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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROJETO DE GRADUAÇÃO PLANO OTIMIZADO DE INSPEÇÃO DE MEDIÇÃO DE ESPESSURA COM BASE NA MATRIZ DE RISCO DAS REGIÕES INTERNAS DE UMA CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO DE ÁLCALIS - PROPOSTA Elder Costa Soeiro e Fábio Alves Antoniolli VITÓRIA ES 12/2005 ELDER COSTA SOEIRO

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO

    CENTRO TECNOLGICO

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA

    PROJETO DE GRADUAO

    PLANO OTIMIZADO DE INSPEO DE MEDIO DE

    ESPESSURA COM BASE NA MATRIZ DE RISCO DAS

    REGIES INTERNAS DE UMA CALDEIRA DE

    RECUPERAO DE LCALIS - PROPOSTA

    Elder Costa Soeiro e Fbio Alves Antoniolli

    VITRIA ES

    12/2005

    ELDER COSTA SOEIRO

  • FBIO ALVES ANTONIOLLI

    PLANO OTIMIZADO DE INSPEO DE MEDIO DE

    ESPESSURA COM BASE NA MATRIZ DE RISCO DAS

    REGIES INTERNAS DE UMA CALDEIRA DE

    RECUPERAO DE LCALIS - PROPOSTA

    Parte manuscrita do Projeto de Graduao

    dos alunos Elder Costa Soeiro e Fbio Alves

    Antoniolli, apresentado ao Departamento de

    Engenharia Mecnica do Centro Tecnolgico

    da Universidade Federal do Esprito Santo,

    para obteno do grau de Engenheiro

    Mecnico.

    VITRIA ES

    12/2005

    ELDER COSTA SOEIRO

  • FBIO ALVES ANTONIOLLI

    PLANO OTIMIZADO DE INSPEO DE MEDIO DE

    ESPESSURA COM BASE NA MATRIZ DE RISCO DAS

    REGIES INTERNAS DE UMA CALDEIRA DE

    RECUPERAO DE LCALIS - PROPOSTA

    COMISSO EXAMINADORA:

    ___________________________________ Prof. MsC Oswaldo Paiva Almeida Filho

    Orientador

    ___________________________________ Prof. MsC Rogrio Silveira de Queiroz

    Examinador

    ___________________________________ Prof. DsC Joo Luiz Marcon Donatelli

    Examinador

    Vitria - ES, 22/ 12/ 2005

  • i

    DEDICATRIA

    Dedicamos este trabalho aos nossos pais, familiares, amigos, namoradas, professores

    e alunos do Curso de Engenharia Mecnica pelo apoio e compreenso que nos foi dispensado

    durante estes anos de graduao.

  • ii

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos ao Tcnico de Inspeo Srgio Sthal por ter contribudo com sua

    experincia profissional e motivao que foram de fundamental importncia para a realizao

    deste trabalho.

    Aos inspetores especializados em caldeiras de recuperao, aos membros do Comit

    de Caldeiras de Recuperao do Brasil e aos coordenadores da Fbrica de Celulose em estudo.

    E a Deus por ter nos proporcionado a oportunidade de ter realizado e concludo este

    Estudo.

  • iii

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 2-1 Caldeira Cornovaglia ................................................................................. 20

    Figura 2-2 Caldeira Locomotivas e Locomveis......................................................... 22

    Figura 2-3 Caldeira Escocesa ...................................................................................... 23

    Figura 2-4 Exemplo de caldeira aquatubular de tubos retos ....................................... 24

    Figura 2-5 Caldeira aquatubular de tubos retos ........................................................... 24

    Figura 2-6 Caldeira de circulao forada com recirculao ...................................... 27

    Figura 2-7 Caldeira de La Mont e W. Workauf de circulao natural, porm com

    tubulo ligado tubos de grande dimetro que por sua vez se ligam ao feixe de troca

    de calor de tubos com dimetros menores. .................................................................. 28

    Figura 3-1 Caldeira de Recuperao com indicao das principais regies................ 30

    Figura 3-2 Funcionamento esquemtico de um aparelho de ultra-som ....................... 32

    Figura 3-3 Realizao do teste de ultra-som................................................................ 33

    Figura 3-4 Aparelho medidor de espessura por ultra-som .......................................... 35

    Figura 3-5 Caractersticas Tcnicas das Caldeiras de Recuperao ............................ 36

    Figura 3-6 Dados tcnicos das Caldeiras de Recuperao .......................................... 37

    Figura 4-1 Curva de tendncia do Painel 35 - Elevao 55.420 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 47

    Figura 4-2 Curva de tendncia do Painel 2 - Elevao 61.890 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 47

    Figura 4-3 Curva de tendncia do Painel 11 - Elevao 58.890 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 48

    Figura 4-4 Curva de tendncia do Painel 4 - Elevao 64.890 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 48

    Figura 4-5 Curva de tendncia do Painel 23 - Elevao 67.890 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 49

    Figura 4-6 Curva de tendncia do Painel 5 - Elevao 55.420 B para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 49

    Figura 4-7 Curva de tendncia do Painel 11 - Elevao 58.700 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 50

  • iv

    Figura 4-8 Curva de tendncia do Painel 33 - Elevao 61.700 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 50

    Figura 4-9 Curva de tendncia do Painel 16 - Elevao 64.700 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 51

    Figura 4-10 Curva de tendncia do Painel 35 - Elevao 67.745 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF .................................................................................... 51

    Figura 4-11 Curva de tendncia do Painel 32 Ponto A para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 54

    Figura 4-12 Curva de tendncia do Painel 32 Ponto B para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 54

    Figura 4-13 Curva de tendncia do Painel 31 Ponto C para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 60

    Figura 4-14 Curva de tendncia do Painel 16 Ponto D para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 60

    Figura 4-15 Curva de tendncia do Painel 31 Ponto E para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 61

    Figura 4-16 Curva de tendncia do Painel 6 Ponto F para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 61

    Figura 4-17 Curva de tendncia do Painel 25 Ponto G para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 62

    Figura 4-18 Curva de tendncia do Painel 5 Ponto H para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 62

    Figura 4-19 Curva de tendncia do Painel 25 Ponto I para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 63

    Figura 4-20 Curva de tendncia do Painel 14 Ponto J para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 63

    Figura 4-21 Curva de tendncia do Painel 20 Ponto K para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 64

    Figura 4-22 Curva de tendncia do Painel 21 Ponto L para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 64

  • v

    Figura 4-23 Curva de tendncia do Painel 29 Ponto M para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 65

    Figura 4-24 Curva de tendncia do Painel 29 Ponto N para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 65

    Figura 4-25 Curva de tendncia do Painel 21 Ponto O para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 66

    Figura 4-26 Curva de tendncia do Painel 30 Ponto P para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 66

    Figura 4-27 Curva de tendncia do Painel 33 Ponto Q para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 67

    Figura 4-28 Curva de tendncia do Painel 9 Ponto R para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 67

    Figura 4-29 Curva de tendncia do Painel 28 Ponto S para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 68

    Figura 4-30 Curva de tendncia do Painel 6 Ponto T para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 68

    Figura 4-31 Curva de tendncia do Painel 35 Ponto T para o Superaquecedor

    Tercirio - Curvas ........................................................................................................ 69

    Figura 4-32 Curva de tendncia do Ponto A1 Tubo 12 para o Nariz .................... 75

    Figura 4-33 Curva de tendncia do Ponto A1 Tubo 30 para o Nariz .................... 75

    Figura 4-34 Curva de tendncia do Ponto A1 Tubo 110 para o Nariz .................. 76

    Figura 4-35 Curva de tendncia do Ponto A1 Tubo 140 para o Nariz .................. 76

    Figura 4-36 Curva de tendncia do Ponto A2 Tubo 15 para o Nariz .................... 77

    Figura 4-37 Curva de tendncia do Ponto A2 Tubo 54 para o Nariz .................... 77

    Figura 4-38 Curva de tendncia do Ponto A2 Tubo 86 para o Nariz .................... 78

    Figura 4-39 Curva de tendncia do Ponto A2 Tubo 112 para o Nariz .................. 78

    Figura 4-40 Curva de tendncia do Ponto A3 Tubo 51 para o Nariz .................... 79

    Figura 4-41 Curva de tendncia do Ponto A3 Tubo 138 para o Nariz .................. 79

    Figura 4-42 Curva de tendncia do Ponto B1 Tubo 27 para o Nariz .................... 80

    Figura 4-43 Curva de tendncia do Ponto B1 Tubo 47 para o Nariz .................... 80

  • vi

    Figura 4-44 Curva de tendncia do Ponto B1 Tubo 133 para o Nariz .................. 81

    Figura 4-45 Curva de tendncia do Ponto B2 Tubo 128 para o Nariz .................. 81

    Figura 4-46 Curva de tendncia do Ponto B2 Tubo 142 para o Nariz .................. 82

    Figura 4-47 Curva de tendncia do Ponto B3 Tubo 19 para o Nariz .................... 82

    Figura 4-48 Curva de tendncia do Ponto B3 Tubo 37 para o Nariz .................... 83

    Figura 4-49 Curva de tendncia do PT Tubo 65 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 87

    Figura 4-50 Curva de tendncia do PT Tubo 120 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 87

    Figura 4-51 Curva de tendncia do PF Tubo 1 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 88

    Figura 4-52 Curva de tendncia do PLE Tubo 20 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 88

    Figura 4-53 Curva de tendncia do PLE Tubo 170 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 89

    Figura 4-54 Curva de tendncia do PLD Tubo 25 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 89

    Figura 4-55 Curva de tendncia do PLD Tubo 155 1000 mm acima do Teto de

    Segurana ..................................................................................................................... 90

  • vii

    LISTA DE TABELA

    Tabela 4-1 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 55.420 ........................................................................................................... 43

    Tabela 4-2 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 61.800 ........................................................................................................... 43

    Tabela 4-3 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 58.890 ........................................................................................................... 43

    Tabela 4-4 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 64.890 ........................................................................................................... 44

    Tabela 4-5 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 67.890 ........................................................................................................... 44

    Tabela 4-6 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 55.420 B ....................................................................................................... 44

    Tabela 4-7 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 58.700 ........................................................................................................... 45

    Tabela 4-8 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 61.700 ........................................................................................................... 45

    Tabela 4-9 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 64.700 ........................................................................................................... 45

    Tabela 4-10 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF

    Elevao 67.745 ........................................................................................................... 46

    Tabela 4-11 Material e dimenses do Superaquecedor Tercirio - SF........................ 46

    Tabela 4-12 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto A ......................................................................................................... 53

    Tabela 4-13 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto B ......................................................................................................... 53

    Tabela 4-14 Material e dimenses do Superaquecedor Tercirio - Curvas ................. 53

    Tabela 4-15 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto C ......................................................................................................... 55

  • viii

    Tabela 4-16Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto D ......................................................................................................... 55

    Tabela 4-17 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto E ......................................................................................................... 55

    Tabela 4-18 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto F .......................................................................................................... 55

    Tabela 4-19 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto G ......................................................................................................... 56

    Tabela 4-20 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto H ......................................................................................................... 56

    Tabela 4-21 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto I .......................................................................................................... 56

    Tabela 4-22 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto J .......................................................................................................... 56

    Tabela 4-23 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto K ......................................................................................................... 57

    Tabela 4-24 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto K ......................................................................................................... 57

    Tabela 4-25 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto M ........................................................................................................ 57

    Tabela 4-26 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto N ......................................................................................................... 57

    Tabela 4-27 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto O ......................................................................................................... 58

    Tabela 4-28 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto P .......................................................................................................... 58

    Tabela 4-29 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto Q ......................................................................................................... 58

    Tabela 4-30 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto R ......................................................................................................... 58

  • ix

    Tabela 4-31 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto S .......................................................................................................... 59

    Tabela 4-32 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio

    Curvas Ponto T ......................................................................................................... 59

    Tabela 4-33 Material e dimenses do Superaquecedor Tercirio - Curvas ................. 59

    Tabela 4-34 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto A1........................ 71

    Tabela 4-35 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto A2........................ 72

    Tabela 4-36 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto A3........................ 72

    Tabela 4-37 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto B1 ........................ 73

    Tabela 4-38 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto B2 ........................ 73

    Tabela 4-39 Histrico de medio de espessura do Nariz Ponto B3 ........................ 74

    Tabela 4-40 Material e dimenses do Nariz ................................................................ 74

    Tabela 4-41 Histrico de medio de espessura dos pontos 1000 mm acima do Teto

    de Segurana PT ...................................................................................................... 85

    Tabela 4-42 Histrico de medio de espessura dos pontos 1000 mm acima do Teto

    de Segurana PF ....................................................................................................... 85

    Tabela 4-43 Histrico de medio de espessura dos pontos 1000 mm acima do Teto

    de Segurana PLE .................................................................................................... 85

    Tabela 4-44 Histrico de medio de espessura dos pontos 1000 mm acima do Teto

    de Segurana PLD ................................................................................................... 86

    Tabela 4-45 Material e dimenses dos pontos localizados a 1000 mm acima do Teto

    de Segurana ................................................................................................................ 86

    Tabela 4-46 Rotinas da Inspeo de Espessura na Caldeira de Recuperao em

    Estudo .......................................................................................................................... 92

    Tabela 4-47 Plano Proposto para Rotinas de Inspeo de Medio de Espessura

    (MEUS) ........................................................................................................................ 94

  • x

    SUMRIO

    DEDICATRIA........................................................................................................... I

    AGRADECIMENTOS ...............................................................................................II

    LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... III

    LISTA DE TABELA ............................................................................................... VII

    SUMRIO ................................................................................................................... X

    RESUMO ................................................................................................................ XIII

    INTRODUO ...................................................................................................... XIV

    1 PRODUO DE CELULOSE ..................................................................... 15

    1.1 PTIO DE MADEIRA ..................................................................................... 15

    1.1.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ........................................................... 15

    1.2 LINHA DE PASTA .......................................................................................... 16

    1.2.1 COZIMENTO E LAVAGEM ................................................................. 16

    1.2.1.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS .............................................. 16

    1.2.2 DEPURAO ......................................................................................... 16

    1.2.3 DESLIGNIFICAO COM O2 .............................................................. 17

    1.2.3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS .............................................. 17

    1.2.4 BRANQUEAMENTO............................................................................. 18

    1.2.5 PLANTA QUMICA ............................................................................... 18

    1.3 SECAGEM E ENFARDAMENTO .................................................................. 18

    1.3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS ........................................................... 19

    2 CALDEIRAS GERAL ................................................................................ 19

    2.1 Caldeiras Flamotubulares .................................................................................. 19

    2.1.1 Classificao ............................................................................................ 19

    2.1.1.1 Caldeira Vertical ........................................................................ 20

    2.1.1.2 Caldeira Horizontal .................................................................... 20

    2.2 Caldeiras Aquatubulares ................................................................................... 23

    2.2.1 Classificao ............................................................................................ 23

    2.2.1.1 Caldeiras de Tubos Retos ........................................................... 24

    2.2.1.2 Caldeiras de Tubos Curvos ........................................................ 25

  • xi

    2.2.1.3 Caldeiras com Circulao Forada ............................................. 26

    2.2.2 Aplicao e Utilizao das Caldeiras Aquotubulares ............................. 28

    3 CALDEIRAS DE RECUPERAO ............................................................ 29

    3.1 INTRODUO TERICA .............................................................................. 29

    3.2 MTODO DE ENSAIO POR ULTRA-SOM .................................................. 32

    3.2.1 PRINCPIOS BSICOS DO MTODO ................................................ 32

    3.2.1.1 Introduo: ................................................................................. 32

    3.2.1.2 Finalidade do Ensaio .................................................................. 33

    3.2.1.3 Campo de Aplicao .................................................................. 33

    3.2.2 Limitaes em Comparao com outros Ensaios .................................... 34

    3.2.3 APARELHAGEM ................................................................................... 35

    3.3 CARACTERSTICAS TCNICAS DA CALDEIRA DE RECUPERAO

    DA EMPRESA DE CELULOSE EM ESTUDO E APLICAO DESTE

    TRABALHO ........................................................................................................... 36

    3.3.1 Breve histrico da Caldeira de Recuperao em Estudo ........................ 37

    4 ESTUDO DE CASO ....................................................................................... 40

    4.1 HISTRIO DE INSPEO DE MEDIO DE ESPESSURA E CURVAS

    DE TENDNCIAS ................................................................................................. 40

    4.1.1 SOBRE AS CURVAS (LINHAS) DE TENDNCIA ............................ 40

    4.1.2 O que so linhas de tendncia?................................................................ 40

    4.1.3 Segurana das linhas de tendncia .......................................................... 40

    4.1.4 Tipos de Linhas de Tendncia ................................................................. 41

    4.1.4.1 Linear ......................................................................................... 41

    4.1.4.2 Logartimica ............................................................................... 41

    4.1.4.3 Polinomial .................................................................................. 41

    4.1.4.4 Potncia ...................................................................................... 41

    4.1.4.5 Exponencial ................................................................................ 42

    4.1.5 HISTRICO DOS PONTOS ANALISADOS DO

    SUPERAQUECEDOR TERCIRIO NA LINHA DO SOPRADOR DE

    FULIGEM ........................................................................................................ 43

  • xii

    4.1.5.1 Exemplos de curvas de tendncia da regio do superaquecedor

    tercirio na linha do soprador de fuligem utilizadas para a

    determinao da Matriz de Risco ........................................................... 47

    4.1.6 HISTRICO E CURVAS DE TENDNCIAS DOS PONTOS

    ANALISADOS DO SUPERAQUECEDOR TERCIRIO CURVAS ......... 52

    4.1.6.1 Exemplos de curvas de tendncia da regio das curvas do

    superaquecedor utilizadas para a determinao da Matriz de Risco ...... 54

    4.1.6.2 Exemplos de curvas de tendncia da regio das curvas do

    superaquecedor utilizadas para a determinao da Matriz de Risco ...... 60

    4.1.7 HISTRICO DOS PONTOS ANALISADOS DO NARIZ ................... 70

    4.1.7.1 Exemplos de curvas de tendncia da regio do Nariz utilizadas

    para a determinao da Matriz de Risco ................................................ 75

    4.1.8 HISTRICO DOS PONTOS ANALISADOS ACIMA DO TETO DE

    SEGURANA (1000 mm) ............................................................................... 84

    4.1.8.1 Exemplos de curvas de tendncia da regio das curvas do

    superaquecedor utilizadas para a determinao da Matriz de Risco ...... 87

    4.2 Rotinas da Inspeo de Medio de Espessura (MEUS) X Tempo de Parada . 91

    4.3 Anlise Crtica................................................................................................... 92

    4.4 Proposta do novo plano de inspeo ................................................................. 93

    5 CONCLUSO ................................................................................................ 95

    6 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................ 95

    APNDICE A - GUIA PARA INSPEO PERIDICA DE CALDEIRAS DE

    RECUPERAO (REVISO 2003/2004) .............................................................. 96

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................... 113

  • xiii

    RESUMO

    Este trabalho tem o objetivo de apresentar um novo plano de inspeo de medio de

    espessura (MEUS) baseado em risco e adequao ao uso para gerenciar a integridade

    estrutural das Caldeiras de Recuperao de lcalis de uma indstria de papel e celulose.

    feita uma anlise quantitativa do risco para as diversas regies localizadas no

    interior da caldeira de recuperao, atravs de anlises estatsticas de curvas de tendncias e

    de recomendaes do Comit de Caldeira de Recuperao do Brasil, avaliando a

    probabilidade de falha.

    So propostos planos de inspees, sempre respeitando os prazos mximos

    estabelecidos pela NR-13, de modo a manter o risco abaixo de um nvel tolervel,

    possibilitando assim um melhor aproveitamento dos recursos de inspeo.

  • xiv

    INTRODUO

    As atividades de inspeo em equipamentos e componentes durante a vida til de

    uma planta industrial demonstraram, ao longo dos anos, que as intervenes de manuteno

    so distribudas sob a orientao de diversas premissas, como atendimento a requisitos legais,

    disponibilidade dos equipamentos e minimizao dos riscos de falhas em operao. No caso

    brasileiro, o atendimento legal vigente refere-se Norma Regulamentadora do Ministrio do

    Trabalho NR13 Regulamentao de Segurana para Caldeiras e Vasos de Presso.

    Portanto, o planejamento focado em inspeo baseada em risco deve respeitar

    primordialmente os prazos mximos de campanhas definidos por esta norma.

    Diferente da NR-13 que estabelece os prazos mximos entre inspees de caldeiras

    e vasos de presso na Inspeo Baseada em Risco a periodicidade de inspees torna-se um

    fator decisivo para que se evite a ocorrncia e as conseqncias de um acidente.

    A tendncia estatstica de concentrao do alto risco em uma Caldeira de

    Recuperao de uma planta industrial fato observado na prtica. Com base nesta premissa,

    para se reduzir o risco global, necessrio aplicar planos de inspeo diferenciados para cada

    regio da caldeira. Verifica-se tambm que a efetividade destes planos pode aumentar com

    um levantamento mais preciso dos riscos individuais das regies, criando inclusive

    padronizaes para esta atividade. Com isto procura-se intensificar os gastos com manuteno

    onde o risco alto e diminu-los onde o risco baixo.

    Neste trabalho foi elaborado um plano otimizado de inspeo de medio de

    espessura com base na matriz de risco das regies internas de uma caldeira de recuperao

    (ex.: fornalha, superaquecedores,etc.), levando-se em considerao as recomendaes de

    inspees observadas pelo Comit de Segurana em Caldeiras de Recuperao e a anlise de

    tendncia baseada em histricos de inspeo para aplicao da inspeo baseada em risco

    (IBR). Os resultados serviro para organizar e padronizar as definies de servios de

    Inspeo da unidade.

  • 15

    1 PRODUO DE CELULOSE

    O processo de produo de celulose envolve todas as reas diretamente ligadas

    ao processamento da madeira para obteno da fibra. Essas reas so Ptio de Madeira,

    Linha de Pasta e Secagem.

    1.1 PTIO DE MADEIRA

    O Ptio de Madeira a rea que recebe a madeira e comea a prepar-la para a

    obteno da celulose. O abastecimento de madeira nas mesas receptoras

    responsabilidade do Transporte e Movimentao de Madeira (PSM). A partir da, o

    manuseio de madeira at a sua transformao em cavacos responsabilidade do Ptio

    de Madeira.

    Dentre as responsabilidades da equipe do Ptio de madeira, destacam-se:

    Manuteno das pontes rolantes que descarregam as toras nas mesas

    receptoras (a operao das pontes cabe equipe de Transporte e

    Movimentao de Madeira PSM).

    Operao e manuteno das mesas receptoras de madeira,

    descascadores, picadores e peneiras, transformando as toras em cavacos

    de dimenses apropriadas para a operao do Digestor.

    Estocagem dos cavacos em pilhas para a alimentao do Digestor.

    Processamento da casca proveniente do descascamento de toras em

    dimenses apropriadas para queimar na Caldeira Auxiliar.

    Processamento da madeira destinada gerao de energia e controle

    das pilhas para alimentao das caldeiras auxiliares.

    1.1.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

    Os principais equipamentos do Ptio de Madeira so:

    Descascador

    Picador

  • 16

    1.2 LINHA DE PASTA

    A linha de pasta engloba as etapas de Cozimento, Lavagem, Depurao da

    Pasta Marrom, Deslignificao, Branqueamento e a Planta Qumica.

    1.2.1 COZIMENTO E LAVAGEM

    O cozimento tem a funo de transformar os cavacos de madeira em polpa,

    atravs da dissoluo da lignina que compe a lamela mdia. Essa uma das etapas

    mais importantes do processo, pois nela que sero definidas algumas das principais

    caractersticas do produto final.

    O cozimento feito por dois digestores contnuos.

    A etapa de lavagem se resume na passagem da polpa cozida pelos difusores

    atmosfricos, visando substituir o licor negro que foi transportado junto com a polpa por

    um mais limpo.

    1.2.1.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

    Os principais equipamentos do processo de cozimento e lavagem so:

    Alimentador de alta presso

    Digestor

    Difusor radial

    1.2.2 DEPURAO

    A depurao consiste basicamente na separao das impurezas da madeira e

    dos pedaos de cavaco que no foram devidamente cozidos no digestor, tais como ns e

    outros materiais (areia, pedras, etc). Os rejeitos da depurao, dependendo de sua

    natureza, so removidos do processo ou retornam para serem reprocessados. Depois de

    depurada, a polpa uma massa homognea e marrom, pronta para ser branqueada.

    papel da depurao tambm remover o restante do licor preto da massa (que no saiu

    nos difusores), deixando a massa sem os produtos qumicos do cozimento e j sem a

  • 17

    lignina dissolvida, ou seja, deixa na massa apenas os produtos que s o branqueamento

    consegue remover.

    1.2.3 DESLIGNIFICAO COM O2

    A deslignificao com oxignio d continuidade ao processo de deslignificao

    iniciado no cozimento, mantendo a resistncia da pasta (viscosidade). As principais

    vantagens resultantes do processo de deslignificao so:

    Reduo de consumo de produtos qumicos no branqueamento.

    Reduo de carga de efluentes no branqueamento.

    Possibilidade de uso de seqncias de branqueamento ECF e TCF.

    O processo de deslignificao com oxignio depende de vrios fatores como

    espcie de madeira utilizada, tipo de cozimento, nmero Kappa na entrada, requisitos do

    produto final e custos operacionais. A seletividade da deslignificao com oxignio

    depende da temperatura, da carga de lcali, da quantidade de substncias dissolvidas

    transferidas ao estgio de deslignificao, da consistncia de pasta e da presso do

    oxignio. O grau de deslignificao obtido avaliado atravs de anlises do nmero

    Kappa em amostras de pasta coletadas antes e aps o reator.

    1.2.3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

    Os principais equipamentos do processo de deslignificao com O2 so:

    Bombas mc

    Misturador

    Reatores para oxidao

    Prensa lavadora

  • 18

    1.2.4 BRANQUEAMENTO

    A principal funo do branqueamento remover as impurezas que do cor

    celulose.

    Grande parte das caractersticas do produto final depende fortemente da

    seqncia utilizada no branqueamento da pasta. Sendo assim, o branqueamento a

    etapa mais importante no que diz respeito diferenciao dos produtos. Essa

    diferenciao feita alterando-se os qumicos utilizados e algumas condies de

    processo.

    1.2.5 PLANTA QUMICA

    A Planta Qumica produz o dixido de cloro (ClO2) e o dixido de enxofre

    (SO2) que sero utilizados na etapa de branqueamento da celulose. A Planta possui 3

    linhas de produo de dixido de cloro e uma de dixido de enxofre.

    As linhas 1 e 3 de ClO2 utilizam o processo R10 (soluo de clorato de sdio)

    para a produo, enquanto a linha 2 utiliza o R3 (soluo de clorato e cloreto de sdio).

    As solues de clorato so fornecidas via tubulao pela Nexen.

    A linha de produo de SO2 pode operar queimando o enxofre slido e depois

    solubilizando o gs gerado, ou solubilizando o SO2 gasoso comprado. Hoje

    preferencialmente o SO2 comprado.

    1.3 SECAGEM E ENFARDAMENTO

    A secagem compreende os processos de Depurao da Pasta Branqueada,

    Formao da Folha, Secagem e Enfardamento da celulose.

    A funo da Depurao remover as impurezas que possam ter sido

    transportadas juntamente com a pasta branqueada. Depois de depurada a pasta seguir

    para a mquina, onde ocorrer a formao e posterior secagem da folha.

    Depois de secas as folhas de celulose so ento cortadas e agrupadas em fardos

    de 250 kg que sero embalados e agrupados em uma unidade contendo 8 fardos (2

    toneladas ao todo).

  • 19

    1.3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

    Os principais equipamentos do processo de secagem e enfardamento so:

    Depuradores pressurizados

    Peneira vibratria

    Planta de canisters (ciclone)

    Caixa de entrada

    Mesa plana

    Primeira prensa - rolo pick-up

    Segunda prensa

    Terceira prensa superior e inferior

    Secador

    Torre de quebras

    2 CALDEIRAS GERAL

    2.1 Caldeiras Flamotubulares

    Tambm conhecidas como Pirotubulares, Fogotubulares ou, ainda, como

    Tubos de Fumaa, so aquelas nas quais os gases da combusto (fumos) atravessam a

    caldeira no interior de tubos que se encontram circundados por gua, cedendo calor

    mesma.

    2.1.1 Classificao

    Existem vrios mtodos de classificao das caldeiras flamotubulares (segundo

    o uso, a capacidade, a presso, a posio da fornalha, a posio dos tubos, os tamanhos,

    etc.). Adotaremos aqui dividi-las em:

  • 20

    2.1.1.1 Caldeira Vertical

    do tipo monobloco, constituda por um corpo cilndrico fechado nas

    extremidades por placas planas chamadas espelhos. So vrias as suas aplicaes por

    ser facilmente transportada e pelo pequeno espao que ocupa, exigindo pequenas

    fundaes. Apresenta, porm, baixa capacidade e baixo rendimento trmico.

    So construdas de 2 at 30 m, com presso mxima de 10 kg/m, sendo sua

    capacidade especfica de 15 a 16 kg de vapor por m de superfcie de aquecimento.

    Apresenta a vantagem de possuir seu interior bastante acessvel para a limpeza,

    fornecendo um maior rendimento no tipo de fornalha interna. So mais utilizadas para

    combustveis de baixo poder calorfico.

    2.1.1.2 Caldeira Horizontal

    Podem possuir fornalha interna ou externa. Faz-se aqui uma descrio dos

    diversos tipos de Caldeiras Horizontais.

    CALDEIRA CORNOVAGLIA

    Tem funcionamento simples, constituda por uma tubulao por onde

    circulam os gases produtos da combusto, transmitindo calor para a gua, que o

    circunda, por contato de sua superfcie externa. , em geral, de grandes dimenses

    (maior do que 100 m), tem baixo rendimento trmico e, devido ao seu tamanho, tem

    sua presso mxima limitada a 10 kg/m. Sua capacidade especfica varia de 12 a 14 kg

    de vapor por m de superfcie.

    Figura 2-1 Caldeira Cornovaglia

  • 21

    CALDEIRA LANCASHIRE

    Tambm conhecida como Caldeira Lancaster, a evoluo da caldeira anterior,

    possuindo 2 (s vezes 3 ou 4) tubules internos, alcanando superfcie de aquecimento

    de 120 a 140 m. Alguns tipos atingem de 15 a 18 kg de vapor por m de superfcie de

    aquecimento.

    Tanto a Caldeira Cornovaglia, como a Lancashire, est caminhando para o

    desuso devido s unidades modernas mais compactas.

    CALDEIRAS MULTITUBULARES

    A substituio dos tubules das caldeiras anteriores por vrios tubos de

    pequeno dimetro deu origem caldeira flamotubular multibular. So encontradas com

    duas ou trs voltas de chama, isto , os gases de combusto fazem duas ou trs voltas no

    interior da caldeira.

    Os dimetros dos tubos variam entre 2 a 4, de acordo com a aplicao.

    No permitem o uso de fornalha interna, sendo completamente revestida de alvenaria.

    Sua grande vantagem permitir a utilizao de qualquer combustvel, mas devido ao

    alto custo do refratrio, despesas de manuteno e alto custo de instalao. Este tipo de

    caldeira vem tendo sua aplicao industrial diminuda. Sua capacidade mxima de

    600kg de vapor por hora com presso mxima de 16 kg/m.

    CALDEIRAS LOCOMOTIVAS & LOCOMOVEIS

    As caldeiras locomoveis so uma adaptao e modificao das caldeiras

    locomotivas. Ainda que ideais por fcil mudana de local por serem portteis, elas tm

    limitaes no servio estacionrio.

    So multitubulares com a fornalha revestida completamente por dupla parede

    metlica formando uma cmara onde circula gua, tendo um razovel custo de

    construo. Possui vantagens de ser porttil, servio contnuo e excelente, com custo

    mnimo em condies severas de trabalho, assim como uma grande capacidade de

    produo de vapor em comparao com seu tamanho.

    Tem como desvantagens a pequena velocidade de circulao de gua e grandes

    superfcies metlicas. Suportam presses de 18 kg/m e chegam at 8000 kgVapor/h.

  • 22

    Tem aplicao em campos de petrleo, associados a mquinas de vapor na gerao de

    energia, em serrarias, etc.

    Figura 2-2 Caldeira Locomotivas e Locomveis

    CALDEIRAS ESCOCESAS

    o tipo mais moderno e evoludo de caldeiras flamotubulares,

    No exige gastos com instalaes especiais ou custosas colunas de ao ou

    alvenaria, bastando uma fundao simples e nivelada, as ligaes com a fonte de gua,

    eletricidade e esgoto para entrar imediatamente em servio. Tm controle eletrnico de

    segurana e funcionamento automtico arrancando to logo sejam ligados os

    interruptores.

    A caldeira consta de um corpo cilndrico que contm um tubulo sobre o qual

    existe um conjunto de tubos de pequeno dimetro. Tem geralmente uma cmara de

    combusto de tijolos refratrios na parte posterior, a que recebe os gases produtos da

    combusto, e os conduz para o espelho traseiro.

    Essas unidades operam com leo ou gs (banha derretida), sendo a circulao

    garantida por ventiladores (tiragem mecnica). As unidades compactas alcanam

    elevado rendimento trmico, garantindo 83%. So construdas at a mxima produo

    de 10 tonV/h a uma presso mxima de 18 kg/m. Sua vaporizao especfica atinge

    valores da ordem de 30 a 34 kgV/m, dependendo da perda de carga oferecida pelo

    circuito.

  • 23

    Os gases circulam com grande velocidade, de 20 a 25 m/s, permitindo a

    obteno de elevado ndice de transmisso de calor. A perda por radiao muito baixa,

    no ultrapassando 1%.

    Figura 2-3 Caldeira Escocesa

    2.2 Caldeiras Aquatubulares

    Tambm conhecidas como Caldeiras Tubos de gua ou Aquatubulares se

    caracterizam pelo fato dos tubos situarem-se fora dos tubules da caldeira (tambor)

    constituindo com estes um feixe tubular.

    Diferenciam-se das Pirotubulares no fato da gua circular no interior dos tubos

    e os gases quentes se acham em contato com sua superfcie externa.

    So empregadas quando interessa obter presses e rendimentos elevados, pois

    os esforos desenvolvidos nos tubos pelas altas presses so de trao ao invs de

    compresso, como ocorre nas pirotubulares, e tambm pelo fato dos tubos estarem fora

    do corpo da caldeira obtemos superfcies de aquecimento praticamente ilimitadas.

    Os objetivos a que se prope uma caldeira aquotubular abrangem uma grande

    faixa e em vista disto temos como resultado muitos tipos e modificaes, tais como

    tubos retos, tubos curvos de um ou vrios corpos cilndricos, enfim a flexibilidade

    permitida possibilita vrios arranjos.

    2.2.1 Classificao

    Como vimos as caldeiras aquotubulares poderiam ser classificadas de diversas

    maneiras, mas iremos dividi-las em:

  • 24

    2.2.1.1 Caldeiras de Tubos Retos

    Podendo possuir tambor transversal ou longitudinal, estas caldeiras so ainda

    bastante utilizadas devido a possurem fcil acesso aos tubos para fins de limpeza ou

    troca, causarem pequena perda de carga, exigir chamins pequenas, e porque tambm

    todos os tubos principais so iguais necessitando de poucas formas especiais.

    As Figuras 2-4 e 2-5 mostram dois exemplos de caldeiras aquatubulares com

    tubos retos de tambor longitudinal e transversal respectivamente.

    Os tubos de gua, normalmente de 4, so inclinados de aproximadamente 22,

    sendo ligados nas extremidades aos coletores tambm chamados cmaras onduladas,

    formando com o tubulo um circuito fechado por onde circula a gua que entra pela

    parte inferior do tambor, desce pelo interior do coletor posterior e sobe pelos tubos

    inclinados onde se forma o vapor. A mistura de vapor e gua ascende rapidamente pelo

    coletor frontal retornando ao tambor onde tem lugar a separao entre o vapor e a gua.

    Figura 2-4 Exemplo de caldeira aquatubular de tubos retos

    Figura 2-5 Caldeira aquatubular de tubos retos

  • 25

    Estas caldeiras podem ser adaptadas produo de energia e possui um

    aprecivel volume de gua, fator importante para vrias aplicaes. Sua superfcie de

    aquecimento varia de 67 a 1.350 m, com presses de at 45 kg/m para capacidades

    variando de 3 a 30 tVapor/h.

    Seu inconveniente se restringe no fato de que os tubos terminam em coletores

    cujas paredes devem estar em esquadro com a linha central dos tubos para que as juntas

    de vapor possa se encaixar aos extremos dos tubos contra as paredes dos coletores, e por

    possurem baixa vaporizao especfica, da ordem de 20 a 25 kg.Vapor/m.

    2.2.1.2 Caldeiras de Tubos Curvos

    A utilizao de vapor em centrais trmicas exigia geradores de grande

    capacidade de produo e com isto as caldeiras de tubos curvos, devido sua ilimitada

    capacidade de produzir vapor, tomaram uma posio de grande importncia para casos

    desta natureza.

    So compostas por tubos curvos ligados tambores e suas concepes iniciais

    possuam quatro e at cinco tambores, sendo revestidos completamente por alvenaria.

    Atualmente, por motivos de segurana, economia e para eliminar o uso de

    peas de grande dimetro, o nmero de tambores foi reduzido a dois (2) e com um nico

    tambor, sendo este ltimo aplicado a unidade de altas presses e capacidades. As

    paredes de refratrio representavam um custo enorme das instalaes por isto

    desenvolveram-se estudos quanto a um melhor aproveitamento do calor irradiado, e a

    aplicao de paredes de gua veio eliminar o uso destes custosos refratrios.

    Com o maior proveito do calor gerado, alem de reduzir o tamanho da caldeira,

    promove-se uma vaporizao mais rpida e aumenta-se a vida do revestimento das

    cmaras de combusto.

    Este tipo de caldeira encontra uma barreira para sua aceitao comercial no que

    se refere ao fato de exigirem um controle especial da gua de alimentao (tratamento

    da gua), embora apresente inmeras vantagens, tais como, manuteno fcil para

    limpeza ou reparos, rpida vaporizao, sendo o tipo que atinge maior vaporizao

    especifica com valores de 28 a 30 kg.V/m nas instalaes normais, podendo atingir at

    50kg.V/m nas caldeiras de tiragem forada.

  • 26

    2.2.1.3 Caldeiras com Circulao Forada

    A diferena de pesos especficos da gua de alimentao fria, com a gua

    aquecida e misturada com bolhas de vapor promove uma circulao natural da gua no

    interior dos tubos. Fatores como incrustaes, variaes de carga, etc., acabam por

    tornar-se obstculos a esta circulao, portanto, apesar de vrios cuidados tomados, no

    se consegue uma circulao orientada, ou como chamada, uma circulao positiva.

    Baseado nisto substituiu-se a circulao por gravidade pela circulao forada

    por uma bomba de alimentao e com isto reduz-se o dimetro dos tubos, aumenta-se o

    circuito de tubos e estes podem dispor-se em forma de uma serpentina contnua

    formando o revestimento da fornalha, melhorando-se a transmisso de calor e

    reduzindo-se o tamanho dos tambores, coletores e tornando mnimo o espao requerido.

    Foi Mark Benson da Siemens alem o autor deste tipo de caldeira, que se

    caracterizava pelo fato de no utilizarem bomba de recirculao ou tambor, trabalhando

    com presses supercrticas, exigindo assim um controle rigoroso.

    Aproveitando calor do superaquecedor (~4%) para a gua de alimentao, a

    Sulzer apresentou seu modelo trabalhando com uma presso a 140 kgf/cm e com

    sensveis aparelhos para controlar o superaquecimento desejado atravs do controle da

    combusto e da circulao de gua.

    Baseados no modelo da Sulzer, a La Mont e a Velox desenvolveram seus

    modelos chamados de circulao favorecida por possurem uma bomba de

    recirculao que trabalha no primeiro caso com presses superiores da caldeira de

    40lb/pol em mdia, tendo aplicao satisfatria em caldeiras de recuperao

    consumindo menos de 1% da energia produzida.

    Na caldeira Velox, que alcana rendimento trmico de at 90% e por isto vem

    adquirindo grande aceitao na Europa, os gases da cmara de combusto so

    comprimidos de 1 a 2 kgf/cm por meio de um ventilador acionado por uma turbina a

    gs que utiliza os gases de escape da caldeira. Devido a compresso, ha um aumento da

    densidade dos gases e de sua velocidade at valores prximos a 200 m/s, melhorando-se

    assim a transmisso de calor em alguns casos com coeficientes 15 vezes maiores que

    nos casos comuns.

    Por este motivo a caldeira requer aproximadamente l/4 do espao e pesa um

    stimo (1/7) do valor de geradores convencionais de mesma capacidade de produo de

    vapor. Outras vantagens atribudas a este tipo so uma resposta rpida aos controles e

  • 27

    rpida entrada em funcionamento (5 a 7 minutos), alcanando uma vaporizao

    especifica de ate 500 kg.v/m.h.

    A Figura 2-6 abaixo representa uma caldeira de circulao forada com

    recirculao. O vapor produzido e a gua sem vaporizar entram em um cilindro vertical

    no qual canais centrfugos dirigem a gua para o fundo e o vapor saturado sobe pelo

    centro. A gua volta a entrar na bomba de circulao de onde injetada no gerador de

    novo.

    Figura 2-6 Caldeira de circulao forada com recirculao

    Um gerador deste tipo produz aproximadamente 2.750 kg.v/h ocupando um

    espao de 2,1 x 2,1m.

    As caldeiras de circulao forada devido, entre outras coisas, a serem mais

    leves, formarem vapor praticamente seco ou superaquecido e instantaneamente,

    ocuparem menor espao e possurem grandes coeficientes de transmisso de calor,

    pareciam tomar conta completamente do mercado, porm o seu uso apresentou certos

    inconvenientes como super sensibilidade, paradas constantes por mnimos problemas,

    etc., o que levou La Mont a elaborar juntamente com W. Vorkauf um outro tipo sem

    bomba de alimentao (circulao natural), porm com tubulo ligado tubos de grande

    dimetro que por sua vez se ligam ao feixe de troca de calor de tubos com dimetros

    menores (Figura 2-7). Este tipo teve grande aceitao dos usurios, pois aproveitou as

    vantagens das caldeiras de circulao forada e eliminou os defeitos das mesmas.

  • 28

    Figura 2-7 Caldeira de La Mont e W. Workauf de circulao natural, porm com tubulo ligado tubos

    de grande dimetro que por sua vez se ligam ao feixe de troca de calor de tubos com dimetros menores.

    2.2.2 Aplicao e Utilizao das Caldeiras Aquotubulares

    As caldeiras tubos de gua perseguem os mesmos objetivos de uma caldeira

    qualquer, isto , custo reduzido, compacta cidade, ser acessvel, tubos com forma

    simples, boa circulao, coeficiente de transmisso de calor elevado e alta capacidade

    de produo de vapor. Poderia se dizer que este tipo atinge todos ou quase todos dos

    objetivos pretendidos, como por exemplo, a sua limpeza facilmente realizada pois as

    incrustaes so retira das sem dificuldade utilizando um dispositivo limpa-tubo movido

    com gua ou ar.

    Possuem as mais variadas aplicaes industriais sendo tambm usadas para

    caldeiras de recuperao e aplicaes martimas, tipo este estudado com maiores

    detalhes por Engenheiros Navais. Porm, destacamos sua utilizao em centrais

    trmicas onde trabalham com elevadas presses de ate 200 kg/m e capacidades

    atingindo valores de aproximadamente 800 t.V/h.

    Com respeito s grandes centrais trmicas, no e raro um alto consumo de

    combustve1 e por isto qualquer aumento de rendimento, por menor que seja, torna-se

    econmico mesmo se os investimentos aplicados forem grandes.

    Em caldeiras de presses elevadas, devido aos grandes esforos aplicados, os

    tambores resultam um custo muito elevado por isto conclui-se que seu nmero e

    tamanho deva ser o menor possvel, e isto funo dos seguintes fatores:

  • 29

    Rendimento

    Tipo de combustvel

    Natureza da carga

    Presso de trabalho

    Ampliaes futuras

    Espao disponvel e

    Condies do clima

    Em resumo, as caldeiras aquatubulares so empregadas quase exclusivamente

    quando interessa obter elevadas presses grandes capacidades e altos rendimentos.

    3 CALDEIRAS DE RECUPERAO

    3.1 INTRODUO TERICA

    As caldeiras de recuperao tm por funo a gerao de vapor a partir do licor

    de negro e recuperar os qumicos utilizados no processo de cozimento.

    As caldeiras de recuperao so caldeiras aquatubulares de fabricao especial,

    desenvolvidas para a recuperao de produtos qumicos, queimando para isso o licor

    rico em matria orgnica proveniente do processo de cozimento da madeira em um

    ambiente redutor (pobre em oxignio). A fornalha destas caldeiras desenvolvida de

    forma a facilitar a remoo e o resfriamento do smelt que composto de

    aproximadamente 2/3 de Na2CO3 e 1/3 de Na2S, contendo tambm pequenas

    quantidades de Na2SO4 e carbono.

    O licor contendo cerca de 25% de gua pulverizado no interior da fornalha

    por bicos que o transformam em gotculas. Essas gotculas devem ser grandes o

    suficiente para prevenir seu arraste para as regies superiores da caldeira, e pequenas o

    suficiente para que estejam secas antes de atingirem a camada de fundido evitando

    assim o contato da gua com o smelt.

    O licor negro queima em estgios sobrepostos, de maneira similar a outros

    combustveis slidos e lquidos. Os quatro principais estgios so a secagem, a

    devolatilizao (pirlise), a queima do carbono, e a coalescncia e reaes do smelt.

    A parte orgnica do licor consiste de produtos degradados de lignina,

    polissacardeos e alguns extrativos. Quando a temperatura das gotculas se aproxima de

  • 30

    200 C esses produtos comeam a sofrer degradao trmica, liberando CO2, CO, H2O,

    H2S, NO, NH3, hidrocarbonetos leves, mercaptanas e outros compostos

    organossulfurados. Esse processo chamado devolatilizao. O slido restante contm

    material orgnico no voltil, principalmente carbono, juntamente com a maioria do

    material inorgnico.

    Ao final da etapa de devolatilizao cerca de 50% do carbono presente

    inicialmente no licor se transforma em compostos volteis. O slido orgnico restante

    na partcula passa ento a terceira etapa, juntamente com o material inorgnico, onde ir

    reagir com oxignio, CO2 e vapor dgua e se transformar principalmente em CO

    (monxido de carbono). No processo o sulfato reage com o carbono, o CO e hidrognio

    e reduzido a sulfeto. A seguir so listadas as principais reaes que ocorrem na

    camada de fundido e no smelt.

    As Caldeiras de Recuperao tm duas funes principais, que so:

    recuperao dos materiais inorgnicos presentes no licor negro e a combusto dos

    constituintes orgnicos, de modo a gerar vapor para energia e para o processo.

    Figura 3-1 Caldeira de Recuperao com indicao das principais regies

  • 31

    Caldeiras de Recuperao possuem duas diferentes sees principais: a seo

    da fornalha e a seo de transferncia de calor. Toda mistura e combusto do

    combustvel e do ar realizada na seo da fornalha, onde por volta de 40% da

    transferncia de calor dos gases de combusto podem ser realizadas. A transferncia de

    calor para a gua da caldeira para gerar vapor de alta presso ento finalizada na seo

    transferncia de calor convectiva.

    Seo da fornalha: a seo da caldeira onde so admitidos os sistemas de ar

    primrio, secundrio e tercirio, em diferentes nveis, bem como o licor negro a ser

    queimado. Suas paredes so construdas com tubulaes alinhadas verticalmente e

    interligadas em suas extremidades, sendo que na extremidade superior ligam-se aos

    coletores de vapor (que por sua vez se ligam ao balo de vapor) e na extremidade

    inferior ao coletor de gua (que se ligam aos downcomers). As paredes da fornalha

    possuem aberturas (atravs dos desvios de tubulaes) para portas de visita, sistemas de

    alimentao de ar (primrio, secundrio e tercirio), para os bicos de asperso de licor e

    para os queimadores de carga e partida.

    O limite entre a seo da fornalha e a seo de transferncia de calor no existe

    fisicamente, mas pode-se considerar na altura do nariz da fornalha (bullnose), cujos

    objetivos principais so desviar os gases de sada, induzindo-os a passar pelo sistema de

    superaquecedores e tambm proteger os superaquecedores da radiao intensa

    proveniente da fornalha.

    Seo de transferncia de calor: nessa seo, situada acima da fornalha, esto

    os sistemas de superaquecedores, convectores (boiler bank) e de economizadores.

    Os superaquecedores consistem em sistemas de tubulaes pela qual passa

    vapor saturado proveniente do balo de vapor e, devido ao contato desta tubulao com

    os gases quentes de sada, tero sua temperatura e presso elevado. Localizam-se a

    frente dos convectores e acima do nariz da fornalha, possuindo quantidade de feixes de

    tubulaes e arranjo distintos, dependendo do fabricante e da tecnologia adotada.

    Os convectores encontram-se aps os superaquecedores e antes dos

    economizadores. So compostos por feixes de tubulaes interligadas aos bales da

    caldeira (dependendo da tecnologia utilizada tm-se 1 ou 2 bales) que recebem a gua

    aquecida nos economizadores e trocam calor com os gases de combusto vindos dos

    superaquecedores, atravs de um processo de circulao natural (conveco).

    Os economizadores tambm so feixes de tubulaes que tm como objetivo

    aquecer a gua de alimentao da caldeira em contracorrente com os gases quentes que

  • 32

    passaram pelos convectores, aproveitando ainda mais sua energia. Existem em nmero

    de dois ou trs feixes, dependendo do fabricante e da tecnologia adotada.

    3.2 MTODO DE ENSAIO POR ULTRA-SOM

    3.2.1 PRINCPIOS BSICOS DO MTODO

    3.2.1.1 Introduo:

    Sons extremamente graves ou agudos podem passar despercebidos pelo

    aparelho auditivo humano, no por deficincia deste, mas por caracterizarem vibraes

    com freqncias muito baixas, at 20Hz (infra-som) ou com freqncias muito altas

    acima de 20 kHz (ultra-som), ambas inaudveis.

    Como sabemos, os sons produzidos em um ambiente qualquer, refletem-se ou

    reverberam nas paredes que consistem o mesmo, podendo ainda ser transmitidos a

    outros ambientes.

    Fenmenos como este apesar de simples e serem freqentes em nossa vida

    cotidiana, constituem os fundamentos do ensaio ultra-snico de materiais.

    No passado, testes de eixos ferrovirios, ou mesmos sinos, eram executados

    atravs de testes com martelo, em que o som produzido pela pea, denunciava a

    presena de rachaduras ou trincas grosseiras pelo som caracterstico.

    Assim como uma onda sonora, reflete ao incidir num anteparo qualquer, a

    vibrao ou onda ultra-snica ao percorrer um meio elstico, refletir da mesma forma,

    ao incidir num anteparo qualquer, a vibrao ou onda ultra-snica ao percorrer um meio

    elstico, refletir da mesma forma, ao incidir numa descontinuidade ou falha interna a

    este meio considerado. Atravs de aparelhos especiais, detectamos as reflexes

    provenientes do interior da pea examinada, localizando e interpretando as

    descontinuidades.

    Figura 3-2 Funcionamento esquemtico de um aparelho de ultra-som

  • 33

    3.2.1.2 Finalidade do Ensaio

    O ensaio por ultra-som caracteriza-se num mtodo no destrutivo que tem por

    objetivo a deteco de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais

    variados tipos ou forma de materiais ferrosos ou no ferrosos e medies de espessura

    em tubulaes.

    Tais defeitos so caracterizados pelo prprio processo de fabricao da pea ou

    componentes a ser examinada, como por exemplo, bolha de gs fundido, dupla

    laminao em laminados, micro-trincas em forjados, escoria em unies soldadas e

    muitos outros.

    Portanto, o exame ultra-snico, assim como todo exame no destrutivo, visa

    diminuir o grau de incerteza na utilizao de materiais ou peas de responsabilidades.

    Figura 3-3 Realizao do teste de ultra-som

    3.2.1.3 Campo de Aplicao

    Em 1929 o cientista Sokolov fazia as primeiras aplicaes da energia snica

    para atravessar materiais metlicos, enquanto que 1942 Firestone utilizou o princpio da

    ecosonda ou ecobatmetro, para exames de materiais. Somente em l945 o ensaio ultra-

    snico iniciou sua caminhada em escala industrial, impulsionado pelas necessidades e

    responsabilidades cada vez maiores. Hoje, na moderna indstria, principalmente nas

    reas de caldeiraria e estruturas martimas, o exame ultra-snico, constitui uma

    ferramenta indispensvel para garantia da qualidade de peas de grandes espessuras,

    geometria complexa de juntas soldadas, chapas.

    Na maioria dos casos, os ensaios so aplicados em aos-carbonos e em menor

    porcentagem em aos inoxidveis. Materiais no ferrosos so difceis de serem

    examinados e requerem procedimentos especiais.

  • 34

    3.2.2 Limitaes em Comparao com outros Ensaios

    Vantagens em relao a outros ensaios:

    O mtodo ultra-snico possui alta sensibilidade na detectabilidade de pequenas

    descontinuidades internas, por exemplo:

    Trincas devido a tratamento trmico, fissuras e outros de difcil

    deteco por ensaio de radiaes penetrantes (radiografia ou

    gamagrafia).

    Para interpretao das indicaes, dispensa processos intermedirios,

    agilizando a inspeo.

    No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo

    de revelao do filme, que via de regra demanda tempo do informe de

    resultados.

    Ao contrrio dos ensaios por radiaes penetrantes, o ensaio ultra-

    snico no requer planos especiais de segurana ou quaisquer

    acessrios para sua aplicao.

    A localizao, avaliao do tamanho e interpretao das

    descontinuidades encontradas so fatores intrnsecos ao exame ultra-

    snico, enquanto que outros exames no definem tais fatores. Por

    exemplo, um defeito mostrado num filme radiogrfico define o

    tamanho, mas no sua profundidade e em muitos casos este um fator

    importante para proceder a um reparo.

    Limitaes em relao a outros ensaios:

    Requer grande conhecimento terico e experincia por parte do

    inspetor.

  • 35

    O registro permanente do teste no facilmente obtido.

    Faixas de espessuras muito finas constituem uma dificuldade para

    aplicao do mtodo.

    Requer o preparo da superfcie para sua aplicao. Em alguns casos de

    inspeo de solda, existe a necessidade da remoo total do reforo da

    solda, que demanda tempo de fbrica.

    3.2.3 APARELHAGEM

    Descrio dos Aparelhos Medidores de Espessura por ultra-som.

    Os medidores de espessura por ultra-som podem se apresentar com circuitos

    digitais ou analgicos, e so aparelhos simples que medem o tempo do percurso snico

    no interior do material, atravs da espessura, registrando no display o espao percorrido,

    ou seja, a prpria espessura. Operam com transdutores duplocristal, e possuem exatido

    de dcimos ou at centsimos dependendo do modelo.

    Figura 3-4 Aparelho medidor de espessura por ultra-som

    So aparelhos bastante teis para medio de espessuras de chapas, tubos,

    taxas de corroso em equipamentos industriais, porm para a obteno de bons

    resultados, necessria sua calibrao antes do uso, usando blocos com espessuras

    calibradas e de mesmo material a ser medido, com o ajuste correto da velocidade de

    propagao do som do aparelho.

    Os aparelhos medidores modernos de espessura digital so dotados de circuitos

    de memria que podem armazenar centenas de dados referentes a espessuras medidas e

  • 36

    aps, conectando na impressora, pode-se obter um relatrio completo das medidas

    efetuadas e as condies usadas.

    3.3 CARACTERSTICAS TCNICAS DA CALDEIRA DE RECUPERAO DA

    EMPRESA DE CELULOSE EM ESTUDO E APLICAO DESTE

    TRABALHO

    O estudo de otimizao de inspeo de medio de espessura est sendo

    embasado na Caldeira de Recuperao de lcalis A de uma Planta Industrial de Papel e

    Celulose.

    Os parmetros de processo e dados tcnicos da caldeira de recuperao

    supracitada encontram-se nas Figuras 3-5 e 3-6.

    Figura 3-5 Caractersticas Tcnicas das Caldeiras de Recuperao

  • 37

    Figura 3-6 Dados tcnicos das Caldeiras de Recuperao

    3.3.1 Breve histrico da Caldeira de Recuperao em Estudo

    A caldeira de recuperao de lcalis da fbrica A foi fornecida em 1978 pela

    GOTAVERKEN da Sucia, no ano de 2001 passou por uma grande reforma (Retrofit),

    visando o aumento de sua capacidade de produo. Naquela reforma toda a fornalha e

    sistemas de superaquecedores e economizadores foram trocados (Kvaerner) e foi

    instalado um novo precipitador eletrosttico. O investimento total da reforma foi da

    ordem de US$ 80 milhes.

    Encontram-se nas pginas seguintes, Figura 3-7 e 3-8, as configuraes da

    CRA antes e aps o Retrofit.

  • 38

    249

    250

    251

    252

    E

    C

    O

    N

    O

    M

    I

    Z

    A

    D

    O

    R

    III

    253

    254

    256

    255

    M

    264

    263

    261

    262

    R

    II

    260

    259

    A

    O

    D

    Z

    I

    O

    O

    N

    C

    E

    257

    258

    M

    R

    I

    A

    D

    O

    I

    Z

    269

    270

    267

    268

    O

    N

    O

    E

    C

    265

    266

    243

    244

    A

    K

    N

    B

    288

    287

    248

    247

    242

    241

    286

    285

    238

    237

    R

    E

    S

    C

    E

    N

    P

    R

    I

    M

    A

    R

    I

    O

    I

    C

    D

    N

    U

    E

    S

    A

    R

    I

    O

    I

    III

    R

    O

    I

    A

    M

    R

    P

    I

    III

    R

    O

    I

    A

    M

    R

    P 223

    224

    211

    212201

    202

    205

    206

    284

    283215

    216

    207

    208

    214

    213

    230

    229

    232

    231

    227

    228209

    210 234

    233

    218

    217

    219

    220

    221

    222

    EL. 70380

    EL. 68900

    6 1/2 Andar

    EL. 34525

    EL. 32325

    EL. 29025

    EL. 28025

    EL. 26345

    EL. 25367,6

    EL. 23700

    PISO

    FOR 2

    FOR 1

    FOR 3

    EL. 23100

    EL. 21500

    EL. 24400

    PRIMARIO IENTRADA DE AR

    PRIMARIO IIENTRADA DE AR

    SECUNDARIO IENTRADA DE AR

    FOR 4

    50

    ZONA PINADATERMINO DA

    ENTRADA DE ARSECUNDARIO II/TERCIARIO

    1000FOR 6

    EL. 48100

    TETO DESEGURANCA

    EL. 51120,8

    NARIZBV BV

    A DB C

    BV

    1000

    A DB C

    FOR 5

    225

    226

    239

    240

    245

    246

    ECONOMIZADOR I

    ECONOMIZADOR II

    ECONOMIZADOR III

    BANK

    SH PRIMARIO II

    SH PRIMARIO III

    SH SECUNDARIO

    SCREEN (PRIMARIO I)

    PAREDE FRONTALBICAS DE SMELT PORTA DE VISITA

    1 91

    1 90

    1 111

    1 54

    127

    FORNALHA

    1112

    PAREDE TRASEIRA(SUL)

    1081

    PLE(LESTE)PATIO

    PLD

    1110

    (OESTE)

    SH PRIMARIO III

    B

    D

    A

    F

    c

    E

    SH PRIMARIO II

    SCREEN (PRIMARIO I)

    BD

    AF

    c E

    B

    B

    A

    A

    cD

    SH SECUNDARIO

    BF

    DH

    A E

    c KL

    JI

    G

    A

    B

    C

    Bocais de Ar/Queimador de Partida e Sopradores de Fuligem

    LEGENDA

    ASTM-T12

    ST-35.8 II

    ASTM-T22

    Figura 3-7 Configurao da Caldeira de Recuperao A antes do Retrofit

  • 39

    CR"A"

    ELEV. 36893

    ELEV. 31225

    ELEV. 26017

    ELEV. 23842

    ELEV. 35393

    CARBONO

    COMPOSTO

    AR TERCIRIO

    QUEIMADORES DE LICORB.V

    AR SECUNDRIO E QUEIMADORES DE PARTIDA

    ELEV. 22680BICAS DE SMELT

    AR PRIMRIO

    P.F

    BIC

    AS

    P.FP.T

    A 1

    B 1

    A 2A 3

    B 2B 3

    MEDIDAS EFETUADAS

    CURVAS SUP. e INF. DO NARIZ

    1

    12

    2

    12 1

    7

    8

    1

    7

    5

    1

    7

    6

    3 4 5 1

    7

    5

    1

    7

    8

    1

    7

    7

    1

    7

    6

    1

    7

    7

    1

    543

    146

    2

    4

    33

    4

    143

    143144

    142

    145 144

    145

    P.L.E

    P.L.D

    P.T FORNALHA

    ATENO: O (1), prime iro tubo da P.F. o 2 tubo do piso e o tubo 145

    da P.F. o penltim o tubo do piso

    PF

    - Bic

    as

    SH

    PRIM.

    I

    SH

    SEC.

    II

    SH

    SEC.

    IISH

    TERC.

    SH

    PRIM.

    I

    WATER SCREEN

    NARIZ

    BANK I

    BA

    NK

    II

    BA

    NK

    IIIECO

    IECO

    II

    ECO

    III

    TETO DE SEGURANA

    ELEV. 67600

    ELEV. 64700

    ELEV. 61700

    ELEV. 58700

    ELEV. 55420

    ELEV. 47000

    ELEV. 49287

    ELEV. 51250

    ELEV. 47525

    A

    B

    C

    A

    BC

    A B

    A

    BC

    A

    BC

    SA213T12+ COMPOSTO

    SA210A1

    304L/SA210A

    SA209T1

    SA213T12

    Legenda -Cores- Materiais

    SOPRADORES

    PORTAS DE INSPEO

    SANICRO 38 + 210A1

    Figura 3-8 Configurao da Caldeira de Recuperao A aps o Retrofit

  • 40

    4 ESTUDO DE CASO

    4.1 HISTRIO DE INSPEO DE MEDIO DE ESPESSURA E CURVAS DE

    TENDNCIAS

    Para a confeco do Novo Plano de Rotinas de Medio de Espessura foram

    analisados e plotadas Curvas de Tendncia para todos os pontos localizados em cada

    regio onde so realizadas as Inspees de Medio de Espessura.

    Com base nas recomendaes do Comit de Segurana em Caldeiras de

    Recuperao do Brasil e na experincia dos Especialistas em inspeo de Caldeiras de

    Recuperao, foram pr-selecionados os pontos mais crticos pertencentes a cada regio

    da caldeira Tabela 4- 79.

    Traadas as curvas de tendncia, com base nas recomendaes do Comit de

    Segurana em Caldeiras de Recuperao do Brasil e na Metodologia de Inspeo

    Baseada em Risco, foi elaborado o Novo Plano de Inspeo de Medio de Espessura

    em Caldeiras de Recuperao.

    Foi realizada uma amostragem das curvas de tendncia de algumas regies da

    caldeira para serem includas neste trabalho objetivando exemplificar a metodologia

    empregada na elaborao do Novo Plano de Inspeo.

    4.1.1 SOBRE AS CURVAS (LINHAS) DE TENDNCIA

    4.1.2 O que so linhas de tendncia?

    As linhas de tendncia so usadas para exibir graficamente tendncias nos

    dados e analisar problemas de previso. Esta anlise tambm chamada de anlise de

    regresso. Usando a anlise de regresso, voc pode estender uma linha de tendncia em

    um grfico alm dos dados reais para prever valores futuros.

    4.1.3 Segurana das linhas de tendncia

    Os tipos de dados existentes determinam o tipo de linha de tendncia que deve

    ser usado.

    mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##

  • 41

    Uma linha de tendncia mais segura quando seu valor de R-quadrado (valor

    de R-quadrado: um indicador de 0 a 1 que revela o grau de correspondncia entre os

    valores estimados para a linha de tendncia e os dados reais. A linha de tendncia

    mais confivel quando o valor de R-quadrado 1 ou prximo de 1. Conhecido tambm

    como coeficiente de determinao.) ou aproxima-se de 1.

    4.1.4 Tipos de Linhas de Tendncia

    4.1.4.1 Linear

    Uma linha de tendncia linear uma linha reta de melhor ajuste usada com

    conjuntos de dados lineares simples. Seus dados sero lineares se o padro nos pontos

    de dados se parece com uma linha. Uma linha de tendncia linear geralmente mostra

    que algo est aumentando ou diminuindo com uma taxa fixa.

    4.1.4.2 Logartimica

    Uma linha de tendncia logartmica uma linha curva de melhor ajuste usada

    quando a taxa de alterao nos dados aumenta ou diminui rapidamente e depois se

    nivela. Uma linha de tendncia logartmica pode usar valores negativos e/ou positivos.

    4.1.4.3 Polinomial

    Uma linha de tendncia polinomial uma linha curva usada quando os dados

    flutuam. til, por exemplo, para analisar ganhos e perdas em um conjunto de dados

    amplo. A ordem da polinomial pode ser determinada pelo nmero de flutuaes nos

    dados ou por quantas dobras (picos e vales) aparecem na curva. Uma linha de tendncia

    polinomial de ordem 2 geralmente s possui um pico ou vale. A ordem 3 geralmente

    possui um ou dois picos ou vales. A ordem 4 geralmente possui at trs.

    4.1.4.4 Potncia

    Uma linha de tendncia de potncia uma linha curva usada com conjuntos de

    dados que comparam medidas que aumentam as taxas especficas por exemplo, a

    mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##mk:@MSITStore:C:/Arquivos%20de%20programas/Microsoft%20Office/Office10/1046/xlmain10.chm::/html/xldecAddModifyAndDeleteTrendlinesInAChart.htm##

  • 42

    acelerao de um carro de corrida em intervalos de 1 segundo. No poder ser criar uma

    linha de tendncia de potncia se seus dados contiverem valores zero ou negativos.

    4.1.4.5 Exponencial

    Uma linha de tendncia exponencial uma linha curva usada quando os

    valores de dados estiverem crescendo ou caindo com taxas cada vez mais altas. No

    poder ser criar uma linha de tendncia exponencial se seus dados contiverem valores

    zero ou negativos.

  • 43

    4.1.5 HISTRICO DOS PONTOS ANALISADOS DO SUPERAQUECEDOR

    TERCIRIO NA LINHA DO SOPRADOR DE FULIGEM

    ELEVAO 55.420

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    1 6,2 6,2 6,2 6,0

    9 6,4 6,2 6,1 5,9

    15 6,3 6,2 6,0 5,9

    25 6,3 6,3 6,1 5,9

    35 6,2 6,2 6,0 5,7

    Tabela 4-1 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 55.420

    ELEVAO 61.890

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    2 6,1 6,1 5,9 5,8

    6 6,2 6,0 5,9 5,8

    15 6,3 6,2 6,0 5,9

    19 6,4 6,2 6,0 5,9

    33 6,4 6,3 6,1 6,0

    Tabela 4-2 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 61.800

    ELEVAO 58.890

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    1 6,3 6,2 5,9 5,9

    6 6,2 6,2 6,1 6,0

    11 6,6 6,4 6,3 5,9

    17 6,3 6,2 6,0 5,9

    35 6,2 6,2 6,0 5,9

    Tabela 4-3 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 58.890

  • 44

    ELEVAO 64.890

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    2 6,1 6,0 5,9 5,9

    4 6,3 6,2 5,2 5,2

    18 6,1 6,0 5,9 5,8

    29 6,4 6,2 6,1 6,0

    33 6,5 6,3 6,2 6,1

    Tabela 4-4 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 64.890

    ELEVAO 67.890

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    1 6,3 6,1 6,0 5,8

    20 6,3 6,2 6,1 6,0

    23 6,3 6,1 5,9 5,8

    33 6,4 6,1 6,0 5,9

    35 6,2 6,2 6,2 6,2

    Tabela 4-5 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 67.890

    ELEVAO 55.420 B

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    1 6,2 6,1 6,1 5,9

    5 6,2 6,2 6,0 5,8

    13 6,2 6,2 6,1 5,9

    20 6,2 6,2 6,2 6,0

    30 6,3 6,2 5,9 5,9

    Tabela 4-6 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 55.420 B

  • 45

    ELEVAO 58.700

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    3 6,3 6,3 6,1 6,0

    11 6,5 6,4 6,3 6,1

    21 6,4 6,2 6,2 6,2

    26 6,4 6,2 6,2 6,1

    35 6,2 6,2 6,2 6,2

    Tabela 4-7 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 58.700

    ELEVAO 61.700

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    2 6,3 6,1 5,9 5,8

    14 6,6 6,3 6,3 6,0

    15 6,5 6,4 6,3 6,1

    18 6,3 6,2 6,1 5,9

    33 6,2 6,2 6,2 6,0

    Tabela 4-8 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 61.700

    ELEVAO 64.700

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    6 6,0 6,0 6,0 6,0

    13 6,4 6,3 6,2 6,0

    16 6,3 6,2 6,1 5,9

    21 6,2 6,0 5,9 5,8

    31 6,3 6,2 6,0 5,9

    Tabela 4-9 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 64.700

  • 46

    ELEVAO 67.745

    Painel 2001 2002 2003 2004

    7 6,2 6,2 6,2 6,2

    11 6,5 6,2 6,0 6,0

    20 6,0 6,0 5,7 5,7

    27 6,4 6,2 6,1 6,0

    35 6,1 6,1 6,0 5,9

    Tabela 4-10 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio SF Elevao 67.745

    Mat.: A - 213 T 12

    Dimetro. (mm) 63,50

    Espessura .

    Nominal(mm) 5,60

    Esp. Rec. (mm) 4,30

    Esp. Mn. (mm) 4,00

    Tabela 4-11 Material e dimenses do Superaquecedor Tercirio - SF

  • 47

    4.1.5.1 Exemplos de curvas de tendncia da regio do superaquecedor tercirio na

    linha do soprador de fuligem utilizadas para a determinao da Matriz de Risco

    Painel 35 - El. 55.420

    y = -0,075x2 + 300,2x - 300404

    R2 = 0,997

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-1 Curva de tendncia do Painel 35 - Elevao 55.420 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2006

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2006

    Painel 2 - El. 61.890

    y = -0,025x2 + 100,01x - 100024

    R2 = 0,9333

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-2 Curva de tendncia do Painel 2 - Elevao 61.890 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2009

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2008

  • 48

    Painel 11 - El. 58.890

    y = -0,05x2 + 200,03x - 200053

    R2 = 0,9692

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-3 Curva de tendncia do Painel 11 - Elevao 58.890 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2008

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2007

    Painel 4 - El. 64.890

    y = 0,025x2 - 100,56x + 101117

    R2 = 0,837

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-4 Curva de tendncia do Painel 4 - Elevao 64.890 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2006

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2008

  • 49

    Painel 23 - El. 67.890

    y = 7E+186x-56,354

    R2 = 0,9821

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Potncia (Medies)

    Figura 4-5 Curva de tendncia do Painel 23 - Elevao 67.890 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2014

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2012

    Painel 5 - El. 55.420b

    y = -0,05x2 + 200,11x - 200214

    R2 = 0,9818

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-6 Curva de tendncia do Painel 5 - Elevao 55.420 B para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2007

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2007

  • 50

    Painel 11 - El. 58.700

    y = -0,025x2 + 99,995x - 99983

    R2 = 0,9943

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Esp

    essu

    ra [

    mm

    ]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-7 Curva de tendncia do Painel 11 - Elevao 58.700 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2010

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2009

    Painel 33 - El. 61.700

    y = -0,05x2 + 200,19x - 200374

    R2 = 0,9333

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Esp

    essu

    ra [

    mm

    ]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-8 Curva de tendncia do Painel 33 - Elevao 61.700 para o Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2008

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2008

  • 51

    Painel 16 - El. 64.700

    y = -0,025x2 + 99,995x - 99984

    R2 = 0,9943

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-9 Curva de tendncia do Painel 16 - Elevao 64.700 para o Superaquecedor

    Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2009

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2008

    Painel 35 - El. 67.745

    y = -0,025x2 + 100,05x - 100104

    R2 = 0,9818

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Tempo [ano]

    Es

    pess

    ura

    [m

    m]

    Medies Espessura Mnima

    Espessura Recomendada Polinmio (Medies)

    Figura 4-10 Curva de tendncia do Painel 35 - Elevao 67.745 para o

    Superaquecedor Tercirio - SF

    Instante em que ser atingida a Espessura Mnima 2010

    Instante em que ser atingida a Espessura Recomendada 2009

  • 52

    4.1.6 HISTRICO E CURVAS DE TENDNCIAS DOS PONTOS ANALISADOS

    DO SUPERAQUECEDOR TERCIRIO CURVAS

    A B C D

    E F G H

    I J

    K

    L M N O

    P

    Q R

    S

    T

    1 1

    0

    1

    7

    2

    4

    SH. SECUNDRIO I e SH.TERCIRIO

  • 53

    PONTO A

    Painel Nov01 Out02 Nov03 Out04

    5 6,0 6,0 6,0 6,0

    19 6,0 5,8 5,7 5,7

    32 6,2 6,2 6,2 5,9

    Tabela 4-12 Histrico de medio de espessura do Superaquecedor Tercirio Curvas Ponto A

    PONTO B