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Aula dia 11/09 – Contábeis – Direito do Trabalho - Poder de Direção do Empregador Como o trabalhador esta subordinado, esta sujeito ao poder de direção do empregador. O poder de direção é a forma como o empregador define como serão desenvolvidas as atividades a ser executadas pelo empregado. O fundamento do poder de direção é encontrado no artigo 2º, da CLT. Compreende o poder de direção do empregador: o poder de organizar, controlar e disciplinar. Poder de organizar – O empregador tem o direito de organizar seu empreendimento, decorrente até mesmo do direito de propriedade. O poder de organizar pode ser exemplificado pelo poder de regulamentar as regras da empresa, contratar o nº de funcionários necessários para execução das atividades e até mesmo a forma societária definida à empresa. Poder de controlar – O empregador possui o direito de controlar e organizar as atividades de seus empregados. Como exemplos de manifestações do poder de controlar pertencente ao empregador, temos, o cartão de ponto, o monitoramento das atividades executadas por computador pelo empregado ou até mesmo a revista. Muito cuidado, pois tem-se entendido que a revista exercida pelo empregador deve ser ponderada de modo a não violar a dignidade e a intimidade do empregado. Admite-se revista pessoal e, em regra, não se admite revista intima, salvo raríssimas exceções. Poder disciplinar – Consiste no poder de determinar as ordens vigentes em seu empreendimento e aplicar sanções em virtude do seu descumprimento. O empregado poderá ser advertido – verbalmente ou por escrito – e suspenso. Não poderá ser multado, salvo atleta profissional de futebol (Lei 6.354/76). A advertência, muitas vezes, é feita verbalmente. Caso o empregado reitere o cometimento de uma falta aí sim poderá ser advertido por escrito. Na próxima falta, deverá ser suspenso. Não é necessário existir gradações das punições do empregado. A punição esta diretamente relacionada com a gravidade da falta praticada pelo empregado.

Poder de Direcao do Empregador - Sucessao de empresas

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Aula dia 11/09 – Contábeis – Direito do Trabalho - Poder de Direção do Empregador

Como o trabalhador esta subordinado, esta sujeito ao poder de direção do empregador.O poder de direção é a forma como o empregador define como serão desenvolvidas as atividades a ser executadas pelo empregado. O fundamento do poder de direção é encontrado no artigo 2º, da CLT.Compreende o poder de direção do empregador: o poder de organizar, controlar e disciplinar.Poder de organizar – O empregador tem o direito de organizar seu empreendimento, decorrente até mesmo do direito de propriedade. O poder de organizar pode ser exemplificado pelo poder de regulamentar as regras da empresa, contratar o nº de funcionários necessários para execução das atividades e até mesmo a forma societária definida à empresa.Poder de controlar – O empregador possui o direito de controlar e organizar as atividades de seus empregados. Como exemplos de manifestações do poder de controlar pertencente ao empregador, temos, o cartão de ponto, o monitoramento das atividades executadas por computador pelo empregado ou até mesmo a revista.Muito cuidado, pois tem-se entendido que a revista exercida pelo empregador deve ser ponderada de modo a não violar a dignidade e a intimidade do empregado. Admite-se revista pessoal e, em regra, não se admite revista intima, salvo raríssimas exceções.Poder disciplinar – Consiste no poder de determinar as ordens vigentes em seu empreendimento e aplicar sanções em virtude do seu descumprimento. O empregado poderá ser advertido – verbalmente ou por escrito – e suspenso. Não poderá ser multado, salvo atleta profissional de futebol (Lei 6.354/76). A advertência, muitas vezes, é feita verbalmente. Caso o empregado reitere o cometimento de uma falta aí sim poderá ser advertido por escrito. Na próxima falta, deverá ser suspenso.Não é necessário existir gradações das punições do empregado. A punição esta diretamente relacionada com a gravidade da falta praticada pelo empregado.

Sucessão de empresas

Sucessão de empresas significa mudança na propriedade da empresa.A expressão sucessão de empresas se refere ao acontecimento em virtude do qual uma empresa é absorvida pela outra, o que ocorre nos casos de incorporação, transformação e fusão.Incorporação – é a operação pela qual uma ou mais empresas são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, comerciais, fiscais, trabalhistas.Transformação – e a operação pela qual uma sociedade passa de uma espécie para a outra.Fusão – é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova.Também, em caso de alienação da empresa para outro empresário há sucessão.A sucessão de empresas possui fundamento no Principio da Continuidade, cujo corolário é o direito ao emprego, como também o Principio da despersonalização do empregador.O empregador é a empresa. (artigo 2º, CLT)Os titulares da empresa não são empregadores.Os contratos de trabalho são mantidos com a organização de trabalho e não com as pessoas que, eventualmente, estejam a frente dessa mesma organização.

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Dessa forma, a intangibilidade dos contratos de trabalho é preservada. Quando há sucessão de empresas (transformação, incorporação ou fusão), o novo proprietário subrroga-se em todas as obrigações do primeiro proprietário, desenvolvendo-se, normalmente o contrato de trabalho.Assim, a contagem por tempo de serviço não é interrompida.As obrigações trabalhistas vencidas à época do titular alienante, mas ainda não cumpridas são exigíveis, porque a responsabilidade trabalhista existe em função da empresa.As sentenças judiciais podem ser executadas, embora não o tenham sido na época do primeiro titular e desde que não prescritas, respondendo o sucessor, diretamente, por seus efeitos.Os débitos previdenciários assumidos pelo sucedido passam para o sucessor.