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GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013 DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAISPLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Município de Pium (TO) Foto: Taylor Nunes

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS … · 1.5 ‐ Áreas com maior risco de ... MAPA OPERATIVO (em ... o Roteiro Metodológico para a elaboração de Planos Operativos de

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GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013

DE PREV

ENÇÃO E COMBATE

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ENÇÃO E COMBATE

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CIOS FLORESTA

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ATIVO DE PREV

ENÇÃO E COMBATE

 

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Município de Pium (TO)

Foto: Taylor Nunes 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

equipe técnica 

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA

CENTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS RODRIGO DE MORAES FALLEIRO - CHEFE

NÚCLEO DE INTERAGÊNCIAS E CONTROLE DE QUEIMADAS LARAH STEIL MARIANA SENRA DE OLIVEIRA NÚCLEO DE OPERAÇÕES E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ANA MARIA CANUT CUNHA CLEMILTON FIRMINO DE MACEDO DEVALCINO FRANCISCO DE ARAÚJO GABRIEL CONSTANTINO ZACHARIAS JOSÉ ARRIBAMAR DE CARVALHO

GIZ/AMBERO PHILIPP BUSS ANGELA CORDEIRO

FUNDAÇÃO DE APOIO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO TOCANTINS

COORDENADOR MARCOS GIONGO EQUIPE TÉCNICA ANTONIO CARLOS BATISTA JADER NUNES CACHOEIRA MARCELO RIBEIRO VIOLA MARIA CRISTINA COELHO DAMIANA BEATRIZ DA SILVA ANDRÉ FERREIRA DOS SANTOS ALEXANDRE BEUTLING PATRÍCIA APARECIDA DE SOUZA JESSICA NEPOMUCENO PATRIOTA

 

   

 

SUMÁRIO  APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 1 1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ...................................................................... 2 

1.1 ‐ Caracterização da área ............................................................................... 2 Histórico ......................................................................................................... 2 Informações gerais e localização ...................................................................... 2 Clima............................................................................................................... 3 Uso do solo e vegetação .................................................................................. 4 Hidrografia ...................................................................................................... 5 Relevo ............................................................................................................. 6 Ilha do Bananal ................................................................................................ 6 Povos Indígenas na Ilha do Bananal .................................................................. 7 Situação fundiária ............................................................................................ 7 Conflitos .......................................................................................................... 9 

1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região ............................................... 11 1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios ....................................................... 12 1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção ........................................................... 18 1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios ........................................................ 20 

2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS ..................................................................................... 22 2.1 ‐ Estabelecimento de um centro de gerenciamento de fogo .................... 22 2.2 ‐ Campanhas educativas ............................................................................. 23 2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada ............................................... 26 2.4 ‐ Manejo de combustíveis .......................................................................... 28 2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios ................................ 31 2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios ..................... 31 

3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO ........................................................................... 34 3.1 ‐ Recursos humanos .................................................................................... 34 3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combatentes ........................................ 35 3.3 ‐ Demandas e capacitação .......................................................................... 36 3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos .................................................. 36 3.5 ‐ Facilidades para o combate ...................................................................... 41 3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias .............................. 44 

4 ‐ COMBATE A INCÊNDIO .................................................................................. 46 4.1 ‐ Sistema de acionamento .......................................................................... 46 4.2 ‐ Organização para o combate ................................................................... 47 4.3 ‐ Desmobilização ......................................................................................... 47 

5 ‐ SISFOGO ........................................................................................................... 48 6 ‐ PESQUISAS ....................................................................................................... 49 MAPA OPERATIVO (em anexo) 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS   ADAPEC    Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins 

ADTUR     Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins 

APA    Área de Proteção Ambiental 

APAE    Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais 

APP    Área de Preservação Permanente 

AQC    Autorização de Queima Controlada 

BID    Banco Interamericano de Desenvolvimento 

CERAD    Centro de Recepção e Administração do Parque Estadual do Cantão 

CGF     Centro de Gerenciamento de Fogo 

COEMA    Conselho Estadual do Meio Ambiente 

COMMAP    Conselho Municipal de Meio Ambiente 

DEMA     Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente 

FAPAF    Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco 

FUNAI    Fundação Nacional do Índio  

ha     hectares 

IBAMA    Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 

IBGE     Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 

ICMBio    Instituto Chico Mendes da Biodiversidade 

ICMS    Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 

INCRA    Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 

INMET     Instituto Nacional de Meteorologia 

INPE    Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

KfW    Kreditanstalt für Wiederaufbau 

km    quilômetro 

mm    milímetro 

MODIS    Moderate‐Resolution Imaging Spectroradiometer 

MT    Estado do Mato Grosso 

NATURATINS    Instituto Natureza do Tocantins 

ONG    Organização Não‐Governamental 

 

 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

 

PA    Estado do Pará 

PARNA    Parque Nacional 

PEC    Parque Estadual do Cantão 

PFT    Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins 

PGAM    Programa de Gestão Ambiental Municipal  

PNA    Parque Nacional do Araguaia 

PO    Plano Operativo 

Prevfogo     Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais 

PRODOESTE    Programa de Desenvolvimento do Sudoeste do Tocantins 

PRONAF    Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar 

ROI    Registro de Ocorrência de Incêndio 

RPPN    Reserva Particular de Proteção Natural 

RURALTINS    Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins 

SADT    Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia 

SCI     Sistema de Comando de Incidentes 

SEAGRO    Secretária de Agricultura e Pecuária 

SEPLAN    Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública 

SIMMA    Sistema Municipal de Meio Ambiente 

SIRGAS    Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 

SisFogo     Sistema Nacional de Informações sobre Fogo 

SISNAMA    Sistema Nacional do Meio Ambiente 

TI    Terra Indígena  

TO    Estado do Tocantins 

UC    Unidade de Conservação

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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APRESENTAÇÃO 

O Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do município de Pium (TO) é decorrente do contrato n° VN 204‐147‐13 do Projeto: Manejo do Fogo PN 147 estabelecido entre a  AMBERO  Consulting  GesellschaftmbH  e  a  Fundação  de  Apoio  Científico  e  Tecnológico  do Tocantins  (FAPTO)  que  encontra‐se  no  âmbito  do  Projeto  da  Cooperação  Técnica  Alemã GIZ/AMBERO  “Prevenção,  controle  e  monitoramento  de  queimadas  irregulares  e  incêndios florestais no Cerrado”. 

A  estruturação  do  presente  documento  teve  como  referência  o  Roteiro Metodológico  para  a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de autoria do Prevfogo/IBAMA e as orientações do Termo de Referência, Anexo 1 do contrato. 

 

Neste  documento  todas  as  referências  espaciais  descritas  no  texto  são  apresentadas  em coordenadas  geográficas  (graus, minutos  e  segundos)  no  Sistema  de  Referência  Geodésico SIRGAS 2000, sendo as figuras e mapas no mesmo sistema, porém na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 22).  

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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1 ‐ APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO 

1.1 ‐ Caracterização da área 

Histórico 

Em 1940, quando o cristal de rocha passou a valorizar‐se no mercado internacional, em virtude da 2ª guerra mundial, foram descobertas vastas jazidas de cristais na região. A notícia se espalhou e ocasionou uma migração de garimpeiros para a região,  iniciando‐se a formação do povoado que, receberia o nome de Piaus, atribuído à abundância desse peixe nos rios da região. 

Mais tarde, com o passar do tempo, a população do garimpo foi substituída pela agricultura, pois com o final da segunda guerra mundial, o preço do quartzo hialino (cristal de rocha) despenca na cotação internacional, ocasionando um colapso nos garimpos, obrigando os moradores do vilarejo a  se  dedicarem  a  uma  nova  forma  de  geração  de  renda.  Com  o  início  de  um  novo  ciclo  na economia  o  povoado  de  Piaus  é  favorecido  com  o  crescimento  populacional,  o  que  logo transformaria  sua  história.  Em  06  de  dezembro  de  1949,  por  meio  da  Lei  n°  30  da  Câmara Municipal de Porto Nacional, e pela  Lei do Estado de Goiás n° 740, de 23 de  junho de 1953, o distrito foi emancipado politicamente e desmembrado de Porto Nacional, ganhando a condição de município e com a denominação de Pium. 

Informações gerais e localização 

Pium  é o quarto maior município do  Estado do  Tocantins  com uma  área de  aproximadamente 10.012,66 km² (IBGE, 2010). Está localizado na região centro norte do Bioma Cerrado, microrregião do  rio  Formoso,  distante  120  km  da  capital,  Palmas.  A  sede  municipal  está  localizada  nas coordenadas  geográficas: 10° 26' 33''  S e 49° 10' 56'' O, estando  a uma  altitude média de 249 metros. Possui 6.694 habitantes (IBGE, 2010). O município limita‐se ao noroeste com o Estado do Pará (Santana do Araguaia ‐ PA), a nordeste com Caseara e Marianópolis do Tocantins, ao sul com os municípios de Lagoa da Confusão e Cristalândia, a sudeste com Paraíso do Tocantins, Pugmil e Nova Rosalândia, a  leste com Chapada de Areia e a oeste com o Estado do Mato Grosso  (Santa Terezinha ‐ MT), figura 1. 

 

Fonte: PFT (2013) 

Figura 1 ‐ Localização do município de Pium (TO) (Datum SIRGAS 2000 ‐ fuso 22). 

 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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O município de Pium possui cerca de 33,6 % de sua área (334 mil ha) inseridos nos limites da Área de Proteção Ambiental  Ilha do Bananal/Cantão. Além disso, o município abriga em seu  interior a totalidade da área do Parque Estadual do Cantão, 98,9 mil ha, que representa cerca de 9,9 % da área  total  de  Pium  (TO).  A  região  da  Ilha  do  Bananal  ocupa  uma  área  de  360,58  mil  ha, aproximadamente 36,2 % do município. As demais áreas do município representam 202,89 mil ha, que equivalem a 20,3 % do território do município. 

A  economia de  Pium  está predominantemente baseada na  agropecuária,  com destaque  para  a criação extensiva de bovinos, com predominância da pecuária de corte. Também estão presentes os  cultivos de  subsistência,  como  arroz, mandioca  e milho. O município de Pium  está  inserido, segundo  Zoneamento  Ecológico  Econômico  do  Estado  do  Tocantins,  nas  regiões  ecológicas denominadas Planície do Araguaia e Depressão de Caseara e Sandolândia. 

Clima 

De acordo com a classificação climática de Thornthwaite, o município de Pium apresenta os tipos climáticos  B1wA’a’  e  C2wA’a’’.  A  região  B1wA’a’  caracteriza‐se  como  um  clima  úmido  com moderada deficiência hídrica no inverno, evapotranspiração potencial apresentando uma variação média anual entre 1.400 e 1.700 mm, distribuindo‐se no verão em  torno de 390 e 480 mm ao longo  dos  três meses  consecutivos  com  temperatura mais  elevada  (SEPLAN,  2012).  Esta  região climática abrange toda a região da Ilha do Bananal.  

As  áreas do município  externas  a  Ilha do Bananal,  são  classificadas  como uma  região  climática C2wA’a’’. Esta região climática tem como característica um clima úmido subúmido com moderada deficiência  hídrica  no  inverno,  evapotranspiração  potencial  média  anual  de  1.500  mm, distribuindo‐se  no  verão  em  torno  de  420  mm  ao  longo  dos  três  meses  consecutivos  com temperatura mais elevada. 

Na  figura  2  esta  apresentada  a  variação  temporal  dos  principais  elementos  monitorados  na Estação Meteorológica Automática de Superfície do  Instituto Nacional de Meteorologia  (INMET) localizada no município de Formoso do Araguaia, tendo como base os dados do período de maio‐2008 a julho‐2012. Nesta figura podemos observar que a partir do mês de abril a umidade relativa do ar sofre forte declínio, e que se estende até os meses de agosto/setembro, aproximadamente. Observa‐se,  para  o mesmo  período,  que  a  velocidade  do  vento  apresenta  um  comportamento inverso ao da umidade relativa do ar, atingindo os valores máximos no mês de agosto. O período seco do município se caracteriza intensivamente durante o período de junho a agosto. 

 

 Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013) 

Figura 2 ‐ Dados climáticos médios da estação meteorológica de Formoso do Araguaia durante o período de maio‐2008 a julho‐2012. 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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Uso do solo e vegetação 

O uso do  solo e a vegetação do município de Pium apresentam  três  regiões bastante distintas, sendo: i) a região pertencente a Ilha do Bananal (Parque Nacional do Araguaia e Terra Indígena); ii) região  do  Parque  Estadual  do  Cantão  e  iii)  demais  áreas  do município  de  Pium. Nas  áreas  do município  externas  à  Ilha  do  Bananal  e  do  Parque  Estadual  do  Cantão  (iii),  26,2 %  das  áreas apresentam alto grau de antropização (áreas urbanizadas e atividades agropecuárias); as demais áreas,  73,8  %,  apresentam  cobertura  vegetal  ou  corpos  d’água  com  um  menor  grau  de antropozição. Observa‐se na tabela 1, que o segundo principal uso do solo da região (área  iii) se refere à atividade agropecuária que  representa 23,24 % desta área. Quando  consideramos esta atividade na totalidade do município observamos que esta classe de uso do solo representa 17,4 % de sua área total. As formações vegetacionais com maior representatividade são: Cerrado Sentido Restrito e o Parque Cerrado que representam, respectivamente: 27,31 e 22,79 % desta porção do município (iii). 

Nas  áreas  da  Ilha  do Bananal  as  áreas  de  agropecuária  representam  cerca  de  0,3 %  da  ilha. A principal  tipologia  presente  é  o  Parque  Cerrado  que  representam  69,18 %,  com  uma  área  de aproximadamente  249,46 mil  hectares. Outra  formação  vegetacional  presente  são  as  áreas  de Floresta  Estacional  Semidecidual  Aluvial  que  representam  23,7  %  (85,45 mil  ha)  desta  região (Tabela 1 e Figura 3).  

Tabela 1 ‐ Uso do solo do município de Pium (TO) em 2007 (1.000 ha). Tipologia  APA  %  PEC  %  PNA  %  TIA  %  DM  %  PIUM  % 

Área Urbanizada  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  0,09  0,04  0,09  0,01 

Agropecuária  121,59  36,31  4,17  4,21  0,67  0,22  0,41  0,81  47,15  23,24  173,99  17,45 

Campo  2,24  0,67  0,00  0,00  ‐  ‐  ‐  ‐  5,78  2,85  8,02  0,80 

Campo Rupestre  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  0,24  0,12  0,24  0,02 

Capoeira  1,34  0,40  1,02  1,03  8,38  2,70  0,92  1,82  2,10  1,03  13,75  1,38 

Cerrado Sentido Restrito  108,06  32,27  ‐  ‐  1,62  0,52  ‐  ‐  55,41  27,31  165,08  16,55 

Cerradão  25,55  7,63  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  6,38  3,15  31,93  3,20 

Corpos d'água   4,79  1,43  8,58  8,67  10,03  3,23  1,82  3,62  3,25  1,60  28,48  2,86 

Cultura Temporária  0,23  0,07  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  6,01  2,96  6,24  0,63 

Floresta Est. Sem. Aluvial  21,23  6,34  83,79  84,72  78,45  25,29  7,01  13,90  14,93  7,36  205,41  20,60 

Mata de Galeria  19,31  5,77  ‐  ‐  0,03  0,01  ‐  ‐  14,57  7,18  33,91  3,40 

Parque de Cerrado  30,35  9,06  0,03  0,03  209,57  67,57  39,89  79,10  46,24  22,79  326,07  32,70 

Praia e Duna  0,18  0,05  1,32  1,33  1,43  0,46  0,38  0,75  0,73  0,36  4,03  0,40 

TOTAL  334,87  100,0  98,90  100,0  310,16  100,0  50,43  100,0  202,89  100,0  997,25  100,0 

Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) Legenda: APA – Área de Proteção Ambiental da Ilha do Bananal/Cantão; PEC  ‐ Parque Estadual do Cantão; PNA  ‐ Parque Nacional do Araguaia; TIA ‐ Terra Indígena do Araguaia e DM ‐ Demais áreas do município. 

A  região  que  compreende  o  Parque  Estadual  do  Cantão  (PEC)  é  uma  ampla  planície  aluvial composta  em  sua maioria  por  areias  quartzosas,  sedimentos  depositados  pelos  rios  Javaés  e Araguaia  apresentando  como  principal  tipologia  vegetacional  as  áreas  com  Floresta  Estacional Semidecidual  Aluvial,  que  representam  cerca  de  84,72 %  (98,9 mil  hectares)  da  área  total  do Parque. Nas  áreas mais  elevadas  do  PEC,  localmente  denominado  "torrões",  encontram‐se  nas áreas das margens dos rios e em áreas onde há muita deposição de sedimentos. Nestas áreas, são presentes  as  áreas  com  Floresta  Estacional  Semidecidual  Aluvial.  A  distribuição  dessas  áreas florestais não se apresenta de maneira uniforme, mas sim concentrada nos terrenos mais antigos do PEC, em que raramente são atingidas pela cheia. As atividades agropecuárias são presentes na região norte do Parque  Estadual do Cantão  e  representam 4,21 % da  área  total do Parque. As áreas do PEC e da Ilha do Bananal apresentam inúmeras áreas de veredas, ipucas e com marcante influência de formações florestais amazônicas. 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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A  região  do  município  abrangida  pela  Área  de  Proteção  Ambiental  (APA)  da  Ilha  do Bananal/Cantão apresenta como principal uso do solo as áreas destinadas a agropecuária, em que representam  36,31  %  (121,59  mil  ha)  desta  região.  Na  APA  a  formação  vegetacional  mais representativa são as áreas de Cerrado Sentido Restrito, em que ocupam uma área de 108,06 mil ha  (32,37 % da APA).  São  também presentes outras  formações,  tais  como: Parque de Cerrado, Cerradão e Mata de Galeria em que, respectivamente, representam 9,06, 7,63 e 5,77 % da APA. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

Figura 3 ‐  Vegetação e uso do solo no município de Pium (TO) (Base 2007 ‐ Landsat). 

Hidrografia 

O  Estado  do  Tocantins  é  dividido  em  dois  grandes  sistemas  hidrográficos:  rio  Araguaia  e  rio Tocantins, que abrangem  respectivamente 37,7 e 62,3 % de seu  território. O município de Pium encontra‐se, em quase toda sua totalidade, no sistema hidrográfico do rio Araguaia. No município de Pium, apenas a porções da Bacia do Ribeirão dos Mangues pertence ao sistema hidrográfico do rio Tocantins, ocupando uma área de 32,72 km² que representa 0,33 % do território municipal. De acordo com a divisão hidrográfica estadual, inserem‐se no município cinco importantes sub‐bacias do rio Araguaia: i) bacia do rio Pium; ii) bacia do rio do Côco; iii) bacia do rio Javaés, iv) bacia do rio Riozinho e v) bacia do rio Araguaia. As bacias do rio Riozinho e do Araguaia localizam na região da Ilha do Bananal e as outras bacias encontram‐se localizadas nas demais áreas do município (Tabela 2). Ainda são presentes, pequenas áreas, das bacias do Ribeirão dos Mangues e do rio Formoso, esta última, é localizada na porção sul da parte leste do município.  

 

 

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A rede hidrográfica é formada principalmente pelos rios Pium, Riozinho, Água Verde, Douradinho, do Coco,  Javaés, Araguaia e outros,  além de  inúmeras  lagoas naturais,  como  Lagoa do Arroizal (Fazenda  JAM),  Lagoa Bonita,  Lagoa Feia,  Lagoa Azule  Lagoa Grande  (Fazenda  Javaés)  Lagoa de Pedra e Lagoa Formosa (Fazenda Formosinha). 

Tabela 2 ‐ Bacias e sub‐bacias hidrográficas presentes no município de Pium (TO). 

Bacia hidrográfica Área (km²) 

% do município 

Localização 

1 ‐ Bacia do Ribeirão dos Mangues  32,72  0,33 

2 ‐ Bacia do rio Pium  3.266,46  32,75 

3 ‐ Bacia do rio do Coco  1.801,57  18,07 

4 ‐Bacia do rio Javaés  1.115,49  11,19 

5 ‐ Bacia do rio Riozinho  1.772,78  17,78 

6 ‐ Bacia do rio Araguaia  1.982,77  19,88 

Bacia do rio Formoso  72,01  0,01 

TOTAL  9.972,51  100,0 

Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 

Relevo 

O  relevo  predominante  na  região  de  Pium  é  formado  por  áreas  de  planícies  com  declividade menor que 5 % (44,2% do município), algumas áreas apresentam declividades entre 5 a 10% (5,36 %  do município). Outras  áreas  (50,4 %  do município)  apresentam  em  sua maioria  declividades inferiores a 5 % com a presença de algumas áreas com declividade de 5 a 10 %. 

Existem  também algumas áreas que apresentam maiores declividades, com declividade de 30 a 45%, mas  estas  representam  em  sua  totalidade  cerca de 0,05 % do município. As  regiões  com maior declividade encontram‐se em sua maioria na porção leste do município. 

Ilha do Bananal 

A Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 mil km² de extensão (1.916.225 hectares),  cercada pelos  rios Araguaia e  Javaés.  Localiza‐se no Estado de Tocantins, próximo às fronteiras dos estados de Goiás, Mato Grosso e Pará. No município de Pium, a  Ilha do Bananal representa uma área de 3.605,83 km². Abriga ao norte o Parque Nacional do Araguaia e, ao sul, duas reservas indígenas: Karajás e Javaés. O rio Araguaia corresponde ao limite noroeste da Ilha. O rio  Javaés  ou  braço menor  do  Araguaia  constitui‐se  no  limite  leste  da  Ilha,  recebendo  como afluentes  pela  sua margem  esquerda  os  rios  que  nascem  dentro  da  Ilha,  tais  como,  o Diderô, Barreiro, Aruari e Riozinho que é formado pelo rio Randi‐toró. Este tem suas nascentes na Mata do Mamão no centro da Ilha do Bananal.  

Do ponto de  vista da divisão político‐territorial  relacionada à municipalidade, a área da  Ilha do Bananal  está  inserida  em  três municípios  do  Estado  Tocantins,  que  são:  Formoso  do Araguaia, Lagoa  da  Confusão  e  Pium.  Por  causa  disso,  as  Prefeituras  municipais  são  beneficiadas  pelo repasse de recursos específicos do Governo Estadual como uma forma de compensação pela Ilha do Bananal. 

Característica marcante da drenagem da Ilha do Bananal e seu entorno são as numerosas “ipucas” (formações vegetacionais características da região central da bacia do Araguaia), que na época das cheias fazem a ligação entre os vários rios e córregos. Nesta mesma época os rios deixam seu leito 

 

 

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normal e provocam  inundação por toda  Ilha, sendo mesmo possível em alguns  locais percorrê‐la de barco no sentido transversal. O ano na Ilha do Bananal pode ser dividido pelos períodos da seca e da chuva, sendo que o primeiro período tem seu ápice nos meses de agosto e setembro, e, outro período, nos meses de janeiro e fevereiro, época das cheias no rio Araguaia. 

Povos Indígenas na Ilha do Bananal 

Atualmente, a  Ilha do Bananal está dividida administrativamente e  juridicamente em duas áreas indígenas e uma Unidade de Conservação, que são: Parque  Indígena do Araguaia, ao sul  (criado em  1971),  Terra  Indígena  Inawébohonã  (criada  em  2006)  e o Parque Nacional do Araguaia, na porção norte (criado em 1959). A área do Parque Nacional do Araguaia está sobreposta pela Terra Indígena  Inawébohonã.  Por  isso,  o  Governo  Federal  está  fortemente  presente  na  gestão administrativa dessa área. Segundo dados do IBGE (2010) a população total indígena no município de Pium é de 613 indígenas, sendo cerca de 610 destes apresentam domicílio em área urbana. 

Historicamente, do ponto de  vista da  cultura  indígena dos Karajá‐Javaé,  a  Ilha do Bananal está dividida territorialmente de forma diferente à divisão político‐administrativa. As aldeias da Ilha do Bananal atuais estão organizadas de  tal  forma que se podem diferenciar no espaço esses  índios que compõem a família lingüística Karajá, classificada genericamente no tronco linguístico Macro‐Jê. As  aldeias  Karajá  estão  localizadas  às margens do  rio Araguaia,  na  porção  oeste  da  Ilha  do Bananal. Os Javaés, tradicionalmente, ocupavam a parte oriental da Ilha do Bananal, em ambas as margens do rio Javaés (ou braço menor do Araguaia) e os rios e lagos das margens oeste e leste do rio  Javaés.  Atualmente  ocupam  apenas  aldeias  interioranas  da  Ilha,  dispostas  ao  longo  do  rio Javaés e do Riozinho.  

A separação entre o território Karajá e Javaé, dentro da Ilha do Bananal, é feita pelos rios Jaburu e Riozinho, que cortam a Ilha pelo meio, em sentido longitudinal. À oeste de ambos os rios, situa‐se o território Karajá; o território Javaé corresponde às terras localizadas à leste do Jaburu e Riozinho.  

Das  doze  aldeias  dos  índios  Javaés,  onze  aldeias  (Waritaxi,  São  João,  Wari‐Wari,  Canoanã, Cachoeirinha, Barreira Branca, Boa Esperança, Txiodé, Barra do Rio Verde, Txuiri e Boto Velho) estão posicionadas às margens do rio  Javaés  (braço menor do rio Araguaia) e apenas uma delas (Aldeia Imotxi) fica posicionada às margens do Riozinho no interior da Ilha do Bananal. Somente as aldeias Boto Velho, Wari‐Wari e Txiodé estão localizadas na Terra Indígena Inawébohonã, todas as demais se localizam no Parque Indígena do Araguaia. 

A aldeia Canoanã é a mais antiga de todas as aldeias recentes do subgrupo  Javaé. Ela surgiu, na década  de  1950,  a  partir  de  conflitos  entre  os  índios  e  alguns  proprietários  rurais.  Assim, integrantes do subgrupo Javaé agruparam‐se à 2 km, rio acima, da sede da fazenda da Fundação Bradesco,  local  que  se  estabeleceram  a  aldeia  Canoanã.  Vale  lembrar  que  nesse  local anteriormente existiu a extinta aldeia Kanoanõ. Em 2005, a aldeia Canoanã possuía 60  famílias com aproximadamente 308 habitantes, em sua maioria do subgrupo Javaé (cerca de 272 pessoas).  

Situação fundiária 

As áreas cadastradas na base de dados no INCRA, do município de Pium, somam um total de 442,4 mil ha. No município de Pium a maior parte das propriedades apresenta uma área  inferior a 500 ha. Estas propriedades representam cerca de 68% do total das propriedade cadastradas na base de dados do INCRA (Tabela 3). 

 

 

 

 

 

 

 

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Tabela 3 ‐ Estrutura fundiária do município de Pium (TO). 

Classe de áreas das propriedades (ha) 

Número de propriedade  % Área total dos imóveis 

(ha) % 

< 501  544  68,1  119.172  26,9 

501 a 1000  143  17,9  100.704  22,8 

1001 a 1500  52  6,5  62.915  14,2 

1501 a 2000  23  2,9  41.329  9,3 

2001 a 2500  11  1,4  24.271  5,5 

2501 a 3000  8  1,0  21.906  5,0 

3001 a 3500  6  0,8  19.566  4,4 

> 3501  12  1,5  52.611  11,9 

TOTAL  799  100  442.474  100,0 

Fonte: PFT adaptado do INCRA (2013)  

As  áreas  de  assentamento  no município  de  Pium  representam  um  total  de  21,9 mil  ha,  que representa cerca de 2,2 % da área do município e de 4 % quando analisamos a área do município excluindo a região da Ilha do Bananal e do Parque Estadual do Cantão (Figura 4). Na tabela 4 são apresentados  os  principais  assentamentos  presentes  no  município  de  Pium,  bem  como  os assentamentos próximos aos limites municipais. De forma geral, a principal atividade desenvolvida nos assentamentos é a pecuária e em paralelo as famílias têm pequenas roças para subsistência e comércio na região. Nas propriedades, também se desenvolvem outras atividades produtivas onde se destacam as culturas de arroz, mandioca e milho. 

Tabela 4 ‐ Assentamentos existentes no município de Pium (TO) e em suas proximidades. 

N°  Assentamento Data de criação 

N° de família 

Município Área total

(ha) 

1  Alegria  21/12/98  11  Pium   109,52 

2  Floresta  26/11/99  52  Pium  2.966,01 

3  Pericatu  19/05/98  89  Pium  5.449,33 

4  Barranco do Mundo  19/05/98  89  Pium  4.846,43 

5  Toledo II  24/08/98  30  Pium  1.863,82 

6  Macaúba  11/10/06  114  Pium  6.632,25 

7  Manchete  14/12/98  381  Marianópolis do Tocantins  24.601,86 

8  Onalício Barros  22/11/06  134  Caseara  7.596,19 

9  Presidente  23/03/88  327  Santa Teresinha‐MS  39.500,40 

10  São Francisco de Assis  20/08/08  57  Cristalândia  2.545,97 

11  Cristal  27/07/99  60  Cristalândia  3.853,88 

12  Virgínia  21/08/08  42  Cristalândia  1.716,79 

ÁREA TOTAL  97.828,57 

ÁREA NO MUNICÍPIO DE PIUM  21.867,36 

Fonte: Levantamento de campo do PFT (2013) e INCRA (2013)  

Os  pequenos  agricultores  familiares  da  Região  se  utilizam  de  um  sistema  de  produção  de subsistência de baixo nível tecnológico e baixa produtividade, o que os torna totalmente expostos aos riscos climáticos e econômicos e acaba afetando a capacidade produtiva dos mesmos. Quanto à estrutura fundiária do Município, existem comunidades de pequenos agricultores tradicionais e projetos de  assentamentos de  reforma  agrária,  sendo que  a maioria das  grandes propriedades 

 

 

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possui os solos mais aptos às atividades agrícolas, ficando as pequenas propriedades com os solos de baixa fertilidade natural, menos aptos à maioria dos cultivos (Saboya et al., 2007). 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INCRA (2013) 

Figura 4 ‐ Localização dos assentamentos rurais no município de Pium (TO) e de suas proximidades. 

Conflitos 

No que tange aos conflitos de uso do solo em Pium, pode‐se considerar que, de maneira geral, não há graves ocorrências desse tipo de ocorrência. Em síntese, as problemáticas estão relacionadas nos eixos descritos sequencialmente. 

Sobreposição de áreas: o município de Pium vive uma situação diferenciada de  todos os outros municípios do estado: abriga em  sua área  três diferentes unidades de conservação,  sendo duas estaduais  (APA  Ilha  do  Bananal‐Cantão,  menos  restritiva  em  relação  ao  uso  da  terra,  pois  é categoria de UC de uso múltiplo; e o Parque Estadual do Cantão – PEC, unidade de conservação de proteção integral dos recursos naturais, o que implica em uma série de restrições ao uso da terra e na desapropriação) e uma federal (Parque Nacional do Araguaia – categoria de proteção integral). Há uma parte do município que não pertence a nenhuma dessas unidades, embora, como entorno imediato de UCs, sofra do mesmo modo algumas restrições ao uso da terra. 

 

 

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Com 55,12% de sua área contida dentro do município de Pium, abrangendo o total de 308.253 ha da cidade, a gestão ambiental do Parque Nacional do Araguaia  (PARNA), criado pelo Decreto nº 84.844, de 24 de  junho de 1980, é um dos  fatores problemáticos. A dificuldade consiste porque esta  área  também  abriga  duas  Terras  Indígenas:  a)  a  Terra  Indígena  Inãwébohona  (que compreende uma área de 364.356 hectares e engloba três aldeias indígenas da etnia Javaé: aldeia Javaé Boto Velho, aldeia  Javaé Txuodé ou Txiodé e aldeia  Javaé Waotyna),  criada pelo Decreto Presidencial s/nº, de 18 de abril de 2006, sendo que este decreto, que homologa a demarcação administrativa, atesta que "o Parque Nacional do Araguaia é bem público da União submetido a regime  jurídico de dupla afetação, destinado à preservação do meio ambiente e à realização dos direitos constitucionais dos índios e; b) a Terra Indígena Utaria Wyhyna/IròduIràna, declarada pela Justiça como de posse permanente dos povos Karajá e  Javaé, mesmo sem a presença destes na área atualmente. A terra indígena em questão fica em uma área de 177 mil hectares ao norte da Ilha do Bananal, segundo a Funai, e será estabelecida de forma contínua a outras duas reservas já regularizadas: a TI Inawébohona e o Parque do Araguaia. Ainda, a terra indígena se sobreporá ao território  atual  do  Parque  Nacional  do  Araguaia,  unidade  de  conservação  administrada  pelo ICMBio. Por esse motivo, a região já está totalmente desocupada de não‐índios, desde 2005. Devido à presença  indígena em  terras do parque, um conflito de  interesses  foi gerado quanto à sobrevivência  e o desenvolvimento das populações de  índios  e  a manutenção da unidade  com restrições de uso de recursos naturais. Em junho deste ano, indígenas e representantes da FUNAI realizaram  reuniões  com  o  ICMBio  e  o Ministério  Público  Federal  no  Tocantins,  para  expor  a necessidade de desenvolvimento de atividades produtivas e de geração de renda nas aldeias. Foi citado  o  processo  que  levaria  à  elaboração  do  acordo  de  pesca,  idealizado  para  propiciar rendimentos para as comunidades, e  sugerida a  realização de um  zoneamento dos usos que os índios fazem do território. A pesca predatória é um das principais causas de atrito entre os índios e os agentes do ICMBio. 

Presença de agricultores no norte do Parque Estadual do Cantão  (PEC): o PEC  também é uma unidade de conservação de proteção integral criado pelo Decreto nº 996, de 14 de julho de 1998. Sua área é de 90.017,89 hectares inseridos 100% dentro do município de Pium. Porém, a questão de sua desapropriação ainda não está totalmente definida. A despeito de ter sido criado em 1998 com motivação  eminentemente  conservacionista,  o  processo  de  desapropriação  de  suas  terras encontram‐se em andamento e, ainda, observa‐se a exploração direta em seu  interior,  fato que pode  estar  contribuindo  para  índice  de  queimadas.  A  exploração  baseia‐se  praticamente  nas atividades  dos  torrãozeiros,  usuários  que  exploram  seus  recursos  naturais  correspondendo  a agricultores  sazonais.  Os  torrãozeiros  são  assim  chamados  por  ocuparem  tradicionalmente  os torrões (áreas no interior do Parque não inundáveis na época das cheias e que propiciam o seu uso independente do regime de chuvas). Os  torrãozeiros não possuem nenhum direito  legal sobre a terra,  entretanto,  como  ainda  aguardam  uma  solução  definitiva  por  parte  do  NATURATINS, realizam  plantios  de  arroz,  feijão  e mandioca  em  área  antropizadas  antes  da  demarcação  do Parque. Boulanger  et  al.  (2009),  em  trabalho  sobre  “levantamento  social  e  ambiental  sobre  os torrãozeiros da unidade de conservação parque estadual do cantão”, na sua pesquisa de campo a fim  de  saber  se  as  famílias  que  estão  nos  torrões pretendem  sair  percebeu  que  a maioria  das famílias que vivem destas áreas estão ali por que necessitam, sendo assim 73 % das famílias não pretendem deixar o local, outros 18 % sairiam apenas mediante indenização, e 9% afirmaram que sairiam sim do torrão.  

Nas Unidades de Conservação de Proteção  Integral de Pium  (PARNA, PEC e Terras  Indígenas) os índios  possuem  criações  de  gado mantidas  para  subsistência.  No  entanto,  não  há  relatos  de arrendamento de áreas de pastagens pelos  indígenas aos não  índios, porém, persiste o uso do fogo como ferramenta para renovação das pastagens, bem como para abertura de novas áreas.  

Lixão:  em  Pium  os  resíduos  sólidos  residenciais  são  depositados  a  céu  aberto  em  área  do município.  Como  não  há  aterro  sanitário,  constantemente,  o  lixo  é  queimado.  Apesar  desta 

 

 

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problemática obteve‐se a informação de que a Prefeitura já dispõe de um projeto para a limpeza desta área e criação do aterro sanitário. 

Ocupação irregular de lotes dos assentamentos: os assentamentos em Pium possuem problemas com  a  ocupação  irregular  dos  lotes  provenientes  da  desapropriação.  Apesar  de  que  em  sua maioria  todas as áreas estão com as  famílias devidamente assentadas cumprindo com a  função social  da  propriedade  ainda  persistem  áreas  que  não  estão  ocupados  pela  respectiva  família beneficiada demandando maiores ações de fiscalização e acompanhamento por parte do  INCRA‐TO. 

PRODOESTE:  apesar  de  não  ser  exatamente  um  conflito  a  execução  do  Programa  de Desenvolvimento do Sudoeste do Tocantins (PRODOESTE) tem trazido para a região de Pium uma grande  expectativa  de  mudança  tanto  no  aspecto  econômico‐social  quanto  em  relação  aos impactos  previstos  na  implantação  deste  programa  aliado  à  especulação  imobiliária  já  que  os imóveis rurais têm apresentado aumento no valor da área. 

Idealizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, o  PRODOESTE  visa  fomentar  o  desenvolvimento  da  região  Sudoeste,  baseado  no  incentivo  da utilização  das  potencialidades  regionais  através  da  irrigação  e  na  promoção  da  preservação ambiental,  abrangendo  14 municípios  do  sudoeste  tocantinense. O  projeto  será  executado  em duas  etapas  de  cinco  anos  cada,  e  prevê  a  aplicação  de  300  milhões  de  dólares,  que  serão financiados pelo Banco  Interamericano de Desenvolvimento  (BID) com contrapartida de 40% do governo do Tocantins. 

A  1ª  Etapa  do  PRODOESTE  envolve  o  aproveitamento  hidroagrícola  das  bacias  dos  rios  Pium  e Riozinho e prevê a implantação de duas barragens de acumulação, e seis barragens autovertentes de elevação do nível de água, visando permitir sua captação pelos produtores. Visando contemplar 27 mil hectares beneficiados com subirrigação, o projeto prevê a ampliação em duas vezes e meia a  capacidade produtiva da  região. Ao  final de  todas  as etapas  serão 300 mil hectares de  áreas irrigadas. O projeto vai abranger, principalmente, os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Dueré, Pium e Cristalândia. No período de implantação, o programa deverá gerar cerca de quatro mil empregos diretos. A primeira etapa da obra, através do PRODOESTE, com recursos de U$ 99 milhões do BID,  já dispõe do projeto básico e até o  fim do ano deve  ter concluído os estudos em torno do projeto executivo relacionados à infraestrutura hídrica da primeira etapa. 

Para a  redução dos  impactos ambientais o PRODOESTE  financiará obras complementares para a melhoria  de  65  km  da malha  viária  vicinal  nas  áreas  produtivas,  facilitando  o  transporte  dos produtos e  insumos agrícolas, bem como  investimentos em  saneamento para 14 mil habitantes dos municípios de Pium,  Lagoa da Confusão  e Cristalândia. A previsão  é que, no  final de  cinco anos, 90% da população das três localidades tenham acesso à rede de água ‐ atualmente o índice é de  38%  dos  habitantes  ‐  e  de  esgoto  ‐  diante  do  pouco mais  de  1%  de  hoje.  Também  serão financiadas pesquisa e capacitação, com o objetivo de melhorar as técnicas de irrigação e cultivo, com  planos  de  negócio  e  informações  para  investidores.  Além  disso,  parte  dos  recursos  será destinada  a  reduzir  os  impactos  ambientais  e  fortalecer  os  organismos  ambientais  locais  e entidades municipais. Em Pium a área fica  localizado próximo as coordenadas 10° 25' 45,05'' S e 49° 15' 42,14'' O. 

1.2 ‐ Ações de prevenção e combate na região 

As ações de prevenção em Pium são realizadas por meio de algumas atividades desenvolvidas por instituições como o  ICMBio e a equipe do Prevfogo/IBAMA, bem como pela Prefeitura conforme ações estabelecidas no Protocolo do Fogo. As ações de prevenção são intensificadas nas áreas que compreendem o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Estadual do Cantão. Dentre estas ações destaca‐se o estreitamento das relações entre estes Parques, por meio do ICMBio e NATURATINS, respectivamente, e as comunidades tradicionais,  indígenas e residentes que permanecem nestas 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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áreas.  Este  entendimento  tem  permitido  que  os  brigadistas  e  os  fiscais  acompanhem  nas atividades  tanto  fiscalizatórias  como  nas  de  queima  controlada,  bem  como  a  introdução  de informações  quanto  ao  tema  queimada,  suas  implicações  e  sobre  atividades  quanto  a  pesca  e turismo. 

Como  força  tarefa na prevenção e  combate a  incêndios, o Prevfogo/IBAMA  contrata brigada e, para 2013, até o momento do  levantamento dos dados em  campo, haviam  realizado a  seleção para posterior contratação de 28 brigadistas, sendo 1 Chefe de Brigada e 4 Chefes de Esquadrão para atuarem por um período de cinco meses. Ainda,  tendo em vista que parte considerável da área do município está sobreposta com a área do PARNA do Araguaia o ICMBio também contrata brigadas  e, para  este  ano  estão  com  15 brigadistas  contratados  sendo  4 Chefes de  Esquadrão. Ainda, o  ICMBio mantém duas brigadas  indígenas contratados para  trabalharem: uma na Aldeia Boto Velho, no município de Lagoa da Confusão e, uma nas Aldeias Macaúba, Utaria e Ibutuna, no município de Santa Teresinha no estado de Mato Grosso, ambas compostas com 6 brigadistas. 

Ainda, como parte das ações de prevenção e apoio no combate o ICMBio tem realizado a roçagem e a desobstrução de estradas de acesso às aldeias dentro do Parque, bem como a confecção de aceiros negros dentro da área do Parque. Além de servirem como barreiras na eventualidade de um  incêndio  os  aceiros  facilitam  no  combate  onde,  dependendo  da  situação  é  realizado  o contrafogo para impedir seu avanço. 

1.3 ‐ Histórico da ocorrência de incêndios 

Com base nos dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por satélite do INPE foram obtidas  informações dos focos de calor nos últimos 5 anos do município de Pium. Para as análises apresentadas neste trabalho foram utilizados somente os dados do satélite de referência (AQUA_M‐T), que mesmos  indicando uma  fração do número  real de  focos é mais  indicado para analisar as tendências espaciais e temporais dos focos, tendo em vista que são utilizados o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos. Na figura 5 se observa o histórico dos  focos  de  calor  de  2008  a  2012,  em  que  a  média  no  período  avaliado  foi  de  432  focos (AQUA_M‐T)  ao  ano. Os  anos  de  2010  e  2012  apresentaram  valores  acima  da média  em  que, respectivamente, 895 e 735 focos de calor. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) 

Figura 5 ‐ Número de focos de calor anuais no município de Pium (TO) do sensor AQUA_M‐T durante o período de 2008 a 2012. 

Quando avaliados espacialmente os focos de calor do AQUA_M‐T, observa‐se uma frequência na sua  distribuição,  sendo  que,  a  região  da  Ilha  do  Bananal  apresenta  uma  grande  parte  das concentrações de focos. Na figura 6 está apresentada a distribuição dos focos de calor durante o período de 2008 a 2012, onde se observa que em média 45,3 % dos focos ocorreram na região da Ilha do Bananal. Na figura 6 também observamos que em 2009 ocorreu uma grande quantidade de 

101 109

895

321

735

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

2008 2009 2010 2011 2012

Número de focos de calor 

Média no período

 

 

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focos  na  região  do  Parque  Estadual  do  Cantão  (PEC),  este  estão  concentrados  basicamente  ao extremo norte do parque. 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) 

Legenda: APA: Área  de  Proteção Ambiental  Ilha  do Bananal/Cantão;  PEC:  Parque  Estadual  do Cantão;  ILHA:  Ilha  do Bananal  e DA: Demais áreas do município que não se encontram nenhum tipo de Unidade de Conservação. 

Figura 6 ‐  Distribuição dos focos de calor no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012 (sensor AQUA_M‐T). 

Quando  analisamos  isoladamente  os  focos  de  calor  que  ocorrem  na  região  da  Ilha  do Bananal observamos que a principal tipologia vegetal de ocorrência de queimadas e incêndios florestais é o Parque Cerrado, onde mediamente, no período de 2008 a 2012, ocorrem 78 % dos focos de calor (Figura  7). Outra  formação  vegetacional  presente  na  ilha,  são  as  áreas  com  Floresta  Estacional Semidecidual Aluvial em que ocorrem 18 % dos focos de calor. 

Quando analisamos as áreas do PEC observamos que as ocorrências dos focos de calor encontram‐se mais  concentradas  nas  áreas  de  Floresta  Estacional  Semidecidual Aluvial,  em  que  63 %  dos focos  presentes  no  PEC  ocorrem  nesta  formação  vegetacional.  Outra  classe  de  uso  do  solo importante são as áreas de agropecuária (torrões) em que representam cerca de 31 % do total dos focos. 

As  áreas  do município  que  encontram‐se  inseridas  na  Área  de  Proteção  Ambiental  da  Ilha  do Bananal/Cantão,  os  focos  de  calor  encontram‐se  concentrados  principalmente  nas  áreas  de Cerrado Sentido Restrito e de agropecuária, em que respectivamente representam 37 e 27 % do focos nesta região (Figura 7). 

 ILHA DO BANANAL  PARQUE ESTADUAL DO CANTÃO 

 

Capoeira3% Floresta 

Estacional 

Semidecidual Aluvial18%

Parque de Cerrado

78%

Outros1%

Agropecuária31%

Capoeira5%

Floresta Estacional 

Semidecidual Aluvial63%

Praia e Duna1%

 

 

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APA DA ILHA DO BANANAL/CANTÃO 

Fonte: PFT (2013) 

Figura 7 ‐ Distribuição dos focos de calor do satélite AQUA M‐T por classe de uso do solo durante o período de 2008 a 2012 no município de Pium (TO). 

Na figura 8 é apresentada a distribuição média dos focos de calor no município de Pium, durante o período de 2008 a 2012. Observa‐se que o período crítico encontra‐se entre os meses de  julho e outubro, sendo os meses de agosto e setembro são os mais críticos. Ainda nesta figura podemos observar que  a distribuição dos  focos de  calor  está  relacionada  diretamente  com  as  condições climáticas da região (período seco). 

 

 Fonte: PFT (2013) adaptado de INMET (2013) e INPE (2013) 

Figura 8 ‐  Frequência média dos focos de calor no diferentes meses do ano no município de Pium (TO) do sensor AQUA M‐T. 

No quadro 1, estão apresentadas as regiões de concentração dos focos de calor no município de Pium  (TO).  Para  a  elaboração  dos mapas  foram  utilizados  os  dados  do  sensor  AQUA_M‐T  do período de 2008 a 2012. Para o processamento dos dados utilizou‐se o estimador de densidade de Kernel que é uma ferramenta geoestatística utilizada como alternativa para análises da visão geral da distribuição espacial dos focos de calor.  

Agropecuária27%

Cerrado Sentido Restrito

37%

Floresta Estacional 

Semidecidual Aluvial7%

Mata de Galeria/Mata 

Ciliar6%

Parque de Cerrado

18%

Outros 5%

0

50

100

150

200

250

300

350

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Precipitação

 (mm)

Número de focos

Focos Precipitação

 

 

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Neste mesmo  quadro  (1),  são  também  apresentados  resultados  de  trabalho  desenvolvido  pelo Laboratório de Processamento de  Imagens e Geoprocessamento da UFG (Araújo et al. 2012) que utilizaram imagens MODIS para a delimitação das cicatrizes deixadas pelas queimadas e incêndios florestais.  Neste  trabalho,  os  autores,  utilizaram  como  processo  de  validação  dos  dados  as imagens  Landsat.  Observando  visualmente  os  focos  de  calor  podemos  verificar  uma  boa proximidade  dos  resultados  deste  trabalho  com  os  dados  processados  de  focos  de  calor (estimador de densidade de Kernel). 

Com  base  nos  resultados  deste mapeamento  o município  de  Pium  em  2010  apresentou  uma grande  área  queimada,  cerca  de  25 %  do  território  do município  apresentou  a  ocorrência  de queimadas e incêndios florestais. As áreas queimadas concentraram‐se principalmente na Ilha do Bananal.  

Durante  o  período  de  2008  a  2012,  o  ano  com  a maior  extensão  de  área  queimada  foi  2010, seguido  pelos  anos  de  2012  e  2008.  Em  2008  foram  queimados  cerca  de  41,5  mil  ha representando 4,1 % do município.  Já em 2012 as áreas queimadas  foram de 125 mil ha, o que correspondem a 12,5 % do território do município de Pium.  

Quadro 1 ‐ Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012. 

2008 

2009 

   

 

 

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Quadro 1 ‐ Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Pium (TO) durante o período de 2008 a 2012 (continuação). 

2010 

 

2011 

,  

2012 

 

 

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Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (SisFogo) do Prevfogo/IBAMA, Registros de Ocorrências  de  Incêndios  (ROIs),  apresentam  193  registros  para  o município  de  Pium  (TO). Apesar dos registros serem de grande relevância para a caracterização das queimadas e incêndios florestais da região, deve atentar ao fato de que os registros destas ocorrências estão relacionados diretamente com as ações das brigadas do Prevfogo, ficando os registros desta importante base de dados restritos às áreas de atuação das brigadas.  

Quando  analisamos,  as  193  ROIs  do município  de  Pium  observa‐se  que  a  grande maioria  das localidades das ocorrências estão  concentradas em propriedades  rurais, que  representam 91 % das ocorrências totais (Quadro 2). Outras localidades menos relevantes foram as áreas de Projeto de Assentamento que representaram apenas 3 % dos locais de ocorrência (Quadro 2).  

No  que  se  refere  ao  método  de  detecção,  o  mais  representativo  foram  as  rondas  que representaram 64 % das ocorrências. Os demais métodos de detecção representativos  foram: a) moradores do município  (11 %); b) os proprietários  rurais  / assentados  (10 %);  c) detecção em pontos de observação (6 %); d) durante o combate (5 %) e e) demais métodos de detecção (4 %). As  principais  formas  de  combate  aos  incêndios  florestais  registrada  nos  ROIs  foram:  combate direto (96 %), extinção natural (3 %) e o combate indireto (1 %). 

A maior parte das causas dos  incêndios florestais e queimadas foram determinadas nos registros como desconhecidas, representando cerca de 31 %.  Outras duas causas relevantes nas estatísticas dos ROIs  foram as atividades agropecuárias para a  renovações de pastagem natural  (24 %) e as ações de vandalismo (21 %).  Dentre as outras causas dos incêndios florestais, que representam 24 %  das  ocorrências  se  destacam  as  fagulhas  transportadas  pelo  vento  (20,3  %);  renovação  de pastagem  (16,8  %);  vandalismo  (12,4  %);  limpeza  de  área  (11,4  %);  queima  de  lixo  (8,9  %); confecção de aceiro  (7,9 %) e outras  (22,3 %). No que  se  refere aos agentes  causais, 84 % das ocorrências não  foram  identificados. Dentre, as  tipologias de vegetação, as áreas com pastagem foi a classe com maior ocorrência dos registros de ROIs, com 69 % do total das ocorrências, sendo 45 % em áreas de pastagens nativas e 24 % em pastagem cultivada. 

Quadro 2 ‐ Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) da base de dados SisFogo/Prevfogo de 2009 a 2012 no município de Pium (TO). 

Localidade das ocorrências  Método de detecção 

   

Área Urbana2%

Projeto de Assentamento

3%

Propriedade Rural91%

Sem informação

4%

Assentado/Proprietário

10%

Durante combate

5%

Morador do município

11%

Outros1%

Ponto de observação

6%Ronda64%

Telefonema1%

Transeunte/visitante2%

 

 

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Quadro 2 ‐ Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROIs) da base de dados SisFogo/Prevfogo de 2009 a 2012 no município de Pium(TO) (continuação). 

Forma de combate  Causa dos incêndios 

Agente causal  Tipo de vegetação atingida 

1.4 ‐ Áreas prioritárias para a proteção 

Na  definição  das  áreas  prioritárias  para  a  proteção  contra  incêndios  adotou‐se  basicamente  as áreas de unidades de conservação do municipío como critério para a delimitação dessas regiões. A escolha deste critéiro foi baseada no fato de que o programa de brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Prevfogo preve como prioritária as UCs. Entretanto, é necessário uma elaboração mais detalhada dessas áreas de prioridades ao  interno das unidades de conservação, visto  que,  o  municipío  apresenta  grande  parte  de  sua  extensão  coberta  por  UCs.  Assim,  é necessário  uma  avaliação  mais  detalhada  das  áreas  com  a  presença  de  espécies  raras  ou ameaçadas de extinção, áreas  intangíveis, atividades antropicas dentro das UCs, vegetações mais susceptível  aos  efeitos  do  fogo,  atividades  de  risco  na  região,  bem  como  outras  informações pertinentes para a elaboração destes mapas. 

As  classes de prioridade  foram difinidas  com base na existência ou não de UCs, bem  como nas diferentes  categorias das UCs  (Proteção  Integral  e Uso  Sustentável)  existentes no município de Pium (TO). Assim, as áreas com UCs de proteção integral foram definidas com extrema prioridade, as  UCs  de  uso  sustentável  como  de média  e  as  áreas  não  pertecentes  a  UCs  como  de  baixa 

Combate Direto96%

Combate Indireto

1%

Extinção natural3%

Renovação da pastagem natural24%

Desconhecida31%

Vandalismo21%

Outras24%

Indetermin.84%

Proprietário ou funcionário de fazenda

3%

Trabalhador Rural13%

Área em regeneração ou capoeira

10%

Brejo, Várzea ou Vereda

13%

Mata ou Floresta

2%

Pastagem Cultivada

24%

Pastagem Nativa ou 

Campo Limpo45%

Vegetação Arbustiva

6%

 

 

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prioridade. Na  figura 09 é apresentado o mapa das áreas prioritárias para a proteção e para as ações de combates às queimadas e incêndios florestais no município de Pium (TO). 

 

Figura 9 ‐ Áreas prioritárias para a proteção contra incêndios e queimadas em Pium (TO). 

No quadro 03 são apresentadas as descrições sucintas das diferentes áreas numeradas no mapa, da  figura 09, das Áreas Prioritárias para a Proteção contra  Incêndios Florestais e Queimadas, do município de Pium (TO). 

Quadro 3 ‐   Descrição  das  áreas  apresentadas  no mapa  das  áreas  prioritárias  para  a  proteção contra incêndios florestais e queimadas de Pium (TO). 

N° no mapa 

Prioridade para proteção 

Descrição da área 

1  Alta  Terra Indígena do Araguaia 

2 Extremamente 

alta Parque Nacional do Araguaia e Parque Estadual do Cantão 

3  Média  APA Ilha do Bananal/Cantão 

4  Baixa  Demais áreas do município sem a presença de unidade 

 

 

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1.5 ‐ Áreas com maior risco de incêndios 

Para a delimitação das áreas de maior risco de  incêndios florestais e queimadas foram utilizadas informações locais obtidas durantes os levantamentos de campo associadas a outras informações, tais como: focos de calor, projetos executados anteriormente e a localização das comunidades. Na figura 10 é apresentado o mapa com as áreas com maior risco de  incêndios florestais e ao fundo encontra‐se a espacialização dos dados de focos de calor (AQUA_M‐T) do período de 2008 a 2012. Neste mapa a coloração vermelha  indica as áreas com maior  frequência e a coloração verde as localidades com menor frequência de focos de calor. 

 

Figura 10 ‐ Áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Pium (TO). 

Com  base  nas  informações  obtidas  durante  a  execução  dos  trabalhos  de  campo  foi  possível identificar alguns dos principais riscos de  incêndios florestais e queimadas no município de Pium (TO). No quadro 04 é apresentada uma breve descrição das diferentes áreas delimitadas como de maior risco, bem como uma breve descrição dos riscos associados.  

Para a elaboração de uma de  risco de  incêndios mais preciso é necessário um  levantamento de informações mais detalhado. Em  função da extensão do município de Pium  (TO), bem  como as  

 

 

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 dificuldades de acesso existentes, os  levantamentos  realizados  foram bastante  restritos quando analisamos a área total do município. Neste sentido para uma melhor definição das áreas de risco de  incêndios  florestais e queimadas é necessário uma maior  coleta de dados. Os brigadistas da região  são  desta  forma  os  que  poderiam  contribuir  de  forma  significativa  para  a melhoria  da qualidade destas informações e atualização desses dados.   

Quadro 4 ‐   Descrição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas do município de Pium (TO) apresentado no mapa da figura 10. 

N° no mapa 

Descrição da área 

1 Região no Parque Nacional do Araguaia, próximo a Aldeia Utaria, em que o uso do fogo está associado à renovação de pastagem para a criação de gado focado principalmente para a subsistência local. O uso do fogo também está associado à agricultura e para a limpeza de áreas. 

2 Região ao interno da Terra Indígena do Araguaia nas proximidades da Aldeia Macaúba o uso do fogo está associado à renovação de pastagem para a criação de gado (subsistência), agricultura e limpeza de áreas. 

3 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)  

4 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)  

5 Região no Parque Nacional do Araguaia provavelmente associado a práticas agropecuárias praticadas por moradores (indígenas)  

6  Região no Parque Estadual do Cantão onde o uso do fogo está associado à atividade agrícola familiar. 

7  PA Macaúba, uso do fogo para atividades agropecuárias, bem como a abertura e limpeza de terreno. 

8  PA Toledo II, uso do fogo para atividades agropecuárias, bem como a abertura e limpeza de terreno. 

9 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade. 

10 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade. 

11 Área onde estão presente atividades de agropecuárias (fazenda) em que o uso do fogo está associado à limpeza de terreno associado principalmente a abertura de área para a expansão da atividade. 

12 Área próxima PA Alegria e da sede municipal de Pium em que o uso do fogo está associada às pequenas propriedades que fazem uso do fogo em atividades agropecuárias. 

    

 

 

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2 ‐ AÇÕES PREVENTIVAS 

2.1 ‐ Centros de gerenciamento de fogo 

Para  o  desenvolvimento  das  ações  de  prevenção  e  combate  aos  incêndios  florestais  faz‐se necessário a adoção de uma estrutura física e institucional definida, denominado como Centro de Gerenciamento  de  Fogo  (CGF).  Em  Pium  (TO)  estão  estabelecidos,  em  2013,  dois  Centros  de Gerenciamento de Fogo: um do Prevfogo/IBAMA e o Centro de Gerenciamento do Fogo do PARNA do  Araguaia  (ICMBio).  Quanto  ao  Parque  Estadual  do  Cantão  como  a  sede  administrativa  é localizada no município de Caseara (TO) a maior parte das ações de prevenção e fiscalização são realizadas pelos funcionários do NATURATINS nesta unidade (Quadro 7). 

O Prevfogo/IBAMA contrata brigada para as ações de combate e prevenção e, para 2013, haviam realizado a  seleção para posterior  contratação de 28 brigadistas,  sendo 1 Chefe de Brigada e 4 Chefes de Esquadrão. Para ações no PARNA do Araguaia o  ICMBio  também contrata brigadas e, para este ano estão com 15 brigadistas contratados sendo 4 Chefes de Esquadrão além de uma brigada indígena composta de 6 brigadistas na aldeia indígena Boto Velho (Lagoa da Confusão). Os dados dos CGF’s estão dispostos nos quadros 5 e 6. 

No  município  de  Pium  (TO)  há  uma  unidade  fixa  e  permanente  do  ICMBio  e  a  brigada  do Prevfogo/IBAMA  que  possui  sede,  provisória,  geralmente  instalados  em  uma  casa  alugada  e mantida  pela  Prefeitura,  mas,  que  o  momento  do  levantamento  de  campo  não  havia  sido alugada/disponibilizada.  

Quadro 5 ‐ Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Prevfogo/IBAMA. 

Centro de Gerenciamento do Fogo do Prevfogo/IBAMA 

Equipe:  João Carvalho Araújo Neto (Chefe de Brigada do Prevfogo/IBAMA) 

Endereço:  Av. Diógenes de Brito, nº. 01, Setor Alto da Boa Vista, CEP: 77.570‐000, Pium (TO)  

Telefones:  (63) 8475‐4640 

Coordenadas:  10 26' 35,45'' S e 49 10' 47,51'' O 

E‐mail:  ‐‐ 

Atividades: Detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento e gerencia da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais em Pium (TO). 

Fonte: PFT (2013) 

Quadro 6 ‐ Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do ICMBio. 

Centro de Gerenciamento do Fogo do ICMBio 

Equipe: Raoni Japiassu Merisse (Analista Ambiental, Chefe da Unidade do ICMBio) 

Jesse Rodrigo Rosa (Analista Ambiental, Gerente de fiscalização) 

Endereço:  Av. Tancredo Neves, 494, Centro, Pium ‐ TO 

Telefones:  (63) 3368‐1566 / (63) 8464‐8684 

Coordenadas:  10° 26' 28,22" S e 49° 10' 21,26" O 

E‐mail: [email protected] 

[email protected] 

Atividades: Fiscalização; geoprocessamento; perícia em incêndios; controle e coordenação da atividade turística no PARNA; educação ambiental; detecção de incêndios; manutenção, acompanhamento, gerenciamento e acionamento da brigada para a prevenção e o combate aos incêndios florestais. 

Fonte: PFT (2013) 

 

 

 

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Quadro 7 ‐ Quadro de pessoal do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio). 

Quadro de pessoal  Cargo  Função  Habilidades e Conhecimento 

Jesse Rodrigo Rosa  Analista ambiental  Gerente de fiscalização  Fiscalização; geoprocessamento; perito em incêndios 

José Juraci B. Santos  Técnico ambiental  Agente de fiscalização  Fiscalização; prevenção/combate 

José Tocantins dos Santos  Técnico ambiental  Agente de fiscalização  Fiscalização; prevenção/combate 

Miguel Braga Bonilha  Técnico Ambiental Gerente do fogo/ 

Agente de Fiscalização Fiscalização, instrutor de brigada, 

prevenção/combate 

Raoni Japiassu Merisse  Analista ambiental  Chefe da UC  Fiscalização, perito em incêndios 

A princípio, o município de Pium  (TO) conta com um contingente de brigadistas distribuídos em duas  frentes  de  trabalho  cada  qual  destinado  a  uma  determinada  área.  Todavia,  apesar  de praticamente  realizarem  as  mesmas  atividades,  as  coordenações  são  divididas  e  havendo necessidade de um melhor entrosamento entre os Centros de Gerenciamento de Fogo. 

2.2 ‐ Campanhas educativas 

Apesar de não existir uma agenda específica sobre educação ambiental em Pium (TO), os órgãos públicos em parceria com as escolas, juntamente com os brigadistas do Prevfogo/IBAMA realizam palestras  sobre  educação  ambiental  e  queima  controlada  para  as  comunidades  locais.  Estas atividades  se  desenvolvem  mais  precisamente  nos  meses  em  que  se  comemoram  os  temas centrais de preservação ambiental, como no mês de  junho onde se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. Todavia, não há como precisar quando as atividades de educação ambiental se iniciaram uma vez que os envolvidos afirmam que em  todos os anos  realizam alguma atividade com campanhas sobre queimadas, preservação e desmatamento.  

Os assentados, de maneira geral,  informaram que  já participaram de palestras promovidas pela Prefeitura e pelos brigadistas do Prevfogo/IBAMA. Junto ao RURALTINS obteve‐se a informação de que eles vêm orientando os pequenos produtores rurais e assentados quanto às implicações legais do uso  inadequado do  fogo,  tendo como base a  legislação e normas ambientais vigentes, onde, esta ação é  feita, basicamente, na sede do órgão em Pium, no momento em que os produtores vão  à  busca  de  alguma  informação  sobre  financiamento  do  PRONAF  ou  receber  sementes  de alguns cultivares. Nesta ocasião, os produtores firmam declaração de que tem ciência da legislação relacionada aos incêndios e o uso do fogo. 

Como ações previstas no Protocolo do Fogo, podem‐se citar os seguintes agentes e atividades: 

Prefeitura Municipal de Pium: disponibilizar recursos do ICMS Ecológico em ações que visem a redução de queimadas; fornecer à Brigada do Prevfogo as instalações físicas necessárias ao desenvolvimento das atividades previstas nos projetos e/ou planos de  trabalho durante  seu período de atuação no Município, bem  como o que constar no Termo de Parceria firmado entre as partes; 

Unidades dos Órgãos  Estaduais  em Pium  (NATURATINS, ADAPEC, RURALTINS): coube  a  estes  parceiros  ações  como:  orientar  as  comunidades  rurais  sobre  a Preservação Ambiental das APP’s; realizar “Dia Especial” sobre o Meio Ambiente, envolvendo  a  comunidade  rural;  orientar  os  produtores  rurais  sobre  técnicas adequadas  de  queima  controlada,  recuperação  de  pastagens,  manejo  e conservação do solo sem o uso do fogo; divulgar para a comunidade e produtores rurais os procedimentos de Autorização de Queima Controlada (AQC);  informar a população  sobre  o  calendário  de  queima  controlada  da  região;  orientar  a formação  e  estruturação  de  brigadas  de  prevenção,  controle  e  combate  às 

 

 

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queimadas  (do  Prevfogo/IBAMA);  trabalhar  a  educação  ambiental,  através  da assistência técnica diária;  inserir alternativas de manejo das pastagens sem o uso do  fogo;  divulgar  para  a  comunidade  e  produtores  rurais  os  procedimentos  de Autorização de Queima Controlada; 

Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente: promover eventos em defesa do Meio Ambiente que envolva a participação da comunidade  local; atuar  junto aos  órgãos  competentes  como  parceira  na  execução  de  atividades  que possibilitem à prevenção e o combate à degradação do meio ambiente; criar um cronograma  para  desenvolver  atividades  educativas  e  de  orientação  nos assentamentos e comunidade rural organizada do Município, junto com parceiros do protocolo; 

Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMMAP): subsidiar o Ministério Público no exercício de suas competências para a proteção do meio ambiente prevista na Constituição Federal de 1988; realizar trabalhos de sensibilização ambiental, junto à comunidade da zona rural com a temática: Queimadas e Uso Adequado do Fogo; 

Unidades de Ensino Públicas Estaduais e Municipais: de forma geral as unidades de  ensino,  incluindo  a  FAPAF  assumiram  atividades  como:  trabalhar  a  temática queimadas em  feiras  interdisciplinares;  realizar palestras e campanhas na escola sobre  a  questão  ambiental;  realizar  semana  do meio  ambiente  na  escola  que abordem o  tema preservação ambiental, em especial a prevenção e controle de queimadas e uso do  fogo; disponibilizar professores para serem capacitados por órgãos ambientais e parceiros deste protocolo para o desenvolvimento de ações em educação ambiental; 

IBAMA/Prevfogo:  Brigada  Ambiental  de  Prevenção  e  Combate  aos  Incêndios Florestais: dar suporte as ações desenvolvidas pela Brigada; Atender prontamente as  demandas  solicitadas;  Realizar  ações  de  sensibilização  e  orientação  a proprietários  rurais  sobre os efeitos dos  incêndios  florestais e  sobre alternativas ao  uso  do  fogo;  Ministrar  palestras  junto  às  instituições  educacionais  do Município,  sobre  as  ações  de  prevenção  e  combate  as  queimadas;  Levar  ao conhecimento  da  população  as  Leis  de  proteção  ambiental  que  penalizam  a prática da queima controlada sem a autorização do Órgão competente. 

ICMBio/Parque  Nacional  do  Araguaia:  fiscalizar  a  área  do  Parque  Nacional  do Araguaia;  apoiar  atividades  educativas  em  relação  ao  meio  ambiente,  nas unidades de ensino do Município e comunidades da área rural e urbana. 

Sindicato dos Produtores Rurais de Pium: realizar no período de junho a outubro, trabalhos  de  orientação  sobre  o  uso  do  fogo  no  manejo  agropastoril  com comunidades  e  proprietários  rurais;  divulgar  para  os  proprietários  rurais,  os procedimentos para solicitação e autorização de queima controlada; articular com os produtores rurais na época da Exposição Agropecuária, atividade de abordagem do tema fogo (10° 26' 34,57'' S e 49° 10' 32,66'' O). 

Associação  Cultural  do Meio  Ambiente  e  Comunicação  Comunitária  de  Pium: apoiar e divulgar as campanhas em favor da preservação dos recursos naturais; 

Associação  de  Pais  e  Amigos  dos  Excepcionais  (APAE):  criar  eventos  com apresentações  de  paródias,  danças,  pinturas  e  outras  demonstrações  culturais voltadas à sensibilização em relação às queimadas e uso do fogo. 

As atividades educativas previstas no Protocolo devem ser  intensificadas pelos seus agentes, nos patamares  assumidos  no  Protocolo,  nas  comunidades  do município,  nos  assentamentos  e  nas propriedades rurais, por meio de visitas “in  loco”, a fim de fomentar nestes  locais a preocupação com o uso indiscriminado do fogo e suas implicações para com o meio ambiente. 

 

 

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Menciona‐se,  ainda, que o  tema  “educação  ambiental” deve  ser  ampliado para que  atinjam  as comunidades  indígenas e os moradores presentes no Parque Estadual do Cantão  (torrãozeiros). Neste aspecto recomenda‐se que se firmem parcerias entre o Prevfogo/IBAMA, a FUNAI, o ICMBio com o envolvimento da Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins (ADTUR). Esta última para desenvolver campanhas educativas aos turistas que frequentam o Parque Estadual do Cantão (Quadro 8). 

Em se tratando do Parque Estadual do Cantão (PEC), as atividades de educação ambiental ficaram sob  a  coordenação  do  NATURATINS  e  do  Programa  do  Instituto  Ecológica  com  as  escolas  do entorno do PEC como parte do Projeto Sequestro de Carbono. 

Quadro 8 ‐ Projetos concluídos e em andamento no município de Pium (TO). Instituição  Projeto  Objetivos  Principais ações  Situação 

Governo do Estado do Tocantins 

Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS) 

Melhoria do sistema de licenciamento ambiental, monitoramento e medidas de execução, aprimoramento do sistema de cadastro de direitos sobre o uso da água. Além disso, o projeto prevê a realização de estudos sobre de políticas públicas para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. 

‐ Oficina de Planejamento Estratégico no Parque Estadual do Cantão; 

‐ Modernização do processo de licenciamento ambiental e; 

‐ Reforço na estrutura atual do NATURATINS 

Em andamento 

Instituto Ecológica (ONG/Palmas) e UFT 

Criação e manutenção do Centro de Pesquisa Canguçu 

Abrigar projetos de pesquisa capazes de proporcionar a geração de informações científicas e tecnológicas ligadas às mudanças climáticas e à biodiversidade. 

Desenvolvimento de projetos científicos, aulas práticas de cursos de graduação e de pós‐graduação, desenvolvimento de dissertações e teses, para discussão de trabalhos interdisciplinares com outras instituições, bem como sede para eventos científicos e atividades de turismo ecológico. 

Centro construído e atividades de pesquisa em andamento 

GIZ / KFW  Projeto Cerrado Jalapão 

Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais no cerrado. 

‐ Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais no cerrado; 

‐ Mapeamento de boas práticas de manejo e alternativas ao uso do fogo no Cerrado; 

‐ Avaliação dos Protocolos Municipais de Prevenção e Controle do Uso do Fogo; 

‐ Reunir ações para Prevenção, Controle e Monitoramento de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado 

Em andamento 

 

No  quadro  9  são  apresentadas  algumas  ações  de  campanhas  educativas  que  possam  vir  a  ser desenvolvidas  no  município  de  Pium  (TO).  Dentre  essas  ações  pode‐se  destacar,  como  por exemplo, o Programa Bolsa Verde do Governo Federal que poderia ser uma alternativa de renda para as comunidades presentes no município de Pium (TO). 

Quadro 9 ‐ Propostas de campanhas educativas no município de Pium (TO). 

Responsável pela ação 

Local / público alvo  Tipo de contato  Tema Materiais necessários 

Parceiros 

INCRA 

Prefeitura / Comunidades, 

assentados e pequenos produtores rurais 

Palestra & minicurso Propriedade rural e desapropriação 

Material educativo 

Ministério Público Federal 

(continua….)

 

 

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Quadro 9 ‐ Propostas de campanhas educativas no município de Pium (TO) (continuação). 

Responsável pela ação 

Local / público alvo  Tipo de contato  Tema Materiais necessários 

Parceiros 

Prevfogo Prefeitura / 

Agropecuaristas e comunidade rural 

Curso/capacitação ‐ atividade prática 

Queima controlada, emissão de autorização, calendário de queima 

Panfleto, material didático 

Defesa Civil 

SEAGRO  Produtores rurais  Treinamento Agricultura sustentável e 

extrativismo Manuais  SEBRAE 

ICMBio 

Residentes do PARNA, Proprietários rurais e 

proprietários dos pontos turísticos 

Minicurso Metodologia e 

vantagens na criação de RPPN 

Material informativo 

IBAMA 

MMA  Toda a comunidade  Mini curso, visitas técnicas  Programa Bolsa Verde Material 

informativo 

SEMADES, Prefeitura, ICMBio 

Brigada do Prevfogo 

Crianças das escolas Oficina de educação 

ambiental Fogo na vegetação, 

preservação Material didático 

Secretaria Municipal do 

Meio Ambiente e da Educação 

ICMBio Visitante, turistas, 

demais envolvidos com o turismo 

Elaboração e divulgação de material de apoio 

Turismo consciente, proteção das belezas naturais e risco de 

incêndio 

Panfletos  NATURATINS 

TV Anhanguera 

Pium e redondezas Divulgação de conteúdo 

televisivo 

Impacto das queimadas, divulgação dos contatos 

das brigadas, procedimentos para queima controlada 

‐‐ SEMADES, IBAMA e ICMBio 

SEMADES  Pium  Curso/capacitação Gestão ambiental e recursos sólidos 

Material informativo 

MDS 

Fonte: Elaborado por PFT (2013) 

2.3 ‐ Controle de queima e queima controlada 

Queima controlada ou prescrita consiste na aplicação do fogo na vegetação nativa ou exótica sob determinadas  condições  ambientais que permitam que o  fogo mantenha‐se  confinado em uma determinada área atingindo aos objetivos do manejo. 

Como  uma  das  principais  ações  previstas  no  Protocolo  do  Fogo  a  divulgação  do  calendário  de queima controlada da região seria um fator crucial para a redução das queimadas, bem como para auxiliar  na  quantificação  de  pessoal  e  equipamentos.  Esta  atividade  está  prevista  para  ser desenvolvida  por  vários  órgãos  além  das  Secretarias Municipais  de  Desenvolvimento  Social  e Habitação  e  a  de  Turismo  e  Meio  Ambiente,  como  as  unidades  locais  do  NATURATINS,  do RURALTINS e da ADAPEC. Todavia, apesar de terem previsto, a divulgação o calendário ainda não foi estabelecido. 

Antes de 2012, na vigência da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o emprego do fogo era regulamentado por meio do Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, onde, em seu artigo 2º previa a utilização do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada dependente  de  prévia  autorização,  a  ser  obtida  pelo  interessado  junto  ao  órgão  do  Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), com atuação na área onde se realizará a operação. 

Todavia, com o advento da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal), o uso do fogo passou a  ser proibido, exceto nas  situações previstas nos  incisos  I a  III do artigo 38, onde, dentre  estas,  encontra‐se  a  utilização  em  locais  ou  regiões  cujas  peculiaridades  justifiquem  o emprego  do  fogo  em  práticas  agropastoris  ou  florestais, mediante  prévia  aprovação  do  órgão 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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estadual ambiental competente do SISNAMA, para cada  imóvel  rural ou de  forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle. 

No Estado do Tocantins a queima controlada é regulamentada por meio da Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do  Tocantins  e pela  Portaria NATURATINS n°  374, de  17 de  junho de  2009, que dispõe sobre  o  uso  do  fogo  como  manejo  de  culturas  para  pequenos  proprietários  rurais,  demais informações constam no quadro 10.  

Quadro 10 ‐ Informações gerais sobre queima controlada no Estado do Tocantins. Informações  Descrição  Observações 

Órgão responsável pela emissão de autorização 

NATURATINS Somente a sede do Órgão em 

Palmas. 

Lei estadual específica 

Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do 

Estado do Tocantins e; 

Portaria NATURATINS nº 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para 

pequenos proprietários rurais. 

‐‐ 

Órgãos descentralizados de emissão 

Não há.  ‐‐ 

Principais finalidades de autorização 

Realizar o controle do fogo; formar banco de dados dos usuários de queima controlada e repassar informação quanto 

aos procedimentos. 

Geralmente os pequenos proprietários não possuem 

conhecimento a fim de se saber o tipo de material combustível. 

Nº de focos de calor na região (mês/ano). 

Vide item 1.3.  ‐‐ 

Informações locais. Acompanhamento feito pelas brigadas quando a queima é 

comunicada pelos agricultores. 

Quando em combate não há como os brigadistas realizar o acompanhamento. 

Demais informações pertinentes. 

Criação da Brigada municipal. A Prefeitura pretende implantar a brigada municipal para atuarem a 

partir de 2014. 

Fonte: PFT (2013) 

As autorizações de queima controlada no Estado são emitidas apenas pelo NATURATINS, na sede em  Palmas,  capital  do  Estado,  seguindo  o  calendário  de  queima  divulgado  pela Defesa  Civil,  a seguir:  

1º Período: maio, junho e julho  Regiões Sul, Sudeste e Leste; 

2º Período: junho e julho  Regiões Central e Centro‐oeste e; 

3º Período: agosto e setembro  Regiões Norte, Nordeste e Noroeste. 

Todavia, há de  se  apontar que o  calendário da Defesa Civil não  condiz  com o do NATURATINS constante no anexo único da Portaria 374 estipulado de acordo com o quadro 11. 

Quadro 11 ‐ Período de autorização de queimas controladas no ano de 2009. 

Período  Datas  Queima 

1  Abril a junho & setembro a novembro  Mais adequado para a queima da pastagem 

2  Maio a junho  Mais adequado para a queima de vereda 

3  3 de julho a agosto  Proibida a queima 

Fonte: PFT (2013) adaptado de NATURATINS (2012) 

Na região de Pium a queima controlada é realizada, praticamente, por pouquíssimos proprietários de  terra,  geralmente,  somente  os  que  maiores  condições  técnicas  e  recursos  para  buscar  a autorização. As razões apresentadas pelos pequenos produtores, entre eles os assentados, reside na dificuldade de  se conseguir a autorização,  já que  somente na capital, Palmas, é que  se deve protocolar o pedido, bem como pela falta de informação a respeito.  

 

 

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Neste caso, recomenda‐se que haja uma ampla divulgação ou discussão junto aos representantes de todos os envolvidos ou demais instâncias de comunicação com a vizinhança a fim de dar maior amplitude quanto à necessidade de prevenção dos incêndios e queimadas na região, reforçando a disponibilidade  para  fornecer  capacitação  dos  moradores  em  procedimentos  de  queima controlada e noções de segurança em combate, em especial abordando os procedimentos para a retirada da autorização no órgão competente. 

Quando não estão em combate, os brigadistas do Prevfogo, em alguns casos acompanham e dão suporte  para  a  realização  de  atividades  de  queima  controlada,  quando  autorizados  e,  ainda, repassam  à  comunidade  informações  dos  procedimentos  administrativos  para  a  realização  da queima controlada. 

Nesse aspecto faz‐se necessário a ampla divulgação e discussão junto aos representantes de todos os  envolvidos  ou  demais  instâncias  de  comunicação  com  a  vizinhança  a  fim  de  dar  maior amplitude quanto à necessidade de prevenção dos incêndios e queimadas na região, reforçando a disponibilidade  para  fornecer  capacitação  dos  moradores  em  procedimentos  de  queima controlada e noções de segurança em combate, em especial abordando os procedimentos para a retirada da autorização no órgão competente. 

Apesar  de  serem  pouquíssimos  os  agropecuaristas  que  obtém  a  autorização  para  a  queima controlada,  os  brigadistas  realizam  esporadicamente  o  acompanhamento  a  fim  de  se  evitar maiores prejuízos com a possibilidade desta queima se tornar um incêndio. A par desta realidade as atividades de controle das queimadas deverão ser programadas anualmente, a  fim de  tornar possíveis visitas e cadastramento de  todos os usuários do  fogo. No quadro 12 são apresentadas ações que podem ser desenvolvidas para o melhor controle das queimas controladas. 

Quadro 12 ‐ Sugestões de ações a serem desenvolvidas no município de Pium (TO) para o correto uso das queimas controladas e seu controle. 

Ações de controle de queima 

Localização  Época  Observações  Órgãos envolvidos 

Cadastramento/vistoria 

Assentamentos, comunidades e entorno do PARNA 

Ano todo Cadastramento de todas as propriedades 

rurais que usam o fogo. 

Prevfogo, NATURATINS; Prefeitura e RURALTINS 

Autorizações de queima controlada 

Pium Conforme calendário 

Avaliar a possibilidade de descentralização de Palmas para a emissão das autorizações. E 

elaboração de critérios para a autorização ou não em função das peculiaridades locais. 

Prefeitura; RURALTINS; 

NATURATINS e Prevfogo 

Realização de queima controlada 

Localidades e propriedades 

rurais 

Conforme calendário 

Acompanhar quaisquer usuários do fogo no dia da queima informando os procedimentos. 

Brigadas do Prevfogo e do 

ICMBio 

Divulgação de alternativas ao uso do fogo e curso de queima controlada 

Localidades e propriedades 

rurais Ano todo 

Realizar cursos, treinamentos e dispor de recursos materiais para o manejo do solo destinado aos pequenos produtores rurais. 

EMBRAPA; Governo do Estado e Prefeitura. 

Fiscalização  Pium  Ano todo Elaborar estratégias para fiscalização e 

autuação daqueles que não cumprirem com as normas legais. 

IBAMA; NATURATINS e 

CIPRA. 

Fonte: PFT (2013) 

2.4 ‐ Manejo de combustíveis 

A confecção de aceiros em Pium (TO) é realizada, basicamente, pelos poucos proprietários rurais que  possuem  mais  condições  com  equipamentos,  uma  vez  que,  tanto  a  Prefeitura  quanto  a brigada não dispõem de  recursos e materiais para  a  confecção. Como, predominantemente,  as comunidades  e  os  pequenos  produtores  rurais  são  carentes  em  termos  de  equipamentos  a realização de aceiros por estes fica prejudicada o que provoca certa preocupação uma vez que é comum o uso do fogo na abertura das roças de toco e da renovação das pastagens. 

 

 

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É  de  se mencionar  que  no  Protocolo  do  Fogo  do município  há  atividades  definidas  quanto  à confecção de aceiros, onde, foi estabelecido que cada Associação dos Projetos de Assentamentos fariam aceiros de no mínimo 3 metros para cada  lote e no entorno das áreas de reserva  legal a partir  de  junho,  bem  como  que  o  Departamento  de  Transportes  e  Obras  Públicas  de  Pium disponibilizaria  maquinário  para  a  realização  de  aceiros,  porém,  que  estas  ações  restaram prejudicadas  por  falta  de  equipamentos.  Situação  esta  que merece  uma  revisão  por  parte  dos integrantes  do  Protocolo.  No  quadro  13  são  exemplificadas  algumas  ações  para  o manejo  de combustível. 

Quadro 13 ‐ Sugestões para as ações de manejo de combustível em Pium (TO). 

Atividade  Local  Época  Método  Equipamentos Largura e 

comprimento Pessoal envolvido 

Confecção de aceiro 

Entorno do PNA; das localidades, comunidades e assentamentos 

Maio a 

julho Roçagem 

Trator traçado com implementos e equipamentos 

manuais 

50m de largura em torno dos limites das áreas mais 

críticas. 

Brigadistas/Prevfogo; NATURATINS; 

Prefeitura e ICMBio 

Manutenção dos aceiros 

Nos limites dos assentamentos 

Maio a 

julho 

Aceiro negro 

Trator com implementos, pipa de 10.000 l como jato bomba e equipe de brigadistas com 

material de combate 

Aceiro negro de 50m de largura com 6m em cada lado feito com roçagem e limpeza com 

enxadas e rastelos 

Brigadistas/Prevfogo; INCRA e Prefeitura 

Os gestores de algumas UCs vêm tomando um posicionamento favorável a utilização/avaliação do fogo como ferramenta para o manejo do material combustível dentro das UCs. Acreditam que a queima  controlada  dentro  das  UCs  pode  ser  uma  alternativa  para  melhorar  o  controle  das ocorrências e a intensidade dos incêndios florestais. Além disso, acredita‐se que seu uso também poderá  trazer benefícios a biodiversidade desses ecossistemas. Esse pensamento é originado de experiências  positivas  de  outros  países.  Todavia,  é  recomendável  a  realização  de  trabalhos  de pesquisa  para  que  se  possa  avaliar  sua  aplicação  nestas  áreas.  Assim,  existem  no  Estado  do Tocantins  algumas  universidades  que  poderiam  se  interessar  no  desenvolvimento  de  parcerias para o estudo/avaliação destas técnicas, como por exemplo: a Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Curso de Engenharia Florestal. 

Quanto ao Parque Nacional do Araguaia, o  ICMBio  tem elaborado o Plano de Proteção e, para 2013  com o objetivo de diminuir o dano a essas  fisionomias e  tornar mais eficiente e eficaz as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Parque Nacional do Araguaia realizou‐se o zoneamento do PNA em três zonas, sendo elas: Zona da Mata do Mamão, Zona do Lago Preto e Zona do Araguaia. O zoneamento foi realizado  levando em consideração a similaridade das áreas em três aspectos, a saber: cobertura vegetal, acesso, e nível de conflito. Desta forma, os quadros 14 e 15 trazem o planejamento do ICMBio para as ações de manejo de combustível no PNA. 

Quadro 14 ‐ Atividades de prevenção na Zona Mata do Mamão. 

Atividade  Descrição  Equipe  Equipamento  Observação  Período 

Manutenção de estradas 

Desobstruir e roçar estrada Txuodé‐Lago do Mamão (47 km); Desobstruir e roçar estrada rio Verdinho‐ Barreiro (49 km);  Desobstruir e roçar estrada Barreiro‐Urubu (13,5 km) 

1 servidor ICMBio + 2 esquadrões 

1 trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); 3 veículos 4x4; 2 motosserras; 2 roçadeiras manuais 

Desobstruir e roçar as estradas mapeadas (110 km). 

15 de julho a15 de agosto 

(continua…) 

   

 

 

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Quadro 14 ‐ Atividades de prevenção na Zona Mata do Mamão (continuação). Atividade  Descrição  Equipe  Equipamento  Observação  Período 

Construção de aceiros negros 

Construir aceiro negro a partir da estrada 

Gerente de fogo + 2 esquadrões 

(1)  trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); (3) veículos 4x4; (1) tanque flexível 400; motosserras;  (2) roçadeiras manuais; e (2) pinga fogo. 

Construir aceiro negro de 50 metros de largura a partir das estradas pré‐existentes. Aproximadamente 31 km de aceiros. 

15 de julho a 15 de agosto 

Identificar local de Acampamento Mamão/Pataca 

Verdinho / Lago do Mamão (31 km) 

Gerente de fogo + 1 esquadrão 

(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS. 

Acampamento será utilizado no corrente ano 

15 de julho a 15 de agosto 

Mapear aceiro na porção Oeste Mata do Mamão 

Identificar local com para acampamento, 

Gerente de fogo + 1 esquadrão 

(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS. 

Mapeamento para construção de aceiro na porção oeste da Mata do Mamão em 2014 

15 de julho a 15 de agosto 

Realizar queima prescrita nas áreas de uso indígena 

Observando a disponibilidade de água potável. 

Gerente de fogo + 1 esquadrões 

(1) veículos 4x4; (2) pinga‐fogo; 

De acordo com demanda dos índios (aldeias Waotnã e Txuodé) 

15 de julho a 15 de agosto 

Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013). 

Quadro 15 ‐ Atividades prevenção na Zona Lago Preto. Atividade  Descrição  Equipe  Equipamento  Observação  Período 

Manutenção de estradas 

Desobstruir e roçar estrada rio Urubu – aldeia Boto Velho (22 km); Desobstruir e roçar estrada aldeia Boto Velho‐Riozinho (43 km); Desobstruir e roçar estrada aldeia Boto Velho‐Retiro dos Bois (40,5 km); Desobstruir e roçar estrada encruzilhada Lago Preto‐Randitoró (24 km) 

Servidor + 2 esquadrões 

(1) trator com roçadeira (ver com fazenda Dois Rios); (1) veículos 4x4; (2) motosserras;  (2) roçadeiras manuais. 

Desobstruir e roçar as estradas mapeadas (130 km) 

15 de julho a 15 de setembro 

Construção de aceiros negros 

Construir aceiro negro a partir da estrada porção noroeste da Mata do Mamão (6 km) 

Gerente de fogo + 2 esquadrões 

(1) trator com roçadeira (vercom fazenda Dois Rios); (3) veículos 4x4; (1) tanque flexível 400; (2) motosserras;  (2) roçadeiras manuais;  (2) pinga fogo. 

Construir aceiro negro de 50 metros de largura a partir das estradas pré‐ existentes. 

15 de julho a 15 de agosto 

Mapear aceiro Retiro dos Bois – rio Riozinho 

Mapear melhor rota para construção de aceiro negro ligando o Lago Retiro dos Bois ao rio Riozinho 

Gerente de fogo + 1 esquadrão 

(1) veículos 4x4; (2) motocicletas; (1) GPS. 

Mapeamento para construção de aceiro na porção oeste da Mata do Mamão em 2014 

15 de julho a 15 de setembro 

Realizar queima prescrita nas áreas de uso indígena 

Queimar áreas de uso indígena para rebrota de pastagem e abertura de roças. 

Gerente de fogo + 1 esquadrão 

(2) veículos 4x4; (2) pinga‐fogo; 

De acordo com demanda dos índios (Aldeia Boto Velho) 

15 de julho a 15 de setembro 

Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013). 

Conforme  os  dados  do  ICMBio  coletados  durante  os  trabalhos  de  campo,  em  2011,  houve  a tentativa de implementar um aceiro na porção sul da Mata do Mamão, área prioritária, utilizando um trator emprestado por uma  fazenda, entretanto esta ação  foi  inviável porque era necessário um  trator  maior  em  função  da  altura  do  capim.  Para  2013,  pela  primeira  vez,  fizeram  um planejamento prévio para construção de aceiro, priorizando novamente a Mata do Mamão, porém não  foi possível executar em  função da  insuficiência de veículos para deslocamento da brigada. Quanto às queimas controladas, em 2011 foram feitas algumas queimas de roça dos índios, e este ano estão planejando novamente, para o final de setembro e início de outubro, época em que os 

 

 

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indígenas fazem as queimas. Outras causas de origem de  incêndios como rebrota de capim para gado  e  limpeza  de  vegetação  para  acessar  locais  de  pesca,  ainda  não  foram  alvo  de  queimas controladas, apenas de conversas iniciais. 

2.5 ‐ Monitoramento meteorológico/risco de incêndios 

Os  parâmetros  meteorológicos  como  temperatura,  precipitação,  umidade  relativa  do  ar, velocidade e direção do vento, bem como os dias sem chuva, são informações determinantes para a ocorrência de  incêndios  florestais. Os dados são obtidos pelas estações automáticas do  INMET que podem ser consultadas pelo site: www.inmet.gov.br/sonabra/maps/automaticas.php (Quadro 16). 

Aliado a estes fatores, o CGF deve acompanhar diariamente o site do INPE, que apresenta todos os dias  um  mapa  de  risco  de  incêndios  para  todo  o  Brasil  disponível  em: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/maparisco/risco_est.html. 

Quadro 16 ‐ Estações meteorológicas próximas do município de Pium (TO). 

Local  Latitude  Longitude Tipo de dados coletados 

Rotina de obtenção de informação 

Formoso do Araguaia (TO)  11,7822° S  49,6083° O  Automática  Página do INMET* 

Marianópolis do Tocantins (TO)  9,57667° S  49,7233° O  Automática  Página do INMET* 

* http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas 

2.6 ‐ Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios 

A vigilância eficiente é ferramenta fundamental para a inibição de ações imprudentes, imperitas e criminosas. Considerando  incêndios  já em andamento, a vigilância é um dos fatores que permite que o combate seja  iniciado nos estágios  iniciais da ocorrência, quando ainda está em pequenas proporções.  

Vigilância 

Fixa: Uma das dificuldades no que diz respeito à vigilância fixa em Pium é a inexistência de torres de observação.  Fato  este que,  aliado  à  imensa  extensão  territorial do município, bem  como  às  dificuldades  de  acesso,  dificultam  a  detecção  o mais  rápido  possível  das queimadas  e  dos  incêndios  florestais.  A  vigilância  fixa  é  realizada  pelos  brigadistas utilizando  pontos  mais  altos  na  topografia  do  município  para  a  observação,  sendo  o principal  meio  a  caixa  d’água  do  estádio  municipal  (Quadro  17).  Na  zona  rural,  os brigadistas também utilizam as caixas d’água nas sedes dos assentamentos. Quanto  ao  Parque  Estadual  do  Cantão,  apesar  de  sua  área  estar  100%  inserido  no município de Pium, sua administração  ficou a cargo do NATURATINS que dispõe de uma infraestrutura administrativa  localizada na TO‐080, km 260, em Caseara  (TO), dotada de um  Centro  de  Recepção  e  Administração  do  Parque  Estadual  do  Cantão  (CERAD), conforme informações contidas no Plano de Uso Público do PEC. No Parque Nacional do Araguaia (PNA) a unidade é totalmente plana e não há bons pontos de observação. A detecção depende das rondas e dos dados de focos de calor. No  que  se  refere  à  construção  de  torre(s)  de  observação  é  necessário  uma  avaliação criteriosa para verificar sua real necessidade e prioridade, visto que, apesar da topografia do  município  ser  razoavelmente  plano,  a  vigilância  móvel  tem  sido  o  método  mais empregado  com  certa  eficiência.  Outro  aspecto  importante  é  a  realização  de  um mapeamento detalhado de pontos de observação para a atualização do Plano Operativo (PO). Apesar das brigadas normalmente serem compostas de pessoas da  localidade, que possuem bom conhecimento da região, essas informações são de extrema importância de  

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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serem  inseridas  no  PO  para  situações  de  emergência  em  que  são  acionados  apoio  de outras brigadas. A identificação destes locais é relevante para a as atividades de detecção, bem como durante o combate (planejamento e tomada de decisões).  

Quadro 17 ‐ Pontos para observação na sede municipal de Pium (TO). Pontos de observação  Coordenadas 

Caixa d’água (Estádio Municipal Antônio Gomes Neto)  10° 26' 42,67'' S  49° 10' 20,60'' O 

Caixa d’água (Centro da cidade)  10° 26' 37,31'' S  49° 10' 39,08'' O 

     Fonte: PFT (2013) 

Móvel:  Quando  em  operação,  diariamente  a  brigada  do  Prevfogo  realiza  rondas percorrendo  várias  rotas, normalmente  já pré‐determinadas pelo Chefe da Brigada.  Em alguns casos a brigada realiza rondas a pé. Durante a realização das rondas são realizadas também outras  atividades  informativas,  como:  educação  ambiental, procedimento para autorização de queimadas controladas e informações sobre a legislação ambiental.  A  extensão  territorial  do  município,  aliado  a  dificuldade  dos  acessos  em  função principalmente das condições das estradas dificultam a eficiência da vigilância móvel para detecção das queimadas e incêndios. As operações de ronda são de extrema importância e devem  ser  conciliada  também  com  outras  atividades,  tais  como:  orientação  das comunidades  no  uso  do  fogo  (queima  controlada),  educação  ambiental,  orientação  na emissão  de  licenças  de  queima,  levantamento  de  informações  para  atualização  do  PO, entre  outras. No  que  se  refere  a  frequência  das  rondas,  deverá  ser  determinado  pelo Chefe da Brigada em função do período e do risco de incêndio existente. Na primeira parte deste documento o mapa das áreas de risco bem como os  locais de maior ocorrência de incêndios nos últimos cinco anos que poderá  ser utilizado  como  referência na definição das rotas a serem realizadas.   Em anexo a este Plano Operativo, encontra‐se o mapa do município de Pium (TO) onde constam as principais vias do município. Quanto ao PNA, a brigada do ICMBio normalmente faziam rondas diárias de caminhonete, quando  a  brigada  estava  acampada  na  unidade  e  não  havia  incêndios.  Quando  há incêndios, durante o dia é  traçado  rota de acesso ao  incêndio e estratégia de ataque, e durante a noite se faz o combate. Para este ano a estratégia era fazer as rondas utilizando motos,  independentemente  de  haver  ou  não  combate,  porém  até  o  momento  do levantamento de campo a brigada havia ficado em campo apenas uma semana. 

On‐line: Como 55% do Parque Nacional do Araguaia está dentro do município de Pium há 

na  cidade  uma  unidade  do  ICMBio  que  possui  brigadas  para  combate  e  prevenção  de 

queimadas e incêndios florestais no PNA. Desta forma, os analistas desta unidade realizam 

a vigilância online feita basicamente com as  informações dos focos de calor gerados pelo 

INPE.  

Quanto  à  vigilância  feita pelos brigadistas do Prevfogo/IBAMA, que  atendem  as demais 

áreas do município, em muitas vezes se deparam com problemas de acesso à internet no 

escritório, que dificulta e/ou  impossibilita a utilização destes dados. Entretanto, quando 

disponível o acesso aos dados dos  focos de calor, normalmente, os brigadistas possuem 

certa dificuldade no manuseio e  interpretação dos dados. Neste aspecto é  fundamental 

que no treinamento seja abordado o uso de  informações digitais, bem como que o chefe 

da brigada esteja em contato com a coordenação estadual do Prevfogo em Palmas (TO). Se 

o problema for de manuseio de internet deve‐se fazer o curso de gestão de brigadas.  

Na grande maioria dos casos, o uso do monitoramento dos focos de calor fica restrito aos 

gestores  das  UCs,  e  não  pelo  Chefe  de  Brigada.  A  grande  demanda  de  atividades  dos 

gestores das UCs  impossibilita um acompanhamento diário dessas  informações. Assim, é  

 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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de extrema relevância a realização de uma capacitação eficiente dos Chefes de Brigada e 

de  Esquadrão  para  a  utilização  desta  ferramenta. Além  desta  demanda,  é  necessário  o 

treinamento do uso do GPS e bem como uma capacitação referente a noções básicas de 

cartografia. 

Vigilância  complementar: A  vigilância  complementar,  aquela  onde  o  aviso  é  repassado 

pela comunidade, é pouco utilizada em Pium (TO), pois, na maioria das  localidades e das 

comunidades não há orelhões e o  sinal de  telefonia celular não cobre a maior parte da 

região.  A  comunicação,  quando  feita,  geralmente  fica  a  cargo  de  um  dos  moradores 

daquela região de maior conhecimento/respeito pelos moradores. 

   

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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3 ‐ AÇÕES DE PRÉ‐SUPRESSÃO 

3.1 ‐ Recursos humanos 

Os recursos humanos voltados para as ações de prevenção e combate no município de Pium (TO) 

são os brigadistas contratadas anualmente sob a coordenação do IBAMA/Prevfogo, bem como os 

brigadistas  e  demais  servidores  que  atuam  no  Parque  Nacional  do  Araguaia  (PNA)  sob  a 

competência do ICMBio, em suas respectivas áreas de atuação. Os brigadistas atuam na prevenção 

e  combate  a  incêndios  florestais,  realizando  atividades  de  orientação  à  comunidade, 

monitoramento,  apoio  às  queimas  controladas,  entre  outros.  A  capacitação  dos  brigadistas  é 

realizada durante o processo de seleção das brigadas. 

As brigadas são compostas, em sua maioria, por pessoas da própria região com escolaridade até o 

Ensino Médio,  somados,  ainda,  as  brigadas  indígenas  formadas  pelo  ICMBio. A  contratação  de 

pessoas da própria região facilita as ações das brigadas, pois possuem um bom conhecimento dos 

problemas  locais  relacionados  com o  fogo  e das  vias de  acesso da  região. Além dos benefícios 

logísticos e operacionais, a contratação dos brigadistas  locais, gera uma capacitação técnica  local 

das  técnicas  de  uso  do  fogo  controlado  e  combate,  bem  como  uma  conscientização  da 

problemática do fogo na região.  

Em  função  da  grande  responsabilidade  das  funções,  principalmente  a  do  Chefe  de  Brigada,  é 

recomendável que nas seleções, dentro das possibilidades, sejam selecionados pessoas com maior 

experiência. Nas atividades de levantamento de campo, observou‐se que muitas vezes a função de 

Chefe  de  Brigada  não  foi  realizada  de  acordo  com  seu  nível  de  conhecimento/experiência.  É 

também  importante  um  acompanhamento  mais  intenso  das  atividades  e  ações  de  todas  as 

brigadas contratadas no município de Pium (TO). No quadro 18 são apresentados os contatos de 

recursos humanos dos diferentes Centros de Gerenciamento de Fogo presentes no município de 

Pium (TO). 

Quadro 18 ‐ Recursos humanos dos Centros de Gerenciamento de Fogo. Recursos Humanos Existentes 

Função   Instituição  Nome  Atividades  Telefone / E‐mail 

Chefe de Brigada  Prevfogo/IBAMA João Carvalho Araújo Neto 

Coordenar as atividades da brigada na logística, acionamento e combate. 

(63) 8427‐1311 

Chefe da UC (Analista Ambiental) 

ICMBio Raoni Japiassu 

Merisse Fiscalização, perito em incêndios 

(63) 3368‐1396 

(63) 3368‐1566 

Em função da existência de várias unidades de conservação no município de Pium (TO) existe um 

contingente  técnico  na  região  acima  da  média  do  que  nos  demais  municípios  do  Tocantins, 

entretanto, existem, ainda, grande demanda de recursos humanos para as atividades da brigada 

do Prevfogo/IBAMA. Desta  forma, no quadro 19  são apontadas algumas demandas de  recursos 

humanos existentes no município.  

Quadro 19 ‐ Demanda de recursos humanos do Centro de Gerenciamento de Fogo de Pium (TO). Função  Instituição  Atividades  Formação  Resultados esperados 

Técnico NATURATINS / IBAMA 

Coletar, padronizar, ordenar e registrar as diferentes informações para auxiliar as ações de gestão, bem 

como a atualização do Plano Operativo (PO). 

Técnico agropecuário ou florestal 

Base cartográfica atualizada da região / Banco de dados das atividades realizadas e dados ambientais do município de Pium / 

Atualização do PO 

Fiscal ambiental 

NATURATINS Coordenar atividade de prevenção, educação ambiental e de fiscalização. 

Engenheiro Florestal e/ou 

Biólogo 

Continuidades das ações de campanha de educação ambiental adequadas a realidade local. Maior repressão às atividades ilegais. 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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3.2 ‐ Contingente de brigadistas e de combatentes 

Em Pium  (TO) não  foi observado publicação dos nomes e contatos dos brigadistas no CGF, nem 

mesmo  nos  murais  da  Prefeitura.  A  publicação  destas  informações  auxilia  na  divulgação  dos 

contatos dos brigadistas, podendo desta maneira auxiliar na comunicação e apoio na detecção dos 

incêndios florestais.  

Geralmente os brigadistas  são  contratados um mês antes do período  crítico que  vai de  julho  a 

setembro  permanecendo  os  contratados  até  o  mês  subsequente.  Neste  sentido,  além  das 

obrigações básicas do Chefe de Brigada é importante a elaboração de relatórios das atividades das 

brigadas. Às vezes, somente o plano de trabalho é elaborado ficando o relatório final a cargo tão 

somente dos ROI’s – cuja destinação visa apenas o apontamento de uma determinada atividade.  

Desta  forma, se  faz necessário que  todas as atividades das brigadas sejam  registradas de  forma 

ordenada para o planejamento de ações  futuras e definição das reais demandas  locais. Assim, é 

recomendável que o registro de todas as ações das brigadas sejam feitas em uma base de dados 

estrutura/padronizada. No quadro 20 consta o nome e contato dos brigadistas. 

Quadro 20 ‐ Brigadistas contratados pelo Prevfogo/IBAMA e ICMBio em 2013. IBAMA    Parque Nacional do Araguaia (ICMBio) 

Nome  Cargo  Telefone    Nome  Cargo  Telefone 

Adilson N. de Almeida  Combate  (63) 8489‐1209    Raylson Neves Da Silva  Combate  (63) 8431‐3118 

Antônio da Silva Lima  Combate  (63) 8420‐9474    Ricardo Rodrigues da Silva  Combate  (63) 8417‐8454 

Douglas Aires Moura  Combate  (63) 8472‐7748    Edson Pereira da Silva  Combate  (63) 8460‐8607 

Edicionil Alves Fernandes  Combate  (63) 8450‐1130    Jair Pinto de Oliveira  Combate  (63) 8472‐9146 

Eduardo F. de Freitas  Combate  (63) 8461‐0420    Maria de Jesus G. de Sousa  Combate  (63) 8474‐1018 

Erisvaldo Silva Mendes  Combate  (63) 8463‐9995    Leonides Silva Rodrigues  Combate  ‐‐ 

Eugenia Fernandes Araújo  Combate  (63) 8464‐4608    Nilza Gomes Leão  Combate  (63) 8406‐4890 

Fernando Carvalho Ferreira  Combate  (63) 8406‐7556    André Luiz dos S. Cordeiro  Combate  (63) 8415‐1100 

Janes Carvalho de Araújo  Combate  (63) 8472‐8724    Marcione G. Marinho  Combate  (63) 8471‐3317 

Jhonathan Pereira Costa  Combate  (63) 8408‐3484    Leandro de Sousa Badaró  Chefe de Esquadrão  (63) 8409‐0634 

Joaquim Nunes M. Neto  Combate  (63) 8476‐5156    Cássio Bruno A. de Souza  Chefe de Esquadrão  (63) 8432‐7816 

José Adriano da Silva  Combate  (63) 8493‐1202    João Araújo de Carvalho  Combate  (63) 8423‐8739 

José Batista Barbosa Santos  Combate  (63) 8420‐2070     Clertan da Silva Souza  Chefe de Esquadrão  (63) 9298‐4912 

Juscimar dos Santos Filho  Combate  (63) 8411‐0058    David Ribeiro Luz  Chefe de Esquadrão  (63) 9275‐3133 

Libertina Gomes Leão  Combate  (63) 8476‐9147    Jailson Moreira Silva  Combate  (63) 8430‐2958 

Luiz Marcos G. Mourão  Combate  (63) 9294‐4720          

Magayver Aragão da Silva  Combate  (63) 9222‐5366          

Marcos Aurélio C. da Silva  Combate  (63) 8446‐4473         

Raimunda de Lima Santos  Combate  (63) 8493‐1221         

Ricardina Alves da Costa  Combate  (63) 8413‐1025         

Silvano Neves de Assunção  Combate  (63) 8423‐7814         

Wesley Pereira da Silva  Combate  (63) 8487‐5590         

Willian Gonçalves Borges  Combate  (63) 8426‐6740         

Ailton Martins da Silva  Chefe de Esquadrão  (63) 8414‐0479         

Carlos Filho Pinto Alencar  Chefe de Esquadrão  (63) 8443‐9918         

Genival Lopes Carvalho  Chefe de Esquadrão  (63) 8404‐8724         

Jailson Ferreira de Sousa  Chefe de Esquadrão  (63) 8475‐4640         

João Carvalho Araújo Neto  Chefe de Brigada  (63) 8427‐1311         

 

 

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3.3 ‐ Demandas e capacitação 

A  formação dos brigadistas do  Prevfogo/IBAMA  é  realizada quando da  seleção onde o  curso  é 

focado  basicamente  para  o  combate,  prevenção,  uso  do  fogo  e  queima  controlada.  Todavia, 

outros  temas e  treinamentos são  importantes para complementar a qualidade na prestação dos 

serviços. No quadro 21 são apresentadas estas e outras sugestões de capacitação que poderiam 

contribuir nas ações das brigadas no município de Pium (TO). 

Quadro 21 ‐ Demandas de capacitação. 

Setor  Demanda  Atividade Instituição responsável pela contratação/disponibilização 

de profissionais 

Instituição responsável pela capacitação 

Centro de gerenciamento do fogo 

Capacitação  Formação de liderança  NATURATINS/IBAMA  SEMADES 

Brigadistas/Prevfogo  Treinamento  Queima controlada  NATURATINS/Prevfogo/ICMBio IBAMA / NATURATINS / 

Defesa Civil 

Brigadistas/Prevfogo Aulas teóricas e 

práticas Direção defensiva  NATURATINS/Prevfogo/ICMBio  DETRAN 

Brigadistas/Prevfogo  Capacitação Perícia de incêndios 

florestais e queimadas NATURATINS/Prevfogo/ICMBio  IBAMA 

Brigadistas e técnicos da Prefeitura Municipal 

Capacitação Uso de GPS e 

manipulação de seus dados 

Prefeitura  NATURATINS 

3.4 ‐ Recursos materiais e serviços logísticos 

Infraestrutura 

Atualmente,  no município  de  Pium  (TO),  não  existe  instalação  designada  exclusivamente  para 

ações de combate e prevenção das queimadas e incêndios florestais. No entanto, a prefeitura vem 

disponibilizando um  imóvel durante  a  atuação da(s) brigada(s) do Prevfogo/IBAMA,  geralmente 

uma casa com sala, cozinha, quartos, banheiro e instalação de ponto de internet (Quadro 22). Esta 

ação da prefeitura é prevista no Protocolo do Fogo e tem um caráter de continuidade, segundo a 

Secretária Municipal de Meio Ambiente.  

Quadro 22 – Possíveis locais para abrigar uma brigada do Prevfogo/IBAMA. 

Infraestrutura  Localização  Coordenadas  Infraestrutura Capacidade alojamento 

Centro Comunitário de Lazer Flor do Cerrado 

Vilarejo Café da Roça 

10° 02' 57,13'' S 49° 38' 22,19'' O 

Área coberta na frente, cozinha e banheiro. 

15 pessoas acampadas 

Instituto Ecológico Centro de Pesquisa 

Canguçu 09° 58' 42,80" S 50° 01' 39,70" O 

Alojamentos em palafita; prédio da administração 

contendo salas de pesquisa, cozinha, sala para refeições; 

porto do projeto no rio Javaés. 

A combinar 

Em outras  áreas,  fora de  sede do município,  também deverão  ser  acertadas  com  antecedência para  que  se  possam  estabelecer  as  condições mínimas  para  os  brigadistas. Quanto  ao  Parque Nacional do Araguaia (PNA), salvo a unidade administrativa do ICMBio em Pium (TO) (Quadro 23), não há qualquer  infraestrutura existente em  campo, apenas as aldeias  indígenas no  interior do parque e fazendas fora da unidade. Foram mapeados vários pontos de acampamento ao longo da unidade  em  função  de  acesso,  disponibilidade  de  água  e  localização  favorável  para  acessar  as frentes de  incêndio. Nos acampamentos são montadas estruturas temporárias rudimentares. No quadro 24 e 25 estão dispostos os locais que servem para acampamento em caso de uma possível ação em conjunto. 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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Quadro 23 – Infraestrutura do PNA (ICMBio). 

Infraestrutura  Localização  Coordenadas  Equipamentos /serviços Capacidade alojamento 

Sede Administrativa  Zona urbana 10° 26' 28,22" S  

49° 10' 21,26" O Telefone fixo e internet  0 

Base de Fiscalização Riozinho  Limítrofe ao PNA 09° 57' 47,32" S 

50° 06' 54,51" O Palafita rústica de madeira 

8 pessoas acampadas 

Casas da Ponta Norte  Interior do PNA 09° 50' 52,68" S 

50° 11' 43,49" O Casas de concreto 

8 pessoas acampadas 

Quadro 24 ‐ Locais para acampamento na Zona Mata do Mamão (PNA‐ICMBio). 

Acampamento  Coordenadas  Distância da Aldeia Txuodé 

Rio Verdinho  11° 06' 44'' S / 50° 02' 20" O  11,5 km 

Rio Barreiro  10° 47' 40'' S / 50° 04' 40" O  63,5 km 

Quadro 25 ‐ Locais para acampamento na Zona do Lago Preto (PNA‐ICMBio). 

Acampamento  Coordenadas  Distância da Aldeia Txuodé 

Lago Preto  10° 34' 39'' S / 50° 07' 39" O  30,0 km 

Rio Riozinho  10° 26'26'' S / 50° 13' 15" O  53,1 km 

Lago Retiro dos Bois  10° 19' 06'' S / 50° 08' 14" O  40,1 km 

Randitoró  10° 41' 42'' S / 50° 16' 10" O  41,0 km 

No município  de  Pium  (TO)  existem  locais  com  relativa  estrutura  física  que  podem  vir  a  ser 

disponibilizados para abrigar uma equipe de brigadistas. Neste sentido, podemos citar como, por 

exemplo, a sede da associação dos moradores de alguns assentamentos na região,  infraestrutura 

na Fazenda Jan e na Agropecuária Javaés e, em especial, no vilarejo Café da Roça, que dispõe de 

local para abrigar uma brigada, posto de saúde e bares onde se serve refeição. De forma geral a 

comunidade  do município  apoiam  as  equipes  em  caso de necessidade,  cedendo  espaço para  a 

montagem de acampamentos. 

Equipamentos 

Atualmente  não  existem  equipamentos  do  poder  público municipal  destinado  exclusivamente 

para  as  atividades  de  combate  e  prevenção.  Os  equipamentos  utilizados  nas  atividades  de 

combate são fornecidos as brigadistas durante o período de sua atuação, salvo os do ICMBio que 

são materiais permanentes nas atividades da UC. Quando à brigada do Prevfogo os equipamentos 

são de propriedade do  IBAMA que os recolhem ao final das atividades dos brigadistas. A relação 

dos  equipamentos  existentes  atualmente,  2013,  no município  de  Pium  (TO)  é  apresentada  no 

quadro 26. 

Quadro 26 ‐  Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO). 

Entidade Representante Legal / 

Responsável Tipo de apoio  Quantidade 

Prefeitura Municipal de Pium  Manuel Araújo Palma 

Caminhão pipa de 1.000l 1

Caminhão caçamba 1

Motoniveladora 1

Tratores de pneu 4x4 3

Retroescavadeira 1

Pá carregadeira 1

Automóvel 1

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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Quadro 26 ‐  Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO) (Continuação). 

Entidade Representante Legal / 

Responsável Tipo de apoio  Quantidade 

Prevfogo/IBAMA  João Carvalho Araújo Neto 

Veículo 4x4 1

Bombas costal rígidas 15

Abafadores 30

Microcomputador 1

GPS 1

Máquina fotográfica 1

Facão 28

Enxada 12

Machado e Foice 2

Mochila com EPIS 28

Pinga fogo 2

ADAPEC  Cesar Augusto Camargo Veículo 4x4 1

Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais de Pium de Morro Preto e Região 

Edivan Cruz Pereira 

Veículos 4x4 1

Pipa para trator4.000 l 1

Grades 2

Roçadeiras 2

Bombas costal 3

Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Barranco do Mundo 

Ailton Campos da Silva  Trator de pneu 4x2 com lâmina e grade  1 

Associação dos Lavradores da Fazenda Floresta 

Manuel Ramos Aragão 

Veículo 4x2 1

Grade 1

Lamina 1

Agropecuária Javaés  Adão Jesus da Mata 

Bombas costal 5

Trator de esteira 1

Trator de pneu 4x4 4

Tanque pipa de reboque 4.500l 1

Grades e roçadeiras 5

Agropecuária JAM  Joni Rietjens 

Trator de pneu 4x4 4

Grades e roçadeiras 4

Tanque pipa reboque de 5.000l 1

Caminhão tanque de 30.000l 1

Motoniveladora 1

ICMBio  Raoni Japiassú Merisse 

Pá combate  10 

Abafador  15 

Estrangulador  1 

Kit primeiros socorros  2 

Bomba honda branco  1 

Bomba flutuante  1 

Bico jato pleno  1 

Bico jato regulável  1 

Sacos de dormir  14 

Motosserra  1 

Isolante térmico  14 

Foice  2 

Enxadeco  9 

Enxadão  7 

Facão  11 

Machado  5 

Bomba costais  17 

Abafadores  11 

Pinga fogo  3 

Ancinho  2 

Foice  7 

Moto bomba  1 

Enxada  8 

Rastelo  6 

Picareta  3 

   

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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Quadro 26 ‐  Possíveis equipamentos de apoio para as ações de combate e prevenção aos incêndios florestais em Pium (TO) (Continuação). 

Entidade Representante Legal / 

Responsável Tipo de apoio  Quantidade 

ICMBio  Raoni Japiassú Merisse 

Ciscador  9 

HT  2 

GPS  1 

Binóculo  1 

Balaclava  10 

Bloqueador  10 

Gandola  57 

Capacete  15 

Coturno  0 

Cinto N/A  20 

Lanterna cabeça  3 

Mochila  13 

Óculos  10 

Suspensório  20 

Cantil  15 

Bolsa  15 

Marmita  10 

Há de  se mencionar que no Protocolo do Fogo do município o Departamento de Transportes e 

Obras  Públicas  de  Pium  (TO)  se  encarregou  em  disponibilizar  o  caminhão  pipa,  em  casos  de 

queimadas e  incêndios e a disponibilizar, também, combustível quando necessário, para veículos 

que forem atuar na prevenção, controle e combate às queimadas e incêndios ou realizar projetos 

ambientais.  Ainda,  à  Secretaria  de  Turismo  e Meio  Ambiente  coube  disponibilizar materiais  e 

equipamentos para o funcionamento da Brigada de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais 

do  IBAMA/Prevfogo, conforme Termo de Parceria, com recursos a serem obtidos pela Secretaria 

Municipal de Finanças. No entanto, ainda não se estabeleceu o Termo de Parceria específico para 

a aquisição desses equipamentos. 

Veículos 

Além  dos  equipamentos,  durante  o  período  de  atuação  da  brigada  do  Prevfogo/IBAMA  são 

destinados dois veículos 4x4, um para cada brigada, tanto para o transporte da equipe quanto dos 

equipamentos.  A  Prefeitura  de  Pium  (TO),  conforme  disposto  no  Protocolo  do  Fogo  ficou 

encarregada de dispor equipamentos e veículos para atividades de combate e prevenção. Porém, 

ainda não havia previsão para este atendimento. 

A brigada do ICMBio possuem veículos destinados não só para o combate como para os trabalhos 

de manutenção da UC, fiscalização e administrativos sendo:  

1 Veículos 4x4 em bom estado de conservação; 

1 Toyota Bandeirantes em bom estado de conservação; 

3 motos em bom estado de conservação. 

Quanto  às  peculiaridades  da  região  é  importante  destacar  o  acesso  aos  locais  de  combate 

necessita de veículos 4x4 uma vez as estradas, em  sua maioria,  são cheias de “tombadores” de 

areais.  

Rede de atendimento hospitalar 

No município  de  Pium  (TO)  há  dois  hospitais,  dois  postos  de  saúde  e  um  laboratório  público 

municipal  e  outro  privado.  Entre  hospitais  e  postos  de  saúde  da  área  básica  são6 

estabelecimentos, sendo 4 públicos e 2 privados, com 8 leitos para internação no estabelecimento 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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de  saúde  público municipal. Destes,  dois  estabelecimentos  de  saúde  possuem  atendimento  de 

emergência  que  atende  nas  áreas  de  pediatria,  obstetrícia,  clínica  e  traumato  ortopedia  com 

equipamentos como, ultrassom doppler colorido, eletrocardiógrafo, raio X até 100 mA e raio X de 

100 a 500 mA. No vilarejo Café da Roça há um posto de saúde para atendimento ambulatorial e de 

primeiros socorros. No quadro 27 são apresentadas as informações referentes à unidade de saúde 

presente em Pium (TO). 

Quadro 27 ‐ Rede de atendimento hospitalar presente no município de Pium (TO).  

Estabelecimento  Fone  Coordenadas  Endereço  Gestão  Tipo de unidade 

Hospital de Pequeno Porte Nestor da Silva Aguiar Pium 

(63) 3368‐1382 

(63) 3368‐1400 

10° 26' 17,96'' S49° 10' 41,86'' O 

Rua 15, s/n ‐ Centro  Municipal Atenção básica / 

média complexidade 

Unidade Básica de Saúde de Pium 

(63) 3368‐1314  ‐‐  Rua 14, 100 ‐ Centro  Municipal Ambulatorial / 

vigilância em saúde 

Pronto Atendimento Santa Tereza  

(63) 3368‐1122 10° 26' 28,63'' S49° 10' 49,43'' O 

Rua 11, s/s ‐ Centro  Estadual Ambulatorial / urgência/ SADT 

Posto de Saúde de Café da Roça 

(63) 3535‐1135* 10° 02' 55,24'' S49° 38' 21,85'' O 

Café da Roça  Municipal  Ambulatorial 

* Telefone público em frente ao Posto 

Combustível, alimentação, acomodações e serviços bancários 

De forma geral, durante os combates aos incêndios florestais nas áreas mais distantes da sede do 

município  os  proprietários  rurais,  quase  que  em  sua  totalidade,  fornecem  a  alimentação  aos 

brigadistas. Nas áreas próximas a sede do município existe diversos estabelecimentos comerciais. 

Entretanto em operações a serem realizadas em áreas mais  isoladas, como as próximas do PNA, 

deverão  existir  um  planejamento  prévio  ou  apoio  externo  aos  brigadistas.  No  quadro  28  são 

apresentados os principais locais para acomodação e alimentação presentes no município de Pium 

(TO). 

Quadro 28 ‐ Fornecedores de acomodações e alimentação em Pium (TO).  

Estabelecimento  Telefone Coordenadas 

Endereço Latitude  Longitude 

Hotel Javaé  (63 3368‐1148  10° 26' 30,14'' S  49° 10' 54,59'' O  Av. Tocantins, Centro, nº 322 

Pousada Recantu’s  (63) 3363‐1587  10° 02' 55,88'' S  49° 38' 25,02'' O  Rua 01, s/nº, Centro 

Pousada Paraná  (63) 3368‐1435  10° 26' 35,08'' S  49° 10' 35,67'' O  Av. Diógenes de Brito, nº 22 

Restaurante Nova Opção  (63) 3368‐1591  ‐‐  ‐‐  Rua Agrário José dos Santos, nº 363 

Restaurante Mais Sabor  (63) 3368‐1464  ‐‐  ‐‐  Av. Tancredo Neves, esquina com a Rua 12 

Restaurante Sabor Goiano  (63) 3368‐1585  10° 26' 37,31''  49° 10' 39,08''  Rua Alameda 03, s/nº, St. Popular 

Lanchonete Ponto Certo  ‐‐  10° 26' 33,45''  49 °10' 52,50''  Rua 02, s/nº, Praça da Matriz 

Fonte: PFT (2013) 

O abastecimento dos veículos do  IBAMA/Prevfogo e do  ICMBio são  realizados por meio de dois postos credenciados com a bandeira Goldcard/Valecard, um na cidade de Cristalândia (TO), Auto Posto Avenida, tel. (63) 3354‐1458, a 18 quilômetros de Pium (TO) e, o Auto Posto Interlagos, em Paraíso do Tocantins (TO) que fica a aproximadamente 70 quilômetros de Pium (TO). 

Todavia, há no município de Pium (TO) três postos de combustíveis, mas que oferecem apenas os 

serviços  de  financeiras  tradicionais  como  forma  alternativa  de  pagamento  (Visa  e Mastercard) 

(Quadro 29). 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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O abastecimento dos veículos que estiverem empenhados diretamente no combate aos incêndios 

deverá  ser  realizado no  local do acampamento,  sendo o  combustível  transportado por meio de 

tambores  /  galões.  Pium  não  possui  agência  bancária,  mas,  atualmente,  existem  postos  de 

atendimento eletrônico dos seguintes bancos: Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal 

(em funcionamento na Casa Lotérica). 

Quadro 29 ‐ Postos para abastecimento dos veículos em Pium (TO).  

Localidade  Coordenadas geográficas  Telefone 

Auto Posto WR (combustível)  10° 26' 22,56'' S  49° 10' 45,84'' O  (63) 3355‐3454 

Pium Auto Posto  10° 26' 30,42'' S  49° 10' 12,02'' O  (63) 3368‐1284 

Fonte: PFT (2013) 

3.5 ‐ Facilidades para o combate 

Rede viária 

O  acesso  ao município  de  Pium  é  feito  pela  BR‐153,  até  a  cidade  de  Pugmil. A  partir  daí  pela 

Rodovia TO‐354 por 30  km. A TO 164  (rodovia estadual não pavimentada) e a TO‐447,  ligam o 

Município à Chapada de Areia (47 km). A TO‐354 (estrada estadual não pavimentada) liga Pium ao 

vilarejo Café da Roça e ao Porto Canguçú. Pela  rodovia pavimentada TO‐374  têm‐se acesso aos 

municípios de Lagoa da Confusão e Marianópolis. 

Porto  Canguçu  é  um  porto  no  rio  Javaés  a  aproximadamente  128  km  da  sede  do município, 

utilizado  por  pescadores  principalmente  na  temporada  de  verão  (meses  de  junho  a  outubro). 

Localiza‐se  às margens  do  rio  Javaés,  no  final  do  TO‐354,  cujas  coordenadas  geográficas  são 

S09°59'04.9'' e W50°01'00.3''. 

A 76 km da sede do município, seguindo‐se pela TO‐354 (estrada não pavimentada) em direção ao 

Porto Canguçu, chega‐se ao vilarejo de nome Café da Roça (coordenadas geográficas 10°02' 54,20'' 

S  e  49°  38'  23,30''  O),  único  ponto  de  apoio  no  caminho,  onde,  também  se  localiza  o 

entroncamento com a TO‐374 que liga Marianópolis do Tocantins a Caseara. 

O vilarejo é pequeno, mas, oferece uma pequena infraestrutura, como: três bares muito simples, 

onde se podem encontrar alguns itens de mercearia e alimentação do tipo prato feito. Há, ainda, 

um posto de saúde que presta serviço ambulatorial. O acesso é feito preferencialmente de carro, 

pois há somente um ônibus de linha que passa pelo vilarejo. 

No ponto de  coordenadas  geográficas 09° 57' 42,2''  S  e 49° 57' 23.9'' O há uma bifurcação na 

estrada  TO‐354  que  leva,  à  direita,  para  as  Fazendas  Altamira  (do  Sr.  Clóvis),  São  Miguel  e 

Macaúba e à esquerda para o Porto Canguçu. 

Captação de água e barreiras naturais 

Como consta na  tabela 2, o município de Pium  (TO) encontra‐se, em sua  totalidade, no sistema 

hidrográfico do rio Araguaia contando com vários pontos perenes de abastecimento para pipa e 

bombas costais, bem como uma abundância de lagos e lagoas (mapa em anexo). 

O abastecimento de água é feito pela FOZ/SANEATINS e se dá, basicamente, por meio da captação 

de água do Córrego Piauizinho onde é possível o abastecimento de caminhões pipa. Assim, a rede 

hidrográfica  é  bastante  rica,  havendo  grande  quantidade  de  rios,  córregos  e  lagoas. Há  vários 

açudes onde pode  ser utilizada  a moto‐bomba mini  strike  e o bambi, no  caso de um  combate 

aéreo. 

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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Os principais rios que cortam o município são: rio Araguaia – porção oeste do município; rio Javaés 

–  atravessa  o  município;  rio  do  Coco  –  porção  nordeste  do  município;  rio  Pium  –  separa  o 

perímetro urbano do rural e; rio Riozinho. 

Quadro 30 ‐ Locais para abastecimento de água.  Local de abastecimento de água  Coordenadas 

Rio Pium (final do perímetro urbano em direção aos assentamentos)  10° 25' 22,33'' S  49° 11' 27,78'' O 

Córrego Murici   10° 02' 09,02'' S  49° 44' 23,16'' O 

Ponte Riozinho   10° 19' 33,51'' S  49° 16' 53,81'' O 

Pistas de pouso 

Como  alternativa  para  acesso  à  vasta  área  de  Pium  há  três  pistas  de  pouso,  aeródromos  civil, 

distribuídos ao longo da região de médio e pequeno porte. O pouso de helicóptero pode ser feito 

quase  em  toda  região,  principalmente  nas  áreas  antropizadas. No  quadro  30  estão  listados  os 

aeródromos privados retirados da base de dados da ANAC. Apesar de não constarem na base de 

dado da ANAC, existe pista de pouco na Fazenda Ouro Verde (10° 01' 55,31'' S e 49° 45' 11,49'' O) 

e  na  Fazenda  Javaés  (10°  03'  52,5''  S  e  49°  59'  52,4'' O).  Ainda,  como  forma  de  se  chegar  no 

extremo norte do Parque Estadual do Cantão, onde se apresentam o maiores focos de  incêndio, 

há pista de pouso em Caseara, com superfície de asfalto, com 1.400 m de comprimento e 25 m de 

largura, cujas coordenadas são 09° 11' 11'' S e 49° 46' 34'' O. 

Quadro 31 ‐ Aeródromos no município de Pium (TO). 

Nome  Coordenadas  Comprimento  Largura  Superfície 

Fazenda Boa Ventura  10° 00' 18" S  49° 29' 31" 0  1130 m  20 m  Asfalto 

Fazenda Vale Verde  09° 57' 40" S  49° 45' 70" 0  1000 m  30 m  Cascalho 

Fonte: PFT (2013) e ANAC (2013).  

Quadro 32 ‐ Pistas de pouso nas proximidades do Parque Nacional do Araguaia. 

Local  Coordenadas  Responsável  Telefone 

Fazenda Barreira da Cruz  10° 31' 12,48'' S  49° 54' 21,54'' O  Adelmo (gerente)  (63) 3364‐1740 

Fazenda Cacique (antiga Campo Guapo)  10° 52' 47,86'' S  49° 57' 22,16'' O  Jorge (gerente)  (63) 9948‐4028 

Fazenda Diamante  10° 40' 38,77'' S  49° 51' 30,43'' O  Ronaldo (gerente)  (63) 3364‐1883 

Fazenda Dois Rios  10° 48' 52,47'' S  49° 56' 26,78'' O  Bardini/Josnei  (63) 3364‐1876 

Fazenda Imperador  10° 29' 54,17'' S  49° 55' 48,78'' O  Daniel  (63) 3364‐1423 

Fazenda Canaã  10° 34' 19,18'' S  49° 54' 29,73'' O  Nelson  (63) 9934‐1856 

Parque Estadual do Cantão  09° 18' 11,31'' S  49° 56' 50,69'' O  NATURATINS  (63) 3379‐1438 

Fazenda Quatro Irmãos  10° 55' 47,43'' S  49° 56' 53,49'' O  Thiago (gerente)  (63) 3364‐1118 

Pium – TO  10° 26' 45,25'' S  49° 08' 35,23'' O  Prefeitura  (63) 3368‐1228 

Santa Terezinha ‐ MT  10° 28' 01,83'' S  50° 32' 04,83'' O  Prefeitura  ‐‐ 

Fonte: Plano de Proteção do Parque Nacional do Araguaia (ICMBio, 2013). 

Sistemas de comunicação 

A  concessionária de  telefonia  fixa e  celular em Pium é a operadora Oi. Em algumas  localidades 

rurais,  além  de  aldeias  localizadas  no  Parque Nacional  do Araguaia,  existem  telefones  públicos 

operados via satélite pela Oi. O sinal de internet, também fornecido pela Oi, atende parcialmente 

a cidade, onde, todos os órgãos públicos têm acesso á rede mundial de computadores.  

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

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O principal meio de contato com os brigadistas do Prevfogo é via telefone celular dos membros da 

equipe, uma vez que na  sede,  temporária, não há  telefone  fixo. Salvo a brigada do  ICMBio que 

conta  com  a  unidade  em  Pium.  Com  exceção  dos órgãos  situados  dentro  da  área  urbana  e  os 

telefones celulares dos  representantes das associações, as demais áreas não possuem meios de 

comunicação senão eventuais orelhões nas agrovilas dos assentamentos e em algumas fazendas. 

O quadro 33, abaixo, consta o contato das principais áreas, empresas e órgãos públicos existentes 

no município de Pium (TO).  

Atualmente,  a unidade do Prevfogo e demais  instituições públicas não  contam  com  sistema de 

comunicação por rádios portáteis HTe/ou repetidoras. 

Quadro 33 ‐ Principais localidades e contatos no município de Pium (TO). 

Localidade  Coordenadas geográficas Representante Legal / 

Responsável Telefone 

Prefeitura Municipal de Pium  10° 26' 35,45'' S  49° 10' 47,51'' O  Manuel Araújo Palma  (63) 3368‐1228 

Secretaria de Turismo e Meio Ambiente  10° 26' 35,45'' S  49° 10' 47,51'' O  Fernanda Galvão Araújo  (63) 3368‐1195 

Depart. de Transportes e Obras Públicas  ‐‐    ‐‐  (63) 3368‐1228 

ICMBio  10° 26' 28,27'' S  49° 10' 20,75'' O Raoni Japiassú Merine 

Jesse Rodrigo Rosa 

(63) 3368‐1396 (63) 3368‐1566 (63) 8463‐6364 

RURALTINS  ‐‐  ‐‐  Manuel Ferreira Bringel Diego Matos B. Carneiro 

(63) 8445‐6509(63) 8413‐1842 (63) 3368‐1480 

ADAPEC  10° 26' 27,00'' S  49° 10' 50,13'' O  Cesar Augusto Camargo  (63) 3368‐1243 

NATURATINS (Regional de Paraíso do Tocantins, unidade de Pium) 

‐‐  ‐‐  Rodrigo Rodrigues  (63) 3602‐3576 

Defesa Civil  ‐‐  ‐‐  ‐‐  (63) 3368 ‐1401 

CERAD – Centro de Recepção e Administração do Parque Estadual do Cantão 

09° 18’ 40,70'' S  49° 57' 34,70'' O  Marcos Vinicius Leão  (63) 3379‐1184 

Parque Estadual do Cantão  ‐‐  ‐‐  NATURATINS  (63) 3379‐1438 

Instituto Ecológica (ONG)  ‐‐  ‐‐  Stefano Merlin  (63) 3368 ‐1333 

Aldeia Boto Velho  ‐‐  ‐‐  Wagner Cacique  (63) 3368‐1217* 

Assoc. dos Peq. e Médios Prod. Rurais de Pium,  Morro Preto e Região 

10° 28' 44,83'' S  49° 11' 16,87'' O  Edivan Cruz Pereira  (63) 8472‐7594 

Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Macaúba 

09° 55' 27,80'' S  49° 59' 14,72'' O Paulo Cesar Pereira da 

Costa (63) 8432‐7506 

Sede do Assentamento Riozinho (Possível base para brigada) 

10° 24' 54,05'' S  49° 29' 03,66'' O  ‐‐  ‐‐ 

Assoc. Miniprodutores do Riozinho  10° 24' 59,28'' S  49° 28' 55,24'' O  Raimundo Alves Pereira (63) 8441‐2083 (63) 3368‐1335* 

Assoc. dos Lavradores do Assent. Floresta  10° 24' 41,28'' S  49° 11' 27,92'' O  Manoel Ramos Aragão  (63) 9988‐5371 

Assoc. Trabalho, Vida e Prosperidade (PROVI)  10° 24' 35,58'' S  49° 12' 51,61'' O  ‐‐  ‐‐ 

Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Barranco do Mundo 

‐‐  ‐‐  Ailton Campos da Silva  (63) 8421‐4736 

Assentamento Pericatu  10° 16' 21,90'' S  49° 19' 57,18'' O  ‐‐  (63) 3354‐2900* 

Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Assent. Toledo II 

09° 56' 33,84'' S  49° 49' 28,88'' O  Zuleide Pereira da Silva  (63) 8483‐4635 (63) 3348‐1000* 

* Telefone público 

Fonte: Levantamento de Campo; PFT (2013) 

 

 

 

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3.6 ‐ Ações interagências e estabelecimento de parcerias 

Instituído em 30 de  junho de 2007, o Programa de Gestão Ambiental Municipal  (PGAM) é uma 

proposta  do  governo  do  Estado,  através  do  NATURATINS  que  visa  buscar  uma  parceria  dos 

municípios  tocantinenses na proteção  integrada do meio ambiente. Visto como um  instrumento 

de descentralização da Política Estadual do Meio Ambiente, o programa tem como meta fortalecer 

institucionalmente os municípios na atuação da gestão ambiental com a criação de uma legislação 

municipal  ambiental,  elaboração  de  projetos  e  planos  com  base  na  preservação  e  no  uso 

sustentável dos recursos naturais.  

Esse projeto estará preparando e orientando os municípios para a elaboração e  implantação de 

uma política de gestão ambiental urbana e rural, com a criação e  instalação do SIMMA ‐ Sistema 

Municipal de Meio Ambiente. Dentre as atividades do Programa de Gestão Ambiental Municipal 

encontra a elaboração da Agenda 21 Local, bem como suas ações procedentes. 

No que se refere especificamente a Agenda 21 de Pium o seu processo se  iniciou em outubro de 

2007, cumprindo‐se as seguintes etapas: 

•  Encontro de mobilização, sensibilização e divulgação da Agenda 21, envolvendo a 

comunidade urbana e rural; 

•  Oficinas  para  construção  do  diagnóstico  participativo  e  do  plano  local  de 

desenvolvimento sustentável; 

•  Reuniões  para  discussão  e  pactuação  da  Agenda  21  Local  e  plano  local  de 

desenvolvimento sustentável. 

O estabelecimento da Agenda 21 Local de Pium teve como fator determinante a criação do Fórum 

da Agenda 21 Local do Município por meio do Decreto Municipal n º 077/09, de 26 de outubro de 

2009. Dessa forma, após a realização de fóruns e estabelecimento de ações foi assinado entre o 

NATURATINS, Governo do Estado e Pium a Agenda 21 local. 

Aliado  à  Agenda  21  Local  e  com  o  objetivo  de  reduzir  a  incidência  de  focos  de  incêndios  no 

município, por meio de compromissos e ações a serem coordenados e executados pelos diferentes 

setores  interessados  em  participar  e  cooperar  nos  trabalhos  de  prevenção  e  controle  dos 

incêndios florestais Pium também conta com o Protocolo Municipal de Prevenção e Controle do 

Uso do Fogo, assinado em maio de 2013 com vigência até maio de 2015. 

O Protocolo é um acordo assinado de maneira voluntária pelos diversos segmentos organizados da 

sociedade, com o propósito de nortear os  trabalhos de prevenção à ocorrência de queimadas e 

incêndios  florestais. Na primeira parte deste documento constam as  instituições e os setores da 

sociedade que participam e apoiam as ações, dentre eles cabe destacar a participação de todas as 

associações representativas dos assentamentos e a presença do ICMBio/PARNA do Araguaia.  

Ainda, destaca‐se a  constituição do grupo de monitoramento das ações previstas no Protocolo, 

composto por um representante dos seguintes órgãos: Prefeitura de Pium através da Secretaria de 

Turismo  e  Meio  Ambiente,  Câmara  Municipal,  NATURATINS,  Órgãos  Estaduais  e  dos  Órgãos 

Federais  existentes  no Município,  Instituições  de  Ensino  e  da  Brigada  Federal  do  Prevfogo  de 

Prevenção  e  Combate  aos  Incêndios  Florestais.  Imperioso  destacar  que  a  estes  órgãos  coube, 

dentre  outras  atividades  importantes,  disponibilizar  materiais  e  equipamentos  para  o 

funcionamento da Brigada do  IBAMA/Prevfogo, conforme Termos de Parceria específicos a este 

fim. 

 

 

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Embora haja um número significativo de instituições partícipes no Protocolo, há de se considerar a 

importância de serem envolvidas outras instituições, órgãos e empresas nas ações previstas. Neste 

sentido faz‐se necessário buscar a parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o 

Meio Ambiente (DEMA), bem como estabelecer a cooperação com as Fazendas Fartura, Santa Fé e 

Três  Pinheiros  no  Estado  do  Pará,  localizadas  em  frente  ao  PEC,  para  a  criação  de  RPPNs,  e 

desenvolvimento de programas de conservação e ecoturismo nessas unidades. 

Apesar  de  não  integrarem  oficialmente  a  lista  de  pessoas  no  Protocolo  do  Fogo  as  grandes 

empresas agropecuárias e proprietários de fazendas são contados como parceiros contribuindo no 

suporte às atividades de combate dos incêndios florestais e queimadas. Neste caso pode‐se citar: 

Fazenda  Javaés Agropecuária, Agropecuária  JAM, Fazenda Ouro Verde, Fazenda Casa Branca e a 

Fazenda São Manoel, uma vez que apoiam com disponibilização de equipamentos, alojamento e 

alimentação.  Estas  parcerias,  mesmo  não  formalizadas,  apoiam  as  ações  das  equipes  do 

Prevfogo/IBAMA  bem  como  outras  atividades  de  prevenção  e  combate.  Por  fim,  é  importante 

salientar  que  existe  uma  evidente  intenção  dessas  empresas  agropecuárias  e  fazendeiros  na 

continuidade e manutenção da parceria. No quadro 34 são apresentados o contato e a localização 

de algumas fazendas existentes no município de Pium (TO). 

Quadro 34 ‐ Fazendas localizadas no município de Pium (TO). 

Fazenda  Coordenadas geográficas Proprietário / Responsável 

Telefone 

Agropecuária JAM  10° 00' 59,47'' S  49° 53' 54,08'' O  Jani Rietjens  (63) 3602‐2380 

Fazenda Altamira  09° 56' 26,11'' S  49° 58' 07,74'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Arizona  10° 02' 09,75'' S  49° 44' 20,12'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Brasil Palmeira  10° 01' 53,65'' S  49° 46' 07,53'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Casa Branca  10° 25' 26,20'' S  49° 28' 12,36'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Ouro Verde  10° 01' 55,31'' S  49° 45' 11,49'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Primavera  09° 59' 27,94'' S  49° 51' 40,85'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda São Manoel  09° 51’ 25,00” S  49° 59’ 35,10” O  Alano Pereira Piagem  ‐‐

Fazenda Terra Bravía  10° 02' 33,05'' S  49° 40' 25,20'' O  ‐‐  ‐‐

Fazenda Vera Cruz  09° 58' 42,88'' S  49° 48' 02,09'' O  ‐‐  ‐‐

Javaés S.A. Agropecuária (Faz. Ponderosa)  10° 03' 57,32'' S  49° 59' 53,04'' O  Adão Jesus da Mata (63) 3535‐1376(63) 3602‐6424 

Fonte: PFT (2013)   

 

 

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4 ‐ COMBATE A INCÊNDIO 

4.1 ‐ Sistema de acionamento 

Um  sistema  de  acionamento bem definido, organizado,  integrado  e  conhecimento de  todos os 

envolvidos é  fundamental para  a otimização dos  recursos humanos e materiais,  além de evitar 

ações sobrepostas e desarticuladas. 

Para  o  acionamento  das  brigadas,  atualmente  vem  sendo  feito por  telefonia  celular,  quando  a 

brigada tem como base a sede do município. Neste sentido é importante que o número telefônico 

do  chefe  da  brigada  seja  repassado  aos  diferentes  órgãos  públicos  do município,  bem  como 

divulgado na comunidade. 

O Prevfogo  adota os  formulários de  acionamentos, o que  é uma  ferramenta para padronizar  a 

oficialização  dos  pedidos  de  apoio.  Um  sistema  formal  e  padronizado  de  solicitar  auxílio  do 

Prevfogo  facilita  a  administração  dos  atendimentos  e  avaliação  da  real  situação  do  quadro  de 

incêndios. Tal  sistematização não é apenas um meio padronizado de comunicar a emergência e 

requerer apoio, mas também de  informar os meios disponíveis e recursos financeiros que são de 

responsabilidade do requerente. 

As brigadas localizadas nas áreas críticas devem ser as responsáveis pela realização dos primeiros combates na sua região; em caso de necessidade de apoio, a coordenação deverá ser acionada. Caso seja necessário, deverão ser acionados os diferentes níveis de combate. Em situações em que o incêndio não pode ser debelado apenas com as brigadas municipais e seus parceiros o chefe de brigada deverá contatar o Coordenador Estadual do Prevfogo (Superintendência). E nos caso que os recursos da Coordenação Estadual não sejam suficientes ainda para controlar o incêndio deverá fazer a comunicação ao Núcleo de Prevenção e Combate (Prevfogo‐Sede), conforme figura 11. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 11 ‐ Fluxograma para o acionamento em diferentes níveis de combate. 

STATUS DO INCÊNDIO 

CARACTERÍSTICAS QUEM MOBILIZA OS RECURSOS?

ATIVIDADES BÁSICAS 

INCIDENTE 

NÍVEL 1 

INCIDENTE 

NÍVEL 2 

INCIDENTE 

NÍVEL 3 

É local rotineiro e de pequenas proporções. Pode ser combatido inicialmente com os recursos da(s) brigada(s) e parceiros no município. 

Chefe de Brigada 

Acionar brigada;  

Informar ao Coordenador Estadual do Prevfogo que, apoiado pelo Gerente do Fogo Estadual passa a acompanhar o incidente;  

Confeccionar e enviar o ROI. 

O incêndio não pôde ser debelado apenas com os recursos dos 

parceiros municipais. Requer articulação de recursos estaduais do IBAMA e demais 

entidades envolvidas.

Coordenador Estadual do Prevfogo 

Mobilizar recursos do IBAMA no estado;  

Acionar instituições parceiras no estado;  

Informa ao Prevfogo Sede, que passa a acompanhar o  

incidente;  

Montar sala de situação simplificada.  

Confeccionar e enviar o ROI. 

O incêndio não pode ser controlado com os recursos disponíveis até 

então. A complexidade da operação requer a mobilização de recursos de entidades de alcance nacional, seja do IBAMA ou demais parceiros. 

Núcleo de Operações e 

Combate (Sede) 

Informar a Diretoria de Proteção Ambiental;  

Acionar o NOA;  

Acionar Defesa Civil quando couber;  

Mobilizar equipe de reforço a partir do Prevfogo Sede;  

Mobilizar recursos a partir das unidades do IBAMA;  

Montar sala de situação;  

Confeccionar e enviar o ROI. 

 

 

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4.2 ‐ Organização para o combate 

A(s)  equipe(s)  e  a(s)  brigada(s)  do município  serão  responsáveis  pela  realização  dos  primeiros combates dos  incêndios florestais e queimadas, em que deverão seguir as  instruções repassadas durante  a  capacitação ministrada  pelo  Prevfogo.  Em  caso  de  necessidade  de  apoio,  a  equipe deverá solicitá‐la aos parceiros.  

A organização de infraestrutura de apoio ao combate é uma função do Centro de Gerenciamento do Fogo, e no caso do município de Pium (TO) devem ser feitas de forma mais centralizada. Neste sentido, o CGF deverá ser responsável pelas seguintes ações: 

Quantificar e qualificar  as pessoas disponíveis para  as  ações de  combate  aos  incêndios florestais;  

Organizar e dar  condições para que  acionamento das brigadas ocorra da maneira mais rápida possível; 

Proporcionar  condições  de  transporte  e  logística  necessária  para  o  deslocamento  das brigadas;  

Providenciar alojamento e alimentação para os combatentes, principalmente quando for necessária a realização de combates distantes da sede municipal; 

Manter e disponibilizar uma lista atualizada de brigadistas na região;  

Manter e disponibilizar lista atualizada dos recursos existentes na região;  

Definir as funções e pessoas responsáveis pelas brigadas; 

Definir  os  responsáveis  para  solucionar  as  demandas  existentes  durante  as  ações  de combate,  tais como: manutenção e compra de  ferramentas e equipamentos;  transporte de combatentes e distribuição de alimentação; fornecimento de água; informações para a imprensa; distribuição e de equipamentos e ferramentas;  

Caso exista ampla capacitação das equipes na região, procurar estabelecer já no início do incêndio o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e operar conforme seus preceitos. 

4.3 ‐ Desmobilização 

Ao término da operação de combate, deverá ser feita a desmobilização, que consiste em:  

Recolhimento e manutenção dos materiais e equipamentos envolvidos no combate;  

Quando utilizados  ferramentas ou  equipamentos de  terceiros,  realizar  a devolução  aos proprietários; 

Avaliar a origem e causa do incêndio;  

Preenchimento  e  envio  do  Registro  de  Ocorrência  de  Incêndios  (ROI)  na  página  do Prevfogo na Internet: (http://siscom.ibama.gov.br/sisfogo/); 

Avaliar  e  registrar  a  eficiência  do  Plano Operativo,  sugerindo  as  complementações  ou alterações necessárias; 

Avaliar  a  adoção  de  medidas  que  diminuam  os  impactos  negativos  do  incêndio,  por exemplo, plantio de espécies nativas. 

 

    

 

 

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5 ‐ SISFOGO 

O SisFogo, Sistema Nacional de Informações sobre Fogo, é um sistema do Prevfogo/Ibama onde é permitido consultar Bancos de Dados Geográficos com  informações do  ICMBio e do  IBAMA. Está disponível  na  Internet  no  seguinte  endereço:  http://siscom.ibama.gov.br  /sisfogo/.  Ele  permite cruzar  informações  e  gerar  relatórios  sobre  controle  de  material,  registro  de  ocorrência  de incêndio,  relatório  das  atividades  desenvolvidas  pelas  brigadas  nas  Unidades  de  Conservação Federais.  

O SisFogo integra informações e permite a utilização dos dados com segurança e autonomia pelos usuários. O mesmo é dividido em  subsistemas os quais  serão  implementados em etapas. Entre eles  está  o  subsistema  Registro  de  Ocorrência  de  Incêndios  em  Unidades  de  Conservação  (já disponível),  além  de  outros  necessários  à  implantação  do  Sistema.  O  subsistema  “Registro  de Ocorrência  de  Incêndios”  permite  que  os  funcionários  das  Unidades  de  Conservação, Coordenadores Estaduais do Prevfogo, Gerentes do  Fogo de Unidades, Estaduais e de Brigadas Municipais, Corpos de Bombeiros e Defesa Civil preencham relatórios com os dados referentes aos incêndios combatidos em Unidades de Conservação (Federais e Estaduais).  

O  relatório  contém os dados  referentes  ao  incêndio, mapa de  área queimada,  coordenadas do centroide do  incêndio,  imagem da área queimada e  fotos da área quando houver. O ROI busca principalmente  uma  melhora  qualitativa  das  informações  obtidas  (Fonte:  manual SisFogo/Prevfogo/IBAMA – Janeiro de 2009). 

Desta forma, ao final das atividades de combate e de suma importância a inserção do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) no SisFogo. Poderão ser impressos formulários para preenchimento no  campo,  que  se  encontra  disponível  na  página  do  Prevfogo,  para  posterior  inserção  das informações na base de dados online. Estas informações são de extrema importância para que se possam acompanhar as atividades dos brigadistas e, principalmente, nortear as ações futuras. 

No município Pium (TO) de 2009 a 2012 totalizaram um total de somente 193 registros. Este valor aparentemente parece estar bem abaixo das ações realizadas pelas brigadas que vem trabalhando no município.  Assim  é  necessário  criar mecanismos  para  todas  as  ocorrências  sejam  inseridas nesta base de dados.  

Nos dados existentes no SisFogo do município de Pium  (TO), grande parte das  causas e agente causal  são  registradas  como  desconhecidas.  Assim  é  recomendável  que  os  brigadistas  sejam instruídos e  capacitados para melhorar a qualidade das  informações  inseridas nesta  importante base de dados. Por fim, é recomendável que sejam  implementados novos módulos no SisFogo, a fim  de  se  registrar,  de  forma  padronizada,  as  demais  ações  exercidas  pelas  brigadas  e  não somente  os  combates,  tais  como:  ronda,  educação  ambiental,  apoio  em  queima  controlada, manutenções, e outras.  

   

 

 

Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais – Pium (TO)

49

6 ‐ PESQUISAS 

Este  tipo  de  planejamento  não  tem  a  pretensão  de  estabelecer  linhas  e métodos  de  pesquisa acerca do tema fogo. No entanto, pode fazer referências às demandas e possibilidades locais neste sentido, buscando  respostas a uma série de questões que podem auxiliar na gestão deste  tema como:  

Índices de risco de incêndios para as condições locais;  

Comportamento do fogo e avaliação de técnicas de queima controlada para as condições locais; 

Métodos práticos para a quantificação da  carga de material  combustível nas diferentes fisionomias vegetacionais presentes no município;  

Impactos na flora e na fauna do fogo;  

Alternativas locais ao uso do fogo, principalmente relacionada a renovação de pastagens;  

Tecnologias de combate aplicáveis para as condições locais;  

Recuperação de áreas queimadas etc.  

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rio Riozi nho

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riari Ribeirão Surubi

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Ribeirão Grotão

Ribeirão C

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Córrego Muric i

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Sanga RanhetaCórrego do Prata

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Córrego do Veado

Ribeirão Água Feia

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Ribeirão Ranheta

Córrego Barreiro

Córrego Mato Verde

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M

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Furo do Pinto

Rio do Coco

Sanga da Lagoa Fei

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Córrego C

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Ribeirão Surubi

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Ribe irão Grotão

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Rio Pium

Rio Mercedes

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o Riozinho

Ipuca do Landi

Rio Pium

Rio R

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Rio A

riari

Rio Pium

540.000

540.000

590.000

590.000

640.000

640.000

690.000

690.000

8.85

0.00

0

8.85

0.00

0

8.90

0.00

0

8.90

0.00

0

8.95

0.00

0

8.95

0.00

0

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PIUM (TO)

MAPA

DATA MUNICÍPIO

ELABORAÇÃO:

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PIUM (TO)

28/10/2013 PÍUM - TO

MARCOS GIONGO

Localização

Legenda

Parque Nacional do Araguaia

APA Ilha do Bananal Cantão

Parque Estadualdo Cantão

Terra Indígena do Araguaia

!.CASEARA

!.

MIRIANOPÓLIS DOTOCANTINS

!(

Barreirinha

!(

Cem Barras!(Barreiro

de Pedra

Dois Irmãos

!(Lago Grande

!(

!(

Santa Teresinha

!(

Mato do LagoPreto

!.CRISTALÂNDIA

!.ABREULÂNDIA

!.CHAPADA DE AREIA

!.PIUM

!.DIVINÓPOLIS DO

TOCANTINS

!.MONTE SANTOSDO TOCANTINS

1

2

3

4

5 6

!0

Base de FiscalizaçãoRiozinho - ICMBio

!0

Casa da PontaNorte - ICMBio

!aAldeia Macaúba

!aAldeia Utaria

!kRPPN Canguçu

Lago dos Bois

!mLago Preto

!<

!<

!aAldeia Boto Velho

!(

Santana do Araguaia

!( Café da Roça

!<!Ä

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!¾F1

!¾F2

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!¾F4

!¾F5

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!¾F7 !¾

F8!¾

F9

!¾F10

I-Acesso ao Clube dos Pescadores

!l !² !²!²

I-PRODOESTE

!d

!c

!.

!(

Sedes municipais

Localidades

1 - Macaúba (6.616,18 ha)2 - Toledo II (1.859,01 ha)3 - Barrando do Mundo (4.833,49 ha)4 - Pericatú (6.748,31 ha)5 - Floresta (2.957,04 ha)6 - Alegria (109,15 ha)

!m!<

Ilha do Bananal

Hidrografia

Limite das áreas de UC

Estradas principais

Estradas secundárias

Lagos / Represas

Limites municipais

Limite de Pium (TO)

Assentamentos:

!a!0

F1 - Fazenda AltamiraF2 - Fazenda JanF3 - Fazenda PrimaveraF4 - Fazenda Vera CruzF5 - Fazenda JavaésF6 - Fazenda Brasil PalmeirasF7 - Fazenda Ouro VerdeF8 - Fazenda ArizonaF9 - Fazenda Terra BraviaF10 - Fazenda Casa Branca

!l

!d!c

I-

!¾ Fazendas:

Posto de Saúde

Hospital

Local para acampamento

Lago/Represa

Local de Pesca

Aeródromo/Pista de Pouso

Ponto de captação de água

Aldeia

Infraestrutura

Outro

0 10 20 30 405km

AM PA

MTBA

MG

PI

MS

RS

GO

MA

TO

SP

RO

PR

RR

CE

AP

SC

AC PEPB

RJ

RN

ES

ALSE

DF

Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 22)

580.000

580.000

660.000

660.000

8.880.000

8.880.000

8.960.000

8.960.000

PIUM

Santana doAraguaia (PA)

Snt. Terezinha (MT)

Lagoa da ConfusãoCristalândia

Marianópolisdo Tocantins

Divinópolis doTocantins

Mnt. Santodo TO

CasearaAbreulândia

Chap. de Areia