pnsb 2000

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

IBGE

Presidente da Repblica Fernando Henrique Cardoso Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto Martus Antnio Rodrigues Tavares

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA - IBGEPresidente Srgio Besserman Vianna Diretor Executivo Nuno Duarte da Costa Bittencourt

RGOS ESPECFICOS SINGULARESDiretoria de Pesquisas Maria Martha Malard Mayer Diretoria de Geocincias Guido Gelli Diretoria de Informtica Paulo Roberto Ribeiro da Cunha Centro de Documentao e Disseminao de Informaes David Wu Tai Escola Nacional de Cincias Estatsticas Kaiz Iwakami Beltro

UNIDADE RESPONSVELDiretoria de Pesquisas Departamento de Populao e Indicadores Sociais Luiz Antnio Pinto de Oliveira

Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE Diretoria de Pesquisas Departamento de Populao e Indicadores Sociais

Pesquisa nacional de saneamento bsico2000

Rio de Janeiro 2002

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

ISBN 85-240-0880-6 (CD-ROM) ISBN 85-240-0881-4 (meio impresso) IBGE. 2002

Elaborao do arquivo PDFRoberto Cavararo

CapaRenato J. Aguiar - Gerncia de Criao/Centro de Documentao e Disseminao de Informaes - CDDI

SumrioApresentao Introduo Notas tcnicas Objetivo Abrangncia demogrfica Data de referncia Referncias bsicas Coleta das informaes Metodologia Estabelecimentos que foram objeto da pesquisa Notas metodolgicas Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil Abastecimento de gua Esgotamento sanitrio Drenagem urbana Limpeza urbana e coleta de lixo

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

Tabelas de resultados Abastecimento de gua 1 - Distritos, total e com algum servio de saneamento bsico, por tipo de servio de saneamento bsico, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 2 - Distritos, total e sem rede geral de abastecimento de gua, por principal soluo alternativa, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 3 - Distritos com servio de abastecimento de gua, por tipo de constituio jurdica das entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 4 - Distritos com servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa das entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 5 - Distritos, total e abastecidos, por tipo de captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 6 - Distritos, total e com captao superficial, por existncia e tipo de poluio ou contaminao na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 7 - Distritos, total e com captao de poo raso, por existncia e tipo de poluio ou contaminao na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 8 - Distritos, total e com captao de poo profundo, por existncia e tipo de poluio ou contaminao na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 9 - Distritos, total e com captao superficial, por existncia e forma de proteo na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 10 - Distritos, total e com captao de poo raso, por existncia e forma de proteo na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 11 - Distritos, total e com captao de poo profundo, por existncia e forma de proteo na captao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

12 - Distritos, total e abastecidos, com tratamento da gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 13 - Distritos, total e abastecidos com gua proveniente de captao superficial e com alguma forma de poluio ou contaminao, com tratamento da gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 14 - Distritos, total e abastecidos com gua proveniente de captao de poo raso e com alguma forma de poluio ou contaminao, com tratamento da gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 15 - Distritos, total e abastecidos com gua proveniente de captao de poo profundo e com alguma forma de poluio ou contaminao, com tratamento da gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 16 - Distritos, total e abastecidos com gua proveniente de adutora de gua bruta, com tratamento da gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 17 - Distritos, total e abastecidos com gua proveniente de adutora de gua tratada, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 18 - Distritos, total e com captao superficial, por existncia e tipo de anlise realizada na gua bruta, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 19 - Distritos, total e com captao de poo raso, por existncia e tipo de anlise realizada na gua bruta, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 20 - Distritos, total e com captao de poo profundo, por existncia e tipo de anlise realizada na gua bruta, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 21 - Distritos, total e abastecidos por adutora de gua bruta, por existncia e tipo de anlise realizada na gua bruta, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

22 - Volume de gua distribuda por dia, com tratamento de gua, por tipo de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 23 - Ligaes de gua, economias abastecidas, extenso da rede distribuidora e estao de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 24 - Distritos com controle de qualidade, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam anlise na gua bruta, por tipo e freqncia da anlise, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 25 - Distritos com controle de qualidade, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam anlise na gua tratada, por tipo e freqncia da anlise, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 26 - Distritos, total e cuja gua tratada passa por processo de coagulao qumica, por destino do lodo gerado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 27 - Distritos, total e abastecidos, por existncia e motivo do racionamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 28 - Distritos, total e onde existe racionamento de gua, por freqncia do racionamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 29 - Distritos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam coleta de amostra para anlise na rede de distribuio, por tipo e freqncia da anlise, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 30 - Distritos abastecidos, por realizao da vigilncia da qualidade da gua pela Secretaria Estadual de Sade, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 31 - Distritos abastecidos, por cobrana pelo servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

32 - Distritos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua estabelecem tarifa mnima para consumo de gua, por faixa de volume de consumo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 33 - Distritos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam programa de controle de perdas de gua, por tipo de controle, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 34 - Distritos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam programa de controle de perdas de faturamento, por percentual de perdas faturadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 35 - Distritos abastecidos, por existncia e localizao dos macromedidores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 36 - Distritos abastecidos, por existncia de fluor na gua distribuda no distrito, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 37 - Distritos abastecidos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua adicionam flor na gua distribuda no distrito, por tipo de composto utilizado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 38 - Distritos abastecidos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua adicionam flor na gua distribuda no distrito, por tempo de existncia da fluoretao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 39 - Distritos abastecidos, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua adicionam flor na gua distribuda no distrito, por existncia e tempo de interrupo da fluoretao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 40 - Distritos abastecidos com gua fluoretada, por existncia de pontos de controle ou monitoramento da fluoretao, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

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41 - Distritos abastecidos com gua fluoretada, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam controle ou monitoramento da fluoretao, por freqncia da anlise da concentrao de flor na gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 42 - Distritos abastecidos com gua fluoretada, cujas entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua realizam controle ou monitoramento da fluoretao, por concentrao de flor na gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 43 - Distritos com rede de distribuio de gua, por realizao e local onde esto sendo feitas ampliaes ou melhorias no sistema de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 44 - Pessoal ocupado no servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 45 - Distritos com servio de abastecimento de gua, por existncia e tipo de servio de atendimento ao pblico dispensado pela entidade prestadora de servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 Esgotamento sanitrio 46 - Distritos, total e sem rede coletora de esgoto, por principal soluo alternativa, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 47 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, por tipo de constituio jurdica das entidades prestadoras de servio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 48 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, por esfera administrativa das entidades prestadoras de servio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 49 - Distritos, total e com coleta de esgoto sanitrio, por tipo de rede coletora, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

50 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, com tratamento de esgoto sanitrio e sem tratamento de esgoto sanitrio, por tipo de corpos receptores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 51 - Distritos, total e com tratamento de esgoto sanitrio, por tipo de sistema de tratamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 52 - Distritos com tratamento de esgoto sanitrio, por existncia e tipo de tratamento complementar, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 53 - Distritos com tratamento de esgoto sanitrio, por existncia e tipo de tratamento do lodo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 54 - Ligaes de esgoto, economias esgotadas, volume de esgoto coletado e volume de esgoto tratado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 55 - Distritos, total, com coleta de esgoto sanitrio e que utilizam emissrio para lanamento de esgoto sanitrio, por tipo de corpos receptores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 56 - Distritos, total e com coleta de esgoto sanitrio, por nmero de ligaes de esgoto sanitrio e nmero de economias esgotadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 57 - Ligaes de esgoto, economias esgotadas, extenso da rede coletora e volume de esgoto tratado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 58 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio e com existncia de interceptores, por nmero de interceptores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 59 - Distritos que possuem coleta de esgoto sanitrio e com uso a jusante dos principais corpos receptores do esgoto sanitrio, por tipo de uso dos corpos receptores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

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60 - Distritos com tratamento de esgoto sanitrio, por destino do lodo gerado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 61 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, por existncia e forma de cobrana do servio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 62 - Distritos com cobrana do servio de esgotamento sanitrio proporcional ao valor da conta de gua, por percentuais da tarifa cobrada, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 63 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, por realizao e unidade do sistema de esgotamento sanitrio onde esto sendo feitas ampliaes ou melhorias, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 64 - Pessoal ocupado no servio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 65 - Distritos com coleta de esgoto sanitrio, por existncia e tipo de servio de atendimento ao pblico dispensado pela entidade prestadora de servio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 Drenagem urbana 66 - Entidades prestadoras de servios de drenagem urbana, por tipo de constituio jurdica, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 67 - Entidades prestadoras de servios de drenagem urbana, por esfera administrativa, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 68 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por vnculo de secretaria ou setor, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 69 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por existncia de legislao municipal que exige a aprovao e implantao de sistema de drenagem pluvial para loteamentos novos e/ou populares, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

70 - Municpios, total e que possuem instrumentos reguladores do servio de drenagem urbana, por tipo de instrumento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 71 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por percentual do oramento destinado a drenagem urbana, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 72 - Municpios, total e que concedem a gerncia do servio de drenagem urbana a empreiteiras, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 73 - Municpios, total e com sistema de drenagem subterrneo, por tipo de rede coletora, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 74 - Municpios, total e com sistema de drenagem subterrneo, por tipo de rede, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 75 - Extenso da rede de drenagem urbana, por tipo de rede, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 76 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por pontos de lanamento da rede, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 77 - Municpios, total e que possuem bacias de deteno ou amortecimento, por nmero de bacias, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 78 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por existncia de assoreamento da rede de drenagem, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 79 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, cujas entidades dispem de informaes pluviomtricas/ meteorolgicas, por utilizao das informaes, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

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80 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, cujas entidades realizam manuteno no sistema, por tipo de atividade desenvolvida na manuteno, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 81 - Municpios, total e com servio de drenagem urbana, por existncia de pontos de estrangulamento que resultam em inundaes, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 82 - Municpios, total e os que sofreram inundaes ou enchentes nos ltimos dois anos, por fatores agravantes e reas onde ocorreram inundaes ou enchentes, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 83 - Municpios, total e os que apresentam problemas de eroso que afetam o sistema de drenagem urbana, por fatores agravantes da eroso, e rea do municpio afetada pela eroso, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 84 - Municpios, total e os que tiveram problemas de eroso no permetro urbano nos ltimos dois anos, por tipo de eroso, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 85 - Municpios, total e os que possuem encostas no permetro urbano, por tipo de situao das encostas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 86 - Municpios, total e os que possuem reas de risco no permetro urbano, por tipo de rea de risco, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 87 - Municpios, total e os que possuem ruas pavimentadas no permetro urbano, por tipo de sistema de drenagem urbana, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 88 - Municpios, total e os que possuem ruas pavimentadas no permetro urbano, por percentual de ruas pavimentadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

89 - Municpios, total e os que possuem ruas pavimentadas no permetro urbano, por percentual de ruas pavimentadas sem drenagem, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 90 - Municpios, total e os que possuem sistema de drenagem subterrnea nas ruas pavimentadas, por percentual de drenagem subterrnea nas ruas pavimentadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 91 - Municpios, total e os que possuem sistema de drenagem superficial nas ruas pavimentadas, por percentual de drenagem superficial nas ruas pavimentadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 92 - Pessoal ocupado no servio de drenagem urbana, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 Limpeza urbana e coleta de lixo 93 - Entidades prestadoras de servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por tipo de constituio jurdica, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 94 - Entidades prestadoras de servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por esfera administrativa, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 95 - Entidades prestadoras de servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por forma de atuao da entidade, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 96 - Entidades prestadoras de servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por funo da entidade prestadora dos servios, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 97 - Municpios, total e com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por situao das entidades prestadoras dos servios, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

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98 - Municpios, total e com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por contratao e nmero de empresas particulares contratadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 99 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual do oramento municipal destinado aos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 100 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por existncia e forma de cobrana dos servios, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 101 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual de domiclios com lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 102 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual do oramento municipal gasto com pessoal ocupado nos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 103 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por controle da disposio do lixo industrial, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 104 - Municpios, total e com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por natureza dos servios, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 105 - Distritos-sede com servio de coleta de lixo residencial, por freqncia de atendimento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 106 - Distritos-sede com servio de coleta de lixo comercial, por freqncia de atendimento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

107 - Distritos-sede com servio de coleta de lixo nas vias e logradouros pblicos, por freqncia de atendimento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 108 - Distritos-sede com sistema de varrio e capina das vias pblicas, por tipo de sistema de varrio e capina, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 109 - Distritos com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por unidades de destinao final do lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 110 - Quantidade diria de lixo coletado, por unidade de destino final do lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 111 - Municpios, total e que utilizam estao de transferncia, por quantidade de lixo transferido, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 112 - Municpios que coletam lixo sptico de unidades de sade, por destinao do lixo sptico, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 113 - Municpios que coletam lixo sptico de unidades de sade, por existncia e tipo de tratamento do lixo sptico, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 114 - Municpios que coletam lixo sptico de unidades de sade, por freqncia de atendimento e quantidade de lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 115 - Municpios que coletam lixo industrial, por destinao do lixo industrial, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 116 - Municpios que coletam lixo industrial, por freqncia de atendimento e quantidade de lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

117 - Municpios com servio de coleta de lixo, por existncia de rea no municpio para a disposio final dos resduos, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 118 - Municpios com servio de coleta de lixo, que possuem reas para disposio final dos resduos, por propriedade das reas utilizadas, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 119 - Municpios com servio de coleta de lixo, que possuem reas para disposio final dos resduos, por localizao de destino do lixo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 120 - Municpios com servio de coleta de lixo, que possuem reas para disposio final dos resduos, por existncia de recebimento de lixo de outro municpio e quantidade de lixo recebido, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 121 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por existncia de catadores nas unidades de destino final do lixo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 122 - Catadores de lixo nas unidades de destino final do lixo, por grupos de idade, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 123 - Municpios que tm conhecimento da existncia de catadores nas unidades de destino final do lixo, por existncia e tipo de trabalho desenvolvido com os catadores, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 124 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por existncia de residncias nas unidades de destino final do lixo, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 125 - Pessoas que residem nos lixes, por grupos de idade, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

Sumrio __________________________________________________________________________________________

126 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por situao da coleta seletiva no municpio, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 127 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva interrompida, por motivo da interrupo da coleta seletiva, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 128 - Entidades que participaram de algum projeto de coleta de lixo seletiva no municpio, por tipo de participao no projeto, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 129 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva, por tipo de material recuperado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 130 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva, por destinao do material coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 131 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva, por principal receptor da coleta seletiva, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 132 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva, por rea de abrangncia, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 133 - Municpios com servio de coleta de lixo seletiva, por nmero estimado de residncias e quantidade de lixo coletado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 134 - Nmero de veculos e equipamentos utilizados nos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por tipo de equipamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 135 - Pessoal ocupado nos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, com indicao do servio executado, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

136 - Entidades prestadoras de servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, total e que oferecem equipamentos de proteo individual, por tipo de equipamento, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 137 - Municpios com servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por existncia de servio de atendimento ao pblico, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 Referncias bibliogrficas Glossrio Anexos Tabela 1 - Municpios e distritos, segundo as Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais - 2000 Quadro 1 - Municpios que compem as Regies Metropolitanas - 2000 Apndices Questionrios da Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000 Levantamento Municipal dos Servios de Saneamento Bsico - LMSB

Convenes - Dado numrico igual a zero no resultante de arredondamento; .. No se aplica dado numrico; ... Dado numrico no disponvel; x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da informao; 0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente positivo; e -0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente negativo.

ApresentaoO Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE -, com a presente publicao, divulga os resultados da Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico - PNSB -, realizada no ano de 2000. A PNSB investigou as condies de saneamento bsico de todos os municpios brasileiros, atravs da atuao dos rgos pblicos e empresas privadas, permitindo uma avaliao sobre a oferta e a qualidade dos servios prestados e tambm anlises das condies ambientais e suas implicaes diretas com a sade e a qualidade de vida da populao. A pesquisa foi realizada em convnio com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidncia da Repblica - SEDU/PR, a Fundao Nacional de Sade - FUNASA - e a Caixa Econmica Federal - CAIXA. As informaes apresentadas nesta publicao, sob a forma de tabelas e grficos, traam um perfil da oferta de servios de saneamento bsico no Brasil, com resultados at o nvel geogrfico de distritos, permitindo uma avaliao pormenorizada da cobertura e a qualidade dos servios prestados. Tais resultados permitiro a identificao de demandas regionais de investimentos pblicos, alm de revelarem uma fotografia atual e detalhada da oferta de servios mais importantes na identificao das condies de vida da populao, com impactos diretos na sade de cada cidado. O Plano Tabular desta publicao divulga as informaes investigadas nas prefeituras municipais, que realizam os servios de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem urbana e limpeza urbana e/ou coleta de lixo e das empresas que so contratadas para a realizao deste servio. Tais informaes esto apresentadas para o total do Pas, Grandes Regies, Unidades da Federao, Regies Metropolitanas e Municpios das Capitais. Est sendo divulgado tambm um CD-ROM, encartado a esta publicao, com informaes at o nvel distrital. As informaes da PNSB estaro disponveis na home page do IBGE no endereo http://www.ibge.gov.br.Maria Martha Malard Mayer Diretora de Pesquisas

IntroduoO primeiro levantamento nacional sobre saneamento bsico no Brasil foi realizado em 1974, atravs de convnio celebrado entre o Ministrio da Sade e o IBGE, cabendo ao IBGE somente a responsabilidade pela operao de coleta. Em 1977, com a renovao do convnio, nova investigao foi realizada e o IBGE passou a se responsabilizar por todas as etapas da pesquisa (planejamento, coleta e apurao dos dados) e definiu-se uma periodicidade trienal para a investigao. Em 1980 e 1983 a pesquisa no foi realizada. Em 1988, aconteceu uma profunda reformulao para a coleta no ano seguinte (1989), em que foram consideradas as experincias anteriores e contemplaram-se sugestes de entidades pblicas e privadas prestadoras de servios, pesquisadores, instituies de pesquisas, entidades representativas do setor e informantes. Em 1999, o IBGE celebrou novo convnio e, com o apoio da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidncia da Repblica - SEDU/PR, a Fundao Nacional de Sade - FUNASA - e a Caixa Econmica Federal - CAIXA-, realizou, no primeiro semestre de 2000, a Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000 -PNSB -, que contou, tambm, com a colaborao da Organizao Panamericana de Sade - OPAS - para o planejamento e execuo da pesquisa. A PNSB/2000 foi mais abrangente, incorporando novas variveis e um novo tema, Drenagem Urbana, aos temas j pesquisados em 1989: Abastecimento de gua, Esgotamento Sanitrio e Limpeza Urbana e Coleta de Lixo. A reformulao foi feita a partir da experincia adquirida com a PNSB 1989, objetivando atender a maioria das demandas feitas por rgos e tcnicos envolvidos com o tema da pesquisa, em face das transformaes ocorridas no setor ao longo dos anos, e procurando preencher lacunas verificadas na pesquisa anterior.

Notas tcnicasA Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico - PNSB-foi realizada pelo Departamento de Populao e Indicadores Sociais - DEPIS-, da Diretoria de Pesquisas - DPE-, contando com o envolvimento das representaes do IBGE em cada Unidade da Federao que, com equipes de coordenadores, supervisores e entrevistadores, foram responsveis pelas visitas aos municpios e entrevistas a todas as prestadoras de servios de saneamento no Pas, garantindo, desta forma, a cobertura nacional da investigao. O DEPIS contou tambm com a participao de tcnicos especialistas das instituies parceiras na realizao da PNSB: Caixa Econmica Federal - CAIXA; Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidncia da Repblica - SEDU/PR; e da Fundao Nacional de Sade - FUNASA - que colaboraram na concepo da investigao, identificando as principais variveis a serem pesquisadas e sugerindo as formas mais adequadas de obter as informaes que pudessem mapear adequadamente o setor de saneamento. Contamos ainda com outras contribuies tcnicas advindas da representao no Brasil da Organizao Panamericana de Sade - OPAS; Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental - ABES; Fundao Instituto das guas do Municpio do Rio de Janeiro - Rio guas e do Servio Autnomo de gua e Esgoto de Volta Redonda.

ObjetivoInvestigar as condies de saneamento bsico de todos os municpios brasileiros, atravs da atuao dos rgos pblicos e empresas privadas, permitindo uma avaliao sobre a oferta e a qualidade dos servios prestados, alm de possibilitar anlises

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das condies ambientais e suas implicaes diretas com a sade e a qualidade de vida da populao .

Abrangncia geogrficaA Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico - PNSB - teve abrangncia nacional, sendo implantada em todos os 5 507 municpios das 27 Unidades da Federao. Sendo:

Abastecimento de gua - os dados foram coletados por distritos; Esgotamento Sanitrio - os dados foram coletados por distrito; Limpeza Urbana e Coleta de Lixo - os dados foram coletados por municpio; Drenagem Urbana - os dados coletados foram por municpio.

Data de refernciaA data de referncia da PNSB/2000 foi o dia da entrevista, exceto em:

Abastecimento de gua, Esgotamento Sanitrio e Limpeza Urbana e Coleta

de Lixo, a varivel que investiga a relao entre a entidade prestadora do servio e a comunidade servida, refere-se aos 12 meses anteriores data da entrevista. inundaes, enchentes e eroses, referem-se aos ltimos dois anos, anteriores data da entrevista.

Drenagem Urbana, somente as variveis que investigam informaes sobre

Referncias bsicasO nmero de informantes da pesquisa foi definido pelo nmero de unidades prestadoras de servios de saneamento bsico em cada municpio brasileiro, pblicas ou privadas. Assim, um municpio com servios de abastecimento de gua, limpeza urbana e coleta de lixo, esgotamento sanitrio e drenagem urbana poder ter vrios informantes para a PNSB. Nesse sentido, o primeiro contato do IBGE com o municpio foi sempre a Prefeitura Municipal.

Coleta das informaesA coleta realizada pelo IBGE deu-se ao longo de trs meses e teve o ano de 2000 como ano-base de referncia. A pesquisa foi dividida em quatro questionrios: Abastecimento de gua - AA -, Esgotamento Sanitrio - ES -, Drenagem Urbana DU - e Limpeza Urbana e Coleta de Lixo - LC -. Os questionrios foram subdivididos em trs reas de investigao. A primeira, comum a todos os questionrios, identifica as entidades prestadoras dos servios, sua constituio jurdica e reas de atuao. A segunda investiga a natureza dos servios prestados e o controle de qualidade exercida pelas entidades no abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem urbana e limpeza urbana e coleta de lixo. Finalmente, a terceira parte dos trs questionrios pesquisa a relao entre as entidades prestadoras de servios e a comunidade. Alm dos quatro questionrios foi aplicado

Notas tcnicas ___________________________________________________________________________________

o formulrio sobre o tema de Levantamento Municipal dos Servios de Saneamento Bsico - LMSB - que teve como objetivo levantar dados sobre a situao dos servios de saneamento bsico nos distritos.

MetodologiaO formulrio Levantamento Municipal dos Servios de Saneamento Bsico LMSB - investigou a existncia de rede geral de abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem urbana e limpeza urbana e coleta de lixo. Em municpio onde no existia o servio de rede geral de abastecimento de gua e/ou rede coletora de esgoto foi investigado junto s prefeituras a principal soluo alternativa adotada para atender maioria da populao do distrito. A pesquisa sobre Abastecimento de gua levantou, alm dos dados cadastrais das diversas entidades prestadoras de servios de saneamento bsico, informaes sobre:

relao entre a entidade e a comunidade nos ltimos 12 meses. A pesquisa sobre Esgotamento Sanitrio levantou, alm dos dados cadastrais das diversas entidades prestadoras de servios de saneamento bsico, informaes sobre:

abastecimento de gua no distrito; captao de gua; tratamento de gua; fluoretao adicionada; rede de distribuio da gua; dados gerais; pessoal ocupado; e

relao entre a entidade e a comunidade. A pesquisa sobre Drenagem Urbana levantou, alm dos dados cadastrais das diversas entidades prestadoras de servios de saneamento bsico, informaes sobre:

esgotamento sanitrio no distrito; coleta do esgoto sanitrio; tratamento do esgoto; sistema de esgotamento sanitrio; nmero de ligaes de esgotos sanitrios; nmero de economias esgotadas; dados gerais; pessoal ocupado; e

sistema de drenagem especial; e pessoal ocupado. A pesquisa sobre Limpeza Urbana e Coleta de Lixo levantou, alm dos dados cadastrais das diversas entidades prestadoras de servios, informaes sobre:

situao do servio de drenagem urbana no municpio; sistema de drenagem urbana;

situao dos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo;

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prestador dos servios; sistema de coleta, varrio e capina no distrito-sede; destino e quantidade do lixo coletado; estao de transferncia; coleta e destino final do lixo especial; distritos atendidos pelos servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo; catadores de lixo em unidades de destino final; veculos e equipamentos; pessoal ocupado; coleta seletiva; e relao entre a entidade e a comunidade.

Estabelecimentos que foram objeto da pesquisaConsiderou-se como estabelecimento objeto da pesquisa as empresas, rgos pblicos ou privados, que prestam servios de saneamento bsico para atendimento populao de cada municpio, tais como:

Companhias estaduais e/ou municipais de saneamento bsico; Fundaes; Consrcios intermunicipais; Empresas privadas de saneamento bsico: e Associaes comunitrias.

Notas metodolgicasOs questionrios da pesquisa foram aplicados pela rede de coleta do IBGE junto a todas as Entidades pblicas e privadas do Pas que prestam servios no setor de saneamento bsico. Na avaliao dos resultados da PNSB 2000 devem ser observados alguns procedimentos que foram utilizados na aplicao dos questionrios.

Rede geral de distribuio de guaConsiderou-se que o municpio tivesse rede geral de distribuio de gua quando esta atendesse a pelo menos um distrito, ou parte dele independentemente da extenso da rede, nmeros de ligaes ou de economias abastecidas.

Rede coletora de esgotoConsiderou-se que o municpio tivesse rede coletora de esgoto quando esta atendesse a pelo menos um distrito, ou parte dele independente da extenso da rede, nmeros de ligaes ou de economias esgotadas.

Notas tcnicas ___________________________________________________________________________________

Principal soluo alternativaConsiderou-se como principal soluo alternativa quando esta atendesse maioria da populao do distrito.

Limpeza urbana e coleta de lixoConsiderou-se que o municpio tivesse servios de limpeza urbana e/ou coleta de lixo quando estes servios existissem em pelo menos um distrito, ou parte dele independente da cobertura e freqncia do servio.

Drenagem urbanaConsiderou-se que o municpio tivesse servios de drenagem urbana quando estes servios existissem em pelo menos um distrito, ou parte dele independente da extenso da rede de drenagem. Tais esclarecimentos tornam-se necessrios, a fim de conduzir o usurio a uma compreenso mais exata da pesquisa.

Formas de divulgaoAlm desta publicao, os dados da pesquisa esto disponveis em CD-ROM e INTERNET.

Oferta dos servios de saneamento bsico no BrasilAs polticas governamentais para o setor de saneamento bsico, principalmente at a dcada de 1960, foram caracterizadas por medidas espordicas e localizadas, muitas vezes em detrimento das demandas por bens e servios provocadas pelo crescimento da populao urbana. Com a precariedade de atendimento por parte dos municpios, os efeitos da falta de investimentos se fizeram sentir nas altas taxas de mortalidade infantil e no agravamento da deteriorao sanitria. No perodo entre 1964 e 1985, a centralizao do Estado brasileiro esvazia a atuao dos governos locais que se tornam simples gestores da poltica central. Os recursos do setor de Saneamento Bsico passam a ser gerenciados pelo Banco Nacional da Habitao BNH - que, atravs do Plano Nacional de Saneamento-PLANASA -, incentiva a criao de companhias estaduais, sob a forma de economia mista, e a concesso dos servios pelos municpios aos estados. O objetivo do Plano Nacional de Saneamento era encaminhar uma soluo permanente e realista para eliminar o dficit do abastecimento de gua e do esgotamento sanitrio. Em 1981, as metas a serem atingidas, durante a dcada, passam a ser o atendimento da populao urbana em 90% com servio de abastecimento de gua de boa qualidade e 65% com servio de esgotamento sanitrio. A combinao entre o acirramento da crise econmica, no incio dos anos de 1980, e a adoo de um modelo de poder centralizado no BNH, resultou em uma poltica seletiva que privilegiava as grandes empresas estaduais em detrimento das prefeituras e interesses locais. Os governos estaduais tornam-se os responsveis pelas negociaes com os municpios e, ao mesmo

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tempo, se beneficiam com recursos do PLANASA na medida em que h adeso dos municpios ao plano. Em contrapartida, os estados passam a lidar com a resistncia de municpios que se opuseram ao que consideravam como uma ingerncia na vida das populaes locais1. O Governo Federal encontrou dificuldades em cumprir as metas por ele estipuladas, mesmo agregando os resultados da contribuio dos servios municipais de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio prestados pelos municpios que no aderiram ao PLANASA. A poltica centralizada de saneamento bsico no incluiu metas para o servio de coleta de lixo, a despeito de suas implicaes para o meio ambiente e para a sade da populao. Em face das tendncias de redefinio do papel do estado, a partir da Constituio de 1988, a nfase na descentralizao e privatizao traz de volta a responsabilidade de polticas pblicas ao poder local. No que se refere aos servios de saneamento bsico, o processo de municipalizao encontra vrios desafios, entre eles, a capacidade desigual dos municpios em atender s demandas na implantao e/ou no aprimoramento dos servios prestados. Considerando-se as diferenas existentes no desenvolvimento socioeconmico entre as regies e municpios do Pas, o estudo visa a avaliar a eficincia dos servios de saneamento bsico prestados pelas diferentes esferas governamentais, segundo a abrangncia e qualidade do abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, drenagem e coleta de lixo. Para tanto, foram analisadas a cobertura e qualidade dos servios prestados de acordo com a estratificao dos municpios, segundo o tamanho da populao2. Por se tratar de um levantamento pautado na rea institucional, com uma metodologia especifica s pesquisas por estabelecimento, as informaes diferem daquelas coletadas pelas pesquisas domiciliares. Na PNSB, o quantitativo das economias abastecidas/esgotadas pode diferir daquele apurado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios - PNAD - e no Censo Demogrfico porque nela so excludos os domiclios com ligaes clandestinas e informais. As ligaes informais, por exemplo, so improvisaes onde as prefeituras puxam ramais a partir das bicas colocadas em locais pblicos para atender aos domiclios. Neste sentido, domiclios com este tipo de ligao ficam fora do mbito da PNSB, mas nas PNADs e nos Censos Demogrficos so computados como sendo ligados rede. Em relao ao esgotamento sanitrio, os domiclios com fossa sptica, no assistidos pelas empresas, ficam fora do universo da pesquisa. Nas pesquisas domiciliares, por sua vez, nem sempre o entrevistado informa adequadamente sobre as condies de saneamento. So comuns casos de domiclios com algum tipo de encanamento, de gua ou esgoto, ser confundido pelo entrevistado como sendo ligao rede geral de esgoto ou de gua. Dependendo do objetivo do estudo que esteja sendo realizado, tal informao poder ser interpretada como condio adequada, uma vez que o esgoto fica longe do domiclio ou por este domiclio desfrutar das convenincias de possuir gua corrente. No entanto, do ponto de vista das1

Em 1985, os municpios que no aderiram ao PLANASA fundaram a Associao dos Servidores Municipais de gua e Esgoto - ASSEMAE -, composta, principalmente, de municpios de porte mdio do Rio de Janeiro, So Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, conforme Fabriane e Pereira (1987). A estratificao dos municpios levou em considerao as normas de potabilidade da gua, Decreto no 79.367, 9 de maro de 1977, que recomenda um controle de qualidade diferenciado de acordo com o tamanho da populao do municpio.

2

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

condies de saneamento mais abrangentes, a inexistncia de rede geral de esgoto compromete o meio ambiente e, conseqentemente, a sade da populao que utiliza rios, lagos, lagoas e solo contaminados por esgoto lanado in natura. Em sntese, a PNSB informa sobre a abrangncia de economias abastecidas/esgotadas e a qualidade do atendimento das empresas, assim como permite analisar o resultado de investimentos realizados nesta esfera tpica de atuao do estado.

Abastecimento de guaAs informaes que constam do questionrio sobre Abastecimento de gua na PNSB 2000 revelam vrios aspectos relevantes da questo. Todavia, a presente anlise no tem o intuito de esgotar este conjunto de informaes. Pretende abordar alguns aspectos bsicos que forneam os dados mais gerais sobre os servios de Abastecimento de gua no Pas no ano de 2000, alm de outros que possam ser comparados s informaes levantadas pelo IBGE em 1989. O abastecimento de gua uma questo essencial para as populaes e fundamental a ser resolvida pelos riscos que sua ausncia ou seu fornecimento inadequado podem causar sade pblica. A universalizao deste servio a grande meta para os pases em desenvolvimento. Os nmeros evidenciados pela pesquisa mostram que, no Brasil, a cobertura de abastecimento de gua j atingiu um significativo contingente populacional. Uma comparao dos dados da PNSB de 1989 com os de 2000 permite sumarizar as dimenses da evoluo da cobertura do servio. Em 1989, o Brasil tinha seu territrio dividido em 4 425 municpios, 95,9% dos quais contava com servio de abastecimento de gua por rede geral, prestado por alguma empresa pblica ou privada. Em 2000, o nmero de municpios foi aumentado para 5 507 e a rede de abastecimento ampliada, tendo o atendimento por empresas prestadoras deste servio alcanado uma proporo de 97,9% dos municpios do Pas. Na pesquisa realizada pelo IBGE, o fato de um municpio possuir uma rede de servios de abastecimento de gua instalada o incluiu no total de municpios com rede de distribuio, independentemente da cobertura, eficincia e nmero de ligaes domiciliares a esta rede. Os dados levantados pela PNSB 2000 e apresentados na Tabela 1 se prestam a informar somente sobre a existncia ou no dos servios de abastecimento de gua nos municpios brasileiros.Tabela 1 - Municpios, total e com servio de abastecimento de gua, segundo as Grandes Regies - 1989-2000

Municpios 1989 Grandes Regies Total Com servio de abastecimento de gua Total Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 4 425 298 1 461 1 430 857 379 4 245 259 1 371 1 429 834 352 Percentual (%) 95,9 86,9 93,8 99,9 97,3 92,9 2000 Com servio de abastecimento de gua Total 5 507 449 1 787 1 666 1 159 446 5 391 422 1 722 1 666 1 142 439 Percentual (%) 97,9 94,0 96,4 100,0 98,5 98,4

Total

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

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Em 2000, a PNSB encontrou somente 116 municpios brasileiros sem servio de abastecimento de gua por rede geral, o que corresponde a 2% do total de municpios. A maior parte deles est situada nas Regies Norte e Nordeste. E apesar de ter havido uma reduo, nestas regies, do nmero de municpios sem abastecimento, houve, na dcada, um aumento de seu peso proporcional: passaram de 50% para 56% no Nordeste e de 21,7% para 23,3% na Regio Norte, indicando que o investimento a realizado na expanso da rede geral de abastecimento de gua no ocorreu na mesma proporo que nas demais regies (Tabela 2).

Tabela 2 - Municpios sem servio de abastecimento de gua e respectiva distribuio percentual, segundo as Grandes Regies - 1989-2000

Municpios sem servio de abastecimento de gua Grandes Regies Total Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 180 39 90 1 23 27 1989 Distribuio percentual (%) 100,0 21,7 50,0 0,6 12,8 15,0 Total 116 27 65 17 7 2000 Distribuio percentual (%) 100,0 23,3 56,0 0,0 14,7 6,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

Nos 116 municpios que no contam com qualquer rede distribuidora de gua, foram encontrados como principais alternativas para o abastecimento das populaes a utilizao de chafarizes e fontes, poos particulares e abastecimento por caminhespipas bem como utilizao direta de cursos de gua. No obstante ser o mais abrangente dentre os servios de saneamento bsico do Pas, a rede de distribuio de gua atinge, segundo a PNSB, 63,9% do nmero total de domiclios recenseados pelo Censo 20003. T servios caracterizam-se, ais tambm, por um desequilbrio regional, visto que, enquanto na Regio Sudeste de 70,5% a proporo de domiclios atendidos, nas Regies Norte e Nordeste o servio alcana, respectivamente, apenas 44,3% e 52,9% dos domiclios (Grfico 1). Estes resultados naturalmente evidenciam um certo grau de diferena em relao aos obtidos nas pesquisas domiciliares, inclusive no Censo 2000. Tais diferenas se devem ao entendimento do morador sobre a natureza dos servios disponveis em seu prprio domiclio e, em grande medida, pelo fato de as caractersticas domiciliares serem investigadas apenas nos domiclios particulares permanentes ocupados, o que significa dizer que 9 milhes de domiclios classificados como fechados, vagos ou de uso ocasional e onde no so encontrados moradores no respondem ao questionrio. Neste sentido, as informaes do Censo 2000, referentes aos domiclios particulares permanentes ocupados, revelam que, em 77,8% dos mesmos, os moradores informaram dispor do servio de abastecimento de gua por rede geral.

3

O conceito domiclio, do Censo Demogrfico, est sendo utilizado como equivalente ao termo economia residencial da PNSB.

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

%

Grfico 1 - Domiclios abastecidos por rede geral, segundo as Grandes Regies - 200070,5 63,9 52,9 44,3 69,1

66,3

Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

O porte populacional dos municpios tem um peso significativo na oferta de servios de saneamento bsico. A diviso territorial do Brasil em 2000 era de 5 507 municpios. A grande maioria dos municpios contava com at 20 000 habitantes, correspondendo a 73% do conjunto (Tabela 3).

Tabela 3 - Populao total, total de municpios e respectivas distribuies percentuais, segundo os estratos populacionais dos municpios - 2000

Populao Estratos populacionais Total Total At 20 000 habitantes Mais de 20 000 a 45 000 habitantes Mais de 45 000 a 100 000 habitantes Mais de 100 000 a 300 000 habitantes Mais de 300 000 habitantes 169 799 170 33 437 404 26 177 323 23 583 405 26 455 991 60 145 047 Distribuio percentual (%) 100,0 19,7 15,7 13,9 15,6 35,4 Total

Municpios Distribuio percentual (%) 5 507 4 018 908 357 158 66 100,0 73,0 16,5 6,5 2,9 1,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

A abrangncia do abastecimento de gua tambm varia com o tamanho populacional dos municpios conforme pode ser visto na Tabela 4. Os menores municpios apresentam maior deficincia nos servios, e apenas 46% dos domiclios situados em municpios com at 20 000 habitantes contam com abastecimento de gua por rede geral. Em contrapartida, nos municpios com mais de 300 000 habitantes superada a marca de 75% de economias residenciais abastecidas.

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

Tabela 4 - Total de domiclios e de economias abastecidas e respectivas distribuies percentuais, segundo os estratos populacionais dos municpios - 2000

Domiclios Estratos populacionais Total Total At 20 000 habitantes Mais de 20 000 a 45 000 habitantes Mais de 45 000 a 100 000 habitantes Mais de 100 000 a 300 000 habitantes Mais de 300 000 habitantes 54 265 618 10 617 142 8 119 062 7 415 699 8 501 011 19 612 704 Distribuio percentual (%) 100,0 19,6 15,0 13,7 15,7 36,1

Economias abastecidas Total 34 657 561 4 936 835 4 157 048 4 625 199 5 958 403 14 980 076 Distribuio percentual (%) 63,9 46,5 51,2 62,4 70,1 76,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000. Nota: Inclui os domiclios particulares permanentes ocupados, vagos, fechados e de uso ocasional.

Em todas as regies, o mesmo comportamento em relao ao porte populacional pode ser verificado: as propores de domiclios abastecidos aumentam quanto mais populosos forem os municpios. Os municpios de maior porte populacional so aqueles situados nas regies com maior desenvolvimento socioeconmico onde as demandas da populao so mais freqentes e, conseqentemente, com maiores investimentos pblico e privado no setor. O manancial o componente de maior relevncia em um sistema de abastecimento de gua, com influncia direta na quantidade e qualidade da gua a ser captada, processada e distribuda. Constitui a fonte de onde retirada a gua que vai alimentar o sistema. Em grande parte dos 8 656 distritos com rede distribuidora, h a utilizao de mais de uma fonte para suprir o sistema de abastecimento de gua. Alguns distritos apresentam, tambm, como fonte de suprimento a gua captada ou processada em outros distritos, que transportada por linhas adutoras para o abastecimento das populaes, alimentando unidades de tratamento, no caso de gua bruta, ou encaminhada diretamente para o sistema de distribuio, quando tratada. As captaes projetadas e construdas para a tomada de gua de superfcie destinada ao sistema de abastecimento, mesmo que cercadas dos cuidados com a qualidade do manancial, esto sujeitas existncia de fatores que levam ao comprometimento da qualidade das guas captadas como: lanamento de esgoto sanitrio, despejos de resduos industriais, vazadouro de lixo, atividade mineradora e presena de resduos agrotxicos. Alm da grande utilizao de manancial de superfcie, observa-se que h um expressivo aproveitamento de mananciais subterrneos, notadamente no abastecimento das comunidades de menor porte e nas reas marginais dos aglomerados urbanos de maior porte. Isso se deve relativa facilidade de obteno de gua no subsolo para atender a pequenas demandas e possibilidade de captao nas imediaes das reas de consumo. A utilizao de gua subterrnea ocorre com mais freqncia com o aproveitamento do lenol artesiano, o que se verifica em 53% dos distritos abastecidos no Pas. A gua distribuda no conjunto dos 8 656 distritos, em 5 391 municpios com rede de distribuio de gua, faz-se por meio de 30,58 milhes de ligaes prediais, sendo que 25 milhes de ligaes possuem medidores. A Regio Sudeste apresenta o mais alto ndice de medio com 91% das ligaes medidas. Em segundo lugar, aparecem as Regies Sul e Centro-Oeste com nveis de medio equivalentes, seguindo-se o Nordeste e por ltimo o Norte com o mais baixo ndice (apenas 37% das ligaes medidas).

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

Comparando-se os nveis de medio encontrados em 2000 com os da pesquisa de 1989, observa-se que o nmero de ligaes com medidores cresceu 81,8%. Em todas as regies houve um expressivo aumento do nmero absoluto de ligaes com hidrmetros, o que elevou o ndice nacional para 82%, indicando um incremento na prtica de micromedio total da gua distribuda. Uma das formas de se avaliar a eficincia do atendimento populao examinar o volume dirio per capita da gua distribuda por rede geral. Grfico 2 - gua distribuda, em m3 per capita, segundo as No ano de 2000 foram distribudos Grandes Regies - 1989/2000 diariamente, no conjunto do Pas, % 0,26 m3 (ou 260 litros) por pessoa, 0,36 mdia que variou bastante entre as regies (Grfico 2). Na Regio 0,27 0,26 Sudeste o volume distribudo 3 alcanou os 0,36 m per capita, 0,20 0,20 0,20 0,19 0,19 enquanto no Nordeste ele no 0,17 0,17 0,16 chegou metade desta marca, 3 0,12 apresentando uma mdia de 0,17 m per capita. A maior parte deste volume disponibilizado populao foi de gua que recebeu algum tipo de tratamento, proporo que se aproximou da totalidade distribuda, sobretudo nos municpios mais populosos. importante mencionar que o nmero de estaes de tratamento aumentou, no Pas, entre 1989 e 2000, numa proporo de 83,5%, tendo passado de 2 485 para 4 560, entre unidades de tratamento convencional e noconvencional. Comparando-se os resultados obtidos em 2000 com os de 1989, observa-se que, no perodo, houve um aumento do volume per capita distribudo tanto da gua bruta quanto da gua tratada, em quase todas as regies. A nica exceo a Regio Norte, onde houve uma reduo no ndice per capita do volume tratado, apesar de ter havido um aumento no volume total per capita da gua distribuda (Grfico 3).

Brasil

Norte

Nordeste 1989

Sudeste 2000

Sul

Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

%

Grfico 3 - gua tratada distribuda, em m per capita, segundo as Grandes Regies - 1989/2000

3

0,34

0,26 0,24 0,19 0,15 0,13 0,11 0,15 0,16 0,19 0,19

0,18

Brasil

Norte

Nordeste 1989

Sudeste 2000

Sul

Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

Grfico 4 - Proporo do volume de gua distribuda por dia, com e sem tratamento, segundo as Grandes Regies - 2000% 92,8 67,6 93,6 94,4 94,1 96,4

32,4 6,4 Norte Nordeste 5,9 Sul

7,2 Brasil

5,6 Sudeste

3,6 Centro-Oeste

Com tratamento

Sem tratamento

A anlise das propores entre o volume distribudo e o volume de gua tratada revela uma diferena de padro na Regio Norte com respeito s demais regies. Enquanto no Nordeste, Sudeste, Sul e CentroOeste mais de 90% da gua distribuda recebe algum tipo de tratamento, no Norte este percentual de somente 67,6% (Grfico 4). importante mencionar que, entre 1989 e 2000, o volume de gua distribuda sem tratamento aumentou proporcionalmente. Do volume total de gua distribuda no conjunto do Pas, em 1989, apenas 3,9% no era tratado. Em 2000, esta proporo quase que dobrou, passando para 7,2% (Grfico 5).

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

Grfico 5 - Proporo de gua distribuda sem tratamento, em relao ao total distribudo, segundo as Grandes Regies - 1989/2000%

A proporo da gua distribuda com tratamento varia de acordo com o tamanho das populaes dos municpios. Examinando-se os dados para o 14,3 conjunto do Pas, observa-se que 7,2 5,9 as propores de gua tratada 6,0 6,4 5,6 3,8 3,6 3,9 2,6 2,1 aumentam medida que aumentam as respectivas Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste populaes dos municpios. 1989 2000 Naqueles com mais de 100 000 habitantes, a gua distribuda Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000. tratada em sua quase totalidade. Em contrapartida, nos municpios de menos de 20 000 habitantes 32,1% do volume distribudo no recebe qualquer tipo de tratamento (Grfico 6).32,4

A desigualdade entre os estratos populacionais dos municpios brasileiros se manifesta de forma mais visvel examinando-se o volume per capita da gua tratada distribuda. Os menores municpios recebem menor volume per capita, em todas as regies, particularmente nas Regies Nordeste e Norte (Grfico 7). Nos municpios com menos de 20 000 habitantes, no Norte, a gua tratada distribuda alcana somente 40 litros dirios per capita (0,04 m3 ). O Sudeste apresenta uma situao bem mais favorvel independentemente do porte populacional.

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

Grfico 6 - Proporo do volume de gua distribuda por dia, com e sem tratamento, segundo os estratos populacionais dos municpios - 2000% 92,8 67,9 32,1 7,2To ta l A t 2 ha 0 0 b. 0 0

89,6

92,0

98,2

98,5

10,4M ai s 45 de 00 20 0 0 ha 00 b. a M

8,0M

1,8M ai s

1,5

ai ai s 10 s d 30 de e 0 0 1 4 00 5 00 00 0 00 0 0 ha 0 ha 0 0 b. a b. a

de ha 30 b. 0 00 0

Com tratamento

Sem tratamento

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

%

Grfico 7 - gua distribuda com tratamento, em m per capita, por estratos populacionais, segundo Grandes Regies - 20000,41 0,340,45

3

0,34

0,26

0,27

0,16 0,18

0,16

0,18 0,22 0,24

0,19

0,25

0,08 0,09

0,04 0,05 0,08

Norte At 20 000 hab.

Nordeste

Sudeste

0,10

Sul

Mais de 20 000 a 45 000 hab.

Mais de 45 000 a 100 000 hab. Mais de 300 000 hab.

Mais de 100 000 a 300 000 hab.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

A distribuio de gua sem tratamento nem sempre representa risco para a populao residente em pequenos distritos. Vrios deles so abastecidos com gua subterrnea como nos Estados do Par (89%) e do Rio Grande do Sul (75%). Com o objetivo de atender aos padres de potabilidade, exigidos para o abastecimento da populao com gua adequada e de boa qualidade, so utilizados diversos processos de tratamento a partir da captao da gua bruta. Na maioria dos municpios onde se realiza o tratamento da gua empregado o processo identificado como convencional. Trata-se do uso das operaes de coagulao, floculao, sedimentao e filtrao para a clarificao da gua, seguida de correo de pH, desinfeco e, em alguns casos, de fluoretao. Os outros tipos de tratamento utilizados so o no-convencional (clarificador de contato, ET compactas, filtragem As rpida, etc.) e a simples desinfeco das guas captadas, com a utilizao de cloro ou seus compostos, objetivando a eliminao de organismos patognicos.

0,12

Centro-Oeste

0,15 0,14 0,14

0,28

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Grfico 8 - Proporo do volume da gua tratada distribuda por dia, por tipo de tratamento utilizado, segundo as Grandes Regies - 2000% 88,7 75,0 73,7 76,3 58,8 44,5 36,8 19,2 17,6 18,6 21,3

5,6

7,6

2,2

Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

1,7

9,6

Sul

Centro-Oeste

Convencional

No-convencional

Desinfeco/Clorao

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

No Brasil, a maior parte do volume de gua tratada distribuda (75%) sofre o processo convencional de tratamento, empregado em maiores propores nas Regies Nordeste, Sudeste e Sul (Grfico 8). Note-se que na Regio Norte, onde o tratamento convencional menos usado, a proporo da gua tratada por processos no-convencionais atinge 36,8% do volume distribudo. A simples desinfeco ocorre em todas as regies, numa proporo em torno de 20% do volume distribudo, com exceo da Regio Sul, onde atinge apenas 9,6%. Os municpios com mais de 300 000 habitantes tratam de forma convencional 85,7% do volume da gua distribuda (Grfico 9). Municpios com menos de 20 000 habitantes utilizam a simples clorao em 39,4% de sua gua tratada, e apenas 52,6% do volume distribudo recebe o tratamento convencional. Nos municpios de mdio porte, por outro lado, os percentuais quanto s formas empregadas no tratamento de gua esto bastante prximos entre si.

%

Grfico 9 - Proporo do volume dirio de gua tratada e distribuda, por tipo de tratamento, segundo os estratos populacionais dos municpios - 200085,7 75,0 52,6 39,4 19,2 24,4 30,5 26,5 71,3 64,6 69,8

5,6

7,9

4,3

5,1

Total

At 20 000 hab.

Como forma complementar ao processo de tratamento, vem Convencional No-convencional Clorao sendo adotada, em diversos Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional municpios do Pas, a prtica de de Saneamento Bsico 2000. adio de flor nas guas destinadas ao abastecimento pblico. A fluoretao, utilizada com o objetivo de reduzir a crie dental nas populaes, praticada em 45,7% dos municpios brasileiros. Os maiores ndices de aplicao do procedimento esto nas Regies Sudeste e Sul, nas quais 70% dos respectivos municpios distribuem, sistematicamente, gua fluoretada (Grfico 10). O conhecimento e controle das perdas no servio de abastecimento de gua constituem aspectos relevantes levados em conta na administrao desse servio. As redes de distribuio de gua so as principais responsveis pelas perdas fsicas nos sistemas de abastecimento, podendo atingir at 40% do volume de gua produzido. Para a reduo dessas perdas, foram encontrados programas de controle, com nfase para as redes distribuidoras e seus acessrios em 63% dos distritos abastecidos. Os tipos de controle de perdas envolvem fiscalizao de ligaes clandestinas, substituio de redes velhas, manuteno de hidrmetros, pesquisa de vazamentos, pitometria e outros procedimentos.

Mais de 20 000 a 45 000 hab.

Mais de Mais de Mais de 100 000 a 300 000 hab. 45 000 a 100 000 hab. 300 000 hab.

3,5

6,6

7,4

21,2 20,7

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

%

Grfico 10 - Proporo dos municpios abastecidos com gua fluoretada, segundo as Grandes Regies - 200070,0 70,0

45,7

41,5

16,6 7,8

Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000.

O servio de abastecimento de gua prestado s comunidades cobrado dos usurios em 81% dos distritos abastecidos. Essa cobrana se faz tendo por base o consumo de gua medido ou estimado, com o estabelecimento de tarifas em funo de faixas de volumes consumidos. O pessoal ocupado nas atividades de abastecimento de gua est dividido em dois grupos. Um que trabalha somente em abastecimento de gua, correspondendo a 62,5% da fora de trabalho, e outro que desenvolve atividades em conjunto com as relacionadas ao esgotamento sanitrio, e que corresponde a 37,5% do pessoal empregado. Dos 100 601 servidores ocupados somente em abastecimento de gua, 77,7% pertencem aos quadros das entidades prestadoras dos servios e 22,3% so contratados ou terceirizados. A maioria desse pessoal, 72,5%, est envolvido nas atividades de operao e manuteno dos sistemas e o restante na administrao do servio. Dos 60 198 servidores ocupados conjuntamente nos trabalhos de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, 82,1% so dos quadros das entidades que prestam os servios, e 17,9% contratados ou terceirizados. Desse contingente, 68,4% desenvolvem trabalhos de operao e manuteno dos sistemas e 31,6% esto alocados em atividades administrativas. Em termos de economia abastecida por pessoal ocupado no servio de abastecimento de gua, verifica-se uma perda de produtividade da ordem de 5,8%, passando de 256 economias por empregado em 1989 para as atuais 241, o que corresponde, em mdia, a um empregado para cada 964 usurios. No que se refere s diferentes esferas administrativas das entidades responsveis pelo servio de abastecimento de gua, verifica-se, na Tabela 5, que 68,8% pertencem administrao estadual e 45,5% esfera municipal. Nas Regies Norte e Sudeste, no entanto, a responsabilidade pelo servio se divide entre entidades municipais e estaduais numa proporo praticamente equivalente. No Centro-Oeste nota-se a presena, embora pequena, de entidades de mbito federal, esfera atualmente praticamente ausente nas demais regies. Entidades particulares s aparecem de forma proporcionalmente significativa na Regio Norte, onde 30% delas so da esfera privada, e, em segundo lugar, na Regio Sul, com 13%.

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Tabela 5 - Municpios abastecidos e entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa, segundo as Grandes Regies - 2000Entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa (%) Municipal 45,5 42,2 43,3 54,8 40,6 34,6 Estadual 68,8 42,7 78,3 58,8 75,0 78,8 Federal 0,5 0,2 0,4 0,0 0,1 4,1 Particular 8,4 30,3 4,9 4,1 13,6 3,4

Grandes Regies

Municpios abastecidos 5 391 422 1 722 1 666 1 142 439

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento BBsico 2000. Nota: O municpio foi computado tantas vezes quantas foram as esferas administrativas de entidades prestadoras do servio de abastecimento de gua em seu territrio.

O padro de distribuio das esferas administrativas de acordo com o tamanho da populao dos municpios no difere muito do padro encontrado para o conjunto do Pas (Tabela 6). A desagregao dos dados, segundo os estratos populacionais dos municpios, mostra que municpios mais populosos e municpios menos povoados seguem, aproximadamente, a mesma tendncia de distribuio de responsabilidades entre as vrias esferas, ainda com a predominncia das empresas estaduais e municipais. Poder-se-ia dizer que entidades privadas so ligeiramente mais importantes, do ponto de vista proporcional, em municpios de porte mdio (com populaes entre 45 000 e 300 000 habitantes). Comparando-se, no entanto, os dados atuais com aqueles constatados em 1989 (Grfico 11), observa-se que houve um crescimento proporcional na participao de empresas de administrao municipal na prestao do servio, bem como um incremento no nmero de empresas particulares, mais expressivo, em algumas regies, em municpios de mdio porte.

Tabela 6 - Municpios abastecidos e entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa, segundo os estratos populacionais dos municpios - 2000Entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa (%) Municipal 45,5 44,4 49,9 50,3 41,8 34,8 Estadual 68,8 67,9 73,3 69,7 66,5 66,7 Federal 0,5 0,4 1,1 0,6 0,6 0,0 Particular 8,4 8,3 7,5 11,2 10,8 4,5

Estratos populacionais

Municpios abastecidos 5 391 3 910 901 356 158 66

Total At 20 000 habitantes Mais de 20 000 a 45 000 habitantes Mais de 45 000 a 100 000 habitantes Mais de 100 000 a 300 000 habitantes Mais de 300 000 habitantes

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000. Nota: O municpio foi computado tantas vezes quantas foram as esferas administrativas de entidades prestadoras do servio de abastecimento de gua em seu territrio.

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

Grfico 11 - Entidades prestadoras de servio de abastecimento de gua, por esfera administrativa - 1989/2000% 73,8

68,8

45,5 36,5

8,4 2,9 Municipal Estadual 1989 0,5 0,4 Particular

Federal 2000

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

Esgotamento sanitrioEntre os servios de saneamento bsico, o esgotamento sanitrio o que tem menor presena nos municpios brasileiros. Dos 4 425 municpios existentes no Brasil, em 1989, menos da metade (47,3%) tinha algum tipo de servio de esgotamento sanitrio e, 11 anos mais tarde, os avanos no foram muito significativos: dos 5 507 municpios, 52,2% eram servidos4. Apesar de no perodo de 1989-2000 haver tido um aumento de, aproximadamente, 24% no nmero de municpios, o servio de esgotamento sanitrio no acompanhou este crescimento, pois aumentou apenas 10%. A diretriz do PLANASA ao criar Companhias Estaduais, centralizadas e mais dinmicas, teve pouco efeito na esfera administrativa das entidades prestadoras de servio de esgotamento sanitrio. Conforme a Tabela 7, verifica-se que o servio prestado aos municpios permaneceu primordialmente sob a responsabilidade dos governos locais (35,2 em 1989 e 38,4 em 2000). As modificaes mais significativas no perodo foram o aumento em 18,5% de municpios com servios prestados por entidades estaduais (11,9 em 1989 para 14,1 em 2000), a maior presena de empresas particulares, e a ausncia da atuao federal nos municpios das Grandes Regies, exceto na Regio Nordeste, mesmo assim, em nveis inferiores aos apresentados em 1989. Embora em um mesmo municpio possa haver a presena de mais de uma entidade, por vezes de esferas administrativas distintas, a atuao municipal e estadual se distingue de acordo com o tamanho dos municpios. Os municpios de menor porte so, na sua grande maioria, servidos por entidades municipais e nos municpios

4

A pesquisa considera municpio servido aquele que apresenta algum tipo de servio de esgotamento sanitrio, independentemente da extenso da rede coletora, do nmero de ligaes ou de economias esgotadas.

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

Tabela 7 - Proporo de municpios com servio de esgotamento sanitrio, por esfera administrativa das entidades, segundo as Grandes Regies - 2000

Proporo de municpios com servio de esgotamento sanitrio (%) Grandes Regies Total 1989 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 47,3 8,4 26,1 91,0 39,1 12,9 2000 52,2 7,1 42,9 92,9 38,9 17,9 Esfera administrativa Municipal 1989 35,2 3,4 22,3 67,6 28,2 3,7 2000 38,4 3,3 37,9 66,3 24,5 7,4 Estadual 1989 11,9 4,0 3,9 22,7 11,2 9,2 2000 14,1 2,2 5,6 26,8 15,0 10,1 Federal 1989 0,7 0,3 0,6 1,5 0,1 0,3 2000 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 Particular 1989 0,2 1,7 0,0 0,2 0,0 0,0 2000 1,0 1,8 0,6 1,9 0,1 0,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

com maiores concentraes populacionais predominam as entidades estaduais. No Grfico 12, verifica-se que em municpios com at 20 000 habitantes e com a populao entre 20 001 e 45 000, onde h o servio de esgotamento sanitrio, predomina a atuao de entidades municipais (79,2% e 73,0%, respectivamente). J em municpios maiores o servio de esgotamento sanitrio fica a cargo, principalmente, de entidades estaduais: municpios com mais de 300 000 habitantes tm mais de trs vezes a presena de entidades estaduais prestando servios do que em municpios com at 20 000 habitantes. A atuao das entidades, por sua vez, fica associada aos ndices de cobertura e qualidade Grfico 12 - Municpios com servio de esgotamento sanitrio, dos servios prestados. No Brasil, por estratos populacionais, segundo a esfera administrativa - 2000 % segundo a PNSB, apenas 33,5% 79,2 do nmero total de domiclios 73,0 recenseados5 so atendidos por 66,7 61,4 rede geral de esgoto. Alm disso, 53,1 47,6 os resultados revelam um quadro 42,6 39,4 marcante de desigualdades 27,4 regionais. O atendimento chega 20,7 no seu nvel mais baixo na Regio Norte, onde apenas 2,4% dos domiclios so atendidos, seguidos Municipal Estadual das Regies Nordeste (14,7%), Centro-Oeste (28,1%) e Sul At 20 000 hab. Mais de 20 000 a 45 000 hab. Mais de 45 000 a 100 000 hab. (22,5%). A Regio Sudeste Mais de 100 000 a 300 000 hab. Mais de 300 000 hab. apresenta o melhor atendimento, Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional mesmo assim, ele cobre pouco de Saneamento Bsico 2000. mais da metade dos domiclios da regio (53,0%). Estes resultados naturalmente evidenciam um certo grau de diferena em relao aos obtidos nas pesquisas domiciliares, inclusive no Censo 2000. Tais diferenas se devem ao5

O total de domiclio inclui aqueles ocupados, vagos, fechados e de uso ocasional.

Oferta dos servios de saneamento bsico no Brasil ______________________________________________

entendimento do morador sobre a natureza dos servios disponveis em seu prprio domiclio e, em grande medida, pelo fato de as caractersticas domiciliares serem investigadas apenas nos domiclios particulares permanentes ocupados, o que significa dizer que 9 milhes de domiclios classificados como fechados, vagos ou de uso ocasional e onde no so encontrados moradores no respondem ao questionrio. Neste sentido, as informaes do Censo 2000, referentes aos domiclios particulares permanentes ocupados, revelam que em 47,2% dos mesmos os moradores informaram dispor do servio de rede de esgoto. A desigualdade dos servios prestados entre as diferentes reas do Pas se reproduz entre os municpios das regies. O Grfico 13 retrata a diferena nas propores de domiclios ligados rede geral de esgoto de acordo com o tamanho da populao dos municpios. Em geral, quanto maior a populao do municpio maior a proporo de domiclios com servio de esgoto. No Brasil, os municpios com mais de 300 000 habitantes tm quase trs vezes mais domiclios ligados rede geral de esgoto do que os domiclios em municpios com populao de at 20 000 habitantes. Entre as regies, no entanto, embora permanea a tendncia geral do Pas, a desigualdade da prestao do servio de rede geral bem diferenciada dependendo do tamanho da populao do municpio. Na Regio Sudeste as diferenas de domiclios servidos no apresentam grandes disparidades: 16,6 pontos percentuais separam a proporo de domiclios com rede geral de esgoto dos municpios de grande porte em relao aos pequenos (58,7% em municpios com mais de 300 000 habitantes e 42,1% para aqueles com at 20 000 habitantes). No Nordeste, os municpios com mais de 300 000 habitantes tm 3,4 vezes mais domiclios com rede geral do que os municpios com 20 000 habitantes. A maior disparidade de domiclios servidos em municpios de grande e pequeno portes encontra-se na Regio Centro-Oeste. Nesta regio, os municpios com populao acima de 300 000 tm, aproximadamente, 20 vezes mais domiclios com rede geral de esgoto do que os municpios com 20 000 habitantes (56,7% e 2,6%, respectivamente). Se a desigualdade de servio domiciliar de rede geral de esgoto est relacionada ao tamanho da populao dos municpios, os distintos estgios de desenvolvimento do Pas explicam Grfico 13 - Proporo de economias residenciais esgotadas, as diferenas inter-regionais por estratos populacionais, segundo as Grandes Regies - 2000 encontradas. Os municpios do Sudeste com populao de at 20 56,7 000 habitantes tm 44% a mais 49,3 45,5 de domiclios com rede geral de esgoto do que os municpios do 29,2 Nordeste com mais de 300 000 habitantes e quase a mesma 7,9 proporo dos domiclios da Regio Sul. Comparando-se municpios de mesmo porte, os domiclios em Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste municpios com at 20 000 At 20 000 hab. Mais de 20 000 a 45 000 hab. Mais de 45 000 a 100 000 hab. habitantes do Sudeste tm cinco Mais de 100 000 a 300 000 hab. Mais de 300 000 hab. vezes mais ligaes de rede geral do que os do Nordeste e pouco mais de Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional 15 vezes do que os do Centro-Oeste. de Saneamento Bsico 2000.16,7 20,1 28,0 35,7 42,1 44,6 50,4 52,0 58,7 6,7 7,9 9,8 16,9 0,4 0,7 2,6 5,2 3,5 2,6 8,4 16,8 23,0 20,0 22,7 21,7

____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento bsico 2000

A situao do esgotamento sanitrio dos municpios ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir uma condio satisfatria. Conforme a Tabela 8, 47,8% dos municpios brasileiros no tm coleta de esgoto. O Norte a regio com a maior proporo de municpios sem coleta (92,9%), seguido do Centro-Oeste (82,1%), do Sul (61,1%), do Nordeste (57,1%) e do Sudeste (7,1%). Os municpios que tm apenas servio de coleta superam a proporo daqueles que coletam e tratam o esgoto (32,0% e 20,2%, respectivamente). No Sudeste, a regio do Pas com a maior proporo de municpios com esgoto coletado e tratado, somente um tero deles apresenta uma condio adequada de esgotamento sanitrio.

Tabela 8 - Proporo de municpios, por condio de esgotamento sanitrio, segundo as Grandes Regies - 2000

Grandes Regies Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Proporo de municpios, por condio de esgotamento sanitrio (%) Sem coleta 47,8 92,9 57,1 7,1 61,1 82,1 S coletam 32,0 3,5 29,6 59,8 17,2 5,6 Coletam e tratam 20,2 3,6 13,3 33,1 21,7 12,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Populao e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 1989/2000.

%

35,3

19,9

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Entre 1989 e 2000, o servio de saneamento nos municpios cresceu em apenas 10% e os esforos das entidades se voltaram para a ampliao do tratamento do esgoto coletado. No perodo, houve um aumento de 77,4% no Grfico 14 - Volume dirio de esgoto tratado, tratamento do esgoto coletado segundo os estratos populacionais - 1989/2000 pelas empresas, passando de 19,9% para 35,3%. Foram os 48,0 municpios com populao entre 45 001 e 100 000 os que 36,1 apresentaram maior crescimento 28,0 26,0 relativo no volume de esgoto tratado (169,4%). Nos municpios 18,3 17,8 15,6 de maior porte, o aumento foi 13,4 10,4 10,6 tambm significativo (84,6%), embora es