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TATINIA TTO MADUREIRA ra do Est2do A /S 183.254 PODER JUDICIÁRIO JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA Comarca da Capital - 1° Oficio da Fazenda Pública — Viaduto Dona Paulina, 80, 4° andar, Centro , 01501-908 - São Paulo-SP, Tel. (Oxxl 1) 3242-2333 Processo n° 053.07.119800-3 — controle 1211 Rito Ordinário — JUSTIÇA GRATUITA MANDADO DE CITAÇÃO A Doutora LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI, MMa. Juíza de Direito da PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA, desta Comarca da Capital do Estado de São Paulo, na forma da lei, MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA, CITE—SE a FAZENDA PÚBLICA DE SÃO PAULO, Y n ' a pessoa de seus procuradores, para os atos e termos da ação proposta, conforme petição por cópia em anexo, que fica fazendo parte integrante deste, e, de acordo com o r. despacho de fls. 50, a seguir transcrito: "Defiro os benefícios da justiça gratuita. Anote-se. Cite-se. São Paulo, 23 de julho de 2007 - (a) DRa LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI - Juiza de Direito." CUMPRA-SE, na forma e sob as penas da lei advertindo-se o(s) réu(s) que, nos termos do artigóN do Código de Processo Civil, não sendo CONTESTADA a ação no PRAZO DE 60 DIAS, presumir-se-ão verdadeiros os fatos articulados pelo(s) autor(es), ficando, ainda, cientificado(s) de que as audiências deste Juízo realizam-se na Viaduto Dona Paulina, 80 — Centro -0 501-908 - São Paulo Dado e passado neste Cidade de São Paulo e Comarca da Capital, aos 25 de julho de 2007. Eu, (Mauricio Pereira — matric. 355.574-A), Escrevente cnico Judiciá io, digi Lei e providenciei a impressão. Eu, (E TON RICARDO DE LIMA), Escrivão-Diretor, conferi, sus C f i e assino por ord - n da MMa. Juíza de Direito. 66 Oficial - i Carga n°: n ATENÇÃO:/Vos termos do Provimento .n°3/2001 b era como, dos/ itens 4 e 5 do Capítulo VI, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça: "É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da pari -e. A identificação no oficial de justiça, no desempenho de suas filnçães, será feita mediante apresentação de carteira . ffincional, obrigatória em todas as diligências". 2 1 ,1 1 .1 . 1 1° OF. DA FAZ. PÚBLICA ELTON RICARDO DE LIMA Escrivão Diretor CÉLIA BEATRIZ MACHADO Oficial Maior FÓRUM HELY LOPES MEIRELLES Viaduto Dona Paulina, 80- 4" Andar —São Paulo MADORIA GERAL DO ESTADO À ---. 02 AGO 2007 São Paulo__, . r ,

PODER JUDICIÁRIO JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA … · adicional de insalubridade o Autor passou a receber o adicional de insalubridade em grau máximo, a partir de 09/08/2004,

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TATINIA TTO MADUREIRA ra do Est2do

A /S 183.254

PODER JUDICIÁRIO JUÍZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DA FAZENDA

PÚBLICA Comarca da Capital - 1° Oficio da Fazenda Pública — Viaduto Dona Paulina, 80,

4° andar, Centro , 01501-908 - São Paulo-SP, Tel. (Oxxl 1) 3242-2333

Processo n° 053.07.119800-3 — controle 1211 Rito Ordinário — JUSTIÇA GRATUITA

MANDADO DE CITAÇÃO

A Doutora LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI, MMa. Juíza de Direito da PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA, desta Comarca da Capital do Estado de São Paulo, na forma da lei,

MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA,

CITE—SE a FAZENDA PÚBLICA DE SÃO PAULO, Yn' a pessoa de seus procuradores, para os atos e termos da ação proposta, conforme petição por cópia em anexo, que fica fazendo parte integrante deste, e, de acordo com o r. despacho de fls. 50, a seguir transcrito: "Defiro os benefícios da justiça gratuita. Anote-se. Cite-se. São Paulo, 23 de julho de 2007 - (a) DRa LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI - Juiza de Direito."

CUMPRA-SE, na forma e sob as penas da lei advertindo-se o(s) réu(s) que, nos termos do artigó—N do Código de Processo Civil, não sendo CONTESTADA a ação no PRAZO DE 60 DIAS, presumir-se-ão verdadeiros os fatos articulados pelo(s) autor(es), ficando, ainda, cientificado(s) de que as audiências deste Juízo realizam-se na Viaduto Dona Paulina, 80 — Centro -0 501-908 - São Paulo

Dado e passado neste Cidade de São Paulo e Comarca da Capital, aos 25 de julho de 2007. Eu, (Mauricio Pereira — matric. 355.574-A), Escrevente cnico Judiciá io, digi Lei e providenciei a impressão. Eu, (E TON RICARDO DE LIMA), Escrivão-Diretor, conferi, sus C f i e assino por ord -n da MMa. Juíza de Direito.

66

Oficial- i

Carga n°: n ATENÇÃO:/Vos termos do Provimento .n°3/2001 bera como, dos/itens 4 e 5 do Capítulo VI, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça: "É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da pari-e. A identificação no oficial de justiça, no desempenho de suas filnçães, será feita mediante apresentação de carteira . ffincional, obrigatória em todas as diligências".

21,11.1.1 1° OF. DA FAZ. PÚBLICA

ELTON RICARDO DE LIMA Escrivão Diretor

CÉLIA BEATRIZ MACHADO Oficial Maior

FÓRUM HELY LOPES MEIRELLES Viaduto Dona Paulina, 80-

4" Andar —São Paulo

MADORIA GERAL DO ESTADO À ---. 02 AGO 2007 São Paulo__, . r

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SINDSAUDE Sitildiliato dos rthb&hádorai-:

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Exmo. Dr. Juiz de Dfr—le-da Vara da Fazenda Pública Comarca de São Paulo — SP

AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO (Assunto: Insalubridade retroativa)

JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA, brasileiro, casado, auxiliar de serviços, portador da cédula de identidade RG n° 12.639.866-5, inscrita no CPF sob o n° 013.525.948-70, RS/PV n°12872611/01, residente e domiciliado à Rua Vitória, n° 101, apto. 51-B, São Paulo/SP, CEP 08.140-940, através de seus advogados, que recebem intimações no endereço constante no timbre abaixo vem propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM CONDENATÓRIA PELO RITO ORDINÁRIO, contra a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, a ser citada na pessoa do Sr. Procurador Geral do Estado, com endereço profissional na Rua Pamplona, n° 227, Jardim Paulista, CEP 01405-000, São Paulo/SP, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:

I — PRELIMINARMENTE DA CONCESSÃO DA ASSISTENCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

A Lei n° 7.115 de 29 de agosto de 1983, em seu artigo 1° assegura que:

"Art. 1° A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da lei, presume-se verdadeira."(g.n.);

E ainda, a Lei n° 1060/50, o art. 5°, inciso LXXIV da CF/88 e artigo 3° da Carta Estadual, asseguram a concessão da gratuidade da justiça, para aqueles que declaram não possuir condições de arcar com as custas da demanda, sem o prejuízo do sustento próprio e de seus familiares, como é o caso do Autor.

Assim, se o Autor tiver de suportar as custas desta demanda, certamente sofrerá prejuízos em seu orçamento.

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Ú SINDSAD Sindicato dós l'i4e11~5.

Diar.-á do exposto, requer preliminarmente seja concedida a assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei n° 7.115/1983 e demais dispositivos constitucionais acima mencionados.

II - DOS FATOS

O Autor está a serviço da Administração Pública na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo desde 09/06/2004.

A principio foi contratado a caráter temporário na função de auxiliar de serviços, com fundamento no inc. I, do artigo 1° da Lei 500/74 c.c. parágrafo único do artigo 1° da Lei 733/93, ficando lotado no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos entre 09.06.2004 a 14.01.2005.

Providenciada a primeira apostila de concessão do adicional de insalubridade o Autor passou a receber o adicional de insalubridade em grau máximo, a partir de 09/08/2004, ou seja, somente após a homologação do laudo pericial e não da data do inicio da atividade em ambiente insalubre dentro do serviço público. Ainda, houve atraso no pagamento pela demora da publicação que só ocorreu em 21.01.2005.

Em 19/02/2005 novamente foi nomeado em novo contrato temporário pela LC n° 733/93, para função de auxiliar de serviços, lotado no UGA III — Hospital Infantil Darcy Vargas.

Com a nova contratação foi feito novo laudo pericial, sendo desta vez o adicional de insalubridade mensurado incorretamente no grau mínimo, no entanto, continuava exercendo as atividades não havendo mudanças de salubridade do ambiente de trabalho.

Posteriormente, em 01/06/2005, foi nomeado titular de cargo de auxiliar de serviços, no mesmo local de trabalho, exercendo a mesma função, no entanto, em novo laudo pericial homologado em 21.02.2006 a insalubridade voltou a ser considerada em grau máximo, como já deveria constar desde que assumiu tal cargo de auxiliar de serviços em 19.02.2005 no mesmo Hospital em contrato anterior.

Cabe aqui destacar que apesar de constar em apostila o pagamento em grau máximo a partir de 21.02.2006, só recebeu efetivamente nesse grau em 06.10.2006 quando a efetuaram os pagamentos atrasados e a partir dali regularizaram o valor do grau mínimo para o máximo.

O Autor busca também demonstrar a este juízo a incoerência da Administração Pública em reduzir o grau de insalubridade no período de 16.05.2005 a 21.02.2006, sendo que o Autor, estava exercendo as mesmas atividade.

Para melhor elucidar a situação demonstra-se na tabela a seguir:

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:IN-InAUDE Sindicato dos Trikalha,dore-sP~cos

da `il& tf, • Itãtdo

09.06.2004 á 14.01.2005 17.02.2005 á 31.05.2005 01.06.2005 e,' .2.5 Hosp. Ferraz de Vasconcelos Hosp. Darcy Vargas Hosp. Darcy Vargas Aux. serv. LC 733/93 Aux. serv. LC 733 Aux. serv. Titular de cargo Grau máximo (09.08.2004) Grau mínimo(16.05.2005) Grau máximo (21.02.2006) Pago em atraso Pago em atraso Pago em atraso

Acredita o Autor que verificando o erro cometido, a Administração Pública voltou a pagar o adicional em grau máximo, no entanto, não sanou os prejuízos da apostila de concessão de insalubridade mensurada em grau mínimo anteriormente sem motivos para tanto.

Outra situação que se verifica prejuízos ao Autor é a aplicação do pagamento do referido adicional pela Administração Pública, muito embora esta tenha efetuado o pagamento do adicional de insalubridade retroativamente à data do reconhecimento do direito, ou seja, da data da homologação do laudo, referidos valores retroativos não foram pagos com a devida aplicação da correção monetária.

Tem-se por certo que os valores pagos em atraso deveriam ter sido pagos com a devida incidência da correção monetária, de acordo com o que determina o artigo 116 da Constituição Estadual.

A terceira situação fática que se coloca, é que, o Autor tem o direito ao pagamento do adicional de insalubridade retroativamente, por todo o período impago, não somente a partir da homologação do laudo, mas antes disso, desde o seu in • resso na atividade insalubre.

Desse modo, o servidor busca a efetiva prestação da tutela jurisdicional, a fim de que:

a) seja retificada a apostila de concessão do adicional de insalubridade que foi publicada em 02.09.2005 para considerar o grau máximo do adicional de insalubridade e não grau mínimo como constou e, por efeito, os reflexos das diferenças havidas.

b) Também requer a correção monetária sobre as parcelas pagas com atraso a título do adicional de insalubridade.

c) recebimento do adicional de insalubridade retroativamente, ou seja, dos períodos impagos pela Ré, anteriores a homologação do laudo.

III — DO DIREITO

A Lei Complementar n° 835/97 determina que "o adicional de insalubridade produzirá efeitos pecuniários a partir da data da homologação do laudo de insalubridade."

Todavia, o inciso XXIII do artigo 7°, ou ainda o parágrafo 3° do artigo 39, todos da Constituição Federal, que asseguram o recebimento do

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Cuiabá/Mil Goiânia/GO

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SINDSAUDE StitdiCate dos TratNeibridores

.1.1s-t“do

adicional de insalubridade, em nenhum momento impõem limitações ou condições para o recebimento do referido adicional.

Sabe-se que a única condição para o recebimento do adicional de insalubridade é o exercício em atividades insalubres.

Resta claro assim que a limitação imposta pela Lei Complementar n° 835/97 fere a previsão constitucional do direito ao recebimento do adicional de insalubridade, ao impor limitações e condições não previstas na Constituição Federal para o seu recebimento.

Tendo em vista que a Constituição é a norma fundamental do Estado, todas as demais normas do ordenamento jurídico devem ser emitidas em perfeita consonância com seus preceitos. A ordem normativa deve, pois, conformar-se inteiramente aos propósitos constitucionais, em virtude do princípio da supremacia constitucional.

Dessa maneira, é de se salientar que toda e qualquer norma jurídica elaborada à margem das regras e princípios consagrados pelo legislador constituinte é tida por inconstitucional. Inconstitucionalidade, portanto, é o descompasso entre determinada ação ou omissão do Poder Público face aos preceitos constitucionais.

A inconstitucionalidade pode se manifestar expressa ou implicitamente, conforme contrarie preceitos expressos no texto constitucional ou extraídos de suas "entrelinhas" (implícitos).

Com ela, surge, inequivocamente, a incompatibilidade com o sistema jurídico, ou seja, as normas inferiores, quando editadas, não observam os parâmetros propostos pela norma fundamental. Criado o impasse, há de prevalecer a norma de grau superior (dispositivo constitucional), que lhes serve de fundamento de validade.

Nas Constituições rígidas, como é caso da brasileira, os seus preceitos, consoante já referido, somente pode ser modificados por meio de processo especial.

Admitir normas incompatíveis com o escopo constitucional implicaria ofensa ao princípio da rigidez, pois, em última análise, estar-se-ia permitindo uma alteração da Constituição sem observância do devido procedimento.

Os servidores e trabalhadores têm direito ao adicional de insalubridade desde o momento que passam a desempenhar suas atividades em condições insalubres, sendo que qualquer norma em sentido contrário é tida por inconstitucional.

Nada obstante, preconiza o artigo 1° da Lei Complementar n° 432, de 18 de dezembro de 1985, in verbis:

"Art. /° - Aos funcionários públicos e servidores civis da Administração Centralizada e das Autarquias do Estado, será concedido um adicional de insalubridade pelo

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Macaca/AP Cuiab.Mv11. GoiânIa/G0

S1NDS AU DE dos Traba1hadore5 Plátdicos

-_xercício, em caráter permanente, em unidades ou c- atividades consideradas insalubres." 1 (g.n.);

A Constituição Federal contemplou o direito ao adicional de insalubridade, nestes termos:

"Art. 7° - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (.•)

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei."

O artigo 39, § 3° da Carta Magna reconheceu o direito ao adicional de insalubridade aos servidores públicos:

"Art. 39 -

§ 3° — Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7°., IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, )0(111 e XXX."

Assim, o autor têm direito ao adicional de insalubridade do período impago, eis que laborou em condições insalubres depreciando sua saúde, o que não poderá ser restituído pela Administração Pública, cabendo unicamente a remuneração/indenização de direito, que para ser justa deve ser mensurada corretamente no grau devido, ou seja, sempre e por todo período em grau máximo.

A Lei Complementar n° 432, de 1985, que instituiu a gratificação de insalubridade ao funcionalismo público, não condicionou a contraprestação pecuniária à data da comprovação da insalubridade, sendo que a avaliação das condições de trabalho não tem o condão de fixar a data para o recebimento do benefício, mormente para a insalubridade e qualidade preexistente ao laudo. A avaliação nada mais é do que requisito formal do ato legislativo complexo, incapaz de modificar o direito já incorporado ao patrimônio do servidor.

Ainda extrai-se que a Lei Complementar n° 432, teve efeitos imediatos, pois para atender às despesas decorrentes da aplicação desta lei, no seu artigo 12, autorizou o Poder Executivo abrir créditos suplementares até o limite de dezessete bilhões de cruzeiros. Portanto, inegável vigência imediata da referida Lei Complementar.

Igualmente, o Decreto Estadual n° 25.492, de 14.07.86, que regulamentou a LC 432, é cogente em seu artigo 5°, verbis:

I Destaca-se que todos os grifos nos dispositivos legais, jurisprudências e doutrinas citadas não constam dos originais e foram realizados para destacar o aspecto analisado.

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Macapá/AP Cuiabá/MT Goiânia/GO

SINDSAUDE Sindicato des rtabaihtiores

da . !- 2tI!n

"Artigo 5° - Este decreto e sua Disposição Transitória' entrarão em vigor na data de sua publicação, retroagindo _ seus efeitos a 19 de dezembro de 1985."

Com o advento da Lei Complementar 835/97 o adicional de insalubridade passou a produzir efeitos pecuniários a partir da data da homologação do laudo de insalubridade. Portanto, é inequívoco que o período anterior era pago independente de laudo de insalubridade, bastava a legislação específica para o servidor ter direito a tal direito.

Evidente que o adicional de insalubridade deve ser pago desde o início da relação de trabalho, pois possui natureza salarial.

O adicional de insalubridade não indeniza danos à saúde do empregado, que é ressarcido por mecanismos previstos na legislação reguladora dos acidentes do trabalho e doenças profissionais. O adicional é apenas uma maior contraprestação pelo trabalho em condições insalubres, quando o trabalhador expõe a risco sua saúde. O trabalho insalubre é 'mais caro' do que o trabalho normal. Por isto o adicional de insalubridade tem natureza salarial. 2

Ora, se a legislação anterior previa o pagamento independente de laudo, a LC n° 835/97 não poderia retroagir para retirar o direito já adquirido, muito menos privilegiar a Ré ao não pagar o efetivo trabalho desde a admissão.

A Constituição Federal de 1988 no seu artigo 5°, inciso XXXVI, já transcrito, protege o direito adquirido e ato jurídico perfeito.

"Art. 5' -

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;"

Por sua vez, a Lei de Introdução ao Código Civil determina:

"Art.5° - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum."

No âmbito do direito adquirido, é a definição do artigo 6°, caput e §§ 1° e 2° da LICC, in verbis:

"Art. 6° A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

§ 1° Reputa-se ato jurídico perfeito aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.".

2 TST-RR-10879/90. 3 - Ac. 2' T. 1684/90, 12.11.90 -Reel. Juiz Fernando Américo Veiga Damasceno". in LTr/55-08/974

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iodo Pessoa/PB Belém/PA Vitória/ES Florianópolis/SC

'AãcapálAP CuiabálMT Goiânia/GO

Sinclicàto ìrat',nthild,c)res

da Sailde r• , ''•

-L; 2° Consideram-se adquiridos assim os direitos que o C' seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem."

É notória a preocupação, da maioria dos Estados contemporâneos com o direito adquirido e ato jurídico perfeito, elevados ao patamar das garantias constitucionais. O legislador constituinte e ordinário também não descuidaram de tão importante instituto jurídico, como espelham os dispositivos transcritos acima.

Essa constatação, bastante conhecida no meio jurídico, confere contornos significantes à questão versada nesta peça vestibular.

Explica-se: o autor, mediante o atendimento de requisitos regidos pela lei da época, ou seja, trabalhou em condições insalubres, tendo direito ao respectivo recebimento, sendo que legislação não poderia impedir o pagamento desde a admissão, pela simples exigência de laudo pericial.

Na exata compreensão das várias regras analisadas, a Ré não pode ferir os princípios que compõem o artigo 37 da Constituição Federal:

"Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:"

Não diferente é a Constituição Estadual no art. 111:

"Art.111 - A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado, obedecerá, aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação e interesse público."

Inequívoco que a Ré, ao não reconhecer o direito a insalubridade retroativa, desde o início do autor nas atividades, está a violar diversos dispositivos constitucionais e legais e, por efeito, os princípios da legalidade e moralidade.

Deste modo, o procedimento da entidade Ré contraria dispositivos legais da Lei Complementar n° 432/85, Decreto n° 25.492, art. 7°, inciso XXIII, § 3° do artigo 39, da CF/88, assim como princípios da legalidade e moralidade, causando prejuízos ao Autor.

IV - DO RECONHECIMENTO DO DIREITO DO AUTOR POR PARTE DA RE

Ao expedir o último laudo homologatório do direito ao recebimento do adicional de insalubridade em grau máximo, a Administração

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I► NDSAIrIDE Sindicato dos Irabidinfilores Ptibli•Jos

Pública reconheceu que, de fato, o servidor exerce sua atividade em contato (- constante com agente insalubre neste grau extremo. I

Significa dizer que houve o reconhecimento pela Administração Pública da existência da insalubridade constante no trabalho deste servidor em três apostilas.

Muito embora, por algum período, a Ré tenha mensurado erroneamente em grau mínimo — interregno de 16.05.2005 a 31.05.2005 -, em duas apostilas, uma anterior e outra posterior, havia reconhecido a insalubridade em grau máximo no desempenho de mesma atividade na mesma.

Desse modo, não há dúvida sobre o direito do Autor ao percebimento do adicional de insalubridade em grau máximo, também relativo aos períodos anteriores aos reconhecimentos administrativos feitos através apostila de concessão, como já mencionado.

Em analogia, podemos comparar o presente caso com lides onde, em seu curso, o empregador reconhece o direito vindicado.

Em tais circunstâncias, o Poder Judiciário tem sido firme em garantir o pagamento das parcelas anteriores ao dito reconhecimento.

Inclusive, à luz dos princípios que regem a administração do bem público, a Ré, exemplificando, não é dada a liberdade de escolher os servidores que receberão determinados adicionais, mas sim os confere àqueles que fazem jus ao benefício.

No caso dos autos, o reconhecimento administrativo da Ré é uma confissão da ilegalidade que cometia, posto que o Autor, em que pese sempre ter exercido as mesmas funções e nas mesmas condições, só percebeu o adicional de insalubridade a cada contratação após longo período de prejuízo.

Como paradigma, o autor trás aos autos a seguinte decisão:

"DIREITO DO TRABALHO, SERVIDOR PUBLICO, COMPETENCIA, ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, PAGAMENTO NO CURSO DA LIDE, EFEITO PROCESSUAL, JUROS, TAXA, CORREÇÃO MONETARIA, PAGAMENTO DE PARCELAS PRESCRITAS, HONORARIOS ADVOCATICIOS. (.•)

2. O pagamento do adicional de insalubridade, no curso da lide, implica em confissão da ação, posto que à administração não é dado praticar atos de liberalidade.

.-)

3

TRF da 3' Região — ia Turma — Processo n° RO 3060026/89-SP, Juíza Relatora Dra. Salette Nascimento, decisão de 30.8.1994, publicada no DJ de 15.8.1995, p. 51.088. In Informa Jurídico n° 18. Grifo das autoras.

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. • • • • -

INDSAUVE

Sindicato dos Trabaittadares PnbIleug da

) devido, pois, o pagamento dos valores do adicional de

insalubridade, em grau máximo, pelo período que foi considerado erroneamente em — grau mínimo, e ainda, com relação a todos os períodos impagos pela Ré.

V - DO IMPLEMENTO DA CONDIÇÃO PARA RECEBIMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Cabe destacar, ainda, que o impedimento imposto pela Ré, constitui malicioso obstáculo ao implemento da condição para obtenção dos atrasados do adicional de insalubridade.

Visto o artifício impróprio instituído como condição para não pagar os atrasados ao Autor, uma abordagem que passe pelo artigo 129 do Código Civil de 2002 demonstra que o pagamento deverá ocorrer.

Com efeito, essa a recomendação constante do referido artigo 129 do Código Civil de 2002, verbis:

"Art. 129 - Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento."

Ante a moldura fática e legal do caso em análise, torna-se forçoso recorrer ao princípio do implemento fictício da condição, extraído da doutrina civilista (conforme Savigny, in "Sistema dei diritto romano attuale, 1900, v.3, p.180-1, citado por Maria Helena Diniz, in "Código Civil Anotado", Saraiva, 1995, p.122).

O que fez a Lei Complementar 835/97 foi estabelecer uma malsinada condição para o recebimento do adicional de insalubridade somente a partir da homologação do laudo. Entretanto, cabe destacar, isso não pode impedir que o Autor obtenha o pagamento dos atrasados com relação aos períodos não pagos.

Em contraposição ao referido dispositivo da lei civil, como princípio geral do direito, o implemento fictício da condição indica que o Autor tem por pressuposto o atendimento às condições para a percepção do adicional de insalubridade desde o primeiro dia de trabalho.

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Já o artigo 128 do mesmo diploma estabelece:

"Art. 128 - Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da

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MI:NAU-DE 10 8'n-1c/reato dos Urthaihiulots Fikhlici)s

condição pendente e conforme aos ditames de boa- '1\ik fé."(g.n.)

Assim, pela incidência do artigo 128 do Código Civil a exigência estabelecida pela Administração Pública não pode ter eficácia quanto ao trabalho já prestado pelos servidores, em condições insalubres, sob pena de ferir a boa-fé entre as partes.

Logo faz jus o servidor ao recebimento do adicional, pelos períodos anteriores às homologações dos laudos, bem como a diferença para o grau máximo do período pago no grau mínimo.

VI — DA CORREÇÃO MONETÁRIA

No presente caso, verifica-se que o servidor recebeu algumas parcelas atrasadas desde a homologação do laudo, a título de adicional de insalubridade.

correção monetária, Estadual, a saber:

No entretanto, sobre tais atrasados não foi aplicada a nos moldes que determina o artigo 116 da Constituição

"Art.116 - - Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie."(g.n.);

Assim, impõe-se aplicação do dispositivo legal citado, pois deveria a Ré ter pagos os valores com atraso acrescidos de correção monetária.

VII - DA JURISPRUDENCIA ESPECÍFICA

No âmbito do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo é pacífico o entendimento que os servidores têm direito ao adicional de insalubridade desde a edição da Lei Complementar n° 432/85, ou, se posterior, a contar da admissão. Vejamos arestos das Câmaras de Direito Público:

"SERVIDOR PÚBLICO — Adicional de Insalubridade —Pretensão de recebimento desde a edição da Lei Complementar n° 432, de 1985 — Admissibilidade —Correção monetária devida — Artigo 116, da Constituição Estadual — Sentença de improcedência reformada — Recurso provido. A gratificação decorrente da insalubridade imposta pela referida Lei Complementar não condicionou a contraprestação pecuniária correspondente à data da comprovação da insalubridade pelo laudo técnico, elaborado, pela Administração." 4(g.n.)

4 TJSP, 4a Câmara de Direito Público, Apelação Cível 161.897-5/6-00, Rel. Soares Lima, julg. 11.11.2004.

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SINDSAUDE Sindicato &si Trabalhadores Públicos

da ‘zruldr 71.(7

"SERVIDOR AUTÁRQUICO - Adicional de insalubridade -O Termo inicial do direito é o da entrada em vigor da Lei Complementar n. 432/85 e não do laudo -Atrasados, portanto, devidos à autora, a partir da data em que passou a exercer a atividade insalubre (biologista) - Correção monetária devida a partir da data que se tomaram exigíveis os pagamentos do adicional referido, que é cumulado sobre o valor do salário mínimo da época e não daquele vigente na data do efetivo pagamento - Recurso não provido." 5 (g.n.);

"SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - Adicional de insalubridade - Vigência a partir da publicação da lei -Demora na realização dos laudos técnicos que não pode prejudicar os servidores - Hipótese de retroatividade do pagamento do adicional - Incidência de correção monetária das parcelas em atraso - Recurso não provido."6 (g.n.);

"FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - Vencimentos -Adicional de insalubridade - Pagamento atrasado -Incidência da correção monetária - Admissibilidade -Artigo 116 da Constituição Estadual - Crédito de natureza alimentar - Direito retroativo à data do início das atividades insalubres - Recurso não provido." 7 (g.n.)

"SERVIDORES MILITARES - Postulação de adicional de insalubridade - O benefício previsto na Lei Complementar n. 432/85 independe de requerimento administrativo - A realização da perícia fica dispensada quando a Corporação a estende a todos os seus integrantes em atividade - Afasta-se a prescrição da ação, reconhecida, todavia, a perda ao direito das prestações vencidas anteriores ao quinquênio a contar do afastamento do pleito - A vantagem é devida a partir da vigência da lei - Descabe a vantagem ao militar aposentado antes do vigor da citada lei, sob pena de aplicação retroativa da norma."9(g.n.);

O Supremo Tribunal Federal apreciando a questão da correção monetária das diferenças da insalubridade instituída pela Lei Complementar n° 432, decidiu é fez publicar no Boletim de Jurisprudência n° 01/2004:

c.

5 Apelação Cível n. 8.834-5 - São Paulo - 6 Relator: Cunha Cintra - Apelação Cível n 7 Apelação Cível n. 216.915-1 - São Paulo

4' Câmara de Direito Público - Relator: Eduardo Braga - 11.12.97 - V.U. . 220.327-1 - São Paulo - 08.02.95. - Relator: J. ROBERTO BEDRAN - CCIV 2 - V.U. - 01.11.94. 1' Câmara de Direito Público - Relator: Demóstenes Braga - 06.06.00 - V.U. 8 Apelação Cível n. 66.861-5 - São Paulo -

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INDSAUDE Sitidicatu-dos Trüht/tiládorcs FYibl; os

rla Q,2t5de no p ^a R 0 P—i'

"CORREÇÃO MONETÁRIA Cálculo e incidência Crédito de natureza alimentar: forma de pagamento: RITJSP, arts. 333 e 334. Acórdão recorrido que determinou que o cálculo da correção monetária sobre diferenças de adicional de insalubridade previsto na LC 432/85, pago com atraso, seja efetuado na forma dos artigos 333 e 334 do RITJSP , na linha do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal na ADInMC 446 (24.6.94,Brossard, DJ 18.1Z98), relativamente ao § 3° do art. 57, da Constituição local, então impugnado - o qual, do mesmo modo que o parágrafo único do art. 334 do Regimento, ora contestado, prevê que os créditos de natureza alimentícia serão pagos de uma só vez devidamente atualizados até a data do efetivo pagamento." 9(g.n.)

Portanto, o autor faz jus ao adicional de insalubridade de períodos retroativos ora vindicado, anteriores às homologações dos referidos laudos.

Ainda, o Autor faz jus ao recebimento da correção monetária que deveria incidir sobre as parcelas do adicional de insalubridade pagos em atraso.

VIII - DA RESPONSABILIDADE CIVIL DA RÉ E DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Tem-se por certo que o pagamento das parcelas em atraso, referente ao adicional de insalubridade sem a devida aplicação de correção monetária, bem como o não pagamento do adicional, antes das homologações dos laudos, causa prejuízo ao autor, e conseqüente enriquecimento ilícito por parte da ré.

Ocorre que a Ré é renitente em reconhecer o direito para o servidor, ao recebimento do adicional de insalubridade retroativamente, anteriores as homologações dos laudos, mesmo com a Lei Complementar 432 e Decreto 25.492, determine pagamento da referida insalubridade

A Constituição Federal preconiza em seu art. 37, parágrafo 6°:

"Art. 37 -

Parágrafo 6° - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade causarem a terceiros assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

9 RE 190.313/SP — REL. MIN. SEPÚLVEDA PERTENCE — DJ 06.02.2004."

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SINDSAÚDE 13 : sindicatt, dos Tnihalhadon s

da Saúde

,Jrro se infere do dispositivo constitucional mencionado, para que o Estado responda por seus atos não é necessário averiguar se ele agiu ou não com culpa ou dolo.

Já o Código Civil, no artigo 186 preceitua, in verbis:

"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."

Além disso, preceituam os artigos 844 e 927 do Código Civil:

"Art. 884 - Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. "(g. n.);

"Art.927 — Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único — Haverá obrigação de reparar o dano, indepentdentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem."

A teoria do risco administrativo prescreve que, se da atividade estatal, resulta prejuízo para alguns, o dano deve ser ressarcido, seja o comportamento do Estado lícito ou não.

Assim, seja pela análise dos dispositivos legais e constitucionais específicos para o adicional de insalubridade, seja a legislação em comento neste tópico, demonstram de maneira insofismável que o autor tem direito ao julgamento de total procedência da presente ação.

IX - DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, o autor requer:

A) citação da Ré para, no prazo legal, querendo, contestar esta ação, sob pena de revelia;

B) ao final, seja julgada totalmente procedente a presente ação para os seguintes fins:

B.1) declarar o direito do autor ao adicional de insalubridade em grau máximo com relação ao período

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SittdIcato dós l'fithatItadofes Niftslicos

Jkle 31.0 •

que recebeu em grau mínimo, conforme anteriormente/ (, iundãmentado;

B.2) declarar o direito do autor ao recebimento do adicional de insalubridade, com efeitos retroativos, pelos períodos anteriores às homologações dos laudos;

B.3) declarar o direito do autor ao recebimento de correção monetária sobre os valores pagos com atraso;

B.4) condenar a Ré a pagar ao autor as diferenças havidas, em decorrência da procedência dos pedidos acima, com acréscimo de juros moratórios e correção monetária;

C) determinar à Ré (obrigação de fazer) a apostilar o direito do autor, imediatamente, após o trânsito em julgado, sob pena de multa diária;

D) condenar a ré a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios de 20% sobre o montante da condenação;

E) conceder o benefício da assistência judiciária gratuita ao Autor, consoante preconiza a Lei n° 1060/50, art. 5°, inciso LXXIV da CF/88 e artigo 3° da Carta Estadual, diante de declaração de pobreza prestada pelo mesmo, o que os impede de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família. Além disso, junta declaração de pobreza, em anexo, e informa que está assistido pelo sindicado da categoria e sua assessoria jurídica.

F) produção de qualquer prova admitida pelo Direito, especialmente pericial e documental.

Dá-se à causa q valor de R$ 23.000,00, para efeitos de alçada e sem prejuízo do pedido.

Nestes termos Pede cl?ferirnento

ão Paulo, 16 de julho de 2007.

MOACIR APARECIDO MA HEUS PEREIRA OAB/SP 116. 00

Requer, também, q e as futuras intimações sejam direcionadas exclusivamente aos advogados APARECIDO INÁCIO, OAB/SP 97.365 e MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA, OAB/SP 116.800.

Sede: Rua Martins Fontes, 197 8° andar gs 83/84 Centro São Paulo / SP Cep 01050-906 Telefax:: 11 3256-1159 - 3257-5414 lnacioeoereirainacioepereira.com.b, www.inacioepereira.COM.3r

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AncapálAP Cuiabá/MT

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Número do Processo:

Dados do Processo

Processo: 0119800-19.2007.8.26.0053(053.07.119800-3)

Classe: Procedimento Ordinário

íaiea : Cível

Local Físico: 18/08/2015 00:00 - Prazo 24 - prazo 24.8.15

Distribuição: Livre - 17/07/2007 às 13:04

1a Vara de Fazenda Pública - Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes

Juiz: Danilo Mansano Barioni

Outros números: 583.53.2007.119800

Valor da ação: R$ 23.000,00

Partes do Processo

Regte: José Genauro de Oliveira Aci,:ogaao: APARECIDO INACIO Ath,gado: MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA

Reqdc Fazenda Pública do Estado de São Paulo ELIANA DE FATIMA UNZER

Movimentações E,ibil ”Listar somente as 5 últimas.

Data Movimento

18/08/2015 Autos no Prazo prazo 24.8.15

18/08/2015 Certidão de Publicação Expedida Relação :0110/2015 Data da Disponibilização: 18/08/2015 Data da Publicação: 19/08/2015 Número do Diário: 1948 Página: 912 a 925

17/08/2015 Remetido ao DJE Relação: 0110/2015 Teor do ato: Intimem-se as partes para tomar ciência da decisão em Agravo em Recurso Especial, juntado às fls. 186/225, no prazo comum de 05 (cinco) dias. Após, Intime-se a ré a dar cumprimento à sentença, comprovando o apostilamento, e apresentando as planilhas relativas aos pagamentos para instruir a execução nos termos do art. 730 do CPC, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 até o limite de R$ 15.000,00, sem prejuízo de oportuna majoração ou redução da sanção caso inadequada aos fins a que se destina. A presente decisão vale como ofício, devendo os exequentes encaminha-la, comprovando nos autos em 15 dias. Advogados(s): APARECIDO INACIO (OAB 97365/SP), MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA (OAB 116800/SP), ELIANA DE FATIMA UNZER (OAB 115474/5P)

14/08/2015 C Despacho Intimem-se as partes para tomar ciência da decisão em Agravo em Recurso Especial, juntado às fls. 186/225, no prazo comum de 05 (cinco) dias. Após, Intime-se a ré a dar cumprimento à sentença, comprovando o apostilamento, e apresentando as planilhas relativas aos pagamentos para instruir a execução nos termos do art. 730 do CPC, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 até o limite de R$ 15.000,00, sem prejuízo de oportuna majoração ou redução da sanção caso inadequada aos fins a que se destina. A presente decisão vale como ofício, devendo os exequentes encaminha-la, comprovando nos autos em 15 dias.

12/08/2015 Conclusos para Despacho cls. 13.08.2015

05/08/2015 Petição Juntada J URG Mesa Afonso

25/06/2015 Serventuário PRATELEIRA DE JUNTAR PETIÇÃO 25.06.2015

22/06/2015

https://esaj.tjsp.jus.br/cpo/pg/search.do?paginaConsulta=1&localPesquisa.cdLocal=-1... 20/08/2015

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Recebidos os Autos do Advogado Tipo de local de destino: Cartório Especificação do local de destino: Cartório da 1. Vara de Fazenda Pública

29/05/2015 Autos Entregues em Carga ao Advogado do Autor Francisco Kaio Victor Mala - OAB/SP:209980-E R. Martins Fontes, 197- 8 andar 32561159 Tipo de local de destino: Advogado Especificação do local de destino: Carlos Eduardo Mendonça Feliciano

27/05/2015 Expedição de documento aguardando anotar extinção 27.5.15

27/05/2015 Certidão de Publicação Expedida Relação :0054/2015 Data da Disponibilização: 27/05/2015 Data da Publicação: 28/05/2015 Número do Diário: 1893 Página: 1006 a 101

26/05/2015 Remetido ao DJE Relação: 0054/2015 Teor do ato: Vistos. Cumpra-se o V. Acórdão de fs. 110/115. Diante da gratuidade concedida, arquivem-se os autos. Int. Advogados(s): APARECIDO INACIO (OAB 97365/SP), MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA (OAB 116800/SP), ELIANA DE FATIMA UNZER (OAB 115474/SP)

17/04/2015 (J Despacho Vistos. Cumpra-se o V. Acórdão de fls. 110/115. Diante da gratuidade concedida, arquivem-se os autos. Int.

13/04/2015 Conclusos para Despacho cls. 14.4.15

13/10/2014 Recebidos os Autos do Tribunal de Justiça Tipo de local de destino: Cartório Especificação do local de destino: Cartório da 1. Vara de Fazenda Pública

29/04/2009 Remessa ao T.J. - Seção de Direito Público Remessa ao E. Tribunal de Justiça - Direito Público, em 29/04/2009 - 01 volume

01/04/2009 Aguardando Providências aguardando remessa para o Tribunal

24/11/2008 Juntada de Petição juntada 24/11

13/11/2008 Aguardando Prazo Prazo 01.12.08

13/11/2008 Certidão de Publicação Relação :0107/2008 Data da Disponibilização: 13/11/2008 Data da Publicação: 14/11/2008 Número do Diário: 357 Página: 2150/2157

12/11/2008 Aguardando Publicação Relação: 0107/2008 Teor do ato: Recebo o recurso do autor de fls. 69/86 em seus regulares efeitos. Vista a Fazenda do Estado para contra-razões no prazo legal. Após, subam os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as nossas homenagens, observadas as formalidades legais. Int. Advogados(s): APARECIDO INACIO (0,48 97365/SP), MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA (OAB 116800/5P), ELIANA DE FATIMA UNZER (OAB 115474/SP)

17/09/2008 Aguardando Publicação imprensa em 17.09.2008

16/09/2008 Decisão Interlocutória Proferida Recebo o recurso do autor de fls. 69/86 em seus regulares efeitos. Vista a Fazenda do Estado para contra-razões no prazo legal. Após, subam os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as nossas homenagens, observadas as formalidades legais. Int.

16/09/2008 Conclusos para Decisão Interlocutória

16/01/2008 Aguardando Manifestação do Réu Aguardando Manifestação do Réu PRAZO 20.01.08

03/01/2008 Juntada de Documentos Aguardando Juntada de petição em 03.01.2008

11/12/2007 Aguardando Prazo Aguardando Prazo/ PZ. 28.01.2008

01/10/2007 Sentença Registrada Número Sentença: 1924/2007 Livro: 75 Folha(s): de 147 até 156 Data Registro: 01/10/2007 15:22:35

01/10/2007 Aguardando Publicação Aguardando Publicação/imprensa em 01.10.2007

28/09/2007 Aguardando Registro de Sentença Aguardando Registro de Sentença

27/09/2007 Sentença Proferida VISTOS. JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA moveu AÇÃO, de rito ordinário, em face da FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, alegando, em síntese, que o autor está a serviço da Administração Pública na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo desde 09/06/2004, tendo sido a princípio contratado em caráter temporário na função de auxiliar de serviço, com fundamento no inc. I, do art. 1° da Lei 500/74 c.c. parágrafo único do art. 1. da Lei 733/93, ficando lotado no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos entre 09.06.2004 a 14.01.2005. Aduziu que passou a receber o adicional de insalubridade em grau máximo, a partir de 09.08.2004, ou seja, somente após a homologação do laudo pericial e não da data do início da atividade em ambiente insalubre. Continuou alegando que em 19.02.2005 novamente foi nomeado em novo contrato temporário pela LC n° 733/93 para função de auxiliar de serviço, lotado no UGA III ? Hospital Infantil Darcy Vargas. Referiu que com a nova contratação foi feito novo laudo pericial, sendo desta vez o adicional de insalubridade mensurado incorretamente no grau mínimo. Posteriormente, em 01.06.2005, foi nomeado titular de cargo de auxiliar de serviço, no mesmo local, exercendo a mesma função, no entanto, em novo laudo pericial homologado em 21.02.2006 a insalubridade voltou a ser considerada em grau máximo. Destacou que apesar de constar em apostila o pagamento em grau máximo a partir de 21.02.2006 só recebeu efetivamente nesse grau em 06.10.2006 quando efetuaram os pagamentos atrasados e a partir dali regularizaram o valor do grau mínimo para o máximo. Requereu a procedência da ação para o fim de declarar o direito do autor ao adicional de insalubridade em grau máximo com relação ao período que recebeu em grau mínimo; declarar o direito do autor ao recebimento do adicional de insalubridade, com efeitos retroativos, pelos períodos anteriores à homologação dos laudos; declarar o direito do autor ao recebimento de correção monetária sobre os valores pagos com atraso; condenar a ré a pagar ao autor as diferenças havidas, com acréscimos de juros moratórios e correção monetária. A inicial foi instruída com os documentos de fls. 17/48. Houve requerimento e foram deferidos os benefícios da Justiça Gratuita (Fls. 50). Regularmente citada, a ré ofereceu contestação a fls. 54/57, alegando que os pagamentos vêm sendo efetuados em consonância com o disposto na Lei Complementar Estadual n° 432/85 e Decreto n° 25.492/86. Aduziu que quando da admissão do autor no serviço público estadual, já vigorava o art. 6°, da Lei Complementar n° 835/97 acrescentou à Lei Complementar n° 432/85 o art. 6°, segundo o ?qual o adicional de insalubridade produzirá efeitos pecuniários a partir da data de homologação do laudo de insalubridade?. Frisou que são necessários os laudos comprobatórios da insalubridade, nos termos do Decreto 25.492 de 15.07.86 e em face deles, o Sr. Secretário de Estado faria expedir a relação nominal dos funcionários que teriam direito ao recebimento do adicional de insalubridade. Requereu a improcedência da ação. É o relatório. DECIDO. Trata-se de ação para recebimento do adicional de insalubridade desde o início do exercício, considerando que sempre exerceu atividade insalubre, como tal reconhecida pela Administração, após a elaboração do laudo e publicação do deferimento e declaração do direito do autor ao adicional de insalubridade em grau

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máximo com relação ao período que recebeu em grau mínimo. A questão controvertida é exclusivamente de direito, na medida em que a situação de fato foi comprovada documentalmente. Não cabe perquirir, nestes autos, a respeito da forma de cálculo do adicional de insalubridade, na medida em que vem sendo pago pela ré, e o autor postula que lhe sejam garantidos os pagamentos decorrentes do período compreendido entre a data da admissão, ocasião em que foi formulado o pedido administrativo e a data da implantação do benefício, após a homologação do laudo, além das diferenças decorrentes do pagamento pelo grau mínimo, quando depois veio a ser reconhecido o enquadramento no máximo. Neste sentido, destaco a declaração de voto vencido proferida pelo i. Desembargador Antonio Villen, no julgamento da Apelação Cível 095.169.5/9: ?...em que pese o quanto decidido pela douta maioria, entendo que a declarada inconstitucionalidade da Lei Complementar n. 432/85, por violação ao art. 7°, IV, da CF, nada tem a ver com a matéria em discussão nos autos. Sublinho que não existe resistência da Administração em pagar o adicional de insalubridade instituído por aquele diploma legal. A Fazenda do Estado mesma admite o pagamento administrativo a partir do laudo e em momento algum argüiu a inconstitucionalidade. O que se discute é apenas a data a partir da qual ? nos termos do mesmo diploma, a vantagem é devida...A Fazenda do Estado reconhece que a data considerada como termo inicial do pagamento da vantagem em questão foi a do laudo que constatou a insalubridade. Ora, o termo inicial correto é a data da vigência da própria lei complementar 432/85, ou, então, a data em que o funcionário iniciou a atividade insalubre, se tal ocorreu após o advento daquele diploma. Evidente que, para tal finalidade, não pode ser considerada a data do laudo, que simplesmente constata a insalubridade preexistente...Não se argumente com a aplicação da Lei Complementar 835/97, que acrescentou à Lei Complementar 432/85 o art. 3° A, determinando que os efeitos pecuniários da concessão do adicional se produzissem a partir da homologação do laudo. A Lei Complementar 835/97 não tem o condão de afastar o direito dos autores simplesmente porque este diploma não tem efeito retroativo. No máximo, este diploma atinge os servidores que iniciem atividades insalubres após sua entrada em vigor, não antes...? Nesta medida, reiteradas vezes apontamos que a partir do reconhecimento do direito pela lei instituidora do benefício, deve o mesmo ser pago, por força da lei 432/85, em sua redação original, e que a modificação ulterior não poderia ter aplicação retroativa. A lei complementar n° 432/85, ao instituir a gratificação decorrente da insalubridade, não condicionou a contraprestação à data da comprovação da insalubridade, sendo certo que a avaliação das condições de trabalho, embora imprescindível para a implementação do pagamento do adicional, não tem o condão de fixar a data para o pagamento do beneficio, pois a insalubridade é preexistente ao laudo. A avaliação é mero requisito formal do ato legislativo, incapaz de modificar o direito incorporado ao patrimônio do servidor. (cf. Apelação n° 225.653-1-4, Relator Munhoz Soares). Colhe-se, ainda, neste sentido, da jurisprudência: FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL ? Secretaria da Educação ? Adicional de Insalubridade ? Lei complementar estadual n° 432, de 19.12.85 ? Incidência, respeitada a prescrição qüinqüenal, a partir da norma regulamentadora e não da data do laudo aferidor da insalubridade ? Recurso provido. FUNCIONARIO PÚBLICO ESTADUAL ? Secretaria da educação ? adicional de insalubridade ? Lei Complementar Estadual n. 432, de 1985 ? Parcelas atrasadas ? Pagamento corrigido desde o advento da lei, e desde quando, em cada caso, deveria ter sido efetuado o pagamento ?Recurso provido. (Apelação n. 099.639.5/3-00 ? Quarta Câmara de Direito Público do E. Tribunal de justiça de São Paulo, v.u., relator Des. BRENNO MARCONDES, 10.05.2001). Tanto o autor tinha direito ao adicional de insalubridade, que veio a ser deferido, com base nas mesmas atividades. A demora no processamento do pedido por parte da Administração não pode resultar em prejuízo aos funcionários. No entanto, no caso em tela, o autor ingressou no serviço público e deu início às atividades após a vigência da lei 835/97, que acrescentou à lei complementar 432/85 o art. 3° A, determinando que os efeitos pecuniários da concessão do adicional se produzissem a partir da homologação do laudo. No mesmo sentido, a contrário sensu: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ? Pagamento devido desde a lei que o instituiu ou desde o inicio da atividade, sendo irrelevante, para tanto, a data de elaboração de laudo de constatação ? Irretroatividade da Lei Complementar n. 835/97 ? Recurso provido. (apelação cível 095.950.5/3-00 ? 68 Câmara de Direito Público, Relator Desembargador Christiano Kuntz), colhendo-se do teor do v. acórdão: ?Torrencial a jurisprudência existente a respeito do tema, sempre reconhecendo o direito dos funcionários como na hipótese dos autos, de justiça admitida mesmo pela r. decisão recorrida, acrescenta-se que, com o devido respeito ao entendimento manifestado em contrário, em nada interfere a edição da Lei Complementar 835, de 4 de novembro de 1997, cujo efeito retroativo não se admite. Valerá, sim, para os que ingressarem no funcionalismo a partir da dela mas não tem efeito com relação aos funcionários mais antigos, com relação aos quais já de há muito reconhecido o direito ao percebimento da vantagem, desde a lei que a instituiu ou desde o início do exercício da atividade considerada insalubre, independente da elaboração do laudo?. FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL ? Adicional de insalubridade ? Oficial Administrativo de Penitenciária ? Pretensão ao recebimento do adicional desde o início do exercício do cargo ? Descabimento ? Direito à percepção que se dá a partir da homologação do laudo pela Secretaria da Administração Penitenciária ? Hipótese ? Inteligência do art. 6° da Lei Complementar n. 835/97, que acrescentou o art. 3°-A à Lei Complementar n. 432/85 ? Pedido julgado improcedente ? Recurso improvido. (Apelação Cível n. 519.491-5/7-00 ? São Paulo ? 9a Câmara de Direito Público ? Relator: Antonio Rulli ? 22.11.06 ? V.U. ? Voto n. 15.494)0 pedido do autor merece, no entanto, acolhida em dois aspectos, exatamente os que sequer foram referidos pela ré na contestação, quais sejam pagamento da diferença entre o grau mínimo e máximo no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, considerando o posterior enquadramento da atividade no mesmo local, como de insalubridade em grau máximo, e pagamento da correção monetária sobre o adicional pago com atraso. Com o advento da Constituição Estadual de 1989, tornou-se obrigatória a incidência da correção monetária sobre vencimentos de servidores públicos pagos pela Administração com atraso. Dispõe o art. 116: ?Os vencimentos, vantagens, ou qualquer parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão ser corrigidos monetariamente de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie?. O dispositivo é auto-aplicável, não dependendo de regulamentação. Anote-se que o Pretório Excelso, no julgamento do RE 220.253-5-RN assentou que a imposição, por Constituição Estadual, de correção monetária aos vencimentos de servidores públicos pagos com atraso não usurpa a competência privativa da União para legislar sobre o sistema monetário, nem afronta o princípio da separação e independência dos poderes (v. RT 754/206). A correção monetária tem por objetivo manter atualizado o valor da moeda, em face da perda da substância corroída pela inflação. Na lição do Ministro Athos Carneiro, a correção monetária não é um plus que se acrescenta ao crédito, mas um minus que se evita. A própria ré reconhece que tal já vinha sendo determinado pelo Judiciário em ação própria, mesmo antes da vigência da Constituição Estadual, não como forma de aumentar o valor, mas de garantir o pagamento integral, observada a manutenção do valor da moeda, sem que o devedor se locuplete pelo atraso e prejudique o credor. Patente a natureza alimentar do crédito, por relacionado a vencimentos, consubstanciando dívida de valor, impondo a correção monetária a partir da data em que cada parcela deveria ter sido solvida, atentando, inclusive, para a retroação dos efeitos prevista na legislação referida pela ré. Nesse sentido, recente julgado da Nona Câmara de Direito Público do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na apelação cível n ° 080.923-5/6-00, tendo como relator o Des. PAULO DIMAS MASCARETTI, com a seguinte ementa: AÇÃO DE COBRANÇA ? Ajuizamento por servidores públicos estaduais objetivando o pagamento de correção monetária incidente sobre parcelas de adicional de insalubridade pagas com atraso pela Administração ? Procedência da demanda bem decretada em primeiro grau ? Em se tratando de verba de natureza alimentar, consubstanciando dívida de valor, a atualização monetária é mesmo inafastável, a partir da data em que cada parcela deveria ter sido solvida ? Incidência do disposto no art. 116 da Constituição Estadual ? Atualização em causa que, ademais, já era admitida pelo STF antes mesmo do preceito local ? Reexame necessário não provido. Há que se recompor, portanto, o prejuízo causado pelo atraso, correspondente à perda do valor da moeda corrente da inflação, muito significativa nos períodos que deram ensejo ao cômputo indicado na inicial. É bom lembrar, colacionando trecho de v. acórdão da 4a Câmara Civil do E. Tribunal de Justiça de São Paulo, no qual funcionou como relator o i. Desembargador JACOBINA RABELLO (JTJ 194/44) que o próprio Estado exige correção monetária para dívidas em atraso e não a contar da data da propositura da ação, mas do vencimento, como aqui bem decidido, especialmente ante seu caratê alimentar. O Egrégio Superior Tribunal de Justiça tem decidido, sistematicamente, que devida a correção monetária desde quando deveria ter sido efetivado o pagamento, em exame de questão da mesma natureza da presente (v. RT, vol. 673/199, Recurso Extraordinário n. 12.282, segunda Turma, Relator Ministro Hélio Mosimann). Nesse julgamento selecionado, invocado, no mesmo sentido, precedente do Egrégio Supremo Tribunal Federal, em que estabelecido que ? proventos e vencimentos não pagos regularmente comportam, à vista de sua natureza alimentar, a correção monetária...? Isto posto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação proposta por JOSÉ GENA URO DE OLIVEIRA em face da FAZENDA PUBLICA DO ESTADO DE SÃO

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PAULO, para o fim de condenar a ré ao pagamento da diferença entre o adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, retificando os assentamos por força do reconhecimento do erro no enquadramento, e pagamento das diferenças de correção monetária do adicional de insalubridade pago com atraso, mantida a incidência a partir da data da homologação do laudo, uma vez que os períodos são posteriores à vigência da lei complementar 835/97. Tendo havido sucumbência recíproca, cada parte arcará com os honorários de seu advogado e as custas que despendeu. P. R. I. São Paulo, 27 de setembro de 2007. LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI JUÍZA DE DIREITO Sentença n° 1924/2007 registrada em 01/10/2007 no livro n° 75 às Fls. 147/156: Tópico final da r. sentença: "... Isto posto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação proposta por JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SAO PAULO, para o fim de condenar a ré ao pagamento da diferença entre o adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, retificando os assentamos por força do reconhecimento do erro no enquadramento, e pagamento das diferenças de correção monetária do adicional de insalubridade pago com atraso, mantida a incidência a partir da data da homologação do laudo, uma vez que os períodos são posteriores à vigência da lei complementar 835/97. Tendo havido sucumbência recíproca, cada parte arcará com os honorários de seu advogado e as custas que despendeu. P. R. I.". Fls. 59/67 - Sentença n° 1924/2007 registrada em 01/10/2007 no livro n° 75 ás Fls. 147/156: Tópico final da r. sentença: "... Isto posto, e considerando o que mais dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação proposta por JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, para o fim de condenar a ré ao pagamento da diferença entre o adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, retificando os assentamos por força do reconhecimento do erro no enquadramento, e pagamento das diferenças de correção monetária do adicional de insalubridade pago com atraso, mantida a incidência a partir da data da homologação do laudo, uma vez que os períodos são posteriores à vigência da lei complementar 835/97. Tendo havido sucumbência recíproca, cada parte arcará com os honorários de seu advogado e as custas que despendeu. P. R. I.". (Valor do preparo ISENTO)

22/08/2007 Conclusos para Sentença Conclusos para Sentença em 23.08.07

20/08/2007 Despacho Proferido CONCLUSÃO Em de agosto de 2007, faço estes autos conclusos à M.M.. Juíza de Direito, Dra. LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI. Eu, (Mauricio Pereira ? matríc. 355.574-A), Escrevente, subscrevi. RESPONSÁVEL PELOS FINAIS 09 E 00 PROCESSO N° 053.07.119800-3 AÇÃO ORDINÁRIA

30/07/2007 Aguardando Prazo Aguardando Prazo 25.09.07

25/07/2007 Despacho Proferido PODER JUDICIÁRIO JUIZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA Comarca da Capital - 1° Ofício da Fazenda Pública ? Viaduto Dona Paulina, 80, 4° andar, Centro , 01501-908 - São Paulo-SP, Tel. (0xx11) 3242-2333 Processo n° 053.07.119800-3 ? controle 1211 Rito Ordinário ? JUSTIÇA GRATUITA MANDADO DE CITAÇÃO A Doutora LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI, MMa. Juíza de Direito da PRIMEIRA VARA DA FAZENDA PUBLICA, desta Comarca da Capital do Estado de São Paulo, na forma da lei, MANDA a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA, CITE?SE a FAZENDA PUBLICA DE SAO PAULO, na pessoa de seus procuradores, para os atos e termos da ação proposta, conforme petição por cópia em anexo, que fica fazendo parte integrante deste, e, de acordo com o r. despacho de fls. 50, a seguir transcrito: ?Defiro os benefícios da justiça gratuita. Anote-se. Cite-se. São Paulo, 23 de julho de 2007 - (a) DR. LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI - Juíza de Direito.? CUMPRA-SE, na forma e sob as penas da lei advertindo-se o(s) réu(s) que, nos termos do artigo 285 do Código de Processo Civil, não sendo CONTESTADA a ação no PRAZO DE 60 DIAS, presumir-se-ão verdadeiros os fatos articulados pelo(s) autor(es), ficando, ainda, cientificado(s) de que as audiências deste Juízo realizam-se na Viaduto Dona Paulina, 80 ? Centro -01501-908 - São Paulo Dado e passado nesta Cidade de São Paulo e Comarca da Capital, aos 25 de julho de 2007. Eu, (Mauricio Pereira ? matríc. 355,574-A), Escrevente Técnico Judiciário, digitei e providenciei a impressão. Eu, (ELTON RICARDO DE LIMA), Escrivão-Diretor, conferi, subscrevi e assino por ordem da MM.. Juiza de Direito. Oficial: Carga no: ATENÇÃO: Nos termos do Provimento n° 3/2001, bem como, dos itens 4 e 5 do Capítulo VI, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça: ?É vedado ao oficial de justiça o recebimento de qualquer numerário diretamente da parte. A identificação do oficial de justiça, no desempenho de suas funções, será feita mediante apresentação de carteira funcional, obrigatória em todas as diligências?. 1° OF. DA FAZ. PÚBLICA ELTON RICARDO DE UMA Escrivão Diretor CÉLIA BEATRIZ MACHADO Oficial Maior FORUM HELY LOPES MEIRELLES Viaduto Dona Paulina, 80- 4° Andar ?São Paulo

23/07/2007 Aguardando Providências Aguardando Providências/ mesa em 23.07.07

20/07/2007 Conclusos para Despacho Conclusos para Despacho em 23.07.07

20/07/2007 Despacho Proferido CONCLUSÃO Em 23 de julho de 2007, faço estes autos conclusos à M.M. Juíza de Direito, Dr.. LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI Eu, (Mauricio Pereira ? matríc. 355.574-A), Escrevente, subscrevi. RESPONSÁVEL PELOS FINAIS 09 E 00 PROCESSO N° 053.07.119800-3 AÇÃO ORDINÁRIA Defiro os benefícios da justiça gratuita. Anotes-se. Cite-se, São Paulo. Data supra. LUCIANA ALMEIDA PRADO BRESCIANI JUIZA DE DIREITO EM DE DE RECEBI ESTES AUTOS EM CARTÓRIO EU, , ESCREVENTE, SUBSCREVI. CERTIFICO E DOU FÉ QUE, NESTA DATA, ENCAMINHEI OS PRESENTES AUTOS PARA SEREM PUBLICADOS NO 0.0.1., EM DE DE 200____. EU, , ESCREVENTE, SUBSCREVI. CERTIFICO

E DOU FÉ QUE O R. DESPACHO DE FLS. FOI PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DA JUSTIÇA

EM DE DE 200 . EU, , ESCREVENTE, SUBSCREVI.

18/07/2007 Recebimento Recebimento de Carga sob n° 295113

18/07/2007 Remessa à Vara Carga à Vara Interna sob n° 295113

17/07/2007 Processo Distribuído Processo Distribuído por Sorteio p/ 1.. Vara da Fazenda Pública

Incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

Não há incidentes, ações incidentais, recursos ou execuções de sentenças vinculados a este processo.

Petições diversas

Não há petições diversas vinculadas a este processo.

Audiências

Não há Audiências futuras vinculadas a este processo.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2011.0000225768

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação n° 0355753-54.2009.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é apelante JOSE GENAURO DE OLIVEIRA sendo apelado FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 13' Câmara de Direito Público do Tribunal de o o

Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso, vencido o revisor.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. o

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O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores IVAN o o

SARTORI (Presidente sem voto), BORELLI THOMAZ E LUCIANA BRESCIANI.

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São Paulo, 5 de outubro de 2011. r\L

Lr) Ricardo Anafe Lr)

RELATOR Lr) Lr)

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13° Câmara de Direito Público

Apelação Cível n° 0355753-54.2009.8.26.0000 — São Paulo Apelante: José Genauro de Oliveira Apelado: Estado de São Paulo TJSP — (Voto n° 11.672)

Apelação Cível. Servidor público estadual. Adicional de Insalubridade.

Adicional de insalubridade — Ingresso no serviço público após o advento da LC n" 835/97 — Percebimento do beneficio após a data da homologação do laudo de insalubridade e pagamento a ser feito com base no grau máximo, ante a falta de comprovação da alteração da situação de insalubridade - Sentença mantida, ex vi do art. 252 do RI.

Nega-se provimento ao recurso interposto.

1. Trata-se de ação, rito ordinário, proposta por José

Genauro de Oliveira em face do Estado de São Paulo, deduzindo, em

resumo, que é servidor público estadual, admitido, inicialmente, em

caráter temporário, na função de auxiliar de serviços, nos termos da Lei

no 500/74 e do parágrafo único do artigo 1° da Lei n° 733/93. Afirma

que ficou lotado no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos no

período de 09 de junho de 2004 a 14 de janeiro de 2005, com percepção

de adicional de insalubridade, em grau máximo somente após a data da

homologação do laudo pericial (09 de agosto de 2004), com pagamento

da quantia somente em 21 de janeiro de 2005, em razão do atraso havido

na publicação. Assevera que em 19 de fevereiro de 2005, foi novamente

nomeado para exercer a mesma função no Hospital Infantil Darcy

Apelação n° 0355753-54.2009.8.26.0000 - Voto n° 11672 - São Paulo - Avátlyn

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13" Câmara de Direito Público

Vargas, recebendo, desta vez, adicional de insalubridade em grau

mínimo, conforme apontou novo laudo pericial feito. Aduz que em 1° de

junho de 2005, foi nomeado titular de cargo auxiliar de serviços, no

mesmo local de trabalho, com laudo pericial homologado em 21 de

fevereiro de 2006 e com pagamento de grau de insalubridade em grau

máximo, efetivamente percebido em 06 de outubro de 2006. Postula a

procedência do pedido para declarar o direito no percebimento do

adicional de insalubridade em grau máximo, no que toca ao período que

recebeu em grau mínimo, bem como o pagamento do referido adicional

pelos períodos anteriores às homologações dos laudos, corrigidos

monetariamente, par e passo do recebimento das diferenças havidas em

decorrência da procedência dos pedidos feitos, com juros e correção

monetária, apostilando-se. Pedido julgado parcialmente procedente, para

o fim de condenar o Estado de São Paulo no pagamento da diferença

entre o adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo

no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, retificando

os assentamentos por força do reconhecimento do erro no

enquadramento, e pagamento das diferenças de correção monetária do

adicional de insalubridade pago com atraso, mantida a incidência a partir

da data da homologação do laudo, uma vez que os períodos são

posteriores à vigência da Lei Complementar 835/97 (fl. 59/67).

Inconformado, apela o autor, argüindo,

preliminarmente, a inconstitucionalidade da Lei Complementar n°

835/97 e, no mérito, a reforma da sentença, com o fito de receber o

Apelação n° 0355753-54.2009.8.26.0000 - Voto n° 11672 - São Paulo - Avéun

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13° Câmara de Direito Público

adicional de insalubridade de forma retroativa, ou seja, a contar da data

do laudo pericial, com incidência de juros e correção monetária (fl.

69/86).

Processado regularmente com as contra-razões (fl.

89/96), subiram os autos a esta Instância.

É o relatório.

2. A respeitável sentença não merece reparo.

O adicional de insalubridade tornou-se devido a partir

da edição da Lei Complementar n° 432, de 18 de dezembro de 1985,

tanto é que o decreto regulamentador (25.492/86), ao entrar em vigor,

retroagiu expressamente seus efeitos à data da publicação do diploma

por ele regulamentado.

Entrementes, em 1997 emergiu no universo jurídico a

Lei Complementar n° 835, que acresceu preceito à norma expressa na

Lei Complementar n° 432/85, estabelecendo o artigo 3° - a, do seguinte

teor: "o adicional de insalubridade produzirá efeitos pecuniários a

partir da data da homologação do laudo de insalubridade".

No caso em tela, o autor iniciou a atividade tida como

insalubre após a edição da Lei Complementar n° 835/97, de tal sorte que

Apelação n°0355753-54.2009.8.26.0000 - Voto n° 11672 - São Paulo - Avthpn

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13' Câmara de Direito Público

a questão se resolve por direito intertemporal, vingando a regra tempus

regit actum, ou seja, o mandamento incidente subordinado está à ultra-

atividade normativa (Cf. Giovanni Pacchioni, in Delle Leggi in

Generale, p. 235), não se fazendo incidir, de maneira retroativa, a lei

nova que não ostente cláusula expressa de retroatividade, pois, como já

proclamou Justiniano, erit namque absurdum, ut quod facturo este recte,

ex eo quod tunc non erat fáctum, postea mutetur, azo pelo qual assevera

Carlos Maximiliano, com apoio de Encemann, que os preceitos sob

cujo império se concretizou um ato ou fato estendem o seu domínio

sobre as conseqüências respectivas; a lei nova não atinge

conseqüências que, segundo a anterior, deviam derivar da existência

de determinado ato, fato ou relação jurídica, ou, melhor, que se

unem a sua causa como um corolário necessário e direto (in Direito

Intertemporal ou Teoria da Retroatividade das Leis, p. 28 no mesmo

sentido, Cf., Edinaldo de Holanda, in Breve Síntese do Direito

Intertemporal, Revista da Procuradoria Geral da República, p. 56/59).

Nesse norte, a partir do advento da Lei Complementar

n° 835/97 e para os servidores admitidos após esse marco, não há falar

em concessão do benefício tendo como termo inicial o ingresso no

Serviço Público ou do início de certa atividade, sem que a circunstância

que justifica a percepção do adicional de insalubridade esteja apurada

previamente por meio de laudo técnico.

Desse modo, cumpre ponderar que se a lei de regência

Apelação n°0355753-54.2009.8.26.0000 - Voto n° 11672 - São Paulo - Avdupn

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13' Câmara de Direito Público

estabelece expressamente o termo inicial para pagamento do beneficio,

condicionando-o à homologação do laudo técnico realizado, o qual

verificou as condições de trabalho do servidor ou de determinada

categoria de servidores, impõe-se obediência à norma legal que, in casu,

não contém vício algum de origem, tampouco afronta preceito da

Constituição Federal ou Estadual, de tal arte que é válida e não se pode

negar-lhe vigência.

N'outro giro, no que toca ao pagamento do adicional

de insalubridade em grau máximo, in casu, competia à Administração

trazer aos autos os referidos laudos para que se pudessem aferir as

razões que levaram à diminuição do grau de insalubridade da

atividade/unidade, o que não se sucedeu, levando a crer que a

atividade/unidade insalubre é idêntica àquela originalmente

desenvolvida, tal qual afirma o autor.

Nessa esteira, a ratio decidendi produzida em primeiro

grau de jurisdição merece ser mantida, pelos seus próprios e jurídicos

fundamentos, que nesta Corte ad quem são integralmente adotados, com

o respaldo dado pela norma do artigo 252 do Regimento Interno do

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a qual dispôs que

"Nos recursos em geral, o relator poderá limitar-se a ratificar os

fundamentos da decisão recorrida, quando, suficientemente

motivada, houver mantê-la."

Apelação n° 0355753-54.2009.8.26.0000 - Voto n° 11672 - São Paulo - Av6upi

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

13' Câmara de Direito Público

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Impende consignar, ainda, que a manutenção do

decisum por seus próprios fundamentos pela Corte ad quem não revela

mácula aos preceitos insertos nos artigos 458 e 535 do Código de

Processo Civil, sendo certo, outrossim, que o Colendo Superior Tribunal

de Justiça prestigiou o entendimento esposado, reconhecendo "a

viabilidade de o órgão julgador adotar ou ratificar o juízo de valor

firmado na sentença, inclusive transcrevendo-a no acórdão, sem que

tal medida encerre omissão ou ausência de fundamentação no

decisum." (REsp n° 662.272-RS, 2a Turma, Relator Ministro João

Otávio de Noronha, j. de 4.9.2007; REsp n° 641.963-ES, 2' Turma,

Relator Ministro Castro Meira, j. de 21.11.2005; REsp 592.092-AL,

2' Turma, Relatora Ministra Eliana Calmon, j. 17.12.2004 e REsp n°

265.534-DF, 4' Turma, Relator Ministro Fernando Gonçalves, j.

1.12.2003), sem se olvidar do fato de que a medida atende o preceito

inserto no inciso LXXVIII do artigo 5° da Sexta Carta Republicana,

porquanto assegura razoável duração do processo.

Por epítome, se conclui que a respeitável sentença

prolatada não merece nenhum reparo.

3. À vista do exposto, pelo meu voto, nego

provimento ao recurso interposto.

Ricardo Anafe

Relator

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da decisão transitada julgado.

agosto de 2015

Procura

Rua Maria Paula, 67, 1 Andar, B a Vista, São Paulo-SP 07 01 018377

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PROCURADORIA GERAL DO ESTA PROCURADORIA JUDICIA GENTE

ia VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL - FAZENDA

PÚBLICA - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N°. 0119800-19.2007.8.26.0053

REQUERENTE: JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA

REQUERIDO: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

OBRIGAÇÃO DE FAZER - 30 dias — MULTA DIÁRIA DE R$ 1000,00

ÓRGÃO: SECRETARIA DA SAÚDE

No caso vertente transitou em julgado, o que fica expressamente

declarado, sentença que condenou a FESP ao pagamento da diferença entre o_

adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo no período de

17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005, retificando os assentamentos por

força do reconhecimento do erro no enquadramento, e pagando as diferenças

de correção monetária do adicional de insalubridade pago em atraso, mantida a

incidência a partir da data da homologação do laudo,uma vez que os períodos

são posteriores à vigência da LC 835/97.

Proponho o encaminhamento do PJF à Secretaria da Saúde,

conforme art. 7° do Decreto 28.955/87, solicitando que ali se proceda, em 30

dias, eis que há previsão de incidência de multa diária, ao apostilamento do

direito reconhecido judicialmente, noticiando a publicação do ato à PJ, para que

esta possa juntar o comprovante nos autos judiciais.

Peço, ainda, se da competência do órgão, sejam

elaboradas as planilhas informativas dos valores devidos ao autor, nos termos

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria

Jurídica da Pasta, apensamos ao processo n° 001/0941/018.377/2007

o processo n° 001/0001/003.781/2015.

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA/PROTOCOLO

28/08/2015

(-,

Maria da Gloria Garcia Saraiva Diretor-I

CGA/CPEA/PROTOCOLO

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls. 29 ,/

N° DO PROCESSO 001/0941/018.377/2007

DATA DE ENTRADA: 28/ 08 /2015

DISTRIBUIDO AO DR(a): Nuhad

EM 28/08_1_2015_

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 11

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n° 001/0941/018.377/2007 (Apenso 001/0001/003.781/2015)

Interessado: JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA

(Ação Judicial n° 0119800-19.2007.8.26.0053 da i a Vara da Fazenda Pública da Capital - Banca: 12-B).

CRH-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes referentes

ao assunto.

C.J., em 31 de agosto de 2015.

Nuhad Se. Oliver

Procuradora do stado Chefe da

Consultoria Jurídica

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. 32

GGP/CLP PROCESSO N°. 001/0941/018.377/2007 (AP N°. 001/0001/003.781/2015)

INTERESSADO: JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA

ASSUNTO: AÇÃO ORDINÁRIA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo N9 0119800-19.2007.8.26.0053 (V Vara de Fazenda Pública - Foro Central/SP), PJ/F N.9 2007.01.018377 e AP N. 001/0001/003.781/2015, que JOSÉ GENAURO DE OLIVEIRA,

RG 12639866-5, classificado no DRS IV - Baixada Santista, faz jus ao "pagamento da

diferença entre o adicional de insalubridade em grau mínimo e o em grau máximo

no período de 17 de fevereiro de 2005 a 31 de maio de 2005."

CLP, em 15 de setembro de 2015.

ORLANDODEÉGADO FERNANDES DIRETOR TÉCNICO II

JM