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SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD Projeto BRA/09/004 Brasília/DF, 2017

PNUD - Relatórios de Auditoria da CGU · a) Resposta incorreta de questionamento da Solicitação de Auditoria nº 201700270/001, informando não ter havido contratação de pessoas

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SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – PNUD

Projeto BRA/09/004

Brasília/DF, 2017

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MINISTÉRIO DA TRANSPARÊNCIA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

RELATÓRIO Nº: 201700270 UCI: SFC/DAE/CGFIN - Coordenação-Geral de Auditoria de Estatais dos Setores Financeiro e de Desenvolvimento EXERCÍCIO: 2016 UNIDADE AUDITADA: CAIXA ECONOMICA FEDERAL CIDADE: Brasília UF: DF

RELATÓRIO DE AUDITORIA

I – INTRODUÇÃO

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201700270, e consoante o estabelecido na Seção VII do Capítulo VII da Instrução Normativa SFC nº 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados na gestão do Projeto de Fortalecimento Institucional da CAIXA – PNUD/BRA/09/004, executado sob a responsabilidade da Caixa Econômica Federal - CAIXA, durante o exercício encerrado em 31 dezembro de 2016.

II – ESCOPO DO TRABALHO

Os trabalhos de auditoria foram realizados na sede da Unidade Executora e na sede da CGU, em Brasília/DF, no período de 6/2 a 3/3/2017, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, as quais são compatíveis com as Normas Internacionais de Auditoria (NIA), aprovadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC), tendo como objetivo verificar:

a) a execução do Projeto em relação ao estabelecido no plano de trabalho; b) a adequabilidade da estrutura de gerenciamento do projeto, controles internos e registros financeiros; c) se os desembolsos foram realizados em conformidade com o documento de Projeto e as normas e regulamentos aplicáveis, estando sustentados por adequada documentação;

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d) se os demonstrativos apresentados pelo Projeto representam adequadamente: (i) o seguimento das recomendações de exercícios anteriores, e (ii) os desembolsos ocorridos no exercício auditado. Tendo em vista que no período objeto de nossos exames não foi utilizada a modalidade de adiantamento de fundos pelo PNUD à agência executora do projeto, não nos foi apresentado e, portanto, não será emitida opinião dos auditores sobre o Relatório de Posição Financeira. Da mesma forma, como não houve até então aquisição de bens patrimoniais, então não foi apresentado e, portanto, não será emitida opinião sobre o Relação de Bens do Projeto.

Os critérios de seleção e a representatividade das amostras de gastos que foram aplicados pela equipe estão a seguir indicados:

a) Diárias e Passagens: foram analisados 38,51% dos gastos que foram realizados nesta categoria, selecionados segundo o critério de materialidade e a partir da avaliação de legitimidade do agente recebedor de diárias, o que representou a verificação de despesas no montante de US$ 6,240.09 de um total de US$ 16,205.29.

b) Contratação de Serviços de Pessoas Físicas: foram analisados 60,03% dos gastos que foram realizados nesta categoria, selecionados segundo o critério de materialidade, o que representou a verificação de despesas no montante de US$ 195,358.44 do total de US$ 325,416.23.

c) Contratação de Pessoas Jurídicas: foram analisados 80,91% dos gastos que foram realizados nesta categoria, selecionados segundo o critério de materialidade, o que representou a verificação de despesas no montante de US$ 531.187,46 do total de US$ 656,540.06. As contratações destes gastos não foram objeto de análise pois se deram em exercícios anteriores.

d) Gerenciamento de Bens Patrimoniais: Não foram analisados gastos por não terem sido realizadas despesas neste item.

e) Gerenciamento de Recursos Descentralizados: foram analisados 47,83% dos gastos que foram realizados nesta categoria, selecionados segundo o critério de materialidade e com base nos valores dos pagamentos da Atividade 6, o que representou a verificação de despesas no montante de US$ 463,552.91 do total de pagamentos do exercício da ordem de US$ 969,210.58.

Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, tendo sido prestadas todas as informações e explicações solicitadas, exceto quanto aos seguintes aspectos:

a) Resposta incorreta de questionamento da Solicitação de Auditoria nº 201700270/001, informando não ter havido contratação de pessoas jurídicas, sendo que, posteriormente, quando já não havia tempo hábil para análise do processo, foi informada a contratação da empresa Athalaia Gráfica e Editora Ltda (CNPJ 02.717.866/0001-43);

b) No curso dos exames, por ocasião das respostas da auditada, foram informados links de endereço eletrônico de sua própria rede de dados para busca das documentações e manifestações solicitadas, sendo que, depois dos dados analisados pela equipe de auditoria, foram acrescentados dados e informações nesses links sem que fosse dado conhecimento à equipe de auditoria de seu conteúdo;

c) Ausência de documentos, inadequação e incompletude documental dos processos seletivos para contratação de consultores, com potencial impacto no montante dos dispêndios realizados nessa rubrica (item 1.1.2.2 do Relatório de Auditoria).

De outra parte, diante dos fatos a seguir apresentados, não nos foi possível examinar as transações que envolveram os montantes a seguir descritos, constituindo assim em limitação de escopo dos trabalhos.

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a) Da seleção de amostra, foi solicitado no início dos trabalhos e apresentado apenas em

22/03/2017 a documentação comprobatória referente ao montante de US$ 240,999.83, o qual está contabilizado equivocadamente na conta contábil “72105-svc-Co-Construction & Engineer". A esse respeito, embora tenha sido verificada a referida documentação com a comprovação do atesto pelos gastos, não houve tempo hábil para avaliação dos processos de aquisição de bens e serviços realizados por pessoas jurídicas no âmbito do projeto, se foram conduzidos de acordo com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e julgamento objetivo, bem como se atenderam aos objetivos do projeto (item 1.1.10.1 do Relatório de Auditoria);

b) Apresentação, em 01/02/2017, de gastos totais no exercício de 2016 no montante de US$ 988,161.58. Posteriormente, em 02/03/2017, foi recebido pela equipe de auditoria arquivos atualizados da Extranet PNUD, necessários para espelhar o CDR com gastos totais no montante de US$ 1,003,182,99, portanto constituindo US$ 14,986,04 a maior, como limitação de escopo (item 1.1.11.1 do Relatório de Auditoria).

III – RESULTADO DOS EXAMES

1 RECURSOS EXTERNOS

1.1 PNUD

1.1.1 CONTROLES PATRIMONIAIS

1.1.1.1 INFORMAÇÃO Aquisição de bens patrimoniais Fato Durante a vigência do Projeto BRA/09/004 não houve aquisição de bens patrimoniais para execução de suas atividades e, dessa forma, não foi emitida a Relação de Ativos e Equipamentos do Projeto (Statement of Assets and Equipment) e nem o inventário (ou relação de bens patrimoniais). Assim, para execução das atividades previstas no PRODOC foram utilizados os bens patrimoniais disponibilizados pela CAIXA. ##/Fato##

1.1.2 CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PESSOAS FÍSICAS

1.1.2.1 CONSTATAÇÃO Não observância do prazo de 25 dias para publicação no DOU do extrato de contratos de consultoria. Informação incorreta quanto aos processos de seleção de consultoria. Fato

O Projeto informou que, no exercício de 2016, foram realizados 03 processos seletivos, referentes aos TOR’s 141263, 141392 e 141582, que resultaram na contratação dos consultores CPF ***.007.071-**, CPF ***.986.177-** e CPF ***.884.979-**.

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No tocante às publicações no DOU dos extratos de contrato dos referidos consultores, constatou-se que o Projeto não observou o prazo de 25 dias estabelecido no Decreto nº 5.151/2004, conforme a seguir exposto:

a) O extrato do Contrato 2016/000255 foi publicado no DOU de 23/12/2016, 07 dias antes do encerramento da vigência do mesmo e 71 dias após a assinatura do contrato, que ocorreu em 13/10/2016. Observou-se, ainda, que, antes da publicidade deste contrato, foram feitos 02 pagamentos ao consultor, no montante de R$ 49.500,00.

b) O extrato do Contrato 2016/000197-00 foi publicado no DOU de 30/08/2016, sendo que a assinatura do contrato ocorreu no dia 22/06/2016. Portanto, 69 dias após a assinatura do mesmo. Ocorre que até ser dada a publicidade dessa contratação, foi entregue o Produto 01, objeto dessa consultoria, e feito o pagamento de R$ 14.080,00.

c) O extrato do Contrato 2015/000209 foi publicado no DOU de 01/04/2016, sendo que o contrato de consultoria foi assinado em 14/12/2015, ou seja, após decorridos 108 dias da assinatura. Antes da referida publicação, verificou-se que foram entregues os Produtos 01 e 02 e foram feitos pagamentos no montante R$ 30.000,00.

d) O extrato do Contrato 2016/000134 foi publicado no DOU de 17/06/2016, 44 dias após a assinatura, que se deu em 04/05/5016 e em 20/12/2016 houve nova publicação desse mesmo contrato no DOU nº 243, sem indicação de tratar-se de aditamento do referido contrato de consultoria.

##/Fato##

Causa Não observância das normas aplicadas à execução de Projetos de Cooperação Técnica Internacional e fragilidades dos controles internos no tocante à publicação dos extratos de contratos de consultorias, que necessitam de melhorias. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por e-mail, o Projeto assim se manifestou:

“Informamos que todos os pagamentos de produtos são realizados mediante Notas Técnicas com o aceite do gestor do componente, responsável pela contratação e sempre dentro da vigência do contrato. Quanto à publicação dos extratos de contratos no DOU informamos que a partir de agora haverá a estrita observância do cumprimento do prazo de até 25 dias úteis para publicação no D.O.U. Quanto à duplicidade apontada na letra “d”, informamos tratar-se de um equívoco. Houve erro ao enviar o arquivo para a FRISSON, empresa responsável pela publicação. Permanecemos à disposição para demais esclarecimentos.”

Por meio do Ofício nº 021/2017-CAIXA/PNUD, de 22/03/2017, o Projeto assim se manifestou quanto ao Relatório Preliminar:

“Resposta CAIXA: Em entendimento com o PNUD, informamos que a partir de agora haverá uma estimativa mais apurada para a tramitação do processo de coleta de assinatura entre PNUD/Consultor. Esclarecemos que a data de

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vigência do contrato é estipulada no momento da inserção do ToR no sistema extranet. Por esta razão, pode ocorrer uma estimativa equivocada do processo de tramitação ocasionando atrasos na publicação no DOU.” (…) O projeto justificou que o princípio da transparência e publicidade não foi ferido, uma vez que todos os extratos de contratos dos consultores selecionados foram publicados, apesar de alguns do exercício de 2016 terem sido fora do prazo. Doravante, o tempo para tramitação das assinaturas contratuais será melhor estimado.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A justificativa do Projeto corrobora os fatos ora apontados de que não tem observado o disposto no §10 do art. 4 do Decreto 5.151/2004, que vincula todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta, nos procedimentos de execução dos Projetos de Cooperação Técnica Internacional, sendo sua observância, portanto, obrigatória. De igual modo, a norma CAIXA#CONFIDENCIAL 10 – Acordo de Cooperação Técnica CAIXA/PNUD/MRE – ABC – PROJETO BRA/09/004, estabelece, no item 3.6.5, que o extrato do contrato deverá ser publicado no Diário Oficial da União em até 25 dias a contar da sua assinatura. Assim, observa-se que, transcorridos 07 anos de execução do BRA 09/004, o projeto em 2017 informa que “doravante haverá a estrita observância do cumprimento do prazo de até 25 dias úteis para publicação no D.O.U”. Além disso, segundo os princípios da administração pública, é a publicidade que reveste de eficácia os atos administrativos, tornando-os válidos para surtir os efeitos no mundo jurídico. Discordamos da afirmativa do Projeto de que “apesar de alguns do exercício de 2016 terem sido fora do prazo, haja vista que foi constatado que todos os extratos de consultorias contratadas no decorrer de 2016 pelo Projeto foram publicados sem a observância do prazo determinado no Decreto nº 5.151/2044. Diante disso, mantém-se o posicionamento quanto à intempestividade do Projeto em relação ao princípio da publicidade, no tocante aos prazos estabelecidos para publicação de extratos de contratos celebrados no âmbito do BRA 09/004. Ademais, a informação do Projeto quanto ao número de processos seletivos realizados em 2016 não confere com as consultas efetuadas no DOU, pois no dia 02/03/2017 verificou-se que foi publicado no DOU nº 40, de 24/02/2017, o extrato do contrato de consultoria nº 2016/000306, assinado com CPF ***.403.336-**. Considerando que a assinatura ocorreu em 26/12/2016, o processo seletivo, portanto, ocorreu em 2016. Entretanto, o Projeto não informou sobre essa seleção de consultor. Neste caso específico, também não foi observado o prazo estabelecido nas normas, pois foram necessários 60 dias para a publicação do extrato do contrato de consultoria.

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Cabe destacar que essa publicação ocorreu após o Projeto ser questionado pela SA nº 201700270/001, em 06/02/2017, referente à publicação dos Contratos nºs 2016/000255, 2016/000197-00, 2015/000209 e 2016/000134. Em relação à publicação em duplicidade do extrato do Contrato 2016/000134, tendo em vista o alegado erro na transmissão do arquivo para a empresa Frisson, o Projeto, ao ser questionado se houve pagamento em duplicidade à citada empresa, apenas limitou-se a informar o seguinte: “Estamos aguardando posicionamento do PNUD”. Sobre esse assunto, em relação ao Relatório Preliminar, o Projeto informou que: (...) “reforçamos que a CAIXA compromete-se a apurar responsabilidades quanto ao valor desembolsado pelo projeto de forma a avaliar a necessidade de restituição.” Dada a baixa materialidade e o compromisso firmado pela CAIXA no âmbito da reunião de busca conjunta de soluções, não será emitida recomendação específica para esse achado de auditoria, o que não impede que, em futuras auditorias, o órgão de controle revisite esse ponto. Ressalte-se que o erro na transmissão do arquivo à empresa Frisson foi do Projeto e que a empresa Frisson recebeu devidamente o pagamento, pois prestou o serviço conforme solicitado. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aprimorar e observar as rotinas de controles internos que assegurem a tempestividade na publicação no DOU dos extratos de contratos de consultoria, em estrita observância do Decreto nº 5.151/2004 e da norma CAIXA#CONFIDENCIAL 10 - Acordo de Cooperação Técnica CAIXA/PNUD/MRE - ABC - PROJETO BRA/09/004. 1.1.2.2 CONSTATAÇÃO Não conformidade documental dos processos seletivos para contratação de consultores em face da legislação nacional aplicável e dos requisitos do organismo internacional. Sustentação documental dos processos seletivos inadequada/incompleta. Fato No exercício de 2016 foram realizados 04 (quatro) processos de seleção para contratação de consultores no âmbito do BRA 09/004, totalizando um montante de R$ 554.800,00. Desses, foram analisados os processos relativos aos TOR nºs 141263, 141392 e 141582, onde foi constatado: 1) De modo geral, ausência dos seguintes documentos e/ou informações: 1.a) A comprovação prévia de que os serviços objeto das consultorias não poderiam ser desempenhados por servidores da própria CAIXA, conforme determina o §6º do art. 4º do Decreto 5.151/2004 e a LDO/2016; 1.b) Cópia dos editais completos desses processos seletivos disponibilizados no site do PNUD; 1.c) Cópia da documentação comprobatória das entrevistas realizadas; 1.d) Cópia das comunicações à ABC da contratação dos consultores selecionados, conforme disposto na Portaria/MRE nº 717/06, Art. 16, VI;

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1.e) Documentação comprobatória de que os preços contratados são adequados e compatíveis com os de mercado, observada a complexidade dos serviços e as qualificações dos consultores. Além disso, foi constatado que os processos de seleção não são devidamente formalizados com a seguinte documentação:

� Solicitação da realização dos processos seletivos pelas áreas interessadas; � Atas de abertura, ou qualquer outro documento, que comprove a abertura dos processos seletivos; � As pessoas envolvidas ou responsáveis pelos processos seletivos (comissão de seleção); � Os atos de adjudicação e homologação dos resultados finais;

2 – De modo específico, quantos aos processos seletivos foi verificada (o): 2.1 - TOR nº 141392: a) ausência de prazo entre a publicação do edital (em 16/05/2016) e a abertura do prazo para envio e recebimento dos currículos dos candidatos, que foi de 16 a 25/05/2016; b) restrição à competitividade do processo seletivo: da análise do TOR constatou-se excesso dos requisitos desejáveis estabelecidos no TOR (quantidade), alto grau de especificidade e detalhamento desses requisitos desejáveis, bem como a concentração do peso maior da pontuação nos requisitos desejáveis (320 pontos) em detrimento dos obrigatórios (210 pontos); c) alteração no item 6 do Relatório de Seleção de Consultor, referente aos requisitos desejáveis estabelecidos no TOR: já na fase de análise, foi acrescentado o requisito “participação em espaços de concertação e negociações institucionais (conselhos, fóruns de desenvolvimento local e correlatos) ligados à habitação social” e foram retirados os seguintes requisitos: “Experiência na capacitação e assessoria de grupos de moradores reunidos em comunidades, associações ou cooperativas de moradias” e “Experiência na elaboração de projetos habitacionais de interesse social e de melhorias habitacionais – em larga escala, inclusive no levantamento de custos e projetos econômico-financeiros.”; d) classificação da candidata ... sem o preenchimento dos requisitos obrigatórios e/ou desejáveis relacionados no referido TOR. e) ausência do currículo do candidato ..., arrolado no item 7 do Relatório de Seleção de Consultor.

2.2 - TOR nº 141263:

a) ausência do Relatório de Seleção de Consultor na documentação disponibilizada do processo seletivo; b) a ocorrência de duas publicações na documentação disponibilizada (TABELA 1 – Qualificação Profissional – Pontuação) sem cópia da publicação no jornal da 2ª publicação e sem a indicação de que foi reaberto o prazo para apresentação dos currículos dos candidatos. 3. Por fim, verificou-se que editais de seleção foram publicados de forma extremamente resumida em jornal de grande circulação na área de Brasília, impossibilitando relacionar as

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publicações aos respectivos processos seletivos. Frise-se que o edital completo não foi disponibilizado à equipe de auditoria.

##/Fato##

Causa Não observância das normas vigentes no tocante aos procedimentos de seleção e contratação de consultores. Fragilidades dos processos seletivos. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Em atendimento ao item 1 da Solicitação de Auditoria nº 201700270/005, o Projeto, por e-mail, informou o seguinte: 1.a) comprovação prévia de que os serviços objeto das consultorias não poderiam ser desempenhados por servidores da própria CAIXA:

“as comprovações condizentes aos processos acima estão presentes na pasta referente à SA 201700270_005.”

1.b) Cópia dos editais completos disponibilizados no site do PNUD:

“as cópias foram solicitadas ao PNUD. Estamos aguardando retorno.” Em complementação a essa resposta, no dia 06/03/2017, o Projeto apresentou, intempestivamente, a seguinte manifestação:

O PNUD nos informou que “a publicação no site do PNUD fica disponível por um período mínimo “. Normalmente o tempo determinado em que ocorre o processo de seleção indicado pelo Projeto. Tentamos extrair no site do PNUD os referidos editais, mas a pesquisa mostra somente os editais recentes.

1.c) cópia da documentação das entrevistas realizadas:

“A entrevista é opcional. Não houve entrevistas nos processos mencionados.” 1.d) Cópia da comunicação à ABC referente à contratação dos consultores:

“Informamos que o conhecimento dado à ABC é no ato de inclusão dos contratos das consultorias no SIGAP. Informamos que a partir de então observaremos o estrito atendimento à norma e providenciaremos todas as consultas a partir das futuras contratações.”

1.e) Documentação comprobatória de que os preços são adequados:

“O Projeto procura seguir a orientação do PNUD de nunca se pagar o teto ao consultor. O PNUD não possui uma tabela de referência para contratação de consultorias. Entendemos que para este tipo de contratação existem diversas variáveis, como por exemplo: a qualificação do consultor, a disponibilidade do consultor, o prazo de execução do contrato, a complexidade dos serviços, os insumos disponíveis para execução dos

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serviços, a prioridade que a agência executora do projeto dá para a contratação, etc. Nossa recomendação sempre é que cada caso seja avaliado separadamente, e que o bom senso seja utilizado sempre que a dúvida surgir. As únicas limitações impostas pelo PNUD dizem respeito ao valor máximo a ser pago por dia de consultoria, que não deve ultrapassar USD 1 mil. Também recomenda-se que contratos com valores acima de USD 100 mil sejam avaliados para a verificação da possibilidade de conduzir um processo de compras ao invés de contratação de consultoria pessoa física. Portanto (sic) cabe ao gestor do componente avaliar a complexidade dos serviços e a qualificação requerida pelo profissional.”

Em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201700270/017, o Projeto assim se manifestou, editado apenas na indicação de nomes de pessoas físicas a fim de preservá-la: 2.1) TOR 141392

“(...) a) Reconhecemos que deveria ter havido um prazo entre a publicação e a abertura de prazo para envio e recebimento dos currículos. Por ocasião das próximas publicações, estabeleceremos um prazo aceitável, para que esse tipo de erro não ocorra mais. b) A especificidade e o detalhamento de requisitos desejáveis descritos no TOR foram necessários para chegarmos ao perfil de um profissional com experiência tanto em trabalhos com comunidades de habitação de interesse social, quanto com experiências de microcrédito. Verificando os candidatos analisados para a seleção do Consultor, 6 (seis) dos sete candidatos desclassificados não atendiam experiência profissional obrigatória. Os cinco candidatos classificados possuíam experiência profissional bem diversificada, atendendo tanto itens obrigatórios como desejáveis, o que demonstra que esses requisitos mais específicos e detalhados não imprimiram um caráter restritivo ao processo seletivo. c) O TOR já continha todos os requisitos para pontuação que foram transcritos para o Relatório de Seleção do Consultor. Ocorre que os requisitos que foram pontuados não correspondem exatamente aos quesitos que constam na experiência profissional requerida, porque as experiências que não constam para pontuação, citadas acima, já estavam contempladas nos seguintes requisitos que foram pontuados: “Experiência em assessoramento e gestão de projetos ou programas na área habitacional com ênfase no atendimento às comunidades vulneráveis” e “ Experiência em assessoria na criação e/ou viabilização de Grupos Associativos em bairros populares e/ou Cooperativas Habitacionais Populares.”. d) A candidata .... (editado), apesar de ter formação em curso Superior diferente dos cursos elencados, possui Mestrado em Ciências Sociais, e diversos cursos em áreas afins ao desenvolvimento urbano e à habitação de interesse social. Considerando a vasta experiência da candidata em gestão de projetos ou programas na área habitacional com ênfase no atendimento às comunidades vulneráveis, e em assessoria na criação e/ ou viabilização

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de Grupos Associativos em bairros populares e/ou Cooperativas Habitacionais Populares, que eram experiências profissionais obrigatórias, optamos por classificá-la como candidata apta a concorrer. Julgamos que a experiência profissional e o Mestrado eram mais significativos do que o primeiro Curso de formação da candidata, para o perfil do consultor pretendido. e O candidato enviou o currículo via correio, pois o arquivo era muito extenso. Não foi digitalizado à época por esta razão. Mas o componente o encaminhou. A cópia digitalizada está contida no link abaixo, na pasta referente à presente SA: \\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017”

2.2) TOR 141263

a) “Verificamos que a transferência do arquivo contendo a Nota Técnica e Relatório de Seleção da área demandante não havia sido concluída. Após nova tentativa, o arquivo encontra-se disponível na respectiva pasta da presente SA:” b) “Informamos que, para a seleção que culminou com a contratação do consultor ..., foi necessário proceder à publicação de um segundo edital, posto que não obtivemos 3 currículos válidos na primeira publicação, em analogia às disposições do Art. 22, §3º, da Lei 8.666/1993, e consoante orientações PNUD. A mensagem do PNUD encontra-se no link contendo a pasta da referida SA. \\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017”

3. Em relação à forma extremamente resumida da publicação dos editais em jornal de grande circulação, o Projeto informou que:

“Esclarecemos que a forma resumida da publicação visa dar mais economicidade aos processos de contratação em conformidade com a orientação do PNUD (mensagem de 07/01/2013) a qual sugere publicar os editais de contratações de forma resumida para não onerar os custos com publicações, uma vez que estas são publicadas em jornais de grande circulação e por tal motivo demandam custos elevados. Ressaltamos que no anúncio publicado há um link com direcionamento para o site do PNUD onde consta o ToR divulgado integralmente. Em anexo, segue orientação do PNUD corroborando o mencionado acima.”

Por meio do Ofício nº 021/2017 – CAIXA/PNUD, de 22/03/2017, o Projeto apresentou a seguinte manifestação ao Relatório Preliminar:

“Resposta CAIXA: (...), esclarecemos que algumas consultorias exigem maior grau de complexidade para a execução a depender da natureza da demanda sendo necessária uma apurada especificidade quanto às qualificações do consultor. Citamos como exemplo o ToR 141392, cuja

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especificidade e o detalhamento de requisitos desejáveis foram necessários para o perfil de um profissional com experiência tanto em trabalhos com comunidades de habitação de interesse social, quanto com experiências de microcrédito para auxiliar a CAIXA no desenvolvimento de solução viável para esse público, considerando o histórico e a dificuldade existente para esse serviço/produto.

(...), esclarecemos que o estabelecimento do valor da consultoria é realizado com base em pesquisa de mercado, por meio de contatos telefônicos ou sites, como o IBCO – Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização. Com base na recomendação da auditoria, nos propomos a aprimorar os processos e registrar as pesquisas realizadas para estabelecimento do valor dos contratos. (...) compreendemos que existe a observância aos princípios da publicidade e impessoalidade, não sendo necessária, portanto, inclusão do item no relatório de auditoria (...)”.

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Considerando as justificativas apresentadas pelo Projeto, necessário tecer os seguintes comentários: 1.a) Em relação à comprovação prévia de que os serviços objeto das consultorias não poderiam ser desempenhados por servidores da própria CAIXA, em que pese a informação de que estavam disponíveis na pasta referente à SA 201700270_005, os mesmos não foram encontrados no local informado para os TOR nºs 141263 e 141392. Assim, restou não comprovada a consulta prévia ao setor de RH da CAIXA, em descumprimento ao Decreto 5.151/2004 e a LDO 2016 (§2º, art. 17, da Lei 13.242). A resposta da área de Desenvolvimento e Capacitação foi de que “não possuímos nos nossos registros informações referentes à “Experiência profissional e produção científica”. Ou seja, informou que os registros mantidos pela CAIXA não continham informações a respeito da experiência profissional e da produção científica de seus funcionários, mas não que seus servidores não poderiam desempenhar os serviços objetos da consultoria. 1.b) quanto à disponibilização do edital completo dos processos seletivos analisados, em que pese as Solicitações de Auditoria nºs 201700270/001 e 201700270005, até o encerramento dos trabalhos de campo o Projeto não os disponibilizou. Oportuno registrar que a equipe de auditoria não teve acesso a essa informação no site do PNUD, pois os mesmos já não estavam mais disponíveis para consulta pública tendo em vista que tanto o processo seletivo como o exercício de 2016 já se encerraram quando da realização da auditoria. Tal fato foi corroborado com a manifestação do PNUD. Assim, não foi possível atestar o prazo concedido para o recebimento dos currículos e a data da abertura dos processos seletivos para os TOR’s nºs 141392 e nº 141263. Entretanto, o Projeto reconheceu, no caso do TOR 141392, que os prazos para o recebimento dos currículos foram exíguos, conforme comentado no item 2.1.a abaixo. Segundo o item 3.5.2 do documento CAIXA#CONFIDENCIAL 10 – ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA CAIXA/PNUD/MRE-ABC – PROJETO BRA/09/004, “cabe à

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Direção do Projeto arquivar a documentação de suporte de cada ação processada eletronicamente nos sistemas” de gerenciamento do PNUD. Assim, a resposta do Projeto - de que as cópias completas dos editais foram solicitadas ao PNUD e que estava aguardando retorno - vai de encontro à norma que rege o Projeto. Portanto, o Projeto deveria ter guardado/arquivado uma cópia eletrônica ou física dos referidos editais, pois estes são parte integrante de todos os processos seletivos, conforme dispõe a legislação nacional. De acordo com o item 3.6.18 do documento CAIXA#CONFIDENCIAL 10 – ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA CAIXA/PNUD/MRE-ABC – PROJETO BRA/09/004, o Projeto deveria manter um dossiê com os documentos relativos a cada processo seletivo realizado. O Projeto disponibilizou, em resposta ao Relatório Preliminar, cópia de mensagens trocadas com o PNUD sobre a publicação desses editais. Entretanto, não se referem aos editais propriamente dito, conforme solicitado pela auditoria. Portanto, mantém-se este item. 1.c) O Projeto afirmou que a entrevista é opcional e que não houve entrevistas nos processos analisados. Porém, para o processo seletivo referente ao TOR 141263, essa informação não procede, pois, em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201700270/001, foi disponibilizada a Tabela 1 – Qualificação Profissional – Pontuação (1ª e 2ª publicações), em que se pode verificar que efetivamente foi realizada a entrevista dos 02 candidatos selecionados. Em resposta ao Relatório Preliminar, o Projeto disponibilizou a mesma tabela de pontuação já mencionada no item 1.c acima, o que reforça que não há registro formal da entrevista efetuada. Essa entrevista se deu por telefone (não presencial), sem informação da data, hora e número telefônico utilizado, conforme e-mail com as trocas de mensagens entre o Projeto e a área interessada na contratação de consultor para o TOR 141263. 1.d) No tocante à ausência da comunicação à ABC, a justificativa do Projeto corrobora que não tem observado as normas, em que pese o Projeto estar em execução desde 2009, portanto, a sua vigência é posterior à Portaria MRE 717/2006. 1.e) quanto aos preços contratados de consultoria serem adequados e compatíveis com os de mercado, tem-se que a justificativa da disponibilidade do consultor e do bom senso não são, e nem deveriam ser, critérios pautados pelo Projeto para estabelecer o preço de uma consultoria. Quanto à qualificação do consultor impactar no valor dos serviços prestados, tem-se que, da análise dos Termos de Referência dos processos selecionados, a exceção do TOR nº 141392, os requisitos de qualificação profissional não são significativos ou restritivos, pois o Projeto não exige dos candidatos tempo de formação superior, cursos de pós-graduação não são obrigatórios e nem eliminatórios, e em apenas um processo foi exigida a experiência mínima profissional de 10 anos. Sendo assim, as varáveis (a disponibilidade do consultor, o bom senso e o limite de USD 1,000.00/dia) para estabelecer os preços das consultorias são frágeis e não tem como atestar que os preços contratados são adequados e compatíveis com os de mercado. Em que pese a manifestação do Projeto ao Relatório Preliminar a este item, em momento algum foi comprovada a realização da pesquisa de mercado ou a consulta a sites para o estabelecimento do valor da consultoria contratadas em 2016.

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Oportuno registrar que os atos da administração pública são todos formais, por isso, a consulta telefônica não tem validade probatória da sua efetiva realização. Não obstante isso, observou-se que os preços de consultoria são bem expressivos. 2) Em relação aos itens específicos dos processos seletivos, tem-se os seguintes comentários:

2.1 - TOR nº 141392: a) O reconhecimento por parte do Projeto de que os prazos para o recebimento dos currículos foram exíguos corrobora o apontamento da auditoria. b) Em que pese as justificativas do projeto para os requisitos desejáveis, a complexidade, as especificidades e o detalhamento de tais requisitos podem ter imprimido um caráter restritivo e/ou direcionado o processo seletivo para o candidato vencedor, que preencheu perfeitamente todos os requisitos desejáveis estabelecidos no TOR, obtendo 520 pontos, quase a totalidade máxima dos pontos permitidos, que era de 530, (98,11% da pontuação possível), conforme cotejamento entre os requisitos desejáveis e a experiência profissional indicada no currículo do candidato.

Além disso, o candidato vencedor já atuou na CAIXA, conforme a seguir detalhado: � Contrato de Trabalho a Termo: assessor estratégico do Presidente e dos Vices Presidentes da CAIXA, no período de 08/04/2014 a 08/04/2016 � Foi diretor executivo da Fundação Bento Rubião e atuou em diversos trabalhos pela fundação, entre eles:

▪ em diversos contratos de repasses celebrados com a CAIXA; ▪ Contrato com a CAIXA, por instrumento particular, originado por habilitação a partir de edital público nº 001/2008: prestação de serviços técnicos sociais especializados, em caráter temporário, no âmbito dos projetos habitacionais, de urbanização de assentamentos precários e de regularização fundiária gerenciados pela CAIXA. ▪ Contrato com a Fundação da Caixa Econômica Federal no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida Entidades, desempenhando a entidade o papel de entidade organizadora, responsável: I. Pela elaboração de projetos técnicos de arquitetura, engenharia, urbanismo e social; II. Pelo orçamento, montagem e gestão financeira; III pela gestão das obras e implementação do trabalho técnico social. ▪ Contrato entre a Caixa Econômica Federal e a Associação Habitacional Padre Reuters no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida Entidades, desempenhando a entidade o papel de entidade organizadora, responsável: I. Pela elaboração de projetos técnicos de arquitetura, engenharia, urbanismo e social; II. Pelo orçamento e montagem financeira da operação;

Em relação à manifestação do Projeto ao Relatório Preliminar para este item, mantemos o entendimento relatado acima. c) Quanto à alteração dos requisitos presentes no TOR, em que pese a justificativa do Projeto, como o Termo de Referência faz parte do edital, a sua alteração implica em nova publicação do edital e abertura de novo prazo para apresentação de currículos, o que não ocorreu. Então, o princípio da publicidade neste item não foi observado.

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Ademais, o componente/Projeto não pode, discricionariamente, alterar os requisitos no momento da análise dos currículos por entender que os requisitos pontuados não correspondiam, exatamente, aos quesitos de experiência profissional requerida. d) Em relação à classificação da candidata ..., a justificativa do componente deve ser recebida com ressalvas, pois os requisitos de qualificação profissional estabelecidos no Termo de Referência deveriam nortear todo o processo seletivo, e a “comissão” não tinha o poder discricionário de alterá-lo, independentemente das demais qualificações da candidata. e) Quanto à ausência do currículo do candidato ... na documentação disponibilizada à equipe de auditoria, em que pese a justificativa do Projeto de que a “cópia digitalizada está contida no link abaixo, na pasta referente à presente SA", essa disponibilização na pasta foi intempestiva e após o encerramento dos trabalhos de campo, de modo que não foi possível a análise do referido curriculum. 2.2 – TOR 141263:

A Nota Técnica e o Relatório de Seleção só foram disponibilizados à equipe de auditoria após o encerramento dos trabalhos em campo, sem tempo hábil para análise. Esse fato restringiu os trabalhos de auditoria no tocante à análise completa deste processo seletivo. Quanto à informação de que foi necessário proceder à publicação de um segundo edital para esse processo seletivo, tal informação não foi documentalmente comprovada, posto que não foi apresentada a cópia dessa 2ª publicação em jornal de grande circulação. Não há, também, como atestar que foi reaberto novo prazo para entrega dos currículos de interessados. 3. Não obstante os esclarecimentos do Projeto para a publicação dos editais em jornal de grande circulação, sob alegação de redução de custos, tem-se que a forma resumida não permite relacionar a publicação com o respectivo TOR de modo a atestar que efetivamente houve a publicidade de determinado processo seletivo. Ao menos deveria constar o número do TOR no edital publicado. Ressalte-se que o link com direcionamento para o site do PNUD não fica disponível para acesso ao público em geral após o encerramento do exercício ou do processo seletivo. Diferentemente dos requisitos obrigatórios que abrangem diversas áreas do conhecimento (graduação em administração, economia e/ou contabilidade e pós graduação lato ou stricto sensu em Finanças, administração, economia, contabilidade, controladoria, análise de sistemas, engenharia de software e/ou banking), os requisitos desejáveis foram bem específicos, como mestrado em gestão do conhecimento da informação e doutorado em ciência da informação, tendo tais requisitos sido incluídos no Relatório de Seleção, entre outros. O candidato vencedor apresenta mestrado e doutorado exatamente nessas áreas. 3 - Foi verificado, ainda, para o processo seletivo referente ao TOR 141582: a) que a publicação do processo seletivo em jornal de grande circulação ocorreu no dia 23/09/2016 (6ª feira) e o recebimento dos CV na CAIXA ([email protected]) foi de 23 a 30/09/2016. Logo, para esse caso, não houve prazo entre a publicação e a data de início do recebimento dos currículos em descumprimento às normas do PNUD.

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b) a inclusão no Relatório de Seleção de Consultor de requisitos desejáveis ou classificáveis não estabelecidos no TOR, tais como: Experiência mínima de 03 anos em desenvolvimento/ caracterização de indicadores e sistemas para gestão de informações; Mestrado em gestão do conhecimento da informação; Doutorado em ciência da informação; Experiência em capacitações e/ou treinamentos relacionados a avaliação econômico-financeira de empresas; Experiência comprovada de atuação com clientes pessoa jurídica em instituições financeiras; Experiência em desenvolvimento e aplicação de técnicas e métodos para a análise de cenários competitivos; Experiência em desenvolvimento e aplicação de técnicas e métodos para modelagem de processos organizacionais. c) concessão de 15 pontos ao candidato vencedor no quesito “experiência em desenvolvimento e aplicação de técnicas e métodos para modelagem de processos organizacionais”, mas na análise do currículo do candidato vencedor não foi identificada a experiência profissional de 05 anos nesse quesito. d) O período de experiência informada no currículo do candidato vencedor como pesquisador da UNB (2012 a 2016) não confere com o período informado na Declaração emitida pelo Coordenador Geral do acordo FUB/CDT – SRJ/MJ – Faculdade de Tecnologia/UNB: de 03/2013 a 09/2013 (06 meses) e de 08/2013 a 11/2013 (03 meses), totalizando 09 meses. e) O período informado no CV do candidato vencedor como tendo atuado no PNUD CAIXA como consultor (2014 a 2016) não confere como a Declaração do PNUD: 30/09/2014 a 15/04/2015 (6,5meses) e 15/09/2015 a 16/03/2016 (6meses), totalizando 01 (um) ano. Ou seja, o candidato vencedor foi consultor do Projeto BRA 09/004 por dois contratos e o encerramento do 2º contrato ocorreu poucos meses antes deste processo seletivo. Releva destacar que, em relação à alteração e/ou inclusão de requisitos desejáveis do TOR no Relatório de Seleção de Consultor, conforme já comentado neste item, os Editais completos dos processos seletivos não foram disponibilizados, de modo que não foi possível comparar os requisitos obrigatórios e os desejáveis/classificáveis estabelecidos no Edital com o que constou no Relatório de Seleção. Pelo exposto, não é possível atestar a normalidade e conformidade dos processos seletivos e a aderência do Projeto às normas e legislação sobre Projeto de Cooperação Técnica, bem como não é possível afirmar de que:

(i) não houve direcionamento nesses processos seletivos; e (ii) os princípios de impessoalidade e imparcialidade foram devidamente observados

pelo Projeto. Em que pese a solicitação do Projeto de retirar a menção ao princípio da publicidade da recomendação a seguir, considerando o exposto nos itens acima, mantém-se a referida citação na recomendação de aprimoramento das rotinas de controle interno. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aprimorar e observar as rotinas de controles internos de contratação de consultores no âmbito do BRA 09/004, estabelecendo que: (i) os processos de seleção sejam organizados e registrados adequadamente e estejam sustentados por documentação comprobatória suficiente; (ii) na elaboração dos TOR, as qualificações exigidas e desejáveis do consultor sejam definidas proporcionalmente à complexidade dos serviços, sem especificidades que comprometam ou restrinjam o caráter competitivo; (iii) sejam observados os princípios da publicidade e da impessoalidade, de modo a garantir a competitividade e

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transparência dos processos seletivos; e (iv) sejam adotados critérios objetivos no estabelecimento do valor das consultorias, tendo por parâmetros os preços praticados no mercado e a complexidade da consultoria, observados os limites impostos pelo PNUD. 1.1.2.3 CONSTATAÇÃO Produtos de consultoria sem características de serviço especializado. Pagamento por versão prévia de produto de consultoria. Execução parcial de consultoria. Fato De 45 produtos de consultorias entregues no exercício de 2016, totalizando R$ 1.136.055,00, foram analisados 17 produtos, no montante de R$ 678.515,00 (59,73%), sendo verificado o que se segue: 1 - Em relação aos produtos 08 e 09 do consultor CPF ***.884.979-** , em que pese estarem conforme solicitado no TOR, não apresentam as características de um serviço especializado que não pudessem ser feitos por funcionários da CAIXA, pois:

� o Produto 08 (relatório contendo levantamentos e subsídios para a definição de pacote de serviços bancários aplicáveis ao agricultor familiar, de acordo com a legislação do crédito rural e com o mercado, baseado na experiência das instituições concorrentes) tratou da comparação, mediante transcrição, dos pacotes de serviços disponíveis aos clientes de 10 instituições financeiras, de acesso a qualquer pessoa nas agências ou nos sites das referidas instituições.

� no Produto 09 (relatório contendo subsídios às instruções normativas, modelos e sistema operacional necessários para controle e acompanhamento da necessidade de regularização do crédito, por meio da formalização de aditivos aos instrumentos de crédito, visando sanar eventuais irregularidades verificadas nos laudos de acompanhamento do Assessoramento Técnico em Nível de Imóvel (ATNI), fiscalização ou outros mecanismos de comprovação de aplicação do crédito rural em operações de PRONAF e demais produtores rurais), o consultor, da fl. 2 a 9, transcreve e destaca alguns itens de Capítulos e Seções do Manual de Crédito Rural do Bacen, da fl. 10 à 17, transcreve algumas das cláusulas constantes dos instrumentos da Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária, Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária – Cooperativa, Cédula de Crédito Bancário e Cédula de Crédito Bancário – Cooperativa, relativas à aplicação e condução de operações de crédito rural, passíveis de serem aditadas. No arquivo disponibilizado à equipe de auditoria, faltaram todos os Anexos citados no Produto, em especial a Minuta de Aditivo, objeto da consultoria.

2 – Em relação aos Produtos 07 e 08 do consultor CPF ***.699.365-**:

� aceitação e pagamento da versão preliminar do Produto 07, considerando a forma desmembrada do Produto em: Produto 7 0 capa, Produto 7a, Produto 7b, Produto 7c, Produto 7d.

� Atraso de 06 meses na entrega do Produto 08, pois no TOR estava prevista a data de

14/06/2016, entretanto, observou-se que o pagamento ocorreu no dia 13/12/2016.

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3 - não comprovação da execução total do contrato do consultor CPF ***.380.168-** (TOR 141263), considerando o encerramento da vigência do contrato em 30/12/2016, sem aditamento:

� Produto 02 (Realização de 03 oficinas com os empregados do Back Office); � Produto 03 (Realização de 03 oficinas com os empregados do Midlde Office); e � Produto 05 (Realização de 03 oficinas com os empregados do Midlde Office Back e do

Office) 4 – enquadramento da consultoria de C.P.F ***.884.979-** nas atividades indicativas e componentes do Plano de Trabalho 2013/2016. O Projeto foi instado a se manifestar sobre os fatos apontados, por meio das Solicitações de Auditoria nº 201700270/010 e 201700270/017. ##/Fato##

Causa Falhas no atesto dos produtos de consultoria. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de e-mail, o Projeto assim se manifestou: 1) Produtos 08 e 09 do consultor CPF ***.884.979-**:

“PRODUTO 08 Relativamente ao Produto 08, cabe esclarecer que os trabalhos foram desenvolvidos pelo Consultor em 03 (três) grandes etapas: a) Análise da legislação aplicável ao cliente produtor rural (agricultor familiar e demais produtores rurais) no que se refere à oferta de produtos e serviços autorizados pelo Manual do Crédito Rural (itens 3.3. a 3.5); b) Realização de “benchmark” nos principais bancos concorrentes no segmento do agronegócio. As instituições financeiras escolhidas representam as 10 maiores aplicadoras em crédito rural, conforme dados estatísticos divulgados pelo Banco Central do Brasil – Matriz de Dados do Crédito Rural - MDCR – Visão por Segmento e por Instituição Financeira Pública e Privadas (itens 3.6 a 3.8); c) De acordo com os dados levantados nas alíneas “a” e “b” acima, elaborou proposta de criação de cesta diferenciada para produtores rurais classificados como produtor rural familiar e produtor rural empresarial, bem como de implementação de cartão personalizado e de oferta de Seguro Dívida Zero, valorizando ainda mais este segmento de clientes na CAIXA (itens 3.9 a 3.13). O produto entregue foi resultado das fases acima, em especial do “benchmark” realizado em outras instituições financeiras. Para realização de trabalho dessa natureza o Consultor tem maior possibilidade de acesso, em virtude da rede de relacionamento que esse tipo de profissional detém. PRODUTO 09

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Com relação ao Produto 09, informamos que: a) Para a confecção do referido produto, quais sejam minutas de modelo de aditivos visando a regularização de operações de crédito rural, seria essencial que o trabalho tivesse embasamento:

i.na legislação do Banco Central do Brasil, o que é passível de ser aditado; ii.nas cláusulas constantes nos instrumentos de crédito assinados pelos

produtores; iii. nos laudos de fiscalização e de acompanhamento ou em outros instrumentos

de comprovação da aplicação do crédito, como por exemplo, auditorias internas e/ou externas;

iv.em experiências e vivências práticas de tais situações que justificam a regularização de operações por meio de aditivo ao instrumento de crédito original. Assim, os trabalhos de confecção de minutas a serem submetidos à análise da área jurídica da CAIXA devem ser realizados por Consultor especializado e com notória experiência na condução de operações de crédito rural, como é o caso do Consultor que realizou o presente trabalho. b) Os Anexos, por apresentarem um volume expressivo de folhas, foram apresentados em arquivo separado ao Produto, e a citação das páginas contendo apenas o nome dos anexos foi simplesmente para efeito de encadernação do Produto entregue pelo Consultor. Seguem, em anexo, todos os arquivos citados como Anexos do Produto 09. Informamos que os anexos citados na letra b referentes ao produto 9 serão disponibilizados até amanhã, dia 23/02. Assim, pelas razões acima apresentadas e considerando que: a) os empregados CAIXA à época não dispunham desse tipo de conhecimento, em especial sobre o conjunto de legislação que rege a matéria abordada, bem como experiências bancárias praticadas pelos demais agentes financeiros; b) a crescente demanda de crédito rural por parte das agências exige foco total da equipe da SUAGR na operacionalização dos produtos e no suporte às dúvidas da Rede; c) o crédito rural exige ampla experiência bancária, principalmente no cumprimento da legislação vigente e nas boas práticas adotadas pelos principais bancos que atuam no agronegócio. Diagnosticou-se a necessidade de desenvolvimento dos produtos por meio de consultoria PNUD, os quais estão sendo de grande importância para que a CAIXA atenda mais e melhor os produtores rurais, aumentando o volume de crédito ofertado e contribuindo, assim, para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. Cabe ainda destacar que a seleção do Consultor para realização do trabalho considerou sua vasta experiência na área rural, principalmente com crédito rural. Ele é formado em Engenharia Agronômica e possui MBA em Agronegócios pela USP/ESALQ, em Piracicaba. Trabalhou por mais de trinta anos no Banco do Brasil, sempre na área do agronegócio, exercendo

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funções em agências, com destaque para a área de fiscalização de operações rurais; em superintendência estadual; e na Diretoria de Agronegócios do BB em Brasília, onde trabalhou por mais de quinze anos, em diversas áreas, tais como crédito para a Agricultura Familiar - PRONAF, Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - PROAGRO, Assistência Técnica em Nível de Imóvel - ATNI, Assessoramento Técnico em Nível de Carteira - ATNC, crédito para a Agricultura Empresarial, etc., sempre na confecção de normas internas para contratação e manutenção de operações de crédito rural.”

2) Produtos do consultor CPF ***.699.365-**.

� Produto 07:

“5 Aguardando o componente 6. A resposta será enviada amanhã, dia 03/02.”

No dia 06/03/2017, o Projeto apresentou, após o encerramento dos trabalhos de campo, a seguinte complementação:

“Esclarecemos que o produto 7 da Consultoria do FSA, conduzida pelo consultor ... (editado), foi recebido e aprovado originalmente em sua forma preliminar, cujo ateste considerou a relevância das premissas básicas da metodologia proposta pela consultoria. Entretanto, em comum acordo com o consultor, o produto em comento assumiu caráter incremental, na medida em que os demais produtos (8 a 11) foram desenvolvidos e testados, validando teses e os demais itens contidos na versão preliminar, inclusive subsidiando implementações (já realizadas) que resultaram no reposicionamento do processo operacional do FSA CAIXA. Segue em anexo a versão definitiva do Produto 7 da Consultoria ... (editado), em substituição à versão preliminar, relativa à metodologia de gerenciamento do FSA CAIXA. Informamos que o produto 7 (metodologia gerenciamento – FSA) encontra-se anexo ao link: \\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017 contido na pasta referente à SA 201700270/017”

� Produto 08: “Resposta: A referida Consultoria foi prorrogada por meio de Aditivo em 26/07/2016, alterando os prazos da entrega dos produtos conforme novo Cronograma Físico-Financeiro (anexo). Ademais, em análise do cronograma originalmente proposto, consideramos necessário para assegurar maior benefício ao produto 8, alterar a ordem de entrega para o final dos trabalhos, tornando-o mais consistente e alinhado ao objetivo pretendido para esta consultoria.”

3) não comprovação da execução total do contrato do consultor CPF ***.380.168-**, considerando o encerramento da vigência do contrato em 30/12/2016, sem aditamento:

Em atenção ao presente questionamento, seguem esclarecimentos:

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� Produto 02 02 – Foi realizada apenas uma Oficina na vigência do contrato para o Backoffice, em São Paulo, dias 20, 21 e 22 de Julho de 2016, o que equivale um terço do produto; � Produto 03 – Não entregue / Atividade não realizada; � Produto 05 – Não entregue / Atividade não realizada.

4) enquadramento da consultoria de CPF ***.884.979-** nas atividades indicativas e componentes do Plano de Trabalho 2013/2016:

“1 - Em atenção ao presente item, informamos que: (...). A consultoria do Sr. ... (editado) se enquadra na atividade 5.2.5 - Desenvolver metodologia de inovação de processo de concessão e controle das operações de credito rural. O objetivo é possibilitar o acesso de um número cada vez maior de produtores rurais ao crédito rural, principalmente com perfil de agricultura familiar. (...)

Após a Reunião de Busca Conjunta, a GN Padrões e Operações do Agronegócio apresentou, por e-mail, no dia 22/03/2017, a seguinte manifestação em relação aos produtos do Consultor:

“O Termo de Referência nº 141036, desenvolvido pelo Consultor ... (editado), contemplou um conjunto de 09 (nove) produtos afins que visam incrementar e solidificar o papel da CAIXA também como agente financeiro de apoio ao agronegócio brasileiro, diversificando, assim, suas atividades comercias também no meio rural e acrescentando nova opção/alternativa para os produtores acessarem o crédito rural, reduzindo seus custos e, consequentemente, podendo oferecer quantidade maior de alimentos a preços mais acessíveis aos consumidores.”

(...)

1) Produto 08:

“Com relação ao Produto 8 (relatório contendo levantamentos e subsídios para a definição de pacote de serviços bancários aplicáveis ao agricultor familiar, de acordo com a legislação do crédito rural e com o mercado, baseado na experiência das instituições concorrentes), cabe acrescentar os seguintes esclarecimentos: a) O produto 08 teve como foco o pequeno produtor rural, agricultor familiar, público que a CAIXA não tem nenhuma expertise para atuar e nem empregados que detenham o conhecimento específico. Diante disso, verificou-se a necessidade de contratação de Consultor Externo, que tivesse amplo conhecimento deste nicho de mercado.

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b) Em relação aos apontamentos sobre benchmark, de fato, o empregado CAIXA poderia fazer, só que o entendimento e a qualidade das informações recebidas não seriam interpretadas (sic) da mesma forma que um profissional que já detém o conhecimento deste nicho de clientes. O Consultor, ao receber as informações, automaticamente, já pensa em oferecer serviços de uma forma melhorada, para que a CAIXA possa apresentar um diferencial no pacote de serviço; isto porque as regras de financiamento do crédito rural são iguais para todas as instituições financeiras. Assim, o diferencial entre as instituições se concentra nos pacotes de serviços apresentados para este público e também na forma de atendimento, com maior agilidade, menos burocracia, etc. c) Desta forma, entendemos que o conhecimento do Consultor Externo com relação ao agricultor familiar, suas atividades produtivas, seu ciclo de receitas obtidas com a produção, sua estrutura familiar envolvida no empreendimento financiado, são conhecimentos que só quem está há muito tempo atuando neste setor pode ter, além do fato de ainda compreender o porquê do mercado oferecer determinados tipos de serviços, que proporcionam benefícios indiretos, indo além do simples financiamento do crédito rural. d) Outrossim, considerando as peculiaridades deste tipo de crédito, considerando que a cobrança de tarifas aplicáveis ao público tomador do crédito rural é regulamentada pelo BACEN, considerando o cuidado da CAIXA em não ferir a legislação vigente, considerando o desconhecimento desta empresa sobre a atuação do Mercado quanto ao que pode e ao que não pode ser cobrado dos agricultores familiares na concessão de crédito rural, é que se tornou necessário o desenvolvimento do presente produto, por meio de consultor com larga experiência na área rural. e) Cabe ainda considerar que a CAIXA está em fase de obtenção de conhecimentos no que se refere à agricultura familiar e que atualmente trabalha com produtos só para o médio e grande produtor. O atendimento ao pequeno se dá apenas por meio de Cooperativas, visando cumprir a subexigibilidade PRONAF, que corresponde a 10% do Valor Sujeito a Recolhimento do Depósito à Vista. O objetivo em médio prazo é o de atuar com a contratação de financiamento diretamente com o agricultor familiar, no balcão ou por meio de correspondente negocial, assim, parte do resultado deste trabalho será verificado só nesta nova fase. f) Importante ressaltar que este trabalho apresentou subsídios para a revisão do pacote de serviços diferenciados oferecidos atualmente para o médio e grande produtor, nos mostrando que este pacote deve ser revisto. Neste momento, a área estratégica do agronegócio na CAIXA está em negociação com outras áreas afins, com objetivo de atualizar o pacote de serviços atualmente oferecidos para os produtores. g) Por fim, acrescentamos que a decisão em contratar consultor externo foi tomada, também, porque os trabalhos até então desenvolvidos nesse sentido sempre foram direcionados para os clientes da área urbana e não para os clientes da área rural.”

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2) Produto 09: “Com relação ao Produto 9 (relatório contendo subsídios às instruções normativas, modelos e sistema operacional necessários para o controle e acompanhamento da necessidade de regularização do crédito, por meio da formalização de aditivos aos instrumentos de crédito, visando sanar eventuais irregularidades verificadas nos laudos de acompanhamento do Assessoramento Técnico em Nível de Imóvel (ATNI), fiscalização ou outros mecanismos de comprovação de aplicação do crédito rural em operações de PRONAF e demais produtores rurais), cabe acrescentar os seguintes esclarecimentos: a) Quando a CAIXA iniciou a operacionalização do crédito rural, as minutas de contratação foram construídas baseadas em diversos modelos de outros bancos, visto que nem o departamento jurídico da CAIXA, à época, tinha conhecimento suficiente para confeccionar as minutas dos Instrumentos de Crédito. Após a confecção das minutas pela área de crédito rural, o jurídico analisou e aprovou a utilização dos modelos. Com a evolução gradativa nas linhas de financiamento, houve necessidade de buscar no mercado consultoria para avaliar se os modelos utilizados contemplavam todas as cláusulas que permitiriam maior segurança, em razão das alterações que surgem a cada Plano Safra divulgado pelo Governo Federal. b) Assim, o objetivo do desenvolvimento deste produto foi no sentido de o Consultor avaliar o trabalho feito pela CAIXA até então e propor melhorias que ainda não haviam sido vislumbradas no processo, principalmente de Fiscalizar o crédito rural. c) O foco do trabalho foi a apresentação de banco de minuta de cláusulas a ser utilizado em aditivos ao instrumento de crédito, visando sanar eventuais irregularidades verificadas no curso da operação. d) Cabe esclarecer que o resultado deste trabalho proporcionou a melhoria do processo de contratação da CAIXA, no que se refere à criação, via sistema, do editor de minutas. Esse editor já foi desenvolvido no sistema de contratação, neste momento encontra-se em fase de homologação e em breve será disponibilizado para utilização nas agências. Ressaltamos que este foi um passo muito importante para mitigação de riscos operacionais aos quais a CAIXA estava exposta. Até então o Instrumento de Crédito era feito manualmente pela agência, que escolhia as cláusulas de acordo com o tipo de financiamento. Com o editor de minutas, o sistema seleciona as cláusulas de acordo com o tipo de financiamento e suas garantias e imprime o Instrumento de Crédito para que o Gerente colha apenas a assinatura do cliente. Assim, pelos motivos já expostos e aliados aos presentes, e pelo conjunto de temas abrangidos no Termo de Referência, podemos afirmar: a) inclusive por meio de consulta prévia à área de RH, que os empregados CAIXA não teriam expertise suficiente e necessária para o pleno desenvolvimento dos Produtos citados;

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b) que os Produtos entregues contribuirão para o fortalecimento da CAIXA no atendimento das demandas dos produtores por crédito rural; na condução das operações de crédito visando à correta aplicação e ao cumprimento das normas emanadas do Banco Central do Brasil; na correta fiscalização das operações de crédito rural; e no fomento às ações voltadas ao desenvolvimento humano local.”

Por meio do Ofício nº 021/2017-CAIXA/PNUD, de 22/03/2017, o Projeto apresentou o seguinte posicionamento ao Relatório Preliminar (editado/suprimido nas indicações de nomes de pessoas a fim de preservá-las):

“Resposta CAIXA: (...), informamos que é rotina estabelecida pelo projeto a consulta à área de pessoas da CAIXA (SUDEC) sobre a existência de conhecimento interno para a execução das atividades das consultorias. Em nenhuma das consultorias contratadas, houve manifestação da SUDEC quanto à possibilidade de execução por empregados CAIXA. Foi consenso na reunião de busca conjunta de soluções que, ainda que haja empregados com a formação solicitada, é inviável a comprovação da experiência tendo em vista o quantitativo de empregados dentro do universo CAIXA. Entendemos que a (sic) ainda que alguns empregados tenha os conhecimentos e experiência para tal, a disponibilidade para desenvolver os produtos no tempo previsto para o ToR seria incompatível com a rotina que o empregado já exerce no seu dia-a-dia dentro de Empresa. A exemplo do Componente 5, houve explicita (sic) manifestação por parte da Gerente ... no tocante à contratação do consultor ... (editado) corroborando com o nível de especialização do produto exigido, sendo de extrema importância a experiência externa do consultor por se tratar de um tema completamente novo para a CAIXA, a exemplo do Crédito Rural. (...), reforçamos que os pagamento (sic) de produtos somente são realizados após o envio de Nota Técnica do Gestor do componente atestando a conformidade do produto. Já houve situação em que o pagamento parcial fora realizado, mas tal fato somente é permitido quando da rescisão contratual e com a concordância entre CAIXA e consultor (a exemplo do pagamento parcial do Produto 3 do consultor ... (editado), mencionada na Recomendação 2). Quanto à recomendação 2, informamos que o produto mencionado do consultor ... não pôde ser pago dentro do prazo em razão da tramitação da Revisão Substantiva que fora assinada somente em 26/12/2016. A justificativa para o pagamento parcial do produto consta na Nota Técnica anexa a este oficio.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Em face das justificativas do Projeto, necessário tecer os seguintes comentários: 1) Produtos 08 e 09 do consultor CPF ***.884.979-**:

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Os Produtos 08 e 09 do consultor, por tratarem de temas/assuntos que envolvem a área de domínio da CAIXA, conforme detalhado a seguir, poderiam ter sido executados pelos funcionários da CAIXA. Em relação ao Produto 08 (propor um pacote de serviços bancários para os produtores rurais já atendidos pela CAIXA), no valor de R$ 30.000,00, entende-se que a própria instituição bancária já detém essa expertise em estabelecer os seus pacotes de serviços para os seus clientes e cujo tema constitui a missão, a atividade fim, da CAIXA. No caso de “benchmark” alegado na justificativa, como se trata de um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os concorrentes, entende-se que a CAIXA, como instituição financeira, já executa, no seu dia a dia, essa comparação dos seus produtos com os dos seus concorrentes, não necessitando de contratar consultor para exercer atividade inerente à entidade. Não obstante a manifestação da GN Padrões e Operações do Agronegócio à Reunião de Busca Conjunta, em que pese a especificidade do público alvo (agricultores familiares), registre-se que o foco do questionamento da auditoria não é a consultoria do ... (editado) na área da agricultura familiar ou do pequeno produtor rural, mas se restringe unicamente aos objetos pontuais dos Produtos 08 e 09. Até porque os outros produtos do citado consultor não foram analisados por não terem sido selecionados no escopo da auditoria. Mantém-se o entendimento de que o Produto 08 consistiu, tão somente, na definição de um pacote de serviços/tarifas a ser oferecido a esse público alvo. Esse produto, em momento algum, tratou da atuação da CAIXA e de seus funcionários junto a esse público, nem mesmo às políticas de crédito agrícola para esses beneficiários. Em relação ao item 1b do campo “Fato”, o Produto 09 do consultor ... (editado) , no valor de R$ 30.000,00, consistiu na proposição de uma minuta de aditivo ao Laudo de Fiscalização do Crédito Rural já existente e utilizado pela CAIXA, no qual o consultor - após os levantamentos e verificações realizados (i) nos normativos do Banco Central do Brasil, (ii) nas cláusulas contratuais utilizadas nos instrumentos de crédito; (iii) nos Laudos de Visita Técnica e Acompanhamento elaborados pela CAIXA e utilizados pelas empresas responsáveis pela Assistência Técnica em Nível de Imóvel-ATIN; e (iv) nos Laudos de Fiscalização do Crédito Rural utilizado pela CAIXA - concluiu no item 3.9 (fl. 18) que o modelo utilizado pela CAIXA já contemplava os itens levantados na legislação analisada, conforme transcrito a seguir:

“3.9 O modelo de Laudo de Fiscalização do Crédito Rural utilizado pela CAIXA, Anexo 04, contempla a comprovação dos itens relacionados à correta aplicação do crédito e a condução da operação, conforme preceitua a alínea “b” do item 3.8, e, em caso de constatação de eventuais irregularidades, apresenta mecanismos que facilitam a regularização da operação.”

Assim, sugere apenas algumas alterações no modelo de laudo já existente e, até então, utilizado pela CAIXA, conforme a seguir transcrito:

3.10 No entanto e visando melhorar ainda mais o processo de fiscalização e de condução do crédito, estão relacionadas a seguir algumas sugestões de alteração no modelo de laudo atual: (sic)

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a) Quadro 2. IDENTIFICAÇÃO DO FISCAL EXECUTANTE: manter a mesma sequência de numeração dos itens do Quadro1.DADOS DA OPERAÇÃO, ou seja, iniciar com “01”; b) Quadro 3. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO: I. Incluir o item 1 – Nada realizado até esta data em função de ........, renumerando os itens seguintes; II. Verificar a possibilidade de exclusão do item 14, renumerando os itens seguintes, já que um dos objetivos da fiscalização é a correta aplicação do orçamento financiado, o que já está contemplado no item 8 do presente quadro; c) Quadro 4. VERIFICAÇÃO DAS GARANTIAS: I. Manter a mesma sequência de numeração dos itens do Quadro3.EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO, ou seja, iniciar com “01”, observado que os números ímpares indicam quadro de irregularidades e os números pares regularidades; II. Visando abranger todos os títulos de crédito, tanto as cédulas como os contratos, no item 56 atual poderia substituir o termo “Cédula Rural” por “Instrumento de Crédito”; III. Poderia ser incluído mais um item no quadro de irregularidade: Animais com a marca _______, divergente da constante no Instrumento de Crédito, visando facilitar a retificação da marca por meio de aditivo; d) Quadro 7. MANIFESTAÇÃO DA AGÊNCIA: I. Os itens 8 e 9 atuais se referem ao mesmo tema, podendo suprimir um deles; II. Poderia ser incluído o item: “Exigir o pagamento da (s) prestação (ões) vencida (s), no caso de não ser permitida a prorrogação, conforme alínea “f” do item 3.3.

Não obstante a afirmação do Projeto de que o P09 teve por objetivo de o “consultor avaliar o trabalho feito pela CAIXA até então e propor melhorias que ainda não haviam sido vislumbradas no processo”, segundo o TOR disponibilizado à equipe de auditoria, o P09 consistiu em apresentar um “Relatório contendo subsídios às instruções normativas, modelos e sistema operacional necessários para a formalização, controle e acompanhamento da necessidade de Prorrogação das operações de PRONAF.”. Portanto, os dois produtos, a princípio, não se apresentam como produtos especializados, de tal forma que poderiam ter sido elaborados e/ou realizados por funcionários da CAIXA, em que pese o setor de pessoal da instituição afirmar que a ferramenta do sistema de pessoal da CAIXA não identificar empregados que possuem experiência profissional e produção científica solicitadas nos TOR. Ressalte-se que os anexos do Produto 09 do consultor ... (editado) não foram disponibilizados à equipe de auditoria, não obstante a afirmação de que seriam disponibilizados até o dia 23/02, e que o processo seletivo do consultor ... (editado) não entrou no escopo da auditoria. 2) Produtos 07 e 08 do consultor CPF ***.699.365-**: O Componente 6 confirmou que efetivamente aceitou a versão preliminar do P07. Em que pese a concordância entre as partes de que o produto 07 assumiu caráter incremental, na medida em

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que os demais produtos (8 a 11) foram desenvolvidos e testados, validando teses e os demais itens contidos na versão preliminar, essa alteração não estava prevista no TOR e a CAIXA não comprovou ter promovido o aditamento do Termo de Referência para recepcionar tal alteração. Portanto, não poderia o componente 6, discricionariamente, aceitar e validar a versão preliminar do P07. Assim, o atesto deste produto pela CAIXA, nos termos do parágrafo anterior, foi precipitado pois foi uma versão prévia e não final do P07. Quanto ao P08, a análise é a mesma do item 2 acima (falha no planejamento). 3) Em relação à execução parcial do contrato do consultor CPF ***.380.168-** (TOR 141263), considerando o encerramento da vigência do contrato em 30/12/2016, não obstante não ter havido o pagamento dos referidos produtos, o Componente/Projeto não justificou o impacto que isso representou em relação ao não atingimento do objetivo da consultoria, que foi “repassar conhecimento aos empregados CAIXA quanto aos aspectos legais e os procedimentos envolvidos na contratação, manutenção, liquidação, análise documental, conformidade e controle relacionados aos produtos de comércio exterior”, bem como na capacitação dos empregados CAIXA. Considerando que o objetivo do Produto 01 foi a elaboração de proposta metodológica para a realização das oficinas previstas nos produtos 2 e 3, contemplando o conteúdo programático, a ementa, os objetivos de aprendizagem e a descrição do material que seria utilizado nessas oficinas, e que o consultor não realizou a totalidade das oficinas (de 09 oficinas previstas, apenas 01 foi realizada), o produto 01 não foi adequadamente utilizado em face de que não foram realizadas as oficinas previstas no P02 e P03, e não contribuiu efetivamente para o alcance dos objetivos da consultoria. A NT GENIT 002/17, de 20/03/2017, apresentada na manifestação do Projeto ao Relatório Preliminar, tratou do pagamento parcial devido ao consultor pela única oficina realizada. Afirma que por motivo de indisponibilidade de carga horária, o produto foi entregue parcialmente. A afirmação da indisponibilidade da carga horária do consultor para cumprimento total do objeto da consultoria é recepcionada com ressalvas, pois ao ser questionado sobre os preços praticados na contratação de consultorias, o Projeto alegou que um dos critérios adotados para estabelecer os preços era, exatamente, a disponibilidade do consultor, conforme comentado no item 1.1.2.2 deste Relatório (subitem 1.e). No caso concreto ora tratado, esse critério se revelou inapropriado. Considerando que 88,89% das oficinas previstas não foram realizadas pelo consultor, o objetivo da consultoria (“repassar conhecimento aos empregados CAIXA quanto aos aspectos legais e os procedimentos envolvidos na contratação, manutenção, liquidação, análise documental, conformidade e controle relacionados aos produtos de comércio exterior”) não foi atingido em sua plenitude, pois não houve a transferência de conhecimento aos empregados da CAIXA. Contudo, registre-se que um dos objetivos para celebração do BRA 09/004 foi exatamente o fortalecimento das capacidades da CAIXA para seu processo de internacionalização, com foco na área internacional, além de outras duas áreas.

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4) Em relação ao enquadramento da consultoria de CPF ***.986.177-** na atividade 5.2.5 (Desenvolver metodologia de inovação de processo de concessão e controle das operações de credito rural), tem- se que na revisão do Prodoc que prorrogou a vigência do BRA 09/004 até 2018, esta atividade foi excluída. Assim, restou não comprovada a necessidade de contratação da referida consultoria. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aprimorar e observar as rotinas de controles internos em relação aos produtos de consultorias, em especial: (i) que os produtos de consultorias sejam efetivamente especializados e que fique demonstrada a impossibilidade de serem executados por servidores da CAIXA; e (ii) os atestos sejam efetuados após o recebimento da versão final dos produtos. 1.1.3 Gerenciamento dos deslocamentos

1.1.3.1 CONSTATAÇÃO Não conformidade documental das diárias e passagens concedidas pelo Projeto no exercício de 2016. Falhas nos registros de diárias e passagens aéreas concedidas no sistema do PNUD no tocante aos componentes do Projeto e às contas contábeis 71605 e 71610. Fato Foram analisadas 100% das despesas contabilizadas em 2016 na rubrica 71620 no âmbito do BRA/09/004, no montante de R$ 22.432,00, em especial os processos de diárias concedidas a 02 (dois) consultores do projeto. As análises revelaram: 1) a intempestividade dos consultores na entrega dos relatórios de viagens, conforme demonstrado a seguir: a) os relatórios das viagens custeadas com recursos do BRA/09/004 realizadas em 2016 pelo consultor CPF ***.699.365-** somente foram entregues no dia 09/01/2017.

Data do retorno Destino

Relatório de viagem Data Prazo decorrido

04/02/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 340 dias 17/03/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 298 dias 12/05/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 242 dias 15/06/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 208 dias 19/08/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 143 dias 15/09/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 116 dias 06/12/2016 Brasília (DF) 09/01/2017 34 dias

b) os relatórios de viagens do consultor de CPF ***.986.177-** foram entregues conforme tabela a seguir:

Data do retorno Destino

Relatório de viagem Data Prazo decorrido

02/09/2016 São Paulo e Diadema 19/12/2016 108 dias 24/08/2016 Fortaleza e Recife 20/12/2016 118 dias

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2) para os trechos a seguir listados, os consultores não entregaram os comprovantes de embarque ao Projeto:

Tabela 1: ausência de devolução do cartão de embarque

CPF Trecho Data Evento Valor

faturado

***.699.365-** SDU/BSB 03/02/2016

Oficina para proposição de Modelo de Metodologia para elaboração de Planos de Aplicação Anuais do Fundo Socioambiental-FSA CAIXA.

R$ 757,18

***.986.177-**

SDU/FOR 21/08/2016 Entrevistar responsáveis experiências de melhorias e produção habitacional de interesse social com vistas à elaboração do Produto 2 do Contrato nº 2016/000.197/Tor Melhorias Habitacionais

R$ 523,82

FOR/REC 22/08/2016 R$ 475,58

REC/GIG 24/08/2016 R$ 447,88

Não obstante as pendências mencionadas nos itens 1 e 2 acima, o Projeto concedeu novas diárias a tais consultores. 3) Em relação ao consultor CPF ***.699.365-**: a) foi disponibilizado o cartão de embarque, no trecho RJ/BSB/RJ e nos dias 16/11/2016 (SDU/BSB) e 17/11/2016 (BSB/SDU), sem a devida concessão de diárias, sem a fatura da passagem aérea e sem o relatório de Viagem; b) reembolso no valor de R$ 487,52 na Relação de Gastos à Flytour Business Travel Viagetur Ltda (Fatura 081091). 4) o enquadramento na Atividade 5 de diárias concedidas ao consultor ***.986.177-** por meio do Voucher 343602, no valor de R$ 960,00, cuja consultoria está vinculada à Atividade 3 do PRODOC. 5) a classificação incorreta do valor de R$ 1.534,27 (USD 451,26) na conta contábil 71605 (Air Tickets-Internacional): tal despesa deveria ter sido contabilizada na conta 71610 (AirTickets-Domestic), pois, ao ser solicitada a disponibilização da documentação de suporte, verificou-se que o bilhete de passagem foi emitido para o trecho Fortaleza a Brasília no dia 12/12/2016, concedido à beneficiária que participou da Oficina Melhorias, em 13/dez/2016. Logo, o voo é doméstico e não internacional. ##/Fato##

Causa Não observância das rotinas do PNUD sobre a concessão de diárias e falta de controles internos na concessão de passagens aéreas e a respectivas prestações de contas. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por e-mail, o Projeto assim se manifestou quanto aos seguintes itens: 1a) Entrega dos relatórios de viagens do consultor ***.699.365-** referentes às diárias e passagens concedidas em 2016 somente em 09/01/2017:

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“Os relatórios de viagens do consultor ... (editado) encontram-se no link acima na pasta “Deslocamentos” contida na SA_201700270-006.”

Quanto à concessão de novas diárias a consultor com pendências de prestação de contas de deslocamentos anteriores, a unidade informou que:

“Não se aplica em razão do respondido acima.” 2) Ausência dos comprovantes de embarques de CPF ***.699.365-** e CPF ***.986.177-**:

“Os comprovantes de deslocamentos solicitados encontram-se na (sic) no link abaixo dentro da pasta referente à SA_201700270-006

\\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017”

3) Em relação ao consultor CPF ***.699.365-**: a) Concessão de passagem aérea no trecho RJ/BSB/RJ e nos dias 16/11/2016 (SDU/BSB) e 17/11/2016 (BSB/SDU) sem a correspondente concessão de diárias nesse período:

“Ao solicitarmos os esclarecimentos ao componente fomos informados de que o consultor se equivocou ao anexar o cartão de embarque em questão. Por esta razão não há comprovantes de voucher e diárias. A passagem foi adquirida por ele para vinda a Brasília, alheia ao projeto.”

b) Reembolso de R$ 487,52 à Flytour Business Travel Viagetur Ltda:

“Em atenção ao item 2, a referida justificativa encontra-se no link abaixo na pasta referente à SA_201700270_011 –

\\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017.” 4) Enquadramento na Atividade 5 de diárias concedidas a consultor cuja consultoria se refere à Atividade 3:

“Informamos que houve um enquadramento equivocado quando da concessão de diárias para o voucher 343602. Vamos solicitar ao PNUD correção para que a correta atribuição seja para a atividade 3.”

No dia 22/03/2017, mediante o Ofício nº 021/2017-CAIXA/PNUD, o Projeto apresentou o seguinte posicionamento ao Relatório Preliminar (editado na indicação de nomes de pessoas, para preservá-las):

“Resposta CAIXA: Informamos que a comprovação de que os bilhetes foram utilizados foram ratificadas pela agência "Flytour" junto às companhias aéreas e as mensagens encontram-se anexas, na pasta "bilhetes aéreos", razão pela qual entendemos que não se faz necessária a solicitação de devolução dos valores referentes aos deslocamentos dos consultores ... (editado). Salientamos que alteração da redação da Recomendação 1, substituindo a frase: "instituir e manter" por "aprimorar e observar", uma vez que as

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comprovações de utilização dos bilhetes existem, mas não pelos meios previstos na norma.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno A justificativa do Projeto para o consultor CPF ***.699.365-** entregar os relatórios de viagens realizadas em 2016 no âmbito do BRA 09/004 somente no dia 09/01/2017 não atende ao solicitado, pois o Projeto não esclareceu a razão desses relatórios de viagens terem sido entregues em uma única data e no ano seguinte ao da concessão. Registra-se que todos os relatórios de viagens dos consultores analisados estão desatualizados, pois o cabeçalho desses documentos traz a seguinte informação:

O Projeto BRA/99/027 é anterior ao BRA 09/004, portanto antes de 2009. Não obstante isso, em 2016 ainda foi utilizado pelos consultores em seus relatórios de viagens e a Coordenação do Projeto não percebeu tal falha formal. O Projeto não justificou a ausência, nas prestações de contas, dos comprovantes de embarques apontados na tabela 1, apenas disponibilizou, intempestivamente, outros comprovantes de embarque que não os da tabela 1. Sendo assim, não houve comprovação da devida utilização dos bilhetes de passagens pelos consultores ... (editado). Como o Projeto não apresentou todos os comprovantes de embarques solicitados, entende-se que o mesmo não adota como rotina a solicitação desse comprovante. Cabe destacar que os comprovantes de embarque são os documentos que, a princípio, comprovam a efetiva utilização do bilhete de passagem e que o deslocamento do consultor ocorreu. A manifestação do Projeto ao Relatório Preliminar não dirimiu os fatos apontados no tocante aos comprovantes de embarque. Ficou acertado na Reunião de Busca Conjunta que seria apresentado o documento emitido pelas empresas aéreas confirmando que os bilhetes relacionados na tabela 1 foram efetivamente utilizados. Contudo, tal documento não foi disponibilizado pelo Projeto. É necessário que o Projeto disponibilize os documentos emitidos pelas empresas aéreas confirmando que os bilhetes das passagens aéreas concedidas foram efetivamente utilizados. Os fatos ora mencionados demonstram que os consultores, bem como o Projeto, não têm observado o prazo de 10 dias para entrega dos relatórios de viagens e dos comprovantes de embarque, conforme estipulado nas normas do PNUD. Não obstante as reiteradas pendências nas prestações de contas das viagens anteriores, o Projeto concedeu novas diárias aos consultores CPF ***.699.365-** e ***.986.177-**. No tocante às pendências de prestação de contas das diárias concedidas, a Unidade de Gestão do Projeto não comprovou que atuou junto aos consultores visando obter a documentação

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comprobatória das viagens realizadas. Sem tais comprovantes, não é possível atestar que as viagens efetivamente ocorreram, que há a paridade entre o período de concessão das diárias e o deslocamento efetuado e o correto valor das diárias concedidas. Em relação ao cartão de embarque nos dias 16/11/2016 (SDU/BSB) e 17/11/2016 (BSB/SDU) do consultor ... (editado) sem a correspondente concessão de diárias nesse período, a justificativa revela que o Projeto recebeu documentação comprobatória de despesa inexistente, sem conferir que havia ocorrido o alegado equívoco do consultor. Oportuno registrar que o Projeto não mantém processos de concessão de diárias (i) devidamente formalizados, quer seja físicos ou por meio eletrônico, o que contribuiu para intempestividade na disponibilização da documentação comprobatória das despesas selecionadas, impactando os trabalhos de auditoria, e (ii) completos, pois ao solicitarmos os processos de concessão de diárias dos consultores de CPF ***.699.365-** e CPF ***.986.177-**, documentos como cartões de embarque não foram prontamente disponibilizados e os recibos das diárias concedidas não foram disponibilizados sob alegação de que o Projeto não tem acesso . O enquadramento indevido de diárias em atividade incompatível com a consultoria decorre de falha do Projeto na inserção dos dados no sistema do PNUD. Considerando que não houve comprovação da correção por parte do PNUD, mantém-se o fato. Quanto à justificativa para o reembolso de R$ 487,52 à Flytour, verificou-se pelo e-mail disponibilizado que no dia 25/07/2016 foi emitida uma passagem para o consultor de SDU/BSB/SDU para participar de reunião em BSB, conforme a seguir (Solicitação nº 1856):

Trecho Dia Horário Vôo Cia. Aérea Valor SDU/BSB 17/08/2016 09:00 - 10:55 6220

Avianca R$ 448,61 BSB/SDU 19/08/2016 19:45 – 21:40 6231

Sob a alegação de que foi alterada a data da oficina, 04 (quatro) dias após (29/07/2016), por solicitação do próprio consultor, essa passagem foi modificada para:

Trecho Dia Horário Vôo Cia. Aérea Valor (*) SDU/BSB 16/08/2016 11:10 6232

Avianca R$ 551,35 BSB/SDU 19/08/2016 14:05 6235

(*) valor da multa pela alteração: R$ 80,00

Na Relação de Gastos 2016 não foi verificada a devolução do valor de R$ 448,61 pela FlyTour, tendo em vista que o bilhete de passagem aérea não foi utilizado, bem como o pagamento de R$ 551,35 à referida empresa, pela passagem alterada informada no e-mail. Na Relação de Gastos constam os seguintes valores:

NOME FORNECEDOR IDFATURA Voucher Valor Data

Pagamento FLYTOUR BUSINESS TRAVEL VIAGETUR LTDA

Fatura081091-H (Reemb) 335671 R$ 487,52 18/08/2016

... Fat08136516a19a 336322 R$ 741,70 26/08/2016 Assim, não é possível relacionar a informação do e-mail com a Relação de Gastos.

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Quanto à classificação incorreta do valor de R$ 1.534,27 (USD 451,26) na conta contábil 71605 (Air Tickets-Internacional) ao invés da conta 71610 (AirTickets-Domestic), tal fato reflete falha nos controles internos de contabilização de despesas incorridas. Do exposto, no tocante à concessão de diárias, tem-se que o Projeto não tem observado as rotinas estipuladas pelo PNUD, os controles internos mantidos pelo Projeto apresentam fragilidades e necessitam de melhoria que visem evitar a ocorrência das falhas apontadas. Por isso, mantém-se a recomendação para devolução dos valores correspondentes a não comprovação da utilização dos bilhetes aéreas, bem como a de instituir e manter rotinas internas de prestação de contas das diárias e passagens tendo em vista que o Projeto não demonstrou que adota as rotinas de prestação de contas das diárias e passagens concedidas no âmbito do BRA 99/004 estabelecidas pelo PNUD. Tal afirmação é comprovada (i) pelos relatórios de viagens entregues fora do prazo (item 1 do campo “Fato” deste ponto); (ii) pela ausência dos cartões de embarque das viagens realizadas pelos consultores; (iii) pela ausência de prestações de contas devidamente formalizadas; e (iv) pela concessão de novas diárias aos consultores com pendência de comprovação das diárias e passagens anteriores. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Instituir, e manter, rotinas de controle internos das diárias e passagens concedidas, visando o cumprimento do documento CAIXA#CONFIDENCIAL 10 - ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA CAIXA/PNUD/MRE-ABC - PROJETO BRA/09/004, estabelecendo: (i) a obrigatoriedade de apresentação da prestação de contas das diárias e passagens concedidas, no prazo de até 10 dias após a realização das viagens, com a devolução dos respectivos cartões de embarque utilizados, dos relatórios de viagens e de outras informações/comprovações quanto à realização do objeto, abstendo-se de conceder novas diárias a beneficiários com pendências de prestação de contas de deslocamentos anteriores; e (ii) registros adequados das diárias e passagens no sistema do PNUD, de modo que os demonstrativos reflitam a correta execução do Projeto em termos de despesas executadas. Recomendação 2: Proceder a devolução do valor de R$ 2.204,46 à conta do Projeto referente às passagens aéreas não comprovadas pelos consultores CPF ***.699.365-** e ***.986.177-**, conforme descrito na Tabela 1 (ausência de devolução do cartão de embarque); 1.1.4 Estrutura, Organização e Sist. de Informação

1.1.4.1 CONSTATAÇÃO Ausência de publicidade dos atos de nomeação do Diretor Nacional e do Coordenador de Projeto, bem como das Revisões do Prodoc. Fato No tocante ao sistema de controles internos mantido pelo Projeto, quanto à publicidade dos atos inerentes à nomeação e/ou exoneração do Diretor Nacional e do Coordenado do Projeto, verificou-se a não observância do estabelecido no inciso I, do art. 16 e inciso III do art. 17, da Portaria MRE nº 717/2006, que trata da publicação no DOU das nomeações da atual Diretora Nacional e da Coordenadora do Projeto:

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Foi verificado, ainda, que em 12/01/2015 e 23/12/2016 ocorreram Revisões do Prodoc. Entretanto, em consulta ao site da Imprensa Nacional não foi encontrada qualquer publicação dessas revisões nos anos de 2015 e 2016. ##/Fato##

Causa Falta de esclarecimento à Imprensa Nacional sobre as normas que regem a execução e operacionalização dos PCT’s. Falhas nos controles interno do Projeto no tocante à publicidade dos atos do Projeto. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por e-mail, o Projeto assim se manifestou em resposta à SA nº 201700270/013:

“Disponibilizamos as referidas Portarias com as atualizações de nomeações no âmbito do Projeto na pasta contendo os esclarecimentos pertinentes à SA 201700270/001 e informamos que as Portarias não foram publicadas, seguindo orientação da empresa "FRISSON", empresa responsável pelas publicações referentes a "extrato de contrato de consultores" no D.O.U, nos informando, quando da solicitação de publicação de portaria em out/2014, que: A Imprensa Nacional informa a devolução da matéria contida no sequencial 7524933, do ofício 3238446. Motivo: 24/10/2014 20:08:10: É vedada a publicação nos Jornais Oficiais de atos de caráter interno ou que não sejam de interesse geral, de acordo com o inciso I do art. 14 da Portaria nº 268, de 5-10-2009. As mensagens que comprovam o mencionado acima encontram-se no link abaixo na pasta referente à SA_201700270_013. \\arquivos.caixa\BR\df5194fs201\public\PNUD\Auditoria_2017”

A seguir, transcreve-se trechos do citado e-mail:

“De: <[email protected]> Data: 16 de outubro de 2014 18:00 Assunto: Devolução de matéria Para: [email protected], [email protected] A Imprensa Nacional informa a devolução da matéria contida no sequencial 7502898, do ofício 3228581. Motivo: 16/10/2014 17:59:08: matéria não é de publicação tendo em vista a Portaria CAIXA n.º 1013/2014 - PRESI, que publicou as nomeações.”

Por intermédio do Ofício nº 021/2017-CAIXA/PNUD, de 22/03/2017, o Projeto apresentou a seguinte justificativa ao Relatório Preliminar:

“Resposta CAIXA: Houve tentativa de publicação da (sic) portarias com a nomeação da Direção e Coordenação do Projeto BRA 09/004, mas a Imprensa Nacional entendeu não ser pertinente por tratar-se de atos internos.”

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##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno O inciso I do art. 14 da Portaria/IN nº 268, de 05/10/2009, publicada no DOU de 09 de outubro de 2009, estabelece que é vedada a publicação nos Jornais Oficiais dos atos de caráter interno ou que não sejam de interesse geral. Entretanto, o Parágrafo único desse mesmo artigo traz exceção ao referido inciso: “Excetuam-se do disposto neste artigo os atos cuja publicação decorra de disposição legal.” Assim, não obstante as Portarias da CAIXA serem atos internos, a sua publicação decorre de disposição legal prevista na Portaria/MRE nº 717/2006, que é uma norma complementar ao Decreto nº 5.151/2004, de observância obrigatória por todos Projetos de Cooperação Técnica Internacional, conforme o caput do art. 1º. O Projeto BRA 09/004, celebrado com o PNUD, está amparado no Acordo Básico de Assistência Técnica entre o Governo dos Estados Unidos do Brasil e a Organização das Nações Unidas, a Organização Internacional do Trabalho, a Organização das Nações para Alimentação e Agricultura, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Organização de Aviação Civil Internacional, a Organização Mundial de Saúde, a União Internacional de Telecomunicações, a Organização Meteorológica Mundial, a Agência Internacional de Energia Atômica e a União Postal Internacional”, de 29 de dezembro de 1964, em vigor desde 2 de maio de 1966, promulgado pelo Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966. Logo, entende-se que faltou do Projeto um esclarecimento maior à imprensa nacional de que, apesar de ser um ato interno, a sua publicação era devida em face de disposição legal que rege a execução e operacionalização dos PCT’s. A Portaria CAIXA nº 1013/2014 – PRESI#05 citada no e-mail da Imprensa Nacional tratou da dispensa e designação de empregados para integrar o Grupo Gestor do Projeto – GGP, constituído pela Portaria 1361/2009, para a execução do Projeto BRA/09/004. Nessa portaria foram nomeados, entre outros, o Diretor Nacional e o Coordenador do Projeto para exercerem os respectivos cargos a partir de 06/08/2014. Essa portaria foi substituída pelas Portarias nºs 1560/2015 PRESI #CONFIDENCIAL 05, que nomeou a atual Diretora Nacional do Projeto, e 1436/2016 PRESI #CONFIDENCIAL 05, que nomeou a atual Coordenadora do Projeto e a equipe de apoio ao Projeto. Por fim, registre-se que as mencionadas Portarias não são, sequer, publicadas no Boletim Interno da CAIXA. Em relação à ausência de publicação no DOU das Revisões do Prodoc ocorridas em 2015 e 2016, tal fato representa descumprimento do próprio Documento do Projeto em seu artigo 19. A justificativa ao Relatório Preliminar reforça as manifestações anteriores do Projeto apresentadas à equipe de auditoria. Do exposto, os controles internos mantidos pelo Projeto, no tocante à publicidade de atos que o exigem, têm-se mostrado frágeis, comprometendo os princípios da publicidade e da transparência pública. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações:

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Recomendação 1: Aprimorar e observar as rotinas de controle internos visando o cumprimento dos incisos I, do art. 16, e III, do art. 17, da Portaria MRE nº 717/2006, evitando a repetição dos fatos ora apontados. 1.1.4.2 INFORMAÇÃO Avaliação dos Controles Internos. Fato A estrutura gerencial do Projeto BRA/09/004 está composta atualmente da seguinte forma:

Núcleo Gestor: • Direção Nacional do Projeto: Superintendente Nacional - SN Operações Internacionais. • Coordenação Nacional do Projeto: Gerente Executivo - GN Estratégia de

Relacionamento Internacional. • Equipe de Apoio: Gerente Executivo - GN Estratégia de Relacionamento Internacional. • Equipe de Apoio: Consultor Matriz - GN Estratégia de Relacionamento Internacional. • Equipe de Apoio: Assistente Executivo Pleno - GN Estratégia de Relacionamento

Internacional. Gestores de Componentes

• Componente 1 – Área Internacional: Gerente Nacional - GN Estratégia de Relacionamento Internacional.

• Componente 3 – Microcrédito: Superintendente Nacional - SN Estratégia de Micro e Pequeno Empreendedorismo.

• Componente 4 – Gestão do Projeto: Superintendente Nacional - SN Operações Internacionais.

• Componente 5 – Agronegócios: Superintendente Nacional - SN Agronegócio. • Componente 6 – Sustentabilidade: Gerente Nacional - GN Sustentabilidade e

Responsabilidade Socioambiental. O comprometimento da unidade no sentido de prover o projeto dos meios necessários e suficientes para sua condução adequada quanto ao cumprimento das metas e objetivos almejados deverá ser avaliada a partir dos resultados obtidos em 2017 com a aplicação das alterações realizadas na revisão substantiva que objetivou conciliar o PRODOC com as mudanças e reestruturações ocorridas na Unidade Gestora do Projeto. Verificou-se que a direção do projeto não tem adotado uma adequada sistemática/estratégia de análise de desempenho, uma vez que, mesmo apresentando baixos índices de execução, o questionário “Avaliação da Estrutura de Controle Interno do Projeto” foi preenchido com nota máxima para todos os quesitos, o que pode prejudicar a identificação de ameaças ou falhas que possam comprometer o bom andamento do projeto e a adoção de providências de caráter preventivo ou corretivo necessárias. Além disso, no curso dos trabalhos foram verificadas diversas falhas de controles internos, como por exemplo: ausência de documentos obrigatórios em processos, inexistência ou atraso de publicação de seus atos, recebimento com aceite de produtos de consultoria com entrega parcial que culminaram em pagamento antecipado, ausência de documentos de prestação de contas em deslocamentos, contabilização de gastos em conta inadequada e nos mecanismos de

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comunicação adotados pela Agência Executora Nacional junto ao PNUD. Essas falhas e as recomendações para saná-las estão descritas em itens próprios deste relatório. ##/Fato##

1.1.5 Movimentação de Recursos do Projeto

1.1.5.1 INFORMAÇÃO Adequado gerenciamento dos recursos financeiros do Projeto. Fato Verificou-se a compatibilidade entre os valores aportados pela CAIXA, a título de contribuição local, com os registros mantidos pelo PNUD, bem como a adequada conciliação dos saldos financeiros do Projeto informados pelo PNUD com as movimentações de entrada e saída das disponibilidades do Projeto. No que se refere à adequada apropriação dos valores relativos à recuperação de custos no exercício objeto dos exames, verificou-se a conformidade aos limites estabelecidos no Documento de Projeto e na legislação nacional aplicável. Aplicamos os testes comprobatórios de detalhes para aferir a existência real das transações registradas no Sistema Atlas; para confirmar que as transações de fato ocorreram; que não existam outras além das registradas (integridade) e que tenham sido corretamente divulgadas, consolidadas no “Relatório de Disponibilidade Financeira por Projeto”, conforme detalhado a seguir:

Saldo Inicial do Projeto: $ 1,385,422. 11 Total de Aportes no Exercício: + $ 200,798. 53 Gasto Total do Projeto (CDR): - $ 1,003,182.99 Saldo do Projeto em 31/12: = $ 583,037.65 Recuperação de Custos (CDR): $ 47,764.23 Perdas Cambiais (CDR): $ 144.00 Ganhos Cambiais (CDR): - $ 11,44 Base para Recuperação de Custos: Execução do Projeto Recuperação de Custos (%): 5,00%

Cabe frisar que a CAIXA foi instada a apresentar/manifestar-se pela Solicitação de Auditoria nº 201700270/009:

1. o “Relatório Detalhado de Ingressos” de recursos relativo ao período examinado, neste caso, exercícios de 2015 e 2016;

2. quanto a conformação legal para a “Recuperação de Custos” sobre os valores aportados ao projeto, detalhando as cláusulas do PRODOC (e suas revisões) ou outros documentos existentes (se for este o caso, disponibilizar cópia fidedigna do documento referenciado);

3. quanto à oportunidade dos registros contábeis relativos à “Recuperação de Custos” sobre os valores aportados ao projeto. Para tanto, apresentar tabela ou relatório contemplando os enquadramentos contábeis (com os lançamentos individualizados) exercícios de 2015 e 2016.

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A CAIXA encaminhou à equipe de auditoria as respostas da SA retro mencionada, exceto para o quesito 2 com o seguinte comentário: “2 - Aguardando o envio pelo PNUD”. O não atendimento tempestivo do quesito não condiciona à equipe de auditoria a emitir sobre as demonstrações financeiras parecer com abstenção de opinião por limitação na extensão, uma vez a resposta ao tema pode ser suprida em parte pelas informações contidas na resposta da SA-201700270/002, a saber:

“As contas contábeis (account) 75105 Facilities & Admin - Implement e 75110 Facilities & Admin – Services, se referem às cobranças de recuperação de custos do PNUD, conforme previsto do documento de projeto (PRODOC), tratando-se dos custos Indiretos incorridos pelas estruturas da sede e do escritório local do PNUD a título de provisão de Serviços de Apoio de Gerenciamento (GMS). Já as contas contábeis (account) 76125 – Realized Loss e 76135 - Realized Gain estão relacionadas as perdas e ganhos cambiais. Todas estas contas são operadas diretamente pela Sede do organismo.”

Cabe frisar que o entendimento da equipe de auditoria não exime a CAIXA de responder na íntegra as solicitações de auditoria, sem prejuízo, neste caso, do resultado obtido pelos testes aplicados e do atendimento dos demais quesitos, uma vez que foram suficientes para propugnar razoável segurança quanto à fidedignidade das transações e registros contábeis, exceto a rubrica “72105-Svc-Co-Construction & Engineer”, conforme já anotado no item 1.1.10.1, deste relatório. ##/Fato##

1.1.6 Gerenciamento de Recursos Descentralizados

1.1.6.1 INFORMAÇÃO Análise de processos de Cartas de Acordo Fato Trata-se da análise de processos de Cartas de Acordo com o intuito de verificar se o objeto da transferência dos recursos descentralizados se coaduna com as finalidades do Projeto, bem como avaliar os controles mantidos pela Agência Executora Nacional sobre os repasses dos recursos, execução do objeto e prestações de contas, tendo por base os procedimentos previstos no instrumento pactuado com as disposições contidas no documento do Projeto e na legislação nacional. Em 2016, o Projeto BRA/09/004 por meio do certame “menor preço global” firmou o contrato n° BRA 10 34365/2016 no valor de R$ 76.000,00 com empresa ATHALAIA Gráfica e Editora LTDA para elaborar projeto gráfico de um livro e impressão de dois livros para a disseminação do modelo e dos resultados do ‘Programa de Remessas de Recursos e Capacitação para Emigrantes Brasileiros e seus Beneficiários no Brasil’ e para disseminação dos resultados da Cooperação Internacional na CAIXA. Segundo o Ofício CAIXA/PNUD nº 030/2016, o processo de cotação JOF 0032-29554/2016 homologou o resultado da abertura das propostas comerciais, ocorrida no dia 13 de maio de 2016, em que a empresa ATHALAIA sagrou-se vencedora por apresentar a proposta de menor valor dentre as que atenderam todas as exigências constantes no termo de referência. A documentação apresentada à equipe de auditoria não encarta registro de quais seriam as outras empresas participantes do certame.

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Nos demais aspectos, de modo geral, verificou-se que os procedimentos relativos à seleção e ao pagamento das Cartas Acordo, em seus aspectos mais relevantes, foram efetivados de acordo com as disposições do Manual de Execução Nacional e da legislação nacional aplicável, estando respaldados por documentação de suporte válida. ##/Fato##

1.1.7 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.7.1 CONSTATAÇÃO Não aderência do Plano de Trabalho do Projeto às revisões ocorridas no Prodoc em 2015 e 2016. Fato Do cotejamento das despesas realizadas no exercício de 2016 com o previsto no Plano de Trabalho 2013/2016, observou-se que houve contratação de consultorias para o Componente 3 (Resultado esperado 3.1 e Atividade indicativa 3.1.3 – “criar metodologia CAIXA para construção de arranjos institucionais locais com objetivo de desenvolver comunidades e incentivar microfinanças”) e Componente 6 (Resultado Esperado 6.1 e Atividade Indicativa 6.1.4 – “desenvolver metodologia de avaliação dos projetos de investimento da CAIXA derivados de financiamentos com capital próprio tais como FSA CAIXA, patrocínio, renúncia fiscal, dentre outros”), sem previsão para tal no Plano de Trabalho, bem como a contratação de consultor pessoa física para desempenhar a Atividade Indicativa 6.1.4 (“desenvolver metodologia de avaliação dos projetos de investimento da CAIXA derivados de financiamentos com capital próprio tais como FSA CAIXA, patrocínio, renúncia fiscal, dentre outros”), quando a previsão no Plano de Trabalho era para ser executado mediante a subcontratação de pessoa jurídica. Além disso, em 2015 e 2016 foram feitas revisões do Prodoc sem a devida atualização do Plano de Trabalho para o período de 2013/2016. O Projeto foi instado a se manifestar sobre os fatos apontados, por meio da Solicitação de Auditoria nº 201700270/011. ##/Fato##

Causa Ausência de atualização do Plano de Trabalho Anual e não observância das normas de execução do Projeto. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada Por meio de e-mail, o Projeto assim se manifestou (editado na indicação de nomes de pessoas, a fim de preservá-las: � contratação de consultorias para o Componente 3 (Resultado esperado 3.1 e Atividade indicativa 3.1.3 e Componente 6 (Resultado Esperado 6.1 e Atividade Indicativa 6.1.4) sem previsão no Plano de Trabalho 2013/2016

“Em atenção ao item 3, informamos que os Planos de Trabalho são modificados mediante Revisão Substantiva que objetivamente são realizadas para mudanças substantivas ocorridas durante a implementação do Projeto (ex.: reformulação de objetivos; aumento ou diminuição do orçamento total, etc) Estas “Revisões” podem ocorrer por exemplo, quando da Reunião

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Tripartite que ocorre anualmente, houver indicação e aprovação da ABC – Agência Brasileira de Cooperação – para tal ação mediante justificativas muito consistentes da Direção Nacional do Projeto. A partir de então, o documento é amplamente discutido. Ressaltamos, entretanto, que embora haja a previsão de Revisão Substantiva nos Manuais de Execução Nacional, o “rito” para tal, demanda prazos, por vezes, muito longos. Isto posto, informamos que o Plano de Trabalho do PRODOC embora tivesse alguns ajustes a serem feitos não perdeu a aderência com as atividades desenhadas em 2013. Somente quando houve alterações mais profundas na empresa, que impactariam substancialmente a execução do planejamento inicialmente previsto é que optou-se pela Revisão Substantiva. Portanto as atividades 3.1.3 e 6.1.4 não deixaram de estar aderentes. Elas somente ocorreram em momentos distintos aos inicialmente propostos.

� Aderência da execução do Projeto em 2016 ao estabelecido no Plano de Trabalho para o período de 2013/2016:

“3. Conforme afirmado no item acima, embora não houvesse atualização do Plano de Trabalho do Projeto anualmente, houve sempre a preocupação da Direção do Projeto em permanecer com as atividades aderentes. A partir do momento em que houve comprometimento da execução pelas questões já amplamente discutidas (vide justificativas no documento da Revisão Substantiva), realizamos a Revisão Substantiva. A título de exemplo, seguem algumas contratações onde há clara comprovação da aderência acima solicitada: Carta Acordo - BRE – Building Research Establishment: Objetivo da contratação: Necessidade de aprimoramento dos critérios e gestão de empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida. Atividade: 6.1.3. Promover estudos e pesquisas para identificação de soluções de sistematização para monitoramento e avaliação dos projetos DIST – Desenvolvimento Integrado e Sustentável dos Territórios. Educação em Sustentabilidade: Objetivo da contratação: Desenvolver estudos, análises e proposição de um Programa de Educação e Formação em Sustentabilidade e RSA para a Caixa Econômica Federal, respondendo as premissas e objetivos definidos em sua Política de Responsabilidade Socioambiental e alinhando a empresa às melhores práticas, tendências sobre sustentabilidade em âmbito nacional e internacional. Atividade: 6.1.10 Desenvolver conteúdo para ações de capacitação em sustentabilidade/RSA para público interno. SGA: Desenvolver e acompanhar implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CAIXA em alinhamento com a Política de Responsabilidade Socioambiental

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Objetivo da contratação:Implantação do Sistema de Gestão Ambiental da CAIXA Atividade: 6.1.12 Desenvolver, monitorar e avaliar metodologia para abordagem de ciclo de vida nas compras e engajamento com fornecedores. GRI: Contratar consultoria em sustentabilidade para realização do Teste de Materialidade contemplando a construção de questionários, compilação dos dados e elaboração de relatório, plano de ação para melhoria de processos, bem como para subsidiar a elaboração do Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2014 no padrão Global Reporting Initiative Objetivo da contratação: Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2014 no padrão Global Reporting Initiative – GRI Atividade: 6.1.11 Desenvolver metodologia para estruturação, monitoramento e avaliação dos testes de materialidade e temas relevantes que compõem a base do Relatório de Sustentabilidade (GRI). FSA – Fundo Socioambiental Objetivo da contratação: Análise e proposição de aperfeiçoamento do modelo de gestão do FSA CAIXA. Atividade: 6.1.4 Desenvolver metodologia de avaliação dos projetos de investimento da CAIXA derivados de financiamentos com capital próprio tais como FSA CAIXA, patrocínio, renúncia fiscal, dentre outros. Dist(Caio)- 6.1.1 Desenvolver metodologia de análise, monitoramento e avaliação da iniciativa DIST - Desenvolvimento Integrado e Sustentável dos Territórios em empreendimentos do Programa MCMV.

� contratação de consultor pessoa física para desempenhar a Atividade Indicativa 6.1.4 quando a previsão no Plano de Trabalho para o período de 2013 a 2016 era para ser executado mediante a subcontratação de pessoa jurídica.

“5 Em resposta ao questionamento deste item n.º 5, seguem os esclarecimentos do Componente 6: “Quando fazemos a previsão de contratação de Consultoria para determinado objeto de estudo/capacitação, ainda não temos a clareza de que tipo de Consultoria vai melhor atender aos objetivos pretendidos com aquele estudo.

No caso em questão, para proposição de remodelação do Fundo Socioambiental CAIXA- FSA, dada a complexidade da tarefa, entendemos a princípio que se tratava de uma tarefa para subcontratações PJ.

Entretanto, em pesquisas a respeito das pessoas físicas que dominam a temática de Modelos e metodologias para Projetos no Brasil, encontramos vários nomes de pessoas físicas estudiosos no tema, que poderiam ser consultores nessa área, e ainda, com menor tempo para contratação, uma vez que havia uma certa urgência para iniciarmos tão importante trabalho.

De fato, a contratação de pessoa física foi bem rápida, com vários candidatos de altíssimo nível, que resultou na contratação do consultor

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..., que já concluiu seu trabalho no final de 2016 com a qualidade esperada, atendendo aos objetivos propostos.”.

Em resposta ao Relatório Preliminar, o Projeto apresentou o seguinte posicionamento por meio do Ofício nº 021/2017, datado de 22/03/2017:

“Resposta CAIXA: A atualização do Plano de Trabalho ocorre na ocasião das Revisões Substantivas, quando é identificada a inviabilidade de execução do mesmo. Os documentos da Revisão Substantiva sempre vêm acompanhados da Matriz do Plano de Trabalho, a qual foi apresentada como anexo da Revisão. A Revisão Substantiva é um meio previsto em normas, sendo consensualmente aceitável e necessária para ajustes no planejamento do Projeto, decorrentes de dinâmica empresarial e de mercado, visto que o desenvolvimento de capacidades da CAIXA para atingir o objetivo do Projeto foi preservado e é o que orienta a revisão, requerendo permanente monitoramento do mercado, das estratégias e cenários para que a efetividade do projeto seja alcançada, a exemplo da inserção dos componentes 5 - Agronegócios e Componente 6 - Sustentabilidade. (...) Em anexo, está contido na pasta "Revisão Substantiva" o plano de trabalho.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Os fatos aqui expostos ocorreram devido o Projeto ter elaborado um Plano de Trabalho para ser executado em quatro anos (de 2013 a 2016), sendo que, nesse período, o Prodoc passou por diversas revisões, inclusive substantivas, com alterações significativas dos resultados e atividades inicialmente previstas nos componentes, sem a correspondente atualização do Plano de Trabalho. Tais revisões modificaram substancialmente os objetivos/resultados do Projeto, passando a ter componentes/atividades não previstos originalmente no Projeto, que resultou na desfiguração do Prodoc inicialmente concebido. Dessas revisões, o componente 2 foi excluído por ter sido considerado pelo Projeto totalmente executado, não constando mais nas revisões subsequentes. O Anexo 1 a este Relatório faz uma comparação entre as alterações do Plano de Trabalho 2013/2016 e a última revisão (23/12/2016), revelando a quantidade excessiva de atividades excluídas para ajustar o Projeto até o encerramento da sua vigência (2018). Especificamente em relação à atividade 6.1.4, não havia previsão de sua execução em 2016 e ela deveria ter encerrado em 2015. Entretanto, houve contratação de consultor no exercício auditado para essa atividade. Isso demonstra atraso na execução do Projeto, conforme comentado em item específico deste Relatório. Do exposto, tem-se que o Plano de Trabalho que vigorou para o período 2013/2016 não refletiu as revisões do Prodoc ocorridas nesse período, tendo em vista que não foi atualizado segundo as revisões ocorridas. Em relação à justificativa do Projeto ao Relatório Preliminar, importa registrar que se o Plano de Trabalho para 2013/2016 foi atualizado com as revisões que ocorreram nesse período, o

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mesmo não foi disponibilizado durante os trabalhos de campo e o apontamento da auditoria se baseou nesse PTA. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aprimorar as rotinas de controles internos de modo que a atualização do Plano de Trabalho seja concomitante com as revisões do PRODOC, considerando que a vigência do Projeto foi prorrogada até dez/2018. 1.1.7.2 CONSTATAÇÃO Baixa Execução do Projeto. Fato Tendo como objetivo principal “dotar a CAIXA de capacidades e instrumentos adequados que lhe permitam o aprofundamento efetivo e bem-sucedido de seu processo de internacionalização e de sua atuação no fomento a ações voltadas ao desenvolvimento humano local”, o Projeto BRA/09/004 (Institutional Strenghtenig of CAIXA) tem prevista a alocação de recursos da ordem de US$ 6.544.328,29 (orçamento total do projeto), sendo US$ 1.962.803,18 o orçamento para o exercício objeto de nossos exames, de acordo com informação constante no Relatório de Progresso Anual do Projeto – RPE 2016. Durante o exercício de 2016, o Projeto realizou despesas no valor de US$ 1.003.182,99 (conforme informação constante no Relatório de Progresso Anual do Projeto – RPE 2016), culminando com uma execução total de US$ 4.021.512,12, que representa 61,45% do orçamento do Projeto. O quadro apresentado a seguir demonstra a execução financeira do Projeto até a data de 31/12/2016:

Exercício Financeiro Execução no Exercício

(US$) Execução Acumulada

(US$)

Exercício 2010 80.851,77 80.851,77

Exercício 2011 1.012.746,63 1.093.598,40

Exercício 2012 348.797,37 1.442.395,77

Exercício 2013 686.051,40 2.128.447,17

Exercício 2014 442.389,80 2.570.836,97

Exercício 2015 447.492,16 3.018.329,13

Exercício 2016 1.003.182,99 4.021.512,12

O Projeto BRA/09/004 é composto por seis objetivos/componentes, conforme descrito: 1 – Fortalecimento da capacidade da área internacional da CAIXA para operacionalização e gestão das operações internacionais da empresa. 2 - Fortalecimento do Programa CAIXA ODM, por meio da sistematização de metodologias de intervenção social e a capacitação das equipes para a gestão e avaliação dos projetos. 3 – Fortalecimento das capacidades internas da CAIXA para ampliar a atuação no programa de Microcrédito e promover a Inclusão Produtiva dos Benefícios dos Programas Sociais.

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4 – Gestão do Projeto implantada de forma eficiente e eficaz. 5 – Capacidade da área de Crédito Rural da CAIXA fortalecida. 6 – Capacidade da área de Sustentabilidade da CAIXA fortalecida. Cada um dos objetivos/componentes é composto por vários resultados/produtos. Verificou-se, em análise ao Relatório de Progresso Anual do Projeto – RPE 2016 apresentado, as seguintes informações financeiras: o orçamento anual em reais (R$ 6.668.034,96), o equivalente em dólares americanos (US$ 1.962.803,18), o total de pagamentos realizados no exercício (R$ 3.138.750,91) e o índice de realização do financeira do ano (47,07%). Quanto à execução técnica do Projeto, foram apresentadas no RPE 2016 as metas quantitativas programadas e realizadas no período, discriminadas por objetivo, resultado e indicador de resultado, tendo sido possível extrair os seguintes índices:

Ressalta-se que o Índice de Realização Técnica do ano, apresentado no RPE 2016, totalizou 22,52%, o que reflete um índice de execução técnica total muito baixa e que os resultados (1.3), (3.5), (4.2), (5.1), (5.3) e (6.1) apresentaram índices de execução técnica muito inferiores a 50%, quatro deles sem nenhuma realização. ##/Fato##

Causa Não adequação no gerenciamento do Projeto BRA/09/004, quanto aos objetivos e metas estipulados. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Exercicio: 2016

ObjetivoMeta (Prodoc, Matriz Lógica, PTA ou outro

instrumento de Planejamento)Resultado

Ações Implementadas (Relatório de Progresso, Avaliações Externas, etc)

Valor Gasto(R$)

Meta Quantitativa Programada

Meta Quantitativa Realizada

Grau de Realização Quantitativa

1

Fortalecimento da capacidade da áreainternacional da CAIXA paraoperacionalização e gestão dasoperações internacionais da empresa.

1Produtos de capacitação, empréstimos e serviços internacionaisestruturados e implantados

39.580,00 125 125 100,00%

1

Fortalecimento da capacidade da áreainternacional da CAIXA paraoperacionalização e gestão dasoperações internacionais da empresa.

3Ações e operações de cooperação técnica internacional noâmbito da CAIXA ampliadas e diversificadas.

22.800,00 2.020 0 0,00%

1

Fortalecimento da capacidade da áreainternacional da CAIXA paraoperacionalização e gestão dasoperações internacionais da empresa.

5Elaboração de política e estratégias de relacionamentoinstitucional e negocial da CAIXA apoiadas e conhecimentodisseminado para a atuação internacional da empresa.

182.576,55 155 65 41,94%

3Fortalecimento das capacidades internas da CAIXA para ampliar a atuação da MPE- Micro e Pequena Empresa.

1Base de conhecimento em microfinanças e geração de rendaconsolidada na CAIXA.

43.254,62 75 40 53,33%

3Fortalecimento das capacidades internas da CAIXA para ampliar a atuação da MPE- Micro e Pequena Empresa.

5Desenvolvimento de metodologias de Educação Financeira e Inclusão Produtiva dos beneficiários dos Programas Sociais.

20.091,88 75 0 0,00%

4Gestão do Projeto implantada de formaeficiente e eficaz.

2Mecanismos de monitoramento e avaliação do Projetodesenvolvido.

0,00 195 0 0,00%

5 Capacidade da área de crédito rural fortalecida. 1Portfólio necessário para atendimentos dos diversos nichos de produtores rurais desenvolvido.

64.775,00 110 30 27,27%

5 Capacidade da área de crédito rural fortalecida. 2Infraestrutura operacional para atuar em crédito rural desenvolvida.

180.000,00 250 160 64,00%

5 Capacidade da área de crédito rural fortalecida. 3

Subsídios para auxiliar o gestor na transferência de conhecimentos especializados com objetivo de capacitar os gerentes de diversos níveis da empresa envolvidos com o agronegócio.

0,00 210 0 0,00%

5 Capacidade da área de crédito rural fortalecida. 4

Disseminação de experiências exitosas e implantação de metodologia de apoio a Caixa para atuação em Agricultura Urbana e Periurbana em caráter de projeto piloto, em regiões selecionadas. CONCLUÍDO

212.780,00 80 40 50,00%

6 Capacidade da área de sustentabilidade fortalecida. 1Atuação da Caixa em sustentabilidade e RSA - Responsabilidade socioambiental fortalecida.

2.372.892,86 460 50 10,87%

EXECUÇÃO FINANCEIRA NO EXERCÍCIO (R$) 3.138.750,91ORÇAMENTO PREVISTO PARA O EXERCÍCIO (R$) 6.668.034,96ÍNDICE DE REALIZAÇÃO FINANCEIRA NO EXERCÍCIO 47,07%

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A unidade apresentou os formulários Ficha Básica de Execução do Projeto e Informações presentes no SIGAP Envio de Dados, dos quais puderam ser extraídos os seguintes dados: Índice de Realização Técnica

Índice de Realização Financeira

Foi também apresentado pela Unidade, após a apreciação do Relatório Preliminar de Auditoria, o Relatório de Progresso Anual do Projeto – RPE, incluindo os dados financeiros, não apresentados até então, os quais incluíam as seguintes informações:

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno Verificou-se que, mesmo considerando atendidas as recomendações feitas no relatório de auditoria 201600020, correlatas à esta mesma constatação, as ações implementadas apenas

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surtirão efeito, eventualmente, para os exercícios de 2017 e 2018 e que o nível de execução do Projeto continuou baixo durante o exercício de 2016. Mesmo considerando a informação de que o índice de realização financeira tenha sido de 47,07% no exercício de 2016, ou seja, tenha atingido o índice financeiro histórico mais elevado, não se pode considerar satisfatório um índice de execução inferior a 50% do que foi programado, o que se agrava ao verificar-se que o índice de execução técnica foi ainda mais baixo do que no exercício de 2015, objeto da auditoria anterior. Dessa forma, após os exames realizados, os quais incluíram a avaliação quanto à execução das atividades programadas e o cumprimento dos resultados pactuados, considerando a execução técnica e financeira do Projeto no exercício de 2016, conclui-se que o projeto tem atingido um baixo nível de execução das atividades programadas e mantém-se a presente constatação. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Aplicar para os exercícios 2017 e 2018 na execução do Projeto BRA/09/004 as mudanças realizadas na revisão substantiva efetuada no Documento do Projeto - PRODOC, de modo a executar o planejamento das atividades e cumprir o cronograma físico e financeiro do Projeto. 1.1.8 Acompanhamento de Recomendações da CGU

1.1.8.1 INFORMAÇÃO Atendimento às recomendações da CGU Fato Verificou-se, durante os trabalhos de auditoria, o atendimento a todas as recomendações da CGU emitidas no Relatório de Auditoria nº 201600020, conforme demonstrado no quadro a seguir:

##/Fato##

1.1.9 Avaliação e Monitoramento Externo

1.1.9.1 INFORMAÇÃO

Item do Relatório

Recomendação Providências Adotadas pelo Projeto Análise da CGU Status

1.1.1.1-1

Realizar revisão substantiva do Projeto BRA/09/004, de forma a conciliar o Documento do Projeto - PRODOC com as mudanças e reestruturações ocorridas na Unidade Gestora do Projeto.

Realizar Revisão Substantiva:

- Estender o prazo do projeto por mais dois anos.

Foi apresentada a revisão substantiva com a reestruturação e prorrogação do prazo do projeto.

Implementada

1.1.1.1-2

Caso seja prorrogado o período de vigência do Projeto, revisar o planejamento das atividades a serem realizadas, de forma a adequar a execução físico-financeira ao seu novo prazo de vigência.

Revisar o planejamento das atividades:

- Realizar reunião c/ os componentes do Projeto e solicitar replanejamento das atividades.

A vigência do Projeto foi prorrogada e o planejamento das atividades foi revisado, adequando a execução físico-financeira ao novo prazo de vigência.

Implementada

1.1.2.1-1

Observar o princípio de segregação de funções, de forma que o mesmo empregado não fique responsável pelas funções de (a) autorização de despesas junto ao sistema do Organismo Internacional (Atlas ou Extranet), (b) atesto dos produtos entregues pelos consultores (pessoas físicas ou jurídicas) e (c) autorização de pagamentos.

Segregação de Funções:

- Conforme recomendação dos auditores, observar a segregação de funções de modo que o mesmo empregado responsável pelo ateste de produtos não fique responsável pela autorização de despesas junto ao sistema "Atlas".

- Ofício a ser enviado ao PNUD solicitando alteração nos perfis dos usuários Atlas.

Passou a ser observado o princípio de segregação de funções para as autorizações de despesas, o atesto dos produtos e a autorização de pagamentos, conforme demonstrado e apresentado "in loco".

Implementada

1.1.2.1-2

Caso seja prorrogado o período de vigência do Projeto BRA/09/004, revisar e atualizar a Matriz de Riscos (Anexo I do PRODOC), de forma a contemplar medidas defensivas, ou respostas gerenciais, a serem adotadas em caso de mudança de estratégia de atuação da Caixa Econômica Federal - CAIXA, ou em caso de outros riscos identificados e não constantes da referida matriz.

Atualizar a Matriz de Riscos:

- Inserir medidas defensivas a serem adotadas em caso de mudança de estratégia dentro da Empresa

A Matriz de Risco foi atualizada conforme recomendado e apresentada com as modificações realizadas.

Implementada

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Avaliação e Monitoramento Externo Fato Conforme informações da Unidade Gestora e consulta efetuada no sítio do TCU, não foram expedidas determinações e/ou recomendações pelo TCU para a unidade auditada, e tampouco por outros Órgãos de Controle Externo, ressaltando que até os términos deste trabalho de auditoria não foi disponibilizada a ata da reunião tripartite ocorrida no dia 30/09/2016 no PNUD. ##/Fato##

1.1.10 Demonstrações Financeiras

1.1.10.1 INFORMAÇÃO O Demonstrativo Combined Delivery Report (CDR)representa adequadamente o total de despesas registradas na Extranet do PNUD. Fato Da análise do relatório financeiro Combined Delivery Report (CDR) verificou-se que os valores registrados no documento são fidedignos e estão sustentados por documentação de suporte e registros válidos, refletindo adequadamente, em sua maioria, a situação financeira do projeto ao final do exercício auditado. Não obstante, ao aplicar os testes substantivos de transações e saldos verificou-se que o montante de US$ 240,999.83 foi contabilizado equivocadamente na conta contábil “72105-svc-Co-Construction & Engineer" porquanto o correto fosse na conta nº 72125-SVE Co-Studies & Research Serv). Os testes também demonstraram que a conta possui lançamento contábil em outros exercícios, conforme destacado no Plano Contábil abaixo:

Conta Exercício

2012 2014 2015 2016 72105-svc-Co-Construction & Engineer

10,515.38 20,367.41 98,383.27 240,999.83

. ##/Fato##

1.1.11 PNUD

1.1.11.1 INFORMAÇÃO Substituição dos relatórios da Extranet PNUD e CDR que suportaram o planejamento dos trabalhos de auditoria. Fato O planejamento dos trabalhos de auditoria foram elaborados a partir do recebimento da “Execução BRA09004 extranet PNUD 2016.xls” de 1.2.2017, contudo o CDR base cálculo acumulava valores tão somente até o terceiro trimestre de 2016. O planejamento considerou as regras vigentes, em especial, na definição da amostragem das Normas Internacionais de Auditoria (NIA), segundo o propósito e procedimento a ser adotado nos trabalhos estabeleceu-se os limites, a saber:

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a) Materialidade no Planejamento - conforme NIA 320 - limite de 2,5%, correspondente a R$ 86.734,73, dos pagamentos realizados no exercício de 2016, da ordem de R$ 3.469.389, 36 e em USD 988,196.95;

b) Materialidade para Execução da Auditoria - conforme NIA 320 - limite de 2,5%, correspondente a R$ 2.168,37, da “Materialidade no Planejamento” obtida no item “a”, qual seja: R$ 86.734,73;

c) Limite de Distorção Tolerável - conforme NIA 530 - limite de 5%, correspondente a R$ 108,42, da “Materialidade para Execução da Auditoria” obtida no item “b”, qual seja: R$ 2.168,37;

Foram elencadas os seguintes gastos-alvos de amostragem:

Em 02/03/2017, no entanto, a equipe de auditoria recebeu novos arquivos atualizados da Extranet PNUD, necessários para espelhar o CDR atualizado recebido em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201700270/007. Por essa nova planilha, os montantes dos pagamentos efetuados foram alterados, respectivamente, para R$ 2.113.430,94 e USD 1.003.182,99, melhor visualizada a diferença na tabela a seguir:

Tipo de Despesa Critério de Seleção R$ Gasto

LocalConsultants-Technical Materialidade 1.136.055,00

Licitações Bens/

Obras/Serviços/OutrosMaterialidade 2.310.902,36

Diárias/Passagens Materialidade 22.432,00

Gerenciamento de Recursos

Descentralizados

Rubricas contábeis com natureza

convergente para "bens materiais" 3.402.383,80

Planilha de 2.3.2017

(**)

Planilha de 1.2.2017

(*)

Rótulos de Linha Soma de VALORPAGT Soma de VALORPAGT Diferença

ACTIVITY1 277.647,51 287.595,52 9.948,01-

ACTIVITY3 282.039,07 289.528,50 7.489,43-

ACTIVITY4 3.793,57 3.900,20 106,63-

ACTIVITY5 249.206,07 254.696,64 5.490,57-

ACTIVITY6 1.300.744,72 2.633.668,51 1.332.923,79-

Total Geral 2.113.430,94 3.469.389,36 1.355.958,42-

(*) Arquivo: "Execução BRA09004 extranet PNUD 2016.xls”

(**) Arquivo:Execução BRA09004 extranet x CDR BRA09004 2016

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Conforme se observa:

1) Em março/2017, a diferença em Reais é de R$ 1.355.958,42; 2) Em março/2017, a diferença em dólares é de USD 14,986.04.

Isto posto, tendo-se premente o risco de auditoria, enfatiza-se que as diferenças apuradas não integraram o escopo desta auditoria, uma vez que a execução dos trabalhos esteve circunscrita ao planejamento aprovado a inicial, qual seja: análise dos gastos segundo à amostra coligida do montante de US$ 988.196,95. ##/Fato##

IV – CONCLUSÃO

Com base nos trabalhos de auditoria realizados, somos de opinião que os controles internos, especialmente no que concerne à adequada gestão dos documentos e processos que dão suporte aos dispêndios do Projeto, requerem os aperfeiçoamentos recomendados ao longo deste relatório. No que se refere ao Combined Delivery Report (CDR), verificamos que, em seus aspectos relevantes, se encontra adequadamente representado na posição financeira em 31/12/2016, exceto quanto ao valor de US$ 240,999.83, registrado na conta contábil nº 72105 (Svc-Co-Construction & Engineer), porquanto o correto fosse na conta nº 72125 (Svc Co-Studies & Research Serv).

Brasília/DF, 28 de março de 2017.

Nome: Cargo: Assinatura:

Planilha de 2.3.2017

(**)

Planilha de 1.2.2017

(*)

Rótulos de Linha Soma de VALORUSD Soma de VALORUSD Diferença

ACTIVITY1 82.952,42 81.858,15 1.094,27

ACTIVITY3 82.419,43 81.738,63 680,80

ACTIVITY4 1.101,63 1.096,73 4,90

ACTIVITY5 72.892,28 71.995,81 896,47

ACTIVITY6 763.817,23 751.507,63 12.309,60

Total Geral 1.003.182,99 988.196,95 14.986,04

(*) Arquivo: "Execução BRA09004 extranet PNUD 2016.xls”

(**) Arquivo:Execução BRA09004 extranet x CDR BRA09004 2016

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Nome: Cargo: Assinatura:

Nome: Cargo: Assinatura:

Nome: Cargo: Assinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

Cargo: Coordenador-Geral Assinatura:

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Anexo 1 - Quadro comparativo entre o Plano de Trabalho para 2013/2016 e a revisão de 23/12/2016.

RESULTADOS ESPERADOS

PRODUTOS ESPERADOS

PLANO DE TRABALHO 2013 A 2016 REVISÃO 23/12/2016

1. Fortalecimento da capacidade da área internacional da CAIXA para

operacionalização e gestão das operações

internacionais da empresa.

1.1 Produtos de captação, empréstimos

e serviços internacionais estruturados e implantados.

1.1.1. Monitorar e avaliar a implantação dos produtos de captação, empréstimos e serviços internacionais, com vistas a seu aperfeiçoamento.

Excluída

1.1.2. Desenvolver estratégia para comercialização de produtos de captação, empréstimos e serviços internacionais.

Excluída

1.1.3. Customizar operações estruturadas de captação, empréstimos e serviços internacionais para atender necessidades de clientes.

1.1.5. Elaborar estratégia para planejamento, desenvolvimento e implantação dos novos produtos de captação, empréstimos e serviços internacionais.

Excluída

1.1.7. Elaborar e editar publicações afetas aos produtos de captação, empréstimos e serviços internacionais.

Excluída

1.1.10. Desenvolver ferramentas para disseminação de conhecimento voltado ao mercado de comércio internacional.

Excluída

1.1.11. Avaliar e atualizar estudos e pesquisas sobre o mercado de comércio exterior com vistas a disseminação de conhecimento.

Excluída

1.1.13. Realizar a capacitação dos empregados CAIXA envolvidos nas operações internacionais, visando o desenvolvimento das competências profissionais necessárias para atuação nos campos da captação, empréstimos e serviços internacionais de forma a apoiar a estratégia da área internacional.

Excluída

1.1.14. Estruturar e sistematizar o acompanhamento e controle das operações internacionais.

1.1.15. Elaborar parâmetros para especificação dos indicadores de resultados a serem alcançados.

Excluída

1.3 Ações e operações de cooperação técnica

internacional no âmbito da CAIXA

ampliadas e diversificadas.

1.3.1. Desenvolver portfólio para orientação da atuação e divulgação da CAIXA em CI.

Excluída

1.3.2. Elaborar estudos sobre as estruturas, atores, atribuições e processos existentes em instituições brasileiras e estrangeiras com tradição em ações de CI no Brasil e no Exterior.

Alterada

1.3.3. Promover debates destinados à discussão de diretrizes, à apresentação de melhores práticas e à divulgação do portfólio de CI da CAIXA

1.3.4. Capacitação e transferência de conhecimentos sobre a Cooperação Internacional

1.5 Elaboração de política e estratégias de

relacionamento institucional e negocial da CAIXA apoiadas e

conhecimento disseminado para a

atuação internacional da empresa.

1.5.1. Apresentar modelo de estratégia de comunicação e relacionamento internacional com foco no desenvolvimento das principais áreas da CAIXA com atuação no exterior.

Excluída

1.5.4. Identificar e avaliar filiações e eventos nacionais e internacionais cuja participação da CAIXA auxiliará na fixação e ampliação da marca CAIXA internacionalmente.

Alterada

1.5.5. Capacitar técnicos e gerentes da CAIXA, para o melhor desempenho de suas atribuições, nos campos das relações internacionais de forma a apoiar a estratégia da área internacional tornando-os aptos (i) à recepção de missões estrangeiras culturalmente distintas para a negociação e o estabelecimento de contratos, e (ii) ao desenvolvimento e implementação de instrumentos de disseminação do conhecimento.

1.5.7. Capacitar técnicos da CAIXA na implementação e manutenção das unidades no exterior, bem como nos trâmites necessários do país da instalação.

1.5.9. Elaborar e editar publicações para orientação da atuação da CAIXA no mercado nacional e internacional.

Excluída

1.5.10. Capacitar os empregados da SUINT para a elaboração de prospecção e análise de informações estratégicas que subsidiem a atuação da CAIXA no mercado internacional.

1.5.11. Estruturar e sistematizar o acompanhamento e controle das unidades da CAIXA no exterior (*)

Incluída

1.5.12. Elaborar estudos que contemplem a prospecção e o mapeamento de experiências, de forma a subsidiar a ampliação da presença da CAIXA no exterior. (*)

Incluída

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3: Fortalecimento das capacidades

internas da CAIXA para

ampliar a atuação no programa de Microcrédito e

promover a Inclusão

Produtiva dos Beneficiários dos

Programas Sociais.

3.1 Base de conhecimento em microfinanças e geração de renda consolidada na

CAIXA.

3.1.1. Pesquisar e sistematizar melhores práticas para basear programa microcrédito CAIXA.

3.1.2. Desenvolver estudos de canais alternativos, ex: internet e mobile banking. Excluída 3.1.3 Criar metodologia CAIXA para construção de arranjos institucionais locais com objetivo de desenvolver comunidades e incentivar micro finanças.

3.1.5. Desenvolver metodologias de monitoramento e avaliação do programa de microcrédito implementados pela CAIXA.

Excluída

3.2 Programa Microcrédito CAIXA estruturado, ampliado,

implantado, monitorado e avaliado.

3.2.1. Realizar análise situacional de progresso na operacionalização de microcrédito produtivo, geração de trabalho e renda e demais ações para promoção do desenvolvimento local (institucional, comunitário, empresarial).

Excluída

3.2.2. Elaborar modelo e estratégia do novo Programa CAIXA microcrédito Excluída 3.2.3. Desenvolver material didático para o incremento de competências corporativas.

Excluída

3.2.6. Levantar e analisar necessidades e capacidades de atuação da CAIXA no novo segmento (grupo) sujeito do Programa (beneficiários do Bolsa-Família).

Excluída

3.2.8. Realizar capacitação para a implantação da solução de microcrédito selecionada.

Excluída

Atividade 3.2.9 Desenvolver iniciativas e ferramentas para monitoramento da implantação da experiência.

Excluída

3.3 Fundo de aval para a operacionalização do microcrédito produtivo

na CAIXA.

3.3.1 Análise de metodologias de fundos de aval para balizar as decisões internas da CAIXA visando o estabelecimento de fundo próprio.

Excluída

3.3.2. Desenvolver metodologia para criação de fundo de aval para o Microcrédito CAIXA

Excluída

3.3.3. Desenvolver metodologia para implantação, monitoramento e avaliação do Fundo de Aval do Microcrédito CAIXA.

Excluída

3.5 Metodologia de Educação Financeira e Inclusão Produtiva dos

Beneficiários dos Programas Sociais

desenvolvida

3.5.1. Desenvolver metodologias para Educação Financeira dos beneficiários dos Programas Sociais

Excluída

3.5.2. Desenvolver metodologias de capacitação para Inclusão Produtiva dos beneficiários dos Programas Sociais

Excluída

3.5.3. Desenvolver solução audiovisual e/ou impressa para subsidiar capacitação para Educação Financeira dos beneficiários dos Programas Sociais

3.5.4. Desenvolver solução audiovisual e/ou impressa para subsidiar capacitação para Inclusão Produtiva dos beneficiários dos Programas Sociais.

3.5.5: Implantar, monitorar e avaliar metodologia de Educação Financeira e Inclusão Produtiva dos beneficiários dos Programas Sociais.

Excluída

3.5.6. Avaliar resultados da capacitação para Inclusão Produtiva dos Beneficiários dos Programas Sociais

Excluída

3.6 Metodologia de orientação empresarial

desenvolvida para atuação junto aos

clientes da base da pirâmide, de forma a

complementar as ações de microcrédito

produtivo orientado.

3.6.1. Desenvolver metodologia de orientação empresarial para atuação junto aos Empreendedores Informais que se encontram na base da pirâmide.

Alterada

3.6.2. Implantar metodologia de orientação empresarial para atuação junto aos Empreendedores Informais que se encontram na base da pirâmide.

Excluída

3.6.3. Avaliar e monitorar metodologia de orientação empresarial para atuação junto aos Empreendedores Informais que se encontram na base da pirâmide.

Excluída

3.6.4. Desenvolver conteúdos e proposta conceitual do Portal do Empreendedor. Excluída 3.7 Capacitação empresarial para atuação junto aos

clientes de Micro e Pequena Empresa –

MPE (*)

3.7.1. Desenvolver conteúdos para programa de Certificação para Consultores Empresariais, que atuarão junto aos Empreendedores Formais e Informais nas suas demandas financeiras. (*)

Incluída

4: Gestão do Projeto implantada de forma eficiente e eficaz.

4.1 Projeto monitorado e avaliado

4.1.2 Capacitar empregados CAIXA para revisão, melhoria deste PRODOC e elaboração de novos.

4.1.3. Elaborar e implantar sistemática de monitoramento e avaliação do projeto 4.1.4. Desenvolver metodologia para disseminação de resultados do projeto. 4.1.5. Realizar avaliação do projeto

5: Capacidade da área de Crédito

Rural da CAIXA fortalecida

5.1 Portfólio necessário para o atendimento dos

diversos nichos do segmento rural desenvolvido

5.1.1. Subsidiar o gestor na definição de estratégias para atuação da CAIXA no segmento rural

5.1.2. Elaborar estudos sobre as estruturas, atores, atribuições e processos existentes em instituições brasileiras e estrangeiras com tradição em financiamento das atividades rurais e agroindustriais, inclusive de cooperativas.

Excluída

5.1.3. Desenvolver produtos de financiamento e serviços do crédito rural; Excluída

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5.1.4. Subsidiar o gestor na formatação de ações destinadas à discussão de diretrizes, à apresentação de melhores práticas e a divulgação do portfólio da CAIXA para o mercado de agronegócio.

Excluída

5.2 Infra estrutura operacional para atuar

em crédito rural desenvolvida

5.2.1. Subsidiar o gestor da CAIXA no desenvolvimento de metodologia de referencial técnico e zoneamento agropecuário

Excluída

5.2.2. Subsidiar o gestor na estruturação e sistematização do acompanhamento e controle das operações de crédito rural.

5.2.3. Elaborar estudos de conjuntura de mercado de produtos agropecuários. 5.2.4. Desenvolver modelo de inteligência de acompanhamento de mercado; Excluída 5.2.5. Desenvolver metodologia de inovação de processo de concessão e controle das operações de credito rural.

Excluída

5.3 Subsídios para auxiliar o gestor na

transferência de conhecimentos

especializados com objetivo de capacitar

os gerentes de diversos níveis da empresa envolvidos com o

agronegócio

5.3.1. Subsidiar o gestor no desenho de programa de educação continuada em agronegócios para os empregados CAIXA

5.3.2. Subsidiar o gestor na criação de conteúdo de forma planejada/estruturada para desenvolver a competência dos empregados CAIXA em crédito rural, nos níveis estratégico, tático e operacional

Excluída

5.3.3. Subsidiar o gestor na formatação de ações que contemplem encontros periódicos com participação de profissionais que se destacam no mercado do agronegócio para capacitação e disseminação do conhecimento visando a formação de cultura voltada para o segmento rural

Excluída

5.4 Disseminação de experiências exitosas e

implantação de metodologia de apoio a CAIXA para atuação

em Agricultura Urbana e Periurbana em

caráter de projeto piloto, em regiões

selecionadas.

5.4.1 Desenvolver forma de disseminar as experiências exitosas de Agricultura Urbana e Periurbana ;

5.4.2. Implantar metodologia de apoio à CAIXA para atuação na agricultura Urbana e Periurbana em caráter de projeto piloto em regiões selecionadas.

6. Capacidade da área de

Sustentabilidade da CAIXA fortalecida

6.1 Atuação da CAIXA em ações para

o desenvolvimento integrado e sustentável

fortalecida.

6.1.1. Desenvolver metodologia de análise, monitoramento e avaliação da iniciativa DIST - Desenvolvimento Integrado e Sustentável dos Territórios em empreendimentos do Programa MCMV.

6.1.2. Desenvolver metodologia de análise, monitoramento e avaliação da iniciativa DIST - Desenvolvimento Integrado e Sustentável dos Territórios em comunidades/regiões da rota Agências Barco desenvolvidos.

Excluída

6.1.3. Promover estudos e pesquisas para identificação de soluções de sistematização para monitoramento e avaliação dos projetos DIST.

Excluída

6.1.4. Desenvolver metodologia de avaliação dos projetos de investimento da CAIXA derivados de financiamentos com capital próprio tais como FSA CAIXA, patrocínio, renúncia fiscal, dentre outros.

6.1.5. Desenvolver metodologia de análise e monitoramento das ações implementadas pela estratégia CAIXA de apoio às iniciativas Cidades Sustentáveis.

Excluída

6.1.6. Desenvolver metodologia de avaliação dos resultados atingidos pela estratégia e portfólio CAIXA para apoio à ações de economia verde e inclusiva.

Excluída

6.1.7. Desenvolver metodologia de revisão da estratégia e dos processos de gestão de riscos socioambientais na CAIXA.

6.1.8. Desenvolver metodologia de avaliação e monitoramento do nível de satisfação de usuários de unidades habitacionais do MCMV com SAS nas regiões Norte e Nordeste.

Excluída

6.1.9. Desenvolver instrumentos técnicos para análise dos projetos que atendam aos critérios do Selo Casa Azul.

Excluída

6.1.10. Desenvolver conteúdo para ações de capacitação em sustentabilidade/RSA para público interno.

6.1.11. Desenvolver metodologia para estruturação, monitoramento e avaliação dos testes de materialidade e temas relevantes que compõem a base do Relatório de Sustentabilidade (GRI).

6.1.12. Desenvolver, monitorar e avaliar metodologia para abordagem de ciclo de vida nas compras e engajamento com fornecedores.

61.13. Desenvolver e avaliar soluções para potencializar a disseminação das ações em sustentabilidade para os públicos interno e externo. (*)

Incluída

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6.1.14. Desenvolver e avaliar soluções para fortalecer a RSA e sustentabilidade na cadeia de valor CAIXA (empregados, clientes, fornecedores, governos e Conglomerado CAIXA) (*)

Incluída

6.1.15. Desenvolver e avaliar soluções para incrementar a gestão de riscos sociambientais na CAIXA(*)

Incluída

6.1.16. Desenvolver e avaliar soluções para fortalecer os relacionamentos e negócios da CAIXA no enfrentamento aos desafios da nova economia verde e inclusiva e na implantação dos ODS-Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. (*)

Incluída

(*) atividades e/ou Produtos incluídos na revisão substantiva de 23/12/2016.

A sequência numérica das atividades listadas neste Anexo não está completa, em razão de não contemplar todas as revisões sofridas de 2013 a 2016, pois itens foram excluídos quando das revisões de 2013 e 2015..