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ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAGARÇAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - ARAGARÇAS-GO 2015 2025

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Plano Municipal de Educação da Cidade de Aragarças- Goiás 2015/2025

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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

- ARAGARÇAS-GO

2015 – 2025

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“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade” (Prelúdio – Raul Seixas)

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Ficha Técnica

Comissão de Elaboração do PME Nomeada PORTARIA Nº 56, DE 08 de Agosto de 2014 do Prefeito Municipal

Coordenação Geral

Profª. Esp. Divina Wanderley Barros

Secretária Executiva

Profª. Me. Zilma Franco Morais Araujo

Representantes da Equipe técnica da Rede Municipal de Educação

Profª. Angélica da Silva (Gestora CMEI Expedita Pereira Leão).

Profª. Elaine Clemente Arado (Coordenadora Ensino Fundamental)

Profª. Maria Alice Carvalho de Faria (Coordenadora PNAIC)

Profª. Esp. Mônica Maracaípes dos Santos Souza (Coordenadora Geral de Ensino)

Profº. Sérgio Rodrigues da Silva (Coordenador pedagógico Anos Finais)

Representante dos dirigentes da Educação Municipal

Profª. Esp. Maria Dolores Alves Batista

Representante do Conselho Municipal

Profª. Esp. Valdirene Fonseca da Cunha

Representante dos Centros Municipais de Ensino

Profª. Gilcéia de Oliveira Barros

Representante da Comissão de Educação da Câmara Municipal

Ver. Marcivon Rosa da Silva

Representante da Rede Estadual de Educação

Profª. Esp. Katia Cilene Martins Cabral Santos

Representante da Rede Particular de Ensino

Profª.Rita de Cássia Victor de Oliveira

Representante do Poder Legislativo Municipal

Sr. Silvio Dias Rodrigues

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Colaboradores

Profª. Esp.Maria Jose Souza Silva Vaz

Profª.Esp.Dinalva Morais Duques Alves

Profª.Esp.Ester Cândida de Oliveira

Profª.Esp.Gizelli Vilas Boas Lopes Torres

Profª.Esp.Hulda Soares dos Santos Maracaípes

Profª.Esp.Karla Daniella de Almeida Mello

Profª.Esp.Monica Maracaípes dos Santos Souza

Profª.Esp.Silvana Maria de Araujo

Profª.Esp.Simone Santos Luz

Profª.Esp.Valdeni Carvalho Rezende

Profª.Me. Sandra Maria de Araújo

Profº. Esp. Nubio Vicente da Silva

Profº.Esp.Antonio Carlos Ferreira da Rosa

Profº.Esp.Maxsuel Pereira Barbosa

Pesquisa, redação e relatoria

Profª. Me. Zilma Franco Morais Araujo

Coordenadora da Conferência Municipal

Profª. Esp. Salessuir Gomes Pereira Silva

2015

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Sumário APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 11

PREFÁCIO ................................................................................................................................ 12

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 13

1. ENTENDENDO OS PLANOS DE EDUCAÇÃO: PNE; PEE e PME ............................................. 17

1.2 ESTADUAL: PEE ................................................................................................................. 21

1.3 MUNICIPAL- PME .............................................................................................................. 22

1.4 O PASSO A PASSO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ARAGARÇAS

............................................................................................................................................... 23

2. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DE ARAGARÇAS-GO ........................................ 25

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO ......................................................................................... 26

2.2 HISTÓRIA DA CIDADE DE ARAGARÇAS ............................................................................... 26

A Fundação Brasil Central e a Barra Goiana ............................................................................. 27

Evolução histórica ................................................................................................................... 27

3- CARACTERIZAÇÃO FÍSICA ................................................................................................. 30

4- REGIÃO FISIOGRÁFICA ..................................................................................................... 31

5- INFRAESTRUTURA ............................................................................................................... 33

5.1 Energia elétrica ................................................................................................................ 33

5.2- Comunicação ................................................................................................................... 34

5.3- Telefonia .......................................................................................................................... 35

5.5-Acesso Aéreo .................................................................................................................... 36

5.6- Acesso Rodoviário ............................................................................................................ 37

6. ASPECTOS POPULACIONAIS ................................................................................................. 37

6.1- Características gerais da população .................................................................................. 37

6.2 Evolução populacional ...................................................................................................... 38

7. MÃO-DE-OBRA ................................................................................................................ 40

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7

7.1 Empregos .......................................................................................................................... 40

7.2 Renda................................................................................................................................ 40

7.3 Profissões predominantes ................................................................................................. 41

7.4 Faixas salariais ................................................................................................................... 41

7.5 Renda per capita do Município ......................................................................................... 42

7.6 GINI................................................................................................................................... 42

7.7 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) -2000 .......................................... 43

7.8 Ocupação das pessoas por faixa etária, sexo e setor de atividade, .................................... 44

a partir dos 10 anos de idade .................................................................................................. 44

8. SAÚDE ............................................................................................................................. 45

9. SANEAMENTO BÁSICO .................................................................................................... 45

9.1 Água.................................................................................................................................. 45

9.2-Esgoto............................................................................................................................... 46

9.3 Lixo ............................................................................................................................. 46

10- HABITAÇÕES EXISTENTES E LOCALIZAÇÃO ......................................................................... 47

11.CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL ..................................................................................... 48

11.1 Oportunidades de emprego ............................................................................................ 50

11.2 Participação no mercado de trabalho e nível de ocupação .............................................. 51

11.3 Desemprego .................................................................................................................... 51

11.4 Formalidade laboral ....................................................................................................... 52

11.5 Juventude e trabalho decente ......................................................................................... 53

11.6 Capacitação para a população de baixa renda ................................................................ 54

11.7 Rendimentos adequados e trabalho produtivo ............................................................... 54

11.8 Jornada de Trabalho Decente ......................................................................................... 55

11.9 Conciliação entre trabalho, vida Pessoal e vida familiar .................................................. 56

12. TRABALHO A SER ABOLIDO .......................................................................................... 57

12.1 Trabalho Infantil ............................................................................................................. 57

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8

12.2 Trabalho Forçado ........................................................................................................... 58

12.3 Estabilidade e Segurança no Trabalho ............................................................................. 59

12.4 Igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego ............................................. 59

12.5 Disparidade de rendimentos........................................................................................... 60

12.6 Trabalhadoras e trabalhadores domésticos ..................................................................... 61

12.7 Pessoas com Deficiência .................................................................................................. 62

12.8 Ambiente de Trabalho Seguro ......................................................................................... 64

12.9 Seguridade Social ........................................................................................................... 65

12.10 Diálogo Social ............................................................................................................... 66

12.11 Empresas e Trabalho Decente ....................................................................................... 67

13. PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA ............................................................................................. 68

14. ÓRGÃOS DELIBERATIVOS ................................................................................................... 70

14.1 Fórum Municipal de Educação ........................................................................................ 70

SEÇÃO III ............................................................................................................................. 70

14.2 Conselho Municipal de Educação.................................................................................... 73

SEÇÃO II ........................................................................................................................... 73

IX - acompanhar, na Câmara Municipal, a tramitação de projetos que versem sobre: 74

a) política educacional; ................................................................................................ 74

b) criação de escolas públicas municipais; .................................................................... 74

c) denominação de escolas públicas municipais; .......................................................... 74

d) desafetação e alienação de áreas públicas municipais, primitivamente destinadas à

edificação de estabelecimentos de ensino. ...................................................................... 75

X – convocar, na área de sua competência, para eventual prestação de esclarecimentos,

equipe técnico-pedagógica da Secretaria de Educação e diretores de unidades escolares

integrantes do Sistema Municipal de Ensino. ................................................................... 75

XII - diagnosticar problemas e deliberar sobre medidas para aperfeiçoar o sistema de

ensino; 75

15. ASPECTOS EDUCACIONAIS ................................................................................................. 75

16. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................... 77

16.1 Educação Básica .............................................................................................................. 77

16.2 Educação Infantil em Creches e Pré-escolas .................................................................... 78

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16.3 Ensino Fundamental de 9 Anos........................................................................................ 79

16.4 Ensino Médio .................................................................................................................. 80

17. PERSPECTIVA DA INCLUSÃO NO MUNICÍPIO ..................................................................... 81

17.1 Educação Especial.......................................................................................................... 81

17.2 AEE ................................................................................................................................. 81

17.3 Educação Indígena.......................................................................................................... 82

17.4 Educação Quilombola ..................................................................................................... 82

17.5 Educação do Campo ....................................................................................................... 82

17.6 Ensino Superior ............................................................................................................... 84

18 EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA FEDERAL, ESTADUAL,

MUNICIPAL, NO PERÍODO DE 10 ANOS.................................................................................... 84

19. CENSO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ........................................................................................ 127

20 -METAS E ESTRATÉGIAS .................................................................................................... 128

20.1 META 1- Educação Infantil ............................................................................................. 128

20.2 META 2 - Ensino Fundamental ...................................................................................... 131

20.3 META 3- Ensino Médio ................................................................................................. 133

20.4 META 4 - Inclusão ......................................................................................................... 136

20.5 META 5- Alfabetização Infantil ...................................................................................... 139

20.6 META 6 - Educação Integral .......................................................................................... 141

20.7 META 7- Qualidade da Educação Básica- IDEB .............................................................. 143

20.8 META 8- Elevação da escolaridade/diversidade ............................................................. 149

20.9 META 9- Alfabetização de Jovens e Adultos .................................................................. 153

20.10 META 10- EJA Integrada.............................................................................................. 155

20.11 META 11- Educação Profissional ................................................................................. 157

20.12 META 12- Educação Superior ...................................................................................... 159

20.13 META 13- Qualidade da Educação Superior ................................................................ 160

20.14 META 14- Pós Graduação ........................................................................................... 161

20.15 META 15- Profissionais de Educação ........................................................................... 162

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20.16 META 16- Formação ................................................................................................... 163

20.17 META 17- Valorização dos Profissionais do Magistério ................................................ 165

20.18 META 18- Planos de Carreira ...................................................................................... 166

20.19 META 19- Gestão Democrática ................................................................................... 167

20.20 META 20- Financiamento da Educação ....................................................................... 168

30- MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO: PALAVRAS FINAIS .............................................................................................. 172

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11

APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação (PME) para o decênio 2015–2025 constitui-se

em um documento que contém o planejamento da educação de Aragarças, realizado

com participação do governo e da sociedade civil. Nele contém objetivos, metas e

estratégias propostas a curto, médio e longo prazo, para a educação no município num

período de dez anos.

O PME engloba todo o sistema de ensino de Aragarças: as escolas estaduais,

municipais e particulares. Está direcionado aos níveis da Educação Infantil, Ensino

Fundamental, Médio e Educação Superior, Além disso, a Formação de Professores e

Valorização do Magistério, o Financiamento e Gestão da Educação.

Sua construção é determinada pela Constituição Federal em seu artigo oitavo,

Lei nº. 13.005 de 25 de junho de 2014, com a expectativa de responder as necessidades

educacionais do município. Juntos, governo e sociedade civil, pais, alunos, professores

e demais profissionais da educação definiram políticas públicas para educação, com o

propósito de reduzir as desigualdades sociais, regionais e superar a descontinuidade do

trabalho na educação do município de Aragarças.

A garantia da gestão democrática do ensino público assegurou a participação dos

diferentes segmentos da sociedade, através do Planejamento, Trabalho Coletivo,

Responsabilidade, Comprometimento, Colaboração, Compromisso, Autonomia,

Identidade e Transparência na elaboração e aprovação do documento, o qual norteará as

ações públicas para a efetivação do PME, nos próximos dez anos. Por isso, nele está

previsto também o acompanhamento e a avaliação à implementação do plano, por serem

etapas imprescindíveis dentro de um processo democrático.

Transformar esse sonho em realidade será tarefa e compromisso de todas as

forças sociais do município: governo, poderes constituídos, legislativo, executivo,

ministério público, iniciativa privada, pais, alunos, professores, gestores e demais

profissionais e trabalhadores da Educação.

A Equipe

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PREFÁCIO

O texto-base do Plano Municipal de Educação (PME) se referência na legislação

vigente, bem como no alinhamento com as diretrizes expressas no Plano Nacional de

Educação (PNE). Com a promulgação do Plano Nacional, Lei 13.005/2014, cabe aos

estados e municípios, de acordo com a Emenda Constitucional 59/2009, elaborarem

seus planos de educação, alinhados ao PNE, resguardando o diagnóstico e

especificidades locais.

A importância de se respeitar as peculiaridades educacionais do município é um

ato democrático, gerando outros mais ao envolver todos os segmentos da sociedade

aragarcense em uma teia de estudos, reflexões e decisões sobre qual educação queremos

para Aragarças nos próximos dez anos.

A democracia tão sonhada é realidade e se constrói, diariamente, com debates,

discussões, análises e soluções dos nossos problemas, sem perder de vista o macro. A

Educação de Aragarças, neste sentido, está a passos largos. Privilegiada por já ter um

PME em vigência em quantos muitos outros municípios brasileiros começaram a partir

do ponto zero. O processo de planejamento participativo e democrático, não nos causa

estranhamento, e nos proporciona, através dos resultados das II Conferencia Municipal

de Educação, um orgulho ímpar.

Na vivência desse percurso, ressalta-se a importância da iniciativa da Equipe

técnica e Pedagógica da SMECD, a participação e colaboração do Conselho e do Fórum

Municipal de Educação nas discussões, bem como a presença importante e colaborativa

dos gestores municipais, câmara de vereadores que nos clareou compreensões e

realidades. O presente PME é um desafio a ser enfrentado por todos os que, direta ou

indiretamente, estão envolvidos com a educação para o município. O sonho não é de

um, é de todos, pois se fortalece no coletivo. Já afirmava Sêneca, que “a educação exige

os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”; e, assumindo seu papel

mobilizador, a Secretaria Municipal de Educação assegurará o princípio da qualidade da

educação e o efetivo exercício da cidadania, por meio do acesso, permanência e

aprendizagem com sucesso de todas as crianças, jovens e adultos nas escolas de

Aragarças.

Juliana Santana da Cunha

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INTRODUÇÃO

Esta síntese multitemática resultante do mapeamento da situação

socioeconômica, demográfica e, principalmente, educacional do Município de

Aragarças-Go, vem apresentar o conjunto básico de indicadores que definiram o Plano

Municipal de Educação- PME para o decênio 2015-2025. Conhecer as tendências de

crescimento da população, a base produtiva, mercado, economia, trabalho, os desafios e

avanços da gestão da política social do município, foi etapa fundamental para sua

elaboração.

O PME- Plano Municipal de Educação é uma política educacional de caráter

obrigatório, elaborado através do conjunto de reflexões, intenções e ações que

respondem a demandas reais da educação no município. Centrado em Metas e

estratégias de curto, médio e longo prazo, contém princípios, construídos coletivamente

a partir de um diagnóstico situacional, englobando ações de todas as esferas

administrativas atuantes no município. O objetivo maior do PME é a garantia

constitucional do direito à educação com qualidade, equidade e valorização das

diversidades que compõem a riqueza social e cultural do nosso país. Não é um plano de

governo, constitui-se numa política de Estado que necessita ser institucionalizada, por

isso sua existência depende de decisões políticas.

A aprovação desse Plano deverá ser feita pelo poder legislativo, órgão

fundamental nesse processo, transformando-o em Lei Municipal sancionada pelo

prefeito, conferindo poder de ultrapassar diferentes gestões. Legalmente, o processo em

consonância com as perspectivas atuais da Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, de

definição de uma Política Nacional de Educação, caminhou no sentido buscar obter um

marco político-social na continuidade da evolução histórico educativa do Município.

Portanto, no que tange a Lei:

Art. 8º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus

correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em

consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1

(um) ano contado da publicação desta Lei.

§ 1º. Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de educação

estratégias que:

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14

I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais,

particularmente as culturais;

II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e das

comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a

diversidade cultural;

III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial,

assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades;

IV - promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas

educacionais.

§ 2º. Os processos de elaboração e adequação dos planos de educação dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, de que trata o caput deste artigo, serão realizados

com ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade

civil.

Ao abraçar o desafio de fomentar, discutir, refletir e sistematizar o processo de

construção do Plano Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Educação

adotou uma metodologia participativa e democrática, organizada através dos passos:

1º-Definição da coordenação do processo: A etapa inicial buscou

prioritariamente, envolver pessoas e coletivos que lidam direta ou indiretamente com as

políticas educacionais: Conselho Municipal de Educação, gestores e profissionais da

educação básica das redes municipal e estadual, gestores e especialistas em políticas

públicas, universidades, líderes comunitários, religiosos e da comunicação.

Imediatamente após a tomada de decisão da sua elaboração deu-se a constituição do

Fórum Municipal de Educação e a Secretaria de Educação considerando a necessidade

da dinamização do PME, resolve nomear uma Equipe Técnica Especial para fins que

menciona.

1º-Elaboração da proposta de documento-base: A produção desse diagnóstico

implicou um trabalho de pesquisa, o qual culminou na proposta intitulada documento-

base. A partir dos dados coletados nos censos do MEC/INEP, PNAE/FNDE, IBGE,

Conviva Educação, UNDIME, a tarefa de compilar e sistematizar as informações

ocorreu entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015. Logo após, deu-se a elaboração do

material, que provia articular a educação municipal com as metas nacionais. Foram três

encontros explanativos e orientativos e vários outros discussivos, perfazendo um total e

0 encontros ao todo, até entender que já estávamos prontos para realizar o amplo debate.

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2º- Realização do amplo debate: Organizado por meio de uma Conferência Pública

Municipal, o debate foi articulado e metodicamente orientado, intitulado II Conferência

Municipal de Educação, com o tema: “Educação Democrática e Inclusiva: construção

de uma Política Municipal para consolidar o sonho de uma Educação de Qualidade”,

sob o prelúdio, “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que

se sonha junto é realidade. ”(Raul Seixas)

Atualmente, a atuação em redes é considerada poderoso instrumento de

aprendizagem social, aquela que acontece diante da observação e da vivência de

comportamentos e ações. Possibilita, nos participantes, mudanças na postura durante os

debates e discussões – passando a considerar a todos não apenas como ouvintes, mas

como colaboradores. O GT constitui-se como uma rede de educação que toma a

iniciativa, articula, amplia e consolida o envolvimento de cidadãos.

A realização da II Conferencia Municipal de Educação teve como objetivo

ampliar o debate, com o maior número de pessoas possível, a respeito da avaliação

diagnóstica e das metas do PME e envolve uma série de providências, tais como a

escolha de local apropriado, a elaboração e a distribuição de convites e outras formas de

divulgação, a organização da pauta de trabalhos, dentre outras. Torna-se fundamental

planejar a ação para de fato garantir que todos os atores possam tomar conhecimento

dos estudos e proposições realizados e contribuir, de forma produtiva, com suas visões

sobre a construção de uma educação de qualidade para o município.

Muito bem sucedida, a Conferência em forma de audiência pública teve um

cunho socializador e informativo sem deixar de ser democrática. As metas foram

discutidas em 4 grandes eixos onde os GTs- Grupos de Trabalho se organizaram para

reformulações, da seguinte forma:

Eixo I- Educação Básica: Educação Infantil; Ensino Fundamental de nove (09) Anos;

Ensino Médio- METAS: 1,2,3,5,6,7,9,10,11.

Eixo I.A- Educação Infantil e Alfabetização na idade certa;

Eixo I.B-Ensino Fundamental de 9 anos;

Eixo I.C- Ensino Médio

Eixo II- Educação Básica: Educação do Campo; Educação Inclusiva; Educação de

Jovens e Adultos- METAS: 4 E 8.

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Eixo III - Educação Superior e Formação de professores- METAS:12,13, 14, 15,16, 17

e 18.

Eixo IV – Gestão e Financiamento: METAS: 19 e 20

O grande desafio esteve na responsabilidade de elaborar um processo que

formulasse a implantação de políticas públicas que respeitem a autonomia, identidade e

as reais necessidades do povo aragarcense. Mas para que acontecesse, num ato cidadão

e democrático de fato, teve-se a pretensão de ouvir todos os que se prontificaram,

ocasionando assim amplos debates de expressão participativa, rompendo com o

isolamento e unilateralidade de formulações prontas em defesa da importância da

participação social para pensar a educação de fato.

3º- Entrega do documento final ao executivo: Finalmente a Comissão de Organização

e Sistematização do PME, se reuniu para Elaboração do Projeto de Lei do

PME/ARAGARÇAS 2015-2015, que após passar pelo executivo, será encaminhado ao

Legislativo para aprovação e sanção.

Com vistas à garantia constitucional do direito à universalização da educação e à

valorização das diversidades que compõem a riqueza social e cultural do povo

aragarcense, o município conjuntamente com a nação, avançará formando um conjunto

coerente, integrado e articulado, para que direitos cidadãos sejam garantidos e

Aragarças tenha a tão sonhada educação com qualidade e para todos, com base na

articulação de um sistema nacional de educação em regime de colaboração entre os

entes federados.

4º- Envio do Projeto de Lei à Câmara de Vereadores: O plano é determinante para o

município. Contudo, para concretizar–se como Política pública própria, deverá ser

votado e aprovado. Se os as intenções estiverem em sintonia, a educação avançará, os

recursos serão otimizados e a população caminhará na ampliação do acesso e na

qualidade da educação básica e superior.

Doravante, em regime de colaboração, o PME se integrará ao Plano Diretor e

aos Planos de Desenvolvimento Sustentáveis do Município e da Região, dando-lhes

coerência teórica e ideológica e garantindo a efetividade das estratégias e ações de todas

as políticas públicas e das atividades econômicas e culturais que compõem a estrutura e

superestrutura da sociedade municipal. Também é peça fundamental para a construção

do PAR (Plano de Ações Articulado).

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1. ENTENDENDO OS PLANOS DE EDUCAÇÃO: PNE; PEE e PME

Um verdadeiro regime de colaboração, como disposto na Constituição Federal e

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), pressupõe um

arranjo institucional capaz de intermediar as relações intergestores e produzir pactos,

acordos, negociações ou disputas legítimas que, finalmente, resultem em ações

coordenadas entre as três esferas de governo. A conceituação ampla do regime de

colaboração implica a mútua colaboração a ser concretizada entre os sistemas de ensino

federal, estadual e municipal:

1.1- FEDERAL: PNE

Foi numa das reuniões da ABE, mais precisamente na IV Conferência Nacional

de Educação, realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 1931, que nasceu a proposta

da elaboração do Manifesto de 1932, o qual ficou conhecido como Manifesto dos

Pioneiros da Educação. Visto em sua totalidade, o documento sintetiza ideias e

diretrizes para a formulação de uma nova política educacional, contendo princípios

pedagógicos e didáticos para orientar a prática educacional e, por fim, esboça um

programa de reconstrução educacional do país. O documento teve grande repercussão e

motivou uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na

Constituição Brasileira de 16 de julho de 1934 sobre a necessidade de elaboração de um

Plano Nacional de Educação.

No período de 1934 a 1945, agravaram-se as crises nos setores político,

econômico e social que culminaram com o golpe militar de estado de Getúlio Vargas,

em 1937, quando se instaurou o Estado Novo. Este fato interrompeu o processo

democrático da nação, refletindo-se profundamente no rumo dos debates sobre a

educação.

No fim da década de 50, início dos anos 60 houve a retomada do processo

democrático no país- a redemocratização. Nesse contexto, foi elaborado o primeiro

Plano Nacional de Educação, em 1962, logo depois de sancionada a Lei 4.024/61, nossa

primeira LDBEN. O texto foi elaborado pelo Ministério da Educação e Cultura e

aprovado pelo Conselho Federal de Educação, porém, não foi proposto como um

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projeto de lei, mas como uma iniciativa do MEC como um conjunto de metas a serem

alcançadas num prazo de oito anos.

No período da redemocratização brasileira, impulsionados pelo desejo de

mudança, vivenciamos a luta pelo direito à educação de qualidade e para todos, como

uma das principais bandeiras da transição democrática. Em 1967, o MEC propõe

novamente a ideia de um plano nacional consolidado em lei. No entanto, embora

discutida em Encontros Nacionais, tal iniciativa não se concretizou. Através da

Constituição Federal de 1988, ressurgiu a ideia de um plano nacional em longo prazo,

com a força da lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área

de educação.

Completa a redemocratização, a Constituição Federal de 1988, nos Art. 205 e

206 declara: “A educação, direito de todos e dever do Estado e família, será promovida

e incentivada com a colaboração da sociedade”[...], e ministrada com base nos

princípios de:

I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino;

IV. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V. Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos

de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos

das redes públicas; (redação dada pela emenda constitucional nº 53, de 2006)

VI. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII. Garantia de padrão de qualidade.

VIII. Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos

termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Vencido o anseio por democracia, a partir da década de 90, sob ideais de

educação e equidade social, o Brasil insere-se no percurso dos organismos multilaterais,

e sua participação em conferências mundiais resulta em acordos e compromissos

assumidos que repercutem na estrutura e organização interna, desafiando à construção

de novas políticas públicas sociais e educacionais, dentre elas, a centralidade no PNE.

Nesse momento, a política da construção de um Plano Nacional de Educação

como elemento central para assegurar maior organicidade da educação nacional, se

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instaura, já com vistas a instituir um sistema Nacional da Educação (SNE). Previsto pela

Constituição Federal de 1988 no artigo 9º inciso I diz que: “a União incumbir-se-á de

[...] elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito

Federal e os municípios”.

Entre 1993 e 1994, após a Conferência Mundial de Educação na Tailândia e, por

exigência dos documentos resultantes desta conferência, foi elaborado o Plano Nacional

de Educação para Todos, coordenado pelo MEC. O plano foi aprovado, mas, logo

depois, esquecido.

Em 1996, é aprovada a segunda LDBEN – Lei 9.394/96, que insiste na

necessidade da elaboração de um plano nacional para reger a educação, em sintonia com

a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos, com duração de dez anos. Em 9 de

janeiro de 2001, foi sancionada a Lei nº 10.172, responsável pela aprovação do primeiro

Plano Nacional de Educação (PNE). Tal documento, foi elaborado em 1996, para

vigorar entre os anos de 2001 a 2010 e estabelecia a obrigatoriedade dos Estados e

Municípios elaborarem e submeterem à apreciação e aprovação do Poder Legislativo a

proposta de um Plano de Educação próprio.

Após a publicação da citada lei, o PNE com diretrizes e metas para todos os

níveis e modalidades de ensino traz o desafio da articulação para a oferta educacional,

de duração plurianual, com ações que conduziam à:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

Nesse sentido, faz-se necessário abrir parênteses para mencionar que em 2009,

por meio da Emenda Constitucional nº 59, o artigo 214 da LDBEN seria alterado:

De duração plurianual à duração decenal (10 anos);

Se no texto original a finalidade do PNE era articular e desenvolver o ensino,

agora a ideia central concerne na articulação de um sistema nacional de

educação em regime de colaboração entre os entes federados;

Há também uma indicação clara dos itens que devem compor o plano:

diretrizes, objetivos, metas e estratégias;

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Por fim, e talvez o mais importante, é acrescentado um inciso aos cinco já

consagrados que determina a inclusão de meta de aplicação de recursos

públicos em educação, que deverá ter como referência, o Produto Interno

Bruto (PIB) do país.

No que se refere ao novo PNE, seu projeto de lei foi enviado pelo governo

federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e por ali tramitou até junho de 2014,

momento em que foi transformado na Lei Federal de Nº 13.005 dia 25 de junho de

2014. Este é um documento mais sucinto e enxuga o calhamaço de metas do Plano

anterior, sem foco no qualitativo, o que fez o documento perder a força e ser

considerado “letra morta”.

Atualmente em suas diretrizes, o PME em vigência, reforça alguns princípios do

anterior, estabelecendo-os com maior abrangência e proposições:

I. Erradicação do analfabetismo;

II. Universalização do atendimento escolar;

III. Superação das desigualdades educacionais;

IV. Melhoria da qualidade do ensino

V. Formação para o trabalho

VI. Promoção da sustentabilidade socioambiental

VII. Promoção humanística, científica e tecnológica do país

VIII. Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como

proporção do produto interno bruto

IX. Valorização dos profissionais da educação

X. Difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da

educação.

Tão importante quanto a elaboração do PME, é atentar para os cumprimentos previstos

das metas, bem como para a legitimidade dos dados que apontam para percentuais e estatísticas,

conforme disposto no artigo da Legislação em vigor:

Art. 3o. As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência

deste PNE, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias

específicas.

Art. 4o. As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos

nacionais da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data da

publicação desta Lei.

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Parágrafo único. O poder público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins

estatísticos de forma a incluir informação detalhada sobre o perfil das populações de 4

(quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência.

Art. 5o.A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de

monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes

instâncias:

I - Ministério da Educação - MEC;

II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura

e Esporte do Senado Federal;

III - Conselho Nacional de Educação - CNE;

IV - Fórum Nacional de Educação.

§ 1o Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:

I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios

institucionais da internet;

II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e

o cumprimento das metas;

III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.

1.2 ESTADUAL: PEE

O Plano Estadual de Educação (PEE) é o documento definidor da política

educacional do Estado de Goiás, também tem a duração de dez anos. Sua construção se

dá da seguinte forma: A partir do diagnóstico da situação educacional de Goiás,

estabelece diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis e modalidades de ensino,

para a formação e valorização dos profissionais da Educação e para o financiamento, a

gestão e a avaliação da Educação.

Sua finalidade é definir os parâmetros das ações do Poder Público na esfera da

Educação do Estado de Goiás e de seus municípios, no direcionamento dos Planos

Plurianuais, dos Planos de Desenvolvimento da Educação (PDE), dos Planos de Ações

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Articuladas (PAR), sendo o seu caráter de Plano de Estado que extrapola gestões

governamentais.

1.3 MUNICIPAL- PME

O PME- Plano Municipal de Educação centra sua visão nas instituições

educativas, como ambiente privilegiado para o ensino e a aprendizagem, respaldando-se

na Constituição do Estado de Goiás (1989) e na Lei Complementar nº 26, de 28 de

dezembro de 1998, ambas acordadas com a Constituição Federal de 1988 e com a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro

de 1996).

Os antecedentes do presente documento possuem uma história, cujo início

remonta ao ano de 2002, quando a equipe pedagógica da SMECD se mobilizou para sua

construção. Neste contexto, o Fórum Municipal de Educação foi criado pela Portaria nº

232, de 13 de agosto de 2002, nos termos da Lei Municipal n°1225, de 5 de março de

2001 e das indicações feitas por seus segmentos constituintes nomeando os seus

membros. O referido fórum foi criado observando-se a necessidade e obrigatoriedade se

ter “um órgão de articulação com a sociedade, com o intuito de estudar, discutir e

propor soluções alternativas para o desenvolvimento da educação” (art. 14, Lei

Municipal nº 1225, de 05/03/2001).

A gestão planejada e integrada do ensino entre Estado e Municípios tornou-se

essencial para evitar paralelismos e ações concorrentes para superar as diferenças

regionais e locais, garantir melhor utilização de recursos humanos, financeiros e

materiais necessários a uma educação básica de qualidade para todos, conforme o que

preconizava as mudanças na legislação educacional. Atualizado em 2004, o PME

anterior atendeu durante todo o período da sua vigência, contemplando a legítima

vontade da sociedade civil organizada, representando o novo panorama educacional que

se desejava para o momento.

Atualmente, a construção do novo Plano Municipal de Educação com vigência

para 2015-2025, significa mais um grande avanço, por se tratar de um plano de Estado e

não somente um plano de governo. A sua aprovação pelo poder legislativo,

transformando-o em lei municipal sancionada pelo chefe do executivo, confere poder de

ultrapassar diferentes gestões. Nesse prisma, traz a superação de uma prática tão comum

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na educação brasileira: a descontinuidade que acontece em cada governo, recomeçar a

história da educação, desconsiderando as boas políticas educacionais por não ser de sua

iniciativa. Com um plano com força de lei, respeitado por todos os dirigentes

municipais, resgata-se o sentido da continuidade e efetividade das políticas públicas.

1.4 O PASSO A PASSO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ARAGARÇAS

1° PASSO: ORGANIZAÇÃO DO ORGÃO

GESTOR DA EDUCAÇÃO

5° PASSO: INSTALAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO PARA A ELABORAÇÃO/REVISÃO DO

PME

4° PASSO: AÇÕES DE MOBILIZAÇÃO PARA A

FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO

14° PASSO: EXECUÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME

2° PASSO: CONSTITUIÇÃO DO FÓRUM

MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DA EDUCAÇÃO

3° PASSO: ARTICULAÇÃO POLÍTICA

7° PASSO AÇÕES DE MOBILIZAÇÃO PARA

PROMOVER A PARTICIPAÇÃO SOCIAL

6° PASSO: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA

EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO

9° PASSO: ORGANIZAÇÃO DA

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

8° PASSO: ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS,

METAS E AÇÕES DO PME

11° PASSO: REDAÇÃO FINAL DO PME

10° PASSO: REALIZAÇÃO DA

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

13° PASSO: ENCAMINHAMENTO DO PME

À CÂMARA MUNICIPAL

12° PASSO: TRAMITAÇÃO INTERNA NO

GOVERNO

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Conforme o exposto, a elaboração do PME 2015-2025 constituiu-se como o

momento de um planejamento conjunto do governo com a sociedade civil que, com

base científica e com a utilização de recursos previsíveis, teve como intuito responder às

necessidades sociais. Todavia, só com a participação da sociedade civil (Conselho

Municipal de Educação, associações, sindicatos, Câmara Municipal, diretores das

escolas, professores e alunos, entre outros) é que garantirá a efetivação das diretrizes e

ações planejadas.

Com relação ao acompanhamento e avaliação, o Plano Municipal deve prever e

determinar os momentos estratégicos para a realização da avaliação das ações e das

atividades desenvolvidas. Analisar e reavaliar os resultados que serão alcançados é

imprescindível para redirecionar as estratégias de execução na dinâmica do processo.

Nessa perspectiva, é fundamental que, concluída a tramitação e aprovada a lei do PME,

o Fórum Permanente faça o acompanhamento e avaliação.

Em linhas gerais, este documento ao se transformar em Lei, orientará o MEC no

levantamento para liberação de recursos essenciais e imprescindíveis para que o ensino

e a educação de qualidade aconteçam no Município. Integrado, ainda, à realidade, à

vocação, às políticas públicas do município e sua proposta de desenvolvimento, caberá

também determinar as metas e as estratégias de suas ações na educação escolar. Para

tanto, o Poder Público Municipal exercerá papel indutor na sua efetivação.

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2. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO MUNICÍPIO DE ARAGARÇAS-GO

Fonte: http://www.cidadesdomeubrasil.com.br/go/aragarcas

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2.1 IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

Município:Aragarças

Mesorregião: Noroeste goiano

Microrregião: Aragarças

Estado: Goiás – GO

País: Brasil

Região: Centro-Oeste

Gentílico: aragarcense

Prefeito: Aurélio Mauro Mendes

E-mail:[email protected]

Telefones:(64) 3638-7000

Fax: (64) 3638-3143

Sites:http://www.aragarcas.go.gov.br/

2.2 HISTÓRIA DA CIDADE DE ARAGARÇAS

(Texto extraído dos livros Município de Aragarças da Professora Zélia Diniz e História

da cidade de Aragarças de Claudemiro Souza Luz)

O início do município de Aragarças, data-se de 1872 quando veio de

Araguaiana, Estado do Mato Grosso, um grupo de garimpeiros. Dando origem ao

povoado de Deixado.

No dia 04 de setembro de 1891 foi celebrado uma missa solene e designado o

local onde seria construído o Presídio da Macedina, que se tratava de um destacamento

militar com a finalidade proteger os moradores contra os ataques dos índios, apoiar os

soldados que participaram da Guerra do Paraguai e promover a colonização da região.

O movimento de viajantes que subiam o Rio Araguaia, em várias embarcações,

era intenso em busca da Baliza, cidade localizada à margem do Araguaia. Neste

percurso encontravam os ricos garimpos que praticavam a cata de diamantes

enriquecedores. Vindo então para o local várias famílias.Estava iniciada a vila que

chamaram de Barra Goiana, na confluência do Rio Garças com o Rio Araguaia. Sendo

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que ao lado esquerdo do Araguaia também se inicicou uma vila que chamaram de Barra

Cuiabana. Construiu-se também uma igrejinha de barrotes, coberta de palhas, em

homenagem ao Senhor Bom Jesus da Lapa, que se tornou o Padroeiro da vila. Pois a

maioria dos habitantes era originária da Bahia.

A Fundação Brasil Central e a Barra Goiana

No início de agosto de 1943, chegou À Barra Goiana a Expedição Roncador-

Xingu, mais tarde transformada em Fundação Brasil Central, comandada pelo Coronel

Flaviano de Matos Vanique.Veio com a incumbência de instalar sua Base de Ação à

margem direita do rio Araguaia, em frente ao pontal do rio Garças.

Pela localização junto aos dois rios designou-se o nome Aragarças para a Barra

Goiana, por derivação dos nomes dos rios (Araguaia e Garças).

Com a presença e administração da Fundação Brasil Central, Aragarças teve

acentuado progresso, sem perder sua feição típica.

Pelo rápido crescimento de Aragarças, Balisa concedeu-lhe a título de Vila de

Aragarças, pela Lei n° 5, de 5 de novembro de 1951. E pela Lei Estadual nº 788, de 10

de outubro de 1953, Aragarças foi elevada à categoria de cidade, passando a ser um

município.

Evolução histórica

Colonização – A colonização de Aragarças passou por fases distintas como: sua

origem com a instalação do Presídio da Macedina, a chegada dos garimpeiros, a

Fundação Brasil Central à materialização do Programa do Governo Federal Getúlio

Vargas denominado “Marcha para o Oeste”, a SUDECO, o COMMEA e Aragarças

autônoma.

O Presídio da Macedina – marcou a entrada de colonos para desenvolverem o

trabalho agrícola e a criação de gado, com a fixação do homem à terra, houve a

instalação do presídio para proteger a população assentada contra ataques indígenas e

facilitara os meios de comunicação entre as províncias de Goiás e de Mato Grosso, em

agosto de 1871.

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Barra Goiana - foi o povoado garimpeiro que se instalou na margem direita do

rio Araguaia, sem preocupação com a fixação à terra e nenhuma organização

urbanística, por volta de 1923.

Marcha para o Oeste – foi o desbravamento que os bandeirantes paulistas

realizaram através dos Sertões aumentando o território brasileiro, como iniciativa do

Presidente Getulio Vargas que objetivava a colonização do Brasil e a proteção da

Região Oeste contra ataques dos inimigos. Essa Bandeira foi legalizada em 3 de junho

de 1943 recebendo o nome de Expedição Roncador-Xingu.

Expedição Roncador-Xingu- o Presidente Vargas desejava criar vias de

comunicação entre todo o país, do Amazonas ao Sul\, através do interior. E a expedição

deveria explorar e fazer povoar o Maciço Central do Brasil, nas cabeceiras do rio Xingu.

Em Uberlândia, Pedro Martins, que fazia compras para o seu armazém, conheceu o

coronel Vanique, chefe da Expedição e lhe indicou o caminho melhor para chegar ao rio

Araguaia, que era a estrada de Barra Goiana.

No dia 14 de agosto, depois de passar por várias cidades goianas, chegaram a

Barra Goiana. Acamparam e fundaram a primeira Base junto ao Córrego do Rola, na

confluência com o Araguaia. Fincaram em terreno plano e alto o marco da Fundação de

Aragarças, definindo o início da Marcha para o Oeste no território da Amazônia. O

marco da fundação de Aragarças foi substituído posteriormente pelo Cruzeiro em frente

ao qual foi construída a Vila Militar. Fundada Base de Aragarças, a expedição seguiu

em direção aos rios Morte e Xingu.

Fundação Brasil Central - Em 4 de outubro de 1943, o presidente Getúlio

Vargas cria a Fundação Brasil Central absorvendo o patrimônio da Expedição Roncador

Xingu e outros bens que se fizessem necessários. A Fundação Brasil Central tinha o

objetivo de colonizar a região do alto dos rios Araguaia e Xingu, o Brasil Central

Ocidental. Pelos lugares por onde a Fundação passava deixava instalada uma base com

campo de pouso, estação rádio-amador para comunicação imediata, pronto-socorro e

acampamento para funcionários.

Em julho de 1945 o presidente Getúlio Vargas esteve três dias em Aragarças,

com o Ministro da Guerra Marechal Eurico Gaspar Dutra. Foram dias de festas com a

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presença de João Alberto que trouxe artistas do Rio de Janeiro e o primeiro serviço de

alto-falante.

Entre os anos 1950 e 1954 a Fundação Brasil Central construiu a ponte sobre o

Rio Araguaia, conjuntos residenciais, o Hospital Regional Getúlio Vargas, a Serraria, a

Cerâmica, a Caixa d’água, a Igreja São Judas Tadeu, o Aeroporto Salgado Filho, a

estrada Piranhas/Aragarças e o reflorestamento com a plantação de 500 mil pés de

eucaliptos.

SUDECO - em 1° de dezembro de 1967, foi criada a Superintendência do

Desenvolvimento do Centro Oeste - SUDECO – para retomar a penetração da

Amazônia, através da região Brasil Central e impulsionar o progresso da região. O ato

de criação da SUDECO extinguiu a Fundação Brasil Central e encampou todo o seu

patrimônio, programas de trabalho e funcionários.

COMMEA - o Consórcio dos Municípios do Médio Araguaia foi criado para

administrar e dar manutenção aos bens da extinta Fundação Brasil Central, o que estava

sendo feito, pela SUDECO. Este fato ocorreu quando da sua criação em 9 de dezembro

de 1972. O COMMEA foi gradativamente se desfazendo dos bens, por venda, para

quitar dívidas contraídas, e por doações. Desta forma, foi encerrado todo o patrimônio

que se iniciou em 1943 quando a Expedição Roncador – Xingu assentou base em

Aragarças. Com o fim do patrimônio também ficou encerrado o trabalho e a função do

COMMEA.

Aragarças Autônoma – Desde 1943, a Fundação Brasil Central executou a

tarefa de colonizar o Centro-Oeste. Aragarças era pólo de comunicação com toda a área

a ser colonizada, por isso a Fundação Brasil Central assentou e construiu aqui, toda a

estrutura necessária ao desenvolvimento programado.

Quando Aragarças foi elevada à categoria de Município em dois de outubro de

1953, teve também, sua administração municipal. Tal administração era composta por

um chefe da Base e um prefeito. A partir de dezembro de 1967, coube a prefeitura

assumir responsabilidade total com os destinos do município. O ato de maior destaque

nas administrações municipais foi a aquisição das terras do município, por doação da

SUDECO, patrimônio da Fundação Brasil Central.

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De 1953, ano de sua emancipação político-administrativa, até a gestão

2001/2004, Aragarças atingiu a marca de 13 prefeitos municipais que nomeados ou

eleitos por voto direto, foram instrumentos importantes para o desenvolvimento e o

crescimento político-administrativo de nossa cidade no contexto estadual e nacional,

proporcionando um desenvolvimento econômico progressivo ao longo dos anos.

A história de Aragarças se confunde com a própria história do povo brasileiro,

povo guerreiro que busca nos ideais de justiça e amor a construção de sua trajetória.

Os construtores de Aragarças são inúmeros, mas é digno ressaltar e retratar

alguns, como aqueles que criaram a Fundação Brasil Central; os chefes da Base e seus

comandados; os governos de Estado e políticos que olharam Aragarças com atenção; os

prefeitos e vereadores que construíram uma administração municipal; os servidores

públicos, em especial os educadores que constroem a educação dos aragarcenses e o

próprio povo que com seu trabalho e dedicação continuam contribuindo com o

crescimento de nossa cidade.

Assim é que a nossa Aragarças vem sendo construída dia após dia por seus

administradores, por sua população e pelas pessoas que por aqui passam.

Nascida em função do garimpo, atividade econômica que se encontra em fase de

declínio, hoje, Aragarças conta com comerciantes, funcionários públicos federais,

estaduais e municipais, militares, pescadores, lideranças religiosas, prestadores de

serviço e mão-de-obra muitas vezes absorvida pelo mercado de trabalho das cidades

circunvizinhas.

Consciente da necessidade constante de melhoria da qualidade de vida do

cidadão aragarcense, bem como de seus visitantes, o Poder Público local, para manter

um desenvolvimento social, físico, econômico e cultural, estabelece como prioridade a

educação básica, possibilitando à população a universalização do ensino tendo como

horizonte a democracia e a inclusão social.

3- CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Segundo o IBGE, a microrregião de Aragarças está localizada na mesorregião

noroeste goiano, à margem direita do rio Araguaia, precisamente no ponto de

confluência do rio Garças, de acordo com o IBGE, possui o código 5201702. Aragarças

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Limita-se com os municípios de Barra do Garças e Bom Jardim de Goiás.É um

município brasileiro do Estado de Goiás, localizado a uma latitude 15°54'1"S e

longitude 52°14'26"W, estando a uma altitude de 400 metros. Possui uma área da

unidade territorial de 662,901 km², tendo uma densidade demográfica de 27,61 hab/km²

e um PIB de R$4.956,94. A distância da capital do Estado é de 420 km através das

rodovias BR-158, GO-60 e BR-70.

4- REGIÃO FISIOGRÁFICA

O clima de Aragarças é tropical úmido com os dias mais chuvosos entre

dezembro, janeiro, fevereiro e os dias secos entre os meses de junho, julho e agosto, de

modo que as quatro estações do ano passam quase despercebidas face a definição

acentuada da seca e das chuvas.Sob esse predomínio climático, Aragarças é uma cidade

quente e com estação seca. Segundo dados do Instituto Nacional de

Meteorologia (INMET), a temperatura mínima registrada em Aragarças foi de 4,0ºC, no

dia 18 de julho de 1975. Já a máxima foi de 42,2ºC, observada dia 14 de

outubro de 2000. O maior acúmulo de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de

171,2 mm, em 21 de dezembro de 1972.

A predominância de uma vegetação de campos e cerrados torna a primavera

aragarcense especial em decorrência do florescimento único e exuberante da flora

característica do cerrado.

O solo é pouco acidentado favorecendo a urbanização da cidade e os trabalhos

da zona rural que conta com o Rio Araguaia para sua irrigação e consequente fonte de

vida.

Aragarças possui como principal atrativo o fato de ser banhada pelas águas do

majestoso Rio Araguaia, ao longo dos cerca de 80km nos quais o rio percorre as terras

do município podem ser vistas inúmeras praias. A mais frequentada delas é a Quarto

Crescente. Devido à variada viscosidade apresentada pelos rios da região, é possível

realizar ótimas pescarias e atividades contemplativas nos

rios Caiapó, Diamantino, Garças e Araguaia.

Aragarças por ser uma cidade turística, o Rio Araguaia é o nosso orgulho maior,

possui 15 km de praias e atraem milhares de turistas de todo o Brasil, nas férias, temos

de tudo para todos os gostos, barracas,comidas, bebidas,shows,aeróbicas, diversas

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modalidades esportivas. A pesca pode ser praticada ao longo do Rio Araguaia e de seus

afluentes, também com a prática de esportes aquáticos os turistas divertem-se com seus

jet-skis, lanchas e canoas motorizadas.

Manifestações religiosas e culturais bastante convidativas relacionadas às

origens católicas acontecem nos seus entornos, cita-se a folia de reis, quermesses e as

festas dos dois padroeiros da cidade: Bom Jesus da Lapa e São Judas Tadeu. Suas

principais atividades econômicas são o comércio, agricultura e o turismo. Não obstante,

a maioria da sua população trabalham no município vizinho de Barra do Garças-MT.

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A grande Bacia do Tocantins-Araguaia abrange todos os recursos hídricos que

deságuam nos rios Tocantins e Araguaia. A bacia ocupa uma superfície de 967.059 km²,

o que a torna a maior entre aquelas que se encontram totalmente dentro do território

brasileiro, envolvendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e

o Distrito Federal. Aproximadamente 9,5% do território brasileiro é drenado por ela.

FONTE:http://www2.transportes.gov.br/bit/04-hidro/3-rios-terminais/rios/00-Figuras/bacias-local/map-araguaia.gif

5- INFRAESTRUTURA

5.1 Energia elétrica

O fornecimento de energia representa a melhoria da qualidade de vida da

população. Assim, as unidades escolares que contam com este serviço, contam também

com inúmeros benefícios, relacionados tanto ao conforto como às possibilidades de

utilização nas atividades pedagógicas.

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5.2- Comunicação

Principalmente nas escolas municipais, há equipamentos para uso pedagógico,

em número suficiente e adequado, favorecendo a realização de ações pedagógicas

eficazes, troca de experiências e interações positivas entre os estudantes, contribuindo

para uma aprendizagem significativa. A carência desses equipamentos pode significar

perda da qualidade da educação e, portanto, tais escolas devem receber especial atenção

na aquisição e distribuição desses materiais. Dados abaixo organizam por números total

e porcentagem a presença desses aparelhos nas escolas municipais. Os dados das

escolas estaduais não temos.

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5.3- Telefonia

Serviços de comunicação são feitos por meio de telefonia fixos e móveis

públicos são feitos pelo- DDD (064) prefixo 3638 e pelo Estado de Goiás e DDD (066)

prefixos 3401, 3402 e 3407, no Estado de Mato Grosso e móveis por meio de aparelhos

celulares. Na cidade também contempla

5.4- Transportes

Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2013. NOTA 1: Atribui-se zeros aos valores

dos municípios onde não há ocorrência da variável. NOTA 2: Atribui-se a expressão dado não informado às variáveis onde os valores dos municípios não foram informados.

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5.5-Acesso Aéreo

Fonte: http://mapas.guiamais.com.br/guia-de-bairros/setor+aeroporto-aragarcas-go

Aragarças tem um dos melhores e bem estruturado aeroporto da região do Vale

do Araguaia, que no dia 2 de dezembro de 1959 foi palco para o pouso do primeiro

avião sequestrado no mundo por alguns militares rebeldes ao governo de Juscelino

Kubitschek. Movimento denominado de “A Revolta Veloso” que foi debelado em 72

horas pelas forças leais ao governo. Maiores informações sobre o município, podem ser

obtidas no CAT (Centro de Atendimento ao Turista 64 3638-7030) que funciona na

Praça do Travessia (Complexo Turístico Beira Rio).

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5.6- Acesso Rodoviário

Ao fazer o Percurso de veículo terrestre, a distância de Aragarças de algumas

das principais capitais brasileiras.

6. ASPECTOS POPULACIONAIS

6.1- Características gerais da população

De acordo com dados do IBGE, sobre os aspectos populacionais do município

de Aragarças (2010), as características gerais da população se evidenciam pelos

seguintes dados:

População residente 18.305 pessoas

População residente – Homens 9.186 pessoas

População residente – Mulheres 9.119 pessoas

População residente alfabetizada 15.384 pessoas

População residente que frequentava creche ou escola 5.759 pessoas

População residente, religião católica apostólica romana 10.454 pessoas

População residente, religião espírita 371 pessoas

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População residente, religião evangélicas 4.978 pessoas

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Rural

350,00

reais

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios particulares permanentes – Urbana

492,50

reais

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Rural

2.986,09

reais

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Urbana

1.885,68

reais

6.2 Evolução populacional

Com base no senso estatístico realizado pelo IBGE em 2010, a população

residente do município de Aragarças era de 18.305 habitantes. Comparativamente aos

anos de 1991 a 2010 percebe-se que houve um crescimento populacional de 4,563

habitantes, fenômeno que continua expandindo. Segundo dados recente do mesmo

Instituto, estima-se que agora em 2014 a população já esteja em de 19.426 habitantes.

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Fonte: IBGE: Censo Demográfico 1991, Contagem Populacional 1996, Censo Demográfico 2000, Contagem Populacional 2007 e

Censo Demográfico 2010;

Fonte: IBGE: Censo Demográfico 2010.

Conforme observamos na pirâmide etária o município de Aragarças é um

município de pessoa de um predomínio de idade entre 5 a 44 anos, o que significa que

há uma maior incidência populacional de crianças, adolescentes, jovens e adultos.

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Registrando um número menor de terceira idade e idosos. O que requererá investimento

maior em educação e trabalho com vistas ao ensino médio e Superior.

7. MÃO-DE-OBRA

7.1 Empregos

Fonte: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/perfilweb/Estatistica_bde.asp

O número de empregos (postos de trabalho) corresponde ao total de vínculos

empregatícios ativos, é diferente do número de pessoas empregadas, pois um mesmo

indivíduo pode estar ocupando mais de um posto de trabalho na data de referência.

Como vínculo empregatício entende-se a relação de emprego mantida com o

empregador durante o ano-base e que se estabelece sempre que ocorrer trabalho

remunerado com submissão hierárquica ao empregador e horário pré estabelecido por

este.

7.2 Renda

1991 2000 2010

0,556 0,619 0,694

Fonte: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/perfilweb/Estatistica_bde.asp

O IDHM - RENDA é obtido a partir do indicador renda municipal per capita

média, ou seja, é a renda média mensal dos indivíduos residentes em determinado

município, expressa em reais.Classificação segundo IDH a renda de Aragarças 1991,

vem subindo do nível Baixo (de 0,500 a 0,599) e já está está no Médio (de 0,600 a

0,699).

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7.3 Profissões predominantes

Esta relação pode ser regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou

pelo Regime Jurídico Único, no caso de empregado estatutário. Adicionalmente a RAIS

levanta dados sobre vínculos de trabalhador avulso, trabalhador temporário (Lei nº

6.019, de 03/01/74), menor aprendiz, diretor sem vínculo que tenha optado por

recolhimento do FGTS e trabalhador com contrato de trabalho por prazo determinado

(Lei nº 9.601, de 21/01/98). É a soma dos sub-setores: Indústria de Extração de

Minerais; Indústria de Transformação; Serviços Industriais de Utilidade Pública;

Construção Civil; Comércio; Serviços; Administração Pública Direta e Indireta;

Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais, Extração Vegetal e Pesca; e Atividade

não Especificada ou Classificada.

7.4 Faixas salariais

Fonte: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/perfilweb/Estatistica_bde.asp

O número de empregos (postos de trabalho) corresponde ao total de vínculos

empregatícios ativos, é diferente do número de pessoas empregadas, pois um mesmo

indivíduo pode estar ocupando mais de um posto de trabalho na data de referência.

Como vínculo empregatício entende-se a relação de emprego mantida com o

empregador durante o ano-base e que se estabelece sempre que ocorrer trabalho

remunerado com submissão hierárquica ao empregador e horário pré estabelecido por

este. Esta relação pode ser regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou

pelo Regime Jurídico Único, no caso de empregado estatutário. Adicionalmente a RAIS

levanta dados sobre vínculos de trabalhador avulso, trabalhador temporário (Lei nº

6.019, de 03/01/74), menor aprendiz, diretor sem vínculo que tenha optado por

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recolhimento do FGTS e trabalhador com contrato de trabalho por prazo determinado

(Lei nº 9.601, de 21/01/98). É a soma dos sub-setores: Indústria de Extração de

Minerais; Indústria de Transformação; Serviços Industriais de Utilidade Pública;

Construção Civil; Comércio; Serviços; Administração Pública Direta e Indireta;

Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais, Extração Vegetal e Pesca; e Atividade

não Especificada ou Classificada.

7.5 Renda per capita do Município

A renda per capita é obtida a partir do indicador renda municipal per capita

média. Ou seja, a renda média mensal dos indivíduos residentes em determinado

município, expressa em reais.

7.6 GINI

Fonte: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/perfilweb/Estatistica_bde.asp

O índice de GINI, mede o grau de desigualdade existente na distribuição de

indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0 (zero), quando

não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1 (um),

quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade

e a renda de todos os outros indivíduos é nula).

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7.7 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) -2000

O IDHM é um índice composto por três das mais importantes áreas do

desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento

(educação) e padrão de vida (renda). Os dados utilizados são do Censo Demográfico do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acesso ao conhecimento de

cada município foi medido pela composição de dois subindicadores com pesos

diferentes: escolaridade da população adulta e fluxo escolar da população jovem. A

escolaridade da população adulta foi medida pelo percentual de pessoas com 18 anos ou

mais de idade, com ensino fundamental completo e tem peso 1. O fluxo escolar dos

jovens foi medido pela média aritmética do percentual de crianças entre cinco e seis

anos frequentando a escola, do percentual de jovens entre 15 e 17 anos com ensino

fundamental completo e do percentual de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio

completo e tem peso 2. A média geométrica desses dois componentes resulta no IDHM

Educação. O IDHM vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento

humano, quanto mais próximo de um, melhor.

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7.8 Ocupação das pessoas por faixa etária, sexo e setor de atividade, a partir dos 10 anos de idade

Dados relativos à população economicamente ativa de acordo com o quantitativo

de jovens e adultos que estão inseridos no mercado de trabalho segundo a cor/raça e

gênero.

Fonte: Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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8. SAÚDE

Em Aragarças há apena 1 hospital público para atender toda a população.

9. SANEAMENTO BÁSICO

Esgoto, acesso a água tratada e o fornecimento de energia elétrica são pautas

tratadas junto à Administração Municipal e que devem subsidiar a elaboração de

políticas públicas.

9.1 Água

A extensão das redes de água é oferecida pelo Saneamento de Goiás S/A – SANEAGO.

A oferta de água de qualidade adequada ao consumo principalmente nas unidades

escolares é uma medida de proteção à saúde. Os cuidados com o sistema de

abastecimento de água diminui a incidência de doenças relacionadas à água como as

gastroenterites e a cólera, por exemplo. A limpeza das caixas e reservatórios, bem como

a adequada manutenção, são medidas que ajudam a garantir a qualidade da água

consumida. Todas as escolas deste município oferecem água filtrada aos alunos. E o

abastecimento da água é feita por meio de rede pública.

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9.2-Esgoto

Esgoto - A rede de esgoto garante melhores condições de saúde e higiene para a

comunidade, evitando a contaminação do solo, da água e a proliferação de doenças, bem

como auxiliando na preservação do meio ambiente. Em alguns casos onde não existem

rede de esgoto, a construção de fossas sépticas é uma alternativa para a destinação

adequada do esgoto das unidades escolares.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

2008.

9.3 Lixo

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada em 2008

pelo IBGE, 50,8% dos resíduos produzidos pelos municípios brasileiros são lançados

em vazadouros a céu aberto, nos chamados “lixões”, sem medidas de proteção ao

ambiente ou à saúde pública. Este é o pior destino que se pode dar ao lixo, uma vez que

favorece a disseminação de doenças, contamina o solo e as águas. Existem soluções

mais adequadas para destinação do lixo, tais como: aterro sanitário, usina de

compostagem, reciclagem e reutilização, incineração. ´No município de Aragarças há

coletas periódicas de lixo, mas ainda requer elaboração de projetos de educação

ambiental para destinação tanto no âmbito da gestão municipal quanto das escolas. Essa

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tarefa deve ser coletiva e exige reflexão conjunta da comunidade escolar com a

sociedade.

10- HABITAÇÕES EXISTENTES E LOCALIZAÇÃO

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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11.CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL

O contexto econômico e social é um elemento estruturante e condicionante da

promoção do Trabalho Decente.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

Produto Interno Bruto (PIB) do município de Aragarças para o ano de 2011 era da

ordem de R$ 115 milhões, e 6 Trabalho Decente participava com 0,1% do PIB da

unidade federativa em que se localiza – em 2005, tal participação era de 0,1%.

O PIB per capita municipal - que corresponde a toda riqueza gerada pela

economia do município em determinado ano, relativizada por sua população residente –

perfazia o valor de R$ 6.243 no ano de 2011, sendo que o PIB per capita estadual no

mesmo ano era de R$ 18.299. Ainda que seja um indicador importante, vale chamar a

atenção para o fato de que o PIB per capita municipal depende de outras variáveis que

podem se alterar por fatores que vão, desde aspectos migratórios, à implantação de

atividades produtivas que podem funcionar como um verdadeiro enclave no território

dos municípios, gerando a possível interpretação de que os valores per capita obtidos

possam estar sendo internalizados na economia do respectivo município, o que nem

sempre acontece. Portanto, é preciso atentar para o fato de que há uma diferença

substancial entre o volume de produção/renda gerada no município (expresso pelo valor

do PIB) e a renda efetivamente apropriada/internalizada pelo município e suas

respectivas famílias residentes.

A análise da contribuição setorial ao produto municipal e à estrutura da

ocupação quando realizada simultaneamente fornece importantes elementos para a

compreensão das relações entre a dinâmica econômica e o mercado de trabalho. Em

2011, o setor agropecuário respondia por 4,4% do Valor Adicionado (VA1) total no

município e por 6,6% da ocupação total em 2010, ao abrigar um contingente de 535

trabalhadores/as. Já a indústria, gerava 15,3% do VA e 19,2% dos postos de trabalho, ao

abrigar 1.554 ocupados/as. Por fim, o setor de serviços era responsável por 80,4% do

1Valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição

ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor da

produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades.

(Fonte: Boletim organização internacional do trabalho)

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VA municipal e respondia por 74,3% da ocupação, mediante a absorção de 6.034

pessoas ocupadas.

É importante chamar a atenção para o fato de que o VA dos serviços inclui os

gatos correntes da Administração Pública (APU). Desse modo, objetivando-se uma

análise mais detalhada, será mensurada a participação da APU no setor de serviços e no

VA total. Com este procedimento é possível observar aqueles municípios com

atividades econômicas mais incipientes, as quais têm nos gastos efetuados pela

Administração Pública no pagamento dos seus agentes o principal (ou um dos

principais) segmento (s) de suas economias, daqueles outros nos quais as demais

atividades terciárias são, de fato, representativas na composição do PIB municipal. No

ano de 2011, o VA da APU respondia por 44,7% do VA do setor de serviços e por

35,9% do VA total municipal. Tratando-se da composição setorial do mercado formal

de trabalho, os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS2) do Ministério

2A RAIS é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as

necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social.

Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de

fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal.

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do Trabalho e Emprego (MTE) apontavam a existência de 1.187 vínculos empregatícios

no ano de 2012. O setor agropecuário gerava 70 vínculos formais (5,9% do total), a

indústria criava 52 empregos formais (4,4%) e o setor de serviços, 1.065 (89,7% do

total). A administração pública era responsável pela criação de 592 vínculos, o

correspondente a 55,6% do total de empregos no setor terciário e a 49,9% do mercado

formal municipal. O nível de concentração de renda, medida pelo Índice de Gini6

referente à distribuição do rendimento domiciliar, era de 0,456 em 2010, sendo que o

valor do índice situava-se em 0,537 na média estadual e em 0,567 no caso da média

nacional.

11.1 Oportunidades de emprego

O trabalho é um dos principais vínculos entre o desenvolvimento econômico e o

social, pois representa um dos principais mecanismos por intermédio dos quais seus

benefícios podem chegar às pessoas e, portanto, serem mais bem distribuídos. Mas não

é qualquer trabalho que garante às pessoas o acesso a uma vida digna e a justa

participação nos frutos do desenvolvimento econômico. Para que isso aconteça, é

necessário um Trabalho Decente, que, além de uma remuneração adequada, supõe

também o acesso a direitos e à proteção social e, quando combinado com aumento de

produtividade e igualdade de oportunidades no emprego, tem o potencial de diminuir

exponencialmente a extrema pobreza e a fome, por meio do aumento e melhor

distribuição da renda.

A existência de oportunidades de emprego e de trabalho representa, portanto, um

dos principais pilares para a promoção do Trabalho Decente. Os principais indicadores

utilizados para analisar as oportunidades de emprego, no âmbito deste relatório, são as

Taxas de Participação, o Nível de Ocupação, a Taxa de Formalidade, indicadores

referentes aos jovens e a Taxa de Desemprego.

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11.2 Participação no mercado de trabalho e nível de ocupação

Segundo o Censo 2010, a Taxa de Participação3 no mercado de trabalho

municipal da população de 16 a 64 anos de idade era de 69,0%. Nas áreas urbanas, a

taxa era de 69,6% sendo que nas áreas classificadas como rurais situava-se em 51,8%.

Tradicionalmente, as mulheres participam menos que os homens no mercado de

trabalho, entre outros fatores devido a barreiras culturais que ainda persistem, e a uma

divisão sexual do trabalho que lhes atribui às funções de cuidado e reprodução social na

esfera doméstica, que não são consideradas trabalho e subtraem tempo para a inserção

no mercado de trabalho. Além disso, é importante ressaltar o fato de que, em geral, o

conceito de trabalho é baseado em uma definição de atividade econômica que não

abarca um conjunto de atividades mais comumente realizadas pelas mulheres, muitas

das quais contribuem para o rendimento e o bem estar pessoal ou familiar. Sendo assim,

várias trabalhadoras são enquadradas na condição de economicamente "inativas". Em

virtude dessa “invisibilidade do trabalho feminino”, um significativo aporte laboral e

produtivo das mulheres é subestimado e não se reflete na taxa de participação. Diante

deste contexto, a Taxa de Participação era de 81,6% entre os homens e de 56,2% entre

as mulheres. O Nível de Ocupação4 municipal era de 65,3%; no caso da população

ocupada masculina era de 78,4% e da feminina de 51,9%.

11.3 Desemprego

Mediante a aceleração do crescimento da economia brasileira a partir de 2005,

aliada a uma maior elasticidade produto-emprego e aos sucessivos incrementos do

emprego formal, o desemprego passou a diminuir sistematicamente no país. Em 2009,

como consequência direta da crise financeira internacional, a trajetória de declínio do

desemprego foi interrompida. Mas o país rapidamente se recuperou dos efeitos nefastos

da crise e os níveis de produção e de geração de emprego rapidamente retornaram aos

do período pré-crise, propiciando a retomada da trajetória do declínio do desemprego.

Diante deste contexto, o contingente total da população desocupada5 no município

3 Contingente da População Economicamente Ativa (PEA) de 16 a 64 anos de idade sobre a População

em Idade Ativa (PIA) da mesma faixa etária, multiplicado por 100. 4 Número de ocupados de 16 a 64 anos de idade sobre a PIA da mesma faixa etária, multiplicado por 100. 5O Censo 2010 considerou como desocupada na semana de referência a pessoa sem trabalho na semana

de referência, mas que estava disponível para assumir um trabalho nessa semana e que tomou alguma

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perfazia 458 pessoas no ano de 2010. A Taxa de Desocupação6municipal era de 5,3%,

sendo de 6,0% no estado e de 7,6% no conjunto do país. Analisando-se a situação do

desemprego por uma perspectiva de gênero, observa-se que, de um modo geral, as

mulheres apresentam uma taxa mais elevada em comparação aos homens, em que a pese

a prevalência de maiores níveis de escolaridade entre a população feminina. Essa

questão guarda relação direta com o acesso mais limitado a determinados tipos de

ocupação em função dos estereótipos e desigualdades de gênero, assim como as

dificuldades em assumir determinados postos de trabalho em função da necessidade de

conciliação entre trabalho e família, uma vez que as responsabilidades familiares ainda

recaem predominantemente sobre as mulheres.

11.4 Formalidade laboral

Uma dimensão fundamental da qualidade dos postos de trabalho é a

disseminação dos contratos regulares, isto é, aqueles definidos segundo a legislação

vigente e que propiciam acesso à proteção social. A redução da informalidade é,

portanto, um elemento central para a promoção do Trabalho Decente.

A segunda metade da década de 2000 foi marcada pela expansão do emprego

formal no país. Segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais7 (RAIS) do

Ministério do Trabalho e Emprego, entre 2003 e 2010 foram gerados no Brasil 15,38

milhões de postos formais de trabalho, configurando um aumento acumulado de 53,6%

em um período de oito anos. No município em análise, com base na RAIS, o número de

vínculos empregatícios oscilou de 675 em 2003 para 1.296 em 2010.

providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem ter tido qualquer

trabalho ou após terem saído do último trabalho que teve nesse período. 6O Censo 2010 considerou como desocupada na semana de referência a pessoa sem trabalho na semana

de referência, mas que estava disponível para assumir um trabalho nessa semana e que tomou alguma

providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem ter tido qualquer

trabalho ou após terem saído do último trabalho que teve nesse período. 7A RAIS é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as

necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social.

Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de

fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal.

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Já com base no Censo 2010, a Taxa de Formalidade8 municipal situava-se em

51,5%, enquanto que as médias estadual e nacional eram de 57,0% e 59,6%,

respectivamente. O contingente de população ocupada em trabalhos informais, isto é, o

público-alvo de políticas de formalização, era composto por 3.942 pessoas. Entretanto,

vale a pena considerar que até o dia 31 de dezembro de 2013, o município contava com

286 trabalhadoras e trabalhadores formalizados na condição de Microempreendedor

Individual (MEI). Ademais, o município possuía 1.187 vínculos formais no ano de

2012, segundo a RAIS.

11.5 Juventude e trabalho decente

O Trabalho Decente é um direito das jovens gerações, sendo fundamental para

garantir oportunidades de ocupação de qualidade no presente, tornando também factível

a construção de melhores trajetórias ocupacionais futuras.

Um dos principais traços estruturais do mercado de trabalho dos e das jovens no

Brasil (assim como em diversos outros países) é a prevalência de taxas de desemprego

significativamente mais elevadas do que àquelas correspondentes à população adulta.

Com efeito, em 2010, enquanto a Taxa Municipal Total de Desocupação (referente aos

trabalhadores de 16 a 64 anos de idade) era de 5,3%, entre os jovens (15 a 24 anos de

idade) essa cifra alcançava 11,0%.

No ano de 2010, um contingente de 563 jovens de 15 a 24 anos de idade

residentes no município não estudava nem trabalhava, o equivalente a 17,0% da

população juvenil nessa faixa etária. O expressivo diferencial entre a proporção de

jovens homens e mulheres que não estudam e nem trabalham – observado na

esmagadora maioria dos municípios - é bastante condicionado pelas relações de gênero

e pelos estereótipos que delas são elementos constitutivos, que atribuem às mulheres a

8Corresponde à participação do somatório dos trabalhadores com carteira assinada, inclusive os

trabalhadores domésticos, dos militares e funcionários públicos estatutários, dos empregadores e dos

trabalhadores por conta própria que contribuem para a previdência social, na estrutura ocupacional total.

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responsabilidade principal pelas atividades domésticas, o que se soma à ausência e/ou

insuficiência de políticas de conciliação e cor responsabilidade, no âmbito do trabalho e

da família. Devido a isso, apesar de possuir maiores níveis de escolaridade, as jovens

apresentam, de um modo geral, maiores taxas de desemprego e de inatividade.

O afastamento das jovens da escola e do mercado de trabalho num percentual

geralmente bastante superior ao dos homens é fortemente condicionado pela magnitude

da dedicação das mesmas aos afazeres domésticos e às responsabilidades relacionadas à

maternidade, sobretudo quando a gestação ocorre durante a adolescência. De fato, em

2010, entre as mulheres jovens de 15 a 24 anos de idade que não estudavam nem

trabalhavam, 58,1% eram mães. Evidencia-se, portanto, as dificuldades que enfrentam

muitas jovens mulheres para conciliar trabalho, estudo e vida familiar.

11.6 Capacitação para a população de baixa renda

Pelo contexto de vulnerabilidade social, os trabalhadores e trabalhadoras

matriculados/as no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(PRONATEC) voltado ao público do Brasil Sem Miséria se constituem num importante

público-alvo de ações e políticas no âmbito da promoção das oportunidades de

emprego/inclusão produtiva por intermédio do Trabalho Decente. Em março de 2014 o

número de matrículas em cursos do PRONATEC Brasil Sem Miséria alcançou 1 milhão

no país, mediante inscrições que envolveram mais de 550 cursos diferentes em 2.806

municípios. Essa demanda por matrículas é reveladora do ímpeto da população de baixa

renda em idade de trabalhar por aprimorar suas condições de participação no mercado

de trabalho. Até o dia 11 de março de 2014, o município de Aragarças tinha realizado

267 matrículas no âmbito do PRONATEC Brasil Sem Miséria.

11.7 Rendimentos adequados e trabalho produtivo

Nas sociedades contemporâneas, a satisfação das necessidades da grande

maioria da população está intimamente ligada à obtenção dos rendimentos provenientes

do trabalho. É por meio deste que o/a trabalhador/a pode ter acesso aos bens e serviços

disponibilizados no mercado e, assim, ampliar o seu bem-estar individual e familiar.

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De acordo com os dados do Censo 2010, o rendimento oriundo de todos os

trabalhos das pessoas ocupadas nos domicílios particulares representava 77,5% do

rendimento total domiciliar. Nas áreas urbanas e rurais tal proporção era de 78,0% e

66,0%, respectivamente. Frente a esse contexto, uma significativa proporção das

famílias do município depende primordialmente dos rendimentos gerados no mercado

de trabalho.

No Brasil, os últimos anos foram marcados por uma aceleração do crescimento

econômico, que, por sua vez, ancorou-se, em grande medida, no fortalecimento do

mercado interno de consumo. Por um lado, implementou-se uma política de valorização

do salário mínimo que foi importante para a elevação dos salários dos trabalhadores,

bem como para o estreitamento do leque salarial - entre abril de 2003 e janeiro de 2010,

o aumento real acumulado do salário mínimo foi de 53,7%.

O valor do rendimento médio real do trabalho principal da população ocupada

de 16 a 64 anos de idade era de R$ 997 no ano de 2010, o equivalente a 2,0 Salário(s)

Mínimo(s) (SM) à época – o valor referente à média estadual era de R$ 1.258 (2,5 SM)

enquanto que a nacional situava-se em R$ 1.288 (2,5 SM).

Tratando-se da concentração dos rendimentos, o Índice de Gini municipal do

rendimento do trabalho principal da população ocupada de 16 a 64 anos de idade

ocupada com rendimento era de 0,419, enquanto que na média estadual o valor era de

0,487.

Ainda com base no Censo 2010, Aragarças abrigava um contingente de 61

trabalhadores/as pobres, ou seja, pessoas ocupadas que viviam em domicílios com

rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70 – o correspondente a 0,8% da

população trabalhadora.

11.8 Jornada de Trabalho Decente

A regulação da jornada de trabalho requer uma conciliação de interesses,

normalmente divergentes, entre os atores sociais que participam da atividade produtiva,

ou seja, trabalhadores e empregadores. Nesse aspecto, o Estado tem um importante

papel de mediador dos conflitos e de definidor de um arcabouço legal que regule as

relações e condições de trabalho. Adicionalmente, nos países democráticos os acordos e

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as convenções coletivas, frutos da negociação entre empregadores e trabalhadores,

podem versar sobre o tempo de trabalho de categorias profissionais específicas.

No ano de 2010, a proporção de pessoas ocupadas no município com jornada de

trabalho semanal superior a 44 horas, que corresponde ao atual limite estabelecido pela

legislação brasileira, era de 31,1%. O tempo médio de trabalho da população ocupada

era de 42,5 horas semanais. Entre a população trabalhadora residente na zona urbana a

jornada média semanal era de 42,5 horas, enquanto que na zona rural essa média era de

42,6 horas.

11.9 Conciliação entre trabalho, vida Pessoal e vida familiar

A conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar está intrinsecamente

relacionada ao conceito de trabalho decente, principalmente no que tange à liberdade,

inexistência de discriminação e capacidade de assegurar uma vida digna a todas as

pessoas que vivem de seu trabalho. É uma dimensão central de uma estratégia de

promoção da igualdade de gênero no mundo do trabalho e exige a articulação de ações

nos mais diversos âmbitos - político, social, governamental, empresarial e individual –

que possam conduzir a uma nova organização do trabalho e da vida familiar.

O tempo gasto para a mobilidade de trabalhadores e trabalhadoras entre a

residência e o local de trabalho também representa um importante aspecto a ser

considerado no tocante às condições de trabalho e, consequentemente, ao Trabalho

Decente. Além das questões diretamente relacionadas à conciliação entre trabalho e

família e à qualidade de vida em geral, o tempo de deslocamento entre a residência e o

trabalho também pode acarretar significativos custos financeiros para os trabalhadores e

os empregadores.

Segundo as informações do Censo 2010, no município, 6.310 trabalhadores/as,

de 16 a 64 anos, se deslocavam entre casa e o local de trabalho, o que correspondia a

77,7% de toda a população ocupada de mesma faixa etária. Um fator-chave para

facilitar a incorporação das mulheres ao mercado de trabalho e também aliviar a tensão

vivenciada tanto por elas como pelos homens com responsabilidades familiares e dupla

jornada é a disponibilidade de serviços acessíveis de assistência a crianças, sobretudo

em idade de acesso a educação infantil. Segundo os dados do Censo 2010, um

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contingente de 369 mulheres ocupadas de 16 a 49 anos de idade tinham filhas e filhos

de 0 a 3 anos de idade – o equivalente a 11,5% do total de mulheres trabalhadoras nesta

faixa etária. Para 70,6% das trabalhadoras com filhos de 0 a 3 anos de idade, nenhum

deles frequentava creche.

12. TRABALHO A SER ABOLIDO

12.1 Trabalho Infantil

No mês de junho de 1999, a 87ª Reunião da Conferência Internacional do

Trabalho (CIT) aprovou por unanimidade a Convenção sobre a Proibição das Piores

Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para a sua Eliminação, 1999 (nº 182), da

Organização Internacional do Trabalho (OIT). Até março de 2014, um expressivo

contingente de 178 países (96,2% dos 185 Estados-Membros da OIT) tinha ratificado a

referida Convenção, proporção sem precedentes em quase um século de história da

Organização.

O Brasil ratificou a Convenção nº 182 em 2 de fevereiro de 2000. Vale destacar

que o Brasil também ratificou, em 28 de junho de 2001, a Convenção sobre a Idade

Mínima para Admissão a Emprego, 1973 (nº 138) e estabeleceu na legislação nacional a

proibição do trabalho infantil até os 16 anos, exceto na condição de aprendiz a partir dos

14 anos. Esta Convenção, adotada pela OIT em 28 de junho de 1973, foi ratificada por

166 dos seus 185 Estados-Membros, o correspondente a cerca de 90,0% do total. A

admissão para aprendizagem a partir dos 14 anos e para o trabalho ou emprego de

adolescentes entre 16 e 17 anos é permitida desde que não haja conflito com os demais

direitos das pessoas dessa faixa etária, em harmonia com os critérios normativos que

regulamenta a Convenção nº 182, quais sejam os trabalhos perigosos listados no

Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008.

O Censo 2010 registrou no município um contingente de 414 crianças e

adolescentes ocupados/as entre 10 e 17 anos de idade, correspondendo a um Nível de

Ocupação de 15,9%. As médias estadual e nacional para esse indicador eram de 15,5 e

12,4%, respectivamente.

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Em função do elevado Coeficiente de Variação associado aos dados amostrais

do Censo 2010, não foi possível disponibilizar as informações referentes ao trabalho

infantil de crianças na faixa etária de 10 a 13 anos de idade nesse município.

Entre as crianças e adolescentes de 14 ou 15 anos de idade, o número total em

situação de trabalho era de 129 pessoas, o equivalente a um Nível de Ocupação de

18,8%. Com o intuito de mensurar a parcela de crianças e adolescentes com 14 e 15

anos de idade que correspondia à condição de aprendiz, serão combinados os dados do

Censo 2010 com os microdados da RAIS do MTE para o mesmo ano referentes ao

número de aprendizes na mesma faixa etária informados pelos estabelecimentos

declarantes.

Diante do referido contingente de crianças e adolescentes de 14 e 15 anos de

idade que estava trabalhando em 2010, a RAIS não registrava contrato de aprendiz entre

adolescentes de 14 e 15 anos de idade; ou seja, toda a população ocupada nesta faixa

etária estava inserida em condição de trabalho irregular.

Por fim, tratando-se dos adolescentes com 16 ou 17 anos de idade, os dados

indicavam a presença de 255 adolescentes inseridos no mercado de trabalho,

correspondendo a um Nível de Ocupação de 37,9%.

Conforme dados oriundos do Sistema de Informações sobre Focos de Trabalho

Infantil no Brasil (SITI), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram realizadas 6

ações de fiscalização no município entre os anos de 2007 a 2013. Por meio destas

fiscalizações, foram localizadas 8 crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, em situação

irregular de trabalho, o que correspondia a 0,3% do total de crianças e adolescentes

trabalhando irregularmente na unidade federativa naquele período.

12.2 Trabalho Forçado

O Cadastro de Empregadores do MTE indicava que, em 30 de dezembro 2013,

existiam 1 infratores que foram flagrados submetendo trabalhadores a condições

análogas à escravidãono município, o equivalente a 2,0% do total de infratores (pessoas

físicas e jurídicas) que integravam o Cadastro na unidade federativa.

Com base na Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) do IBGE,

referente ao ano de 2011, o município não possuía programas ou ações de combate ao

uso de trabalho forçado.

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12.3 Estabilidade e Segurança no Trabalho

O grau de flexibilidade na contratação e demissão, usualmente expresso pelo

tempo médio de permanência no emprego da força de trabalho ocupada, denota o nível

de autonomia que as empresas possuem para ajustarem o número de trabalhadores/as

aos ciclos econômicos.

A flexibilidade de contratação/demissão da força de trabalho pode ser

visualizada mediante a incidência de vínculos trabalhistas com curta duração. Segundo

os dados da RAIS, a proporção de vínculos empregatícios formalizados que possuíam

tempo de permanência inferior a 1 ano variou de 31,7% no ano de 2003 para 30,4% em

2012. No outro extremo, a proporção de vínculos com tempo de permanência superior a

5 anos, que reflete maior estabilidade, oscilou de 18,7% para 25,9% durante o referido

período.

12.4 Igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego

Um dos quatro pilares básicos da promoção do Trabalho Decente é o respeito

aos direitos no trabalho, em especial os expressos na Declaração dos Direitos e

Princípios Fundamentais no Trabalho da OIT, adotada em 1998, entre os quais se

inscreve a eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e

ocupação.

A segregação ocupacional com base no sexo se manifesta em todas as latitudes,

quaisquer que sejam os níveis de desenvolvimento econômico, sistemas políticos e

entornos religiosos, sociais e culturais. É uma das características mais importantes e

persistentes dos mercados de trabalho em todos os países. Há duas formas básicas de

segregação ocupacional por sexo: uma horizontal e outra vertical. Segregação horizontal

é a que estabelece barreiras de distintos tipos para que homens e mulheres se distribuam

de forma mais equilibrada pela estrutura ocupacional. Segregação vertical é aquela que

ocorre dentro de uma mesma ocupação, quando um dos sexos tende a se situar em graus

ou níveis hierárquicos superiores em relação ao outro. Os dados do Censo 2010 indicam

que para aquele ano, das 249 pessoas, de 16 a 64 anos de idade, que ocupavam cargos

de dirigentes em geral, 128 (51,4% do total) eram homens e 121 (48,6%) eram

mulheres.

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12.5 Disparidade de rendimentos

O hiato de rendimentos por sexo e cor ou raça entre a população trabalhadora é

outro importante indicador de Trabalho Decente da dimensão de igualdade de

oportunidades e de tratamento no emprego.

A OIT destaca que um grande número de estudos, ao examinar as causas da

diferença salarial entre homens e mulheres, identificou dois grupos de fatores. O

primeiro se refere às características dos indivíduos e das organizações onde trabalham.

Neste grupo, destacam-se os seguintes fatores: nível de escolaridade e campo de estudo;

experiência no mercado de trabalho e tempo de trabalho na organização ou no cargo

exercido; número de horas trabalhadas e tamanho da organização e setor de atividade.

No entanto, mesmo quando estes fatores são levados em consideração, estudos

econométricos repetidamente vêm demonstrando que há uma diferença residual

(estimada em torno de 5,0% a 15,0%) não explicada entre a média dos salários de

mulheres e homens. Desse modo, se revela que uma proporção da desigualdade salarial

observada entre homens e mulheres, objeto da Convenção da OIT sobre Igualdade de

Remuneração de Homens e Mulheres Trabalhadores por Trabalho de Igual Valor, 1951

(nº 100), se deve à discriminação.

Nesse contexto, a diferença residual, que reflete a discriminação salarial baseada

no sexo, é resultante de um segundo grupo de fatores: estereótipos e preconceitos com

relação ao trabalho das mulheres; métodos tradicionais de avaliação dos postos de

trabalho elaborados com base nos requisitos de ocupações com predominância de

homens; poder de negociação mais fraco das trabalhadoras, que apresentam menor

participação sindical e estão sobrerepresentadas em trabalhos precários e informais. De

acordo com o Censo 2010, no município em análise, as mulheres trabalhadoras

recebiam, em média, aproximadamente 72,6% do valor do rendimento auferido pelos

homens. A referida proporção era de 69,1% no conjunto do estado e de 74,2% na média

nacional. Considerando-se a cor ou raça, a população ocupada negra municipal ganhava,

em média, 78,4% do rendimento recebido pela população ocupada branca. As

proporções referentes às médias estadual e nacional eram de 67,6% e 56,6%,

respectivamente.

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12.6 Trabalhadoras e trabalhadores domésticos

O trabalho doméstico desempenha um papel de suma importância na cadeia do

cuidado, pois amortece, no âmbito das famílias e principalmente para as mulheres

trabalhadoras, a pressão gerada pela necessidade de compatibilizar a inserção no

mercado de trabalho com as responsabilidades familiares, em um contexto de

insuficiência de políticas públicas nessa área. Apesar desta inequívoca importância para

um significativo número de mulheres ocupadas e para a sociedade, de um modo geral, o

trabalho doméstico ainda é desvalorizado e marcado pela precariedade das condições

laborais e baixa proteção social, se constituindo, portanto, num dos principais núcleos

do déficit de Trabalho Decente no Brasil.

Segundo os dados do Censo 2010, o município contava com 692 trabalhadoras e

trabalhadores domésticos ocupados com idades compreendidas entre 18 e 64 anos.

Tratandose da formalização das relações laborais, a proporção de trabalhadoras e

trabalhadores domésticos de 18 a 64 anos de idade com carteira de trabalho assinada

alcançava 17,8% no município, sendo de 29,2% no estado e de 35,4% no país.

Em função da mencionada proporção com carteira de trabalho assinada, também

não era significativa a proporção da categoria com acesso à previdência social: 23,1%.

O número de contribuintes era de 160. Vale mencionar que o número de contribuintes

na categoria era composto pelo total que trabalhava com carteira de trabalho assinada

acrescido pelas pessoas que contribuíam na condição de autônomo/a.

A inexistência de uma significativa quantidade e percentual de trabalhadoras e

trabalhadores domésticos sem carteira de trabalho assinada faz com que a remuneração

da categoria seja bastante baixa, já que a assinatura da carteira de trabalho garantiria o

recebimento de pelo menos 1 salário mínimo mensal. O rendimento médio real de todos

os trabalhos da população ocupada com rendimento na categoria era de R$ 398, o

equivalente a 0,8 Salário Mínimo (SM) à época, ou seja, no ano de 2010. O valor do

rendimento no estado era de R$ 499 (1,0 SM), sendo de apenas R$ 495 (abaixo do

salário mínimo) na média nacional.

Por fim, é importante mencionar que no dia 2 de abril de 2013, o Congresso

Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº 72 que estabeleceu a igualdade de

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direitos trabalhistas entre os/as trabalhadores/as domésticos e os demais trabalhadores.

Antes da Emenda, eram assegurados à categoria apenas parte dos direitos garantidos

pela Constituição aos demais trabalhadores. Entre os novos direitos, figuram: o controle

da jornada de trabalho, limitada a 44 horas semanais e não superior a oito horas diárias;

o pagamento de horas extras (remuneradas com valor pelo menos 50% superior ao

normal) e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A proposta da referida

Emenda surgiu no contexto pós-aprovação da Convenção nº 189 da OIT sobre Trabalho

Decente para as trabalhadoras e trabalhadores domésticos, adotada em junho de 2011.

12.7 Pessoas com Deficiência

Segundo o Relatório Mundial sobre a Deficiência publicado pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2011, estima-se que um bilhão de pessoas vive

com algum tipo de deficiência, o correspondente a 15,0% da população mundial. Deste

contingente, cerca de 200 milhões apresentam sérias dificuldades em realizar atividades

básicas para a sobrevivência. A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, aprovada em 2006 e que entrou em vigor em maio de 2008,

aponta no seu Artigo 27 diversas diretrizes para a promoção dos direitos das pessoas

com deficiência na área do trabalho e emprego9.

Em novembro de 2011 o Governo Federal lançou o Plano Nacional dos Direitos

das Pessoas com Deficiência – Viver sem Limite, que prevê diversas ações em quatro

eixos estratégicos: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade.

Dentre as ações do eixo inclusão social, figura a criação do Programa BPC Trabalho,

que tem como objetivo articular ações intersetoriais para promover o acesso à

qualificação profissional e o acesso ao trabalho às pessoas com deficiência beneficiárias

do Beneficio de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), na faixa etária de

16 a 45 anos, prioritariamente. O Programa BPC Trabalho é executado pela União, por

meio dos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério

da Educação (MEC), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Secretaria de

Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), envolvendo compromissos

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

9 Disponível em: http://www.un.org/disabilities/documents/natl/portugal-c.doc.

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Os dados do Censo 2010 permitem conhecer a realidade laboral das pessoas com

deficiência à escala municipal e fornecem importantes insumos para subsidiar as

políticas públicas de inclusão social e de promoção do Trabalho Decente desse

segmento da população.

A população de 16 a 64 anos de idade economicamente ativa com alguma

deficiência era composta por 1.474 pessoas no ano de 2010 no município. A Taxa de

Participação no mercado de trabalho era de 59,5%. O contingente da população ocupada

na mesma faixa etária perfazia 1.381 indivíduos, sendo o Nível de Ocupação da ordem

de 55,7%.

Seguindo recomendações internacionais, o IBGE investigou os graus de

severidade de cada deficiência, com o intuito de delimitar o público-alvo com

deficiência severa, que foi considerado como o conjunto das pessoas que, para as

deficiências visual, auditiva e motora, quando indagados se tinham dificuldade de

enxergar, ouvir e de caminhar ou subir escadas respectivamente, declararam as opções

de resposta “sim, grande dificuldade” ou “sim, não consegue de modo algum”. Também

se considerou com deficiência severa o conjunto das pessoas com deficiência

mental/intelectual. Com base nessa definição, o município abrigava 724 pessoas de 16 a

64 anos de idade com deficiência severa, o correspondente a 5,8% da população

residente na mesma faixa etária.

A PEA de 16 a 64 anos de idade com deficiência severa era composta por 333

pessoas, sendo que 298 trabalhadores/as estavam ocupados no mercado de trabalho

enquanto 35 pessoas estavam desocupadas. Diante dessa composição, a Taxa de

Desocupação da população com deficiência severa era de 10,6%.

O referido contingente de pessoas com deficiência severa sem ocupação e a

procura de trabalho, assim como a respectiva Taxa de Desocupação, são informações

sintomáticas que servem para desmistificar as teses de que a concessão do BPC

desestimula a inserção laboral ede que não há pessoas com deficiência disponíveis no

mercado de trabalho para preencher as cotas obrigatórias de emprego.

Segundo os dados da RAIS, o número de vínculos empregatícios de pessoas com

deficiência no mercado formal de trabalho era de 2 em 31 de dezembro de 2012, o

correspondente a uma ínfima participação de 0,2% no total do emprego formal

registrado no município – na média nacional, a referida participação era de 0,7%.

Tratando-se da distribuição dos vínculos formais das pessoas com deficiência por sexo,

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um contingente de 2 era ocupado por homens (100,0% do total) e 0 por mulheres

(0,0%).

Os conselhos municipais são canais efetivos de participação democrática da

população no processo de formulação, implementação, monitoramento, avaliação e

fiscalização das políticas públicas. Neste contexto, desempenham um papel fundamental

para o cumprimento dos direitos dos mais diversos segmentos da população.

A partir dos dados levantados pela pesquisa MUNIC do IBGE em 2011, o

município não possuía Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência.

A MUNIC também apontava que o município não contava com programas ou

ações municipais de geração de trabalho e renda ou inserção de pessoas com deficiência

no mercado de trabalho.

Ademais, não existia legislação municipal que dispõe sobre cotas para pessoas

com deficiência no mercado de trabalho.

12.8 Ambiente de Trabalho Seguro

O preâmbulo da Constituição da OIT chama a atenção para o fato de que a

proteção do trabalhador contra as doenças, sejam elas profissionais ou não, e contra os

acidentes de trabalho é um elemento fundamental da justiça social. Esse direito a

condições de trabalho dignas e a um entorno de trabalho seguro e saudável foi

reafirmado na Declaração de Filadélfia, de 1944, e na Declaração da OIT sobre Justiça

Social para uma Globalização Equitativa, durante a 98ª Reunião da Conferência

Internacional do Trabalho, realizada em junho de 2008.

Segundo as informações oriundas do Anuário Estatístico de Acidentes do

Trabalho (AEAT), elaborado pelo ministérios da Previdência Social e do Trabalho e

Emprego, o número de acidentes de trabalho registrados no município10

foi de 3 no ano

de 2010 e de 3 em 2012.

Não foram registrados acidentes sem Comunicação de Acidente de Trabalho

(CAT) durante os anos de 2010 e 2012.

10

Refere-se ao município de ocorrência do acidente. Desta forma, os dados podem divergir de

levantamentos locais, caso seja utilizado o conceito de município de localização do estabelecimento

empregador ou município de residência do segurado acidentado.

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65

Em 2010, os acidentes laborais geraram 1 óbito(s), sendo que em 2012, essa

cifra se situava em 0 óbito(s).

12.9 Seguridade Social

A Seguridade Social é um direito fundamental do ser humano e supõe a

assistência a todos, indistintamente, de cobertura contra os riscos ao longo da vida e no

trabalho. No âmbito da Agenda do Trabalho Decente, essa dimensão está

intrinsicamente associada a dois objetivos estratégicos da OIT: os direitos no trabalho e

a proteção social.

No ano de 2010, o número de pessoas ocupadas, de 16 a 64 anos de idade, que

contribuíam para a Previdência Social no município era de 4.197 ou 51,7% do total dos

ocupados desta faixa etária. Entre os homens a proporção de contribuintes era de 51,3%,

sendo de 52,2% entre as mulheres. Tratando-se da cor ou raça, a cobertura

previdenciária era de 51,9% entre a população ocupada branca e de 51,6% entre a

população trabalhadora negra.

Entre a população trabalhadora por conta própria, o número de contribuintes era

de 349 e a proporção desta categoria que era coberta pela Previdência Social era de

19,4%.

A proporção de idosos (65 anos ou mais de idade) que regularmente recebe

aposentadoria ou pensão é outro importante indicador da cobertura previdenciária. Além

de assegurar uma renda permanente para as pessoas que se retiraram do mercado de

trabalho por aposentadoria (por tempo de serviço ou invalidez) e para os pensionistas,

essa cobertura é estratégica para a sobrevivência de diversas famílias no país. Uma

parcela expressiva dos recursos previdenciários dos idosos é empregada no consumo de

bens e serviços essenciais para o bem-estar e saúde do conjunto da família. Esses

recursos também possuem grande capacidade de dinamizar a economia, sobretudo nos

municípios de menor porte.

Em 2010, a proporção de idosos que recebiam aposentadoria ou pensão era de

82,6%. Por sua vez, esta proporção era de 81,4% entre os homens e de 83,7% entre as

mulheres.

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66

No município, 1.246 domicílios particulares recebiam auxílio de programa

social, Bolsa Família e/ou PETI, o equivalente a 21,4% do total de domicílios.

A Taxa de Participação no mercado de trabalho referente ao contingente de

1.325 pessoas, de 16 a 64 anos de idade, que viviam em domicílios que recebiam

rendimentos do Programa Bolsa Família e/ou PETI, atingia 64,1%.

O número de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família era de 1.326

em dezembro de 2013 e o valor repassado anualmente alcançava a expressiva cifra de

R$ 2.605.644.

O Benefício de Prestação Continuada também assume grande relevância na área

da Seguridade Social. Em dezembro de 2013, o número de beneficiários total era de 96,

distribuídos entre 50 pessoas idosas com 65 anos e mais de idade e 46 pessoas com

deficiência, que, em ambos os casos, viviam em famílias cuja renda per capita familiar

era inferior a ¼ do salário mínimo. O montante total de recursos transferidos aos

beneficiários durante o ano de 2013 foi de R$ 595.097, sendo R$ 317.302 direcionados

às pessoas idosas e R$ 277.794 transferidos às pessoas com deficiência.

No âmbito da Previdência Social, o valor total dos benefícios emitidos ao longo

do ano de 2013 perfazia o montante de R$ 1.684.564.

12.10 Diálogo Social

O diálogo social visa fortalecer os valores democráticos nos processos de

construção de políticas que afetam a sociedade como um todo ou atores sociais

específicos. Nesses termos, ambientes de interlocução entre os atores interessados e

muitas vezes detentores de visões de mundo distintas são institucionalizados com o

intuito de dirimir e disciplinar os conflitos, potencializar a cooperação e produzir

políticas convergentes com os interesses das partes envolvidas. Com isso, contribui-se

para a ampliação da legitimidade social de políticas públicas e de gestão das empresas e,

portanto, para o fortalecimento de uma cultura democrática no país.

No mundo do trabalho, em particular, o diálogo social requer necessariamente

uma efetiva liberdade de organização e associação sindical de trabalhadores e de

empregadores, assim como a garantia de negociações coletivas periódicas.

Dentre os principais indicadores de Trabalho Decente sugeridos pela

metodologia da OIT para a dimensão diálogo social, destacam-se a Taxa de

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Sindicalização, Taxa de Cobertura da Negociação Coletiva e Taxa de Dias não

Trabalhados (decorrentes de greves). Indubitavelmente, a maioria das informações para

o cálculo desses indicadores é de difícil disponibilidade à escala territorial municipal,

ainda que alguns sejam passíveis de obtenção e representem, portanto, um desafio

futuro para o Sistema Estatístico Nacional.

O Escritório da OIT no Brasil vem envidando esforços e tem avançando ao

longo dos últimos anos, em cooperação com diversas instituições, no processo de

definição, construção e análise de indicadores de Trabalho Decente para esta dimensão.

Tais esforços culminaram na disponibilização de diversos indicadores de diálogo social

para o conjunto do País, Grandes Regiões e Unidades da Federação, que integram o

Relatório Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as Unidades da

Federação, lançado em julho de 2012, que pode ser acessado por intermédio do link:

http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/gender/pub/indicadorestdnovo_880.p

df.

12.11 Empresas e Trabalho Decente

As empresas, independentemente do seu porte, são a principal fonte de

crescimento econômico, incluindo a geração de empregos e a promoção de Trabalho

Decente, e estão na base da atividade econômica e do desenvolvimento na grande

maioria dos países.

Uma análise simples do dinamismo econômico de um município pode ser

realizada pela observação do número de empresas ali estabelecidas e do número de

unidades locais, compreendidas como o lugar onde estas empresas exercem suas

atividades. Segundo dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE, no

ano de 2007, havia 234 empresas e 254 unidades locais fixadas no município. Em 2011,

esta cifra era de 297 e 319, respectivamente, o que correspondia a uma variação de

26,9% no número de empresas e de 25,6% no número de unidades locais, no período

em destaque.

Durante o período analisado, as empresas estabelecidas no município estavam

distribuídas por seção da classificação de suas atividades (CNAE 2.0), conforme a

tabela abaixo:

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Número de Empresas e outras Organizações e distribuição percentual por

seção de classificação de atividades Município, 2007 e 2011

13. PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

Principais produtos e quantidades produzidas/ano, com destaque para agricultura

familiar,sua organização, sua importância na composição da renda familiar e o que

representanos programas sociais do município, principalmente, no programa da

merenda escolar.

Agricultura Familiar passa também a fornecer alimentos a serem servidos nas

escolas da Rede Pública de Ensino. Com a aprovação da Lei nº 11.947/2009, no mínimo

30% do valor destinado por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, do

Fundo de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação

(PNAE/FNDE/MEC), gestor dessa política, deverá ser utilizada na aquisição

daprodução agrícola familiar.

Para quem produz alimentos, a iniciativa contribui para que a agricultura

familiar se organize cada vez mais e qualifique suas ações comerciais. Para quem

adquire esses produtos, o resultado desse avanço é mais qualidade da alimentação a ser

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servida, manutenção e apropriação de hábitos alimentares saudáveis e mais

desenvolvimento local de forma sustentável.

Com o novo espaço que se abre no mercado de produtos para a alimentação

escolar, a agricultura familiar tem mais uma oportunidade importante de

comercialização de forma segura e rentável. Porém, é preciso se organizar, pois as

Políticas Públicas para o setor priorizam os agricultores e agricultoras familiares

organizados em associações e cooperativas. Agricultores e agricultoras organizados têm

mais força nos fóruns de discussão para organizar a produção e facilitar o acesso aos

mercados consumidores. Apenas os agricultores familiares organizados podem ser

indicados para fazer parte do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), um instrumento

de controle social, co-gestor do PNAE. Essa também é uma forma de mostrar para a

sociedade que a agricultura familiar é produtora de alimentos diversificados e de

qualidade.

No município de Aragarças-Go os produtos adquiridos não são da agricultura

familiar por falta de fornecedores familiares eles ainda se encontram em fase de

adaptação, regulamentação de documentos e estão recebendo todo o incentivo do

município para regularizarem suas situações e começarem a produzir contribuindo

assim para melhorar a qualidade da merenda oferecida no município. No município

vizinho tem uma Cooperativa onde eles fazem doações de alimentos produzidos pelos

agricultores familiares complementando e diversificando a merenda do município de

Aragarças-Go.

Os pescados também uma ótima opção para melhorar a qualidade da merenda

oferecida, mas não se encontra na confecção do cardápio por falta de fornecedor.

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14. ÓRGÃOS DELIBERATIVOS

Em Aragarças, há a existência de Conselho Municipal de Cultura, e do Fórum

Municipal de Educação, com base na Lei Municipal nº 1.225/01, artigos 14 e 15.

conforme mostrado abaixo:

14.1 Fórum Municipal de Educação

SEÇÃO III DO FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Art. 14 – Fica criado o Fórum Municipal de Educação, como órgão de articulação com

a sociedade, com intuito de estudar, discutir e propor soluções alternativas para o

desenvolvimento da educação. O Fórum atuará como órgão de cooperação aos órgãos

de administração geral do sistema de Ensino do Município, com as seguintes atribuições

deliberativas:

a) exame das demandas da sociedade, a fim de subsidiar a definição de políticas

públicas para educação;

b) co-participação na elaboração do plano municipal de educação e demais

programas educacionais; acompanhamento de execução do Plano de Gestão da

Secretaria de Educação, suas políticas e estratégias, colaborando na divulgação

de sues resultados.

Parágrafo único – A nomeação dos representantes do fórum Municipal de Educação,

de que tratas este artigo, dar-se-á por ato do chefe do Executivo.

Art. 15 – O Fórum Municipal de Educação compõe-se dos seguintes representantes:

a) 01 (um) representantes do Poder Executivo, indicado por seus chefe;

b) 01 (um) do Conselho Municipal de Educação, indicado por seus pares;

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c) 01 (um) dos Dirigentes Municipais de Educação, indicado por seus pares;

d) 01 (um) dos Trabalhadores da Educação Estadual, por seus pares indicado;

e) 01 (um) da Secretaria de Educação, por ela indicado;

f) 01 (um) da Comissão de Educação da Câmara Municipal, indicado por seus

pares;

g) 01 (um) das Escolas do Município, por elas indicado;

h) 01 (um) das Instituições Privadas de Ensino, por elas indicado.

Parágrafo único – A Presidência do Fórum será exercida por um dos membros que o

compõem, eleito por seus pares por um mandado de 02 (dois) anos, permitirá

recondução.

Art. 16 – O Fórum Municipal de Educação não possui estrutura administrativa própria e

seus membros não percebem qualquer espécie de remuneração ou vantagem pecuniária.

Parágrafo único – Cabe à Secretaria de Educação apoiar as atividades do Fórum.

Art. 17 – O Fórum Municipal de Educação rege-se por estatuto e regimento próprios,

aprovado por dois terços de seus membros, em reunião convocada especialmente para

esse fim.

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73

No município de Aragarças também há existência de um Conselho Municipal de

Educação com basena Lei Municipal nº 1.225/01, artigos 14 e 15.

14.2 Conselho Municipal de Educação

SEÇÃO II

DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Art. 11 – O Conselho Municipal de Educação é o órgão autônomo, de caráter

consultivo, normativo, deliberativo e fiscalizar, com competência para decidir todas as

questões referentes à Educação na área de abrangência do sistema Municipal de Ensino,

e terá sua estrutura fixada em Lei específica.

Art. 12 – Além de outras competências que lhe são atribuídas pela Legislação Federal e

do Município, cabe ao Conselho Municipal de Educação:

I - baixar normas que regulamentem:

a) a organização e funcionamento do Sistema Municipal de Ensino;

b) a organização administrativa , pedagógica e disciplinar das instituições educacionais;

c) a orientação técnica de inspeção e acompanhamento dos estabelecimentos de ensino

Fundamental e da Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino;

d) credenciamento, autorização de funcionamento e reconhecimento de instituições de

ensino do Sistema Municipal;

e) a avaliação dos processos educacionais para o Ensino Fundamental e a Educação

Infantil nas escolas urbanas e do campo;

f) o funcionamento dos Conselhos Escolares;

g) o atendimentos aos alunos com necessidades educativas especiais;

h) a educação de jovens e adultos.

II - aprovar:

a) as matérias relativas à organização, à autorização de funcionamento, ao reconhecimento

e ao credenciamento das instituições de ensino, quando couber;

b) os projetos, programas educacionais e experiências pedagógicas, elaborados por

instituições que compõem o Sistema Municipal de Ensino;

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c) as mudanças de Entidade Mantenedora, de denominação e/ ou de endereço de escolas

sob sua jurisdição;

d)

e) os regulamentos e orientações do ensino nos termos da legislação vigente;

f) bases curriculares, regimentos e calendários escolares das instituições que compõem o

sistema Municipal de Ensino.

III - emitir parecer sobre:

a) a autorização, o reconhecimento e o credenciamento dos cursos das unidades de ensino;

b) os critérios para concessão de bolsas de estudos a serem custeadas com recursos

municipais;

c) as questões relativas à aplicação da legislação educacionais, no que diz respeito aos

níveis e modalidades educativas, tais como: Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Educação inclusiva, Educação de Jovens e Adultos, Educação à distância, Educação

profissional e tecnológica,

d) o Plano Municipal de Educação;

e) qualquer assunto de natureza educacional, por iniciativa de seus Conselheiros.

IV - articular-se com órgãos e entidades federais, estaduais e municipais para

assegurar a implementação da Política de Educação no Município;

V - assessorar, em matéria educacional, o Secretário da Educação e o prefeito

Municipal, quando solicitado;

VI - manter intercâmbio com o conselho Nacional de Educação, Conselhos Estaduais

e com os demais Conselhos Municipais;

VII - promover encontros conferências, simpósios e reuniões sobre educação no

município, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação;

VIII - promover a divulgação de estudos sobre a educação do Município;

IX - acompanhar, na Câmara Municipal, a tramitação de projetos que versem sobre:

a) política educacional;

b) criação de escolas públicas municipais;

c) denominação de escolas públicas municipais;

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d) desafetação e alienação de áreas públicas municipais, primitivamente destinadas à

edificação de estabelecimentos de ensino.

X – convocar, na área de sua competência, para eventual prestação de esclarecimentos,

equipe técnico-pedagógica da Secretaria de Educação e diretores de unidades escolares

integrantes do Sistema Municipal de Ensino.

XI - zelar pelo cumprimento das leis de ensino;

XII - diagnosticar problemas e deliberar sobre medidas para aperfeiçoar o sistema de

ensino;

XIII - propor alterações no Regimento Interno, se assim a prática o recomendar;

XIV - encaminhar ao prefeito Municipal, com vista à homologação, as decisões de sua

competência;

XV - promover correições, por meio de comissões especiais, em qualquer

Estabelecimento de ensino do Sistema Municipal, tendo em vista o fiel cumprimento da

legislação educacional;

XVI - exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo Conselho Estadual de

Educação.

§ 1º - Dependem de homologação do Prefeito os atos do Conselho Municipal de

Educação.

§ 2º Os atos vetados pelo prefeito voltarão a ser apreciados pelo Conselho Municipal

que poderá rejeitar o veto por, no mínimo, dois terços a totalidade dos seus membros.

Art. 13 – O Conselho Municipal de Educação contará com um consultor técnico e um

administrativo de apoio, necessários ao atendimento de seus serviços, devem ser

previstos recursos orçamentários próprios para tal fim.

15. ASPECTOS EDUCACIONAIS

Educação no âmbito do contexto educacional, a frequência à escola por parte das

crianças e adolescentes será analisada por intermédio da Taxa de Frequência Líquida a

estabelecimentos de ensino, que permite identificar a proporção de pessoas de uma

determinada faixa etária que frequenta escola na série adequada, conforme a adequação

série-idade do sistema educacional brasileiro, em relação ao total de pessoas na mesma

faixa etária. Segundo esse indicador, 85,4% das crianças de 6 a 14 anos de idade

residentes no município estavam frequentando escola no ano de 2010 e estudavam no

ensino fundamental (dados do Censo Demográfico).

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Por sua vez, a Taxa de Frequência Líquida entre os adolescentes de 15 a 17 anos

de idade reflete um enorme desafio para o sistema educacional brasileiro, na medida em

que, no município, 56,6% estavam estudando no ensino médio, que é o nível de ensino

adequado a essa faixa etária, sendo que a referida taxa era de 50,6% na média estadual e

de 47,3% no conjunto do país. É necessário chamar a atenção para o fato de que esse

atraso escolar compromete o futuro laboral dessa geração de adolescentes, haja vista

que a conclusão do ensino médio é uma credencial educacional de suma importância

para ascender a um posto de trabalho formal. Em função dos avanços observados na

alfabetização da população brasileira desde a década de 1990, o município apresentava,

entre a população de 15 anos ou mais de idade, Taxa de Alfabetização de 91,4% no ano

de 2010. As taxas correspondentes ao estado e ao país eram de 92,3% e de 90,6%,

respectivamente. O contingente de pessoas analfabetas no município era de 1.212.

Este índice mensura a desigualdade de uma distribuição, variando de 0 (a

perfeita igualdade) até 1 (concentração absoluta ou desigualdade máxima). 9 Trabalho

Decente Tratando-se dos atributos sexo e cor ou raça, a Taxa de Alfabetização no

município apresentava a seguinte configuração: 91,2% para os homens e 91,6% para as

mulheres; 91,1% entre a população negra e 92,0% entre a população branca. Por

situação do domicílio, a taxa prevalecente na área urbana situava-se em 91,7%, contra

82,8% na área rural. Em 2010, 6.086 pessoas de 15 anos ou mais de idade residentes no

município (43,2% do total) figuravam no grupo de indivíduos sem instrução ou com o

ensino fundamental incompleto.

Vale ressaltar que pela adequação idade-série do sistema educacional brasileiro,

toda a população de 15 anos ou mais de idade já deveria ter concluído o ensino

fundamental. Tratando-se do nível de instrução subsequente, um contingente de 3.059

pessoas (21,7%) possuía o ensino fundamental completo ou médio incompleto.

Com relação ao ensino médio completo ou superior incompleto, os dados do

Censo 2010 apontavam que 28,2% da população municipal situavam-se nesse nível de

instrução (3.978 pessoas). O ensino superior completo10 era realidade para 934

habitantes, o correspondente a 6,6% da população de 15 anos ou mais de idade. É

importante destacar que as políticas de elevação da escolaridade e de educação

profissional desempenham, efetivamente, um papel estratégico no combate à pobreza e

às desigualdades sociais e para as possibilidades de acesso a um Trabalho Decente.

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Os dados da RAIS do MTE demonstram que, ao longo dos últimos anos,

enquanto diminuiu o número de vínculos empregatícios formalizados para os

trabalhadores analfabetos ou que possuem até sete anos completos de estudo (ensino

fundamental incompleto), cerca de 90,0% dos novos empregos surgidos exigiam pelo

menos o ensino médio completo. 7 -Pessoas que nunca frequentou escola ou creche; que

frequentava ou frequentou creche, curso pré-escolar, classe de alfabetização ou curso de

alfabetização de jovens e adultos; frequentava curso de ensino fundamental; frequentou

curso elementar; ou frequentou, mas não concluiu curso de ensino fundamental, 1º grau

ou médio 1º ciclo. 8-Pessoa que concluiu curso de ensino fundamental, 1º grau ou

médio 1º ciclo; frequentava da 1ª a 3ª série de curso de ensino médio; ou frequentou,

mas não concluiu o ensino médio ou 2º grau. 9-Pessoa que frequentava a 4ª série do

ensino médio; concluiu o ensino médio, 2º grau ou médio 2º ciclo; ou frequentava ou

frequentou, mas não concluiu, curso superior. 10 - Pessoa que concluiu curso superior;

ou frequentava ou frequentou curso de mestrado, doutorado ou especialização de nível

superior.

16. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO

16.1 Educação Básica

A Educação Básica de qualidade é um direito assegurado pela Constituição

Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A formação escolar, um dos

fundamentos do projeto de Nação que estamos construindo, é o alicerce indispensável e

condição primeira para o exercício pleno da cidadania e o acesso aos direitos sociais,

econômicos, civis e políticos. A educação deve proporcionar o desenvolvimento

humano na sua plenitude, em condições de liberdade e dignidade, respeitando e

valorizando as diferenças.

Conforme o Art. 22 da LDB, “a educação básica tem por finalidades

desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos

posteriores”. Assim sendo, o Art. 11 inciso V, da referida lei determina que “os

Municípios incumbir-se-ão de oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e,

com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino

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somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de

competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela

Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino”.

Nos últimos anos, ocorreram duas mudanças importantes no país quanto ao

atendimento escolar. Em relação ao Ensino Fundamental, a obrigatoriedade passou para

nove anos (6 aos 14 anos); a Pré-Escola (4 e 5 anos) e o Ensino Médio (15 a 17 anos)

tornaram-se obrigatórios. Permanecendo a creche (0 a 3 anos), em regime facultativo. O

texto constitucional aprovado em 2009 institui a obrigatoriedade da Educação Básica

gratuita para todos na idade de 4 a 17 anos, com implementação pelos sistemas de

ensino, prevista até 2016.

16.2 Educação Infantil em Creches e Pré-escolas

Do ponto de vista legal, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação

Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco

anos de idade em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social,

complementando a ação da família e da comunidade (Lei nº 9.394/96, art. 29).

As creches e pré-escolas se constituem, portanto, em estabelecimentos

educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de zero a cinco

anos de idade por meio de profissionais com a formação específica legalmente

determinada, a habilitação para o magistério superior ou médio, refutando assim

funções de caráter meramente assistencialista, embora mantenha a obrigação de assistir

às necessidades básicas de todas as crianças.

É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5

anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. As propostas

pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:

I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao

bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito

à ordem democrática.

III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de

expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.

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16.3 Ensino Fundamental de 9 Anos

Entre as mudanças recentes mais significativas, atenção especial passou a ser

dada à ampliação do Ensino Fundamental para 9 (nove) anos de duração, mediante a

matrícula obrigatória de crianças com 6 (seis) anos de idade, objeto da Lei nº

11.274/2006. O Ensino Fundamental com duração de 9 (nove) anos abrange a

população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende,

também, a todos os que, na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo.

O Ensino Fundamental, de frequência compulsória, é uma conquista resultante

da luta pelo direito à educação travada nos países do ocidente ao longo dos dois últimos

séculos por diferentes grupos sociais, entre os quais avultam os setores populares. Esse

direito está fortemente associado ao exercício da cidadania, uma vez que a educação

como processo de desenvolvimento do potencial humano garante o exercício dos

direitos civis, políticos e sociais.

A Constituição Federal de 1988, ao reconhecer esses direitos, traduz a adesão da

Nação a princípios e valores amplamente compartilhados no concerto internacional. O

inciso I do art. nº 208 da Carta Magna, Seção da Educação, declara que o dever do

Estado se efetiva com a garantia do “Ensino Fundamental obrigatório e gratuito,

assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na

idade própria”. Por sua vez, o § 1º desse mesmo artigo afirma que “o acesso ao ensino

obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.

Por ser direito público subjetivo, o Ensino Fundamental exige que o Estado

determine a sua obrigatoriedade, que só pode ser garantida por meio da gratuidade de

ensino, o que irá permitir o usufruto desse direito por parte daqueles que se virem

privados dele.

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16.4 Ensino Médio

A LDB estabelece, portanto, que o Ensino Médio é etapa que completa a

Educação Básica, (art. 35), definindo-a como a conclusão de um período de

escolarização de caráter geral. Trata-se de reconhecê-lo como parte de um nível de

escolarização que tem por finalidade desenvolvimento do indivíduo, assegurando-lhe a

formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo-lhe os meios

para progredir no trabalho e em estudos posteriores (art. 22). Segundo Saviani (2000), a

educação integral do homem, a qual deve cobrir todo o período da Educação Básica que

vai do nascimento, com as creches, passa pela Educação Infantil, o Ensino Fundamental

e se completa com a conclusão do Ensino Médio por volta dos dezessete anos, é uma

educação de caráter desinteressado que, além do conhecimento da natureza e da cultura

envolve as formas estéticas, a apreciação das coisas e das pessoas pelo que elas são em

si mesmas, sem outro objetivo senão o de relacionar-se com elas.

O Ensino Médio corporifica a concepção de trabalho e cidadania como base para

a formação, configurando-se enquanto Educação Básica. A formação geral do estudante

em torno dos fundamentos científico-tecnológicos, assim como sua qualificação para o

trabalho, sustentam-se nos princípios estéticos, éticos e políticos que inspiram a

Constituição Federal e a LDB. A escola persegue finalidades.

As finalidades do Ensino Médio explicitadas no art. 35, da LDB:

Art. 35 O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima

de três anos, terá como finalidade:

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

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17. PERSPECTIVA DA INCLUSÃO NO MUNICÍPIO

17.1 Educação Especial

Intensificando o processo de inclusão e buscando a universalização do

atendimento, as escolas públicas e privadas deverão, também, contemplar a melhoria

das condições de acesso e de permanência dos alunos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns do ensino regular.

Os recursos de acessibilidade, como o nome já indica, asseguram condições de acesso

ao currículo dos alunos com deficiência e mobilidade reduzida, por meio da utilização

de materiais didáticos, dos espaços, mobiliários e equipamentos, dos sistemas de

comunicação e informação, dos transportes e outros serviços.

Esse atendimento, a ser expandido gradativamente com o apoio dos órgãos

competentes, não substitui a escolarização regular, sendo complementar à ela. Ele será

oferecido no contraturno, em salas de recursos multifuncionais na própria escola, em

outra escola ou em centros especializados e será implementado por professores e

profissionais com formação especializada, de acordo com plano de atendimento aos

alunos que identifique suas necessidades educacionais específicas, defina os recursos

necessários e as atividades a serem desenvolvidas.

17.2 AEE

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é exclusivo para alunos com

deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, transtornos funcionais, altas

habilidades/ superdotação. A Secretaria Municipal de Educação tende a envolver as

famílias, os professores e as equipes técnicas das escolas no planejamento da oferta

desse atendimento em classes regulares. A inclusão do aluno no AEE garante ao

município a contabilização de dupla matrícula, assegurando recursos do FUNDEB para

a execução do atendimento. Além da dupla matrícula, o município deverá receber do

MEC um conjunto de equipamentos e materiais pedagógicos e de tecnologia ass0istiva

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devendo providenciar espaço para a instalação dos mesmos. Até o Censo de 2013, o

município não constava atendimentos no AEE.

17.3 Educação Indígena

Segundo o Inep, educação escolar indígena é aquela oferecida exclusivamente

aos alunos indígenas. As escolas indígenas podem estar localizadas em terras ocupadas

pelos índios, em qualquer processo de regularização, ou até em áreas urbanas. Os

professores são prioritariamente indígenas, e o ensino pode ser ministrado em Língua

Portuguesa ou indígena e, de preferência, utilizando materiais didáticos específicos e

diferenciados. As escolas indígenas são consideradas pelo Conselho Nacional de

Educação (Resolução nº 3/CEB-CNE/1999) uma categoria específica escolar e por isso

têm direitos de autonomia pedagógica, organizativa e gerencial.

17.4 Educação Quilombola

A Educação Escolar Quilombola segue a proposta política de um currículo

construído com os quilombolas e para os quilombolas, baseado nos saberes,

conhecimentos e respeito às suas matrizes culturais. Trata-se de uma educação

diferenciada onde se trabalha a realidade a partir da história de luta e resistência desses

povos bem como dos seus valores civilizatórios. está fundamentada na vivência e

organização coletiva, valores ancestrais, relação com a terra e com o sagrado, dos quais

precisam ser incorporados no espaço escolar das escolas quilombolas e das escolas que

atendem estudantes quilombolas. Não Verificamos no município a existência de áreas

remanescentes de quilombos.

17.5 Educação do Campo

A Educação do Campo, tratada como educação rural na legislação brasileira,

incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura e se estende,

também, aos espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas, conforme as

Diretrizes para a Educação Básica do Campo (Parecer CNE/CEB nº 36/2001 e

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Resolução CNE/CEB nº 1/2002; Parecer CNE/CEB nº 3/2008 e Resolução CNE/CEB

nº 2/2008).

A concepção de Educação do Campo que ora se firma no município de

Aragarças, visa desempenhar um papel importante no reconhecimento do campo como

um lugar de vida, de trabalho, de relações com especificidades próprias, onde vivem

populações que caminham em busca do seu reconhecimento, do reconhecimento dos

seus direitos e que por meio deles se constituem como “sujeitos de direitos”, refletem,

reelaboram e recriam as situações cotidianas nas condições de existência social a partir

das próprias condições de em que estão inseridos.

A possibilidade do exercício deste papel fundamental da escola do campo, na

garantia de sua afirmação econômica, política, social e cultural, se configurará como

possibilidades de oferecer substancialmente um projeto escolar identitário, emancipador

dos sujeitos, promovendo escolarização em todos os níveis bem como o conhecimento

sobre o funcionamento da sociedade, sobre os mecanismos de dominação e

subordinação que a caracterizam, e sobre o modo de integração da produção agrícola

neste projeto de sociedade, a partir do complexo sistema de relações e de mediações que

constitui o processo de desenvolvimento rural.

Na educação básica também foram situados quatro eixos estruturantes para a

promoção da qualidade social preconizada pela Constituição:

Formação de professores e piso salarial nacional – Para a formação dos

profissionais o PME define estratégias de uma relação mais estreita entre educação

superior e educação básica, com acesso dos professores a cursos nas universidades

públicas por meio de acordos com os municípios, oferta de bolsas e educação a

distância, de tal modo que a União, o Distrito Federal, os estados e os municípios, em

regime de colaboração, promovam a formação inicial, continuada e a capacitação dos

profissionais do magistério. O piso salarial mínimo, previsto na EC nº 53/2006, que

instituiu o FUNDEB, e foi definido pela Lei nº 11.738/2008.

Financiamento - salário educação e FUNDEB: O FUNDEB, criado pela EC nº

53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007, aumentou substancialmente o

compromisso da União com a educação básica e instituiu um único fundo para toda a

educação básica, não apenas para o ensino fundamental. Essas medidas traduzem as

expressões de visão sistêmica da educação básica, financiando todas as etapas, inclusive

EJA, de ordenação do território e de desenvolvimento social e econômico, na medida

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em que a complementação da União é direcionada às regiões nas quais o investimento

por aluno é inferior à média nacional.

Avaliação e responsabilização – IDEB: Para acompanhar o processo de

melhoria da qualidade da educação básica foi criado o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB), constituído por dados sobre fluxo escolar combinado com o

desempenho dos alunos aferido por meio de provas nacionais (Provinha Brasil). O

IDEB possibilita comparar o desempenho da educação nacional comparada com outros

países e “permitirá a pais, comunidades, escolas, Municípios e Estados acompanharem

o desempenho das escolas ao mesmo tempo em que fixará metas de curto, médio e

longo prazo para a melhoria da qualidade da educação básica”.

17.6 Ensino Superior

A educação superior será ministra em instituições de ensino superior, públicas

ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização. A título de

conhecimento, de acordo com a LDB, A educação superior abrangerá os seguintes

cursos e programas (Art. 44):

I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a

candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde

que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº

11.632, de 2007).

III – de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de

especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de

graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino;

IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em

cada caso pelas instituições de ensino.

18 EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL, NO PERÍODO DE 10 ANOS.

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87

Número de sala de aulas existentes no Município

Porcentagem de crianças de 4 a 5 anos que frequentam a escola - Taxa de atendimento (Censo Demográfico)

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Porcentagem de crianças de 0 a 3 anos que frequentam a escola - Taxa

e atendimento (Censo Demográfico)

Porcentagem de crianças de 6 a 14 anos que frequentam a escola - Taxa de atendimento (Censo Demográfico)

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Taxa de distorção idade-série - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Taxa de distorção idade-série - Anos Finais do Ensino Fundamental

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90

Ensino Médio

Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos que frequentam a escola - Taxa

de atendimento

Taxa de distorção idade-série - Ensino Médio

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Educação Especial/Inclusiva

Porcentagem de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados em classes comuns

Rede / Pública

Rede privada

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92

Rede / Privada / Escolas Particulares

Rede / Privada / Escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas

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93

Rede / Privada / Escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas / Conveniadas

com o poder públicoEtapa / Educação Infanti

iniciasEtapa / Ensino Médio

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94

Alfabetização

Indicadores da Educação Básica da localidade

Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio / Rede

Porcentagem de escolas públicas da Educação Básica com matrículas em tempo

integral

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95

Escolas de Ensino Fundamental por quantidade de alunos matriculados em tempo integral

Total / Mais de 50% dos alunos

Escolas de Ensino Médio por quantidade de alunos matriculados em tempo integral

Aprendizado adequado na idade certa

Indicadores da Educação Básica da localidade

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96

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Rede

Quantidade de escolas que cumpriram as metas do Ideb - Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Rede / Estadual

Rede / Municipal

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97

Taxa de distorção idade-série - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Taxas de rendimento - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Taxa de Aprovação / Todas as redes / 1º ao 5º Ano

Taxa de Aprovação / Rede / Municipal

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98

Taxa de Aprovação / Rede / Municipal / 1º ao 5º Ano

Taxa de Aprovação / Rede / Estadual / 1º ao 5º Ano

Taxa de Aprovação / Rede / Privada / 1º ao 5º An

o

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99

Taxa de Reprovação / Redes / Municipal / 1º ao 5º Ano

Taxa de Reprovação / Redes / Estadual / 1º ao 5º Ano

Taxa de Reprovação / Redes / Privada

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100

Taxa de Abandono / Redes / Estadual

Taxa de Abandono / Redes / Estadual / 1º ao 5º Ano

Taxa de Abandono / Redes / Privada

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101

Taxa de Abandono / Redes / Privada / 1º ao 5º Ano

Taxa de Reprovação / Todas as Redes

Taxa de Abandono / Todas as redes

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102

Taxa de Aprovação / Todas as redes

Porcentagem de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental com pontuação acima do

nível considerado adequado na Prova Brasil

Disciplina

Nota Padronizada (Ideb) - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Rede

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103

Índice de Rendimento (Ideb) - Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Rede

Taxas de rendimento - Anos Finais do Ensino Fundamental

Taxa de Aprovação / Todas as redes / 6º ao 9º Ano

Taxa de Aprovação / Redes / Municipal

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104

Taxa de Aprovação / Redes / Municipal / 6º ao 9º Ano

Taxa de Aprovação / Redes / Estadual

Taxa de Aprovação / Redes / Estadual / 6º ao 9º Ano

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105

Taxa de Aprovação / Redes / Pública

Taxa de Aprovação / Redes / Pública / 6º ao 9º Ano

Taxa de Aprovação / Redes / Privada

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Taxa de Reprovação / Todas as redes / 6º ao 9º Ano

Taxa de Reprovação / Redes / Estadual

Taxa de Reprovação / Redes / Estadual / 6º ao 9º Ano

Taxa de Reprovação / Redes / Pública

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Taxa de Reprovação / Redes / Pública / 6º ao 9º Ano

Taxa de Reprovação / Redes / Privada

Taxa de Reprovação / Redes / Privada / 6º ao 9º Ano

Taxa de Abandono / Todas as redes / 6º ao 9º Ano

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Taxa de Abandono / Redes / Estadual

Taxa de Abandono / Redes / Estadual / 6º ao 9º Ano

Taxa de Abandono / Redes / Pública

Taxa de Abandono / Redes / Pública / 6º ao 9º Ano

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Taxa de Abandono / Redes / Privada

Taxa de Abandono / Redes / Privada / 6º ao 9º Ano

Taxa de Aprovação / Todas as redes

Taxa de Reprovação / Todas as redes

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110

Taxa de Abandono / Todas as redes

Porcentagem de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental com pontuação acima do

nível considerado adequado na Prova Brasil

Disciplina

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111

Índice de Rendimento (Ideb) - Anos Finais do Ensino Fundamental

Rede

Nota Padronizada (Ideb) - Anos Finais do Ensino Fundamental

Taxa de distorção idade-série - Ensino Médio

Taxas de rendimento - Ensino Médio

Taxa de Aprovação / Redes / Municipal

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112

Taxa de Aprovação / Redes / Municipal / 1º ao 4º Ano

Taxa de Aprovação / Redes / Estadual

Taxa de Aprovação / Redes / Privada

Ensino Médio

Taxa de Reprovação / Redes / Estadual

Taxa de Reprovação / Redes / Pública

Taxa de Reprovação / Redes / Pública / 1º ao 4º Ano

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113

Taxa de Reprovação / Redes / Privada

Taxa de Abandono / Redes / Estadual

Taxa de Abandono / Redes / Privada

Nota Padronizada (Ideb) - Ensino Médio

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114

EJA integrada à Educação Profissional

Indicadores da Educação Básica da localidade

Porcentagem de matrículas de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental, integradas à Educação profissional

Rede

Porcentagem de matrículas de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio, integradas à Educação Profissional

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115

Rede

Educação Profissional

Indicadores da Educação Básica da localidade

Matrículas de Educação Profissional Técnica

Forma de articulação com o Ensino Médio

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116

Rede

Localidade

Porcentagem de Matrículas na Educação Profissional de nível Médio em relação ao total de matrículas do Ensino Médio

Rede

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117

Novas matrículas de Educação Profissional Técnica na Rede Pública

Localidade

Formação de professores

Indicadores da Educação Básica da localidade

Porcentagem de professores da Educação Básica com curso superior

Rede / Pública

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118

Rede / Privada

Professores da Educação Básica por escolaridade

Professores da Educação Básica

Professores por etapa / Professores da Educação Infantil

Professores por etapa / Professores do Ensino Fundamental

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119

Professores por etapa / Professores do Ensino Médio

Porcentagem de professores dos anos finais do Ensino Fundamental que tem licenciatura na área em que atuam

Disciplina / Língua Portuguesa

Disciplina / Matemática

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Disciplina / História

Disciplina / Geografia

Disciplina / Ciências

Disciplina / Filosofia

Disciplina / Educação Física

Disciplina / Artes

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121

Disciplina / Língua Extrangeira

Porcentagem de professores do Ensino Médio que tem licenciatura na área em que atuam

Disciplina / Matemática

Disciplina / Língua Portuguesa

Disciplina / História

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Disciplina / Geografia

Disciplina / Química

Disciplina / Física

Disciplina / Biologia

Disciplina / Filosofia

Disciplina / Educação Física

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123

Disciplina / Artes

Disciplina / Língua extrangeira

Formação continuada e pós-graduação de professores

Indicadores da Educação Básica da localidade

Porcentagem de professores da Educação Básica com Pós-Graduação

Rede

Tipo de pós-graduação

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Etapa / Educação Infantil

Etapa / Ensino Fundamental - Anos inicias

Etapa / Ensino Fundamental - Anos finais

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125

Etapa / Ensino Médio

Plano de carreira docente

Indicadores da Educação Básica da localidade

Existência de ações de regulamentação e de valorização da carreira do magistério

Gestão democrática

Indicadores da Educação Básica da localidade

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126

Existência de instrumentos de Gestão Democrática nos municípios

Existência de Conselho Municipal de Educação

Caráter do Conselho Municipal de Educação

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127

19. CENSO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

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128

20 -METAS E ESTRATÉGIAS

20.1 META 1- Educação Infantil

Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4

(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em

creches de forma a atender, no mínimo, 60% (sessenta por cento) das crianças de

até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

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129

Estratégias:

1.1) Estabelecer, no prazo de um ano após a aprovação deste plano, o regime de

colaboração com o Estado para assegurar a expansão do atendimento da

Educação Infantil de acordo com, no mínimo, o padrão de qualidade

estabelecido nacionalmente.

1.2) Garantir que, ao final da vigência deste PME, seja inferior a 10% (dez por cento)

a diferença entre as taxas de frequência à educação infantil das crianças de até 3

(três) anos oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do

quinto de renda familiar per capita mais baixo;

1.3) Realizar, anualmente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por

creche para a população de até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e

verificar o atendimento da demanda manifesta e a cada três anos, o levantamento

da demanda universal e manifesta;

1.4) Estabelecer, manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas as

normas de acessibilidade, programa municipal de construção e reestruturação de

escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à

melhoria da rede física de instituições públicas de educação infantil;

1.5) Implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação

infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais

de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as

condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre

outros indicadores relevantes;

1.6) Ofertar matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes

de assistência social na área de educação, assegurando a expansão da oferta na

rede escolar pública;

1.7) Promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais da educação

infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais com

formação superior;

1.8) Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de

formação para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de

currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas

ligadas ao processo de ensino e de aprendizagem e às teorias educacionais no

atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;

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130

1.9) Fomentar o atendimento das populações do campo na educação infantil, nas

respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição

territorial da oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de

crianças, de forma a atender às especificidades dessas comunidades, garantido

consulta prévia e informada;

1.10) Desenvolver mecanismos de atendimento das populações do campo e indígenas

na educação infantil das ou nas respectivas comunidades, por meio do

redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de

escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades

dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada;

1.11) Priorizar o acesso à educação infantil, garantir e fomentar a oferta do

atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos (às)

alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças

surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica;

1.12) Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às

famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência

social, com foco no desenvolvimento integral das crianças da Educação Infantil;

1.13) Preservar as especificidades da educação infantil na organização dos Sistemas de

Educação, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em

estabelecimentos que atendam o padrão de qualidade estabelecido

nacionalmente e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso

do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;

1.14) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência

das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de

transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;

1.15) Promover anualmente a busca ativa de crianças em idade correspondente à

educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e

proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação às

crianças de até 3 (três) anos;

1.16) Realizar e dar ampla divulgação a sociedade civil, a cada ano, o levantamento da

demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma

de planejar e verificar o atendimento;

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131

1.17) Garantir o acesso à educação infantil em tempo integral, para as crianças de 0

(zero) a 5 (cinco) anos, respeitando o direito à educação de qualidade.

20.2 META 2 - Ensino Fundamental

Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6

(seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por

cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de

vigência deste PME.

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132

Estratégias:

1.1) Pactuar com a União e o Estado, no âmbito da instância permanente de que trata

o § 5º do art. 7º da Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, a implantação dos

direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base

nacional comum curricular do ensino fundamental;

1.2) Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos (as) alunos (as)

do ensino fundamental com dificuldade na aprendizagem;

1.3) Garantir o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do

aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de

renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na

escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso

escolar dos (as) alunos (as), em colaboração com as famílias e com órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e

juventude;

1.4) Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria

com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,

adolescência e juventude;

1.5) Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a

organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente

comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas

do campo e dos alunos indígenas;

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133

1.6) Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim

de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as)

alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas

se tornem polos de criação e difusão cultural;

1.7) Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das

atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as

escolas e as famílias;

1.8) Estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as

populações do campo, nas próprias comunidades;

1.9) Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida o

acesso e o suporte pedagógico de qualidade, para atender aos filhos e filhas de

profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;

1.10) Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de

estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais;

1.11) Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas

escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional;

20.3 META 3- Ensino Médio

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15

(quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste

PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 90% (noventa por

cento).

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134

Estratégias:

3.1) Apoiar e implementar as propostas de direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento para os (as) alunos (as) de ensino médio, a serem atingidos nos

tempos e etapas de organização deste nível de ensino, com vistas a garantir

formação básica comum;

3.2) Garantir a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a

ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;

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135

3.3) Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino

fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a)

com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de

reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de

forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;

3.4) Fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à

educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do

campo, alunos indígenas e das pessoas com deficiência;

3.5) Assegurar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanência dos(as) jovens beneficiários (as) de programas de transferência de

renda, no Ensino Médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à

interação com o coletivo. E, ainda, garantir o acesso desse aluno a uma equipe

de psicólogo, fonoaudiólogo e outros profissionais da saúde competentes que

possam auxiliá-lo, no que se refere à prevenção de problemas como situações de

discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do

trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração com os órgãos

públicos de assistência social e proteção à adolescência e juventude;

3.6) Promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora

da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção

à adolescência e à juventude;

3.7) Fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do

campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, de adultos

e das pessoas com deficiência, com qualificação social e profissional para

aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar;

3.8) Redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como

a distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a

demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as);

3.9) Desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantindo a

qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a

atividades de caráter itinerante;

3.10) Implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão;

3.11) Estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas,

culturais e científicas.

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136

20.4 META 4 - Inclusão

Universalizar, para a população de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de

sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,

escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Estratégias:

4.1) Promover triagem da população de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência

social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

4.2) Contabilizar e garantir, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB, as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da

rede pública municipal que recebam Atendimento Educacional Especializado

complementar e/ou suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas

preferencialmente na educação básica regular, e as matrículas efetivadas,

conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em

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137

instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,

conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos

termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007;

4.3) Garantir, no prazo de vigência deste PME, a universalização do atendimento

escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três)

anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

4.4) Implantar e implementar, ao longo deste PME, salas de Recursos

Multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras

para o Atendimento Educacional Especializado nas escolas urbanas e do campo;

4.5) Garantir Atendimento Educacional Especializado em salas de recursos

multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou

conveniados nas formas complementar e/ou suplementar, a todos (as) alunos (as)

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, matriculados na educação básica, conforme necessidade

identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno;

4.6) Promover criação e manutenção de Centros Multidisciplinares de Apoio, em

parcerias com as Instituições de Ensino Superior- (IES), para a pesquisa e

assessoria, integrados por profissionais das áreas de saúde, das licenciaturas,

assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos (as)

professores da educação básica e garantir o atendimento e acompanhamento com

os pais e alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação;

4.7) Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas

instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as)

com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte

acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de

tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas,

níveis e modalidades de ensino;

4.8) Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob

alegação de deficiência e promover a articulação pedagógica entre o ensino

regular e o Atendimento Educacional Especializado;

4.9) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao

Atendimento Educacional Especializado, bem como da permanência e do

desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos

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138

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários

(as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às

situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao

estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em

colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social,

saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

4.10) Fomentar preferencialmente nas IES, pesquisas que contribuam para o

desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos

de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem,

bem como das condições de acessibilidade dos (as) estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.11) Promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares, preferencialmente

nas IES, para subsidiar a formulação de políticas públicas Inter setoriais que

atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que

requeiram Atendimento Educacional Especializado;

4.12) Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde,

assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de

desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento

escolar, na Educação de Jovens e Adultos, das pessoas com deficiência e

transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de

escolarização obrigatória, e de forma a assegurar a atenção integral e

profissionalizantes ao longo da vida;

4.13) garantir a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à

demanda do processo de escolarização dos estudantes com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

viabilizando a oferta de professores do Atendimento Educacional Especializado,

profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de Libras, guias-

intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e

professores bilíngues;

4.14) Definir e implementar, no segundo ano de vigência deste PME, indicadores de

qualidade e política de avaliação e supervisão para o funcionamento de

instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação;

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139

4.15) Garantir que anualmente seja realizado o levantamento detalhado de dados dos

(das) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, no âmbito do Sistema Municipal de Ensino;

4.16) Incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação

para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado

o disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais

teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem

relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.17) Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas

sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público municipal, visando a

ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino;

4.18) Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas

sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público municipal, visando a

ampliar a oferta de formação continuada e a produção de material didático

acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso,

participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados na rede

pública de ensino;

4.19) Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas

sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público municipal, a fim de

favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema

educacional inclusivo.

20.5 META 5- Alfabetização Infantil

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino

fundamental.

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140

Estratégias:

5.1) Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do

ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-

escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e

com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de

todas as crianças;

5.2) Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas

pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria

do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas

abordagens metodológicas e sua efetividade;

5.3) Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a alfabetização de

crianças, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem

como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem

aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos

educacionais abertos;

5.4) Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a

alfabetização de crianças numa perspectiva inclusiva, com o conhecimento de

novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando

a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de

formação continuada de professores (as) para a alfabetização;

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141

5.5) Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas

especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem

estabelecimento de terminalidade temporal.

20.6 META 6 - Educação Integral

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)

das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento)

dos (as) alunos (as) da educação básica.

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142

Estratégias:

6.1) Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo

integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e

multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de

permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a

ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a

ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;

6.2) Instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas com

padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo

integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação

de vulnerabilidade social;

6.3) Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa municipal de

ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de

quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para

atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e

outros equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação

de recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.4) Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais

e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários,

bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários;

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143

6.5) Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de

alunos (as) matriculados nas escolas da rede pública municipal de educação

básica por parte das entidades privadas de serviço social vinculadas ao sistema

sindical, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.6) Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei no 12.101, de 27

de novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos

(as) das escolas da rede pública municipal de educação básica, de forma

concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.7) Atender às escolas do campo na oferta de educação em tempo integral, com base

em consulta prévia e informada, considerando-se as peculiaridades locais;

6.8) Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária

de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional

especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos

multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

6.9) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola,

direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado

com atividades recreativas, esportivas e culturais.

20.7 META 7- Qualidade da Educação Básica- IDEB

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com

melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias

nacionais para o IDEB:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

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144

Estratégias:

7.1) Assegurar que:

a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos

(as) alunos (as) do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado

nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de

aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por

cento), pelo menos, o nível desejável;

b) No último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino

fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de

aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e

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145

desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o

nível desejável;

7.2) Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas municipais de educação

básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as

dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento

estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação

continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão

democrática;

7.3) Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às

metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias

de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à

formação de professores e professoras e profissionais de serviços e apoio

escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à

melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.4) Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino

fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames

aplicados no ensino fundamental, e incorporar o Exame Nacional do Ensino

Médio, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação

básica, bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas

escolas e redes de ensino municipal para a melhoria de seus processos e práticas

pedagógicas;

7.5) Melhorar o desempenho dos alunos da educação básica nas avaliações da

aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA,

tomado como instrumento externo de referência, internacionalmente

reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:

PISA 2015 201

8

202

1

Média dos resultados em matemática, leitura

e ciências

438 455 473

7.6) Incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias

educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e

incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo

escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas

pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais

abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em

que forem aplicadas;

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146

7.7) Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do

campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e

padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações

definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia -

INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União

proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão

escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.8) Desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a

população do campo que considerem as especificidades locais e as boas práticas

nacionais e internacionais;

7.9) Universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede mundial

de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da

década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação

básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da

comunicação;

7.10) Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta

de recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade

escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da

transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;

7.11) Viabilizar a ampliação dos programas e aprofundar ações de atendimento ao (à)

aluno (a), em todas as etapas da educação básica, com programas suplementares

de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.12) Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia

elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos

resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva,

a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em

cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência;

7.13) Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa municipal de

reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas municipais,

visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.14) Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização

pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas municipais da

educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das

condições necessárias para a universalização das bibliotecas nas instituições

educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a internet;

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147

7.15) Assegurar os parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica,

determinados pela União, em regime de colaboração, a serem utilizados como

referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros

insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a

melhoria da qualidade do ensino;

7.16) Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas da secretaria de

educação do Município de Aragarças, bem como manter programa nacional de

formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias de educação;

7.17) Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo

desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção

dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a

adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de

paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.18) Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e

jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua,

assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da

Criança e do Adolescente;

7.19) Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-

brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos

10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-

se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de

ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial,

conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

7.20) Consolidar a educação escolar no campo e de populações tradicionais, de

populações itinerantes, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e

comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da

identidade cultural; a participação da comunidade na organização pedagógica e

na gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas

particulares de organização do tempo; a reestruturação e a aquisição de

equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de

profissionais da educação; e o atendimento em educação especial;

7.21) Desenvolver currículos e/ou propostas pedagógicas específicas para educação

escolar para as escolas do campo e para o educando (a) indígena, incluindo os

conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando

o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna indígena,

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produzindo e disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os

(as) alunos (as) com deficiência;

7.22) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal

com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a

educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle

social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.23) Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e

nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência

social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às

famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.24) Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da

saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública

de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à

saúde;

7.25) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção,

prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e

emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria

da qualidade educacional;

7.26) Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano

Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação

de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como

mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das

diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;

7.27) Instituir, em articulação com o Estado politicas para a formação de professores e

de alunos, promovendo e consolidando as políticas de preservação da memória

nacional e municipal;

7.28) Promover a regulação da oferta da educação básica pela iniciativa privada, de

forma a garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação;

7.29) Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no

IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da

comunidade escolar.

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149

20.8 META 8- Elevação da escolaridade/diversidade

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) ou mais de modo a

alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste

Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País, dos

25% (vinte e cinco por cento) mais pobres e igualar a escolaridade média entre

negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE.

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151

Estratégias:

8.1) Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo,

para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e

progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar

defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais

considerados;

8.2) Garantir e incentivar o acesso a escolarização de qualidade e, somente, em

último caso a exames gratuitos de certificação de conclusão do Ensino

Fundamental e Médio;

8.3) Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica e com elevação de

escolaridade, por parte das entidades públicas e privadas de serviço social e de

formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma integrada ou

concomitante ao ensino ofertado na rede escolar municipal pública, para os

segmentos populacionais considerados;

8.4) Promover, em regime de colaboração com a União e o Estado, em parceria com

as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do

acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados,

identificar motivos de absenteísmo para a garantia de frequência e apoio à

aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as)

estudantes na rede pública regular de ensino;

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152

8.5) Garantir, em todas as unidades prisionais, em articulação com a secretaria de

Estado de segurança pública ou de administração penitenciária e com os setores

de saúde, trabalho, meio ambiente, assistência social, cultura e lazer, o ensino

público como o direito humano, privilegiando a modalidade da EJA integrada à

formação;

8.6) Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos

populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social,

saúde e proteção à juventude;

8.7) Diversificar as formas de atendimento (EJA com avaliação no processo; classes

de alfabetização e aceleração da aprendizagem; ensino regular; entre outras) nas

unidades escolares de Ensino Fundamental adequando os currículos e modos de

funcionamento às necessidades da população a qual se destinam, garantindo os

recursos pedagógicos, materiais, financeiros e corpo docente capacitado;

8.8) Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com Ensino Fundamental e Médio

incompletos, para identificar a demanda ativa por vaga na Educação de Jovens e

Adultos;

8.9) Garantir à população da EJA incentivos que assegurem sua permanência na

escola como, por exemplo, participação nos programas de saúde e cidadania,

acesso ao transporte escolar valorizando os direitos humanos;

8.10) Assegurar no currículo do ensino noturno, a adoção de metodologias

apropriadas, valorizando diversidades culturais com atividades corporais,

desportivas e de lazer que priorizem a qualidade de vida do ser humano em sua

totalidade;

8.11) Aderir a programas de renda para jovens e adultos que frequentam cursos dessa

modalidade;

8.12) Realizar a avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau

de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze anos) de idade.

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20.9 META 9- Alfabetização de Jovens e Adultos

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para

93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da

vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50%

(cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

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Estratégias:

9. 1) Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que não

tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9. 2) Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com Ensino Fundamental e Médio

incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e

adultos;

9. 3) Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de

continuidade da escolarização básica;

9. 4) Realizar chamadas públicas regulares para Educação de Jovens e Adultos,

promovendo-se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e

em parceria com organizações da sociedade civil;

9. 5) Realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de

alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9. 6) Executar ações de atendimento ao (à) estudante da Educação de Jovens e

Adultos por meio de programas suplementares de transporte, alimentação e

saúde, inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos,

em articulação com a área da saúde;

9. 7) Assegurar a oferta de Educação de Jovens e Adultos, nas etapas de Ensino

Fundamental e Médio, às pessoas privadas de liberdade em todos os

estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica dos professores e

das professoras e implementação de diretrizes nacionais em regime de

colaboração;

9. 8) Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na Educação de Jovens e

Adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades

específicas desses (as) alunos (as);

9. 9) Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores,

públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização

da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das ações

de alfabetização e de Educação de Jovens e Adultos;

9. 10) Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos

idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao

acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas,

à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos

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conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do

envelhecimento e da velhice nas escolas.

20.10 META 10- EJA Integrada

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de Educação de

Jovens e Adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à

Educação Profissional.

Estratégias:

10.1) Manter programa municipal de Educação de Jovens e Adultos voltado à

conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a

estimular a conclusão da educação básica;

10.2) Expandir as matrículas na Educação de Jovens e Adultos, de modo a articular a

formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional,

objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da

trabalhadora;

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156

10.3) Fomentar a integração da Educação de Jovens e Adultos com a educação

profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público

da educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das

populações itinerantes e do campo e dos alunos indígenas, inclusive na

modalidade de educação a distância;

10.4) Ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e

baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à Educação de Jovens e

Adultos articulada à educação profissional;

10.5) Implantar programa municipal de reestruturação e aquisição de equipamentos

voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas municipais

que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à educação profissional,

garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência;

10.6) Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos,

articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e

estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do

trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e

o espaço pedagógicos adequados às características desses alunos e alunas;

10.7) Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e

metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a

equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes da rede

pública municipal que atuam na Educação de Jovens e Adultos articulada à

educação profissional;

10.8) Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores e

trabalhadoras articulada à Educação de Jovens e Adultos, em regime de

colaboração e com apoio de entidades privadas de formação profissional

vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins lucrativos de

atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade;

10.9) Institucionalizar programa municipal de assistência ao estudante,

compreendendo ações de assistência social, financeira e de apoio

psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a

aprendizagem e a conclusão com êxito da Educação de Jovens e Adultos

articulada à Educação Profissional;

10.10) Implementar mecanismos de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos

trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de

formação inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível médio.

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157

10.11) Apoiar e incentivar, junto às universidades públicas e privadas, o

desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre o perfil do aluno jovem e adulto

com intuito de estabelecer formas diferenciadas de atendimento, frente às suas

necessidades educativas, econômicas e profissionais;

10.12) Analisar, articulando ao Sistema de Avaliação de Desempenho, as

competências básicas dos alunos nas classes de EJA, que impliquem na redução

dos fenômenos de evasão e repetência;

10.13) Incluir a população prisional dentre o público de atendimento diferenciado das

ações de alfabetização;

10.14) Assegurar que a clientela da EJA em situação de privação de liberdade tenha a

remição de 01(um) dia de pena a cada 12(doze) horas de frequência escolar –

atividades de ensino fundamental, médio, inclusive profissional, ou superior ou

ainda requalificação profissional – divididas, no mínimo, em 03 (três) dias,

conforme Art. 126 da Lei Nº 12.433, DE 29 DE JUNHO DE 2011;

10.15) Garantir a Gratificação de Risco de Vida aos profissionais da educação que

atuam na EJA no sistema prisional de Aragarças, que será fixado em função do

grau de exposição aos riscos resultantes de contato direto, indireto, continuado

ou não, com pessoas submetidas à privação de liberdade.

20.11 META 11- Educação Profissional

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,

assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da

expansão no segmento público.

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Estratégias:

11.1) Estabelecer, a partir do primeiro ano da aprovação do PME, políticas para a

educação Profissional, com vistas a implantação;

11.2) Garantir que a Educação Profissionalizante seja feita de forma continuada,

ampliando, deste modo, as oportunidades de ingresso no mercado de trabalho;

11.3) Intensificar o processo de integração da educação básica ao ensino

profissionalizante bem como contribuir para o bom desenvolvimento dos cursos

nas modalidades sequenciais e concomitantes;

11.4) Incentivar a criação de cursos técnicos e de capacitação profissional no setor de

bens e serviços, valorizando as atividades econômicas do município;

11.5) Intensificar a relação entre Município, Universidades, Institutos Federais, Setor

S, (Senai, Senac, Sesi, e outros) visando a atender às demandas da sociedade

aragarcense referentes à qualificação profissional;

11.6) Firmar convênios com Instituições afins para fortalecer o oferecimento de cursos

de acordo com as necessidades da administração Pública Municipal, visando a

qualificação de seu quadro de funcionários para melhor servir à sociedade

aragarcense e adjacências;

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159

20.12 META 12- Educação Superior

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por

cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18

(dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão

para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento

público.

Estratégias:

12.1) Contribuir para a otimização, da estrutura física, dos recursos humanos e do

transporte para as instituições públicas de educação superior, mediante ações

planejadas e coordenadas, de forma a ampliar o acesso à graduação;

12.2) Contribuir com as políticas que visem ampliar a oferta de vagas, em relação à

população, na idade de referência e observadas as características municipais;

inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

12.3) Estabelecer parcerias com as IES, visando a ampliação do campo de estágio

curricular obrigatório;

12.4) Apoiar a oferta de estágio como parte da formação na educação superior;

12.5) Incentivar as IES a assegurar condições de acessibilidade, na forma da

legislação;

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12.6) Incentivar a expansão do atendimento específico a população do campo e alunos

indigenas em relação a acesso, permanência, conclusão e formação de

profissional para atuação nessa população;

12.7) Elaborar e implementar em parcerias com as IES públicas, política de formação

continuada para professores efetivos da Educação Básica por meio do

aproveitamento de vagas ociosas nos cursos de graduação;

20.13 META 13- Qualidade da Educação Superior

Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e

doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação

superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35%

(trinta e cinco por cento) doutores.

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161

20.14 META 14- Pós Graduação

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de

modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e

cinco mil) doutores.

Estratégias:

14.1) Incentivar a disseminação da prática da pesquisa em educação e áreas afins,

como aspecto integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem,

nas redes de ensino, inclusive com a participação das IES no desenvolvimento

da pesquisa;

14.2) Estabelecer parcerias que permitam à rede educacional de Aragarças tornar-se

campo de pesquisa das IES, desde que garantida a sua autonomia;

14.3) Estimular as IES a estabelecer, em parceria com os sindicatos, a implantação de

planos de capacitação dos servidores técnico-administrativos das instituições

públicas que atuam no município;

14.4) Incentivar a oferta dos programas de pós-graduação stricto sensu, especialmente

os de mestrado e doutorado, nos campi novos abertos em decorrência dos

programas de expansão e interiorização das instituições superiores públicas;

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assegurando a formação dos profissionais que atuam na rede municipal de

educação;

14.5) Incentivar o aumento de 20% do número de mestres e doutores em educação no

município;

20.15 META 15- Profissionais de Educação

Garantir, em regime de colaboração entre a União e o, Estado, no prazo de 1 (um)

ano de vigência deste PME, política nacional de formação dos profissionais da

educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de

20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da

educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso

de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional.

Estratégias:

15.1) Atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico que apresente diagnóstico

das necessidades de formação de profissionais da educação e da capacidade de

atendimento, por parte de instituições públicas e comunitárias de educação

superior existentes no município e defina obrigações recíprocas entre os

partícipes;

15.2) Ampliar, em parceria com as IES, programa permanente de iniciação à docência

a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a

formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.3) Consolidar e ampliar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as

matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais da

educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos;

15.4) Implementar politica específica para formação de profissionais da educação para

as escolas do campo, de alunos indígenas para a educação especial;

15.5) Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível

médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático

de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica

municipal;

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15.6) Implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política municipal de

formação continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos

que não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes

federados;

15.7) Instituir programa de concessão de bolsas de estudos para que os professores de

idiomas das escolas públicas de educação básica realizem estudos de imersão e

aperfeiçoamento nas línguas que lecionem;

20.16 META 16- Formação

Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da

educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as) os

(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação,

considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de

ensino.

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Estratégias:

16.1) Consolidar política municipal de formação de professores e professoras da

educação básica, definindo diretrizes municipais, áreas prioritárias, instituições

formadoras e processos de certificação das atividades formativas;

16.2) Expandir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e

de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais,

incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de

outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede

pública de educação básica, favorecendo a construção do conhecimento e a

valorização da cultura da investigação;

16.3) Ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e

das professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais

didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível;

16.4) Ampliar a oferta de bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e das

professoras e demais profissionais da educação básica da rede municipal de

ensino;

16.5) Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas públicas

municipais de educação básica, por meio da implementação das ações do Plano

Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de

disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério

público;

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20.17 META 17- Valorização dos Profissionais do Magistério

Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica

de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com

escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

Estratégias:

17.1) Fomentar a participação dos representantes de todos os segmentos da Educação

municipal de Aragarças no fórum permanente – a ser instituído pelo MEC, até o

final do primeiro ano de vigência do PME- para acompanhamento da atualização

progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério

público da educação básica;

17.2) Acompanhar e divulgar, como tarefa do fórum permanente, a evolução salarial

por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -

PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística - IBGE;

17.3) Garantir o piso salarial na lei 1260, de 9 de outubro de 2001, a qual trata do

plano de Carreira para os (as) profissionais do magistério da rede pública de

educação básica municipal, observados os critérios estabelecidos na Lei no

11.738, de 16 de julho de 2008;

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17.4) Ampliar a assistência financeira específica da União aos entes federados para

implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério,

em particular o piso salarial nacional profissional.

20.18 META 18- Planos de Carreira

Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os

(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de

ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica

pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei

federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional

Estratégias:

18.1) Estruturar a rede Pública Municipal de Educação Básica de modo que, até o

início do terceiro ano de vigência deste PME, 90% (noventa por cento), no

mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 80%(oitenta por cento), no

mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes

de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que

se encontrem vinculados;

18.2) Implantar, nas redes pública municipal de educação básica, acompanhamento

dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais

experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a

decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse

período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor

(a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de

ensino de cada disciplina;

18.3) Prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação do Município,

licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em

nível de pós-graduação stricto sensu, conforme regras pré-estabelecidas pela

Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (SMECD);

18.4) Realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PME, por

iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos

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(as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do

magistério;

18.5) Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no

provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.6) Priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação,

que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as)

profissionais da educação;

18.7) Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação

no sistema de ensino, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração,

reestruturação e implementação dos planos de Carreira.

20.19 META 19- Gestão Democrática

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão

democrática da educação, no ato da aprovação da Lei municipal, associada

a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à

comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e

apoio técnico da União para tanto.

Não foi calculada a situação dos entes federativos nesta meta nacional.

Estratégias:

19.1) Garantir princípios da gestão democrática (descentralização, participação e

transparência), priorizando o repasse de transferências voluntárias da União na

área da educação para o Município de Aragarças, por meio de legislação

específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se

a legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a eleição direta dos

diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem

como a participação da comunidade escolar;

19.2) Ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos

conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de

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alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes

educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas,

garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado,

equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao

bom desempenho de suas funções; Garantindo que os Conselhos ajam com

transparência em termos de uma maior abertura às discussões e decisões.

19.3) Incentivar o Município a constituir Fórum Permanente de Educação, com o

intuito de coordenar as conferências municipais e efetuar o acompanhamento da

execução deste PME e dos seus planos de ação;

19.4) Estimular, rede municipal de educação básica, a constituição e o fortalecimento

de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes, inclusive, espaços

adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua

articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas

representações;

19.5) Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos

municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na

gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de

conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;

19.6) Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e

seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos

escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a

participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

19.7) Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão

financeira nos estabelecimentos de ensino;

19.8) Desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares, a fim de

subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos

resultados possam ser utilizados por adesão.

20.20 META 20- Financiamento da Educação

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País

no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez

por cento) do PIB ao final do decênio.

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170

Estratégias:

20.1) Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os

níveis, etapas e modalidades da educação básica municipal, observando-se as

políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do

art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art. 75

da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de

atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas

demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.2) Aperfeiçoar e viabilizar mecanismos de acompanhamento da arrecadação da

contribuição social do salário-educação, garantindo, em conformidade com a Lei

Orgânica do Município, o investimento dos 25% da arrecadação municipal,

destinados à educação.

20.3) Destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos

vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei

específica, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira

pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de

cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição

Federal;

20.4) Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do

parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a

transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em

educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais

eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de

acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a colaboração entre o

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Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Municipal e o Tribunal de

Contas do Município;

20.5) No prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PME, será implantado o Custo

Aluno-Qualidade inicial - CAQi, referenciado no conjunto de padrões mínimos

estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado

com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-

aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do

Custo Aluno Qualidade - CAQ;

20.6) Implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o

financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica

municipal, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de

gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do

pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição,

manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos

necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e

transporte escolar;

20.7) Caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros ao

município que não conseguir atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do

CAQ;

20.8) Aprovar, na data da publicação do PME, Lei de Responsabilidade Educacional,

assegurando padrão de qualidade na educação básica municipal, aferida pelo

processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação

educacionais;

20.9) Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação

ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades

educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de

gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5o do

art. 7o desta Lei.

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ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAGARÇAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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30- MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: PALAVRAS FINAIS

Partindo do conceito de que o PNE é um Plano de Estado, sua avaliação não se

circunscreve às políticas governamentais. Contudo envolve uma dimensão técnica e

uma política que vai além da avaliação linear das metas, procurando apreender no

escopo do Plano, seus limites e possibilidades e suas implicações políticas.

Por meio de Oficinas de grupos de Trabalho – GTs, encontramos novos

caminhos e alternativas para enfrentar os desafios da individualização das construções

políticas. Num ato dialógico, conscientizando e fazendo conhecida a importância da

articulação, evidenciamos o papel e a capacidade de cada segmento da sociedade,

reinventando, reestruturando, reconstruindo por meio da reflexão coletiva e do debate

qualificado. Assim, pretendemos continuar. O Fórum Permanente de Educação

Municipal deverá coordenar as ações de acompanhamento e avaliação conforme prevê o

Plano.

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ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAGARÇAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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FONTE DE REFERÊNCIAS

• http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/3-ensino-medio/dossie-

localidades

• http://convivaeducacao.org.br/platform/themes/pme

• http://www.qedu.org.br/

• http://pne.mec.gov.br/

• http://pne.mec.gov.br/alinhando-os-planos-de-educacao

• IBGE

• LEGISLAÇÕES NACIONAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS