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Pnld Campo 2016 Guia

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Pnld Campo 2016 Guia

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  • Guia PNLD Campo 2016Educao no Campo

    Ensino Fundamental Anos Iniciais

  • Presidente da Repblica Dilma Rousseff

    Ministro da Educao Renato Janine Ribeiro

    Secretrio de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversid ade e Incluso - SECADI Paulo Gabriel Soledade Nacif

    Diretor de Polticas de Educao do Campo, Indgena e para as Relaes tnico-Raciais - DPECIRER Thiago Thobias

    Coordenadora Geral de Polticas de Educao do Campo - CGPEC Divina Lcia Bastos

    Presidente do FNDE Antnio Idilvan de Lima Alencar

    Coordenadora Geral dos Programas do Livro - CGPLI Snia Schwartz

  • Guia PNLD Campo 2016Educao no Campo

    Ensino Fundamental Anos Iniciais

  • MINISTRIO DA EDUCAOSECRETARIA DE EDUCAO CONTINUADA, ALFABETIZAO, DIVERSIDADE

    E INCLUSOEsplanada dos Ministrios, Bloco L, Sala 200

    CEP: 70047-900 Tel: (61) 2022 9217

    EQUIPE RESPONSVEL PELA AVALIAO

    Coordenao InstitucionalMaria de Ftima Almeida Martins

    Coordenao GeralGilcinei Teodoro Carvalho

    Comisso TcnicaMaria Isabel Antunes-Rocha

    Mnica Castagna Molina

    Coordenao de reas

    Alfabetizao e Letramento Isabel Cristina Alves da Silva Frade

    ArteAmarlis Coelho Coragem

    CinciasPenha das Dores Souza

    GeografiaCharles Moreira Cunha

    HistriaLuciano Magela Roza

    Lngua Potuguesa Maria Zlia Versiani Machado

    Matemtica

    Wagner Auarek

    RegionaisMaria Ivanice de Andrade Viegas

    Apoio TcnicoAna Paula da Silva RodriguesVictor H. Barbosa de Castro

    Apoio AdministrativoThalles Lopes Ferreira

    RevisoAna Paula da Silva Rodrigues

    Helosa Rocha de Alkimim

    Instituio Responsvel pela AvaliaoUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

  • Avaliadores

    Adriana Anglica FerreiraAdriana Assis Ferreira

    Airton Carrio Machadolida Anglica Alves LealAmarlis Coelho Coragem

    Ana Maria de Carvalho LuzAndr Mendes Sales

    Anglica Oliveira de Arajongelo Rodrigues de Carvalho

    Aroldo Dias LacerdaBenedito Gonalves Costa

    Bruna Karla Silva ReginaldoCarina Martins Costa

    Carlos Augusto Pereira dos SantosChristina Gontijo Fornaciari

    Clenice GriffoDanielle Gregole ColluciDbora Regina Wagner

    Dislane Zerbinatti MoraesEduardo Jos Pereira Maia

    Eliane Ferreira de SEliene Novaes Rocha

    Eliette Aparecida AleixoFtima Pinheiro de Barcelos

    Francisco Pazzini CoutoGuilherme Antnio Celso Ferreira

    Helosa Rocha de AlkimimIranete Maria da Silva Lima

    Jan BitounJaqueline Barbosa da SilvaJezulino Lcio Mendes BragaJoo Augusto Cristeli de OliveiraJunia Freguglia Machado GraciaKyrleys Pereira VasconcelosLeonardo Machado PalharesLuciana MoroLuza Teixeira Andrade PinhoMarcelo Gules BorgesMarciana Almendro David de SousaMarcos Guilherme Moura SilvaMaria Emlia Lins e SilvaMaria Flor de Maio Barbosa BenficaMaria Ivanice de Andrade ViegasMaria Jos de PaulaMaria Jos Francisco de SouzaMauro Srgio JesusNayara Silva da CarieNora Olinda Cabrera ZigaNria Hanglei CacetePaulo Roberto Raposo AlentejanoRodrigo dos Santos CrepaldeTeresinha Fumi KawasakiValria Barbosa de ResendeVndiner RibeiroVirginia Clia Cavalcante de Holanda

    Leitura Crtica de professores de Escolas do CampoArmando Vieira MirandaGilda Rodrigues Rocha

    Ilustrao de CapaGildsio Jardim, A caminho da escola, 2015 ( Pintura em tecido estampado )

    Projeto Grfico e DiagramaoPart Comunicao

  • 6 PNLD Campo 2016

    SumrioApresentao.......................................................................................................................................7

    Recado ao() professor(a).........................................................................................................7

    1. A constituio das Escolas do Campo e o Programa Nacional do Livro Didtico - PNLD Campo 2016......................................................................8

    2. Princpios e critrios que orientaram a avaliao dos livros didticos para as escolas do campo destinadas ao Ensino Fundamental ......................................17

    3. Informaes para Escolha........................................................................................................193.1 - Ata da Escolha de Livros Didticos PNLD Campo 2016............................................30

    3.2 - Cdigos das Colees de Livros Didticos PNLD Campo 2016..............................31

    4. Resenha dos Livros Didticos.................................................................................................344.1 - Coleo Campo Aberto..................................................................................................34

    4.2 - Coleo Novo Girassol...................................................................................................40

    5. Resenha dos Livros Regionais................................................................................................485.1 - Culturas e Regies do Brasil..........................................................................................48

    5.2 - Coleo Tempo de Aprender - Regio Norte.............................................................56

    6. Fichas de Avaliao......................................................................................................................626.1 - Ficha Individual PNLD Campo 2016 - Livro Didtico.................................................62

    6.2 - Ficha Individual PNLD Campo 2016 - Livro Regional...............................................75

    7. Referncias...................................................................................................................................85

  • PNLD Campo 2016

    Apresentao

    7

    O objetivo deste Guia ajudar voc,

    professor(a), a escolher para o perodo

    de 2016 a 2018 os livros didticos mais

    adequados para o ensino nas Escolas do Campo no primeiro segmento do Ensino Fundamental, recurso indispensvel ao pro-cesso de ensino e aprendizagem. O Guia

    foi elaborado a partir de criterioso proces-so de avaliao de colees voltadas para as especificidades das escolas do campo,

    com o sentido de subsidiar o trabalho dos docentes que atuam nas escolas do campo.

    O livro didtico se constitui em um

    material de apoio fundamental ao desen-volvimento do trabalho docente e ao pro-cesso de aprendizagem dos educandos.

    Por essa razo, as colees destinadas ao

    ensino e aprendizagem foram avaliadas

    considerando os espaos educativos do campo, com presena de textos, atividades

    e ilustraes que possibilitem ao educando se apropriarem dos contedos escolares articulados com as referncias contextuali-zadas de suas relaes mais imediatas e

    experienciadas no campo.

    Neste guia, voc encontrar:

    (a) um breve histrico sobre o PNLD Campo, bem como as polticas pblicas vol-tadas para as escolas do campo;

    (b) os princpios e critrios com base

    nos quais as colees aqui apresentadas foram avaliadas e aprovadas;

    (c) as resenhas que descrevem e co-mentam as colees e os Livros Regionais.

    Nas pginas iniciais deste volume, voc pode conferir a composio da equipe

    de especialistas responsvel pela Avalia-o no PNLD Campo 2016. E, nas ltimas pginas, ainda possvel conhecer a ficha

    utilizada por esses mesmos profissionais,

    na anlise das colees, assim como um roteiro detalhado para que voc e sua

    equipe organizem um bom debate sobre

    que coleo adotar.

    Desejamos a voc e a seus colegas

    um bom trabalho!

    ApresentaoRecado ao() professor(a)

  • PNLD Campo 2016

    A constituio das Escolas do Campo

    8

    O Programa Nacional do Livro Didti-co (PNLD Campo), em sua segunda edio, tem como objetivo considerar as especifici-dades do contexto social, econmico, cultu-ral, poltico, ambiental, de gnero, geracio-nal, de raa e etnia dos Povos do Campo, como referncia para a elaborao de livros

    didticos para os anos iniciais do Ensino Fundamental (seriado e no seriado), de Escolas do Campo, das redes pblicas de ensino. A conquista desta segunda edio

    do PNLD Campo um marco importante na perspectiva de consolid-lo como parte das aes integrantes das polticas pblicas

    especficas para as Escolas do Campo, in-seridas no referencial maior da prpria con-solidao da Educao do Campo tambm como parte do Estado em ao, como Pol-tica Pblica.

    Com esse objetivo, o PNLD Campo

    se inscreve como uma poltica pblica de

    reconhecimento da Educao do Campo como matriz referencial para pensar o

    Campo e seus Sujeitos, e a partir da ma-terialidade das condies da produo e reproduo da vida neste territrio, com-

    preend-lo como contexto gerador de con-tedos, textos, temas, atividades, propos-tas pedaggicas, ilustraes e organizao

    curricular do livro didtico. Nesse sentido, o Ministrio da Educao - MEC, ancorado na legislao sobre a Educao do Campo, espera que as obras levem em conta as se-guintes referncias:

    Organizao social e poltica dos sujeitos do campo no Brasil por meio da participao dos movimentos e organizaes sociais do campo na construo das suas estratgias organizativas locais e seus desdo-bramentos quanto disputa pela hegemonia na sociedade, defini-o de polticas pblicas e quanto afirmao do campo como lugar de vida e dignidade humana. A cultura entendida no plural, como a diversidade de ser e viver, de saber e fazer das populaes do campo e seus processos de significao simblica, lutas, resistncias, ino-vaes e cosmologias que traduz identidades auto imagens, signos, valores e linguagens, que no caso especifico do meio se constituem como referncias na constitui-o das identidades individuais e coletivas dos sujeitos do campo

    (EDITAL, 2014. p. 45)

    Ao tomar como referncia as Dire-trizes Operacionais (BRASIL, 2002), bem

    como outros marcos legais (BRASIL, 2009

    e 2010), o PNLD Campo sinaliza para a

    1. A constituio das Escolas do Campo e o Programa Nacional do Livro Didtico - PNLD Campo 2016

  • 9PNLD Campo 2016

    A constituio das Escolas do Campo

    matriz que estrutura a Educao do Campo

    como um conceito que

    nomeia um fenmeno da realidade brasileira atual, protagonizado pelos trabalhadores do campo e suas or-ganizaes, que visa incidir sobre a poltica de educao desde os in-teresses sociais das comunidades camponesas. Objetivo e sujeitos a remetem s questes do trabalho, da cultura, do conhecimento e das lutas sociais dos camponeses e ao embate (de classe) entre projetos de campo e entre lgicas de agricul-tura que tm implicaes no projeto de pas e de sociedade e nas con-cepes de poltica pblica, de educao e de formao humana

    (CALDART, 2012, p.257).

    Nessa acepo, a Educao do Campo, paradigma construdo nos ltimos

    quinze anos pelos sujeitos coletivos do

    campo, organizados em movimentos sociais

    e sindicais, visando elaborar uma discusso e propor formas de fazer acontecer a escola

    no contexto campons, s pode ser com-preendido a partir do que se entende por Campo e consequentemente do significado

    que a Educao assume nesse espao.

    Na realidade atual do campo, verifi-ca-se que as fortes contradies decorren-tes da expanso das relaes capitalistas

    na agricultura acirram o contraponto entre lgicas ou modos de produo agrcola.

    Trata-se da polarizao entre a agricultu-ra voltada para a produo de alimentos

    (lgica do trabalho para reproduo da vida) identificada como agricultura camponesa,

    dada sua forte ligao com o modo campo-ns de fazer agricultura , e a agricultura

    voltada para o negcio, sobretudo para pro-duo de commodities (lgica do trabalho para reproduo do capital) chamada de agricultura capitalista ou de agronegcio, ou, ainda, de agricultura industrial, dada a sua subordinao lgica de produo da indstria. A forte dominao econmica e

    hegemonia cultural da agricultura capitalista sobre a camponesa, ainda vista por muitos como relacionada ao atraso e em vias de extino ou de subordinao total lgica

    do capital, no eliminou essa polarizao;

    ao contrrio, ela vem sendo acirrada medida que as contradies da lgica capi-talista vo ficando mais explcitas. (MOLINA

    & FREITAS, 2011).

    Tendo sua origem no processo dessa luta, a Educao do Campo produzida

    nessa tenso. Segundo Molina (2011, p.11),

    a Educao do Campo originou-se no processo de luta dos movimen-tos sociais camponeses e, por isso, traz de forma clara sua intenciona-lidade maior: a construo de uma sociedade sem desigualdades, com justia social. Ela se configura como uma reao organizada dos camponeses ao processo de ex-propriao de suas terras e de seu

  • 10 PNLD Campo 2016

    trabalho pelo avano do modelo agrcola hegemnico na socieda-de brasileira, estruturado a partir do agronegcio. A luta dos traba-lhadores para garantir o direito escolarizao e ao conhecimento faz parte das suas estratgias de resistncia, construdas na pers-pectiva de manter seus territrios de vida, trabalho e identidade, e surgiu como reao ao histrico conjunto de aes educacionais que, sob a denominao de Edu-cao Rural, no s mantiveram o quadro precrio de escolarizao no campo, como tambm contribu-ram para perpetuar as desigual-dades sociais naquele territrio.

    Partindo dessa materialidade, o Movi-mento da Educao do Campo vem cons-truindo princpios que se constituem como

    orientadores das prticas escolares.

    O Movimento da Educao do Campo

    uma ao protagonizada pelos Povos do

    Campo em torno da luta pelo direito Edu-cao, que se faz indissociada da luta pela

    terra, como territrio de vida e de trabalho. Por meio de suas organizaes sociais e

    sindicais e das organizaes criadas no

    contexto da luta pela Educao do Campo

    foram conquistadas as polticas pblicas es-pecficas para o campo, como por exemplo,

    o Pronera; o Procampo; o Pronacampo e o prprio PNLD Campo.

    Portanto, a concepo de Escola do Campo nasce e se desenvolve no bojo do

    Movimento da Educao do Campo, a partir

    das experincias de formao humana de-senvolvidas no contexto de luta dos mo-vimentos sociais camponeses por terra e educao. Trata-se, portanto, de uma con-cepo que emerge das contradies da luta social e das prticas de educao dos trabalhadores do/no campo. A construo

    desta Escola do Campo, que requer, para sua materializao, a presena e a partici-pao dos prprios sujeitos camponeses

    que se dispe formar, foi incorporada nos marcos legais da Educao do Campo, j

    estando definida tanto nas Diretrizes Opera-cionais para Educao Bsica das Escolas do Campo, quanto no Decreto 7352/2010,

    que institui a Poltica Nacional de Educao

    do Campo e o Programa Nacional de Edu-cao na Reforma Agrria.

    Faz-se extremamente importante a

    citao literal destes marcos legais porque a ao dos educadores da rede pblica de ensino bsico das Escolas do Campo ne-cessitam orientar sua ao pela definio

    contidas nestas legislaes.

    Consoante com esta interpretao, consideramos relevante destacar a defini-o conquistada naquelas Diretrizes sobre

    a identidade das Escolas que Campo, que assim o dispe no pargrafo nico do artigo 2.

    A constituio das Escolas do Campo

  • 11PNLD Campo 2016

    a identidade das Escolas do Campo definida pela sua vinculao s questes inerentes sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes prprios dos estudantes, na memria coletiva que sinaliza futuros, na rede de cincia e tecno-logia disponvel na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as solues exigidas por essas questes quali-dade social da vida coletiva no pas.

    Articulada s possibilidades abertas

    por esta definio, h outra ainda de grande

    importncia na perspectiva de remover im-pedimentos para a construo e articulao de projetos dos movimentos com as escolas

    e comunidades, em busca de seu desenvol-vimento a partir das concepes educativas do campesinato articulado em torno dos princpios da Educao do Campo.

    O artigo 4. das Diretrizes Operacio-nais estabelece que: a construo dos pro-jetos polticos pedaggicos das escolas do

    campo se constituir num espao pblico de investigao e articulao de experin-cias e estudos direcionados para o mundo do trabalho.

    Nesse sentido, a presena efetiva dos Povos do Campo e suas organizaes nas

    discusses, planejamentos, desenvolvi-mento e avaliao das prticas escolares parte constitutiva de um projeto pedaggico

    na perspectiva da Educao do Campo.

    Estas prticas escolares tm o desafio

    de articular os contedos a serem socializa-dos na escola com as questes enfrentadas pelos educandos do campo e suas famlias

    para continuar vivendo e garantindo a repro-duo material da vida a partir do trabalho no campo. A intencionalidade dessas prti-cas deve desencadear processos que de-mandem a produo coletiva de trabalhos que sejam teis e relevantes para os estu-dantes e comunidades e que propiciem o aprendizado dos mecanismos necessrios

    auto-organizao dos educandos, para

    que estas vivncias na Escola do Campo

    proporcionem tambm este fundamental aprendizado .

    A Escola do Campo necessita ser

    pensada como parte de um projeto que

    efetivamente fortalea os camponeses em suas lutas. Uma escola que garanta o direito das crianas e jovens do campo ao

    acesso ao conhecimento universalmente produzido, entendendo-o como um produto

    histrico-social, e que, simultaneamente, possibilite e promova a formao de uma viso crtica dessa produo, instrumentali-zando-os para seu uso e manuseio. Impor-tante ressaltar que o reconhecimento e a valorizao dos diferentes saberes j cons-

    A constituio das Escolas do Campo

  • 12 PNLD Campo 2016

    trudos pelos sujeitos do campo, a partir de

    sua histria de vida, de seus valores, de sua cultura, das diferentes formas de se re-lacionar com a natureza, a partir de suas

    experincias e prticas de trabalho, que,

    em grande medida, so constitutivas de sua identidade, se constituem como pontos es-truturantes desta construo .

    vital a compreenso da centralida-de do trabalho como princpio educativo

    na perspectiva de promoo e produo da autonomia dos sujeitos camponeses.

    Segundo Molina e S,

    Uma das principais caractersti-cas exitosas desta estratgia de vinculao dos processos de en-sino-aprendizagem com a realida-de social, e com as condies de reproduo material dos educan-dos que frequentam a Escola do Campo, refere-se construo de estratgias pedaggicas que sejam capazes de superar os limites da sala de aula, construindo espaos de aprendizagem que extrapo-lem este limite, e que permitam a apreenso das contradies do lado de fora da sala. (2012, p.332)

    Destacam-se, como aspectos relevan-tes para o funcionamento de uma escola que possa ser considerada do campo, o

    reconhecimento e a valorizao da identida-de de seus sujeitos. Reconhecer e valorizar

    implica construir e desencadear processos educativos, dentro, ao redor e no entorno

    da escola que no destrua a autoestima dos sujeitos pelo simples fato de serem do

    meio rural; de serem sem terra; de serem filhos de assentados; filhos de agricultores

    familiares; extrativistas; ribeirinhos; que-bradeiras de coco, enfim, filhos de sujeitos

    camponeses cuja reproduo social se d

    prioritariamente a partir dos trabalhos no territrio campesino (MOLINA; S, 2012).

    Essa perspectiva do reconhecimento da identidade dos sujeitos que a Escola do

    Campo acolhe est o disposto no Decreto 7352/2010, sobre o que so estas escolas.

    Em seu artigo primeiro, esse Decreto esta-belece que se compreende por: Escola do Campo: aquela situada em rea rural, con-forme definida pela Fundao Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, ou

    aquela situada em rea urbana, desde que atenda predominantemente a populaes do campo.

    Mantm-se ainda neste instrumento legal que eleva a Educao do Campo po-ltica de Estado, no s a demarcao das

    escolas do campo no campo, mas tambm a importante definio de que sua identi-dade maior no se d apenas a partir de sua localizao geogrfica, mas, principal-mente, a partir da identidade dos espaos

    A constituio das Escolas do Campo

  • 13PNLD Campo 2016

    de reproduo social, portanto de vida e trabalho, dos sujeitos que acolhe em seus

    processos educativos, nos diferentes nveis

    de escolarizao ofertados. (MOLINA, E

    S, 2012)

    Pensando a escola nessa dinmica, sua organizao em seriada ou multisseria-da assume pouca centralidade em termos do que se espera de uma Escola do Campo. O que est em jogo entender quais pro-cessos educativos so desencadeados na perspectiva do fortalecimento das lutas co-letivas, da ampliao dos saberes, da com-preenso e transformao da realidade, da garantia de acesso e permanncia do estu-dante na escola e do seu envolvimento com as questes do contexto a sua volta, garan-tido e promovendo a afirmao de identida-des. (ANTUNES-ROCHA; HAGE, 2011).

    Nessa perspectiva, o perfil de educa-dor demandado por uma Escola do Campo exige uma compreenso ampliada de seu

    papel. Tem como pano de fundo a compre-enso da educao como prtica social; da necessria inter-relao do conhecimen-to, da escolarizao, do desenvolvimento,

    da construo de novas possibilidades de vida e permanncia nesses territrios pelos

    sujeitos do campo. As estratgias de cons-

    truo dessas possibilidades devem contar com a atuao de educadores comprome-tidos com a luta dos sujeitos com os quais

    tecem as prticas educativas.

    Sendo assim, os Educadores podem buscar como referncias da materializa-o dos princpios da Educao do Campo

    prticas desenvolvidas no mbito do Pro-grama Nacional de Educao na Reforma Agrria (PRONERA/INCRA), do Programa

    de Apoio Formao Superior em Licen-ciatura em Educao do Campo (PROCAM-PO/SECADI/MEC), dos Centros Familiares

    de Formao por Alternncia (CEFFAs),

    das Escolas Itinerantes do Movimento dos

    Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Rede de Educao do Semirido Brasileiro (RESAB), entre tantas outras experincias.

    Considerando o acmulo das prti-cas existentes na Educao do Campo, o

    PNLD Campo se insere como um desafio

    que exige articular o livro didtico como me-diao capaz de contribuir para uma prtica

    transformadora da escola em si e para a compreenso do que se produz para alm

    da escola.

    Um primeiro aspecto a considerar diz

    respeito forma como o Campo e seus Su-

    A constituio das Escolas do Campo

  • 14 PNLD Campo 2016

    jeitos se fazem presentes em um livro did-tico. Podem aparecer somente como ilustra-o imagens de identidades, de lugares, de objetos, de paisagens , sem a contex-tualizao devida. Como pretexto textos,

    atividades e/ou ilustraes aparecem como referncias para apresentar e discutir um

    tema. Como texto, isto , como contedo a

    ser lido e conhecido. Como contexto, como

    realidade a ser vista, tematizada, lida, co-nhecida, discutida, analisada, mantida e/ou modificada.

    Sendo assim, fundamental a presen-a no livro didtico das Escolas do Campo dos elementos vinculados aos espaos s-cio-territoriais de produo material da vida dos sujeitos, das identidades coletivas, do

    trabalho, das lutas, das prticas culturais e religiosas, da relao campo/cidade, bem como da dinmica da prpria escola, das relaes sociais que se desenvolvem em seus interiores e com a comunidade ao seu redor.

    A partir dessa concepo de edu-cao, vinculada produo material da vida dos sujeitos camponeses, a escola

    que concretizar essa concepo necessi-ta contar com materiais didticos de novo tipo. Como espao scio-territorial impor-

    tante que a obra contenha referncias aos

    biomas Caatinga, Campo, Cerrado, Flo-resta Amaznica. Litorneo, Mata Atlntica,

    Mata dos Cocais, Mata dos Pinhais, Pan-tanal, Pampas articulados s identidades a eles vinculadas. Essas identidades coleti-vas esto descritas no Inciso I do pargrafo

    1 do Decreto 7.352/2010 como populaes

    do campo (agricultores familiares, extrati-vistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrria, quilombolas, caiaras, povos da

    floresta e caboclos). O referido Decreto re-conhece tambm como contidas nesta ca-tegoria outras populaes no explicitadas

    no corpo da lei, que produzam suas condi-es materiais a partir do trabalho no meio rural (BRASIL, 2010).

    As identidades campesinas, articula-das a um espao scio-territorial se produ-zem/reproduzem pelo trabalho na terra e na

    natureza atravs de atividades e pelo uso de

    instrumentos e produtos (artesanato, casa de farinha, enxada, foice, colheitadeira,

    arado, presena de animais como sunos,

    aves e caprinos, bovinos e equinos, horta, pomar, produtos alimentares como mandio-ca, arroz, feijo, milho, legumes, hortalias,

    rede de pesca, fogo a lenha, derivados do leite, carroa, carro de boi, dentre outros).

    A constituio das Escolas do Campo

  • 15PNLD Campo 2016

    necessrio que a dimenso do trabalho se faa presente no livro didtico por ser essa dimenso estruturante da vida e tambm por ser necessrio que no livro didtico seja

    problematizada a relao da posse e uso

    da terra no Brasil, dos modelos de agricul-tura e das relaes de poder no campo. preciso ressaltar a importncia da presen-a, no livro didtico, das diferentes experi-ncias a partir da agroecologia, cooperati-vismo e soberania alimentar desenvolvidas pelos camponeses, no sentido de construir novos espaos territoriais no meio rural no qual prevaleam relaes de trabalho e de poder baseadas na igualdade e no respeito mtuo.

    Os Sujeitos do Campo, com suas

    identidades, para garantir a produo e re-produo de suas vidas, vm historicamen-te se organizando por meio de suas lutas

    por Reforma Agrria, pela permanncia na

    terra, contra o trabalho escravo, por direi-tos, pelas condies das crianas e jovens

    permanecerem no campo, pela agroeco-logia, pela educao, pela sade, pela soberania alimentar, pelo uso sustentvel das florestas, dos solos e das guas, por

    crdito, contra a explorao do trabalho in-fantil, contra os agrotxicos, por assistncia

    tcnica, pela participao nas discusses e decises que dizem respeito s suas vidas.

    Enfim, ao longo da histria brasilei-ra, esses sujeitos, invisveis aos olhos da

    poltica pblica, mas visveis brutalidade

    da segurana pblica, se organizam, ela-boram, produzem, reproduzem e divulgam

    seus saberes, suas prticas, suas meto-dologias, suas expectativas e propostas

    de um projeto de campo, que se articula,

    por sua vez, como um projeto de socieda-de, de nao. A criminalizao e/ou ideali-zao dos movimentos sociais e sindicais

    tem sido um desafio para os Sujeitos do

    Campo no que diz respeito ao reconheci-mento de suas lutas no campo do direito. Este tambm ser certamente um desafio

    para o livro didtico ao abordar o tema.

    Esses Povos, com suas identidades vinculadas a formas diferenciadas de pro-duo da vida, constroem prticas culturais (Catop, Catira, Festa do Divino, Folia de

    Reis, Boitat, Maracatu, Festa do Boi, Festa das Sementes Criolas, Roda de Viola, Festas Juninas, Festa da Colheita, Cava-lhada, Candango, Reizada, Mutiro, entre

    dezenas de outras) bem como cultivam tra-dies alimentares, manifestaes e pr-ticas religiosas, brincadeiras, brinquedos,

    A constituio das Escolas do Campo

  • 16 PNLD Campo 2016

    comemoraes e registros orais e escritos vinculados s suas lutas, ao trabalho, ao espao scio-territorial.

    O Campo e seus Sujeitos se relacio-nam tambm com a Cidade e seus Sujei-tos por vrios caminhos. Historicamente, essa relao vem sendo considerada na perspectiva da dicotomia, com um vis que desqualifica o campo como lugar de possi-bilidades. Criar condies para que os dife-rentes elementos do livro didtico traduzam

    essa relao na perspectiva de fronteiras com a consequente superao da leitura depreciativa desafio das obras didticas.

    relevante considerar a presena da articulao, presente ou no em cada livro, dos aspectos relativos ao contexto

    campons no sentido de evidenciar, dis-cutir e propor alternativas para superao das dicotomias historicamente produzidas

    (campo/cidade; arcaico/moderno; atraso/desenvolvimento; agricultura moderna/agri-cultura convencional) que colocam o Campo como lugar do atraso e/ou do espao idlico.

    Essas consideraes nos fazem com-preender que no podemos pensar o livro didtico como uma ao isolada. Na pers-pectiva da Educao do Campo, o material didtico integra um conjunto de estratgias

    elaboradas pela classe trabalhadora do campo no seu processo de disputa por um modelo de escola, de campo e de socieda-de.

    A constituio das Escolas do Campo

  • 17PNLD Campo 2016

    Considerando-se as caractersticas

    e as demandas do Ensino Fundamental anos iniciais, definiram-se critrios que as-seguram um padro consensual mnimo de

    qualidade para as obras didticas. Nesse sentido, a avaliao das obras inscritas no PNLD Campo 2016 considerou um con-junto de princpios e critrios eliminatrios

    comuns a todos os componentes curricula-res, retomados e especificados nos termos

    das reas de conhecimento envolvidas em cada componente curricular. Na medida em que se constituem como requisitos indis-pensveis de qualidade didtico-pedaggi-ca, sua no observncia implicou a exclu-so da obra do PNLD Campo 2016.

    Os critrios eliminatrios comuns

    observados nas obras inscritas no PNLD Campo 2016, submetidas avaliao, foram os seguintes:

    (1) respeito legislao, s di-retrizes e s normas oficiais relativas ao Ensino Funda-mental, anos iniciais, com as espe-cificidades da Educao do Campo; (2) observncia de princpios ticos necessrios construo da cidada-nia e ao convvio social republicano; (3) coerncia e adequao da abor-

    2. Princpios e critrios que orientaram a avaliao dos livros did-

    ticos para as escolas do campo destinadas ao Ensino Fundamental

    dagem terico-metodolgica assu-mida pela obra, no que diz respei-to proposta didtico-pedaggica explicitada e aos objetivos visados; (4) correo e atualizao de concei-tos, informaes e procedimentos; (5) observncia das caractersti-cas e finalidades especficas do Manual do Professor e adequa-o do livro do aluno propos-ta pedaggica nele apresentada; (6) adequao da estrutura edito-rial e do projeto grfico aos objeti-vos didtico-pedaggicos da obra.

    Para o PNLD Campo 2016, dez (10)

    obras foram inscritas em atendimento ao Edital de convocao. A distribuio por

    tipo de composio foi a seguinte: uma (01) coleo para o Tipo I - Multisseriada In-terdisciplinar Temtica; trs (03) colees

    para o Tipo II - Seriada Multidisciplinar por

    rea; seis (06) livros regionais. Do conjunto

    de 4 colees avaliadas no PNLD Campo 2016, 02 (50%) foram excludas e 02 (50%)

    foram aprovadas. E dos livros regionais, 02 (33,33%) obras foram aprovadas e

    04 (66.66%) reprovadas. Esses nmeros

    indicam, por um lado, a necessidade de um maior investimento na produo de mate-riais didticos que concretizem as especi-ficidades e os princpios da Educao do

    Campo e, por outro lado, a demanda por

    Princpios e critrios para avaliao

  • 18 PNLD Campo 2016

    colees que efetivem, com qualidade, uma proposta pedaggica para as escolas do campo.

    Princpios e critrios para avaliao

  • 19PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    3. Informaes para Escolha

    1. Termo de Adeso

    De acordo com a Resoluo CD/FNDE 40/2011 do FNDE, no PNLD Campo 2016, sero beneficiadas com o programa as escolas rurais bem como as escolas urbanas em que 100% de seus alunos

    residam na rea rural cujas redes de ensino

    tenham aderido ao PNLD.

    As cartas com senha so enviadas

    pelo correio para os participantes que aderi-ram at 45 dias antes da abertura do sistema

    de escolha (no caso do PNLD Campo 2016, o prazo limite foi o dia 17/04/2015). Caso a

    adeso da rede ocorra aps o processa-mento das senhas, as escolas recebero, compulsoriamente, um dos ttulos dentre

    aqueles aprovados constantes no Guia, conforme critrios de alocao definidos

    pelo FNDE.

    Para conferir se sua rede de ensino j

    protocolou o termo de adeso ou no, basta realizar sua busca em www.fnde.gov.br >>

    Programas >> PNLD >> Termo de Adeso

    >> Sistema de Adeso ao PNLD.

    2. Beneficirios

    A escolha deve ser realizada a partir

    de uma reflexo coletiva entre os direto-res, os coordenadores pedaggicos e os professores das redes de ensino, com base nas orientaes constantes neste Guia. A

    relao das escolas que participaro da escolha do PNLD Campo 2016 est dispo-nvel no portal do FNDE em www.fnde.gov.

    br >> Programas>> PNLD >>Escolha PNLD

    Campo 2016.

    3. Prazo

    O registro da escolha do PNLD Campo 2016 ser realizado somente pela Internet, no perodo de 01 a 15 de junho

    de 2015, acessando o Sistema de Controle

    de Material Didtico SIMAD Escolha, em

    www.fnde.gov.br/simad.

    Caso no seja possvel registrar a

    escolha em sua secretaria, deve ser utiliza-do outro local com acesso internet.

  • 20 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    4. Senha

    Para acessar o Sistema de escolha no SIMAD, devem ser utilizados os dados

    de acesso (usurio e senha) enviados pelo FNDE por meio da Carta Amarela.

    importante enfatizar que de res-ponsabilidade da rede de ensino participan-te a guarda e o sigilo dos dados de acesso, para que no sejam utilizados indevidamen-te.

    No caso de roubo ou furto, a Secre-taria de Educao dever enviar ao FNDE ofcio relatando o fato, juntamente com

    cpia do Boletim de Ocorrncia. De posse desses documentos, o FNDE proceder da seguinte forma:

    a) Se os documentos chegarem ao FNDE at o dia 03 de junho de 2015, sero

    cancelados os registros de escolha cons-tantes no sistema e outra carta registrada com os dados de acesso ao sistema ser enviada pelos Correios.

    b) Se os documentos chegarem ao FNDE entre os dias 04 e 15 de junho de

    2015, o FNDE cancelar os registros da

    rede de ensino constantes no sistema e as escolas a ela vinculadas recebero com-pulsoriamente uma das colees constantes

    desste Guia de Livros Didticos.

    c) Se esses documentos forem rece-bidos depois do perodo da escolha, os re-gistros no podero mais ser modificados.

    No caso de perda da carta amarela, cujo registro da entrega tenha sido confir-mado pelos Correios, a solicitao de novos dados de usurio e senha no poder ser atendida e, caso haja algum registro de

    escolha, este no poder ser cancelado.

    Entretanto, caso a rede de ensino no tenha gravado nenhuma opo de escolha, suas escolas recebero um dos ttulos

    dentre aqueles aprovados constantes no Guia, conforme critrios de alocao defini-dos pelo FNDE.

    5. Responsvel pela escolha

    A rede de ensino dever designar um responsvel que, depois de cadastrar seus dados no sistema, poder registrar a escolha dos professores de sua rede.

    Para segurana do sistema, informa-mos que s ser aceito um registro de CPF por rede de ensino e no poder haver mais de uma rede fazendo uso do mesmo CPF.

    Sugerimos muita ateno ao informar os

  • 21PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    dados do responsvel, pois eles podero ser solicitados no futuro.

    Inseridos os dados do responsvel

    no sistema, a prxima etapa ser a leitura

    atenta dos compromissos da entidade. Nesse documento esto listados os com-promissos relativos escolha e s com-petncias da entidade. Essas orientaes

    devem ser seguidas para que o processo de escolha seja ntegro e transparente.

    Os compromissos da entidade, assim

    como os compromissos da escola e dos professores, tambm esto disponveis ao

    final deste Guia e podem ainda ser acessa-dos no portal do FNDE em www.fnde.gov.br

    >> Programas >> PNLD >>Escolha PNLD Campo 2016.

    6. Cdigo de Segurana

    Para a segurana do processo de re-gistro de escolha, aps cincia dos Com-promissos da Entidade, o sistema fornece-r um cdigo de segurana, composto por seis nmeros. O uso, a guarda e o sigilo do

    cdigo de segurana competem rede de ensino e ao responsvel pela escolha.

    Sempre que o sistema for acessado, sero solicitados o CPF do responsvel e

    o cdigo de segurana. No se esquea de registrar o cdigo de forma segura, pois voc poder precisar dele no futuro.

    Caso o responsvel perca o cdigo de segurana, poder recuper-lo. Para isso, deve acessar o sistema e clicar no link

    para recuperao do cdigo. A seguir, deve

    digitar, no formulrio apresentado, seu CPF, RG e data de nascimento. Somente se os dados coincidirem com os dados armaze-nados no sistema, o cdigo de segurana ser desbloqueado e exibido na tela.

    Ao inserir esses dados, tenha o

    cuidado de digit-los corretamente, pois, havendo divergncia com os anteriormente

    cadastrados, por trs vezes consecutivas,

    o bloqueio ser definitivo, prevalecendo o

    ltimo registro de escolha gravado.

    Ainda, caso o prprio cdigo seja in-formado incorretamente por trs vezes, o

    acesso ao sistema ser bloqueado defini-tivamente.

    7. Registro de Escolha

    Para ser atendida no trinio

    2016/2017/2018, a rede de ensino dever

    registrar a escolha das colees do 1 ao 5 anos do Ensino Fundamental, realizada a

  • 22 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    partir da reflexo coletiva entre os diretores,

    os coordenadores pedaggicos e os profes-sores das escolas beneficiadas.

    As colees disponveis para a

    escolha so consumveis e compostas

    pelos seguintes componentes curriculares constantes do quadro ao fim desta pgina.

    essencial salvar suas escolhas, clican-do no boto GRAVAR antes de finalizar seu acesso, para que o sistema registre as opes indicadas.

    Devem ser escolhidos ttulos em 1 e

    2 opo, de editoras diferentes. O res-ponsvel s conseguir gravar o registro da escolha se marcar as duas opes. Caso no seja possvel ao FNDE a contratao

    da editora da 1 opo, sero distribudos

    os livros da 2 opo. Por esse motivo, a

    Composio do Tipo I (Seriada Interdisciplinar): Letramento e Alfabetizao, Alfabetiza-o Matemtica, Lngua Portuguesa, Matemtica, Histria, Cincias, Geografia e Arte.

    Composio do Tipo IV: Livro Regional

    escolha da 2 opo precisa ser to cuida-dosa quanto a da 1.

    As escolas cuja rede de ensino no

    acesse o sistema ou no grave a escolha recebero uma das colees constantes do Guia.

    Caso seja indicada a opo No desejo receber colees do PNLD Campo, nenhuma escola rural da rede de ensino ser atendida pelo programa.

    O registro da escolha realizada pela

    internet poder ser alterado a qualquer momento durante a temporada de escolha. Prevalecer sempre o ltimo registro gravado, e, portanto, devem ser tomadas as precaues para que os dados de acesso ao sistema no sejam utilizados para alteraes indevidas.

  • 23PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    8. Ata de Escolha e Transpa-

    rncia do Processo

    Para registrar a participao dos pro-fessores de sua rede de ensino na escolha e dar transparncia ao processo, sugerimos

    que a deciso sobre a escolha das cole-es seja documentada na Ata de Escolha dos Livros Didticos. O modelo desse documento pode ser encontrado na pgina 30 deste Guia e tambm est disponvel no

    portal do FNDE.

    Sugerimos, tambm, que a Ata de Escolha dos Livros Didticos e o Com-provante de Escolha impresso pelo sistema sejam divulgados para a comuni-dade escolar e arquivados para eventuais consultas pelo FNDE ou pelos rgos de controle.

    9. Normas de Conduta

    Para que o processo de escolha seja

    realizado com autonomia pelas entidades

    e escolas e isento de interferncias exter-nas, o FNDE regulamentou as formas de divulgao dos livros do PNLD. As Normas

    de Conduta, que devem ser observadas e respeitadas, esto disponveis no portal do

    FNDE em www.fnde.gov.br >> Livro Didti-

    co >> Legislao >>Portaria MEC n 7, de 05/04/2007 (na seo Legislao, sele-cione a pgina 2 para visualizar o link para

    a Portaria).

    No perodo que vai do dia 17 de maro

    de 2015, data da publicao do resultado

    da avaliao do PNLD Campo 2016, at o dia 15 de junho de 2015, final da temporada

    de escolha, os representantes dos editores ficam impedidos de acessar as dependn-cias das escolas para realizar divulgao

    dos ttulos participantes e ficam proibidos

    de participar de eventos das escolas e en-tidades destinados realizao das esco-lhas, cabendo s entidades e professores denunciar as violaes pelo 0800 616161

    ou pelo portal do FNDE no espao reser-vado ao processo de escolha. Tambm no permitido s entidades e escolas aceitar vantagens oferecidas pelos editores e seus representantes.

    10. Recebendo livros

    Conforme a resoluo 42/2012 do FNDE, compete s secretarias de educa-o receber e entregar as correspondn-cias e os materiais destinados s escolas onde no seja possvel efetuar as remes-sas diretamente pelo correio.

  • 24 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    O FNDE enviar as Cartas Azuis com informaes dos quantitativos de livros adquiridos para a sua entidade e para as escolas da sua rede de ensino. Essa carta deve ser utilizada para conferncia das

    encomendas entregues pelos Correios. A

    quantidade de livros adquiridos, postados e entregues para cada escola ou entidade, tambm pode ser verificada no portal do

    FNDE, em www.fnde.gov.br>>Sistemas >>

    Sistema de Distribuio de Livros.

    importante observar que, para con-ferncia dos livros, cada escola dever

    fazer a correlao dos cdigos das cole-es com os cdigos dos respectivos livros, constantes na capa do livro e no selo do PNLD.

    Ateno! Se os livros no forem rece-bidos at 30 de novembro de 2015, procure

    a agncia dos Correios mais prxima e so-licite informaes sobre o destino dos livros remetidos s escolas de sua rede.

    11. Reserva Tcnica

    O FNDE disponibilizar reserva

    tcnica para atendimento das escolas novas, novas turmas e novos alunos, que no tenham sido previamente computados

    no censo escolar, por meio do Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva

    Tcnica - SISCORT.

    Os livros referentes reserva tcnica

    formam um estoque nacional, composto proporcionalmente pelos ttulos escolhidos

    no pas e dimensionado inicialmente para

    atender at 3% das matrculas projetadas

    para cada ano de atendimento. Todas as redes de ensino e escolas federais que aderiram ao PNLD devem gerir sua prpria reserva tcnica. A guarda e a distribuio

    dos livros fica a cargo dos Correios, agili-zando o processo de atendimento das so-licitaes encaminhadas pelas redes de ensino e escolas federais.

    Caso o total de livros solicitados exceda o saldo disponvel na reserva

    tcnica, o FNDE verificar a viabilidade e

    pertinncia de atender o pedido mediante

    justificativa apresentada por ofcio assina-do pelo dirigente da rede de ensino ou da escola federal, conforme o disposto na Re-soluo CD/FNDE 42/2012.

    A gesto e o atendimento das necessi-dades de cada escola permanecem a cargo da secretaria de educao respectiva ou da prpria escola federal, que deve avaliar a pertinncia e a viabilidade de atender solici-

  • 25PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    taes com a reserva tcnica disponvel em

    seu saldo. Com a reserva tcnica nica, as escolas so atendidas em sua necessidade de forma rpida e com o mesmo ttulo esco-lhido pelos professores.

    12. Remanejamento

    Devido ao grande fluxo de alunos,

    pode ocorrer sobra ou falta de exemplares

    em algumas escolas. Portanto, neces-srio realizar o remanejamento de livros.

    Conforme dispe a Resoluo n.40/2011, as escolas obrigam-se a comunicar res-pectiva secretaria de educao sobre obras excedentes ou insuficientes para auxiliar no

    processo de remanejamento junto s outras

    unidades ou reserva tcnica. A referida

    resoluo tambm dispe que compete s secretarias de educao apoiar a distribui-o e realizar o remanejamento de livros di-dticos entre as escolas de sua rede.

    13. Cesso dos livros aos alunos

    Os livros do PNLD Campo sero re-passados ao estudante para uso ao longo de toda a etapa de estudo, a ttulo de

    cesso definitiva. Isto ocorre porque os

    livros didticos sero todos consumveis.

    Assim todos os livros distribudos no PNLD

    Campo devem ser cedidos definitivamente

    para utilizao dos estudantes, sem ne-cessidade de devoluo ao final de cada

    perodo letivo.

    Compromissos

    Esses compromissos apontam para as principais atitudes e aes que as se-cretarias e as escolas precisam assumir para fazer com que o PNLD alcance seu

    objetivo de contribuir para que a educao

    promova o desenvolvimento da pessoa e o seu preparo para o exerccio da cidadania,

    como estabelecido na Constituio Federal.

    13.1. Compromissos da Entidade

    13.1.1. Compromissos relativos moralidade e isonomia no processo de escolha:

    Conforme Portaria Normativa n 7, de 5 de abril de 2007 normas de conduta

    no mbito da execuo dos Programas do

    Livro, compete s Secretarias de Educao dos Estados, Municpios e Distrito Federal:

    a. recusar vantagens de qualquer espcie em razo da escolha das obras no

    mbito dos Programas do Livro;

  • 26 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    b. orientar as escolas quanto ao pro-cesso de escolha e utilizao dos livros;

    c. impedir a participao dos Titulares de Direitos Autorais, autores, ou de seus

    representantes, nos eventos promovidos pelas Secretarias de Educao relativos escolha de livros;

    d. garantir a isonomia do processo de execuo, no disponibilizando informa-es que privilegiem um ou outro Titular de Direito Autoral;

    e. adotar as providncias cabveis no

    caso das escolas que infringirem as normas de conduta;

    f. recusar vantagens de qualquer espcie dos Titulares de Direitos Autorais ou

    de seus representantes, a titulo de doao, como contrapartida da escolha realizada no

    mbito dos Programas do Livro;

    g. no disponibilizar espao pblico

    para a realizao de eventos promovidos

    pelos Titulares de Direitos Autorais, autores

    ou seus representantes, relacionados aos Programas do Livro;

    h. impedir o acesso, em suas depen-dncias, de Titulares de Direitos Autorais ou

    de seus representantes com o objetivo de

    divulgar livros referentes aos Programas do Livro, desde a divulgao do resultado pre-liminar da avaliao pedaggica at o final

    do perodo de registro da escolha;

    i. no solicitar a reposio de livros recebidos, porventura danificados, direta-mente aos Titulares de Direitos Autorais ou

    seus representantes;

    j. impedir o acesso dos Titulares de

    Direitos Autorais, autores ou seus represen-tantes senha de escolha.

    13.1.2. Compromissos relativos conservao e ao remanejamento dos livros:

    Conforme Resoluo n 40, de 26 de

    julho de 2011 e Resoluo n 42, de 28 de

    agosto de 2012,

    a. promover aes eficazes para ga-rantir o acesso, o uso e a conservao dos livros didticos pelos alunos, inclusive pro-movendo aes para conscientizao de

    alunos, pais ou responsveis;

    b. orientar as escolas para que regis-trem, em sistema prprio, os dados referen-tes quantidade de livros devolvidos no ano anterior e os remanejamentos realizados;

  • 27PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    c. orientar as escolas e zelar para que

    no ocorra reteno de obras excedentes

    no utilizadas;

    d. promover o remanejamento de

    obras excedentes ou no utilizadas pela

    escola para atender outras unidades com falta de material;

    e. monitorar as informaes sobre re-manejamento, bem como registrar, quando

    for o caso, os dados relativos distribuio da reserva tcnica.

    13.1.3. Compromissos relativos escolha:

    Considerando que a Secretaria de Educao responsvel pela guarda e sigilo da senha da escolha enviada pelo FNDE:

    a. providenciar, no mbito da sua rede de ensino, um processo de escolha trans-parente, participativo e democrtico, garan-tindo a participao de todas as escolas e professores;

    b. acompanhar a divulgao do Guia de livros didticos do PNLD Campo;

    c. designar um responsvel para re-gistrar os dados correspondentes sua

    escolha no sistema disponibilizado pelo

    FNDE na internet.

    13.1.4. Compromissos relativos transparncia no processo de escolha:

    a. assegurar as condies para que as escolas participantes e os seus profes-sores atuem no processo de escolha, com base nas resenhas contidas no Guia de livros didticos do PNLD Campo, indicando dois ttulos (em 1 e 2 opo, de editoras

    diferentes);

    b. documentar, em ata, a justificativa

    tcnica pela escolha dos ttulos, com assi-natura pela maioria da equipe apta a par-ticipar da seleo, arquivando o material por pelo menos 5(cinco) anos para apre-sentao ao Ministrio da Educao ou aos rgos de controle, caso lhe seja solicitado.

  • 28 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    13.2. Compromissos da Escola e dos

    Professores

    13.2.1. Compromissos relativos moralidade e isonomia no processo de escolha:

    Conforme Portaria Normativa n 7, de 5 de abril de 2007 normas de conduta

    no mbito da execuo dos Programas do

    Livro.

    Considerando a importncia da par-ticipao dos professores no processo de escolha dos livros, e que este deve ser re-alizado de forma transparente, compete

    escola:

    a. impedir o acesso, em suas depen-dncias, de Titulares de Direitos Autorais ou

    de seus representantes com o objetivo de

    divulgar livros referentes aos Programas do Livro,desde a divulgao do resultado pre-liminar da avaliao pedaggica at o final

    do perodo de registro da escolha;

    b. no disponibilizar espao pblico

    para a realizao de eventos promovidos

    pelos Titulares de Direitos Autorais, autores

    ou seus representantes, relacionados aos Programas do Livro;

    c. impedir a participao dos Titulares de Direitos Autorais, autores, ou de seus re-presentantes, nos eventos promovidos pela Escola relativos escolha de livros;

    d. garantir a isonomia do processo de escolha, no disponibilizando informa-es que privilegiem um ou outro Titular de Direito Autoral;

    e. no solicitar a reposio de livros recebidos, porventura danificados, direta-mente aos Titulares de Direitos Autorais ou

    seus representantes;

    f. recusar vantagens de qualquer espcie, dos Titulares de Direitos Autorais,

    autores ou de seus representantes, a titulo de doao, como contrapartida da escolha de obras referentes aos Programas do Livro;

    g. impedir o acesso dos Titulares de Direitos Autorais, autores, ou de seus repre-sentantes, senha de escolha.

    13.2.2. Compromissos relativos conservao e ao remanejamento dos livros:

    Conforme Resoluo n 40, de 26 de julho de 2011 e resoluo n 42, de 28 de

    agosto de 2012, compete escola:

  • 29PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    a. promover aes eficazes para ga-rantir a conservao dos livros didticos pelos alunos, inclusive mediante campa-nhas de conscientizao da comunidade

    escolar;

    b. comunicar respectiva secretaria de educao sobre obras excedentes ou

    insuficientes para auxiliar no processo de

    remanejamento junto s outras unidades ou

    reserva tcnica;

    c. informar a secretaria de educao sobre necessidades adicionais de obras, re-gistrando os dados e preenchendo o formu-lrio de solicitao de livros, com a devida justificativa, para atendimento junto a outras

    unidades ou redes ou pela reserva tcnica.

    13.2.3 Compromissos relativos escolha:

    (conforme Resoluo n 40, de 26 de julho de 2011)

    Compete aos professores:

    a. participar do processo de escolha dos ttulos organizado pela sua rede de en-sino,dentre aqueles relacionados no Guia de livros didticos do campo disponibilizado

    pelo FNDE;

    b. observar, no que se refere ao pro-cesso de escolha, a proposta pedaggica e a realidade especfica da sua localidade.

  • 30 PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    ATA DA ESCOLHA DE LIVROS DIDTICOS PNLD CAMPO 2016

    Ateno: utilize apenas caneta para escrever neste formulrio.

    _________________________________________________/_________________ (Nome da entidade) (Cd. Da Entidade)

    ________________________________, _____, ____de________________ de 2015

    (Municpio) (UF) (Data)

    Descrever neste espao, sucintamente, como ocorreu o processo de escolha:

    __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

  • 31PNLD Campo 2016

    Informaes para Escolha

    Informar os cdigos das colees

    COMPOSIES CDIGOS DAS COLEES

    (1 ao 5 ano do EF - Campo) 1 OPO 2 OPO

    TIPO I SERIADA

    TIPO IV LIVRO REGIONAL

    Nome Completo do Participante: Cargo que ocupa: Assinatura:

    COMPOSIO CDIGO DA COLEO Ttulo EditoraTIPO I SERIADA INTERDISCIPLINAR 27938COL63

    Coleo Campo Aberto

    Global

    TIPO I SERIADA INTERDISCIPLINAR 27941COL63

    Coleo Novo Girassol: Saberes e Fazeres do Campo

    FTD

    TIPO IV LIVRO REGIONAL 27945COL65

    Tempo de Apren-der: Regio Norte IBEP

    TIPO IV LIVRO REGIONAL 27948COL65

    Cultura e Regies do Brasil Global

    CDIGOS DAS COLEES DE LIVROS DIDTICOS PNLD CAMPO 2016

  • 34 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    1. Descrio da obra

    A coleo composta por 11 (onze)

    volumes (do 1 ao 5 ano), tratando cada

    volume dos seguintes componentes curri-culares:

    Vol. 1 - Letramento e Alfabetizao, Alfabetizao Matemtica 1 ano

    Cap. 1: As letras e os nmeros no mundo;

    Cap. 2: Descobrindo a ordem;

    Cap. 3: Que brincadeira essa?;

    Cap. 4: o bicho!;

    Cap. 5: De dar gua na boca!;

    Cap. 6: Lixo: responsabilidade de todos.

    Vol. 2 - Letramento e Alfabetizao, Geografia e Histria 2 ano

    Cap. 1: Diferentes famlias, diferentes

    rotinas;

    Cap. 2: Uma turma muito popular!;

    Cap. 3: Brinquedos e brincadeiras de hoje

    e de ontem;

    Cap. 4: Histrias de bichos e moradias;

    Cap. 5: Festas do Brasil;

    Cap. 6: Diferentes paisagens.

    Vol. 3 - Alfabetizao Matemtica e Cincias 2 ano

    Cap. 1: Nosso corpo;

    Cap. 2: Animais que conhecemos;

    Cap. 3: O dinheiro e os materiais;

    Cap. 4: Plantas ao redor;

    Cap. 5: Movimentos e transporte;

    Cap. 6: Sombras do dia e da noite;

    Cap. 7: Sentindo o ambiente;

    Cap. 8: Nossa alimentao.

    4 - Resenha dos Livros Didticos

    4.1 - Coleo Campo Aberto

    Editora: GlobalCdigo da Coleo: 27938COL63Categoria/Composio: Tipo I - Seriada InterdisciplinarNmero de Volumes: 11 LA (Livro do Aluno); 11 ME (Manual do Educador) Local: So Paulo

  • 35PNLD Campo 2016

    Coleo Campo Aberto

    Vol. 4 - Alfabetizao Matemtica e Cincias 3 ano

    Cap. 1: Funcionamento do corpo;

    Cap. 2: Ciclos da vida;

    Cap. 3: Previso do tempo;

    Cap. 4: Flores, frutos e sementes;

    Cap. 5: Casa e artesanato;

    Cap. 6: Sol e Terra;

    Cap. 7: A gua de cada dia;

    Cap. 8: Sade e ambiente.

    Vol. 5 - Letramento e Alfabetizao, Geografia e Histria 3 ano

    Cap. 1: Cuidar de si;

    Cap. 2: Escolas do Brasil no presente e no passado;

    Cap. 3: Tem brinquedo no museu;

    Cap. 4: Famosos e perigosos: os ratos;

    Cap. 5: Artistas da nossa terra;

    Cap. 6: Paisagens, biomas e ecossistemas brasileiros.

    Vol. 6 - Lngua Portuguesa Geogra-fia e Histria 4 ano

    Cap. 1: No campo e na cidade: paisagens e memrias;

    Cap. 2: Ns e a Natureza;

    Cap. 3: Cordel: histrias e mais histrias;

    Cap. 4: Lendas e mitos brasileiros na boca do povo;

    Cap. 5: Embalando a vida da gente;

    Cap. 6: No mundo dos dicionrios;

    Cap. 7: Voc sabia que...?;

    Cap. 8: Os diferentes tempos;

    Cap. 9: Recado pra voc.

    Vol. 7 - Matemtica e Cincias 4 ano

    Cap. 1: Nosso corpo por dentro;

    Cap. 2: As pragas e a vida das plantas;

    Cap. 3: Cadeias alimentares;

    Cap. 4: Solos: conhecer para conservar;

    Cap. 5: Mundo eltrico;

    Cap. 6: A Lua;

    Cap. 7: Ambientes nativos e transforma-dos;

    Cap. 8: Venenos e remdios.

    Vol. 8 - Lngua Portuguesa, Geogra-fia e Histria 5 ano

    Cap. 1: Em busca de informao;

    Cap. 2: Direitos das crianas e dos adoles-centes;

    Cap. 3: O trabalho no campo;

    Cap. 4: Brincando e aprendendo;

    Cap. 5: Pequena histria dos direitos dos

    trabalhadores;

  • 36 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    Cap. 6: Diverso quadro a quadro;

    Cap. 7: Minha terra tem... vem conhecer tambm!;

    Cap. 8: Quem veio do outro lado do

    mundo?;

    Cap. 9: A Terra: como se movimenta?

    Como representada?

    Vol. 9 - Cincias e Matemtica 5 ano

    Cap. 1: Conservao dos animais;

    Cap. 2: Cuidando do lixo;

    Cap. 3: Conservao dos recursos natu-rais;

    Cap. 4: Aprendendo com o ambiente

    nativo;

    Cap. 5: Energia e transformaes;

    Cap. 6: Cu noturno;

    Cap. 7: Mudanas no corpo;

    Cap. 8: Puberdade e sade.

    Volumes de Arte

    Vol. 10 - 1, 2. 3 anos

    Cap. 1: Eu e o mundo da arte;

    Cap. 2: Eu brinco, eu imagino, eu crio;

    Cap. 3: Casas, prdios e cabanas;

    Cap. 4: Bichos e mais bichos;

    Cap. 5: Arte, festas e tradies;

    Cap. 6: A natureza tudo aqui;

    Cap. 7: O mundo das formas;

    Cap. 8: As artes do corpo;

    Cap. 9: Arte de muitas maneiras, de muitas

    coisas.

    Vol. 11 - 4 e 5 anos

    Cap. 1: Como a gente ;

    Cap. 2: O que as imagens contam;

    Cap. 3: Como a gente imagina e faz de

    conta;

    Cap. 4: Os sons que a gente ouve;

    Cap. 5: Formao da msica brasileira;

    Cap. 6: Histrias que viram filme.

    Cada captulo dividido nas seguin-tes partes: Roda de conversa; Por dentro da escrita; Aprender brincando; Ler; Dialogan-do sobre leitura; Pensando sobre a escrita e Resolver problemas; Pesquisar; Voc o

    autor (produo de textos); Trocando ideias;

    Experimentar; Hora de desenhar; Pensan-do sobre o que aprendemos; Glossrio; Aprendendo mais e Veja tambm.

    O Manual do Professor composto

    pelo livro do aluno com respostas e orien-taes sobre os captulos. H orientaes

    para o professor sobre o embasamento terico da obra, com vrios textos visando

    fundamentar a perspectiva metodolgica.

  • 37PNLD Campo 2016

    2. Viso geral

    A coleo apresenta uma articulao

    entre as diferentes disciplinas, contendo uma proposta didtico-pedaggica para a Educao do Campo. A obra considera

    as prticas culturais e o universo simblico das comunidades campesinas (amplamen-te ilustradas nos volumes).

    As temticas apresentadas consi-deram o modo de vida das crianas e a coleo apresenta propostas que incluem o reconhecimento de vivncias cotidianas,

    buscando reelabor-las de forma a pro-piciar a sistematizao do conhecimento.

    Nas atividades propostas, frequentemente sugerido o uso de materiais acessveis na

    regio ou nos domiclios, observando uma

    condio de sustentabilidade.

    H temas significativos de expresses

    da cultura popular, o que contribui para uma reflexo sobre o papel do campo na produ-o da cultura brasileira. Destacam-se as festas populares como Congado, Folia de Reis e Cavalhada, valorizando as manifes-taes culturais com vista preservao de culturas locais.

    H valorizao de posturas ticas

    em relao diversidade, estimulando o convvio social e o reconhecimento da di-ferena. So identificados temas relativos

    diferena e pluralidade social e cultu-ral brasileira: (a) ao tratarem dos diferentes tipos de famlia, diferentes brincadeiras de

    diferentes regies, das diversas festas po-pulares; (b) ao se mostrar uma escola qui-lombola e uma comunidade indgena Xicrin,

    imagens de crianas de diferentes etnias, diferentes paisagens urbanas e rurais e (c) ao se trabalhar com calendrios agrcolas

    produzidos por diferentes povos em diferen-tes pocas. Assim, so retratados, alm de

    campesinos, os grupos afro-descendentes e a populao indgena.

    A relao campo-cidade tratada

    de diferentes formas no decorrer da obra. Essa relao construda em diversos mo-mentos: (a) ao se trabalhar com a elabora-o de um mapa com o trajeto da casa do

    estudante at a escola, h a comparao de que nem todas as crianas que vivem no campo precisam de transporte para chegar escola, assim como as crianas que moram na cidade; (b) ao apresentar a informao sobre a existncia de museus

    tanto no campo quanto na cidade; (c) ao

    Coleo Campo Aberto

  • 38 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    identificar a utilizao dos recursos naturais

    na agricultura, pecuria e extrativismo, que

    ocorre no campo, mas que abastece campo e cidade.

    3. Anlise da obra

    A coleo apresenta uma coletnea

    textual composta por diversos gneros, tais

    como dirio, poema, mapa, letra de msica, lenda, glossrio, imagens, parlenda, his-tria em quadrinhos, foto, jornal, biografia,

    cordel, receita, entrevista, tabela, flder,

    dentre outros. Experincias diversificadas

    de leitura constituem-se como um instru-mento de acesso do aluno cultura escrita. A recorrncia, na extenso da coleo, de

    diferentes formas de linguagem (grficos,

    mapas, tabelas, fotos e gravuras) potencia-liza diferentes situaes de ensino-apren-dizagem. As atividades colaboram para a

    formao de leitores, propondo estratgias variadas e explorando mltiplas dimenses

    do universo textual, tais como o trabalho

    com a produo de diferentes tipos tex-tuais na seo intitulada Voc o autor.

    So propostas atividades de elaborao do perfil individual dos estudantes para a ex-posio em mural da sala, a elaborao de convite, panfleto, mosaico, cartaz, cordel,

    mural, quadrinhos e slogan.

    Na seleo do material para o ensino e aprendizagem em Arte, a obra amplia

    as experincias de leitura, com poesia,

    letras de msica, texto dramtico e roteiro

    de cinema. A presena de obras artsticas

    contidas nos volumes so referenciais im-portantes para os aprendizados das temti-cas, j que se mostram, ao mesmo tempo,

    universais e locais, promovendo pluralidade de leituras. H referenciais de filmes, CDs e

    sites que complementam os contedos es-tudados.

    A coleo apresenta contedos e

    conceitos com uma linguagem adequada para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em abordagem que favore-ce a construo de novos conhecimentos, considerando conhecimentos prvios dos alunos. Com isso, a obra estimula a obser-vao, reflexo e abstrao a partir das ex-perincias concretas dos estudantes.

    H proposio de articulao em di-ferentes dimenses de espao e tempo, o que possibilita aos alunos o desenvolvimen-to da curiosidade, favorecendo o desenvol-vimento das habilidades. As questes es-pao-temporais e as experincias de outros

    espaos sociais esto representadas na coleo. A obra relaciona os conhecimen-

  • 39PNLD Campo 2016

    tos dos estudantes aos conhecimentos cientfico-escolares.

    No Manual do Professor, verifica-se

    que, em todos os volumes, h o cumprimen-to de forma adequada de suas funes, tais como a explicitao dos pressupostos te-

    QUADRO ESQUEMTICO

    Pontos fortes Tematiza, em diversos momentos, a relao campo / cidade.

    Pontos FracosCaracteriza a Educao do Campo com diferentes intensidades, o

    que faz com que, em algumas reas do conhecimento, essa tem-tica seja pouco desenvolvida.

    DestaqueApresenta os sujeitos do campo na configurao regional, buscan-do uma articulao com as vivncias dos alunos.

    Programao do ensino

    Organiza os contedos com adequada progresso.

    Manual do ProfessorAmplia as possibilidades de explorao dos temas selecionados,

    com a indicao de trabalhos complementares.

    rico-metodolgicos, a descrio da organi-zao dos volumes, a valorizao do papel

    do professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem e as apresenta-es das propostas complementares s ati-vidades e dos pressupostos de avaliao.

    4. Em sala de aulaA seo Roda de Conversa apresenta-se como um momento produtivo para a ex-

    plorao dos conhecimentos prvios dos alunos, permitindo que exista, no desenvolvimen-to das temticas, um dilogo entre a proposta do livro e as vivncias dos alunos. Nessa

    mesma direo, as sees Aprendendo mais e Veja, que trazem indicaes de filmes e

    sites sobre os temas abordados nos captulos, promovem dilogos com outras linguagens

    (cinema, rdio, televiso etc.) e estimulam uma concepo de ensino-aprendizagem mais

    ampliada.

    Coleo Campo Aberto

  • 40 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    1. Descrio da obra

    A coleo seriada, multidisciplinar,

    organizada por rea do conhecimento e

    composta de 11 (onze) volumes, assim dis-tribudos:

    Vol.1: 1 ano com os componentes Letramento e Alfabetizao e Alfabe-tizao Matemtica.

    Letramento e Alfabetizao:

    Unidade 1: Quem sou eu?;

    Unidade 2: Tempo de Brincar;

    Unidade 3: Jeito de morar;

    Unidade 4: Viva a natureza.

    Alfabetizao Matemtica:

    Unidade 1: A Matemtica no dia a dia;

    Unidade 2: Geometria,

    Unidade 3: Nmeros de 0 (zero) a 10;

    Unidade 4: Adio e subtrao com

    nmeros de 0 (zero) a 10.

    Vol.2: 2 ano com os componentes Letramento e Alfabetizao, Geogra-fia e Histria.

    Letramento e Alfabetizao:

    Unidade 1: Eu e meus colegas;

    Unidade 2: Brincadeiras de ontem e de hoje;

    Unidade 3: Coisas da minha terra;

    Unidade 4: O tempo e o Trabalho.

    Geografia:

    Unidade 1: O Campo: meu Lugar;

    Unidade 2: As riquezas da terra;

    Unidade 3: Comunidades campesinas;

    Unidade 4 Entre o campo e a cidade.

    Histria: Unidade 1: Minhas vivncias;

    Unidade 2: Saberes e fazeres da terra;

    Unidade 3: O campo e suas histrias.

    4.2 - Coleo Novo Girassol: Saberes e Fazeres do Campo

    Editora: FTDCdigo da Coleo: 27941COL63 Categoria/Composio: Tipo I - Seriada Interdisciplinar Nmero de Volumes: 11 LA (Livro do Aluno); 11 ME (Manual do Educador) Local: So Paulo

  • 41PNLD Campo 2016

    Coleo Girassol

    Vol. 3: 2 ano com os componentes Alfabetizao Matemtica e Cincias.

    Matemtica: Unidade 1: Comparar e medir;

    Unidade 2: Geometria;

    Unidade 3: Sistema de numerao decimal;

    Unidade 4: Operaes.

    Cincias:

    Unidade 1: Meu corpo, minha vida;

    Unidade 2: Percebendo o mundo;

    Unidade 3: Ambiente e Vida;

    Unidade 4: Planeta terra e ambiente.

    Vol.4: 3 ano com os componentes Letramento e Alfabetizao, Geogra-fia e Histria.

    Letramento e Alfabetizao:

    Unidade 1: Um planeta de todos;

    Unidade 2: Reduzir, reutilizar, reciclar;

    Unidade 3: Perto da Natureza;

    Unidade 4: Brasil, uma terra frtil.

    Geografia:

    Unidade 1: O campo, meu lugar;

    Unidade 2: As riqueza da terra;

    Unidade 3: Comunidades campesinas;

    Unidade 4: Entre o campo e a cidade.

    Histria: Unidade 1: Minhas vivncias;

    Unidade 2: Saberes e fazeres da terra;

    Unidade 3: O campo e suas histrias;

    Unidade 4: Cidado do campo.

    Vol.5: 3 ano com os componentes Alfabetizao Matemtica e Cincias.

    Matemtica: Unidade 1: As medidas do dia a dia;

    Unidade 2: Geometria;

    Unidade 3: Sistemas de numerao;

    Unidade 4: Operaes

    Cincias:

    Unidade1: Meu corpo, minha vida;

    Unidade 2: Percebendo o mundo;

    Unidade 3: Planeta terra e ambiente;

    Unidade 4: Ecologia.

    Vol.6: 4 ano com os componen-tes Lngua Portuguesa, Geografia e

    Histria.

    Lngua Portuguesa:

    Unidade 1: Escola para todos;

    Unidade 2: Pura Diverso;

  • 42 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    Unidade 3: Insetos, eles esto em todo

    lugar;

    Unidade 4: Delicias de cada regio.

    Geografia:

    Unidade 1: Lugares e paisagens;

    Unidade 2: Terra, trabalho e renda;

    Unidade 3: As populaes do campo;

    Unidade 4: O municpio: territrio do campo

    e da cidade.

    Histria: Unidade 1: Comunidade, memria e hist-ria;

    Unidade 2: Povo e cultura;

    Unidade 3: O campo: tempos, sujeitos e

    histrias;

    Unidade 4: Cidadania: Participao e orga-nizao.

    Vol.7: 4 ano com os componentes Matemtica e Cincias.

    Matemtica: Unidade 1: Vamos medir;

    Unidade 2: Geometria;

    Unidade 3: O sistema de numerao

    decimal;

    Unidade 4: Operaes, fraes e forma

    decimal.

    Cincias:

    Unidade 1: Corpo Humano;

    Unidade 2: Corpo e sade;

    Unidade 3: Ambiente e vida;

    Unidade 4: Planeta terra e ambiente.

    Vol.8: 5 ano com os componen-tes Lngua Portuguesa, Geografia e

    Histria.

    Lngua Portuguesa:

    Unidade 1: Anotaes do dia a dia;

    Unidade 2: Um mundo de lembranas;

    Unidade 3: Jeitos de contar histrias;

    Unidade 4: Colaborar importante.

    Geografia:

    Unidade 1: Lugares e paisagens;

    Unidade 2: Terra, trabalho e renda;

    Unidade 3: As populaes do campo;

    Unidade 4: O municpio: territrio do campo

    e da cidade.

    Histria: Unidade 1: Comunidade, memria e hist-ria;

    Unidade 2: Povo e cultura;

    Unidade 3: O campo: tempos, sujeitos e

    histrias;

  • 43PNLD Campo 2016

    Unidade 4: Cidadania: participao e orga-nizao

    Vol.9: 5 ano Matemtica e Cin-cias.

    Matemtica: Unidade 1: As medidas no dia a dia;

    Unidade 2: Geometria;

    Unidade 3: Sistema de numerao decimal;

    Unidade 4: Operaes, fraes e forma

    decimal.

    Cincias:

    Unidade1: Corpo humano;

    Unidade 2: Sade;

    Unidade 3: Planeta terra e ambiente;

    Unidade 4: Fenmenos naturais.

    Vol.10: 1, 2 e 3 anos com o com-ponente curricular Arte.

    Unidade 1: Eu, voc, ns...;

    Unidade 2: Onde vivemos;

    Unidade 3: Como vivemos;

    Unidade 4: Cuidando da vida.

    Vol.11: 4 e 5 ano com o compo-nente curricular Arte.

    4 ano: Unidade 1: Arte: os desenhos e suas cores;

    Unidade 2: Arte, paisagem e msica;

    Unidade 3: Arte e expresses culturais;

    Unidade 4: Arte, trabalho e renda.

    5 ano: Unidade 1: Arte e grupos sociais;

    Unidade 2: Arte e ambiente;

    Unidade 3: Arte e expresses culturais;

    Unidade 4: Arte, trabalho e criao.

    O Manual do Professor apresenta uma

    parte inicial comum a todos os volumes da coleo. Em seguida, as atividades propos-tas no livro do aluno so detalhadamente orientadas, no s do ponto de vista das informaes e dos conceitos envolvidos, mas dos encaminhamentos pedaggicos a serem adotados em classe.

    Coleo Girassol

  • 44 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    2. Viso geral

    Os tangenciamentos com a temti-ca do campo so favorecidos pelo mate-rial de leitura que sinaliza a possibilidade

    de abordar questes referentes ao campo. As diferentes disciplinas que organizam a

    coleo potencializam a temtica do campo

    de diferentes formas, prevalecendo uma es-tratgia de apresentar o campo como pre-texto para compor o cenrio de atividades

    numa dimenso mais ilustrativa.

    As temticas, especialmente presen-tes nas reas de Histria e Geografia, fa-vorecem o debate sobre os jeitos de viver e

    se relacionar com o ambiente, assim como sobre as tradies culturais, seus valores e festejos, alm das associaes sociais

    campesinas de naturezas diversas, sejam

    elas atividades domsticas, de interao com a vizinhana ou de escuta de hist-rias dos mais idosos. Em relao aos su-jeitos, suas prticas culturais e os espaos

    do campo, h uma diversidade evidente: moradias campesinas diversas, escolas, pequenas cidades, florestas, ribeires. As

    prticas culturais incluem: brincadeiras que perpassam tanto o meio rural quanto o meio urbano (roda, pio, videogame, amarelinha, nadar em rios, soltar pipas); costumes do

    campo (estrias contadas ao luar); danas e festas tpicas (So Joo, Bumba meu

    boi, festas da comunidade) e artesanato. A coleo aborda algumas organizaes

    e lutas sociais, trabalhos comunitrios em bioconstruo e reaproveitamento de ma-teriais, produo agroecolgica, pesca co-letiva, agricultura familiar, comunidade qui-lombola, comunidade indgena, movimento

    sem terra e conquistas sociais na legislao brasileira.

    3. Anlise da obra

    A coleo prope atividades individu-ais e em grupo favorecendo interaes para diferentes aprendizagens. possvel reco-nhecer atividades que tratam de estimular partilhamentos de experincias quando

    sugere que os estudantes conversem entre si ou socializem as respostas dadas indivi-dualmente ou obtidas nas conversas reali-zadas com familiares e/ou outras pessoas

    de seu convvio. Isso permite ampliar o

    dilogo da escola com a famlia e a comu-nidade, de modo a estreitar o contato dos saberes escolares com aqueles produzidos

    em espaos no escolares.

  • 45PNLD Campo 2016

    A coletnea textual, com gneros tex-tuais variados e adequados ao universo do aluno do Ensino Fundamental, favore-ce experincias diversificadas de leitura e

    possibilita o acesso a um material relevante da cultura escrita. H diferentes formas de linguagem (grficos, mapas, tabelas, fotos

    e gravuras), adequadas s situaes de en-sino-aprendizagem. As atividades de leitura

    tambm so diversificadas e exploram

    tanto informaes explcitas em questes

    de localizao de informaes quanto infor-maes inferidas no texto, de compreenso

    global. Nas atividades de escrita, predomi-nam propostas que focalizam o gnero a

    ser produzido com orientaes que indicam

    as etapas de produo: planejamento, pri-meira verso ou rascunho, escrita com con-trole do processo, releituras do texto pelos

    prprios alunos, com trocas de textos, apre-ciao do professor e escrita final.

    Existe uma articulao entre Geogra-fia e Histria a partir de uma questo temti-ca: a vida no campo. As unidades abordam

    as vivncias dos alunos, os saberes e

    fazeres da terra, o campo e suas histrias,

    o cidado no campo, histria e memria da comunidade, povo e cultura, tempos e su-jeitos. Aborda-se, tambm, o campo como

    lar, as riquezas da terra, as comunidades

    campesinas e as relaes entre campo e cidade, lugares e paisagens, terra, trabalho e renda, as populaes do campo, o muni-cpio, territrio do campo e da cidade.

    A materializao da proposta da

    coleo pode ser identificada na estrutu-ra dos captulos ou unidades compostos

    basicamente por (a) atividade inicial de le-vantamento de concepes prvias e de conhecimentos prvios sobre a temtica trabalhada; (b) apresentao de textos in-formativos sobre o tema estudado e ativida-des de memorizao e de problematizao

    e (c) socializao das vivncias.

    Coleo Girassol

  • 46 PNLD Campo 2016

    Livros Didticos

    4. Em sala de aula

    Na coleo, destacam-se duas sees, presentes em todos os volumes, que poten-cializam o trabalho de construo de conhecimento. A seo Vai e vem cumpre a tarefa

    de trazer para a sala de aula questes importantes da comunidade, oferecendo um bom

    momento para que os alunos reflitam sobre o seu cotidiano. A seo Mural de vivncias

    sugere a montagem de murais com os saberes aprendidos em todas as disciplinas, favore-cendo o desenvolvimento da autonomia para compreenso da realidade e interpretao dos projetos escolares desenvolvidos.

    QUADRO ESQUEMTICO

    Pontos fortesIncentiva as aes de pesquisa e o uso de materiais concretos

    (alguns deles so fornecidos no final do livro para serem recorta-dos).

    Pontos FracosCaracteriza a Educao do Campo com diferentes intensidades, o

    que faz com que, em algumas reas do conhecimento, essa temti-ca seja pouco desenvolvida.

    DestaqueOrdena as atividades gradualmente, favorecendo a aquisio da

    leitura e da escrita.Programao do ensino

    Organiza adequadamente o trabalho com os contedos de todos

    os componentes curriculares.

    Manual do ProfessorAmplia as possibilidades de explorao dos temas selecionados,

    indicando atividades complementares.

  • 48 PNLD Campo 2016

    1. Descrio da obra

    O livro, volume nico, destinado

    ao 4 e 5 ano do Ensino Fundamental e

    abrange Arte, Cultura, Histria e Geografia.

    A abordagem das questes locais e/ou re-gionais interdisciplinar. A obra tematiza di-versos grupos que compem a diversidade dos povos do campo, apresentando seus modos de vida. Esses grupos compem os eixos orientadores dos seis (06) captulos

    assim organizados:

    O Captulo 1, Quilombolas do Vale

    do Ribeira, iniciado por uma apresen-tao geral da regio do Vale do Ribeira, com o mapa da regio e a presena das comunidades quilombolas. Est dividido nos seguintes subtemas: A Origem das

    Comunidades Quilombolas; Conhecendo

    a Histria do Vale do Ribeira; Caminhos

    do Vale do Ribeira; A Cultura Quilombola

    no Vale do Ribeira; Tradio Oral; Brin-cadeiras; Da Lavoura Panela; O Arroz

    no Vale do Ribeira.

    O Captulo 2, Povos Indgenas do

    Parque Indgena do Xingu, iniciado com

    uma apresentao geral sobre o Parque Nacional do Xingu, com o mapa da regio e

    sua localizao no Brasil. Est dividido nos

    subtemas: Indgenas no Brasil; Histria e

    Formao do Parque Indgena do Xingu;

    O Parque Indgena do Xingu nos dias de

    Hoje; Reserva Ameaada; A Luta dos

    Povos Indgenas do PIX; Os Povos do Alto

    Xingu; Beiju com Peixe; Uma Celebra-o entre as Aldeias.

    O Captulo 3, Serto Nordestino: um

    espao de brava gente, traz uma apre-sentao da regio Nordeste, informando os estados que compem o denominado

    5. Resenha dos Livros Regionais

    5.1 Culturas e Regies do Brasil

    Editora: GlobalCdigo da Coleo: 27948COL65Categoria/Composio: Tipo IV - Livro RegionalNmero de Volumes: 1 LA (Livro do Aluno); 1 ME (Manual do Educador) Local: So Paulo

    Livros Regionais

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    Culturas e Regies do Brasil

    serto. Organiza-se a partir dos seguintes

    subtemas: A ocupao do Serto; A F e

    o Serto; Paisagens do Serto Nordesti-no A chuva e seca no Serto; O Acesso

    gua no Serto; Novas Formas de Con-vivncia com o Serto; O Barro; Literatu-ra de Cordel; Rendas de Bilros.

    O Captulo 4, Povos do Litoral Bra-sileiro: Caiaras e Jangadeiros, inicia-se

    com uma apresentao geral do litoral bra-sileiro e desdobrado nos subtemas: Os

    Jangadeiros; Os caiaras; As Estradas e

    o Turismo. H tambm outros aprofunda-mentos como um texto sobre a Mata Atlnti-ca, as unidades de conservao e as reser-vas extrativistas; as festas nas praias com

    destaque para a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a Festa de Iemanj e o

    Fandango Caiara.

    O Captulo 5, Agricultura Familiar,

    faz uma apresentao geral dos espaos

    caracterizados pela presena dos caipiras,

    sendo estes definidos com base no concei-to de Antnio Candido. Apresenta tambm

    um mapa do Brasil com a localizao da

    presena caipira a partir dos estados. Est subdividido em: Origem dos Caipiras; O

    xodo Rural; Concentrao Fundiria no

    Campo Brasileiro; Prticas da Agricul-

    tura Familiar; O violeiro; Dana de So

    Gonalo; Danas e Lendas Caipiras. H

    um destaque para a questo da agricultura familiar e do agronegcio.

    O Captulo 6, Populao Ribeirinhas

    da Amaznia, estimula os conhecimentos

    prvios dos alunos sobre a Amaznia, lo-calizando essa rea em um mapa. Os sub-temas so: Um Pouco sobre a Histria do Rio Amazonas; Os Ribeirinhos e a vida

    em Torno dos Rios; Caminhos das guas,

    Entre a Cheia e a Seca; As Casas Ribei-rinhas; Como os Ribeirinhos Pescam?; A

    Pesca Sustentvel; Boi-Bumb e o Festi-val de Parintins; Brincadeiras Ribeirinhas;

    Corrupios e Zunidores.

    Ao longo dos captulos so propos-tas atividades referenciadas nas temticas abordadas, com espaos para resposta no prprio livro.

    As atividades propostas so organiza-das nas seguintes sees: Roda de con-versa proposta de interveno coletiva

    no incio dos captulos a fim de levantar

    conhecimentos prvios e hipteses para o tema a ser discutido; Aprender brincando

    composta por atividades ldicas (brin-quedos e desenhos) que visam colocar em prtica os conhecimentos trabalhados

  • 50 PNLD Campo 2016

    em sala de aula; Ler traz textos diver-sos para leitura pelo professor com o aluno ou pelos alunos; Hora de desenhar visa

    representao dos temas estudados por meio de desenhos; Pensando sobre o que aprendemos uma atividade de

    fechamento e retomada das discusses que foram realizadas ao longo do captu-lo; Glossrio indicao de vocabul-rios nos textos da obra; Trocando ideias

    traz questes para discusso oral entre

    os alunos; Aprendendo mais faz indica-o de leituras, sites, vdeos educacionais

    e filmes a fim de ampliar as possibilidades

    de aprofundamento do conhecimento sobre o tema estudado; Voc o autor pro-posta de produo de texto pelo aluno em

    diferentes gneros textuais; Veja tambm

    traz informaes adicionais sobre o texto,

    autor ou tema trabalhado; Experimentar

    visa possibilitar aos alunos a realizao de

    experimentos com base em procedimentos

    analticos.

    O Manual do Professor conta com co-mentrios, alertas e sugestes no decorrer dos captulos e entre os exerccios. Alm

    disso, h orientaes e discusses mais especficas, com as seguintes sees: 1.

    Educao do Campo; 2. Estrutura e fun-cionamento do livro; 3. Pressupostos me-

    todolgicos; 4. Comentrios gerais dos captulos; 5. Proposta de projeto; 6. Textos

    complementares; 7. Referncias bibliogr-ficas.

    2. Viso geral

    O livro busca as referncias e tra-dies culturais regionais para discutir a constituio da identidade local, abordan-do os povos do campo nos seus processos histricos, considerando suas dinmicas de transformao e resistncia cultural. Em

    cada um dos grupos abordados (quilombo-las, indgenas, sertanejos, caiaras, jan-gadeiros, ribeirinhos, caipiras, agricultores familiares) so discutidos os modos de vida constitudos regionalmente e/ou localmen-te, correlacionando aspectos histricos, naturais, culturais, econmicos e sociais

    na conformao de uma identidade regio-nal. Os elementos naturais e sociais so

    apresentados de forma articulada e no se observa uma elaborao centrada apenas em aspectos descritivos da paisagem ou dos modos de vida local. Ao contrrio, a

    obra considera as trajetrias histricas e

    sociais dos povos retratados, propondo uma leitura aprofundada, referenciando tanto as suas tradies quanto as formas atuais de insero social.

    Livros Regionais

  • 51PNLD Campo 2016

    Culturas e Regies do Brasil

    O livro leva em conta a histria oral,

    sendo que as expresses culturais e apro-priaes espaciais so abordadas a partir dos saberes locais em face com outras fontes de conhecimento. Essa abordagem aponta para o fortalecimento das identida-des coletivas, pois no aparta a escola das questes da vida cotidiana, mas articula os saberes locais s prticas escolares.

    Como a produo artstica e cultural

    regional e/ou local aparece na problemati-zao das questes discutidas, o livro per-meado por msicas tradicionais, imagens do artesanato local e/ou regional, sugesto de brinquedos e brincadeiras locais e/ou re-gionais.

    O campo discutido a partir da mul-tiplicidade de prticas territoriais referen-ciadas histrica, geogrfica e culturalmen-te, das diferentes formas de organizao do

    trabalho, dos conflitos e lutas dos grupos

    abordados. Nessa discusso, os processos mais imediatos que conformam os modos de vida dos grupos abordados pelo livro aparecem referenciados nos processos mais gerais como a escravido brasilei-ra, a colonizao europeia e a histria dos

    povos indgenas. Ressalta-se a presena

    dos temas referidos questo ambiental,

    bem como as estratgias sustentveis de produo e explorao dos recursos na-turais, e formas alternativas de articulao econmica dos povos do campo. Nesse

    mbito, se situam as discusses acerca da agricultura familiar, dos sistemas de pro-duo, da gua, das florestas e das lutas

    agrrias. Essas discusses contemplam os processos de trabalho e sua organizao

    no campo em diferentes momentos e sob diferentes formas: o trabalho em mutiro, as tcnicas de pesca, coleta e produo da mandioca pelos indgenas, a pesca ar-tesanal caiara diante da pesca industrial, a pesca sustentvel praticada pelos povos ri-beirinhos, a agricultura tradicional indgena

    e cabocla, o extrativismo do ltex e a pro-duo da borracha. Tambm so discutidos os impactos do agronegcio sobre a agri-cultura familiar, a concentrao de terras e a necessidade da reforma agrria.

    A obra foi pensada para crianas do

    campo, levando em conta o modo de vida e a relao delas com a cultura em que esto inseridas. Tanto que a obra contempla di-versas prticas socioespaciais da infncia como os modos de brincar das crianas das regies abordadas, atividades ldicas, como jogos e brincadeiras, e a confeco

    de brinquedos regionais.

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    As atividades propostas valorizam co-nhecimentos prvios, ampliam as possibili-dades de leitura, favorecem as discusses coletivas, colaboram com a expresso ar-tstica dos alunos, ajudam na consolidao

    e retomada dos contedos trabalhados, va-lorizam a produo do aluno e favorecem a

    pesquisa.

    O Manual do Professor contm os

    objetivos da proposta didtico-pedaggica

    efetivada pela obra e os pressupostos te-rico-metodolgicos por ela assumidos. O Manual traz orientaes e discusses

    mais especficas sobre formas, possibilida-des, recursos didticos e instrumentos de avaliao que o professor poder utilizar

    ao longo do processo de ensino-aprendi-zagem. Tambm h sugesto de textos de

    aprofundamento e propostas de atividades complementares s do livro do aluno. Alm

    disso, h respostas em todas as atividades, sendo que comentrios, alertas e suges-tes tambm aparecem no decorrer dos ca-ptulos e entre os exerccios.

    3. Anlise da obra

    Propost