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PlasticoSul #98

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PlasticoSul #98

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qui para as bandas do Rio Grande do Sul, sede da

nossa Editora, sopra o Minuano, nome dado à cor-

rente de ar que tipicamente acomete os estados

do sul. Junto a esses ventos que sopram neste inverno

intenso vêm também as boas notícias. Nesta edição, abor-

damos pelo menos dois assuntos que só trazem satisfação

ao setor plástico brasileiro.

Primeiramente, o destaque é para o Pólo Plástico Catarinense, que cresce

nos números a passos largos. O estado produz os mais variados produtos plásti-

cos, como isopor (EPS), pratos e copos descartáveis e utilidades domésticas,

mas carrega um consumo imenso de PVC para a produção de tubos e conexões.

Se este segmento não é o carro-chefe de Santa Catarina, com certeza é um dos

primeiros no topo. O fato é que o estado não pára de crescer e manifesta uma

capacidade interessante em manter-se firme no ranking de transformados plásti-

cos, o qual ocupa a segunda colocação no Brasil, perdendo somente para São

Paulo. E demonstra ainda um desejo pela primeira colocação, na medida em que

se aproxima cada vez mais do estado paulista. Já não nos cabe aqui no editorial

avaliar os motivos que levaram Santa Catarina tão longe, deixemos isso para a

reportagem das páginas internas. O fato é que ela está lá, com garra, persistência

e merecimento.

Outro assunto que gostaria de abordar nesse espaço é o sucesso da Brasilplast

2009. Corredores movimentados e estandes cheios impressionaram quem visita-

va a feira. Os que passavam pelos espaços de máquinas então, surpreendiam-se

com a satisfação dos expositores. A crise parece ter ido para bem longe. Otimis-

mo? Pode ser. Mas preferimos ser otimistas e ver girar o dinheiro do mercado

através de negócios, compras e vendas, do que frearmos o consumo à espera de

um amanhã incerto e com isso travar o setor, a economia e as nossas vidas. O

otimismo move montanhas. E movimenta a economia. Parabéns aos que não

esmoreceram e estavam lá, tentando vender, fazer negócios e crescer. E parabéns

também aos que lá foram para comprar, investir e apostar. É assim que se cresce:

a união faz a força do setor. Boa leitura!

Melina Gonçalves - Editora

As boas novas queo vento traz

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///Carta ao leitor ED

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Plástico SulConceitual Presswww.plasticosul.com.brAv. Protásio Alves , 3032 / 303

CEP 90.410-007 - Porto Alegre - RS

Fone: 51 3062.4569

Fax: 51 3062.4569

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Diretora:

Sílvia Viale Silva

Editor:

Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Coordenador Editorial:

Júlio Sortica

Redação:

Júlio Sortica e Melina Gonçalves

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Débora Moreira e Sandra Tesch

Representante em Nova Iorque

(EUA): Rossana Sanchez

([email protected])

Representante em Caxias do Sul:

Nédy Conde (54 9126.9937)

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Plástico Sul é uma publicação da editora

Conceitual Press, destinada às indústrias

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª

geração petroquímica nos Estados da Região Sul e

no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos

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ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

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RIO

03 Editorial/// Carta ao Leitor

06 EntrevistaEvaristo Nascimento

fala sobre a Brasiplast.

16 Caderno SimpescConheça melhor o

Sindicato catarinense.

20 Especial/// Pólo Plástico Catarinense

Como se manter grande?

30 Eventos/// Brasilplast 2009

A feira supera

as expectativas

44 Destaque/// Sopradoras

O mercado e

suas inovações

51 Bloco de NotasAs últimas

notícias do setor

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/// Plástico

Sul # 98 -Maio de 2009

pertinentes à área, entidades representativas,

eventos, seminários, congressos, fóruns,

exposições e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados não

correspondem necessariamente àquelas adotadas

pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução

de matérias publicadas desde que citada a fonte.

Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

Crise? Que nada: eventosupera todos os desafios

e movimenta o setor

52 TecnologiaMembranas de PVC

entram no país

54 Agenda & Anunciantes

Foto de capa: divulgaçãoFoto de capa: divulgação

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A Brasilplastvai muitobem, obrigado

///Evaristo Nascimento

Nascimento diz que o eventonão foi afetado pela crise

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ão tem crise que resista a um

evento bem planejado e exe-

cutado. E com certeza a

Brasilplast superou mais uma vez as

expectativas do mercado. O segredo

da boa performance não está guarda-

do a sete chaves.

Em sua sala no pavilhão de ex-

posições do Anhembi (SP), o diretor

da Reed Exibitions Alcantara Macha-

do, Evaristo Nascimento, recebeu a

revista Plástico Sul no último dia de

evento. Na conversa, Evaristo se mos-

trou satisfeito com os resultados e

otimista com o futuro.

Administrador de Empresas for-

mado pela Universidade de São Paulo

há 38 anos, o executivo está na

Alcantara Machado desde então, pas-

sando por diversos cargos até chegar

a diretor da Reed Exibitions Alcantara

Machado. Numa conversa interessan-

te, Evaristo recorda de momentos im-

portantes da economia nacional, si-

tuações peculiares do setor plástico e

claro, explica como foi organizar a 12ª

Brasilplast, em meio a crise, e os de-

safios futuros do evento.

Plástico Sul - Ao final de mais umaBrasilplast qual o resultado doevento?Evaristo Nascimento - De acordo com

as informações dos expositores os re-

sultados são surpreendentes. Acho

que temos uma demanda reprimida

muito forte, o pessoal pisou no freio

em outubro de 2008 e agora estamos

retomando os negócios. Ouvi que di-

versas empresas fizeram vendas sig-

nificativas exatamente porque esta-

vam defasadas na compra. Tivemos in-

formações da indústria automobilís-

tica, que também compra máquinas

aqui, de que a retomada está acon-

tecendo. Os investimentos estão aí e

o Brasil segue firme e forte.

PS - A crise econômica mundial afe-tou a Brasiplast 2009? De que forma?Nascimento - Afetou no sentido de

que umas cinco ou seis empresas não

vieram expor esse ano, principalmente

multinacionais. Isso ocorreu por ins-

trução da matriz ou por corte da verba

e resolveram não investir esse ano na

feira. Nesse momento eu ousaria dizer

que eles devem estar bem arrependidos.

Em compensação outros entraram no

lugar deles e conseguimos eliminar um

pouco da fila de espera que tínhamos.

PS – Quais foram os principais desa-fios para organizar esta edição da feirae quais são as previsões de desafiosfuturos visando a edição de 2011?

Nascimento – Os desafios dessa feira

foram iguais às outras edições: aco-

modar todos que queriam participar.

Nesse sentido conseguimos algum re-

sultado, foram cerca de 40 empresas

novas, porque alguns que deixaram de

participar tinham áreas maiores, então

tiveram oportunidade de participar

empresas menores. Mesmo porque nós

temos o critério de que quem começa

a participar sempre começa com uma

área pequena e depois na medida do

possível vai crescendo. O grande desa-

fio que vejo não foi nesta edição, mas

será na próxima, quando esse pessoal

que não participou quiser retornar.

Porque os que já entraram nessa edi-

ção tem direito adquirido. É um desa-

fio para a campanha de vendas da pró-

xima feira.

PS - A situação mundial influenciouna participação de empresários es-trangeiros?Nascimento – Não afetou. Percebemos

que continua num bom nível e os ex-

positores continuam informando que

tiveram excelentes contatos. Inclusive

muitos estrangeiros vieram para ver o

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“...em 2009 a feira bateu

o recorde de participação

de expositores e de

vendas de espaço.”

que está acontecendo aqui no Brasil.

Eu acredito que se houver uma interfe-

rência na feira, será mais pelo dólar,

que no ano passado estava em média

R$ 1,60 e esse ano está R$ 2,20.

PS – Qual foi o país que mais trouxeexpositores para a Brasilplast 2009?Nascimento – Deve ter sido segura-

mente, fora o Brasil, Alemanha, Chi-

na, Estados Unidos, Itália e Taiwan.

E depois vêm as participações ofici-

ais da Espanha e da Argentina. Tem

um núcleo dos países que mais pro-

duzem equipamentos e máquinas que

estão aqui presentes. E com exceção

de duas ou três empresas que são

marcas mundiais, todas as demais

estiveram no evento.

PS - O preço do petróleo e a variaçãocambial interferem de alguma formano evento?Nascimento – O preço de petróleo não.

Porque mesmo nas comoditties o pre-

ço é pré- fixado e isso não varia muito

em relação ao dólar. Da situação cam-

bial afeta um pouquinho na questão

da importação, mas as exportações são

até mais favoráveis. Resta saber se os

mercados que compram os produtos bra-

sileiros ainda estão bem ativos.

PS - A Brasilplast já passou por di-versos momentos difíceis da econo-mia nacional e mundial. Esse seria opior deles?Nascimento – Eu não saberia dizer se

este foi o pior momento desde a pri-

meira edição em 1987. Inclusive em

2009 a feira bateu o recorde de parti-

cipação de expositores e de vendas de

espaço. Nós acrescentamos quase 4%

das vendas de espaço em relação a 2007.

Então esses resultados de reflexo mun-

dial podem afetar os negócios daqui

para frente, empresas que não se sin-

tam confortáveis em fazer investimen-

tos. A avaliação da atual situação é a

seguinte: o crédito está liberado. É um

pouco difícil porque as empresas pre-

cisam ter cadastros excelentes. De qual-

quer forma os vendedores vão procurar

controlar essa situação. Ou seja, se não

houver um crédito por parte do ban-

co, que haja um crédito direto das

empresas. Por outro lado, o consumo

brasileiro de produtos tem crescido. Foi

feita uma pesquisa junto aos hábitos

de consumo das classes C e D e o fato é

que esse pessoal entrou no consumo.

Hoje quem mora num lugar como fave-

la ou algo parecido, consome xampu,

detergentes, eletrodomésticos financi-

ados em longo prazo e diversos produ-

tos que antes eram inatingíveis. En-

tão de alguma forma essa situação de

consumo tem melhorado. E é uma clas-

se de 30 ou 40 milhões de novos con-

sumidores no mercado. O Brasil tinha

uma demanda muito reprimida e um

consumo muito baixo per capita, por-

que o acesso era de pouca gente, na

maioria pertencente às classes A e B.

Já hoje está entrando nas classes C e

D, porque há uma massificação de pro-

dutos. Tudo que o governo tem feito

para favorecer ajuda e é o caso da in-

dústria automobilística. As sucessivas

fases de suspensão do IPI proporcio-

naram resultados: hoje eu soube que

há modelos na indústria de automó-

veis que estão em falta e só poderão

ser entregues daqui 90 dias. O prazo

de financiamento grande facilita ain-

da mais: é o sonho do automóvel, o

sonho da casa própria, é o sonho do

consumo em que o pessoal não tinha

acesso.

PS - Mas qual foi o momento da eco-nomia nessas 12 edições de feira querealmente foi difícil de superar?Nascimento – Certamente essa não é

a última crise, sempre haverá mais

uma. Houve uma retração brutal dos

mercados da Europa, Estados Unidos

e a queda do PIB chinês de um cres-

cimento de 10% para 6%, parece um

caos, mas crescer 6% nesse momento

é uma goleada. Então eu imagino que

a expectativa da crise e os sustos fo-

ram maiores. Acho que nós sofremos

muito por antecipação até a feira e

na feira, quando o visitante partici-

pou e precisava comprar ele olhou e

pensou: “Opa, eu não posso estar fora

disso aqui”. Ele pensou: “Posso cor-

tar o camarão enorme em casa toda a

semana, mas não posso cortar a mi-

nha linha de produção na fábrica”.

A edição de 2009 cresceu cerca

de 4% em vendas de espaço

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“Certamente essa não é a

última crise. Sempre haverá

mais uma... foi mais uma

crise de expectativa...”

Então foi mais uma crise de expecta-

tiva do que uma crise de realidade.

Lembrando de outro momento do país:

quando nós tivemos o plano cruzado

no Brasil em 1986, em que os produ-

tos ficaram estáveis nos preços, faltou,

por exemplo, iogurte Danone no su-

permercado. Mas não é porque faltou

Danone e sim porque faltou a embala-

gem, o pessoal não conseguia produ-

zir o suficiente porque o avanço que

ocorreu nos supermercados foi brutal,

todos saíram comprando. Em uma se-

mana os estoques todos terminaram.

Porque todos tiveram acesso e ao in-

vés de comprar um quilo de arroz na

semana, compravam dez pacotes de

cinco quilos, porque o preço estava fi-

xado e por isso queriam estocar. Na-

quela época foi uma estocagem total.

E com a ameaça da inflação, era mais

comum na década de 1980 e começo

dos anos 1990 a família inteira ir ao

supermercado e lotar cinco ou seis car-

rinhos. Hoje não vemos mais isso. No

máximo que vejo é o segundo carrinho

e mesmo assim das compras do mês.

Hoje o consumidor está mais atento e

existe uma expectativa de que o preço

não terá essa variação tão grande. Hoje

existe uma estabilidade e exatamente

por isso que se consegue vender auto-

móveis em 60 meses e até 90 meses,

porque o pessoal se sentiu seguro em

comprar, teve o acesso.

PS – A sustentabilidade é a principalpauta da Brasiplast 2009. Qual suaopinião sobre ações deste tipo nosetor plástico?Nascimento – Eu, como consumidor e

morador do país, vejo como importan-

te porque é fundamental a preservação

da natureza e ter a sustentabilidade e

o sistema ajustado para que não te-

nhamos catástrofes. Mas que não seja

uma responsabilidade só do fabrican-

te do produto, e sim uma responsabi-

lidade e conscientização do consumi-

dor. Os fabricantes não jogam as gar-

rafas de PET no Rio Guaíba e no rio

Tietê, nem os saquinhos de plástico nas

cidades, entupindo bueiros. Na verda-

de isso é o consumidor que faz. Então

precisam ser tomadas atitudes junto a

este consumidor para que ele tenha uma

lucidez e conhecimento para tratar

aquele produto que comprou de uma

forma mais adequada ao meio ambien-

te. É recolher a sacola de supermerca-

do, não ficar jogando-a na rua. Mes-

mo que não renda dinheiro, vai no su-

permercado e coloca na lixeira especi-

al para plástico. O que se faz em rela-

ção as latinhas de alumínio por exem-

plo, que é altamente reciclada, é por-

que o valor marginal da latinha reco-

lhida é muito alto, então tem toda uma

indústria em cima disso, e no plástico

isso não existe. Mas mais importante

do que o retorno financeiro é o retor-

no de consciência.

PS – Como é a participação daOrganizadora no exterior e quais sãoos melhores mercados para investi-mentos em feiras e eventos?Nascimento – Nossa unidade no Bra-

sil, se preocupa com as feiras no país.

Mas acreditamos que tenhamos um bom

espaço para crescimento trazendo even-

tos ou fazendo fusões com eventos de

porte menor, tentar ampliá-los. E algu-

mas feiras nossas que estamos super

lotadas tentar criar uma metodologia,

uma divisão, apurando mais pelo visi-

tante. Caso clássico nosso é o Salão do

Automóvel: tinha ônibus, caminhões,

automóveis, autopeças, equipamentos

de som, acessórios, tratores, barcos,

tudo. E você vê hoje no mercado seis

ou sete feiras distintas. Algumas que

estão conosco e outras que acontece-

ram com outros promotores.

PS – A Brasilplast também veio dadesmembração de outra feira?Nascimento – A Brasilplast era um se-

tor pequeno da feira da Mecânica. E o

pessoal de resinas não tinha uma feira

para ir e o setor de transformados pre-

cisava se mostrar um pouco. Então nós

juntamos os três setores: matéria-pri-

ma, máquinas e transformador. Só que

hoje a participação do transformador

está bem reduzida na feira. E cada um

vai ao seu setor especifico: o transfor-

mador de embalagem vai à feira de

embalagem, os de utilidades domésti-

cas vão às feiras direcionadas a esse

setor e o mesmo ocorre com a constru-

ção, por exemplo. Então o negócio é ir

segmentando de acordo com a evolu-

ção do mercado.

PS – Pela sua experiência seria pos-sível citar países que estejam comtendência de crescimento para essesetor de feiras e eventos?Nascimento – Argentina é sempre um

país interessante, além de países da

África e do Oriente Médio. Acho que

para produtos do Brasil esses são os

grandes mercado. Penso que não seria

o caso de desenvolver feiras em outros

países da América do Sul e Central, mas

incentivar a vinda de desses compra-

dores ao Brasil. É muito melhor eles

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virem e olharem toda a estrutura que

temos aqui com as empresas nacionais

e as do exterior que vem para o merca-

do brasileiro.

PS – Como será a nova feira de quí-mica e petroquímica organizadapela Reed/Alcantara? Qual a previ-são de data?Nascimento – Previsão de data é na

primeira quinzena de junho de 2010

e surgiu porque existem algumas ex-

periências de feiras de química no

mundo. Aí não é a apresentação da

indústria química, mas de todos os

fornecedores para a indústria quí-

mica. Ou seja, válvulas, bombas, sis-

temas de misturas, sistemas de dre-

nagem, esgotamento dos resíduos da

indústria e todo o processo produ-

tivo da indústria química. E essa in-

dústria será nossa convidada na fei-

ra. E é uma feira que faz falta no Bra-

sil. É pioneira. Tentamos fazer um

evento nesse sentido há dez anos,

mas naquele momento não surtiu

efeito. E observamos agora que exis-

tem expositores deste setor espalha-

dos em diversas feiras e não existe

nada para a indústria química. Essa

é uma grande indústria com neces-

sidades específicas e que precisa ir

a diversas feiras para tratar desse

produto. Há exemplo de parecidos

na Espanha e na Alemanha, mas não

tão específicos quanto a que quere-

mos colocar no Brasil.

PS – Como está se comportando osetor de feiras e eventos nacio-nais?Nascimento – Está se comportando

bem. As feiras no país são sólidas,

tanto em São Paulo quanto às regio-

nais, como Recife, Belo Horizonte,

Santa Catarina, Rio Grande do Sul e

Paraná, que são especializações re-

gionais, porque você não consegue

trazer todos os visitantes do Rio

Grande do Sul para São Paulo, então

em alguns segmentos vai se ter uma

feira no estado gaúcho.

PS – Quais são as principais difi-culdades e benefícios em se fazerfeiras no Brasil?Nascimento – As dificuldades são

de rotina. Em alguns momentos ain-

da existe dificuldade de hospeda-

gem em São Paulo, mesmo sendo o

maior centro hoteleiro. Em outros,

há passagens aéreas extremamente

caras. O deslocamento é muito caro.

Você tem que fazer uma feira muito

objetiva porque o visitante não

pode mais se afastar uma semana da

fábrica. Ele vem para uma visita rá-

pida, vem focado no que ele preci-

sa. Essas são as dificuldades de ro-

tina. As demais estão sendo supera-

das com a manutenção do pavilhão

de exposições que fizeram no telha-

do do Anhembi, na iluminação, no

piso, nos banheiros etc. Mas ainda

temos dificuldades nas vagas de es-

tacionamentos, porque uma boa par-

te das vagas é consumida pelos pró-

prios expositores.

PS – Além do produto/segmentoser atraente e importante, o quedetermina o sucesso de uma feira?Nascimento – Uma feira por defini-

ção é o encontro entre a oferta e a

procura. Desde que você tenha bons

produtos em oferta, você terá uma

procura por isso. Você precisa cui-

dar dos dois campos: não adianta

nada ter o expositor e não ter o vi-

sitante. Precisa-se tomar cuidado

com as duas pontas. Essa aproxima-

ção das partes que é o importante.

Nós somos os cozinheiros, desde que

tenhamos bons ingredientes e gour-

met, conseguimos fazer. Agora, se

você não tiver os ingredientes você

não pode lotar o restaurante e não

ter opções para servir.

Nascimento anuncia nova feira de química e petroquímica prevista para 2010

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Sindicato da Indústria de

Material Plástico de Santa

Catarina – Simpesc – é uma

união das empresas do segmento

plástico do Estado. Santa Catarina é

o segundo maior pólo do segmento

de transformação de plástico do Bra-

sil e maior da Região Sul em produ-

ção. São mais de 500 empresas, pro-

porcionando cerca de 23 mil postos

de trabalho.

As maiores empresas catarinenses

do setor estão associadas ao Simpesc,

o que lhes proporciona alto grau de

representatividade. Para os associa-

dos, o Simpesc proporciona uma

ampla estrutura de serviços, com

cursos, capacitação, eventos e as-

sessorias jurídica, tributária e tra-

balhista, entre outras.

A potencialidade do plástico, um

material facilmente adaptável a novas

aplicações, torna este segmento um

dos mais competitivos do mercado.

Por isso, o Simpesc oferece às em-

presas associadas à tecnologia de

ponta, dispondo de uma biblioteca

virtual e agenda completa de eventos

do segmento.

Basta acessar o endereço eletrô-

nico www.simpesc.org.br para saber

o que está acontecendo no setor plás-

tico brasileiro e internacional.

Conjunto de CapacidadesO Simpesc dispõe aos associados

um amplo conjunto de capacidades,

garantido pela força da capacitação e

localização estratégica.

Capacitação• Biblioteca virtual no Simpesc

• Promoção de cursos, palestras

e seminários;

• Agenda de congressos e even-

tos no Brasil e no mundo;

• Proximidade com os principais

centros de pesquisa e desenvol-

vimento como UFSC, Sociesc,

Udesc e departamentos de P&D

de grandes empresas do setor.

Mercado• Santa Catarina é o segundo

maior pólo do segmento de

transformação de plástico do

País;

• A Região Norte concentra uma

boa parte das principais em-

presas do segmento;

• O segundo maior pólo nacio-

nal de ferramentarias voltadas

à produção de moldes de plás-

tico para injeção e extrusão

está na Região;

• Proximidade com os princi-

pais centros consumidores de

plástico;

• Joinville é sede, a cada dois

anos, da Interplast, um dos

principais eventos do setor

no Brasil.

LogísticaAmpla malha rodoviária, forma-

da por estradas federais e estaduais

que interligam a Região a todo o Es-

tado e ainda ao Paraná e Rio Grande

do Sul.

Proximidade dos portos de

Paranaguá, São Francisco do Sul,

Itajaí, Navegantes e ao futuro porto

de Itapoá.

Proximidade com os aeroportos

de Joinville, Navegantes, Florianó-

polis e Curitiba.

Ferrovia ligando o porto de São

Francisco do Sul ao Norte catarinense

e ligação direta com o Paraná e por-

to de Paranaguá.

Localização EstratégicaO Simpesc tem sua sede em

Joinville, no Litoral Norte catarinen-

se, estrategicamente situada em um

dos maiores pólos do segmento plás-

tico do Estado.

A localização privilegiada da ci-

dade a coloca perto dos principais

portos e aeroportos, contando ain-

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CADERNO SIMPESCCADERNO SIMPESC

O Simpesc e O Simpesc e

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da com uma ampla malha rodovi-

ária e ferroviária, o que facilita o

escoamento da produção para todas

as Regiões do Brasil e exterior.

Joinville também sedia a Interplast,

segunda maior feira do setor plásti-

co da América do Sul.

Em Joinville, ainda, sedia o se-

gundo maior pólo de ferramentarias

do País, especialmente aquelas vol-

tadas à produção de moldes de plás-

tico para injeção e extrusão. A mão

de obra é formada na própria re-

gião, graças ao trabalho de insti-

tuições como Senai, Sociesc e

Udesc. Ainda na Sociesc, o associa-

do dispõe de variados serviços na

área de metrologia.

Ação Social PlastividaUma das premissas do Simpesc

é o esclarecimento da sociedade

quanto ao relacionamento do plásti-

co com o meio ambiente. As empre-

sas associadas recebem total orien-

tação a respeito das modernas téc-

nicas de logística reversa, que com-

preende retornar o produto para pos-

terior descarte ou reciclagem.

O plástico não é um vilão, mui-

to pelo contrário, é energia. A ener-

gia contida em 1 quilo de plástico

equivale a 1 litro de óleo diesel. No

processo de reciclagem

energética, os plásticos

atuam como combustível

na queima do lixo, re-

vertendo em energia elétri-

ca ou térmica.

O Simpesc também é

filiado ao Plastivida Insti-

tuto Socioambiental dos

Plásticos, entidade que re-

presenta institucionalmente a cadeia

produtiva do setor para divulgar a

importância dos plásticos na vida

moderna e promover sua utilização

ambientalmente correta. O instituto

é referência nacional em assuntos re-

lacionados ao plástico e suas utili-

zações nas mais variadas aplicações,

como medicina e saúde, ciência, em-

balagens para alimentos, bebidas e

medicamentos, agricultura, indústria

e serviços.

O associado forteO grande objetivo do Simpesc é

o fortalecimento do seu associado.

Para isso, a entidade investe em

constante atualização, tanto para

responder às dúvidas dos associa-

dos, quanto para oferecer a mais

completa estrutura de atendimento.

A lista de cursos disponibilizados é

ampla e variada, incluindo eventos

realizados no exterior, como na Uni-

versidade de Massachussets, nos Es-

tados Unidos.

O Simpesc também disponibiliza

aos associados um detalhado calen-

dário de congressos, conferências, se-

minários e outros eventos, no Brasil e

no mundo, entre eles a Conferência

Internacional da Indústria do

Poliuretano de Maastricht (Holanda),

a Biomateriais Asia (Hong Kong),

Medtec Japan, FlexPO de Seul

(Coreia do Sul), Conferência Anpei de

Inovação (Porto Alegre) e Antec em

Chicago (Estados Unidos).

O Simpesc mantém estreita pro-

ximidade com os centros de pesqui-

sa e desenvolvimento do Estado,

como a Universidade Federal de

Santa Catarina, a Sociedade Educa-

cional de Santa Catarina e os

departamentos de P&D das maio-

res empresas do setor.

o mercadoo mercado

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CADERNO SIMPESC

Empresas/Destinação do ProdutoAutomobilísticaAmbiental

Borrachas Artbor

Busscar – Rio Negrinho

Busscar – Un.Tecnofbras

Coplasa

Engefibra

Ilpea

Mantac

Mondiana

Multiconexoes

Plasticos Mauá

Plasticos Zanotti

Plasticoville

Plastmovel

Polosul Plast

Termotécnica

Uniplast

AlimentíciaAb Plast

Aliança

Ambiental

Borrachas Artbor

Brasplast

Canguru

Coplasa

Cryovac

Danica

Engefibra

Maxiplast

Inplac

Implavel

Lamipack

Luplast

Mondiana

Plasticos Zanotti

Plasc

Plasticom

Plasticoville

Termotécnica

Tritec

Uniplast Embalagens

CosméticosAb Plast

Aliança

Ambiental

Engefibra

Inplavel

Lamipack

Luplast

Plasticom

Polosul Plast

Termotécnica

Tritec

Construção CivilAliança

Amanco

Ambiental

Azeplast

Borrachas Artbor

Conexões Especiais Do Brasil

Coplasa

Danica

Homeplast

Implatec

Inplac

Krona Acessórios

Krona

Lekat

Luplast

Mantac

Multiconexoes

Plasticos Zanotti

Plasbohn

Plastibras

Plasticom

Plasticoville

Plastmovel

Tecnocell

Tecnoperfl

Termotécnica

Tigre

Uniplast Embalagens

Uniplast

Viqua

Eletro EletrônicaAmbiental

Borrachas Artbor

Coplasa

Crw Plásticos

Danica

Gpb

Ilpea

Luplast

Mondiana

Plasticos Mauá

Plasticos Zanotti

Plasc

Plastibras

Plasticoville

Plastmovel

Polosul Plast

Tecnoperfl

Termotécnica

Uniplast Embalagens

UniplasT

FarmacêuticaAb Plast

Danica

Engefibra

Inplavel

Lamipack

Luplast

Plasc

Plastibras

Plasticom

Termotécnica

Uniplast Embalagens

InformáticaAmbiental

Luplast

Plasticos Zanotti

Plasticoville

Plastmovel

Termotécnica

MoveleiraAliança

Ambiental

Azeplast

Borrachas Artbor

Coplasa

Cryovac

Homeplast

Implatec

Luplast

Mantac

Plasticos Zanotti

Plasticom

Plasticoville

Plastmovel

Tecnoperfl

Termotécnica

Uniplast EmBalagens

Uniplast

TêxtilAmbiental

Aliança

Coplasa

Cryovac

Engefbra

Luplast

Plasticos Zanotti

Plasticom

Plasticoville

Uniplast Embalagens

OutrosAliança

Allfex

Amanco

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Azeplast

Canguru

Daelco

Focus

Gpb

Homeplast

Ilpea

Implatec

Linkplas

Mantac

Plasticos Mauá

Plastibel

Plastibras

Plasticoville

Plastmovel

Recorteps

Tecnocell

Tecnoperfl

Termotécnica

Uniplast

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Empresas/Processo de FabricaçãoPlastmovel

Polosul Plast

Tigre

Tritec

Viqua

LaminaçãoBusscar – Rio Negrinho

Canguru

Engefibra

Inplac

Lamipack

Multiconexões

Plasc

Plasticom

Tigre

SoproAb Plast

Amanco

Inplavel

Plasticoville

Tigre

ExtrusãoAliança

Amanco

Azeplast

Borrachas Artbor

Brasplast

Canguru

Cryovac

Engefibra

Gpb

Homeplast

Ilpea

Implatec

Maxiplast

Inplac

Krona Acessórios

Krona

Luplast

Mantac

Mondiana

Plasbohn

Plasc

Plasticom

Plastmóvel

Tecnoperfl

Tigre

Tritec

Uniplast Embalagens

Uniplast

OutrosAb Plast

Aliança

Allflex

Ambiental

Busscar – Un. Tecnofibras

Conexões Especiais do

Brasil

Dânica

Daelco

Engefibra

Multiconexões

Plasticom

Plasticoville

Percoteps

Tecnocell

Termotécnica

Tritec P S

InjeçãoAb Plast

Allfex

Amanco

Borrachas Artbor

Busscar – Rio Negrinho

Busscar – Un. Tecnofbras

Coplasa

Crw Plásticos

Focus

Inplavel

Krona Acessórios

Krona

Lekat

Linkplas

Plásticos Mauá

Plásticos Zanotti

Plastibel

Plástibras

Plasticoville

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de se manter grandede se manter grande

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Santa Catarina desfruta de uma posição sólida no setor de

transformação de plásticos no Brasil: é o segundo estado no

ranking, transformando quase 1.100 milhão de toneladas de

resinas, ficando atrás apenas de São Paulo. Destaca-se em

diversos segmentos, como a produção de tubos e conexões de

PVC, descartáveis plásticos, como copos e pratos, utilidades

domésticas, embalagens, cordas e fios de PET reciclado, plástico

reforçado e produtos de EPS (isopor). Neste último segmento,

inclusive, ocupa a liderança no mercado latino-americano.

Segundo levantamento setorial, são mais de 800 indústrias de

transformação que geram 31 mil empregos – dados de 2008. E

segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

(FIESC), se for considerado o valor da transformação industrial,

as empresas catarinenses respondem por 9,5% do total nacional

do setor plástico e por 4,7% do total da indústria catarinense.

São números que impressionam, mas não causam acomodação

com o conceito alcançado. Segundo o presidente do Simpesc,

Albano Schmidt, a meta a ser perseguida é descobrir novos

nichos e crescer mais. A propósito, o setor cresceu mais de 10%

em 2008, mesmo com uma crise no último trimestre.

Presidente do Simpescexplica a estratégia

Para muitos parece incrível que

um estado com pouca extensão ter-

ritorial, que não possui a cadeia petro-

química, consiga resultados tão bons

no setor transformação do plástico a

ponto de consolidar-se como segundo

no ranking brasileiro. Para o presiden-

te do Sindicato da Indústria de Mate-

rial Plástico de Santa Catarina, Albano

Schmidt, tudo tem explicação. “Sim,

Santa Catarina fica atrás apenas de São

Paulo no ranking dos estados trans-

formadores de resinas plásticas”, con-

firma. “A estratégia, do ponto de vista

das empresas, é utilizar a mão-de-obra

qualificada da região, as condições es-

truturais e sistêmicas para atendermos

nossos clientes no Estado e no país

com competitividade, criatividade, ino-

vação e qualidade. Sabemos que temos

muito a crescer e desenvolver ainda, o

que deverá nos aproximar ainda mais

do primeiro lugar na transformação de

plásticos no país”, acrescenta.

Conforme dados auferidos, o se-

tor plástico catarinense foi bem no ano

passado, apesar da crise no último tri-

mestre. Albano Schmidt apresenta nú-

meros positivos de consumo de resi-

nas. “Fechamos o ano de 2008 trans-

formando algo como 1,075 milhão de

toneladas de resinas. Isso inclui todos

os tipos, desde os nobres plásticos de

engenharia até os reciclados, passan-

do obviamente por todas as commo-

dities”, explica. Esse desempenho

transformou-se em crescimento inve-

jável. “Crescemos 10,4% em termos de

faturamento e 10,2% em termos de

consumo de resinas. Apenas o quarto

trimestre foi decepcionante. Vínhamos

num ritmo próximo a 17% até setem-

bro”, disse. E 17% foi o índice de 2007.

O desafio

Por Julio Sortica

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[Versatilidade] – O setor

plástico catarinense tem a capacida-

de de conseguir um destaque quase

homogêneo ao comparar o desempe-

nho e a expansão. Porém, alguns seg-

mentos ainda conseguem se sobres-

sair. “Os segmentos que atendem a

indústria de bens duráveis e de pro-

dutos para construção civil tiveram

nove meses fantásticos e três meses

fracos. Os segmentos de embalagens

mostraram menores oscilações”, reve-

la Albano Schmidt.

Segundo o presidente do Simpesc,

de forma geral, a indústria reduziu

muito seu nível de atividade no quar-

to trimestre. “Temos como previsão

a manutenção dos índices de pro-

dução de 2008 agora em 2009, sen-

do que a indústria de embalagens

deverá se manter aquecida, assim

como aqueles segmentos que abas-

tecem os setores incentivados pelo

governo, como construção civil e ele-

trodomésticos da linha branca”, pro-

jeta o dirigente.

A crise financeira internacional

afetou o setor plástico com impactos

diferentes. Albano Schmidt ressalta que,

de forma geral, houve um forte proces-

so de desestocagem no final do ano

passado. “Isso sem dúvida afetou as

vendas, assim como fez com que as

empresas reduzissem suas compras. Tudo

isso afeta o negócio. Perdemos a

previsibilidade que tínhamos antes da

crise. Ficou mais difícil de se planejar.

O crédito aos poucos vai voltando ao

normal, assim como os pedidos dos cli-

entes. Estamos acreditando em um ano

difícil, mas ainda assim de estabilida-

de em relação a 2008”, finaliza, com

cautela, mas ainda muito otimista.

Outros sindicatos de SC foram

convidados a participar da reportagem,

mas não responderam às solicitações

da revista. Na seqüência apresenta-

mos as impressões de algumas em-

presas importantes nas suas áreas,

como Amanco, Tigre, Víqua e Can-

guru, bem como artigos da FIESC e

Sociesc e uma apresentação especi-

al da atuação do Simpesc.

Amanco: crescimento eatenção ao meio-ambiente

Manter a boa posição no ranking

da transformação vai depender de vá-

rios fatores e a Amanco do Brasil é

responsável por parte do sucesso

catarinense. A empresa vem crescen-

do muito no segmento de tubos e co-

nexões nos últimos anos e o presi-

dente Marcos Bicudo comenta sobre

os planos a serem adotados para man-

ter o ritmo ou até melhorar. “Vamos

dar seguimento à nossa estratégia ini-

ciada em 2006. As prioridades con-

tinuam as mesmas: fortalecer a marca

Amanco junto ao público consumi-

dor, oferecer soluções inovadoras de

produto e formar o profissional da

construção civil, o instalador hidrá-

ulico em especial”, ressalta.

Albano Schmidt: meta é se aproximarainda mais do primeiro lugar

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Segundo o executivo, isto se dará

através de aumento do investimento

em publicidade, da introdução de no-

vos produtos e dos programas de for-

mação de profissionais através do Senai

para novos profissionais, junto ao Dou-

tores da Construção para os profissio-

nais já existentes e através de uma ONG

para formação e inclusão social de pro-

fissionais em comunidades carentes.

“Ou seja, marca forte, inovação e ser-

viços diferenciados”, destaca.

E acrescenta: “Vale ressaltar que

para a Amanco a sustentabilidade é

parte intrínseca do negócio. Assim,

quando uma empresa define uma es-

tratégia de negócio, a sustentabilidade

tem de ser reconhecida dentro dessa

estratégia”, reforça Bicudo. As fábri-

cas de tubos e conexões da Amanco

possuem a tripla certificação, ou seja,

ISO9001 para a gestão da Qualidade,

ISO 14001 para a gestão ambiental e

OHSAS 18001 para a gestão de saúde

ocupacional e segurança.

Conforme Bicudo, toda atuação

da Amanco é sustentada pelo concei-

to de triplo resultado: econômico, so-

cial, e ambiental. “Ou seja, toda e qual-

Amanco: colaborador manuseia um dos equipamentos de automatização da empresa

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quer ação/produto desenvolvido pela

empresa deve apresentar vantagens

econômicas, oferecer benefícios para

a sociedade e primar pela preservação

e sustentabilidade do meio ambiente”,

diz. Por isso, conta com programas de

ecoeficiência em todas as suas unida-

des fabris, o que a colocou entre as 20

empresas brasileiras modelo, sele-

cionadas por dois anos consecutivos

(2007 e 2008) pelo Guia Exame de

Sustentabilidade. Foi eleita em 2008

pela sétima vez seguida como uma das

“150 Melhores Empresas para se Traba-

lhar no Brasil”, em pesquisa realizada

pelas revistas Exame e Você S/A.

[Resinas, números e cri-se] - A Amanco é uma transformadora

de plásticos e desta forma, segundo

Regina Zimmermann, superintendente

de Operações da Amanco Brasil – Re-

gião Sul, utiliza como principais ma-

térias-primas: o policloreto de vinila

(PVC), o polipropileno (PP) e o

polietileno (PE) e fabrica tubos e co-

nexões para os segmentos predial e

infraestrutura.

Quanto à produção e faturamen-

to/crescimento, o presidente Marcos

Bicudo não faz segredo. “No ano pas-

sado a Amanco comercializou 103 mil

toneladas de tubos e conexões, um

crescimento de 28% em comparação a

2007 e o correspondente a 82% da

capacidade instalada, que em 2008 foi

de 126 mil toneladas”, responde com

orgulho. Em 2008 a companhia obte-

ve um crescimento de cerca de 34%

nas vendas em geral em relação a 2007

(o faturamento bruto foi de US$ 442

milhões, e o de 2007, US$ 330 mi-

lhões), completa o presidente.

Sem dúvida, a crise financeira

ocorrida no último trimestre abalou

muitas empresas, mas a Amanco con-

seguiu superar as incertezas garante

o presidente Marcos Bicudo. “Não

acreditamos que a crise afete signi-

ficativamente a construção civil,

pois se trata de uma crise oriunda

da economia americana, de liquidez,

de fluxo de crédito. Estamos con-

victos de que o setor vai continuar

crescendo, pois seus fundamentos

transcendem essa crise”, revela.

Ele sustenta que três fatores com-

provam isso: “as operações de crédito

imobiliário, que hoje equivalem a ape-

nas 3% do PIB e têm potencial para

chegar a 15% em 10 anos; os investi-

mentos do PAC que o governo já

anunciou que serão mantidos, que

visam reduzir as deficiências em

infra-estrutura e saneamento; e o

enorme déficit habitacional do país,

que hoje é de 8 milhões de residên-

cias”, recorda Bicudo.

[Planos e perfil] – Quan-

to ao futuro e o crescimento, ele diz

que a Amanco mantém seus planos

de investimentos e continuará com

suas ações de responsabilidade

socioambiental, que agregam valor

à marca. “A companhia vai investir

R$ 111 milhões em 2009, sendo R$

51 milhões na expansão da produ-

ção das fábricas e R$ 60 milhões em

ações de marketing e inovação, o

que inclui o desenvolvimento de

novos produtos, comunicação da

marca na mídia e nos pontos de ven-

da do varejo da construção e capa-

citação profissional. A empresa tam-

bém deve fazer novas contratações

para atender às necessidades.

O perfil da Amanco é destacado

por Regina Zimmermann da forma sin-

tética: são 1.600 funcionários distri-

buídos em cinco unidades: uma em

Suape (PE), uma em Sumaré (SP) e duas

em Joinville (SC), e Tinabras em

Aparecida de Goiânia (GO). Elas ocu-

pam uma área construída de 84 mil m²,

360 mil m² de pátios e arruamento em

terrenos que totalizam 667 mil m2.

Tigre registra em 2008 omelhor ano de sua história

Crescer e manter-se no topo tor-

Tubos da Amanco produzidos e estocados na Unidade de Sumaré (SP)

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nou-se característica da Tigre, com

sede em Joinville (SC). Líder do merca-

do brasileiro de tubos conexões e aces-

sórios, o Grupo aumentou sua capaci-

dade de produção em cerca de 30%,

com a ampliação e inauguração de no-

vas fábricas, no Brasil e no Exterior. A

multinacional brasileira consolidou sua

presença na América Latina, com a aqui-

sição de uma empresa no Peru e a cons-

trução de duas novas unidades no ex-

terior (Equador e Colômbia). A estraté-

gia para ser grande continua.

Foram investidos R$ 150 milhões

em desenvolvimento de novos produ-

tos, aumento de capacidade e atuali-

zação tecnológica. Também no ano

passado, a Tigre lançou uma nova mar-

ca, a Plena, de acessórios para a cons-

trução civil, com fábrica localizada es-

trategicamente em Pouso Alegre (MG),

gerando cerca de 350 empregos dire-

tos. A expectativa de faturamento desta

fábrica é de R$ 85 milhões em 2009.

O faturamento da Tigre em 2008

foi de R$ 2,3 bilhões, um crescimento

de cerca de 20% em relação a 2007 –

o balanço definitivo ainda não foi re-

velado. As fábricas brasileiras continu-

Sede da Tigre em Joinville (SC): uma gigante no segmento de tubos e conexões

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am sendo o carro-chefe. Já as unida-

des no exterior representam 35% do

volume total. As unidades externas mais

representativas são as do Chile e Ar-

gentina, países onde a Tigre também é

líder no segmento de tubos e cone-

xões, como ocorre no Brasil.

A empresa conta com 5.400 fun-

cionários, sendo 4.200 nas unidades

fabris em Joinville (SC), Rio Claro (SP),

Camaçari (BA), Indaiatuba (SP), Cas-

tro (PR) e Pouso Alegre (MG) e 1.200

nas unidades do exterior. Está presen-

te em cerca de 40 países e tem unida-

des externas na Argentina, Bolívia,

Chile, Paraguai, Uruguai, Equador, Es-

tados Unidos, Peru e Colômbia.

[Perspectivas para o anode 2009] - Em 2009, o Grupo Ti-

gre programa investimentos de cer-

ca de R$ 100 milhões no desenvol-

vimento de novos produtos e ino-

vações nos processos e nas soluções

para as linhas predial, infraestrutura

e irrigação. Os investimentos não

contemplam possíveis aquisições.

Porém, para o mercado interna-

cional, a empresa tem como priorida-

de aumentar a sua participação na Co-

lômbia através de nova planta ou aqui-

sição e entrar nos mercados do México

e da América Central através de aquisi-

ções. “Também no Brasil, com a ma-

nutenção de crédito imobiliário, a ex-

pansão da habitação popular e da

infraestrutura e ainda com a possível

redução das taxas de juros, também

esperamos crescer”, ressalta o vice-pre-

sidente da Tigre, Evaldo Dreher, afir-

mando que as expectativas para o se-

tor de construção civil são positivas.

Neste ano, a companhia inau-

gura uma nova fábrica no Brasil, em

Pernambuco, e duas fábricas no ex-

terior: uma no Uruguai, em Mon-

tevideo, e outra na Argentina, na

região do Chaco, na cidade de Resis-

tência. A expectativa da Tigre é cres-

cer 6% em 2009.

Víqua: fortalecer o clusterOutra empresa representativa e

também com sede em Joinville, a Víqua

já visualiza o crescimento com uma

estratégia diferente, não sendo susten-

tada apenas no esforço próprio, segun-

do o diretor Daniel Alberto Cardozo

Júnior. “Esta é uma ação que deve ser

feita em conjunto entre a iniciativa

privada e os governos. Em Santa

Catarina, e especificamente em

Joinville, já temos um forte cluster do

setor de plástico, porém, existem ações

que poderiam ser realizadas que torna-

riam este cluster mais forte e, por con-

seqüência, mais competitivo”, afirma.

Cardozo revela o processo: “O pri-

meiro passo para apoiar o desenvolvi-

mento do setor de plástico em SC é a

realização de um diagnóstico setorial

para conhecer as deficiências e neces-

sidades do setor. A percepção que te-

mos na Víqua é que é essencial o in-

vestimento para a qualificação da mão-

de-obra e maiores incentivos para a

instalação de fornecedores e indústri-

as na região”, explica o empresário,

acrescentando que a Víqua utiliza PVC,

PP e ABS como matérias-primas bási-

cas. Por razões estratégicas a empresa

não divulga informação sobre produ-

ção e faturamento, mas tem área de 10

mil m² e 280 empregados.

Quanto à crise do final de 2008,

Cardozo afirma que até setembro a em-

presa teve um ano muito bom, atin-

gindo os seus índices de crescimento.

“O último trimestre do ano foi ruim,

mas estamos otimistas em relação ao

futuro. Tanto é assim que mantemos

nossas projeções de crescimento e em

2010 planejamos expansão de nosso

parque fabril. Manteremos o parque em

Joinville, no mesmo local, às margens

da rodovia BR-101, porém a área

construída de 10 mil metros quadra-

dos será ampliada”, revela.

Viqua: Daniel Cardozo Júnior, diretor, e uma visão panorâmica da fábrica

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Canguru supera a criseO alto conceito que desfruta no

setor de embalagens destaca a Can-

guru, que tem duas unidades em San-

ta Catarina (Criciúma e Chapecó) e ou-

tra no Rio Grande do Sul (Pelotas).

Atuando no segmento de sacolas plás-

ticas, filmes plásticos, laminados ou

não, para embalagens de salgadinhos,

leite, cereais, produtos de panifício,

erva mate, massas e produtos alimen-

tícios diversos, filmes plásticos para

embalagens de papel higiênico e pro-

dutos de higiene, sacos e folhas para

embalagens de pães, aves e suínos.

Sacos plásticos para embalagens de

fraldas e absorventes, tem planos para

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crescer. E qual a estratégia? “Adequa-

ção do parque fabril às necessidades

do mercado de embalagens”, ressalta

o gerente comercial Sílvio Reolon.

A Canguru utiliza vários tipos

de matérias-primas, como commo-

ditties e outras resinas: PE, PP,

BOPP, PET. Quanto à produção e de-

sempenho, Reolon destaca que em

2008 foram produzidos entre 1.600

as 2.000 toneladas de produtos. “E

o crescimento em volume foi de

14%”, revela.

[Crédito caro] – Como em-

presa sólida, a Canguru soube se “es-

quivar” da crise e a única desvanta-

gem citada em 2008 foi em relação ao

custo do dinheiro, diz o executivo.

“O problema foi somente no final do

ano, quando o custo do dinheiro fi-

cou muito elevado e o crédito dimi-

nuiu, reduzindo o fluxo de caixa da

empresa”, lembra.

A Canguru Indústria e Comércio

de Produtos Plásticos é formada por

três unidades de flexíveis e expandiu

sua área de atuação para outro esta-

do. O Grupo tem a fábrica de Chapecó,

com 210 funcionários, a principal em

Criciúma, com 630 empregados – e a

ramificação gaúcha em Pelotas, com

160 postos de trabalho. A empresa tem

21 impressoras, 12 extrusoras e várias

máquinas para acabamento.

Prof. Dr. Sandro Murilo Santos(*)

A evolução e a versatilidade do

plástico, sua onipresença e importân-

cia na vida da sociedade moderna cri-

am ilimitadas possibilidades de aplica-

ção. Segundo Palova Santos Balzer do

Instituto Superior Tupy/Sociesc, o se-

tor de plásticos ampliará de forma sig-

nificativa a sua aplicação, tanto em pro-

dutos que requerem qualidade, como em

substituição a peças metálicas, em pro-

cessos tecnológicos e enxutos para os

três setores da área de materiais plásti-

cos. Além disso, vem superando as res-

trições ecológicas e revertendo críticas

de vários setores através de métodos

ecologicamente corretos.

Essa versatilidade do plástico con-

tribuiu para o número crescente de

empresas do setor de transformação de

Evolução e Versatilidadena Transformação deMateriais Plásticos

materiais plásticos

na região norte do

estado de Santa

Catarina, principalmen-

te em Joinville, ocasionan-

do carência de mão-de-obra

especializada nesta área. Num cenário,

cuja indústria brasileira de transforma-

ção de material plástico possui 11 mil

empresas (dados da Abiplast/2008) e

gera, aproximadamente, 260 mil empre-

gos diretos, Santa Catarina vem se con-

figurando nas últimas décadas como um

dos principais eixos industriais neste

segmento no país. Foi assim, que a

Sociesc, sempre aberta para responder

às exigências da sociedade, criou em

1989 o curso Técnico em Plásticos. E,

na busca pela qualificação pessoal e pro-

fissional permanente dos nossos aca-

dêmicos, por meio do ensino, pesquisa

e extensão, em 2005 através do Insti-

tuto Superior Tupy criamos o curso de

Engenharia de Plásticos.

Além disso, possibilitamos aos ci-

dadãos cursos em nível de especializa-

ção, como por exemplo, o de Desenvol-

vimento e Processamento de Produtos

Plásticos e o mestrado em Engenharia

Mecânica, com linha de pesquisa na área

de materiais plásticos e projetos de

moldes e matrizes. Nessa tríade: ensino,

pesquisa e extensão, a Sociesc fortale-

ce constantemente vínculos estratégi-

cos, com empresas parceiras nacionais

e internacionais, com pesquisadores no

mundo, profissionais ligados à área de

transformação de plásticos com pesquisa

aplicada e Congressos, como o Cintec,

além dos cursos de extensão focados

em segmentos especiais.

Portanto, em consonância com a

natureza da missão institucional, sobre-

tudo no que se refere ao compromisso

de contribuir para o desenvolvimento

de sua região, a Sociesc produz e aplica

os conhecimentos científicos que res-

pondam às demandas da sociedade,

contribuindo para consolidar a região

sul, destaque nacional na transforma-

ção de materiais plásticos.

(*) Prof. Dr. Sandro Murilo Santosé Diretor Geral da Sociesc

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Alcantaro Corrêa(*)

O pujante setor plástico de Santa

Catarina é referência nacional e desta-

ca-se em diversos segmentos, como a

produção de tubos e conexões de PVC,

descartáveis plásticos ? como copos e

pratos ?, embalagens, utilidades domés-

ticas, cordas e fios de PET reciclado e

produtos de EPS (isopor). Neste último

segmento, inclusive, ocupa a liderança

no mercado latino-americano. São 31

mil trabalhadores empregados, em mais

de 800 estabelecimentos em dados de

2008. Se considerarmos o valor da trans-

formação industrial, as indústrias

catarinenses respondem por 9,5% do

total nacional do setor plástico e por

4,7% do total da indústria catarinense.

O setor plástico e o associativismoUm setor com tamanha importân-

cia e com empresas que são donas de

marcas que já conquistaram importan-

tes espaços no mercado internacional

precisa de uma representação forte.

Nesse sentido, a contribuição dos di-

versos sindicatos da indústria de mate-

rial plástico no Estado de Santa Catarina

é indiscutível.

As entidades dão voz às preocu-

pações das empresas que representam

e atuam com firmeza na defesa dos

interesses de suas afiliadas. Em

sintonia com a Federação das Indús-

trias e com a Confederação Nacional

da Indústria, trabalham para criar um

ambiente favorável aos negócios e ao

desenvolvimento do setor. Além dis-

so, estimula a atualização tecnológi-

ca da indústria, presta uma série de

serviços e leva informações estratégi-

cas aos associados, auxiliando as em-

presas de transformação do plástico a

tomarem as melhores decisões.

Por meio do associativismo, as

indústrias têm muito mais força e am-

pliam a sua representatividade. Mais do

que isso, percebem oportunidades de

cooperação, que resultam em ganhos

para todo o setor. e, por conseqüência,

para toda a sociedade. Os sindicatos e

outras entidades setoriais acreditam

nisso e, desde o início da década de

1970, ajudam a fortalecer o associa-

tivismo em Santa Catarina.

(*) Alcantaro Corrêa épresidente do Sistema FIESC

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///Brasilplast 2009

Enfim, superadoo grande desafioBrasilplast 2009 indica retomada do setor e supera a expectativa dos expositores e visitantes.

la foi vencida. A temida crise

passou longe do Pavilhão de

Exposições Anhembi, em São

Paulo, durante a 12ª edição da

Brasilplast. O evento, que ocorreu de

04 a 08 de maio, contou com a par-

ticipação de um público altamente

qualificado e gerou negócios ime-

diatos. Além disso, foi um marco

divisor do cenário do setor de má-

quinas, equipamentos, produtos e

serviços da cadeia produtiva do plás-

tico. “Durante a Feira constatamos

a confiança de todo o setor na evo-

lução desta cadeia produtiva, dadas

a quantidade e qualidade dos negó-

cios realizados, de acordo com os

relatos que recebemos dos exposi-

tores”, afirma Evaristo Nascimento,

Diretor de Feiras da Reed Exhibi-

tions Alcantara Machado.

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Um indicador desses negócios

pode ser verificado nas Rodadas In-

ternacionais, realizadas durante o

evento, que envolveram 10 compra-

dores internacionais (importadores,

distribuidores e representantes) de 10

diferentes países (África do Sul, Ar-

gentina, Chile, Costa Rica, Eslovênia,

Espanha, Honduras, Paraguai, Polônia

e Turquia) e 20 empresas brasileiras

da indústria de máquinas e acessórios

para a indústria do plástico. Foram

realizados 84 contatos e a expectati-

va de negócios para os próximos 12

meses supera US$ 12 milhões. Essa

quantia é quase 3 (três) vezes superi-

or aos resultados obtidos na edição

da Feira em 2007.

A Brasilplast recebeu 1302 ex-

positores e marcas nacionais e inter-

nacionais, dois terços dos quais do

setor de máquinas e equipamentos. O

público visitante alcançou 63.168 vi-

sitantes/compradores nacionais e

1.336 internacionais de 62 países.

Organizada pela Reed Exhibitions

Alcantara Machado, a feira, a princi-

pal da América Latina e uma das cin-

co maiores do mundo, tem o apoio

da ABIPLAST (Associação Brasileira da

Indústria do Plástico), ABIMAQ (As-

sociação Brasileira da Indústria de

Máquinas e Equipamentos), SIRESP

(Sindicato da Indústria de Resinas Sin-

téticas) e ABIQUIM (Associação Bra-

sileira da Indústria Química).

Ao longo da Brasilplast , os visi-

tantes puderam acompanhar o ciclo

completo da indústria do plástico,

percorrendo os estandes desde a ma-

téria-prima, até máquinas de grande

porte, que permitem a produção

compactada, passando por diversos

processos de produção e chegando ao

produto final, embalagens custo-

mizadas e ergonômicas. No campo dos

produtos, foram apresentadas diver-

sas inovações para aplicações cada vez

mais diversificadas do plástico: na fa-

bricação de automóveis, de eletro-ele-

trônicos, produtos da área de saúde/

hospitalar, na construção civil e em

uma infinidade de outros produtos que

estão na vida de todas as pessoas.

Missão Simplás é destaqueCerca de 90 empresários do nor-

deste gaúcho compareceram na

Brasiplast 2009. Além da participa-

ção da comitiva, o estande da feira

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Plastech Brasil recebeu dia 07 de

maio, a presença do Secretário Mu-

nicipal do Desenvolvimento Econô-

mico, Guilherme Sebhen, que acom-

panhou a missão, organizada pelo

Simplás - Sindicato das Indústrias de

Material Plástico do Nordeste Gaúcho.

Na oportunidade, o Secretário pode

conhecer cerca de 1.200 novidades

que tem como forte apelo na econo-

mia de energia e ganhos de produti-

vidade nas linhas de produção da

indústria do setor e inovações vol-

tadas à sustentabilidade. Sobre a

Brasilplast, Guilherme comentou: “A

feira é muito boa. O setor plástico é

um setor de grande desenvolvimento

tecnológico e dinâmico, além disso,

esta é uma grande oportunidade de

mostrar o plástico como solução e não

como vilão do meio-ambiente”.

Sinplast lançaprograma sustentável

Foi durante a Brasilplast que o

Sindicato das Indústrias de Material

Plástico no Estado do Rio Grande do

Sul (Sinplast/RS) lançou o seu Pro-

grama de Consciência Ecológica e

Sustentabilidade do Setor de Plásti-

cos – SUSTENPLÁST/RS – Plástico com

Inteligência. Na ocasião, o Presiden-

te da entidade, Alfredo Felipe Schmitt

explicou os principais objetivos da

ação. Ele espera uma mudança da per-

cepção que a mídia e a sociedade têm

do plástico; um forte sentido pró-ati-

vidade dos agentes envolvidos no pro-

cesso; uma nova postura cultural quan-

to ao adequado descarte de produtos

de plástico, além da valorização de

toda a cadeia produtiva do plástico.

“Os artefatos de plástico não têm per-

nas, não tem asas e não tem nadadei-

ras. Portanto, se eles são jogados ou

estão em lugares inadequados, isso se

deve ao seu descarte incorreto”, res-

Orlando Marin, Guilherme Sebhen e Luiz Triches no estande da Plastech Brasil

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Empresários do Simpep foram ao evento em busca de tecnologias e conhecimento

Lançamento do Sustenplástatraiu personalidades do setor

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salta Schmitt. O dirigente acredita que

a cadeia plástica tem tido nos últi-

mos anos uma postura de defesa do

setor, mas explica que deve-se lutar

ainda mais e mostrar que o segmento

tem muito mais soluções do que pro-

blemas a oferecer à sociedade.

SIMPEP representou o ParanáCom o objetivo de buscar novas

tecnologias e conhecimento, o SIMPEP

– Sindicato da Indústria de Material

Plástico no Estado do Paraná mon-

tou uma caravana para levar seus as-

sociados na Brasilplast. Com a inici-

ativa de organizar esta viagem, o

SIMPEP proporcionou aos empresári-

os a oportunidade de conhecerem as

últimas tendências do setor plástico,

além de incentivar uma interatividade

entre os participantes. “Foi uma forma

de trocarmos experiência e contribuir-

Pavilhão italiano ficou movimentado durante os cinco dias de feira

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PS mos para a união da classe”, relata Dir-

ceu Galléas, presidente do SIMPEP.

Segundo o presidente, nos mo-

mentos de crise é preciso que haja uma

visão inovadora para superar os pro-

blemas e, a busca pela qualidade é fun-

damental para se manter em um mer-

cado cada vez mais competitivo.

Itália reforça presença no BrasilNuma iniciativa do Instituto Ita-

liano para o Comércio Exterior e a As-

sociação Italiana dos Construtores de

Máquinas para a Indústria do Plástico

(Assocomaplast), 31 empresas parti-

ciparam do Pavilhão Italiano na

Brasilplast 2009. A relação Brasil e Itá-

lia no setor cresce a cada ano, repre-

sentando cada vez mais uma saída

prioritária para fabricantes italianos

de máquinas para materiais plásticos

e de borracha. A tendência no forne-

cimento de tecnologia italiana a

transformadores brasileiros apresen-

tou, nos últimos anos, um salto sig-

nificativo em 2008 com relação a

2007, o que colocou o país no “top

ten” dos mercados de destino das ex-

portações do setor.

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Negócios fechados,expositores satisfeitos

ntes da feira havia um bom

número de expositores rece-

osos do sucesso desta edição,

pois o mercado foi surpreendido pela

crise financeira internacional, que pro-

vocou reflexos em vários setores. No

entanto, apesar de uma relativa dimi-

nuição no número de visitantes, prin-

cipalmente nos primeiros dias, o ba-

lanço da 12ª Brasilplast fechou de for-

ma positiva. Confira opinião de alguns

expositores.

Altmann“Apesar da crise financeira mun-

dial a feira estava bem freqüentada.

Embora a maioria das empresas mos-

trassem seus produtos plásticos ou

maquinarias, nós estávamos exibindo

instrumentos para controle de quali-

dade e pesquisas na área de plásticos e

polímeros, como colorímetros,

granulometros, câmaras de testes de

envelhecimento acelerado e outros.

Portanto as visitas ao nosso estande

tinham um movimento bem menor, mas

o mais importante é que as pessoas que

nos visitavam eram realmente interes-

sadas, ou seja, devemos ter bons re-

sultados gerados a partir desta

Brasilplast”. Tomas G. Altmann, diretor

BASF“Positiva e surpreendente. Ape-

nas duas palavras, mas que resumem a

forma como o nosso time de executi-

vos resume a edição 2009 da

Brasilplast. Recebemos a visita de

players importantes e a Feira aconte-

ceu exatamente no momento de reto-

mada dos negócios, numa feliz coinci-

dência. Se em outros anos a roda da

economia já estava em movimento e a

feira servia para consolidar negócios,

nessa edição foi diferente, a engrena-

gem foi acionada a partir da Feira” -

Andreas Fleischhauer, diretor .

Braskem“Durante os cinco dias da feira

toda a diretoria da Braskem, incluindo

o presidente, despachou de dentro da

Feira. A empresa apresentou em gran-

de estilo no evento o plástico verde

(polietileno) - a partir do eteno deri-

vado do etanol da cana-de-açúcar, uma

produção de 200 mil toneladas/ano,

prevista para 2011. Otimizamos a agen-

da de reuniões e registramos a subs-

tancial presença de visitantes de ou-

tros países. Saímos da feira animados,

com expectativa muito positiva” - Frank

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Alcântara, diretor de Marketing

Institucional.

Mainard“Nós estávamos com um cená-

rio duvidoso antes da feira. Houve

uma diminuição do número de visi-

tantes, que não prejudicou em nada

os resultados. Quem decide veio e os

negócios aconteceram. O balanço é

positivo”. Amilton Mainard, diretor

Deb’Maq“Participamos da Brasilplast com

um estande três vezes maior, trouxemos

máquinas de grande porte, com tec-

nologia moderna, que é uma 1.200

toneladas de duas placas de sistema,

de travamento hidráulico mecânico, um

molde grande para poder exibir na

máquina, uma unidade de máquina

dedicada a PVC rígido e outra da linha

normal de plástico da Platinum Plus. A

feira em si... nós há um mês e pouco,

achávamos que o mercado tinha retra-

ído muito. Para nossa surpresa, nas

últimas três semanas o mercado reto-

mou muitos projetos que estavam pa-

rados e deu uma aquecida , teve rea-

ção e na feira possibilitou negócios”.

Activas destacamodelo “portas abertas”

Em sua décima participação, a

Activas distribuição de Resinas Termo-

plásticas esteve presente na última

Brasilplast com o maior stand do setor,

com 350m², mais de 5 mil visitantes,

30 colaboradores efetivos diariamen-

te, que deram sustentação ao atendi-

mento dos clientes vindos do Brasil e

de todo o Exterior como: Argentina,

Chile, Uruguai, Colômbia, México, Eu-

ropeus e Asiáticos. O conceito de fei-

ras, desenvolvido pelo Diretor Laercio

Gonçalves e pelo Gestor Comercial Paulo

Martins não só para a Brasilplast, como

para as próximas participações na

Plastech em Caxias do Sul - RS e na

Embala Nordeste em Olinda - PE, pas-

saram por um reposicionamento estra-

tégico, desde agosto de 2008.

Consistem em um modelo “por-

tas abertas”, que aliam uma prática

recorrente na Activas, de atendimen-

to aos clientes e prospecções de mer-

cados a partir do lançamento de no-

vos produtos e aplicações. Foram de-

senvolvidas ainda ações com as em-

presas representantes e uma partici-

pação inovadora como cooperadas,

que otimizaram os investimentos de

todos, como a criação de comunica-

ção dirigida e objetiva das resinas

Equipe da Região Sul, com o diretor Laércio Gonçalves durante a Brasilplast

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PSdistribuídas, processos e transforma-

ções com os segmentos atendidos.

Outros facilitadores como a

aceitação do cartão BNDES (Banco

Nacional de Desenvolvimento Econô-

mico e Social) com parcelamento em

até 36 vezes com juros próximo de

1% ao mês, intensificaram relaciona-

mentos e criaram alternativas duran-

te o evento. Na Brasilplast e pós-fei-

ra, está sendo distribuída a mais atual

tabela de contratipos, com centenas

de tipos e aplicações com destaque

para Quattor com a família Luzz.

Entre as Resinas de Especialida-

des, em nova Gestão de Marcos Gon-

çalves, aportaram na Activas três no-

vas bandeiras com produtos que am-

pliaram as opções do portfólio: Cabot;

Negro de fumo para plásticos e com-

postos com propriedades que lideram

o setor para cabos de energia,

semicondutores, dissipação e condu-

tividade eletrostática, fibras, sintéti-

cos, filmes, moldagens e extrusão com

proteção UV. A IRPC e a Formosa

Plastics Corporation completam as no-

vidades com uma linha de pré-

marketing, de ABS (coloridos) e Poli-

acetais (POM), respectivamente.Plá

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Venceslau Salmeron, diretor comercial.

Grupo Furnax“É importante participar da

Brasilplast porque a cada edição dá uma

idéia para o público de interesse de

como está a empresa, aumenta a visi-

bilidade e a confiabilidade do parcei-

ro comercial. É também uma grande

oportunidade para os negócios, pois

os compradores podem obter vanta-

gens de preços pela presença de vários

concorrentes”- Roberto Guarnieri, geren-

te comercial.

Grupo NZNZ Cooperpolymer e NZ Phil-

polymer - “Foi nosso primeiro ano atu-

ando no evento como Exportador, onde

tivemos ótimos e volumosos contatos,

clientes que se interessaram bastante

pelas resinas termoplásticas comer-

cializadas pela NZ Cooper e também

grande visitação e interesse na linha

de equipamentos para reciclagem,

comercializada pela NZ Phil. Devido ao

elevado volume de atendimento e de

negócios, já renovamos o contrato

entendendo ser um evento lucrativo,

e de expansão da marca de nosso Gru-

po NZ.Sobre negócios, fechamos mui-

tos durante o evento, e os demais

estamos atendendo no pós feiras, com

visitas, reuniões e até mesmo projetos

de viabilidade, trazendo assim maior

confiabilidade com nosso clientes.

Sobre as empresas, tivemos crescimen-

to acentuado nos últimos anos, vi-

sando expansão da marca, participa-

mos de diversas feiras do segmento

ao longo do ano. Ainda este ano de

2009 participaremos de Plastech,

Tecnoplast, Fispal, Fipan, Exposucata,

entre outras” - Thiago Zaude, gerente

comercial e responsável pelo setor de

importação e exportação.

Himaco“Recebemos a visita de muitas

empresas, boa parte de São Paulo e

do interior, o que foi muito bom

para nós que somos do Sul. Apre-

sentamos dois novos lançamentos e

temos a expectativa de realizar a

venda de 50 máquinas” - Cristian

Heinen, gerente comercial.

ItatexA Itatex Especialidades Minerais

lançou a família ITAGEL. A empresa é a

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primeira no Brasil da dominar a tecno-

logia de fabricação das organo-argi-

las, conhecidas também como

bentonitas organifílicas, que são vol-

tadas às poliolefinas para a fabricação

de nanocompósitos poliméricos. A fa-

mília ITAGEL está disponível nas ver-

sões: ITAGEL 2007, ITAGEL 2008 E

ITAGEL 2009. Ela é composta de pro-

dutos inovadores com uma nova con-

cepção: as montmorilonitas intercala-

das com diferentes sais de amônio

quaternário.

ROR - Rodofeli Máquinas“Os nossos negócios ocorrem ge-

ralmente após a feira. Nesta Brasilplast,

ainda durante o evento tivemos 50

cotações solicitadas de compradores do

Brasil, a maioria bastante interessada.

Participamos da feira desde 1997 por-

que consideramos ser a melhor do se-

tor” - Eldon Jungbeck, sócio-gerente.

Pavan Zanetti“A Brasilplast é a feira mais im-

portante de todas que participamos.

Neste ano, dou nota 10 à feira. Rece-

bemos a visita de diversos clientes atu-

ais e potenciais. Fechamos alguns ne-

gócios, mas os nossos visitantes ficam

sempre impressionados com as máqui-

nas em nosso estande”. Paulo Sergio de

Souza, executivo de vendas.

Polimáquinas“Conseguimos realizar negócios

de fato, inclusive com representantes

de países da América Latina. O com-

prador veio para fechar negócios, in-

teressados em produzir sacolas plásti-

cas e embalagens em geral. A Brasilplast

é para nós o carro-chefe porque tem

foco no nosso negócio, é uma feira mais

profissional e o principal é que não

acaba aqui: o pós-feira é sempre muito

produtivo para novos negócios” - Clo-

vis Barbosa, gerente comercial.

Qualiterme“Foi ótimo o balanço. Tivemos

muitos contatos com empresas que já

possuem equipamentos e que não te-

mos um contato direto no dia a dia, e

as que têm intenções de adquirir e

sentimos um grande interesse em no-

vos investimentos. Também aumenta-

mos em muito os contatos para futu-

ros negócios ao qual estão em projeto.

A Qualiterme foi a feira com uma preo-

cupação em especial: fazer um equipa-

mento que tivesse um custo baixo de

investimento a nossos clientes, pois

Masterplastic faz carrinhode plástico para súper

Uma das atrações na Brasilplast

foi um carrinho para supermercado fa-

bricado em plástico, seguindo uma

tendência de substituição de materi-

ais em vários segmentos. Venceslau

Salmeron, diretor da Masterplastic re-

vela detalhes do projeto Master 150 e

Master 210, denominação de cada

modelo conforme a capacidade em li-

tro/kg. “A Deb’Maq, continuando o

planejamento de expansão, investiu

em uma fábrica que é um show room

para a empresa em termos de máqui-

nas injetoras, e ao mesmo tempo in-

vestiu na fabricação de um carrinho

de súper fabricado em nylon, com fi-

bra de vidro e elastômeros, plástico

de engenharia importado, fornecido

pela Lanxess, que é um renomado fa-

bricante de material, inclusive para

montadoras de automóveis”, informa.

Segundo Salmeron, a Master-

plastic está introduzindo este produ-

to no mercado e já está em operação

em 70 supermercados e lojas, princi-

palmente no Sul do Brasil, no Rio Grande

do Sul e Santa Catarina. “Agora, dando

sequência de divulgação, também pro-

gramamos a participação em um

estande na feira da APAS, a Associação

Paulista de Supermercados”. O execu-

tivo diz que vencer o preconceito quan-

to aos usuários que duvidam da resis-

tência, é uma questão de cultura. “É

difícil, mas vamos mudando aos pou-

cos”. Salmeron informa que o projeto

já existe na Europa e está confirmado

que resiste ao peso, tem uma durabili-

dade de 10 anos, maior do que o

aramado, é resistente à intempérie, não

enferruja, tem manutenção baixa, fácil

de higienizar e totalmente reciclável,

ecologicamente correto”, destaca o

executivo. “A ponto de nós, da

Masterplastic, podermos aceitá-lo de

volta quando da renovação da frota. E

pagamos por ele uma porcentagem em

relação aos novos”, explica

“É um produto inovador, e eu

acredito que isso vai ser o futuro do

supermercado” projeta Salmeron.

Carrinho de plástico para

supermercado foi destaque na feira

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foi elaborado uma planilha especial de

custos à qual chamamos de anti-cri-

se.”. Neimar Holz, diretor.

Rone Moinhos“A Brasilplast superou nossas ex-

pectativas, pensávamos que encon-

traríamos um público preocupado

com a crise mundial, mas o resultado

foi exatamente o inverso. Clientes do

Brasil e da América do Sul estavam

animados e em fase de investimen-

tos. Muitos negócios foram gerados

na feira, referente a ampliações de

empresas, aumentos de produção e

empresas novas.

Muitas expectativas de novos

negócios também foram geradas, com

previsão de curto e médio prazo, em

projetos que bastam pequenos acer-

tos técnicos ou comerciais para que

a venda se conclua. Com a feira, per-

cebemos que a crise, se atingiu o mer-

cado de plásticos, já passou!”,

Ronaldo Cerri, diretor.

Rulli Standard“A Brasilplast superou muito as

nossas expectativas com cerca de 300

consultas, que poderão resultar em

muitos negócios futuros” - Luis Carlos

Rulli, gerente comercial.

Sandretto“Fechamos muitos negócios nes-

ta edição da Brasilplast. Até o final

de maio certamente teremos um ba-

lanço completo” - Antonio Lopes, ge-

rente comercial.

Sew Eurodrive“A principal novidade apresenta-

da durante a feira foi o redutor

Compact MC para extrusoras. Além des-

se lançamento os visitantes puderam

conferir a linha de motoredutores e a

linha de eletrônicos. Estes equipamen-

tos têm diversas utilizações no setor

como em extrusoras, bobinadoras, ma-

quinas de embalagens, etc”. SEW – Co-

municação/MKT

Luis Carlos Rulli: satisfação plena com os resultados de sua participação

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Super Finishing“A Brasilplast é uma das melhores

feiras das quais nós participamos, ex-

tremamente técnica e longe dos estu-

dantes e dos catadores de catálogos.

A feira ajuda a mostrar a qualidade do

produto, seus benefícios e suas apli-

cações. Quem assina o cheque veio nos

visitar, os proprietários das empresas

clientes nos visitaram pessoalmente,

interessados em selecionar fornecedo-

res. Tivemos mais de 500 visitas de

novos clientes, além daqueles que já

fazem parte de nossa carteira” - Alberto

Silva, diretor comercial.

Villares MetalsA Villares Metals, fabricante de

aços longos especiais de alta liga e

pprodutora brasileira de aços utiliza-

dos de moldes para plásticos acaba

de lançar o VP100, um aço desenvol-

vido com elementos microligantes,

como TiTi e V, que pode ser endureci-

do em condições de resfriamentos di-

ferentes da têmpera tradicional. O

novo aço, após resfriamento, tem du-

reza homogênea da superfície para o

núcleo do bloco. Este aspecto é mui-

to superior aos aços tradicionais, que

por possuírem maior teor de elemen-

tos de liga são mais adequados ao tra-

tamento de têmpera convencional. O

processo de tratamento térmico do

VP100 é diferenciado pois contribui

para a sustentabilidade, com menor

emissão de CO2.O aço garante resul-

tados homogêneos em blocos de até

400x 1200mm2 de secção, e, por não

empregar altas taxas de resfriamento,

registra também uma considerável re-

dução das tensões residuais. “Estamos

satisfeitos em poder apresentar um

novo produto para a indústria e

processamento de plásticos, pois é

uma solução de alta tecnologia, com

menor quantidade de elementos de

liga, vida útil muito elevada e melhor

relação custo-benefício para os cli-

entes, e que atende à crescente ne-

cessidade de competitividade das

empresas”, diz Paulo Sérgio Perez,

gerente do Centro de Distribuição e

Serviços da Villares Metals.

Wittmann do Brasil“A feira superou em muito a mi-

nha expectativa. Estava pessimista e

foi uma grande surpresa pelo que acon-

teceu. Imaginávamos clientes tradi-

cionais e recebemos novos clientes,

que estavam em busca de novas tec-

nologias para sobreviver no mercado.

O cliente não busca tecnologia visan-

do apenas produtividade: num mo-

mento de crise e dificuldade você tem

que achar soluções. A Brasilplast é um

dos principais eventos do setor e tam-

bém um lugar para podermos achar

essas soluções. Fizemos contatos que

geraram projetos que vamos preparar.

Tivemos produtos expostos que foram

vendidos. Os nossos objetivos foram

plenamente alcançados” - Reinaldo

Carmo Milito, diretor.

Wortex lança odesafio Challenger

Anos de experiência e a convic-

ção que é preciso obter o aproveita-

mento total de um material antes de

destiná-lo à reciclagem final, levaram

a Wortex Máquinas, de Campinas (SP)

a lançar na Brasilplast o Desafio

Challenger Wortex. O diretor Paolo de

Filippis, parece estar na contramão

da história quando se diz contra a

badalada reciclagem energética como

solução imediata para o descarte.

“Imaginem que o petróleo levou anos

para ser produzido pela natureza, cri-

amos resinas e máquinas para produ-

zir o plástico e depois de um uso

vamos destruí-lo? É muito mais ren-

tável reaproveitá-lo tantas vezes

quanto for possível antes de destiná-

lo à reciclagem”, sugere.

Assim, a Wortex desafiou seus

clientes a conhecerem a fórmula da

excelência em custo-benefício em

plena feira. “O desafio é todo basea-

do na nova linha Challenger Re-

MegaSteel supera expectativasA MegaSteel, uma empresa de ponta no setor de máquinas e equipamentos para indústrias do plástico, com sede em

Indaiatuba (SP), colheu bons frutos na Brasilplast 2009, segundo o diretor Roberto Aboud. “Tivemos uma grata surpresa

ao termos superadas nossas expectativas tanto na prospecção como vendas efetivas. Além dos diversos contatos com

perspectivas de venda, podemos sentir tanto em nosso mercado como em alguns países na América do Sul e Central, um

potencial de crescimento de demanda interna”, destaca.

Segundo Aboud, um grande fator que pesa no investimento é saber em quanto tempo se dará o retorno deste. “Pois

em nossos equipamentos temos diversas aplicações onde isto é conseguido de maneira clara e inequívoca, tanto por não

termos concorrentes em alguns equipamentos patenteados, como pela eficiência destes e um rápido atendimento de

nossa assistência técnica”, completa.

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cycler”, disse Filippis. A empresa apre-

sentou o modelo Challenger Recycler

WEX 105-38DD com Dupla Degasagem

e Novo Sistema de Alimentação e Cor-

te, com as seguintes características

e inovações:

- Inovador sistema de dupla

degasagem (duplo estágio de

desgaseificação), inédito nas Américas:

permite o processamento de filmes com

maior nível de impressão que a mono

degasagem.

- Novo Sistema de Alimentação

Forçada: assegura capacidade de pro-

dução mais elevada e estavel; capaci-

dade de produção de 380 a 550 kg/h

- Novo Projeto de Corte: Produz

um granulado extremamente uniforme

Maior flexibilidade na escolha do diâ-

metro e comprimento final do grão.

Mecalor: umasérie de novidades

Quem foi ao estande da Mecalor

pôde conferir todos os equipamentos

novos e de última tecnologia da em-

presa. Os tradicionais produtos, já co-

nhecidos do setor, estiveram também

presentes no evento, entretanto, no

estande dos parceiros da empresa.

Confira as principais novidades apre-

sentadas na Brasilplast, segundo o

engenheiro Flávio Pereira:

Termoreguladores reformulados– Mais moderno, esse novo equipamen-

to possui padrões europeus. Além dis-

so, é econômico e facilita a manuten-

ção, além de possuir bombas e proces-

so de tubulação em aço noxidável.

Unidade de ar frio – Focado no

mercado de extrusoras de balão, re-

duz o consumo de energia elétrica

de 10 a 15%. Para extrusoras de fil-

mes técnicos e co-extrusoras de gran-

de produção que exige controle de

temperatura.

Condensação de água ou ar –Chiller e trocador de ar em um só equi-

pamento. Possibilita trabalhar com

controle a ar de 5 a 25 graus. O resul-

tado é bom porque gera aumento de

produção de 15 a 20% ou até mais.

Apesar de ter sido lançado durante o

evento, já havia sido comercializado

antes da feira. O custo é 5% mais bara-

to do que a solução convencional.

Dry Cooler Compact com inova-ções – Fornece água limpa, substitui

torre de resfriamento convencional e

tem circuito fechado. É mais compac-

to que a solução original. Possui gabi-

Solvay destaca desenvolvimento sustentávelA Solvay Indupa participou do evento com o objetivo de apresentar

soluções que privilegiam o trinômio que permeia o conceito de sustentabilidade:

viabilidade econômica, proteção ao meio-ambiente e responsabilidade social.

Um dos destaques do estande de 300m2 foi a maquete do Solar Impulse, proje-

to co – patrocinado pelo Grupo Solvay, que consiste em um avião tripulado

movido unicamente à energia solar. A Aeronave leva vários componentes plás-

ticos em sua composição, demonstrando a versatilidade das matérias-primas

oferecidas pela companhia, além de evidenciar seus princípios de

sustentabilidade e inovação. O estande também marcou a forte presença

institucional da Solvay Indupa junto ao mercado sul-americano de

termoplásticos. Plá

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///Brasilplast 2009

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nete fechado que só incorpora reser-

vatório e bombas de processo. Em aço

noxidável, é vendido em módulos de

40 Quilowatts.

Termo Chiller Duo – O Termo-

chiller (TMC) agrega num único ga-

binete um chiller e dois termo-

Quattor estréia naBrasilplast 2009

A Quattor participou pela 1ª vez

da Brasilplast 2009. A empresa, fun-

dada em junho de 2008, produz quí-

micos básicos e plásticos do tipo

polietileno e polipropileno, ambos

100% recicláveis. “Participar da

Brasilplast é sempre muito importan-

te, mas esta edição é especial, pois

teremos a oportunidade de mostrar aos

nossos clientes, fornecedores e aos

visitantes do evento, todas as solu-

ções e serviços que passamos a ofere-

cer de forma integrada”, afirma Vítor

Mallmann, presidente da Quattor.

Em um estande de 1120 m², a

Quattor expôs vários produtos inova-

dores, como os nanocompósitos de

polipropileno e o Propeno Verde. Du-

rante a feira, a companhia celebrou a

inauguração de sua terceira unidade

de produção de polietilenos, localiza-

da no ABC paulista.

Com esta nova unidade a Quattor

aumentará sua capacidade de produ-

ção de polietileno em 230 mil tone-

ladas/ano no Pólo Petroquímico do

ABC, São Paulo. A empresa é a única

no Brasil que utilizará a tecnologia

Chevron Phillips®, referência mundi-

al em produtos soprados. As novas

resinas produzidas com esta tecno-

logia apresentam melhor balanço de

propriedades em relação as já exis-

tentes no mercado brasileiro.

Já o Propeno Verde é resultado

de um trabalho desenvolvido em par-

ceria com um grupo de pesquisado-

res da Universidade Federal do Rio

de Janeiro (UFRJ). Produzido atra-

vés da glicerina, um subproduto da

produção do biodiesel, o Propeno

Verde servirá de matéria-prima para a

fabricação do Polipropileno Verde -

que tem as mesmas características do

polipropileno derivado da nafta e ao

mesmo tempo suporta o crescimento

da produção de biodiesel. O público

da Brasilplast conheceu também toda

a linha de produtos da Quattor da Fa-

mília Luzz – composta por produtos

que aliam excelente transparência e

brilho. Com estas características, a

Família Luzz permite possibilidades

quase ilimitadas de design e efeitos

com textura e cores.

reguladores com evidentes vantagens

de instalação e operação. Foi desen-

volvido originalmente para

flexográficas para manter o tambor

de impressão a 30ºC e as calandras a

12ºC. Logo foi estendido com suces-

so para outras aplicações de aqueci-

O engenheiro Flávio Pereira, da Mecalor, ao lado do modelo Dry Cooler Compact

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PS mento e resfriamento de processos.

Pode ser fornecido em duas versões

construtivas:

(a) TMC DUPLO: as duas saídas

de água podem ser ajustadas indepen-

dentemente entre 10ºC e 90ºC.

(b) TMC QUENTE/FRIO: uma das

saídas pode ser ajustada entre 10ºC e

90ºC e a outra entre 5ºC e 25ºC. A saí-

da quente deve estar sempre acima da

temperatura da saída de água fria.

By Pass de gás quente – Evita

o número de liga e desliga, aumen-

tando vida útil e consumindo menos

energia.

Durante a feira também foi de-

monstrado um chiller conceito. Trata-

se de um moderno equipamento, feito

com as últimas tecnologias do merca-

do, mas que não está disponível para

comercialização. É um chiller digital

com compressor scroll digital, com in-

versor de frequencia, CLP de última

geração, válvula de expansão eletrôni-

ca e outras inovações.

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Hora deatualizaro parque

O mercado de máquinas para embalagens já se acostumou

com a sazonalidade, convivendo com períodos cíclicos que, em

determinados momentos sinaliza de forma positiva para os

flexíveis, ora, os rígidos ou os soprados. De uma forma geral,

segundo um estudo divulgado pela ReportLinker.com, a demanda

mundial de máquinas para embalagem crescerá 5,2% ao ano até

2012, quando alcançará US$ 39.8 bilhões. Esse avanço nas vendas

dos equipamentos será mais rápido em países desenvolvidos

como Japão, Estados Unidos e Europa Ocidental. Mas em todo o

mundo, e principalmente no Brasil, é hora de atualizar o parque

industrial. E crescer. Em 2012, a Europa Ocidental, o Japão e os

Estados Unidos continuarão sendo responsáveis por mais de 2/3 de

toda a produção de máquinas para embalagem. E as máquinas de

envase e de form/fill/seal continuarão sendo os tipos de

equipamentos mais utilizados, respondendo por um quarto do

mercado total de máquinas para embalagem nesse ano. O mercado

focado em embalagem destinado aos segmentos de cuidados

pessoais e de farmacêuticos continuará a registrar o mais rápido

crescimento. Embora não existam projeções para o Brasil, a

expectativa dos fabricantes de máquinas é positiva, principalmente

para os importados, uma vez que a produção nacional não é

suficiente para atender o mercado em todos os seus segmentos.

Romi amplia atuação comtecnologia DigMotor

A crise é passageira e mesmo que

prejudique algumas ações, é preciso

pensar em como tirar proveito desse

fato e no planejamento para o futuro.

Por isso a Romi, maior fabricante de

injetoras do Brasil, recentemente am-

pliou seu leque de atuação para o seg-

mento de sopro ao adquirir a JAC. Con-

fiando no crescimento do mercado em

geral, mas apostando no agronegócio

e o setor de limpeza, higiene e saúde,

a Romi deu outro passo em janeiro e

incorporou a tecnologia de sopro para

PET da DigMotor.

Segundo o diretor Fábio Seabra,

o processo foi diferente. “Não com-

pramos a fábrica, mas sim toda a parte

de tecnologia, engenharia, processo

da empresa. A DigMotor continuará

a existir porque eles são muito fortes

na fabricação de máquinas sob me-

dida.”, esclarece.

O processo de integração está

em andamento. “Nós compramos toda

a parte de engenharia e tecnologia.

Estamos tendo uma consultoria para

a transição ocorrer da forma mais

tranqüila possível. Mas a Romi vai ser

Romi PET. Serão fabricadas pela

Romi”, explica. Com a fabricação des-

sas máquinas, a Romi complementa a

linha de processamento plástico.

Seabra afirma que esse é um mercado

que ainda tem muito crescimento,

muita migração de aplicações para o

PET e que são feitas em vidro, pape-

lão e lata. “A reciclabilidade do PET

tem aumentado ano a ano, cada vez

mais forte”, acrescenta .

[Feira e financiamento]– A participação na Brasilplast 2009

foi positiva, pois segundo Seabra, a

máquina exposta está bem posicio-Plá

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nada no mercado. “É uma máquina

onde os níveis de descontos que

estamos praticando são bem baixos.

Estamos muito otimistas pois vende-

mos três máquinas de sopro de PET

em um dia. Então foi uma recepção

boa”, acrescenta.

Muitas transações foram facilita-

das por financiamento através do

Finame. “A Romi já oferece nas máqui-

nas injetoras e na linha JAC e agora

estendemos para essa máquina de PET”,

destacou Seabra.

[Divisão de Sopro] – A in-

corporação da JAC, criando a Romi-

JAC resultou em um grande sucesso,

informa o executivo. “Tivemos algu-

mas dificuldades porque o processo

de fabricação da JAC era um tanto

informal, ou seja, não era calcado em

regras e procedimentos como é o da

Romi. No caso da Romi, por exemplo,

tudo tem um número chave. Então para

absorver todo esse negócio da JAC den-

tro da Romi demorou um pouco mais

do que esperávamos. Mas agora o ne-

gócio já está sob controle. 90% de

tudo já está dentro do nosso banco

de dados”, explica.

Fábio Seabra, da Romi, ao lado da Sopradora de PET, na Brasilplast 2009

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[Crise] – Os reflexos da crise

financeira internacional no consumo

de produtos específicos não deve pre-

judicar as vendas, segundo Seabra. “As

pessoas precisam limpar as casas, usar

xampu, lavar roupas. O máximo que

pode acontecer no momento é trocar

de marca, comprar uma mais simples,

mas que também precisa de embalagem,

de uma garrafa, de um garrafão e a

máquina vai ser a mesma”, argumenta.

[Concorrência internacio-nal e tecnologia] – Segundo

Seabra, na área de sopro convencio-

nal, faz tempo que existem alguns

players importantes no mercado. “Sem-

pre existe a alternativa asiática, mas

acho que a proliferação na máquina

injetora é muito maior”, compara.

Apesar de algumas evidências

quanto à tecnologia, Seabra diz que

não existe abismo tecnológico entre

o mercado nacional e internacional.

“O que existe é sofisticação de apli-

cações. A multicamada por exemplo,

onde lá fora já existem grandes fa-

bricantes e aqui ainda não. Mas no

sopro convencional não estamos

mal”, finaliza o executivo..

Lüters quer apoiopara modernização

O mercado para o setor de

sopradoras é bom, mas pode melhorar,

ressalta Hans P. Lüters, diretor da Kal

Internacional - Assessoria e Represen-

tações Ltda., com sede em Bragança

Paulista (SP). Sua empresa comercializa

vários tipos de máquinas para a indús-

tria do plástico, entre elas sopradoras

da norte-americana Jomar. Lüters tem

uma opinião crítica sobre este segmen-

to de máquinas. “Precisamos de um tra-

tamento diferente”, afirma.

E quais seriam as condições ide-

ais de um mercado para que os fabri-

cantes de sopradoras pudessem ven-

der bem e ajudar a renovar o parque

industrial? Lüters diz que o crédito é

muito importante, porque sem ele não

há desenvolvimento. “Falta apoio do

governo para isso. Não dá para somen-

te apoiar os fabricantes nacionais. Para

modernizar o parque industrial nacio-

nal é preciso considerar também os

equipamentos importados nos progra-

mas de credito nacionais”, ressalta. “O

aumento do poder aquisitivo também

e muito importante, porque melhora as

condições de lançamento de novos pro-

jetos na área das embalagens em ge-

ral.”, acrescenta.

O representante avalia a questão

dos fabricantes nacionais de sopra-

doras não terem condições de abas-

tecer todos os segmentos do merca-

do de sopro. “É um fato conhecido já

há alguns anos, e o mercado não vai

melhorar com a saída da Bekum. Uma

quantidade significativa de soprado-

ras do parque industrial transforma-

dor têm muito mais de dez anos, ou

seja, trata-se de máquinas obsoletas.

Para competir com transformadores de

outros mercados, o volume de substi-

tuição de máquinas deve crescer mui-

to mais que agora, ao redor de 200

sopradoras vendidas por ano no Bra-

sil. É importante modernizar o parque

industrial brasileiro, porque está atra-

sado com relação a outros países lati-

no-americanos”, revela Lüters.

[Oferta e mercado] - No

encalço deste mercado a norte-ameri-

cana Jomar, representada pela Kal-In-

ternacional no Brasil, oferece um catá-

logo variado para suprir o segmento.

“A Jomar tem uma gama de 7 modelos

de sopradoras Injection-Blow, desde 15

até 175 toneladas. A empresa lançou

este ano alguns modelos híbridos, como

uma máquina de 135 toneladas que

oferece uma economiade energia de

35%”, diz Lüters. Segundo o executi-

vo, as vantagens do processo Injection-

Blow são a combinação do processo

de injeção com o sopro, resultando em

menores tolerâncias, especialmente no

gargalo dos frascos, na maior estabili-

Modelo de sopradora da Jomar, representada no Brasil pela Kal-Internacional

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PLAST MIX

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Quase meio ano já passou,mas as melhores surpresas

de 2009 ainda estão por vir.

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dade do processo e maior produtivi-

dade, até na redução da mão-de-obra,

já que os frascos saem prontos e sem

rebarbas.

O ano de 2008 não pode ser to-

mado como uma referência final, pois

o último trimestre foi desastroso para

toda a economia. Lüters ressalta que

agora a empresa está em plena recupe-

ração, “a julgar pelos projetos novos e

pela retomada de projetos do final de

2008”. A crise internacional afetou a

empresa, ele concorda, “principalmen-

te porque muitos projetos foram pos-

tergados, por medo dessa crise e por

falta de crédito, mas aparentemente

não cancelados, já que sentimos uma

recuperação durante e depois da

Brasilplast”, conta.

E justamente na Brasilplast ele

pode sentir os reflexos do momento.

“No começo da feira tivemos muitas

dúvidas, e efetivamente notamos uma

baixa de 20 a 30% no número de visi-

tas. Por outro lado, a qualidade das

visitas e dos projetos melhorou mui-

to”, conclui.

Uniloy Milacron sonhacom condições ideais

Outra empresa americana

dedicada ao segmento de sopro é a

Uniloy Milacron, que fabrica uma in-

finidade de modelos de máquinas

sopradoras e “injection blow” para as

mais diversas aplicações. “A gama de

tecnologias que possuímos abrange

as seguintes aplicações/ tecnologi-

as de equipamentos”, revela Hércules

Piazzo, Gerente Comercial Milacron

Brasil. São estes modelos:

• Máquinas com cabeçote acumula-

dor, de 20 à 170 toneladas de for-

ça de fechamento;

• Máquinas com cabeçote acumula-

dor e transferência de parison, de

20 à 70 toneladas de força de fe-

chamento;

• Máquinas com cabeçote acumu-

lador e sucção de parison, de 20

à 30 toneladas de força de fe-

chamento;

• Máquinas de extrusão contínua

e transferência de parison, de

20 à 70 toneladas de força de

fechamento;

• Injection blow, de 36 à 162 tone-

ladas de força de fechamento;

• Máquinas reciprocantes;

• Máquinas “shutlle” de extrusão con-

tínua, de 4 à 30 toneladas de força

de fechamento;

• Máquinas “structural foam”.

[Recuperação] – Da mesma

forma que outros executivos, Piazzo

ressalta que 2008 foi muito bom para

a empresa até outubro, quando as ven-

das foram reduzidas por uma conseqü-

ência da situação econômica global.

“No meu ponto de vista, hoje o merca-

do está em recuperação no Brasil e o

momento solicita investimentos por

parte das empresas, principalmente em

bens de capital (atualização do parque

que atualmente está fora da realidade

do mercado) e em capacitação profis-

sional, a fim de que as empresas pos-

sam usufruir de todos os benefícios e

vantagens que equipamentos de alta

tecnologia proporcionam”. Para Piazzo,

um cenário que representaria condições

ideais para a venda de bens de capital

precisaria ter as seguintes caracterís-

ticas: crédito disponível, de fácil acesso

e baixo custo; mercado em ascensão

econômica e social, com criação de em-

pregos e aumento da capacidade de

consumo dos brasileiros, a fim de ge-

rar maior consumo e maior necessida-

de de produtos industrializados, o que

alavancaria a necessidade por equipa-

mentos para a fabricação de embala-

gens, etc...; e industrialização em áreas

estados mais afastados dos grandes cen-

tros, a fim de gerar um aumento de

poder aquisitivo e ainda mais gerar

desenvolvimento econômico e social

nestas regiões”, enumera.

[Tecnologia x oportunida-des] – A experiência levou Piazzo dar

Hércules Piazzo, da Milacron, fala sobre as máquinas da empresa e o mercado

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um nova visão sobre o fato de a indús-

tria brasileira de sopradoras não abas-

tecer plenamente o mercado. “Infeliz-

mente o que falta ainda é desenvolvi-

mento tecnológico em nosso País. Os

equipamentos fabricados em países da

Europa e EUA possuem uma tecnologia

muito mais evoluída do que a que te-

mos disponível, realidade esta direta-

mente relacionada a investimentos em

educação e desenvolvimento econômi-

co/ social por parte do Governo Brasi-

leiro”, critica.

E explica a origem do problema.

“No Brasil a grande maioria da popula-

ção tem de trabalhar muito cedo a fim

de ajudar no sustento de sua Família,

e não tem condição alguma de estudar

e se profissionalizar acabando, por con-

seqüência, a se juntar ao número cada

vez maior de trabalhadores em massa

que não possuem qualquer tipo de es-

colaridade ou profissão. Quando um

País com este “foco” poderá se desen-

volver tecnologicamente?”, enfatiza.

[Desempenho x crise] –Segundo o executivo, o mercado lo-

cal está reagindo, principalmente nesta

fase “pós Brasilplast”. “Acredito que

principalmente o segundo semestre

será fértil no campo das máquinas para

transformação de materiais termo-

plásticos no Brasil”, projeta. Por isso

diz que a Milacron não poderia ter fi-

cado fora da Brasilplast. “Esta feira é

muitíssimo importante para o setor e

representa cada vez mais o potencial

do mercado brasileiro e latino ameri-

cano”, destaca. E acrescenta que o

resultado da feira para a Milacron foi

muito satisfatório: “Chegamos a con-

cretizar algumas vendas durante o

evento, o que demonstra a reação do

mercado e sua tendência de cresci-

mento para os meses que ainda estão

por vir neste ano”, finaliza.

[Novidade na NPE] –Piazzo também destacou mais uma

novidade com relação a máquinas

sopradoras da linha Uniloy Milacron e

que vai ocorrer durante a feira NPE em

Chicago (de 22 à 26 de junho de

2009). “Apresentaremos nossa nova

linha de sopradoras 100% elétricas,

as quais possuem inúmeras vantagens

e benefícios comparado a máquinas

convencionais”, ressalta.

Qualidade e otimismona S.E.I GlobalSolutions

O mercado do sul cresce e ganha

mais atenção, como por exemplo, da

SEI Global Solutions Máquinas e Equi-

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pamentos Industriais Ltda, de Santa

Catarina. “Ela é a distribuidora oficial

no Brasil das máquinas alemãs SMF

Germany. Sua linha de sopradoras au-

tomáticas de fabricação alemã possui

uma capacidade de produção de 2.000

a 24.000 garrafas/hora, num processo

totalmente automático e inédito no

Brasil”, ressalta Kelvin Alexander Bernz,

Gerente do Departamento Técnico e

Logístico empresa.

Segundo Kelvin Bernz, apesar de

ser um ano de adaptação ao mercado

brasileiro, a SEI Global Solutions con-

seguiu superar suas expectativas em

vendas e em atividades em todo Brasil.

Sobretudo com a participação em fei-

ras e exposições nacionais e interna-

cionais. “Em 2008 o volume de negó-

cios fechados superou todas as expec-

tativas, e a participação em feiras como

a Emabala Nordeste, onde foi exposto

um dos nossos produtos mais popula-

res, a máquina sopradora COMBI 200,

em pleno funcionamento”, informa.

[Blindagem e otimismo] –A informação do executivo sobre as

ações da crise na empresa refletem uma

postura positiva. “Apesar da crise in-

ternacional não podemos dizer que

nosso setor sofreu algum abalo, sobre-

tudo devido ao otimismo e ao espírito

de luta dos empresários brasileiros que

direcionam seus objetivos no futuro e

mantiveram todas as suas compras”,

destaca Kelvin. “O resultado se vê na

recuperação dos setores atingidos,

aumento do emprego e melhoras geral

no consumo de bens. Mesmo na região

Sul do Brasil, profundamente atingida

por problemas climáticos no fim de

2008, notamos uma recuperação rápi-

da e firme, resultado de um grande es-

forço conjunto de população, empre-

sas e governo”, afirma.

[Qualidade e mercado] –De acordo com Kelvin Bernz, por me-

lhores ou piores que sejam as condi-

ções de uma economia, qualquer inici-

ativa que vise melhores condições aos

clientes e ao consumidor final, será

sempre bem vinda. “Hoje no Brasil ve-

rificamos grande otimismo no merca-

do das embalagens PET, sobretudo com

a concretização das previsões no cres-

cimento deste mercado. Por isto, acre-

ditamos que as condições estejam

lançadas, e o ponto fundamental de

todo o processo é o investimento em

tecnologia. Hoje como sempre, quem

aposta em tecnologia sem medo de

investir, acaba por liderar o mercado”,

adverte.

Kelvin Bernz revela quer estudos

apontam que o mercado de bebidas no

Brasil tende a crescer cerca de 80% até

2012, e por isso acredita que a crise

internacional não irá alterar estas ex-

pectativas, até por que já é possível

notar uma sensível recuperação de al-

guns países com os quais a tem rela-

ções comerciais. “Da nossa parte,

estamos trabalhando para que a indús-

tria brasileira se supere na capacidade

de produção, fornecendo tecnologia e

condições viáveis de concorrência com

as empresas competidoras internacio-

nal, sobretudo com o fornecimento de

tecnologia de ponta e de apoio estra-

tégico”, esclarece

PE: portfólio da Quattoratende a toda a cadeia

O principal produto para uso nessa

área de sopro é o Polietileno de Alta

Densidade (PEAD). Nesse segmento a

Quattor está muito bem posicionada

com a Unidade do Rio de Janeiro, onde

há uma série de produtos. “O mercado

de sopro é dividido em segmentações:

grandes volumes, pequenos volumes e

médios volumes”, explica Mauro

Azanha, Gerente de Desenvolvimento de

Produtos e Serviços Técnicos PE.

Ele ressalta que a empresa tem

em seus porfólio segmentos que aten-

dem a toda área de sopro. Mas o gran-

de mercado, segundo Azanha, é o de

higiene, limpeza e produtos domés-

ticos que incluem desinfetantes, xam-

pus, água sanitária, amaciantes de

roupas, etc. Outro que se destaca bas-

tante é de agroquímicos, diz o exe-

cutivo. “Há todo um trabalho na

parte agrícola, já existem leis segun-

do as quais se deve retornar embala-

gens, o fabricante do produto tem

que recuperar essas embalagens e fa-

zer uma reciclagem”, revela.

[Nova unidade e tecnolo-gia] - A Quattor inaugura sua tercei-

ra unidade de produção de

polietilenos, localizada no ABC paulista.

Com esta nova unidade a empresa au-

mentará sua capacidade de produção

de PE em 230 mil toneladas/ano no

Pólo Petroquímico do ABC, São Paulo.

“A empresa é a única no Brasil que uti-

lizará a tecnologia Chevron Phillips®,

referência mundial em produtos sopra-

dos. As novas resinas produzidas com

esta tecnologia apresentam melhor

balanço de propriedades em relação as

já existentes no mercado brasileiro”,

enfatiza Azanha.

O executivo analisou a crise e o

mercado. “Quando há uma crise, per-

cebemos que o primeiro corte é na parte

de uso doméstico. As pessoas dão pre-

ferência para comprar alimentos do que

um produto de limpeza. Isso afetou um

pouco nosso segmento nos primeiros

meses do ano. Mas de março em diante

estamos chegando aos níveis normais

do ano passado”, completa.

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///Bloco de Notas

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Braskem vai ampliardemanda por etanol no RS

O gerente de Relações Institucionais da Braskem,

João Ruy Dornelles Freire, esteve reunido com o

deputado Heitor Schuch (PSB) na Assembleia

Legislativa do RS, para discutir o projeto de produção

do polímero verde. De acordo com o parlamentar, o

principal enfoque do debate foi a possibilidade de

produção de matéria-prima no Estado para atender a

demanda da empresa. Com a publicação do zoneamento

agroclimático para a cana-de-açúcar no Rio Grande do

Sul pelo governo federal, 182 municípios gaúchos

foram habilitados ao plantio da cultura com vistas à

produção de etanol. Também participou do encontro, o

diretor da Alsol - Tecnologia, Engenharia e Comércio de

Combustíveis, Junico Antunes.

Ultra sai do ComperjO Grupo Ultra desistiu de participar do Complexo

Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O grupo não

entrará mais na Unidade de Petroquímica Básica (UPB),

a central petroquímica que faria em parceria com a

Petrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento

Econômico (BNDES). As dimensões gigantescas que o

projeto assumiu e os elevados custos foram as principais

causas da desistência. O projeto tinha investimentos

iniciais previstos de US$ 3 bilhões, mas hoje estão em

US$ 8,5 bilhões.

Instituto do PVC patrocina Portal Copa 2014O Instituto do PVC patrocina o portal da Copa

2014,que mostrará a evolução das obras necessárias à

realização do mundial de futebol no Brasil, não só na

esfera esportiva, mas, principalmente, no que se refere à

infraestrutura (saneamento, turismo, estradas, etc.) nas

cidades-sede. Miguel Bahiense, diretor Executivo da

entidade, acredita que as obras previstas promoverão um

crescimento do consumo aparente de PVC acima da

média dos últimos 10 anos - 11,5% ao ano - já entre

2010 e 2011.

Mexichem vende operação de PSO grupo mexicano Mexichem decidiu excluir os

estirênicos de sua operação petroquímica. O corte veio à

tona com o anúncio, da empresa, a respeito da disposi-

ção de vender as duas plantas da subsidiária Mexichem

Estireno, dirigidas à produção de poliestireno (PS) e sua

versão expandida (EPS), para a empresa Mexalit. A

Mexichem justificou a venda, com base na definição de

seu foco, em atividades de maior potencial de cresci-

mento e rentabilidade, caso de negócios atrelados à

construção civil. A empresa se esquivou de especificar o

montante da transação acertada com a Mexalit, mas

situou em torno de US$ 13 milhões a soma desse

negócio com a compra recém-concluída da

cinqüentenária transformadora Tubos Flexibles, cujas

quatro fábricas de dutos e conexões integravam os

ativos de outro grupo mexicano, Indústrias Nacobre.

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///PVC

TE

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Por Melina Gonçalves

Inovação mundialdesembarca no Brasil

uem freqüentou os pavi-

lhões do Anhembi, em São

Paulo, durante a última edi-

ção da feira Brasilplast, que ocorreu

de 04 a 08 de maio, sentiu a dife-

rença no ruído externo e na tempe-

ratura ambiente. Aquele aquecimen-

to muito conhecido de outras épo-

cas deu lugar a um ambiente prati-

camente climatizado. Já no primeiro

dia de evento, uma forte chuva as-

solou a capital e o que em outros

tempos faria um enorme barulho no

interior do pavilhão, não passou de

pequenos ruídos. Em uma das maio-

res feiras do setor plástico do mun-

do, o que causou conforto térmico e

acústico aos visitantes e exposito-

res foi exatamente o produto chave

do evento: o plástico.

Pouco utilizadas ainda no Bra-

sil, as membranas de PVC começam a

ganhar espaço no mercado de imper-

meabilização do País. E foi na cober-

tura do Pavilhão de exposições do

Anhembi que foi feita sua aplicação

pioneira. A SPTuris - Empresa de Tu-

rismo e Eventos da Cidade de São

Paulo -, administradora do Parque,

optou pela impermeabilização não

aderida com uma membrana de PVC

conjugada com uma camada de EPS,

cuja função principal era promover o

isolamento acústico do pavilhão, e

secundária, contribuir para o isola-

mento térmico do espaço. A aplica-

ção do sistema nos 68,2 mil m² de

cobertura foi feita junto com outras

mudanças no Parque de Exposições

que visavam melhorar a qualidade de

permanência no local.

Flexíveis, as membranas de PVC

são muito utilizadas na Europa e Es-

tados Unidos, entretanto, a tecno-

logia é pouco aplicada nos países

da América Latina e América do Sul.

São fabricadas a partir do PVC, com

aditivos, plastificantes, estabili-

zadores, entre outros, que conferem

ao material flexibilidade, resistên-

cia aos raios ultravioleta e resistên-

cia química. Fornecidas em rolos, as

faixas são posicionadas lado a lado

e as extremidades, sobrepostas, são

termofundidas. Segundo o diretor

do Instituto do PVC, Miguel Bahi-

ense, além de vantagens como iso-

lamento térmico e acústico, as mem-

branas possuem ainda um aspecto

visual e de design interessantes.

“Você consegue fazer desenhos ar-

quitetônicos em ambientes e salões

como o Anhembi”, observa.

Bahiense explica que existe a

possibilidade das membranas serem

utilizadas na Copa do Mundo de

2014, que ocorrerá no Brasil. Isso

porque que são ideais para a obten-

ção de uma estrutura bonita no pon-

to de vista da arquitetura. Justa-

mente por essa versatilidade, na copa

da Alemanha, por exemplo, dos sete

estádios construídos ou reformados,

cinco tiveram coberturas flexíveis de

PVC. “Um dos estádios mais famosos

da Alemanha consegue ter cores dos

dois times da cidade, um vermelho e

um azul: se o time vermelho jogar, o

estádio fica vermelho, se o time azul

jogar fica azul e se for um jogo neu-

tro ou entre eles, fica branco”. Isso

mostra o desempenho do material que

permite a transparência dessa ilumi-

nação. No Brasil, ainda não existem

estádios com estrutura de membra-

nas de PVC, entretanto, os ganhos

nas obras que por ventura utilizarem

esse material são diversos. O confor-

to térmico para quem estiver assis-

tindo um jogo no domingo a tarde,

País abre as portas para as

membranas de PVC e uma

das primeiras aplicações é

no Pavilhão de Exposições do

Anhembi, em São Paulo.

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Bahiense destaca as vantagens damembrana de PVC e suas aplicações

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por exemplo, vai ser interessante,

porque o estádio estará fechado, com

o sol incidindo e sem o calor habitu-

al do Brasil. Outra vantagem será o

design. “Em uma ocasião nós

trouxemos para um congresso no Bra-

sil um arquiteto que desenha estádi-

os e estava construindo um em Du-

bai. O projeto saiu a partir da idéia

de uma concha e foi todo feito em

forma oval, bem interessante. A pos-

sibilidade de design é infinita, coi-

sas que em material rígido já não é

permitido”, revela.

No país o material ainda é im-

portado. Entretanto, a tendência é

que as empresas com fábrica no Brasil

comecem se atentar para esse merca-

do e iniciem a produção do material.

Com a abertura desse mercado no Brasil

( já são duas obras, o Anhembi e o

Tribunal de Contas de Brasília – DF), a

tendência é que os arquitetos passem

a conhecer esses produtos e comecem

a indicá-lo. “Assim, o caminho natu-

ral é que as empresas no Brasil entrem

no mercado e consigam oferecer o

produto”, esclarece.

Apesar de importada, a membra-

na de PVC se mostra viável e compe-

titiva pelas vantagens que oferece.

Mas, com tantos benefícios, porque

a dificuldade de emplacar no Brasil?

A possibilidade tecnológica entre

Brasil, EUA e Europa é a mesma. A

questão é a demanda. O dirigente

explica que, no país americano os

esportes sempre foram voltados ao

basquete e hóquei, por exemplo. To-

dos esses esportes necessitam de es-

truturas cobertas. Nos aeroportos de

lá a cobertura é muito utilizada. Ou

seja, nesses países a necessidade da

demanda fez com que a indústria se

programasse e se adequasse para ofe-

recer o produto. Já no Brasil a manta

asfática é muito forte. “Então para

que você vai desenvolver uma tecno-

logia mais cara inicialmente, como

toda a nova tecnologia, se não há

demanda para isso?”. A dificuldade

de se adequar está muito ligada ao

que o mercado demanda. “O produ-

to começando a ser conhecido, ele

começa a ser demandado”.

[Vida útil] – O material, se-

gundo Bahiense, sobrevive por pelo

menos por 30 anos. Mas é preciso ter

atenção: ele deve ser formulado de

acordo com a região que vai ser uti-

lizado. “Ou seja, não posso trazer um

produto feito para agüentar os in-

vernos rigorosos da Europa e aplicar

aqui no Brasil. Deve ser adequado com

as necessidades do país. E essa é a

versatilidade do PVC”, finaliza. Em

nível mundial, essa tecnologia já é

aplicada em impermeabilização des-

de os anos 1950. P S Plá

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Activas # Pág. 09

Agebras # Pág. 47

Aspen Hotéis # Pág. 29

Aspó # Pág. 11

AX Plásticos # Pág. 45

Deb’Maq # Pág. 07

Dynaflow # Pág. 39

Étimo # Pág. 13

Itatex # Pág. 51

Karina # Pág. 22

Lorena Flat # Pág. 49

Mainard # Pág. 47

Mecanofar # Pág. 47

Mega Steel # Pág. 02

Met. Wagner # Pág. 37

Momesso # Pág. 31

Moynofac # Pág. 47

Multi-União # Pág. 31

Nazkon # Pág. 47

Nordeste Plast # Pág. 35

NZ Cooperpolymer # Pág. 34

NZ Philpolymer # Pág. 34

Plastech # Pág. 27

Plasticos’09 # Pág. 43

Pronatec # Pág. 25

Replas # Pág. 21

Rone # Pág. 41

Rulli Standard # Pág. 23

Seibt # Pág. 47

Solvay Indupa # Pág. 05

Sumetal # Pág. 37

Super Finishing # Pág. 33

Taurus Wotan # Pág. 56

Termotécnica # Págs. 14 e 15

Valimplast # Pág. 39

Para anunciar, ligue 51 3062.4569

AG

EN

DA

///Programe-se para 2009

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///Anunciantes da Edição

NPE 2009: foco nos bioplásticosA NPE2009, que ocorre de 22 a 26

de junho de 2009, é um dos principaiseventos no calendário do setor plástico

e neste ano aposta suas fichas nosbioplásticos. Segundo a The Society of

the Plastics Industry, Inc. (SPI), organiza-dora do evento, a feira será um marco

nessa transição histórica entre o ramotradicional de plásticos e essa tecnolo-

gia. O evento, que acontece o McCormickPlace em Chicago, a servirá como vitri-

ne e oferecerá oportunidades para o in-tercâmbio de tecnologias relativas a

polímeros derivados de milho, mamona,soja, batata, mandioca e outros recur-

sos naturais. Três empresas de matéri-as-primas apresentarão suas descober-

tas sobre as novas possibilidades de ne-gócios para a fabricação de bioplásticos.

Trinta e nove empresas, agências e as-sociações que trabalham no setor pro-

ferirão palestras sobre a tecnologia debioplásticos e estratégias de negócios

nesse ramo. No piso de exposição daNPE, haverá pelo menos 16 estandes

com destaque exclusivo ou primordial

aos bioplásticos. Haverá ainda outrosexpositores apresentando aditivos e

equipamentos de processamentoprojetados especificamente para estes

novos tipos de polímeros.Os materiais derivados de fontes

renováveis também ganham destaque nasconferências e exposições da NPE2009.

Segundo Melissa Hockstad, Vice-Presiden-te da SPI, apesar de a maioria dos plás-

ticos continuar a ser derivado dos com-bustíveis fósseis num futuro próximo, as

pesquisas atuais que objetivam aprimo-rar as propriedades e reduzir os custos

dos bioplásticos resultarão em um rápidocrescimento no mercado. Essa tecnolo-

gia será uma das quatro em destaqueenfocada nas exposições do Pavilhão de

Tecnologias Emergentes, que conta como patrocínio principal da DuPont

Company e da Dow Chemical Companycomo patrocinadora de um setor sobre

sustentabilidade. Espera-se tambémque algumas aplicações comerciais dos

bioplásticos figurem como candidatas

no primeiro Concurso Internacional de

Design Plástico na NPE2009.“Na última NPE em 2006, os

bioplásticos ainda eram um assunto a tí-tulo de curiosidade, porém na NPE2009,

dezenas de organizações terão algo im-portante para dizer ou apresentar sobre

os bioplásticos”, diz Hockstad. “Influenci-arão todos os principais setores do mer-

cado plástico, desde produtos domésticosa automotivos, a eletrônicos e médicos, a

equipamentos esportivos e embalagens.”A NPE é patrocinada pela Society

of the Plastics Industry, Inc. (SPI). Fun-dada em 1937, a SPI é a associação pro-

fissional do setor plástico que represen-ta o terceiro maior setor industrial de

fabricação dos Estados Unidos. As em-presas associadas à SPI representam toda

a cadeia de fornecimento do setor plásti-co, incluindo-se fabricantes de equipa-

mentos, processadores e máquinas e for-necedores de matéria-prima. O setor

plástico dos EUA emprega 1,1 milhão detrabalhadores e movimenta cerca de US$

379 bilhões em produtos anuais.