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GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013
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ENÇÃO E COMBATE
AOS INCÊN
CIOS FLORESTA
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ENÇÃO E COMBATE
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CIOS FLORESTA
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ENÇÃO E COMBATE
PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
Município de Pium (TO)
Foto: Taylor Nunes
equipe técnica
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA
CENTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS RODRIGO DE MORAES FALLEIRO - CHEFE
NÚCLEO DE INTERAGÊNCIAS E CONTROLE DE QUEIMADAS LARAH STEIL MARIANA SENRA DE OLIVEIRA NÚCLEO DE OPERAÇÕES E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ANA MARIA CANUT CUNHA CLEMILTON FIRMINO DE MACEDO DEVALCINO FRANCISCO DE ARAÚJO GABRIEL CONSTANTINO ZACHARIAS JOSÉ ARRIBAMAR DE CARVALHO
GIZ/AMBERO PHILIPP BUSS ANGELA CORDEIRO
FUNDAÇÃO DE APOIO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO TOCANTINS
COORDENADOR MARCOS GIONGO EQUIPE TÉCNICA ANTONIO CARLOS BATISTA JADER NUNES CACHOEIRA MARCELO RIBEIRO VIOLA MARIA CRISTINA COELHO DAMIANA BEATRIZ DA SILVA ANDRÉ FERREIRA DOS SANTOS ALEXANDRE BEUTLING PATRÍCIA APARECIDA DE SOUZA JESSICA NEPOMUCENO PATRIOTA
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 1 1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ...................................................................... 2
1.1 ‐ Caracterização da área ............................................................................... 2 Histórico ......................................................................................................... 2 Informações gerais e localização ...................................................................... 2 Clima............................................................................................................... 3 Uso do solo e vegetação .................................................................................. 4 Hidrografia ...................................................................................................... 5 Relevo ............................................................................................................. 6 Ilha do Bananal ................................................................................................ 6 Povos Indígenas na Ilha do Bananal .................................................................. 7 Situação fundiária ............................................................................................ 7 Conflitos .......................................................................................................... 9
1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região ............................................... 11 1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios ....................................................... 12 1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção ........................................................... 18 1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios ........................................................ 20
2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS ..................................................................................... 22 2.1 ‐ Estabelecimento de um centro de gerenciamento de fogo .................... 22 2.2 ‐ Campanhas educativas ............................................................................. 23 2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada ............................................... 26 2.4 ‐ Manejo de combustíveis .......................................................................... 28 2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios ................................ 31 2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios ..................... 31
3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO ........................................................................... 34 3.1 ‐ Recursos humanos .................................................................................... 34 3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combatentes ........................................ 35 3.3 ‐ Demandas e capacitação .......................................................................... 36 3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos .................................................. 36 3.5 ‐ Facilidades para o combate ...................................................................... 41 3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias .............................. 44
4 ‐ COMBATE A INCÊNDIO .................................................................................. 46 4.1 ‐ Sistema de acionamento .......................................................................... 46 4.2 ‐ Organização para o combate ................................................................... 47 4.3 ‐ Desmobilização ......................................................................................... 47
5 ‐ SISFOGO ........................................................................................................... 48 6 ‐ PESQUISAS ....................................................................................................... 49 MAPA OPERATIVO (em anexo)
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ADAPEC Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins
ADTUR Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins
APA Área de Proteção Ambiental
APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
APP Área de Preservação Permanente
AQC Autorização de Queima Controlada
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
CERAD Centro de Recepção e Administração do Parque Estadual do Cantão
CGF Centro de Gerenciamento de Fogo
COEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente
COMMAP Conselho Municipal de Meio Ambiente
DEMA Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente
FAPAF Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco
FUNAI Fundação Nacional do Índio
ha hectares
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMBio Instituto Chico Mendes da Biodiversidade
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
KfW Kreditanstalt für Wiederaufbau
km quilômetro
mm milímetro
MODIS Moderate‐Resolution Imaging Spectroradiometer
MT Estado do Mato Grosso
NATURATINS Instituto Natureza do Tocantins
ONG Organização Não‐Governamental
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
PA Estado do Pará
PARNA Parque Nacional
PEC Parque Estadual do Cantão
PFT Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins
PGAM Programa de Gestão Ambiental Municipal
PNA Parque Nacional do Araguaia
PO Plano Operativo
Prevfogo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais
PRODOESTE Programa de Desenvolvimento do Sudoeste do Tocantins
PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
ROI Registro de Ocorrência de Incêndio
RPPN Reserva Particular de Proteção Natural
RURALTINS Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins
SADT Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia
SCI Sistema de Comando de Incidentes
SEAGRO Secretária de Agricultura e Pecuária
SEPLAN Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública
SIMMA Sistema Municipal de Meio Ambiente
SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
SisFogo Sistema Nacional de Informações sobre Fogo
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
TI Terra Indígena
TO Estado do Tocantins
UC Unidade de Conservação
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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APRESENTAÇÃO
O Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do município de Pium (TO) é decorrente do contrato n° VN 204‐147‐13 do Projeto: Manejo do Fogo PN 147 estabelecido entre a AMBERO Consulting GesellschaftmbH e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO) que encontra‐se no âmbito do Projeto da Cooperação Técnica Alemã GIZ/AMBERO “Prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares e incêndios florestais no Cerrado”.
A estruturação do presente documento teve como referência o Roteiro Metodológico para a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de autoria do Prevfogo/IBAMA e as orientações do Termo de Referência, Anexo 1 do contrato.
Neste documento todas as referências espaciais descritas no texto são apresentadas em coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) no Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000, sendo as figuras e mapas no mesmo sistema, porém na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 22).
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
1.1 ‐ Caracterização da área
Histórico
Em 1940, quando o cristal de rocha passou a valorizar‐se no mercado internacional, em virtude da 2ª guerra mundial, foram descobertas vastas jazidas de cristais na região. A notícia se espalhou e ocasionou uma migração de garimpeiros para a região, iniciando‐se a formação do povoado que, receberia o nome de Piaus, atribuído à abundância desse peixe nos rios da região.
Mais tarde, com o passar do tempo, a população do garimpo foi substituída pela agricultura, pois com o final da segunda guerra mundial, o preço do quartzo hialino (cristal de rocha) despenca na cotação internacional, ocasionando um colapso nos garimpos, obrigando os moradores do vilarejo a se dedicarem a uma nova forma de geração de renda. Com o início de um novo ciclo na economia o povoado de Piaus é favorecido com o crescimento populacional, o que logo transformaria sua história. Em 06 de dezembro de 1949, por meio da Lei n° 30 da Câmara Municipal de Porto Nacional, e pela Lei do Estado de Goiás n° 740, de 23 de junho de 1953, o distrito foi emancipado politicamente e desmembrado de Porto Nacional, ganhando a condição de município e com a denominação de Pium.
Informações gerais e localização
Pium é o quarto maior município do Estado do Tocantins com uma área de aproximadamente 10.012,66 km² (IBGE, 2010). Está localizado na região centro norte do Bioma Cerrado, microrregião do rio Formoso, distante 120 km da capital, Palmas. A sede municipal está localizada nas coordenadas geográficas: 10° 26' 33'' S e 49° 10' 56'' O, estando a uma altitude média de 249 metros. Possui 6.694 habitantes (IBGE, 2010). O município limita‐se ao noroeste com o Estado do Pará (Santana do Araguaia ‐ PA), a nordeste com Caseara e Marianópolis do Tocantins, ao sul com os municípios de Lagoa da Confusão e Cristalândia, a sudeste com Paraíso do Tocantins, Pugmil e Nova Rosalândia, a leste com Chapada de Areia e a oeste com o Estado do Mato Grosso (Santa Terezinha ‐ MT), figura 1.
Fonte: PFT (2013)
Figura 1 ‐ Localização do município de Pium (TO) (Datum SIRGAS 2000 ‐ fuso 22).
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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O município de Pium possui cerca de 33,6 % de sua área (334 mil ha) inseridos nos limites da Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão. Além disso, o município abriga em seu interior a totalidade da área do Parque Estadual do Cantão, 98,9 mil ha, que representa cerca de 9,9 % da área total de Pium (TO). A região da Ilha do Bananal ocupa uma área de 360,58 mil ha, aproximadamente 36,2 % do município. As demais áreas do município representam 202,89 mil ha, que equivalem a 20,3 % do território do município.
A economia de Pium está predominantemente baseada na agropecuária, com destaque para a criação extensiva de bovinos, com predominância da pecuária de corte. Também estão presentes os cultivos de subsistência, como arroz, mandioca e milho. O município de Pium está inserido, segundo Zoneamento Ecológico Econômico do Estado do Tocantins, nas regiões ecológicas denominadas Planície do Araguaia e Depressão de Caseara e Sandolândia.
Clima
De acordo com a classificação climática de Thornthwaite, o município de Pium apresenta os tipos climáticos B1wA’a’ e C2wA’a’’. A região B1wA’a’ caracteriza‐se como um clima úmido com moderada deficiência hídrica no inverno, evapotranspiração potencial apresentando uma variação média anual entre 1.400 e 1.700 mm, distribuindo‐se no verão em torno de 390 e 480 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada (SEPLAN, 2012). Esta região climática abrange toda a região da Ilha do Bananal.
As áreas do município externas a Ilha do Bananal, são classificadas como uma região climática C2wA’a’’. Esta região climática tem como característica um clima úmido subúmido com moderada deficiência hídrica no inverno, evapotranspiração potencial média anual de 1.500 mm, distribuindo‐se no verão em torno de 420 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada.
Na figura 2 esta apresentada a variação temporal dos principais elementos monitorados na Estação Meteorológica Automática de Superfície do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município de Formoso do Araguaia, tendo como base os dados do período de maio‐2008 a julho‐2012. Nesta figura podemos observar que a partir do mês de abril a umidade relativa do ar sofre forte declínio, e que se estende até os meses de agosto/setembro, aproximadamente. Observa‐se, para o mesmo período, que a velocidade do vento apresenta um comportamento inverso ao da umidade relativa do ar, atingindo os valores máximos no mês de agosto. O período seco do município se caracteriza intensivamente durante o período de junho a agosto.
Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013)
Figura 2 ‐ Dados climáticos médios da estação meteorológica de Formoso do Araguaia durante o período de maio‐2008 a julho‐2012.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Uso do solo e vegetação
O uso do solo e a vegetação do município de Pium apresentam três regiões bastante distintas, sendo: i) a região pertencente a Ilha do Bananal (Parque Nacional do Araguaia e Terra Indígena); ii) região do Parque Estadual do Cantão e iii) demais áreas do município de Pium. Nas áreas do município externas à Ilha do Bananal e do Parque Estadual do Cantão (iii), 26,2 % das áreas apresentam alto grau de antropização (áreas urbanizadas e atividades agropecuárias); as demais áreas, 73,8 %, apresentam cobertura vegetal ou corpos d’água com um menor grau de antropozição. Observa‐se na tabela 1, que o segundo principal uso do solo da região (área iii) se refere à atividade agropecuária que representa 23,24 % desta área. Quando consideramos esta atividade na totalidade do município observamos que esta classe de uso do solo representa 17,4 % de sua área total. As formações vegetacionais com maior representatividade são: Cerrado Sentido Restrito e o Parque Cerrado que representam, respectivamente: 27,31 e 22,79 % desta porção do município (iii).
Nas áreas da Ilha do Bananal as áreas de agropecuária representam cerca de 0,3 % da ilha. A principal tipologia presente é o Parque Cerrado que representam 69,18 %, com uma área de aproximadamente 249,46 mil hectares. Outra formação vegetacional presente são as áreas de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial que representam 23,7 % (85,45 mil ha) desta região (Tabela 1 e Figura 3).
Tabela 1 ‐ Uso do solo do município de Pium (TO) em 2007 (1.000 ha). Tipologia APA % PEC % PNA % TIA % DM % PIUM %
Área Urbanizada ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 0,09 0,04 0,09 0,01
Agropecuária 121,59 36,31 4,17 4,21 0,67 0,22 0,41 0,81 47,15 23,24 173,99 17,45
Campo 2,24 0,67 0,00 0,00 ‐ ‐ ‐ ‐ 5,78 2,85 8,02 0,80
Campo Rupestre ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 0,24 0,12 0,24 0,02
Capoeira 1,34 0,40 1,02 1,03 8,38 2,70 0,92 1,82 2,10 1,03 13,75 1,38
Cerrado Sentido Restrito 108,06 32,27 ‐ ‐ 1,62 0,52 ‐ ‐ 55,41 27,31 165,08 16,55
Cerradão 25,55 7,63 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 6,38 3,15 31,93 3,20
Corpos d'água 4,79 1,43 8,58 8,67 10,03 3,23 1,82 3,62 3,25 1,60 28,48 2,86
Cultura Temporária 0,23 0,07 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 6,01 2,96 6,24 0,63
Floresta Est. Sem. Aluvial 21,23 6,34 83,79 84,72 78,45 25,29 7,01 13,90 14,93 7,36 205,41 20,60
Mata de Galeria 19,31 5,77 ‐ ‐ 0,03 0,01 ‐ ‐ 14,57 7,18 33,91 3,40
Parque de Cerrado 30,35 9,06 0,03 0,03 209,57 67,57 39,89 79,10 46,24 22,79 326,07 32,70
Praia e Duna 0,18 0,05 1,32 1,33 1,43 0,46 0,38 0,75 0,73 0,36 4,03 0,40
TOTAL 334,87 100,0 98,90 100,0 310,16 100,0 50,43 100,0 202,89 100,0 997,25 100,0
Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) Legenda: APA – Área de Proteção Ambiental da Ilha do Bananal/Cantão; PEC ‐ Parque Estadual do Cantão; PNA ‐ Parque Nacional do Araguaia; TIA ‐ Terra Indígena do Araguaia e DM ‐ Demais áreas do município.
A região que compreende o Parque Estadual do Cantão (PEC) é uma ampla planície aluvial composta em sua maioria por areias quartzosas, sedimentos depositados pelos rios Javaés e Araguaia apresentando como principal tipologia vegetacional as áreas com Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, que representam cerca de 84,72 % (98,9 mil hectares) da área total do Parque. Nas áreas mais elevadas do PEC, localmente denominado "torrões", encontram‐se nas áreas das margens dos rios e em áreas onde há muita deposição de sedimentos. Nestas áreas, são presentes as áreas com Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. A distribuição dessas áreas florestais não se apresenta de maneira uniforme, mas sim concentrada nos terrenos mais antigos do PEC, em que raramente são atingidas pela cheia. As atividades agropecuárias são presentes na região norte do Parque Estadual do Cantão e representam 4,21 % da área total do Parque. As áreas do PEC e da Ilha do Bananal apresentam inúmeras áreas de veredas, ipucas e com marcante influência de formações florestais amazônicas.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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A região do município abrangida pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Bananal/Cantão apresenta como principal uso do solo as áreas destinadas a agropecuária, em que representam 36,31 % (121,59 mil ha) desta região. Na APA a formação vegetacional mais representativa são as áreas de Cerrado Sentido Restrito, em que ocupam uma área de 108,06 mil ha (32,37 % da APA). São também presentes outras formações, tais como: Parque de Cerrado, Cerradão e Mata de Galeria em que, respectivamente, representam 9,06, 7,63 e 5,77 % da APA.
Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012)
Figura 3 ‐ Vegetação e uso do solo no município de Pium (TO) (Base 2007 ‐ Landsat).
Hidrografia
O Estado do Tocantins é dividido em dois grandes sistemas hidrográficos: rio Araguaia e rio Tocantins, que abrangem respectivamente 37,7 e 62,3 % de seu território. O município de Pium encontra‐se, em quase toda sua totalidade, no sistema hidrográfico do rio Araguaia. No município de Pium, apenas a porções da Bacia do Ribeirão dos Mangues pertence ao sistema hidrográfico do rio Tocantins, ocupando uma área de 32,72 km² que representa 0,33 % do território municipal. De acordo com a divisão hidrográfica estadual, inserem‐se no município cinco importantes sub‐bacias do rio Araguaia: i) bacia do rio Pium; ii) bacia do rio do Côco; iii) bacia do rio Javaés, iv) bacia do rio Riozinho e v) bacia do rio Araguaia. As bacias do rio Riozinho e do Araguaia localizam na região da Ilha do Bananal e as outras bacias encontram‐se localizadas nas demais áreas do município (Tabela 2). Ainda são presentes, pequenas áreas, das bacias do Ribeirão dos Mangues e do rio Formoso, esta última, é localizada na porção sul da parte leste do município.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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A rede hidrográfica é formada principalmente pelos rios Pium, Riozinho, Água Verde, Douradinho, do Coco, Javaés, Araguaia e outros, além de inúmeras lagoas naturais, como Lagoa do Arroizal (Fazenda JAM), Lagoa Bonita, Lagoa Feia, Lagoa Azule Lagoa Grande (Fazenda Javaés) Lagoa de Pedra e Lagoa Formosa (Fazenda Formosinha).
Tabela 2 ‐ Bacias e sub‐bacias hidrográficas presentes no município de Pium (TO).
Bacia hidrográfica Área (km²)
% do município
Localização
1 ‐ Bacia do Ribeirão dos Mangues 32,72 0,33
2 ‐ Bacia do rio Pium 3.266,46 32,75
3 ‐ Bacia do rio do Coco 1.801,57 18,07
4 ‐Bacia do rio Javaés 1.115,49 11,19
5 ‐ Bacia do rio Riozinho 1.772,78 17,78
6 ‐ Bacia do rio Araguaia 1.982,77 19,88
Bacia do rio Formoso 72,01 0,01
TOTAL 9.972,51 100,0
Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012)
Relevo
O relevo predominante na região de Pium é formado por áreas de planícies com declividade menor que 5 % (44,2% do município), algumas áreas apresentam declividades entre 5 a 10% (5,36 % do município). Outras áreas (50,4 % do município) apresentam em sua maioria declividades inferiores a 5 % com a presença de algumas áreas com declividade de 5 a 10 %.
Existem também algumas áreas que apresentam maiores declividades, com declividade de 30 a 45%, mas estas representam em sua totalidade cerca de 0,05 % do município. As regiões com maior declividade encontram‐se em sua maioria na porção leste do município.
Ilha do Bananal
A Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 mil km² de extensão (1.916.225 hectares), cercada pelos rios Araguaia e Javaés. Localiza‐se no Estado de Tocantins, próximo às fronteiras dos estados de Goiás, Mato Grosso e Pará. No município de Pium, a Ilha do Bananal representa uma área de 3.605,83 km². Abriga ao norte o Parque Nacional do Araguaia e, ao sul, duas reservas indígenas: Karajás e Javaés. O rio Araguaia corresponde ao limite noroeste da Ilha. O rio Javaés ou braço menor do Araguaia constitui‐se no limite leste da Ilha, recebendo como afluentes pela sua margem esquerda os rios que nascem dentro da Ilha, tais como, o Diderô, Barreiro, Aruari e Riozinho que é formado pelo rio Randi‐toró. Este tem suas nascentes na Mata do Mamão no centro da Ilha do Bananal.
Do ponto de vista da divisão político‐territorial relacionada à municipalidade, a área da Ilha do Bananal está inserida em três municípios do Estado Tocantins, que são: Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium. Por causa disso, as Prefeituras municipais são beneficiadas pelo repasse de recursos específicos do Governo Estadual como uma forma de compensação pela Ilha do Bananal.
Característica marcante da drenagem da Ilha do Bananal e seu entorno são as numerosas “ipucas” (formações vegetacionais características da região central da bacia do Araguaia), que na época das cheias fazem a ligação entre os vários rios e córregos. Nesta mesma época os rios deixam seu leito
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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normal e provocam inundação por toda Ilha, sendo mesmo possível em alguns locais percorrê‐la de barco no sentido transversal. O ano na Ilha do Bananal pode ser dividido pelos períodos da seca e da chuva, sendo que o primeiro período tem seu ápice nos meses de agosto e setembro, e, outro período, nos meses de janeiro e fevereiro, época das cheias no rio Araguaia.
Povos Indígenas na Ilha do Bananal
Atualmente, a Ilha do Bananal está dividida administrativamente e juridicamente em duas áreas indígenas e uma Unidade de Conservação, que são: Parque Indígena do Araguaia, ao sul (criado em 1971), Terra Indígena Inawébohonã (criada em 2006) e o Parque Nacional do Araguaia, na porção norte (criado em 1959). A área do Parque Nacional do Araguaia está sobreposta pela Terra Indígena Inawébohonã. Por isso, o Governo Federal está fortemente presente na gestão administrativa dessa área. Segundo dados do IBGE (2010) a população total indígena no município de Pium é de 613 indígenas, sendo cerca de 610 destes apresentam domicílio em área urbana.
Historicamente, do ponto de vista da cultura indígena dos Karajá‐Javaé, a Ilha do Bananal está dividida territorialmente de forma diferente à divisão político‐administrativa. As aldeias da Ilha do Bananal atuais estão organizadas de tal forma que se podem diferenciar no espaço esses índios que compõem a família lingüística Karajá, classificada genericamente no tronco linguístico Macro‐Jê. As aldeias Karajá estão localizadas às margens do rio Araguaia, na porção oeste da Ilha do Bananal. Os Javaés, tradicionalmente, ocupavam a parte oriental da Ilha do Bananal, em ambas as margens do rio Javaés (ou braço menor do Araguaia) e os rios e lagos das margens oeste e leste do rio Javaés. Atualmente ocupam apenas aldeias interioranas da Ilha, dispostas ao longo do rio Javaés e do Riozinho.
A separação entre o território Karajá e Javaé, dentro da Ilha do Bananal, é feita pelos rios Jaburu e Riozinho, que cortam a Ilha pelo meio, em sentido longitudinal. À oeste de ambos os rios, situa‐se o território Karajá; o território Javaé corresponde às terras localizadas à leste do Jaburu e Riozinho.
Das doze aldeias dos índios Javaés, onze aldeias (Waritaxi, São João, Wari‐Wari, Canoanã, Cachoeirinha, Barreira Branca, Boa Esperança, Txiodé, Barra do Rio Verde, Txuiri e Boto Velho) estão posicionadas às margens do rio Javaés (braço menor do rio Araguaia) e apenas uma delas (Aldeia Imotxi) fica posicionada às margens do Riozinho no interior da Ilha do Bananal. Somente as aldeias Boto Velho, Wari‐Wari e Txiodé estão localizadas na Terra Indígena Inawébohonã, todas as demais se localizam no Parque Indígena do Araguaia.
A aldeia Canoanã é a mais antiga de todas as aldeias recentes do subgrupo Javaé. Ela surgiu, na década de 1950, a partir de conflitos entre os índios e alguns proprietários rurais. Assim, integrantes do subgrupo Javaé agruparam‐se à 2 km, rio acima, da sede da fazenda da Fundação Bradesco, local que se estabeleceram a aldeia Canoanã. Vale lembrar que nesse local anteriormente existiu a extinta aldeia Kanoanõ. Em 2005, a aldeia Canoanã possuía 60 famílias com aproximadamente 308 habitantes, em sua maioria do subgrupo Javaé (cerca de 272 pessoas).
Situação fundiária
As áreas cadastradas na base de dados no INCRA, do município de Pium, somam um total de 442,4 mil ha. No município de Pium a maior parte das propriedades apresenta uma área inferior a 500 ha. Estas propriedades representam cerca de 68% do total das propriedade cadastradas na base de dados do INCRA (Tabela 3).
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Tabela 3 ‐ Estrutura fundiária do município de Pium (TO).
Classe de áreas das propriedades (ha)
Número de propriedade % Área total dos imóveis
(ha) %
< 501 544 68,1 119.172 26,9
501 a 1000 143 17,9 100.704 22,8
1001 a 1500 52 6,5 62.915 14,2
1501 a 2000 23 2,9 41.329 9,3
2001 a 2500 11 1,4 24.271 5,5
2501 a 3000 8 1,0 21.906 5,0
3001 a 3500 6 0,8 19.566 4,4
> 3501 12 1,5 52.611 11,9
TOTAL 799 100 442.474 100,0
Fonte: PFT adaptado do INCRA (2013)
As áreas de assentamento no município de Pium representam um total de 21,9 mil ha, que representa cerca de 2,2 % da área do município e de 4 % quando analisamos a área do município excluindo a região da Ilha do Bananal e do Parque Estadual do Cantão (Figura 4). Na tabela 4 são apresentados os principais assentamentos presentes no município de Pium, bem como os assentamentos próximos aos limites municipais. De forma geral, a principal atividade desenvolvida nos assentamentos é a pecuária e em paralelo as famílias têm pequenas roças para subsistência e comércio na região. Nas propriedades, também se desenvolvem outras atividades produtivas onde se destacam as culturas de arroz, mandioca e milho.
Tabela 4 ‐ Assentamentos existentes no município de Pium (TO) e em suas proximidades.
N° Assentamento Data de criação
N° de família
Município Área total
(ha)
1 Alegria 21/12/98 11 Pium 109,52
2 Floresta 26/11/99 52 Pium 2.966,01
3 Pericatu 19/05/98 89 Pium 5.449,33
4 Barranco do Mundo 19/05/98 89 Pium 4.846,43
5 Toledo II 24/08/98 30 Pium 1.863,82
6 Macaúba 11/10/06 114 Pium 6.632,25
7 Manchete 14/12/98 381 Marianópolis do Tocantins 24.601,86
8 Onalício Barros 22/11/06 134 Caseara 7.596,19
9 Presidente 23/03/88 327 Santa Teresinha‐MS 39.500,40
10 São Francisco de Assis 20/08/08 57 Cristalândia 2.545,97
11 Cristal 27/07/99 60 Cristalândia 3.853,88
12 Virgínia 21/08/08 42 Cristalândia 1.716,79
ÁREA TOTAL 97.828,57
ÁREA NO MUNICÍPIO DE PIUM 21.867,36
Fonte: Levantamento de campo do PFT (2013) e INCRA (2013)
Os pequenos agricultores familiares da Região se utilizam de um sistema de produção de subsistência de baixo nível tecnológico e baixa produtividade, o que os torna totalmente expostos aos riscos climáticos e econômicos e acaba afetando a capacidade produtiva dos mesmos. Quanto à estrutura fundiária do Município, existem comunidades de pequenos agricultores tradicionais e projetos de assentamentos de reforma agrária, sendo que a maioria das grandes propriedades
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
9
possui os solos mais aptos às atividades agrícolas, ficando as pequenas propriedades com os solos de baixa fertilidade natural, menos aptos à maioria dos cultivos (Saboya et al., 2007).
Fonte: PFT (2013) adaptado de INCRA (2013)
Figura 4 ‐ Localização dos assentamentos rurais no município de Pium (TO) e de suas proximidades.
Conflitos
No que tange aos conflitos de uso do solo em Pium, pode‐se considerar que, de maneira geral, não há graves ocorrências desse tipo de ocorrência. Em síntese, as problemáticas estão relacionadas nos eixos descritos sequencialmente.
Sobreposição de áreas: o município de Pium vive uma situação diferenciada de todos os outros municípios do estado: abriga em sua área três diferentes unidades de conservação, sendo duas estaduais (APA Ilha do Bananal‐Cantão, menos restritiva em relação ao uso da terra, pois é categoria de UC de uso múltiplo; e o Parque Estadual do Cantão – PEC, unidade de conservação de proteção integral dos recursos naturais, o que implica em uma série de restrições ao uso da terra e na desapropriação) e uma federal (Parque Nacional do Araguaia – categoria de proteção integral). Há uma parte do município que não pertence a nenhuma dessas unidades, embora, como entorno imediato de UCs, sofra do mesmo modo algumas restrições ao uso da terra.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Com 55,12% de sua área contida dentro do município de Pium, abrangendo o total de 308.253 ha da cidade, a gestão ambiental do Parque Nacional do Araguaia (PARNA), criado pelo Decreto nº 84.844, de 24 de junho de 1980, é um dos fatores problemáticos. A dificuldade consiste porque esta área também abriga duas Terras Indígenas: a) a Terra Indígena Inãwébohona (que compreende uma área de 364.356 hectares e engloba três aldeias indígenas da etnia Javaé: aldeia Javaé Boto Velho, aldeia Javaé Txuodé ou Txiodé e aldeia Javaé Waotyna), criada pelo Decreto Presidencial s/nº, de 18 de abril de 2006, sendo que este decreto, que homologa a demarcação administrativa, atesta que "o Parque Nacional do Araguaia é bem público da União submetido a regime jurídico de dupla afetação, destinado à preservação do meio ambiente e à realização dos direitos constitucionais dos índios e; b) a Terra Indígena Utaria Wyhyna/IròduIràna, declarada pela Justiça como de posse permanente dos povos Karajá e Javaé, mesmo sem a presença destes na área atualmente. A terra indígena em questão fica em uma área de 177 mil hectares ao norte da Ilha do Bananal, segundo a Funai, e será estabelecida de forma contínua a outras duas reservas já regularizadas: a TI Inawébohona e o Parque do Araguaia. Ainda, a terra indígena se sobreporá ao território atual do Parque Nacional do Araguaia, unidade de conservação administrada pelo ICMBio. Por esse motivo, a região já está totalmente desocupada de não‐índios, desde 2005. Devido à presença indígena em terras do parque, um conflito de interesses foi gerado quanto à sobrevivência e o desenvolvimento das populações de índios e a manutenção da unidade com restrições de uso de recursos naturais. Em junho deste ano, indígenas e representantes da FUNAI realizaram reuniões com o ICMBio e o Ministério Público Federal no Tocantins, para expor a necessidade de desenvolvimento de atividades produtivas e de geração de renda nas aldeias. Foi citado o processo que levaria à elaboração do acordo de pesca, idealizado para propiciar rendimentos para as comunidades, e sugerida a realização de um zoneamento dos usos que os índios fazem do território. A pesca predatória é um das principais causas de atrito entre os índios e os agentes do ICMBio.
Presença de agricultores no norte do Parque Estadual do Cantão (PEC): o PEC também é uma unidade de conservação de proteção integral criado pelo Decreto nº 996, de 14 de julho de 1998. Sua área é de 90.017,89 hectares inseridos 100% dentro do município de Pium. Porém, a questão de sua desapropriação ainda não está totalmente definida. A despeito de ter sido criado em 1998 com motivação eminentemente conservacionista, o processo de desapropriação de suas terras encontram‐se em andamento e, ainda, observa‐se a exploração direta em seu interior, fato que pode estar contribuindo para índice de queimadas. A exploração baseia‐se praticamente nas atividades dos torrãozeiros, usuários que exploram seus recursos naturais correspondendo a agricultores sazonais. Os torrãozeiros são assim chamados por ocuparem tradicionalmente os torrões (áreas no interior do Parque não inundáveis na época das cheias e que propiciam o seu uso independente do regime de chuvas). Os torrãozeiros não possuem nenhum direito legal sobre a terra, entretanto, como ainda aguardam uma solução definitiva por parte do NATURATINS, realizam plantios de arroz, feijão e mandioca em área antropizadas antes da demarcação do Parque. Boulanger et al. (2009), em trabalho sobre “levantamento social e ambiental sobre os torrãozeiros da unidade de conservação parque estadual do cantão”, na sua pesquisa de campo a fim de saber se as famílias que estão nos torrões pretendem sair percebeu que a maioria das famílias que vivem destas áreas estão ali por que necessitam, sendo assim 73 % das famílias não pretendem deixar o local, outros 18 % sairiam apenas mediante indenização, e 9% afirmaram que sairiam sim do torrão.
Nas Unidades de Conservação de Proteção Integral de Pium (PARNA, PEC e Terras Indígenas) os índios possuem criações de gado mantidas para subsistência. No entanto, não há relatos de arrendamento de áreas de pastagens pelos indígenas aos não índios, porém, persiste o uso do fogo como ferramenta para renovação das pastagens, bem como para abertura de novas áreas.
Lixão: em Pium os resíduos sólidos residenciais são depositados a céu aberto em área do município. Como não há aterro sanitário, constantemente, o lixo é queimado. Apesar desta
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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problemática obteve‐se a informação de que a Prefeitura já dispõe de um projeto para a limpeza desta área e criação do aterro sanitário.
Ocupação irregular de lotes dos assentamentos: os assentamentos em Pium possuem problemas com a ocupação irregular dos lotes provenientes da desapropriação. Apesar de que em sua maioria todas as áreas estão com as famílias devidamente assentadas cumprindo com a função social da propriedade ainda persistem áreas que não estão ocupados pela respectiva família beneficiada demandando maiores ações de fiscalização e acompanhamento por parte do INCRA‐TO.
PRODOESTE: apesar de não ser exatamente um conflito a execução do Programa de Desenvolvimento do Sudoeste do Tocantins (PRODOESTE) tem trazido para a região de Pium uma grande expectativa de mudança tanto no aspecto econômico‐social quanto em relação aos impactos previstos na implantação deste programa aliado à especulação imobiliária já que os imóveis rurais têm apresentado aumento no valor da área.
Idealizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, o PRODOESTE visa fomentar o desenvolvimento da região Sudoeste, baseado no incentivo da utilização das potencialidades regionais através da irrigação e na promoção da preservação ambiental, abrangendo 14 municípios do sudoeste tocantinense. O projeto será executado em duas etapas de cinco anos cada, e prevê a aplicação de 300 milhões de dólares, que serão financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com contrapartida de 40% do governo do Tocantins.
A 1ª Etapa do PRODOESTE envolve o aproveitamento hidroagrícola das bacias dos rios Pium e Riozinho e prevê a implantação de duas barragens de acumulação, e seis barragens autovertentes de elevação do nível de água, visando permitir sua captação pelos produtores. Visando contemplar 27 mil hectares beneficiados com subirrigação, o projeto prevê a ampliação em duas vezes e meia a capacidade produtiva da região. Ao final de todas as etapas serão 300 mil hectares de áreas irrigadas. O projeto vai abranger, principalmente, os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Dueré, Pium e Cristalândia. No período de implantação, o programa deverá gerar cerca de quatro mil empregos diretos. A primeira etapa da obra, através do PRODOESTE, com recursos de U$ 99 milhões do BID, já dispõe do projeto básico e até o fim do ano deve ter concluído os estudos em torno do projeto executivo relacionados à infraestrutura hídrica da primeira etapa.
Para a redução dos impactos ambientais o PRODOESTE financiará obras complementares para a melhoria de 65 km da malha viária vicinal nas áreas produtivas, facilitando o transporte dos produtos e insumos agrícolas, bem como investimentos em saneamento para 14 mil habitantes dos municípios de Pium, Lagoa da Confusão e Cristalândia. A previsão é que, no final de cinco anos, 90% da população das três localidades tenham acesso à rede de água ‐ atualmente o índice é de 38% dos habitantes ‐ e de esgoto ‐ diante do pouco mais de 1% de hoje. Também serão financiadas pesquisa e capacitação, com o objetivo de melhorar as técnicas de irrigação e cultivo, com planos de negócio e informações para investidores. Além disso, parte dos recursos será destinada a reduzir os impactos ambientais e fortalecer os organismos ambientais locais e entidades municipais. Em Pium a área fica localizado próximo as coordenadas 10° 25' 45,05'' S e 49° 15' 42,14'' O.
1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região
As ações de prevenção em Pium são realizadas por meio de algumas atividades desenvolvidas por instituições como o ICMBio e a equipe do Prevfogo/IBAMA, bem como pela Prefeitura conforme ações estabelecidas no Protocolo do Fogo. As ações de prevenção são intensificadas nas áreas que compreendem o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Estadual do Cantão. Dentre estas ações destaca‐se o estreitamento das relações entre estes Parques, por meio do ICMBio e NATURATINS, respectivamente, e as comunidades tradicionais, indígenas e residentes que permanecem nestas
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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áreas. Este entendimento tem permitido que os brigadistas e os fiscais acompanhem nas atividades tanto fiscalizatórias como nas de queima controlada, bem como a introdução de informações quanto ao tema queimada, suas implicações e sobre atividades quanto a pesca e turismo.
Como força tarefa na prevenção e combate a incêndios, o Prevfogo/IBAMA contrata brigada e, para 2013, até o momento do levantamento dos dados em campo, haviam realizado a seleção para posterior contratação de 28 brigadistas, sendo 1 Chefe de Brigada e 4 Chefes de Esquadrão para atuarem por um período de cinco meses. Ainda, tendo em vista que parte considerável da área do município está sobreposta com a área do PARNA do Araguaia o ICMBio também contrata brigadas e, para este ano estão com 15 brigadistas contratados sendo 4 Chefes de Esquadrão. Ainda, o ICMBio mantém duas brigadas indígenas contratados para trabalharem: uma na Aldeia Boto Velho, no município de Lagoa da Confusão e, uma nas Aldeias Macaúba, Utaria e Ibutuna, no município de Santa Teresinha no estado de Mato Grosso, ambas compostas com 6 brigadistas.
Ainda, como parte das ações de prevenção e apoio no combate o ICMBio tem realizado a roçagem e a desobstrução de estradas de acesso às aldeias dentro do Parque, bem como a confecção de aceiros negros dentro da área do Parque. Além de servirem como barreiras na eventualidade de um incêndio os aceiros facilitam no combate onde, dependendo da situação é realizado o contrafogo para impedir seu avanço.
1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios
Com base nos dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por satélite do INPE foram obtidas informações dos focos de calor nos últimos 5 anos do município de Pium. Para as análises apresentadas neste trabalho foram utilizados somente os dados do satélite de referência (AQUA_M‐T), que mesmos indicando uma fração do número real de focos é mais indicado para analisar as tendências espaciais e temporais dos focos, tendo em vista que são utilizados o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos. Na figura 5 se observa o histórico dos focos de calor de 2008 a 2012, em que a média no período avaliado foi de 432 focos (AQUA_M‐T) ao ano. Os anos de 2010 e 2012 apresentaram valores acima da média em que, respectivamente, 895 e 735 focos de calor.
Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013)
Figura 5 ‐ Número de focos de calor anuais no município de Pium (TO) do sensor AQUA_M‐T durante o período de 2008 a 2012.
Quando avaliados espacialmente os focos de calor do AQUA_M‐T, observa‐se uma frequência na sua distribuição, sendo que, a região da Ilha do Bananal apresenta uma grande parte das concentrações de focos. Na figura 6 está apresentada a distribuição dos focos de calor durante o período de 2008 a 2012, onde se observa que em média 45,3 % dos focos ocorreram na região da Ilha do Bananal. Na figura 6 também observamos que em 2009 ocorreu uma grande quantidade de
101 109
895
321
735
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
2008 2009 2010 2011 2012
Número de focos de calor
Média no período
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focos na região do Parque Estadual do Cantão (PEC), este estão concentrados basicamente ao extremo norte do parque.
Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013)
Legenda: APA: Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão; PEC: Parque Estadual do Cantão; ILHA: Ilha do Bananal e DA: Demais áreas do município que não se encontram nenhum tipo de Unidade de Conservação.
Figura 6 ‐ Distribuição dos focos de calor no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012 (sensor AQUA_M‐T).
Quando analisamos isoladamente os focos de calor que ocorrem na região da Ilha do Bananal observamos que a principal tipologia vegetal de ocorrência de queimadas e incêndios florestais é o Parque Cerrado, onde mediamente, no período de 2008 a 2012, ocorrem 78 % dos focos de calor (Figura 7). Outra formação vegetacional presente na ilha, são as áreas com Floresta Estacional Semidecidual Aluvial em que ocorrem 18 % dos focos de calor.
Quando analisamos as áreas do PEC observamos que as ocorrências dos focos de calor encontram‐se mais concentradas nas áreas de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, em que 63 % dos focos presentes no PEC ocorrem nesta formação vegetacional. Outra classe de uso do solo importante são as áreas de agropecuária (torrões) em que representam cerca de 31 % do total dos focos.
As áreas do município que encontram‐se inseridas na Área de Proteção Ambiental da Ilha do Bananal/Cantão, os focos de calor encontram‐se concentrados principalmente nas áreas de Cerrado Sentido Restrito e de agropecuária, em que respectivamente representam 37 e 27 % do focos nesta região (Figura 7).
ILHA DO BANANAL PARQUE ESTADUAL DO CANTÃO
Capoeira3% Floresta
Estacional
Semidecidual Aluvial18%
Parque de Cerrado
78%
Outros1%
Agropecuária31%
Capoeira5%
Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial63%
Praia e Duna1%
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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APA DA ILHA DO BANANAL/CANTÃO
Fonte: PFT (2013)
Figura 7 ‐ Distribuição dos focos de calor do satélite AQUA M‐T por classe de uso do solo durante o período de 2008 a 2012 no município de Pium (TO).
Na figura 8 é apresentada a distribuição média dos focos de calor no município de Pium, durante o período de 2008 a 2012. Observa‐se que o período crítico encontra‐se entre os meses de julho e outubro, sendo os meses de agosto e setembro são os mais críticos. Ainda nesta figura podemos observar que a distribuição dos focos de calor está relacionada diretamente com as condições climáticas da região (período seco).
Fonte: PFT (2013) adaptado de INMET (2013) e INPE (2013)
Figura 8 ‐ Frequência média dos focos de calor no diferentes meses do ano no município de Pium (TO) do sensor AQUA M‐T.
No quadro 1, estão apresentadas as regiões de concentração dos focos de calor no município de Pium (TO). Para a elaboração dos mapas foram utilizados os dados do sensor AQUA_M‐T do período de 2008 a 2012. Para o processamento dos dados utilizou‐se o estimador de densidade de Kernel que é uma ferramenta geoestatística utilizada como alternativa para análises da visão geral da distribuição espacial dos focos de calor.
Agropecuária27%
Cerrado Sentido Restrito
37%
Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial7%
Mata de Galeria/Mata
Ciliar6%
Parque de Cerrado
18%
Outros 5%
0
50
100
150
200
250
300
350
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Precipitação
(mm)
Número de focos
Focos Precipitação
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Neste mesmo quadro (1), são também apresentados resultados de trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da UFG (Araújo et al. 2012) que utilizaram imagens MODIS para a delimitação das cicatrizes deixadas pelas queimadas e incêndios florestais. Neste trabalho, os autores, utilizaram como processo de validação dos dados as imagens Landsat. Observando visualmente os focos de calor podemos verificar uma boa proximidade dos resultados deste trabalho com os dados processados de focos de calor (estimador de densidade de Kernel).
Com base nos resultados deste mapeamento o município de Pium em 2010 apresentou uma grande área queimada, cerca de 25 % do território do município apresentou a ocorrência de queimadas e incêndios florestais. As áreas queimadas concentraram‐se principalmente na Ilha do Bananal.
Durante o período de 2008 a 2012, o ano com a maior extensão de área queimada foi 2010, seguido pelos anos de 2012 e 2008. Em 2008 foram queimados cerca de 41,5 mil ha representando 4,1 % do município. Já em 2012 as áreas queimadas foram de 125 mil ha, o que correspondem a 12,5 % do território do município de Pium.
Quadro 1 ‐ Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012.
2008
2009
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
16
Quadro 1 ‐ Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012 (continuação).
2010
2011
,
2012
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (SisFogo) do Prevfogo/IBAMA, Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs), apresentam 193 registros para o município de Pium (TO). Apesar dos registros serem de grande relevância para a caracterização das queimadas e incêndios florestais da região, deve atentar ao fato de que os registros destas ocorrências estão relacionados diretamente com as ações das brigadas do Prevfogo, ficando os registros desta importante base de dados restritos às áreas de atuação das brigadas.
Quando analisamos, as 193 ROIs do município de Pium observa‐se que a grande maioria das localidades das ocorrências estão concentradas em propriedades rurais, que representam 91 % das ocorrências totais (Quadro 2). Outras localidades menos relevantes foram as áreas de Projeto de Assentamento que representaram apenas 3 % dos locais de ocorrência (Quadro 2).
No que se refere ao método de detecção, o mais representativo foram as rondas que representaram 64 % das ocorrências. Os demais métodos de detecção representativos foram: a) moradores do município (11 %); b) os proprietários rurais / assentados (10 %); c) detecção em pontos de observação (6 %); d) durante o combate (5 %) e e) demais métodos de detecção (4 %). As principais formas de combate aos incêndios florestais registrada nos ROIs foram: combate direto (96 %), extinção natural (3 %) e o combate indireto (1 %).
A maior parte das causas dos incêndios florestais e queimadas foram determinadas nos registros como desconhecidas, representando cerca de 31 %. Outras duas causas relevantes nas estatísticas dos ROIs foram as atividades agropecuárias para a renovações de pastagem natural (24 %) e as ações de vandalismo (21 %). Dentre as outras causas dos incêndios florestais, que representam 24 % das ocorrências se destacam as fagulhas transportadas pelo vento (20,3 %); renovação de pastagem (16,8 %); vandalismo (12,4 %); limpeza de área (11,4 %); queima de lixo (8,9 %); confecção de aceiro (7,9 %) e outras (22,3 %). No que se refere aos agentes causais, 84 % das ocorrências não foram identificados. Dentre, as tipologias de vegetação, as áreas com pastagem foi a classe com maior ocorrência dos registros de ROIs, com 69 % do total das ocorrências, sendo 45 % em áreas de pastagens nativas e 24 % em pastagem cultivada.
Quadro 2 ‐ Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) da base de dados SisFogo/Prevfogo de 2009 a 2012 no município de Pium (TO).
Localidade das ocorrências Método de detecção
Área Urbana2%
Projeto de Assentamento
3%
Propriedade Rural91%
Sem informação
4%
Assentado/Proprietário
10%
Durante combate
5%
Morador do município
11%
Outros1%
Ponto de observação
6%Ronda64%
Telefonema1%
Transeunte/visitante2%
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Quadro 2 ‐ Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) da base de dados SisFogo/Prevfogo de 2009 a 2012 no município de Pium(TO) (continuação).
Forma de combate Causa dos incêndios
Agente causal Tipo de vegetação atingida
1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção
Na definição das áreas prioritárias para a proteção contra incêndios adotou‐se basicamente as áreas de unidades de conservação do municipío como critério para a delimitação dessas regiões. A escolha deste critéiro foi baseada no fato de que o programa de brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Prevfogo preve como prioritária as UCs. Entretanto, é necessário uma elaboração mais detalhada dessas áreas de prioridades ao interno das unidades de conservação, visto que, o municipío apresenta grande parte de sua extensão coberta por UCs. Assim, é necessário uma avaliação mais detalhada das áreas com a presença de espécies raras ou ameaçadas de extinção, áreas intangíveis, atividades antropicas dentro das UCs, vegetações mais susceptível aos efeitos do fogo, atividades de risco na região, bem como outras informações pertinentes para a elaboração destes mapas.
As classes de prioridade foram difinidas com base na existência ou não de UCs, bem como nas diferentes categorias das UCs (Proteção Integral e Uso Sustentável) existentes no município de Pium (TO). Assim, as áreas com UCs de proteção integral foram definidas com extrema prioridade, as UCs de uso sustentável como de média e as áreas não pertecentes a UCs como de baixa
Combate Direto96%
Combate Indireto
1%
Extinção natural3%
Renovação da pastagem natural24%
Desconhecida31%
Vandalismo21%
Outras24%
Indetermin.84%
Proprietário ou funcionário de fazenda
3%
Trabalhador Rural13%
Área em regeneração ou capoeira
10%
Brejo, Várzea ou Vereda
13%
Mata ou Floresta
2%
Pastagem Cultivada
24%
Pastagem Nativa ou
Campo Limpo45%
Vegetação Arbustiva
6%
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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prioridade. Na figura 09 é apresentado o mapa das áreas prioritárias para a proteção e para as ações de combates às queimadas e incêndios florestais no município de Pium (TO).
Figura 9 ‐ Áreas prioritárias para a proteção contra incêndios e queimadas em Pium (TO).
No quadro 03 são apresentadas as descrições sucintas das diferentes áreas numeradas no mapa, da figura 09, das Áreas Prioritárias para a Proteção contra Incêndios Florestais e Queimadas, do município de Pium (TO).
Quadro 3 ‐ Descrição das áreas apresentadas no mapa das áreas prioritárias para a proteção contra incêndios florestais e queimadas de Pium (TO).
N° no mapa
Prioridade para proteção
Descrição da área
1 Alta Terra Indígena do Araguaia
2 Extremamente
alta Parque Nacional do Araguaia e Parque Estadual do Cantão
3 Média APA Ilha do Bananal/Cantão
4 Baixa Demais áreas do município sem a presença de unidade
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios
Para a delimitação das áreas de maior risco de incêndios florestais e queimadas foram utilizadas informações locais obtidas durantes os levantamentos de campo associadas a outras informações, tais como: focos de calor, projetos executados anteriormente e a localização das comunidades. Na figura 10 é apresentado o mapa com as áreas com maior risco de incêndios florestais e ao fundo encontra‐se a espacialização dos dados de focos de calor (AQUA_M‐T) do período de 2008 a 2012. Neste mapa a coloração vermelha indica as áreas com maior frequência e a coloração verde as localidades com menor frequência de focos de calor.
Figura 10 ‐ Áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Pium (TO).
Com base nas informações obtidas durante a execução dos trabalhos de campo foi possível identificar alguns dos principais riscos de incêndios florestais e queimadas no município de Pium (TO). No quadro 04 é apresentada uma breve descrição das diferentes áreas delimitadas como de maior risco, bem como uma breve descrição dos riscos associados.
Para a elaboração de uma de risco de incêndios mais preciso é necessário um levantamento de informações mais detalhado. Em função da extensão do município de Pium (TO), bem como as
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
21
dificuldades de acesso existentes, os levantamentos realizados foram bastante restritos quando analisamos a área total do município. Neste sentido para uma melhor definição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas é necessário uma maior coleta de dados. Os brigadistas da região são desta forma os que poderiam contribuir de forma significativa para a melhoria da qualidade destas informações e atualização desses dados.
Quadro 4 ‐ Descrição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas do município de Pium (TO) apresentado no mapa da figura 10.
N° no mapa
Descrição da área
1 Região no Parque Nacional do Araguaia, próximo a Aldeia Utaria, em que o uso do fogo está associado à renovação de pastagem para a criação de gado focado principalmente para a subsistência local. O uso do fogo também está associado à agricultura e para a limpeza de áreas.
2 Região ao interno da Terra Indígena do Araguaia nas proximidades da Aldeia Macaúba o uso do fogo está associado à renovação de pastagem para a criação de gado (subsistência), agricultura e limpeza de áreas.
3 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)
4 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)
5 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)
6 Região no Parque Estadual do Cantão onde o uso do fogo está associado à atividade agrícola familiar.
7 PA Macaúba, uso do fogo para atividades agropecuárias, bem como a abertura e limpeza de terreno.
8 PA Toledo II, uso do fogo para atividades agropecuárias, bem como a abertura e limpeza de terreno.
9 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade.
10 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade.
11 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade.
12 Área próxima PA Alegria e da sede municipal de Pium em que o uso do fogo está associada às pequenas propriedades que fazem uso do fogo em atividades agropecuárias.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS
2.1 ‐ Centros de gerenciamento de fogo
Para o desenvolvimento das ações de prevenção e combate aos incêndios florestais faz‐se necessário a adoção de uma estrutura física e institucional definida, denominado como Centro de Gerenciamento de Fogo (CGF). Em Pium (TO) estão estabelecidos, em 2013, dois Centros de Gerenciamento de Fogo: um do Prevfogo/IBAMA e o Centro de Gerenciamento do Fogo do PARNA do Araguaia (ICMBio). Quanto ao Parque Estadual do Cantão como a sede administrativa é localizada no município de Caseara (TO) a maior parte das ações de prevenção e fiscalização são realizadas pelos funcionários do NATURATINS nesta unidade (Quadro 7).
O Prevfogo/IBAMA contrata brigada para as ações de combate e prevenção e, para 2013, haviam realizado a seleção para posterior contratação de 28 brigadistas, sendo 1 Chefe de Brigada e 4 Chefes de Esquadrão. Para ações no PARNA do Araguaia o ICMBio também contrata brigadas e, para este ano estão com 15 brigadistas contratados sendo 4 Chefes de Esquadrão além de uma brigada indígena composta de 6 brigadistas na aldeia indígena Boto Velho (Lagoa da Confusão). Os dados dos CGF’s estão dispostos nos quadros 5 e 6.
No município de Pium (TO) há uma unidade fixa e permanente do ICMBio e a brigada do Prevfogo/IBAMA que possui sede, provisória, geralmente instalados em uma casa alugada e mantida pela Prefeitura, mas, que o momento do levantamento de campo não havia sido alugada/disponibilizada.
Quadro 5 ‐ Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Prevfogo/IBAMA.
Centro de Gerenciamento do Fogo do Prevfogo/IBAMA
Equipe: João Carvalho Araújo Neto (Chefe de Brigada do Prevfogo/IBAMA)
Endereço: Av. Diógenes de Brito, nº. 01, Setor Alto da Boa Vista, CEP: 77.570‐000, Pium (TO)
Telefones: (63) 8475‐4640
Coordenadas: 10 26' 35,45'' S e 49 10' 47,51'' O
E‐mail: ‐‐
Atividades: Detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento e gerencia da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais em Pium (TO).
Fonte: PFT (2013)
Quadro 6 ‐ Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do ICMBio.
Centro de Gerenciamento do Fogo do ICMBio
Equipe: Raoni Japiassu Merisse (Analista Ambiental, Chefe da Unidade do ICMBio)
Jesse Rodrigo Rosa (Analista Ambiental, Gerente de fiscalização)
Endereço: Av. Tancredo Neves, 494, Centro, Pium ‐ TO
Telefones: (63) 3368‐1566 / (63) 8464‐8684
Coordenadas: 10° 26' 28,22" S e 49° 10' 21,26" O
E‐mail: [email protected]
Atividades: Fiscalização; geoprocessamento; perícia em incêndios; controle e coordenação da atividade turística no PARNA; educação ambiental; detecção de incêndios; manutenção, acompanhamento, gerenciamento e acionamento da brigada para a prevenção e o combate aos incêndios florestais.
Fonte: PFT (2013)
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Quadro 7 ‐ Quadro de pessoal do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio).
Quadro de pessoal Cargo Função Habilidades e Conhecimento
Jesse Rodrigo Rosa Analista ambiental Gerente de fiscalização Fiscalização; geoprocessamento; perito em incêndios
José Juraci B. Santos Técnico ambiental Agente de fiscalização Fiscalização; prevenção/combate
José Tocantins dos Santos Técnico ambiental Agente de fiscalização Fiscalização; prevenção/combate
Miguel Braga Bonilha Técnico Ambiental Gerente do fogo/
Agente de Fiscalização Fiscalização, instrutor de brigada,
prevenção/combate
Raoni Japiassu Merisse Analista ambiental Chefe da UC Fiscalização, perito em incêndios
A princípio, o município de Pium (TO) conta com um contingente de brigadistas distribuídos em duas frentes de trabalho cada qual destinado a uma determinada área. Todavia, apesar de praticamente realizarem as mesmas atividades, as coordenações são divididas e havendo necessidade de um melhor entrosamento entre os Centros de Gerenciamento de Fogo.
2.2 ‐ Campanhas educativas
Apesar de não existir uma agenda específica sobre educação ambiental em Pium (TO), os órgãos públicos em parceria com as escolas, juntamente com os brigadistas do Prevfogo/IBAMA realizam palestras sobre educação ambiental e queima controlada para as comunidades locais. Estas atividades se desenvolvem mais precisamente nos meses em que se comemoram os temas centrais de preservação ambiental, como no mês de junho onde se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. Todavia, não há como precisar quando as atividades de educação ambiental se iniciaram uma vez que os envolvidos afirmam que em todos os anos realizam alguma atividade com campanhas sobre queimadas, preservação e desmatamento.
Os assentados, de maneira geral, informaram que já participaram de palestras promovidas pela Prefeitura e pelos brigadistas do Prevfogo/IBAMA. Junto ao RURALTINS obteve‐se a informação de que eles vêm orientando os pequenos produtores rurais e assentados quanto às implicações legais do uso inadequado do fogo, tendo como base a legislação e normas ambientais vigentes, onde, esta ação é feita, basicamente, na sede do órgão em Pium, no momento em que os produtores vão à busca de alguma informação sobre financiamento do PRONAF ou receber sementes de alguns cultivares. Nesta ocasião, os produtores firmam declaração de que tem ciência da legislação relacionada aos incêndios e o uso do fogo.
Como ações previstas no Protocolo do Fogo, podem‐se citar os seguintes agentes e atividades:
Prefeitura Municipal de Pium: disponibilizar recursos do ICMS Ecológico em ações que visem a redução de queimadas; fornecer à Brigada do Prevfogo as instalações físicas necessárias ao desenvolvimento das atividades previstas nos projetos e/ou planos de trabalho durante seu período de atuação no Município, bem como o que constar no Termo de Parceria firmado entre as partes;
Unidades dos Órgãos Estaduais em Pium (NATURATINS, ADAPEC, RURALTINS): coube a estes parceiros ações como: orientar as comunidades rurais sobre a Preservação Ambiental das APP’s; realizar “Dia Especial” sobre o Meio Ambiente, envolvendo a comunidade rural; orientar os produtores rurais sobre técnicas adequadas de queima controlada, recuperação de pastagens, manejo e conservação do solo sem o uso do fogo; divulgar para a comunidade e produtores rurais os procedimentos de Autorização de Queima Controlada (AQC); informar a população sobre o calendário de queima controlada da região; orientar a formação e estruturação de brigadas de prevenção, controle e combate às
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queimadas (do Prevfogo/IBAMA); trabalhar a educação ambiental, através da assistência técnica diária; inserir alternativas de manejo das pastagens sem o uso do fogo; divulgar para a comunidade e produtores rurais os procedimentos de Autorização de Queima Controlada;
Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente: promover eventos em defesa do Meio Ambiente que envolva a participação da comunidade local; atuar junto aos órgãos competentes como parceira na execução de atividades que possibilitem à prevenção e o combate à degradação do meio ambiente; criar um cronograma para desenvolver atividades educativas e de orientação nos assentamentos e comunidade rural organizada do Município, junto com parceiros do protocolo;
Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMMAP): subsidiar o Ministério Público no exercício de suas competências para a proteção do meio ambiente prevista na Constituição Federal de 1988; realizar trabalhos de sensibilização ambiental, junto à comunidade da zona rural com a temática: Queimadas e Uso Adequado do Fogo;
Unidades de Ensino Públicas Estaduais e Municipais: de forma geral as unidades de ensino, incluindo a FAPAF assumiram atividades como: trabalhar a temática queimadas em feiras interdisciplinares; realizar palestras e campanhas na escola sobre a questão ambiental; realizar semana do meio ambiente na escola que abordem o tema preservação ambiental, em especial a prevenção e controle de queimadas e uso do fogo; disponibilizar professores para serem capacitados por órgãos ambientais e parceiros deste protocolo para o desenvolvimento de ações em educação ambiental;
IBAMA/Prevfogo: Brigada Ambiental de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais: dar suporte as ações desenvolvidas pela Brigada; Atender prontamente as demandas solicitadas; Realizar ações de sensibilização e orientação a proprietários rurais sobre os efeitos dos incêndios florestais e sobre alternativas ao uso do fogo; Ministrar palestras junto às instituições educacionais do Município, sobre as ações de prevenção e combate as queimadas; Levar ao conhecimento da população as Leis de proteção ambiental que penalizam a prática da queima controlada sem a autorização do Órgão competente.
ICMBio/Parque Nacional do Araguaia: fiscalizar a área do Parque Nacional do Araguaia; apoiar atividades educativas em relação ao meio ambiente, nas unidades de ensino do Município e comunidades da área rural e urbana.
Sindicato dos Produtores Rurais de Pium: realizar no período de junho a outubro, trabalhos de orientação sobre o uso do fogo no manejo agropastoril com comunidades e proprietários rurais; divulgar para os proprietários rurais, os procedimentos para solicitação e autorização de queima controlada; articular com os produtores rurais na época da Exposição Agropecuária, atividade de abordagem do tema fogo (10° 26' 34,57'' S e 49° 10' 32,66'' O).
Associação Cultural do Meio Ambiente e Comunicação Comunitária de Pium: apoiar e divulgar as campanhas em favor da preservação dos recursos naturais;
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE): criar eventos com apresentações de paródias, danças, pinturas e outras demonstrações culturais voltadas à sensibilização em relação às queimadas e uso do fogo.
As atividades educativas previstas no Protocolo devem ser intensificadas pelos seus agentes, nos patamares assumidos no Protocolo, nas comunidades do município, nos assentamentos e nas propriedades rurais, por meio de visitas “in loco”, a fim de fomentar nestes locais a preocupação com o uso indiscriminado do fogo e suas implicações para com o meio ambiente.
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Menciona‐se, ainda, que o tema “educação ambiental” deve ser ampliado para que atinjam as comunidades indígenas e os moradores presentes no Parque Estadual do Cantão (torrãozeiros). Neste aspecto recomenda‐se que se firmem parcerias entre o Prevfogo/IBAMA, a FUNAI, o ICMBio com o envolvimento da Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins (ADTUR). Esta última para desenvolver campanhas educativas aos turistas que frequentam o Parque Estadual do Cantão (Quadro 8).
Em se tratando do Parque Estadual do Cantão (PEC), as atividades de educação ambiental ficaram sob a coordenação do NATURATINS e do Programa do Instituto Ecológica com as escolas do entorno do PEC como parte do Projeto Sequestro de Carbono.
Quadro 8 ‐ Projetos concluídos e em andamento no município de Pium (TO). Instituição Projeto Objetivos Principais ações Situação
Governo do Estado do Tocantins
Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS)
Melhoria do sistema de licenciamento ambiental, monitoramento e medidas de execução, aprimoramento do sistema de cadastro de direitos sobre o uso da água. Além disso, o projeto prevê a realização de estudos sobre de políticas públicas para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.
‐ Oficina de Planejamento Estratégico no Parque Estadual do Cantão;
‐ Modernização do processo de licenciamento ambiental e;
‐ Reforço na estrutura atual do NATURATINS
Em andamento
Instituto Ecológica (ONG/Palmas) e UFT
Criação e manutenção do Centro de Pesquisa Canguçu
Abrigar projetos de pesquisa capazes de proporcionar a geração de informações científicas e tecnológicas ligadas às mudanças climáticas e à biodiversidade.
Desenvolvimento de projetos científicos, aulas práticas de cursos de graduação e de pós‐graduação, desenvolvimento de dissertações e teses, para discussão de trabalhos interdisciplinares com outras instituições, bem como sede para eventos científicos e atividades de turismo ecológico.
Centro construído e atividades de pesquisa em andamento
GIZ / KFW Projeto Cerrado Jalapão
Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais no cerrado.
‐ Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais no cerrado;
‐ Mapeamento de boas práticas de manejo e alternativas ao uso do fogo no Cerrado;
‐ Avaliação dos Protocolos Municipais de Prevenção e Controle do Uso do Fogo;
‐ Reunir ações para Prevenção, Controle e Monitoramento de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado
Em andamento
No quadro 9 são apresentadas algumas ações de campanhas educativas que possam vir a ser desenvolvidas no município de Pium (TO). Dentre essas ações pode‐se destacar, como por exemplo, o Programa Bolsa Verde do Governo Federal que poderia ser uma alternativa de renda para as comunidades presentes no município de Pium (TO).
Quadro 9 ‐ Propostas de campanhas educativas no município de Pium (TO).
Responsável pela ação
Local / público alvo Tipo de contato Tema Materiais necessários
Parceiros
INCRA
Prefeitura / Comunidades,
assentados e pequenos produtores rurais
Palestra & minicurso Propriedade rural e desapropriação
Material educativo
Ministério Público Federal
(continua….)
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Quadro 9 ‐ Propostas de campanhas educativas no município de Pium (TO) (continuação).
Responsável pela ação
Local / público alvo Tipo de contato Tema Materiais necessários
Parceiros
Prevfogo Prefeitura /
Agropecuaristas e comunidade rural
Curso/capacitação ‐ atividade prática
Queima controlada, emissão de autorização, calendário de queima
Panfleto, material didático
Defesa Civil
SEAGRO Produtores rurais Treinamento Agricultura sustentável e
extrativismo Manuais SEBRAE
ICMBio
Residentes do PARNA, Proprietários rurais e
proprietários dos pontos turísticos
Minicurso Metodologia e
vantagens na criação de RPPN
Material informativo
IBAMA
MMA Toda a comunidade Mini curso, visitas técnicas Programa Bolsa Verde Material
informativo
SEMADES, Prefeitura, ICMBio
Brigada do Prevfogo
Crianças das escolas Oficina de educação
ambiental Fogo na vegetação,
preservação Material didático
Secretaria Municipal do
Meio Ambiente e da Educação
ICMBio Visitante, turistas,
demais envolvidos com o turismo
Elaboração e divulgação de material de apoio
Turismo consciente, proteção das belezas naturais e risco de
incêndio
Panfletos NATURATINS
TV Anhanguera
Pium e redondezas Divulgação de conteúdo
televisivo
Impacto das queimadas, divulgação dos contatos
das brigadas, procedimentos para queima controlada
‐‐ SEMADES, IBAMA e ICMBio
SEMADES Pium Curso/capacitação Gestão ambiental e recursos sólidos
Material informativo
MDS
Fonte: Elaborado por PFT (2013)
2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada
Queima controlada ou prescrita consiste na aplicação do fogo na vegetação nativa ou exótica sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo mantenha‐se confinado em uma determinada área atingindo aos objetivos do manejo.
Como uma das principais ações previstas no Protocolo do Fogo a divulgação do calendário de queima controlada da região seria um fator crucial para a redução das queimadas, bem como para auxiliar na quantificação de pessoal e equipamentos. Esta atividade está prevista para ser desenvolvida por vários órgãos além das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social e Habitação e a de Turismo e Meio Ambiente, como as unidades locais do NATURATINS, do RURALTINS e da ADAPEC. Todavia, apesar de terem previsto, a divulgação o calendário ainda não foi estabelecido.
Antes de 2012, na vigência da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o emprego do fogo era regulamentado por meio do Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, onde, em seu artigo 2º previa a utilização do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada dependente de prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), com atuação na área onde se realizará a operação.
Todavia, com o advento da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal), o uso do fogo passou a ser proibido, exceto nas situações previstas nos incisos I a III do artigo 38, onde, dentre estas, encontra‐se a utilização em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão
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estadual ambiental competente do SISNAMA, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle.
No Estado do Tocantins a queima controlada é regulamentada por meio da Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do Tocantins e pela Portaria NATURATINS n° 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para pequenos proprietários rurais, demais informações constam no quadro 10.
Quadro 10 ‐ Informações gerais sobre queima controlada no Estado do Tocantins. Informações Descrição Observações
Órgão responsável pela emissão de autorização
NATURATINS Somente a sede do Órgão em
Palmas.
Lei estadual específica
Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do
Estado do Tocantins e;
Portaria NATURATINS nº 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para
pequenos proprietários rurais.
‐‐
Órgãos descentralizados de emissão
Não há. ‐‐
Principais finalidades de autorização
Realizar o controle do fogo; formar banco de dados dos usuários de queima controlada e repassar informação quanto
aos procedimentos.
Geralmente os pequenos proprietários não possuem
conhecimento a fim de se saber o tipo de material combustível.
Nº de focos de calor na região (mês/ano).
Vide item 1.3. ‐‐
Informações locais. Acompanhamento feito pelas brigadas quando a queima é
comunicada pelos agricultores.
Quando em combate não há como os brigadistas realizar o acompanhamento.
Demais informações pertinentes.
Criação da Brigada municipal. A Prefeitura pretende implantar a brigada municipal para atuarem a
partir de 2014.
Fonte: PFT (2013)
As autorizações de queima controlada no Estado são emitidas apenas pelo NATURATINS, na sede em Palmas, capital do Estado, seguindo o calendário de queima divulgado pela Defesa Civil, a seguir:
1º Período: maio, junho e julho Regiões Sul, Sudeste e Leste;
2º Período: junho e julho Regiões Central e Centro‐oeste e;
3º Período: agosto e setembro Regiões Norte, Nordeste e Noroeste.
Todavia, há de se apontar que o calendário da Defesa Civil não condiz com o do NATURATINS constante no anexo único da Portaria 374 estipulado de acordo com o quadro 11.
Quadro 11 ‐ Período de autorização de queimas controladas no ano de 2009.
Período Datas Queima
1 Abril a junho & setembro a novembro Mais adequado para a queima da pastagem
2 Maio a junho Mais adequado para a queima de vereda
3 3 de julho a agosto Proibida a queima
Fonte: PFT (2013) adaptado de NATURATINS (2012)
Na região de Pium a queima controlada é realizada, praticamente, por pouquíssimos proprietários de terra, geralmente, somente os que maiores condições técnicas e recursos para buscar a autorização. As razões apresentadas pelos pequenos produtores, entre eles os assentados, reside na dificuldade de se conseguir a autorização, já que somente na capital, Palmas, é que se deve protocolar o pedido, bem como pela falta de informação a respeito.
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Neste caso, recomenda‐se que haja uma ampla divulgação ou discussão junto aos representantes de todos os envolvidos ou demais instâncias de comunicação com a vizinhança a fim de dar maior amplitude quanto à necessidade de prevenção dos incêndios e queimadas na região, reforçando a disponibilidade para fornecer capacitação dos moradores em procedimentos de queima controlada e noções de segurança em combate, em especial abordando os procedimentos para a retirada da autorização no órgão competente.
Quando não estão em combate, os brigadistas do Prevfogo, em alguns casos acompanham e dão suporte para a realização de atividades de queima controlada, quando autorizados e, ainda, repassam à comunidade informações dos procedimentos administrativos para a realização da queima controlada.
Nesse aspecto faz‐se necessário a ampla divulgação e discussão junto aos representantes de todos os envolvidos ou demais instâncias de comunicação com a vizinhança a fim de dar maior amplitude quanto à necessidade de prevenção dos incêndios e queimadas na região, reforçando a disponibilidade para fornecer capacitação dos moradores em procedimentos de queima controlada e noções de segurança em combate, em especial abordando os procedimentos para a retirada da autorização no órgão competente.
Apesar de serem pouquíssimos os agropecuaristas que obtém a autorização para a queima controlada, os brigadistas realizam esporadicamente o acompanhamento a fim de se evitar maiores prejuízos com a possibilidade desta queima se tornar um incêndio. A par desta realidade as atividades de controle das queimadas deverão ser programadas anualmente, a fim de tornar possíveis visitas e cadastramento de todos os usuários do fogo. No quadro 12 são apresentadas ações que podem ser desenvolvidas para o melhor controle das queimas controladas.
Quadro 12 ‐ Sugestões de ações a serem desenvolvidas no município de Pium (TO) para o correto uso das queimas controladas e seu controle.
Ações de controle de queima
Localização Época Observações Órgãos envolvidos
Cadastramento/vistoria
Assentamentos, comunidades e entorno do PARNA
Ano todo Cadastramento de todas as propriedades
rurais que usam o fogo.
Prevfogo, NATURATINS; Prefeitura e RURALTINS
Autorizações de queima controlada
Pium Conforme calendário
Avaliar a possibilidade de descentralização de Palmas para a emissão das autorizações. E
elaboração de critérios para a autorização ou não em função das peculiaridades locais.
Prefeitura; RURALTINS;
NATURATINS e Prevfogo
Realização de queima controlada
Localidades e propriedades
rurais
Conforme calendário
Acompanhar quaisquer usuários do fogo no dia da queima informando os procedimentos.
Brigadas do Prevfogo e do
ICMBio
Divulgação de alternativas ao uso do fogo e curso de queima controlada
Localidades e propriedades
rurais Ano todo
Realizar cursos, treinamentos e dispor de recursos materiais para o manejo do solo destinado aos pequenos produtores rurais.
EMBRAPA; Governo do Estado e Prefeitura.
Fiscalização Pium Ano todo Elaborar estratégias para fiscalização e
autuação daqueles que não cumprirem com as normas legais.
IBAMA; NATURATINS e
CIPRA.
Fonte: PFT (2013)
2.4 ‐ Manejo de combustíveis
A confecção de aceiros em Pium (TO) é realizada, basicamente, pelos poucos proprietários rurais que possuem mais condições com equipamentos, uma vez que, tanto a Prefeitura quanto a brigada não dispõem de recursos e materiais para a confecção. Como, predominantemente, as comunidades e os pequenos produtores rurais são carentes em termos de equipamentos a realização de aceiros por estes fica prejudicada o que provoca certa preocupação uma vez que é comum o uso do fogo na abertura das roças de toco e da renovação das pastagens.
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É de se mencionar que no Protocolo do Fogo do município há atividades definidas quanto à confecção de aceiros, onde, foi estabelecido que cada Associação dos Projetos de Assentamentos fariam aceiros de no mínimo 3 metros para cada lote e no entorno das áreas de reserva legal a partir de junho, bem como que o Departamento de Transportes e Obras Públicas de Pium disponibilizaria maquinário para a realização de aceiros, porém, que estas ações restaram prejudicadas por falta de equipamentos. Situação esta que merece uma revisão por parte dos integrantes do Protocolo. No quadro 13 são exemplificadas algumas ações para o manejo de combustível.
Quadro 13 ‐ Sugestões para as ações de manejo de combustível em Pium (TO).
Atividade Local Época Método Equipamentos Largura e
comprimento Pessoal envolvido
Confecção de aceiro
Entorno do PNA; das localidades, comunidades e assentamentos
Maio a
julho Roçagem
Trator traçado com implementos e equipamentos
manuais
50m de largura em torno dos limites das áreas mais
críticas.
Brigadistas/Prevfogo; NATURATINS;
Prefeitura e ICMBio
Manutenção dos aceiros
Nos limites dos assentamentos
Maio a
julho
Aceiro negro
Trator com implementos, pipa de 10.000 l como jato bomba e equipe de brigadistas com
material de combate
Aceiro negro de 50m de largura com 6m em cada lado feito com roçagem e limpeza com
enxadas e rastelos
Brigadistas/Prevfogo; INCRA e Prefeitura
Os gestores de algumas UCs vêm tomando um posicionamento favorável a utilização/avaliação do fogo como ferramenta para o manejo do material combustível dentro das UCs. Acreditam que a queima controlada dentro das UCs pode ser uma alternativa para melhorar o controle das ocorrências e a intensidade dos incêndios florestais. Além disso, acredita‐se que seu uso também poderá trazer benefícios a biodiversidade desses ecossistemas. Esse pensamento é originado de experiências positivas de outros países. Todavia, é recomendável a realização de trabalhos de pesquisa para que se possa avaliar sua aplicação nestas áreas. Assim, existem no Estado do Tocantins algumas universidades que poderiam se interessar no desenvolvimento de parcerias para o estudo/avaliação destas técnicas, como por exemplo: a Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Curso de Engenharia Florestal.
Quanto ao Parque Nacional do Araguaia, o ICMBio tem elaborado o Plano de Proteção e, para 2013 com o objetivo de diminuir o dano a essas fisionomias e tornar mais eficiente e eficaz as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Parque Nacional do Araguaia realizou‐se o zoneamento do PNA em três zonas, sendo elas: Zona da Mata do Mamão, Zona do Lago Preto e Zona do Araguaia. O zoneamento foi realizado levando em consideração a similaridade das áreas em três aspectos, a saber: cobertura vegetal, acesso, e nível de conflito. Desta forma, os quadros 14 e 15 trazem o planejamento do ICMBio para as ações de manejo de combustível no PNA.
Quadro 14 ‐ Atividades de prevenção na Zona Mata do Mamão.
Atividade Descrição Equipe Equipamento Observação Período
Manutenção de estradas
Desobstruir e roçar estrada Txuodé‐Lago do Mamão (47 km); Desobstruir e roçar estrada rio Verdinho‐ Barreiro (49 km); Desobstruir e roçar estrada Barreiro‐Urubu (13,5 km)
1 servidor ICMBio + 2 esquadrões
1 trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); 3 veículos 4x4; 2 motosserras; 2 roçadeiras manuais
Desobstruir e roçar as estradas mapeadas (110 km).
15 de julho a15 de agosto
(continua…)
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Quadro 14 ‐ Atividades de prevenção na Zona Mata do Mamão (continuação). Atividade Descrição Equipe Equipamento Observação Período
Construção de aceiros negros
Construir aceiro negro a partir da estrada
Gerente de fogo + 2 esquadrões
(1) trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); (3) veículos 4x4; (1) tanque flexível 400; motosserras; (2) roçadeiras manuais; e (2) pinga fogo.
Construir aceiro negro de 50 metros de largura a partir das estradas pré‐existentes. Aproximadamente 31 km de aceiros.
15 de julho a 15 de agosto
Identificar local de Acampamento Mamão/Pataca
Verdinho / Lago do Mamão (31 km)
Gerente de fogo + 1 esquadrão
(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS.
Acampamento será utilizado no corrente ano
15 de julho a 15 de agosto
Mapear aceiro na porção Oeste Mata do Mamão
Identificar local com para acampamento,
Gerente de fogo + 1 esquadrão
(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS.
Mapeamento para construção de aceiro na porção oeste da Mata do Mamão em 2014
15 de julho a 15 de agosto
Realizar queima prescrita nas áreas de uso indígena
Observando a disponibilidade de água potável.
Gerente de fogo + 1 esquadrões
(1) veículos 4x4; (2) pinga‐fogo;
De acordo com demanda dos índios (aldeias Waotnã e Txuodé)
15 de julho a 15 de agosto
Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013).
Quadro 15 ‐ Atividades prevenção na Zona Lago Preto. Atividade Descrição Equipe Equipamento Observação Período
Manutenção de estradas
Desobstruir e roçar estrada rio Urubu – aldeia Boto Velho (22 km); Desobstruir e roçar estrada aldeia Boto Velho‐Riozinho (43 km); Desobstruir e roçar estrada aldeia Boto Velho‐Retiro dos Bois (40,5 km); Desobstruir e roçar estrada encruzilhada Lago Preto‐Randitoró (24 km)
Servidor + 2 esquadrões
(1) trator com roçadeira (ver com fazenda Dois Rios); (1) veículos 4x4; (2) motosserras; (2) roçadeiras manuais.
Desobstruir e roçar as estradas mapeadas (130 km)
15 de julho a 15 de setembro
Construção de aceiros negros
Construir aceiro negro a partir da estrada porção noroeste da Mata do Mamão (6 km)
Gerente de fogo + 2 esquadrões
(1) trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); (3) veículos 4x4; (1) tanque flexível 400; (2) motosserras; (2) roçadeiras manuais; (2) pinga fogo.
Construir aceiro negro de 50 metros de largura a partir das estradas pré‐ existentes.
15 de julho a 15 de agosto
Mapear aceiro Retiro dos Bois – rio Riozinho
Mapear melhor rota para construção de aceiro negro ligando o Lago Retiro dos Bois ao rio Riozinho
Gerente de fogo + 1 esquadrão
(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS.
Mapeamento para construção de aceiro na porção oeste da Mata do Mamão em 2014
15 de julho a 15 de setembro
Realizar queima prescrita nas áreas de uso indígena
Queimar áreas de uso indígena para rebrota de pastagem e abertura de roças.
Gerente de fogo + 1 esquadrão
(2) veículos 4x4; (2) pinga‐fogo;
De acordo com demanda dos índios (Aldeia Boto Velho)
15 de julho a 15 de setembro
Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013).
Conforme os dados do ICMBio coletados durante os trabalhos de campo, em 2011, houve a tentativa de implementar um aceiro na porção sul da Mata do Mamão, área prioritária, utilizando um trator emprestado por uma fazenda, entretanto esta ação foi inviável porque era necessário um trator maior em função da altura do capim. Para 2013, pela primeira vez, fizeram um planejamento prévio para construção de aceiro, priorizando novamente a Mata do Mamão, porém não foi possível executar em função da insuficiência de veículos para deslocamento da brigada. Quanto às queimas controladas, em 2011 foram feitas algumas queimas de roça dos índios, e este ano estão planejando novamente, para o final de setembro e início de outubro, época em que os
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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indígenas fazem as queimas. Outras causas de origem de incêndios como rebrota de capim para gado e limpeza de vegetação para acessar locais de pesca, ainda não foram alvo de queimas controladas, apenas de conversas iniciais.
2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios
Os parâmetros meteorológicos como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, bem como os dias sem chuva, são informações determinantes para a ocorrência de incêndios florestais. Os dados são obtidos pelas estações automáticas do INMET que podem ser consultadas pelo site: www.inmet.gov.br/sonabra/maps/automaticas.php (Quadro 16).
Aliado a estes fatores, o CGF deve acompanhar diariamente o site do INPE, que apresenta todos os dias um mapa de risco de incêndios para todo o Brasil disponível em: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/maparisco/risco_est.html.
Quadro 16 ‐ Estações meteorológicas próximas do município de Pium (TO).
Local Latitude Longitude Tipo de dados coletados
Rotina de obtenção de informação
Formoso do Araguaia (TO) 11,7822° S 49,6083° O Automática Página do INMET*
Marianópolis do Tocantins (TO) 9,57667° S 49,7233° O Automática Página do INMET*
* http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas
2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios
A vigilância eficiente é ferramenta fundamental para a inibição de ações imprudentes, imperitas e criminosas. Considerando incêndios já em andamento, a vigilância é um dos fatores que permite que o combate seja iniciado nos estágios iniciais da ocorrência, quando ainda está em pequenas proporções.
Vigilância
Fixa: Uma das dificuldades no que diz respeito à vigilância fixa em Pium é a inexistência de torres de observação. Fato este que, aliado à imensa extensão territorial do município, bem como às dificuldades de acesso, dificultam a detecção o mais rápido possível das queimadas e dos incêndios florestais. A vigilância fixa é realizada pelos brigadistas utilizando pontos mais altos na topografia do município para a observação, sendo o principal meio a caixa d’água do estádio municipal (Quadro 17). Na zona rural, os brigadistas também utilizam as caixas d’água nas sedes dos assentamentos. Quanto ao Parque Estadual do Cantão, apesar de sua área estar 100% inserido no município de Pium, sua administração ficou a cargo do NATURATINS que dispõe de uma infraestrutura administrativa localizada na TO‐080, km 260, em Caseara (TO), dotada de um Centro de Recepção e Administração do Parque Estadual do Cantão (CERAD), conforme informações contidas no Plano de Uso Público do PEC. No Parque Nacional do Araguaia (PNA) a unidade é totalmente plana e não há bons pontos de observação. A detecção depende das rondas e dos dados de focos de calor. No que se refere à construção de torre(s) de observação é necessário uma avaliação criteriosa para verificar sua real necessidade e prioridade, visto que, apesar da topografia do município ser razoavelmente plano, a vigilância móvel tem sido o método mais empregado com certa eficiência. Outro aspecto importante é a realização de um mapeamento detalhado de pontos de observação para a atualização do Plano Operativo (PO). Apesar das brigadas normalmente serem compostas de pessoas da localidade, que possuem bom conhecimento da região, essas informações são de extrema importância de
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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serem inseridas no PO para situações de emergência em que são acionados apoio de outras brigadas. A identificação destes locais é relevante para a as atividades de detecção, bem como durante o combate (planejamento e tomada de decisões).
Quadro 17 ‐ Pontos para observação na sede municipal de Pium (TO). Pontos de observação Coordenadas
Caixa d’água (Estádio Municipal Antônio Gomes Neto) 10° 26' 42,67'' S 49° 10' 20,60'' O
Caixa d’água (Centro da cidade) 10° 26' 37,31'' S 49° 10' 39,08'' O
Fonte: PFT (2013)
Móvel: Quando em operação, diariamente a brigada do Prevfogo realiza rondas percorrendo várias rotas, normalmente já pré‐determinadas pelo Chefe da Brigada. Em alguns casos a brigada realiza rondas a pé. Durante a realização das rondas são realizadas também outras atividades informativas, como: educação ambiental, procedimento para autorização de queimadas controladas e informações sobre a legislação ambiental. A extensão territorial do município, aliado a dificuldade dos acessos em função principalmente das condições das estradas dificultam a eficiência da vigilância móvel para detecção das queimadas e incêndios. As operações de ronda são de extrema importância e devem ser conciliada também com outras atividades, tais como: orientação das comunidades no uso do fogo (queima controlada), educação ambiental, orientação na emissão de licenças de queima, levantamento de informações para atualização do PO, entre outras. No que se refere a frequência das rondas, deverá ser determinado pelo Chefe da Brigada em função do período e do risco de incêndio existente. Na primeira parte deste documento o mapa das áreas de risco bem como os locais de maior ocorrência de incêndios nos últimos cinco anos que poderá ser utilizado como referência na definição das rotas a serem realizadas. Em anexo a este Plano Operativo, encontra‐se o mapa do município de Pium (TO) onde constam as principais vias do município. Quanto ao PNA, a brigada do ICMBio normalmente faziam rondas diárias de caminhonete, quando a brigada estava acampada na unidade e não havia incêndios. Quando há incêndios, durante o dia é traçado rota de acesso ao incêndio e estratégia de ataque, e durante a noite se faz o combate. Para este ano a estratégia era fazer as rondas utilizando motos, independentemente de haver ou não combate, porém até o momento do levantamento de campo a brigada havia ficado em campo apenas uma semana.
On‐line: Como 55% do Parque Nacional do Araguaia está dentro do município de Pium há
na cidade uma unidade do ICMBio que possui brigadas para combate e prevenção de
queimadas e incêndios florestais no PNA. Desta forma, os analistas desta unidade realizam
a vigilância online feita basicamente com as informações dos focos de calor gerados pelo
INPE.
Quanto à vigilância feita pelos brigadistas do Prevfogo/IBAMA, que atendem as demais
áreas do município, em muitas vezes se deparam com problemas de acesso à internet no
escritório, que dificulta e/ou impossibilita a utilização destes dados. Entretanto, quando
disponível o acesso aos dados dos focos de calor, normalmente, os brigadistas possuem
certa dificuldade no manuseio e interpretação dos dados. Neste aspecto é fundamental
que no treinamento seja abordado o uso de informações digitais, bem como que o chefe
da brigada esteja em contato com a coordenação estadual do Prevfogo em Palmas (TO). Se
o problema for de manuseio de internet deve‐se fazer o curso de gestão de brigadas.
Na grande maioria dos casos, o uso do monitoramento dos focos de calor fica restrito aos
gestores das UCs, e não pelo Chefe de Brigada. A grande demanda de atividades dos
gestores das UCs impossibilita um acompanhamento diário dessas informações. Assim, é
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
33
de extrema relevância a realização de uma capacitação eficiente dos Chefes de Brigada e
de Esquadrão para a utilização desta ferramenta. Além desta demanda, é necessário o
treinamento do uso do GPS e bem como uma capacitação referente a noções básicas de
cartografia.
Vigilância complementar: A vigilância complementar, aquela onde o aviso é repassado
pela comunidade, é pouco utilizada em Pium (TO), pois, na maioria das localidades e das
comunidades não há orelhões e o sinal de telefonia celular não cobre a maior parte da
região. A comunicação, quando feita, geralmente fica a cargo de um dos moradores
daquela região de maior conhecimento/respeito pelos moradores.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO
3.1 ‐ Recursos humanos
Os recursos humanos voltados para as ações de prevenção e combate no município de Pium (TO)
são os brigadistas contratadas anualmente sob a coordenação do IBAMA/Prevfogo, bem como os
brigadistas e demais servidores que atuam no Parque Nacional do Araguaia (PNA) sob a
competência do ICMBio, em suas respectivas áreas de atuação. Os brigadistas atuam na prevenção
e combate a incêndios florestais, realizando atividades de orientação à comunidade,
monitoramento, apoio às queimas controladas, entre outros. A capacitação dos brigadistas é
realizada durante o processo de seleção das brigadas.
As brigadas são compostas, em sua maioria, por pessoas da própria região com escolaridade até o
Ensino Médio, somados, ainda, as brigadas indígenas formadas pelo ICMBio. A contratação de
pessoas da própria região facilita as ações das brigadas, pois possuem um bom conhecimento dos
problemas locais relacionados com o fogo e das vias de acesso da região. Além dos benefícios
logísticos e operacionais, a contratação dos brigadistas locais, gera uma capacitação técnica local
das técnicas de uso do fogo controlado e combate, bem como uma conscientização da
problemática do fogo na região.
Em função da grande responsabilidade das funções, principalmente a do Chefe de Brigada, é
recomendável que nas seleções, dentro das possibilidades, sejam selecionados pessoas com maior
experiência. Nas atividades de levantamento de campo, observou‐se que muitas vezes a função de
Chefe de Brigada não foi realizada de acordo com seu nível de conhecimento/experiência. É
também importante um acompanhamento mais intenso das atividades e ações de todas as
brigadas contratadas no município de Pium (TO). No quadro 18 são apresentados os contatos de
recursos humanos dos diferentes Centros de Gerenciamento de Fogo presentes no município de
Pium (TO).
Quadro 18 ‐ Recursos humanos dos Centros de Gerenciamento de Fogo. Recursos Humanos Existentes
Função Instituição Nome Atividades Telefone / E‐mail
Chefe de Brigada Prevfogo/IBAMA João Carvalho Araújo Neto
Coordenar as atividades da brigada na logística, acionamento e combate.
(63) 8427‐1311
Chefe da UC (Analista Ambiental)
ICMBio Raoni Japiassu
Merisse Fiscalização, perito em incêndios
(63) 3368‐1396
(63) 3368‐1566
Em função da existência de várias unidades de conservação no município de Pium (TO) existe um
contingente técnico na região acima da média do que nos demais municípios do Tocantins,
entretanto, existem, ainda, grande demanda de recursos humanos para as atividades da brigada
do Prevfogo/IBAMA. Desta forma, no quadro 19 são apontadas algumas demandas de recursos
humanos existentes no município.
Quadro 19 ‐ Demanda de recursos humanos do Centro de Gerenciamento de Fogo de Pium (TO). Função Instituição Atividades Formação Resultados esperados
Técnico NATURATINS / IBAMA
Coletar, padronizar, ordenar e registrar as diferentes informações para auxiliar as ações de gestão, bem
como a atualização do Plano Operativo (PO).
Técnico agropecuário ou florestal
Base cartográfica atualizada da região / Banco de dados das atividades realizadas e dados ambientais do município de Pium /
Atualização do PO
Fiscal ambiental
NATURATINS Coordenar atividade de prevenção, educação ambiental e de fiscalização.
Engenheiro Florestal e/ou
Biólogo
Continuidades das ações de campanha de educação ambiental adequadas a realidade local. Maior repressão às atividades ilegais.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combatentes
Em Pium (TO) não foi observado publicação dos nomes e contatos dos brigadistas no CGF, nem
mesmo nos murais da Prefeitura. A publicação destas informações auxilia na divulgação dos
contatos dos brigadistas, podendo desta maneira auxiliar na comunicação e apoio na detecção dos
incêndios florestais.
Geralmente os brigadistas são contratados um mês antes do período crítico que vai de julho a
setembro permanecendo os contratados até o mês subsequente. Neste sentido, além das
obrigações básicas do Chefe de Brigada é importante a elaboração de relatórios das atividades das
brigadas. Às vezes, somente o plano de trabalho é elaborado ficando o relatório final a cargo tão
somente dos ROI’s – cuja destinação visa apenas o apontamento de uma determinada atividade.
Desta forma, se faz necessário que todas as atividades das brigadas sejam registradas de forma
ordenada para o planejamento de ações futuras e definição das reais demandas locais. Assim, é
recomendável que o registro de todas as ações das brigadas sejam feitas em uma base de dados
estrutura/padronizada. No quadro 20 consta o nome e contato dos brigadistas.
Quadro 20 ‐ Brigadistas contratados pelo Prevfogo/IBAMA e ICMBio em 2013. IBAMA Parque Nacional do Araguaia (ICMBio)
Nome Cargo Telefone Nome Cargo Telefone
Adilson N. de Almeida Combate (63) 8489‐1209 Raylson Neves Da Silva Combate (63) 8431‐3118
Antônio da Silva Lima Combate (63) 8420‐9474 Ricardo Rodrigues da Silva Combate (63) 8417‐8454
Douglas Aires Moura Combate (63) 8472‐7748 Edson Pereira da Silva Combate (63) 8460‐8607
Edicionil Alves Fernandes Combate (63) 8450‐1130 Jair Pinto de Oliveira Combate (63) 8472‐9146
Eduardo F. de Freitas Combate (63) 8461‐0420 Maria de Jesus G. de Sousa Combate (63) 8474‐1018
Erisvaldo Silva Mendes Combate (63) 8463‐9995 Leonides Silva Rodrigues Combate ‐‐
Eugenia Fernandes Araújo Combate (63) 8464‐4608 Nilza Gomes Leão Combate (63) 8406‐4890
Fernando Carvalho Ferreira Combate (63) 8406‐7556 André Luiz dos S. Cordeiro Combate (63) 8415‐1100
Janes Carvalho de Araújo Combate (63) 8472‐8724 Marcione G. Marinho Combate (63) 8471‐3317
Jhonathan Pereira Costa Combate (63) 8408‐3484 Leandro de Sousa Badaró Chefe de Esquadrão (63) 8409‐0634
Joaquim Nunes M. Neto Combate (63) 8476‐5156 Cássio Bruno A. de Souza Chefe de Esquadrão (63) 8432‐7816
José Adriano da Silva Combate (63) 8493‐1202 João Araújo de Carvalho Combate (63) 8423‐8739
José Batista Barbosa Santos Combate (63) 8420‐2070 Clertan da Silva Souza Chefe de Esquadrão (63) 9298‐4912
Juscimar dos Santos Filho Combate (63) 8411‐0058 David Ribeiro Luz Chefe de Esquadrão (63) 9275‐3133
Libertina Gomes Leão Combate (63) 8476‐9147 Jailson Moreira Silva Combate (63) 8430‐2958
Luiz Marcos G. Mourão Combate (63) 9294‐4720
Magayver Aragão da Silva Combate (63) 9222‐5366
Marcos Aurélio C. da Silva Combate (63) 8446‐4473
Raimunda de Lima Santos Combate (63) 8493‐1221
Ricardina Alves da Costa Combate (63) 8413‐1025
Silvano Neves de Assunção Combate (63) 8423‐7814
Wesley Pereira da Silva Combate (63) 8487‐5590
Willian Gonçalves Borges Combate (63) 8426‐6740
Ailton Martins da Silva Chefe de Esquadrão (63) 8414‐0479
Carlos Filho Pinto Alencar Chefe de Esquadrão (63) 8443‐9918
Genival Lopes Carvalho Chefe de Esquadrão (63) 8404‐8724
Jailson Ferreira de Sousa Chefe de Esquadrão (63) 8475‐4640
João Carvalho Araújo Neto Chefe de Brigada (63) 8427‐1311
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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3.3 ‐ Demandas e capacitação
A formação dos brigadistas do Prevfogo/IBAMA é realizada quando da seleção onde o curso é
focado basicamente para o combate, prevenção, uso do fogo e queima controlada. Todavia,
outros temas e treinamentos são importantes para complementar a qualidade na prestação dos
serviços. No quadro 21 são apresentadas estas e outras sugestões de capacitação que poderiam
contribuir nas ações das brigadas no município de Pium (TO).
Quadro 21 ‐ Demandas de capacitação.
Setor Demanda Atividade Instituição responsável pela contratação/disponibilização
de profissionais
Instituição responsável pela capacitação
Centro de gerenciamento do fogo
Capacitação Formação de liderança NATURATINS/IBAMA SEMADES
Brigadistas/Prevfogo Treinamento Queima controlada NATURATINS/Prevfogo/ICMBio IBAMA / NATURATINS /
Defesa Civil
Brigadistas/Prevfogo Aulas teóricas e
práticas Direção defensiva NATURATINS/Prevfogo/ICMBio DETRAN
Brigadistas/Prevfogo Capacitação Perícia de incêndios
florestais e queimadas NATURATINS/Prevfogo/ICMBio IBAMA
Brigadistas e técnicos da Prefeitura Municipal
Capacitação Uso de GPS e
manipulação de seus dados
Prefeitura NATURATINS
3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos
Infraestrutura
Atualmente, no município de Pium (TO), não existe instalação designada exclusivamente para
ações de combate e prevenção das queimadas e incêndios florestais. No entanto, a prefeitura vem
disponibilizando um imóvel durante a atuação da(s) brigada(s) do Prevfogo/IBAMA, geralmente
uma casa com sala, cozinha, quartos, banheiro e instalação de ponto de internet (Quadro 22). Esta
ação da prefeitura é prevista no Protocolo do Fogo e tem um caráter de continuidade, segundo a
Secretária Municipal de Meio Ambiente.
Quadro 22 – Possíveis locais para abrigar uma brigada do Prevfogo/IBAMA.
Infraestrutura Localização Coordenadas Infraestrutura Capacidade alojamento
Centro Comunitário de Lazer Flor do Cerrado
Vilarejo Café da Roça
10° 02' 57,13'' S 49° 38' 22,19'' O
Área coberta na frente, cozinha e banheiro.
15 pessoas acampadas
Instituto Ecológico Centro de Pesquisa
Canguçu 09° 58' 42,80" S 50° 01' 39,70" O
Alojamentos em palafita; prédio da administração
contendo salas de pesquisa, cozinha, sala para refeições;
porto do projeto no rio Javaés.
A combinar
Em outras áreas, fora de sede do município, também deverão ser acertadas com antecedência para que se possam estabelecer as condições mínimas para os brigadistas. Quanto ao Parque Nacional do Araguaia (PNA), salvo a unidade administrativa do ICMBio em Pium (TO) (Quadro 23), não há qualquer infraestrutura existente em campo, apenas as aldeias indígenas no interior do parque e fazendas fora da unidade. Foram mapeados vários pontos de acampamento ao longo da unidade em função de acesso, disponibilidade de água e localização favorável para acessar as frentes de incêndio. Nos acampamentos são montadas estruturas temporárias rudimentares. No quadro 24 e 25 estão dispostos os locais que servem para acampamento em caso de uma possível ação em conjunto.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Quadro 23 – Infraestrutura do PNA (ICMBio).
Infraestrutura Localização Coordenadas Equipamentos /serviços Capacidade alojamento
Sede Administrativa Zona urbana 10° 26' 28,22" S
49° 10' 21,26" O Telefone fixo e internet 0
Base de Fiscalização Riozinho Limítrofe ao PNA 09° 57' 47,32" S
50° 06' 54,51" O Palafita rústica de madeira
8 pessoas acampadas
Casas da Ponta Norte Interior do PNA 09° 50' 52,68" S
50° 11' 43,49" O Casas de concreto
8 pessoas acampadas
Quadro 24 ‐ Locais para acampamento na Zona Mata do Mamão (PNA‐ICMBio).
Acampamento Coordenadas Distância da Aldeia Txuodé
Rio Verdinho 11° 06' 44'' S / 50° 02' 20" O 11,5 km
Rio Barreiro 10° 47' 40'' S / 50° 04' 40" O 63,5 km
Quadro 25 ‐ Locais para acampamento na Zona do Lago Preto (PNA‐ICMBio).
Acampamento Coordenadas Distância da Aldeia Txuodé
Lago Preto 10° 34' 39'' S / 50° 07' 39" O 30,0 km
Rio Riozinho 10° 26'26'' S / 50° 13' 15" O 53,1 km
Lago Retiro dos Bois 10° 19' 06'' S / 50° 08' 14" O 40,1 km
Randitoró 10° 41' 42'' S / 50° 16' 10" O 41,0 km
No município de Pium (TO) existem locais com relativa estrutura física que podem vir a ser
disponibilizados para abrigar uma equipe de brigadistas. Neste sentido, podemos citar como, por
exemplo, a sede da associação dos moradores de alguns assentamentos na região, infraestrutura
na Fazenda Jan e na Agropecuária Javaés e, em especial, no vilarejo Café da Roça, que dispõe de
local para abrigar uma brigada, posto de saúde e bares onde se serve refeição. De forma geral a
comunidade do município apoiam as equipes em caso de necessidade, cedendo espaço para a
montagem de acampamentos.
Equipamentos
Atualmente não existem equipamentos do poder público municipal destinado exclusivamente
para as atividades de combate e prevenção. Os equipamentos utilizados nas atividades de
combate são fornecidos as brigadistas durante o período de sua atuação, salvo os do ICMBio que
são materiais permanentes nas atividades da UC. Quando à brigada do Prevfogo os equipamentos
são de propriedade do IBAMA que os recolhem ao final das atividades dos brigadistas. A relação
dos equipamentos existentes atualmente, 2013, no município de Pium (TO) é apresentada no
quadro 26.
Quadro 26 ‐ Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO).
Entidade Representante Legal /
Responsável Tipo de apoio Quantidade
Prefeitura Municipal de Pium Manuel Araújo Palma
Caminhão pipa de 1.000l 1
Caminhão caçamba 1
Motoniveladora 1
Tratores de pneu 4x4 3
Retroescavadeira 1
Pá carregadeira 1
Automóvel 1
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Quadro 26 ‐ Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO) (Continuação).
Entidade Representante Legal /
Responsável Tipo de apoio Quantidade
Prevfogo/IBAMA João Carvalho Araújo Neto
Veículo 4x4 1
Bombas costal rígidas 15
Abafadores 30
Microcomputador 1
GPS 1
Máquina fotográfica 1
Facão 28
Enxada 12
Machado e Foice 2
Mochila com EPIS 28
Pinga fogo 2
ADAPEC Cesar Augusto Camargo Veículo 4x4 1
Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais de Pium de Morro Preto e Região
Edivan Cruz Pereira
Veículos 4x4 1
Pipa para trator4.000 l 1
Grades 2
Roçadeiras 2
Bombas costal 3
Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Barranco do Mundo
Ailton Campos da Silva Trator de pneu 4x2 com lâmina e grade 1
Associação dos Lavradores da Fazenda Floresta
Manuel Ramos Aragão
Veículo 4x2 1
Grade 1
Lamina 1
Agropecuária Javaés Adão Jesus da Mata
Bombas costal 5
Trator de esteira 1
Trator de pneu 4x4 4
Tanque pipa de reboque 4.500l 1
Grades e roçadeiras 5
Agropecuária JAM Joni Rietjens
Trator de pneu 4x4 4
Grades e roçadeiras 4
Tanque pipa reboque de 5.000l 1
Caminhão tanque de 30.000l 1
Motoniveladora 1
ICMBio Raoni Japiassú Merisse
Pá combate 10
Abafador 15
Estrangulador 1
Kit primeiros socorros 2
Bomba honda branco 1
Bomba flutuante 1
Bico jato pleno 1
Bico jato regulável 1
Sacos de dormir 14
Motosserra 1
Isolante térmico 14
Foice 2
Enxadeco 9
Enxadão 7
Facão 11
Machado 5
Bomba costais 17
Abafadores 11
Pinga fogo 3
Ancinho 2
Foice 7
Moto bomba 1
Enxada 8
Rastelo 6
Picareta 3
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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Quadro 26 ‐ Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO) (Continuação).
Entidade Representante Legal /
Responsável Tipo de apoio Quantidade
ICMBio Raoni Japiassú Merisse
Ciscador 9
HT 2
GPS 1
Binóculo 1
Balaclava 10
Bloqueador 10
Gandola 57
Capacete 15
Coturno 0
Cinto N/A 20
Lanterna cabeça 3
Mochila 13
Óculos 10
Suspensório 20
Cantil 15
Bolsa 15
Marmita 10
Há de se mencionar que no Protocolo do Fogo do município o Departamento de Transportes e
Obras Públicas de Pium (TO) se encarregou em disponibilizar o caminhão pipa, em casos de
queimadas e incêndios e a disponibilizar, também, combustível quando necessário, para veículos
que forem atuar na prevenção, controle e combate às queimadas e incêndios ou realizar projetos
ambientais. Ainda, à Secretaria de Turismo e Meio Ambiente coube disponibilizar materiais e
equipamentos para o funcionamento da Brigada de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais
do IBAMA/Prevfogo, conforme Termo de Parceria, com recursos a serem obtidos pela Secretaria
Municipal de Finanças. No entanto, ainda não se estabeleceu o Termo de Parceria específico para
a aquisição desses equipamentos.
Veículos
Além dos equipamentos, durante o período de atuação da brigada do Prevfogo/IBAMA são
destinados dois veículos 4x4, um para cada brigada, tanto para o transporte da equipe quanto dos
equipamentos. A Prefeitura de Pium (TO), conforme disposto no Protocolo do Fogo ficou
encarregada de dispor equipamentos e veículos para atividades de combate e prevenção. Porém,
ainda não havia previsão para este atendimento.
A brigada do ICMBio possuem veículos destinados não só para o combate como para os trabalhos
de manutenção da UC, fiscalização e administrativos sendo:
1 Veículos 4x4 em bom estado de conservação;
1 Toyota Bandeirantes em bom estado de conservação;
3 motos em bom estado de conservação.
Quanto às peculiaridades da região é importante destacar o acesso aos locais de combate
necessita de veículos 4x4 uma vez as estradas, em sua maioria, são cheias de “tombadores” de
areais.
Rede de atendimento hospitalar
No município de Pium (TO) há dois hospitais, dois postos de saúde e um laboratório público
municipal e outro privado. Entre hospitais e postos de saúde da área básica são6
estabelecimentos, sendo 4 públicos e 2 privados, com 8 leitos para internação no estabelecimento
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
40
de saúde público municipal. Destes, dois estabelecimentos de saúde possuem atendimento de
emergência que atende nas áreas de pediatria, obstetrícia, clínica e traumato ortopedia com
equipamentos como, ultrassom doppler colorido, eletrocardiógrafo, raio X até 100 mA e raio X de
100 a 500 mA. No vilarejo Café da Roça há um posto de saúde para atendimento ambulatorial e de
primeiros socorros. No quadro 27 são apresentadas as informações referentes à unidade de saúde
presente em Pium (TO).
Quadro 27 ‐ Rede de atendimento hospitalar presente no município de Pium (TO).
Estabelecimento Fone Coordenadas Endereço Gestão Tipo de unidade
Hospital de Pequeno Porte Nestor da Silva Aguiar Pium
(63) 3368‐1382
(63) 3368‐1400
10° 26' 17,96'' S49° 10' 41,86'' O
Rua 15, s/n ‐ Centro Municipal Atenção básica /
média complexidade
Unidade Básica de Saúde de Pium
(63) 3368‐1314 ‐‐ Rua 14, 100 ‐ Centro Municipal Ambulatorial /
vigilância em saúde
Pronto Atendimento Santa Tereza
(63) 3368‐1122 10° 26' 28,63'' S49° 10' 49,43'' O
Rua 11, s/s ‐ Centro Estadual Ambulatorial / urgência/ SADT
Posto de Saúde de Café da Roça
(63) 3535‐1135* 10° 02' 55,24'' S49° 38' 21,85'' O
Café da Roça Municipal Ambulatorial
* Telefone público em frente ao Posto
Combustível, alimentação, acomodações e serviços bancários
De forma geral, durante os combates aos incêndios florestais nas áreas mais distantes da sede do
município os proprietários rurais, quase que em sua totalidade, fornecem a alimentação aos
brigadistas. Nas áreas próximas a sede do município existe diversos estabelecimentos comerciais.
Entretanto em operações a serem realizadas em áreas mais isoladas, como as próximas do PNA,
deverão existir um planejamento prévio ou apoio externo aos brigadistas. No quadro 28 são
apresentados os principais locais para acomodação e alimentação presentes no município de Pium
(TO).
Quadro 28 ‐ Fornecedores de acomodações e alimentação em Pium (TO).
Estabelecimento Telefone Coordenadas
Endereço Latitude Longitude
Hotel Javaé (63 3368‐1148 10° 26' 30,14'' S 49° 10' 54,59'' O Av. Tocantins, Centro, nº 322
Pousada Recantu’s (63) 3363‐1587 10° 02' 55,88'' S 49° 38' 25,02'' O Rua 01, s/nº, Centro
Pousada Paraná (63) 3368‐1435 10° 26' 35,08'' S 49° 10' 35,67'' O Av. Diógenes de Brito, nº 22
Restaurante Nova Opção (63) 3368‐1591 ‐‐ ‐‐ Rua Agrário José dos Santos, nº 363
Restaurante Mais Sabor (63) 3368‐1464 ‐‐ ‐‐ Av. Tancredo Neves, esquina com a Rua 12
Restaurante Sabor Goiano (63) 3368‐1585 10° 26' 37,31'' 49° 10' 39,08'' Rua Alameda 03, s/nº, St. Popular
Lanchonete Ponto Certo ‐‐ 10° 26' 33,45'' 49 °10' 52,50'' Rua 02, s/nº, Praça da Matriz
Fonte: PFT (2013)
O abastecimento dos veículos do IBAMA/Prevfogo e do ICMBio são realizados por meio de dois postos credenciados com a bandeira Goldcard/Valecard, um na cidade de Cristalândia (TO), Auto Posto Avenida, tel. (63) 3354‐1458, a 18 quilômetros de Pium (TO) e, o Auto Posto Interlagos, em Paraíso do Tocantins (TO) que fica a aproximadamente 70 quilômetros de Pium (TO).
Todavia, há no município de Pium (TO) três postos de combustíveis, mas que oferecem apenas os
serviços de financeiras tradicionais como forma alternativa de pagamento (Visa e Mastercard)
(Quadro 29).
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
41
O abastecimento dos veículos que estiverem empenhados diretamente no combate aos incêndios
deverá ser realizado no local do acampamento, sendo o combustível transportado por meio de
tambores / galões. Pium não possui agência bancária, mas, atualmente, existem postos de
atendimento eletrônico dos seguintes bancos: Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal
(em funcionamento na Casa Lotérica).
Quadro 29 ‐ Postos para abastecimento dos veículos em Pium (TO).
Localidade Coordenadas geográficas Telefone
Auto Posto WR (combustível) 10° 26' 22,56'' S 49° 10' 45,84'' O (63) 3355‐3454
Pium Auto Posto 10° 26' 30,42'' S 49° 10' 12,02'' O (63) 3368‐1284
Fonte: PFT (2013)
3.5 ‐ Facilidades para o combate
Rede viária
O acesso ao município de Pium é feito pela BR‐153, até a cidade de Pugmil. A partir daí pela
Rodovia TO‐354 por 30 km. A TO 164 (rodovia estadual não pavimentada) e a TO‐447, ligam o
Município à Chapada de Areia (47 km). A TO‐354 (estrada estadual não pavimentada) liga Pium ao
vilarejo Café da Roça e ao Porto Canguçú. Pela rodovia pavimentada TO‐374 têm‐se acesso aos
municípios de Lagoa da Confusão e Marianópolis.
Porto Canguçu é um porto no rio Javaés a aproximadamente 128 km da sede do município,
utilizado por pescadores principalmente na temporada de verão (meses de junho a outubro).
Localiza‐se às margens do rio Javaés, no final do TO‐354, cujas coordenadas geográficas são
S09°59'04.9'' e W50°01'00.3''.
A 76 km da sede do município, seguindo‐se pela TO‐354 (estrada não pavimentada) em direção ao
Porto Canguçu, chega‐se ao vilarejo de nome Café da Roça (coordenadas geográficas 10°02' 54,20''
S e 49° 38' 23,30'' O), único ponto de apoio no caminho, onde, também se localiza o
entroncamento com a TO‐374 que liga Marianópolis do Tocantins a Caseara.
O vilarejo é pequeno, mas, oferece uma pequena infraestrutura, como: três bares muito simples,
onde se podem encontrar alguns itens de mercearia e alimentação do tipo prato feito. Há, ainda,
um posto de saúde que presta serviço ambulatorial. O acesso é feito preferencialmente de carro,
pois há somente um ônibus de linha que passa pelo vilarejo.
No ponto de coordenadas geográficas 09° 57' 42,2'' S e 49° 57' 23.9'' O há uma bifurcação na
estrada TO‐354 que leva, à direita, para as Fazendas Altamira (do Sr. Clóvis), São Miguel e
Macaúba e à esquerda para o Porto Canguçu.
Captação de água e barreiras naturais
Como consta na tabela 2, o município de Pium (TO) encontra‐se, em sua totalidade, no sistema
hidrográfico do rio Araguaia contando com vários pontos perenes de abastecimento para pipa e
bombas costais, bem como uma abundância de lagos e lagoas (mapa em anexo).
O abastecimento de água é feito pela FOZ/SANEATINS e se dá, basicamente, por meio da captação
de água do Córrego Piauizinho onde é possível o abastecimento de caminhões pipa. Assim, a rede
hidrográfica é bastante rica, havendo grande quantidade de rios, córregos e lagoas. Há vários
açudes onde pode ser utilizada a moto‐bomba mini strike e o bambi, no caso de um combate
aéreo.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
42
Os principais rios que cortam o município são: rio Araguaia – porção oeste do município; rio Javaés
– atravessa o município; rio do Coco – porção nordeste do município; rio Pium – separa o
perímetro urbano do rural e; rio Riozinho.
Quadro 30 ‐ Locais para abastecimento de água. Local de abastecimento de água Coordenadas
Rio Pium (final do perímetro urbano em direção aos assentamentos) 10° 25' 22,33'' S 49° 11' 27,78'' O
Córrego Murici 10° 02' 09,02'' S 49° 44' 23,16'' O
Ponte Riozinho 10° 19' 33,51'' S 49° 16' 53,81'' O
Pistas de pouso
Como alternativa para acesso à vasta área de Pium há três pistas de pouso, aeródromos civil,
distribuídos ao longo da região de médio e pequeno porte. O pouso de helicóptero pode ser feito
quase em toda região, principalmente nas áreas antropizadas. No quadro 30 estão listados os
aeródromos privados retirados da base de dados da ANAC. Apesar de não constarem na base de
dado da ANAC, existe pista de pouco na Fazenda Ouro Verde (10° 01' 55,31'' S e 49° 45' 11,49'' O)
e na Fazenda Javaés (10° 03' 52,5'' S e 49° 59' 52,4'' O). Ainda, como forma de se chegar no
extremo norte do Parque Estadual do Cantão, onde se apresentam o maiores focos de incêndio,
há pista de pouso em Caseara, com superfície de asfalto, com 1.400 m de comprimento e 25 m de
largura, cujas coordenadas são 09° 11' 11'' S e 49° 46' 34'' O.
Quadro 31 ‐ Aeródromos no município de Pium (TO).
Nome Coordenadas Comprimento Largura Superfície
Fazenda Boa Ventura 10° 00' 18" S 49° 29' 31" 0 1130 m 20 m Asfalto
Fazenda Vale Verde 09° 57' 40" S 49° 45' 70" 0 1000 m 30 m Cascalho
Fonte: PFT (2013) e ANAC (2013).
Quadro 32 ‐ Pistas de pouso nas proximidades do Parque Nacional do Araguaia.
Local Coordenadas Responsável Telefone
Fazenda Barreira da Cruz 10° 31' 12,48'' S 49° 54' 21,54'' O Adelmo (gerente) (63) 3364‐1740
Fazenda Cacique (antiga Campo Guapo) 10° 52' 47,86'' S 49° 57' 22,16'' O Jorge (gerente) (63) 9948‐4028
Fazenda Diamante 10° 40' 38,77'' S 49° 51' 30,43'' O Ronaldo (gerente) (63) 3364‐1883
Fazenda Dois Rios 10° 48' 52,47'' S 49° 56' 26,78'' O Bardini/Josnei (63) 3364‐1876
Fazenda Imperador 10° 29' 54,17'' S 49° 55' 48,78'' O Daniel (63) 3364‐1423
Fazenda Canaã 10° 34' 19,18'' S 49° 54' 29,73'' O Nelson (63) 9934‐1856
Parque Estadual do Cantão 09° 18' 11,31'' S 49° 56' 50,69'' O NATURATINS (63) 3379‐1438
Fazenda Quatro Irmãos 10° 55' 47,43'' S 49° 56' 53,49'' O Thiago (gerente) (63) 3364‐1118
Pium – TO 10° 26' 45,25'' S 49° 08' 35,23'' O Prefeitura (63) 3368‐1228
Santa Terezinha ‐ MT 10° 28' 01,83'' S 50° 32' 04,83'' O Prefeitura ‐‐
Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013).
Sistemas de comunicação
A concessionária de telefonia fixa e celular em Pium é a operadora Oi. Em algumas localidades
rurais, além de aldeias localizadas no Parque Nacional do Araguaia, existem telefones públicos
operados via satélite pela Oi. O sinal de internet, também fornecido pela Oi, atende parcialmente
a cidade, onde, todos os órgãos públicos têm acesso á rede mundial de computadores.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
43
O principal meio de contato com os brigadistas do Prevfogo é via telefone celular dos membros da
equipe, uma vez que na sede, temporária, não há telefone fixo. Salvo a brigada do ICMBio que
conta com a unidade em Pium. Com exceção dos órgãos situados dentro da área urbana e os
telefones celulares dos representantes das associações, as demais áreas não possuem meios de
comunicação senão eventuais orelhões nas agrovilas dos assentamentos e em algumas fazendas.
O quadro 33, abaixo, consta o contato das principais áreas, empresas e órgãos públicos existentes
no município de Pium (TO).
Atualmente, a unidade do Prevfogo e demais instituições públicas não contam com sistema de
comunicação por rádios portáteis HTe/ou repetidoras.
Quadro 33 ‐ Principais localidades e contatos no município de Pium (TO).
Localidade Coordenadas geográficas Representante Legal /
Responsável Telefone
Prefeitura Municipal de Pium 10° 26' 35,45'' S 49° 10' 47,51'' O Manuel Araújo Palma (63) 3368‐1228
Secretaria de Turismo e Meio Ambiente 10° 26' 35,45'' S 49° 10' 47,51'' O Fernanda Galvão Araújo (63) 3368‐1195
Depart. de Transportes e Obras Públicas ‐‐ ‐‐ (63) 3368‐1228
ICMBio 10° 26' 28,27'' S 49° 10' 20,75'' O Raoni Japiassú Merine
Jesse Rodrigo Rosa
(63) 3368‐1396 (63) 3368‐1566 (63) 8463‐6364
RURALTINS ‐‐ ‐‐ Manuel Ferreira Bringel Diego Matos B. Carneiro
(63) 8445‐6509(63) 8413‐1842 (63) 3368‐1480
ADAPEC 10° 26' 27,00'' S 49° 10' 50,13'' O Cesar Augusto Camargo (63) 3368‐1243
NATURATINS (Regional de Paraíso do Tocantins, unidade de Pium)
‐‐ ‐‐ Rodrigo Rodrigues (63) 3602‐3576
Defesa Civil ‐‐ ‐‐ ‐‐ (63) 3368 ‐1401
CERAD – Centro de Recepção e Administração do Parque Estadual do Cantão
09° 18’ 40,70'' S 49° 57' 34,70'' O Marcos Vinicius Leão (63) 3379‐1184
Parque Estadual do Cantão ‐‐ ‐‐ NATURATINS (63) 3379‐1438
Instituto Ecológica (ONG) ‐‐ ‐‐ Stefano Merlin (63) 3368 ‐1333
Aldeia Boto Velho ‐‐ ‐‐ Wagner Cacique (63) 3368‐1217*
Assoc. dos Peq. e Médios Prod. Rurais de Pium, Morro Preto e Região
10° 28' 44,83'' S 49° 11' 16,87'' O Edivan Cruz Pereira (63) 8472‐7594
Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Macaúba
09° 55' 27,80'' S 49° 59' 14,72'' O Paulo Cesar Pereira da
Costa (63) 8432‐7506
Sede do Assentamento Riozinho (Possível base para brigada)
10° 24' 54,05'' S 49° 29' 03,66'' O ‐‐ ‐‐
Assoc. Miniprodutores do Riozinho 10° 24' 59,28'' S 49° 28' 55,24'' O Raimundo Alves Pereira (63) 8441‐2083 (63) 3368‐1335*
Assoc. dos Lavradores do Assent. Floresta 10° 24' 41,28'' S 49° 11' 27,92'' O Manoel Ramos Aragão (63) 9988‐5371
Assoc. Trabalho, Vida e Prosperidade (PROVI) 10° 24' 35,58'' S 49° 12' 51,61'' O ‐‐ ‐‐
Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Barranco do Mundo
‐‐ ‐‐ Ailton Campos da Silva (63) 8421‐4736
Assentamento Pericatu 10° 16' 21,90'' S 49° 19' 57,18'' O ‐‐ (63) 3354‐2900*
Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Toledo II
09° 56' 33,84'' S 49° 49' 28,88'' O Zuleide Pereira da Silva (63) 8483‐4635 (63) 3348‐1000*
* Telefone público
Fonte: Levantamento de Campo; PFT (2013)
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
44
3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias
Instituído em 30 de junho de 2007, o Programa de Gestão Ambiental Municipal (PGAM) é uma
proposta do governo do Estado, através do NATURATINS que visa buscar uma parceria dos
municípios tocantinenses na proteção integrada do meio ambiente. Visto como um instrumento
de descentralização da Política Estadual do Meio Ambiente, o programa tem como meta fortalecer
institucionalmente os municípios na atuação da gestão ambiental com a criação de uma legislação
municipal ambiental, elaboração de projetos e planos com base na preservação e no uso
sustentável dos recursos naturais.
Esse projeto estará preparando e orientando os municípios para a elaboração e implantação de
uma política de gestão ambiental urbana e rural, com a criação e instalação do SIMMA ‐ Sistema
Municipal de Meio Ambiente. Dentre as atividades do Programa de Gestão Ambiental Municipal
encontra a elaboração da Agenda 21 Local, bem como suas ações procedentes.
No que se refere especificamente a Agenda 21 de Pium o seu processo se iniciou em outubro de
2007, cumprindo‐se as seguintes etapas:
• Encontro de mobilização, sensibilização e divulgação da Agenda 21, envolvendo a
comunidade urbana e rural;
• Oficinas para construção do diagnóstico participativo e do plano local de
desenvolvimento sustentável;
• Reuniões para discussão e pactuação da Agenda 21 Local e plano local de
desenvolvimento sustentável.
O estabelecimento da Agenda 21 Local de Pium teve como fator determinante a criação do Fórum
da Agenda 21 Local do Município por meio do Decreto Municipal n º 077/09, de 26 de outubro de
2009. Dessa forma, após a realização de fóruns e estabelecimento de ações foi assinado entre o
NATURATINS, Governo do Estado e Pium a Agenda 21 local.
Aliado à Agenda 21 Local e com o objetivo de reduzir a incidência de focos de incêndios no
município, por meio de compromissos e ações a serem coordenados e executados pelos diferentes
setores interessados em participar e cooperar nos trabalhos de prevenção e controle dos
incêndios florestais Pium também conta com o Protocolo Municipal de Prevenção e Controle do
Uso do Fogo, assinado em maio de 2013 com vigência até maio de 2015.
O Protocolo é um acordo assinado de maneira voluntária pelos diversos segmentos organizados da
sociedade, com o propósito de nortear os trabalhos de prevenção à ocorrência de queimadas e
incêndios florestais. Na primeira parte deste documento constam as instituições e os setores da
sociedade que participam e apoiam as ações, dentre eles cabe destacar a participação de todas as
associações representativas dos assentamentos e a presença do ICMBio/PARNA do Araguaia.
Ainda, destaca‐se a constituição do grupo de monitoramento das ações previstas no Protocolo,
composto por um representante dos seguintes órgãos: Prefeitura de Pium através da Secretaria de
Turismo e Meio Ambiente, Câmara Municipal, NATURATINS, Órgãos Estaduais e dos Órgãos
Federais existentes no Município, Instituições de Ensino e da Brigada Federal do Prevfogo de
Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Imperioso destacar que a estes órgãos coube,
dentre outras atividades importantes, disponibilizar materiais e equipamentos para o
funcionamento da Brigada do IBAMA/Prevfogo, conforme Termos de Parceria específicos a este
fim.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
45
Embora haja um número significativo de instituições partícipes no Protocolo, há de se considerar a
importância de serem envolvidas outras instituições, órgãos e empresas nas ações previstas. Neste
sentido faz‐se necessário buscar a parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o
Meio Ambiente (DEMA), bem como estabelecer a cooperação com as Fazendas Fartura, Santa Fé e
Três Pinheiros no Estado do Pará, localizadas em frente ao PEC, para a criação de RPPNs, e
desenvolvimento de programas de conservação e ecoturismo nessas unidades.
Apesar de não integrarem oficialmente a lista de pessoas no Protocolo do Fogo as grandes
empresas agropecuárias e proprietários de fazendas são contados como parceiros contribuindo no
suporte às atividades de combate dos incêndios florestais e queimadas. Neste caso pode‐se citar:
Fazenda Javaés Agropecuária, Agropecuária JAM, Fazenda Ouro Verde, Fazenda Casa Branca e a
Fazenda São Manoel, uma vez que apoiam com disponibilização de equipamentos, alojamento e
alimentação. Estas parcerias, mesmo não formalizadas, apoiam as ações das equipes do
Prevfogo/IBAMA bem como outras atividades de prevenção e combate. Por fim, é importante
salientar que existe uma evidente intenção dessas empresas agropecuárias e fazendeiros na
continuidade e manutenção da parceria. No quadro 34 são apresentados o contato e a localização
de algumas fazendas existentes no município de Pium (TO).
Quadro 34 ‐ Fazendas localizadas no município de Pium (TO).
Fazenda Coordenadas geográficas Proprietário / Responsável
Telefone
Agropecuária JAM 10° 00' 59,47'' S 49° 53' 54,08'' O Jani Rietjens (63) 3602‐2380
Fazenda Altamira 09° 56' 26,11'' S 49° 58' 07,74'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Arizona 10° 02' 09,75'' S 49° 44' 20,12'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Brasil Palmeira 10° 01' 53,65'' S 49° 46' 07,53'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Casa Branca 10° 25' 26,20'' S 49° 28' 12,36'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Ouro Verde 10° 01' 55,31'' S 49° 45' 11,49'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Primavera 09° 59' 27,94'' S 49° 51' 40,85'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda São Manoel 09° 51’ 25,00” S 49° 59’ 35,10” O Alano Pereira Piagem ‐‐
Fazenda Terra Bravía 10° 02' 33,05'' S 49° 40' 25,20'' O ‐‐ ‐‐
Fazenda Vera Cruz 09° 58' 42,88'' S 49° 48' 02,09'' O ‐‐ ‐‐
Javaés S.A. Agropecuária (Faz. Ponderosa) 10° 03' 57,32'' S 49° 59' 53,04'' O Adão Jesus da Mata (63) 3535‐1376(63) 3602‐6424
Fonte: PFT (2013)
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
46
4 ‐ COMBATE A INCÊNDIO
4.1 ‐ Sistema de acionamento
Um sistema de acionamento bem definido, organizado, integrado e conhecimento de todos os
envolvidos é fundamental para a otimização dos recursos humanos e materiais, além de evitar
ações sobrepostas e desarticuladas.
Para o acionamento das brigadas, atualmente vem sendo feito por telefonia celular, quando a
brigada tem como base a sede do município. Neste sentido é importante que o número telefônico
do chefe da brigada seja repassado aos diferentes órgãos públicos do município, bem como
divulgado na comunidade.
O Prevfogo adota os formulários de acionamentos, o que é uma ferramenta para padronizar a
oficialização dos pedidos de apoio. Um sistema formal e padronizado de solicitar auxílio do
Prevfogo facilita a administração dos atendimentos e avaliação da real situação do quadro de
incêndios. Tal sistematização não é apenas um meio padronizado de comunicar a emergência e
requerer apoio, mas também de informar os meios disponíveis e recursos financeiros que são de
responsabilidade do requerente.
As brigadas localizadas nas áreas críticas devem ser as responsáveis pela realização dos primeiros combates na sua região; em caso de necessidade de apoio, a coordenação deverá ser acionada. Caso seja necessário, deverão ser acionados os diferentes níveis de combate. Em situações em que o incêndio não pode ser debelado apenas com as brigadas municipais e seus parceiros o chefe de brigada deverá contatar o Coordenador Estadual do Prevfogo (Superintendência). E nos caso que os recursos da Coordenação Estadual não sejam suficientes ainda para controlar o incêndio deverá fazer a comunicação ao Núcleo de Prevenção e Combate (Prevfogo‐Sede), conforme figura 11.
Figura 11 ‐ Fluxograma para o acionamento em diferentes níveis de combate.
STATUS DO INCÊNDIO
CARACTERÍSTICAS QUEM MOBILIZA OS RECURSOS?
ATIVIDADES BÁSICAS
INCIDENTE
NÍVEL 1
INCIDENTE
NÍVEL 2
INCIDENTE
NÍVEL 3
É local rotineiro e de pequenas proporções. Pode ser combatido inicialmente com os recursos da(s) brigada(s) e parceiros no município.
Chefe de Brigada
Acionar brigada;
Informar ao Coordenador Estadual do Prevfogo que, apoiado pelo Gerente do Fogo Estadual passa a acompanhar o incidente;
Confeccionar e enviar o ROI.
O incêndio não pôde ser debelado apenas com os recursos dos
parceiros municipais. Requer articulação de recursos estaduais do IBAMA e demais
entidades envolvidas.
Coordenador Estadual do Prevfogo
Mobilizar recursos do IBAMA no estado;
Acionar instituições parceiras no estado;
Informa ao Prevfogo Sede, que passa a acompanhar o
incidente;
Montar sala de situação simplificada.
Confeccionar e enviar o ROI.
O incêndio não pode ser controlado com os recursos disponíveis até
então. A complexidade da operação requer a mobilização de recursos de entidades de alcance nacional, seja do IBAMA ou demais parceiros.
Núcleo de Operações e
Combate (Sede)
Informar a Diretoria de Proteção Ambiental;
Acionar o NOA;
Acionar Defesa Civil quando couber;
Mobilizar equipe de reforço a partir do Prevfogo Sede;
Mobilizar recursos a partir das unidades do IBAMA;
Montar sala de situação;
Confeccionar e enviar o ROI.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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4.2 ‐ Organização para o combate
A(s) equipe(s) e a(s) brigada(s) do município serão responsáveis pela realização dos primeiros combates dos incêndios florestais e queimadas, em que deverão seguir as instruções repassadas durante a capacitação ministrada pelo Prevfogo. Em caso de necessidade de apoio, a equipe deverá solicitá‐la aos parceiros.
A organização de infraestrutura de apoio ao combate é uma função do Centro de Gerenciamento do Fogo, e no caso do município de Pium (TO) devem ser feitas de forma mais centralizada. Neste sentido, o CGF deverá ser responsável pelas seguintes ações:
Quantificar e qualificar as pessoas disponíveis para as ações de combate aos incêndios florestais;
Organizar e dar condições para que acionamento das brigadas ocorra da maneira mais rápida possível;
Proporcionar condições de transporte e logística necessária para o deslocamento das brigadas;
Providenciar alojamento e alimentação para os combatentes, principalmente quando for necessária a realização de combates distantes da sede municipal;
Manter e disponibilizar uma lista atualizada de brigadistas na região;
Manter e disponibilizar lista atualizada dos recursos existentes na região;
Definir as funções e pessoas responsáveis pelas brigadas;
Definir os responsáveis para solucionar as demandas existentes durante as ações de combate, tais como: manutenção e compra de ferramentas e equipamentos; transporte de combatentes e distribuição de alimentação; fornecimento de água; informações para a imprensa; distribuição e de equipamentos e ferramentas;
Caso exista ampla capacitação das equipes na região, procurar estabelecer já no início do incêndio o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e operar conforme seus preceitos.
4.3 ‐ Desmobilização
Ao término da operação de combate, deverá ser feita a desmobilização, que consiste em:
Recolhimento e manutenção dos materiais e equipamentos envolvidos no combate;
Quando utilizados ferramentas ou equipamentos de terceiros, realizar a devolução aos proprietários;
Avaliar a origem e causa do incêndio;
Preenchimento e envio do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) na página do Prevfogo na Internet: (http://siscom.ibama.gov.br/sisfogo/);
Avaliar e registrar a eficiência do Plano Operativo, sugerindo as complementações ou alterações necessárias;
Avaliar a adoção de medidas que diminuam os impactos negativos do incêndio, por exemplo, plantio de espécies nativas.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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5 ‐ SISFOGO
O SisFogo, Sistema Nacional de Informações sobre Fogo, é um sistema do Prevfogo/Ibama onde é permitido consultar Bancos de Dados Geográficos com informações do ICMBio e do IBAMA. Está disponível na Internet no seguinte endereço: http://siscom.ibama.gov.br /sisfogo/. Ele permite cruzar informações e gerar relatórios sobre controle de material, registro de ocorrência de incêndio, relatório das atividades desenvolvidas pelas brigadas nas Unidades de Conservação Federais.
O SisFogo integra informações e permite a utilização dos dados com segurança e autonomia pelos usuários. O mesmo é dividido em subsistemas os quais serão implementados em etapas. Entre eles está o subsistema Registro de Ocorrência de Incêndios em Unidades de Conservação (já disponível), além de outros necessários à implantação do Sistema. O subsistema “Registro de Ocorrência de Incêndios” permite que os funcionários das Unidades de Conservação, Coordenadores Estaduais do Prevfogo, Gerentes do Fogo de Unidades, Estaduais e de Brigadas Municipais, Corpos de Bombeiros e Defesa Civil preencham relatórios com os dados referentes aos incêndios combatidos em Unidades de Conservação (Federais e Estaduais).
O relatório contém os dados referentes ao incêndio, mapa de área queimada, coordenadas do centroide do incêndio, imagem da área queimada e fotos da área quando houver. O ROI busca principalmente uma melhora qualitativa das informações obtidas (Fonte: manual SisFogo/Prevfogo/IBAMA – Janeiro de 2009).
Desta forma, ao final das atividades de combate e de suma importância a inserção do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) no SisFogo. Poderão ser impressos formulários para preenchimento no campo, que se encontra disponível na página do Prevfogo, para posterior inserção das informações na base de dados online. Estas informações são de extrema importância para que se possam acompanhar as atividades dos brigadistas e, principalmente, nortear as ações futuras.
No município Pium (TO) de 2009 a 2012 totalizaram um total de somente 193 registros. Este valor aparentemente parece estar bem abaixo das ações realizadas pelas brigadas que vem trabalhando no município. Assim é necessário criar mecanismos para todas as ocorrências sejam inseridas nesta base de dados.
Nos dados existentes no SisFogo do município de Pium (TO), grande parte das causas e agente causal são registradas como desconhecidas. Assim é recomendável que os brigadistas sejam instruídos e capacitados para melhorar a qualidade das informações inseridas nesta importante base de dados. Por fim, é recomendável que sejam implementados novos módulos no SisFogo, a fim de se registrar, de forma padronizada, as demais ações exercidas pelas brigadas e não somente os combates, tais como: ronda, educação ambiental, apoio em queima controlada, manutenções, e outras.
Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)
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6 ‐ PESQUISAS
Este tipo de planejamento não tem a pretensão de estabelecer linhas e métodos de pesquisa acerca do tema fogo. No entanto, pode fazer referências às demandas e possibilidades locais neste sentido, buscando respostas a uma série de questões que podem auxiliar na gestão deste tema como:
Índices de risco de incêndios para as condições locais;
Comportamento do fogo e avaliação de técnicas de queima controlada para as condições locais;
Métodos práticos para a quantificação da carga de material combustível nas diferentes fisionomias vegetacionais presentes no município;
Impactos na flora e na fauna do fogo;
Alternativas locais ao uso do fogo, principalmente relacionada a renovação de pastagens;
Tecnologias de combate aplicáveis para as condições locais;
Recuperação de áreas queimadas etc.
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PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PIUM (TO)
MAPA
DATA MUNICÍPIO
ELABORAÇÃO:
PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PIUM (TO)
28/10/2013 PÍUM - TO
MARCOS GIONGO
Localização
Legenda
Parque Nacional do Araguaia
APA Ilha do Bananal Cantão
Parque Estadualdo Cantão
Terra Indígena do Araguaia
!.CASEARA
!.
MIRIANOPÓLIS DOTOCANTINS
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Barreirinha
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Cem Barras!(Barreiro
de Pedra
Dois Irmãos
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Santa Teresinha
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Mato do LagoPreto
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!.ABREULÂNDIA
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2
3
4
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Base de FiscalizaçãoRiozinho - ICMBio
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Casa da PontaNorte - ICMBio
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Santana do Araguaia
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I-Acesso ao Clube dos Pescadores
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I-PRODOESTE
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Sedes municipais
Localidades
1 - Macaúba (6.616,18 ha)2 - Toledo II (1.859,01 ha)3 - Barrando do Mundo (4.833,49 ha)4 - Pericatú (6.748,31 ha)5 - Floresta (2.957,04 ha)6 - Alegria (109,15 ha)
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Ilha do Bananal
Hidrografia
Limite das áreas de UC
Estradas principais
Estradas secundárias
Lagos / Represas
Limites municipais
Limite de Pium (TO)
Assentamentos:
!a!0
F1 - Fazenda AltamiraF2 - Fazenda JanF3 - Fazenda PrimaveraF4 - Fazenda Vera CruzF5 - Fazenda JavaésF6 - Fazenda Brasil PalmeirasF7 - Fazenda Ouro VerdeF8 - Fazenda ArizonaF9 - Fazenda Terra BraviaF10 - Fazenda Casa Branca
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I-
!¾ Fazendas:
Posto de Saúde
Hospital
Local para acampamento
Lago/Represa
Local de Pesca
Aeródromo/Pista de Pouso
Ponto de captação de água
Aldeia
Infraestrutura
Outro
0 10 20 30 405km
AM PA
MTBA
MG
PI
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RS
GO
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TO
SP
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PR
RR
CE
AP
SC
AC PEPB
RJ
RN
ES
ALSE
DF
Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 22)
580.000
580.000
660.000
660.000
8.880.000
8.880.000
8.960.000
8.960.000
PIUM
Santana doAraguaia (PA)
Snt. Terezinha (MT)
Lagoa da ConfusãoCristalândia
Marianópolisdo Tocantins
Divinópolis doTocantins
Mnt. Santodo TO
CasearaAbreulândia
Chap. de Areia