3
2 1 OBRA “Textos Básicos de Filosofa – Dos pré-socráticos a Wittgenstein ! p"#licado por $orge %a&ar 'ditora! e( 1)))* +a s"a , edi./o e co( 10 é "( li ro 3"e te( por int"ito colocar o est"dante e( contato co( as 4o Filosofa! de (odo a le á-lo a "(a leit"ra (ais apro4"ndada da o#ra orig 3"al as passagens 4ora( extra5das* 2 6R'D'+67A78 DO F79:8OFO ;lat/o 4oi "( fl<so4o grego 3"e i e" entre 20-, 0 a*6* +asce" e( Ate de asta o#ra flos<fca! dentre as 3"ais! destaca-se A Rep=#lica! "( tra pol5tico-flos<fco! "(a de s"as o#ras-pri(as! escrita e( 4or(a de diálogo , D7>'8TO '( 4or(a de alegoria! ;lat/o relata "( diálogo entre 8<crates e >la"co* descre e a realidade na Alegoria da 6a erna co(o "( gr"po de &o(ens prisioneiros no 4"ndo de "(a ca erna! 3"e i ia( acorrentados desde a 'sses &o(ens conte(pla a(! por (eio de "( ("ro a 4rente deles! as so(#r o#@etos pro@etados pela l" do 4ogo 3"e esta a aceso atrás dos (es(os* prisioneiros se li#erto" e seg"i"! co( difc"ldades! até a sa5da da ca e passando por "( ca(in&o 3"e so#e* Fora da ca erna! o prisioneiro li#er deparo" co( as i(agens reais Ce( e de so(#ras pro@etadas ! e depois! 3"e il"(ina a t"do ao se" redor* 6o( isso! ele con&ece" "(a realidade d da 3"al esta a &a#it"ado! "(a realidade 3"e ele n/o i(agina a* Final(en prisioneiro olto" E ca erna para (ostrar aos de(ais prisioneiros a rea erdadeira(ente é! (as ele n/o 4oi co(preendido e ter(ino" por ser &ost processo de li#erta./o do prisioneiro se dá 3"ando ele con ita co( a pr< aco(oda./o e! esti("lado pela c"riosidade! se pro@eta para 4ora do se" ( int"ito de #"scar algo alé( de si (es(o a #"sca do con&eci(ento* O prisioneiro so4re ao ser li#ertado! pois se s dolorido por ter estado i(< el por anos* +"( pri(eiro (o(ento os ol&os doe(! a 4og"eira irrita s"as istas* ,

Platao

Embed Size (px)

DESCRIPTION

m,.m,

Citation preview

2

1 OBRA

Textos Bsicos de Filosofia

Dos pr-socrticos a Wittgenstein

, publicado por Jorge Zahar Editora, em 1999. Na sua 3 edio e com 184 pginas, um livro que tem por intuito colocar o estudante em contato com as fontes da Filosofia, de modo a lev-lo a uma leitura mais aprofundada da obra original, da qual as passagens foram extradas.

2 CREDENCIAIS DO FILSOFO

Plato foi um filsofo grego que viveu entre 428-348 a.C. Nasceu em Atenas, autor de vasta obra filosfica, dentre as quais, destaca-se A Repblica, um tratado poltico-filosfico, uma de suas obras-primas, escrita em forma de dilogos.

3 DIGESTO

Em forma de alegoria, Plato relata um dilogo entre Scrates e Glauco. O filsofo descreve a realidade na Alegoria da Caverna como um grupo de homens prisioneiros no fundo de uma caverna, que viviam acorrentados desde a infncia. Esses homens contemplavam, por meio de um muro a frente deles, as sombras de objetos projetados pela luz do fogo que estava aceso atrs dos mesmos. Um dos prisioneiros se libertou e seguiu, com dificuldades, at a sada da caverna, passando por um caminho que sobe. Fora da caverna, o prisioneiro liberto se deparou com as imagens reais (em vez de sombras projetadas), e depois, com o sol, que iluminava tudo ao seu redor. Com isso, ele conheceu uma realidade diferente da qual estava habituado, uma realidade que ele no imaginava. Finalmente, o prisioneiro voltou caverna para mostrar aos demais prisioneiros a realidade como verdadeiramente , mas ele no foi compreendido e terminou por ser hostilizado. O processo de libertao do prisioneiro se d quando ele conflita com a prpria acomodao e, estimulado pela curiosidade, se projeta para fora do seu mundo, no intuito de buscar algo alm de si mesmo

a busca do conhecimento. O prisioneiro sofre ao ser libertado, pois se sente dolorido por ter estado imvel por anos. Num primeiro momento os olhos dele doem, a fogueira irrita suas vistas.

3

Posteriormente, o brilho da luz ofusca seus olhos e o impossibilita de enxergar o seu redor por alguns instantes. Ao acostumar-se depois com a claridade capaz de assimilar a realidade das coisas em sua plenitude e enxergar uma realidade diferente da qual estava atrelado, descobre que durante toda sua vida, no vira seno sombras, as aparncias, e que seu mundo no nada do que imaginava. Estava preso aos conceitos que lhe apresentaram, creu neles da mesma forma como lhe foram transmitidos, tomou-os como verdadeiros sem ao menos refletir se o juzo que fez de tudo era mesmo o correto. Agora contempla o mundo verdadeiramente. Esta alegoria mostra a diferena entre o mundo visvel

percebido por meio da aparncia e o mundo das ideias

apreendido pelo pensamento, exclusivamente. Para se ver as coisas como elas realmente so preciso que haja luz. O conhecimento a luz da vida, que ilumina o caminho e d a viso real do mundo e das coisas, o conhecimento da verdade. Conhecer a verdade enxergar com os olhos da inteligncia, libertar-se da ignorncia e libertar o esprito para que seja levado a se ver na prpria essncia. O prisioneiro liberto nada mais que o filsofo desempenhando seu papel diante do mundo. Uma vez liberto, transformado e adquirido a sabedoria, o prisioneiro sente que deve voltar caverna. Ele viu a luz do conhecimento e sente que deve lev-la, tem a inteno de divulgar e compartilhar o que conheceu com os antigos conviventes

a existncia de outra realidade. O prisioneiro liberto percebe que imprescindvel a troca dessa luz, pois ele no se contenta em s atingir o saber. Ele sabe que precisa motivar os companheiros a percorrer o caminho at a verdade. O prisioneiro liberto volta caverna, para expor aos outros prisioneiros o encontro com a luz. uma fase de sacrifcio, pois divulgar o conhecimento adquirido romper com a inrcia da ignorncia. Ao voltar caverna o prisioneiro liberto exerce um papel pedaggico e at mesmo poltico no intuito de indicar o novo caminho aos antigos companheiros, numa tentativa de libert-los da ignorncia. Ele percebe a dificuldade dos outros em compreender que tudo em que eles acreditavam era iluso. Os outros prisioneiros zombam do liberto, no acreditam em suas palavras e se revoltam pelo fato de o liberto possuir uma verdade que no mais a mesma deles, e o acham ridculo.

4

Os prisioneiros concluem que aps ter ido ao alto o liberto retorna perdido caverna. Caso o liberto ainda insista em afirmar o que conheceu e convide os prisioneiros a tambm sair da caverna, com certeza, eles tentaro silenci-lo e essa incompreenso acabaria por mat-lo.

4 CONCLUSO DO AUTOR

Plato conclui que a caverna o mundo aparente e o que a ilumina a luz do sol. O prisioneiro que se liberta das correntes se projeta a um mundo superior e o contempla. o incio da elevao do esprito para o mundo inteligvel. Esta metfora apresenta o conhecimento de um mundo limitado por circunstncias materiais e sensoriais e existe outro, um mundo real a ser conhecido, que para isso, depender do homem em se libertar da prpria ignorncia. Saindo da acomodao o homem poder ser capaz de indagar e refletir a prpria realidade e adquirir outros conhecimentos.