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PLANOS Plano Sagital ou mediano : divide o corpo em metades direita e esquerda. (flexão e extensão) E.Latero-lateral Plano Frontal ou Coronal : divide o corpo em metades anterior e posterior.(adução e abdução, inversão e eversão, desvio ulnar e radial) E.Ântero-posterior Plano Transversal ou Horizontal: divide o corpo em metades superior e inferior.(Rotações, supino e prono e adução e abdução horizontal) E.Longitudinal

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PLANOS Plano Sagital ou mediano : divide o corpo em metades

direita e esquerda. (flexão e extensão) E.Latero-lateral Plano Frontal ou Coronal : divide o corpo em metades

anterior e posterior.(adução e abdução, inversão e eversão, desvio ulnar e radial) E.Ântero-posterior

Plano Transversal ou Horizontal: divide o corpo em metades superior e inferior.(Rotações, supino e prono e adução e abdução horizontal) E.Longitudinal

Planos anatômicos de referência

Frontal ou

ou mediano

ou horizontal

Eixos anatômicos de referência

Movimentos no Plano Sagital

Eixo TRANSVERSAL

Movimentos no Plano Frontal

Eixo antero-posterior

Movimentos no Plano Transversal

Eixo Longitudinal

Considerações cinesiológicas do sistema ósseo Fundamentos de Cinesiologia Aplicados à Educação Física

Sistema esquelético

Consiste de: Ossos, cartilagem, ligamentos,

articulações

Osteologia: Esqueleto: 206 ossos

Esqueleto axial: 80 ossos Crânio, coluna vertebral, esterno,

costelas Esqueleto apendicular: 126 ossos Membros superiores e inferiores

(Floyd,2011)

Nota: o número exato de ossos e suas características específicas variam entre as pessoas.

Sistema esquelético

Funções do esqueleto Suporte/sustentação para manter a postura Alavanca Proteção Armazenamento de minerais Formação de células sanguíneas (principais sítios: vértebras, esterno e costelas)

Função mecânica Função fisiológica

Sistema esquelético Tipos de ossos

(Nigg e Herzog, 2007)

Forma Exemplos Função

Longo Membro superior: clavícula, úmero, rádio, ulna, metacarpais, falanges Membro inferior: fêmur, fíbula, tíbia, metatarsais, falanges

Age como alavancas para transmitir força longitudinal

Curto Membro superior: carpais Membro inferior: tarsais Absorve choque

Plano Membro superior: escápula Membro inferior: ílio, ísquio, púbis Esqueleto axial: ossos do crânio (frontal, parietal), costelas, esterno

Fornece proteção e pontos de inserção para os tendões e ligamentos

Irregular Esqueleto axial: ossos do crânio (esfenoide, etmoide), vértebras, sacro, cóccix

Várias funções

Sesamoide Patela Melhora a situação de alavanca

Sistema esquelético Tipos de ossos

Componentes materiais dos ossos

Principais: 1. Carbonato de cálcio 2. Fosfato de cálcio 3. Colágeno 4. Água

rigidez

flexibilidade resistência

Substância esponjosa = trabéculas : resistente aos estresses e esforços. Substância compacta = forma uma casca densa e dura: recobre completamente o osso na região da diáfase - RESISTÊNCIA

Recobre todo o osso+ contém nervos e vasos sanguíneos + importantes no crescimento em diâmetro do osso.

MEDULA ÓSSEA

É constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos (Eritrócitos), glóbulos brancos (Leucócitos) e plaquetas (Trombócitos). Estes componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação. Trata-se portanto de um tecido de grande atividade evidenciada pelo grande número de multiplicações celulares.

Tipos de cargas mecânicas que agem no corpo humano

Compressão Tensão Cisalhamento Torção Curvamento

Cargas podem ser geradas pela sustentação do peso corporal, por forças musculares e por forças externas

(Hamill e Knutzen, 2008)

Atrofia óssea

É uma diminuição de massa óssea que resulta predominantemente da atividade das células osteoclásticas

É uma remodelagem óssea Diminuição da quantidade de cálcio Diminuição do peso e resistência do osso

Exemplos: Idosos sedentários Pacientes acamados Astronautas

Osteoporose

É uma atrofia óssea É um distúrbio relacionado à diminuição

da massa e da resistência óssea, que resulta em uma ou mais fraturas

Encontrada em idosos, e mais precocemente nas mulheres

Sintomas mais comuns: Fraturas: rádio, ulna, fêmur e vértebras Dor nas costas, decorrente de fratura nas

vértebras Redução da estatura (esmagamento das

vértebras lombares) (Hall, 2009)

Osteoporose

Tipo I: osteoporose pós-menopáusica Primeiras fraturas começam a ocorrer 15

anos após a menopausa

Tipo II: osteoporose associada à idade Cerca de 90% das fraturas são

decorrentes da osteoporose e uma das principais causas de morte na população idosa

(Hall, 2009)

Prevenção e tratamento da osteoporose Osteoporose pode ser vista como o

resultado de uma vida inteira de hábitos destrutivos para o sistema esquelético

(Bockman, 1997)

Fraturas osteoporóticas leva à perda irreversível da estrutura esponjosa

Consequentemente... É mais fácil prevenir do que curar a

osteoporose

Exercício Físico e Osteoporose 5 pontos importantes levantados pelo

Colégio Americano de Medicina do Esporte 1. A atividade física com sustentação do peso é

essencial para desenvolver e manter um esqueleto sadio;

2. Os exercícios de força também podem ser benéficos, particularmente para os ossos que não participam da sustentação do peso;

3. Um aumento na atividade física para mulheres sedentárias consegue prevenir a perda óssea adicional relacionada à inatividade e pode até aprimorar a massa óssea;

Exercício Físico e Osteoporose 5 pontos importantes levantados pelo

Colégio Americano de Medicina do Esporte 4. O exercício NÃO substitui a reposição hormonal

pós-menopausa; e 5. Um programa de atividade física para mulheres

mais idosas deveria incluir: Atividades capazes de aprimorar a

força, flexibilidade coordenação

Para reduzir a probabilidade de quedas.

Tríade da mulher atleta Síndrome

Atletas jovens do sexo feminino que buscam um baixo peso corporal

Baixa concentração de gordura corporal leva à diminuição na concentração de estrogênio e causa amenorréia

Baixa concentração de estrogênio leva à osteoporose

Distúrbios alimentares + Amenorréia + Osteoporose = Tríade da mulher atleta

Pode levar a morte

Lesões comuns dos ossos

Fratura É a interrupção na continuidade de um osso

Natureza depende: Da direção, magnitude, intensidade e duração da carga

mecânica Saúde e maturidade do osso

Classificação Simples: extremidades ósseas se mantêm dentro dos

tecidos moles circundantes Expostas: extremidade(s) óssea(s) fazem protusão

através da pele

(Hall, 2005; 2009)

Tipos de fraturas

Fratura transversa Completa, e a fenda é perpendicular ao eixo do osso

Fratura oblíqua Completa, e a fenda não é perpendicular ao eixo do osso

Fratura em galho verde Incompleta, causada por cargas de inclinação ou de torção

Fratura espiralada Causada pela rotação excessiva de um osso

(Hall, 2005; 2009)

Espiralada

Exposta

Tíbia e fíbula – não exposta

Tipos de fraturas

Fratura fissurada É uma fenda longitudinal incompleta

Fratura cominutiva Completa, e fragmenta o osso

(Hall, 2005; 2009)

Fratura por estress

Articulação

É uma conexão entre dois ossos É onde dois ossos se encontram ou

se unem

Principal função: Tornar o movimento possível Além de Ajudar a sustentar o peso corporal Promover estabilidade (formato dos

ossos que compõem a articulação)

(McGinnis, 2002; Lippert, 2013)

SISTEMA ARTICULAR (desenho no quadro)

1) ESTRUTURA ARTICULAR (OSSO, LIGAMENTO (estabilidade), CARTILAGEM ARTICULAR( resiste a pressão e tensão), LIQUIDO SINOVIAL (lubrifica a cartilagem articular), MEMBRANA SINOVIAL (produz líquido sinovial) e é protegida pela CAPSULA ARTICULAR (circunda e envolve a articulação)

Ligamentos Cápsula articular

Cápsula fibrosa Membrana sinovial

Sinóvia (ou líquido sinovial

Cartilagem hialina

Componentes da articulação diartrodial

Classificações articulares

Estrutura articular Função articular (quantidade de movimento)

Sinartrodial (imóvel)

Anfiartrodial (levemente móvel)

Diartrodial (livremente móvel)

Fibrosas (tecido conjuntivo fibroso)

Cartilaginosas (tecido cartilaginoso)

Sinoviais (ligamentos e separadas

por uma cavidade articular)

Articulação sinartrodial (fibrosa)

Sinartrose (sutura) Sindesmose (por

ligamento)

Membrana interóssea (rádio-ulnar)

Tíbio-fibular distal

Gonfose (do grego, encaixe)

Ossos nasais Suturas do crânio

Entre a raiz do dente e o alvéolo

dental

Articulação anfiartrodial (cartilaginosa)

Sínfise

Sínfise púbica

Entre os corpos

vertebrais

Articulação diartrodial (sinovial) = movimentos livres Articulação livremente móvel

Permite movimento entre os ossos

Eixo de rotação para as alavancas ósseas Subclassificada em seis tipos

(de acordo com a estrutura articular e os movimentos permitidos) 1. Plana (deslizante) 2. Gínglimo (em dobradiça) 3. Trocóidea (em pivô) 4. Elipsoidal 5. Selar 6. Esferoidal

6. Articulação esferoidal Movimento em três planos

(triaxial) Flexão/Extensão Abdução/Adução Rotação lateral/medial Circundução

Exemplos: Ombro Quadril

3. Articulação trocóidea ou pivô

Movimento monoaxial Pronação/Supinação Rotação para direita/para

esquerda Exemplos:

Radioulnar proximal Atlantoaxial (1a. e 2a.

vértebras cervicais)

2. Articulação gínglimo ou dobradiça

Monoaxial Flexão/Extensão

Exemplos: Interfalângicas (pé e mão) Cotovelo Joelho

Articulação TIBIO-TÁRSICA ou TALO- CRURAL

4. Articulação elipsoidal

Movimento em dois planos (biaxial) Flexão/Extensão Abdução/Adução

Exemplos: Radiocárpica (punho) Metacarpofalângica

5. Articulação selar

Movimento em dois planos (biaxial) Flexão/Extensão Abdução/Adução

Exemplos: Carpometacárpica do polegar Esterno clavicular

TRAPÉZIO E 1º METACARPO

1. Articulação diartrodial plana

Movimento permitido: deslizamento de um osso sobre o outro (anaxial)

Exemplos: Entre os ossos do carpo Entre os ossos do tarso

Art. Fêmur-patelar

Articulação Rádio- Cárpica

Fatores que afetam a flexibilidade

Restrição óssea Formato das extremidades

ósseas que são articuladas

Restrição musculotendinosa Tensão musculotendinosa

Restrição do tecido muscular Compressão de dois tecidos

musculares adjacentes

Ligamentos*

São faixas de tecido conjuntivo fibroso (flexíveis e não elásticas)

Conectam um osso ao outro através das articulações

Principais funções Permite mobilidade articular (flexível) Manter ossos próximos (não elástico) Guiar o movimento articular Atuar como um sensor para as

articulações (Nigg e Herzog, 2007)

* Principais ligamentos do corpo humano são apresentados no Apêndice A do livro de Hamill e Knutzen (2008) – pp. 450-455.

Cápsula articular e sinóvia

Cápsula fibrosa Tecido conjuntivo fibroso (colágeno) Envolve, fixa e protege a articulação Promove isolamento da articulação

Membrana sinovial Camada interna da cápsula articular Altamente vascularizada Secreta e reabsorve líquido sinovial dentro da cápsula

articular Líquido sinovial

Viscoso e claro Nutre e lubrifica a cartilagem articular

Diminui atrito Facilita movimento livre da articulação

É um tecido conjuntivo fibroso denso (firme e flexível) Suporta muita pressão e tensão

Dois tipos principais: Cartilagem articular ou hialina Fibrocartilagem

discos intervertebrais menisco, ...

(Hamill e Knutzen, 2008)

Cartilagem

Camada fina (1 a 7 mm) de tecido conjuntivo fibroso que reveste as extremidades articulares dos ossos

Não tem suprimento sanguíneo e nervoso Nutrida pelo líquido sinovial

Permite movimento entre dois ossos com mínimos desgaste e atrito

Importante para o funcionamento e a estabilidade articular – tecido distribui as cargas pela superfície

Cartilagem articular ou hialina

(Hamill e Knutzen, 2008)

Fibrocartilagem

Amortecedor de choques Características intermediárias entre tecido

conjuntivo denso e cartilagem articular Encontrada em locais que necessitam de

resistência às cargas de tensão e compressão Disco fibrocartilaginoso: discos vertebrais, sínfise púbica Discos parciais: meniscos (joelho, mandíbula)

Funções Distribuição das cargas sobre a superfície óssea Melhora do encaixe entre as superfícies ósseas Limitação do deslizamento entre dois ossos Proteção da periferia das articulações Proteção contra choques

Estabilidade articular É a capacidade de resistir ao deslocamento de

uma extremidade óssea em relação à outra, sem que ocorra lesão

Fatores que afetam a estabilidade articular: Formato das superfícies ósseas articuladas

(“arranjo ósseo”) Organização dos ligamentos (“arranjo ligamentar”) Organização dos músculos (“arranjo muscular”)

Articulação que permite pouco movimento: Mais estável

Articulação que permite muito movimento: Menos estável

Flexibilidade (mobilidade) articular

É o termo utilizado para descrever a quantidade movimento articular possível e permitida em cada um dos planos de movimento da articulação

Flexibilidade estática Movimento passivo do segmento corporal

Flexibilidade dinâmica

Movimento ativo do segmento corporal (decorrente de contração muscular)

É específica de cada articulação

Flexibilidade articular: exemplos

Amplitude de movimento articular (ADM)

Quantidade total de movimento articular ADM = valor máximo – valor mínimo

Normalmente, medida em graus Exemplo: 10 graus, 90 graus, 120

graus Posição anatômica

Todas articulações são consideradas como estando em zero grau

Equipamentos para medir ADM: Goniômetro Eletrogoniômetro