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PODER JUDICIÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Luciana Melo

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Page 1: PODER JUDICIÁRIO DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Luciana Melo

PODER JUDICIÁRIO

DIREITO CONSTITUCIONAL

Profa. Luciana Melo

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Do Poder JudiciárioDisposições Gerais

É incumbido da função jurisdicional, ou seja, da função de fazer justiça.

Função típica: fazer justiça. É função jurisdicional; Funções atípicas: quando administra e quando

legisla. Administra, quando concede licença e férias aos seus membros e aos serventuários; legisla, quando edita normas regimentais.

Independência do Judiciário: é uma necessidade da liberdade individual, pois deve existir no Estado órgãos independentes que possam aplicar a lei inclusive contra o governo e contra a administração.

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Jurisdição: Significa “dizer o direito”. Poder ser definido em

função da área geográfica (Ex. Tribunais Estaduais), ou em função da matéria (Ex. Justiça do Trabalho). É monopólio do Poder Judiciário;

Só pode ser desempenhada pelo Poder Judiciário (nosso ordenamento jurídico não confere aos contenciosos administrativos poder de produzir decisões que venham a revestir a força de coisa julgada);

O STF e os Tribunais Superiores (STJ, TST, STM e TSE) atuam em todo o Território nacional e têm sede na capital Federal: Brasília.

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EXCEÇÃO À REGRA:

art. 217, §§ 1º e 2º da Constituição Federal, que obriga o esvaimento da Justiça Desportiva, que possui um prazo máximo de 60 dias para decidir em matérias relativas à competição e à disciplina.

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GARANTIAS: Institucionais: Independência como Poder,

autonomia funcional, administrativa e financeira e liberdade ao modo de escolha de seus dirigentes;

Dos membros: vitaliciedade (estabilidade após 02 anos de exercício e a perda do cargo, nesse período, por deliberação do tribunal a que estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado), inamovibilidade (salvo motivo de interesse

público julgado pela maioria absoluta do tribunal ou CNJ) e irredutibilidade de subsídio.

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VEDAÇÕES:

EXERCER, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

RECEBER, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

DEDICAR-SE, à atividade político-partidária. RECEBER, qualquer título ou pretexto, auxílios ou

contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

EXERCER, a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 03 (três) anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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Exigências mínimas para ingresso na carreira:

concurso público de provas e títulos (com

participação obrigatória da OAB em todas as fases), para cargo inicial de juiz substituto;

bacharel em direito, com o mínimo de 03 (três) anos de atividade jurídica (posterior à obtenção de grau em bacharel em direito – Res. 11, de

31/01/06 – CNJ); nomeação obedece à ordem de

classificação;

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Quinto Constitucional

1/5 dos lugares do Tribunal composto alternadamente por:

Membros do MP com + de 10 anos de carreira e Advogados de notório saber jurídico e ilibada

reputação com + de 10 anos de efetiva atividade profissional.

Os candidatos são indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos da respectiva classe, e o Tribunal, recebida a lista, elabora outra tríplice ao Poder Executivo que, então, nos 20 dias subsequentes, escolherá um dos integrantes para a nomeação.

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Justiça Especializada e Comum:

especializada: é aquela incumbida da prestação jurisdicional relativa às matérias: militar, eleitoral e trabalhista;

comum: é toda aquela remanescente da justiça especializada, não sendo especializada, é comum.

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Supremo Tribunal Federal Guardião da Constituição, é composto de 11

membros, dividido em 02 Turmas, com 05 membros, cada uma e o Presidente só participa das reuniões plenárias.

As 11 vagas são de livre nomeação do Presidente, após aprovação por maioria absoluta dos membros do Senado.

Requisitos: ter de 35 a 65 anos; ser brasileiro nato, ser cidadão no gozo dos direito políticos; reputação ilibada e notável saber jurídico (não precisa ser advogado e nem vir da magistratura).

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Supremo Tribunal Federal: Competências Originárias:- Recurso ordinário: (HC, MS, HD e MI

decididos em única instância pelos Trib. Sup., se denegatória a decisão; e crime político)

- Recurso extraordinário: (qdo contrário a dispositivo da CF, inconst. de lei/tratado federal; lei ou AN X CF; e lei local X lei federal)

- ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental);

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Supremo Tribunal Federal: Competência Originária:- ADI e pedido de medida cautelar em ADI;- Infrações Penais Comuns – IPC e HC:

(presidente, vice, ministros, membros do Cong. Nac. e PGR);- IPC e Crimes de Responsabilidade e HC:

(ministros e Comandantes Força Armadas, membros dos Tribunais Superiores, do TCU e chefes de missão

diplomática permanente);

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Mandado de Segurança, HD (contra ato do Presidente,

Mesas da Câmara e Senado, TCU, PGR e do STF); Litígio entre Estados estrangeiros ou Org. Int. X

U/E/DF/Ter. (Município não, porque é competência do STJ); Causas/conflitos entre U e E/U/DF e uns contra os

outros, inclusive Adm. Ind.; Extradição solicitada por Estado estrangeiro; HC X ato de Tribunais Superiores, em favor de

autoridades/funcionários do STF; Revisão criminal, ação rescisória de seus julgados e

reclamação para preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

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Execução de suas sentenças; Ação em que todos os membros da

magistratura (ou mais da ½ do Tribunal) estejam interessados ou impedidos;

Conflitos de competência entre STJ X qualquer outro Tribunal Superior ou Tribunal ou dentre eles;

Mandado de Injunção (Presidente, CN, ou STF) Ações contra o CNJ.

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Conselho Nacional de Justiça Quando o presidente insinuou que o Poder

Judiciário era uma “caixa preta”, se discutiu a gestão administrativa deste Poder, que apesar de ser controlado pelo TC, não se submetia à transparência e vigilância aberta dos vários setores da sociedade.

É órgão de vigilância, correição e sancionamento das ilegalidades administrativas, financeiras e disciplinares, também, observador do cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados.

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Conselho Nacional de JustiçaComposto por 15 membros entre 35 e 66 anos (mandato de 02 anos, permitida

recondução), sendo:

09 do Poder Judiciário;

04 do MP e OAB e

02 da sociedade:

01 do STF;

01 do STJ;

01 do TST;

01 Des. TJs;

01 juiz estadual;

01 juiz TRF;

01 juiz federal;

01 TRT

01 juiz trabalhista

01 MPU

01 MPEs

02 OAB (adv)

02 cidadãos, sendo:

01 da Câmara e

01 do Senado

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Conselho Nacional de Justiça:

Presidido pelo Ministro do STF, que exercerá o voto de qualidade (minerva);

Ministro do STJ é o corregedor; Sua existência reforça e centraliza no STF o

poder de decisão jurisdicional e administrativa, pois as decisões do CNJ são recorríveis ao STF.

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Superior Tribunal de Justiça Compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros; Nomeados pelo Presidente da República; Brasileiros com + de 35 e - de 65 anos de idade; Notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de

aprovada a escolha pelo Senado Federal.

Obs. Funcionam junto ao STJ: Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados (regulamenta os cursos oficiais para ingresso e promoção na carreira);

Conselho da Justiça Federal (supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de 1º e 2º graus, com decisões de caráter vinculante)

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Competências do STJ: Originárias Crimes comuns: Governadores Estaduais/DF; Crimes comuns e de responsabilidade:

desembargadores dos TJ’s E/DF, membros TCEs/DF, TRFs, TRE’s/TRT’s, membros dos Conselhos ou TCM’s e os do MPU que oficiem perante tribunais;

MS, HD contra ato de Ministro de Estado, Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

HC: Governadores E/DF (paciente ou coator), ou coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, Exército ou Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

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Competências do STJ: Originárias

Conflitos de competência entre quaisquer tribunais; Revisões criminais e as ações rescisórias de seus

julgados; MI, quando a elaboração da norma regulamentadora for

atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, exceto casos de competência do STF e dos órgãos das Justiças Militar, Eleitoral, do Trabalho e da Justiça Federal;

Homologação de sentenças estrangeiras e execução de cartas rogatórias;

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Competência STJ: Recurso Ordinário

HC decididos em única ou última instância pelos TRF’s ou

pelos Tribunais dos Estados, do DF/Territórios, quando a decisão for denegatória;

MS decididos em única instância pelos TRF’s ou pelos

Tribunais dos Estados, do DF/Territórios, quando denegatória a decisão;

causas de Estado estrangeiro ou org. intern. X Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; (Lembre-se que U/E/DF e Terr. São de competência do STF)

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Competência STJ: Recurso Especial

as causas decididas, em única ou última instância, pelos TRF’s ou pelos Tribunais dos Estados, do DF/Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado/lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado X lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

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Tribunais Regionais Federais

São órgãos da JUSTIÇA FEDERAL: os Tribunais Regionais Federais os Juizes Federais.

São, no mínimo, 7 juizes, recrutados, se possível, na região. Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros

entre 30 e 65 anos.

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Tribunais Regionais FederaisCompetências

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente:

Juizes federais da área de sua jurisdição, os da Justiça Militar e os do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do MPU, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

Revisões criminais e ações rescisórias de seus julgados ou dos juizes federais da região;

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Tribunais Regionais FederaisCompetências

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente: MS e HD contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal,

HC, quando a autoridade coatora for juiz federal e Conflitos de competência entre juizes federais vinculados ao Tribunal;

II - JULGAR, em grau de recurso, as causas decididas pelos juizes federais e pelos juizes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

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Juízes FederaisIngressam no cargo inicial (juiz substituto) por concurso público

de provas e títulos, participando a OAB em todas as fases, obedecida a ordem de classificação para as nomeações.

Concurso e nomeação de competência do TRF, sob cuja

jurisdição se achem os cargos a serem provido.

COMPETÊNCIA: TODAS AS CAUSAS em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autores, rés, assistentes ou oponentes, EXCETO AS DE FALÊNCIA, as de ACIDENTES DE TRABALHO e as SUJEITAS À JUSTIÇA ELEITORAL E À DO TRABALHO, e todas as causas indicadas no art. 109 da CF.

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Tribunais e Juízes dos EstadosOs Estados organizarão sua Justiça e, quando necessário,

o juiz far-se-á presente no local do litígio.

Competência dos tribunais: definida na Constituição Estadual, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do TJ, os Estados instituem representação de inconstitucionalidade de L/AN E/M x CE, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

Lei estadual pode criar (proposta do TJ), Justiça Militar estadual:

1º grau: juízes de direito e Conselhos de Justiça e, 2º grau: o próprio TJ ou TJM nos Estados com efetivo

maior a 20.000 integrantes.

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Tribunais e Juízes dos EstadosCompetências

Justiça Militar estadual: processar e julgar militares, nos crimes militares e ações judiciais contra atos disciplinares militares, salvo a competência do juri quando for vítima civil, cabendo ao tribunal decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

Juízes de direito do juízo militar: processar e julgar, singularmente, os crimes militares contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.

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O TJ pode funcionar descentralizadamente, com Câmaras regionais, para o acesso do jurisdicionado à justiça, instalará a justiça itinerante e proporá a criação de varas especializadas, com competência exclusiva para dirimir conflitos fundiários (Varas de conflitos agrários).