 em
2010 - uma taxa de crescimento de 11,97%. O hiato de desenvolvimento
humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite
máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 23,24% entre 2000 e 2010.
Entre 1991 e 2000 - O IDHM passou de 0,558 em 1991 para 0,660 em
2000 - uma taxa de crescimento de 18,28%. O hiato de desenvolvimento
humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite
máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 23,08% entre 1991 e 2000.
Entre 1991 e 2010 - Pelotas teve um incremento no seu IDHM de
32,44% nas últimas duas décadas.
Ranking
Pelotas ocupa a 795ª posição, em 2010, em relação aos 5.565
municípios do Brasil, sendo que 794 (14,27%) municípios estão em
situação melhor e 4.771 (85,73%) municípios estão em situação igual ou
pior. Em relação aos 496 outros municípios de Rio Grande do Sul, Pelotas
ocupa a 159ª posição, sendo que 158 (31,85%) municípios estão em
situação melhor e 338 (68,15%) municípios estão em situação pior ou
igual.
e) IDESE
O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) criado
em 2003 pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) é um índice
sintético que tem por objetivo medir o grau de desenvolvimento dos
municípios do Rio Grande do Sul. O IDESE é o resultado da agregação
de quatro blocos de indicadores: Domicílio e Saneamento, Educação,
Saúde e Renda. Para cada uma das variáveis componentes dos blocos é
calculado um Índice, entre 0 (nenhum desenvolvimento) e 1
(desenvolvimento total), que indica a posição relativa para os municípios.
São fixados, a partir disto, valores de referência máximo (1) e mínimo (0)
de cada variável.
Em 2009 Pelotas alcançou o índice de 0,770 o que a coloca em 56º
lugar no estado do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, o Rio Grande
do Sul alcançou o índice de 0,776.
POPULAÇÃO
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, a população do
município era igual a 328.275 habitantes. Com 93,27% das pessoas
residentes em área urbana e 6,73% em área rural.
A estrutura demográfica também apresentou mudanças no
município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população
idosa que cresceu 2,7% em média ao ano. Em 2000, este grupo
representava 11,9% da população, já em 2010 detinha 15,2% do total da
população municipal. O segmento etário de 0 a 14 anos registrou
crescimento negativo entre 2000 e 2010, com média de -2,1% ao ano.
Crianças e jovens detinham 24,8% do contingente populacional em
2000, o que correspondia a 80.196 habitantes. Em 2010, a
participação deste grupo reduziu para 19,8% da população,
totalizando 65.134 habitantes.
A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos
exibiu crescimento populacional (em média 0,42% ao ano), passando
de 204.681 habitantes em 2000 para 213.377 em 2010. Em 2010,
este grupo representava 65,0% da população do município.
Entre 2000 e 2010, a população de Pelotas teve uma taxa média de
crescimento anual de 0,24%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa
média de crescimento anual foi de 1,31%. No Estado, estas taxas foram
de 1,00% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. No país, foram
de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas
duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 0,76%.
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Cabe ressaltar que o Ministério da Saúde utiliza um calculo de
população de 329.435 habitantes, este é o numero oficial para per captas
e repasse financeiro, embora com este dado não foi possível realizar o
detalhamento das informações de gênero, faixa de idades, localidade
entre outros, portanto, foi realizado todo levantamento a partir do Censo
de 2010 – IBGE.
População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização - Pelotas –
RS
População População
(1991)
% do
Total
(1991)
População
(2000)
% do
Total
(2000)
População
(2010)
% do
Total
(2010)
População
total 285.073 100,00 320.595 100,00 * 328.275 100,00
Homens 135.553 47,55 152.035 47,42 154.198 46,97
Mulheres 149.520 52,45 168.560 52,58 174.077 53,03
Urbana 263.882 92,57 300.979 93,88 306.193 93,27
Rural 21.191 7,43 19.616 6,12 22.082 6,73
Taxa de
Urbanização - 92,57 - 93,88 - 93,27
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade
Pelotas (RS) -
Mais de 100 anos 11 0,0% 0,0% 25
95 a 99 anos 26 0,0% 0,1% 172
90 a 94 anos 194 0,1% 0,2% 565
85 a 89 anos 583 0,2% 0,4% 1.465
80 a 84 anos 1.363 0,4% 0,9% 2.894
75 a 79 anos 2.412 0,7% 1,3% 4.280
70 a 74 anos 3.522 1,1% 1,6% 5.293
65 a 69 anos 4.774 1,5% 2,0% 6.545
60 a 64 anos 6.870 2,1% 2,7% 8.770
55 a 59 anos 8.355 2,5% 3,1% 10.181
50 a 54 anos 9.832 3,0% 3,6% 11.863
45 a 49 anos 10.611 3,2% 3,8% 12.469
40 a 44 anos 10.466 3,2% 3,6% 11.817
35 a 39 anos 10.296 3,1% 3,5% 11.629
30 a 34 anos 11.461 3,5% 3,7% 12.310
25 a 29 anos 13.411 4,1% 4,3% 14.189
20 a 24 anos 13.570 4,1% 4,3% 14.245
15 a 19 anos 13.306 4,1% 4,1% 13.366
10 a 14 anos 13.011 4,0% 3,9% 12.802
5 a 9 anos 10.619 3,2% 3,1% 10.101
0 a 4 anos 9.505 2,9% 2,8% 9.096
Homens Mulheres
Fonte: IBGE – CENSO 2010.
Estrutura Etária da População - Pelotas – RS
Estrutura Etária População
(1991)
% do
Total
(1991)
População
(2000)
% do
Total
(2000)
População
(2010)
% do
Total
(2010)
Menos de 15
anos 80.954 28,40 85.043 26,53 65.369 19,91
15 a 64 anos 184.406 64,69 209.237 65,27 228.811 69,70
65 anos ou mais 19.713 6,92 26.315 8,21 34.095 10,39
Razão de
dependência 54,59 0,02 49,50 0,02 43,33 0,01
Índice de
envelhecimento - 6,92 - 8,21 - 10,39
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Pelotas passou de
49,50% para 43,33% e o índice de envelhecimento evoluiu de 8,21% para
10,39%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 54,59% para
49,50%, enquanto o índice de envelhecimento evoluiu de 6,92% para
8,21%.
Entende-se por razão de dependência a população de menos
de 14 anos e de 65 anos (população dependente) ou mais em relação à
população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa).
E o índice de envelhecimento trata-se da população de 65 anos ou
mais em relação à população de menos de 15 anos.
EDUCAÇÃO
Conforme o Atlas do IDHM a proporção de crianças e jovens
frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação
da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o
IDHM Educação.
Diferentes índices e formas de análise são determinantes para
compreensão dos diferentes fenômenos que ocorrem na escolarização, ou
não, das comunidades, por isso torna-se necessário informar os dados de
acesso, permanência, frequência, conclusão, distorção idade/série,
alfabetismo e resultados da Prova Brasil que compõem o IDEB – Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica.
Observemos então que, frequentando os anos finais do Ensino
Fundamental, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola em
Pelotas – RS cresceu de1991 e 2000: 91,31% e no período de 2000 a
2010 30,57%; o número decrianças entre 11 a 13 anos cresceu 24,26%
entre 1991 e 2000 e 13,71% entre 2000 e 2010.
Entre jovens de15 a 17 anos com Ensino Fundamental
Concluído,houve crescimento de 15,49% no período de 2000 a 2010 e
43,76% no período de 1991 a 2000. Já a proporção de jovens entre 18 e
20 anos com Ensino Médio Concluído cresceu 45,63% entre 2000 e
2010 e 84,61% entre 1991 e 2000.
No que tange a distorção idade/série, no anode 2010, 60,07%
dos alunos entre 6 e 14 anos de Pelotas estavam cursando o Ensino
Fundamental regular e na série correta para a idade. Em 2000 eram
63,81% e, em 1991, 52,10%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 28,92%
estavam cursando o Ensino Médio regular sem atraso. Em 2000 eram
25,99% e, em 1991, 14,41%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 26,49%
estavam cursando o Ensino Superior em 2010, 12,72% em 2000 e 8,99%
em 1991.
Analisando as estatísticas de 2010, percebe-se que 3,15% das
crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola, percentual que,
entre os jovens de 15 a 17 anos atingia 15,78%.
Em relação à taxa de analfabetismo no Município de Pelotas, os
dados do último Censo Demográfico de 2010 apresentam que:as pessoas
de 10 anos ou mais era de 3,9%. Na área urbana, a taxa era de 3,8% e
na zona rural era de 6,1%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de
analfabetismo era de 1,9%. A taxa de analfabetismo das pessoas de 10
anos ou mais no município é menor que os índices do Estado do Rio
Grande do Sul.
IDEB -Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado
pelo INEP*/MEC e busca representar a qualidade da educação a partir da
observação de dois aspectos: o fluxo (progressão ao longo dos anos) e o
desenvolvimento dos alunos (aprendizado).
O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do
exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar
de 0 a 10.
Quando avaliados os alunos da 4.ª série, o Município de Pelotas está
na 3.109ª posição entre as 5.565 cidades do Brasil e na 4.103ª com
relação aos alunos da 8.ª série.
O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do Ensino
Fundamental em escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas
particulares, as notas médias foram, respectivamente, 6,5 e 6,0.
FONTE: http://www.portalodm.com.br/relatorios/2-educacao-basica-de-
qualidade-para-todos/rs/pelotas
Calculo – IDEBe seus componentes: fluxo e aprendizado
IDEB - 2011 4.5 = Fluxo 0.87 de cada 100
alunos, 13 não foram aprovados
X Aprendizado 5.14 nota
padronizada de português e
matemática
*INEP- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
REDE DE EDUCAÇÃO: Estabelecimentos de Ensino município de
Pelotas - RS 2012
MUNICIPIO
Estadual Federal Municipal Particular
Total
PELOTAS 53 2 88 80 225
Fonte:
http://www.educacao.rs.gov.br/dados/estatisticas_estabs_2012.pdf
Matrícula - Ensino fundamental - 2012 (1) 43.249 Matrículas
Fonte: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2012.
Importante salientar que, para além dos dados estatísticos, temos
as inúmeras e crescentes razões que produzem estes percentuais.
Os dados que fazem referência ao fluxo de alunos matriculados nas
escolas entre os anos de 1991 e 2000 comparados aos de 2001 e 2010
são reflexo de um momento de transição entre a Lei 5692/71 e a LDBEN
9394/6, a partir da metade da primeira década a obrigatoriedade do
ingresso e permanência na escola faz com que os índices tenham um salto
quantitativo, na segunda década houve o ingresso natural em relação à
taxa de nascimento/idade escolar.
Além disso, o aumento na oferta de vagas para jovens e adultos por
meio da EJA – Educação de Jovens e Adultos; a aplicação dos critérios de
controle de frequência dos alunos através da implantação da FICAI – Ficha
de Comunicação do Aluno Infrequente; a efetivação de programas de
estímulo à formação escolar; a aplicação do ECA – Estatuto da Criança e
do Adolescente de forma mais efetiva e consciente.
SEGURANÇA
A saúde municipal cada vez mais atende aos usuários do SUS
acometidos por acidentes ou violência que incluem os acidentes de
automóveis, motos, as agressões, ferimentos por arma de fogo entre
outros que muitas vezes levam ao óbito. Além de consistirem causa de
óbito importante, conforme tabelas abaixo, levam também a tratamentos
de saúde longos, de complexidade diversas, gerando grande demanda
nos serviços de urgência e SAMU, cirúrgicos e de reabilitação.
As principais causas externas de óbito relatadas pelo município
demonstrando no gráfico acima são acidentes de transporte, agressões e
lesões , tomando por base os anos de 2005 e 2010. De acordo com o
Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de
82.087 indivíduos, sendo que 235 faleceram em função de eventos e/ou
causas externas.
SITUAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICIPIO
LONGEVIDADE – MORTALIDADE INFANTIL , MATERNA E GERAL- FECUNDIDADE
A taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é um dos indicadores básicos de
desenvolvimento humano, pois revela muito sobre as condições de vida e
a assistência de saúde de uma população. Este indicador expressa
também, de forma indireta o grau de crescimento socioeconômico e tem
sido universalmente utilizado como um sintetizador de desenvolvimento.
A TMI representa o número de crianças que morreram antes de
completar um ano de vida. Seus componentes são a mortalidade neonatal
precoce (óbitos ocorridos entre o nascimento e os seis dias completos de
vida), a mortalidade neonatal tardia (óbitos ocorridos entre os sete e os
27 dias completos de vida) e a mortalidade pós-neonatal (óbitos ocorridos
entre os 28 e os 364 dias de vida).
A mortalidade no período neonatal reflete de maneira geral, as
condições socioeconômicas e de saúde da mãe, a qualidade do
atendimento prestado na assistência ao pré-natal, parto e ao recém-
nascido. A mortalidade no período pós-neonatal, por sua vez está
associada às condições de acesso e a qualidade dos recursos disponíveis
para atenção à saúde materno-infantil.
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um
ano) em Pelotas reduziu 35%, passando de 19,1 por mil nascidos vivos
em 2000 para 12,4 por mil nascidos vivos em 2010 No entanto, conforme
demonstrado no gráfico abaixo a TMI em Pelotas (2006 a 2012), tem
mantido índices ainda acima dos desejados apesar de muitos esforços
dispensados à área materno-infantil.
MORTALIDADE INFANTIL DE PELOTAS-2005 a 2012
ANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Total de óbitos 86 66 49 65 56 59 57 61
CMI/100 19,8 15,4 12,2 16,3 13,8 15,3 13,3 14,5
Quando observamos os óbitos infantis por períodos, conforme
demonstrado na tabela abaixo, vimos que, em todos os anos cerca de
77% dos óbitos ocorrem no período neonatal, principalmente no período
neonatal precoce, ou seja, nos primeiros seis dias de vida, refletindo a
assistência prestada ao pré-natal, parto e nascimento. A proporção de
óbitos no período pós-neonatal tem oscilado entre 21 a 39%,
demonstrando que ainda temos um percentual expressivo de óbitos
infantis nesse período e na sua grande maioria óbitos por causas
evitáveis.
Óbitos infantis por periodo 2005
n=86
2006
n=66
2007
n=49
2008
n=65
2009
n=55
2010
n=59
2011
n=57
2012
n=61
Neo precoce 36
(42%)
39
(59%)
21
(43%)
31
(47%)
26
(47%)
26
(44%)
26
(46%)
37
(61%)
Neo tardio 23
(27%)
13
(20%)
9
(18%)
16
(25%)
10
(18%)
17
(29%)
13
(23%)
10
(16%)
Pós neo 27
(31%)
14
(21%)
19
(39%)
18
(28%)
19
(35%)
16
(27%)
18
(31%)
14
(23%)
É importante destacar que ao analisar a proporção de óbitos por
idade gestacional, peso de nascimento e causas nos últimos anos
pudemos observar que em torno de 70% dos óbitos ocorreram em bebês
que nasceram com idade gestacional menor que 37 semanas, sendo que
próximo a 20% em bebês com idade gestacional entre 32 a 36 semanas,
esses bebês apesar de serem pré-termo, possuem maiores condições de
sobrevida, pois estão muito próximo ao nascimento à termo e na maioria
das vezes com peso adequado. Quanto ao peso de nascimento, quase
50% dos óbitos foram de bebês com muito baixo peso de nascimento
(abaixo de 1500g) e entre 8 a 26% com baixo peso de nascimento
(abaixo de 2500g). Houve número expressivo de óbitos de bebês com
idade gestacional maior que 37 semanas (variou entre 29 a 45%) e com
peso de nascimento maior ou igual a 3000g (variou entre 12 a 22%). Nos
óbitos infantis por causa, a principal causa foi devido à prematuridade,
seguida pelas malformações congênitas, destacando também a morte
súbita infantil por ser uma causa evitável por orientações simples de
saúde, como dormir de barriga para cima.
Entre tantos indicadores importantes trabalhados pelo município
está a Razão de Mortalidade Materna (RMM) delineada no gráfico abaixo a
partir de 2004.
Longevidade (esperança de vida ao nascer) e Fecundidade - Pelotas – RS
1991 2000 2010
Esperança de vida ao nascer (em anos) 69,2 72,7 75,6
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,4 2,2 1,4
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/perfil/pelotas_rs
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a
dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM). Em Pelotas, a esperança de vida ao nascer aumentou 6,5 anos
nas últimas duas décadas, passando de 69,2 anos em 1991 para 72,7
anos em 2000, e para 75,6 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida
ao nascer média para o estado é de 75,4 anos e, para o país, de 73,9
anos. Observa-se também a diminuição na Taxa de fecundidade.
No que concerne à morbidade hospitalar, as 5 (cinco)
principais causas de internação são as listadas no gráfico abaixo:
Além da mortalidade infantil e mortalidade materna outras
informações dos Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) nos
auxiliam nas decisões de como priorizar nossas ações e realizar
investimento.
Observa-se que em relação ao gênero, podemos observar que
historicamente homens morriam mais do que mulheres havendo uma
modificação no ano de 2012 quando houve 27 óbitos a mais em mulheres
do que em homens, conforme tabela abaixo.
Mortalidade 2009 2010 2011 2012
Feminino 1285 1396 1422 1464
Masculino 1397 1460 1548 1437
Total 2682 2756 2970 2901
No município de Pelotas a mortalidade cresceu de 2009 a 2012 em
219 óbitos. Em 2009 tivemos 2.682 óbitos enquanto em 2012 tivemos
2.901 óbitos de residentes em Pelotas. As principais causas de óbitos de
mantiveram entre as doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças do
aparelho respiratório. Houve diminuição de óbitos por doenças
cardiovasculares de 754 óbitos para 650 óbitos e de doenças decorrentes
do diabetes e outros distúrbios metabólicos que passou de 162 para 116
óbitos. Observou-se aumento de óbitos por causas mal definidas em 247
óbitos além de aumento de 76 óbitos por doenças do aparelho respiratório
e de 44 por doenças neoplásicas. Houve aumento de 21 óbitos quando se
analisa as mortes violentas e por acidentes, estando aumento concentrado
em acidentes e agressão por arma de fogo e acidentes com motocicletas.
Observamos na tabela comparativa a situação dos óbitos em 2009 e
2012.
Frequencia da morte segundo
causa original 2009 2012
Neoplasias 493 537
Diabetes e outros distúrbios
metabólicos 162 116
Doenças cardiovasculares 754 650
Doenças do aparelho respiratório 273 349
Doenças do aparelho digestivo 107 118
Doenças renais e do trato urinário 49 73
Afecções do período perinatal 64 72
Por causas mal definidas 293 540
Acidentes e mortes violentas 200 221
Doenças do sistema nervoso 71 58
Outros 216 167
IMUNIZAÇÃO
Entre as importantes políticas de prevenção à doenças e agravos
destaca-se as Imunizações a Doenças Imunopreviníveis As ações de
imunização do município são desenvolvidas a partir de normas definidas
pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde (PNI). O
PNI foi criado em 1973 a fim de definir normas e parâmetros técnicos para
estratégias de ação com base na vigilância epidemiológica das doenças
imunopreveníveis e no conhecimento técnico e cientifico da área.
A vacina é uma das medidas de prevenção e controle mais segura e
eficaz com um impacto positivo na saúde da comunidade.
Vários fatores interferem na vacinação da comunidade, o que
dificulta, algumas vezes, atingir a cobertura vacinal proposta pela OMS de
95%.
Em uma análise da cobertura vacinal em Pelotas no período de 2010
a outubro de 2013, verifica-se uma tendência, mesmo que pequena, de
aumento da cobertura vacinal, com algumas dificuldades pontuais. Em
2012 houve um desabastecimento por parte do MS da vacina
Tetravalente, e a substituição de forma insuficiente com a vacina
Pentavalente, o que levou a diminuição da cobertura vacinal neste ano. No
ano de 2013 também houve diminuição de doses de vacina tríplice viral
(rubéola, sarampo, caxumba) recebida no município,deixando muitas
crianças sem a dose desta vacina diminuindo a cobertura vacinal da
mesma. Foi introduzida a vacina tetraviral (rubéola, sarampo, caxumba,
varicela) aos 15 meses de idade, substituindo a dose 2 de tríplice viral.
Apesar do município não atingir a meta de 95% de vacinação, a
cobertura anual das vacinas vem crescendo. E em 2013 o município
alcançou 95% de cobertura na Campanha Nacional de Vacinação contra a
Poliomielite.
FONTES NOTIFICADORAS
Na análise da saúde municipal havemos de destacar que o município
hoje em dia conta com mais de 75 fontes notificadoras que nos permite
gerar informações passíveis de intervenções mais efetivas para cada
situação, crescendo ano a ano. Exemplifica-se a investigação de óbito
quando relacionada ao trabalho iniciada no ano de 2013.
Entre os sistemas de informação alimentados pela SMS, podemos
destacar: SINAN, SINAN influenza e SINAN DENGUE - sistema informação
de agravos de notificação. ; SI - PNI - sistema informação do programa
nacional de imunização - sistema informação de doses aplicadas; sistema
de informação de insumos distribuidos e utilizados; SIM - sistema
informação de mortalidade; SINASC - sistema informação de nascidos
vivos; SIST - sistema informação saúde do trabalhador , que consiste em
sistema estadual on line; SINAN Influenza Web - sistema de informação
on line do agravo influenza; GAL - gerenciador de ambiente laboratorial;
MDDA - monitoramento da doença diarréica aguda e SILTB - Sistema de
informação- Tuberculose.
ESTRUTURA MUNICIPAL DE SAÚDE
O município de pelotas conta com rede de saúde com grande
número de serviços próprios. Contamos com 51 UBSs, 1 Unidade básica
de atendimento imediato (UBAI- Navegantes), 1 Pronto Socorro Municipal
(PSP), 8 Centros de atendimento Psicossocial (CAPS), sendo um deles 24
horas que atende dependentes químicos , 1 Centro de Especialidades com
diversos serviços em sua estrutura como por exemplo a sala de vacinas,
os atendimentos médicos de especialistas, o ambulatório de Saúde
Mental, o Teste do Pezinho entre outros, 1 Centro de atendimento à
Saúde do Escolar (CASE), o PIM (Programa Infância Melhor) além dos
serviços contratualizados como é o caso dos hospitais Escola da
Universidae Federal de Pelotas, Hospital São Francisco de Paula, Santa
Casa de Misericórdia, Beneficência Portuguesa, Hospital Espírita de
Pelotas, e serviços contratados como é ocaso de diversos laboratórios de
análises clínicas, serviços de ultrassonogrtafia, Raio X, fisioterapia entre
outros.
ESTRUTURA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE , ANÁLISE SITUACIONAL E DIRETRIZES
A Secretaria Municipal de Saúde teve importantes modificações na
sua estrutura organizacional no último ano contando com 4
superintendências : a Administrativa e Financeira, a de ações em Saúde,
a de Gestão Ambulatorial e Hospitalar e a de vigilância em Saúde. As
superintendências dividem-se em gerências e Supervisões conforme
organograma em anexo (ANEXO I).
SUPERINTENDÊNCIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
A Superintendência Administrativa e Financeira possui sob sua
responsabilidade as Gerências Administrativa e Financeira e a Regulação de
Óbitos.
A Gerência Administrativa mantém sob sua supervisão os setores de RH,
Arquitetura e Manutenção, Compras e Empenhos, Veículos e Almoxarifado e
Patrimônio. As demais Gerências não possuem setores sob sua supervisão.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A Superintendência
Administrativa e Financeira
localiza-se no prédio principal
da Secretaria Municipal e
Saúde, na Rua Tiradentes,
n°3120, onde executa suas
atividades com o
Superintendente e dois líderes,
além dos Gerentes,
Supervisores e demais cargos
de liderança do Setor.
A SAF tem como
responsabilidade promover a
integração as equipes acima
citadas, promovendo todo o
apoio necessário ao Gabinete
da Secretária e ás demais
Superintendências, viabilizando
o atendimento á todos os
programas, nas mais diversas
áreas, procurando desenvolver
um trabalho sincronizado e
contínuo, cujo objetivo é a
obtenção de resultados, os
quais promovem maior
credibilidade ao usuário na
Gestão Municipal.
- Realiza reuniões semanais com as demais
Superintendências;
- Realiza reuniões semanais com a Secretária de Saúde e
Secretário de Gestão Administrativa e Financeira;
- Realiza visitas periódicas ás Supervisões á fim de verificar
o trabalho;
- Realiza reuniões com o Setor e Compras e Empenhos e
Gerências Administrativa e Financeira para estabelecer e
avaliar fluxos;
- Participa de cursos/eventos de almoxarifado, compras,
etc, buscando qualificar o trabalho;
- Promove capacitação dos funcionários nas mais diversas
áreas;
- Realiza controle Orçamentário e Financeiro dos recursos
da SMS bem como fornece informações referentes á saldo
orçamentário e financeiro;
- Controla a entrada de recursos financeiros nas contas;
- Elabora remanejos e suplementações no orçamento;
- Controla os Contratos Administrativos, bem como locações
de imóveis;
- Elabora processos de licitação da Secretaria Municipal de
Saúde, desde a justificativa até solicitação de cotação de
preços;
- É responsável pela gestão dos servidores da SMS;
- Efetua aquisição de todo e qualquer material que seja
necessário para a Secretaria de Saúde, UBSs, CAPS e
demais departamentos;
- Providencia todos os pagamentos ás aquisições efetuadas
bem como prestadores de serviços;
- Recebe e armazena o material adquirido no almoxarifado;
- Organiza as viagens intermunicipais de pacientes para
consultas e exames através da Supervisão de Veículos;
- Realiza documentos de liberação, para transporte e
sepultamento de pessoas falecidas na cidade de Pelotas, ou
pessoas que venham a ser sepultadas em Pelotas;
- Elabora, orienta e acompanha estudos preliminares,
anteprojetos, projetos básicos e executivos de arquitetura e
seus orçamentos.
- Prepara e encaminha documentações para licitação de
obras, especificando os materiais utilizados nas mesmas.
- Supervisiona e fiscaliza obras e emite pareceres técnicos.
- É responsável pela conservação preventiva, corretiva e
operacional do patrimônio móvel e imóvel da Secretaria
Municipal de Saúde através do Setor de Manutenção.
ANÁLISE SITUACIONAL
A Superintendência Administrativa e Financeira foi criada,
juntamente com demais Superintendências da Prefeitura Municipal de
Pelotas, através da Lei 5763/2010, a qual determina que o
Superintendente Administrativo e Financeiro tenha como principais
atribuições chefiar as atividades das Unidades Administrativas
subordinadas bem como exercer a supervisão superior dos atos praticados
pelas mesmas. Além disso, é de sua responsabilidade a expedição de
documentos e atos de sua pasta, além de conduzir os serviços
administrativos bem como desempenhar outras atividades correlatas que
lhe forem atribuídas.
A Gerência de Regulação de Óbitos é responsável por realizar
documentos de liberação, para transporte e sepultamento de pessoas
falecidas na cidade de Pelotas, ou pessoas que venham a ser sepultadas
em Pelotas. É integrante do Sistema Funerário Municipal criado pela Lei
4652 de 6 de Abril 2001, alterado pela Lei 4662 de 17 de maio de 2001.
Seu funcionamento é 24 horas todos os dias, sem interrupção de gera
vários documentos como guia de Autorização para Liberação, Transporte e
Sepultamento e as autorizações de translado. Toda pessoa que falece em
Pelotas ou que venha a ser velada ou sepultada na cidade, necessita ser
autorizada pela Regulação de Óbitos e somente com esta autorização será
realizado o sepultamento.
O setor possui cadastros de todas as funerárias da cidade,
atualmente são 13 funerárias em funcionamento em Pelotas, ainda possui
cadastros das funerárias de outros municípios que aqui venham prestar
algum atendimento.
A Gerência Administrativa, bem como a Superintendência
Administrativa e Financeira, foi criada em dezembro de 2010 e as funções
são semelhantes à do Superintendente no que se refere ao exercício de
supervisão superior dos atos praticados por seus subordinados, condução
de serviços administrativos e desempenho de outras atividades. Sob sua
responsabilidade estão todos os contratos administrativos da Secretaria
Municipal de Saúde, bem como os de locação de imóveis e, mais
recentemente, de veículos.
Atua ainda diretamente nos processos de licitação, elaborando
termos de referência, buscando cotação de preços até o encaminhamento
do mesmo à Gerência de Compras Governamentais, onde ocorre a
licitação propriamente dita. Além disso, a Gerência é responsável pela
revisão diária de empenhos e ordens de pagamentos emitidos no Setor de
Compras, dentre outras atividades. Tem sob sua responsabilidade a
Supervisão de RH, Compras e Empenhos, Almoxarifado e Patrimônio,
Veículos, Arquitetura e Manutenção.
A Supervisão de Recursos Humanos é o setor que tem por finalidade
gerir os servidores da Secretaria Municipal de Saúde, sendo composto por 01
Supervisor e mais 02 funcionários, os quais são responsáveis pelos 1687
servidores da SMS, sendo destes:
Regime
Estatutário
Regime
Celetista
Contrato
Administrativo
Servidores
Federais
Servidores
Estaduais
Municipalizados
Cargos de
Confiança
Nº de
funcionários
939 344 336 21 22 25
Total 1687
Fonte: Serviços de Recursos Humanos SMS/Novembro de 2013
A Secretaria Municipal de Saúde, em todas as Superintendências,
realiza suas atividades com número reduzido de pessoal, sendo este um
dos principais problemas administrativos que baseado em informações da
Secretaria de Gestão Administrativa e Financeira (SGAF) poderá ser
amenizado após realização de concurso público previsto para 2014
No que se refere à Supervisão de Compras e Empenhos, este é o
setor responsável pela aquisição de todo e qualquer material que seja
necessário na Secretaria de Saúde, UBSs, CAPS e demais departamentos,
realizando as iniciais de processos inclusive iniciando os processos
licitatórios que depois de disparados, são efetivamente executados por
comissão de licitação na SGAF.
Conta hoje com 01 supervisora, 10 servidores que se dividem nas
atividades do setor: execução de empenhos, elaboração e cadastro de
Solicitação de Licitação ou Dispensa de Licitação, cotações de preços e
montagem e mapas, confecção de empenhos e prestação de contas de
diárias, recebimento e encaminhamento de notas fiscais à Secretaria de
Finanças, confecção de ordens de pagamentos, além da assessoria a
superintendência nos mais diversos sentidos.
Neste setor existe um fluxo para que as compras sejam efetuadas, o
qual se dá início pelo SIS (sistema de informações em Saúde) de origem,
onde consta o material a ser adquirido e a justificativa para a referida
compra. A partir deste documento é determinado como será feita a
aquisição e inicia-se o processo de cotação de preços, montagem do mapa
de preços, que depois de autorizado pela Superintendência e pela
Assessoria Técnica da SGAF, tem o empenho gerado.
Um dos grandes problemas na Supervisão de Compras e Empenhos
é a dificuldade na obtenção de cotações de preços, já que a grande
maioria das empresas habilitadas para venda ou prestação de serviços
para a Prefeitura são também fornecedoras para outros Municípios ou
empresas e levam dias para responder às cotações. Na tentativa de
diminuir este tempo, a SMS está em busca de novos fornecedores,
aumentando assim a concorrência e permitindo maior agilidade no
processo de cotação reduzindo o tempo total entre o pedido realizado
pelos setores no SIS e a efetiva aquisição e entrega do produto.
A atual gestão está trabalhando muito em processos de licitação, e,
para qualificar os referidos processos está investindo em capacitação para
os servidores para que estes processos sejam bem elaborados, visto que
quanto melhor for à descrição do produto na Solicitação de licitação,
melhor será a qualidade do item recebido.
É importante ressaltar que o setor apenas monta os processos de
licitação, porém estes são efetivamente realizados na Gerência de
Compras Governamentais, a qual é ligada á SGAF, e regra geral, não se
conclui antes de 03 meses. Cabe salientar ainda que os processos são
encaminhados a Procuradoria Geral do Município (PGM) em dois
momentos: análise de edital e homologação da licitação.
Visando dar agilidade nos processo a atual gestão já iniciou mesa
permanente de avaliação dos processos administrativos junto com a SGAF
e a PGM promovendo maior agilidade nos processos, tendo havido
algumas melhorias que tem permitido que grande número de licitações
(80%) marcadas no site do cidadecompras são da Secretaria de Saúde.
Esta ação apesar de bem sucedida ainda necessita ser aperfeiçoada e as
estratégias conjuntas deverão ser mantidas no decorrer dos próximos
anos além de avaliados os seus resultados.
Para melhorar as atividades, ainda são necessários muitos processos
licitatórios em especial de serviços, sendo que, alguns deles já estão em
fase de elaboração, como contratação de empresa para eventos e Coffee-
break, contratação de serviços de mão de obra como serralheiro
vidraceiro, chaveiro, etc e de serviços gráficos em geral;
A Supervisão de Almoxarifado e Patrimônio é o setor
responsável pelo recebimento e armazenamento do material que é
adquirido pelo Setor de Compras. Conta com 1 supervisor, 5 servidores
para serviços internos e 1 motorista para efetuar as atividades de entrega
das mercadorias nos serviços de saúde.
No que se refere ao fluxo das atividades este setor recebe cópia dos
empenhos e envia para os fornecedores. A partir daí, são responsáveis
pela cobrança do recebimento no prazo designado no processo de compra
e, principalmente, devem conferir atentamente se o material é o que está
descrito no empenho tanto em aspectos quantitativos como qualitativos,
podendo e devendo recorrer a setores especializados quando a compra
incluir itens de especificação técnica particular que necessitem avaliação
mais minuciosa.
Em se tratando de material e equipamento permanente, o setor de
almoxarifado é responsável pelo contato com o patrimônio geral da
Prefeitura, para que este faça o tombamento dos referidos materiais antes
que sejam distribuídos aos seus destinos.
Cabe ainda salientar que neste setor também está ocorrendo
investimento em capacitação de servidores para melhorar a qualidade do
serviço, além da intenção de melhoria do sistema de informação que
permite o controle de estoque .
Um dos maiores problemas encontrados no almoxarifado e em
outros serviços de saúde, é a grande quantidade de material inservível.
Este problema ao ser observado, levou a equipe a unir-se a outras
secretarias afins, participando de uma comissão que vem sendo formada
e que irá selecionar, fotografar e catalogar estes itens, que irão a leilão.
Tal medida, além de arrecadar verbas para a SMS, irá desocupar
espaço no almoxarifado, desocupar espaço nas unidades de saúde,
permitindo a manutenção de organização dos materiais em espaço mais
qualificado.
A Supervisão de Veículos é um setor de extrema importância para
o andamento das atividades da Secretaria de Saúde visto que é
responsável pela organização das viagens intermunicipais de pacientes
para consultas e exames, atendendo as solicitações das Gerências de
Acolhimento ao Usuário – GAU, Ordens Judiciais encaminhadas pela
Gerência de Atendimento Técnico – GAT e da 3ª CRS de Saúde, pelas
rotas de hemodiálise e fisioterapia além de apoiar as demandas da
Vigilância em Saúde, bem como todos os programas da Superintendência
de Ações em Saúde e Conselho Municipal além de buscar atender as
demandas da gestão com participação em reuniões, eventos, ações do
controle social entre outras.
A Supervisão de Veículos organiza também o transporte diário de
pacientes, via ônibus contratado por processo licitatório, para a referência
Porto Alegre, levando usuários para exames, consultas e tratamentos. É
responsável também, pelo transporte de urgência para transplantes que
em geral tem como referência o município de Porto Alegre.
Toda esta demanda atualmente é efetuada com apenas 12 veículos
e 24 motoristas realizando atividades nos três turnos, o que não é
suficiente para a demanda, consistindo um dos maiores problemas da
Secretaria de Saúde já que muitas vezes os programas correm risco de
prejuízos, não podendo ser realizados no tempo oportuno porque os
veículos estão atendendo transportes assistenciais ou efetuando
demandas judiciais.
Além disso, sempre há veículos em manutenção os quais são
encaminhados ao DVO, junto com os demais veículos da Prefeitura, onde
são efetuados orçamentos de manutenção e compra de peças, atividades
estas que costumam ser dificultadas pelo excesso de serviço. Em cada
manutenção há a necessidade de empenhos, o que também ainda é uma
dificuldade pelo excesso de serviço no Setor de Compras da SMS.
São problemas do setor ainda o sucateamento da frota, devido ao
desgaste inevitável dos veículos que atendem as mais diversas demandas,
demora na liberação dos cartões de abastecimento, a espera é superior a
15 dias úteis;
Na tentativa de amenizar estes problemas estão sendo adquiridos
seis veículos, sendo um micro ônibus, além de contratação de serviço de
locação de veículos. Este processo faz parte do Projeto de Renovação de
Frota.
Além disso, o Setor de Compras da SMS está priorizando os
empenhos de compra de peças e manutenção para reduzir o tempo de
permanência destes no DVO. Foi efetuado ainda um processo licitatório
para a contratação de serviço de locação de veículos, onde já estão em
funcionamento 03 unidades, os quais atendem os programas da
Superintendência de Ações em Saúde.
A Supervisão de Arquitetura é responsável pela elaboração,
orientação e acompanhamento de estudos preliminares, anteprojetos,
projetos básicos e executivos de arquitetura e seus orçamentos além de
preparar e encaminhar documentações para licitação das mesmas. Este
papel, é de suma importância para a SMS, que utiliza os projetos para
captação de recursos das instâncias estadual e federal bem como sua
execução, acompanhamento, fiscalização que permite uma prestação de
contas dos projetos realizados com transparência garantindo a boa
qualidade dos serviços.
Além disso, o setor é também responsável pela especificação de
materiais utilizados nas obras, as quais supervisiona e fiscaliza além de
emitir pareceres técnicos, e acompanhar tanto ações realizadas pelas
equipes da SMS quanto serviços terceirizados e/ ou contratados por
licitação.
A Supervisão de Arquitetura conta com três arquitetas 1 Oficial
administrativo e 1 administrador da superintendêncai de Ações em Saúde
como apoio nas ações referentes às Unidades Básicas de Saúde. No Setor
de Manutenção contamos com 21 servidores, para atuarem em serviços
gerais de manutenção aos quais cabe a execução de reparos nas unidades
de saúde vinculadas a Secretária Municipal de Saúde bem como
solicitação de reparos terceirizados, em atividades onde não há mão de
obra qualificada no setor como também reparos de pequena monta.
No setor de manutenção a escassez de mão de obra especializada
em algumas áreas constitui uma dificuldade. Além disso, não há
protocolos e rotinas regulares de manutenção que facilitem o processo de
conservação das áreas prediais de nossas unidades. Projeta-se para
melhorar as atividades do setor, elaborar rotinas de trabalho, cronograma
de execução das rotinas visando com isso manutenção da estrutura física
das unidades em bom estado de conservação. Na arquitetura, elaborar
cronogramas de fiscalização e de projetos, determinando quais técnicos
elaborarão somente projetos e quais técnicos realizarão somente
fiscalização/vistoria.
A Gerência Financeira é responsável pelo controle orçamentário e
financeiro dos recursos, da SMS bem como de fornecer informações
referentes aos saldos orçamentários e financeiros por Projeto e Fonte.
Além disso, registra a chegada de recursos financeiros e ainda elabora
remanejos e suplementações no orçamento quando necessário.
A responsabilidade pelo financiamento do Sistema Único de Saúde é
tripartite, realizado através do aporte de recursos financeiros alocados nos
respectivos fundos de Saúde das três esferas de governo, federal,
estadual e municipal. O município de Pelotas está em Gestão Plena do
Sistema Municipal desde o ano de 2000. Com abrangência da 3º e 7º
Coordenadorias de Saúde, disponibiliza ações e serviços públicos de saúde
para uma população de aproximadamente 1.000.000 de habitantes.
O perfil de financiamento do SUS em Pelotas, segundo os dados
financeiros apresentados no MGS no período compreendido entre 2010 a
2012, demonstra que do total da receita informada, a fonte federal
representa o maior valor, seguido da fonte municipal e estadual. Destaca-
se que no período analisado, o crescimento percentual no aporte de
recursos financeiros para o financiamento do SUS foi maior na esfera
municipal, passando de R$29.057.833,07 em 2010 para
R$49.841.273,90 em 2012. Uma variação percentual de 71,52%.
Gráfico 1 – Receita por esfera de governo – 2012
Fonte: MGS
Observa-se no gráfico acima que do total da receita informada no
MGS, as transferências federais representaram 55,44%, a municipal
33,70% e a estadual 10,86%.
Gráfico 2 – Percentual da receita federal por bloco de financiamento – 2012
Fonte: MGS
Observa-se no gráfico 2 que do total da receita transferida em 2012
pelo Fundo Nacional ao Fundo Municipal de Saúde, o bloco de
financiamento da Atenção de Média e Alta Complexidade representou
80,63%, seguida pelo bloco da Atenção Básica com 15,48%. Juntos
estes dois blocos de financiamento concentram 96,11% dos recursos
federais.
Gráfico 3 - Percentual da receita estadual por programa de governo – 2012
Fonte: MGS
Com relação aos recursos provenientes do Fundo Estadual de Saúde, o
repasse não é realizado por blocos de financiamento, mas por programas.
Observa-se que do total recebido, 65% são destinados para ações de média e
alta complexidade e 15% para a atenção básica.
Gráfico 4 – Previsão de receita por esfera de governo – Orçamento 2014
Fonte: SMS
Conforme o gráfico 4, a previsão de receita para o ano de 2014
evidencia que o maior percentual será proveniente do Fundo Nacional de
Saúde, com 63,57% do total.
Gráfico 5 – Previsão orçamentária por categoria econômica – 2014
Fonte: MGS
Conforme o gráfico 5, 65,81% da despesa será com custeio e
26,16% com pessoal.
Superintendência de Ações em Saúde (SAS)
Superintendência de Ações em Saúde (SAS)
Superintendência de Ações em Saúde (SA
Superintendência de Ações em Saúde (SAS)
A Superintendência de ações em saúde (SAS) tem sob sua
responsabilidade grande parte da ação assistencial da Secretaria Municipal
de Saúde, contando com uma Gerência dos Programas de Saúde,
Gerencia da Saúde Mental, Gerencia do CEREST (Centro de referência em
Saúde do trabalhador), Gerencia de Rede de Atenção Básica e Gerencia de
Assistência Farmacêutica, além dos 6 gerentes distritais recentemente
incorporados à SAS após aprovação de projeto no CMSPEL e Câmara de
Vereadores.
Tem no escopo de suas funções coordenar Unidades básicas de
saúde (UBSs), alguns serviços do Centro de especialidades (Ex: Sala de
Vacinas, Centro de Testagem Diagnóstica) os CAPS- Centro de
atendimentos Psicossocial, entre outros serviços da Saúde mental, os
Programas de saúde da criança, saúde da mulher, saúde do Adulto do
idoso, DST AIDS, entre outras ações no Planejamento e execução das
políticas assistenciais preconizadas pelo Ministério da Saúde Ex: adesão
ao Programa mais médicos), bem como políticas municipais de atenção
(Ex: mãe Pelotense).
Destaca-se ainda a atenção à saúde bucal, e atenção à saúde do
trabalhador em seu âmbito regional executada pelo CEREST. Destaca-se
também o trabalho junto à Ass. Farmacêutica que delimita desde a
realização da inicial de compras considerando aspectos epidemiológicos e
de necessidade de demanda municipal até o abastecimento da rede de
atenção à saúde.
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE - UBS
As Unidades Básicas de Saúde são estruturas voltadas para
atenção primária a saúde que se caracteriza por executar um conjunto de
ações, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento,
a reabilitação e a manutenção da saúde, constituindo a porta de entrada
para o SUS.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
As UBSs estão vinculados a
Superintendência de Ações em Saúde e
organizadas para se antecipar aos
problemas de saúde ou tentar solucioná-
los o quanto antes e o mais perto possível
da população.
Pelotas conta com 51 UBS como porta de
entrada do sistema 01 Centro de
Especialidades, que constitui unidade
mista de saúde com procedimentos de
atenção básica e de
média complexidade, 01 Unidade Básica
de Atendimento Imediato (UBAI
Navegantes) gerenciadas pela Secretaria
Municipal de Saúde, 04 pelas
Universidades Federal e Católica e 04 de
gerenciamento misto (Obelisco, Vila
Municipal, Areal Leste e União de Bairros).
Tem envolvimento direto de mais de 800
funcionários nas diversas formações entre
elas assistentes sociais, médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagens,
dentistas, nutricionistas entre outros.
- Mapeamento da área e dos equipamentos
sociais presentes nos território de abrangências
das UBSs como escolas, associações
comunitárias, ONGs, etc.
- Planejamento, busca ativa, captação,
cadastramento e acompanhamento das famílias
de suas áreas;
- Acolhimento, recepção, registro e marcação de
consultas.
- Ações individuais e/ou coletivas de promoção à
saúde e prevenção de doenças.
- Consultas médicas e/ou de enfermagem.
- Consultas e procedimentos odontológicos,
- Realização de procedimentos médicos e de
enfermagem;
- Imunizações, Inalações, Curativos, drenagem
de abscessos e suturas,
- Administração de medicamentos orais e
injetáveis.
-notificações de agravos.
-articulação com a rede do sistema de saúde e
outros setores relacionados às necessidades
daquela população.
ANÁLISE SITUACIONAL
A Atenção Básica foi implantada da década de 80 e gradualmente
se fortalecendo no município. Atualmente conta com 51 Unidades Básicas
de Saúde. Além da ampliação quantitativa das Unidades, das equipes e
dos serviços, a qualidade da atenção sempre foi uma preocupação. As
capacitações regulares , a educação em saúde nas diversas áreas de
atuação, caminharam para avanços como o de 2011 quando o município
fez a adesão ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na
Atenção Básica – PMAQ/AB, tendo contratualizadas 12 equipes, estando
atualmente com 26 equipes aderidas ao programa.
Em 2012 este município aderiu ao Programa de Valorização do
Profissional da Atenção Básica – PROVAB 1ª edição e assim, teve o
ingresso de 04 enfermeiros. Já na segunda edição PROVAB – PROVAB
2013, houve habilitação de 38 vagas e 11 médicos assumiram no dia 06
de março de 2013.
No dia 15/07/2013 foi realizada a adesão deste município ao
Programa Mais Médicos. O Programa Mais Médicos faz parte de um amplo
pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de
Saúde, que prevê mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e
unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há
escassez e ausência de profissionais.
Para efetivar os benefícios de implementação de programas e de
serviços foi necessário criar também alternativas administrativas para que diante
de uma extensa rede de serviços pudéssemos aproximar articular os serviços e a
gestão e para isso foi construído o projeto de distritalização da Saúde e criação
dos cargos de gerentes distritais que se encontra em fase de implementação.
Diante dos desafios impostos pela realidade a Secretaria Municipal
de Saúde ira demonstrar abaixo um conjuntos de ações que pretende
desenvolver nos próximos anos nas diferentes áreas, considerando a
necessidade de grande potencial de logística, capacitação continuada,
alem da necessidade freqüente de reformas, ampliações e construções
novas.
O fortalecimento e qualificação perpassa também pela ampliação
da Estratégia da Saúde da Família, pela continuidade da implantação dos
distritos sanitários e respectivas gerências e pela Melhoria do Acesso e da
Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) com Incentivo Financeiro do
PMAQ-AB.
Estratégia da Saúde da Família
Considerando a expansão do Programa Saúde da Família (PSF) que
se consolidou como a estratégia prioritária para reorganização da atenção
básica em Pelotas, até outubro de 2013 dos 328.275 habitantes deste
município (IBGE- 2010) 155.249 eram cobertos pela ESF em 27 UBSs
representando 47,29% de cobertura populacional. Pelotas tem atualmente
45 equipes implementadas e 8 em implantação (Fátima, Py Crespo,
Pestano Caique e Colônia Z3) ,aguardando vinda do financiamento,
habilitação, junto ao Governo Federal. Com isso alcançaremos 55,7% da
população o que corresponde a 182.849 pessoas.
Como advento do Projeto Mais Médicos para o Brasil, oportuniza-se
a expansão da ESF, podendo atingir, com 07 novos profissionais do
segundo ciclo, 62% de cobertura o que corresponde a 06 novas equipes e
1 substituição ( Sítio Floresta) e cobertura populacional de 203.530
habitantes. Vale ressaltar que as equipes anteriormente aprovadas
(projeto expansão 2011/ 2012) como EACS, em virtude da falta do
profissional médicos, já foram transformadas em ESF como é o caso do
Pontual da Barra/Nesga, Passo do Salso, Triunfo e Sansca.
A tabela a seguir demonstra a situação atual das equipes de ESF
ressaltando a dinamicidade do processo, que se modifica conforme
orientações da legislação e implementação de novas equipes, devendo
modificar-se até o final da vigência deste plano:
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – outubro de 2013
UBS MODALIDADE EQUIPE
1. ARCO-ÍRIS ESF 012
2. BARRO DURO ESF 003
BARRO DURO ESF 061
3. BOM JESUS ESF 023
BOM JESUS ESF 123
BOM JESUS ESF 223
BOM JESUS ESF 323
4. CERRITO ALEGRE ESF 026
5. CORRIENTES ESF 063
6. DUNAS ESF 021
DUNAS ESF 121
DUNAS ESF 221
DUNAS ESF 321
7. CORDEIRO DE FARIAS ESF 025
8. GRUPELLI ESF 002
9. PEDREIRAS ESF 022
10. SANGA FUNDA ESF 013
11. GETÚLIO VARGAS ESF 016
GETÚLIO VARGAS ESF 017
GETÚLIO VARGAS ESF 018
12. NAVEGANTES ESF 008
NAVEGANTES ESF 009
NAVEGANTES ESF 010
NAVEGANTES ESF 011
13. SÍTIO FLORESTA ESF 014
14. VILA NOVA ESF
15. VILA PRINCESA ESF 004
16. SIMÕES LOPES ESF 005
SIMÕES LOPES ESF 006
SIMÕES LOPES ESF 007
17. VILA MUNICIPAL ESF 015
18. SANSCA ESF 020
19. OBELISCO ESF 031
OBELISCO ESF 032
OBELISCO ESF 033
20. D. PEDRO I ESF 044
D. PEDRO I ESF 141
D. PEDRO I ESF 241
21. MONTE BONITO ESF 027
22. COLÔNIA OSÓRIO ESF
23. AREAL LESTE EACS
24. COLÔNIA TRIUNFO ESF
25. LARANJAL – PONTAL DA BARRA/NESGA ESF
26. VIRGÍLIO COSTA – PASSO DO SALSO e VILA
GOVERNAÇO
ESF
27. FÁTIMA - UCPel ESF
28. PY CRESPO - UCPel ESF
29. PESTANO CAIC- UCPel ESF
30. COLÔNIA Z3 ESF
31. UNIÃO DE BAIRROS - UCPel ESF
A nova proposta de Expansão da ESF delimita novas equipes
conforme tabela a seguir:
UBS
Nº de
equipes para
implantação
ESF
População
Estimada
Areal I 01 2.856 pessoas
Apesar da proposta contemplar 12 novas equipes, permitindo
68,3% de cobertura, pretendemos nesta fase ( 2º ciclo- Mais médicos)
implantar imediatamente 6 delas: Leocádia, Cohab Fragata, Cohab
Pestano, Cohab Guabiroba, Colônia Maciel, Virgílio Costa, alcançando
então, 62%, para em 2014 implementarmos as demais.
As equipes estão sendo dispostas de forma que distribuídas
possam dar sequência à cobertura territorial, aos critérios de risco
populacional, e do Projeto Mais médicos para o Brasil, bem como atender
e reestruturar as equipes já existentes.
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção Básica
Considerando a Portaria n° 1.654, de 19 de julho de 2011, que
instituiu o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção Básica (PMAQ-AB) e o Incentivo Financeiro do PMAQ-AB, , com o
objetivo de qualificar a gestão pública por resultados mensuráveis, o
município pretende criar a gratificação do Programa Nacional de Melhoria
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica –e dos Centros de
Leocádia 02 3.854 pessoas
Cohab Fragata 02 4.172 pessoas
Cohab Pestano 03 7.263 pessoas
Cohab Guabiroba 02
3.899 pessoas
Colônia Maciel 01
1.000 pessoas
Virgílio Costa 01 3.024 pessoas
Total 12 26.068 pessoas
Especialidades Odontológicas (GPMAQ-CEO) autorizando o pagamento
aos profissionais das equipes envolvidas com adesão que cumpram as
metas estabelecidas pelo Programa. Objetiva, além da melhoria de
qualidade dos serviços, promover a valorização dos profissionais da rede
básica de saúde. Com isso, poderemos fortalecer a atenção básica, criar a
rotina de avaliação dos indicadores e metas. Pretende-se, até o final da
vigência deste plano, possibilitar a adesão de todas as equipes da
atenção básica e CEO ao Programa permitindo assim ampliar
sobremaneira o repasse de incentivos ao município, aos profissionais
atrelado ao comprometimento com metas e resultados.
Esta iniciativa visa, portanto, o aprimoramento e fortalecimento da
atenção básica na medida que incentiva os profissionais através do
suporte financeiro a partir da produtividade e comprometimento dos
mesmos na atuação profissional cotidiana nas Unidades Básicas de Saúde.
NASF – Nucleo de apoio à Saúde da Família
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo
Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da
Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de
serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
Atualmente regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro
de 2011, configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de
forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF) e as equipes
de atenção básica.
A Secretaria Municipal de Saúde pretende realizar adesão a este
Programa em 2014 considerando que a implantação ira permitir uma
integração com a discussões de casos clínicos, possibilitará um
atendimento compartilhado entre profissionais tanto na Unidade de Saúde
como nas visitas domiciliares, construção conjunta de projetos
terapêuticos de forma que permitirá ampliar e qualificar as intervenções
no território e na saúde de grupos populacionais.
DISTRITOS SANITÁRIOS- Implementação do Projeto dos
distritos Sanitários
Do ponto de vista gerencial, existe um ganho evidente na
possibilidade de uma gestão mais próxima da unidade geradora de
demandas em saúde, do cidadão e do controle social. Numa determinada
área existem problemas e agravos de saúde de todas as ordens, que
dependem principalmente de fatores socioeconômicos e de suas
características epidemiológicas. É lógico, então, pensar que não se pode
oferecer todas as tecnologias a cada local e na própria localidade, sob
pena de incrementar a ociosidade e/ou o desperdício.
A proposta da distritalização tem como uma de suas premissas a
plena satisfação das demandas locais e dos problemas de saúde da
população através de um sistema hieraquizado e articulado, embasados
na Constituição Federal de 1988 e nas Leis 8080/90 e 8142/90.
Sistemas de referência e contra-referência, com foco nos problemas
prevalentes e nas tecnologias disponíveis, e operados de modo articulado
e integrado, que permitam ampla cobertura e acesso da população, com a
maior eficiência econômica e social, é um caminho possível. Além disto, a
melhoria do acesso aos serviços é a condição que assegura uma cobertura
universal disponível.
Neste modelo, a garantia de acesso levará em consideração a
distância, o tempo de locomoção e os meios de transporte de cada serviço
de atendimento e referência. Observa-se, portanto, que os serviços
devem ser prestados oportunamente e em caráter contínuo, atender à
demanda real e estar incluídos em um sistema de referência que assegure
fácil acesso ao nível de assistência necessária.
A política de saúde e o modelo de atenção devem ser desenvolvidos
como uma política pública, articulada nos diversos setores da gestão e
atuação da administração pública municipal e da sociedade civil. As
estratégias a serem estabelecidas devem intervir no processo saúde-
doença, visando em última análise à promoção da saúde e do bem-estar,
o que equivale dizer que cabe ao poder público implementar políticas de
desenvolvimento com o objetivo de melhorar as condições de vida da
população
Portanto, a regionalização de serviços não deve ser considerada
apenas do ponto de vista burocrático-administrativo, mas representar a
melhor distribuição técnico-espacial dos serviços de saúde numa dada
área, possibilitando o acesso da população a todos os níveis de atenção,
ou seja, a todas as ações de saúde.
O Projeto, já aprovado no CMSPEL em 2013 está já em fase de
implementação. Pretende-se em 2014 ter a equipe de gerenciamento
completa e funcionando a pleno com diagnóstico da situação de cada US e
de cada distrito permitindo assim iniciar o ano de 2014 com informações
que permitam planejamento mais preciso consideradas as necessidades
regionais.
O Projeto conta com a formação de 6 distritos sanitários e criação de
06 gerências distritais, descritos na tabela abaixo. É importante destacar
que todo e qualquer serviço municipal novo que se inclua na área
delimitada será incluído automaticamente no distrito correspondente.
DISTRITOS
SANITÁRIOS
ÁREAS Unidades Básicas de
Saúde
Distrito Sanitário I –
(DS I Três Vendas)
Início pela Rua Zeferino Costa
passando pela Estrada dos Maricas Br
Ambulatório de UCPEL
CAPS Zona Norte
116 (barragem), Rua Hipólito Ribeiro
- rua 4 (Armindo da Silva), Rua
Ataliba de Figueiredo Paz, Rua Egídio
Zanatto, Avenida 25 de Julho, Rua
Joana Neutzling, João Goulart,
Carúccio até Fernando Osório.
UBS Cohab Lindóia
UBS Jardim de Allah
UBS Py Crespo
UBS Santa Terezinha
UBS Sítio Floresta
UBS União de Bairros
UBS Vila Princesa
Distrito Sanitário II – ( DS II Três Vendas)
Início pelo Engenho Ildefonso Simões
Lopes passando pela Estrada dos Maricas,
Zeferino Costa, Avenida Salgado Filho,
Fernando Osório, Avenida Dom Joaquim
até Juscelino Kubitschek.
CAIC Pestano
UBS Cohab Pestano
UBS Getúlio Vargas
UBS Presídio
UBS Sanga Funda
UBS Tablada I
UBS Tablada II
UBS Vila Municipal
Distrito Sanitário III – (DS Centro/Porto)
Início pela Avenida João Goularte
passando pela Praça Vinte de Setembro,
Rua Marcílio Dias, Rua Manduca
Rodrigues, Rua Santos Dumont, Ceval,
Doquinhas, Ocupação Paulo Guilayn,
Estrada do Engenho, Avenida Ferreira
Viana, Juscelino Kubitschek, Dom
Joaquim, Fernando Osório até Francisco
Carúccio.
UBS Balsa
UBS CSU Cruzeiro
UBS Fátima
UBS Navegantes
UBS Puericultura
UBS SANSCA
CAPS AD
CAPS Escola
CAPS I
CASE
Centro de Especialidades
Distrito Sanitário IV – (DS
Fragata)
Início pela Avenida Presidente João
Goulart passando pela Praça Vinte de
Setembro, Rua Marcílio Dias, Br 392, Br
116, Avenida Cidade de Lisboa
(abrangendo barragem), Avenida 25 de
Julho, Br 116 e Avenida João Goulart.
CAPS Castelo
CAPS Fragata
UBS Cohab Fragata
UBS Cohab Guabiroba
UBS Dom Pedro I
UBS FRAGET
UBS PAM Fragata
UBS Simões Lopes
UBS Virgilio Costa
Distrito Sanitário V – (DS Areal/Laranjal)
Estrada dos Maricas até Avenida Engenho
Ildefonso Simões Lopes até Avenida
Juscelino Kubitschek de Oliveira. Avenida
Ferreira Viana, Avenida São Francisco de
Paula, Estrada do Engenho Canal São
Gonçalo até Pontal da Barra (beirando
lagoa dos Patos até Colônia Z3, Avenida
Adolfo Fetter abrangendo Vila da Palha,
Estrada da granja e Estrada do cotovelo.
CAPS Baronesa
UBS Arco Íris
UBS Areal Fundos
UBS Areal I
UBS Barro Duro
UBS Bom Jesus
UBS Colônia Z3
UBS CSU Areal
UBS Dunas
UBS Laranjal
UBS Leocádia
UBS Obelisco
Distrito Sanitário VI – (DS Colônia)
Colônia Cascata, Colônia Cerrito Alegre,
Colônia Cordeiro de Farias, Colônia
Corrientes (inclui Posto Branco), Colônia
Grupelli, Colônia Maciel, Colônia Monte
Bonito, Colônia Osório, Colônia Pedreiras,
Colônia Santa Silvana, Colônia Triunfo e
Colônia Vila Nova.
UBS Colônia Cascata
UBS Colônia Cerrito Alegre
UBS Colônia Cordeiro de
Farias
UBS Colônia Corrientes -
Colônia Posto Branco
UBS Colônia Grupelli
UBS Colônia Maciel
UBS Colônia Monte Bonito
UBS Colônia Osório
UBS Colônia Pedreiras
UBS Colônia Santa Silvana
UBS Colônia Triunfo
UBS Colônia Vila Nova
Criação do Protocolo e diretrizes da Atenção básica:
A gestão municipal entende a importância de, respeitadas as
necessidades distritais, que se estabeleçam diretrizes no atendimento da rede de
atenção básica com caminhos transparentes bem delimitados, rotinas
estabelecidas que padronizem condutas respeitando os princípios do SUS de
integralidade, universalidade e equidade na saúde.
A construção do documento contará com a participação de toda a
rede de saúde básica e equipe gestora e culminará na criação de documento
final, com aprovação junto ao controle Social e implementação dos preceitos
estabelecidos no documento.
Reformas, ampliações e construções
Com propósito de contribuir para a estruturação e o fortalecimento
das Unidades Básicas a fim de propor que a estrutura física da UBS não
seja um fator que dificulte a mudança das práticas em saúde .
A UBS na sua estrutura física deve ser compatível tanto com a
pró- atividade da equipe em seu trabalho na comunidade quanto com o
imperativo de acolher às demandas espontâneas, dando respostas às
necessidades de saúde da população de sua área de abrangência e
garantindo a continuidade dos cuidados na comunidade.
Considerando que os espaços sugeridos devem ser adequados à
realidade local, ao quantitativo da população adstrita e sua especificidade,
ao número de usuários esperados e viabilizar o acesso de estagiários e
residentes de instituições formadoras da área da saúde e na rotina de sua
aprendizagem.
Estes fatores delineiam prioridades, estabelecem limites e propõem
a organização dos processos de trabalho, na perspectiva da ambiência.
Neste sentido pretende-se que seja realizado a construção de 08
novas Unidades Básicas de Saúde a fim de ampliar os espaços de atuação
nas áreas, propiciando o acolhimento e atendimento a população do
município.
Em relação às reformas e ampliações já existem a previsão de
algumas ações previstas na agenda em anexo e também cabe ressaltar
que as necessidades de reparos nas UBS é um processo dinâmico que
depende das demandas espontâneas que surgem e da possibilidade de
financiamento dos demais entes federados: federal e estadual.
SAÚDE BUCAL
O serviço de Saúde Bucal compreende um conjunto de ações nos
âmbitos individual e coletivo que abrange a promoção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação nos 03
níveis de atenção (alta, média e baixa complexidade).
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O serviço de Saúde Bucal no Município de
Pelotas está inserido hoje em 33 das 38
Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona
urbana e 12 das 13 UBS da zona rural,
contando com o trabalho de 68 Cirurgiões
Dentistas (CD) e 8 Auxiliares de Saúde
Bucal;
Possui 7 ESB – Equipes de Saúde Bucal,
modalidade1 (1 CD e 1 ASB) e 9 ESB em
implantação;
Conta com 01 CEO - Centro de
Especialidades Odontológicas – CEO
Jequitibá (o segundo em fase de
implantação – CEO Sorrir) e o Serviço de
Próteses Dentárias.
- Realiza ações na Atenção a Saúde Bucal
da rede básica em dois modelos
(tradicional e Equipe de Saúde Bucal);
-Presta atendimento de média
complexidade nas especialidades de
endodontia, periodontia, cirurgia oral
menor, diagnóstico bucal e atendimento a
pacientes especiais;
- Atendimento em nível hospitalar para
pacientes especiais que necessitam de
procedimentos sob anestesia geral junto
ao HE/UFPel;
- Fornece Próteses Dentárias;
- Executa atividades de Saúde Bucal em
escolas;
- Mediante parceria com a Faculdade de
Odontologia/UFPel, garante estágio de
graduandos do 10º semestre nas UBS.
ANÁLISE SITUACIONAL E PROPOSTAS
O Serviço de Saúde Bucal vem atuando na ampliação do
atendimento e na melhoria das condições de saúde bucal da população,
possibilitando o acesso aos serviços odontológicos a todas as faixas
etárias e a oferta de mais serviços, assegurando atendimentos nos níveis
secundários e terciários na área de saúde bucal.
A aquisição e instalação de autoclaves para todos os consultórios
odontológicos da rede básica e recente aquisição de aparelhos de jato de
bicarbonato e ultrassom também para toda a rede foi um dos avanços que
possibilitaram qualificar o serviço. Está em processo licitatório a aquisição
e instalação de aparelhos de ar condicionado para todos os consultórios
odontológicos da rede municipal.
A partir do ano de 2012, contamos com 07 Equipes de Saúde Bucal
(ESB) na lógica da Estratégica Saúde da Família em substituição ao
modelo tradicional. Um Projeto para Novas 10 Equipes de Estratégia em
Saúde Bucal (ESB) foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e
encaminhado a 3ª CRS, a qual aprovou 9 ESB. As 9 ESB foram aprovadas
junto ao Ministério da Saúde e, após realização de seleção interna de
Cirurgiões-dentistas, estão em fase de implantação. Pretende-se ampliar o
número de ESB respeitando critérios estabelecidos pelo Ministério da
Saúde e necessidades locais, chegando a, no mínimo, 18 ESB em 2017.
Em relação à oferta de Serviço especializado na área de saúde
bucal foi inaugurado, em 2012, o 1º Centro de Especialidades
Odontológicas Jequitibá, oferecendo as especialidades de Endodontia,
Periodontia, Cirurgia oral menor, Diagnóstico bucal e Atendimento a
pacientes com necessidades especiais. Criou-se ainda protocolos de
referência e contra-referência, bem como, o serviço de Regulação em
Odontologia do Município.
O Serviço de Saúde Bucal pretende qualificar as ações educativas e
assistenciais da rede de saúde bucal, através da implantação do segundo
Centro de Especialidades Odontológicas (CEO Sorrir), o qual já foi
aprovado pelas instâncias competentes, de acordo com a Portaria nº
1.438 de 24 de dezembro de 2013 do Ministério da Saúde.
Este segundo CEO garantirá ampliação da oferta dos serviços
especializados, especialmente na área de endodontia de molares. Deverá
oferecer em média 636 procedimentos/mês. Em seguida possibilidade de
projeto para oferecer prótese sobre implantes dentários e tratamentos
ortodônticos preventivos e interceptores deverá ser estudada, com
previsão de implantação para 2016, quando a média de
procedimentos/mês deverá chegar a 656. O CEO Sorrir terá sede junto ao
Centro de Especialidades, Rua Voluntários da Pátria, 1428, onde as salas
já estão em processo de adequação da estrutura física.
O serviço de próteses dentárias foi implantado em janeiro de 2013,
fornecendo inicialmente um total de 50 próteses mensais (janeiro/2013),
passando recentemente para 126 próteses/mês (setembro/2013). Sendo
3 modalidades: próteses totais, próteses parciais removíveis, próteses
fixas unitárias.
A Equipe de Supervisão da Saúde Bucal discutiu e criou o
documento “Diretrizes da Saúde Bucal de Pelotas”, com os trabalhadores
da área de saúde bucal da rede e no Conselho Municipal de Saúde e
estará intensificando suas ações para garantir a implementação das
Diretrizes da Saúde Bucal a partir do ano de 2014.
Também as ações de Educação continuada aos profissionais da
área serão implementadas garantindo que o trabalho na atenção básica
siga a lógica das Diretrizes da Saúde Bucal de Pelotas. Esse trabalho
contará com reuniões de abordagem individual do processo de trabalho,
elaboração de gráficos de produção e acompanhamento do mesmo “in
loco” gradativamente até atingir no mínimo 90% da rede em 2017
trabalhando na lógica das Diretrizes. Também serão ofertados
cursos/palestras aos profissionais da rede em parceria com a Faculdade de
Odontologia. Espera-se obter ampliação gradativa de acesso/utilização dos
serviços básicos de saúde bucal, evoluindo pelo menos 1% ao ano,
chegando a 11% de cobertura em 2017.
Outra intervenção que se pretende desenvolver no decorrer dos
quatros anos é o Programa “Sorrindo na Escola”, destinado a comunidade
escolar municipal da pré-escola ao quarto ano com o propósito de
responder a carência nas atividades educativas e preventivas aos alunos.
O Programa possui como meta distribuir 12 mil kits de higiene bucal/ano e
oferecer de 3 a 4 escovações supervisionadas por criança/ano de forma
gradativa, chegando a 100% das escolas em 2017.
SERVIÇO DE DST/AIDS:
O Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatives Virais é
responsável pela implementação da política de saúde integral, que
permita a articulação e qualificação das ações preventivas e assistenciais
para o controle das DST/AIDS e hepatites virais, executadas pelos
serviços de saúde do município.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
As ações de prevenção e
assistência em DST/AIDS
e Hepatites Virais estão
inseridas nas 51
unidades de saúde do
município, no Centro de
Testagem e
Aconselhamento, Serviço
de Atenção Especializada
(Portaria Conjunta nº01
de 16.01.2013), Hospital
Dia e na Gestão
Administrativa,
Financeira e de Vigilância
Epidemiológica.
Prevenção:
- Distribuição de insumos para a prevenção (preservativos
masculino, feminino e gel lubrificante);
- Realização de campanhas de prevenção e elaboração de material
informativo / educativo e veiculação na mídia;
- Execução do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas;
- Participação em eventos e palestras em empresas, sindicatos,
entre outros;
Diagnóstico:
- Testagem laboratorial e rápida para HIV, sífilis hepatite B e C
realizadas no Centro de Testagem e Aconselhamento, unidades de
saúde, ambulatórios, maternidades e campanhas;
Assistência:
- Atendimento a pacientes com HIV/AIDS e hepatites nas unidades
básicas de saúde, Serviço de Atenção Especializada (adultos,
gestantes e pediatria), Centro de Aplicação e Monitorização de
Medicamentos Injetáveis e Hospital Dia;
- Atendimento pelo Serviço Social no Serviço de Atenção
Especializada (adultos, gestantes e pediatria) e Hospital Dia.
Dispensação da formula Láctea infantil;
- Atendimento a pacientes com DST nas unidades básicas de saúde
com dispensação de medicação no ato da consulta;
- Aquisição de preservativos e medicamentos para DST e infecções
oportunistas (Resolução CIB 307/10 );
- Capacitação de recursos humanos para assistência e prevenção em
DST/AIDS e hepatites;
- Realização de exames de CD4 e carga viral;
-Disponibilização de vale transporte para pacientes em consultas,
exames e retirada de medicamentos após avaliação pelo serviço
social;
Gestão:
- Participação em eventos, congressos, seminários e encontros;
- Parceria com organizações não governamentais para o
desenvolvimento de ações de prevenção entre populações mais
vulneráveis e conveniamento para o atendimento em Casas de Apoio
para Pessoas Vivendo com HIV/Aids e grupos de adesão ao
ANÁLISE SITUACIONAL
Durante sua atuação o Serviço de DST/AIDS procurou direcionar
suas ações para as populações em situação de vulnerabilidade. A principal
e mais forte estratégia de prevenção adotada foi oferecer acesso ao
preservativo, combinado com intervenções comunitárias, além da oferta
de teste anti-HIV para um diagnóstico cada dia mais precoce.
A Implantação do teste rápido para HIV, sífilis e hepatite B e C
disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde foi um dos dispositivos
importantes que propiciam o diagnóstico precoce e assistência de
tratamento aos usuários.
Também em relação à prevenção, o Projeto Saúde e Prevenção nas
Escolas hoje está presente em 44 unidades de saúde e em 83 escolas com
o intuito de fortalecer as ações, ao qual foi definido por indicadores de
maior vulnerabilidade ao concentrar esforços nas Estratégias de Saúde da
Família Navegantes, Dunas, Getúlio Vargas e Sítio Floresta e nas Escolas
Nossa Senhora dos Navegantes, Independência, Deogar Soares, Núcleo
Habitacional Dunas, Mario Meneguetti e Paulo Freire.
O serviço de DST/AIDS vem ao longo de sua atuação desenvolvendo
Campanhas informativas e Educação Permanente dos recursos humanos
para assistência e prevenção em DST/AIDS e hepatites de forma
intersetorial aos profissionais e intensificando a articulação entre os
programas de saúde em especial Programa de Vigilância do Recém
Nascido de Risco, Tuberculose, Primeira Infância Melhor e Gerência de
Vigilância Epidemiológica;
tratamento;
- Monitoramento e avaliação das ações através da Programação
Anual de Metas do MS;
- Acompanhamento da execução financeira e aquisição de material
de consumo, permanente e serviços de terceiros;
- Elaboração de planos, agendas, projetos, convênios para a
implementação da política;
- Logística de aquisição, armazenagem e distribuição de
preservativos, medicamentos, testes e insumos para o laboratório;
- Monitorização e articulação entre os serviços visando a melhoria do
sistema de notificação de AIDS, crianças expostas, gestantes, sífilis
em gestante, sífilis congênita e óbitos.
Atua com as parcerias das organizações não governamentais para o
desenvolvimento de ações de prevenção entre populações mais
vulneráveis e conveniamento para o atendimento em Casas de Apoio para
Pessoas Vivendo com HIV/AIDS e grupos de adesão ao tratamento;
Todas estas ações estão sendo acompanhadas e sistematizadas,
possibilitando a unificação dos dados referentes a notificações dos casos
de DST/AIDS no município.
Embora ainda sejam realizadas todas estas ações de prevenção e
assistência de DST/AIDS, se percebe através dos indicadores que existe
um aumento do número de casos de HIV/ AIDS/sífilis e diagnóstico tardio.
O Rio Grande do Sul é o estado com as maiores taxas de detecção de
AIDS no país, ocupando o primeiro lugar entre as Unidades da Federação
desde 2006, com taxa atual de 40,2 % por 100 mil habitantes. A taxa
geral do BRASIL é de 20,2%.
O município de Pelotas apresenta uma taxa de detecção (por 100
mil habitantes) de 30,8 em 2010 ficando em 63º em casos de AIDS
notificados entre os municípios brasileiros. (fonte: Boletim Epidemiológico
ano VIII nº. 01). Além do aumento do número de casos o diagnóstico
tardio é outro problema, dados do Ministério da Saúde apontam que no
Brasil 29% dos pacientes que ingressam nos serviços de atenção
especializada já apresentam sinais e sintomas da doença.
Outra dificuldade constatada é que ainda há uma baixa adesão ao
tratamento no município de adultos, crianças e co-infectados motivado
pela complexidade do regime terapêutico, ausência de suporte
social/afetivo ou material, baixa escolaridade, não aceitação da
soropositividade, presença de transtornos mentais, efeitos colaterais entre
outros.
O significativo número de gestantes que não realizam a
testagem do HIV/sífilis, destacando-se a necessidade da profilaxia durante
o pré-natal, é um problema que merece também uma conjugação de
esforços. Em 2013 no período de janeiro a julho nasceram 35 crianças
expostas ao HIV, ou seja, recém-nascidos de mães soropositivas. Destas
35 gestantes, 11 não realizaram a testagem durante o pré-natal e/ou
profilaxia, representando 31,42 % do total.
Em relação à abordagem sindrômica das doenças sexualmente
transmissíveis fornecendo a medicação no ato da consulta, das 51
Unidades Básicas de Saúde somente 13 (25,5%) destas já realizam esta
ação. Quanto à implantação da testagem rápida para HIV/sífilis e hepatite
B e C, das 51 Unidades Básicas de Saúde apenas 09 (faltou o %!) já
realizam testes rápido. Entre os motivos para não realizar a testagem, os
profissionais alegam falta de espaço físico, dificuldade no aconselhamento
pré e pós teste, falta de material, etc.
Percebe-se ainda um atraso no preenchimento das fichas de
notificação de AIDS pelo Serviço de Atenção Especializado (SAE). Até
2013, 434 pacientes com contagem de linfócitos T CD4+ menor que 350
células/mm³ já deveriam ter sidos notificados à Vigilância Epidemiológica,
conforme Portaria MS nº. 104 de 25/01/2011.
Diante dos desafios ainda a ser enfrentados, a Secretaria Municipal
de Saúde, através do Serviço de DST/AIDS, pretende:
- intensificar suas intervenções ampliando as ações de prevenção
das DST/HIV/AIDS e o número de unidades básicas de saúde que realizam
testes rápidos para HIV/sífilis/ hepatite B e C e abordagem Sindrômica das
Doenças Sexualmente Transmissíveis;
- realizar ações que fomentem a adesão ao tratamento dos usuários
com aumento da equipe do SAE e qualificação dos demais serviços que
compõem a rede de atendimento.
Também o monitoramento terá destaque, considerando que é um
instrumento importante de intervenção que possibilita acompanhar os
indicadores de DST/AIDS, através do incremento no preenchimento das
fichas de notificação.
A fim de executar todas estas ações, é necessária uma equipe
qualificada de profissionais. Diante desta necessidade, pretende se
ampliar o processo de Educação Continuada, possibilitando conhecimento
e atualização no desenvolvimento das ações pertinentes as DST/AIDS no
município.
SERVIÇO DE NUTRIÇÃO
O Serviço de Nutrição na Secretaria Municipal de Saúde é
responsável por promover a educação em saúde e prevenir doenças
estimulando hábitos saudáveis de alimentação e nutrição para a
população usuária do SUS e desenvolve ações direcionadas ao tratamento
individual ou em grupo abrangendo todas as patologias relacionadas à
Nutrição.
Também intervêm junto aos Programas do Ministério da Saúde
como a Bolsa Família, SISVAN (definição da sigla!) e Programa de
Alimentação e Nutrição.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O serviço de Nutrição da Secretaria Municipal
de Saúde de Pelotas nas UBS/ESF conta com 16
Nutricionistas que atendem em 18 Unidades:
UBS: Cohab Lindóia, Areal 1, PAM Fragata,
Puericultura, Laranjal, Virgilio Costa,
Guabiroba.
ESF: SANSCA, Simões Lopes, Sitio Floresta,
Barro Duro, Obelisco, Bom Jesus, Navegantes,
Dunas, Dom Pedro, Getúlio Vargas.
Centro de Especialidades
Bolsa Família - acompanhamento das
condicionalidades de saúde. Atende todos os
distritos sanitários, através das UBS/ESF.
- Colabora com a prevenção e diminuição das
doenças e agravos não transmissíveis e dos
distúrbios nutricionais, através do
atendimento individual e em grupo.
- Elabora e executa o plano municipal de
alimentação e nutrição anualmente com o
propósito de melhorar as condições de
alimentação, nutrição e saúde, em busca
da garantia da Segurança Alimentar e
Nutricional da população do município.
- Avalia o estado nutricional e consumo
alimentar através da aplicação de formulários
na população freqüentadora das UBS/ESF
através do SISVAN (Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional).
- Presta atendimento a população beneficiária
do Programa Bolsa Família, monitorando
gestantes, nutrizes, crianças e mulheres sem
restrição de idade.
ANÁLISE SITUACIONAL
A atuação do Serviço de Nutrição vem conquistando novos espaços
desde a sua implantação, entre os destaques observados pode se
identificar que os recursos financeiros liberados pelo Ministério da Saúde
para as ações de Nutrição proporcionaram maior qualidade no
atendimento a população.
Este financiamento possibilitou a implantação de Cursos à população
através da Cozinha Brasil, com práticas de alimentação saudável e dicas
nutricionais. Também foi realizado outras ações educativas como o Teatro
para as Escolas Municipais, com distribuição de materiais informativos e
aquisição de equipamentos para UBS/ESF na área de nutrição.
O Programa Bolsa Família foi um dos eixos importantes de atuação,
devido há uma série de ações tais como: divulgação em relação ao
funcionamento do Programa, criação do Selo Programa Bolsa Família nos
prontuários das UBS para identificação dos beneficiários e busca ativa dos
mesmos através dos agentes comunitários de saúde para o processo de
acompanhamento que foram sendo desenvolvidas em relação às
condicionalidades de Saúde, com a participação efetiva no Comitê que é
composto por técnicos da Política de Assistência Social, Educação e
Saúde no Município.
Notou-se ainda, a maior participação das gestantes no Programa
Bolsa Família. Com a implementação do Benefício Variável à Gestante
(BVG), ampliou-se a responsabilidade do SUS junto às famílias do PBF,
pois a identificação das famílias elegíveis ao BVG esta sendo feita pela
saúde, por meio do Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na
Saúde. Assim, este benefício esta oportunizando a captação precoce das
beneficiárias gestantes pelo serviço de saúde e para a realização do pré-
natal.
Em relação ao acompanhamento, este tem sido um dos desafios
considerando que a contra partida das famílias para receber o beneficio é
o comparecimento nas UBS do município para ser atendidas. Atualmente a
SMS acompanha 3.952 famílias, embora exista um total de 9.976 famílias
com perfil saúde (com crianças até 07 anos e mulheres de 14 a 44 anos)
para serem acompanhadas. Este fato ocorre devido algumas situações
identificadas, como o não comparecimento dos beneficiários nas UBS,
falta de identificação do usuário na hora do atendimento, por isto foi
criado o Selo nos prontuários, alta rotatividade na mudança de endereço e
de UBS, falta de atualização cadastral das famílias e também pela demora
entre os Sistemas Ministeriais ( Cadastro único e SISVAN) com uma média
de 06 meses de informações desatualizadas, ou seja as informações
mesmo sendo online, os sistemas não se cruzam simultaneamente.
Diante desta realidade, o Serviço de Nutrição pretende continuar
com ações que qualifiquem a busca ativa aos beneficiários e mobilização
dos profissionais do SUS, considerando que é fundamental que a equipe
de saúde esclareça à família sobre a sua participação no cumprimento das
ações que compõem as condicionalidades da saúde, deixando-os cientes
de sua responsabilidade na melhoria das suas condições de saúde e
nutrição.
Propõe-se também que se intensifiquem as ações
intersetoriais, mediante reuniões sistemáticas com as demais Secretarias
envolvidas, bem como a educação permanente aos profissionais da rede
que atendem os beneficiários do Programa. É relevante a articulação como
o controle social do município do Programa (Conselho Municipal de
Assistência Social), sendo este parceiro frente às dificuldades de sistemas
do Ministério do Desenvolvimento Social e SISVAN.
É importante referir a necessidade de integração do serviço nas
questões relacionadas ao acompanhamento da obesidade que tem
constituído problema de grande preocupação visto a relação da
obesidade com problemas crônicos de saúde como a hipertensão e
diabetes por exemplo. Na vigência deste plano pretende-se integrar ações
com equipe multidisciplinar (médico, psicólogos, ass. Social) para
tratamento e acompanhamento da obesidade além de intensificação de
ações preventivas já feitas rotineiramente nas UBSs para estimulação da
alimentação saudável. Com isso poderemos inclusive tecer a hipótese de
montagem de serviço próprio para fins de atendimento da obesidade,
vinculado ao serviço de nutrição, para que possamos evitar as
comorbidades decorrentes dos excessos e/ou alimentação inadequada.
SAUDE DO ADULTO
A Saúde do Adulto é responsável pela formulação, implementação e
coordenação de políticas direcionadas a assistência integral á saúde,
segundo as diretrizes do ministério da saúde. Desenvolve ações de
promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação contribuindo
para o controle de doenças crônicas não transmissíveis, como Diabetes
Mellitus, Hipertensão Arterial, Tabagismo e Obesidade, assim
aumentando a expectativa e qualidade de vida da população do município.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O núcleo de atenção á saúde do adulto
situa-se na Superintendência de Ações à
Saúde. Atende todas as regiões distritais e
os serviços de saúde em sua área de
abrangência (UBS, ambulatórios). A equipe
de profissionais é formada por quatro
enfermeiras, uma farmacêutica, um oficial
administrativo e um agente administrativo.
Realiza atividades intersetoriais, de
planejamento, monitoramento,
coordenação e acompanhamento.
São desenvolvidas ações direcionadas as
necessidades da população adulta, no sentido de
melhorar o acesso aos serviços e qualificar a
assistência. A população adulta do município é
contemplada por ações específicas através dos
programas HIPERDIA, controle do tabagismo,
automonitoramento da glicose capilar e saúde do
idoso.
Dentre as ações desenvolvidas destacam-se:
-Implementação e fortalecimento do Programa do
tabagismo em Pelotas;
-Realiza capacitação de recursos humanos (Educação
continuada e permanente);
-Parceria com o Programa de DST, UFPel, UCPel,
terceira coordenadoria de saúde, Secretaria estadual
de saúde para ações de capacitação dos profissionais
da rede;
-Registro e acompanhamento de bancos de dados
(HIPERDIA, BOLSA FAMÌLIA e SISVAN);
-Disponibilização constante de insumos (medicações
para o controle do tabagismo, fitas para auto
monitoramento da glicose capilar);
-Planejamento para a compra e controle de insumos
de enfermagem;
-Orientação de ações em saúde;
-Articulação entre os Programas de Atenção à Saúde
(Saúde da mulher, Saúde da Criança, Saúde do
Adolescente, ESF, PIM, PSE, DST/AIDS - Redução de
Danos, Saúde do Adulto, Tabagismo, Tuberculose,
ESF, Vigilância em Saúde);
-Monitoramento e avaliação dos indicadores de
saúde;
-Atividades junto a comunidade (UBS, escolas,
ONG), como sensibilização da população referente as
doenças prevalentes no adulto e hábitos saudáveis
de vida.
-Presta apoio e referência às equipes de Saúde da
família na assistência ao adulto.
-Rastreamento populacional de possíveis diabéticos
e/ou hipertensos;
-Implementação e distribuição das cadernetas de
saúde do idoso.
ANÁLISE SITUACIONAL
A saúde do adulto presta um serviço de assistência através dos
Programas de diabetes, tabagismo, hipertensão arterial e saúde do idoso,
dentro de um conceito de integralidade, mudando o foco de atenção na
doença para atenção global de saúde.
Dentro deste contexto, vem desenvolvendo uma série de ações que
visam integrar e articular com os demais serviços da Secretaria Municipal
de Saúde.
Em relação ao Programa de Tabagismo foi possível iniciar a
implementação do programa Tabagismo em unidades básicas de saúde e
no CAPS AD e a realização de capacitações ao profissionais para a
implementação do controle de tabagismo.
Atualmente possui 20 Unidades Básicas de Saúde com profissionais
capacitados e destas 8 já se encontram com o programa em
funcionamento.
Embora estudos realizado em 2010 (DAMÉ, 2010) mostram a
prevalência de 21% de tabagismo em Pelotas, superior à encontrada pela
Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) em 2008 para o
Brasil 14,5%, para a região sul 16,9% e para o Rio Grande do Sul 18,4%.
Considerando esta realidade, o Programa pretende ampliar sua
atenção ao Processo de Formação atingindo um número maior de
profissionais qualificados e assim implantar e implementar com maior
qualidade o Programa em cada Unidade Básica de Saúde além de
possibilitar a sensibilização dos profissionais e a ampliação do Programa
para novas unidades.
Quanto a Atenção ao Idoso ainda persiste a dificuldade em garantir
o cumprimento do Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Por isto a importância de realizar educação continuada conforme
preconiza o Estatuto do Idoso: Art. 18. As instituições de saúde devem
atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do
idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim
como orientação a cuidadores, familiares e grupos de auto-ajuda.
Intervenção esta que já esta sendo realizada pela Saúde, através
da Capacitação aos profissionais das UBS para atendimento humanizado
ao idoso, durante o ano de 2012. Dentre estes, todos os agentes
comunitários de saúde, e pelo menos, um profissional de nível superior
em cada UBS, possibilitando assim, a atenção qualificada e de caráter
integral ao idoso.
Outra ação que merece destaque é a distribuição de cadernetas de
saúde do idoso a todas as UBSs, sendo enviadas continuadamente,
conforme solicitação pela equipe da UBS.
Em 2012, o dados demonstraram que 30% de UBSs utilizaram a
caderneta do idoso a meta é até 2017 atingir 100% de Unidades Básicas
de Saúde.
SAÚDE DA MULHER
O Programa de Saúde da Mulher promove ações de promoção da
saúde, prevenção de agravos e reabilitação de saúde, que se destacam,
principalmente, no período fértil, devido a maiores prevalências de
agravos (Ca mama, Ca colo de útero) e intercorrências (gravidez de risco)
que se estabelecem neste período e cria instrumentos gerenciais para
apoiar a implementação, acompanhamento, controle e avaliação das
políticas, ações e serviços de saúde.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O núcleo de atenção á saúde da mulher
situa-se na Superintendência de Ações
à Saúde. Atende todas as regiões
distritais e os serviços de saúde em sua
área de abrangência (UBS,
ambulatórios de ginecologia e
obstetrícia, hospitais).
A equipe de profissionais é formada por
duas enfermeiras, duas técnicas de
Ações voltadas para atender as necessidades da
população, melhorar o acesso aos serviços e qualificar a
assistência. As mulheres em idade reprodutiva são
contempladas por ações específicas através dos
Programas Mãe Pelotense e Rede Cegonha que visam
incrementar ações na Rede de Atenção a Saúde para a
promoção do planejamento familiar, identificação
precoce de gestação, acompanhamento de pré-natal e
puerpério, garantindo uma rede de atenção qualificada,
enfermagem e duas auxiliares
administrativas.
Realiza atividades intersetoriais, de
planejamento, monitoramento e
avaliação.
humanizada e resolutiva à mulher.
Dentre as ações desenvolvidas destacam-se:
- implementação e fortalecimento do Mãe Pelotense e
Rede Cegonha (qualificação do pré-natal);
- Parceria com o PIM para acompanhamento de
gestantes em situação vulnerabilidade social;
- registro e acompanhamento de bancos de dados
(sisprenatal, siscolo);
- atualização dos sistemas de informação do Ministério
da Saúde (SISPRENATAL Web e SISCOLO Web);
- disponibilização constante de teste rápido de gravidez;
- participação junto à regulação na agilização e
pactuação de exames referentes à saúde da mulher;
- participação junto à assistência farmacêutica para a
compra e controle de insumos e medicamentos saúde da
mulher;
- planejamento de atualização em coleta de pré-câncer
para os profissionais da rede;
- investigação de óbitos de mulheres em idade fértil (10
a 49 anos) e maternos;
- articulação entre os Programas de Atenção à Saúde
(Saúde da Criança, Saúde do Adolescente, ESF, PIM,
PSE, DST/AIDS - Redução de Danos, Saúde do Adulto,
Tabagismo, Tuberculose, ESF, Vigilância em Saúde);
- monitoramento e avaliação dos indicadores de saúde;
- atividades junto a comunidade (UBS, escolas, ONG),
como sensibilização das mulheres para o auto-cuidado,
participação em grupos de gestantes e visita às UBS.
ANÁLISE SITUACIONAL
A saúde da mulher busca garantir uma rede de atenção qualificada,
humanizada e resolutiva à mulher durante a gestação, o parto e o
puerpério e à criança, prioritariamente de 0 à 12 meses, mantendo seu
acompanhamento até os24 meses.
Embora, persistirem as altas taxas de infantil (2012 - 14,5
p/1.000NV) e materna (2012 – 23,8 p/100.000NV) observa-se uma
redução histórica destes indicadores.
A redução decorre aprimoramento das ações realizadas pela
Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas que ao longo dos últimos anos
que a partir de 2013 intensifica-se com a criação do Programa Mãe
Pelotense.
O Programa Mãe Pelotense possui a finalidade de incrementar
ações na Rede de Atenção a Saúde para a promoção de um pré-natal
acolhedor e resolutivo, promovendo o melhor prognóstico e consequente
melhoria da qualidade de vida, refletindo o acesso rápido, a assistência
qualificada e o manejo adequado nos serviços de saúde.
A expectativa da gestão atual, com a execução do Mãe Pelotense, é
melhorar esse cenário a partir de ações, destacando-se a realização de,
no mínimo, seis consultas no pré-natal e uma na fase pós-nascimento; a
redução de partos prematuros, sobretudo por meio do combate ao
tabagismo; e atendimento ao recém-nascido durante a primeira semana e
à criança no primeiro ano de vida. Para que tais ações fluam de forma
satisfatória, é necessário o fortalecimento das referências e
contrarreferênais tanto entre serviços próprios da SMS como serviços
contratualizados, constituindo um desafio importante da gestão municipal.
Na ação do Mãe Pelotense não podemos deixar de destacar a
importância do trabalho do PIM (Programa Primeira Infância Melhor) que
até então contava com 88 visitador tendo sido ampliada neste ano sua
capacidade de equipe para mais 50 visitadores. Teve sua sede modificada
no ano de 2013, aumentando o tamanho da área física e as condições de
trabalho principalmente com espaços para ações de grupo na própria
sede.
Observa-se que o Programa Mãe Pelotense, articulado entre
equipes de saúde da mulher e da criança e PIM também já tem
propiciado o fortalecimento de parcerias com as ONGs, instituições
privadas e públicas do município, tais como: Lions Clube Centro, Pastoral
da Criança, Movimento Curcilho, Aapecan. Estas ações em conjunto
facilitam o acesso aos serviços e estimulem a promoção da saúde e
prevenção de agravos.
O município também realizou adesão a Rede Cegonha, Programa do
Governo Federal, Portaria 1.459, que consiste numa rede de cuidados
que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à
criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao
desenvolvimento saudáveis, denominada Rede Cegonha.
Além da disponibilidade online de programas SISPRENATAL(sistema
de monitoramento e avaliação da atenção ao pré-natal e ao puerpério) e
SISCOLO, estes dois sistemas que contribuem para obter informações de
forma mais consolidadas e organizadas no monitoramento da saúde da
mulher.
SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
A Saúde da Criança busca a promoção de saúde, a captação
precoce e a prevenção de agravos na faixa etária de zero a 9 anos, com
maior enfoque para crianças de zero a cinco anos de vida.
A Saúde do Adolescente foca suas ações na promoção de saúde, a
prevenção de agravos e a redução da morbimortalidade, contribuindo para
produzir impactos positivos na vida dos adolescentes de 10 a 19 anos de
idade.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
Saúde da Criança
- Programa Prá - nenê:
O programa está inserido nas cinco unidades
hospitalares de Pelotas e acompanha crianças
de zero a um ano de vida.
Atende nas maternidades, UTIs, UCSI e
internação pediátrica de segunda a sexta-
feira, no turno da manhã.
Conta com quatro técnicos de enfermagem
(entrevistadoras).
Abrange todas as áreas distritais do
município.
- Programa de Puericultura:
O objetivo do programa é avaliar os
indicadores relacionados ao crescimento e
desenvolvimento da criança menor de cinco
anos, com enfoque nas crianças menores de
um ano.
Saúde da Criança
- Programa Prá - nenê:
#As entrevistadoras captam crianças de risco nos
hospitais e referenciam às UBS de abrangência.
Fornecem orientações sobre Triagem Neonatal e
Auditiva, Imunizações, Amamentação e cuidados com
recém-nascido e incentivo a puericultura.
#Agendam na UBS (UBS tradicionais e ESF) a primeira
consulta após a alta hospitalar.
#Busca ativa por telefone das crianças de risco,
fazendo reagendamento da consulta quando
necessário.
- Programa de Puericultura:
#Recebem as fichas de puericultura das UBS.
#Digitam as informações sobre o crescimento e
O programa está inserido nas unidades de
saúde (UBS tradicionais e ESF) abrangendo
todas as áreas distritais.
Conta com um médico pediatra e uma
digitadora.
- Auditoria de Prematuros:
O objetivo do programa é identificar as
crianças prematuras com peso menor que
1500g, conhecer e minimizar as causas da
prematuridade, e os problemas no
atendimento ao pré-natal.
Está inserido nas duas unidades hospitalares
que possuem UTI neonatal. Atualmente conta
com uma entrevistadora.
-Investigação de mortalidade infantil e
de óbito de crianças de 1 a 5 anos:
O objetivo do programa é conhecer os óbitos
de crianças menores de cinco anos e
identificar as causas evitáveis.
Abrange todas as áreas distritais do
município.
Conta com um enfermeiro.
- Caderneta de Saúde do Adolescente
O objetivo da Caderneta de Saúde do
Adolescente é dar maior visibilidade aos
adolescentes, subsidiar os serviços de saúde
na atenção integral ao público-alvo e realizar
promoção e prevenção em saúde.
Abrange todas as áreas distritais do
município.
Conta com um enfermeiro.
desenvolvimento das crianças atendidas nas UBS.
#Avaliam esses dados e fazem intervenções quando
necessário.
- Auditoria de prematuros:
#Visita diária as UTIs neonatais do município para
identificação dos recém-nascidos prematuros.
#Aplicação de um questionário padronizado.
#Digitação em um banco de dados.
#Avaliação dos dados semestralmente.
#Elaboração de relatório anual.
-Investigação de mortalidade infantil e de óbito
de crianças de 1 a 5 anos:
#Visitas semanais aos domicílios para aplicação de um
questionário padronizado.
#Análise de prontuário da criança e da parturiente
através de questionário padronizado.
#Fechamento do caso e digitação no Sistema de
Mortalidade.
#Avaliação dos dados e elaboração de um relatório
anual.
-Caderneta de Saúde do Adolescente
#Implantação da Caderneta de Saúde do Adolescente
em escolas vinculadas a unidades de saúde (UBS
tradicionais e ESF) localizadas em áreas vulneráveis do
município de Pelotas, em parceria com o programa
Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE).
#Realização de palestras de promoção e prevenção em
saúde nas escolas previamente elencadas.
ANALISE SITUACIONAL
O município de Pelotas tem crescido nos últimos anos no que diz
respeito à redução da Mortalidade infantil apesar de ainda não constituir o
resultado esperado pela gestão Municipal. Uma das estratégias que nos
permitiu construir o Projeto Mãe Pelotense foi a investigação dos óbitos
infantis que é realizada em 100% dos casos de óbitos infantis até 1 ano
de idade nos levando a entender o perfil dos óbitos, suas motivações
mais aparentes induzindo à intervenções mais específicas.
A expertise da equipe que hoje atua no setor nos permite riqueza de
discussões e dados que permitem que a gerência dos programas e da
atenção básica, através de seus diversos atores, proponham capacitações
voltadas aos profissionais da rede básica de saúde, em especial aos
agentes comunitários de saúde e agentes do Programa Primeira infância
Melhor.
Se por um lado, o legado de informações no serviço permitiu
crescimentos importantes nas definições da política, a fragilidade na
articulação das ações, acesso a exames e falta de padronização das ações
em especial na rede básica, podem ter fragilizado um pouco nossos
resultados , consistindo num problema que no Projeto mãe Pelotense
procuramos abordar.
O Programa Prá nenê constitui política importante nesta articulação,
com sua proposta de dar conta da articulação e acompanhamento dos
bebês de risco, gerando encaminhamentos e ações que possibilitem o
cuidado necessário para evitarmos perda de bebês por causas evitáveis.
É importante citar que ainda observamos fragilidades nas ações do
serviço em especial em dificuldades de acesso a exames e consultas
especializadas e articulação entre serviços, com falta de algumas
padronizações de atendimento da puericultura nas UBSs que deverá
constituir proposta de ações da gestão nos próximos anos
No último ano há que se destacar a montagem do Programa de
Saúde do Adolescente que ainda encontra-se em implantação, estando em
funcionamento junto a duas escolas locais com articulação satisfatória
junto às Unidades de saúde. Assim como toda a ação complexa, as
dificuldades consistem da adesão dos diversos profissionais envolvidos no
processo já que a ação se da em espaços diversos como a UBS e a
escola. Nos próximos anos entende-se a necessidade de ampliação deste
serviço e de se criar de forma mais efetiva formas de avaliação e
monitoramento dos resultados.
SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
O serviço de Assistência Farmacêutica compreende ações que
abrangem o tratamento e reabilitação de pacientes, através do
fornecimento de medicação aos usuários do SUS conforme prescrição
médica.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A farmácia Municipal atende a rede básica
com o abastecimento de medicamentos
da lista da Remume aos 6 Distritos , Ubai
e Samu, além da dispensa de
medicamentos psicofármacos, antibióticos
e alguns de uso continuo no balcão da
farmácia diretamente ao usuário.
Atendendo também na dispensa dos
medicamentos de ordem judicial.
O fornecimento de medicamentos aos
distritos são feitos por uma rota que tem
como periodicidade a segunda quinzena
de cada mês.
_Presta atendimento ao usuários da
rede básica.
_Fornecimento de medicamentos aos
Distritos da rede.
_Fornecimento de medicamentos de
urgência e emergência para SAMU e
UBAI.
_A farmácia municipal possui um
controle de estoque e validades.
ANÁLISE SITUACIONAL
Fortalecer a Assistência Farmacêutica de uma rede extensa como a
de Pelotas consiste num desafio importante que envolve planejamento
intenso, relação expressiva com outras Secretarias e outros setores da
prefeitura, além da organização logística para distribuição e entrega de
medicamentos.
A partir de janeiro de 2011 a SMS buscou melhorar a área física da
farmácia realizando uma mudança de prédio que se mantém no mesmo
local até hoje em boas condições estruturais. A qualificação da área física
continua sendo realizada com instalação da rede de ar condicionados,
melhoria na organização dos espaços.
Além disso, foi construída pelo Comitê de Assistência Farmacêutica
uma lista municipal baseada na relação municipal de medicamentos
essenciais, formada por 156 itens (REMUME) conforme Resolução SMS
n°1 de 12/09/2011. Esta relação baliza a prescrição e a aquisição de
medicamentos para o município nos permitindo otimizar o fornecimento
da medicação municipal.
Visando a melhoria de abastecimento da medicação, o município
diversificou sua forma de compra passando a comprar também por
registro de preços e aderindo a consórcios.
Ainda assim, com todas estas medidas, enfrentamos algumas
dificuldades de abastecimento por problemas nos processos licitatórios.
Isto nos fez rever prazos, acionar medidas administrativas diversas e
terminaremos este ano com mais de 90 % de abastecimento da rede.
Observamos, nos últimos anos, ainda uma perda de itens acima
do desejado pela gestão municipal e para solução de tal problema
incluímos nas ações das gerências distritais a implementação de novos
instrumentos de controle nas UBSs, a ação imediata junto aos órgãos
federais e estaduais quando recebemos compulsoriamente medicamentos
acima da nossa capacidade e necessidade de utilização, além de
modificações no sistema de controle de estoque já existente (SIS) com
permissões de relatórios mais efetivos e fidedignos que nos permitam
respostas mais rápidas em relação ao abastecimento e à distribuição. Este
processo deverá ser concluído ainda em 2014.
É importante citar também que objetivamos nos próximos 4 anos
manter o abastecimento dos itens da lista REMUME acima de 95% além
da revisão regular da lista no mínimo anualmente para que possamos
ofertar as melhores opções sob nossa responsabilidade. Esta revisão será
feita por equipe técnica contando também com a participação das equipes
das Unidades Básicas de Saúde.
Na última Conferencia Municipal de Saúde, os delegados
aprovaram ao município a responsabilidade de descarte de todos os
medicamentos inclusive levados pelos usuários de suas casas, mesmo que
não fornecidos pelo poder público. Diante desta solicitação e de não haver
financiemaneto
CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde
de caráter aberto e comunitário constituídos por equipe multiprofissional
que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente
atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes e às pessoas com sofrimento ou transtorno mental em
geral, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise
ou nos processos de reabilitação psicossocial.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
Estes serviços estão vinculados a
Superintendência de Ações em Saúde,
existem atualmente 08 CAPS (sendo 06
CAPs Porte II, 01 CAPS AD III e um CAPs
Infantil que destinam- se a tratar
transtornos psicogênicos e/ou orgânicos
(sofrimento psíquico); prevenir o
hospitalismo e o desamparo; favorecer a
permanência e o estabelecimento de
vínculos sociais e familiares; auxiliar na
promoção de cidadania e na construção
coletiva do bem estar, a partir dos
trabalhos em diversos grupos, oficinas e
atenção individual; estimular o
redimensionamento com redes e
reflexões, bem como o acesso e tomada
de atitudes em questões referentes à
família, trabalho, cultura, sexualidade,
política, etc.
- Planejamento, busca ativa, captação,
cadastramento e acompanhamento das famílias
de suas áreas;
- Acolhimento, recepção, registro e marcação de
consultas.
- Ações individuais e/ou coletivas de promoção à
saúde mental e prevenção de agravos evitando a
hospitalização
- Consultas médicas, de enfermagem,de
psicologia entre outras .
-notificações de agravos.
-articulação com a rede do sistema de saúde e
outros setores relacionados às necessidades
daquela população.
-Realização de ações articuladas nas áreas de
abrangência dos CAPS em seus diversos espaços
sociais promovendo o exercício da cidadania.
-Realização de oficinas terapêuticas
- Realização de ações que promovam a
independência e a participação social do usuário
a vinculação social com construção coletiva do
bem estar.
- atendimento e apoio aos familiares
ANALISE SITUACIONAL
No ano de 2013, a Prefeitura Municipal de Pelotas em busca constante do
aprimoramento de ações na área de saúde mental,segurança e educação,
aderiu ao Programa CRACK, É POSSÍVEL VENCER do Governo Federal e já
possui o Comitê Local de Gestão do Plano Integrado de Enfrentamento ao
Crack (DECRETO Nº 5.636, DE 13 DE MARÇO DE 2013).
A política proposta é intersetorial, articulando ações entre Secretaria de
Justiça Social e Segurança e Secretaria Municipal de educação, coordenada
pela Secretaria municipal de Saúde. Assim, fortalecendo ainda mais a Saúde
mental do município iniciou-se o a implantação do CAPS ADIII que já está em
andamento. Inicialmente para execução do serviço foi alugado um prédio,
embora a construção dentro dos modelos necessários a atender as Portarias
ministeriais que o instituíram seja algo de extrema relevância.
Com intuito de aumentar a oferta de serviços de tratamento e atenção
aos usuários e seus familiares e fortalecer as atuações executadas de
atendimento pela Secretaria Municipal de Saúde através da emenda
parlamentar foi inserido o projeto no SISMOB (Sistema de Monitoramento de
Obras) para captação de recursos no valor de R$1.000,00 para a construção
do prédio do CAPS AD III.
A Secretaria Municipal de Pelotas já possui parecer favorável no SISMOB
constando que os critérios determinados através da Portaria GM/MS nº 615, de
15 de abril de 2013, da proposta sob número 11217562000113015 encontra-
se adequada para receber a primeira parcela referente à construção de CAPS.
Neste momento aguarda-se a Portaria do MS que ira publicar através do Diário
Oficial a oficialização do recurso para o município de Pelotas.
Em relação à política de atendimento aos usuários de drogas é
importante destacar que o município nos últimos anos contou com serviço de
redutores de danos e neste ano completou suas equipe chegando a 20
redutores de danos.
Entendendo a necessidade de fortalecimento do vínculo com as
universidades tanto para melhor qualificação de nosso trabalho quanto para a
formação de profissionais voltados para o modelo antimanicomial, foi reforçada
parceria já existente com a universidade Católica estendendo o trabalho que já
era realizado no CAPS ESCOLA ao CAPS infantil que também foi uma conquista
dos últimos anos.
Há que se destacar a realização das oficinas terapêuticas que
pretendemos expandir nos próximos anos e que constituem relação forte e
bem sucedida em diversas unidades de saúde da área rural do nosso
município.
Os demais CAPS já vêem funcionando há alguns anos com bons
resultados, necessitando de investimentos em especial na área de estrutura
física. Desta forma o município neste ano, assim como procedeu junto à
construção do CAPS ADIII, buscou captar recursos através do SISMOB no valor
de R$ 800.000,00 para cada CAPS (CAPS Areal e Fragata) e aguarda-se o
parecer do MS sobre a possibilidade de captação de recursos financeiros.
CEREST
O CEREST Macrosul atua de forma regional, dando suporte técnico-
pedagógico para os municípios da 3ª CRS e 7ª CRS, abrangendo ao todo
28 municípios, totalizando uma população de cerca de 1.300.000
habitantes.
Atua na área de saúde do trabalhador, sendo um serviço
especializado. Tem como principal objetivo a prevenção de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho. Todos os trabalhadores assistidos pelo
CEREST, deverão ser referenciados através do Relatório Individual de
Notificação de Agravo( RINA) pela rede básica de saúde sindicatos e
pelos representantes da comunidade através do Controle Social, sendo
estes: das áreas urbanas e rurais, do mercado formal e informal, com
carteira assinada ou não, autônomos, funcionários públicos e privados,
desempregados, aposentados e domésticos.
As ações realizadas pelo CEREST são preconizadas na Portarias
RENAST MS/GM Nº 2728/2009 e MS/GM Nº 1823/2012, respectivamente,
que dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador e Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O CEREST está localizado na região
central de Pelotas, em sede temporária,
em prédio alugado. A equipe é de caráter
multiprofissional, sendo composta de:
- um médico do trabalho;
- duas fisioterapeutas;
- uma enfermeira (em licença de saúde);
- dois técnicos de enfermagem;
São ações do CEREST Macrosul:
- Promover a formação e educação continuada,
mediante palestras, cursos, capacitações e
seminários dirigidos aos profissionais de saúde
da rede do SUS, trabalhadores, gestores e
conselheiros de saúde, representantes sindicais e
comunidade em geral, dos municípios de
abrangência;
- uma fonoaudióloga;
- uma psicóloga;
- uma assistente social (gerente do
CEREST);
- três técnicos de segurança do trabalho.
- dois motoristas;
- duas auxiliares administrativas;
- duas higienizadoras.
Cada profissional técnico do CEREST serve
como referência para aproximadamente
dois municípios.
- Realizar ações de vigilância epidemiológica,
utilizando dados gerados pelo SIST (Sistema de
Informações em Saúde do Trabalhador) através
das notificações, que embasam o CEREST no
planejamento estratégico de suas ações;
- Realizar vigilância aos ambientes e processos
de trabalho, mediante visitas “in loco” a fim de
orientar melhorias das condições de trabalho,
promovendo a saúde dos trabalhadores;
- Realizar assistência e reabilitação a
trabalhadores encaminhados pelo SUS, vítimas
de agravos e doenças e/ou acidentes
relacionados ao trabalho, estabelecimento de
nexo causal , buscando tanto diagnósticos como
tratamentos mais precisos.
Análise situacional.
O centro de referência em Saúde do Trabalhador Macrosul
encontra-se em sede alugada, que apesar de aportar boa estrutura
consiste limitação relativa de espaço físico para todas as ações
preconizadas pelo serviço.
Conta com 19 profissionais lotados em sua sede nas mais diversas
áreas de atuação pertinentes à saúde do trabalhador, constituindo equipe
multidisciplinar. Entre os compromissos do CERESt podemos destacar a
necessidade de incentivasr os municípios a terem suas equipe local de
saúde do trabalhador e realizarem regularmente as notificações já que é
um instrumento importante de nálise da situação local. Até o momento,
somente 2 municípios da regional não indicaram seu responsável técnico
em ST. Quanto às notificações, 10 municípios não fizeram notificações
em saúde do trabalhador até o mês de outubro de 2013 e 15 ainda não
atingiram as metas de notificações pactuada.
Na estrutura de materiais há que se comentar que o CEREST
possui 2 veículos próprios do qual depende de forma premente pela
necessidade de dar suporte técnico pedagógico aos 28 municípios das
duas regionais acompanhadas pelo serviço e necessita renová-los visto a
necessidade de viagem constantes e grande utilização.
Pretende-se então, em relação a estrutura física para o CEREST
finalizar a obra de construção de sede própria/reforma de prédio na via
férrea, já em andamento. Além disso, novo mobiliário e equipamentos
serão adquiridos visando contar com estrutura ideal ao que o serviço se
propõe. Além disso, serão adquiridos 2 novos veículos para proporcionar a
visita aos municípios com maior segurança dos servidores.
O CEREST vem também se preocupando com a assistência em
saúde do trabalhador passando de 2014, conforme aprovado pelo
conselho gestor do CEREST a destinar 30 % dos recursos de repasse
fundo a fundo para tal fim completando então o ciclo de atenção,
priorizando a prevenção e a promoção mas não deixando de dar
assistência aos já acometidos por doenças e acidentes do trabalho.
Superintendência de Vigilância em Saúde
No atual governo a Vigilância em Saúde foi elevada ao nível de
Superintendência, tendo em vista sua importância estratégica, a
complexidades das Vigilâncias e a possibilidade de otimizar o processo de
organização e gestão das ações.
Compõem a Superintendência de Vigilância em Saúde: Vigilância
Sanitária, Vigilância Ambiental, vigilância Epidemiológica e a vigilância em
saúde do trabalhador.
Na concepção de Vigilância em Saúde, está especificado que o
objeto é o controle dos fatores determinantes e condicionantes,dos riscos
e dos danos à saúde da população em nossa cidade.
A forma em que esta organizada a SVS, privilegia a construção de
políticas públicas, entre as demais Superintendências, assim como as
intervenções particulares e integrantes de promoção,prevenção e
recuperação da saúde,em torno dos problemas e grupos populacionais
específicos, tendo como base, para o planejamento das ações,as análises
de situações de saúde nas diversas áreas do município.
A proposta de Vigilância em Saúde transcende os espaços
institucionalizados do sistema de saúde, se expande a outros setores e
órgãos de ação governamental e não governamental, envolvendo uma
interação de entidades representativas dos interesses de diversos grupos
sociais.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR (VISAT)
A Vigilância em Saúde do Trabalhador atua na promoção e
prevenção de agravos relacionados ao trabalho. Tem como público alvo de
atuação todo trabalhador, seja da iniciativa privada ou do serviço público,
autônomo, bem como o desempregado (nexo causal entre o agravo e a
ocupação anterior).
Tem como objetivo minimizar os agravos referentes às atividades
laborais, mediante ações de prevenção, bem como a intervenção nos
ambientes de trabalho (através das notificações de agravos, oriundas das
unidades de saúde notificantes).
As ações da Vigilância em Saúde do Trabalhador são baseadas na
Portarias RENAST N º 2728/2009 e MS/GM N º 1823/2012,
respectivamente, que dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Trabalhador e Institui a Política Nacional de Saúde do
Trabalhador (descentralização das ações).
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A equipe de Vigilância em Saúde do
Trabalhador está, atualmente, em fase de
construção (equipe, ações e local). Consta
com um responsável pela Vigilância em
Saúde do Trabalhador, um técnico em
segurança do trabalho. Uma agente de
São ações desenvolvidas pela
Vigilância em Saúde do Trabalhador:
- capacitações periódicas para as
equipes das UBS, a fim de sensibilizar e
envolver estas, quanto à necessidade de
notificações de agravos referentes ao
saúde da Vigilância Ambiental foi cedida
para dar o apoio às ações realizadas.
Ainda há duas técnicas em enfermagem,
responsáveis pelas notificações no
HPS/Pelotas (contrato administrativo, com
vencimento em outubro/2013). Não
apresenta local fixo, utilizando as
dependências da Vigilância Ambiental (em
fase estruturação). Área de Abrangência
(Distritos): todos os seis distritos
sanitários. Atualmente, devido à equipe
estar em fase de construção, não há ainda
a distribuição de profissionais por
unidade/distrito.
trabalho.
- capacitações periódicas para as
Cooperativas de Reciclagem (Coleta
Seletiva – NEAS/SANEP), com temas
referentes à saúde do trabalhador.
- preenchimento dos Relatórios Individuais
de Agravos de Notificação (RINA) de
notificações oriundas do HPS/ Pelotas, a
serem digitados (RINA on line) pela
Vigilância Epidemiológica (até estruturação
da Vigilância em Saúde do Trabalhador);
- investigações os óbitos referentes ao
trabalho, inclusive acidentes de trajeto.
ANÁLISE SITUACIONAL
Houve um incremento nas notificações no Pronto Socorro Municipal
de Pelotas a partir do ano de 2012 (531 notificações), superando as metas
pactuadas com a 3ª CRS em 2013 (1149, superando a meta pactuada em
116,3%). Isto se deve a manutenção de duas servidoras (técnicas em
enfermagem), que eram responsáveis pelo preenchimento diário dos
Relatórios Individuais de Notificação de Agravo (RINA).
Há a necessidade de manutenção de no mínimo dois servidores
responsáveis pelo preenchimento dos RINA (Relatórios Individuais de
Notificação de Agravo). Está prevista a reposição dos técnicos em
enfermagem, com possibilidade de manter três técnicos em enfermagem
(um por turno), dando maior cobertura no preenchimento dos RINA.
A partir da metade de 2013, a Vigilância em Saúde do Trabalhador
de Pelotas começou a freqüentar as reuniões mensais do Conselho Gestor
em Saúde do Trabalhador, sendo convidada na qualidade de participante.
Assim, pode discutir questões relacionadas às ações a serem realizadas
pelo município. Está previsto a inclusão da gerência em Vigilância em
Saúde do Trabalhador como membro do Conselho Gestor.
A partir de 2014, pretende-se fortalecer as ações municipais
executando ações de forma integrada, com o CEREST (capacitações,
investigações de acidentes fatais, etc) e com as demais vigilâncias quanto
às inspeções nas unidades básicas de saúde, a fim de propor adequações
quanto às condições ambientais e sanitárias das mesmas. Além disso, a
VISAT em parceria com a supervisão da atenção básica e com as demais
gerências da Superintendência de Ações em Saúde irá capacitar as
equipes para o cuidado com a própria saúde no trabalho e no
fortalecimento e qualificação das notificações de doenças e acidentes do
trabalho (RINA).
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
A Vigilância Sanitária desenvolve um conjunto de ações capazes de
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de prevenir os problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
Esta definição denota a abrangência de Vigilância Sanitária (VISA) e
sua natureza essencialmente preventiva contendo especificidades que a
diferenciam de outras ações e serviços de saúde devido ao vínculo estreito
com os setores econômico, jurídico, público e privado e com a organização
econômica da sociedade e seu desenvolvimento tecnológico e científico
que abrangem um amplo espectro dos elementos determinantes do
processo saúde-doença-qualidade de vida e que
podem ser entendidos como risco ou problemas/necessidades de saúde
relacionadas à produção, circulação e consumo de bens e serviços.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A Gerência da Vigilância Sanitária está
vinculado a Superintendência em Vigilância
em Saúde, esta dividida em serviços de alta
complexidade nas áreas designadas abaixo:
- Nutrição: indústrias de alimentos e cozinhas
industriais;
- Veterinária: indústrias de insumos agrícolas,
-Inspeciona, cadastra e emiti alvarás
sanitários (liberação e renovação);
- Realiza vistorias de rotina
- Colhe amostras para análise fiscal, com o
envio destas para o laboratório central
(LACEN);
- Realiza a apreensão e inutilização de
clínicas e hospitais veterinários;
- Farmácia: Controle mensal e trimestral do
estoque de medicamentos/receitas,;
liberação de alvarás das farmácias e
drogarias dentro e fora de hospitais.
Laboratórios de Análises Clínicas;
Enfermagem: Clínicas médicas, laboratórios,
hospitais, bancos de sangue e derivados,
consultórios odontológicos com RX.
Serviços de baixa complexidade nas áreas
designadas abaixo:
Fiscalização de: Alimentos; Beleza, limpeza
e higiene; consultórios médicos,
odontológicos e veterinários;Tecnologias do
lazer; Tecnologias da educação e convivência.
Administrativo: Recebimento, seleção e
despacho de documentos relacionados a
vistorias e liberações de alvarás bem como
atendimento e encaminhamento de denúncias
e emissão de relatórios.
A equipe da VISA é composta da seguinte
forma: Um Gerente; Um Supervisor; Um
Líder de Equipe;
Corpo Técnico: três nutricionistas; duas
enfermeiras; uma farmacêutica-bioquímica;
uma assistente social; dois médicos
veterinários.
Fiscalização: vinte um agentes fiscais.
Administrativo: três agentes administrativos.
Área de Abrangência (Distritos): todos os seis
distritos sanitários.
produtos (alimentos, medicamentos, etc);
- Realiza a interdição de estabelecimentos
(parcial ou total) que estejam em
desacordo com a legislação sanitária
vigente;
- Emite Autos de Infração e acompanhar o
processo administrativo sanitário em seus
ritos, desde a lavratura do auto de infração
até a aplicação de suas penalidades
previstas em legislação própria
(advertência, multa, interdição, entre
outras);
-Analisa projetos arquitetônicos; - defini
normas e padrões higiênico sanitários.
- Promove cursos de capacitação para os
serviços de alimentação (educação sanitária
permanente);
- Orienta a população (consumidores),
mediante a distribuição de material
informativo, ilustrado;
- Realiza o combate ao abigeato e barreira
sanitária, com o apoio, se necessário, da
PATRAM;
- Realiza operações noturnas de
fiscalização em conjunto com outras
instituições (Bombeiros, Brigada Militar,
SMGU, Ministério Público, etc) em
estabelecimentos;
- Realiza ações de fiscalização em feiras e
datas especiais (Carnaval, Semana Santa,
Feira do Livro, Operação Verão, etc).
ANÁLISE SITUACIONAL
A Vigilância Sanitária vem atuando de forma incisiva em todas as
áreas do município, resultando em um crescimento dos indicadores, de
acordo com os dados do Relatório Anual de 2012 foram emitidos total de
1.251 alvarás entre liberação e renovação. Em 2013 até agosto já foi superado
o nº de alvarás do ano anterior, chegando a 1.749 entre liberados e renovados.
Tendo como foco a educação sanitária, foram ministrados cursos
de capacitação para os setores regulados, com o envolvimento de diversos
profissionais da VISA. Foram conquistadas importantes parcerias com o
Ministério Público, Brigada Militar, Costa Doce, SEBRAE, ABRASEL, UFPEL,
SANEP, SBRP e secretarias municipais. Aderimos ao projeto da ANVISA -
“categorização dos restaurantes FIFA 2014”, que qualificará nossos
estabelecimentos, minimizando a incidência do risco sanitário.
Outro avanço significativo foi à consolidação do projeto Vigilância
nos Bairros, que consiste na presença estruturada da VISA, uma vez por
mês, em cada bairro da cidade, aproximando o serviço público da
comunidade em geral.
Em relação às dificuldades a Vigilância Sanitária tem encontrado
resistência do setores regulados para cumprimento da legislação
sanitária, para tanto estamos organizando diversas ações educativas no
intuito de conscientizar sobre a necessidade de adequação e cumprimento
da legislação e, quando imperioso, utilizarmos o poder de polícia que nos
compete.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
A Gerencia de Vigilância Ambiental executa um conjunto de ações
que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente
que interferem na saúde humana, com finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle de fatores de riscos e doenças ou
agravos relativas a vetores, reservatório e hospedeiros, animais
peçonhentos, qualidade da água destinada ao consumo humano,
qualidade do ar, contaminantes ambientais, desastres naturais e
acidentes com produtos perigosos.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A Gerência de Vigilância
ambiental está vinculada a
Superintendência em Vigilância em
Saúde, conta com 72 funcionários
divididos em quatro setores:
- O Centro de Controle de
Zoonoses de Pelotas está inserido
na Vigilância Ambiental, atuando
na zona urbana e rural.
- Controle de Culicideos ocorre
em três turnos abrangendo a área
central, vilas, bairros e praias.
Realizam o trabalho no momento
onze operários
- Programa de Controle da Dengue
abrange a zona urbana do
município, compreendendo 40
localidades. Atualmente a equipe
conta com 33 agentes de saúde e
uma bióloga.
- Programa VIGIÁGUA realiza o
monitoramento e vigilância da
qualidade da água que abastece a
população do município, tanto na
zona rural como urbana;
Abrange a zona rural e urbana do
município.
Atualmente conta com 4
profissionais (1 farmacêutica
bioquímica, 1 técnica em química,
1 agente de investigação
ambiental, 1 motorista).
- Vigilância da qualidade de água para consumo;
- Vigilância de doenças transmitidas por animais
(Zoonoses);
- Vigilância do mosquito da Dengue (Aedes);
- Controle do mosquito Culex (comum) e vigilância dos
Triatomíneos (Barbeiros).
Centro do Controle de Zoonoses:
- Realiza inspeções zoosanitárias;
-Observação preventiva de animais envolvidos em
agressões;
-Investigação de suspeita de zoonoses;
-Realiza Palestras sobre Zoonoses, Controle de
População Animal, Animais Sinantrópicos;
-Realiza inspeções em PTIs (Posto de Informações de
Triatomíneos)
Controle de Culicideos:
- Aplicação de larvicida e adulticida em bocas de lobo,
valetas e canais da cidade. Também se faz uso do
“Fumacê” veicular noturno.
Programa de Vigilância do Aedes aegypti:
- Inspeção em armadilhas e pontos estratégicos;
- Inspeção em todos os imóveis do município, com
tratamento dos depósitos que possam tornarem-se
criadouros do mosquito da Dengue;
- Orientação à comunidade;
- Pesquisa Vetorial Especial de casos suspeitos de
Dengue;
- Identificação de formas imaturas do mosquito (larvas
e pupas).
Programa VIGIÁGUA:
Realiza análises físico-químicas e microbiológicas de
amostras da água;
Insere os dados no SISÁGUA - Sistema Nacional de
dados do VIGIÁGUA, do Ministério da Saúde;
Recebe, analisa e digita no SISÁGUA os Relatórios
mensais, semestrais e anuais referentes ao Controle de
Qualidade de Água enviado pelo responsável pelo
Sistema de abastecimento;
Realiza inspeção nas Estações de tratamento de
água (ETAs), reservatórios e Soluções Alternativas de
abastecimento de água (SACs)
Trabalha em parceria com a Vigilância
Epidemiológica e Sanitária, realizando nas investigações
de Surtos alimentares onde há suspeita de agravos
relacionados à água;
Atende à população, recebendo reclamações quanto
à qualidade da água;
ANÁLISE SITUACIONAL
A Gerência de Vigilância Ambiental vem no decorrer dos anos
desenvolvendo uma série de ações que visam à promoção e proteção à
saúde da população, através dos quatro setores: Centro de Controle de
Zoonoses, Controle de Culicideos, Programa de Controle da Dengue e
VIGIÁGUA.
O Centro de Controle de Zoonoses atua no controle de agravos e
vigilância das Zoonoses, através do controle de população dos animais
domésticos e monitoramento sobre as populações de animais
sinantrópicos.
Em 2013 foi construída 14 novas baias para observações de cães
agressores no Canil Municipal, além de ser contratado um Agente Fiscal
para atuar nos casos de maus tratos aos animais.
Cabe ressaltar também que foi assinado um convênio com a ONG
SOS Animais que visa o controle populacional de animais domésticos feito
pela prefeitura municipal de Pelotas e apoiado técnicamente pela
SMS/vigilância Ambiental.
O Programa de Vigilância do Aedes aegypti (Controle da Dengue)
possui um conjunto de ações que visam à inspeção e eliminação de
criadouros do mosquito do Dengue Aedes aegypti em imóveis residenciais,
comerciais, terrenos baldios e outros.
O Programa vem desenvolvendo uma série de ações relevantes que
tem aprimorando o trabalho, tais como: capacitações técnica a equipe,
qualificação nas inspeções em armadilhas, pontos estratégicos e imóveis.
Pretendemos no ano de 2014 cumprir a programação do plano de
contingência da Dengue, articulando os diversos setores e Secretarias ou
órgãos envolvidos e realizando as ações conforme preconizado nos
manuais de prevenção da doença no país evitando assim a proliferação do
mosquito transmissor e a presença de casos autóctones.
O VIGIÁGUA é o Programa Nacional de Vigilância em Saúde
Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano, que
tem o objetivo de desenvolver um conjunto de ações de monitoramento e
vigilância com a finalidade de garantir à população o acesso à água em
quantidade suficiente e qualidade compatível com o padrão de
potabilidade estabelecido na legislação vigente, para promoção da saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos anos, vem através do
Programa VIGIÁGUA, ampliando a autonomia do município em relação às
análises de água para consumo humano, investindo em recursos para o
Laboratório Municipal de Análises de Água, através de alocação de
pessoal, aquisição de materiais e equipamentos. Embora o Programa
venha sistematicamente cumprindo as metas pactuadas com o Ministério
da Saúde, encontramos dificuldades em ampliar a amostragem realizada,
para melhor avaliação das informações obtidas.
Ampliação das amostras depende do aumento da Realização da
coleta e análise das amostras de água nas zonas urbana e rural
fortalecendo o monitoramento da qualidade da água para consumo
humano.
Entre as ações que irão ser priorizadas nos próximos anos
destacam-se o aumento do número de amostras realizadas/mês,
ampliação das análises qualitativas de acordo com a demanda do
laboratório e aumento do número de ações educativas.
É importante citar que no final deste ano o prefeito municipal manifestou
seu desejo de recebimento de novas verbas para qualificação do Centro de
Zoonoses junto ao governo Federal. Em 26 de dezembro de 2013 foi publicada
Portaria GM 3299 autorizando repasse financeiro ao município de Pelotas.
Estamos aguardando portaria que oriente as diretrizes da utilização dos
recursos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
Na Lei Ministerial 8080/90 que institui o Sistema Único de Saúde, fica
definido o atual conceito de Vigilância Epidemiológica, o qual diz que: “A
Vigilância Epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção e prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças e agravos.
Com base neste conceito a Vigilância Epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde de Pelotas disponibiliza informações atualizadas sobre
a ocorrência de doenças e agravos, assim como os fatores condicionantes
em uma área geográfica ou população determinada para a execução de
ações de controle e prevenção.
Além disso, é um instrumento importante para o planejamento,
organização e operacionalização dos serviços de saúde, a normalização
das atividades técnicas correlatas. As atividades e o conjunto de funções
específicas e complementares devem ser desenvolvidos de maneira
contínua, permitindo conhecer a cada momento, o comportamento
epidemiológico da doença ou agravo em questão.
Funcionamento Ações desenvolvidas
São ações da Vigilância Epidemiológica a
coleta de dados, o processamento dos
dados coletados, análise e interpretação
dos dados processados, a recomendação das
medidas de controle apropriadas, a
promoção das ações de controle indicadas, a
avaliação da eficácia e efetividade das
medidas adotadas e divulgação de
informações pertinentes. E pela
-Realiza vigilância epidemiológica das
doenças/agravos de notificação compulsória
-Realiza busca ativa de notificações nas fontes
notificadoras
-Realiza investigação epidemiológica das
notificações recebidas
-Realiza digitação das investigações e notificações
no programa SINAN
-Realizar coleta de material biológico das
investigações realizadas
-Realizar transporte de insumos e amostras de
vulnerabilidade das doenças
imunopreveníveis pelo uso de vacina, estas
historicamente são objeto da vigilância
epidemiológica. Também coordena, controla
e abastece os bancos de dados, monitora a
imunização e a rede de frio do município,
com o armazenamento, controle,
monitoramento e distribuição de vacinas e
imunobiológicos, bem como controle e
monitoração de todas as doses de vacinas e
imunobiológicos aplicadas no município.
Responsável também por coordenar todas as
Campanhas de Vacinação que ocorrem
durante o ano.
Serviço responsável por buscar
informações e abastecer bancos de dados
municipais, estaduais e federais como:
SINAN – Sistema Nacional de Agravos de
Notificação
RINA – Relatório Individual de Notificação de
Acidente
RINAV – Relatório Individual de Notificação
de Acidente e Violência
API – Avaliação do Programa de Imunização
EDI – Estoque e Distribuição de
Imunobiológico
AIU – Avaliação do Imunobiológico Utilizado
SIM – Sistema de Informação de Mortalidade
SINASC – Sistema de Informação de
Nascidos Vivos
MDDA – Monitoramento da Doença Diarréica
Aguda
GAL – Gerenciador de Ambiente Laboratorial.
material biológico coletado para análise laboratorial.
-Garante a manutenção de insumos utilizados pelas
fontes notificadoras para o controle e vigilância de
doenças e agravos.
- Realiza digitação das amostras biológicas das
investigações recebidas e coletas em banco de
dados do laboratório central (Lacen/RS) sistema
GAL.
-Realiza busca ativa de declarações de nascimento e
de óbito nas maternidades e cartórios do município.
- Realiza digitação das declarações de nascimento
no banco de dados SINASC.
- Realiza a digitação das declarações de óbito no
banco de dados SIM.
- Vacinação de rotina nas 53 salas de vacina do
município.
Vacinação de campanha
Controle da rede de frio do município
Realiza a vigilância dos eventos adversos pós-vacina
Realiza digitação no banco de dados do programa
nacional de imunização, de vacinas recebidas,
vacinas distribuídas e doses aplicadas de vacina.
Garante a manutenção de insumos utilizados nas
salas de vacina do município.
Realiza capacitação em saúde de normas da
vigilância para equipes de saúde do município.
Realiza palestras de saúde a comunidade em geral.
Oferece permanente qualificação, capacitação
e treinamento em serviço.
Mante parceria com outros serviços, instituições e
comunidade em geral.
ANALISE SITUACIONAL
A vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de
Pelotas vem cumprindo com uma série de metas pactuadas que devem
ser destacadas, tais como:
- Cumprimento das metas de vacinação de 80% na Campanha
Nacional de Vacinação contra a Influenza em 2013 atingindo 97%;
- Cumprimento da meta de 95% na Campanha Nacional de
Vacinação contra a Poliomielite em 2013 atingindo 98,75%.
- Cumprimento da meta de vacinação de rotina de 95% para as
vacinas aplicadas em menores de 01 ano no calendário básico de
vacinação: vacina BCG (contra o bacilo da tuberculose) – 141,46%;
vacina contra a poliomielite – 113,72%; vacina pentavalente ( contra
hepatite B, tétano, difiteria, coqueluche e haemophilus influenza b) –
98,17%; vacina pneumo 10 valente ( contra 10 cepas de bactéria que
causa pneumonia) – 97,26%.
- Cumprimento da meta de vacinação de rotina de 95% para a
vacina tríplice viral aplicada com 01 ano de idade no calendário básico de
vacinação atingindo 115,24%;
- Cumprimento da meta de cura de casos novos de tuberculose
pulmonar no município.
- Cumprimento da cobertura de digitação nos programas SIM,
SINASC, SINAN, Imunização.
- Cumprimento dos prazos oportunos para investigação, coleta e
medidas de prevenção e controle para doenças e agravos e surtos que
necessitam desta intervenção (meningite, dengue, rubéola, leptospirose,
at. anti-rábico, paralisia flácida aguda (PFA), influenza, tétano, bactéria
multirresistente (KPC), hantavirose, doença transmitida por alimento
(DTA) e outras doenças e agravos emergentes e/ou inusitados.
Além da inclusão do município de Pelotas como município “Sentinela
da influenza” para pesquisa dos vírus da influenza circulantes nas
síndromes gripais e realização do controle dos vírus respiratório e o
monitoramento e acompanhamento do Sistema de Vigilância da Influenza.
Também tem realizado o encerramento oportuno das investigações
de doenças e agravos notificados realizadas dentro dos prazos previstos
pelo Ministério da Saúde.
Realização de investigação de causas de óbito mal definidas,
possibilitando a identificação da possível causa da morte.
Um processo de Educação Permanente com capacitações e
treinamentos periódicos para a rede de saúde do município sobre
questões de vigilância epidemiológica e/ou imunização, de três a seis
reuniões periódicas ao ano.
Em relação às dificuldades o abastecimento de alguns imunobiológicos
nas unidades de Saúde, ocorre devido à escassez destes no Programa
Nacional de Imunização - PNI (imunobiológicos disponibilizados pelo PNI –
Ministério da Saúde, e distribuído para os municípios pela SES/RS)
Além do não cumprimento de cobertura vacinal de 95% no município
em algumas vacinas de rotina, como por exemplo: vacina contra o
meningo C – 93,29% e vacina oral contra o rotavírus humano – 93,29%.
Para recuperar a cobertura vacinal são intensificadas as orientações de
busca de faltosos, registro correto das doses de vacina aplicadas, durante
as capacitações de rotina, bem como, abordagem pontual com as equipes
das UBS que apresentem mais problemas.
Superintendência de Gestão Ambulatorial e Hospitalar
A Superintendência de Gestão Ambulatorial e Hospitalar coordena o
planejamento organizacional das ações da gestão em saúde na área de
média e alta complexidade, considerando que são ações de caráter
regional, ou seja, além do Município de Pelotas suas ações devem
contemplar a 3º CRS e 7º CRS. Sob sua gestão estão às seguintes
gerencias SAMU/REGIONAL, GAU, GAT, Contratalização com prestadores
de serviços, Controle e Avaliação, Complexo de Regulação, Centro de
Especialidades e Pronto Socorro Municipal.
ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Pelotas conta hoje com 05 hospitais que atendem ao SUS, contando
com 770 leitos SUS, sendo 160 psiquiátricos e 636 distribuídos nas
especialidades clínica, obstétrica, pediátrica, UTI adulto, UTI pediátrica e
UCTI, desse total de 636 leitos, 390, ou seja, 48% dos leitos são
regulados, segundo os dados do CNES.
FUNCIONAMENTO
Atualmente os serviços prestam atendimento de alta complexidade, para Pelotas e
Região, nas referidas especialidades: Atenção à Gestação de Alto Risco; cardiovascular
(portaria SAS 215 e SAS 404), nefrologia (portaria SAS 11); neurologia/neurocirurgia
(portaria PT SAS 646); serviço de radioterapia e hematologia (Portaria PT SAS 62);
nefrologia (portaria SAS 773 e SAS 393); cardiovascular; cirurgia cardiovascular e
procedimentos em cardiologia intervencionista. Urgência e emergência de Traumatologia.
ANÁLISE SITUACIONAL
A Prefeitura Municipal de Pelotas, através de sua Secretaria de
Saúde, possui convênio com os cinco Hospitais do município, além de
contratos de prestação de serviço com algumas empresas privadas, de
acordo com a política nacional do sul de suplementação ou
complementação de serviço, com o objetivo de garantir a cobertura
assistencial à população do município e região da 3ª CRS e 7ª CRS.
Habilitou-se 30 novos leitos clínicos no Hospital Beneficência Portuguesa,
08 na Santa Casa e 18 no HUSFP em julho de 2013, com o objetivo de
aumentar a eficiência do sistema de atenção à saúde aos usuários que
apresentam agravos agudas e/ou crônicas. Pela Portaria 2.395,
componente Hospital da Rede de Urgência e Emergência.
No período de 2010 a 2013 realizou-se a habilitação de Recursos
financeiros pela Portaria 1067 e a Portaria 4.279, que estabelece diretrizes
para a organização da RAS no âmbito do SUS, porta de entrada de
Urgência e Emergência do Pronto Socorro Municipal e da Traumatologia da
Santa Casa e leitos de retaguarda. Inicio-se a regulação de leitos
Pediátricos, Obstétricos em 2011, UTI adulto em 2012 e a Traumatologia
em 2013.
O Hospital Escola habilitou-se em 2011 conforme portaria PT GM
2959 em 15/12/2011 para atenção de serviço de atenção domiciliar, que
atualmente atende 200 paciente, três equipes emad e uma emap, com
140 leitos do PIDI.
O Hospital Escola habilitou-se para retirada de órgãos e tecidos
conforme a portaria RP PT SAS 511 em 27/09/2010.
O Hospital São Francisco De Paula habilitou-se para retirada e
transplante de tecido conforme a portaria PT SAS 1374 de 11/12/2012 e
a portaria PT SAS 756 de 30/12/2010.
O Hospital São Francisco de Paula habilitou a unidade de assistência
de alta complexidade cardiovascular conforme a portaria SAS 215 em
18/05/2011.
ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL ESPECIALIZADA
O município atualmente dispõe de uma Policlínica municipal e 4
ambulatórios conveniados ao SUS, através da contratualização,
localizados nos Hospitais Santa Casa de Pelotas, Sociedade Beneficência
Portuguesa, Hospital Escola, Faculdade de Medicina e Hospital São
Francisco de Paula, que prestam atenção básica e média complexidade ao
município de Pelotas e Região.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O Centro de especialidades presta
atendimento no horário das 7:00 às
19:30hs. Conta com: 1 gerente 13 Médicos 01 Pedagoga 05 Assistentes sociais 02 Nutricionista 05 Fonodiologa 07 Enfermeiros 03 Odontólogo 02 auxiliares de serviços sociais. 10 Auxiliares adminstrativos 01 telefonista 25 Técnicos de enfermagem
Os ambulatórios dos Hospitais
funcionam 7:00 às 19:30hs, com equipe própria do serviço.
O Centro de especialidades oferece: Consulta de atenção básica
(pediatria, ginecologia e obstricia) e média complexidade nas áreas
de Endocrinologia, Nefro-pediatria, Cardiologia, Neurologia;
Reumatologia; Pneumologia; Dermatologia e Fisiatria e exames
complementares ECG e EEG.
Conta com sala de vacinação.
Programa de Ostomizados é voltada ao atendimento de pessoas
estomizadas ou ostomizadas e incontinentes urinários e/ou fecal e
seus familiares do município de Pelotas e realizar suporte técnico aos
22 municípios da região. Consultas e acompanhamento fonoaudiológico. Teste da orelhinha realizado em recém nascidos para descobrir a
surdez o mais cedo possível. Serviço de Oxigênio terapia, oferta oxigênio no domicilio ao usuários
que necessitem desse recurso. Consultas e acompanhamentos nutricional.
Orientação, encaminhamento de Cadastro do paciente, familiar
e/ou cuidador responsável pelo mesmo, conforme protocolo da
SES;
Acompanhamento ao paciente estomizado, incontinente urinário
e anal/fecal e seus cuidadores no âmbito da enfermagem em
estomaterapia, psicologia, serviço social;
Atendimento aos usuários de Pelotas e suporte técnico aos 22
municípios da 3ª CRS;
Recebimento mensal, conferência e organização do material de
estomia, incontinência urinária e anal/fecal;
Distribuição do material de estomia e incontinência urinária e
anal/fecal diariamente aos pacientes cadastrados no Programa;
Reuniões mensais com a ASSOFAM (Associação dos Ostomizados,
Familiares e Amigos), que são realizadas na Casa dos Conselhos, na
última quinta-feira de cada mês, no turno da tarde;
Orientação e encaminhamento para nutrição, oncologia,
proctologia, unidades básicas e outras áreas afins;
Orientação e encaminhamento para passe municipal,
intermunicipal, atestados, transferência, benefícios sociais;
Orientação e encaminhamento para CAPS, Hospital Espírita e
Ambulatório de Saúde Mental;
Atendimento à pacientes hospitalizados, domiciliados e em fase
terminal;
Palestras dos técnicos do Programa sobre os temas pertinentes ao
trabalho a entidades como: Hospitais, Universidades, Cursos
Técnicos e comunidades de bairro;
Supervisão de estágio extracurricular de alunos da enfermagem
da UFPel e Anhanguera;
Divulgação do Programa através de folders e cartazes junto as
unidades de saúde e assistência, no âmbito municipal;
Confecção e distribuição de folder e cartaz explicativo do
Programa;
Confecção e distribuição de cartilha “Retornando a Rotina”, já em
2ª Edição, realizada pela Psicóloga do Programa;
Confecção de banner referente ao trabalho apresentado em
outubro de 2008, na VII Jornada Gaúcha de Estomizados e I Jornada
de Incontinentes Urinários e Fecais do RS, promovida pela FEGEST
(Federação Gaúcha de Estomizados);
Manuseio do Programa da Procergs de Gerenciamento de Usuários
com Deficiência (GUD) via internet, retirada mensal de recibos
referentes a entrega de material;
Controle de freqüência da retirada de material e busca dos
faltosos;
Controle mensal de entradas e saídas de pacientes do Programa;
Elaboração mensal de pedido do material de estomia, incontinência
urinária e anal/fecal encaminhado à 3ª CRS.
Serviço de Oxigênio terapia, oferta oxigênio no domicílio
aos usuários que necessitem desse recurso, atualmente é
coordenado por uma Enfermeira, no Centro de
Especialidades.
Os Hospitais realizam em nível ambulatorial: Consulta de atenção
básica (pediatria, ginecologia e obstricia) e média e alta
complexidade nas áreas de urologia, Proctologia, Pneumologia,
Otorrinolaringologia, Ortopedia e traumatologia, oftalmologia,
neurocirurgia, neurologia, mastologia, reumatologia,
gastroenterologia, endocrinologia, dermatologia, cirurgia plástica,
cirurgia pediátrica, cirurgia geral, cardiologia, cirurgia vascular.
Bem como exames de diagnóstico em laboratório clinico, de
anatomia patologia e citopatologia, radiologia, ultrassonografia, endoscopia, tomografia e ressonância magnética.
- Teste do Pezinho
ANÁLISE SITUACIONAL
A assistência ambulatorial especializada vem no decorrer dos anos
realizando diversas ações que visam melhorar o atendimento do cidadão
como a implantação do sistema de marcação de retorno e aviso do
usuário via telefone.
Os retornos estão sendo marcados dentro do prazo estabelecido
pelo médico assistente, fonoaudiólogo ou nutricionista. Até 2012 esses
retornos eram agendados com um tempo espera superior a 60 dias do
estipulado pelo profissional.
Iimplantou-se um sistema de atendimento mais humanizado aos
usuários do serviço, que agora contam com menor tempo de espera em
filas, não necessitando agendar seus retornos, tendo os mesmos
agendados pelo serviço. Esse sistema amplia o acesso e a vinculação do
serviço, garantindo ao usuário um acesso humanizado ágil e oportuno.
ASSISTÊNCIA DE URGÊNCIA e EMERGÊNCIA
A Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e
integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar
o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e
emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna, segundo a
portaria 1600 de 2011 a rede é composta pelos seguintes componentes
Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; Atenção Básica em Saúde;
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de
Regulação Médica das Urgências; Sala de Estabilização; Força Nacional
de Saúde do SUS; Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o
conjunto de serviços de urgência 24 horas; Hospitalar; e Atenção
Domiciliar.
Rede de urgência e emergência pré-hospitalar
O Samu faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências,
foi implantado no município em 26 de agosto de 2006, com o propósito de
prestar atendimento na rede pública de socorro à população em casos de
emergência, conforme prevê a portaria que rege a urgência e Emergência
MS 2048 de 05 de novembro de 2002.
Pelotas conta com um Pronto Socorro Municipal, sediado junto ao
hospital Universitário São Francisco de Paula, que atende a população de
pelotas e dos 22 municípios da Região da 3ª Coordenadoria Regional de
Saúde e da 7ª CRS.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
As Centrais de Regulação do SAMU\192 tem um
papel primordial e indispensável para o resultado
positivo do atendimento, sendo o socorro feito
após chamada gratuita, para o telefone 192.
A ligação é atendida por telefonistas auxiliar de
regulação médica na Central de Regulação que
identificam a emergência e, imediatamente,
transferem o telefonema para o médico
regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da
situação e inicia o atendimento no mesmo
instante, orientando o paciente, ou a pessoa que
fez a chamada, sobre as primeiras ações.
Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia
qual o melhor procedimento para o paciente:
orienta a pessoa a procurar uma unidade básica
Prestação de atendimentos e, casos de urgência,
emergência sendo eles casos clínicos
traumáticos, psiquiátricos ou obstétricos
(atendimento pré-hospitalar).
-Sua central de regulação atende ao município
de Pelotas e aos municípios de Capão do Leão,
Piratini, Pinheiro Machado, São Lourenço do Sul,
Canguçu, Santa Vitoria do Palmar, São Jose do
Norte, Jaguarão, Arroio Grande, Santana da Boa
Vista.
- Projeto Samuzinho através de palestras nas
escolas tem o objetivo de diminuir os trotes ao
de saúde; designa uma ambulância de suporte
básico de vida, com técnico de enfermagem e
condutor para o atendimento no local; ou, de
acordo com a gravidade do caso, envia uma
Unidade de Suporte de Suporte Avançado, com
médico, enfermeiro e condutor. Com poder de
autoridade sanitária, o médico regulador
comunica a urgência ou emergência aos
hospitais públicos e, dessa maneira, reserva
leitos para que o atendimento de urgência tenha
continuidade.
O SAMU de Pelotas conta com 5 veículos de
salvamento, sendo 3 de suporte básico e 1 de
suporte avançado e 1 motolância.
Conta atualmente com equipe de médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem,
telefonistas, radioperadores, condutores.
O Pronto Socorro Municipal está sediado junto
ao hospital Universitário São Francisco de
Paula. Até o início de 2006 encontrava-se sob
gestão da Secretaria Municipal de
Saúde de Pelotas. No mês de abril de 2006 foi
assinada a contratualização com a
Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)
ficando esta unidade de urgência sob
gestão bipartite (SMS e UCPEL) até setembro
de 2006. Em maio de 2011 a contratualização
também foi assinada com a Universidade
Federal de Pelotas (UFPEL) havendo hoje uma
gestão compartilhada em tripartite entre UFPEL,
UCPEL e SMS
Sediado junto ao hospital Universitário São
Francisco de
Paula. Atualmente são atendidos 300 (fonte
estatísticas do PS) pacientes por dia, conta com
profissionais socorristas, médicos clínicos,
enfermeiros,
odontólogos, técnicos de enfermagem,
cirurgiões, assistente social e equipe de apoio
administrativa.
serviço.
- Treinamentos em parcerias com Corpo de
Bombeiros, Ecosul, Pronto Socorro de Pelotas a
fim de qualificar as equipes.
- Processo de informatização da base sistema
operacional.
- Educação continuada com palestras aos
colaboradores sendo ministradas pelos
integrantes do serviço.
- Cursos de capacitação com parceria do Núcleo
de Educação em Urgência do Estado.
O atendimento de emergência do Pronto Socorro
Municipal é realizado na sede do pronto socorro e
os pacientes que necessitam de internação ou
cirurgia são encaminhados aos 5 Hospitais da
cidade através de central de leitos municipal.
ANÁLISE SITUACIONAL
O setor de urgência e emergência atualmente é um dos grandes
problemas de enfrentados pelos municípios devido a demanda e gravidade
dos casos, visando amenizar essa situação o município de Pelotas, nos
últimos anos implantou o SAMU/192, ampliou o serviço do Pronto Socorro
Municipal e atualmente tem 3 UPA’s em fase de construção. A organização
da rede de urgência e emergência tem a finalidade de articular e integrar
todos os equipamentos de saúde objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de urgência nos serviços
de saúde de forma ágil e oportuna.
O Pronto Socorro municipal implantou o serviço de Classificação de
Risco. Proposta que visa enfrentar o desafio de aumentar a capacidade
dos trabalhadores de distinguir os problemas, identificar ricos e agravos, e
adequar resposta à complexidade de problemas trazidos pelos usuários.
Destaca-se também a criação do plantão presencial medico, em
funcionamento 24 horas do dia, nas áreas de neurologias, vascular e
otorrinolaringologista.
UNIDADES DE PRONTOS ATENDIMENTOS - UPAs
As Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24h são estruturas
de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as
portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe
uma rede organizada de Atenção às Urgências.
FUNCIONAMENTO AÇÕES QUE IRÃO SER DESENVOLVIDAS
Estes serviços estarão vinculados a
Superintendência Gestão Ambulatorial e
Hospitalar, são integrantes do
componente pré-hospitalar fixo e irão ser
implantadas três UPAS: Porte III no
Centro, Porte I no bairro Areal e a outra
UPA Porte I nas Três Vendas.
Irão prestar acolhimento e classificação de
risco em todas as unidades, em
conformidade com a Política Nacional de
Atenção às Urgências.
As UPAs irão funcionar 24 horas por dia,
sete dias por semana, e podem resolver
grande parte das urgências e
emergências, como pressão e febre alta,
fraturas, cortes, infarto e derrame.
As UPAs irão oferecer Raio X,
eletrocardiografia, laboratório de exames,
inalação, leitos de observação entre
outros.
02 UPA Porte I: Nº de atendimentos
médicos em 24 horas – até 150 pacientes,
número mínimo de médicos plantão - 02 e
1º fase: Contratar as empresas através de
processo licitatório para construção das UPAS;
2º Fase: Construir as áreas físicas das Unidades;
3º Fase: Contratação de recursos humanos;
4º Fase: Implantação das Unidades de Pronto
Atendimento e após desenvolver as seguintes
ações:
• Acolher os pacientes e seus familiares sempre
que busquem socorro na UPA;
• Realizar classificação de risco e garantir
atendimento ordenado de acordo
com o grau de sofrimento do paciente ou a
gravidade do caso;
• Realizar consulta médica em regime de pronto
atendimento aos casos de
menor gravidade;
• Realizar o primeiro atendimento e estabilização
dos pacientes graves para
que possam ser transferidos a serviços de maior
porte;
• Realizar atendimentos e procedimentos
médicos e de enfermagem adequados
aos casos críticos ou de maior gravidade;
• Prestar apoio diagnóstico (realização de
Raios-X, exames laboratoriais,
Nº de leitos - 07
01 UPA Porte III: Nº de atendimentos
médicos em 24 horas – até 450
pacientes,Nº mínimo de médicos plantão - 06 e Nº de leitos - 15
eletrocardiograma) e terapêutico nas 24 horas do
dia;
• Manter em observação, por período de até 24
horas, os pacientes que necessitem desse tempo
para elucidação diagnóstica e/ou estabilização
clínica;
•Encaminhar para internação os pacientes que
não tiverem suas queixas resolvidas nas 24 horas
de observação acima mencionadas;
• Solicitar retaguarda técnica ao SAMU 192,
sempre que a gravidade/complexidade dos casos
ultrapassarem a capacidade instalada da
Unidade;
• Garantir apoio técnico e logístico para o bom
funcionamento da unidade.
Análise Situacional
A construção do Sistema Único de Saúde (SUS) se realiza dia a dia
e encontra evidências que vêm desafiando profissionais e gestores, muitos
são os desafios, sendo a Urgência, dentre as áreas da saúde, uma das
mais críticas, devido às filas de espera e ao retardo no atendimento a
pacientes graves.
Este fato se deve tanto ao aumento da demanda por alterações do
perfil epidemiológico da população, quanto à ineficácia do sistema
assistencial no cenário nacional que acaba dentro do processo de
descentralização do SUS refletindo nos municípios.
Com a intenção de trabalhar com o conceito de atendimento
integral aos usuários do SUS e buscar superar os problemas enfrentados
no município, numa ação construída coletivamente com os demais entes
federados: estadual e federal (Ministério da Saúde e Secretaria Estadual
de Saúde) foi realizado a captação de recursos financeiros para construção
de 03 Unidades de Pronto Atendimento, afim de atingir as diretrizes
traçadas pela Política Municipal de Atenção às Urgências, ou seja, realizar
ações descentralizadas no atendimento de urgências de baixa e média
complexidade, fazendo com que o acesso da população seja otimizado e
resulte no desafogamento do Pronto Socorro Municipal.
De acordo com a Portaria GM/MS nº 2.048/2002, as UPA´s são
definidas como unidades não hospitalares que devem funcionar nas 24
horas do dia e devem estar habilitadas a prestar assistência
correspondente ao primeiro nível de assistência de média complexidade.
Estas Unidades devem possuir retaguarda de maior complexidade
previamente pactuada, com fluxo e mecanismos de transferência claros,
mediados pela Central de Regulação, a fim de garantir o encaminhamento
dos casos que extrapolem sua complexidade.
O município de Pelotas foi contemplado pelo Ministério da Saúde
com três Unidades de Pronto Atendimento, sendo uma de porte III e duas
de Porte I.
Como as UPA´s são serviços assistenciais de saúde, todos os
ambientes necessários ao seu funcionamento devem respeitar as normas
preconizadas pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
RDC ANVISA nº 50/2002 .
Os projetos arquitetônicos do município de Pelotas das Unidades de
Porte III e Porte I do Areal estão prontos, as duas unidades atualmente
encontram-se em processo de licitação da obra.
Em relação à Unidade de Porte I das três Vendas, o município de
Pelotas foi contemplado no ano de 2013 com recursos financeiros do
Ministério da Saúde. Neste momento encontra-se em fase de licitação
pela modalidade RDC onde se contrata a obra e projeto simultâneamente.
A Previsão de construção será em 2015 de todas as unidades e a
implantação dos serviços será gradativamente até 2016.
Portando, a possibilidade de conclusão destes processos de
construções e implantação irão ser de extrema relevância para o
município ao qual ira ter uma rede de Urgência e emergência fortalecida e
qualificada para o atendimento aos usuários do Sistema único de Saúde.
Gerência de Acolhimento ao Usuário - GAU
Gerencia de acolhimento ao usuário, foi criada em 2011, com o
objetivo de acolher e transportar os usuários que são encaminhados a
outros municípios, a fim de realizarem consultas, exames e procedimentos
que não são prestados pelo SUS em Pelotas.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
O serviço desde 2013 situa-se
na Rua: Marcilio Dias, 520. 1
gerente 1 assistente social 03
auxiliares administrativos
Agendamento do transporte; Realizar o diagnóstico social de todos
os usuários do TFD municipal; Avaliar a necessidade dos usuários
que necessitem ser buscado em casa de carro, para o embarque no
local habitual de saída do ônibus. Essa avaliação deverá basear-se
na descrição do CID, Condição física do usuário e a existência de
transporte coletivo para deslocamento até o serviço, para tanto
pode ser necessário a realização de visita domiciliar para avaliar a
situação.
Transportar os pacientes com indicação de prótese auditiva e\ou
física para atendimento em Bagé, mediante o. preenchimento do
laudo de tratamento fora de domicilio e anexar os documentos
(CIC, RG, Cartão SUS, Comprovante de endereço e
encaminhamento médico).
Qualificar a solicitação do transporte, visando direcionar o usuário
ao meio mais adequado ao sua necessidade, seja esse carro,
ônibus ou ambulância.
Controlar a emissão de passagens para municípios referenciados
como: Porto Alegre, Rio Grande, Bagé, Lajeado, para pacientes em
TFD do SUS e\ou oriundos das demandas Judiciais.
ANÁLISE SITUACIONAL
O serviço mudou-se para o novo endereço na Rua: Marcílio Dias,
520, que permitiu qualificar o atendimento, que passou a ser realizado de
forma individual, bem como que os usuários aguardem o atendimento
acomodados em cadeiras, em local amplo e arejado.
Central de Regulação Municipal
Segundo a Portaria/SAS/MS n. º 356, de 22 de setembro de 2000,
“O Complexo Regulador Assistencial ligado ao Sistema Único de Saúde
compreende a concepção que institui ao poder público o desenvolvimento
de sua capacidade sistemática em responder às demandas de saúde em
seus diferentes níveis e etapas do processo de assistência, enquanto um
instrumento ordenador, orientador e definidor da atenção à saúde,
fazendo-o de forma rápida, qualificada e integrada, com base no
interesse social e coletivo”.
Disponibiliza alternativa assistencial mais adequada às necessidades
do cidadão, de forma equânime, ordenada, oportuna e qualificada,
traduzida na prática pelas Centrais de Regulação (Leitos, Consultas
Especializadas, Exames).
O Complexo Regulador do município de Pelotas é composto por
uma estrutura denominada Central de Regulação, que compreendem toda
a ação meio do processo regulatório, isto é, recebem as solicitações de
atendimento, processam e agendam. A Central de Regulação atua em
áreas assistenciais inter-relacionadas coma atenção básica como a
assistência inter-hospitalar de urgência, as internações, além das
consultas e procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade.
Central de Regulação de Internações: é responsável pela regulação
dos leitos hospitalares dos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS,
próprios, contratados ou conveniados. O escopo da central de internações
hospitalares deve ser configurado com os leitos das diversas clínicas, de
UTI e de retaguarda aos prontos-socorros.
Central de Regulação de Consultas e Exames: é responsável pela
regulação do acesso dos pacientes às consultas especializadas, aos
Serviços de Apoio Diagnose e Terapia, bem como aos demais
procedimentos ambulatoriais especializados.
Apesar do Sistema Informatizado de regulação já ter sido
adquirido, é necessário avançar na implementação da regulação
das cirurgias eletivas e da urgência e emergência, metas planejadas para
este quadriênio e previstas na agenda de saúde.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
A regulação de Leitos desenvolve suas ações 24
horas.
E ambulatorial trabalha das 8:00 às 18:30h.
Atualmente nesse serviço temos:
1 gerente; 8 médicos reguladores, 6
autorizadores (sendo um federal); 6
enfermeiros; 12 auxiliares administrativos.
E uma equipe de 22 funcionários da GSH, sendo:
19 auxiliares adminstrativos; 1 RH; 1 TI; 1
supervisor.
- Organiza o acesso da população às ações e
serviços do Sistema de Saúde, compatibilizando
sua demanda e oferta;
- Orienta o fluxo de pacientes atendidos pelo
sistema e melhorar a distribuição dos
atendimentos pelas Unidades Básicas, Centros de
Especialidades e o Hospitais;
- Oferece a melhor alternativa assistencial
disponível para as demandas concretas dos
usuários;
- Garante o acesso dos usuários a serviços de
saúde de qualidade e em tempo oportuno e hábil;
- Aumenta a eficiência dos serviços de saúde,
reduzindo o tempo de resposta e aumentando as
chances de sobrevida, recuperação e cura dos
pacientes;
- Promove o processo de inclusão social da
população às ações e serviços de saúde de baixa,
média e alta complexidade;
- Eleva o grau de resolubilidade e eficiência das
intervenções médicas;
- Promove o pleno funcionamento da rede de
referência e contra-referência dos serviços
assistenciais em saúde;
-Implementa mecanismos eficazes de controle,
avaliação, auditoria, planejamento e
financiamento;
- Fornece subsídios para repactuação da
Programação Pactuada e Integrada;
Fornece subsídios aos processos de
planejamento, controle e avaliação;
- Fornece aos gestores, em tempo hábil,
informações relevantes, propiciando uma tomada
de decisões mais eficiente e uma economia de
escala nos recursos do município.
- Mantem sob controle do gestor o fluxo de
pacientes que necessitam internação hospitalar e
a regulação da demanda reprimida (lista de
espera), permitindo que sejam garantidos os
preceitos básicos do SUS, organizando e
garantindo o acesso da população a ações e
serviços em tempo oportuno, de forma
ordenada e equânime.
- Regulação dos municípios via WEB.
ANÁLISE SITUACIONAL
Atualmente regulamos leitos clínicos, obstétricos, UTIs adulto,
Pediatria e Cirurgia eletiva de Traumatologia. Bem como consulta e
exames de media e alta complexidade.
Em 2013 foi disponibilizado aos 22 municípios da região a utilização
do Aghos Web, que permitir aos municípios cadastrar seus pacientes que
necessitem de consultas especializadas e acompanhar a evolução e sua
marcação. Esse recurso nós permitirá conhecer a real necessidade de
consultas e exames da região, bem como a demanda reprimida de cada
sub-especialidade ou exame. Encontra-se em fase de implantação a
marcação de exames dos municípios de 3ª CRS via WEB.
GERÊNCIA DE CONTRATOS
A Prefeitura Municipal de Pelotas, através da Secretaria de Saúde,
possui convênio com os cinco Hospitais do município, além de contratos
de prestação de serviço com algumas empresas privadas com o objetivo
de garantir a cobertura assistencial à população do município e região.
Através do planejamento das necessidades de saúde da população,
a Gerência de Contratos realiza a elaboração dos convênios e contratos
com os prestadores do Sistema Único de Saúde (SUS), além de manter
atualizado o cadastro dos mesmos no Sistema do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde - CNES.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
Realiza o planejamento das
necessidades de saúde do
município de acordo com as
portarias vigentes e junto as
demandas que aguardam
regulação, elabora os contratos
junto aos prestadores do SUS
do município e alimenta e
atualiza o Sistema do Cadastro
Nacional de Estabelecimentos
de Saúde (SCNES).
01 Gerente
01 Profissional técnico de nível
superior
01 Supervisora
02 Agentes administrativos
Planejamento/Contratualização
- Planejamento das ações em saúde de acordo com as
necessidades de cobertura assistencial de Pelotas e região.
- Planejamento da PPI.
- Planejamento físico financeiro do recurso de média e alta
complexidade do município.
- Elaboração dos contratos das ações em saúde com
prestadores públicos, de ensino e filantrópicos, de acordo
com portarias vigentes.
- Elaboração dos contratos dos prestadores complementares
de ações em saúde.
Cadastro/Credenciamento
- Implementa o Sistema do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde SCNES.
- Atende e orientar profissionais e estabelecimentos da área
da saúde quanto ao cadastro no CNES.
- Digita os cadastros no SCNES.
- Classifica e arquivar os formulários de estabelecimentos e
profissionais cadastrados no CNES.
- Conferi os cadastros digitados no site do CNES.
- Acompanha as atualizações e alterações implantadas no
SIGTAP pelo MS/DATASUS e que correspondem a mudanças
nos cadastros dos estabelecimentos ou profissionais.
- Verifica diariamente, as portarias publicadas no Diário
Oficial da União selecionando as que são de interesse da
Secretaria de Saúde de Pelotas.
- Orientar, monta e avalia os processos de
credenciamento/habilitação de serviços de media e alta
complexidade SUS, conforme portarias publicadas.
- Revisa check-list dos serviços, verificando conformidades e
inconformidades com as portarias vigentes para o
encaminhamento dos processos de habilitação de serviço.
ANÁLISE SITUACIONAL
O município de Pelotas, através da Gerência de Contratos da
Secretaria de Saúde, possui 100% do seu teto financeiro do SUS
contratualizado com os prestadores de serviço.
Atualmente a Gerência de Contratos realiza a elaboração dos
contratos das ações em saúde com prestadores públicos, de ensino e
filantrópicos, de acordo com portarias vigentes, bem como com os
prestadores complementares de ações em saúde.
A Gerência de Contratos monitora a execução dos Planos Operativos
com os prestadores de serviços, viabilizando a contratualização de 100%
do teto financeiro na média e alta complexidade.
GERÊNCIA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO
O município de Pelotas, desde agosto de 2000 está em Gestão Plena
do Sistema Municipal, recebendo diretamente em seu Fundo Municipal de
Saúde o total de recursos federais correspondente ao limite financeiro
programado para o próprio município e parcela destinada ao atendimento
da população referenciada.
Município-pólo, oferta serviços de média e alta complexidade para
sua população e para municípios da 3ª e 7ª Coordenadorias Regionais de
Saúde, perfazendo aproximadamente um milhão de habitantes. É
importante informar que no caso do atendimento no hospital Espírita
podemos contar com cobertura de uma população ainda maior.
As ações de Controle e Avaliação são desenvolvidas, a nível
municipal pela Gerência de Controle e Avaliação.
FUNCIONAMENTO AÇÕES DESENVOLVIDAS
Realiza o controle e avaliação dos
serviços contratados pelo município.
Atualmente conta com uma equipe
Controle
- Revisão de Laudos Médicos para liberação de Autorização
de Internação Hospitalar (AIHs);
composta por:
1 Gerente, 1 Assistente Social, 1
Enfermeira, 1 médico, 3 Dentistas
autorizadores, 5 profissionais
administrativos, 8 médicos
autorizadores e 3 médicos revisores.
- Revisão técnico-administrativa de laudos e prontuários
médicos para autorização de mudanças de procedimento,
diárias de UTI e outros procedimentos especiais durante a
internação hospitalar;
- Revisão técnico-administrativa de contas de
procedimentos ambulatoriais;
Controle do faturamento e pagamentos aos prestadores;
- Controle dos principais procedimentos realizados;
- Controle mensal de AIHs e do teto físico e financeiro
contratado com prestadores;
Avaliação
- Análise mensal de relatórios e faturamento dos
prestadores em relação aos tetos físico-financeiros
contratados avaliando o alcance ou extrapolação dos
mesmos;
- Acompanhamento mensal da produção hospitalar e
ambulatorial procurando identificar alcance ou falhas na
cobertura assistencial, de acordo com demanda reprimida
verificada principalmente na marcação de consultas e
exames especializados, procura por cirurgias eletivas e
outros;
- Análise de série histórica de internações e de
procedimentos realizados a nível ambulatorial e hospitalar,
avaliando custo, tempo médio de internação e variações
sazonais;
- Acompanhamento dos sistemas e procedimentos de Alta
Complexidade;
- Avaliação do alcance dos tetos financeiros da
Municipalização Plena, mensalmente e realização de análise
acumulada semestral e anual;
-Avaliação trimestral da contratualização;
ANÁLISE SITUACIONAL
O controle e avaliação atua na implementação de um processo de
avaliação das ações e serviços de saúde, de forma sistemática e contínua,
sobre estruturas, processos e resultados, permitindo assim um melhor
planejamento das ofertas e demandas da sociedade.
Atualmente a gerência avalia trimestralmente todos os quantitativos
físicos e financeiros contratualizados com os prestadores de serviço, sendo
integrante e ator importante, na comissão de avaliação da
contratualização que é composta por integrantes do gestor, prestadores e
conselho municipal de saúde que avaliam a produção dos prestadores
conforme as metas pactuadas. Os prestadores avaliados são: Hospital
Escola da Universidade federal de Pelotas, Hospital Universitário São
Francisco de Paula, Hospital Santa casa de Pelotas e Hospital Sociedade
Beneficência Portuguesa. Ainda é de responsabilidade da Gerência a
avaliação “in Loco” de todas as habilitações de alta complexidade.
O município hoje conta com um total de 854 leitos SUS, cerca de
1.950 internações/mês, com tempo médio de permanência geral em
clínica médica de 11 dias e em clínica cirúrgica de 6 dias.
Conselho Municipal de Saúde
VI-CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PELOTAS - CMSPEL Histórico
Foi a partir da Constituição Federal de 1988, que o debate sobre a saúde ganhou
contornos mais precisos, porque seu texto contemplou a criação do Sistema Único
Descentralizado de Saúde – SUDS, com a introdução do conceito de descentralização com
direção única, atendimento integral e universal e a participação da sociedade através do
Controle Social.
Os princípios constitucionais se consolidaram nas Leis 8.080 de 19 de setembro de
1990, que regulamentou o SUDS, passando a se chamar Sistema Único de Saúde – SUS,
Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990, que definiu a participação da sociedade no SUS, e
Decreto nº 99.438 de 7 de agosto de 1990 que criou o Conselho Nacional de Saúde,
regulamentando a participação social. Este Conselho tornou-se, então, a referência nacional
para todos os demais Conselhos e a 8ª Conferência Nacional de Saúde constituiu-se no
elemento norteador do debate nacional sobre a saúde e o SUS.
Hoje, todos os Estados e Municípios devem possuir Conselhos de Saúde, que são
foros deliberativos e de caráter permanente, representando a efetiva possibilidade da
sociedade participar da formulação, execução, monitoramento e avaliação das políticas de
saúde.
A história do CMSPel começou em 1986, quando a Chefia Social do INAMPS e o
Sindicato dos Prestadores de Serviços em Saúde de Pelotas iniciaram os contatos para
abrir um FÓRUM que fosse capaz de discutir as ações de saúde do Município, sendo
chamado AIS – Ações Integradas de Saúde.
Este fórum era formado por prestadores, gestores e trabalhadores da saúde.
Reunia-se, semanalmente, na sede do INAMPS, para discutir, avaliar e propor
encaminhamentos a respeito da prestação de serviços de saúde no Município. Nestas
reuniões se reivindicavam melhorias em instalações hospitalares e ambulatoriais, eram
estabelecidos critérios de controle e avaliação do sistema de saúde vigente na época, bem
como encontravam soluções para os impasses que aconteciam entre os entes envolvidos na
prestação de serviços de saúde.
Neste período, consolidava-se o país o Movimento da Reforma Sanitária, que teve
seu momento máximo de discussão durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde, e
significava às mudanças e transformações necessárias na área da saúde, naquele
momento.
Em 1987 foi instituída em Pelotas a CIMS – Comissão Interinstitucional Municipal
de Saúde – tendo sido esta a primeira do estado do Rio Grande do Sul. Esta comissão veio
substituir o Fórum instituído em 1986. A CIMS também era constituída por gestores,
prestadores, trabalhadores e usuários do sistema de saúde.
A efetiva instituição do Controle Social do SUS em Pelotas se deu pela Lei
Municipal 3377/91 que mais tarde foi alterada pela Lei 4.554/2000, ficando estabelecido a
substituição da CIMS pelo CMSPel – Conselho Municipal de Saúde de Pelotas
Este trabalho estruturado ao longo dos anos, em Pelotas, contribuiu de forma
importante para a estruturação do Conselho Estadual de Saúde e também na estruturação
de outros conselhos municipais da região sul.
Ao longo destes anos, o SUS tem se fortalecido e por ser parte fundamental deste
sistema o CMSPel tem buscado corresponder as suas responsabilidades, contribuindo desta
forma para a melhoria da saúde no município de Pelotas.
O CMSPel, constitui–se no órgão colegiado máximo do SUS no Município, em
caráter permanente, com funções deliberativa, normativa e fiscalizadora, atuando na
formulação de estratégias e no acompanhamento, no controle e na avaliação da execução
da política municipal de saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros.
Situação Atual
Competências do CMSPel
Acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de saúde prestados a população pelos órgãos e entidades públicas, filantrópicas e privadas, integrantes do Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município;
Implementar a mobilização e articulação contínua da sociedade, na defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o SUS, para o Controle Social de Saúde;
Elaborar o Regimento Interno e outras normas de funcionamento do Conselho.
Discutir, elaborar e aprovar proposta de operacionalização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde;
Atuar na formulação e no controle da execução da política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros e propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e privado;
Definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e sobre eles deliberar, conforme as diversas situações epidemiológicas e a capacidade organizacional dos serviços;
Estabelecer estratégias e procedimentos de acompanhamento da gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados;
Deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor a adoção de critérios definidores de qualidade e resolutividade, atualizando-os em face do processo de incorporação dos avanços científicos e tecnológicos, na área da Saúde.
Estabelecer diretrizes e critérios operacionais relativos à localização e ao tipo de unidades prestadoras de serviços de saúde públicos e privados, no âmbito do SUS;
Avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde SUS;
Avaliar e deliberar sobre contratos e convênios, conforme as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estadual e Municipal;
Aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (artigo 195, Parágrafo 2º da Constituição Federal), observado o princípio do processo de planejamento e orçamentação ascendentes (artigo 36 da Lei nº 8.080/90) e legislação municipal;
Propor critérios para programação e execução financeira e orçamentária do Fundo de Saúde e acompanhar a movimentação e destinação dos recursos.
Fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de movimentação de recursos da Saúde;
Analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de contas e informações financeiras, repassadas em tempo hábil aos conselheiros, acompanhado do devido assessoramento.
Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações e dos serviços de saúde e encaminhar quando houver irregularidades ou denuncias aos respectivos órgãos, conforme legislação vigente.
Examinar propostas e denúncias de indícios de irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do Conselho, nas suas respectivas instâncias;
Estabelecer critérios para a realização das Conferências Municipais de Saúde conforme legislação;
Estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos de Saúde e entidades governamentais e privadas, visando à promoção da Saúde;
Estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre assuntos e temas na área de saúde pertinentes ao desenvolvimento do SUS;
Estabelecer ações de informação, educação e comunicação em saúde e divulgar as funções e competências do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões por todos os meios de comunicação, incluindo informações sobre as agendas, datas e local das reuniões;
Apoiar e promover a educação para o controle social;
Deliberar, encaminhar e avaliar a política para os Recursos Humanos do SUS, inclusive os aspectos financeiros de remuneração e incentivos, forma de contratação e vinculo;
Acompanhar a implementação das deliberações constantes dos relatórios das plenárias do conselho municipal de saúde;
Enunciar as diretrizes de elaboração e proceder a revisão anual (1º trimestre do ano), do Plano Municipal de Saúde;
Apreciar e aprovar os critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços, oferecidos pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Único de Saúde no Município;
Coordenar, acompanhar, avaliar e redimensionar o funcionamento dos Conselhos das Unidades Básicas de Saúde, Conselhos Distritais de Saúde, Conselho Gestor do Pronto Socorro Municipal e qualquer outro conselho gestor de instituição que tenha vínculo com o SUS, existentes ou que venham a ser criados, em consonância com as políticas de saúde públicas e diretrizes do CMS/PEL;
Outras atribuições, definidas e asseguradas em atos complementares, baixados pelos Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Conselho Estadual de Saúde, que se referirem á gestão do Sistema Único de Saúde SUS;
Aprovar critérios e valores, de remuneração de serviços extras e os parâmetros municipais de cobertura assistencial.
Estrutura Organizacional do CMSPel
A estrutura organizacional do CMSPel (Figura 5) compreende: Plenária Geral,
Diretoria, Secretaria Executiva, Comissões Permanentes e Temáticas, Assessorias
Técnicas, Comissões Especiais.
Figura 5 – Estrutura Organizacional do CMSPel.
A Plenária Geral é o órgão deliberativo máximo, constituído por 48 conselheiros
titulares e os seus respectivos suplentes, representantes de órgãos e entidades da área
governamental, dos prestadores de serviços de saúde ao SUS, dos profissionais vinculados
à saúde e de usuários representantes da sociedade civil organizada. Essa composição é
paritária com relação ao segmento de USUÁRIOS, conforme legislação vigente.
A Secretaria Executiva é uma demanda solicitada a SMS, mas até o momento não
existe.
Comissões Permanentes:
Comissão de Finanças e Comissão Técnica
Comissões Temáticas:
Comissão de Saúde Mental; Comissão de Fiscalização; Comissão DST/HIV/AIDS e
Coinfecções; Comissão de Saúde do Trabalhador; Comissão de Ética; Comissão de Saúde
Bucal.
Diretrizes fundamentais do CMSPel: Visão, Valores, Missão e Objetivos Permanentes Diretriz Definição
VISÃO Ser referência no controle social e no acesso a Saúde.
VALORES SOLIDARIEDADE Integração, cumplicidade e aproximação com
a sociedade.
ÉTICA Transparência, honestidade e respeito em
todas as ações.
JUSTIÇA Responsabilidade social, seguindo os
princípios do SUS.
COMPETÊNCIA Plena capacidade para o alcance dos
objetivos do Conselho.
EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM
SAÚDE
Valorização e responsabilização dos
conselheiros e comunidade.
PRINCÍPIOS DO
SUS
Eqüidade, integralidade e universalidade das
ações em saúde.
QUALIDADE Melhoria contínua na oferta dos serviços.
MISSÃO Assegurar, através do controle social, a excelência da saúde pública,
informando, conscientizando, propondo e fiscalizando políticas para
provocar mudanças de comportamento da sociedade e estado.
OBJETIVOS
PERMANENTES
USUÁRIOS Estabelecer canais de comunicação com a
comunidade para o efetivo Controle Social,
construindo redes de proteção na
sociedade.
TRABALHADORES Estimular a valorização, o comprometimento
e a educação permanente para o trabalho
no SUS.
PRESTADORES Estimular a busca de serviços de excelência
com transparência para a sociedade.
GESTORES Estimular a otimização dos recursos para
atender aos princípios do SUS.
CONSELHEIROS Promover e estimular a educação
permanente para a atuação crítica e
responsável.
Propostas para 2014-2017
Promover a Educação Permanente para os conselheiros; Acompanhar o Fluxo de Recursos no Fundo Municipal de Saúde; Acompanhar a execução do Plano Municipal de Saúde; Assegurar estrutura de apoio às atividades do CMSPel; Aprimorar o Sistema de Avaliação e Controle dos Serviços de Saúde; Promover a criação de Conselhos Locais e fortalecer os que já existem para o efetivo
fortalecimento do Controle Social; Desenvolver Sistemas de Controle do Fluxo de Recursos no Fundo Municipal; Implementar internamente um Sistema de Acompanhamento do Plano Municipal de
Saúde; Promover a educação popular em saúde; Prezar pela Qualidade dos Serviços de saúde; Prezar pela Resolutividade, integralidade, Acesso com equidade aos serviços de
saúde; Estimular a participação e o comprometimento dos trabalhadores com o SUS e o
controle social; Primar pela Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS; Estimular o maior conhecimento sobre o SUS, o Controle Social e sobre o Sistema de
Saúde do Município;
Conferência Municipal de Saúde
VII-RELATÓRIO DA XI CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE As Conferencia Municipais de Saúde constituem obrigatoriedade seguindo os preceitos da lei 8.142 que define o controle social do SUS. Neste capítulo reproduziremos na íntegra o relatório da XI Conferencia Municipal de Pelotas realizada para a discussão de propostas para a construção do Plano Plurianual 2014-2017.
1º Eixo – Gestão do SUS (financiamento em saúde, regulação de
exames e consultas)
1. Reativar conselhos locais de saúde das UBS e CAPS;
2. Melhorar o fluxo de informações sobre a rede do serviço do SUS;
3. Cumprimento da carga horária pelos profissionais, conforme
determinação fixadas nas UBS pelo gestor;
4. Efetivar a construção de UBS da Vila Carvalho (Governaço), onde
englobara a população do Corredor da Vega, Vila Jacotet, Vila Nova) no
terreno adquirido pelo poder público Municipal para essa Finalidade;
5. Adquirir terreno para construção do prédio próprio do CAPS Fragata,
com verba já disponibilizada pelo MS;
6. Fortalecer a intersetorialidade – Saúde x Educação x Assistência
Social x Habitação x Transporte – Levando o SUS as escolas, integrar
ao currículo escolar;
7. Melhorar a comunicação e articulação entre comunidade / Conselho
Municipal de Saúde/ Secretaria de Saúde / conselho local da UBS;
8. Propor que os Gerentes dos Distritos Sanitários sejam profissionais
concursados, técnicos na área da saúde e comprometidos com a
comunidade;
9. Manter e ampliar o programa de Redução de Danos para todos os
Distritos Sanitários.
10. Garantir que todos os servidores da SMS sejam concursados.
11. Cumprimento da lei 10.216/2001 com relação a disponibilização de
leitos psiquiátricos em Hospital Geral;
12. Solicitar implementação de CAPS III, como será o modelo CAPS AD,
conforme legislação vigente
13. Ampliar os recursos para a Atenção Básica;
14. Garantir equipes completas nas UBS;
15. Melhorar a estrutura física das Unidades de Saúde;
16. Assegurar fornecimento de materiais de consumo, equipamentos e
procedimentos (Pré-câncer, curativo, medicamentos e outros);
17. Aumentar o número de consultas e exames contratualizados,
melhorando o controle de informação e dando retaguarda aos
Programas.
18. Otimizar e ampliar o funcionamento dos Laboratórios do Estado e
Município;
19. Fiscalizar a cobrança de valores para portadores de solicitações do
SUS em todos os serviços de Saúde.
20. Melhorar o sistema de agendamento de exames e diminuir o tempo
de espera dos mesmos, bem como agilizar a liberação dos laudos de
resultados de exames;
21. Agendar consultas e exames o mais próximo possível da residência
dos pacientes, não onerando assim os usuários;
22. Incluir o profissional de Educação Física nas UBS e CAPS;
23. Revisar as propostas aprovadas nas Conferências anteriores e
avaliar seus resultados;
24. Distritalização da Farmácia Municipal;
25. Disponibilizar o tele-agendamento em todas as UBS da rede de
Saúde.
26. Manter regularidade na disponibilização de medicamentos da
Farmácia Municipal e das Farmácias das UBS, reavaliando a necessidade
inclusão de novos medicamentos;
27. Construção de UPA na Zona Norte;
28. Estudar a inclusão do condomínio Jardim do Obelisco na área de
abrangência da UBS Dunas;
29. Estudar a construção de uma nova UBS no Areal;
30. Realizar atividades periódicas de esclarecimento do mecanismo do
funcionamento das UBS e SMS;
31. Melhor segurança das UBS;
32. Valorização e melhor remuneração dos profissionais;
33. Validar protocolos do MS (ex.: enfª poder solicitar mamografia);
34. Ter uma gestão compartilhada e participativa com trabalhadores e
usuários, tendo uma melhor avaliação dos serviços.
35. Maior investimento em Práticas Complementares para o ano de
2014;
36. Informações sobre o percentual que é disponibilizado para atenção
primária;
37. Desburocratização e agilização na compra de materiais e
medicamentos essenciais.
38. Necessidade de coleta de exames de sangue nas UBSs das colônias
devido à passagem onerosa para ir até o centro da cidade e horários de
ônibus escassos, pois o paciente precisa agendar o exame, depois
realizar a coleta e após buscar resultados.
39. Atendimento Médico na colônia, todos os dias e por 8hs;
40. Ter um laboratório de referência no centro da cidade;
41. Necessidade de uma ambulância na colônia, principalmente aos
finais de semana;
42. Vales transporte para usuários do CAPS acessarem o serviço de
reabilitação psicossocial;
43. Regulamentação do passe livre para Pessoas Portadoras de
deficiência Física (PPDs);
44. Aumento do percentual aplicado pelo município para Atenção
Primária;
45. Definição de coordenador para todas as UBS;
46. Informatização e interligação via internet em todas as Unidades do
SUS;
47. Agilização da construção de 3 UPAS (centro, Areal e Zona Norte);
48. Divulgar para a população os canais de comunicação para críticas e
sugestões;
49. Validação do Sistema de Referência feito por outros profissionais
(ex.: psicólogo encaminhar para neurologista e enf. solicitar exames);
50. Melhorar a qualidade do transporte;
51. Descentralizar o serviço de licitação e compras, dando autonomia à
SMS;
52. Oferecer Transporte para os Conselheiros da Colônia;
53. Contratualizar os leitos Psiquiátricos em hospitais Gerais;
54. Criar protocolo de controle de validade e estoque, e remanejamento
dentro do prazo de validade, evitando ou diminuindo a necessidade do
descarte de medicamento para a rede pública;
55. Criar políticas para implantação de pontos de descarte de
medicação vencida/sobra, para o usuário;
56. Melhorar o serviço telefônico das redes de serviços da SMS;
57. Agilização da aplicação de recursos provenientes do estado e da
união, os quais são destinados às obras de infraestrutura, aquisição de
equipamentos e medicamentos, e àqueles destinados à programas de
prevenção de doenças;
58. Ampliação dos itens da lista REMUME, com o ingresso de
medicamentos fitoterápicos, homeopáticos e florais;
59. Da gestão municipal melhorar a manutenção das UBS e
equipamentos e desenvolver projetos, para a captação de recursos,
afim de qualificar os prédios existentes e construir novos, para evitar a
locação de imóveis;
60. Da gestão construir novos prédios destinados à UBS e CAPS serem
discutidos pelo Controle Social, devendo haver prioridade para as
localidades com maior vulnerabilidade social;
61. Da gestão municipal melhorar e ampliar a regulação dos serviços
prestados à população, em especial à regulação de leitos hospitalares;
62. Desta Conferência referendar as propostas da 9ª e 10ª Conferências
Municipais de Saúde e 3ª Conf. Mun. Saúde Mental as quais ainda não
foram implementadas;
63. Da gestão pública desenvolver um projeto para construção de um
centro administrativo para a SMS, para qualificar a gestão e evitar que
os usuários tenham que procurar por serviços em diversos endereços;
64. Incorporação das propostas da 1ª Conferência de Saúde Bucal, no
Plano Municipal de Saúde.
2º Eixo – Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde (acesso,
assistência, referência e contra-referência)
1. Qualificar o acolhimento e promover a humanização nas UBS;
2. Ampliar o número de UBS com o programa ESF;
3. Informatização da atenção básica e serviços especializados em rede,
para agilização dos serviços nas UBS e acompanhamento dos
referenciados;
4. Garantir o fornecimento de medicação e criação de farmácias
distritais;
5. Revisar e ampliar a lista de medicamentos do município com
orientações técnicas específicas;
6. Ampliar a área física da UBS, conforme necessidade de cada Unidade.
7. Respeitar as solicitações feitas pelos médicos com a referência de
URGÊNCIA;
8. Ampliar as ações de promoção e prevenção em Saúde.
9. Incentivar a interdisciplinaridade entre profissionais das UBS
10. Melhorar o atendimento da SMS aos usuários que procuram
informações sobre exames e consultas;
11. Avisar aos usuários com antecedência mínima de 1 semana, sobre o
agendamento de consultas e exames, para que o mesmo tenha tempo
para fazer os preparos necessários, em caso de impossibilidade do
usuário, repassar o agendamento ao próximo da lista.
12. Agilidade nos reparos a equipamentos das Unidades de Saúde;
13. Efetivar o funcionamento de contra-referência
14. Estudar maneira de aumentar o investimento na AB, para fomentar
a prevenção e diminuir a demanda da média e alta complexidade;
15. Disponibilizar no site da Prefeitura a lista dos prestadores
(laboratórios e raio x) telefone e endereço;
16. Melhoria da qualidade da equipe de ouvidoria no município de
Pelotas;
17. Disponibilizar atendimento psicológico e psiquiátrico nas UBS da
Colônia, através de equipe móvel.
18. Ampliação do Programa Melhor em Casa na colônia;
19. Implantação de uma unidade de emergência 24hs na colônia;
20. Mais palestras preventivas nas UBS e escolas (higiene, alimentação
e exercícios);
21. Implementar Grupos de Fisioterapia, Dança, Convivência em Saúde
Mental e Ginástica;
22. Transparência na aplicação dos recursos financeiros para o aumento
do número de leitos, exames e profissionais;
23. Agilizar a construção da UBS no Monte Bonito, com recursos já
disponibilizados;
24. Complementação do quadro de Agentes Comunitários de Saúde;
25. Retomada da rota para busca/entrega de exames e consultas na
Zona Rural;
26. Garantir o profissional de Serviço Social em todas as UBS;
27. Cumprir o número de atendimento de consultas, previsto na
normatização do SUS;
28. Agilizar e otimizar os processos de marcação de consultas e
exames.
3º Eixo – Linha de cuidado na promoção, proteção e prevenção
em Saúde (Programas de Saúde)
1. Exigir que seja cumprida a lei dos PPDs pelas empresas de ônibus
para atender melhor a população (pessoas com transtornos, idosos e
deficientes) fornecendo um horário de ônibus PPDs para cada linha
(proposta a ser encaminhada para a Secretaria de Gestão da Cidade e
Mobilidade Urbana);
2. Desenvolver um Programa de educação permanente para
profissionais das UBS;
3. Melhorar o acesso dos pacientes por meio de transporte para que os
mesmo tenham como realizar consultas, exames, procedimentos e
outros (fisioterapia, fonoaudiologia, quimioterapia, radioterapia,
hemodiálise e outros);
4. Colocação de academias de saúde nos bairros e Colônias, como
acontece no Laranjal e Av. Dom Joaquin, com profissionais de Educação
Física, com verba municipal e com adesão ao programa de Academia de
Saúde Federais.
5. Adesão do município ao NASF;
6. Promover o saneamento básico nos bairros, vilas e colônia, com
controle de vetores;
7. Ampliar a disponibilização de testes de HIV nas UBS.
8. Aumentar o foco em Práticas Complementares (homeopatia, reike,
acupultura etc);
9. Aumentar ações de comunicação em saúde para alimentação
adequada dos sistemas;
10. Regularizar as visitas domiciliares em todas as UBS, garantindo
carro para o transporte das Equipes.
11. Saúde Bucal: Preenchimento de FAA’s Individuais em procedimentos
coletivos (questão burocrática);
12. Saúde da Criança: Ampliar e melhorar os serviços. de referência
para as especialidades em Cirurgia Pediátrica, Otorrinolaringologista,
Psiquiatria, Traumatologista, Fonoaudiologia e PN-PIC;
13. Saúde da Criança: Estreitar laços entre UBS X ESCOLA através da implementação da SPE;
14. Saúde da Criança: Agilizar o processo de agendamento junto ao
CASE;
15. Saúde da Criança: Rever o atendimento de adolescente entre 14 e
18 anos, pois não tem atendimento nesta faixa etária no CASE e CAPS i;
16. Saúde da Mulher: Garantir que não ocorra falta de abastecimento
de materiais para o programa (CP e contraceptivos);
17. Saúde da Mulher: Facilitar o acesso aos exames de mamografia e
principalmente ultrassonografia mamária;
18. Saúde da Mulher: viabilizar o acesso a especialidades da Saúde da
Mulher;
19. Saúde do Homem: Real implementação do programa;
20. Saúde Mental: Estruturar equipes;
21. Saúde Mental: Implementar equipes matriciais nos territórios junto
as UBS;
22. Saúde Mental: Melhorar a estrutura física dos CAPS;
23. Saúde Mental: Implementação do CAPS III;
24. Estreitar relação entre UNIVERSIDADES X UBS, implantando o
atendimento de estagiários na área da saúde.
25. Saúde Mental: Implementar as unidades de acolhimento nos territórios;
26. Saúde Mental: Implementar o programa ‘Consultório de rua’;
27. Saúde Mental: Aumentar número de Redutores de Danos;
28. Saúde Mental: Implementar a política e programa para trabalhar
com a população de rua, conforme ocorre em Porto Alegre
29. Saúde Mental: Implantar o serviço residencial terapêutico.
30. Saúde Mental: Unidade de acolhimento domiciliar para usuários de drogas;
31. Saúde Mental: Alimentação nos CAPS (retomada do fornecimento
de alimentos e refeições);
32. Saúde Mental: Melhoria do acesso ao CAPS quanto ao atendimento e locomoção para usuários da Colônia;
33. Saúde Mental: Firmar convênio com as Universidades para
residência médica em psiquiatria nos CAPS, e garantir a contrapartida e incentivo da Universidade para o município;
34. Imediata implementação do programa e cumprimento da legislação
relacionada à Vigilância em Saúde do Trabalhador;
35. Implementar o Projeto Piloto PN-PIC;
36. Qualificação do profissional Agente Redutor de Danos, por meio da
implantação da escola de Redutores de Danos;
37. Adesão ao Programa de Academia da Saúde pelo município.
Considerações finais
O plano aqui apresentado contará com agenda renovada a cada
ano e funcionará como documento guia das nossas ações durante os
próximos 4 anos. Sabemos que as ações em saúde são dinâmicas e que
modificações das condições de saúde da população e dos possíveis
riscos de novas doenças ou agravos podem provocar novas ações ou
modificações das ações propostas. Um exemplo claro disso, foram as
modificações no rumo da atenção e prevenção à Dengue, visto o
crescimento da doença no país e no Estado do Rio Grande do Sul.
O plano pretende então, traçar diretrizes gerais, demonstrar as
intenções da gestão municipal de saúde e auxiliar na transparência de
nossas ações, para que todo o cidadão possa acompanhar após a
publicação do documento, as ações que o município se propõe a realizar
e os caminhos escolhidos e aprovados no controle social. Não temos a
pretensão de prever tudo mas procuramos delinear o rumo da atenção
À saúde nos próximos quatro anos, definindo o norte que nos permitirá
estabelecer os indicadores e metas a cada ano e monitorar nossos
resultados.
Referências Bilbiográficas