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Plataforma Operária e Camponesa para Energia Conjunto de Conjunto de Conjunto de Conjunto de Conjunto de propostas, para propostas, para propostas, para propostas, para propostas, para que a energia que a energia que a energia que a energia que a energia esteja de fato a esteja de fato a esteja de fato a esteja de fato a esteja de fato a serviço do povo serviço do povo serviço do povo serviço do povo serviço do povo brasileiro. brasileiro. brasileiro. brasileiro. brasileiro. Este documento é fruto de debates entre organizações de trabalhadores do campo e da cidade envolvidos com a questão energética. A proposta, nascida de discussões ocorridas no segundo semestre de 2009, busca impulsionar esta reflexão na sociedade e entre os candidatos a cargos eletivos nas esferas federal e estadual. Para maiores informações, entre em contato Para maiores informações, entre em contato Para maiores informações, entre em contato Para maiores informações, entre em contato Para maiores informações, entre em contato com Sinergia: com Sinergia: com Sinergia: com Sinergia: com Sinergia: E-mail: [email protected] Telefone: 48 3879-3011 www.sinergia.org.br

Plataforma Operária e Camponesa para Energia

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Proposta dos movimentos sociais e sindicatos do setor elétrico para mudanças na política energética brasileira

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PlataformaOperária e

Camponesa paraEnergia

Conjunto deConjunto deConjunto deConjunto deConjunto depropostas, parapropostas, parapropostas, parapropostas, parapropostas, paraque a energiaque a energiaque a energiaque a energiaque a energia

esteja de fato aesteja de fato aesteja de fato aesteja de fato aesteja de fato aserviço do povoserviço do povoserviço do povoserviço do povoserviço do povo

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Este documento é fruto dedebates entre organizações detrabalhadores do campo e da

cidade envolvidos com aquestão energética. Aproposta, nascida de

discussões ocorridas nosegundo semestre de 2009,

busca impulsionar estareflexão na sociedade e entre

os candidatos a cargoseletivos nas esferas federal e

estadual.

Para maiores informações, entre em contatoPara maiores informações, entre em contatoPara maiores informações, entre em contatoPara maiores informações, entre em contatoPara maiores informações, entre em contatocom Sinergia:com Sinergia:com Sinergia:com Sinergia:com Sinergia:

E-mail: [email protected]: 48 3879-3011

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A questão energética,na atual sociedade, é o grandecentro da reprodução docapital, que a utiliza comoforma de acelerar a pro-dutividade dos trabalhadorese com o objetivo de expropriare acumular o máximo possívelde valor nas mãos dos grandesgrupos privados.

O processo de priva-tização da energia a par-tir dos anos 90 pelo governoFHC representou um enormeerro, penalizou o povobrasileiro e beneficiou asgrandes corporações trans-nacionais, colocando em riscoa soberania de nosso país.Grande parte do patrimô-nio público e das riquezasnaturais estratégicas do pontode vista da matriz energéticafoi entregue ao controle dastransnacionais.

A eficiência e a ex-celência construída ao longo

Defendemos a necessi-dade de enfrentar e reverter ahegemonia das empresastransnacionais e do capital fi-nanceiro na energia. Comba-ter todas as formas de privati-zação da água, da energia edo patrimônio público, resga-tar o que já foi privatizado,garantir a participação efetivada classe trabalhadora, previ-amente informada, em todosos processos de planejamen-to, decisão, organização daprodução e distribuição daenergia.

as taxas de lucrati-vidade das transnacionaisnesta atividade econômica,alcançando níveis extra-ordinários. Com isso,impuseram uma brutalexploração sobre o povobrasileiro.

Tudo o que viven-ciamos, conhecemos eouvimos falar da ques-tão energética, nos apontapara a afirmação de quea raiz do problema estána lógica do sistemahegemônico, que faz daenergia seu principalnegócio, sua principalmercadoria.

Defendemos um novoProjeto Energético Po-pular onde a soberaniaenergética deva ser a baseque lhe dará sustenta-ção e que se garanta umamplo debate nacionalsobre o tema com aparticipação dos diver-sos setores da sociedade.

Nós, organizaçõesoperárias e camponesas,apresentamos nestedocumento um conjun-to de propostas, para quea energia – uma produçãosocial histórica – este-ja de fato a serviço dopovo brasileiro, em es-pecial das populações maispobres deste país.

PRINCIPAISPRINCIPAISPRINCIPAISPRINCIPAISPRINCIPAIS

PROPOSTASPROPOSTASPROPOSTASPROPOSTASPROPOSTAS

1. Enfrentar astransnacionais privadas

2. Defendemos a2. Defendemos a2. Defendemos a2. Defendemos a2. Defendemos amudança na políticamudança na políticamudança na políticamudança na políticamudança na políticade tarifas de energiade tarifas de energiade tarifas de energiade tarifas de energiade tarifas de energia

elétricaelétricaelétricaelétricaelétrica

Antes do processo deprivatização, as tarifas deenergia eram definidasbasicamente através do custode produção histórico dahidroeletricidade, e por issoas tarifas brasileiras erammenores que as tarifas do

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dos anos pelo esforço públicoe estatal foram transfor-madas em vários negóci-os, organizados e coman-dados com mecanismos elógica de funcionamento docapital financeiro, hegemo-nizado em um grandemonopólio privado do ca-pital internacional para permitira especulação e as maio-res taxas de lucro em cadaramo da energia.

Estes setores hegemô-nicos converteram a energiaem seu principal negócio,capaz de - sob certas e dadascondições - resgatar

Brasília, 24 de Agosto de 2010

Ao PovoAo PovoAo PovoAo PovoAo PovoBrasileiro e àsBrasileiro e àsBrasileiro e àsBrasileiro e àsBrasileiro e às

organizações doorganizações doorganizações doorganizações doorganizações docampo e dacampo e dacampo e dacampo e dacampo e da

cidadecidadecidadecidadecidade

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resto do mundo. Coma nova organização do setor,as tarifas para os consu-midores residenciais, pequenae média indústria e comércioforam equiparadas às in-ternacionais, que correspon-dem em sua maioria, à geraçãotérmica através de combus-tíveis fósseis.

Atualmente nosso paíspossui uma matriz elé-trica basicamente hídrica,considerada de baixo custode produção. Entretan-to, a população brasileirapaga uma das tarifas maiscaras do mundo, garan-tindo desta forma taxasde lucro extraordinári-as às empresas que con-trolam o setor.

Defendemos a mu-dança na política de tari-fas, que a energia elétri-ca esteja em sua totalida-de nas mãos do Estadobrasileiro, a serviço e sobcontrole do povo, garantindoacesso universal e quali-dade da energia elétrica,uma política de preçosbaseada no valor real daeletricidade brasileira, alémde uma equalização tarifáriavisando a correção dasdistorções regionais. Des-ta forma a energia não podeser vista e tratada como umasimples mercadoria para gerar

lucro e acumulação priva-da aos grupos que a con-trolam.

Defendemos a ime-diata redução das tarifasde energia elétrica ao povobrasileiro, que suas fontes,sua produção e o seu usosejam orientados pela ra-cionalidade, conservação eeconomia de energia, quese busque um alto desen-volvimento humano, aten-dendo as necessidadesfundamentais da vida emprimeiro lugar.

Defendemos o con-trole estatal e popular so-bre as taxas de lucros dasempresas do setor e umapolítica que garanta que osexcedentes tenham aplicaçãosocial para resolver osproblemas históricos do povobrasileiro, como educaçãoe saúde pública, reformaagrária, agricultura camponesae habitação.

3. Defendemos o fimda política tarifária que

concede privilégios esubsídios aos grandes

consumidores de energiaelétrica (consumidores

livres)

Atualmente, 665 grandesempresas denominadasconsumidores livres

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consomem 26% de todaenergia elétrica, porém pagamdez vezes menos que as tarifascobradas do povo brasileiro.Esta política tarifária ali-menta e fortalece o modelode exportação de produtosde alta densidade energética(eletrointensivos), de bai-xo valor agregado, que gerampouquíssimos empregos esão basicamente utilizadospara fins de acumulaçãoprivada. Defendemos o fimdesta política tarifária e asuspensão dos privilégiose subsídios aos grandesconsumidores (consumidoreslivres).

4. Defendemos que“O petróleo tem que ser

nosso”

Nosso país concentragrandes reservas estraté-gicas de gás natural e depetróleo, especialmentereservas na camada cha-mada de pré-sal. Estasreservas são importantespara garantir a soberanianacional e, portanto, todosos direitos de exploraçãoe produção de petróleo egás natural em territórionacional devem pertencerà União e ao povo brasi-leiro.

Defendemos que sejaassegurado o monopólioestatal do petróleo e gás,por meio de uma Petro-bras 100% pública, o fimdas concessões de petróleoe gás e que os recursosoriundos dessa atividadetenham destinação social.

Defendemos o can-celamento de leilões eanulação dos anteriores,a mudança na lei do Pe-tróleo, restabelecendo omonopólio estatal, o fimda exportação de maté-ria prima (como por exemplo,o óleo cru), investimen-to nos processos de in-dustrialização nacional paraagregação de valor e paraprodução de produtos comalta densidade tecnológicae a defesa da produçãonacional e internacionalsolidária e integradora.

Defendemos tambémque os excedentes des-tas atividades tenham comodestino um Fundo SocialSoberano de Investimento,voltado para atender àsnecessidades históricas dopovo brasileiro: educaçãoe saúde pública, reformaagrária e agricultura cam-ponesa/familiar, trabalhoe renda, previdência,habitação e cultura, visandogarantir um alto

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desenvolvimento humanoao povo brasileiro.

5. Defendemos osdireitos das populações

atingidas por projetos deenergia

Após a privatização dosetor, está em andamentoum processo constante deviolação dos direitos humanoscom as populações atingi-das por projetos de ener-gia e infraestrutura (porexemplo, as barragens). Asempresas têm procuradotransformar os direitos sociaise as questões ambientaisem um negócio lucrativo,buscam negar os direitos,gastando menos para quesobre mais lucro. Buscamsistematicamente retrocedernos direitos historicamen-te conquistados pelas po-pulações atingidas por es-tas obras. Por isso denun-ciamos todas as tentativasem curso promovidas pe-las empresas transnacionaisem negar estes direitos.

Defendemos e exigi-mos uma política nacionalcoordenada pelo EstadoBrasileiro, que contempleo conceito de “atingido”

aprovado pelo CONSISE(Conselho dos presiden-tes das estatais do setorelétrico), que busque garantiro cumprimento integral detodas as recomendaçõesdo relatório da ComissãoEspecial de DireitosHumanos (CDDPH) e quegaranta especialmente umapolítica massiva dereassentamento em grandesáreas de terra de todasas famílias “atingidas”, alémde implementar uma po-lítica de apoio aos planosde recuperação e desen-volvimento das comuni-dades e municípios atin-gidos pelas obras.

4. Defendemos o fimda terceirização do

trabalho dostrabalhadores

Um estudo elaboradopelo DIEESE (DepartamentoIntersindical de Estatísticae Estudos Socioeconômicos)aponta que mais da metadeda força de trabalho do setorelétrico do país é terceirizada,sendo que a incidência demortes no trabalho para osterceirizados chega a serquatro vezes e meia maiordo que para os trabalhadorespróprios. No setor de

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petróleo, 75% da forçade trabalho é terceirizadae o índice de mortalidadedestes trabalhadores chegaa ser 10 vezes maior do queos dos trabalhadores efe-tivos.

Entendemos que ostrabalhadores terceirizadospossuem condições de tra-balho piores em relação aostrabalhadores do quadropróprio, passam por trei-namentos deficitários, re-cebem salários e benefí-cios menores, sofrem coma falta ou a não utilizaçãode equipamentos de pro-teção e com a falta derepresentação sindical.

De maneira geral, aestratégia da terceirizaçãoserve para precarizar otrabalho, aumentar a pro-dutividade, retirar direitosdos trabalhadores e desor-ganizar as formas de luta,diminuindo a qualidade dosserviços prestados à populaçãoe elevando o número deacidentes de trabalho.

Defendemos o fim daterceirização, aresponsabilização integraldas empresas que adotemtais procedimentos e a garantiaà igualdade de direitos aostrabalhadores que se en-contram terceirizados, alémda abertura imediata de

concursos para suprir asdeficiências nas empresaspúblicas.

7. Defendemos adevolução dos R$ 10

bilhões irregularmentecobrados pelas

distribuidoras deeletricidade nas contas

de luz desde 2002

As distribuidoras deenergia elétrica arrecadaramindevidamente, desde 2002,um valor que chega aaproximadamente R$ 10bilhões, obtido através deirregularidades na fórmu-la de cálculo dos aumen-tos nas contas de luz dopovo brasileiro. O TCUreconheceu o roubo, aANEEL permitiu isto e admitiua cobrança irregular nascontas de luz em todos oscontratos das 63 empresasconcessionárias de distri-buição de energia elétri-ca do país, no entanto asempresas estão se negandoa devolver estes recursosà população.

Exigimos a imediata eintegral devolução de to-dos os valores ao povobrasileiro e que estes re-cursos sejam investidos emobras sociais nos municí-pios, com

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participação da popu-lação local na escolha dasdemandas prioritárias

8. Defendemos quetodas as concessões de

energia elétrica comvencimento em 2015

permaneçam e/ouretornem ao controle

estatal e público

Cerca de 20% dageração, 74 % da trans-missão e 33% da distribuiçãotem seus contratos deconcessões de energia elétricavencendo a partir de 2015.Ao todo, essas renovaçõesenvolvem valores equiva-lentes a R$ 30 bi/ano. Quasea totalidade das concessõesem vencimento é de con-trole estatal federal e/ouestadual.

Propomos reverter parao controle estatal o que estásob controle privado, comincorporação dos trabalha-dores ao quadro público ea renovação das conces-sões estatais com manu-tenção de seu controleacionário, além da criaçãode uma política de aplica-ção dos recursos excedentesnestas atividades paradestinação e uso social.

9. Defendemos abusca por tecnologias

alternativas de energia

Reconhecemos que oproblema central na pro-dução de energia não é detecnologia, mas de modelo.Mesmo assim defendemosa redução gradativa do usodo petróleo e o avanço naspesquisas de novas fon-tes de energia limpa e oaumento de sua participaçãona matriz energética.

Defendemos o desen-volvimento e uso dasmúltiplas fontes de ener-gia e que sejam priorita-riamente selecionadasvisando à adequada sus-tentabilidade ambiental,construindo no seio dasociedade o compromis-so de qualidade de vida paratodos, hoje e nas geraçõesfuturas.

Defendemos a sobe-rania alimentar e territo-rial combatendo a mono-cultura, priorizando-se aprodução e uso da ener-gia através de potencia-lidades populares locais,comunitárias e familiares,garantindo sua autonomiae autoprodução.

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10. Defendemosuma mudança no atual

padrão de consumo

É impossível garantire sustentar a lógica deconsumo imposta peloscentros do capital, queincentivam um consumoexagerado, que promovema obsolescência programadaà custa de uma brutalexploração e destruição denosso planeta.

Defendemos a neces-sidade de subsídios para quea população de baixa ren-da adquira produtos queeconomizem energia, prin-cipalmente energia elétri-ca. Chuveiros elétricos elâmpadas incandescentes,por exemplo, devem serprodutos que existam apenasna memória da população,pois são os grandes vilõesdo consumo de energia elétricaresidencial. A economiaadvinda da utilização deprodutos mais eficientes,além de racionalizar o usoda energia, contribui paraa melhoria da qualidade devida da população, pois aose economizar com a con-ta de energia, o consumi-dor poderá investir em outrasinstâncias da vida familiar.

Defendemos o incentivo

imediato a programas deuso racional da energia eincentivos a projetos e estudoscientíficos que desenvol-vam equipamentos com maiorrendimento.

Defendemos a elabo-ração de lei específica queobriga a construção de prédiosresidenciais ou comerciais,conjuntos habitacionais,prédios públicos ou qual-quer construção de gran-de porte, mediante proje-to elétrico ou energético quegaranta a utilização raci-onal da energia, comoaquecimento de água atravésde sistema de aquecimentosolar, utilização de ilumi-nação a frio e utilização deequipamentos de classe Aem rendimento.

11. Financiamentopúblico e o Banco

Nacional deDesenvolvimento

Econômico e Social-BNDES

Na era FHC o BNDESfoi o grande articulador dasprivatizações, o que resul-tou na concentração de capitale na perda de soberanianacional. O dinheiro públicoe as instituições que pro-movem o desenvolvimentode nosso país não podem

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ficar a serviço e nemfortalecer uma lógica queconcentre capital e garan-ta taxas de lucro extraor-dinárias às grandes corpo-rações econômicas privadas,principalmente as produtorase exportadoras de commo-dities, produtos primários debaixo valor.

Defendemos que oBNDES retome o financi-amento das empresa públicas,de forma irrestrita, queestabeleça critérios rígidosquanto aos impactos soci-ais, ambientais e trabalhistasdos projetos que financia.Que exija contrapartidas sociaisao conceder financiamen-tos e que priorize o finan-ciamento às pequenas e médiasempresas e iniciativas po-pulares.

Defendemos ainda queo BNDES não conceda fi-nanciamento a empresasprivadas na compra deempresas públicas, e nemem processo de reestrutu-ração produtiva que acabempor penalizar os trabalha-dores.

Defendemos a transpa-rência e acesso irrestrito aoconjunto das informações dasinstituições públicas de fi-nanciamento, principalmentedo BNDES, e a participa-ção e controle social sobreos recursos públicos, pois

o que vemos é uma grandeapropriação dos recursosdo nosso país e a priva-tização das nossas esta-tais sendo efetuados como nosso dinheiro.

12. Defendemos ofim das agências

reguladoras

Entendemos que asagências reguladoras nãocumprem seu papel e nãodefendem os interessesda população.

Defendemos o fim dasagências reguladoras(ANEEL, ANP, etc.) e quese construa um novo modelopúblico de regulação,vinculado à política ener-gética nacional, aberto aocontrole social, e commecanismos eficientes departicipação popular nosprocessos de revisãotarifária, entre outros.

O Operador Nacionaldo Sistema, pelo seu ca-ráter estratégico, deve voltarao controle público.

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