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NEWS SEXTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2010 PME ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME P á g s . V I I I e I X A SCIENCE4YOU, empresa portuguesa que produz, desenvolve e comercializa brinquedos científicos, vai abrir sucur- sais na capital do Reino Unido e em Es- panha, revelou ao PME NEWS o CEO, Miguel Pina Martins. A abertura em Londres ainda não es- tá marcada, mas tudo aponta ao início de 2011. A abertura desta sucursal se- gue-se à entrada da Science4you em Es- panha, no ano passado, e constitui o re- forço da aposta desta PME nacional na internacionalização. Em Espanha, onde comercializa os seus produtos através de parcerias com lojas como a FNAC e El Corte Inglés, tu- do indica que o escritório se irá locali- zar em Madrid. A aposta para 2011 é, sem dúvida, a exportação, sendo certo que, neste mo- mento, além de Espanha, a Science4you já exporta os seus produtos para Angola e o Brasil. “O cariz da Science4you é cada vez SCIENCE4YOU VAI ABRIR EM LONDRES mais exportador, tendo em conta as espe- cificidades do nosso País e do seu core- business, que é um pequeno nicho de mercado”, explica Miguel Pina Martins sobre as orientações estratégicas da em- presa. A diversificação de produtos tem sido uma prioridade da empresa, tendo em conta a quantidade já significativa de re- ferências ao nível do brinquedo científi- co puro. Com efeito, o seu portfólio in- clui já 26 brinquedos, dez dos quais são novidade este Natal. Entre as novidades, destaque para pro- dutos 100% nacionais onde se encon- tram puzzles científicos como o mapa da Europa, o corpo humano e o sistema so- lar. Criada em 2008 com o objectivo de se tornar uma empresa de referência no mercado dos kits, brinquedos científicos e formação, com vista a proporcionar a todos um contacto com as Ciências Expe- rimentais, a Science4you prevê fechar o ano de 2010 com um crescimento entre 25% e 50%, podendo a facturação atingir os 300 mil euros. Luzitin lidera desenvolvimento de fármaco para cancro A UNIVERSIDADE de Coimbra, a far- macêutica Bluepharma e a empresa de capital de risco do Estado, InovCapital, assinaram um acordo de licenciamen- to de tecnologia e de financiamento com a Luzitin, empresa que vai liderar a próxima fase de desenvolvimento de “uma promissora investigação no âm- bito do tratamento de diversos tipos de doenças oncológicas”. O objectivo é o desenvolvimento pré- clínico e clínico de um fármaco para utilização em terapia fotodinâmica. Estima-se que o novo medicamento se- ja cerca de 100 vezes mais eficaz do que os actualmente disponíveis. As signatárias do acordo explicam que, quando estiver disponível no mer- cado, o novo medicamento “será admi- nistrado ao paciente e posteriormente ‘activado’ através de um laser de radia- ção infravermelha, levando à morte das células neoplásicas”. Será, então, “possível obter um efeito terapêutico mais eficaz e com menos efeitos se- cundários” do que o actualmente atin- gido pelos fármacos existentes. “Espera-se que o desenvolvimento deste medicamento venha a contribuir para um aumento da esperança e da qualidade de vida dos doentes com cancro: a terapia fotodinâmica apre- senta variadas vantagens, nomeada- mente uma baixa toxicidade, uma ac- ção dirigida e efeitos secundários redu- zidos”, salientam as signatárias do a- cordo em comunicado. Após a validação do conceito técnico e de experiências em animais, seguem- se agora ensaios clínicos em humanos, pelos quais será responsável a empresa Luzitin, uma nova spin-off de base tec- nológica nascida no seio da Universida- de de Coimbra. O comunicado refere ainda que o “elevado esforço financeiro” será su- portado pela sociedade de capital de risco do Estado, InovCapital, bem co- mo pela própria Bluepharma e pelos inventores das patentes. INVESTIGAÇÃO ESTUDO DELOITTE A política fiscal não favorece a competitivi- dade das empresas por- tuguesas, conclui o Observatório da Competitividade Fiscal 2010. P á g . I I OON Esta start up portuguesa inventou uma máquina que transforma óleo alimentar usado em velas vegetais. O investimento é financiado por capiatis privados e de risco. P á g . X I I COCKTAIL TEAM Um conceito de negócio inovador, que alia serviço de bar à animação, e o apoio financeiro do pro- grama ILE - Iniciativa Local de Emprego - estão na base da criação desta empresa. P á g . I V ENTREVISTA O secretário-geral da Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Industrial contabiliza os custos para as PME portugue- sas da eventual adesão do País ao Tratado de Londres, que ditaria a extinção do português como língua tecnológica. P á g s . V I e V I I PUB Gonçalo de Sampaio UMA solução tecnológica, sem fios, de prevenção, controlo e segurança em ambientes alta- mente perigosos está em testes na refinaria da Galp Energia. O sistema, desenvolvido no âmbito do projecto europeu Ginseng, marca um novo paradigma na monitorização. Foto DR SINES: Galp testa wireless de controlo e segurança POR ALMERINDA ROMEIRA INTERNACIONALIZAÇÃO

PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

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NEWSSEXTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2010

PMEESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA

EspecialVIGILÂNCIA E SEGURANÇAPARA PME Págs. VIII e IX

A SCIENCE4YOU, empresa portuguesaque produz, desenvolve e comercializabrinquedos científicos, vai abrir sucur-sais na capital do Reino Unido e em Es-panha, revelou ao PME NEWS o CEO,Miguel Pina Martins.

A abertura em Londres ainda não es-tá marcada, mas tudo aponta ao iníciode 2011. A abertura desta sucursal se-gue-se à entrada da Science4you em Es-panha, no ano passado, e constitui o re-forço da aposta desta PME nacional nainternacionalização.

Em Espanha, onde comercializa osseus produtos através de parcerias comlojas como a FNAC e El Corte Inglés, tu-do indica que o escritório se irá locali-zar em Madrid.

A aposta para 2011 é, sem dúvida, aexportação, sendo certo que, neste mo-mento, além de Espanha, a Science4youjá exporta os seus produtos para Angolae o Brasil.

“O cariz da Science4you é cada vez

SCIENCE4YOUVAI ABRIREM LONDRES

mais exportador, tendo em conta as espe-cificidades do nosso País e do seu core-business, que é um pequeno nicho demercado”, explica Miguel Pina Martinssobre as orientações estratégicas da em-presa.

A diversificação de produtos tem sidouma prioridade da empresa, tendo emconta a quantidade já significativa de re-ferências ao nível do brinquedo científi-co puro. Com efeito, o seu portfólio in-clui já 26 brinquedos, dez dos quais sãonovidade este Natal.

Entre as novidades, destaque para pro-dutos 100% nacionais onde se encon-tram puzzles científicos como o mapa daEuropa, o corpo humano e o sistema so-lar.

Criada em 2008 com o objectivo de setornar uma empresa de referência nomercado dos kits, brinquedos científicose formação, com vista a proporcionar atodos um contacto com as Ciências Expe-rimentais, a Science4you prevê fechar oano de 2010 com um crescimento entre25% e 50%, podendo a facturação atingiros 300 mil euros.

Luzitin lidera desenvolvimentode fármaco para cancro A UNIVERSIDADE de Coimbra, a far-macêutica Bluepharma e a empresa decapital de risco do Estado, InovCapital,assinaram um acordo de licenciamen-to de tecnologia e de financiamentocom a Luzitin, empresa que vai liderara próxima fase de desenvolvimento de“uma promissora investigação no âm-bito do tratamento de diversos tipos dedoenças oncológicas”.

O objectivo é o desenvolvimento pré-

clínico e clínico de um fármaco parautilização em terapia fotodinâmica.Estima-se que o novo medicamento se-ja cerca de 100 vezes mais eficaz doque os actualmente disponíveis.

As signatárias do acordo explicamque, quando estiver disponível no mer-cado, o novo medicamento “será admi-nistrado ao paciente e posteriormente‘activado’ através de um laser de radia-ção infravermelha, levando à mortedas células neoplásicas”. Será, então,“possível obter um efeito terapêutico

mais eficaz e com menos efeitos se-cundários” do que o actualmente atin-gido pelos fármacos existentes.

“Espera-se que o desenvolvimentodeste medicamento venha a contribuirpara um aumento da esperança e daqualidade de vida dos doentes comcancro: a terapia fotodinâmica apre-senta variadas vantagens, nomeada-mente uma baixa toxicidade, uma ac-ção dirigida e efeitos secundários redu-zidos”, salientam as signatárias do a-cordo em comunicado.

Após a validação do conceito técnicoe de experiências em animais, seguem-se agora ensaios clínicos em humanos,pelos quais será responsável a empresaLuzitin, uma nova spin-off de base tec-nológica nascida no seio da Universida-de de Coimbra.

O comunicado refere ainda que o“elevado esforço financeiro” será su-portado pela sociedade de capital derisco do Estado, InovCapital, bem co-mo pela própria Bluepharma e pelosinventores das patentes.

INVESTIGAÇÃO

ESTUDO DELOITTEA política fiscal nãofavorece a competitivi-dade das empresas por-tuguesas, conclui oObservatório daCompetitividade Fiscal2010. Pág. II

OONEsta start up portuguesainventou uma máquinaque transforma óleo alimentar usado em velasvegetais. O investimento éfinanciado por capiatisprivados e de risco.

Pág. XII

COCKTAIL TEAMUm conceito de negócioinovador, que alia serviçode bar à animação, e oapoio financeiro do pro-grama ILE - IniciativaLocal de Emprego - estãona base da criação destaempresa. Pág. IV

ENTREVISTA

O secretário-geral daAssociação Portuguesados Consultores emPropriedade Industrialcontabiliza os custospara as PME portugue-sas da eventual adesãodo País ao Tratado deLondres, que ditaria aextinção do portuguêscomo língua tecnológica.

Págs. VI e VII

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Gonçalo de Sampaio

UMA solução tecnológica, sem fios, de prevenção, controlo e segurança em ambientes alta-mente perigosos está em testes na refinaria da Galp Energia. O sistema, desenvolvido noâmbito do projecto europeu Ginseng, marca um novo paradigma na monitorização. Foto DR

SINES: Galp testa wireless de controlo e segurança

POR ALMERINDA ROMEIRAINTERNACIONALIZAÇÃO

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NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE, O Mirante e Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Editora-executivaHelena Rua

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteCarlos HipólitoMarta Simões

FotografiaVictor Machado

Director Comercial João Pereira - 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContasAlexandra Pinto - 217922096

Isabel Silva - 217 922 094 Maria Tavares de Almeida - 217 922 091

Tiago Loureiro - 217 922 095

Tiragem Total81 000 exemplares

Ficha Técnica

O DEPARTAMENTO de EngenhariaElectrotécnica e de Computadoresdo Instituto Superior Técnico (IST) a-nunciou o início de um projecto deinvestigação, financiado pela Comis-são Europeia em 12,4 milhões de eu-ros, no âmbito do 7º Programa Qua-dro, no qual participa em conjuntocom 23 operadores, fabricantes, uni-versidades e centros de investigaçãoeuropeus.

SAIL - Scalable & Adaptive Inter-net Solutions – é o nome do projec-to, que tem como principal objectivodefinir e dimensionar as arquitectu-ras das redes de telecomunicaçõespara a internet do futuro.

Em comunicado, o IST explica que

o SAIL vai “dimensionar tecnologiaspara as redes de telecomunicaçõesdo futuro”, desenvolvendo, ao mes-mo tempo, “técnicas para a transi-ção das redes actuais para essas mes-mas redes”. Serão utilizadas técnicasbaseadas em experimentação, cons-truindo-se protótipos que “provarãoas vantagens em cenários de utiliza-ção específicos”.

Ainda segundo o IST, este projectointegrará os conceitos de informati-on centric networks, cloud networ-king, e open connectivity services,que incluem a virtualização de re-des, redes centradas na informaçãodo utilizador e transporte eficientede informação. As vantagens destastécnicas serão levadas para o níveldo utilizador, conclui o IST.

A PROMOÇÃO da competitividade,desenvolvimento e sustentabilidade,objectivos máximos da EstratégiaEuropa 2020, reside no investimentoem investigação, inovação e forma-ção de quadros de forma a alcançarmaiores níveis de crescimento e pro-dutividade e a baixar o desempregoem toda a Europa – esta foi a princi-pal conclusão do seminário Estraté-

gia 2020 e Perspectivas Financeirasapós 2013, promovido pela Universi-dade Técnica de Lisboa.

“Durante a crise, a Europa perdeuseis milhões de postos de trabalho eum rendimento da ordem de um bi-lião de euros”, referiu Diogo Vascon-celos, presidente da Associação Por-tuguesa para o Desenvolvimento dasTelecomunicações (APDC), reiteran-do a necessidade de “reforço dosfundos destinados à ligação entre a

investigação e a inovação até 2020”.Diogo Vasconcelos, defendeu que

“o BEI deve mobilizar na próximadécada os seus investimentos para ainovação e as infraestruturas do fu-turo, como as redes de banda larga,de forma a tornar-se mais competiti-va de futuro. Assim, a Europa nãodeve absorver o emprego perdidoneste período de crise mas antes in-centivar a criação de empregos maisqualificados”.

UE deve apostar na inovaçãoESTRATÉGIA

OS RESULTADOS do Observatório daCompetitividade Fiscal 2010 daDeloitte confirmam um aumento dapercentagem das empresas que con-sideram que a política fiscal não fa-vorece a competitividade das mes-mas (48,7%). É também opinião ge-ral que o sistema fiscal se mantém“complexo e ineficaz”, sendo os ser-viços, áreas e processos associados àfiscalidade, considerados, em geral,pouco satisfatórios (74%).

Ainda no campo da avaliação daeficácia da política fiscal adoptadapelo Governo, as empresas inquiri-das destacam que há uma tendênciapara uma regressão geral dos servi-ços fiscais (com excepção para osserviços fiscais online) e, em particu-lar, da justiça e dos tribunais. No en-tanto, e quando inquiridas sobre atributação das mais-valias mobiliári-as em sede de IRS, esta medida rece-be a concordância da maioria dasempresas.

No que diz respeito a matéria fis-

cal, as empresas demonstraram umaacentuada insatisfação face às op-ções incluídas no Orçamento deEstado (OE) 2010 que consideram vira ter um impacte negativo, e aindaque o OE 2010 não parece correspon-der de forma positiva aos objectivosdo Governo.

Do conjunto das quatro medidasde agravamento fiscal constantes doOrçamento de Estado de 2010, a eli-minação dos benefícios fiscais, emsede de IMT e IMI, dos fundos de in-vestimento imobiliários fechados éconsiderada a mais relevante pelasempresas.

O Observatório da Competitivida-de Fiscal, organizado anualmentepela Deloitte, tem com objectivo darcontinuidade à monitorização doimpacto das medidas fiscais e das su-as implicações na competitividadedas empresas portuguesas.

Esta análise tem por base as res-postas dos 527 questionários recep-cionados pela Deloitte, um cresci-mento de 55% face à edição do anoanterior.

Política fiscal trava competitividade empresarial

OBSERVATÓRIO

A COMPTA – Equipamentos e Servi-ços de Informática é a primeira em-presa certificada pela APCER na nor-ma internacional ISO/IEC 20000-1:2005, a qual estabelece exigentesrequisitos de qualidade para os siste-mas de gestão de serviços de Tecno-logias de Informação.

Esta norma abrange os requisitospara um sistema de gestão, o planea-mento e implementação da gestãodo serviço, o planeamento e imple-mentação de serviços novos ou alte-rações de serviços, o processo deprestação de serviços, os processosde relacionamento, os processos deresolução e os processos de controlo.

A Compta, fundada há 38 anos,emprega cerca de 200 pessoas.

Compta recebecertificação internacional

INFORMÁTICA

IST participa emprojecto europeude 12,4 milhões

A ÁBACO Consultores, tecnológicaportuguesa dedicada exclusivamen-te à implementação de Soluções SAP,vai abrir um escritório no Rio de Ja-neiro, reforçando a sua aposta nomercado brasileiro, onde já tem es-critório em São Paulo. Em Portugal,a empresa tem escritórios em Lis-boa, Porto e Coimbra.

Em comunicado, a empresa refereque no processo de internacionaliza-ção em curso vai investir cerca demeio milhão de euros nos mercadosbrasileiro e angolano durante ospróximos dois anos. Nos dois países,o retorno do investimento está pre-visto para o primeiro ano.

A Ábaco adianta também que ovolume de negócios no Brasil deverárepresentar 18% da facturação já em2010 e crescer para os 30% em 2011.

Abaco reforçainternacionalizaçãono Brasil

TI

A RAPOSO Bernardo, firma de advo-gados com escritórios em nove paí-ses, foi distinguida como a Sociedadede Advogados do Ano em Portugalpela FI. É um dos prémios mais con-siderados pelo mercado legal euro-peu. A FI é especializada em corporate Fi-nance, contando com análises de pe-ritos de referência da actividade defusões e aquisições e de operações definanciamento.

Raposo Bernardoeleita firma doano pela FI

ADVOGADOS

O BANCO Santander Totta foi avalia-do pela auditora Deloitte e pela enti-dade de certificação de qualidadeSGS ICS Portugal e acaba de recebera certificação EFR – Entidade Famili-armente Responsável.

A instituição salienta que esta cer-tificação, atribuída pela FundaçãoMais Família, “representa o reconhe-cimento por parte desta entidadedas medidas” que o banco tem vindoa adoptar para “apoiar os colabora-dores a conciliar a vida pessoal e pro-fissional e a promover a igualdadede oportunidades”.

Santanderrecebe certificação EFR

BANCA

I&D

A Universidade de Coimbra será palco da BRIDGES 2011, conferência científica de topo mundial no domínio da Arte Matemática, quetem em George Hart, autor da escultura da imagem, o seu expoente máximo. O objectivo é criar pontes entre a Matemática e a Arte.

Foto/DR

CONFERÊNCIA: A Arte Matemática em Coimbra

AS CANDIDATURAS à microprodu-ção que em Fevereiro de 2010 fica-ram em situação de pré-registo já sepodem registar, devido à abertura danova fase de registo, informou aADENE – Agência para a Energia.

A tarifa de 2010 fixada pelo Decre-to-Lei 118-A/2010 de 25 de Outubroprevê o pagamento de 400 euros/-MWh, durante os primeiros oito a-nos, valor que passa para 240 euros/-MWh nos sete anos seguintes.

A portaria assinada pelo secretá-rio de Estado da Energia e da Inova-ção, Carlos Zorrinho, “permite quetodos os interessados na micropro-dução que estavam numa situaçãode pré-registo e que obtenham o re-gisto até ao final de 2010, benefi-ciem da tarifa bonificada de 2010,superior em 20 euros/MWh à queentrará em vigor em 2011, ainda queobtenham o certificado de explo-ração apenas no próximo ano”.

A microprodução, ou microgera-ção consiste em produzir electrici-dade para venda à EDP em instala-ções de baixa tensão e pequena po-tência. A rentabilidade é garantidapela tarifa subsidiada pelo Estado.

Microproduçãode 2010 goza detarifa bonificada

ENERGIAS RENOVÁVEIS

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PUBLICIDADE IIISEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

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EMPREENDEDORISMOIV SEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

COCKTAIL TEAM ALIA SERVIÇO DE BAR À ANIMAÇÃO

A COCKTAIL Team, empresa que aposta nasáreas de eventos, formação, comércio de ma-terial, consultoria e muito recentemente nofranchising da marca, nasceu há quase seisanos da iniciativa de dois jovens, que assimconcretizaram o seu rasgo empreendedor:Hugo Silva e Lúcia Encarnação.

Ele tinha know how no sector das bebidase da indústria hoteleira, ela tinha competên-cias em marketing, que lhe permitiram defi-nir uma estratégia de entrada da marca nomercado com o posicionamento pretendido.

A seguir deram o passo fundamental. Con-correram ao programa ILE – Iniciativas Loca-

is de Emprego, do qual receberam cerca de40% do investimento total, o restante foi fi-nanciado com recurso a capitais próprios.

“Dado o forte contacto que o director ge-ral – Hugo Silva – tinha com diferentes mar-cas de bebidas e empresas do sector hotelei-ro iniciámos a actividade com uma razoávelcarteira de clientes”, contou ao PME NEWSLúcia Encarnação, que na Cocktail Teamexerce a função de Directora de Marketing.

A empresa iniciou a actividade em 2005,importando para Portugal um conceito denegócio inovador: o de Flair Bartending –serviço de bar aliado à animação.

“Desde a data da sua fundação que o con-ceito Cocktail Team tem como objectivo for-necer um serviço chave-na-mão centrandotodas as soluções para a área de bar”, expli-ca Lúcia Encarnação, adiantando que, desdeo início, a empresa apostou em “áreas de ne-gócio distintas e complementares entre si”.

A empresa iniciou a actividade com qua-tro elementos nos quadros internos. Conta-va com a sede, simultaneamente escola, e

quatro viaturas. A primeira acção com gran-de impacto foi para a marca Safari. A equipacontava com quatro bailarinos, dois f lairbartenders, duas promotoras, um body pain-ting e um coordenador.

No espaço de cinco anos, a Cocktail Teamconquistou o reconhecimento de entidadescomo a DGERT - Direcção Geral do Empregoe das Relações do Trabalho, o estatuto PMELíder do IAPMEI, o prémio Aplauso do Mil-lennium bcp e a distinção da Associação dosEmpresários de Sintra que, em parceria coma Câmara Municipal em 2006, a elegeu em-presa mais inovadora do Concelho. Em 2009foi agraciada com o Prémio Marketing e Co-municação e já este ano foi convidada paraum almoço com o Presidente da República,juntamente com 19 empresas inovadoras.

Lúcia Encarnação explica que o destaque eo reconhecimento de que a empresa gozaactualmente se devem à conjugação de trêsfactores: forte know-how, marketing e pro-cura de mercados bem trabalhados.

“Até então, o que se conhecia no mercado

eram prestadores de serviços individuais”,sublinha Lúcia Encarnação, adiantando quenesta área não existe nenhuma empresa alaborar em Portugal que complemente asvertentes: formação, eventos bar catering,comércio de material de bar, consultoria/au-ditoria hoteleira e franchising da marca.“Trata-se de áreas separadas que se comple-mentam entre si”, sintetiza.

Em Portugal, Hugo Silva e Lúcia Encarna-ção têm levado a sua arte aos principais e-ventos de referência nacionais e a dezenasde outros eventos corporativos para algumasdas maias importantes marcas portuguesasestrangeiras a operar no País. Além frontei-ras, a empresa brilhou no festival Dubai De-sert Rock Festival, ao servir bebidas no pri-meiro bar suspenso do mundo.

“Pretendemos, nesta fase, expandir a mar-ca a nível nacional e posteriormente partirpara a internacionalização”, salienta LúciaEncarnação, revelando que a empresa já foicontactada por investidores interessados emlevar a marca para Angola, Brasil e Madrid.

BI Produtos: Serviço de bar catering com ani-mação, comércio de material de bar, forma-ção de bar, consultoria/auditoria de bar efranchising da marcaSector : Hotelaria e lazer Facturação: 200.000 eurosEmpregos: 6 Site: www.cocktailteam.net

ÁREAS DE NEGÓCIOServiço de Bar CateringConsiste em servir bebidas simples, com-postas e exclusivas construídas a pensar nogosto ou imagem dos clientes acompanha-das de animação e espectáculo denominadoFlair Bartending.

ESCOLA DE BAREm 2008 recebeu a acreditação da DGERT– Direcção Geral do Emprego e dasRelações do Trabalho – tornando-se aprimeira escola de Flair Bartending acredi-tada em Portugal.

COMÉRCIO DE MATERIAL DE BARA Cocktail Team comercializa mais de 100produtos específicos direccionados paraBartenders de animação, tanto no seuespaço físico como na loja online.

CONSULTORIA / AUDITORIAAtravés de inventários, a empresa faz aavaliação da gestão de stocks e faculta fer-ramentas para a rentabilização do negócio.

FRANCHISING DA MARCACom o objectivo de expandir a marcaCocktail Team® a outros pontos do globo, aempresa lançou o franchising em 2010, queconsiste em juntar cinco negócios num sótendo por base todas as áreas de negócio jáexistentes acrescentando a vertente de barcujo conceito se traduz em “facture de diae de noite!”.

Empreendedores

HUGO SILVA, 31 ANOS, DIRECTOR GERALTem formação em restaurante/bar, tendosido chefe de bar no Bar da Lata na marinade Cascais. A paixão pelo Flair Bartendinglevou-o a fazer formação em Londres,Holanda, Escócia e Suécia. Em 2001 foi omais jovem embaixador no mundo do singlemalt whisky de 12 anos – Cardhu. Nessemesmo ano fechou contrato de exclusivi-dade com a Absolut vodka e licores Bolscomo formador, consultor e Bartender e foio 1º classificado no concurso nacional daRed Bull. Na Cocktail Team em apenas trêsanos formou 400 alunos.

LÚCIA ENCARNAÇÃO, 30 ANOS,DIRECTORA DE MARKETING Licenciou-se em Ciências da Comunicaçãona UAL em 2005. Nos anos seguintes fre-quentou duas pós-graduações: emMarketing, no IPAM e em Imagem,Protocolo e Organização de Eventos, noISLA. Pelo caminho surgiram formações decoaching, gestão da formação, cursos deinglês, interpretação de TV e Cinema, sec-retariado e artes gráficas.

Um conceito de negócio inovador (flair bartending) e o apoio financeiro do programa ILE –Iniciativas Locais de Emprego estão por detrás do sucesso desta jovem empresa portuguesa.Por Almerinda Romeira

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ACTUALIDADE VSEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

Uma Tragédia Portuguesa” –assim se intitula a longa en-trevista de António Noguei-ra Leite ao jornalista Paulo

Ferreira, agora dada à estampa pelaeditora Lua de Papel. Ao longo de206 páginas, o professor da Universi-dade Nova de Lisboa, economista egestor analisa “toda a verdade sobreo estado da nossa economia” e falada “saída possível”. No capítulo dedi-cado às empresas, António NogueiraLeite diz que o Pais concentrou “de-masiado o processo de intermedia-ção financeira e de encaminhamen-to das poupanças para actividadesque não geram proveitos face ao ex-terior”. Acrescenta que o Estado sótem contribuído para au-mentar o problema, sobretu-do nos últimos anos com “aobsessão” dos dois governosde José Sócrates pelas obraspúblicas. As Parcerias Públi-co-Privadas, vulgo PPP, sãouma pressão adicional que“estrangula o acesso ao fi-nanciamento da economia,porque esses projectos absor-vem grandes quantidades definanciamento. “ Outro pro-blema, adianta António No-gueira Leite, é a baixa pou-pança actual, com a agravan-te de “as fontes primárias depoupança” não serem “pas-

síveis de alterações qualitativasmuito profundas nos próximos tem-pos…” Apesar disso, a alternativa ésó uma: “É evidente que Portugal vaiter de poupar e canalizar essas pou-panças para a actividade produtiva,nomeadamente para o sector dosbens transaccionáveis, dirigidos à ex-portação”. Como? “Há que esperar eincentivar as entidades privadas amudarem o seu comportamento noprocesso de intermediação financei-ra, há que mostrar às empresas quetêm elas próprias de ir à procura doseu financiamento de uma formamais aberta, não podendo estar tãodependentes do puro crédito bancá-rio”.

SOB O LEMA “Portugal, o futuro co-mo destino. Portugal, um destinocom futuro” realiza-se a 12 de Janeiro,no Centro de Congressos do Estoril, aCimeira do Turismo 2011.

Com este fórum, a CTP - Confedera-ção do Turismo Português, órgão má-ximo do turismo português, presididopor José Carlos Pinto Coelho, quer“lançar as bases para a sociedade e,em particular, o turismo se debruçarsobre o tema: “Cidades, pólos decrescimento económico e do turismono século XXI”.

Organizada pela CTP, que reúnetodos os players do sector, a cimeiratrará a Portugal conferencistas de re-nome nas áreas das cidades e do turis-mo dos EUA, Alemanha, Suécia, Bra-sil, Espanha e Reino Unido, dos quaiso mais iminente é o antigo mayor deNova Iorque, Rudolph Giuliani.

A cimeira do Turismo 2011 surgenuma altura em que, segundo subli-nha a CTP, “a importância crescentedo turismo urbano tem significativosreflexos um pouco por todas ascidades do planeta”. Com efeito, as ci-dades do século XXI são verdadeirospólos de crescimento económico e doturismo e apontadas como “princi-pais responsáveis pela recuperação do

turismo na crise que se vive actual-mente”. Neste sentido, salienta aindaa CTP, “as cidades são activos econó-micos que devem ser preservados,mantidos e melhorados para atraíremresidentes, turistas e negócios; e se-rem considerados verdadeiros moto-res de crescimento económico, arras-tando consigo a economia regional enacional”.

A luta entre as cidades europeiaspela captação de investimento, pelapreferência dos consumidores, dosresidentes, dos turistas e ser palco darealização de conferências e eventos éenorme neste momento. E é com es-tas cidades que as cidades portugue-sas competem. “Vivemos na era daglobalização e as cidades têm de com-petir a nível global”, sublinha a CTP.

Como? Apenas o podem fazer deuma maneira: com “projectos ino-vadores e diferenciadores, que vão aoencontro das expectativas actuais efuturas dos mercados, que respon-dam aos novos desafios e realidadesque as sociedades e economias mod-ernas colocam, que mobilizem emseu torno todo o país, se poderá in-verter a tendência de perda de com-petitividade registada nos últimosanos”.

“PORTUGAL VAI TER DE CANALIZAR AS POUPANÇASPARA A ACTIVIDADE PRODUTIVA”

EMPRESÁRIOS DO TURISMODEBATEM FUTURO NO ESTORIL

O PRESIDENTE da AIP-CCI, Jorge Ro-cha de Matos, foi distinguido pelo Ro-tary Clube de Lisboa como “Profissi-onal do Ano 2010”.

“Inovação e competitividade” – foicom estas palavras que o general nareserva Mateus da Silva, do RotaryClube da Estrela, definiu o empresá-rio, cujo percurso historiou: “Nosanos setenta, Rocha de Matos criou,com outras pessoas, a primeira “startup” tecnológica portuguesa que pro-duziu equipamentos e sistemas aonível internacional, criou também a“EID”, uma empresa de investigaçãoe desenvolvimento de equipamentosde telecomunicações e electrónica.Esta empresa criou o sistema integra-do de comunicações das fragatas, o“SIC”, que actualmente existe em na-vios um pouco por todo o mundo”.

Já à frente da AIP, lembrou o gene-

ral, Rocha de Matos criou o novoCentro de Congressos de Lisboa e anova Feira Internacional de Lisboa,em 2003 lançou a Carta Magna daCompetitividade e mais recentemen-te “conseguiu a união dos empresári-os portugueses com a criação de umacúpula empresarial, a CIP-CEP”.

ROCHA DE MATOS ELEITO“PROFISSIONAL DO ANO 2010”

António Nogueira Leite (à direita nafoto), com Paulo Ferreira. Foto/DR

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SEX

TA-FEIRA

17 d

e D

ezem

bro

de 2

010

EN

TR

EV

IST

AVII

SEX

TA-FEIRA

17 d

e D

ezem

bro

de 2

010

“O A

CORD

O D

E LO

ND

RES

LEVA

RÁ À

EX

TIN

ÇÃO

D

O P

ORT

UGUÊ

S CO

MO

LÍN

GUA

TEC

NO

LÓG

ICA”

A i

mp

ortâ

nci

a d

a p

aten

te,

enq

uan

to i

nst

ru-

men

to d

a p

rop

ried

ade

inte

lect

ual

, au

men

tou

ou d

imin

uiu

na

soci

edad

e d

a in

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ação

?A

pat

ente

é u

m d

irei

to q

ue

con

fere

ao

seu

ti-

tula

r u

m e

xcl

usi

vo s

obre

o o

bje

cto

da

sua

in-

ven

ção.

Ist

o si

gnif

ica

qu

e o

titu

lar

da

pat

ente

terá

a p

ossi

bil

idad

e d

e ex

plo

rar,

em

mon

opó-

lio,

o o

bje

cto

da

sua

inve

nçã

o.

Nu

m m

erca

do

cad

a ve

z m

ais

com

pet

itiv

o e

glob

al,

em q

ue

a d

ifer

enci

ação

e a

in

ovaç

ãosã

o es

sen

ciai

s ao

su

cess

o, a

pat

ente

é, o

u d

eve

ser,

um

in

stru

men

to i

mp

resc

ind

ível

a u

ma

estr

atég

ia q

ue

se q

uei

ra d

e su

cess

o.

Qu

anto

s p

edid

os d

e p

aten

tes

fora

m a

pre

sen

-ta

dos

em

Por

tuga

l, e

m 2

009?

Des

ses

qu

anto

sfo

ram

efe

ctiv

amen

te a

trib

uíd

os?

Os

mer

os o

fici

ais

apon

tam

par

a te

rem

sid

od

epos

itad

os 7

23

ped

idos

de

pro

tecç

ão d

e in

-ve

nçõ

es (

nas

dif

eren

tes

cate

gori

as).

No

mes

-m

o p

erío

do

(20

09

) fo

ram

co

nce

did

os

21

3.

Con

tud

o im

por

ta r

efer

ir q

ue

o p

roce

sso

ad-

min

istr

ativ

o d

e co

nce

ssão

de

um

a p

aten

te d

e-m

ora,

nos

ter

mos

leg

ais,

nu

nca

men

os d

e 1

8m

eses

, p

elo

qu

e os

ped

idos

con

ced

idos

em

20

09

ref

erem

-se

a p

edid

os d

epos

itad

os n

osan

os a

nte

rior

es.

Est

a d

ilaç

ão é

par

a d

efes

a d

os i

nte

ress

es d

op

róp

rio

titu

lar

e é

um

a p

ráti

ca l

egal

un

iver

-sa

l.

Em

méd

ia,

qu

al é

a t

axa

de

suce

sso

de

ped

i-d

os d

ifer

idos

m

uit

o d

ifíc

il

de

esta

bel

ecer

es

sa

méd

ia,

aten

den

do

às r

azõe

s te

mp

orai

s ac

ima

des

cri-

tas.

Mas

se

tive

rmos

um

a ta

xa

de

con

cess

ãon

a ca

sa d

os 7

5%

a 8

0%

est

aría

mos

nu

m p

ata-

mar

de

gran

de

qu

alid

ade

das

nos

sas

inve

n-

ções

.

Qu

em s

ão o

s m

aior

es t

itu

lare

s d

e p

aten

tes?

A n

ível

nac

ion

al e

dos

ped

idos

nac

ion

ais,

44

%fo

ram

ap

rese

nta

dos

p

or

Inve

nto

res

Ind

ivi-

du

ais,

28

% p

or e

mp

resa

s, 2

5%

por

Un

iver

si-

dad

es a

pen

as 3

% t

êm o

rige

m e

m I

nst

itu

içõe

sd

e In

vest

igaç

ão.

A n

ível

de

ped

idos

de

pat

ente

eu

rop

eia,

os

paí

ses

qu

e m

ais

ped

idos

efe

ctu

am s

ão, n

a E

u-

rop

a, a

Ale

man

ha,

Fra

nça

e H

olan

da

e, f

ora

da

Eu

rop

a, o

s E

stad

os U

nid

os d

a A

mér

ica,

Ja-

pão

e C

orei

a d

o Su

l.

Qu

ais

são

os

sect

ores

d

e ac

tivi

dad

e m

ais

din

âmic

os?

Em

ter

mos

de

pat

ente

s n

acio

nai

s e

segu

ind

ou

ma

clas

sifi

caçã

o in

tern

acio

nal

tem

os N

eces

-si

dad

es d

a V

ida

(28%

), T

écn

icas

In

du

stri

ais

Di-

vers

as

e T

ran

spor

tes

(18%

), T

écn

icas

In

du

s-tr

iais

Div

ersa

s; T

ran

spor

tes

(18%

), Fí

sica

(16%

),C

onst

ruçõ

es F

ixas

(14

%),

e M

ecân

ica,

Ilu

min

a-çã

o, A

qu

ecim

ento

e A

rmam

ento

(10%

).

As

pat

ente

s sã

o a

ún

ica

med

ida

da

inov

ação

?N

o q

ue

se r

efer

e à

inov

ação

in

du

stri

al,

aqu

e-la

q

ue

se

trad

uz

em

apli

caçã

o in

du

stri

al,

será

, por

ven

tura

das

mai

s re

leva

nte

s, e

mb

ora

não

a ú

nic

a. N

este

cam

po,

a p

rote

cção

sem

inov

ação

tra

du

z-se

em

zer

o ou

pou

co m

ais

em t

erm

os d

e b

enef

ício

s co

mp

etit

ivos

. A

pa-

ten

te p

erm

itir

á ao

seu

tit

ula

r ti

rar

pro

veit

osec

onóm

icos

da

sua

inve

nçã

o, s

eja

pel

a ex

plo

-ra

ção

dir

ecta

em

reg

ime

de

mon

opól

io,

seja

atra

vés

de

lice

nça

s co

nce

did

as

a te

rcei

ros

par

a ex

plo

rar

essa

in

ven

ção.

Qu

e lu

gar

ocu

pou

Por

tuga

l em

200

9 n

o ra

nk

-in

g E

uro

pea

n I

nn

ovat

ion

Sco

reb

oard

? Q

uem

está

à n

ossa

fre

nte

e a

trás

de

nós

?N

o q

uad

ro d

a C

onve

nçã

o d

a P

aten

te E

uro

-p

eia,

de

qu

e fa

zem

par

te 3

6 p

aíse

s, P

ortu

gal

ocu

pa

a 2

7.ª

pos

ição

em

ter

mos

de

mer

osd

e p

edid

os d

e p

aten

te e

uro

pei

a p

or m

ilh

ão d

eh

abit

ante

. Em

20

09

, ped

imos

10

pat

ente

s p

orm

ilh

ão d

e h

abit

ante

. Pa

ra c

omp

araç

ão,

a E

span

ha

ped

iu 2

7,5

pe-

did

os d

e p

aten

te e

uro

pei

a p

or m

ilh

ão d

e h

abi-

tan

te,

a R

epú

bli

ca C

hec

a 13

, e

a H

olan

da

408.

E

stes

mer

os d

emon

stra

m q

ue

tem

os a

in-

da

um

lon

go c

amin

ho

a p

erco

rrer

na

pro

mo-

ção

de

um

a cu

ltu

ra d

e p

rote

cção

. À

in

ovaç

ãote

mos

de

ser

cap

azes

de

acre

scen

tar

a p

rote

c-çã

o. I

nov

ação

e p

rote

cção

são

a c

hav

e p

ara

osu

cess

o.

Qu

al é

a a

bra

ngê

nci

a ge

ográ

fica

de

um

a p

a-te

nte

por

tugu

esa?

Um

a p

aten

te n

acio

nal

ab

ran

ge o

ter

ritó

rio

nac

ion

al.

Tod

os o

s d

irei

tos

de

pro

pri

edad

ein

du

stri

al t

êm u

ma

bas

e te

rrit

oria

l e

o p

rin

cí-

pio

é o

de

pro

tege

r n

os p

aíse

s on

de

se p

re-

ten

de

obte

r o

ben

efíc

io d

essa

pro

tecç

ão.

Ex

iste

o s

iste

ma

da

Con

ven

ção

da

pat

ente

euro

pei

a. U

m s

ó p

edid

o, u

m s

ó ex

ame,

pro

-te

cção

em

36

paí

ses.

Mas

, m

esm

o n

esse

sis

-te

ma,

e a

pós

a p

aten

te s

er c

once

did

a, o

tit

u-

lar

está

ob

riga

do

a d

ecla

rar

o in

tere

sse

de

pro

tecç

ão n

um

det

erm

inad

o P

aís.

Ex

iste

ai

nd

a u

m

sist

ema

inte

rnac

ion

al,

qu

e, s

ob a

égi

de

da

Org

aniz

ação

Mu

nd

ial

da

Pro

pri

edad

e In

tele

ctu

al, f

acil

ita

o p

roce

sso

de

pro

tecç

ão e

m i

mer

os e

stad

os,

mas

sem

pre

na

lógi

ca d

o ex

ame

e ef

icác

ia n

acio

nal

.

Com

o é

asse

gura

da

a p

rote

cção

por

pat

ente

na

Un

ião

Eu

rop

eia?

Par

a p

rote

ger

um

a p

aten

te n

a U

niã

o E

uro

-p

eia,

act

ual

men

te,

tem

os d

uas

via

s: a

pro

tec-

ção

paí

s a

paí

s, o

u a

uti

liza

ção

do

sist

ema

da

pat

ente

eu

rop

eia.

Est

e si

stem

a p

erm

ite

o d

e-p

ósit

o d

o p

edid

o n

o In

stit

uto

Eu

rop

eu d

e P

a-te

nte

s q

ue

exam

inar

á e

con

ced

erá

(ou

não

) o

ped

ido.

Se

con

ced

ido,

o t

itu

lar

tem

um

pra

zop

ara

dec

lara

r o

inte

ress

e em

val

idar

ess

a p

a-te

nte

nos

36

paí

ses

qu

e fa

zem

par

te d

esta

Con

ven

ção,

cu

mp

rin

do

os r

esp

ecti

vos

pro

ce-

dim

ento

s le

gais

nac

ion

ais.

Mas

efe

ctu

a es

ta“v

alid

ação

” ap

enas

e s

ó ap

ós t

er a

gar

anti

a d

eq

ue

o se

u p

edid

o fo

i co

nce

did

o.

O q

ue

é o

Tra

tad

o d

e Lo

nd

res

e o

qu

e vi

sa?

O A

cord

o d

e Lo

nd

res

é u

m A

cord

o re

lati

vo à

apli

caçã

o d

o ar

tigo

65

.º d

a C

onve

nçã

o so

bre

aco

nce

ssão

de

Pat

ente

s E

uro

pei

as.

O s

iste

ma

da

pat

ente

eu

rop

eia,

tal

com

o h

oje

vigo

ra,

obri

ga a

qu

em p

rete

nd

e va

lid

ar u

ma

pat

ente

euro

pei

a em

Por

tuga

l q

ue

ten

ha

de

dep

osit

ara

trad

uçã

o p

ara

por

tugu

ês.

Est

a é

a co

ntr

a-p

arti

da

por

se

obte

r u

m e

xcl

usi

vo/m

onop

ólio

por

20

an

os.

O

Aco

rdo

de

Lon

dre

s p

rete

nd

e su

pri

mir

esta

ob

riga

tori

edad

e d

e tr

adu

ção,

vig

oran

do,

em P

ortu

gal,

a p

aten

te d

epos

itad

a em

in

glês

,fr

ancê

s ou

ale

mão

.A

rat

ific

ação

do

Aco

rdo

é d

e ad

esão

fac

ul-

tati

va e

liv

re.

A d

ecis

ão s

obre

a a

des

ão,

oun

ão,

em n

ada

afec

tará

a p

osiç

ão d

os e

stad

osn

a C

onve

nçã

o d

a P

aten

te E

uro

pei

a.

Por

qu

ê o

alem

ão s

e o

por

tugu

ês e

o c

aste

lha-

no

são

lín

guas

fal

adas

por

mai

or n

úm

ero

de

pes

soas

?A

ess

a si

tuaç

ão n

ão s

erá

estr

anh

o o

pod

erio

econ

ómic

o e

asce

nd

ente

pol

ític

o q

ue

a A

le-

man

ha

tem

no

esp

aço

com

un

itár

io.

Será

um

exem

plo

em

qu

e a

Lei

do

mai

s fo

rte

(eco

nó-

mic

a e

pol

itic

amen

te)

pre

vale

ce.

Qu

ais

são

as i

mp

lica

ções

da

ades

ã o a

o T

ra-

tad

o d

e Lo

nd

res?

Ap

onto

q

uat

ro

pro

ble

mas

co

m

a ev

entu

alad

esão

. A

taq

ue

à lí

ngu

a p

ortu

gues

a, c

ontr

a-d

ição

com

a p

olít

ica

exte

rna

das

últ

imas

dé-

cad

as,

fals

a id

eia

de

apoi

o à

com

pet

itiv

idad

ee

aum

ento

do

des

emp

rego

(ve

r ca

ixa)

.

Qu

anto

s p

aíse

s já

ad

erir

am?

Hou

ve

algu

mq

ue

ten

ha

anu

nci

ado

a in

ten

ção

de

não

o f

az-

er?

Dos

36

paí

ses

qu

e fa

zem

par

te d

a C

onve

nçã

od

a P

aten

te E

uro

pei

a, 1

6 a

der

iram

. O

s ou

tros

18

não

man

ifes

tara

m q

ual

qu

er i

nte

nçã

o d

e o

faze

r. N

o gr

up

o d

os p

aíse

s q

ue

não

ad

erir

amen

con

tram

-se

Esp

anh

a, I

táli

a, P

olón

ia,

Gré

-ci

a, I

rlan

da,

Rep

úb

lica

Ch

eca,

Tu

rqu

ia,

entr

eou

tros

.

Qu

al o

im

pac

to d

esta

ad

esão

par

a as

nos

sas

PME

?N

este

m

omen

to,

as

emp

resa

s p

ortu

gues

astê

m a

cess

o à

info

rmaç

ão r

elat

iva

a to

das

as

pat

ente

s, d

e fo

rma

grat

uit

a e

em p

ortu

guês

.O

ra, c

om e

ste

Aco

rdo,

ess

a in

form

ação

dei

xa-

rá d

e es

tar

em p

ortu

guês

e p

assa

rá a

ter

de

ser

a em

pre

sa p

ortu

gues

a a

pag

ar p

or e

la.

Oq

ue

era

grat

uit

o p

assa

a s

er u

m c

ust

o (e

bem

elev

ado)

. E

m m

édia

, n

o in

ício

de

um

pro

ces-

so i

nve

nti

vo,

são

con

sult

adas

e a

nal

isad

as 2

0a

30

pat

ente

s. I

sto

rep

rese

nta

qu

e, o

qu

e at

éh

oje

era

grat

uit

o, p

assa

ria

a cu

star

, ce

rca

de

45

.00

0 e

uro

s às

em

pre

sas

por

tugu

esas

. A c

on-

seq

uên

cia

mai

s im

edia

ta s

erá

qu

e, c

ada

vez

mai

s, a

s em

pre

sas

por

tugu

esas

dei

xar

ão d

eap

osta

r n

a in

ovaç

ão e

na

sua

pro

tecç

ão,

per

-d

end

o, a

ssim

, co

mp

etit

ivid

ade.

Acr

esce

ain

da

qu

e es

te A

cord

o só

in

tere

ssa

às

emp

resa

s n

ort

e-am

eric

anas

, ja

po

nes

as,

alem

ãs,

ingl

esas

e f

ran

cesa

s (g

ran

des

uti

liza

-d

ores

do

sist

ema

de

pat

ente

s eu

rop

eu,

com

mai

s d

e 7

0%

dos

ped

idos

) p

ois,

ass

im,

man

-te

nd

o o

dir

eito

a m

onop

ólio

e e

xcl

usi

vo e

co-

nóm

ico

por

20

an

os, d

eix

arão

de

ter

um

cu

sto

qu

e p

assa

rá p

ara

as e

mp

resa

s, n

o ca

so, p

ortu

-gu

esas

.

Com

o é

qu

e se

red

uze

m o

s cu

stos

de

trad

u-

ção?

A E

uro

pa,

os

líd

eres

eu

rop

eus,

têm

de

ter

co-

rage

m e

m a

ssu

mir

a d

iver

sid

ade

cult

ura

l d

aE

uro

pa.

A g

ran

de

riq

uez

a d

a E

uro

pa

é, a

ssu

-m

ind

o as

dif

eren

ças

cult

ura

is,

con

stru

ir u

mp

roje

cto

com

um

.

Se e

xis

te u

ma

pre

ocu

paç

ão c

om o

s cu

stos

de

um

a p

aten

te e

uro

pei

a, e

ntã

o p

ode-

se c

o-m

eçar

por

red

uzi

r as

tax

as o

fici

ais

qu

e os

or-

gan

ism

os e

uro

peu

e n

acio

nai

s co

bra

m p

ores

sa p

aten

te.

Pod

em s

er l

ança

dos

pro

ject

os,

com

o s

up

erav

it q

ue

as i

nst

itu

içõe

s co

mu

nit

-ár

ias

de

pro

tecç

ão d

e d

irei

tos

de

pro

pri

edad

ein

du

stri

al o

btê

m -

e q

ue

se c

ifra

m e

m c

ente

-n

as d

e m

ilh

ões

de

euro

s –

de

apoi

o à

pro

-te

cção

da

inov

ação

. O

últ

imo

red

uto

em

qu

ese

dev

e in

terv

ir,

um

a ve

z q

ue

asse

gura

o b

a-la

nço

cer

to d

o si

stem

a, é

nos

fac

tore

s q

ue,

se

des

virt

uad

os,

pod

em c

ond

uzi

r a

um

mai

orfo

sso

entr

e p

aíse

s m

ais

des

envo

lvid

os e

paí

ses

men

os d

esen

volv

idos

.N

ão s

e p

ode

alte

rar

o si

stem

a, t

orn

and

o-o

mai

s b

arat

o a

qu

em o

uti

liza

mas

siva

men

te e

mai

s in

aces

síve

l a

qu

em n

ele

pre

ten

de

entr

ar.

Acr

esce

qu

e o

valo

r d

a Lí

ngu

a, o

seu

pap

el,

são

valo

res

imat

eria

is q

ue

não

se

pod

em n

e-go

ciar

.

Não

dev

eria

hav

er u

ma

pat

ente

com

un

itár

ia,

um

tulo

u

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ário

, q

ue

con

fer i

sse

dir

eito

sem

tod

a a

Com

un

idad

e? C

omo

é q

ue

pas

sa-

dos

40

anos

ap

ós a

ass

inat

ura

do

Tra

tad

o d

eR

oma,

ain

da

não

ex

ista

a p

rote

cção

da

ino

-va

ção

por

pat

ente

?

Dev

ia e

sou

um

def

enso

r d

e u

ma

pat

ente

co-

mu

nit

ária

. U

m t

ítu

lo ú

nic

o q

ue

vigo

re e

mto

da

a U

niã

o E

uro

pei

a, m

as n

os ú

ltim

os 4

0an

os n

ão s

e co

nse

guiu

ch

egar

a u

m c

onse

nso

.A

mat

éria

de

títu

los

de

pro

pri

edad

e in

du

s-tr

ial,

nom

ead

amen

te o

seu

reg

ime

lin

guis

ti-

co,

exig

e a

un

anim

idad

e e

é n

esse

pon

to q

ue

nu

nca

se

con

segu

iu u

m a

cord

o q

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sati

sfi-

zess

e to

dos

os

inte

rven

ien

tes.

O m

ais

rece

nte

pro

ject

o d

a C

omis

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Eu

rop

eia

cai

no

mes

mo

pec

ado

de

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os o

s ou

tros

, des

pre

zan

do

um

aslí

ngu

as e

m f

avor

de

outr

as.

Ass

im,

a E

uro

pa

não

vai

alc

ança

r os

seu

s ob

ject

ivos

. Se

a C

o-m

issã

o co

meç

ar p

or r

esp

eita

r, d

e ig

ual

mod

o,to

dos

os

paí

ses,

en

tão

esto

u c

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qu

e u

mac

ord

o se

rá m

uit

o m

ais

fáci

l d

e ob

ter.

O n

úm

ero

de

pat

ente

s te

m c

orre

spon

dê n

cia

dir

ecta

com

o n

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ero

de

inve

nçõ

es?

Em

paí

ses

com

um

a fo

rte

cult

ura

de

pro

tec-

ção

sim

. N

o ca

so d

e P

ortu

gal

é ev

iden

te q

ue

inov

amos

mai

s d

o q

ue

pro

tege

mos

, lo

go n

ãoex

iste

cor

resp

ond

ênci

a.

Nu

ma

esca

la d

e 1

a 20

, co

mo

clas

sifi

cari

a a

cult

ura

de

ino v

ação

em

Por

tuga

l?À

cu

ltu

ra d

e in

ovaç

ão d

aria

um

12

. À c

ult

ura

de

pro

tecç

ão u

m 8

.

Gonça

lo d

e Sam

paio

conta

biliz

a o

s cu

stos

para

as

PM

E p

ort

ugues

as

da e

ven

tual

ades

ão

do P

aís

ao T

rata

do d

e L

ondre

s, s

egundo o

qual

o a

cess

o d

as

empre

sas

à i

nfo

rmaçã

o d

epate

nte

s, q

ue

act

ualm

ente

é l

ivre

, gra

tuit

o e

em p

ort

uguês

, pass

ará

a s

er f

eito

em

inglê

s,fr

ancê

s, o

u a

lem

ão.

O c

ust

o p

or

pro

cess

oin

ven

tivo d

ispara

rá p

ara

45 m

il e

uro

s.A

lmer

ind

a R

omei

ra (

texto

) e

Vic

tor

Mac

had

o(f

oto

s)

G ONÇ

ALO

DE S

AMPA

IO -

SECR

ETÁR

IO-G

ERAL

DA

ASSO

CIAÇ

ÃO P

ORTU

GUES

A DO

S CO

NSUL

TORE

S EM

PRO

PRIE

DADE

I NDU

STRI

AL

Com

o pr

oteg

er u

ma

nova

idei

a?PA

SSO-

A-P

ASS

O NO

REG

ISTO

DE

UMA

PAT

ENTE

1º p

asso

– T

er e

spír

ito

inov

ador

pass

o –

Con

segu

ir c

oncr

etiz

ar/m

ater

ializ

ar e

ssa

inve

nção

3º p

asso

– N

unca

pub

licit

ar a

ntes

de

prot

eger

pass

o –

Pro

cura

r um

esp

ecia

lista

na

área

das

pat

ente

s qu

e aj

ude,

nom

eada

men

te n

as b

usca

s pa

ra a

veri

guar

do

“est

ado

da a

rte”

pass

o –

Cui

dada

red

acçã

o da

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ente

, com

aju

da p

rofi

ssio

nal

Gonç

alo

de S

ampa

ioS

ecre

tári

o-G

eral

da

AC

PI

- A

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iaçã

oP

ortu

gues

a do

s C

onsu

ltor

es e

m P

ropr

ieda

deIn

dust

rial

des

de o

ano

20

00

, é A

dvog

ado

eLi

cenc

iado

pel

a Fa

culd

ade

de D

irei

to d

aU

nive

rsid

ade

Cat

ólic

a P

ortu

gues

a. E

m 2

00

7fo

i nom

eado

Age

nte

Ofi

cial

da

Pro

prie

dade

Indu

stri

al. D

esde

19

95

col

abor

a co

m a

soci

edad

e J.

E. D

ias

Cos

ta, L

da.,

pres

tand

oas

sess

oria

jurí

dica

na

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da

Pro

prie

dade

Indu

stri

al.

Sobr

e a

Ass

ocia

ção

Port

ugue

sa d

osCo

nsul

tore

s em

Pro

prie

dade

Indu

stri

alA

AC

PI

– A

ssoc

iaçã

o P

ortu

gues

a do

sC

onsu

ltor

es e

m P

ropr

ieda

de I

ndus

tria

l, fu

n-da

da 1

976

, agr

upa

os p

rofi

ssio

nais

pri

vado

sdo

sec

tor,

os

Age

ntes

Ofi

ciai

s da

Pro

prie

dade

Indu

stri

al, q

ue s

ão o

s m

anda

tári

os e

spec

ial-

izad

os n

este

ram

o do

sab

er. A

nív

el in

tern

a-ci

onal

, a A

CP

I co

nsti

tui a

del

egaç

ão p

or-

tugu

esa

da F

ICP

I –

Fédé

rati

onIn

tern

atio

nnal

e de

s C

onse

ils e

n P

ropr

iété

Indu

stri

elle

, cri

ada

em 1

90

6, q

ue é

a m

ais

impo

rtan

te o

rgan

izaç

ão m

undi

al d

e pr

ofis

-si

onai

s da

Pro

prie

dade

Ind

ustr

ial e

m p

rofi

s-sã

o lib

eral

(ab

rang

e m

ais

de 8

0 p

aíse

s). A

AC

PI

cont

a co

m 8

3 m

embr

os.

Impl

icaç

ões

da a

desã

o ao

Tra

tado

de

Lond

res,

seg

undo

a A

CPI

O A

cord

o de

Lon

dres

é u

m A

cord

o re

lati

vo à

apl

icaç

ão d

o ar

tigo

65

º da

Con

venç

ão s

obre

a c

on-

cess

ão d

e P

aten

tes

Eur

opei

as. O

sis

tem

a da

pat

ente

eur

opei

a, t

al c

omo

hoje

vig

ora,

obr

iga

a qu

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eten

de v

alid

ar u

ma

pate

nte

euro

peia

em

Por

tuga

l que

ten

ha d

e de

posi

tar

a tr

aduç

ão p

ara

por-

tugu

ês. E

sta

é a

cont

rapa

rtid

a po

r se

obt

er u

m e

xclu

sivo

/mon

opól

io p

or 2

0 a

nos.

O A

cord

o de

Lond

res

pret

ende

sup

rim

ir e

sta

obri

gato

ried

ade

de t

radu

ção,

vig

oran

do, e

m P

ortu

gal,

a pa

tent

ede

posi

tada

em

ingl

ês, f

ranc

ês o

u al

emão

. A r

atif

icaç

ão d

o A

cord

o é

de a

desã

o fa

cult

ativ

a e

livre

.A

eve

ntua

l ade

são

de P

ortu

gal a

o Tr

atad

o de

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dres

impl

icar

ia, s

egun

do G

onça

lo S

ampa

io, q

ua-

tro

grav

es p

robl

emas

.

1º -

ATA

QUE

À L

ÍNGU

A P

ORTU

GUES

A

Este

Aco

rdo

impl

ica

que

a lín

gua

port

ugue

sa (

que

tant

os d

izem

def

ende

r) d

eixa

rá d

e se

r um

a lín

-gu

a ut

iliza

da n

a ár

ea d

as p

aten

tes.

A b

reve

pra

zo, e

ste

acor

do le

vará

à e

xtin

ção

da lí

ngua

por

-tu

gues

a co

mo

língu

a te

cnol

ógic

a. S

erá

um g

rave

pre

cede

nte,

num

a al

tura

em

que

, ale

gada

men

te,

se p

rete

nde

impo

r a

língu

a P

ortu

gues

a co

mo

uma

Líng

ua c

om v

alor

e f

utur

o. P

aíse

s co

mo

aEs

panh

a, I

tália

, Gré

cia,

Rep

úblic

a C

heca

, ent

re o

utro

s, n

ão a

dmit

em a

ade

são

ao A

cord

o po

r qu

e-re

rem

pre

serv

ar e

val

oriz

ar o

val

or e

impo

rtân

cia

da s

ua lí

ngua

.

2º -

CONT

RADI

ÇÃO

COM

A P

OLÍT

ICA

EXT

ERNA

DA

S ÚL

TIM

AS

DÉCA

DAS

A e

vent

ual a

desã

o de

Por

tuga

l a e

ste

Aco

rdo

cons

titu

iria

um

a co

ntra

diçã

o, m

esm

o um

a of

ensa

, atr

ês g

rand

es o

pçõe

s co

nsen

suai

s da

pol

ític

a ex

tern

a po

rtug

uesa

no

pós

25

de

Abr

il, a

sab

er:

- A

opç

ão d

a va

lori

zaçã

o m

áxim

a do

pap

el d

a lín

gua

port

ugue

sa n

o m

undo

;-

A o

pção

de

dese

nvol

vim

ento

de

uma

verd

adei

ra C

omun

idad

e de

Paí

ses

de L

íngu

a P

ortu

gues

a,co

m f

unda

men

to c

entr

al n

o va

lor

e im

port

ânci

a da

Lín

gua

Por

tugu

esa;

- A

opç

ão d

e re

cusa

r a

cria

ção

de u

m q

ualq

uer

dire

ctór

io e

urop

eu, q

ue v

iola

ria

o pr

incí

pio

daig

uald

ade

jurí

dica

dos

Est

ados

e d

os m

embr

os d

esse

s Es

tado

s.

3º -

FALS

A I

DEIA

DE

APO

IO À

COM

PETI

TIV

IDA

DEP

rete

nde-

se c

riar

a il

usão

que

o A

cord

o de

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dres

fom

enta

rá a

com

peti

tivi

dade

da

econ

omia

naci

onal

e d

as e

mpr

esas

por

tugu

esas

. Nad

a de

mai

s er

rado

. O A

cord

o de

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dres

fom

enta

rá a

capa

cida

de d

as e

mpr

esas

est

rang

eira

s pr

oteg

er a

s su

as p

aten

tes

em P

ortu

gal,

faci

litan

do t

al p

ro-

cedi

men

to. I

sso

aum

enta

rá a

com

peti

tivi

dade

das

em

pres

as e

stra

ngei

ras,

não

das

nac

iona

is.

4º -

AUM

ENTO

DO

DESE

MPR

EGO

A á

rea

da p

ropr

ieda

de in

dust

rial

em

preg

a ce

rca

de 1

.00

0 p

esso

as q

ue t

raba

lham

ou

pres

tam

serv

iços

em

em

pres

as o

u es

crit

ório

s ne

sta

área

e q

ue v

erão

a s

ua c

ondi

ção

labo

ral f

icar

bas

tant

epr

ecár

ia.

A a

ssin

atur

a, p

elo

Gov

erno

, da

ades

ão d

e P

ortu

gal a

o re

feri

do a

cord

o te

rá, c

omo

cons

equê

ncia

mai

s im

edia

ta, a

ince

rtez

a e

inst

abili

dade

labo

ral d

e ce

rca

de 1

00

0 p

osto

s de

tra

balh

o.

Gon

çalo

de

Sam

paio

, Sec

retá

rio-

Ger

al d

aA

ssoc

iaçã

o P

ortu

gues

a do

s C

onsu

ltor

es e

mP

ropr

ieda

de I

ndus

tria

l (A

CP

I) e

Dir

ecto

r do

Cab

inet

J. E

. Dia

s C

osta

Proc

esso

ver

sus

deci

são

polít

ica

O G

over

no p

ortu

guês

apr

ovou

por

Dec

reto

do

Con

selh

ode

Min

istr

os d

e 2

8 d

e O

utub

ro d

e 2

010

, a a

desã

o de

Por

tuga

l ao

Aco

rdo

de L

ondr

es. O

tem

a m

erec

euim

edia

tam

ente

a a

tenç

ão p

or p

arte

dos

gru

pos

parl

a-m

enta

res

com

ass

ento

na

Ass

embl

eia

da R

epúb

lica,

que

se m

ostr

aram

sur

pree

ndid

os p

ela

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do G

over

no,

uma

vez

que

este

se

havi

a co

mpr

omet

ido

a le

var

oas

sunt

o a

disc

ussã

o no

Par

lam

ento

.N

a se

quên

cia,

o g

rupo

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enta

r do

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S-P

P a

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sent

ou u

ma

prop

osta

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a su

spen

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da a

desã

o, o

PS

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licit

ou a

cha

mad

a ur

gent

e do

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istr

o do

s N

egóc

ios

Estr

ange

iros

, Luí

s A

mad

o, à

Com

issã

o pa

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enta

rre

spec

tiva

, ten

do o

PC

P in

terp

elad

o o

Gov

erno

sob

re a

mat

éria

. Ent

reta

nto,

o P

resi

dent

e da

Rep

úblic

ade

volv

eu o

Dip

lom

a ao

Gov

erno

. Seg

undo

o

Min

istr

odo

s N

egóc

ios

Estr

ange

iros

, o a

ssun

to s

erá

reav

alia

do.

Page 7: PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

ESPECIALVIII SEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

SOLUÇÕES PARA PME SEGURANÇA E VIGILÂNCIA

A nossa oferta incorpora ino-vação e integração perma-nente das tecnologias digi-tais”, sublinha Joaquim

Miranda, Director Comercial da Uni-dade de Negócio de Vigilância Elec-trónica da Charon - Prestação de Ser-viços de Segurança e Vigilância, paraacrescentar que a integração de sis-temas de segurança com a domóti-ca, o acesso e controlo remoto dosmesmos e visionamento em temporeal com qualquer plataforma de co-municação é uma realidade que aempresa está apta a facultar.

O mesmo responsável refere que“o serviço de videovigilância compossibilidade de controlo remoto éuma solução vantajosa para o clien-te aliando a tecnologia à segurança”.Esta solução estabelece uma ligaçãodas instalações do cliente, através decâmaras de televisão, até à centralde alarmes da Charon, por meio desistemas de monitorização por linhatelefónica e por internet. “O visiona-mento poderá ser feito de diversasformas, contínuo, por disparo do sis-tema de alarme ou por situação depânico, sendo estas imagens grava-das em sistema digital”, salientaJoaquim Miranda.

A Charon dispõe ainda de inova-dores sistemas de segurança, anti-furto e protecção electrónica de arti-

gos em livre exposição, com as novassoluções de EAS (controlo electróni-co de artigos), entre muitos outros.

Actuando no Continente e na regi-ão Autónoma da Madeira, a Charonconta com cerca de 5.000 colabo-radores e presta serviço em sectorescomo centros comerciais, grandedistribuição, banca, transportes, re-sorts e hotelaria, eventos e lazer eadministração pública. A sua ofertaé composta por serviços de vigilân-cia humana, vigilância electrónica(instalação, manutenção de equipa-mentos e execução de projectos),soluções integradas feitas “à medidado cliente” e ainda serviços de liga-ção à central de alarmes, com ousem intervenção de piquetes deemergência.

A Charon integra, entre outros, osprojectos Farmácia Segura da Glintt,especialmente vocacionado para res-ponder às necessidades das farmáci-as e o projecto Abastecimento Segu-ro do Ministério da AdministraçãoInterna, especialmente vocacionadopara melhor responder às crescentesexigências de segurança de postosde abastecimento de combustível.

“Sempre a pensar no cliente - sa-lienta Joaquim Miranda – elaborá-mos um protocolo com uma insti-tuição de crédito, tendo em vista aCharon apresentar uma solução de

financiamento competitivo, espe-cialmente vocacionado para PME”.

Na verdade – conclui – “o verda-deiro valor acrescentado das nossassoluções reside nos serviços associa-dos que a Charon tem ao dispor dosseus clientes. A empresa dispõe ain-da de especialistas na consultoria deimplementação de medidas de auto-protecção a clientes que o solici-tem”.

A o nível do retalho, a em-presa, que há dois anosconsecutivos tem o estatu-to de PME Líder, lançará

uma nova solução de manuseamen-to de dinheiro, revelou ao PMENEWS Marineuza Côrte Real, Mar-keting Manager da Sisvend. É tam-bém objectivo para o próximo ano i-niciar uma expansão mais consoli-dada para países da América Latinae Palop (Países Africanos de LínguaOficial Portuguesa).

A Sisvend foi criada em 1996 porum grupo de profissionais portu-gueses que, capitalizando a suaexperiencia nos sectores da infor-mática, cash-in-transit, banca elogística, se especializaram na segu-rança prova evidente de manipu-lação. Esta área da segurança difer-encia-se da segurança activa dosalarmes e da segurança humana,envolvendo o controlo e gestão deinformação, processos e valores.

Mas do que é que estamos a falarquando falamos de segurança provaevidente de manipulação? Marineu-za Côrte Real responde: “A seguran-ça prova evidente de manipulaçãotem por base a utilização de selos desegurança, os quais têm sido usadosdesde há séculos com a mesma fina-lidade de hoje em dia – dissuadir oroubo e assegurar que a integridade

dos bens não seja comprometida”. Actualmente, a sua construção é

mais sofisticada e as linhas de pro-dutos são muito abrangentes: bolsasreutilizáveis com segurança, sacoscom colas que transmitem mensa-gens de violação, soluções com in-corporação de RFID, no entanto, sa-lienta Marinueza Côrte Real, os ob-jectivos permanecem: “usando umselo numerado ou com código debarras, a movimentação exacta dos

itens pode ser documentada desde arecolha à entrega”. A informaçãoproporcionada pelo selo pode ser u-sada para criar um sistema de con-trolo e informatização dos movi-mentos na operação. Além disso,acrescenta, sujeitam-se à inspecçãoprocessos e operações que estão naorigem de perdas não identificadas ede actos de roubo ou violação.

Segundo a Marketing Manager, “aSisvend não se centra apenas na pro-

tecção de mercadorias e valores,mas também na implementação deboas práticas de controlo e qualida-de. É por isso que no sector da segu-rança estamos posicionados comofornecedores de soluções de segu-rança”. Ou seja, explica, “avaliamosos riscos e necessidades de seguran-ça de cada cliente nos diferentes de-partamentos da empresa, e desen-volvemos uma solução de segurançaprova evidente de manipulação quese pode integrar com qualquer ou-tro tipo de segurança existente naempresa, para garantir um equilí-brio entre a eficácia do negócio docliente e os custos e perdas operati-vos”. A especialização constitui overdadeiro valor agregado que aSisvend tem como empresa, salientaesta responsável.

O sector bancário foi pioneiro nautilização da segurança prova evi-dente de manipulação, pois o manu-seamento de dinheiro por várias pes-soas aumenta os riscos de roubo efraude. Hoje em dia, os riscos man-têm-se no manuseamento do dinhei-ro, mas estendem-se a outro tipo demercadorias e matérias. Entre osclientes da Sisvend contam-se em-presas dos mais variados sectores deactividade, desde a saúde, como hos-pitais e laboratórios, a empresas pro-dutores e exportadoras de matérias-

primas e produtos de origem contro-lada, a empresas em sectores típicosda segurança e criminologia.

“Ao nível da gestão, a segurança éainda vista como a rubrica ou depar-tamento onde se gasta muito dinhei-ro. Nós propomos uma análise a par-tir de uma perspectiva diferenciado-ra, tentando abarcar os benefíciosda gestão moderna, do controlo e daoptimização de custos”, diz Mari-neuza Côrte Real.

Desta forma, conclui, “o investi-mento num bom sistema de segu-rança e selagem pode levar umaPME a poupar muitas centenas deeuros e a nossa experiência diz-nosque as soluções que fornecemos pos-sibilitam uma redução de até 70%dos furtos, ou rupturas na cadeiaoperativa de uma empresa”.

Os preços dependem muito dacomplexidade da solução, do nívelde segurança e em termos básicos daquantidade, pois tratando-se de con-sumíveis existem economias de es-cala em termos de quantidade. Massabia que por apenas 10 cêntimos, aSievend garante-lhe a integridade deuma embalagem? E que com uminvestimento de apenas 60 cêntimospoderá proteger uma carga numcontentor que terá prioridade depassagem nas alfândegas em trans-porte internacional?

CHARON, TECNOLOGIA ALIADA À SEGURANÇA

SISVEND, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PROVA EVIDENTE DE MANIPULAÇÃO

A preocupação das pequenas e médias empresas (PME) com a segurança aumenta de dia para dia, paralela à crise

económica. O mercado responde com soluções avançadas e tecnologicamente mais desenvolvidas, soluções integradas

e adaptadas ao funcionamento das empresas, que contemplam não só a componente mais convencional da vigilância

humana, mas também a electrónica e a prestação de um serviço de consultoria em áreas relacionadas, tais como audi-

torias aos sistemas existentes, gestão de crise, planos de prevenção e segurança de informação. Nesta edição, o PME

NEWS mostra-lhe o que o mercado oferece às PME em matéria de segurança privada, vigilância humana, sistemas de

alarme, logística de valores e protecção contra incêndios.

Em 2011, a Sisvend quer orientar a oferta para projectos concretos nos sectores das utilities, distribuição e logística.

Soluções para PME- Detecção de Intrusão: cablado ou sem fios, modulável para cobertura desdeuma até 32 zonas, perfeitamente integrável com outras necessidades como ainclusão de botão de pânico e comunicador alternativo para tecnologia GSM,admitindo a possibilidade de contacto e supervisão com a Central de Alarmes.Para além desta solução, a Charon detém tecnologia integrável de detectorescom transmissão e envio de imagens para a Central de Alarmes ou para otelemóvel do cliente.- Circuito Fechado de Televisão (CFTV ou CCTV): existem soluções de CCTVcom gravadores locais ou remotos, integrados com câmaras IP (cuja imagemnão perde qualidade com a utilização de zoom) de captação de imagens emdiversas situações luminosidade e distâncias, câmaras giratórias (conhecidascomo domes ou mini-domes) de alto rendimento e dissimuladas, e também compossibilidade de integração de câmaras térmicas ou especialmente destinadas asituações de fraca visibilidade, bem como despiste de objectos ou questões desaúde. A Charon consegue integrar estas soluções com a Web, possibilitandoaos clientes a monitorização em tempo real de imagens a partir de um acesso àinternet.- Protecção Anti-Furto (conhecido como EAS), Protecção Electrónica deArtigos e Contagem de Pessoas. Estes sistemas, integrados ou em funciona-mento autónomo, oferecem a qualquer PME a solução para potenciais proble-mas decorrentes de um afluxo de clientes e compreensão do sucesso do seunegócio. Este sistema permite aferir índices de produtividade de uma determi-nada loja ou o período temporal com maior exigência de recursos, optimizandoa gestão do negócio.- Controlo de acessos: A Charon oferece uma gama de soluções para controlode acesso a áreas restritas, através de acesso remoto manual ou automáticocom leitores de cartões, biométricos ou multi-tecnologia, e ainda sistemas dereconhecimento automático de matrículas, para parques de estacionamento.- Sistemas de Detecção de Incêndio (sistemas SADI): os sistemas SADI daCharon permitem a integração com botoneiras, sirenes e sensores de monóxidode carbono, sensores de fumo ou outros gases, bem como a integração a sis-temas indicadores do local da deflagração de incêndio.

Joaquim Miranda, Director Comercialda Unidade de Negócio de VigilânciaElectrónica da Charon

Page 8: PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

A solução Acti-Fog caracteri-za-se pela instalação e ges-tão de um nebulizador”,começa por explicar Fran-

cisco Carvalho, Director de Marke-ting da Prosegur. Este equipamento,ligado a uma central, ao detectaruma intrusão, lança para o local pro-tegido uma névoa muito densa queefectivamente anula a visibilidade dointruso. “É uma solução extrema-mente eficaz para evitar perdas avul-tadas em caso de tentativa de roubo.A névoa retira a visibilidade do localem 45 segundos, e mantém a suaopacidade até uma hora após a nebu-lização, não deixando quaisquer re-síduos e sem provocar danos no lo-cal”, concretiza.

Esta solução é um dos novos argu-mentos com que a Prosegur quercontinuar a surpreender o mercado.O outro é o Zona Segura. Esta soluçãogarante a protecção do dinheiro, ouvalores presentes num estabeleci-mento comercial. A solução caracte-riza-se pela instalação de um alarme,um cofre e pelo serviço de logística etratamento de valores. “Ao aderir aoserviço, os valores do cliente passama estar protegidos num cofre que, porsua vez, está ligado a um alarme mo-nitorizado 24h pela Central de Segu-rança da Prosegur. O risco de assaltoao cofre estará coberto por um segu-ro específico para o efeito. A soluçãoengloba ainda o transporte, conta-gem e depósito dos valores guardadosno cofre. Desta forma, o cliente evitatambém o risco de assalto aos fun-cionários que habitualmente deposi-tam o dinheiro nas agências bancá-rias”, explica Francisco Carvalho.

Grande empresa do sector em Por-tugal, a Prosegur apresenta uma ofer-ta de segurança transversal que, naspalavras de Francisco Carvalho, ga-rante resposta a quaisquer que sejamas necessidades dos seus clientes em-presariais. Na área específica da segu-rança passiva materializada em solu-ções tecnológicos, aconselha, “o pri-meiro passo para garantir a protec-ção de pessoas e bens é a instalaçãode um alarme de intrusão.

A tecnologia destes equipamentostem vindo a desenvolver-se muito ra-pidamente, e a Prosegur disponibilizaas mais avançadas soluções do mer-cado”.

As “melhores ofertas de alarmesespecíficas para o segmento empre-

sarial, nomeadamente comércio,são”, segundo Francisco Carvalho, oVideoActiva, o Kit Botão de Pânico e aCentral de Incêndio.

A solução de Alarme de intrusão +videoverificação inclui microcâmerasnos seus detectores de movimento.Sempre que é detectado movimentoo equipamento grava e envia vídeosda ocorrência para a Central deSegurança 24 da Prosegur, permi-tindo que operador verifique o inci-dente e despolete as operativas ne-cessárias. Este equipamento não temfios e é independente de ligação à

corrente eléctrica e telefónica.O Kit Botão de Pânico é um alarme

de intrusão sem fios, combinado comum ou mais botões de pânico à esco-lha do cliente (fixo, pulseira ou colar).Esta solução oferece ao cliente pro-tecção permanente, sendo a melhorresposta para situações de assalto. As-sim que a Central de Segurança 24hrecebe um evento de alarme, ou pâni-co identificada num determinado lo-cal, o operador reage imediatamentesolicitando o apoio da polícia ou deoutros meios de emergência.

A Central de detecção de incêndiotem ligação à Central de Segurança24h da Prosegur. “Esta soluçãopermite que a Prosegur faça a gestãode uma emergência de incêndio nomenor espaço de tempo possível, ga-rantindo uma redução muito signifi-cativa do potencial impacto de um in-cêndio”, explica Francisco Carvalho.Todas estas soluções (excepto incên-dio) incluem um Kit Anti-Shop-jacking da Prosegur. Trata-se de umconjunto de elementos gráficos e deimagem, aplicados no local protegi-do, que potenciam um dos factoresmais importantes do serviço da em-presa: a dissuasão.

ESPECIAL IXSEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

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PROSEGUR, OFERTADE SEGURANÇATRANSVERSAL

“ O OPERADOR de telecomunicaçõesPT Negócios também opera na áreada segurança, intrusão e televigilân-cia, fornecendo soluções tanto paraos clientes empresariais como paraos residenciais.

No segmento empresarial, a PTNegócios disponibiliza “soluções àmedida”, de acordo com “as necessi-

dades do cliente” . Na área da televi-gilância, estas soluções podem serbaseadas em servidores de vídeo aoqual se ligam câmaras convencio-nais analógicas, baseadas em câma-ras IP (com processador e servidorde vídeo integrados), ou ambas.

A alarmística permite a profissio-nais e empresas protegerem-se de in-

trusões e catástrofes que ponhamem perigo as instalações do seu ne-gócio. Trata-se de uma “solução sim-ples, adaptável às necessidades espe-cíficas do cliente, com controlo re-moto do sistema de segurança via te-lefone e que lhe oferece segurança,através de uma sirene interna e deum altifalante”.

A empresa vai lançar, no início do próximo

ano, duas soluções revolucionárias de segu-

rança: Acti-Fog, na área da Tecnologia

Activa, e o Zona Segura, na área da Logística

e Tratamento de Valores.

PREÇOS• A solução VideoActiva écomercializada a partir de469€ + IVA. A mensalidadeassociada a este serviço é de25€ + IVA• O kit Botão de Pânico porsua vez está disponível a partirde 339€ + IVA. A mensalidadeassociada a este serviço é 26€+ IVA• A solução de incêndio é com-ercializada a partir de 415€+IVA. A mensalidade associadaa este serviço é de 15€ + IVA

OFERTA DA PT NEGÓCIOS EM TELEVIGILÂNCIA E ALARMÍSTICA

FranciscoCarvalho,Director deMarketingda Prosegur

Page 9: PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

OPINIÃOX SEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

AS PME TAMBÉM PRECISAM DE SUPORTE TÉCNICO DE EXCELÊNCIA

As PME eram, em 2009, segun-do a consultora IDC, respon-sáveis por 35% do investi-mento nacional em Tecnolo-

gias de Informação e Comunicações(TIC), num valor global de 1.160 mi-lhões de euros. Já em 2010, um ou-tro estudo desta consultora veiocolocar em destaque o elevado nívelde sofisticação dos investimentosem TIC das PME, ao classificar 40%destas empresas como tendo umabase tecnológica consistente, 17%como dispondo de uma sólida infra-estrutura tecnológica e 13% comosendo tecnologicamente muito so-fisticadas.

Face a esta realidade, surpreendeo estado bastante incipiente do su-porte técnico no nosso País, umarealidade sobre a qual não há indi-cadores, mas que os profissionais efornecedores do sector reconhecemcomo estando bastante aquém dasnecessidades do tecido empresarial.Sobretudo daquele que é constituído

por empresas de menor dimensão,igualmente dependentes da tecnolo-gia, mas menos capazes de gerir emanter relações produtivas com for-necedores tradicionalmente desa-tentos às necessidades de pós-vendae assistência das soluções tecnológi-cas dirigidas a este sector.

Neste contexto, temos que recon-hecer que existe um caminho a per-correr pelos fornecedores de servi-ços e soluções tecnológicas para setornarem verdadeiros parceiros ope-racionais, devidamente organizadose orientados para as necessidades denegócio deste segmento.

Da minha experiência de 20 anosnesta área, com uma empresa queapoia actualmente mais de 600 PME,posso afirmar que este segmentotem vindo a ganhar consciência dovalor da disponibilidade de suportetécnico de excelência, e que se carac-teriza por:

- Atendimento personalizado, ten-dencialmente sem custos de comu-nicação, com horários adequados, ecom um papel residual para o aten-dimento automático;

- Organização do suporte em li-nhas de atendimento com níveis cla-ros de responsabilidade, e com capa-

cidade de intervenção flexível, dis-pondo de recursos especializadosem número suficiente;

- Mecanismos estabelecidos deavaliação da satisfação do cliente,com processos de follow-up;

- Distinguir equipas de suporte deequipas de serviços profissionais,promovendo a especialização e a de-finição de projectos que resolvamnecessidades operacionais e de negó-cio dos clientes no médio e longoprazo;

- Fazer uma utilização inteligentee complementar da web e da inter-net para a disponibilização de acessomulti-canal, de informação, recur-sos e para a resolução remota de si-tuações específicas;

- Instalar sistemas adequados degestão das interacções e de CRM quepermitam recolher a informação eas métricas necessárias para definirobjectivos, avaliar e fazer evoluir aoperação de suporte;

- Propor contratos de suporte jus-

tos e adequados, com propostas devalor claras para o cliente;

- Promover sem descanso umacultura de serviço, focada nos clien-tes, enquadrada e avaliada por mé-tricas de performance operacionaldo suporte, e de satisfação dos clien-tes, utilizando equipas com acesso àformação e certificação necessáriaspara suportar as soluções nos clien-tes.

Num contexto económico volátil ecompetitivo, as PME não se podemdar ao luxo de ter soluções tecnoló-gicas inoperacionais, subaproveita-das, ou de ter de sofrer com um su-porte mediano ou medíocre, assenteem voluntarismos ou em soluçõesexpeditas, cujo custo se revela inevi-tavelmente insuportável.

*Director Comercial e Operacional da Alvo

TECNOLOGIAPAULO PEREIRA*

O VALOR DA INFORMAÇÃO E DA SUA PARTILHA

Existe uma consciência cadavez maior por parte das em-presas do seu capital intelec-tual e do valor da informação

que retêm e partilham. No entanto,apesar do maior valor das empresasserem as pessoas e o seu conheci-mento, são as plataformas tecnoló-gicas de gestão de informação e co-municação que funcionam comoverdadeiros catalisadores para o au-mento da produtividade e eficiên-cia nas organizações.

Variados estudos demonstramque a maior parte do tempo laboralé gasto a procurar informação. Co-mo tal, é fundamental para as orga-nizações munirem-se de soluçõestecnológicas que permitam de for-ma simples e rápida pesquisar, ace-der, partilhar, editar, validar e ar-quivar informação que pode estardisponível sobre a forma de conteú-dos digitais nos mais variados for-matos e suportes (sistemas de fi-cheiros, bases de dados, documen-tos em papel, CRMs, ERPs, Web si-tes, redes sociais, etc).

A este conjunto de soluções tec-

nológicas e estratégias de captura,gestão, armazenamento e deliveryde conteúdos e documentos asso-ciados aos processos organizacio-nais dá-se o nome de EnterpriseContent Management (ECM). Sãovários os benefícios e inovações queas soluções ECM integram nas em-presas, com o objectivo final de tor-nar a informação mais transparen-te e acessível, por forma a agilizarprocessos de gestão nas empresas eacelerar tomadas de decisão.

Face ao actual momento econó-mico, pouco pródigo relativamentea investimentos na plataforma tec-nológica que não revertam num rá-pido retorno, torna-se incontorná-vel realçar a redução de custos que

pode ser obtida com a adopção deuma solução robusta de ECM.

O objectivo é uma maior agiliza-ção de processos dentro da organi-zação, uma vez que a partilha deconteúdos em formato electrónicoé mais rápida e eficiente que a tro-ca de documentos em papel (o queconduz a uma redução de custosoperacionais com pessoal, que pas-sam a fazer as mesmas tarefas emmenos tempo e com maior qualida-de).

Por outro lado, uma melhor ges-tão integrada e inteligente dos con-teúdos em formato digital, armaze-nando apenas informação mais im-portante em plataformas de maisrápido acesso e eliminando a infor-

mação ultrapassada e supérf lua,garantirá uma redução de custos,quer na plataforma tecnológica dearmazenamento, quer na elimina-ção dos arquivos físicos em papel,libertando os espaços físicos ocupa-dos pelos actuais arquivos.

Mas existem outros benefíciosnão menos importantes resultantesda adopção de uma solução deECM, nomeadamente o aumento deprodutividade e motivação: ao dis-ponibilizar aos trabalhadores asmelhores ferramentas para estesdesempenharem de forma mais efi-ciente as suas funções do dia a dia,as mesmas tarefas passarão a levarmenos tempo, produzindo resulta-dos mais rápidos e de maior quali-dade.

É importante não esquecer aquestão da segurança. Os processosde negócio e a informação serãomais seguros e fiáveis, através depolíticas de armazenamento, back-up e disaster recovery transversaisà organização, garantindo que a in-formação nunca se perde e que,mesmo em casos extremos os siste-

mas continuarão operacionais. Globalmente, existirá um maior

controlo da informação, através dagestão centralizada das permissõesde acesso à informação, as soluçõesECM oferecem total controlo noacesso à informação e garantemque apenas as pessoas indicadastêm acesso à informação mais sen-sível da organização. Por outro la-do, assegura-se a total conformida-de legal - uma solução ECM permi-te-lhe estar 100% em conformidadecom os crescentes requisitos e nor-mais legais, através de ferramentasde auditoria e reporting transver-sais à organização.

Em suma, boas soluções ECM sãoum factor determinante para o au-mento de produtividade e reduçãode custos nas organizações, ga-nhando por isso particular impor-tância no momento de crise que vi-vemos, em que a redução de custosé a palavra de ordem.

*Co-fundador e director executivo da VILT

GESTÃO DA INFORMAÇÃOTIAGO GAVINHOS*

FISCALIDADE E DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Odéfice das contas públicasnacionais está na ordem dodia, depois de um aceso de-bate político sobre a forma

de aprovação do orçamento geraldo Estado. Regra geral, o problemaé abordado na perspectiva do quefazer para cortar a despesa e gerarreceitas de uma forma imediata.

Embora esta perspectiva das con-tas públicas seja fundamental parao equilíbrio financeiro do País, exis-te também outra visão complemen-tar do que deve ser um orçamentogeral do Estado e como deve apoiaro crescimento económico.

A fiscalidade inteligente vai maislonge do que apenas gerar receitasimediatas com o aumento de im-postos e diminuir a despesa públicaatravés da redução de gastos cor-rentes.

Frequentemente, os benefíciosfiscais quando usados para apoiar ainovação e o desenvolvimento tec-nológico transformam o orçamentogeral do Estado numa mola real dedesenvolvimento que estimula a

competitividade e promove o au-mento da receita fiscal. É o caso ac-tual do Sistema de Incentivos Fis-cais à Investigação e Desenvolvi-mento (SIFIDE).

Desde que foi criado pelo gover-no português em 2005, o SIFIDE jáatribuiu 188 milhões de euros a1589 candidaturas de empresas.Curiosamente num momento emque se debate como podem as em-presas ultrapassar a crise económi-ca, muitas ainda desconhecemgrande parte dos instrumentos na-cionais e comunitários que podemapoiar a sua actividade.

Embora o SIFIDE esteja previstono orçamento de Estado deste ano,

o mesmo ainda não tem um carác-ter permanente ao contrário do queacontece em Países que lideram odesenvolvimento europeu como aFrança. A importância deste tipo debenefício fiscal para Portugal éenorme, dado que subsidia a I&D econsequentemente a inovação, aomesmo tempo que contribui para acontratação de cérebros que condu-zam o processo criativo.

Desde que foi criado, o SIFIDE jápermitiu a Portugal subir no rank-ing da União Europeia em inova-ção, melhorando, assim, a sua ima-gem nos mercados internacionais.Segundo o Inovation Scoreboard2009, Portugal subiu 6 posições des-

de 2007, já tendo ultrapassado a vi-zinha Espanha e ocupando a 16.ªposição.

A proposta para o SIFIDE desteano vem introduzir algumas me-lhorias terminando com limitações(ex: nas despesas de funcionamen-to), apoiando as star-ups (com majo-rações) e mantendo-o fora da limi-tação dos benefícios fiscais. Contu-do, permanecem aspectos impor-tantes a melhorar, nomeadamenteo reembolso imediato das empresasà semelhança do sistema francês ena eventualidade de não ser possí-vel um reembolso imediato, o au-mento do período de crédito fiscal ea devolução no fim do prazo, talcomo acontece em Espanha.

Além destes aspectos, salientam-se ainda como melhorias necessá-rias ao actual SIFIDE a eliminaçãodo limite máximo de dedução novalor incremental, bem como o au-mento da percentagem da quotaparte das despesas de funciona-mento para 75% (tal como aplicadoem França) acrescidos a 100% das

despesas relativas a recém-licencia-dos para os primeiros 24 meses decontrato para o primeiro emprego(incentivo também à empregabili-dade dos jovens). Outra possibili-dade que deveria constar no actualSIFIDE é a compensação de colectasnegativas com o imposto pago nosexercícios anteriores, ou seja, seriadevolvido às empresas o resultadoda aplicação da taxa de imposto àcolecta negativa (esta política já éaplicada em países como o ReinoUnido).

Por último, acrescentaríamosainda a contabilização de despesasde inovação. Além de equilibrar ascontas públicas é vital que Portugaldisponha de uma fiscalidade inteli-gente, capaz de aumentar a receitaatravés do estímulo da competitivi-dade empresarial. O SIFIDE é umbom exemplo do que Portugal podefazer nesse domínio.

*Director Geral da F Iniciativas

SIFIDEFERNANDO MARCELINO*

Page 10: PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

PUBLICIDADE XISEXTA-FEIRA17 de Dezembro de 2010

Page 11: PMENEWS Especial VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PARA PME

INOVAÇÃOXII SEXTA-FEIRA17 Dezembro de 2010

OONMÁQUINA TRANSFORMA ÓLEO ALIMENTAR USADO EM VELAS VEGETAIS

E sta história começa na mente deMário Silva, 35 anos, e é uma res-posta ao lixo provocado pelos óleosalimentares usados e pelo proble-

ma ambiental que estes representam. Re-gressado de Barcelona, onde fez um MBAinternacional, após ter estudado, emPortugal, software, artes e gestão empre-sarial, materializou a ideia de dar umanova utilização, “uma nova vida” aosóleos, como faz questão de sublinhar.

Essa nova vida tem a forma de velas decores variadas e já se encontra disponívelem Lisboa (Colombo e Chiado) e no merca-do europeu, através do site da empresa eda loja online Amazon. A partir de 2011, aoon conta estar também nos mercados dosEUA, Canadá e Brasil e comercializar o seuproduto fisicamente em Espanha.

“O nosso primeiro produto é a oon can-dlemaker, o primeiro electrodomésticoque permite a reciclagem de qualquer óleoalimentar ou azeite usado em velas deco-rativas de diferentes formas, tamanhos,cores e aromas”, salienta Mário Silva.

Da ideia à concretização de um protóti-

po foi um pequeno... grande passo. O pro-tótipo permitiu ao empreendedor passar àfase seguinte: angariar o financiamentonecessário para fazê-lo evoluir até à formade produto final. O processo demorou cer-ca de dois anos e foi concluído em Junhode 2010, data em que a oon candlemakerfoi apresentada no Chiado, em Lisboa, nu-ma pop-up store criada para o efeito. Si-multaneamente, começou a ser comercia-lizada na loja online da oon para toda a

União Europeia. Em 2012, a empresa querobter um volume de negócios de 5 milhõesde euros.

“A oon pretende ser a materialização deuma nova forma de pensar, sentir e fazerreciclagem em ambiente doméstico, con-cretizada em ferramentas de fácil e diver-tida utilização, que permitem a transfor-mação do lixo em outros produtos ou ma-térias-primas”, salienta.

Nascida em torno da ideia de “fazer aspessoas apaixonarem-se pelo seu lixo”, aoon é, nas palavras do empreendedor, a so-lução que permite ao cidadão resolver porsi próprio o problema do lixo que produz.

Seja como for, uma coisa é certa, o pro-duto escolhido para ser a solução que noslivra do óleo doméstico não podia ser maisagradável: “Rapidamente se chegou à solu-ção de transformar óleos usados em velasdecorativas, algo inovador não apenas noproduto final, mas também no processo,que envolve uma máquina de utilizaçãodoméstica para as pessoas criarem, elaspróprias, as suas próprias velas vegetais”.

Aliando “sustentabilidade, design ebranding”, o que, segundo Mário Silva, lheconfere “um estatuto de marca moderna,cosmopolita e alinhada com o espírito dostempos que se vivem”, a oon está focadana comercialização e no contínuo desen-volvimento da sua primeira solução de re-ciclagem doméstica: a oon candlemaker.

Para pôr o projecto de pé, desenvolvê-lo,arrancar com a produção industrial e co-locá-lo no mercado (a oon candlemaker, asoonique candles e restantes elementos daoferta) foram necessários 3 milhões de eu-ros, financiados através de capitais pró-prios de investidores privados e sociedadesde capitais de risco, especificamente aAICEP Capital Global, a ASK e a InovCapi-tal.

Considerando que a solução encontrada– velas coloridas e aromáticas – é particu-larmente apreciada no Norte da Europa,sobretudo na Escandinávia e nos paísesmais desenvolvidos da OCDE (Organizaçãopara a Cooperação e Desenvolvimento Eco-nómicos), o projecto foi desde o início pen-sado numa óptica de internacionalização.Daí que Mário Silva tenha encarado osmercados externos numa dupla perspecti-va (directa e indirecta). Assim sendo, alémde comercializar o produto através do

website oonsolutions.com, estabeleceuparcerias internacionais, a nível de produ-ção, logística, I&D, branding e distribui-ção, de forma a obter “mais-valias e umavisão global e cosmopolita ao projecto” ecolocar o produto nos mercados através deretalhistas locais.

“As perspectivas são positivas, apesar dosmomentos difíceis que se vivem na maioriados nossos mercados-alvo”, salienta MárioSilva, confiante no facto de que ter “umproduto inovador, diferenciado, de quali-dade e que responde a um problema real”é condição que o fará chegar ao êxito fi-nanceiro, uma vez que ao outro – ter tidoa capacidade de inovar – já chegou.

O oon candlemaker, primeiro produto da empresa, está a ser lançado na Europa, devendochegar aos EUA, Canadá e Brasil em 2011. Trata-se de um investimento de 3 milhõesde euros, financiado por privados e capitais de risco. Por Almerinda Romeira

BIConstituição: 2008Actividade: Concepção, desenvolvimento ecomercialização de soluções de reciclagemdoméstica, equipamentos ou serviços que vãosolucionar o problema do tratamento dos resí-duos, em ambiente doméstico.Mercados: O mercado-alvo do primeiro produ-to - oon candlemaker - são cerca de 26 mi-lhões de lares distribuídos pela Europa eAmérica do Norte.Emprego: 13 postos de trabalho directosFacturação 2012 (previsão): 5 milhõesde eurosContactos: www.oonsolutions.com

O empreendedor Mário Silva, nascido em 1975, é o DirectorExecutivo da oon solutions. Estudou progra-mação de software, artes e gestão empresa-rial. Foi para Barcelona, onde fez um MBAinternacional. Após 10 anos de desenvolvimen-to e gestão de tecnologias em novos negóciosdo Grupo Sonae e conduzindo estratégias demarca e comunicação da McCann Erikson,decidiu criar o próprio negócio, a oon solu-tions. Mário Silva é apaixonado pela fórmulade equilibrar a equação da sustentabilidade eestá focado em criar novos caminhos que irãomudar o paradigma de como o homem gereos seus recursos.

AlquimiaPrimeiro electrodoméstico que permite areciclagem de qualquer óleo alimentar ouazeite usado, em velas decorativas, de dife-rentes formas, tamanhos, cores e aromas, acandlemaker incorpora algumas característi-cas únicas, tais como a elevada eficiênciaenergética (o consumo é de apenas 9,4 W.h) ea elevada utilização de materiais reciclados(79% dos plásticos são reciclados). As velas produzidas são vegetais, ou seja, alémde prevenirem a contaminação da água pelosóleos usados, têm uma queima mais limpa eduradoura. A alquimia é possível graças às ooncandlepods, pequenas pastilhas que se colo-cam na máquina, e que, além de neutralizaremo cheiro desagradável dos óleos alimentares,conferem cor e aroma à vela e permitem que oóleo acabe por se transformar em cera de vela.As oon candlepoods têm diferentes cores earomas.

Mário Silva