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O Ministério da Saúde, elaborou um Plano Estratégico de Gestão dos lixos hospitalares. O documento apresenta linhas de acção referentes a biossegurança, bem como a prevenção do meio ambiente.
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EM ANGOLA
CONSULTOR :
ENGENHEIRO ADÉRITO DE CASTRO VIDE LUANDA –NOVEMBRO DE 2004
Incorporado em Outubro de 2009 o Anexo 1: Projecto de Reforço dos Serviços Municipais de
Saúde: Enquadramento para avaliação ambiental e social
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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INDICE
Lista de Siglas e Abreviaturas
Lista de Tabelas
Lista de Figuras
Resumo Executivo
1. Introdução
2. Apresentação do País
2.1. Dados Geográficos e Divisão Administrativa
2.2. Dados Demográficos e Indicadores de Saúde
2.2.1. Distribuição da População e Evolução
2.2.2. Indicadores de Saúde
2.3. Esquema Político - Legal
2.3.1. Políticas de Saúde e Ambientais
2.3.2. Organização do Sistema de Saúde
2.3.3. Distribuição das Unidades de saúde
3. A Gestão dos Resíduos hospitalares em Angola: Diagnóstico da Situação
3.1. Práticas existentes
3.2. Breve análise SWOT
3.2.1. Vector A - Pontos Fortes
3.2.2. Vector B – Pontos Fracos
3.2.3. Vector C – Oportunidades
3.2.4. Vector D – Ameaças
3.2.5. Análise cruzada
3.2.6. Conclusão
3.3. Estimativa da Produção de Resíduos Hospitalares
4. Estratégia para a Implementação do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares
4.1. Objectivo estratégico 1 : Reforçar o Quadro Institucional, Legislativo e
Regulamentar
4.1.1. Introdução
4.1.2. Acordos Internacionais, Legislação e Princípios Subjacentes
4.1.3. Medidas Legais
4.1.4. Documento de Política e Directivas Técnicas
4.1.5. Acções Previstas
4.2. Objectivo estratégico 2 : Organizar e Gerir
4.2.1. Introdução
4.2.2. Fases de Implementação de um Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares
4.2.3. Acções Previstas
4.3. Objectivo Estratégico 3 : Instalar e Equipar
4.3.1. Introdução
4.3.2. Recolha. Transporte e Armazenagem Intermédia
4.3.3. Eliminação
4.3.3.1. Quadro Comparativo de Tecnologias Disponíveis
4.3.3.2. Análise de Cenários Tecnológicos e de Gestão
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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4.3.3.3. Sugestão de soluções
4.3.3.4. Estimativa do saldo anual existente entre a produção e a
capacidade instalada de resíduos hospitalares em Angola
4.3.4. Acções Previstas
4.4. Objectivo Estratégico 4 :Formar
4.4.1. Introdução
4.4.2. Plano de Formação
4.4.3. Curso de Formação de Formadores
4.4.4. Curso 1 – Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos
hospitalares nas Unidades de saúde
4.4.5. Curso 2 – Curso de Formação para Técnicos de Manutenção e de
Serviços de Recolha e Limpeza
4.4.6. Curso 3 - Curso de Formação para Pessoal Técnico da Saúde
4.4.7. Curso 4 - Curso de Formação para Agentes de Instalações Incineradoras e
Aterros Sanitários
4.4.8. Acções a realizar
4.4.9. Quantificação das Acções de Formação
4.4.10. Metodologia da Formação - Quadro
4.5. Objectivo Estratégico 5 :Sensibilizar e Consciencializar a População
4.5.1. Introdução
4.5.2. Sensibilização do Pessoal do Sector da Saúde e Acções Previstas
4.5.3. Sensibilização dos Jovens em Idade Escolar e Acções Previstas
4.5.4. Sensibilização da População em Geral e Acções Previstas
5. Quadro Lógico do Plano de Acção
6. Execução do Plano de Acção
6.1. Actividades Detalhadas do Plano de Acção
6.1.1. Arranque
6.1.2. Execução
6.1.3. Avaliação
6.2. A fase Pós-Projecto
6.3. Os Principais Actores e Regras de Actuação
6.3.1. Principiais Actores e Regras de Actuação
6.3.2. Quadro-Resumo de Partenariado
6.4. Cronograma do Plano de Acção
7. Avaliação das Necessidades e Estimativa Orçamental
7.1. Avaliação das Necessidades
7.2. Estimativa Orçamental
7.3. Plano de Financiamento
8. Conclusões
Anexos
Anexo I – Enquadramento para avaliação ambiental e social dentro do Projecto de reforço
dos serviços municipais de saúde
Anexo A-1: Avaliação da Aquisição de Terrenos para a Construção de
habitaçãoes;
Anexo A-2: MHSS ESMF- Condições gerais da gestão ambiental para contratos
de construção
Anexo II - Relatório de Missão
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Anexo III - Lista de Personalidades Contactadas
Anexo IV - Bibliografia e Documentação Consultada
Anexo V - Endereços Electrónicos com Interesse Relevante
Anexo VI - Termos de Referência do Estudo
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
BM – Banco Mundial
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para as Crianças
OMS – Organização Mundial de Saúde
BAD – Banco Africano do Desenvolvimento
PNUA – Programa das Nações Unidas para o Ambiente
SCB – Secretariado da Convenção de Bale
US – Unidade de Saúde
HIV – Vírus de Imunodeficiência
SIDA – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
ONG – Organização Não Governamental
MINARS - Ministério da Reinserção Social
PGRH – Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares
GRH – Gestão de Resíduos Hospitalares
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Indicadores Demográficos
Tabela 2: Estimativa populacional e taxa de crescimento (1950 a 2050). População em milhares,
taxa em percentagem.
Tabela 3: Estimativa da população por idade e sexo para 2000 e para 2025. População em
milhares
Tabela 4 : Indicadores de Saúde
Tabela 5: Força de Trabalho Nacional
Tabela 6: Distribuição das Unidades de Saúde em Angola
Tabela 7: Quadro diagnóstico das Unidades de Saúde Visitadas
Tabela 8: Estimativa de Produção de Resíduos hospitalares em Angola
Tabela 9: Símbolos e Código de Cores
Tabela 10: Quadro Comparativo das Tecnologias de Eliminação Disponíveis
Tabela 11: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários Tecnológicos
Tabela 12: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários de Gestão
Tabela 13: Estimativa de Produção Anual
Tabela 14: Quadro Lógico do Plano de Acção
Tabela 15: Quadro – resumo de Partenariado
Tabela 16: Cronograma do Plano de Acção
Tabela 17: Estimativa Orçamental
Tabela 18: Cálculo dos Orçamentos
Tabela 19: Plano de Financiamento
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Pirâmide Etária – Ano 2000
Figura 2: Pirâmide Etária – Previsões para o ano de 2025
Figura 3 : Organigrama do Ministério da Saúde
Figura 4: Balde dos resíduos em plástico
Figura 5:Foto Balde dos resíduos em alumínio
Figura 6:Foto de caixa de resíduos em cartão
Figura 7:Foto carrinho tratamentos
Figura 8:Resíduos colocados no chão
Figura 9:Pessoal de limpeza
Figura 10:Recipiente para triagem de agulhas
Figura 11:Recipiente para triagem de agulhas
Figura 12:Recipiente para triagem de agulhas
Figura 13:Recipiente para triagem de agulhas
Figura 14:Recipiente para triagem de agulhas
Figura 15:Local de armazenagem intermédia
Figura 16:Local de armazenagem intermédia
Figura 17:Local de armazenagem intermédia
Figura 18:Local de armazenagem intermédia
Figura 19:Local de armazenagem intermédia
Figura 20:Suporte rodado para transporte de resíduos (Hospital Josina-Machel)
Figura 21:Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 22:Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 23:Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 24: Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 25: Local de armazenagem fechado (Hospital Pediátrico David Bernardino)
Figura 26: Local de armazenagem fechado (Clinica Sagrada Esperança)
Figura 27: Lixeira pública nas traseiras da US Figura 28: Queima ao ar livre nas traseiras da US (Posto Saúde Tchioco)
Figura 29: Instalação Incineradora da RECOLIX (Província de Luanda)
Figura 30: Incineradora numa US (Hospital Central de Cabinda)
Figura 31:Lavandaria
Figura 32:Lavandaria
Figura 33: Degradação das Infraestruturas
Figura 34: Degradação das Infraestruturas
Figura 35: Ilustração dos Equipamentos de Protecção Individual necessários ao manuseamento
dos Resíduos hospitalares por parte de pessoal de limpeza e varredores
Figura 36: Organigrama da formação
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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RESUMO EXECUTIVO
A República de Angola situa-se na região ocidental da África Austral, ocupando uma superfície
de 1.246.700 km2 sendo pois, o terceiro país mais extenso da África Subsaariana.
A distribuição administrativa de Angola integra 18 Províncias : Bengo, Benguela, Bié, Cabinda,
Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huila, Luanda, Lunda Norte,
Lunda Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uige e Zaire. As cidades mais populosas são Luanda,
Benguela, Lobito, Huambo e Lubango.
Estima-se que a população da República de Angola em 2004 seja de 10.978.552 habitantes1,
apresentando uma taxa de crescimento populacional de 1,93%, pelo que as previsões para 2025
apontam para um aumento da população para 14.473 habitantes.
As principais causas de morbi-mortalidade em Angola são a malária, as doenças diarreicas agudas
e as doenças respiratórias agudas. Nos últimos anos o HIV/SIDA têm ganho cada vez maior
relevância no quadro de morbi-mortalidade de Angola.
Dados estatísticos revelam que a nível mundial a contaminação do vírus do HIV/SIDA por via de
manipulação dos resíduos hospitalares contaminados representa actualmente perto de 0,2%. Este
meio de contaminação constitui um problema de saúde pública e uma preocupação ambiental para
o governo na luta contra a HIV/SIDA.
Os resíduos hospitalares constituem um factor importante para a degradação do meio ambiental,
um factor de risco significativo para a saúde das populações. O seu condicionamento e
eliminação devem por isso constituir uma preocupação dos governos e uma atenção especial por
todas as entidades dos países e por toda a população.
Em Angola, os resíduos hospitalares contaminados e o seu manuseamento, armazenamento e
eliminação levantam sérias preocupações ambientais e sociais, colocando um real problema de
saúde pública . É urgente a necessidade de uma avaliação da gestão e eliminação dos resíduos
hospitalares, com enfoque especial na segurança de resíduos infectados pelo HIV/SIDA e por
outras doenças transmissíveis , nomeadamente a tuberculose.
Uma correcta Gestão dos Resíduos Hospitalares inclui aspectos ligados à definição de políticas e
legislação, aos recursos humanos, à afectação de recursos financeiros e à formação e
consciencialização das pessoas envolvidas e da população em geral no que se relaciona com as
doenças infecciosas (como a HIV/SIDA), outras doenças transmissíveis (como a tuberculose) e
endémicas (como a malária).
A estimativa da produção total de resíduos hospitalares em Angola é de cerca de 5.495.951
Kg/ano, dos quais 20% a 30% representam resíduos hospitalares contaminados, ou seja cerca de
1.373.988 Kg/ano.
A Gestão dos Resíduos Hospitalares em Angola revela uma generalizada deficiência não só ao
nível de práticas mas também ao nível de infra-estruturas.
1 U.S. Census Bureau, International Data Base, September 2004 version
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Os resíduos hospitalares raramente sofrem triagem na fonte, sendo que, quando levada a cabo esta
refere-se apenas aos cortantes e às peças anatómicas de elevado porte resultantes de cirurgias.
A pré-recolha e a recolha dos resíduos (resíduos domésticos e outros incluindo resíduos
hospitalares contaminados) é geralmente efectuada por meio de caixotes de lixo de plástico, com
ou sem saco, por meio de caixas de cartão ou algumas vezes por meio de caixotes de alumínio
munidos ou não de tampa, nos serviços. Todos os equipamentos de recolha recebem, sem
distinção, restos alimentares, embalagens de medicamentos, compressas e pensos dos
tratamentos, sistemas de soro e sangue, garrafas de soro, seringas, agulhas, etc.
Os resíduos hospitalares são removidos e transportados por empregadas de limpeza, recorrendo
por vezes ao uso de suportes rodados. No entanto na maioria das vezes, visto não existirem sacos
para pré-recolha e recolha dos resíduos, os caixotes do lixo são transportados e vazados em
contentores, após o que são lavados ou limpos com panos húmidos. Estes contentores
permanecem depois armazenados em salas não específicas ou nos pátios das unidades de saúde.
Na maior parte da unidades de saúde os resíduos são colocados em contentores públicos ao ar
livre ou mesmo em lixeiras nas traseiras das unidades de saúde, não ensacados, de fácil acesso a
pessoas e animais e expostos às condições climatéricas. De realçar que dados os elevados níveis
de pobreza existentes é frequente encontrar pessoas remexendo nestes locais.
Na Província de Luanda os resíduos hospitalares seguem duas vias de eliminação distintas. Os
resíduos que são recolhidos por uma empresa privada (RECOLIX) são encaminhados para
incineração, em instalações pertencentes á empresa. Os resíduos que são depositados nos
contentores públicos ou em lixeiras nas traseiras das unidades de saúde são recolhidos pela
empresa ,ELISAL, e encaminhados para o aterro.
Face à análise das práticas de Gestão do Resíduos Hospitalares, foram identificados alguns
factores críticos, sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer
intervenção no sector do resíduos hospitalares. Assim foram identificados factores críticos ao
nível da Organização e Gestão, dos Recursos Humanos, do Quadro Legislativo, da
Sensibilização e Formação e de Questões Financeiras de Investimento.
Com base nestes factores críticos é definido um plano de acção, orientado sobre cinco objectivos
estratégicos: Objectivo Estratégico 1: Reforçar o Quadro Institucional, Legislativo e
Regulamentar; Objectivo Estratégico 2: Organizar e Gerir; Objectivo Estratégico 3: Instalar e
Equipar; Objectivo Estratégico 4: Formar; Objectivo Estratégico 5: Sensibilizar e
Consciencializar a População.
Legislação nacional é o ponto de partida para melhorar e implementar práticas relacionadas com a
Gestão de Resíduos Hospitalares em qualquer país. A legislação estabelece controlos legais e
licenças para que a entidade responsável, normalmente o Ministério da Saúde, assuma a sua
implementação. Para levar a cabo o objectivo estratégico 1 estão previstas as seguintes acções:
Constituição de um grupo de trabalho a nível central para elaboração de Legislação e
Regulamentos; Elaboração pelo grupo de trabalho de Legislação e Regulamentos e fazer aprovar
a Legislação e Regulamentos.
A organização, o planeamento, a gestão e a utilização de informações de apoio aos dirigentes e
responsáveis destas áreas devidamente processadas, são actividades e procedimentos muito
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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importantes para melhorar a qualidade dos serviços prestados, para aumentar a produtividade e
melhorar os resultados em termos de impactos dos resíduos na vida das populações. O objectivo
estratégico 2 consiste exactamente em proporcionar condições para que no País exista uma
melhor qualidade nos serviços de organização e gestão dos resíduos hospitalares. Unidades de
saúde que geram resíduos hospitalares devem estabelecer um sistema baseado nos recursos mais
adequados com vista a conseguir uma gestão de resíduos segura e amiga do ambiente. O sistema
deve começar com medidas básicas e depois ser progressivamente aperfeiçoado. Os primeiros
passos abarcam a separação e o manuseamento seguro, tratamento e eliminação final dos
resíduos. Algumas actividades importantes a realizar são:
Alocação de recursos humanos e financeiros
Minimização de resíduos, incluindo política de compras e práticas de gestão de stocks
Atribuição de responsabilidades no que respeita à gestão de resíduos
Separação dos resíduos em categorias existentes de resíduos perigosos e gerais.
Implementação das opções de manuseamento seguro, armazenamento, acondicionamento,
transporte, tratamento e eliminação
Monitorização da produção de resíduos e seu destino
O objectivo estratégico 2 será levado a cabo através das seguintes actividades :
Seminário Nacional de arranque do projecto com a participação de entidades directamente
ligadas aos sector dos resíduos hospitalares, públicas e privadas, entidades a nível central e a
nível provincial.
Seminário Nacional anual de avaliação das soluções desenvolvidas por cada unidade de saúde
e de novas proposta para refinamento do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares, com a
participação de entidades directamente ligadas aos sector dos resíduos hospitalares, públicas e
privadas, entidades a nível central e a nível provincial.
Projecto de Assistência Técnica junto do Ministério da Saúde de apoio á organização do
Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares.
Apoio á elaboração de orçamentos anuais junto das unidades de saúde que contemple o sector
dos resíduos hospitalares.
Actividades de fiscalização, acompanhamento e avaliação do Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares.
Apoio na recolha, processamento e armazenamento de dados estatísticos obtidos nas unidades
de saúde.
Para que se possam desenvolver as actividades que consolidam um Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares é forçoso que existam procedimentos e equipamentos, que façam a recolha,
tratamento, transporte e eliminação dos resíduos nas melhores condições possíveis. Sem
instalações e sem equipamentos não são possíveis quaisquer intervenções nas unidades de saúde
no âmbito dos resíduos hospitalares.
O objectivo estratégico 3 consiste na análise das tecnologias disponíveis e dos diversos cenários
tecnológicos e de gestão ,de forma a dotar o país das melhores condições de tratamento e
eliminação dos resíduos hospitalares. As acções para concretizar este objectivo estratégico são:
Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma
vez que o levantamento já realizado só contemplou cinco Províncias
Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisição de
equipamentos (abertura de concurso, procurement, selecção, fiscalização)
Reuniões prévias com as unidades de saúde para análise da situação e entrega dos
equipamentos
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Distribuição de material e equipamentos
Construção ou reabilitação das parte de infra-estruturas directamente ligadas ao
armazenamento e tratamento de resíduos hospitalares
As soluções sugeridas ao nível dos equipamentos são:
Dotar as US de Baldes (1/Centro;10/hospital), Carrinhos (1/centro;4/hospital),
Contentores de cortantes, Equipamento de protecção e Equipamento para
armazenamento;
Proceder à Reabilitação das US necessárias;
Dotar cada Província com uma autoclave para esterilização;
Dotar cada Província com uma instalação incineradora de dupla-câmara e cada
Município com uma incineradora tipo Monffort;
Dotar as US de fossas cépticas (1/Centro;1/hospital)
Dotar as US com destruidores de cortantes (1/Centro;1/hospital)
Para a Província de Luanda, a sugestão sugerida passará por melhorar o funcionamento
da incineradora existente, completando-a com um autoclave e analisar as hipóteses de
trabalho conjunto da empresa RECOLIX com os municípios e as US.
O investimento na formação dos cidadãos é uma condição indispensável do desenvolvimento.
Para além do funcionamento regular dos programas formais de ensino aos diversos níveis
(primário, secundário e superior), constata-se a necessidade de atender também às necessidades
em formação, reciclagem e de actualização ao longo da vida, de muitos profissionais,
nomeadamente dos profissionais directamente ligados a toda a fileira dos resíduos hospitalares.
O plano de formação proposto irá contemplar vários cursos com vários formatos:
A nível central será realizado um Curso de Formação de Formadores.
A nível de cada Província são propostos os seguintes cursos:
Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos Hospitalares nas unidades de
saúde;
Curso de Formação para técnicos de manutenção e de serviços de recolha e limpeza;
Cursos de formação para pessoal técnico da saúde (médicos, enfermeiros e pessoal
auxiliar);
Cursos de Formação para agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários.
Se as pessoas não estiverem sensibilizadas e conscientes da importância dos projectos no âmbito
dos resíduos hospitalares, não se alcançam resultados e não se obtêm impactos positivos. A
população em geral, os jovens e os agentes que directamente lidam com as questões da saúde
precisam de estar fortemente sensibilizados para que o sucesso deste programa seja uma
realidade. Para isso é necessário que a mensagem sobre a problemática dos resíduos hospitalares
“passe” para a população. O público-alvo das acções de sensibilização está dividido em três
grupos com exigências de informação diferentes e consequentemente com acções diferentes:
população em geral, jovens em idade escolar e o pessoal do sector da saúde.
No âmbito de todo o projecto será realizada uma avaliação externa que terá três momentos
distintos: na fase inicial, a meio do programa e na fase final.
A execução deste plano só será verdadeiramente eficaz se houver uma colaboração continua e
pró-activa de várias entidades e agentes que estão directamente ligados à problemática dos
resíduos hospitalares. As sinergias criadas pelo trabalho em conjunto permite encarar com mais
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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optimismo este grande problema angolano. Os principais actores envolvidos são o Governo
Central, o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação, Ministério das Obras Públicas, os
Governos Provinciais e Municípios, as Unidades de saúde Públicas e Privadas, as ONG,
Organizações comunitárias, Organizações de carácter religioso, os Media, os Parceiros ao
desenvolvimento (BM, UNICEF, OMS, BAD, Cooperação bilateral, etc.), o PNUA e a OMS.
A avaliação das necessidades conduziu à estimativa de um orçamento de 7.487.344 $USD de
acordo com o seguinte plano de financiamento: 529.609 $USD no Ano 1, 1.312.609 $USD no
Ano 2, 4.021.993 $USD no Ano 3, 1.213.267 $USD no Ano 4 e 409.934$USD no Ano 5.
A quantificação das necessidades apresentadas correspondem a uma plataforma mínima para a
melhoria da Gestão de Resíduos Hospitalares, onde se tentou conciliar soluções adaptadas que
garantissem uma eliminação dos resíduos com impactos ambientais controlados e com
investimentos razoáveis.
As propostas apresentadas ficam muito aquém da cobertura das necessidades, quer em termos de
quantidade, quer em termos de qualidade. No entanto realçamos a postura da razoabilidade que
sempre nos orientou.
A capacidade de incineração anual do equipamento proposto está estimada em 3.887.250kg. No
entanto este valor é ainda insuficiente porque a estimativa de produção anual situa-se em
5.495.951kg, continuando a haver um déficit de 1.608.701kg de resíduos sem qualquer tratamento
ou eliminação após a conclusão do projecto.
Numa segunda fase de implementação do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares haverá
oportunidade de instalar unidades de processamento e eliminação de resíduos mais “amigas” do
ambiente., bem como de alargar estas iniciativas a um maior número de unidades de saúde.
O controlo de todos os resíduos hospitalares em todo o país deverá ser atingido de uma forma
faseada aproveitando-se as “boas práticas” adquiridas ao longo do tempo. Assim quer os
investimentos quer a componente “material” de cada fase do projecto são mais razoáveis
podendo-se obter uma melhor relação custo/benefício e impactos sociais e ambientais muito mais
evidentes.
O presente documento contém em anexo a descrição do Projecto de Reforço dos Serviços
Municipais de Saúde e o seu enquadramento para avaliação ambiental e social.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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1. INTRODUÇÃO
Os resíduos hospitalares constituem um factor importante para a degradação do meio ambiental,
um factor de risco significativo para a saúde, colocando em causa a qualidade de vida das
populações. O seu condicionamento e eliminação devem por isso constituir uma preocupação dos
governos e uma atenção especial por todas as entidades dos países e por toda a população.
Em muitos países a manipulação imprópria dos materiais contaminados pelo HIV/SIDA implica
graves consequências junto dos diferentes intervenientes na área da saúde, nomeadamente no
pessoal que trabalha nas unidades de saúde, nos municípios, suas famílias, e junto da população
(em especial as crianças de rua) que procuram materiais para reciclar nos aterros e nas lixeiras.
Esta actividade é ainda mais grave porquanto conduz ao aproveitamento e à manipulação de
resíduos contaminados, agravando o risco ambiental e sanitário.
Dados estatísticos revelam que a nível mundial a contaminação do vírus do HIV/SIDA por via
deste tipo de manipulação, ou seja, dos resíduos contaminados representa actualmente perto de
0,2%. Este problema constitui um problema de saúde pública e uma preocupação ambiental para
o governo na luta contra a HIV/SIDA.
É neste contexto que se justifica o estudo no âmbito do Projecto HAMSET para Angola.
Em consequência da prestação de serviços de saúde preventivos e curativos, geram-se
quantidades significativas de resíduos, compostos por cortantes (agulhas, seringas, bisturis, etc.),
não cortantes (sangue e outros fluidos corporais infectados ou não, químicos, fármacos) e
equipamentos médicos.
Como resultado de uma deficiente gestão destes resíduos hospitalares, os profissionais de saúde,
os profissionais de limpeza e manutenção, os utentes das unidades de saúde e a comunidade em
geral, correm riscos de infecção.
A implementação de um bom Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares, resulta em comunidades
mais saudáveis com a consequente melhoria da qualidade de vida, redução dos custos com
cuidados de saúde e criação de oportunidades de reciclagem.
Uma correcta Gestão dos Resíduos Hospitalares, inclui aspectos ligados à definição de políticas e
legislação, aos recursos humanos, à afectação de recursos financeiros e à formação e
consciencialização das pessoas envolvidas e da população em geral no que se relaciona com as
doenças infecciosas (como o HIV/SIDA), outras doenças transmissíveis (como a tuberculose) e
endémicas (como a malária).
O projecto Hamset para Angola inclui quatro componentes ligadas:
(a) ao sector público (criação de capacidades estruturais , assim como apoio a linhas mestras
destinadas à redução do impacto do SIDA, malária, tuberculose e hepatites nos utentes e na
comunidade em geral);
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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(b) ao Ministério da Saúde na prevenção e controlo das epidemias do HIV/SIDA,
malária,tuberculose e hepatites;
(c) à comunidade através de iniciativas comunitárias para fazer face aos desafios colocados pelas
epidemias do HIV/SIDA, malária, tuberculose e hepatites;
(d) e à coordenação do projecto.
O Projecto HAMSET, resultou de uma prévia avaliação da situação actual da Gestão dos
Resíduos Hospitalares em Angola, obtida com base em visitas e entrevistas no local,nos
ministérios, nos governo provinciais, nas empresas e nas unidades de saúde e que foram
reveladoras, na sua generalidade, de que o actual sistema de gestão está obsoleto e desadequado.
Em Angola e em todos os países do mundo, os resíduos hospitalares contaminados e o seu
manuseamento, armazenamento e eliminação levanta sérias preocupações ambientais e sociais. É
urgente a necessidade de uma avaliação da gestão e eliminação dos resíduos hospitalares, com
enfoque especial na segurança de resíduos contaminados pelo HIV/SIDA e de outras doenças
transmissíveis , assim como tuberculose e hepatites.
O Projecto HAMSET inclui uma componente relacionada com o estudo e desenvolvimento de
um Plano Nacional de Gestão de Resíduos Hospitalares.
Os principais objectivos desta componente são a identificação do sistema de gestão e a
eliminação dos resíduos hospitalares que seja mais adequado para Angola no aspecto ecológico,
tecnicamente exequível, economicamente viável e socialmente aceitável, bem como a preparação
de um enquadramento político e de um plano de acção a 5 anos (incluindo investimentos e
actividades de formação) de modo a implementar o sistema.
As principais fases desse estudo compreendem:
a) a avaliação das políticas existentes e das práticas actuais;
b) a avaliação das opções tecnológicas, da sua implementação e do seu financiamento;
c) a avaliação dos níveis de consciencialização dos profissionais de saúde sobre os resíduos
hospitalares;
d) a avaliação dos programas de formação existentes.
Os resultados do estudo devem incluir:
Enquadramento político/legal para regular e reforçar as normas sobre os resíduos
hospitalares;
Plano de investimento em tecnologias de eliminação de resíduos;
Necessidades de programas de formação e consciencialização para os profissionais de
saúde e público em geral;
Consultas públicas como metodologia corrente do estudo
As actividades, que integram um vasto projecto como é da prevenção do HIV/SIDA e de outras
doença transmissíveis e endémicas, em particular, o dos resíduos hospitalares exigem uma análise
rigorosa de todos os aspectos relacionados com esta importante valência nos cuidados de saúde,
aspectos relacionados com as questões tecnológicas e técnicas de engenharia, relacionados com
serviços com características sociais e de grande impacto para a população. Toda a assistência
técnica prevista no âmbito do referido projecto implica uma importante actividade de gestão, de
fiscalização e de acompanhamento. Estas actividades são vitais para que os resultados obtidos
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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sejam positivos, assim como para que se obtenha uma maior eficiência dos investimentos
aplicados.
A insuficiência de políticas, de legislação, de estratégias, de sistemas de controlo e de avaliação
para o manuseamento e eliminação dos resíduos hospitalares em muitos países em vias de
desenvolvimento, estão relacionados com uma má gestão desses mesmos resíduos. Em ultima
análise, uma gestão menos apropriada dos resíduos hospitalares pode ter sérias consequências na
saúde pública e no meio ambiente. Como resultado desta gestão deficiente os pacientes, os
médicos, o pessoal de apoio e a população em geral estão a ser expostos cada vez mais a riscos de
saúde que podem e devem ser evitados.
Um processo de planeamento de gestão de resíduos hospitalares dentro dos estabelecimentos de
saúde, irá reduzir significativamente os impactos dos resíduos hospitalares. Este planeamento
implica aspectos financeiros, de desenvolvimento de recursos humanos, de responsabilidades,
assim como de regras a assumir por todo o pessoal envolvido na gestão dos resíduos hospitalares
onde obviamente aspectos como o manuseamento, o armazenamento, o transporte, o tratamento e
a eliminação constituem pontos técnicos fundamentais.
O desenvolvimento de um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares, reduz a probabilidade de
acidentes e melhora as condições de trabalho do pessoal nos estabelecimentos de saúde. Por outro
lado, aproxima os estabelecimentos de saúde a outras entidades e autoridades nacionais e
provinciais, elementos que deverão constituir as componentes de um sistema de gestão de
resíduos hospitalares global a nível nacional.
A gestão de resíduos hospitalares planeada, disciplina o uso de recursos associados ao
manuseamento, ao tratamento e à eliminação de resíduos feitos de forma mais segura. Em outros
países, tem-se verificado, que o planeamento nesta matéria praticado nas unidades de saúde,
conduz a melhores práticas de higiene, contribuindo para a melhoria operacional do sistema de
saúde existente.
O desenvolvimento de planos de gestão de resíduos hospitalares deverá estar adequado às
diferentes dimensões e tipos de unidades de saúde e deverá contar com a colaboração contínua
entre os diferentes agentes intervenientes, quer públicos, quer privados.
2. APRESENTAÇÃO DO PAÍS
2.1. Dados Geográficos e Divisão Administrativa
A República de Angola situa-se na região ocidental da África Austral, ocupando uma superfície
de 1.246.700 km2 (com uma fronteira marítima de 1.650km e terrestre de 4.837 km), sendo pois,
o terceiro país mais extenso da África Subsaariana.
Do ponto de vista geomorfológico Angola apresenta seis grandes zonas com características
diferenciadas: a faixa do litoral, a zona de transição para o interior, a cadeia marginal de
montanhas, o planalto central antigo, a bacia do Zaire e as bacias do Cunene e do Cubango. De
notar, que 60% do território angolano são planaltos com altitude entre 1.000 e 2.000 m e com
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uma densa e extensa rede hidrográfica. Os principais rios angolanos são o Kwanza, o Cunene e o
Cubango cujas bacias hidrográficas ocupam parte importante do território.
Angola faz fronteira com a Répública Democrática do Congo a norte, com a Zambia a este, com a
Namíbia a sul e om o Ocenao Atlântico a oeste. As montanhas erguem-se a partir da costa,
nivelando o território Angolano num planalto que ocupa a maior parte do País. A geografía do
País torna-se tanto mais árida quando mais próximo se está do deserto do Namibe e portanto mais
para sul. O planalto norte é constituído por densa vegetação. O ponto mais alto de Angola é o
Morro do Moco que se eleva a 2.620m .
Devido à sua situação na zona intertropical e subtropical, à corrente fria de Benguela e às
características do relevo, Angola apresenta duas regiões climáticas distintas: a região litoral e a
região interior, esta com três sub-zonas (Norte, de altitude e Sudoeste) com variações
significativas de temperatura e de pluviosidade. Angola tem duas estações climáticas, a estação
do cacimbo (estação mais seca e menos quente) de Maio a Setembro e a estação das chuvas (mais
húmida e mais quente) de Setembro a Maio, apresentando temperaturas entre 27ºC (média de
temperaturas máximas) e 17ºC (média de temperaturas mínimas).
A língua oficial de Angola é a língua Portuguesa, língua amplamente utilizada em todo o país. No
entanto são faladas significativamente outras línguas nacionais, sendo as mais importantes, o
Umbundu, o Kimbundu, o Kikongo e o Tchokwe.
A distribuição administrativa de Angola integra 18 Províncias : Bengo, Benguela, Bié, Cabinda,
Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huila, Luanda, Lunda Norte,
Lunda Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uige e Zaire. As principais cidades são Cabinda,
Benguela, Lobito, Lubango e Namíbe.
A capital da República de Angola é Luanda, situada na Província de Luanda, que ocupando uma
superfície de 2.417,78 km2 representa 0,19% da superfície do território nacional. A Província de
Luanda é composta por 9 municípios: Cacuaco, Cazenga, Ingombotas, Kilamba Kiaxi, Maianga,
Rangel, Samba, Sambizanga e Viana, 24 bairros e cinco comunas.
A Província de Cabinda , cuja capital é Cabinda, ocupa uma área de 7.270Km2, e é composta por
4 minicípios, Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e Belize.
A Província da Lunda Norte, cuja capital é Dumdo, ocupa uma área de 103.000Km2, e é
compostas por 9 municípios, Tchitato, Cambulo, Chitato, Cuilo, Caungula, Cuango Lubalo,
Capenda, Camulemba e Xá Muteba.
A Província da Lunda Sul, cuja capital é Saurimo, ocupa uma área de 77.637Km2, e é composta
por 4 municípios, Saurimo, Dala, Muconda e Cacolo.
A Província do Zaire, cuja capital é M’Banza Kongo, ocupa uma área de 40.130Km2, e é
composta por 6 municípios, M’Banza Kongo, Soyo, N’Zeto, Cuimba, Noqui e Tomboco.
A Província do Uíge, cuja capital é Uíge, ocupa uma área de 58.698Km2, e é composta por 15
municípios, Zombo, Quimbele, Damba, Mucaba, Macocola, Bembe, Songo, Buengas, Sanza
Pombo, Ambuíla, Uíge, Negage, Puri, Alto Cauale e Quitexe.
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A Província do Bengo, cuja capital é Caxito, ocupa uma area de 33.016Km2, e é composta por 5
municípios, Dande, Ambriz, Icolo e Bengo, Muxima e Nambuangongo.
A Província do Kwanza Norte, cuja capital é N’Dalatando, ocupa uma área de 24.110Km2, e é
composta por 13 municípios, Cazengo, Lucala, Ambaca, Golungo Alto, Dembos, Bula Atumba,
Cambambe, Quiculungo, Bolongongo, Banga, Samba Cajú, Gonguembo e Pango Alúquem.
A Província de Malanje, cuja capital é Malanje, ocupa uma área de 97.602Km2, e é composta por
14 municípios, Massango, Marimba, Calandula, Caombo, Cunda-Dia-Baza, Cacuzo, Cuaba
Nzogo, Quela, Malanje, Mucari, Cangandala, Cambundi-Catembo, Luquembo e Quirima.
A Província do Kwanza Sul, cuja capital é Sumbe, ocupa uma área de 55.660Km2, e é composta
por 12 municípios, Sumbe, Porto Amboim, Quibala, Libolo, Mussende, Amboim, Ebo, Quilenda,
Conda, Waku Kungo, Seles e Cassongue.
A Província de Benguela, cuja capital é Benguela, ocupa uma área de 31.78Km2, e é composta
por 9 municípios, Lobito, Bocoio, Balombo, Ganda, Cubal, Caiambambo, Benguela, Baía Farta e
Chongoroi.
A Província do Huambo, cuja capital é Huambo, ocupa uma área de 34.270Km2, e é composta
por 11 municípios, Huambo, Londuimbale, Bailundo, Mungo, Tchindjenje, Ucuma, Ekunha,
Tchicala-Tcholoanga, Catchiungo, Longongo e Caála.
A Província do Bié, cuja capital é Kuito, ocupa uma área de 70.314Km2, e é composta por 9
municípios, Kuito, Andulo, Nharea, Cuemba, Cunhinga, Catabola, Camacupa, Chinguar e
Chitembo.
A Província do Moxico, cuja capital é Luena, ocupa uma área de 223.023Km2, e é composta por
9 municípios, Moxico, Camanongue, Léua, Cameia, Luau, Lucano, Alto Zambeze, Luchazes e
Bundas
A Província do Namibe, cuja capital é Namibe, ocupa uma área de 58.137Km2, e é composta por
5 municípios, Namibe, Camacuio, Bibala, Virei e Tombwa.
A Província da Huíla, cuja capital é o Lubango, ocupa uma área de 75.002Km2, e é composta por
13 municípios, Quilengues, Lubango, Humpata, Chibia, Chiange, Quipungo, Caluquembe,
Caconda, Chicomba eMatala, Jamba, Chipindo e Kuvango.
A Província do Cunene, cuja capital é Ondjiva, ocupa uma área de 87.342Km2, e é composta por
6 municípios, Cuanhama, Ombadja, Cuvelai, Curoca, Cahama e Namacunde.
A Província do Cuando-Cubango, cuja capital é Menongue, ocupa uma área de 199.049Km2, e é
composta por 9 municípios, Menongue, Cuito Cuanavale, Cuchi, Cuangar, Longa, Mavinga,
Calai, Dirico e Rivungo.
2.2. Dados Demográficos e Indicadores de Saúde
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2.2.1. Distribuição e Evolução da População
Estima-se que actualmente a população da Republica de Angola seja de 10,978,552 habitantes,
apresentando uma taxa de crescimento populacional de 1.93%, pelo que as previsões para 2025
apontam para um aumento da população para 14,473 habitantes.
Em termos gerais pode afirmar-se que a população angolana se caracteriza por uma forte
dinâmica demográfica, por um desigual crescimento e distribuição em termos provinciais e por
uma crescente urbanização.
As migrações provocadas pela guerra alteraram de sobremaneira a dimensão e distribuição da
população do País. Na Província de Luanda, concebida inicialmente para uma população
estimada em 600 mil habitantes, habitam hoje cerca de quatro milhões de pessoas e continua a
expandir-se rapidamente. Dados fiáveis indicam que cerca de 2.450.000 pessoas vivem em
Luanda na condição de deslocados, mas apenas um milhão são controlados pela Direcção
Provincial do Ministério da Reinserção Social (MINARS).
Indicadores Demográficos: 2000 e estimados para 2025
2000 2025
Nascimentos por 1.000 população ........................ 47 37
Mortes por 1.000 população .................................. 26 21
Taxa de Crescimento Anual(%)............................ 2,1 1.5
Esperança de vida ao nascimento (anos) .............. 37,4 40,4
Mortalidade Infantil por 1.000 nados vivos .......... 198 149
Taxa de fertilidade total (por mulher) ................. 6,5 4,7
Tabela 1: Indicadores Demográficos
Ano População Ano População Período Taxa de Crescimento
1950 4.118 1995 9.218 1950-1960 1,5
1960 4.797 1996 9.443 1960-1970 1,6
1970 5.606 1997 9.560 1970-1980 1,8
1980 6.736 1998 9.736 1980-1990 1,8
1990 8.049 1999 9.922 1990-2000 2,3
2000 10.132 2010 12.250 2000-2010 1,9
2001 10.342 2020 14.473 2010-2020 1,7
2002 10.554 2030 16.886 2020-2030 1,5
2003 10.766 2040 19.354 2030-2040 1,4
2004 10.979 2050 21.688 2040-2050 1,1
Tabela 2: Estimativa populacional e taxa de crescimento (1950 a 2050). População em milhares, taxa em
percentagem.
---------------2000------------------ -------------------2025--------------------
IDADE TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES
0-4 1.744 879 865 2.335 1.180 1.155
5-9 1.435 725 710 2.090 1.054 1.035
10-14 1.213 614 600 1.915 968 947
15-19 1.024 519 505 1.766 897 869
20-24 887 451 436 1.586 809 777
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25-29 769 386 383 1.353 692 661
30-34 681 343 339 1.098 565 533
35-39 585 300 285 842 434 409
40-44 435 235 200 645 330 315
45-49 348 187 161 522 264 258
50-54 294 150 144 434 212 222
55-59 243 118 124 368 175 194
60-64 202 93 108 292 135 156
65-69 141 64 77 186 87 99
70-74 78 36 42 117 53 64
75-79 37 17 20 68 28 39
80+ 17 7 9 41 16 25
TOTAL 10.132 5.124 5.008 15.656 7.899 7.757 Fonte: U.S. Census Bureau, International Data Base, September 2004 version.
Tabela 3: Estimativa da população por idade e sexo para 2000 e para 2025. População em milhares.
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Figura 1: Pirâmide Etária - Ano 2000
Figura 2: Pirâmide Etária - Previsões para o ano 2025
2.2.2 Indicadores de Saúde
As principais causas de mortalidade em Angola, são a malária, as doenças diarreicas agudas e as
doenças respiratórias agudas. Nos últimos anos o HIV/SIDA têm ganho relevância cada vez
maior no quadro de morbi-mortalidade de Angola.
Como se pode inferir pela análise da Tabela 1, as taxas de natalidade e de mortalidade estão em
alta, acompanhando as elevadíssimas taxas de fertilidade e de mortalidade infantil. Como já
referenciado, a taxa de prevalência do HIV/SIDA é de 3,9% sendo já significativa.
Esperança média de vida (estimativa 2004) = 36,79 anos
Taxa de Natalidade ( estimativa 2004) = 45,14 /1.000 população
Taxa de Mortalidade (estimativa 2004) = 25,86 mortes/1.000 população
Taxa de fertilidade total (estimativa 2004)= 6,33 nascimentos/mulher
Taxa de mortalidade Infantil (estimativa 2004) = 192,5 mortes/1.000 nados vivos
Taxa HIV/SIDA (adultos) (estimativa 2003) = 3,9%
Taxa de mortes por HIV/SIDA (estimativa 2003) = 21.000
FONTE: CIA – The World Fact Book
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Tabela 4: Indicadores de Saúde
A tabela seguinte refere-se aos recursos humanos existentes em Angola na área da saúde, e a sua
distribuição por categorias profissionais.
PROFISSIONAIS 2003
Médicos 811
Téc. Sup. Não Médico 42
Enfermeiros Superiores 163
Enfermeiros 16.451
Técnicos de RX 566
Farmácia 716
Laboratório 1.422
Estomatologia 235
Fisioterapia 118
Ortoprotésico 128
Dietista 11
Estatística Médica 274
Electrocefograma 2
Anatomia Patológica 3
Outros 122
Pessoal Administrativo 20.221
Apoio Hospitalar 4.754
Área de Acolhimento 5.379 FONTE: Ministério da Saúde
Tabela 5: Força de Trabalho Nacional
2.3. Esquema Político – Legal
2.3.1. Políticas de Saúde e Ambientais
A política de saúde desenvolvida pelo governo da República de Angola é executada pelo
Ministério da Saúde através dos seus desmembramentos. Esta política pode ser reflectida pelos
objectivos de desenvolvimento sanitário do país, o objectivo essencial de aumentar o acesso aos
cuidados e de melhorar a qualidade destes últimos.
A Lei n.º 21-A/92 (Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde) estabelece as Linhas Gerais da
Política de Saúde. O Artigo 19º do Capítulo II, estabelece que compete às Autoridades
Provinciais de Saúde propor os planos de actividade e o orçamento respectivo, bem como
acompanhar a sua execução e deles prestar contas. O Artigo 31º do Capítulo III, regula o Apoio
ao Sector Privado, e no Artigo 33º a intervenção de Instituições Privadas de Fins Não Lucrativo
com Objectivos de Saúde.
A Lei n.º 5/87 (Regulamento Sanitário da República de Angola), estabelece as competências das
Autoridades Sanitárias e da Polícia Sanitária e Mortuária assim como a obrigatoriedade de
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participação das doenças transmissíveis e das etapas a seguir nestes casos. Esta lei contempla
também a fiscalização de géneros alimentícios.
A política de Ambiente desenvolvida pelo Governo da República de Angola, está
consubstanciada no Decreto n.º 51/04, de 23 de Julho – Lei de Bases do Ambiente. A Lei de
Bases do Ambiente, define os conceitos e os princípios básicos de protecção e conservação do
Ambiente, promoção e qualidade de Vida e do uso racional dos Recursos naturais. De acordo com
o Artigo 19º, “ O Governo deve fazer publicar e cumprir legislação de controlo da produção,
emissão, depósito, importação e gestão de poluentes gasosos, líquidos e sólidos”. Está também
contemplada nesta Lei a Educação Ambiental (Artigo 20º).
Em seguimento da Lei de Bases do Ambiente, foi aprovada a Lei nº 6/02, de 21 de Junho – Lei
das Águas, que estabelece os princípios gerais do regime jurídico inerente ao uso dos Recursos
Hídricos. No Artigo 67º desta Lei estão descritas as actividades interditas, sendo interdito“ b)
acumular resíduos sólidos, desperdícios ou quaisquer substâncias em locais e condições que
contaminem ou criem perigo de contaminação das águas.”.
Na presente data ainda não existe em Angola enquadramento legal para os resíduos hospitalares,
nem de quaisquer actividades ligadas ao seu manuseamento, tratamento ou destino final. Existe
unicamente um esboço de um plano de gestão dos resíduos sólidos hospitalares a nível das
unidades de saúde.
2.3.2. Organização do Sistema de Saúde
De acordo com a Lei n.º 21-B/92, de 28 de Agosto – Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde,
no Artigo 1º, a Prestação de Cuidados Sanitários estabelece-se em três níveis:
a) Nível Primário ou de cuidados primários de saúde;
b) Nível Secundário ou da rede hospitalar polivalente;
c) Nível terciário ou de rede diferenciada;
Ainda de acordo com esta Lei, as estruturas Básicas de Saúde do Serviço Nacional de Saúde e a
sua cobertura, são as seguintes: Posto de Saúde, Centro de Saúde, Centro de Saúde de
Referência/Hospital Municipal, Hospital Geral, Hospital Central e Estabelecimentos e Serviços
Especiais. Esta Lei, descreve ainda as várias estruturas Básicas de Saúde e as suas competências e
obrigações.
Segundo o publicado no Diário da República nº2 de 14 de Janeiro de 2000 – Estatuto Orgânico do
Ministério da Saúde, a estruturação administrativa dos cuidados de Saúde, coordenada a nível
central pelo Ministério da Saúde, é coordenada conforme o organigrama do Ministério da Saúde
abaixo descrito
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ORGANIGRAMA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministro
Vice-ministro(s)
Órgãos
Consultivos
Órgãos de Apoio
Técnico
Órgãos de
Apoio
Instrumental
Órgãos executivos
Centrais
Órgãos Tutelados
Conselho
Consultivo
Gabinete de
Estudos,
Planeamento e
Estatística
Gabinete do
Ministro
Direcção Nacional
de Saúde Pública
Instituto Nacional de
Saúde Pública
Conselho de
Direcção
Inspecção Geral
de Saúde
Gabinetes
do(s) Vice-
Ministro(s)
Direcção Nacional
de Recursos
Humanos
Instituto de Controlo e
Combate das
Tripanossomíases
Gabinete
Jurídico
Gabinete de
Intercâmbio
International
Direcção Nacional
de Medicamentos e
Equipamentos
Hospitais de Referência
Secretaria
Geral
Fundo de
Desenvolvimento Sanitário
de Angola
Junta Nacional
de Saúde
Delegações
Provinciais
Delegações
Municipais
Figura 3: Organigrama do Ministério da Saúde
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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2.3.3. Distribuição de Unidades de Saúde
PROVÍN-
CIA
TOTAL
UNIDADES
HOSPITAIS CENTROS DE
SAÚDE
POSTOS DE
SAÚDE
HAB./
UNIDA
DE
NACIONAIS PROVINCIAIS
F NF F NF Total F NF Total F NF Total F NF Total
Bengo 37 59 0 0 0 5 1 6 2 1 3 30 57 87 6.135
Benguela 100 2 0 0 0 10 0 10 25 0 25 65 2 67 8.580
Bié 46 0 0 0 0 4 0 4 7 0 7 35 0 35 33.261
Cabinda 94 26 0 0 0 4 0 4 11 0 11 79 26 105 2.532
Huambo 87 87 0 0 0 7 1 8 36 0 36 44 86 130 23.770
Huíla 126 169 0 0 0 6 0 6 21 3 24 99 166 265 9.048
Cuando
Cubango 27 6 0 0 0 8 3 11 4 0 4 15 3 18 6.148
Kwanza
Norte 41 0 0 0 0 2 0 2 12 0 12 27 0 27 12.829
Kwanza Sul 131 68 0 0 0 5 4 9 18 4 22 108 60 168 6.481
Cunene 62 0 0 0 0 2 0 2 8 0 8 52 0 52 4.919
Luanda 59 0 8 0 8 4 0 4 34 0 34 13 0 13 40.966
Lunda Norte 22 38 0 0 0 5 0 5 5 10 15 12 28 40 17.409
Lunda Sul 38 57 0 0 0 3 0 3 3 0 3 32 57 89 5.184
Malange 78 51 0 0 0 10 1 11 18 2 20 50 48 98 15.628
Moxico 164 117 0 0 0 5 1 6 14 0 14 145 116 261 2.622
Namibe 41 0 0 0 0 2 0 2 6 0 6 33 0 33 4.488
Uíge 79 150 0 0 0 5 1 6 19 8 27 55 141 196 14.899
Zaire 42 0 0 0 0 4 0 4 6 0 6 32 0 32 7.452
TOTAL 1.274 830 8 0 8 91 12 103 249 28 277 926 790 1.716 11.167 FONTE: Deleg. Prov., Hosp. Nac. E Departamento de Estatística, Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do MINSA/2002
F= Funcional NF= Não Funcional
Tabela 6: Distribuição de Unidades de saúde em Angola
3 GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES EM ANGOLA :
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL
3.1 Práticas existentes
Foram realizadas visitas e entrevistas nas seguintes Unidades de saúde :
Província de Luanda :
Hospital Josina Machel
Maternidade Augusto N’Gangula
Hospital Central Américo Boavida
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Hospital Pediátrico David Bernardino
Hospital do Prenda
Hospital do Kilamba-Kiaxi
Hospital dos Cajueiros
Clínica Privada Anglodente
Clínica Privada Sagrada Esperança
Província do Bengo :
Hospital do Ambriz
Hospital de Catete
Província de Cabinda :
Hospital Central de Cabinda
Hospital Militar
Província da Huíla :
Hospital Central A. Agostinho Neto
Hospital Pediátrico Pioneiro Zeca
Centro de Saúde da Mitcha
Centro de Saúde do Tchioco
Província da Lunda Norte:
Hospital Provincial do Dundo
Posto Médico do Bairro da Estufa
Posto Médico do Bairro da Ritenda
Província do Kwanza Sul:
Hospital Províncial 17 de Setembro
Hospital Dr. Agostinho Neto
Posto de Saúde do Pinda
Estas visitas no terreno, revelaram uma certa homogeneidade nas práticas de gestão dos resíduos
hospitalares em todas as unidades de saúde á excepção da Clínica privada Sagrada Esperança em
Luanda, que não só mantêm algumas metodologias de gestão dos resíduos hospitalares, como
possui equipamentos de eliminação em funcionamento.
Recolha de Resíduos Hospitalares
A pré-recolha e a recolha dos resíduos (resíduos domésticos e outros incluindo resíduos
hospitalares contaminados), é geralmente efectuada por meio de caixotes de lixo de plástico, com
ou sem saco, por meio de caixas de cartão ou algumas vezes por meio de caixotes de alumínio
munidos ou não de tampa, nos respectivos serviços.
Todos os equipamentos de recolha, recebem sem distinção restos alimentares, embalagens de
medicamentos, compressas e pensos dos tratamentos, sistemas, garrafas de soro, seringas,
agulhas, etc. É frequente a permanência destes equipamentos de recolha nas enfermarias, ou nos
locais de tratamento, no entanto, em certos casos, as equipas de enfermagem utilizam carrinhos de
tratamentos munidos com caixote para resíduos (podendo ser de plástico, alumínio ou cartão),
destinados a receber o resíduos dos tratamentos, algodões, pensos e compressas utilizadas,
seringas, agulhas, etc.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
24/110
É notória, a frequente falta de higiene, e por vezes existem resíduos sólidos e líquidos no chão das
Unidades Sanitárias.
Os resíduos líquidos são sem excepção vazados nas pias da casa de banho ou dos laboratórios,
tendo por isso como destino, o sistema público de esgoto.
Figura 4: balde dos resíduos em plástico Figura 5: Balde dos resíduos em alumínio
Figura 6: Caixa de resíduos em cartão Figura 7: Carrinho de tratamentos
Figura 8: Resíduos colocados no chão
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Equipas de Limpeza
Algumas Unidades de saúde da Província de Luanda têm contratos com empresas privadas de
limpeza. No entanto na maiorida das US da capital e em especial nas províncias, a limpeza é
assegurada por equipas afectas às respectivas US.
Estas equipas de limpeza, são constituídas por empregadas de limpeza que estão encarregues não
só da limpeza, mas também da pré-recolha, recolha e frequentemente armazenamento dos
resíduos produzidos nas salas de tratamento, enfermarias, blocos operatórios, salas de parto, salas
de espera, etc.
Os resíduos hospitalares, são removidos e transportados pela empregadas de limpeza, recorrendo
por vezes ao uso de suportes rodados. No entanto na maioria das vezes, visto não existirem sacos
para pré-recolha e recolha dos resíduos, os caixotes do lixo são transportados e vazados em
contentores, após o que são lavados ou limpos com panos húmidos.
Na generalidade das unidades de saúde, as equipas de limpeza nem sempre utilizam equipamento
de protecção, tal como luvas e más caras, mesmo no que diz respeito aos funcionários das
empresas privadas de limpeza embora estas forneçam este tipo de equipamento.
Figura 9: Pessoal de limpeza
Triagem dos Resíduos Hospitalares
A triagem dos resíduos varia conforme os serviços das Unidades de saúde em questão, e refere-se
essencialmente a agulhas, cortantes e em alguns casos placentas. Com efeito, a nível da maior
parte das estruturas sanitárias, os resíduos hospitalares não são objecto de triagem, excepção feita
para as agulhas que são escolhidas e armazenadas em frascos de soro, garrafas de plástico ou
embalagens de sumo recuperadas. Os frascos ou garrafas cheios, são depois colocados nos
contentores de armazenagem juntamente com os restantes resíduos, sendo no entanto frequente
encontrar agulhas e outros cortantes nos caixotes de lixo.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
26/110
Existem três excepções:
na clínica Privada Sagrada Esperança (Luanda);
na Unidade de Hemoterapia do Hospital Central Agostinho Neto (Huíla) existem receptáculos
de plástico imperfurável, herméticos e com destino a incineração;
no centro de Saúde do Tchioco existem caixas de cartão destinadas a incineração, fornecidas
pela UNICEF.
Nos bancos de sangue, os sacos com sangue declarados positivos ao HBS (hepatite B) e ao HIV
(SIDA) são escolhidos e armazenados à parte num equipamento refrigerador antes da eliminação
(no caso da Província de Luanda, esta eliminação é efectuada pelo Hospital Central Américo
Boavida).
As caixas de petri contendo culturas, são colocadas à parte e esterilizadas em autoclave antes da
sua rejeição nos caixotes de lixo.
As peças anatómicas de elevado porte resultantes de cirurgias, são encaminhadas para os
cemitérios para enterro, ou no caso da Província de Luanda são encaminhadas para o Hospital
Central Américo Boavida, que depois as encaminha também para enterro.
Em algumas Unidades de saúde, sobretudo na capital, também é efectuada triagem nas salas de
parto. Os derivados de parto (placentas, e derivados líquidos) são colocados em sacos de plásticos
que são posteriormente amarrados, encaminhados para um local de armazenamento intermédio
(normalmente casas de banho) e depois colocados nos contentores da empresa de Resíduos
hospitalares (RECOLIX). Nas Províncias a situação é diferente, visto que na maior parte das
unidades de saúde os derivados de parto são ensacados e colocados no contentor público ou em
lixeira pública. No Centro de Saúde da Mitcha e no Centro de Saúde do Tchioco (ambos na
Província da Huíla), os derivados de parto são levados pelos familiares.
A roupa suja é, regra geral, encaminhada à parte para a lavandaria, sendo frequente que os
doentes levem a sua própria roupa de cama pelo que nestes casos são os familiares que tratam da
roupa suja, contaminada ou potencialmente contaminada.
Figura 10: Recipiente para triagem de agulhas Figura 11: Recipiente para triagem de agulhas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Figura 12: Recipiente para triagem de agulhas Figura 13: Recipiente para triagem de agulhas
Figura 14: Recipiente para triagem de agulhas
Armazenagem Intermédia
A maior parte dos resíduos recolhidos nos diferentes serviços, não sofre nenhuma armazenagem
específica. Excepção feita às agulhas, que são primeiramente armazenadas em garrafas de
plàstico ou frascos de soro ou ainda em embalagens de sumo, e em seguida colocadas junto aos
restantes resíduos.
Os outros resíduos, são colocados em caixotes de lixo ou contentores da RECOLIX, situados em
salas não específicas ou nos pátios das Unidades de saúde. Assim, o armazenamento intermédio é
efectuado nas casas de banho, lavabos, corredores ou mesmo nos pátios das Unidades de saúde.
Figura 15: Local de Armazenagem Intermédia Figura 16: Local de Armazenagem Intermédia
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Figura 17: Local de Armazenagem Intermédia Figura 18: Local de Armazenagem Intermédia
Figura 19: Local de Armazenagem Intermédia
Transporte dos resíduos nas Unidades de Saúde
Na grande maioria das unidades de saúde, o transporte dos resíduos é efectuado pelo pessoal de
limpeza, em sacos ou em baldes, com ou sem suporte rodado. Os resíduos, são transportados para
os locais de armazenagem final, sem qualquer protecção quer dos resíduos quer do pessoal de
limpeza (não utilizam luvas, nem sacos) e a qualquer hora do dia, mesmo nos períodos de maior
afluência de utentes. A roupa suja é algumas vezes transportada através de suporte rodado. A
evacuação dos desperdícios é permanente e faz-se mesmo à hora de maior afluência de utentes.
Figura 20: Suporte rodado para transporte de resíduos (Hospital Josina-Machel)
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
29/110
Armazenagem final nas Unidades de saúde
Na maior parte das unidades de saúde visitadas, os resíduos são colocados não ensacados, em
contentores públicos ao ar livre ou mesmo em lixeiras nas traseiras das Unidades de saúde, de
fácil acesso a pessoas e animais e expostos às condições climatéricas. De realçar, que dados os
elevados níveis de pobreza existentes, é frequente encontrar pessoas remexendo no lixo.
Em certas unidades de saúde, como na Clínica Privada Sagrada Esperança e no Hospital
Pediátrico David Bernardino, ambas em Luanda, os resíduos são colocados em salas de
armazenagem fechadas no exterior, que só são abertas aquando da recolha pelos serviços
municipalizados ou por parte da empresa privada RECOLIX. É de referenciar, que nesta última
Unidade de Saúde, mesmo tendo porta, esta se encontra frequentemente aberta, o que possibilita a
entrada de pessoas e animais.
Figura 21: Depósito de resíduos ao ar livre Figura 22: Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 23: Depósito de resíduos ao ar livre Figura 24: Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 25: Local de Armazenagem fechado Figura 26: Local de Armazenagem fechado
Hospital Pediátrico David Bernardino Clínica Sagrada Esperança
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Recuperação/ Reutilização
O material utilizado durante as intervenções cirúrgicas (pinças, tesouras, etc.), é esterilizado por
autoclave ou estufa, e reutilizado. O material de vidro nos laboratórios, também é utilizado após
lavagem ou desinfecção.
Transporte para Eliminação
Na maioria dos casos, o transporte é efectuado pelo município, pelo que os resíduos hospitalares
contaminados têm o mesmo destino que os resíduos urbanos. Em algumas Unidades de saúde na
Província de Luanda os resíduos são transportados pela empresa privada RECOLIX, sendo estes
recolhidos por norma diariamente. Geralmente, a frequência do serviço assegurado pelos
municípios não é regular, sendo normalmente a sua recolha efectuada com intervalos de semanas.
Sistema de tratamento e de eliminação/lugar de eliminação
Os resíduos triados na fonte, principalmente as agulhas, juntam-se invariavelmente ao circuito ao
nível da recolha e do armazenamento intermédio tendo pois o mesmo destino final que os
restantes resíduos. Isto é particularmente perigoso para o pessoal médico, de limpeza bem como
pessoal de recolha do município.
Na Província de Luanda, os resíduos hospitalares seguem duas vias de eliminação distintas. Os
resíduos que são recolhidos pela empresa privada RECOLIX, são encaminhados para incineração
numas instalações pertencentes á empresa. Estas instalações incineradoras são novas, têm elevada
capacidade e encontram-se em bom estado de funcionamento, enfrentando no entanto problemas
financeiros, devido a deficuldades de tesouraria e pelas despesas com viaturas, devido às más
condições das infra-estruturas rodoviárias. Os resíduos que são depositados nos contentores
públicos ou em lixeiras nas traseiras das unidades de saúde, são recolhidos pela empresa ELISAL
e encaminhados para o aterro.
Os Hospitais Américo Boavida e Pediátrico David Bernardino, têm pequenas instalações
incineradoras, que não se encontram em funcionamento por ordem de encerramento Estatal.
O Hospital Central de Cabinda, tem uma instalação incineradora de dupla câmara. Na altura da
visita, esta instalação não se encontrava em funcionamento por dificuldades em adquirir
combustível, no entanto foi garantido que estava em boas condições de funcionamento.
No Hospital Central Agostinho Neto, no Lubango, também existe uma pequena incineradora
sendo que para alé de funcionar a temperaturas muito baixas têm problemas no sistema de
eliminação de fumos.
Na maior parte das Unidades de saúde de menor dimensão, centros e postos de saúde, os resíduos
são queimados a céu aberto nas traseiras das instalações.
As placentas, são na sua maioria tratadas como os restantes resíduos, visto que são juntas ao
circuito ao nível da armazenagem intermédia nas Unidades de saúde, salvo as excepções em que
os familiares as levam consigo.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Relativamente às roupas sujas, estas são encaminhadas para as lavandarias das Unidades de saúde
ou levadas para casa pelos familiares dos pacientes. É de realçar o generalizado estado de
degradação e falta de equipamentos encontrado nas lavandarias, sendo que muitas vezes a roupa é
lavada á mão em tanques. Esta roupa, uma vez introduzida de novo no circuito da Unidade de
Saúde pode provocar contaminações diversas ao pessoal de saúde e utentes.
Figura 27:Lixeira Pública nas traseiras da US Figura 28: Queima ao ar livre nas traseiras da US
(Posto Saúde Tchioco)
Figura 29: Intalação Incineradora da RECOLIX
(Província de Luanda)
Figura 30: Incineradora numa US (Hospital Central de Cabinda)
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Figura 31: Lavandaria Figura 32: Lavandaria
Resíduos Líquidos
Os resíduos líquidos (sangue, urina, etc.) são eliminados nos lavabos e pias para as redes de
esgotos, ou lançados no caixote de lixo com os tubos de análises clínicas.
Percepção dos riscos afectos aos Resíduos hospitalares
Ao nível das instâncias de direcção existe um desajuste entre a percepção e a realidade em termos
de riscos, que poderá ser justificado pelo longo período de guerra a que Angola esteve sujeita.
Ao nível da unidades de saúde, o pessoal técnico de saúde têm na maioria das vezes noção dos
riscos, mas a falta de equipamentos e de infra-estruturas, assim como o estado de degradação das
instalações, levam a que na prática esses riscos sejam muitas vezes relativizados.
A percepção dos riscos, ao nível do pessoal de limpeza e da população é muito baixo.
Figura 33: Degradação das Infraestruturas Figura 34: Degradação das Infraestruturas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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QUADRO-DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DE SAÚDE VISITADAS
Triagem na
fonte
Equipamentos
de recolha
Transporte
interno
Armazenagem
intermédia
Equipamentos de
eliminação
Gestão de
cortantes
Derivados do
parto
Peças
anatómicas
Província de Luanda
Hospital Josina
Machel
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
com sacos de
plástico brancos e
vermelhos
Suporte rodado
sem tampa
Nas traseiras do
edifício e dentro
do perímetro da da
Unidade de Saúde
Não. Os resíduos são
recolhidos pela
empresa privada e pela
rede pública de
resíduos urbanos
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Enterradas no
Cemitério
Municipal
Maternidade
Augusto
N’Gangula
Reservada às
placentas e
agulhas
Cestos de plástico
com sacos de
plástico, que são
lavados após
vazados nos
contentores de
armazenagem
transitória.
Caixas de papelão
Sem suporte
rodado
Contentor de
plástico da
empresa privada
de tratamento de
resíduos
Hospitalares,
colocado no pátio
de espera dos
utentes.
Contentor da rede
pública fora do
perímetro da
Unidade de Saúde
Não. Os resíduos são
recolhidos pela
empresa privada e pela
rede pública de
resíduos urbanos
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
São ensacadas
e colocadas nos
contentores
da empresa
privada
Entregues no
Hospital
Central
Américo
Boavida
Hospital
Central
Américo
Boavida
Não Baldes plásticos
sem sacos.
Caixas de papelão
Sem suporte
rodado
Traseiras da
Unidade de Saúde
em lixeira a céu
aberto
Não. Incinerador
desactivado.
Os resíduos são
recolhidos pela
empresa privada e pela
rede pública de
resíduos urbanos
Não Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Enterradas no
Cemitério
Municipal
Hospital
Pediátrico
David
Bernardino
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
com e sem sacos.
Contentores da
empresa privada
de recolha de
resíduos
hospitalares que
Sem suporte
rodado
Contentor de
plástico da
empresa privada
colocado no pátio
de espera dos
utentes quando
está cheio.
Não Incinerador
desactivado
Os resíduos são
recolhidos pela
empresa privada e pela
rede pública de
resíduos urbanos
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
______ Entregues no
Hospital
Central
Américo
Boavida
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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se encontram nos
corredores da
unidade de saúde
Restantes resíduos
são colocados
num local fechado
Hospital do
Prenda
Não Cestos de
plásticos sem
sacos. Caixas de
papelão
Sem suporte
rodado
Traseiras da
unidade de saúde
em lixeira a céu
aberto
Não. Os resíduos são
recolhidos pela rede
pública de resíduos
urbanos
Não Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Entregues no
Hospital
Central
Américo
Boavida
Hospital do
Kilamba-Kiaxi
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
com e sem sacos.
Contentores da
empresa privada
de recolha de
resíduos
hospitalares que
se encontram nos
corredores da
Unidade de Saúde
Sem suporte
rodado
Contentores sem
protecção dentro
das instalações da
Unidade de Saúde
e Contentores da
rede pública fora
das instalações da
Unidade de Saúde
Não. Os resíduos são
recolhidos pela rede
pública de resíduos
urbanos e pela empresa
privada
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Hospital dos
Cajueiros
Não Cestos de plástico
com e sem sacos.
Contentores da
empresa privada
de recolha de
resíduos
hospitalares que
se encontram nos
corredores da
Unidade de Saúde
Sem suporte
rodado
Contentores d a
empresa privada
são colocados no
pátio de espera
dos utentes
quando chega
altura de recolha.
Restantes resíduos
são colocados no
contentor da rede
pública.
Não. Os resíduos são
recolhidos pela
empresa privada e pela
rede pública de
resíduos urbanos
Não Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Clinica Privada
Anglodente
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
e de inox com
sacos
Sem suporte
rodado
Contentores da
rede pública de
resíduos urbanos,
na rua nas
traseiras da US
Não. Os resíduos são
recolhidos pela rede
pública de resíduos
urbanos
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Entregues no
Hospital
Central
Américo
Boavida
Clínica
Sagrada
Esperança
Os resíduos
que
estiveram
em contacto
com os
Baldes de inox,
com saco plástico
Suporte rodado
com tampa
Contentores
fechados
Incinerador Contentores
rígidos e
identificados.
Incineração de
cortantes
São incineradas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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utentes são
separados
dos restantes
Província do Bengo :
Hospital do
Ambriz
Não Cestos de plástico
sem saco
Sem suporte
rodado
Traseiras da US
em lixeira a céu
aberto
Não Não Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Hospital de
Catete
Não Cestos de plástico
sem saco
Sem suporte
rodado
Traseiras da US
em lixeira a céu
aberto
Não Não Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Província de Cabinda :
Hospital
Central de
Cabinda
Reservada às
agulhas
Hemoterapia :
Sacos vermelhos
para resíduos
contaminados e
sacos brancos
para resíduos
comuns
Restantes
Serviços :Cestos
de plástico sem
saco. Caixas de
papelão
Sem suporte
rodado
Contentores sem
protecção dentro
das instalações da
Unidade de Saúde
e contentores da
rede pública fora
das instalações da
Unidade de Saúde
Incinerador que nem
sempre funciona por
dificuldades na
aquisição de
combustível
Hemoterapia :entrega
os resíduos á
« CABINDA GULF »
Hemoterapia :
Contentores
rígidos e
identificados.
Incineração de
cortantes
Restantes
Serviços :
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes sumo, etc
Incineradas
junto com
outros resíduos
contaminados
quando o
incinerador está
em
funcionamento
Enterradas no
Cemitério
Municipal
Hospital
Militar
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de papelão
Sem suporte
rodado
Contentores da
rede pública fora
das instalações da
Unidade de Saúde
Não- Contentores da
rede pública fora das
instalações da Unidade
de Saúde
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Enterradas no
Cemitério
Municipal
Província da Huíla :
Hospital
Central A.
Agostinho
Neto
Reservada às
agulhas
Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de cartão
Sem suporte
rodado
Contentores
fechados e
contentores da
rede pública fora
das instalações da
Unidade de Saúde
Incinerador a baixas
temperaturas e
Contentores da rede
pública fora das
instalações da Unidade
de Saúde
Equipamentos
desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Incineradas nas
instalações da
Unidade de
Saúde
Enterradas no
Cemitério
Municipal
Hospital Reservada Cestos de plástico Sem suporte Contentores da Não. Contentores da Equipamentos _______
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Pediátrico
Pioneiro Zeca
aos cortantes sem saco. Caixas
de cartão
rodado rede pública
dentro das
instalações da
Unidade de Saúde
rede pública desadequados,
nomeadamente
garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Centro de
Saúde da
Mitcha
Não Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de cartão
Sem suporte
rodado
Contentores da
rede pública
dentro das
instalações da
Unidade de Saúde
Não. Contentores da
rede pública
Não São por vezes
levados para
casa pela
população.
Mesmo destino
que os restantes
resíduos
_____
Centro de
Saúde do
Tchioco
Reservada
aos cortantes
Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de cartão
Sem suporte
rodado
Buraco no terreno
nas traseiras da
Unidade de Saúde
Não. Todos os resíduos
são queimados num
buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Saúde
Caixas de cartão
fornecidas pela
UNICEF. São
depois queimadas
junto com os
restantes resíduos
________ ________
Província da Lunda Norte:
Hospital
Provincial do
Dundo
Reservada a
agulhas e
seringas de
vacinações
Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de cartão
Sem suporte
rodado
Contentores da
rede pública
dentro das
instalações da
Unidade de Saúde
Não. Contentores da
rede pública
Caixas de cartão
fornecidas pelo
Programa
Nacional de
Vacinação
(destinadas
apenas a agulhas
e seringas de
vacinação).
São por vezes
levados para
casa pela
população.
Mesmo destino
que os restantes
resíduos
São separadas
e colocadas
em sacos que
vão depois
para a rede
pública. São
depois
enterradas a
cargo da rede
pública de
recolha de
resíduos.
Posto Médico
do Bairro da
Estufa
Não Caixas de cartão Sem suporte
rodado
Buraco no terreno
nas traseiras da
Unidade de Saúde
Não. Todos os resíduos
são queimados num
buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Saúde
Não. ________ ________
Posto Médico
do Bairro da
Ritenda
Não Caixas de papelão Sem suporte
rodado
Buraco no terreno
nas traseiras da
Unidade de Saúde
Não. Todos os resíduos
são queimados num
buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Não. ________ ________
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Saúde
Província do Kwanza Sul:
Hospital
Províncial 17
de Setembro
Não. Caixas de papelão Sem suporte
rodado
Contentores sem
protecção
colocados nos
pátios da Unidade
de Saúde
Não. Todos os resíduos
são queimados num
buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Saúde
Não. Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Mesmo
destino que os
restantes
resíduos
Hospital Dr.
Agostinho
Neto
Não. Cestos de plástico
sem saco. Caixas
de cartão
Sem suporte
rodado
Os resíduos são
vazados na rua,
sendo atirados
através da vedação
da Unidade de
Saúde
Não. Não. Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Mesmo
destino que os
restantes
resíduos. Vão
por vezes a
enterrar.
Posto de Saúde
do Pinda
Não. Caixas de papelão Sem suporte
rodado
Buraco no terreno
nas traseiras da
Unidade de Saúde
Não. Todos os resíduos
são queimados num
buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Saúde
Não. Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Mesmo
destino que os
restantes
resíduos
Tabela 7: Quadro diagnóstico das Unidades de Saúde Visitadas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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3.2. Breve análise SWOT
Um processo de análise institucional que é muito utilizado internacionalmente é o método
SWOT, onde são destacados 8 vectores principais:
1. Os vectores FORÇAS associados à gestão de resíduos hospitalares e que vão permitir
estabelecer e consolidar o Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares;
2. Os vectores FRAQUEZAS associados à gestão de resíduos hospitalares e que interessa
eliminar ou reduzir;
3. Os vectores OPORTUNIDADES que reflectem as influências positivas externas na gestão de
resíduos hospitalares e que interessa serem trabalhados e potencializados;
4. Os vectores AMEAÇAS, vectores que interessa conhecer em profundidade no sentido de
prevenir o seu efeito negativo na gestão de resíduos hospitalares.
A selecção dos vectores que caracterizam a gestão de resíduos hospitalares em Angola é uma
sequência do inquérito elaborado e apresentado às unidades de saúde, de várias entrevistas e de
muitas reuniões com elementos do Ministério da Saúde, dos Governos Provinciais, de unidades
de saúde públicas e privadas e de personalidades angolanas realizadas na cidade de Luanda e nas
Províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Lunda-Norte e Huíla. Com base nas informações obtidas
junto destas Províncias foi possível inferir para todo o país os seguintes vectores:
3.2.1. Vector A - Pontos Fortes
Consciência, por parte dos responsáveis, da necessidade de mudança;
Predisposição, por parte dos responsáveis hospitalares, para criar e participar em entidades
que assegurem uma Gestão Integrada dos Resíduos Hospitalares;
Forte interdependência entre a Gestão dos Resíduos Hospitalares e a Gestão de Resíduos
Comuns;
Predisposição para o desenvolvimento de acordos de cooperação com outras entidades
nacionais e internacionais;
Progressiva consciência da necessidade da participação dos trabalhadores para se atingir os
objectivos relacionados com uma Gestão Integrada dos Resíduos;
Sensibilidade crescente para o aperfeiçoamento e profissionalização dos agentes que intervêm
neste sector;
Preocupação por parte das entidades governamentais pela organização e implementação de
um Plano de Gestão dos Resíduos Hospitalares;
Suficiente capacidade de assimilação e adaptação do pessoal às tecnologias mais adequadas;
Implantação progressiva de acções de formação, nas unidades de saúde, relacionados com a
área da Higiene e Sanidade Pública;
Disponibilidade suficiente de técnicos e pessoal para o sector da gestão de Resíduos
Hospitalares, a custo razoável;
Existência de algumas incineradoras adequadas;
Existência de projectos de modernização de equipamentos e instalações;
Consciência das necessidades de melhorar toda a logística de transporte e de processamento
dos resíduos.
3.2.2. Vector B – Pontos Fracos
Existem lacunas ao nível das Políticas Ambientais;
Existem lacunas ao nível de uma Política de Resíduos;
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
39/110
Existem lacunas ao nível de legislação de âmbito Ambiental;
Consequentemente, existem lacunas ao nível de legislação referente a Resíduos Hospitalares;
Existem lacunas ao nível do tratamento estatístico dos Resíduos Hospitalares;
Existem insuficientes planos de formação dos responsáveis pela gestão dos Resíduos
hospitalares mas também de todo o pessoal que os manuseia;
Verificou-se fraca sensibilização para os aspectos de Higiene e de tratamento de Resíduos por
parte de entidades, dirigentes, pessoal e utentes;
Relativamente à procura de solução no âmbito dos resíduos, verificou-se desmotivação dos
quadros dirigentes, devido ao estado de degradação que as instalações apresentam e a
dificuldades financeiras;
Os orçamentos das unidades de saúde são geralmente deficitários, pelo que são
prioritariamente dirigidos para outras áreas, deixando para segundo plano investimentos e
despesas inerentes à problemática dos resíduos hospitalares;
Verificaram-se lacunas ao nível dos equipamentos necessários á gestão dos resíduos
hospitalares, nomeadamente para os processos de separação, transporte, armazenagem e
destino final dos resíduos;
Verificou-se na maioria das unidades de saúde visitadas a inexistência de equipamento
adequado à recolha de material cortante e contaminado;
As unidades de saúde carecem frequentemente de instalações adequadas quer á prática da
medicina , de uma maneira geral, quer à gestão de resíduos;
Verificaram-se deficiências na recolha quer de Resíduos Urbanos quer de Resíduos
hospitalares (efectuada por via de empresas exteriores às Unidades de saúde);
A instalação de aterros sanitários é deficiente, verificando-se neste ponto duas situações
diversas dependendo das Províncias em questão. Na Província de Luanda existe a instalação
de um aterro sanitário, embora deficitário, nas restantes Províncias não existem aterros
sanitários;
A questão da incineração dos resíduos hospitalares também é diferente entre a Província de
Luanda e as restantes Províncias. Na Província de Luanda existe uma instalação incineradora
nova e em boas condições mas enfrenta dificuldades financeiras e de acessibilidades. Em
algumas das restantes Províncias existem instalações incineradoras localizadas junto aos
Hospitais principais, mas não se encontram em funcionamento devido a dificuldades
financeiras para a obtenção de combustível ou para assegurar a manutenção. Noutras
Províncias não existem sequer instalações incineradoras.
Não existência de empresas dinâmicas no sector, nomeadamente ao nível das Províncias.
Ausência de planeamentos estratégicos a longo prazo, sem objectivos definidos
Deficientes sistemas de gestão
Pouca informação sobre a evolução, quantificação e utilização dos resíduos produzidos
Falta de clareza na definição de estruturas organizativas
Inexistência de serviços especializados na prevenção de riscos laborais, segurança e higiene
no trabalho.
Escassez de ajudas públicas nacionais e de apoios internacionais para a formação do pessoal e
para a sensibilização da população em geral.
Tecnologia pouco desenvolvida, muito artesanal, principalmente a nível das Províncias, com
insuficiente grau de modernização
Inexistência de instalações adequadas
Baixa utilização da capacidade instalada.
Falta de organização nos processos
Escasso tratamento de resíduos
Baixo nível de desenvolvimento das actividades laterais e de apoio.
Baixo nível de cooperação entre Unidades de saúde e entidades gestoras dos resíduos.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Dificuldade em desenvolver projectos consistentes de investimento
3.2.3. Vector C - Oportunidades
Economia de Angola em franco desenvolvimento
Aposta clara do Governo em investimentos em infra-estruturas de todo o tipo
Fase de grandes investimentos na Saúde realizados pelo sector público
Mais investimento privado na área da Saúde
Opinião internacional favorável às opções da Economia de Angola
Participação do país em plataformas de desenvolvimento internacionais
Apoio por parte de instituições financeiras internacionais como o Fundo Monetário
Internacional e o Banco Mundial
Grande interesse por parte de investidores privados nacionais e internacionais
Existência em Angola de um elevado número de projectos em todas as actividades
Existência em Angola de um elevado número de organizações não governamentais com
actividade na área da Saúde
Disponibilidade das instituições angolanas mais representativas em participar neste projecto
Crescente capacidade de relacionamento e de estabelecimento de parcerias com o mundo
empresarial.
Estabilidade social e política.
3.2.4. Vector D - Ameaças
Atrasos significativos nos investimentos em infra-estruturas nomeadamente nas infra-
estruturas de saúde e nas acessibilidades
Instabilidade social e laboral
Atraso no desenvolvimento da educação
Continuação da escassez de técnicos de alta qualidade na área da Saúde
Dificuldade de implantação do projecto nos municípios mais remotos por falta de
comunicação
Mudança de opinião internacional no processo de desenvolvimento de Angola
Abandono de técnicos qualificados
3.2.5. Análise cruzada
Potencialidades (potencial interno a preservar conjugado com as oportunidades externas):
Consciência por parte dos responsáveis para a gestão dos resíduos hospitalares aliado à
disponibilidade do Governo e das instituições internacionais para investir em infra-estruturas
e no sistema de saúde
Recursos humanos com capacidade de assimilação de novas tecnologias e de novas áreas de
conhecimento apoiados pelas ONG’s existentes em Angola e financiados por instituições
internacionais favorecem a execução do Plano de Resíduos hospitalares em Angola
A existência de algumas unidades de incineração e a disponibilidade de instalações (embora
com necessidades de remodelações) face à fase actual de aumento de investimentos quer do
Governo quer de entidades financiadoras internacionais permite criar um quadro positivo de
condições tecnológicas a curto prazo.
Constrangimentos (fraquezas internas a reduzir/eliminar conjugado com as oportunidades
externas que podem ser desperdiçadas)
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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As lacunas existentes nos aspectos jurídico-legais e na gestão de resíduos hospitalares podem
comprometer os resultados dos investimentos em infra-estruturas quer do Governo quer de
entidades financiadoras internacionais
A grande dimensão do país e as dificuldades de transporte rodoviário condicionam o interesse
por parte de investidores privados nacionais e internacionais nesta área de negócio
baixo nível de cooperação entre as unidades de saúde não se adequa aos modelos de
financiamento de instituições internacionais, nomeadamente o Banco Mundial
Vulnerabilidades (forças internas conjugadas com as ameaças externas)
A consciência da necessidade de mudança e de intervenções de fundo no sector dos resíduos
hospitalares, por parte dos dirigentes e funcionários, pode não ser suficiente face a
dificuldades de implementação do projecto em zonas mais remotas e à escassez de técnicos
devidamente formados.
Apesar de haver predisposição para o desenvolvimento de acordos de cooperação entre a
unidades de saúde e preocupação por parte do governo na organização e gestão dos resíduos
hospitalares, um deficiente trabalho realizado poderá conduzir a uma mudança de opinião
internacional no processo de desenvolvimento de Angola.
Problemas (ameaças externas conjugadas com as fraquezas internas)
Uma mudança de opinião internacional no processo de desenvolvimento de Angola associada
ao actual estado de instalações e à não existência de equipamentos constitui um sério
problema nesta área de intervenção.
Um outro problema de importância superior relaciona-se com a carência de legislação
associada à não existência de Planos de Gestão de Resíduos hospitalares e à escassez de
técnicos qualificados
A deficiente sensibilização e consciencialização dos técnicos e da população em geral
associado a atrasos em investimentos (quer humanos, quer materiais) dificulta a obtenção de
soluções a curto e a médio prazo.
3.2.6. Conclusão
Face á análise efectuada no ponto anterior, poderemos desde já indicar alguns factores críticos,
sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer intervenção no sector do
resíduos hospitalares.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
Necessidade de uma gestão adequada a todos os níveis, com planos de gestão integrada,
nomeadamente:
gestão estratégica dos resíduos hospitalares quer a nível central, quer a nível
provincial quer ainda a nível das Unidades de saúde;
organização e gestão de todo o processo de recolha, armazenagem e destino final
bem como das actividades inerentes;
organização e gestão da logística dos transportes;
organização e gestão das unidades incineradoras e aterros sanitários;
Necessidade de encontrar soluções conjuntas para problemas comuns;
Criação de sinergias entre as Unidades de saúde e as entidades gestoras de aterros
e de incineradoras;
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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RECURSOS HUMANOS
Necessidade de sensibilizar e formar o pessoal ligado ao sector da saúde de forma a o
qualificar e o manter motivado a todos os níveis
POLÍTICAS, LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO
Definição de políticas Ambientais contemplando o sector dos resíduos hospitalares;
Elaboração de Legislação adequada à problemática ambiental e adaptada às normas
ambientais internacionais
Elaboração de regulamentos específicos para os resíduos hospitalares.
SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO
Qualquer intervenção na Gestão de Resíduos hospitalares necessita de disponibilidade de
todos os agentes envolvidos, pelo que é premente a forte sensibilização de todos estes;
Desenvolver programas de sensibilização, amplos e abrangentes, dirigidos aos agentes
intervenientes no sistema de saúde e à população em geral, da necessidade higiene e do
tratamento dos resíduos hospitalares. A componente sensibilização deve incidir não só ao
nível dos Resíduos hospitalares mas também ao nível da higiene, visto ser muito difícil
alertar todos os agentes envolvidos –entidades, dirigentes, pessoal e utentes - para a
problemática dos Resíduos hospitalares em Unidades de saúde degradadas e com
deficiente situação de higiene;
É de realçar a complexidade das componentes sensibilização e formação , visto implicar
mudança de mentalidades, o que se revela sempre num processo moroso;
QUESTÕES FINANCEIRAS E DE INVESTIMENTO
As Unidades de saúde têm de dispor de orçamentos que assegurem as actividades de
gestão de resíduos hospitalares.
Tem de haver planos de investimento em infra-estruturas de Unidades de saúde de forma
a promover a melhoria da higiene e do tratamento do resíduos hospitalares nas Unidades
de saúde.
Desenvolver programas para obtenção de ajudas públicas nacionais e internacionais para
a organização e gestão, sensibilização e formação e construção de infra-estruturas gerais
e reabilitação de instalações existentes.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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3.3. Estimativa da produção de resíduos hospitalares em Angola
Província Hospitais Centro Saúde Posto de Saúde TOTAL
Nº C/H Camas utili. Prod/dia (kg) Prod/ano (kg) Nº Prod/dia (kg) Prod/ano (kg) Nº Prod/dia (kg) Prod/ano (kg) ANUAL (kg)
Bengo 5 50 188 113 4.1063 2 36 13.140 30 150 54.750 108.953
Benguela 10 167 1.253 752 27.4462 25 450 164.250 65 325 118.625 557.337
Bié 4 180 539 323 11.7932 7 126 45.990 35 175 63.875 227.797
Cabinda 4 120 361 216 7.9004 11 198 72.270 79 395 144.175 295.449
Huambo 7 162 853 512 18.6752 36 648 236.520 44 220 80.300 503.572
Huíla 6 153 688 413 15.0617 21 378 137.970 99 495 180.675 469.262
Kuango
Kubango
8 121 727 436 15.9158 4 72 26.280 15 75 27.375 212.813
Kwanza Norte 2 78 117 70 2.5623 12 216 78.840 27 135 49.275 153.738
Kwanza Sul 5 100 376 225 8.2289 18 324 118.260 108 540 197.100 397.649
Kunene 2 147 221 132 4.8290 8 144 52.560 52 260 94.900 195.750
Luanda 12 216 1.946 1167 42.6065 34 612 223.380 13 65 23.725 673.170
Lunda Norte 5 148 556 333 12.1709 5 90 32.850 12 60 21.900 176.459
Lunda Sul 3 64 144 86 3.1536 3 54 19.710 32 160 58.400 109.646
Malange 10 62 464 278 10.1507 18 324 118.260 50 250 91.250 311.017
Moxico 5 84 314 189 6.8821 14 252 91.980 145 725 264.625 425.426
Namibe 2 177 266 159 5.8145 6 108 39.420 33 165 60.225 157.790
Uíge 5 189 708 425 15.5052 19 342 124.830 55 275 100.375 380.257
Zaire 4 64 192 115 4.2048 6 108 39.420 32 160 58.400 139.868
TOTAL DO PAÍS/ANO 5.945 2.170.071 4.482 1.635.930 4 630 1.689.950 5.495.951
Notas: A produção de resíduos por Hospital é estimada em (de 0,5 a 1,3 kg/cama/dia) = 0,6 kg/cama/dia
A produção de resíduos por Centro de Saúde é estimada em (entre 15 a 25 kg/dia) = 18 Kg/dia
A produção de resíduos por Posto de Saúde é estimada em (entre 5 a 8 kg/dia) = 5 Kg/dia
Taxa de ocupação média das camas nos hospitais é estimada em = 75%
Nos hospitais sem indicação do número de camas atribuí-se o número de 50 camas
Estimativa do total de resíduos hospitalares infectados em Angola é de 25% (20 a 30%) = 1.373.988 kg
Estimativa do total de resíduos hospitalares cortantes e perfurantes em Angola é de 3% (2 a 5%) = 164.879 kg
C/H é a média de camas por hospital em cada Província Fonte de informação sobre n.º de Unidades de saúde: Ministério da Saúde
Tabela 8: Estimativa de Produção de Resíduos hospitalares em Angola
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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4. ESTRATÉGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE
GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES
4.1. OBJECTIVO ESTRATÉGICO 1: Reforçar o quadro institucional, legislativo e
regulamentar
4.1.1. Introdução
Quaisquer actividades ligadas ao ambiente, à higiene e aos resíduos, nomeadamente nos
estabelecimentos de saúde, para serem geridas de forma eficaz, necessitam de um enquadramento
jurídico-legal que possa dar corpo a intervenções a nível central e a nível provincial. Leis e
Regulamentos permitem envolvimentos políticos, definições de planos de execução, intervenções
junto das unidades de saúde, alertas para a população, coesão a nível nacional e suporte para que
os dirigentes e os agentes activos possam desenvolver actividades com o objectivo principal de
minimizar os efeitos dos resíduos gerados pela actividade do Homem.
4.1.2. Acordos internacionais, legislação e princípios subjacentes
Nestes domínios os acordos internacionais são muito importantes, tendo sido alcançados em
relação aos princípios-base quer da saúde pública, quer da gestão de resíduos perigosos. Tais
princípios descritos abaixo, devem ser tidos em consideração aquando da formulação da
legislação e dos regulamentos nacionais no âmbito da gestão dos resíduos hospitalares :
Convenção de Basileia, assinada por mais de 100 países, diz respeito aos movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos sendo também aplicável aos resíduos hospitalares.
Os países que assinaram esta Convenção, aceitaram o princípio de que o único
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos aceitável, é a exportação por parte de
países que não possuam instalações ou conhecimentos necessários à correcta eliminação
destes resíduos para outros países com essas capacidades e competências. Os resíduos
exportados devem ser rotulados segundo as normas internacionais.
Princípio do “Poluidor – Pagador”, obriga a que todos os produtores de resíduos sejam
responsáveis, legal e financeiramente, pela eliminação segura e ambientalmente
responsável dos resíduos por eles produzidos. Este princípio aponta também para a
responsabilidade do causador dos danos ao ambiente.
Princípio da Precaução, é a principal chave para promover a protecção da Saúde e da
Segurança. Segundo este princípio, quando a amplitude de um risco não é conhecida, esse
risco deve ser assumido como significante e devem ser tomadas medidas adequadas de
protecção da Saúde e da Segurança.
“Princípio do Dever do Cuidado”, estipula que qualquer pessoa que manuseie ou
desempenhe actividades de gestão de substâncias perigosas ou equipamento relacionado é
eticamente responsável pelo uso do maior cuidado possível.
“Princípio da Proximidade”, recomenda que o tratamento e eliminação de resíduos
perigosos deve ser realizado no local mais próximo possível da sua fonte por forma a
minimizar riscos inerentes ao seu transporte. De acordo com este princípio, todas as
comunidades devem reciclar ou eliminar os resíduos que produzem dentro dos seus
limites territoriais.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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4.1.3. Medidas Legais
A legislação nacional é o ponto de partida para melhorar e implementar práticas relacionadas com
a gestão de resíduos hospitalares em qualquer país. A legislação, estabelece controlos legais e
licenças para que a entidade responsável, normalmente o Ministério da Saúde, assuma a sua
implementação. O Ministério do Ambiente ou a Entidade Nacional para a Protecção Ambiental,
devem estar também envolvidos, devendo existir uma clara definição das responsabilidades de
cada um antes de a legislação ser decretada.
A legislação deve referir documentos sobre política e directivas técnicas, relacionadas com a
gestão dos resíduos hospitalares.
Este “pacote legal” deve:
especificar regulamentos sobre o tratamento das diversas categorias de resíduos, triagem,
recolha, armazenagem, manuseamento, transporte e eliminação dos resíduos;
dar especificações sobre a formação requerida;
ter em conta os recursos, equipamentos e instalações disponíveis no País;
ainda ter em conta os aspectos culturais afectos ao manuseamento dos resíduos.
A Lei Nacional de Resíduos hospitalares pode ser levada a cabo isolada ou como parte integrante
de legislação mais abrangente, tal como:
Legislação sobre Gestão de Resíduos Perigosos (a sua aplicabilidade aos resíduos
hospitalares deve ser evidenciada)
Legislação sobre Higiene Hospitalar e Controlo de Infecções (devendo ser estabelecido
um capítulo ou artigo específico para os resíduos hospitalares)
A Lei Nacional deve incluir os seguintes pontos:
Definição clara de resíduos hospitalares perigosos ou potencialmente perigosos e todas as
suas categorias;
Uma indicação precisa das obrigações legais dos produtores de resíduos hospitalares, no
respeitante ao seu manuseamento e eliminação;
Especificações sobre a manutenção de registos e relatórios sobre os resíduos hospitalares;
Especificações para a implementação de um sistema de inspecção por forma a garantir o
cumprimento da lei e a aplicação de penalidades pela sua contravenção;
Designação do Tribunal responsável por disputas decorrentes da aplicação ou do não
cumprimento da lei.
Adicionalmente nas unidades de saúde, os resíduos hospitalares devem ser geridos em
concordância com outra legislação nacional relevante, tal como os regulamentos relativos a:
Resíduos em geral;
Efeitos na Saúde Pública e no Ambiente;
Qualidade do Ar;
Prevenção e controlo de Doenças Infecciosas;
Gestão de materiais radioactivos.
4.1.4. Documento da Política e Directivas Técnicas
O documento da Política deve esboçar os objectivos nacionais e os passos-chave essenciais para
se alcançar esses objectivos. Deverá conter, entre outros, os seguintes itens:
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Descrição dos riscos para a saúde e segurança, de uma má gestão de resíduos
hospitalares;
Razões para práticas de gestão correctas e seguras de resíduos hospitalares;
Listagem de metodologias aprovadas para o tratamento e eliminação de cada categoria de
resíduos;
Avisos sobre práticas perigosas, tais como eliminação de resíduos perigosos em aterros
municipais;
Responsabilidades de gestão dentro e fora das Unidades de saúde;
Avaliação dos custos afectos à Gestão de Resíduos Hospitalares;
Aspectos legislativos e Regulamentares;
Operações chave da gestão de resíduos hospitalares, tais como minimização, triagem,
identificação, manuseamento, tratamento e eliminação final dos resíduos; devendo ser
descritas, em manuais técnicos específicos e separados, todas as especificações técnicas
de cada operação;
Manutenção de registos e documentos;
Necessidades de formação;
Regras respeitantes à protecção dos profissionais de saúde.
As directivas técnicas associadas à legislação, devem ser práticas e directamente aplicáveis. Estas
devem incluir as seguintes especificações:
Quadro legal cobrindo a gestão segura dos resíduos hospitalares, higiene hospitalar,
saúde e segurança ocupacional (limites de emissões atmosféricas poluentes e medidas de
protecção dos recursos aquáticos podem também ser aqui contemplados e remetidos a
outras directivas nacionais);
Práticas para a minimização dos resíduos;
Práticas de triagem, manuseamento, armazenagem e transporte de resíduos hospitalares;
Métodos de tratamento e de eliminação recomendados para cada categoria de resíduos
hospitalares sólidos e líquidos.
A definição de resíduos hospitalares e a discriminação das suas diferentes categorias, deve ser
incluída não só na Lei, mas também nas directivas técnicas.
É recomendada a aplicação gradual da Lei, em detrimento de qualquer tentativa de introduzir
todas as medidas simultaneamente, particularmente nos locais onde as práticas são de difícil
aplicação.
Este primeiro objectivo estratégico, consiste exactamente na criação de um quadro jurídico-legal
que seja actual, moderno, adaptado às características do País, eficiente, catalisador de acções
práticas e mobilizador da opinião pública.
4.1.5. Acções previstas
Constituição de um grupo de trabalho a nível central para elaboração da Legislação e dos
Regulamentos
Elaboração pelo grupo de trabalho da Legislação e dos Regulamentos
Fazer aprovar a Legislação e os Regulamentos
4.2. OBJECTIVO ESTRATÉGICO 2: Organizar e Gerir
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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4.2.1. Introdução
A organização, o planeamento, a gestão e a utilização de informações de apoio aos dirigentes e
responsáveis destas áreas devidamente processadas, são actividades e procedimentos muito
importantes para melhorar a qualidade dos serviços prestados, para aumentar a produtividade,
assim como para melhorar os resultados em termos de impactos dos resíduos na vida das
populações.
A melhoria da gestão em toda a fileira, desde os serviços centrais até à mais pequena unidade de
saúde num local remoto de uma província, é muito importante para que se possam atingir os
resultados esperados pelo Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares.
4.2.2. Fases de implementação de um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares
Este objectivo estratégico consiste exactamente em proporcionar condições para que no País
exista uma melhor qualidade nos serviços de organização e gestão dos resíduos hospitalares. Para
esse efeito, poderemos enumerar alguns passos para o desenvolvimento de um plano de gestão de
resíduos hospitalares:
a) Designar uma pessoa que assuma a responsabilidade do plano a nível nacional e as equipas a
nível nacional, provincial e hospitalar
Depois da tomada de decisão de implementar um plano de gestão de resíduos hospitalares, o
Governo através do Ministério da Saúde, deve nomear um administrador-gestor oficial, director
do planeamento e gestão de resíduos hospitalares.
Este director, deve ser responsável pela operação e monitorização do sistema de gestão de
resíduos a nível nacional, devendo agir como autoridade delegada no que respeita aos aspectos
de fazer cumprir as normas e a legislação entretanto aprovada. O conhecimento do País, do
sistema de saúde e da técnica de tratamento dos resíduos, a atitude pró-activa e a motivação são
características importantes de forma a melhorar as práticas ligadas aos resíduos, ao controle das
infecções e à higiene.
A dimensão da unidade de saúde, condiciona a formação das equipas que a nível local irão
assegurar todas as tarefas ligadas aos resíduos hospitalares. Assim para um hospital de maior
dimensão (hospitais gerais e centrais), sugere-se que a equipa seja formada pelo director do
hospital, por directores de alguns departamentos, pelo director farmacêutico, pelo enfermeiro-
chefe, pelo elemento com funções de controlo de infecções, pelo engenheiro com
responsabilidades nos serviços de manutenção e limpeza, pelo director de gestão de resíduos
hospitalares e pelo director financeiro. Na unidades de saúde de menor dimensão, sugere-se que o
responsável pelo controlo das infecções seja responsável pelo planeamento de gestão de resíduos
hospitalares.
b) Recolha de informação, e elaboração de um diagnóstico através de um inquérito sobre a
gestão de resíduos hospitalares
Deverá ser realizado um inquérito de forma a fazer-se o levantamento da situação sobre a gestão
dos resíduos hospitalares em cada estabelecimento de saúde, para se identificar as dificuldades e
as necessidades existentes. O director de gestão de resíduos hospitalares, em cooperação estreita
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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com as equipas dos hospitais, deve ser o responsável pelo inquérito e pela análise posterior dos
resultados. O inquérito constitui uma base para identificar oportunidades de melhoria na recolha,
acondicionamento, manuseamento e eliminação dos resíduos devendo contemplar os seguintes
aspectos:
i) composição dos resíduos;
ii) quantidade dos resíduos;
iii) fontes de geração dos resíduos;
iv) número de camas.
Os resultados do inquérito, devem ser apresentados na forma de quantidade média diária (Kg) de
resíduos produzidos em cada categoria de resíduos por cada departamento. As estimativas, devem
ter em conta também epidemias ocorridas no passado, assim como outras emergências que
afectem a quantidade de resíduos produzidos. O inquérito deverá recolher outro tipo de
informações tais como:
Informação geral: tipos de resíduos produzidos no estabelecimento de saúde, número de
departamentos médicos, número de camas e taxas de ocupação entre outros;
Inventário dos equipamentos e das instalações de tratamento e eliminação dos resíduos, assim
como uma avaliação das suas capacidades e eficiência;
Análise das práticas existentes de gestão de resíduos hospitalares, como sejam a separação, o
armazenamento, a recolha, o transporte, o tratamento e a destruição final;
Informação sobre os equipamentos existentes, nomeadamente: quantidade de contentores,
carrinhos de transporte e outros equipamentos usados na recolha, manuseamento e transporte
dos resíduos;
Informação sobre as responsabilidades e papéis do pessoal envolvido no controle da higiene e
na gestão dos resíduos hospitalares e as suas aptidões;
Identificar os custos relativos à gestão de resíduos hospitalares;
Verificar a existência de um sistema de código de cores para contentores e carrinhos de
resíduos;
Avaliar a segurança existente (por exemplo roupa de protecção) e medidas de segurança (por
exemplo em caso de derrames ou acidentes químicas);
Analisar a capacidade de resposta de emergência (aspectos como medidas especiais para
gestão de largas quantidades de resíduos em caso de afloramentos de doenças como a cólera
ou febres do tipo hemorrágicas);
Estabelecer um programa de formação e de consciencialização sobre este domínio;
Fazer uma análise das medidas de contingência aplicadas em caso de uma quebra de unidades
de tratamento de resíduos hospitalares ou de manutenção planeada;
Recolher desenhos do estabelecimento de saúde e dos departamentos, mostrando os layouts
dos departamentos médicos, dos equipamentos e dos locais de tratamento e eliminação de
resíduos (tais como os incineradores), os equipamentos e os locais armazenamento de
resíduos, os percursos dos carrinhos de transporte de resíduos através da unidade de saúde, o
equipamento de segurança, localização dos quartos dos doentes, localização do equipamento
para desinfecção e esterilização de utensílios médicos reutilizáveis, as áreas de lavagem e
desinfecção dos carrinhos de recolha de resíduos, acessos à unidade de saúde;
Preparar desenhos e especificações dos contentores (para resíduos perigosos e objectos
perfurantes/cortantes, entre outros), carrinhos, sacos de plástico (espessura, comprimento e
largura) e roupa protectora para ser usada no manuseamento de cada categoria de resíduos
(por exemplo luvas, máscaras, aventais de plástico, botas, protecção ocular, etc.).
c) Recomendar melhoramentos na gestão dos resíduos hospitalares em cada unidade de saúde, e
preparar um conjunto de medidas para a sua implementação.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Nas recomendações, importa referir papéis e responsabilidades do pessoal, recursos humanos e
materiais (equipamentos e instalações) e necessidades de formação. Devem ter como objectivo
final a garantia de que um nível de mínimo de protecção contra riscos seja conseguido. Para isso
deve-se:
Determinar o valor da produção de resíduos e dados sobre a sua composição;
Analisar as opções locais (no estabelecimento de saúde) de manuseamento, tratamento e
eliminação de resíduos;
Separação dos resíduos hospitalares, em resíduos perigosos e resíduos gerais (para aterros
municipais);
Assegurar a formação dos trabalhadores e a segurança no trabalho (por exemplo formação no
uso seguro de químicos para desinfecção de resíduos);
Atribuição de responsabilidades dentro do estabelecimento de saúde;
Estabelecimento de regras internas para o manuseamento de resíduos (por exemplo
armazenamento com código de cores ou sinais, enchimento, fecho e etiquetagem de
sacos/contentores);
Escolha das opções mais adequadas de tratamento e eliminação.
As unidades de saúde, devem em primeiro lugar centrar-se nas práticas e nos procedimentos
seguros para a separação de resíduos hospitalares, recolha interna e armazenamento, medidas que
têm um enorme impacto na redução das graves consequências devido a práticas deficientes de
higiene. As melhorias nestes campos devem incluir no mínimo os seguintes aspectos:
1. Separação:
Separação de resíduos em três categorias (resíduos gerais, resíduos hospitalares perigosos e
cortantes);
Uso de posters e checklists para ajudar a separar os resíduos;
Uso de códigos de cor nos sacos/contentores ou (se não for possível) etiquetagem clara dos
sacos e contentores para diferenciar entre categorias de resíduos;
Uso de etiquetas para resíduos fechados em sacos de cor amarela ;
Existência de medidas de segurança (roupa de protecção, etc.) e de resposta de emergência
(em caso de ferimentos com objectos perfurantes, por exemplo);
Aumento da consciencialização e formação prática no local de trabalho ;
2. Armazenamento
Manter áreas de armazenamento intermédias e contentores afastados das áreas dos pacientes;
Separar áreas de armazenamento intermédio e contentores para resíduos perigosos e resíduos
gerais;
Estabelecimento de uma rotina/horário de recolha e transporte de resíduos ensacados;
Limpeza e desinfecções periódicas das áreas de armazenamento intermédias e dos
contentores.
3. Transporte interno
Uso de códigos de cor nos carrinhos e contentores com rodas ou (se não for possível) colocar
sinais coloridos nos mesmos, para diferenciar quais se destinam a resíduos gerais e quais se
destinam a resíduos perigosos;
Carrinhos com rodas destinados ao transporte e contentores (estanques e com tampa) para
recolha e transporte de resíduos perigosos;
Existência de medidas de segurança (como roupa de protecção e resposta de emergências em
caso de derrames ou ferimentos profissionais);
Aumento da consciencialização e da formação prática no local de trabalho.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Deve ser desenvolvido um plano de trabalho, que contenha informação prática para
melhoramentos na gestão de resíduos em cada departamento médico. Esse plano deve integrar
alguns tópicos, nomeadamente:
Listas de verificação contendo os passos para a separação segura das categorias de resíduos,
métodos para a esterilização de instrumentos reutilizáveis, entre outros;
Processos a levar a cabo e calendarização para implementação dessas melhorias na gestão de
resíduos, em áreas como a da separação, manuseamento e recolha, transporte e tratamento, e
ainda a definição de responsabilidades;
Formação e actividades para promoção da consciencialização como forma de introduzir os
procedimentos para a implementação de actividades planeadas, por exemplo, posters,
folhetos, guias de formação, cursos de formação, visitas e formação
O plano de trabalho deve:
i) chamar a atenção para os perigos para a saúde ligados a um incorrecto manuseamento
dos resíduos;
ii) deve dar informação detalhada sobre práticas de segurança e resposta de emergência
em caso de incidentes/acidentes associados com resíduos hospitalares;
iv) deve sugerir medidas para controlar a implementação de melhorias de gestão de
resíduos;
v) deve indicar parâmetros de realização e indicadores de execução para avaliar a
efectividade das melhorias;
vi) vi) deve propor medidas de contingência, incluindo instruções sobre armazenamento
de resíduos em caso de perturbação de serviço das unidades de tratamento ou durante
fecho para manutenção planeada.
d) Aprovar o Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares e começar a sua implementação.
O Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares, deve ser discutido pela equipa de gestão de resíduos
hospitalares e submetido a aprovação pela chefia do estabelecimento de saúde. Caso seja
aprovado, a implementação passa a ser da responsabilidade da direcção do estabelecimento de
saúde.
e) Acompanhar a implementação e rever periodicamente o plano de gestão de resíduos
hospitalares.
Para efeitos de aumento da eficiência a longo prazo, o Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares,
deverá ser revisto periodicamente (por exemplo em cada dois anos). Animadas pelo responsável
nacional, estas revisões devem contar com a colaboração das equipas ligadas á implementação do
Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares nos hospitais de maior dimensão, com a chefia das
unidades de saúde de menor dimensão, com os responsáveis municipais do ambiente e dos
aterros, com ONG’s e com empresas do sector.
Em resumo
Unidades de saúde que geram resíduos hospitalares, devem estabelecer um sistema baseado nos
recursos mais adequados com vista a conseguir uma gestão de resíduos segura e amiga do
ambiente. O sistema, deve começar com medidas básicas e depois ser progressivamente
aperfeiçoado. Os primeiros passos abarcam a separação e o manuseamento seguro, tratamento e
eliminação final dos resíduos.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Algumas actividades importantes a realizar são:
Alocação de recursos humanos e financeiros;
Minimização de resíduos, incluindo política de compras e práticas de gestão de stocks;
Atribuição de responsabilidades no que respeita à gestão de resíduos;
Separação dos resíduos nas categorias existentes de resíduos perigosos e gerais;
Implementação das opções de manuseamento seguro, armazenamento, acondicionamento,
transporte, tratamento e eliminação;
Monitorização da produção de resíduos e o seu destino.
4.2.3. Acções previstas
Este objectivo será levado a cabo através de :
Seminário nacional de arranque do projecto, com a participação de entidades, públicas e
privadas, directamente ligadas aos sector dos resíduos hospitalares, assim como das entidades
a nível central e a nível provincial.
Seminário nacional anual de avaliação das soluções desenvolvidas por cada Unidade de
Saúde, e de novas proposta para melhoramento do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares,
através da participação de entidades directamente ligadas aos sector dos resíduos hospitalares,
públicas e privadas, entidades a nível central e a nível provincial.
Projecto de Assistência técnica junto do Ministério da Saúde de apoio á organização do
PGRH.
Apoio à elaboração de orçamentos anuais junto das unidades de saúde que contemple o sector
dos resíduos hospitalares.
Actividades de fiscalização, acompanhamento e avaliação do Plano de Gestão de Resíduos
hospitalares.
Apoio na recolha, processamento e armazenamento de dados estatísticos obtidos nas unidades
de saúde.
4.3. OBJECTIVO ESTRATÉGICO 3: Instalar e Equipar
4.3.1 Introdução
Para que se possam desenvolver actividades que consolidem um Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares, é forçoso, que existam condições práticas e condições no terreno, que procedam à
recolha, tratamento, transporte e eliminação dos resíduos nas melhores condições possíveis. Sem
instalações e sem equipamentos não são possíveis quaisquer intervenções nas unidades de saúde
no âmbito dos resíduos hospitalares.
Este terceiro objectivo estratégico, consiste na análise das tecnologias disponíveis a nível
internacional e na apresentação das sugestões mais adequadas para cada caso na aquisição de
equipamentos e na construção e/ou recuperação de instalações existentes, de forma a dotar o país
das melhores condições de tratamento e eliminação dos resíduos hospitalares.
4.3.2 Recolha, Transporte e Armazenagem intermédia
A triagem na fonte é a chave para o sucesso de um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
52/110
Para esse efeito, as estruturas sanitárias deverão ser dotadas de equipamento de recolha para os
resíduos contaminados ou potencialmente contaminados, resíduos cortantes ou perfurantes,
resíduos radioactivos e resíduos de carácter urbano. Desta forma, deverá ser adoptado um sistema
de 4 contentores/sacos distintos e facilmente identificáveis, quer através de um código de cores
quer através de uma simbologia adequada.
TIPO DE RESÍDUOS TIPO DE CONTENTOR CORES SIMBOLOGIA
RESÍDUOS EQUIPARADOS
A URBANOS Saco Preto _____
RESÍDUOS
CONTAMINADOS OU
POTENCIALMENTE
CONTAMINADOS Saco Amarelo
RESÍDUOS CORTANTES OU
PERFURANTES Contentor rígido, imperfurável
e capaz de conter líquidos Amarelo
RESÍDUOS
RADIOACTIVOS Contentor rígido, imperfurável
e capaz de conter líquidos Vermelho
Tabela 9: Símbolos e Código de Cores
O transporte dos resíduos condicionados, far-se-á a horas precisas através de suportes rodados. O
pessoal que manuseia os resíduos deverá ser dotado de Equipamentos de Protecção individual.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Figura 35: Ilustração dos Equipamentos de Protecção Individual necessários ao manuseamento dos Resíduos hospitalares por parte de
pessoal de limpeza e varredores.
Em cada departamento hospitalar, terá de ser providenciado um local adequado à armazenagem
intermédia, os postos de saúde e as unidades sanitárias básicas procederão da mesma maneira.
Este local de armazenagem intermédia deverá ser unicamente acessível ao pessoal designado para
manusear os resíduos hospitalares.
Os resíduos hospitalares, deverão ser aqui armazenados em contentores rígidos de grandes
capacidade e com o mesmo código de cor e simbologia utilizado para os equipamentos de
recolha, para que a sua triagem se mantenha.
4.3.3. Eliminação
4.3.3.1 Quadro comparativo das tecnologias disponíveis
As tecnologias de eliminação/tratamento de resíduos hospitalares, são hoje muito diversificadas.
Na tabela seguinte efectua-se uma análise comparativa das diversas tecnologias disponíveis.
Opção Descrição Vantagem Desvantagens
Forno ou estufa de
secagem, tambor rotativo
Forno rotativo com uma
câmara de pós-combustão
assegurando uma
incineração entre 1200 e
1600ºC.
Adequado para todos os
resíduos infecciosos e
farmacêuticos
Elevado investimento e
elevados custos de
operação
Incineração pirolítica
(Incinerador de dupla
câmara)
Incineração em dupla
câmara (a temperatura
média de combustão da 1º
câmara é de 800-900ºC e da
2ª câmara de 1300 ªC) ,
produzindo cinzas sólidas e
gases. Os gases podem ser
incinerados na câmara de
pós combustão a alta
temperatura
Elevada eficiência de
desinfecção.
Redução drástica da
massa/volume de resíduos.
Adequado para todos os os
tipos de resíduos.
.Resíduo não identificável
após o tratamento
.Potencial recuperação de
calor
Destruição incompleta de
resíduos citológicos
Custos de
investimento/exploração
elevados
.Formação de dioxinas e
furanos
.Elevados custos de
manutenção, controlo e de
reparação
Desinfecção química Adicionamento de
químicos aos resíduos para
exterminar ou inactivar os
agentes patogénicos através
de um processo de
fragmentação antes do
tratamento
Desinfecção de alta
eficiência sob boas
condições de operação.
Boa redução no volume de
resíduos
Requer técnicos altamente
qualificados para operação
e manutenção. Usam-se
químicos perigosos.
Inapropriado para resíduos
farmacêuticos, químicos e
alguns tipos de resíduos
infecciosos
Autoclave Desinfecção térmica
húmida baseada na
exposição de resíduos
triturados a altas
temperaturas (121ºC no
mínimo), vapor de alta
pressão (até 6 bars)
Ambientalmente
sustentável
Redução no volume dos
resíduos.
Investimento e custos de
operações relativamente
reduzidos
Os trituradores estão
frequentemente sujeitos a
quebras, avarias e fraco
funcionamento. A operação
requer técnicos
qualificados. Inadequado
para resíduos anatómicos
farmacêuticos e químicos
Radiação microondas Aplicação de radiação
microondas a uma
frequência de 2450 MHz
Ambientalmente
sustentável
Boa eficiência de
Elevados custos de
investimento e de
operações. Problemas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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aquecendo rapidamente a
água contida nos resíduos e
destruindo os resíduos
infecciosos por combustão
calorífica
desinfecção sob boas
condições de operação. Boa
redução no volume de
resíduos
potenciais de operação e de
manutenção. Os
trituradores estão
frequentemente sujeitos a
quebras, avarias e fraco
funcionamento.
Incineração em câmara
única, tipo Montfort
Incineração a baixa
temperatura 300-400ºC em
incinerador simples
Boa eficiência de
desinfecção.
Redução drástica do peso e
volume dos resíduos. Não
há necessidade de
operadores elevadamente
qualificados
Emissão significativa de
poluentes atmosféricos.
Ineficiência na destruição
de químicos e
medicamentos
termicamente resistentes
Incinerador de tambor
cilíndrico
A forma mais simples de
incinerador de câmara
única
Redução do peso e volume
dos resíduos. Investimento
e custos de operação muito
reduzidos
Emissões massivas de fumo
negro, cinzas dispersíveis e
gases de combustão
tóxicos.
Mau cheiro.
Destruição de apenas 99%
dos microrganismos. Não
existe destruição de muitos
resíduos químicos e
farmacêuticos
Encapsulação Enchimento de contentores
com resíduos adicionando
um material imobilizante e
selando o contentor
Simples de custo reduzido e
seguro. Pode ser usado para
resíduos farmacêuticos
Não recomendado para
resíduos infecciosos.
Enterro seguro (aterros) Enterramento de resíduos
dentro do espaço hospitalar,
numa cova forrada com
material de baixa
permeabilidade
Baixo custo. Relativamente
seguro se a infiltração
natural do local for limitada
e o acesso restrito
Seguro apenas caso o
acesso ao local seja restrito
e sejam tomadas certas
precauções
Inertização Mistura de resíduos com
cimento e outras
substâncias antes da
eliminação de forma a
minimizar o risco de que
substâncias tóxicas contidas
nos resíduos vertam
Não é dispendioso Não aplicável a resíduos
infecciosos
Fonte: Gestão segura de resíduos hospitalares. OMS, 1999
Tabela 10: Quadro Comparativo das Tecnologias de Eliminação Disponíveis
4.3.3.2 Análise de Cenários Tecnológicos e de Gestão
Perante o contexto socio-económico de Angola e o carácter de urgência da intervenção na questão
da Gestão dos Resíduos Hospitalares, a escolha da tecnologia de eliminação deve recair numa
tecnologia, que respondendo aos mais elevados critérios de sustentabilidade, seja radical na
eliminação dos resíduos com custos de investimento e manutenção razoáveis.
A utilização de tecnologias como forno ou estufa de secagem, tambor rotativo, desinfecção
química, autoclave, ou radiação microondas, são inadequadas pelos elevados custos de
investimento ou pela especificidade dos requisitos de manutenção. A inertização e a encapsulação
dos resíduos, não são adequadas por não serem tecnologias radicais na eliminação dos resíduos
hospitalares.
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Assim a solução mais adequada para a eliminação dos resíduos, será através da incineração
seguida de enterro seguro das cinzas.
No que diz respeito à incineração, existem três tecnologias distintas que são: Incineração em
câmara única, tipo Montfort, incinerador de tambor cilíndrico e incineração pirolítica ou de
câmara dupla.
Estas tecnologias com diferentes consequências ambientais, têm custos de investimento e de
manutenção distintos, pelo que se devem utilizar de forma criteriosa.
Cenário Descrição do Cenário Vantagens Desvantagens
Cenário 1 Utilização de outros
processos tecnológicos
Elevados critérios de
sustentabilidade,
Não são radicais na
eliminação dos resíduos ou
tem custos elevados de
investimento e manutenção
Cenário 2 Utilização de uma
incineradora de dupla
câmara e grande
capacidade por Província
junto da US com maior
produção de resíduos; Os
resíduos das restantes US
seriam transportados para a
incineradora
Menor investimento;
Gestão mais próxima e
mais fácil;
Número restrito de fontes
de poluição atmosférica;
Infraestruras rodoviárias
deficientes;
Riscos de Saúde
provocados pelo transporte;
Custos transporte elevados;
Poluição atmosférica mais
acentuada junto à US;
Cenário 3 Utilização de maior número
de incineradoras de dupla
câmara em todas as
Províncias. Apesar disso
haverá ainda transporte de
resíduos de alguns postos
de Saúde
Gestão menos complexa;
Menor número de fontes de
poluição atmosférica;
Maior investimento;
Maiores custos de
instalação e manutenção;
Infraestruras rodoviárias
deficientes;
Riscos de Saúde
provocados pelo transporte;
Custos transporte elevados;
Cenário 4 Utilização de uma
incineradora de dupla
câmara e grande
capacidade por Província
(em Luanda e em Cabinda
utilização das incineradoras
já existentes);
Utilização de incineradoras
simples e de baixo custo
junto das pequenas US
Menor investimento;
Inexistência de transporte
de resíduos;
Facilidade no aterro seguro
das cinzas;
Facilidades de utilização e
de manutenção;
Gestão mais complexa;
Maior número de fontes de
poluição atmosférica;
Nas US mais pequenas
utilização de tecnologias
mais poluentes;
Tabela 11: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários Tecnológicos
Cenário Forma
Jurídica
Vantagens Desvantagens
Gestão privada
mista
Partenariado
US/Municípi
- Desenvolvimento de
partenariados entre as Unidades de
- Transporte dos resíduos fora das
Unidades de saúde
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o/ Empresa
gerido por
uma
sociedade a
constituir
saúde
- Gestão privada
- Criação de emprego
- Criação de matrizes do fluxo de
resíduos
- Dificuldade de aplicação dos
aspectos institucionais
Gestão
municipal
Partenariado
Município/U
S
- Custos mais reduzidos para as
US;
- Experiência na gestão de
resíduos;
- Criação de emprego;
- Transporte dos resíduos fora das
Unidades de saúde, e
possivelmente durante o trajecto
dos resíduos urbanos;
- Não há criação de matrizes do
fluxo de resíduos;
- Gestão menos eficiente;
Gestão privada
Integral
Partenariado
US/Municípi
o/ Empresa
- Eliminação de resíduos
centralizada;
- Gestão mais eficiente;
- Criação de emprego;
- Facilidade de rescisão de
contrato;
- Custos acrescidos para as US
- Transporte dos resíduos fora das
Unidades de saúde;
Gestão interna Gestão da
responsabilid
ade da US
- Não há transporte dos resíduos
fora das Unidades de saúde
- Gestão rigorosa dos desperdícios
pelas autoridades hospitalares
- Criação de matrizes do fluxo de
resíduos
- Investimento muito elevado para
as US
- Multiplicação das fontes de
incineração;
Tabela 12: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários de Gestão
4.3.3.3. Sugestão de soluções
A melhor solução para Gestão de Resíduos Hospitalar em Angola passa pela instalação e uso de
equipamentos utilizando tecnologias ecologicamente sustentáveis. No entanto tendo em conta o
contexto socio-económico de Angola e a urgência de uma intervenção na área da gestão dos
resíduos hospitalares e controlo de doenças transmissíveis como o HIV/SIDA e a tuberculose
sugere-se intervenções a dois tempos: (1) a curto/médio prazo com carácter de urgência a solução
passa pela instalação de incineradoras de média/grande dimensão nas capitais de Província e de
pequena dimensão junto das unidades de saúde nos municípios; (2) a médio/longo prazo com
soluções mais adequadas em termos de ecológicos e ambientais onde os métodos de recolha
selectiva seguidos de esterilização, descontaminação e aterro correctamente controlado são os
mais indicados.
A incineração é um método de eliminação de resíduos radical que destroi os resíduos e elimina a
perigosidade destes limitando desta forma consideravelmente a transmissão de doenças por via
dos resíduos hospitalares. A incineração não é no entanto a melhor forma de tratar e eliminar
resíduos pois provoca fumos e cinzas que acarretam problemas tanto ecológicos como de saúde.
Numa segunda fase de implementação do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares haverá
oportunidade de instalar unidades de processamento e eliminação de resíduos ecologicamente
mais viáveis., bem como o de alargar estas iniciativas a um maior número de unidades de saúde.
O controlo de todos os resíduos hospitalares em todo o país de grande dimensão como é Angola,
deverá ser atingido de uma forma faseada aproveitando-se as “boas práticas” adquiridas ao longo
do tempo.
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Desta forma sugerimos dotar cada Província com uma instalação incineradora de dupla-câmara e
em cada município com uma incineradora de pequena dimensão do tipo Montfort.
A decisão de instalar uma incineradora do tipo Montfort por município, passa por questões de
investimento. Dentro deste cenário a situação ideal seria equipar todas as pequenas unidades de
saúde com uma incineradora deste tipo. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde,
existem 926 Postos de Saúde e 249 Centros de Saúde. Equipar todas as unidades de saúde de
pequena envergadura com uma instalação incineradora deste tipo traduzir-se-ia num investimento
muito elevado. Assim podemos prever o transporte dos resíduos das US mais próximas para a US
equipada com a incineradora tipo Montfort existente no municipio..
A decisão de proceder a instalação de uma incineradora dupla – câmara, com maior capacidade e
melhor qualidade, em cada capital de Província deve-se ao facto de nas capitais das Províncias a
quantidade de resíduos produzida ser consideravelmente maior do que em outras localidades.
Ainda nas capitais das Províncias sugerimos a instalação de autoclaves. A instalação destes
equipamento tem como objectivo principal intervir de forma complementar à da incineradora,
descontaminando alguns resíduos hospitalares perigosos. A função dos autoclaves será também a
de preparar mentalidades e práticas dos profissionais e da população em geral para uma posterior
implementação de processos de tratamento e eliminação de resíduos. A autoclave deverá ficar
situada na US de maior dimensão da Província.
Deverão existir manuais com regras de utilização destes dois equipamentos, o autoclaves e
incineradores, integrados no Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares de cada Província.
Todas as US em Angola revelam profundas carências de instalações e necessitam por isso de um
grande investimento em termos de reabilitação. A proposta em termos de reabilitação refere
apenas a acções de pequena dimensão e específicas do sector dos resíduos, como restauro de salas
de armazenamento intermédio, fossas sépticas ou locais para enterro de cinzas de incineração.
Tendo em conta mais uma vez o contexto socio-económico de Angola e as diferenças existentes
relativa aos resíduos hospitalares entre a situação nas Províncias e a situação em Luanda, a
escolha do cenário tecnológico e de gestão deve ser feita analisando pontualmente cada Província
e cada município. É necessário e urgente dotar todas as US de equipamento adequado á recolha e
triagem dos resíduos hospitalares. As quantidades de equipamento necessárias para atingir este
objectivo são muito elevadas. No sentido de se apresentar orçamentos razoáveis, sugerimos a
aquisição de equipamentos diversos nas seguintes quantidades: baldes = 1/Centro;10/Hospital;
carrinhos = 1/Centro e 4/Hospital); contentores de cortantes = 5/Centro;25/Hospital; equipamento
de protecção = 1/Centro;1/Hospital; equipamento para armazenamento = 1/Centro;4/Hospital;
destruidor de cortantes = 1/Centro;1/Hospital.
4.3.3.4 Estimativa do saldo anual existente entre a produção e a capacidade instalada de resíduos
hospitalares em Angola
Estimativa da Produção:
Província Hospitais Centro Saúde Posto de Saúde
TOTAL
ANUAL (kg) Prod/ano (kg) Prod/ano (kg) Prod/ano (kg)
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Bengo 41063 13140 54750 108 953
Benguela 274462 164250 118625 557 337
Bié 117932 45990 63875 227 797
Cabinda 79004 72270 144175 295 449
Huambo 186752 236520 80300 503 572
Huíla 150617 137970 180675 469 262
Kuanzo Kubango 159158 26280 27375 212 813
Kwanza Norte 25623 78840 49275 153 738
Kwanza Sul 82289 118260 197100 397 649
Kunene 48290 52560 94900 195 750
Luanda 426065 223380 23725 673 170
Lunda Norte 121709 32850 21900 176 459
Lunda Sul 31536 19710 58400 109 646
Malange 101507 118260 91250 311 017
Moxico 68821 91980 264625 425 426
Namibe 58145 39420 60225 157 790
Uíge 155052 124830 100375 380 257
Zaire 42048 39420 58400 139 868
PAÍS/ANO 2 170 071 1 635 930 1 689 950 5 495 951
Tabela 13: Estimativa da Produção Anual
Estimativa dos resultados de incineração da capacidade instalada com o projecto é:
Incineradoras Montfort pequena dimensão (com capacidade de 30kg/dia) =1 916 250 kg
Incineradoras média/grande dimensão (18, produção média de 300kg/dia) = 1 971 000 kg Total:
3 887 250 kg Déficit/ano = 1 608 701 kg
Nota: Apesar da dimensão do projecto verificamos que ainda existe um déficit enorme que é
urgente ultrapassar
4.3.4 Acções previstas
Este objectivo estratégico consiste na aquisição do equipamento mínimo necessário para
concretizar o plano de gestão e criar condições de instalação para que o equipamento funcione.
Assim estão previsto a compra de equipamento distinto de acordo com a quantidade de resíduos
gerados, isto é, para os hospitais o tipo de equipamento de incineração será diferente do dos
centros de saúde.
As acções para concretizar este objectivo estratégico são:
- Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma vez
que o levantamento já realizado só contemplou cinco Províncias
- Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisição de Equipamentos
(abertura de concurso, procurement, selecção, fiscalização)
- Reuniões prévias com as Unidades de saúde para análise da situação e entrega dos
equipamentos
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- Distribuição de material e equipamentos
- Construção ou reabilitação das parte de infra-estruturas directamente ligadas ao
armazenamento e tratamento de resíduos hospitalares
4.4. OBJECTIVO ESTRATÉGICO 4: Formar
4.4.1. Introdução
A grande evolução tecnológica e metodológica verificada nos serviços, nas empresas e na
indústria nas últimas décadas, nomeadamente com a utilização dos sistemas informáticos,
conduziram à necessidade de se alterar significativamente todas as fases que constituem qualquer
processo económico. Desde a concepção dos produtos até ao seu uso pelo utilizador comum,
todos os equipamentos que intervêm, todos os métodos utilizados, todos os processos
administrativos e comerciais associados sofreram mudanças radicais.
As novas tecnologias nas unidades de saúde é um factor indispensável para se obter qualidade na
prestação de serviços, é um factor de progresso, um factor que conduz a maiores e melhores
resultados com impactos económicos e sociais acrescentados. Tem de ser uma aposta por parte
dos governos, das entidades públicas e privadas, por parte das instituições de ensino e por parte
de todas as estruturas de apoio ao sistema de saúde em Angola.
O investimento na formação dos cidadãos é uma condição indispensável para o desenvolvimento.
Para além do funcionamento regular dos programas formais de ensino aos diversos níveis
(primário, secundário e superior), constata-se a necessidade de atender também às necessidades
em formação, reciclagem e de actualização ao longo da vida, de muitos profissionais,
nomeadamente dos profissionais directamente ligados a toda a fileira dos resíduos hospitalares.
Os recursos humanos constituem a componente mais importante em qualquer actividade
económica. No caso da gestão e processamento dos resíduos hospitalares é necessário formar o
pessoal que intervêm em todas as fases de processo, pessoal nas unidades de saúde, mas também
pessoal nos ministérios mais próximos desta actividade, pessoal dos governos provinciais e de
outras entidades públicas e privadas (Ong’s, etc.).
É nesta conjuntura, que temos de nos confrontar com redireccionamentos de Políticas de
Formação para fazer face ao Plano de Gestão dos Resíduos Hospitalares. O objectivo do presente
Plano de Formação, consiste em proporcionar condições para que haja em Angola um conjunto
de técnicos qualificados e motivados que assegurem de forma eficiente e profissional todas
tarefas do Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares. Para isso, o plano de formação deve apostar
numa formação orientada dos agentes directamente envolvidos.
Todo o pessoal do hospital, incluindo os médicos mais experientes, devem estar sensibilizados
para a importância da política de resíduos hospitalares e subsequente formação, na área da gestão
dos resíduos hospitalares. Será assim uma forma de colaborarem na implementação da referida
política. A presença simultânea de profissionais de várias categorias será útil, nomeadamente de
médicos e enfermeiros, em cada um dos módulos ou acções de formação. Elementos da
administração podem também ser úteis, por darem o exemplo e para mostrarem um compromisso
com a política de gestão de resíduos.
4.4.2. Plano de Formação
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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O plano de formação irá contemplar vários cursos com vários formatos:
A nível central :
- Curso de Formação de Formadores
A nível de cada Província:
- Curso de formação sobre Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas unidades de saúde;
- Curso de formação para técnicos de manutenção e de serviços de recolha e limpeza;
- Cursos de formação para pessoal técnico da saúde (médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar);
- Cursos de formação para agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários.
Quanto ao formato, as acções de formação são presenciais, em sala ou laboratório, com a
presença simultânea do formador e dos formandos. O curso de Formação de Formadores prevê
também visitas a hospitais e a centros de saúde.
O Curso de Formação de Formadores, deverá ser frequentado por pelo menos um elemento de
cada Província de Angola, por forma a permitir desmultiplicar a formação ao nível das Províncias
e respectivas unidades de saúde, instalações incineradoras e aterros.
Apresentamos de seguida, a lista de cursos de Formação que entendemos como necessária, para a
formação de recursos humanos, que possam assegurar o bom funcionamento do Plano de Gestão
dos Resíduos Hospitalares.
4.4.3. Curso de Formação de Formadores
OBJECTIVOS
Formação de Recursos Humanos qualificados para ministrar cursos de formação na área dos
Resíduos Hospitalares.
DESTINATÁRIOS
O curso é dirigido fundamentalmente a futuros formadores de acções incluídas no Plano de Gestão
de Resíduos Hospitalares. Será seleccionado pelo menos um elemento de cada Província de Angola.
Nas Províncias de maior dimensão, serão seleccionados pelo menos dois elementos.
PROGRAMA
Resíduos Hospitalares: Conceitos Base;
Operações base de resíduos hospitalares: Triagem, recolha, armazenamento e eliminação;
Riscos afectos aos Resíduos Hospitalares;
Aspectos da política de gestão dos resíduos: Legislação e regulamentação sobre resíduos;
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos;
Registos e relatórios de Resíduos Hospitalares;
Procedimentos para resposta de emergência;
Práticas seguras: Instruções técnicas;
Equipamentos de protecção e higiene pessoal;
Metodologias pedagógicas;
Formação, sensibilização e consciencialização de públicos-alvo.
N.º DE FORMANDOS: 25
COORDENADOR DO CURSO
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
61/110
Consultor a ser contratado a nível internacional
DURAÇÃO DA ACÇÃO E HORÁRIOS
Prevê-se, que a acção decorra durante 2 semanas e que tenha uma duração total de cerca de 50 horas
repartidas por sessões de 4 horas durante as manhãs de 5 dias da semana. Durante as tardes, serão
efectuadas visitas a hospitais e a centros de saúde com a duração total de 10 horas.
O horário, inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito
dos vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
As sessões decorrerão em Luanda ou em outra capital de Província.
4.4.4. Curso 1 – Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas
Unidades de saúde
OBJECTIVOS
Sensibilização para a organização e gestão sustentável de resíduos hospitalares nas Unidades de
saúde.
DESTINATÁRIOS
Gestores, pessoal administrativo dos hospitais, directores de centros de saúde e responsáveis pela
implementação da legislação e dos regulamentos neste domínio, a nível provincial.
PROGRAMA
Procedimentos administrativos: Legislação e regulamentação sobre resíduos; Manutenção de
registos actualizados; Relatórios e informação sobre derrames, acidentes e outros incidentes;
Aspectos da política de gestão dos resíduos;
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos;
Tratamento Estatístico de resíduos hospitalares;
Práticas seguras: Instruções técnicas;
Uso de equipamento de protecção; higiene pessoal;
Procedimentos para resposta de emergência;
Planos de contingência para implementação durante roturas ou manutenção planeada.
N.º DE ACÇÕES PREVISTAS: 18 – Uma acção em cada Província
N.º DE FORMANDOS POR CADA ACÇÃO: 25
N.º TOTAL DE FORMANDOS NESTE DOMÍNIO: 450
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
DURAÇÃO DA ACÇÃO E HORÁRIOS
Prevê-se que a acção decorra durante 3 dias e que tenha uma duração total de cerca de 15 horas
repartidas por sessões de 5 horas durante as manhãs .
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
62/110
O horário inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito dos
vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
4.4.5. Curso 2 – Curso de Formação para Técnicos de Manutenção e de Serviços de Recolha e
Limpeza
OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos afectos ao manuseamento de resíduos hospitalares e
sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
O curso é dirigido fundamentalmente a pessoal de limpeza, pessoal de transporte de doentes e
equipamentos, pessoal auxiliar e manuseadores de resíduos hospitalares.
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
Triagem de resíduos hospitalares.
Riscos associados ao manuseamento de resíduos hospitalares.
Procedimentos adequados para manuseamento, carregamento e descarga de resíduos
hospitalares.
Procedimentos adequados para lidar com derrames e outros acidentes.
Instruções técnicas sobre a utilização de equipamentos de protecção pessoal.
Documentação e registo do resíduos hospitalares.
N.º DE ACÇÕES PREVISTAS: 18 – Uma acção em cada Província
N.º DE FORMANDOS POR CADA ACÇÃO: 25
N.º TOTAL DE FORMANDOS NESTE DOMÍNIO: 450
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
DURAÇÃO DA ACÇÃO E HORÁRIOS
Prevê-se, que a acção decorra durante 2 dias e que tenha uma duração total de cerca de 10 horas
repartidas por sessões de 5 horas durante as manhãs .
O horário, inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito
dos vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
4.4.6. Curso 3 - Curso de Formação para Pessoal Técnico da Saúde
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
63/110
OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos dos resíduos hospitalares e sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
Médicos; pessoal de enfermagem; pessoal auxiliar de saúde
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
Triagem de resíduos hospitalares.
Riscos associados ao manuseamento de resíduos hospitalares.
Práticas seguras: Instruções técnicas e uso de equipamento de protecção e higiene pessoal.
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos.
Documentação e registo do resíduos hospitalares.
Procedimentos adequados para lidar com derrames e outros acidentes.
Procedimentos para resposta de emergência.
N.º DE ACÇÕES PREVISTAS: 18 – Uma acção em cada Província
N.º DE FORMANDOS POR CADA ACÇÃO: 25
N.º TOTAL DE FORMANDOS NESTE DOMÍNIO: 450
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
DURAÇÃO DA ACÇÃO E HORÁRIOS
Prevê-se, que a acção decorra durante 2 dias e que tenha uma duração total de cerca de 10 horas
repartidas por sessões de 5 horas durante as manhãs .
O horário, inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito
dos vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
4.4.7. Curso 4 - Curso de Formação para Agentes de Instalações Incineradoras e
Aterros Sanitários
OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos afectos ao manuseamento de resíduos hospitalares e
sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
Agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
64/110
Implicações das operações da estação incineradora sobre o ambiente, a saúde e a segurança.
Funcionamento geral da estação incineradora.
Procedimentos técnico para a operação da estação incineradora.
Manutenção da estação e processo de registos.
Resposta de emergência em caso de acidentes de trabalho.
Procedimentos para receber, manusear e armazenar/depositar resíduos hospitalares.
Instruções técnicas sobre a utilização de equipamentos de protecção pessoal.
N.º DE ACÇÕES PREVISTAS: 18 – Uma acção em cada Província
N.º DE FORMANDOS POR CADA ACÇÃO: 25
N.º TOTAL DE FORMANDOS NESTE DOMÍNIO: 450
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
DURAÇÃO DA ACÇÃO E HORÁRIOS
Prevê-se, que a acção decorra durante 2 dias e que tenha uma duração total de cerca de 10 horas
repartidas por sessões de 5 horas durante as manhãs .
O horário, inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito
dos vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Local a indicar pelo Governo da Província.
4.4.8. Acções a realizar
Curso de Formação de Formadores – 1 acção
Curso 1 – Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas
Unidades de saúde – 18 acções de formação, sendo uma em cada Província
Curso 2 - Curso de Formação para Técnicos de Manutenção e de Serviços de Recolha e
Limpeza – 18 acções de formação, sendo uma em cada Província
Curso 3 - Curso de Formação para Pessoal Técnico da Saúde – 18 acções de formação, sendo
uma em cada Província
Curso 4 - Curso de Formação para Agentes de Instalações Incineradoras e Aterros Sanitários
– 18 acções de formação, sendo uma em cada Província
Seminários – realização de três seminários sobre programas dos cursos e metodologias de
ensino
Reuniões – realização de 5 reuniões alargadas com os formadores com periodicidade anual
4.4.9. Quantificação das acções de formação
Número total de acções de formação: 73
Número total de formandos: 1825
Número total de horas dos cursos de formação: 860 h
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
65/110
Número de horas dos cursos de formação* número de formandos: 21500 h
4.4.10. Metodologia da Formação - Quadro
Figura 36: Organigrama da Formação
4.5. OBJECTIVO ESTRATÉGICO 5: Sensibilizar e consciencializar a população
4.5.1. Introdução
Se as pessoas não estiverem sensibilizadas e conscientes da importância dos projectos, não existe
possibilidade de os implementar. A população em geral, os jovens e os agentes, que directamente
lidam com as questões da saúde, precisam de estar fortemente sensibilizados para que o sucesso
deste programa seja uma realidade. Para isso é necessário, que a mensagem sobre a problemática
dos resíduos hospitalares “passe” para a população.
Trabalhar estas questões neste programa é algo de muito difícil e de muito demorado, na medida
em que muitas vezes se relacionam com questões culturais, com hábitos adquiridos ao longo de
muitos anos, com questões ancestrais, cuja mudança exige muito tempo, e muitas vezes, só com
resultados após várias gerações.
curso 1
Formando 1
curso 4. . . curso 1
Formando 25
curso 4. . .
Formação de formadores (25 formandos)
Nív
el C
en
tra
lN
íve
l de
Pro
vín
cia . . .
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
66/110
Para além dos aspectos directamente relacionados com os resíduos hospitalares, a sensibilização
da população, deverá ter um caracter mais amplo, reforçando os aspectos da higiene, dos
cuidados de saúde e ambientais.
Este quinto objectivo estratégico, terá pois de ser bem mais estudado e preparado no sentido de se
atingir melhor os públicos-alvo previamente definido para cada acção. Terá de se recorrer aos
meios de comunicação melhor adaptados, mas ter-se-á de escolher o meio mais adequado, para
que a mensagem passe para o seu destinatário.
SEM A SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
NÃO HAVERÁ QUAISQUER IMPACTOS POSITIVOS PELA REALIZAÇÃO DESTE
PROGRAMA.
O público-alvo das acções de sensibilização está dividido em três grupos com exigências de
informação diferentes e por isso com acções diferentes:
4.5.2. Sensibilização do Pessoal do Sector da Saúde e Acções Previstas
Para haver um controlo dos resíduos hospitalares e uma gestão mais eficiente a curto prazo a
sensibilização de todo o pessoal que de algum modo contacta com os resíduos hospitalares é
urgente e fundamental.
A estratégia passa pela realização de seminários, reuniões de trabalho e entrevistas com os
dirigentes e responsáveis pelas unidades de saúde, acompanhados de documentação técnica de
relevo. A elaboração de cartazes, folhetos informativos e produtos de propaganda dirigidos
especialmente para este público-alvo faz parte integrante da estratégia de sensibilização do
pessoal da saúde.
Acções previstas:
Seminário de divulgação na fase de arranque do projecto
Data: Início do projecto
Destinatários: Representantes de ministérios, delegados provinciais, directores de hospitais,
directores de centros de saúde, entidades públicas e privadas
Local: Luanda
Seminário de divulgação na fase final do projecto
Data: Fim do projecto
Destinatários: Representantes de ministérios, delegados provinciais, directores de hospitais,
directores de centros de saúde, entidades públicas e privadas
Local: Luanda
Reuniões em todas as capitais de Província (18)
Elaboração e distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para
os agentes de saúde
Elaboração e distribuição de cartaz especialmente concebido para os agentes de saúde
Elaboração e distribuição de T-shirts
4.5.3. Sensibilização dos Jovens em idade escolar e Acções Previstas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
67/110
Os jovens em Angola constituem o grupo etário de maior dimensão. Os jovens com idade escolar
(idade entre os 5 e os 24 anos) correspondem a 45% da população angolana. É por isso, que se
propõe acções de sensibilização especialmente vocacionadas para os jovens nesta faixa etária.
A sensibilização da camada jovem da população angolana é uma aposta no presente e uma aposta
de futuro:
- No presente, porque existe um número significativo de jovens que procuram nas lixeiras e
nos depósitos dos lixos um meio de sobrevivência. Todos os dias centenas de crianças
percorrem os locais de armazenagem de lixos.
- Porque um jovem sensibilizado será no futuro, um homem ou mulher mais responsável na
produção, no manuseamento e na eliminação dos resíduos de todo o tipo, as grandes questões
ambientais só serão ultrapassadas, se os jovens de hoje estiverem totalmente sensibilizados
para a sua importância e para a necessidade do seu controlo, da sua redução e eliminação.
A estratégia de sensibilização dos jovens angolanos passa pelo trabalho junto do Ministério da
Educação e junto das escolas, com programas específicos e com documentos especialmente
concebidos.
Ao nível do Ministério da Educação propomos que esta temática seja introduzida nos programas
das disciplinas mais ligadas aos aspectos ambientais, de higiene e de saúde pública e que haja um
envolvimento institucional para o desenvolvimento das acções previstas para as escolas.
Ao nível das escolas, a implementação da estratégia prevê a realização de Jornadas Ambientais
nas escolas, concursos de desenhos e a elaboração de artigos temáticos em jornais e revistas. Para
esse efeito serão distribuídos materiais de apoio como documentos técnicos, cartazes, folhetos
informativos e produtos de propaganda (T-shirts, bonés, autocolantes, etc.).
Acções previstas:
Seminário de divulgação na fase de arranque do projecto
Data: Início do projecto
Destinatários: Representantes do Ministério da Educação, Delegados Provinciais da
Educação, Directores de Escolas
Local: Luanda
Reuniões no Ministério da Educação para análise dos curricula escolar e dos manuais
escolares
Reuniões com os delegados provinciais da Educação em todas as capitais de Província (18)
para arranque das Jornadas Ambientais e concursos de desenhos nas escolas
Elaboração e distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para
os estudantes
Elaboração e distribuição de um cartaz especialmente concebido para os alunos e a ser
amplamente divulgado nas escolas
Elaboração e distribuição de T-shirts, bonés e autocolantes
4.5.4. Sensibilização da População em Geral e Acções Previstas
A sensibilização da população em geral, passará pela implementação de uma campanha de
informação a nível nacional utilizando os meios mais adequados como sejam: spots publicitários
e informativos nos media (rádio e Televisão), documentação (cartazes, desdobráveis, folhetos) e
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
68/110
produtos de propaganda (T-shirts, bonés, autocolantes, etc.) a serem distribuídos especialmente
junto das unidades de saúde e de outros locais públicos.
Acções previstas:
Elaboração e divulgação de um spot publicitário para televisão
Elaboração e divulgação de um spot publicitário para rádio
Reuniões com entidades públicas a nível central e provincial e com entidades privadas
(empresas e ONG’s) para arranque da campanha nacional de sensibilização da população.
Elaboração e distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para a
população em geral, para ser amplamente divulgado nos locais públicos
Elaboração e distribuição de cartaz especialmente concebido para a população em geral, para
ser amplamente divulgado nos locais públicos
Elaboração e distribuição de T-shirts, bonés e autocolantes
5. QUADRO LÓGICO DO PLANO DE ACÇÃO
OBJECTIVO
ESTRATÉGICO 1:
Lógica de
intervenção Actividades
Indicadores de verificação
das Acção
Reforçar o quadro
institucional, legislativo e
regulamentar
Desenvolvimento de
uma Política
Nacional coerente
- Constituição de um grupo de
trabalho para elaboração da Lei de
Bases, Legislação e
Regulamentos
- Elaborar Lei de Bases,
Legislação e Regulamentos
- Fazer aprovar Lei de Bases,
Legislação e Regulamentos
- Documentos sobre a
constituição do grupo de
trabalho
- Documentos sobre a Lei de
Bases, Legislação e
Regulamentos
- Publicação da Legislação no
Jornal Oficial Resultados Esperados:
- A aprovação de uma lei
sobre Resíduos
hospitalares
- Aprovação de
regulamentos específicos
sobre Resíduos
hospitalares
.
OBJECTIVO
ESTRATÉGICO 2
Lógica de intervenção Actividades Indicadores de verificação
das Acção
- Melhorar a gestão dos
resíduos hospitalares em
Angola
- Tratamento estatístico
dos Resíduos hospitalares
- Organização da gestão
Hospitalar ao nível do
Ministérios da Saúde,
dos Governos
provinciais e das
Unidades de saúde
- Responsabilização
dos agentes
directamente
envolvidos
-Desenvolvimento de
- Seminário nacional anual de
avaliação das soluções
desenvolvidas por cada Unidade
de Saúde e de novas proposta para
refinamento do Plano de Gestão
de Resíduos hospitalares
- Projecto de Assistência técnica
junto do Ministério da Saúde de
apoio á organização do Plano de
Gestão de Resíduos hospitalares
-Apoio á elaboração de
- Termos de referência
- Actas de reunião
- Documentos do plano de
gestão
- Registos dos Resíduos
hospitalares
- Relatórios sobre auditorias ao
Plano de Gestão de Resíduos
hospitalares
- Análises estatísticas sobre
Resíduos hospitalares
Resultados Esperados:
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
69/110
- O Plano de Gestão de
Resíduos Hospitalares é
executado com êxito na
fileira, melhorando a
eficácia das acções
implementadas
-Os resíduos hospitalares
são devidamente
qualificados e
quantificados
mecanismos adequados
de financiamento
- Envolvimento da
Direcção das Unidades
de saúde no sentido de
se obter dados
estatísticos
orçamentos anuais junto das
Unidades de saúde
-Actividades de fiscalização,
acompanhamento e avaliação do
Plano de Gestão de Resíduos
hospitalares
- Projecto de recolha,
processamento e armazenamento
de dados estatísticos obtidos nas
Unidades de saúde
OBJECTIVO
ESTRATÉGICO 3:
Lógica de intervenção Actividades Indicadores de verificação
das Acções
- Dotar as unidades de
saúde de equipamentos de
recolha e eliminação, bem
como Equipamentos de
protecção individual
necessários á operação de
Resíduos hospitalares
- Envolvimento dos
Ministérios da Saúde,
das Finanças, da
Administração Interna,
das Obras Públicas e
dos Governos
Provinciais
- Envolvimento das
ONG’s
- Envolvimento das
Instituições financeiras
internacionais
- Envolvimento dos
países doadores
- Programas de Ajudas
públicas
- Provimento de Equipamentos de
recolha, tratamento e
armazenagem
- Reuniões de preparação com as
Unidades Sanitárias (contrato,
questões financeiras)
- Construção ou reabilitação das
infra-estruturas para
armazenagem intermediária
- Distribuição do material de
triagem e recolha e equipamentos
de protecção individual
- Documento sobre a solução
sugerida para cada Província
- Facturas de equipamentos
providos
- Contractos com entidades
transportadoras
- Redacção dos termos de
referência
- Actas de reunião
- Documento de Avaliação de
Impacto Ambiental e
Autorização de licenças
- Instalações incineradoras
instaladas
- Aterros sanitários instalados
Resultados Esperados:
- As unidades de saúde
estão bem equipadas para
levar a cabo operações de
triagem, recolha,
armazenagem e destino
final de resíduos
hospitalares
- Os resíduos hospitalares
são triados, recolhidos, e
eliminados em segurança,
de forma ecológica e
economicamente viável
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
70/110
OBJECTIVO
ESTRATÉGICO 4:
Lógica de intervenção Actividades Indicadores de verificação
das Acções
- Formação orientada dos
agentes directamente
envolvidos
- Realização de cursos
de curta e média
duração, de seminários
e workshops,
realçando os riscos
inerentes aos resíduos
hospitalares
- Cursos de Formação de
Formadores
- Cursos de formação sobre
Organização e Gestão de
Resíduos Hospitalares nas
unidades de saúde
- Curso de Tratamento Estatístico
dos resíduos hospitalares
- Curso de formação para técnicos
de manutenção e de serviços de
recolha e limpeza
- Cursos de formação para pessoal
técnico da saúde (médicos,
enfermeiros e pessoal auxiliar)
- Cursos de formação para agentes
de instalações incineradoras e
aterros sanitários
- Documentos de apoio
pedagógico às acções
formativas
- Dossiers de curso contento
informações sobre o plano
curricular, formador e
formandos
- Número de pessoal formado
Resultados Esperados
- Conjunto de técnicos
qualificados e motivados
que assegurem todas
tarefas do Plano de Gestão
de Resíduos hospitalares
OBJECTIVO
ESTRATÉGICO 5:
Lógica de intervenção Actividades Indicadores de verificação
das Acções
Sensibilização e
consciencialização sobre
as questões de higiene,
ambiente e dos riscos
inerentes a práticas e
atitudes envolvendos os
Resíduos hospitalares
- Sensibilizar e
consciencializar os
quadros dirigentes para
os riscos inerentes a
uma má gestão de
resíduos hospitalares
- Sensibilizar e
consciencializar a
população em geral
- Sensibilizar e
consciencializar a
Juventude
- Seminários e Reuniões de
Trabalho com os dirigentes das
Unidades de saúde
- Campanha Nacional de
informação junto das Unidades
de saúde utilizando entrevistas e
secções públicas, cartazes,
folhetos informativos e produtos
de propaganda (T-shirts, bonés,
autocolantes, etc.)
-Campanha Nacional de
informação junto da população
em geral, utilizando spots
públicitários e informativos nos
media, outdoors, cartazes,
folhetos informativos e produtos
de propaganda (T-shirts, bonés,
autocolantes, etc.)
-Campanha Nacional de
informação junto da juventude,
com a inclusão da temática no
programa escolar e utilizando
artígos temáticos em jornais e
revistas, concursos de desenhos
nas escolas, realização de
Jornadas Ambientais nas escolas
- Documentação sobre a
organização e realização dos
Seminários e Reuniões de
trabalho
- Documentação sobre os
programas das Campanhas
Nacionais, nomeadamente
spots publicitários e
informativos, artigos
publicados, cartazes
desenhados, produtos de
propaganda distríbuidos
-Documentação sobre a
elaboração do concurso e
desenhos escolhidos
- Documentação sobre a
organização e realização das
Jornadas Ambientais
- Manuais escolares
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
71/110
Resultados Esperados
A população está mais
sensibilizada e
consciencializada para as
questões de higiene,
ambiente e dos riscos
inerentes a práticas e
atitudes envolvendo os
resíduos hospitalares
Tabela 14: Quadro Lógico do Plano de Acção
6. EXECUÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO
6.1. Actividades detalhadas do Plano de Acção
6.1.1. Arranque
Apresentamos as acções previstas para a fase de arranque para se atingir os objectivos
estratégicos definidos:
Objectivo estratégico 1 : Reforçar o quadro institucional, legislativo e regulamentar
Constituição de um grupo de trabalho a nível central para elaboração de Legislação e
Regulamentos.
Objectivo estratégico 2 : Organizar e Gerir
Seminário nacional de arranque do projecto com a participação de entidades directamente ligadas
aos sector dos resíduos hospitalares, públicas e privadas, entidades a nível central e a nível
provincial.
Objectivo Estratégico 3 : Instalar e Equipar
Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma vez que
o levantamento já realizado só contemplou cinco (5) Províncias.
Objectivo Estratégico 4 : Formar
Realização de um seminário de arranque da formação com debates sobre programas dos cursos e
metodologias de ensino.
Realização de uma reunião alargada de preparação com os formadores.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Objectivo Estratégico 5 :Sensibilizar e Consciencializar a População
Sensibilização do Pessoal do Sector da Saúde
Seminário de divulgação na fase de arranque do projecto.
Destinatários: Representantes de ministérios, delegados provinciais, directores de hospitais,
directores de centros de saúde, entidades públicas e privadas.
Elaboração de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para os agentes de
saúde.
Elaboração de cartaz especialmente concebido para os agentes de saúde.
Elaboração de T-shirts
Sensibilização dos Jovens em Idade Escolar
Seminário de divulgação na fase de arranque do projecto.
Destinatários: Representantes do Ministério da Educação, delegados provinciais da Educação,
directores de escolas.
Reunião no Ministério da Educação para análise dos curricula escolar e dos manuais escolares.
Elaboração de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para os estudantes.
Elaboração de cartaz especialmente concebido para os alunos e a ser amplamente divulgado nas
escolas.
Elaboração de T-shirts, bonés e autocolantes
Sensibilização da População em Geral
Elaboração de um spot publicitário para televisão
Elaboração de um spot publicitário para rádio
Reunião com os entidades públicas a nível central e provincial e com entidades privadas
(empresas e ONG’s) para arranque da campanha nacional de sensibilização da população.
Elaboração de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para a população em
geral e para ser amplamente divulgado nos locais públicos
Elaboração de cartaz especialmente concebido para a população em geral e para ser amplamente
divulgado nos locais públicos
Elaboração de T-shirts, bonés e autocolantes
6.1.2. Execução
Apresentamos as acções previstas para a fase de execução para se atingir os objectivos
estratégicos definidos:
Objectivo estratégico 1 : Reforçar o quadro institucional, legislativo e regulamentar
Constituição de um grupo de trabalho a nível central para elaboração de Legislação e
Regulamentos
Elaboração pelo grupo de trabalho de Legislação e Regulamentos
Fazer aprovar a Legislação e Regulamentos
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Objectivo estratégico 2 : Organizar e Gerir
Projecto de Assistência técnica junto do Ministério da Saúde de apoio á organização do Plano de
Gestão de Resíduos hospitalares
Apoio á elaboração de orçamentos anuais junto das Unidades de saúde que contemple o sector
dos resíduos hospitalares
Actividades de fiscalização, acompanhamento e avaliação do Plano de Gestão de Resíduos
hospitalares
Apoio na recolha, processamento e armazenamento de dados estatísticos obtidos nas Unidades de
saúde
Objectivo Estratégico 3 : Instalar e Equipar
Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisição de Equipamentos
(abertura de concurso, procurement, selecção, fiscalização)
Reuniões prévias com as Unidades de saúde para análise da situação e entrega dos equipamentos
Distribuição de material e equipamentos
Construção ou reabilitação das parte de infra-estruturas directamente ligadas ao armazenamento e
tratamento de resíduos hospitalares
Objectivo Estratégico 4 :Formar
Curso de Formação de Formadores – 1 acção
Curso 1 – Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas Unidades
de saúde – 18 acções de formação, sendo uma em cada Província
Curso 2 - Curso de Formação para Técnicos de Manutenção e de Serviços de Recolha e Limpeza
– 18 acções de formação, sendo uma em cada Província
Curso 3 - Curso de Formação para Pessoal Técnico da Saúde – 18 acções de formação, sendo
uma em cada Província
Curso 4 - Curso de Formação para Agentes de Instalações Incineradoras e Aterros Sanitários – 18
acções de formação, sendo uma em cada Província
Seminários – realização de três seminários sobre programas dos cursos e metodologias de ensino
Reuniões – realização de 5 reuniões alargadas com os formadores com periodicidade anual
Objectivo Estratégico 5 :Sensibilizar e Consciencializar a População
Sensibilização do Pessoal do Sector da Saúde
Reuniões em todas as capitais de Província (18)
Distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para os agentes de
saúde
Distribuição de cartaz especialmente concebido para os agentes de saúde
Distribuição de T-shirts
Sensibilização dos Jovens em Idade Escolar
Reuniões com os delegados provinciais da Educação em todas as capitais de Província (18) para
arranque das Jornadas Ambientais e concursos de desenhos nas escolas
Distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para os estudantes
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Distribuição de cartaz especialmente concebido para os alunos e a ser amplamente divulgado nas
escolas
Distribuição de T-shirts, bonés e autocolantes
Sensibilização da População em Geral
Divulgação de um spot publicitário para televisão
Divulgação de um spot publicitário para rádio
Reuniões com os entidades públicas a nível central e provincial e com entidades privadas
(empresas e ONG’s) para arranque da campanha nacional de sensibilização da população.
Distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para a população em
geral e para ser amplamente divulgado nos locais públicos
Distribuição de cartaz especialmente concebido para a população em geral e para ser amplamente
divulgado nos locais públicos
Distribuição de T-shirts, bonés e autocolantes
6.1.3. Avaliação
No âmbito de todo o projecto será realizada uma avaliação externa realizada por consultor que
terá três momentos distintos: na fase inicial, a meio do programa e na fase final
Serão realizadas acções de avaliação sobre dois dos objectivos estratégicos. Assim:
Objectivo estratégico 2 : Organizar e Gerir
Seminário nacional anual de avaliação das soluções desenvolvidas por cada Unidade de Saúde e
de novas proposta para refinamento do Plano de Gestão de Resíduos hospitalares, com a
participação de entidades directamente ligadas aos sector dos resíduos hospitalares, públicas e
privadas, entidades a nível central e a nível provincial.
Objectivo Estratégico 5 :Sensibilizar e Consciencializar a População
Seminário de avaliação na fase final do projecto
Data: fim do projecto
Destinatários: Representantes de ministérios, delegados provinciais, directores de hospitais,
directores de centros de saúde, entidades públicas e privadas
Local: Luanda
6.2. A fase Pós-Projecto
Terminada a fase de execução do plano de acção deste projecto, são esperadas algumas mudanças
na forma como são geridos os resíduos hospitalares em Angola. Assim:
quadro legislativo deve já estar adequado e a sua aplicabilidade ser uma realidade.
As instalações das unidades de saúde intervencionadas devem estar melhoradas e os
equipamentos adquiridos em funcionamento.
Como consequência directa das campanhas de sensibilização e das acções de formação, é
esperado que no final da execução deste plano exista uma opinião pública mais receptiva às
questões ambientais e consciente das graves consequências de uma deficitária gestão de RH.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
75/110
É esperado também alcançar elevados níveis de sensibilização da população, com enfoque
especial nos agentes mais directamente envolvidos, no pessoal da saúde, no pessoal de
manutenção e recolha de resíduos e finalmente no pessoal de instalações incineradoras e
aterros.
Porém um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares não deve ser estático, não deve terminar
com o fim do projecto. Durante todas as fases de execução do projecto deveremos preparar todas
as vertentes do plano para a fase pós-projecto. Embora de forma incompleta, poderemos referir
desde já a algumas importantes iniciativas que consolidam e melhoram a situação em Angola da
recolha, processamento e eliminação dos resíduos hospitalares:
Os esforços de investimento no sector da saúde devem ser continuados e reforçados.
A organização e a gestão das actividades ligadas aos resíduos hospitalares deve ser
aprofundada e alargada a todas as Províncias de Angola.
As intervenções devem ser alargadas a todas as Unidades de saúde.
Devem ser introduzidas de forma progressiva alterações nos equipamentos utilizando-se
tecnologias mais adequadas de eliminação e tratamento de resíduos, nomeadamente
tecnologias de reciclagem, auto-clavagem, descontaminação, etc., aumentando desta forma a
eficácia e eficiência dos meios de gestão de resíduos hospitalares.
As acções de formação devem ser continuadas no sentido de formar mais técnicos.
As campanhas de sensibilização devem continuar e passarem a ser permanentes, associando
outros temas relacionados com os resíduos hospitalares, como sejam a higiene e a saúde
pública.
6.3. Principais Actores e Regras de Actuação
A execução deste plano só será verdadeiramente eficaz se houver uma colaboração continua e
pro-activa de várias entidades e agentes que estão directamente ligados à problemática dos
resíduos hospitalares. AS sinergias criadas pelo trabalho em conjunto permite encarar com mais
optimismo este grande problema angolano.
De seguida apresentamos os principais actores que podem e devem intervir neste projecto e as
regras de actuação que devem imperar.
6.3.1 Principais Actores e Regras de Actuação
A gestão dos resíduos hospitalares, interpela várias categorias de actores cujos papéis e modos de
implicação têm impactos que podem influenciar de maneira diferenciada a eficácia da execução
do plano de gestão de resíduos hospitalares.
Governo Central:
O Governo Central é responsável pelo financiamento do Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares, através da contemplação deste no OGE, ou da procura de financiamentos junto de
organizações internacionais ou ainda de de acordos bilaterais ou multilaterais.
Ministério da Saúde:
Compete ao Ministério da Saúde a responsabilidade da Elaboração e Execução da Política
Nacional de Saúde, tutelando assim instalações que constituem as principais fontes de produção
de Resíduos Hospitalares. Neste Ministério a Direcção Nacional de Saúde Pública e as suas
Delegações Provinciais, bem como as Direcções dos Distritos Sanitários, revelam-se os actores
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
76/110
mais directamente implicados na execução do plano de gestão dos resíduos hospitalares, dando
apoio à supervisão e incrementando activamente os planos de sensibilização.
Ministério da Educação:
Ao Ministério da Educação, compete a responsabilidade pelos conteúdos programáticos
leccionados nas escolas em Angola. Desta forma, é da responsabilidade deste Ministério o apoio á
sensibilização para os resíduos hospitalares ao nível escolar.
Ministério das Obras Públicas:
Compete ao Ministério das Obras Públicas a responsabilidade pelo financiamento e construção de
infra-estruturas necessárias á implementação do PGRH, quer sejam infra-estruturas sanitárias ou
rodoviárias.
Governos Provinciais e Municípios:
Como delegações do Governo Central, cabe aos Governos Provinciais e aos Municípios o
acompanhamento, supervisão e execução do PGRH. Desta forma, é importante o papel
desempenhado por estes em pontos-chave do plano, como legislação, recolha e gestão de
resíduos, formação e sensibilização.
Unidades de saúde Públicas e Privadas:
As Unidades de saúde constituem as principais fontes de produção de resíduos hospitalares. Desta
forma, a chave para o sucesso da execução do PGRH está na triagem e no tratamento efectuado
aos resíduos hospitalares nas US. Nas US públicas verifica-se pouco empenhamento do pessoal
de Saúde na Gestão dos Resíduos Hospitalares, aspecto que deveria desempenhar um papel
central. Estas, deparam-se diariamente com uma massa considerável de urgências médicas
quotidianas, mas sobretudo com dificuldades de funcionamento, sendo que as limitações
financeiras comprometem notoriamente as iniciativas com vista a gerir os resíduos hospitalares.
Ao nível dos estabelecimentos privados, as limitações colocam-se com muito menos intensidade
no caso das clínicas. Torna-se assim prioritário a adopção de referencias técnicos para GRH junto
destas US. O papel das US na sensibilização do seu pessoal, assim como da população em geral é
fulcral, sendo que é nestes estabelecimentos que se encontram os maiores riscos de exposição aos
resíduos hospitalares contaminados.
ONG’s, Organizações Comunitárias, Organizações de Carácter Religioso:
Muitas destas entidades, interessam-se activamente pelo domínio do ambiente e da saúde, mas
nenhuma delas opera actualmente de forma directa na gestão geral dos resíduos nem na GRH. A
experiência deste tipo de Organizações no domínio da sensibilização e da formação, poderá ser
no entanto um ponto-chave na execução das actividades do projecto, nomeadamente como
mobilizadores dos actores, para impulsionar uma dinâmica mais forte de luta contra o HIV/SIDA.
Estas organizações, envolvem-se em acções de desenvolvimento local, pluridisciplinares, tendo a
vantagem de ter a confiança das populações.
Media:
O papel dos media é fulcral na execução dos planos de sensibilização e divulgação.
Parceiros de desenvolvimento (BM, UNICEF, OMS, BAD, Cooperação bilateral, etc.):
Os parceiros de desenvolvimento, revelam-se fundamentais em países subdesenvolvidos como
Angola. O papel desempenhado por estas entidades é fulcral não só na parte do financiamento do
plano, como no apoio ao acompanhamento do PGRH.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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PNUA/OMS:
O conhecimento e longa experiência destas entidades em questões ligadas à elaboração e
implementação de PGRH, são mais–valias nomeadamente no apoio à elaboração da legislação e
na assistência à formação.
6.3.2. Quadro – Resumo de Partenariado
Na tabela seguinte, apresenta-se um quadro–resumo de partenariado, onde são evidenciadas as
regras de actuação dos diferentes actores nos diferentes objectivos estratégicos do Plano de
Acção.
Actores Objectivo
estratégico 1:
Reforçar o
quadro
institucional,
legislativo e
regulamentar
Objectivo
estratégico 2:
Organizar e
Gerir
Objectivo
estratégico 3:
Instalar e
Equipar
Objectivo
Estratégico 4:
Formação
Objectivo
Estratégico 5:
Sensibilização e
consciencializaç
ão da população
Governo Central Financiamento através de receitas próprias;
Procura de financiamento junto de organizações nacionais e internacionais; Aquisição de
equipamentos, construção e reabilitação de infra-estruturas.
Ministério da
Saúde, Direcção
Nacional de Saúde
Pública e
Ambiente
Elaboração de
Legislação.
Apoio á
elaboração de
Planos de Gestão
de Resíduos
Hospitalares ao
nível provincial e
das unidades de
saúde;
Supervisão
Supervisão. Supervisão. Informar e
sensibilizar as
Autoridades
nacionais e
locais.
Ministério da
Educação
___ ___ ___ Integrar a
temática dos
resíduos
hospitalares e da
sua gestão nos
conteúdos
programáticos
escolares.
Participar
activamente nas
campanhas de
sensibilização.
Ministério das
Obras Públicas
___ ___ Financiamento da
construção e
reabilitação de
infra-estruturas.
___ ___
Governos
Provinciais e
Municípios
Fazer repercutir a
legislação ao
nível local.
___ Melhorar o
sistema de
recolha.
Divulgação das
acções de
formação ao
nível dos agentes
interessados;
Proporcionar
condições para
execução das
acções de
formação ao
nível provincial;
Participar nas
acções de
formação.
Participar nas
campanhas de
sensibilização.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Unidades de saúde
públicas
Aplicar e fazer
respeitar o
disposto na
Regulamentação.
Elaborar planos
de gestão;
Assegurar a
parceria com o
sector privado
para a recolha e
posterior
tratamento.
Acompanhar e
fiscalizar a
instalação dos
equipamentos;
Assegurar a
manutenção.
Participar nas
acções de
formação e
incentivar a
participação do
pessoal
Hospitalar nas
mesmas.
Promover a
sensibilização e
consciencializaçã
o do pessoal
técnico de saúde
(médicos,
enfermeiros,
etc.), as equipas
de limpeza, os
utentes e
familiares.
Unidades de saúde
privadas
Aplicar e fazer
respeitar o
disposto na
Regulamentação.
Elaborar planos
de gestão;
Assegurar a
parceria com o
sector privado
para a recolha e
posterior
tratamento
dos Resíduos
Hospitalares.
Aquisição de
equipamento de
recolha e
protecção
individual;
Aquisição de
equipamento de
eliminação em
parceria com o
sector privado
para a recolha e
tratamento de
Resíduos
Hospitalares.
Participar na
formação e
incentivar a
participação do
pessoal técnico
hospitalar.
Promover a
sensibilização do
pessoal, utentes e
familiares.
ONG’s
Organizações
Comunitárias,
Organizações de
Carácter Religioso
Apoiar na
disseminação da
informação sobre
a
regulamentação.
Apoiar na
organização da
gestão e no
financiamento.
Apoio ao
financiamento e á
procura de
financiamento.
Participar na
formação;
Formar
voluntários.
Participar na
sensibilização;
Mobilizar a
população;
Sensibilizar de
maneira
específica as
crianças de rua e
a população
carente.
Média Disseminação da
informação sobre
a
regulamentação.
____ _____ _____ Participar
activamente nas
campanhas de
sensibilização
(p.e, spots
televisivos)
Parceiros de
desenvolvimento
(BM, UNICEF,
OMS, BAD,
Cooperação
bilateral, etc....).
_____ Financiamento do plano
PNUA/OMS Apoio á
elaboração
Assistência á
formação
Tabela 15: Quadro – resumo de Partenariado
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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6.3. Cronograma do Plano de Acção
ACÇÕES E PROJECTOS
Anos
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1S 2S 3S 4S 5S 6S 7S 8S 9S 10S
VECTOR ESTRATÉGICO 1: Reforçar o quadro institucional
- Constituição de um grupo de trabalho
- Elaborar a Lei de Bases, a Legislação e os Regulamentos
- Fazer aprovar a Lei de Bases, a Legislação e os Regulamentos
VECTOR ESTRATÉGICO 2: Organizar e Gerir
- Seminário nacional de arranque do projecto
- Seminário nacional anual de avaliação das soluções
- Assistência técnica junto do Ministério da Saúde
- Apoio à elaboração de orçamentos anuais
- Actividades de fiscalização, acompanhamento e avaliação
- Recolha, processamento e armazenamento de dados
VECTOR ESTRATÉGICO 3: Instalar e Equipar
- Estudo alargado sobre soluções adequadas
- Concurso para aquisição de Equipamentos
- Reuniões com as Unidades de saúde
- Distribuição de material e equipamentos
- Construção ou reabilitação das infraestruturas
VECTOR ESTRATÉGICO 4: Formar
- Cursos de Formação de Formadores
- Cursos de Formação Organização e Gestão de R. Hosp.
- Cursos de formação para pessoal técnico da saúde
- Curso de formação para técnicos manutenção e serv. rec.
- Cursos de formação pessoal de incineradoras e aterros
- Seminários
- Reuniões de trabalho alargadas
VECTOR ESTRATÉGICO 5: Sensibilizar e consciencializar
- Seminários no início e no fim
- Reuniões de trabalho nas Províncias com os dirigentes
- Elaboração de folheto explicativo
- Elaboração de cartaz
- Elaboração de T-shirts
- Elaboração de um spot para televisão
- Elaboração de um spot para rádio
- Campanha nacional de informação - Unidades de saúde
- Campanha nacional de informação - população em geral
- Campanha nacional de informação - juventude
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Tabela 16: Cronograma do Plano de Acção
7. AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES E ESTIMATIVA
ORÇAMENTAL 7.2. Avaliação das Necessidades
As necessidades em Angola no âmbito de um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares são de
diferentes tipos e a diferentes níveis. De uma forma geral poderemos dizer que existem
necessidades de:
1. Instalações e equipamento
2. Recursos humanos sensibilizados e formados
3. Organização e Gestão
As necessidades acima indicadas fazem-se sentir a todos os nível. Naturalmente que a nível
superior e no Governo Central as questões mais importantes relacionam-se com carências no
financiamento do sistema da saúde, na organização e na Gestão do Plano Nacional, bem como na
formação de técnicos ligados ao Ministério da Saúde. Ao nível das Unidades de saúde as
carências já são de outro teor onde as infra-estruturas e os equipamentos constituem necessidades
prioritárias embora a sensibilização de todo o pessoal e da população em geral e a formação
técnica sejam também necessidades vitais para a gestão de resíduos hospitalares. Nos Governos
Provinciais as carências relacionam-se com os recursos humanos, com a sensibilização do pessoal
e com o financiamento de todo o sector da Saúde.
A quantificação das necessidades apresentadas correspondem a uma plataforma mínima para a
melhoria do sistema de Gestão de Resíduos Hospitalares, onde se tentou conciliar soluções
adaptadas que garantissem uma eliminação dos resíduos com impactos ambientais controlados,
com investimentos razoáveis. As propostas apresentadas ficam muito aquém da cobertura das
necessidades, quer em termos de quantidade, quer em termos de qualidade. No entanto realçamos
a postura da razoabilidade que sempre nos orientou. Numa segunda fase de implementação do
Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares haverá oportunidade de instalar unidades de
processamento e eliminação de resíduos mais “amigas” do ambiente., bem como o de alargar
estas iniciativas a um maior número de unidades de saúde. O controlo de todos os resíduos
hospitalares em todo o grande país que é Angola deverá ser atingido de uma forma faseada
aproveitando-se as “boas práticas” adquiridas ao longo do tempo. Assim quer os investimentos
quer a componente “imaterial” de cada fase do projecto são mais razoáveis podendo-se obter uma
melhor relação custo/benefício e impactos sociais e ambientais muito mais evidentes.
Assim as intervenções foram dirigidas à resolução dos resíduos hospitalares gerados nos hospitais
nas capitais de Província de forma concentrada utilizando incimeradoras de média/grande
dimensão. Os resíduos gerados nas unidades de saúde de menor dimensão nomeadamente nos
Centros de Saúde e nos Postos de Saúde, serão incinerados com equipamento de menor dimensão,
de baixo custo e a nível dos municípios.
Quanto à formação de pessoal a estratégia passa pela realização de um curso de formação de
formadores que irá capacitar um conjunto de 25 técnicos que terão a responsabilidade de, por sua
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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vez, formar e sensibilizar técnicos em todas as Províncias. Desta forma teremos uma
multiplicação das acções de formação que atingirão um número elevado de profissionais da
saúde.
As acções de sensibilização terão três público – alvo distintos: pessoal da saúde, jovens em idade
escolar e população em geral. Assim serão feitas acções especialmente focalizadas nestes três
tipos de público - alvo.
De seguida apresentamos uma estimativa orçamental para ser implementada num período de 5
anos.
7.3. Estimativa Orçamental
Descrição Unidade Qt Pr/un Total $usd
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 1 - Reforçar o quadro institucional, legislativo e regulamentar
Grupo de trabalho jurídico un 1 25.000 25.000
Sub-Total 25.000
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 2 - Organizar e Gerir
Assistência técnica un 1 394.000 394.000
Seminário nacional de arranque un 1 15.000 15.000
Seminário anual - troca exoeriências un 4 15.000 60.000
Avaliação externa do programa
no arranque un 1 15.000 15.000
a meio termo un 1 20.000 20.000
no fim un 1 20.000 20.000
Sub-Total 524.000
Nota: Assistência na organização, fiscalização, recolha, processamento e armazenamento de dados estatísticos
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 3 - Instalar e Equipar
Baldes (1/Centro;10/hospital) un 457 18 8.226
Carrinho (1/centro;4/hospital) un 277 450 124.650
Contentor de cortantes Lote 25 1.535 20 30.700
Equipamento de protecção Kit 187 50 9.350
Equipamento para arnazenamento un 277 450 124.650
Reabilitação - Centros Saúde un 157 10.000 1.570.000
Reabilitação - Hospitais un 30 30.000 900.000
Autoclave para esterilização
Grande un 5 85.000 425.000
Medio un 6 50.000 300.000
Pequeno un 7 20.000 140.000
Incineradora Dupla-câmara un 16 60.000 960.000
Incineradora tipo Monffort un 175 2.500 437.500
Fossas cépticas (1/Centro;1/hospital) un 175 500 87.500
Ferramentas diversas (1/Centro;1/hospital) lote 175 100 17.500
Destruidor de cortantes (1/Centro;1/hospital) un 175 300 52.500
Sub-Total 5.187.576
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 4 - Formar
Formação de Formadores un 2 15.775 31.550
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
82/110
Formação Org. e Gestão Resíduos Hospitalares un 18 3.125 56.250
Formação de técnicos da saúde un 18 2.450 44.100
Formação agentes incineração e aterros un 18 2.450 44.100
Formação manutenção, recolha e limpeza un 18 2.450 44.100
Reuniões un 5 5.000 25.000
Seminários un 3 10.000 30.000
Sub-Total 275.100
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 5 -Sensibilizar e consciencializar a população
Spots de televisão un 500 500 250.000
Spots de rádio un 500 50 25.000
Cartazes un 5.000 2 10.000
Desdobráveis un 20.000 1 20.000
T-shirt un 5.000 3 15.000
Concursos nas escolas un 19 25.000 475.000
Sub-Total 795.000
Total 6.806.676
Imprevistos 10% 680.668
TOTAL 7.487.344
Tabela 17: Estimativa Orçamental
Cálculo dos Orçamentos
Descrição Uni Qt Pr/un total
Assistência Técnica
Consultor
Honorários H/M 60 6.000 360.000
Bilhetes Avião (2 por ano) un 10 1.300 13.000
Comunicações mês 60 100 6.000
Despesas de secretaria mês 60 50 3.000
Transporte local mês 60 200 120.000
Sub-total 394.000
Avaliação do programa
Avaliação do programa inicio un 1 15.000 15.000
Avaliação do programa meio un 1 20.000 20.000
Avaliação do programa fim un 1 20.000 20.000
Sub-total 55.000
Formação
Curso Formação de Formadores
Formador
Honorários sem 2 2.000 4.000
Elaboração de documentação un 1 1.000 1.000
Perdiem dia 15 140 2.100
Bilhete Avião un 1 1.300 1.300
Formandos
Transporte interno bilhete 25 250 6.250
perdiem dia 15 75 1.125
Sub-total 15.775
Cursos de Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas Unidades de saúde
Formador 0
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
83/110
Honorários dia 3 100 300
Perdiem dia 3 75 225
Transporte local un 1 100 100
Formandos (25)
perdiem (almoços) un 1 10 250
Transporte local un 1 50 1.250
Custo de um curso 3.125
Cursos para técnicos de manutenção e de serviços de recolha e limpeza
Formador
Honorários dia 2 100 200
Perdiem dia 2 75 150
Transporte local un 1 100 100
Formandos (25)
perdiem (almoço) un 2 20 1.000
Transporte local un 1 40 1.000
Custo de um curso 2.450
Cursos para pessoal técnico da saúde (médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar)
Formador
Honorários dia 2 100 200
Perdiem dia 2 75 150
Transporte local un 1 100 100
Formandos (25)
perdiem (almoço) un 2 20 1.000
Transporte local un 1 40 1.000
Custo de um curso 2.450
Cursos de formação para agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários
Formador
Honorários dia 2 100 200
Perdiem dia 2 75 150
Transporte local un 1 100 100
Formandos (25)
perdiem (almoço) un 2 20 1.000
Transporte local un 1 40 1.000
Custo de um curso 2.450
Tabela 18: Cálculo dos Orçamentos
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
84/110
7.4. Plano de Financiamento
Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Total $usd
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 1 - Reforçar quadro instit.
Grupo de trabalho jurídico 25.000 25.000
Sub-Total 25.000
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 2 - Organizar e Gerir
Assistência técnica 78.800 78.800 78.800 78.800 78.800 394.000
Seminário nacional de arranque 15.000 15.000
Seminário anual - troca exoeriências 15.000 15.000 15.000 15.000 60.000
Avaliação externa do programa
no arranque 15.000 15.000
a meio termo 20.000 20.000
no fim 20.000 20.000
Sub-Total 524.000
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 3 - Instalar e Equipar
Baldes (1/Centro;10/hospital) 8.226 8.226
Carrinho (1/centro;4/hospital) 124.650 124.650
Contentor de cortantes 30.700 30.700
Equipamento de protecção 9.350 9.350
Equipamento para arnazenamento 124.650 124.650
Reabilitação - Centros Saúde 52.333 52.333 52.333 1.570.000
Reabilitação - Hospitais 300.000 300.000 300.000 900.000
Autoclave para esterilização
Grande 425.000 425.000
Medio 300.000 300.000
Pequeno 140.000 140.000
Incineradora Dupla-câmara 960.000 960.000
Incineradora tipo Monffort 437.500 437.500
Fossas cépticas (1/Centro;1/hospital) 87.500 87.500
Ferramentas diversas
(1/Centro;1/hospital)
17.500 17.500
Destruidor cortantes (1/Centro;1/hospital) 52.500 52.500
Sub-Total 5.187.576
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 4 – Formar
Formação de Formadores 31.550 31.550
Formação Org. e Gestão Resíduos
Hospitalares
28.125 28.125 56.250
Formação de técnicos da saúde 44.100 44.100
Formação Técnicos Manutenção Recolha
Limpeza
22.050 22.050 44.100
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
85/110
Formação agentes incineração e aterros 44.100 44.100
Reuniões 5.000 5.000 5.000 10.000 25.000
Seminários 10.000 10.000 10.000 30.000
Sub-Total 275.100
OBJECTIVO ESTRATÉGICO 5 - Sensibilizar e consciencializar a população
Spots de televisão 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 150.000
Spots de rádio 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 25.000
Cartazes 10.000 10.000
Desdobráveis 20.000 20.000
T-shirt 15.000 15.000
Concursos nas escolas 95.000 95.000 95.000 95.000 95.000 475.000
Sub-Total 795.000
Total 6.806.676
Imprevistos 10% 136.134 136.134 136.134 136.134 136.134 680.668
TOTAL 529.609 1.312.524 4.021.993 1.213.267 409.934 7.487.344
Tabela 19: Plano de Financiamento
8. CONCLUSÕES
A situação actual de gestão de resíduos hospitalares em Angola, não pode garantir a segurança do
pessoal, doentes e público em geral, constituindo uma forte ameaça na luta contra as doenças
transmissíveis, nomeadamente o HIV/SIDA e a tuberculose.
Em Angola verificamos, que existem carências importantes em todas as vertentes ligadas aos
resíduos hospitalares. Frequentemente, verifica-se um nível mínimo de segurança na gestão dos
resíduos. Algumas das maiores lacunas em estabelecimentos de saúde, relacionam-se com
aspectos de organização e gestão, de pessoal, de equipamento e de instalações. A insuficiência de
recursos financeiros, constitui também um importante constrangimento.
A implementação de um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares constitui um factor positivo
no controlo dessas doenças e na melhoria das condições de higiene e ambientais.
O envolvimento de todas as partes que integram a gestão de resíduos é imprescindível. Deverá
haver um forte trabalho em equipa, interligando os serviços centrais com as unidades de saúde e
devendo ser privilegiadas parcerias público-privado na implementação das soluções mais
adequadas.
Em Angola, o “steering committe” nacional de gestão de resíduos hospitalares a constituir, deverá
alertar para a implementação de planos de gestão de resíduos hospitalares nos hospitais de
maiores dimensões e de planos de gestão de resíduos hospitalares a nível provincial para as outras
unidades de saúde.
É essencial, que todos os funcionários a todos os níveis se consciencializem da importância da
gestão de resíduos, como um aspecto essencial e prioritário para melhorar as condições sanitárias
dentro dos espaços dos estabelecimentos de saúde. É fundamental, a adesão das chefias dos
estabelecimentos de saúde ao processo de planeamento em gestão de resíduos hospitalares.
Programas de formação do pessoal deverão ser implementados e mantidos de forma continuada .
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Programas de sensibilização e consciencialização da população relacionados com a higiene, o
ambiente sustentável e particularmente com os resíduos hospitalares, deverão ser amplamente
implementados e mantidos de forma continuada a nível nacional.
A quantificação das necessidades apresentadas correspondem a uma plataforma mínima para a
melhoria do sistema de Gestão de Resíduos Hospitalares, onde se tentou conciliar soluções
adaptadas que garantissem uma eliminação dos resíduos com impactos ambientais controlados,
com investimentos razoáveis. As propostas apresentadas ficam muito aquém da cobertura das
necessidades, quer em termos de quantidade, quer em termos de qualidade. No entanto realçamos
a postura da razoabilidade que sempre nos orientou. Numa segunda fase de implementação do
Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares haverá oportunidade de instalar unidades de
processamento e eliminação de resíduos mais “amigas” do ambiente., bem como o de alargar
estas iniciativas a um maior número de unidades de saúde. O controlo de todos os resíduos
hospitalares em todo o grande país que é Angola deverá ser atingido de uma forma faseada
aproveitando-se as “boas práticas” adquiridas ao longo do tempo. Assim quer os investimentos
quer a componente “imaterial” de cada fase do projecto são mais razoáveis podendo-se obter uma
melhor relação custo/benefício e impactos sociais e ambientais muito mais evidentes.
Apesar do presente projecto ter uma dimensão nacional e um orçamento significativo, a
capacidade estimada de incineração anual do equipamento proposto é de 3.887.250 kg.,
insuficiente porque a estimativa de produção anual situa-se em 5.495.951 kg, continuando a haver
um déficit de 1.608.701 kg de resíduos sem qualquer tratamento ou eliminação após a conclusão
do projecto. Este assunto deverá merecer uma atenção especial para a fase pós-projecto.
Desta forma, haverá uma contribuição forte e positiva para enfrentar os maiores flagelos
existentes no domínio da saúde em Angola.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Anexo 1
Projecto de Reforço dos Serviços Municipais de Saúde: Enquadramento para avaliação ambiental e social
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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O objectivo global do Projecto de Reforço dos Serviços Municipais de Saúde (MHSS) é melhorar
o acesso da população aos cuidados e serviços de saúde materna e infantil com qualidade.
Tendo como foco principal os cuidados Obstétricos de Emergência e Neonatais, reforçar a
capacidade institucional do MINSA e das Direcções Provinciais de Saúde.
A finalidade do projecto é contribuir para redução da mortalidade materna e infantil em Agola. O
período de implementação do projecto é de cinco anos entre 2010 a 2014.
O projecto vai ser implementado em dezoito municipios de cinco provincias nomeadamente:
Bengo, Malange, Lunda Norte, Moxico e Uíge, cobrindo uma população estimada de Um Milhão
e Quinhentos mil habitantes.
O projecto tem três componentes: (i) Desenvolver e melhorar a prestação de serviço em 18
municípios das cinco províncias com particular destaque aos Cuidados Obstétricos de
Emergência e Neonatais (USD 72,8 milhões); (ii) teste piloto dos incentivos para estimular os
partos institucionais, (USD 800 mil); e (iii) reforçar a capacidade do Ministério da Saúde (MS) e
dos municípios, (USD 18,2 milhões).
O projecto apoia um modelo integrado de prestação de serviços de saúde com um pacote de
intervenções destinadas a reduzir a mortalidade infantil e materna. Ao levar os serviços de saúde
para junto da população, incluindo as comunidades de dificil acesso, através de equipas
avançadas e móveis e agentes comunitários. O projecto ajudará assim os municípios a melhorar o
planeamento e gestão de serviços nas zonas urbanas e rurais de maneira a aumentarem o volume
de serviços preventivos e curativos por um lado, e por outro, melhorar o acesso geografico das
familias na procura de cuidados de saúde. A oferta de incentivos à procura e a melhoria da
quantidade e da qualidade dos serviços obstétricos deverão aumentar o número de partos
institucionais e contribuir para reduzir a mortalidade materna, neo-natal e infantil
Com vista a aumentar o acesso aos cuidados obstétricos, o projecto utilizará uma estratégia
dupla: (i) fornecerá equipamento aos centros de saúde municipais existentes, o que irá ajudar a
melhorar a qualidade dos cuidados; e (ii) expandirá a oferta de cuidados obstétricos com a
construção de 36 novas salas de parto nos centros e postos de saúde, trazendo os serviços de
saúde para mais perto da população.
Por último, a estratégia do projecto implica a formação de parteiras e enfermeiros que irão prestar
cuidados obstétricos nessas instalações de saúde. Enfermeiros formados em cuidados obstétricos
e pré-natais farão parte das equipas móveis integradas de cuidados primários que visitarão as
comunidades mais distantes. A formação incidirá no aperfeiçoamento das qualificações práticas e
não em conceitos teóricos.
A Folha de Informação Integrada das Salvaguardas (ISDS) relativa ao projecto foi aprovado pelo
Banco Mundial em Novembro de 2009. A única medida de salvaguarda accionada pelo projecto
foi a Avaliação Ambiental (OP/BP/GP 4.01) por causa do potencial impacte ambiental da
construção das salas de parto e das residências para o pessoal médico bem como do tratamento
dos resíduos dos cuidados médicos. Espera-se que o impacte, a nível comunitário, seja mínimo.
Não estão previstas actividades económicas de larga escala. A aquisição2 de terrenos para as
2 No sentido de obtenção gratuita
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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residências propostas será diligentemente documentada no Formulário para Avaliação da
Aquisição3 de Terrenos.
O projecto inclui a construção de 24 casas para o pessoal da saúde nos níveis provincial e
municipal. As casas serão construídas em terrenos que pertencem ao governo de Angola e onde
não existam moradores ilegais.
Enquadramento de Gestão Proposto para as Salvaguardas Ambientais e Sociais
Com vista ao Enquadramento de Gestão Ambiental e Social, este projecto adoptou uma
abordagem e procedimentos de triagem especializados.
Este enquadramento será divulgado no país a todas as partes interessadas relevantes (incluindo o
governo nacional e local, sociedade civil e potenciais agências executantes e pessoas
potencialmente afectadas) através de meios que incluem a comunicação local, o workshop de
lançamento do projecto, eventos de formação e sensibilização regionais, gabinetes distritais e
InfoShop, como parte da documentação global do projecto. De acordo com este enquadramento, o
manual de implementação do projecto terá também de incluir uma descrição clara das
responsabilidades e acordos administrativos e organizacionais, indicadores de desempenho e
acordos para monitorização ambiental e social.
O processo de avaliação ambiental para o projecto compreenderá quatro etapas:
Etapa 1: Triagem básica para identificar as actividades que não vão ser financiadas (ver Quadro
1) ou que terão um impacte adverso ambiental ou social nulo ou provavelmente limitado (ver
Quadro 2);
Etapa 2: Triagem mais detalhada de actividades com potencial impacte negativo ambiental ou
social (ver Quadro 3);
Etapa 3: Identificação de medidas de mitigação e/ou aspectos de um modelo social e
ambientalmente robusto para aquelas actividades identificadas como tendo um potencial impacte
ambiental negativo (ver Quadro 4); e
Etapa 4: Certificação de que o processo de avaliação se processou de forma tecnicamente
adequada e de que quaisquer medidas de mitigação ou aspectos do modelo identificados serão
levados em conta na implementação final do projecto.
**************************************************************************
Etapa 1: Triagem Básica para Identificar Actividades que não serão financiadas ou que
tenham um Impacte Ambiental ou Social Adverso Nulo ou Limitado
Quadro 1:
Actividades que não serão financiadas
Presença da Actividade no seio do
Projecto de Reforço do Serviço
Municipal de Saúde (MHSS)
3 Mesmo comentario
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As que envolvam a conversão significativa ou
a degradação de habitats naturais críticos,
incluindo florestas
Não
As que proponham o uso de pesticidas de uma
forma que não seja consistente com as leis
nacionais e/ou padrões internacionais
Não
As que possam causar danos significativos ao
património cultural Não
Aquelas que possam afectar adversamente os
povos indígenas, na medida em que eles
próprios viessem a determinar, através de uma
participação informada na conceptualização e
modelo do projecto.
Não
As que implicassem o realojamento
involuntário ou que provocassem o
realojamento involuntário das populações
Não
A construção de qualquer nova e grande
barragem ou qualquer outra actividade que
fosse dependente de uma grande barragem
existente ou em fase de construção
Não
As que fossem executadas numa área
internacionalmente disputada ou num curso de
água navegável internacional.
Não
Vai ser necessário aderir, durante todo o projecto, a esta lista de actividades que não serão
financiadas e o Quadro 1 terá de ser preenchido para todas as actividades que envolvam obras
de construção, a serem financiadas pelo projecto.
Quadro 2:
Lista de Verificação da Triagem Preliminar Potencial Impacte Ambiental e
Social
Componentes
do Projecto de
Reforço do
Serviço
Municipal de
Saúde (MHSS)
Componentes de um Projecto Típico de DSS Nulo Possível/
Limitado
Provável/
Significati
vo
Componente 1 – Melhoria da prestação de
serviço
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Subcomponente 1a – Reforço dos serviços
municipais de saúde a nível primário
Subcomponente 1b - – Reforço dos serviços
municipais de saúde a nível primário
Subcomponente 2 – Incremento dos serviços de
divulgação junto da população
Subcomponente 3 – Melhoria das intervenções
na comunidade
Subcomponente 4 – Melhoria dos cuidados
obstétricos
Reabilitação e construção de cerca de 36 salas de
parto (para cuidados pré e pós parto e cuidados
neonatais) nos centros e postos de saúde;
Construção de cerca de 24 casas para os
profissionais de saúde a nível provincial e
municipal
Subcomponente 5 – Melhoria da
eliminação/gestão de resíduos hospitalares
(HWMD)
Componente 2 – Fazer um teste piloto de
incentivos à procura destinados a incentivar os
partos institucionalizados
Componente 3 – Reforçar a Capacidade do
Ministério da Saúde a nível Central, Provincial
e Municipal
Subcomponente 1- Reforçar a Gestão de
Programas.
Subcomponente 2 – Reforçar a Capacidade
do Departamento de Planeamento do MS
Subcomponente 3 – Reforçar a
Monitorização e Avaliação (M&A).
O Quadro 2 indica que as componentes globais do Projecto de Reforço dos Serviços
Municipais de Saúde de Angola provavelmente terão um impacte ambiental ou social adverso
nulo ou limitado. À medida que as subcomponentes são desenvolvidas, ou no caso de se
acrescentarem novas componentes a estas, o Quadro 2 será também preenchido para cada
uma delas. Todas as novas subcomponentes (caso existam) passarão então para uma triagem
mais detalhada, descrita na Etapa 2 abaixo, prestando-se especial atenção a quaisquer
subcomponentes em relação às quais o Quadro 2 sugira a potencialidade de um impacte
ambiental ou social negativo. Com vista a evitar impactes ambientais devidos à construção ou
reabilitação de residências para os profissionais de saúde nos centros/postos de saúde ou à
construção e reabilitação de salas de parto (no âmbito da Subcomponente 4) a ESMF (etapa
3) consigna as questões da Gestão Geral do Ambiente associadas com obras públicas e inclui
um anexo com as Condições Detalhadas da Gestão Ambiental para Contratos de Construção.
Na triagem inicial, não está previsto nenhum Realojamento Involuntário decorrente da
construção de casas para o pessoal médico. Para cada um dos locais de construção escolhido,
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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será preenchido e assinado um Formulário de Avaliação da Aquisição de Terreno4 para
documentar a descrição legal do terreno, localização, ocupação, utilização e para verificar que
não ocorrerá nenhum Realojamento Involuntário em consequência das construções propostas.
No Anexo 2 incluem-se cópias destes formulários.
Face à importância de uma gestão adequada dos Resíduos dos Cuidados de Saúde, este
projecto está a propor a melhoria da eliminação dos resíduos médicos no âmbito da
componente 1, subcomponente 5. Foi preparado um Plano de Gestão dos Resíduos de
Cuidados de Saúde individual.
Etapa 2: Triagem Mais Detalhada de Actividades com Potencialidade de um Impacte
Ambiental ou Social Negativo
Quadro 3:
Ferramenta para uma Auto-Avaliação destinada à Triagem Ambiental e
Social
Sim Não N/A*
Secção A: Triagem Básica
1. O projecto irá ter um impacte negativo significativo num habitat natural,
incluindo florestas?
2. O projecto vai adquirir pesticidas?
3. O projecto vai operar numa área internacionalmente disputada ou afectar um
curso de água navegável internacional?
4. O projecto vai danificar consideravelmente o património cultural?
5. O projecto vai fazer o realojamento involuntário das pessoas?
6. O projecto depende da reabilitação ou da construção de uma grande
barragem, ou de um plano para o efeito?
Se a resposta a alguma das perguntas acima for “SIM”, então a actividade do projecto não pode
ser financiada conforme proposta e vai exigir alterações.
7. O projecto centra-se exclusivamente em:
Melhoria da Prestação dos Serviços de Saúde
Actividades de informação e sensibilização; e/ou
Gestão, monitorização ou avaliação do programa
Se a resposta à questão 7 for “SIM”, então não há mais necessidade de uma avaliação ambiental
4 No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Quadro 3:
Ferramenta para uma Auto-Avaliação destinada à Triagem Ambiental e
Social
Sim Não N/A*
da actividade do projecto. Vá para a Etapa 4, Certificação
Secção B: Triagem Detalhada dos Projectos
8. O projecto apoia a agricultura, criação de animais ou actividades de
transformação agrícola? (ver Etapa 3, #4).
9. O projecto vai ser responsável pela recuperação de algumas estradas ou
estruturas? (ver Etapa 3, #1, #2).
10. O projecto pode provocar a contaminação da água potável ou aumentar o
número de doenças relacionadas com a água, tais como a malária ou
bilharzíase? (ver Etapa 3, #2g)
11. Terá de ser destruído ou explorado um montante significativo de recursos
naturais5 (incluindo árvores/lenha para combustível, água, etc.) em virtude do
modelo ou em consequência do projecto?
12. Os grupos indígenas vão ser afectados pelo projecto?6
13. O projecto vai implicar a desflorestação de novas terras dos lotes individuais?
14. O projecto vai envolver nova irrigação, construção de reservatórios de
represas, desvio do caudal dos rios ou perfuração para obtenção de água? (ver
Etapa 3, #2b)
15. O projecto pode causar um aumento da erosão do solo?
16. O projecto vai usar fertilizantes de uma forma não consistente com as normas
técnicas padrão, de acordo com as recomendações do Ministério da
Agricultura nacional e/ou FAO?
17. O projecto vai localizar-se numa zona de habitat natural reconhecida ou numa
área protegida, ou nas suas imediações?
18. O projecto irá criar resíduos líquidos ou sólidos? (ver Etapa 3, #3c)
19. Se o projecto financiar a construção de novas latrinas, estas serão construídas
de acordo com modelos técnicos padronizados e práticas ambientais sólidas,
conforme indicado na Etapa 3, #3?
20. As actividades do projecto exigem a aquisição de terreno, seja a título
permanente ou temporário? (ver Etapa 3, #5)
* Informação insuficiente (I) ou não aplicável (N) 5 Ver o glossário do BM de termos de salvaguarda ambiental e social.
6 Nas áreas onde o projecto vai operar, podem existir comunidades de pessoas que o Banco considera
“povos indígenas”. Com vista a activamente incluir e monitorizar a presença desses povos como potenciais
beneficiários do projecto, a agência executante irá proactivamente incluir a categoria de povos indígenas
em conformidade com a OD 4.20 do Banco Mundial sobre Povos Indígenas.
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Quadro 3:
Ferramenta para uma Auto-Avaliação destinada à Triagem Ambiental e
Social
Sim Não N/A*
Se a resposta a alguma das perguntas 8-21 for “SIM”, vá para a Etapa 3 sobre
características do modelo técnico e medidas de mitigação.
Etapa 3: Identificação das Medidas de Mitigação e/ou das Características de Modelo
Ambiental e Socialmente Sólidas para aquelas Actividades Identificadas com Potencial para
um Impacte Ambiental Negativo
Todas as componentes e subcomponentes do projecto terão obrigatoriamente de obedecer
às normas técnicas padrão recomendadas e/ou medidas de mitigação aqui detalhadas. O
Quadro 4 será preenchido para todas as subcomponentes que a Etapa 2 tenha indicado a
necessidade de uma triagem mais detalhada de um potencial impacte ambiental ou social
negativo.
1. Construção e recuperação de edifícios
Com vista a evitar impactes ambientais decorrentes da construção ou recuperação de
centros/postos de saúde e casas para funcionários e salas de parto deverão ser consideradas as
acções seguintes:
Protecção da superfície do solo durante a construção;
Selecção de materiais de construção sustentáveis, em especial a madeira;
Controlo e limpeza do local da construção diariamente;
Durante a construção, controlo do pó pela água ou outro meio;
Fornecimento adequado de serviços de eliminação de resíduos;
Para os centros de saúde, garantia de fornecimento de serviços de eliminação de resíduos
apropriados;
Garantia de drenagem, nivelamento, terraceamento, plantio de delimitação em nível
apropriado para reduzir a erosão;
Eliminação de oportunidades para águas estagnadas;
Eliminação adequada de materiais e resíduos sólidos à base de produtos petrolíferos.
2. Abastecimento de Água e Saneamento
Antes da preparação de um local de construção, deverão ser recolhidas todas as informações
necessárias respeitantes a:
Determinação de uma produção de água segura no local;
Localização de importantes habitats de vida selvagem que a actividade possa afectar;
Avaliação da capacidade ambiental que o local pode sustentar;
Capacidade institucional da comunidade para participar no projecto; e
Determinação das reformas de políticas e de formação necessárias para a sustentabilidade do
projecto.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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É preciso ter em conta as seguintes normas ambientais para os projectos de abastecimento de
água e saneamento relativos às habitações e salas de parto:
a. Sistemas de abastecimento de água
Localizar os poços a distância mínima de:
50 m das latrinas de fossa, tanques sépticos, canos de esgotos;
100 m de latrinas perfuradas, fossas de infiltração, valas e depósitos de esgotos subterrâneos;
150 m de escoadouros, áreas de aterros sanitários e sepulturas.
Estes critérios baseiam-se em parte na taxa de movimentação das bactérias e vírus através dos
solos e do respectivo período de sobrevivência. Se bem que as bactérias e vírus sejam
principalmente retidos no primeiro metro de solo em torno das instalações sanitárias e outras aqui
mencionadas, a verdade é que já se registaram deslocações em distâncias mencionadas como o
mínimo. Em caso de dúvida, cabe às autoridades da saúde e da água decidirem se se deve ou não
abandonar um local de adução.
O poço deverá:
ter uma laje suficientemente grande para recolher a água transbordada;
ter um escoamento adequado para a água transbordada;
ter conexão com uma vala de drenagem que transporte a água transbordada para cerca de 5
metros de distância da laje;
ter um escoamento com uma profundidade mínima de 75 cm que esteja cheio com gravilha e
pedras se a água não for utilizada num jardim adjacente;
estar protegido por vegetação rasteira com raízes pouco profundas.
Medidas adicionais para evitar a contaminação de poços:
O gado tem de ser mantido afastado do local de adução através da protecção da área com
sebes (raio mínimo de 50 m);
Deverá evitar-se a erosão do solo;
O poço deverá estar a salvo de inundações;
Não devem ser feitas perfurações demasiado próximas de um poço;
Deverá evitar-se a intersecção de água a céu aberto com vista a alcançar o poço;
O poço deverá, de preferência, ser instalado num lençol de água confinado, protegido por
uma camada impermeável sobrejacente;
Teste periódico da qualidade da água, em especial da água subterrânea.
b. Recolha, remoção e gestão de Águas Residuais
Se bem que este aspecto nem sempre seja relevante nas áreas rurais, os potenciais problemas das
águas residuais devem ser analisados e solucionados de maneira apropriada
Métodos apropriados de recolha/remoção (isto é, o uso de camiões, carrinhos, etc.);
Identificação dos locais de depósito (existentes ou novos);
Métodos de gestão apropriados (i.e. uso de pântanos, charcos, instalações de tratamento,
canais de descarga);
Para cada caso, considerar tecnologias e estratégias de gestão concebidas para reutilizar as
águas residuais na agricultura agrícola o que, por seu turno, pode reduzir a poluição
ambiental.
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Estatuto do terreno a ser utilizado para a construção de habitações para o pessoal médico e
para as salas de parto.
O projecto não apoia o realojamento involuntário ou a aquisição de terrenos através de direitos de
posse eminente. O projecto exige que a terra seja i) da propriedade do Estado e ii) que não tenha
ocupantes cuja sobrevivência possa ser afectada com a perda da propriedade e/ou do acesso à
terra. Se, por qualquer motivo, o terreno de um determinado local não pertencer ao Estado
Angolano ou tenha questões relacionadas com os ocupantes, a informação tem então de ser
transmitida pela autoridade municipal ao coordenador do projecto que recordaria ao Governo que
o “Nada Obsta” só será concedido em relação a terrenos do Estado, livre de ocupantes, conforme
previamente acordado com o Governo.
Quadro 4:
Normas Técnicas e/ou Medidas de Mitigação Padrão por área de subprojecto potencial.
Construção e reabilitação de Edifícios:
S N N/A
Se o projecto incluir a construção ou reabilitação de edifícios, o desenho do
projecto levou em consideração todas as questões realçadas acima para
assegurar que se evitem ou sejam reduzidos para níveis aceitáveis os efeitos
ambientais e sociais adversos?
Se a resposta a esta pergunta for não, a actividade do projecto tem de ser modificada ou
redesenhada.
Etapa 4: Certificado de que o Processo de Avaliação foi efectuado de Forma Tecnicamente
Apropriada e de que quaisquer Acções de Mitigação ou Características do Desenho
Identificadas serão tidas em Consideração na Implementação Final do Projecto
Uma vez realizado o exercício de auto-avaliação detalhado nas Etapas 1 a 3, os empreiteiros terão
de completar e entregar ao Coordenador do Projecto MHSS, o certificado abaixo para comprovar
que obedeceram aos procedimentos de salvaguardas ambientais e sociais. No Anexo 2
apresentam-se as Condições Gerais Ambientais para Contratos de Construção.
Enquadramento geral legal, institucional e das políticas em Angola
O ESMF será implementado ao abrigo do quadro geral legal, institucional e de políticas de
Angola.
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Política Ambiental
As estratégias ambientais do governo de Angola, o enquadramento de políticas e as abordagens e
prioridades de gestão estão descritos em dois documentos principais – o Programa Nacional de
Gestão Ambiental (PNGA) e a Estratégia Nacional Ambiental (ENA). A responsabilidade pela
formulação e execução de políticas e programas ambientais para gestão ambiental em Angola está
sob a responsabilidade do Ministério do Ambiente. Inclui a promoção de uma política para apoiar
os processos de educação ambiental no seio dos sectores formais, informais e não formais da
educação.
O PNGA é visto como um importante instrumento para a consecução do desenvolvimento
sustentável. A partir de 1993, várias partes interessadas (tanto do governo como da sociedade
civil) têm contribuíram na elaboração do documento. Esta versão do PNGA realça a necessidade
de se implementar uma estratégia de gestão ambiental para proteger o ambiente, muito embora a
maior parte dos recursos ambientais de Angola ainda esteja intacta. O PNGA propõe a criação de
um organismo interministerial para a coordenação de todas as actividades sectoriais de gestão
ambiental com vista a contribuir para a boa prática ambiental referente à “... exploração de
recursos naturais, melhoria do clima económico, redução da pobreza e subsequente melhoria da
qualidade de vida e do ambiente”. O PNGA também reconhece e descreve aspectos do contexto
nacional mais vasto (em mutação) do ambiente em Angola, tais como as transições da guerra para
a paz; a destruição das infra-estruturas sociais, económicas e ambientais; o deficiente sistema de
educação e a falta de recursos humanos qualificados; deficiências no sector produtivo e no
privado; transição de uma economia centralizada para uma economia de mercado e o impacte das
minas, caça ilegal e abate de animais para alimentar os soldados. Este PNGA deverá ser
implementado a longo prazo, com base em instrumentos legais a serem desenvolvidos e
dependente da disponibilidade de recursos financeiros.
A Estratégia Nacional Ambiental (ENA) é um quadro orientador, intimamente relacionado com o
PNGA, que visa identificar os principais problemas ambientais em Angola com o intuito de os
resolver para se poderem alcançar metas de desenvolvimento sustentáveis. A ENA destaca a
necessidade de se integrar todas as políticas económicas, sociais e ambientais numa perspectiva
mais vasta das políticas angolanas com vista a alcançar-se o desenvolvimento sustentável. Aparte
o ambiente, os objectivos de desenvolvimento sustentável são também reforçados com a
promoção do desenvolvimento das empresas de pequeno e médio porte. Foi instituído um Fundo
de Desenvolvimento Económico e Social como um mecanismo institucional e financeiro
destinado a incentivar o desenvolvimento das empresas de menor dimensão e a actividade
empresarial relacionada, como uma fonte de emprego e de geração de receitas entre as
populações menos prósperas e ainda como um estímulo para o desenvolvimento do sector privado
de base mais ampla.
Enquadramento Legal
No contexto do MHSS, os elementos legais essenciais para a gestão ambiental são:
1. A Lei do Ambiente
2. A Lei da Terra
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Lei de Bases do Ambiente
A legislação ambiental em Angola estava desactualizada até ao início da década de 90, altura em
que foi criada uma nova Secretaria de Estado do Ambiente. Esta nova Secretaria desenvolveu
novas estratégias e abordagens de políticas que conduziram à formulação da 'Lei de Bases do
Ambiente', que foi aprovada em 1998 pela Assembleia Nacional de Angola. A Lei do Ambiente
inspirou e desencadeou legislação complementar numa série de sectores – frequentemente novas
versões de leis desactualizadas do período colonial – que estava em conformidade com os
princípios e disposições da Lei Constitucional e Ambiental de Angola (por exemplo, sector
petrolífero, pescas e mineração). A maior parte destas leis incluem a obrigação de efectuar
avaliações de impacte ambiental (EIA) para novos projectos que apresentem a probabilidade de
afectar o ambiente assim como o 'princípio de poluidor – pagador .
O objectivo da Lei de Bases do Ambiente é prestar o enquadramento legal para a utilização e
gestão correcta do ambiente e das suas componentes por forma a assegurar um desenvolvimento
sustentável. A Lei do Ambiente aplica-se a todas as actividades públicas e privadas que possam
influenciar o ambiente, quer directa quer indirectamente. Os aspectos mais salientes da Lei
incluem:
1. Todos os projectos, cujas actividades tenham implicações para as comunidades,
interfiram com o equilíbrio ecológico ou explorem recursos naturais que possam
afectar terceiros, têm de ser submetidos a uma Avaliação de Impacte Ambiental e
Social e que obrigatoriamente fica sujeita a Consultas Públicas (Artigo 10).
2. Os projectos e operações que tenham a probabilidade de produzir um impacte
negativo no ambiente terão de ser sujeitos a uma Avaliação do Impacte Ambiental
realizada por avaliadores independentes (Artigo 16).
3. De acordo com o Artigo 16, o estudo de impacte ambiental tem de conter, no
mínimo, o seguinte:
a. Um sumário não técnico do projecto;
b. Uma descrição da actividade a ser executada;
c. Uma descrição da situação básica ambiental na área de influência da
actividade;
d. Um resumo dos comentários decorrentes do processo de consultas
públicas;
e. Um prognóstico dos impactes ambientais e sociais resultantes do
projecto;
f. Uma indicação das medidas de mitigação destinadas a reduzir ou
eliminar os impactes negativos; e
g. Uma indicação dos sistemas de controlo e monitorização do projecto.
4. Será necessário o licenciamento de actividades que produzam impactes ambientais
significativos. A emissão de uma licença ambiental deverá basear-se numa avaliação
do impacte ambiental (Artigo 17).
5. O Governo promulgará legislação destinada a controlar a produção, emissão,
eliminação, transporte, importação e gestão de poluentes gasosos, líquidos e sólidos
(Artigo 19).
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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6. A lei também proíbe, de forma explícita, a importação de resíduos ou lixos
perigosos, salvo o disposto em legislação específica aprovada na Assembleia
Nacional (Artigo 19).
A Lei sobre o Uso e Benefício da Terra com base num Título de Concessão (A Lei da Terra)
A Lei sobre a Utilização e Usufruto da Terra com base num Título de Concessão (a “Lei da
Terra”) foi aprovada pela Assembleia Nacional em 1992 e determina que a terra é propriedade do
Estado e não pode ser vendida. No entanto, o direito de utilizar e usufruir da terra pode ser
adquirido por indivíduos ou associações, nacionais ou não nacionais, com base na autorização de
um pedido formal feito pelo proponente (Artigo 4). Não podem ser emitidos direitos ao título da
terra em áreas rurais ocupadas por populações rurais (Artigo 15). Em caso de extinção dos
direitos à terra, a terra reverte para o Estado e cabe ao Estado pagar uma compensação justa e
adequada (Artigo 23). A Lei proporciona uma base legal adicional relativamente à demarcação de
áreas sujeitas a protecção total (Artigo 12) e a protecção parcial (Artigo 13). Estas disposições
permitem a conservação e gestão de habitats ecologicamente sensíveis, tais como habitats de
montanhas e vegetação ripária.
Consideram-se como Zonas de Protecção Parcial as áreas protegidas para conservação da
natureza ou protegidas em nome do interesse do Estado e incluem:
1. Águas interiores, mar territorial e zona económica marítima exclusiva;
2. Plataforma continental;
3. Uma faixa de terra ao longo da costa marítima e em torno das ilhas, baías e
estuários;
4. Uma faixa de terra em torno das fontes hídricas;
5. Uma faixa de terra em torno do perímetro das barragens e reservatórios;
6. Uma faixa ao longo da fronteira territorial.
Enquadramento Institucional
Ministério do Ambiente (MINAB)
A responsabilidade pela protecção e gestão ambiental foi recentemente transferida para o recém-
criado Ministério do Ambiente. A Direcçãso Nacional de Gestão Ambiental é chefiada por um
Director Nacional e compreende três (3) departamentos. Actualmente, a responsabilidade pelos
Estudos de Impacte Ambiental (EIA) depende da nova Direcção Nacional de Estudos de Impacte
Ambiente que, entre outras tarefas, tem a seu cargo analisar e comentar as versões preliminares
dos relatórios de EIA. O Departamento de Licenciamento Ambiental que tem a responsabilidade
de fiscalizar o processo EIA em Angola. A nível provincial, a Direcção Nacional de Gestão
Ambiente é representada por um Sector Ambiental sob a responsabilidade da Direcção Provincial
de Agricultura, Pescas e Ambiente. A capacidade e os níveis de dotação de pessoal do Sector
Ambiental variam grandemente de província para província mas, na maior parte dos casos, a
capacidade de gestão ambiental, a nível provincial, é reduzida. A Direcção Nacional de Recursos
Naturais e Biodiversidade também está sob a alçada do Ministério do Ambiente. A DNRNB é
responsável pela conservação da natureza, dentro e fora das áreas protegidas (parques e reservas
nacionais).
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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O Enquadramento Legal para a Perda de Terra e de Activos
A lei sobre o Uso e Benefício da Terra com base num Título de Concessão (a “Lei da Terra”) foi
aprovada pela Assembleia Nacional de Angola em 1992 e determina que toda a terra pertence ao
Estado. O direito de utilizar e beneficiar da terra pode ser adquirido por indivíduos ou
associações, tanto nacionais como não nacionais, baseado na autorização de um pedido formal
feito pelo proponente. A lei de 1992 permitia que os indivíduos comprassem terra ao Estado.
O Estado tem poderes para abolir os direitos à terra em nome do interesse público e, nesses casos,
a terra reverte para o Estado. No entanto, o Estado fica obrigado a pagar uma compensação
razoável e justa.
Procedimento para se Lidar com a Terra utilizada para Construção
no Projecto MHSS
O Coordenador do Projecto MHSS será responsável por assegurar que as questões da terra e dos
activos serão tratadas adequadamente, com a assistência das administrações municipais.
O Administrador Municipal ficará incumbido de identificar terra do Estado a ser utilizada para a
construção das casas dos funcionários. Cabe-lhe preencher o formulário “Avaliação da
Aquisição7 de Terra utilizada para a Construção”, apresentado no Anexo 1.
Em princípio, o formulário declarará que a terra a ser utilizada pertence ao estado e está livre de
ocupação. O formulário será enviado para o Coordenador do Projecto para fins de “Nada Obsta”
antes de se iniciar o processo de concurso para a construção. No caso de o formulário, por
qualquer motivo, revelar qualquer questão com a terra ou a presença de ocupação, o Coordenador
do Projecto solicitará ao Administrador Municipal que encontre um outro lote de terreno,
pertencente ao Estado e livre de ocupações.
Por norma, as casas serão construídas na periferia dos municípios. Podem ser construídas em
qualquer local, desde que não seja demasiado distante das instalações de saúde onde o pessoal vai
trabalhar. Esta flexibilidade torna mais fácil para os municípios encontrar outra terra do Estado
alternativa, no caso de a terra seleccionada para a construção estar ocupada por pessoas.
Certificado
Agência Executante:
Certifico que as informações prestadas acima relativas ao projecto MHSS que a minha
organização tem a responsabilidade de executar são correctas e que, de acordo com o
conhecimento e experiência da minha organização, todas os padrões técnicos e as salvaguardas
ambientais relevantes foram tidos em devida conta no desenho do projecto. Declaro ainda que
dou o meu acordo a visitas das autoridades governamentais pertinentes bem como do MHSS e do
Banco Mundial aos locais para analisar, em conjunto com o meu pessoal, os detalhes desta
avaliação e quaisquer procedimentos ou medidas de mitigação adoptadas em relação à
7 No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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implementação do projecto.
Assinatura: ___________________________ data: _________________
Representante Oficial
Nome:
Técnico Responsável pela Fiscalização **
Assinatura: ___________________________ data: _________________
Nome:
** Coordenador do Projeto
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Anexo A-1. AVALIAÇÃO DA AQUISIÇÃO8 DE TERRENOS PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO
1. Município de:..................................................................................................
2. Localização:......................................................................................................
3. Data proposta para o começo da construção: .../.../....
4. Disponibilidade de Planta Arquitectónica: (assinale a resposta seleccionada com um
círculo)
Sim Não
5. A construção da casa envolverá aquisição de terreno e ou demolição de estruturas
existentes? (assinale a resposta seleccionada com um círculo)
Sim Não
Se a resposta à pergunta anterior for sim, por favor forneça mais detalhes:
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
..................................................................................................................................
6. Área do terreno requerido para a construção (ha): ..........
a. Governo Provincial ________ha.
b. Propriedade privada________ha.
c. Outros_________ha.
7. Uso actual do terreno indicado acima no qual a casa será construída:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................
8. Existência, caso haja, de usuários9: forneça o número actual e respectivos nomes:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
.................................................................................................................................
Assinado por:
Nome:________________________________________________________________
Administrador Municipal
Data:___/___/___
8 No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
9 Não será permitida a construção de casas com o financiamento do projecto em terrenos ocupados.
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Anexo A- 2: MHSS ESMF
Condições Gerais da Gestão Ambiental para Contratos de Construção
Generalidades
1. Para além destas condições gerais, o Empreiteiro observará qualquer Plano de Gestão
Ambiental e Social (ESMP) específico para as obras por que seja responsável. O Empreiteiro
informar-se-á acerca de tal ESMP e preparará a sua estratégia e plano de trabalho por forma a
ter integralmente em conta as cláusulas relevantes desse ESMP. Se o Empreiteiro não
implementar o ESMP aprovado após instrução escrita do Engenheiro Supervisor (ES) no
sentido de cumprir a sua obrigação dentro do tempo exigido, o Proprietário reserva-se o
direito de providenciar, através do ES, a execução da acção em falta por uma terceira
entidade, por conta do Empreiteiro.
2. Não obstante a obrigação do Empreiteiro ao abrigo da cláusula acima, o Empreiteiro deverá
implementar todas as medidas necessárias para evitar impactes ambientais e sociais
indesejáveis onde seja possível, restaurar os locais das obras para padrões aceitáveis e
cumprir todos os requisitos de desempenho ambiental especificados num ESMP. Na
generalidade, estas medidas deverão incluir, sem a elas se limitarem:
(a) Minimizar o efeito do pó no ambiente circundante proveniente dos locais de mistura
de terra, pontos de mistura de asfalto, cinzas de carvão, equipamento vibratório,
estradas de acesso temporárias, etc., com vista a assegurar a saúde e a protecção dos
trabalhadores e comunidades que vivam nas imediações das actividades que
produzem pó.
(b) Assegurar que os níveis de barulho provocados pela maquinaria, veículos e actividades
de construção ruidosas (por exemplo escavação, detonação) sejam mantidos num mínimo
para a segurança, saúde e protecção dos trabalhadores que se encontram próximo dos níveis
elevados de ruído e comunidades próximas.
(c) Assegurar que os regimes de fluxo de água existentes nos rios, correntes e outros canais
naturais ou de irrigação sejam mantidos e/ou restabelecidos quando interrompidos em virtude
das obras que estão a ser executadas.
(d) Impedir que o betume, óleos, lubrificantes e água residual utilizados ou produzidos
durante a execução das obras entre em rios, correntes, canais de irrigação e outros
cursos/reservatórios naturais de água e assegurar também que a água estagnada em fossas
descobertas seja tratada da melhor forma, para evitar a criação de campo propício à possível
reprodução de mosquitos.
(e) Impedir e minimizar os impactes decorrentes da escavação, pressão sobre a terra,
empilhamento e construção de canteiros de obras temporários e estradas de acesso no
ambiente biofísico, incluindo áreas protegidas e terras aráveis; comunidades locais e suas
colónias populacionais. Tanto quanto possível, recuperar/reabilitar todos os locais para
padrões aceitáveis.
(f) Em caso de descoberta de património antigo, relíquias ou algo que se presuma ter
importância histórica durante a execução das obras, reportar imediatamente essas descobertas
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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ao ES para que as autoridades apropriadas possam ser rapidamente contactadas a fim de
tomarem as medidas destinadas a proteger esses recursos históricos ou arqueológicos.
(g) Desencorajar os operários da construção de fazerem a exploração de recursos naturais,
tais como caça, pesca, recolha de produtos florestais ou qualquer actividade que possa ter um
impacte negativo no bem-estar social e económico das comunidades locais.
(h) Implementar medidas de controlo da erosão do solo com vista a evitar a saturação da
superfície e evitar a sedimentação, etc.
(i) Assegurar o fornecimento de instalações de lixo, saneamento e água potável nos
acampamentos dos operários da construção.
(j) Assegurar, tanto quanto possível, a utilização de materiais locais para evitar a importação
de materiais estrangeiros e o transporte de distâncias longas.
(k) Garantir a segurança pública e observar as normas de segurança do tráfego no
desempenho profissional para evitar acidentes.
3. O Empreiteiro deverá indicar o período em que manterá a sua presença no local após
conclusão das obras públicas, com vista a assegurar que impactes adversos significativos,
decorrentes desses trabalhos, sejam devidamente solucionados.
4. O Empreiteiro cumprirá o cronograma proposto de implementação da actividade e o
plano/estratégia de monitorização para garantir um feedback efectivo das informações da
monitorização para a gestão do projecto a fim de que a gestão do impacte possa ser
adequadamente executada e, se necessário, adaptada a condições imprevistas ou mutantes.
5. Para além da inspecção regular aos locais pelo ES para fins de adesão às condições e
especificações contratuais, o Proprietário pode nomear um Inspector para fiscalizar o
cumprimento destas condições ambientais e de quaisquer medidas de mitigação propostas. As
autoridades ambientais públicas podem efectuar funções de inspecção semelhantes. Em todos
os casos, de acordo com a instrução do ES, o Empreiteiro cumprirá as directivas de tais
inspectores destinadas à execução de medidas necessárias para assegurar a adequação das
medidas de reabilitação efectuadas no ambiente biofísico e a compensação pela perturbação
socioeconómica resultante da execução de quaisquer obras.
Gestão dos Resíduos no Canteiro/Acampamento de Obras
6. Todos os recipientes (bidões, contentores, sacos, etc.) contendo petróleo/combustível/materiais
de revestimento e outros químicos perigosos terão de estar vedados para evitar qualquer
derrame. Todos os contentores de resíduos, lixos e quaisquer outros tipos de resíduos gerados
durante a construção serão recolhidos e depositados em aterros designados, em conformidade
com os regulamentos governamentais sobre gestão de resíduos em vigor.
7. Todas as águas residuais e efluentes de áreas de armazenagem, workshops e acampamentos de
obras serão captados e tratados antes de serem descarregados no sistema de drenagem,
segundo os regulamentos governamentais em vigor sobre controlo da poluição da água.
8. O óleo usado da manutenção será recolhido e descartado adequadamente em locais designados
para o efeito ou será reutilizado ou vendido para reutilização local.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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9. A entrada de escoamentos para o local será restringida pela construção de canais de derivação
ou estruturas de contenção, tais como taludes, canais de drenagem, açude, etc., com vista a
reduzir a potencial erosão do solo e poluição da água.
10. Os resíduos da construção não poderão ser deixados amontoados ao longo da estrada mas
antes removidos e reutilizados ou eliminados numa base diária.
11. Se forem necessários aterros para resíduos limpos, estes deverão situar-se em áreas baixas de
terras de pouco valor, aprovadas pelo ES, e onde não corram o risco de serem facilmente
arrastados para os canais de drenagem. Sempre que possível, os materiais residuais deverão
ser colocados em áreas baixas e serem compactados para depois serem plantados com
espécies indígenas locais.
Escavação e Depósito de Materiais
12. O Empreiteiro obterá licenças/alvarás adequados das autoridades competentes para operar
pedreiras ou áreas de empréstimo.
13. A localização de pedreiras e de áreas de empréstimo estará sujeita a aprovação por parte das
autoridades locais e nacionais relevantes, incluindo autoridades tradicionais se a terra onde se
encontra a pedreira ou as áreas de empréstimo se situarem em terra tradicional.
14. Novos locais de extracção:
a) Não deverão estar localizados nas proximidades de áreas de fixação das populações, locais
culturais, pântanos ou qualquer outra componente valiosa do ecossistema ou em terrenos
elevados ou íngremes ou em áreas de interesse cénico e não poderão estar localizados a
menos de 1 km de distância dessas áreas.
b) Não deverão estar localizados junto de correntes ou canais de água, sempre que seja
possível, para se evitar o depósito de sedimentos nos canais dos cursos de água. Quando
estiverem localizados próximos de fontes hídricas, os locais das pedreiras deverão estar
rodeados de valetas e de drenos em todo o perímetro.
c) Não deverão ficar localizados em áreas arqueológicas. As escavações próximas dessas
áreas deverão ser feitas com enorme cuidado e na presença de autoridades governamentais
mandatadas para a protecção desses locais.
d) Não deverão estar localizados em reservas florestais. No entanto, nos casos em que não
haja outra alternativa, terá de ser obtida uma autorização das autoridades competentes e
efectuado um estudo do impacte ambiental.
e) Serão facilmente reabilitados. Preferem-se as áreas com uma cobertura vegetal mínima
tais como terrenos planos e sem vegetação ou então áreas cobertas só com vegetação rasteira
ou com arbustos com menos de 1,5 metro.
f) Deverão ser claramente demarcados e com delimitações marcadas para minimizar o
desmatamento da vegetação.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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15. O desmatamento de vegetação terá de ser limitado à área exigida para a operação segura das
obras de construção. O desmatamento da vegetação não poderá ser feito com mais de dois
meses de antecedência das operações.
16. As áreas de amontoamento deverão ficar situadas em zonas onde as árvores possam actuar
como elementos de protecção para evitar a poluição do ar. Terão de ser construídos drenos
perimetrais em torno das áreas de amontoamento. Terão de ser instaladas barreiras contra os
sedimentos e outros poluentes nas saídas da drenagem das obras.
17. O Empreiteiro deverá depositar todos os materiais excedentes de acordo com os princípios
destas condições gerais e de qualquer EMP aplicável em áreas aprovadas pelas autoridades
locais e/ou pelo ES.
18. As áreas para depósito de materiais perigosos, tais como materiais líquidos e sólidos
contaminados, terão de ser aprovadas pelo ES e autoridades locais e/ou nacionais pertinentes,
antes do início da obra. Dar-se-á preferência a locais existentes aprovados relativamente à
instalação de novos locais.
Reabilitação e Prevenção da Erosão do Solo
19. Na medida do praticável, o Empreiteiro deverá reabilitar progressivamente o local de modo a
que a taxa de reabilitação acompanhe a taxa de construção.
20. Remover e guardar sempre a camada superior de terra para a reabilitação subsequente. Os
solos não poderão ser cavados quando se encontrarem molhados pois tal pode levar à
compactação do solo e à perda de estrutura.
21. A terra não poderá ser armazenada em montes grandes. Recomendam-se montículos
pequenos, entre 1 e 2 metros de altura.
22. Deverá fazer-se a revegetação dos amontoamentos para proteger o solo da erosão, evitar ervas
daninhas e manter uma população activa de micróbios benéficos do solo.
23. Os amontoamentos deverão situar-se em locais onde não vão interferir com actividades de
construção futuras.
24. Na medida do praticável, restaurar os padrões de drenagem naturais onde estes tenham sido
alterados ou danificados.
25. Remover os materiais tóxicos e depositá-los em locais designados para o efeito. Voltar a
preencher as áreas escavadas com terra ou refugos que não contenham materiais estranhos
que possam poluir a água subterrânea ou o solo.
26. Identificar os refugos potencialmente tóxicos e filtrá-los com materiais adequados para se
evitar a mobilização de toxinas.
27. Assegurar que a terra fica devidamente acondicionada de modo a ficar naturalmente estável,
adequadamente drenada e apropriada para a utilização desejada de longo prazo da terra e
permitir a regeneração natural da vegetação.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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28. Minimizar o impacte visual de longo prazo, criando formas para a terra que sejam
compatíveis com a paisagem adjacente.
29. Minimizar a erosão pelo vento e pela água, tanto durante como depois do processo de
restauração.
30. Nas superfícies compactadas serão feitas rachas para aliviar o efeito da compactação, a menos
que as condições abaixo da superfície determinem de forma diferente.
31. Fazer a revegetação com espécies de plantas que controlem a erosão, forneçam diversidade
vegetal e, sequencialmente, contribuam para um ecossistema resiliente. A escolha de espécies
de plantas para a reabilitação deverá ser feita em consulta com instituições de pesquisa locais,
departamento florestal e povos locais.
Gestão dos Recursos Hídricos
32. O Empreiteiro deverá a todo o custo evitar entrar em conflito com as necessidades de água
das comunidades locais.
33. A captação, tanto da água de superfície como da água subterrânea, só poderá ser feita em
consulta com a comunidade local e após obtenção de uma autorização da Autoridade da Água
relevante.
34. Deverá evitar-se a captação de água de zonas pantanosas. Sempre que necessário, deverá
obter-se uma autorização das autoridades competentes.
35. O represamento temporário de correntes e cursos será feito de forma a evitar a perturbação
dos abastecimentos de água às comunidades e a manter o equilíbrio ecológico do sistema
hidrográfico.
36. Nenhuma água da construção que contenha refugos ou efluentes do local da obra,
especialmente cimento e petróleo, será autorizada a fluir para os cursos naturais de drenagem
de água.
37. A água usada na lavagem do equipamento não será escoada nos cursos de água ou valas das
estradas.
38. Os locais dos desperdícios e dos amontoamentos temporários ficarão situados longe do
sistema de drenagem e o escoamento das águas de superfície será conduzido para longe dos
amontoamentos, com vista a evitar a erosão.
Gestão do Tráfego
39. A localização das estradas de acesso/desvios deverá ser feita em consulta com a comunidade
local, especialmente em ambientes importantes ou sensíveis. As estradas de acesso não
poderão atravessar áreas pantanosas.
40. Após conclusão das obras, todas as estradas de acesso deverão ser desmanteladas e
reabilitadas.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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41. As estradas de acesso serão molhadas com água pelo menos cinco vezes ao dia em áreas
habitadas, para se eliminarem as emissões de poeiras.
Detonação
42. As actividades de detonação não poderão ocorrer numa distância inferior a 2 km das áreas
habitadas, locais culturais ou pântanos sem a autorização do ES.
43. As actividades de detonação serão efectuadas durante as horas de trabalho e as comunidades
locais terão de ser consultadas sobre as horas de detonação propostas.
44. Os níveis de ruído que chegam às comunidades decorrentes de actividades de detonação não
poderão exceder 90 decibéis.
Eliminação dos Elementos Não Utilizáveis
45. Os materiais e elementos de construção não utilizáveis, tais como equipamento
electromecânico, tubos, acessórios e estruturas demolidas, serão descartados de acordo com
as instruções do ES. O Empreiteiro tem de determinar com o ES quais os elementos a serem
entregues nas instalações do Cliente, os que vão ser reciclados ou reutilizados e quais os que
serão depositados em aterros aprovados.
46. Tanto quanto possível, a canalização danificada deverá permanecer no local. Quando, por
qualquer razão, não for possível um alinhamento alternativo para uma nova canalização, os
canos velhos deverão ser retirados com segurança e guardados num lugar seguro a ser
acordado com o ES e as autoridades locais pertinentes.
47. Os tubos AC, bem como qualquer parte deles que esteja estragada, terão de ser tratados como
materiais perigosos e eliminados de acordo com o especificado acima.
48. Os elementos demolidos ou não adequados serão desmantelados de modo a caberem nos
camiões normais de transporte.
Saúde e Segurança
49. Antes de começar os trabalhos de construção, o Empreiteiro deverá organizar uma campanha
de sensibilização e higiene. Os trabalhadores e os residentes locais serão sensibilizados para
os riscos de saúde, em especial da SIDA.
50. Serão instalados nos pontos adequados os sinais de estrada adequados para avisar os peões e
os motoristas das actividades de construção, desvios, etc.
51. Os veículos da construção não poderão exceder a velocidade máxima de 40 km à hora.
Reparação da Propriedade Privada
52. No caso de o Empreiteiro, deliberada ou acidentalmente, danificar propriedade privada, caber-
lhe-á reparar, à sua própria custa, a propriedade a contento do proprietário. Relativamente a
cada reparação o Empreiteiro obterá do proprietário um certificado declarando que o dano foi
satisfatoriamente reparado, com o objectivo de proteger o Cliente de quaisquer reclamações
posteriores.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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53. Nos casos em que sejam reivindicados pelo proprietário compensações pelos inconvenientes
ou danos nos cultivos, etc., o Empreiteiro tem obrigação de informar o Cliente, por
intermédio do ES. Esta compensação é normalmente resolvida, sob a responsabilidade do
Cliente, antes da assinatura do Contrato. Em casos imprevisíveis, as respectivas autoridades
administrativas do Cliente tomarão a seu cargo a compensação.
Plano de Gestão da Saúde, Segurança e Ambiente do Empreiteiro (HSE-MP)
54. Num prazo de 6 semanas após a assinatura do Contrato, o Empreiteiro preparará um EHS-MP
para garantir a gestão adequada dos aspectos de saúde, segurança, ambientais e sociais das
obras, incluindo a implementação dos requisitos destas condições gerais e quaisquer
requisitos específicos de um EMP para as obras. O EHS-MP do Empreiteiro servirá dois
objectivos principais:
Para o Empreiteiro, para fins internos, garantir que estão em vigor todas as medidas para
uma gestão adequada de HSE e como um manual operacional para os seus funcionários.
Para o Cliente, apoiado sempre que necessário por um ES, assegurar que o Empreiteiro
está integralmente preparado para uma gestão adequada dos aspectos de HSE do projecto
e como uma base para a monitorização do desempenho HSE do Empreiteiro.
55. O EHS-MP do Empreiteiro deverá fornecer, pelo menos:
uma descrição dos procedimentos e métodos para cumprimento destas condições gerais
de gestão ambiental e quaisquer condições específicas discriminadas num EMP;
uma descrição de medidas de mitigação específicas que vão ser implementadas com vista
a minimizar impactes adversos;
uma descrição de todas as actividades de monitorização planeadas (por exemplo,
descargas de sedimentos das áreas de empréstimo) e respectivo reporte; e
organização interna, mecanismos de gestão e reporte adoptados para o efeito.
56. O EHS-MP do Empreiteiro será revisto e aprovado pelo Cliente, antes do início das obras.
Esta revisão deverá demonstrar se o EHS-MP do Empreiteiro cobre todos os impactes
identificados e se definiu as medidas apropriadas para contrariar quaisquer impactes
potenciais.
Reporte HSE
57. O Empreiteiro elaborará relatórios de progresso quinzenais para o ES sobre o cumprimento
destas condições gerais, o EMP do projecto se existir e o seu EHS-MP próprio. Fornece-se
abaixo um formato de exemplo para um relatório HSE de um Empreiteiro. Espera-se que os
relatórios do Empreiteiro incluam informações relativas a:
Acções/medidas de gestão HSE adoptadas, incluindo aprovações procuradas junto das
autoridades locais ou nacionais;
Problemas encontrados relativamente a aspectos HSE (incidentes, incluindo atrasos,
consequências nos custos, etc., daí resultantes);
Falta de cumprimento dos requisitos contratuais por parte do Empreiteiro;
Alterações das assunções, condições, medidas, desenhos e obras actuais relativas a
aspectos HSE; e
Observações, preocupações levantadas e/ou decisões tomadas em relação à gestão HSE
durante reuniões nos canteiros.
Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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58. È aconselhável que o reporte de incidentes HSE significativos seja feito “tão rápido quanto
praticável”. Esse reporte de incidentes deverá, portanto, ser feito individualmente. É ainda
aconselhável que o Empreiteiro mantenha os seus próprios registos sobre saúde, segurança e bem-
estar das pessoas e danos à propriedade. Recomenda-se que se incluam esses registos, bem como
cópias dos relatórios de incidentes como apêndices aos relatórios quinzenais. Fornecem-se abaixo
exemplos de formatos para notificação de incidente e relatório pormenorizado. Os detalhes do
desempenho HSE serão reportados ao Cliente por intermédio dos relatórios do ES destinados ao
Cliente.
Formação do Pessoal do Empreiteiro
59. O Empreiteiro fornecerá formação suficiente aos seus funcionários para assegurar que todos
estejam a par dos aspectos relevantes destas condições gerais, de qualquer projecto de EMP e
do seu próprio EHS-MP e que sejam capazes de cumprir os seus papéis e funções previstos.
Deverá ser fornecida formação específica àqueles empregados que tenham responsabilidades
particulares associadas com a implementação do EHS-MP. Os tópicos gerais deverão ser:
HSE em geral (procedimentos de funcionamento);
procedimentos de emergência; e
aspectos sociais e culturais (maior sensibilização às questões sociais).
Custo da Observância
60. Espera-se que a observância destas condições seja parte da boa prática tanto artesanal como
sofisticada, conforme geralmente se exige neste Contrato. A rubrica “Observância das
Condições de Gestão Ambiental” da Lista de Quantidades cobre estes custos. Não serão
feitos quaisquer outros pagamentos ao Empreiteiro em relação à observância de qualquer
pedido para evitar e/ou mitigar um impacte HSE evitável.